SóProvas



Prova CETRO - 2006 - TCM-SP - Agente de Fiscalização - Enfermeiro - Conhecimentos Gerais


ID
4942660
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo, um editorial publicado na Folha de São Paulo em 26 de junho de 2005, para responder à questão.


    Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas. 

    Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recémdivulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga.

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação disponível a respeito dos perigos do consumo.

    Embora cresça entre os especialistas a percepção de que a abordagem meramente proibicionista para o problema das drogas falhou, e cada vez mais se fala em descriminalização e redução de danos, a questão é muito complexa. O que está em jogo não são apenas rubricas orçamentárias e uma discussão filosófica sobre liberdades individuais e princípios do livre mercado.

    Há também uma dimensão sanitária que não pode ser ignorada. Existe uma correlação entre a exposição à droga e o surgimento da dependência. Assim, se da noite para o dia todas as substâncias fossem liberadas, correríamos o risco, por exemplo, de transformar a dependência em cocaína, que afeta hoje menos de 1% da população, numa epidemia comparável ao alcoolismo, moléstia que atinge entre 10% e 15% dos adultos. E, quando se fala em alcoolismo, é sempre oportuno lembrar que essa doença é, de longe, a que mais provoca perdas humanas, sociais e econômicas. Estima-se que o abuso de álcool custe aos EUA, por ano, US$ 184 bilhões, sendo US$ 23 bilhões em gastos de saúde e US$ 134 com perdas de produtividade. Se qualquer uma das drogas hoje ilícitas assumisse com a legalização um perfil de consumo mais próximo ao do álcool, seria um pesadelo. 

O proibicionismo, como aponta Friedman, parece de fato uma estratégia estulta de lidar com o problema das drogas. Ele tende a gerar muitos lucros para o traficante e, portanto, muita violência e corrupção para a sociedade. É preciso buscar soluções que retirem a ênfase da repressão ao consumo, mas não seria sensato simplesmente inverter tudo e, de uma hora para a outra, partir para a legalização total das drogas.

Sobre o primeiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E para os não assinantes!

  • Conforme a colega explicitou, GABARITO (E).

    Mas confesso que levou um tempo pra eu entender do porquê da (D) não estar certa.

    ---------------------------

    Vejamos em relação à letra D:

    "É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas."

    O que acontece é que o "É" na verdade é o verbo de ligação da oração subordinada substantiva subjetiva com a oração subordinada adjetiva (restritiva). Seria o equivalente a dizer:

    "Com essas qualificações é que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas."

    Veja bem, o sujeito oracional é simples, ou seja, é apenas um sujeito. Logo não dá pra dizer que "isso 'SÃO' assim", mas sim que "isso 'É' assim"

    ---------------------------

    Equívocos? Me envie uma mensagem inbox para que possa corrigir e ajudar os colegas.

    Boa sorte e bons estudos!

  • Explicitando os erros das alternativas:

    (A)no primeiro período, seria proibida a flexão do verbo auxiliar da locução “pode ser acusado”.

    A concordância poderia perfeitamente ser feita com o predicativo da oração principal.

    Lembrem-se de que o verbo da oração adjetiva pode tanto concordar com o sujeito quanto com o predicativo, quando este for personativo, por exemplo: Eu sou o professor que falará ou falarei na cerimônia.

    (B)a oração subordinada adjetiva restritiva “que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas” terá seu sentido alterado se for substituída por “que não se pode acusar de simpatias esquerdistas”.

    Houve apenas a alteração de voz. Passaram a voz passiva analítica para a voz p. sintética.

    Veja que o tempo verbal permaneceu o mesmo. Ademais, lembro que transposição de voz entre passivas não ocorre alteração semântica, desde que se mantenha o tempo verbal. Porém, da ativa para a passiva pode ou não haver alteração semântica.

    C)as “simpatias esquerdistas” de Milton Friedman estão exemplificadas com os complementos do verbo “incluir”, no segundo período.

    Não há exemplificação de simpatias esquerdistas, porque as ações dele são conservadoras.

    (D)o verbo “ser”, no último período, poderia estar flexionado no plural, concordando com o termo “com essas qualificações”, que exerce a função de sujeito.

    Há um termo expletivo no período: "É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas ". Há uma regra que diz: O verbo ser, o qual não é contado como uma oração quando termo expletivo, pode ou não concordar com o substantivo que vem entre o ser e o que, porém se esse substantivo estiver preposicionado a variação do termo expletivo é proibida É exatamente o que acontece.

    (E)a anteposição de “com essas qualificações” e o destaque que esse termo recebe graças à partícula de realce revelam a intenção do autor do texto em enfatizar as credenciais conservadoras de Milton Friedman.


ID
4942663
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo, um editorial publicado na Folha de São Paulo em 26 de junho de 2005, para responder à questão.


    Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas. 

    Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recémdivulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga.

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação disponível a respeito dos perigos do consumo.

    Embora cresça entre os especialistas a percepção de que a abordagem meramente proibicionista para o problema das drogas falhou, e cada vez mais se fala em descriminalização e redução de danos, a questão é muito complexa. O que está em jogo não são apenas rubricas orçamentárias e uma discussão filosófica sobre liberdades individuais e princípios do livre mercado.

    Há também uma dimensão sanitária que não pode ser ignorada. Existe uma correlação entre a exposição à droga e o surgimento da dependência. Assim, se da noite para o dia todas as substâncias fossem liberadas, correríamos o risco, por exemplo, de transformar a dependência em cocaína, que afeta hoje menos de 1% da população, numa epidemia comparável ao alcoolismo, moléstia que atinge entre 10% e 15% dos adultos. E, quando se fala em alcoolismo, é sempre oportuno lembrar que essa doença é, de longe, a que mais provoca perdas humanas, sociais e econômicas. Estima-se que o abuso de álcool custe aos EUA, por ano, US$ 184 bilhões, sendo US$ 23 bilhões em gastos de saúde e US$ 134 com perdas de produtividade. Se qualquer uma das drogas hoje ilícitas assumisse com a legalização um perfil de consumo mais próximo ao do álcool, seria um pesadelo. 

O proibicionismo, como aponta Friedman, parece de fato uma estratégia estulta de lidar com o problema das drogas. Ele tende a gerar muitos lucros para o traficante e, portanto, muita violência e corrupção para a sociedade. É preciso buscar soluções que retirem a ênfase da repressão ao consumo, mas não seria sensato simplesmente inverter tudo e, de uma hora para a outra, partir para a legalização total das drogas.

Sobre os dois primeiros parágrafos do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra A : Tem defendido = defendeu ( Pretérito Perfeito do indicativo ) Ação concluída .

  • Gabarito: E)

    Dica: geralmente o SSE (fosse) busca o RIA (economizariam).


ID
4942666
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo, um editorial publicado na Folha de São Paulo em 26 de junho de 2005, para responder à questão.


    Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas. 

    Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recémdivulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga.

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação disponível a respeito dos perigos do consumo.

    Embora cresça entre os especialistas a percepção de que a abordagem meramente proibicionista para o problema das drogas falhou, e cada vez mais se fala em descriminalização e redução de danos, a questão é muito complexa. O que está em jogo não são apenas rubricas orçamentárias e uma discussão filosófica sobre liberdades individuais e princípios do livre mercado.

    Há também uma dimensão sanitária que não pode ser ignorada. Existe uma correlação entre a exposição à droga e o surgimento da dependência. Assim, se da noite para o dia todas as substâncias fossem liberadas, correríamos o risco, por exemplo, de transformar a dependência em cocaína, que afeta hoje menos de 1% da população, numa epidemia comparável ao alcoolismo, moléstia que atinge entre 10% e 15% dos adultos. E, quando se fala em alcoolismo, é sempre oportuno lembrar que essa doença é, de longe, a que mais provoca perdas humanas, sociais e econômicas. Estima-se que o abuso de álcool custe aos EUA, por ano, US$ 184 bilhões, sendo US$ 23 bilhões em gastos de saúde e US$ 134 com perdas de produtividade. Se qualquer uma das drogas hoje ilícitas assumisse com a legalização um perfil de consumo mais próximo ao do álcool, seria um pesadelo. 

O proibicionismo, como aponta Friedman, parece de fato uma estratégia estulta de lidar com o problema das drogas. Ele tende a gerar muitos lucros para o traficante e, portanto, muita violência e corrupção para a sociedade. É preciso buscar soluções que retirem a ênfase da repressão ao consumo, mas não seria sensato simplesmente inverter tudo e, de uma hora para a outra, partir para a legalização total das drogas.

Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levandose em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • b) acreditamos > presente do indicativo / já que acreditamos; permanece a ideia de atualidade. (gabarito).

  • Não entendi muito bem a questão, pois no meu raciocínio, substituir por "já que" altera a noção de condição da conjunção "se".

  • Uma questão analítica e exige conhecimento em vários assuntos: morfologia, período composto e semântica. Vejamos:

    a) Incorreta.

    Venerando significa aquele que é respeitável e está dentro de uma locução adjetiva (do venerando economista) e não formando uma oração reduzida.

    Portanto, não há o que se falar de oração reduzida de gerúndio.

    b) Correta. "

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso... "

    Para diversos gramáticos como Bechara, Sacconi e Cegalla o "se" pode encabeçar uma oração causal junto a verbos no indicativo.

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Visto que acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso... 

    c) Incorreta.

    As duas locuções conjuntivas têm valores semânticos diversos. A primeira é condicional e a segunda causal.

    d) Incorreta.

    "Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar –"

    "Se acreditamos que a liberdade é um valor que deve ser respeitado e cultivado –"

    Não sofrerá prejuízo, porque acrescentando os vocábulos apenas desenvolveria a oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo (sem conectivo). Houve também mudança nos verbos passando-os para o modo particípio, o que não acarreta alteração no sentido.

    Se acreditarmos que a liberdade é um valor o qual devemos respeitar e cultivar (também pude introduzir um outro pronome relativo). Como bem sabemos a oração subordinada adjetiva restritiva inicia com pronome relativo e não tem vírgula. Portanto, notamos que somente foi desenvolvida e não mudada sua semântica.

    Para que não reste dúvida, vou reforçar que a primeira oração é reduzida por não ter conectivo e a segundo é desenvolvida porque foi acrescentado o QUE (pronome relativo).

    e) Incorreta.

    A segunda forma está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Portanto, não é possível fazer a troca sem alteração de toda estrutura.

    GABARITO: B

  • DUPLO GABARITO

    A banca errou. Analise a E no contexto:

    [...] Se o Estado tem algum papel a exercer [,] seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação [...]

    Ora, o texto em si já é cheio de problemas. No valor condicional presente, a correlação verbal da segunda oração exige o presente do indicativo (está no futuro do pretérito, em vez disso). Assim sendo:

    [...] Se o Estado tem algum papel a exercer [,] é o de regulamentar [...]

    Dessa forma, o recebam se encaixa perfeitamente, mas no texto original ele já não se encaixa, devido à falta de correlação em seria o de regulamentar para que as pessoas recebam, o certo seria seria o de regulamentar para que as pessoas recebessem, respeitando-se a correlação futuro do pretérito do indicativo-pretérito imperfeito do subjuntivo. O problema do gabarito é que o texto proposto por ele fica com um verbo alheio à correlação dos outros dois, assim:

    [...] Se o Estado tem algum papel a exercer [,] seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação [...]

    Isso é o que acontece quando um incapaz elabora uma prova.

  • CUIDADO

    O comentário do "monitor" Diogo Cordeiro está incorreto e pode levar estudantes ao erro.

    A) no primeiro período, o termo “venerando” é forma verbal de gerúndio do verbo “venerar” e faz parte, no texto, de uma oração subordinada reduzida de gerúndio.

    Incorreta. 

    Diferente do afirmado pelo colega Diogo Cordeiro, não estamos diante de substantivo, e sim de adjetivo.

    Venerando é um adjetivo que caracteriza aquele que é venerável, estando posto antes do substantivo que caracteriza "...do venerando economista...".

    O fato de termos o adjetivo antecedendo o substantivo não implica, necessariamente, sua substantivação, a exemplo do que ocorre em construções como:

    "Dançei com a linda mulher..."

    "Comi a maravilhosa pizza..."

    "Dormi na aconchegante cama..."

    De qualquer forma, a assertiva segue incorreta ao afirmar que estamos diante de verbo.

    B) no segundo período, a conjunção “se” pode ser substituída, sem prejuízo semântico, pela locução conjuntiva “já que”.

    Correta. 

    Novamente está incorreto o comentário do referido "monitor". Embora a alteração proposta seja possível, uma vez que existe respaldo gramatical para que tomemos a conjunção "se" como causal, a análise apresentada pelo colega comete erro grosseiro.

    A relação de causa e consequência está contida no segundo período do paragrafo, em nada guardando relação com a oração presente no primeiro período.

    "Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível."

    Trocando em miúdos, a decisão sobre a utilização de drogas deveria ser pessoal e intransferível, uma vez que acreditamos ser a liberdade um valor a respeitar e cultivar.

    C) no segundo período, locução conjuntiva “desde que” pode ser substituída, sem prejuízo semântico do sentido geral do texto, pela locução conjuntiva “já que”.

    Incorreta.

    Os valores semânticos são alterados com a substituição.

    D) no segundo período, as orações reduzidas “a respeitar e cultivar” sofrerão prejuízo semântico se forem substituídas por “que deve ser respeitado e cultivado”.

    Incorreta. 

    A proposta da assertiva apenas desenvolve as orações reduzidas de infinitivo, não causando prejuízo semântico ao período.

    E) no terceiro período, a forma verbal “recebam”, no presente do subjuntivo, pode ser substituída, de acordo com a gramática normativa, por “recebessem”.

    Incorreta.

    Temos um verbo no presente do indicativo no inicio da construção, "...o Estado tem algum papel...", de modo que a utilização do verbo receber em sua forma de pretérito imperfeito do subjuntivo é incorreta.

    GABARITO: B


ID
4942669
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo, um editorial publicado na Folha de São Paulo em 26 de junho de 2005, para responder à questão.


    Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas. 

    Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recémdivulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga.

    Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação disponível a respeito dos perigos do consumo.

    Embora cresça entre os especialistas a percepção de que a abordagem meramente proibicionista para o problema das drogas falhou, e cada vez mais se fala em descriminalização e redução de danos, a questão é muito complexa. O que está em jogo não são apenas rubricas orçamentárias e uma discussão filosófica sobre liberdades individuais e princípios do livre mercado.

    Há também uma dimensão sanitária que não pode ser ignorada. Existe uma correlação entre a exposição à droga e o surgimento da dependência. Assim, se da noite para o dia todas as substâncias fossem liberadas, correríamos o risco, por exemplo, de transformar a dependência em cocaína, que afeta hoje menos de 1% da população, numa epidemia comparável ao alcoolismo, moléstia que atinge entre 10% e 15% dos adultos. E, quando se fala em alcoolismo, é sempre oportuno lembrar que essa doença é, de longe, a que mais provoca perdas humanas, sociais e econômicas. Estima-se que o abuso de álcool custe aos EUA, por ano, US$ 184 bilhões, sendo US$ 23 bilhões em gastos de saúde e US$ 134 com perdas de produtividade. Se qualquer uma das drogas hoje ilícitas assumisse com a legalização um perfil de consumo mais próximo ao do álcool, seria um pesadelo. 

O proibicionismo, como aponta Friedman, parece de fato uma estratégia estulta de lidar com o problema das drogas. Ele tende a gerar muitos lucros para o traficante e, portanto, muita violência e corrupção para a sociedade. É preciso buscar soluções que retirem a ênfase da repressão ao consumo, mas não seria sensato simplesmente inverter tudo e, de uma hora para a outra, partir para a legalização total das drogas.

Sobre o quarto parágrafo do texto, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    no primeiro período, dispensando alterações em outros termos, a conjunção concessiva “embora” pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por “posto que”.

  • Gabarito letra C

    I - Incorreto, logo teria que fazer as devidas alterações. Embora cresçam entre os especialistas as percepções de que a abordagem meramente

    II - Incorreto, [...] a percepção de que a abordagem. O substantivo percepção pede a preposição de.

    III - Correto, duas conjunções concessivas.

    IV - Incorreto,

    V - Incorreto, logo a forma correta de escrita da palavra é rubrica, uma palavra paroxítona, com a sílaba BRI como sílaba tônica: ru-BRI-ca. e filosófica é uma palavra proparoxítona.

  • A - é possível a flexão do termo “percepção” no plural, sem que seja necessária a flexão do verbo “crescer”, já que este está anteposto àquele, que cumpre a função de sujeito. ERRADO

    O QUE CRESCE? A PERCEPÇÃO

    A PERCEPÇÃO CUMPRE A FUNÇÃO DE SUJEITO MESMO ESTANDO ANTEPOSTO AO VERBO.

    B - no trecho “...a percepção de que a abordagem meramente proibicionista...”, é dispensável o uso da preposição “de”, que cumpre no texto função meramente enfática. ERRADO

    A PERCEPÇÃO DE?

    C - no primeiro período, dispensando alterações em outros termos, a conjunção concessiva “embora” pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por “posto que”. CORRETO

    EMBORA – CONJUNÇÃO CONCESSIVA

    CONJUNÇÕES CONCESSIVAS: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

    D - segundo o autor, as opiniões dos especialistas e a recorrência das discussões a respeito da descriminalização são suficientes para defender as idéias de Milton Friedman. ERRADO.

    A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS VAI AO CONTRÁRIO DAS IDEIAS DE MILTON FRIEDMAN

    E - localizadas no mesmo período, as palavras “rubricas” e “filosófica” têm a mesma tonicidade, isto é, são proparoxítonas. ERRADO

    RUBRICA – PAROXÍTONA

    FILOSÓFICA - PROPAROXÍTONA

    #Nãoestásendofácil

    Posso todas as coisas Naquele que me fortalece!

  • essa eu resolvi excluindo as erradas kk

    GAB: C

  • Gente o ideal não é as linhas do texto estarem enumeradas, como referência, ao invés de usar número de períodos? Agiliza muito mais.


ID
4942672
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Segundo o texto acima, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A)


ID
4942675
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o primeiro parágrafo do texto, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LETRA C).

    LETRA A). ERRADA.

    -COMO: valor CAUSAL.

    -POSTO QUE: valor CONCESSIVO.

    LETRA B). ERRADA.

    O verbo "atribuir" é transitivo direto e indireto, no caso do texto, a objeto indireto é "aos grandes escritores", sendo assim, o pronome que faria menção a esse objeto indireto seria o LHE.

    LETRA C). CORRETA.

    LETRA D). ERRADA.

    Não indica ressalva, e sim uma explicação sobre o que foi dito anteriormente.

    LETRA E). ERRADA.

    Ao introduzir a vírgula, a oração deixaria de ser SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA e passaria a ser SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA.

  • Questão boa para revisar muitos assuntos.


ID
4942678
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o segundo e terceiro parágrafos do texto, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Algumas considerações:

    B) no segundo período do segundo parágrafo, a expressão “este ponto de vista” refere-se à hipótese de que Machado de Assis NÃO tenha padecido de tormentos sociais e individuais. (O erro está na negação, pois os críticos sempre realçaram os tormentos de Machado de Assis, mas, após os estudos de Jean Michel, esse ponto de vista de o autor brasileiro ter padecido dessas tormentas ficou insustentável)

    "Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de Jean Michel Massa é difícil manter este ponto de vista."

    BONS ESTUDOS!!!

  • A questão nos traz perguntas analíticas que não se esgotam em apenas um assunto e é necessário o conhecimento em pontuação, período composto, semântica e morfologia. Vejamos:

    a) Incorreta.

    "os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar" Temos uma oração iniciado pelo "que" que retoma "críticos" podendo até trocar o "que" por "os quais". Dessa forma temos uma oração subordinada adjetiva restritiva (sem vírgula). O acréscimo de uma vírgula transformaria a oração subordinada adjetiva explicativa. Portanto, não deve isolar com vírgula, pelo contrário, é de livre escolha de quem escreve se vai por vírgula ou não.

    b) Incorreta.

    "Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de Jean Michel Massa é difícil manter este ponto de vista."

    Na verdade Machado de Assis padeceu de tormentos sociais e individuais.

    c) Incorreta.

    "Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua."

    A expressão original tem a ideia de adição de ideias, caso coloque "e não" mudaria para ideia de exclusão de ideias.

    d) Correta.

    "Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal."

    De fato, quando colocamos o artigo definido (a, o) é porque a intenção é de particularizar o substantivo e se caso não coloque, o objetivo é de generalizar o substantivo. Portanto, esta é a alternativa correta.

    e) Incorreta.

    Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza. (REDUZIDA)

    Homens que, apesar de serem da sua cor e ter começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza. (DESENVOLVIDA).

    Ao se colocar um conectivo de concessão, percebemos que temos uma oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio.

    GABARITO: D

  • N alternativa b, o q não se sustenta e a é a visão dos críticos de realçar e inventar ou o sofrimento de Machado de Assis?

  • Gabarito: D)


ID
4942681
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Bem resumidamente explico o que leva a alternativa C) ser correta.

    A) portanto não serve para enfatizar nada e, sim, serve para concluir algo. ERRADA

    B) 3ª pessoa do plural = eles. Logo, deveria ser conviriam para concordar. ERRADA.

    C) Introduz uma explicação de como foi a carreira do indivíduo. CORRETA

    D) Não faz referência a homens.., pois, se fizesse, deveria ser suas vidas (concordando em número) ERRADA

    Com quem sua faz referência: - Só lendo o texto para saber rsrs. Creio que concorda com a pessoa da qual fala o texto.

    E) Tipógrafo = regra das proparoxítonas, “repórter + funcionário = regra das paroxítonas. ERRADA

    GABARITO C)

    Olá, estou corrigindo redações para concurso, para mais informações envie email para fuvio10@outlook.com ou chame aqui! Experiência comprovada, por meio de provas corrigidas por bancas.

  • GABARITO C

    A) no quarto período, as vírgulas que isolam a conjunção “portanto” são dispensáveis, já que esse termo, na frase, serve apenas para enfatizar o imperativo negativo de “exagerar”.

    Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário (...)

    As vírgulas não são dispensáveis , uma vez que as conjunções coordenativas conclusivas, se deslocadas para qualquer parte da oração, são separadas por vírgula sempre: “Os atores fizeram um grande espetáculo; toda a plateia, portanto, os aplaudiu efusivamente (toda a plateia os aplaudiu efusivamente, portanto). (903 )

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) o verbo “convir”, no quinto período, está na terceira pessoa do plural por concordar com o termo “o tema do gênio versus destino”.

    conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. 

    1º A concordância não é com “o tema do gênio versus destino”.

    2º  não está na terceira pessoa do plural 

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) no sexto período, a vírgula que antecede a oração “a sua carreira foi plácida” pode ser trocada, sem prejuízo semântico para o texto, por dois pontos.

    Segundo a gramática, usamos dois pontos para introduzir Introduzir uma explicação ou enumeração.

    ex: Não é homem inteligente: Apenas estuda muito.

    ---------------------------------------------------------------------------------------------

    D) o pronome possessivo “sua”, no quinto período, faz referência aos “homens que acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais”.

    Sua - Não faz referência a Homens

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------

    E) as palavras “tipógrafo”, “repórter” e “funcionário”, no sexto período, inserem-se numa progressão semântica e são acentuadas pelo mesmo motivo.

    Tipógrafo - proparoxítona

    Repórter - paroxítona terminada em R

    Funcionário - Paroxítona terminada em ditongo.

    Bons estudos!

  • Na Alternativa D, o pronome possessivo “sua”, no quinto período, faz referência a MACHADO DE ASSIS. Para verificar isso, tem que ler o parágrafo anterior.

    BONS ESTUDOS!!!


ID
4942684
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o quarto parágrafo do texto, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro do item B?

  • o texto perde o sentido original
  • Fiquei em dúvida entre a A e a E. Alguém sabe explicar essa questão?

  • Acredito que o erro da B ao se transformar da voz passiva analítica para a passiva sintética é o seguinte:

    Voz passiva analítica: Ele ERA admirado e apoiado. Tinha admiradores e apoiadores.

    Voz passiva sintética (proposta pela questão): Ele mesmo admirava-se e apoiava-se.

    Portanto, ocorrendo uma mudança de sentido.

  • Legal você perder vários minutos fazendo a questão, errar e não ter o comentário do professor.

  • EXPLICAÇÃO DO ERRO LETRA E

    Conjunção conclusiva deslocada deve estar entre vírgulas, logo o então não pode ser substituído pelo portanto (conjunção conclusiva). O então é um advérbio de tempo com valor catafórico, pois refere-se a "antes dos sessenta anos".

    antes dos sessenta anos era uma espécie de patriarca das letras.

    A anáfora tem como função 'lembrar'. É o termo usado em um texto para relembrar ou retomar algo que já foi dito. Ao contrário da anáfora, a catáfora tem a função de anunciar o que vai ser dito. Esses termos são estudados em coesão textual. Por exemplo, a gramática tradicional diz que o demonstrativo 'este' é catafórico, porque deve referir-se a algo que será apresentado; e 'esse' é anafórico, porque refere-se a algo que já foi anunciado no texto ou no contexto. Por exemplo:

    «Essa história de usar nomes falsos para relatar fatos, me aborrece. Por isso, este meu relato vai com todos os nomes e sobrenomes.»

    Valor Discursivo

    O advérbio tem muitas funções discursivas, ou textuais. Vejamos:

    Valores Anafórico, Catafórico ou Dêitico

    Alguns advérbios de lugar:

    – Aí deve estar fazendo calor, mas aqui está um frio de doer. (valor dêitico)

    – Tanto no Rio como em São Paulo há tráfico de drogas. Enquanto aqui as UPPs vêm

    melhorando o cenário carioca, lá há outras intervenções. (valor anafórico)

    – Apenas lá é o lugar onde eu quero viver o fim da vida: Campos do Jordão. (valor

    catafórico)

    Alguns advérbios de tempo:

    – Ontem, muito sol; hoje, só chuva; amanhã será o quê? (valor dêitico)

    – Reinaldo chegou às duas da manhã bêbado. Foi acordar às duas da tarde do dia seguinte;

    só aí/então se deu conta que tinha de ligar para sua mãe. (valor anafórico)

    Advérbio de modo assim:

    – As mulheres sempre foram assim: leais e vingativas. (valor catafórico)

    – As meninas levavam os salgados, os rapazes levavam as bebidas e era assim que a gente

    fazia as festinhas. (valor anafórico)

    Percebemos com esses exemplos que os advérbios têm um papel coesivo muito importante

    dentro da construção do texto.

  • A questão envolve conceitos de voz passiva, concordância, semântica e morfologia. Vejamos:

    a) Correta.

    Ambos os verbos são construídos por verbo SER + PARTICÍPIO, dessa forma, dando ideia de ação contra o sujeito.

    (Ser) foi admirado

    (Ser) foi apoiado

    (Ser) era considerado

    Sendo assim, as três formas apresentadas estão na voz passiva analítica sem ter agente da passiva que é o agente que comete a ação contra o sujeito.

    b) Incorreta.

    A construção torna-se errada visto que a partícula "que" atuando como conjunção integrante atrai o pronome para trás do verbo.

    verificaremos que se admirou e se apoiou...

    Nota-se também uma ambiguidade entre a voz passiva e a voz reflexiva, pois é possível entender que ele admirou a si mesmo ou que ele apoiou a si mesmo.

    Portanto, tornou a correção errada e ainda mudou o sentido o tornando dúbio.

    c) Incorreta.

    Quando o núcleo do sujeito é acompanhado de NENHUM o verbo fica no singular.

    d) Incorreta.

    "Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos."  Sentindo de até então.

    “Os alunos mais velhos ocupavam-se de ciências humanas, exatas e biológicas; já os mais novos passavam o dia a brincar”. Aqui tem sentido a ideia de acrescentar uma ação de sentido oposto.

    Dessa forma, os dois "já" têm sentido diferentes.

    e) Incorreta.

    Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Não faz nenhum sentido você dizer: Já portanto era uma espécie de patriarca... Fica sem nexo, pois não tem sentido de concluir. O sentido é de "nesse momento ou naquele momento"

    Já naquele momento era uma espécie...

    GABARITO: A

  • Farei uma explicação sucinta:

    a) Correta. A voz passiva sintética assume a sequência verbo + pronome apassivador "se" + sujeito paciente enquanto a voz passiva analítica assume basicamente sujeito paciente + verbo "ser" conjugado + verbo principal no particípio:

    - Voz passiva sintética: Desde cedo, admirou-se e apoiou-se Machado de Assis (verbo + pronome apassivador "se" + sujeito).

    - Voz passiva analítica: Desde cedo, Machado de Assis foi admirado e apoiado (sujeito + verbo "ser" conjugado + particípio do verbo principal).

    b) Incorreta, porque aquela substituição sugerida provoca erro sintático. Perceba que a conjunção integrante "que" atrai o pronome oblíquo. Essa é a causa do erro nesta assertiva. Nesse caso, o pronome "se" é apassivador e não reflexivo!

    c) Incorreta. Analisemos o motivo:

    - [...] aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida [...]

    Nenhum é indefinido. Além disso, "ou" manifesta uma alternância entre a primeira ou a segunda opção. Portanto, a concordância verbal fica no singular e não há outra alternativa ali.

    d) Incorreta. "Já" traz sentido adversativo no exemplo da assertiva e pode ser substituída por "entretanto", "mas", "todavia" etc.. No entanto, o período referenciado no texto pela assertiva, "já" traz ideia temporal.

    e) Incorreta. Assim como na expressão "Desde então", a palavra "então" aparece como substituta aplausível para "aquele tempo" (Desde aquele tempo) e não com sentido conclusivo. Idem para "Já então", na qual "então" poderia ser substituída por "naquele tempo" (Já naquele tempo). Portanto, a sua substituição por "portanto" é descabida.


ID
4942687
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Algo que se nota claramente nos alunos, ao se iniciarem nos cursos universitários, é a inconsciência da diferença entre o seu próprio discurso e o discurso dos outros. Tudo se passa como se a pluralidade de discursos se resumisse a um continuum, no qual houvesse um acordo maior, um ponto de vista comum, uma continuidade entre o que eu falo e penso, de um lado, e o que todos os outros falam e pensam, de outro lado. A própria forma do falar deve ser igual. Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia. E por isso a atividade de desenvolver um trabalho científico, em que se utilizem citações, referências a outros textos e comentários, torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso: não há consciência da diferença entre o eu falar e os outros falarem, não há consciência da diferença de grau entre o meu discurso e o discurso dos outros, nem mesmo entre a diversidade dos discursos dos outros – por isso as técnicas de citações, notas de rodapé, referências bibliográficas etc. não fazem sentido, parecem apenas “frescuras” de acadêmicos, e é necessário um longo aprendizado para compreender sua verdadeira função. Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista: em geral, os alunos não conseguem compreender que esta é uma das funções do texto. E reproduzem discursos alheios, crentes que eles próprios estejam a falar. Por isso mesmo, neste livro insistimos nas notas de rodapé, referências, citações: para que muitos falem.

MATTAR, João. Filosofia e ética na administração. SPaulo: Saraiva, 2004.

Sobre o texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o verbo "iniciar" aceite regência com ou sem preposição, todavia, a semântica do seu uso é alterada pela presença do elo de ligação.

    Gabarito letra C!

  • Algumas considerações:

    C) na oração “ao se iniciarem nos cursos universitários”, a supressão da preposição “em” implicaria mudança de sentido, mas não exigiria outras alterações na frase. (CORRETA. A oração ficaria assim: "ao se iniciarem os cursos universitários", percebam que a supressão da preposição não causa nenhum prejuízo gramatical, apenas de sentido, pois naquela os alunos iniciam no curso e nesta o curso é iniciado.

    D) no segundo período, os termos “acordo maior”, “ponto de vista comum” e “continuidade” fazem referência à pluralidade dos discursos defendida pelo autor. (ERRADA. Acredito que os termos destacados fazem referência ao termo "continuum" e não à "pluralidade". Vejam: "Tudo se passa como se a pluralidade de discursos se resumisse a um continuum, no qual houvesse um acordo maior, um ponto de vista comum, uma continuidade entre o que eu falo e penso..."

    Qualquer equívoco me avisem...

    BONS ESTUDOS!!!

  • Assertiva C

    na oração “ao se iniciarem nos cursos universitários”, a supressão da preposição “em” implicaria mudança de sentido, mas não exigiria outras alterações na frase.

  • ao se iniciarem nos cursos universitários

    'nos' = em + os


ID
4942690
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Algo que se nota claramente nos alunos, ao se iniciarem nos cursos universitários, é a inconsciência da diferença entre o seu próprio discurso e o discurso dos outros. Tudo se passa como se a pluralidade de discursos se resumisse a um continuum, no qual houvesse um acordo maior, um ponto de vista comum, uma continuidade entre o que eu falo e penso, de um lado, e o que todos os outros falam e pensam, de outro lado. A própria forma do falar deve ser igual. Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia. E por isso a atividade de desenvolver um trabalho científico, em que se utilizem citações, referências a outros textos e comentários, torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso: não há consciência da diferença entre o eu falar e os outros falarem, não há consciência da diferença de grau entre o meu discurso e o discurso dos outros, nem mesmo entre a diversidade dos discursos dos outros – por isso as técnicas de citações, notas de rodapé, referências bibliográficas etc. não fazem sentido, parecem apenas “frescuras” de acadêmicos, e é necessário um longo aprendizado para compreender sua verdadeira função. Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista: em geral, os alunos não conseguem compreender que esta é uma das funções do texto. E reproduzem discursos alheios, crentes que eles próprios estejam a falar. Por isso mesmo, neste livro insistimos nas notas de rodapé, referências, citações: para que muitos falem.

MATTAR, João. Filosofia e ética na administração. SPaulo: Saraiva, 2004.

Sobre o texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Como eu poderia ter errado essa
  • uma questão dessa sem comentário do professor pqp

  • Assertiva B

    o terceiro período – “a própria forma do falar deve ser igual” – revela a diferença existente entre o conteúdo do discurso e a sua forma.

    (...) A própria forma do falar deve ser igual. Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia. E por isso a atividade de desenvolver um trabalho científico, em que se utilizem citações, referências a outros textos e comentários, torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso: não há consciência da diferença entre o eu falar e os outros falarem, não há consciência da diferença de grau entre o meu discurso e o discurso dos outros, nem mesmo entre a diversidade dos discursos dos outros – por isso as técnicas de citações, notas de rodapé, referências bibliográficas etc(.....)

  • gabarito letra B

    A) o terceiro período – “a própria forma do falar deve ser igual” – expressa literalmente o ponto de vista do autor. ➡ errado, ele somente explica algo. a própria forma do falar deve ser igual (a dos outros)

    B)o terceiro período – “a própria forma do falar deve ser igual” – revela a diferença existente entre o conteúdo do discurso e a sua forma. ➡ certo, pois os alunos tem certa "dificuldade" em escrever e diferenciar o discurso dos outros (citações referencias...)

    no texto: "é a inconsciência da diferença entre o seu próprio discurso e o discurso dos outros." ou seja, eles ainda são meio imaturos nesse sentido. ai quando fazem trabalho notam essa dificuldade para separar o discurso deles do discurso de outras pessoas.

    C)o quarto período – “Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia” – expressa literalmente o ponto de vista do autor. ➡ errado, ele explica que em atividade de desenvolver cientifica uma tarefa cientifica o seu discurso não pode prejudicar o discurso de um outro citado (não pode prejudicar a harmonia)

    D)no quarto período, o termo “essa harmonia” refere-se à coincidência entre o discurso do autor e o dos alunos universitários. ➡ errado, é a harmonia entre o discurso que eles citam de outros e o discurso deles

    E)no quinto período, a preposição “em”, no trecho “em que se utilizem citações” pode ser suprimida . ➡ errado, o professor Celso Pedro Luft, em seu Dicionário prático de regência verbal na página 524 nos ensina que a preposição EM é regida pelo verbo utilizar e deve ficar antes do pronome relativo QUE.

    ➡ utilizar as citações EM trabalhos científicos.

    bons estudos


ID
4942693
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Algo que se nota claramente nos alunos, ao se iniciarem nos cursos universitários, é a inconsciência da diferença entre o seu próprio discurso e o discurso dos outros. Tudo se passa como se a pluralidade de discursos se resumisse a um continuum, no qual houvesse um acordo maior, um ponto de vista comum, uma continuidade entre o que eu falo e penso, de um lado, e o que todos os outros falam e pensam, de outro lado. A própria forma do falar deve ser igual. Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia. E por isso a atividade de desenvolver um trabalho científico, em que se utilizem citações, referências a outros textos e comentários, torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso: não há consciência da diferença entre o eu falar e os outros falarem, não há consciência da diferença de grau entre o meu discurso e o discurso dos outros, nem mesmo entre a diversidade dos discursos dos outros – por isso as técnicas de citações, notas de rodapé, referências bibliográficas etc. não fazem sentido, parecem apenas “frescuras” de acadêmicos, e é necessário um longo aprendizado para compreender sua verdadeira função. Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista: em geral, os alunos não conseguem compreender que esta é uma das funções do texto. E reproduzem discursos alheios, crentes que eles próprios estejam a falar. Por isso mesmo, neste livro insistimos nas notas de rodapé, referências, citações: para que muitos falem.

MATTAR, João. Filosofia e ética na administração. SPaulo: Saraiva, 2004.

Sobre o quinto período do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Parênteses =/= Aspas

  • ...torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso...

    gabarito D

  • >o  termo “frescuras” foi utilizado entre parênteses...<

    O termo foi utilizado entre aspas e não entre parênteses.

  • Qual o erro da "A" ?

  • texto confuso


ID
4942696
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Algo que se nota claramente nos alunos, ao se iniciarem nos cursos universitários, é a inconsciência da diferença entre o seu próprio discurso e o discurso dos outros. Tudo se passa como se a pluralidade de discursos se resumisse a um continuum, no qual houvesse um acordo maior, um ponto de vista comum, uma continuidade entre o que eu falo e penso, de um lado, e o que todos os outros falam e pensam, de outro lado. A própria forma do falar deve ser igual. Nada deve nem pode prejudicar essa harmonia. E por isso a atividade de desenvolver um trabalho científico, em que se utilizem citações, referências a outros textos e comentários, torna-se em geral tão árdua, cansativa e dolorosa para os alunos, mesmo no último ano do curso: não há consciência da diferença entre o eu falar e os outros falarem, não há consciência da diferença de grau entre o meu discurso e o discurso dos outros, nem mesmo entre a diversidade dos discursos dos outros – por isso as técnicas de citações, notas de rodapé, referências bibliográficas etc. não fazem sentido, parecem apenas “frescuras” de acadêmicos, e é necessário um longo aprendizado para compreender sua verdadeira função. Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista: em geral, os alunos não conseguem compreender que esta é uma das funções do texto. E reproduzem discursos alheios, crentes que eles próprios estejam a falar. Por isso mesmo, neste livro insistimos nas notas de rodapé, referências, citações: para que muitos falem.

MATTAR, João. Filosofia e ética na administração. SPaulo: Saraiva, 2004.

Sobre o texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A-   a principal função do texto é, segundo o autor, estabelecer diálogos entre diferentes pontos de vista por meio de citações, notas de rodapé e citações bibliográficas. Errado

    verdadeira função/ funções do texto

    B-   no sexto período, o pronome demonstrativo “esta”, no trecho “esta é uma das funções do texto” faz referência às orações contidas no sétimo período. Errado

    Qual a função do texto? Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista.

    O “esta” retoma o período anterior.

    C-  no sétimo período, o pronome “eles”, no trecho “crentes que eles próprios estejam a falar”, refere-se antecedente imediatamente anterior “discursos alheios”. Errado.

    Eles próprios? Os alunos

    D-  no sétimo período, no trecho “crentes que eles próprios estejam a falar”, a palavra “próprios” pode ser substituída pela palavra “mesmo”, desde que esta fique no singular. Errado.

    Fui na concordância mesmo.

    E-   para os universitários, as citações, notas de rodapé e citações bibliográficas parecem “frescuras” porque eles não têm consciência da diversidade dos discursos. correto

    #nãoestásendofácil

    Erros avisem-me!

  • LETRA E).

    LETRA A). ERRADA.

    "Estabelecer diálogos entre diferentes pontos de vista..." não é a PRINCIPAL função do texto, e sim UMA DAS PRINCIPAIS funções (6º período).

    LETRA B). ERRADA.

    O pronome demonstrativo "esta" faz referência a algo próximo que é "Estabelecer um diálogo entre diferentes pontos de vista" (6º período).

    LETRA C).ERRADA.

    Refere-se a "alunos".

    LETRA D). ERRADA.

    Não é adequado o emprego de "mesmo" fazendo referência a pessoas.

    LETRA E). CORRETA.

  • A D é igual à Q1329974.


ID
4942699
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o texto a seguir, um fragmento de “Memorial de Aires”, de Machado de Assis, em que o narrador, o Conselheiro Aires, relata, em dois fragmentos, acontecimentos referentes à abolição da escravidão.


7 de maio

    O ministério apresentou hoje à Câmara o projeto da abolição. É a abolição pura e simples. Dizem que em poucos dias será lei.


13 de maio

    Enfim, lei. Nunca fui, nem o cargo me consentia ser propagandista da abolição, mas confesso que senti grande prazer quando soube da votação final do Senado e da sanção da Regente. Estava na Rua do Ouvidor, onde a agitação era grande e a alegria geral.

    Um conhecido meu, homem de imprensa, achando-me ali, ofereceu-me um lugar no carro, que estava na Rua Nova, e ia enfileirar no cortejo organizado para rodear o paço da cidade, e fazer ovação à Regente. Estive quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento, mas os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram melhor que as rédeas do cocheiro aos cavalos do carro, e recusei. Recusei com pena. Deixei-os, a ele e aos outros, que se ajuntaram e partiram da Rua Primeiro de Março. Disseram-me depois que os manifestantes erguiam-se nos carros, que iam abertos, e faziam grandes aclamações, em rente ao paço, onde estavam também todos os ministros. Se eu lá fosse, provavelmente faria o mesmo e ainda agora não me teria entendido... Não, não faria nada; meteria a cara entre os joelhos.

ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. São Paulo: Cultrix, sd.

Sobre o texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Caros professoras do QConcursos, por favor, vamos comentar as questões explicando os pormenores e tirando as dúvidas pertinentes ao assunto.

  • eu morri de duvidas nessa questão ¬¬

  • Gabarito: A) no período “Dizem que em poucos dias será lei”, pode-se substituir, sem prejuízo semântico, a forma verbal “dizem” por “diz-se”, apesar das diferenças sintáticas das duas construções. ✅

    Período: "  O ministério apresentou hoje à Câmara o projeto da abolição. É a abolição pura e simples. Dizem que em poucos dias será lei. "

    Como o verbo dizer está na 3ª pessoa do plural e não faz referência a ninguém que foi citado anteriormente, ele não tem sujeito. Da mesma maneira que “diz-se”

    Exemplos:

    →Durante a noite assaltaram o colégio onde eu trabalho.

    Gasta-se muito dinheiro na criação de um filho

    Casos de sujeito indeterminado: A língua portuguesa indetermina o sujeito de duas maneiras: Empregando o verbo na 3.ª pessoa singular ou plural, sendo este último caso o mais comum, sem referência a pessoas determinadas: Estão chamando.

    B) o segundo período do dia 13 de maio corresponde, semanticamente, a “Confesso que senti grande prazer quando soube da votação final do Senado e da sanção da Regente, porque nunca fui, nem o cargo me consentia ser propagandista da abolição”.

    Errado, ele confessa que ficou feliz quando ocorreu o processo para abolição... "mas confesso que senti grande prazer quando soube da votação final do Senado e da sanção da Regente."

    C) no terceiro período do primeiro parágrafo do dia 13 de maio, o pronome relativo “onde” poderia ter sido preposicionado, assumindo a forma “aonde”, graças à regência do verbo da oração adjetiva.

    Errado, não há termo regente.

    D) no quarto período do segundo parágrafo do dia 13 de maio, nos termos “a ele” e “aos outros”, as duas ocorrências da preposição “a” são obrigatórias, já que esse fenômeno se deve à regência do verbo “deixar”.

    Errado, segundo o dicionário a regência de "Deixar" é verbo transitivo direto. Exemplo: deixou o apartamento.

    E) no quinto período do segundo parágrafo do dia 13 de maio, os verbos “dizer” e “fazer” foram flexionados na terceira pessoa do plural pelo mesmo motivo

    Errado, pois "ele e os outros https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/2910dfb3-3a Disseram-me " e "os manifestantes → faziam grandes aclamações"

    Qualquer erro manda mensa, bons estudos

  • Assertiva A

    no período “Dizem que em poucos dias será lei”, pode-se substituir, sem prejuízo semântico, a forma verbal “dizem” por “diz-se”, apesar das diferenças sintáticas das duas construções.

  • gab A, na primeira estrutura sintática, o "dizem" tem sujeito indeterminado. No outro estaria apassivando, com a oração subordinada substantiva subjetiva

  • QUESTÃO SEM GABARITO

    Há sim prejuízo semântico na alternativa A. Na primeira hipótese apresentada (que é a original), o sujeito é indeterminado; na segunda, o sujeito é a expressão que em poucos dias será lei, indicada pelo pronome apassivador. Mudança de sujeito implica mudança semântica. Portanto, não há gabarito.


ID
4942702
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o texto a seguir, um fragmento de “Memorial de Aires”, de Machado de Assis, em que o narrador, o Conselheiro Aires, relata, em dois fragmentos, acontecimentos referentes à abolição da escravidão.


7 de maio

    O ministério apresentou hoje à Câmara o projeto da abolição. É a abolição pura e simples. Dizem que em poucos dias será lei.


13 de maio

    Enfim, lei. Nunca fui, nem o cargo me consentia ser propagandista da abolição, mas confesso que senti grande prazer quando soube da votação final do Senado e da sanção da Regente. Estava na Rua do Ouvidor, onde a agitação era grande e a alegria geral.

    Um conhecido meu, homem de imprensa, achando-me ali, ofereceu-me um lugar no carro, que estava na Rua Nova, e ia enfileirar no cortejo organizado para rodear o paço da cidade, e fazer ovação à Regente. Estive quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento, mas os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram melhor que as rédeas do cocheiro aos cavalos do carro, e recusei. Recusei com pena. Deixei-os, a ele e aos outros, que se ajuntaram e partiram da Rua Primeiro de Março. Disseram-me depois que os manifestantes erguiam-se nos carros, que iam abertos, e faziam grandes aclamações, em rente ao paço, onde estavam também todos os ministros. Se eu lá fosse, provavelmente faria o mesmo e ainda agora não me teria entendido... Não, não faria nada; meteria a cara entre os joelhos.

ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. São Paulo: Cultrix, sd.

Assinale a alternativa em que o período “Estive quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento, mas os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram” está reescrito de acordo com as recomendações da norma culta e preserva o sentido original do texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFICIAL = E

    " está reescrito de acordo com as recomendações da norma culta e preserva o sentido original do texto."

    A) Os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram, embora estive quase, quase a aceitar, por isso era meu atordoamento.

    ESTIVESSE

    por isso = Altera o sentido

    --------------------------------------------------------

    B) Como estivesse quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento; os meus hábitos – embora quietos –, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram.

    “Estive quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento, mas os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram” ...

    Como = causal = Altera o sentido.

    ---------------------------------------------------------

    C) Os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram, pois estava quase, quase a aceitar, tal era meu atordoamento.

    Pois = Altera o sentido.

    ---------------------------------------------------------

    D) Estive quase, quase a aceitar, ainda que meu atordoamento fosse grande, mas os meus hábitos quietos, os costumes diplomáticos, a própria índole e a idade me retiveram.

    Ainda que = causal = Altera o sentido

    ----------------------------------------------------------

    Bom, esse foi a maneira que encontrei para resolver. Caso haja algum equívoco ou algo a acrescentar, comunique-me TMJ.

    Bons estudos!

  • na letra D não seria uma concessiva.?


ID
4942705
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, que servirá de apoio para a questão.


REVERÊNCIA AO DESTINO

    Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

    Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

    Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

    Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

    Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

    Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

    E é assim que perdemos pessoas especiais.

    Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

    Difícil é mentir para o nosso coração.

    Fácil é ver o que queremos enxergar. 

    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

    Fácil é querer ser amado.

    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

    Fácil é ouvir a música que toca.

    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

    Fácil é ditar regras.

    Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

    Fácil é perguntar o que deseja saber.

    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

    Fácil é dar um beijo.

    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

    Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

    Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

    Fácil é sonhar todas as noites.

    Difícil é lutar por um sonho.

    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Após a leitura do texto, assinale a alternativa correta quanto à interpretação das mensagens deixadas pelo poeta Carlos Drummond de Andrade nesse poema.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Que poema lindo!

    Fácil é sonhar todas as noites.

        Difícil é lutar por um sonho.

    Avante, guerreiros!

  • O comando da pergunta era de interpretação e não de compreensão de texto. A letra "C" é o gabarito da questão.

    • Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    • As despedidas são muito difíceis quando a responsabilidade pela partida é nossa.

ID
4942708
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, que servirá de apoio para a questão.


REVERÊNCIA AO DESTINO

    Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

    Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

    Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

    Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

    Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

    Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

    E é assim que perdemos pessoas especiais.

    Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

    Difícil é mentir para o nosso coração.

    Fácil é ver o que queremos enxergar. 

    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

    Fácil é querer ser amado.

    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

    Fácil é ouvir a música que toca.

    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

    Fácil é ditar regras.

    Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

    Fácil é perguntar o que deseja saber.

    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

    Fácil é dar um beijo.

    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

    Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

    Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

    Fácil é sonhar todas as noites.

    Difícil é lutar por um sonho.

    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

A análise morfossintática do termo grifado está correta em todas as alternativas, exceto em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E)

    Saber que se é realmente amado. (Oração Subordinada Adjetiva) INCORRETO!

    que = CSI (Conj. Subord. Integrante)

    Saber que se é realmente amado. (Or. Subord. Substantiva Objetiva Direta) CORRETO

    A oração ocupa o lugar do OD.

    Olá, estou corrigindo redações para concurso, para mais informações envie email para fuvio10@outlook.com ou chame aqui! Experiência comprovada, por meio de provas corrigidas por bancas.

  • análise sintática requer o reconhecimento de função exercida por palavras ou segmentos maiores no interior de uma estrutura. As possíveis funções são estas:

    → Adjunto adnominal;

    → Adjunto adverbial;

    → Agente da passiva;

    → Aposto;

    → Complemento nominal;

    → Objeto direto;

    → Objeto indireto;

    → Predicado;

    → Predicativo do objeto;

    → Predicativo do sujeito;

    → Sujeito.

    Convém salientar que a função sintática discrepa significativamente da classificação morfológica. Esta última diz respeito à morfologia, ou seja, à classe gramatical a que pertence as palavras, que são dez:

    I - Adjetivo;

    II - Advérbio;

    III - Artigo;

    IV - Conjunção;

    V - Interjeição;

    VI - Numeral;

    VII - Preposição;

    VIII - Pronome;

    IX - Substantivo;

    X - Verbo.

    À exceção das conjunções, interjeições, preposições e verbos, cada palavra integrante dessas classes gramaticais, isoladamente ou em conjunto, exerce alguma função sintática na estrutura.

    a) Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. (sujeito paciente)

    Correto. A partícula "que" resgata o substantivo "pessoas" e exerce função de sujeito da oração à qual pertence;

    b) Ou ter coragem pra fazer. (objeto direto)

    Correto. O segmento em destaque exerce função de complemento verbal direto do verbo "ter";

    c) Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo. (adjunto adverbial)

    Correto. O segmento em destaque adita uma informação postiça, acessória;

    d) Sinceramente, por inteiro. (adjuntos adverbiais)

    Correto. Respectivamente, há um advérbio e uma locução adverbial. Ambos exercem função sintática de adjunto adverbial;

    e) Saber que se é realmente amado. (oração subordinada adjetiva)

    Incorreto. O segmento em destaque é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou seja, exerce a função sintática de objeto direto.

    Letra E

  • Oração subordinadas não se caracterizam como aspecto morfossintático, visto que não são elementos de expressão morfológica ou sintática.

    Gabarito letra E!

  • Gab - E

    Observações:

    Na A, valem as palavras de Rocha Lima:

    "Além de servirem de ligação oracional, os relativos desempenham uma função sintática no corpo da oração a que pertencem.

    Examinemos este período de Rachel de Queiroz:

    “Era uma vez, já faz muito tempo, havia um homem / que era ateu.

    O sujeito da oração adjetiva “que era ateu” está representado nela pelo pronome relativo que, cujo antecedente é — um homem.

    Cumpre assinalar que a função sintática do relativo nada tem que ver com a função sintática do seu antecedente. Embora o relativo, como sabemos, reproduza a significação do antecedente, o que importa é o papel que ele, relativo, exerce na oração em que figura.

    No período citado, esta verdade se nos mostra de maneira claríssima: na oração principal, o termo um homem serve de objeto direto a “havia”; contudo, o pronome relativo (que, na oração adjetiva, está posto em lugar de um homem) funciona como sujeito de “era”" (Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 49ª edição. 2011. Editora José Olympio. Rio de Janeiro. 655 páginas. ISBN 9788503010221. Páginas 333-4).

    Não há dúvida, portanto, de que o pronome relativo é o sujeito de estão sendo expostas, mas o que dizer sobre a passividade? O agente da passiva está presente, é circunstâncias, portanto também não há dúvida aqui.

  • Em suma, a referida alternativa traz uma oração subordinada substantiva que exerce função sintática de objeto direto, sendo introduzida por uma conjunção integrante, quando desenvolvida. A oração subordinada adjetiva é uma oração introduzida por um pronome relativo, quando desenvolvida, e que tem função sintática de adjunto adnominal. Outra forma de diferenciar é observar se a oração em questão pode ser substituída por um substantivo, tal como "isso". Se a troca for possível, trata-se de uma oração substantiva e, como tal, não pode ser adjetiva.

    Gabarito: E


ID
4942711
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, que servirá de apoio para a questão.


REVERÊNCIA AO DESTINO

    Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

    Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

    Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

    Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

    Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

    Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

    E é assim que perdemos pessoas especiais.

    Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

    Difícil é mentir para o nosso coração.

    Fácil é ver o que queremos enxergar. 

    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

    Fácil é querer ser amado.

    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

    Fácil é ouvir a música que toca.

    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

    Fácil é ditar regras.

    Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

    Fácil é perguntar o que deseja saber.

    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

    Fácil é dar um beijo.

    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

    Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

    Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

    Fácil é sonhar todas as noites.

    Difícil é lutar por um sonho.

    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

“Falar é completamente fácil...”


Assinale a alternativa em que o termo destacado tenha a mesma função sintática do termo grifado no período acima.

Alternativas
Comentários
  • Regência Verbal

    “Falar é completamente fácil...

    é = verbo de ligação, então, terá um Predicativo do Sujeito.

    completamente = advérbio que pode ser suprimido ou, ainda, isolado por um par de vírgulas.

    fácil = adjetivo que qualifica. Logo, é o PS.

    Assim, temos de achar um PS nas alternativas.

    Direto ao ponto. O único verbo de ligação é o "tornou-se", logo, após ele há um PS (um grande companheiro.)

    "tornou-se" = inclusive é o macete que trocamos com outros verbos para sabermos se é Verbo de ligação

    GABARITO D)

    O que são as outras alternativas:

    A) Sueli comprou um lindo lençol de linho.

    VTD = OD

    B) Márcio adora ser notado.

    VTD = OD

    C) Verônica deu um belo presente a seu chefe.

    VTDI = OD + OI

    E) O apelo foi ouvido por todos.

    Locução verbal: Voz Passiva.

    por todos.= agente da passiva.

    Desenvolvendo:

    Todos ouviram o apelo.

    Olá, estou corrigindo redações para concurso, para mais informações envie email para fuvio10@outlook.com ou chame aqui! Experiência comprovada, por meio de provas corrigidas por bancas.

  • O enunciado solicita, em termos distintos, a função sintática de predicativo do sujeito, consoante consta abaixo:

    “Falar é completamente fácil...”

    Cotejemos agora o trecho acima com as alternativas de respostas a seguir:

    a) Sueli comprou um lindo lençol de linho.

    Incorreto. Trata-se de um objeto direto;

    b) Márcio adora ser notado.

    Incorreto. Trata-se de um objeto direto;

    c) Verônica deu um belo presente a seu chefe.

    Incorreto. Trata-se de um objeto direto;

    d) Marcelo tornou-se um grande companheiro.

    Correto. O segmento em destaque adita uma informação acerca do sujeito "Marcelo". Classifica-se, pois, em predicativo do sujeito;

    e) O apelo foi ouvido por todos.

    Incorreto. Trata-se do agente da passiva.

    Letra D

  • “Falar é completamente fácil..."

    Trata-se de um predicativo do sujeito que caracteriza o sujeito oracional "falar" e é isolado deste por um verbo de ligação. Logo, a questão exige a alternativa em que o termo grifado exerça função de predicativo do sujeito.

    a) trata-se de objeto direto;

    b) trata-se de objeto direto oracional;

    c) trata-se de objeto direto;

    e) trata-se de agente da passiva;

    Gabarito: D


ID
4942714
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, que servirá de apoio para a questão.


REVERÊNCIA AO DESTINO

    Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

    Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

    Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

    Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

    Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

    Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

    E é assim que perdemos pessoas especiais.

    Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

    Difícil é mentir para o nosso coração.

    Fácil é ver o que queremos enxergar. 

    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

    Fácil é querer ser amado.

    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

    Fácil é ouvir a música que toca.

    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

    Fácil é ditar regras.

    Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

    Fácil é perguntar o que deseja saber.

    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

    Fácil é dar um beijo.

    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

    Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

    Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

    Fácil é sonhar todas as noites.

    Difícil é lutar por um sonho.

    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

A justificativa correta sobre o emprego da vírgula, no período “Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados” , é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - A

    A) separar orações de mesma função sintática.

    A vírgula separa elementos coordenados em enumerações com a mesma função sintática, quando não separados pelas conjunções e, ou, nem.

    “Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados”

    Ana, Carolina, Joana e Luísa foram promovidas pelo diretor da empresa.

    A grande confusão acontece , porque algumas gramáticas , como a que eu estou neste momento, dizem: " termos em enumeração ou da mesma função sintática".

    O que não se confunde : "Separa termos de mesma função sintática, numa enumeração.

    – Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas na redação oficial."(897)

    -------------------------------------------------------------

    B) separar orações coordenadas sindéticas.

    Orações coordenadas sindéticas = com conjunções.

    Ex: Os atores fizeram um grande espetáculo, por isso toda a plateia os aplaudiu efusivamente. 

    Não confunda com orações coordenadas assindéticas = SEM CONJUNÇÃO

    Separa orações coordenadas assindéticas.

    – Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as ideias na cabeça.

    --------------------------------------------------------------------------------

    Fontes: Spadoto, 978.

    Fernando Pestana, aula 28.

    Equívocos? Mande msg..

    Bons estudos!

  • Sintaxe

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados

    O que é fácil? Isso. (Sujeito oracional)

    Ou seja, cada verbo (oração) faz parte do sujeito oracional.

    Assim, eliminamos C) e D), pois são orações.

    Na E) não há sujeitos diferentes, pois faz parte de um único sujeito oracional.

    Ficamos entre A) e B).

    GABARITO A) Separar orações de mesma função sintática (função essa de sujeito)

    B) Separar orações coordenadas sindéticas.

    Não é, pois as orações guardam relação uma com as outras, fazendo parte de algo maior que é o sujeito oracional + não tem conjunções para ser sindéticas.

    Olá, estou corrigindo redações para concurso, para mais informações envie email para fuvio10@outlook.com ou chame aqui! Experiência comprovada, por meio de provas corrigidas por bancas.

  • Não entendi, não há uma enumeração tambénm?

  • “Fácil é abraçar, fácil é apertar as mãos, fácil é beijar de olhos fechados”

  • A justificativa pra seriam as letras A e C.

  • DUPLO GABARITO

    Os predicativos oracionais são enumerados no enunciado. A e C estão corretíssimas.

  • ''Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados”

    São verbos e fazem o papel de sujeito (oracional) do verbo ser - encontrado em sua forma conjugada na 3°pessoa do indicativo.


ID
4942717
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, que servirá de apoio para a questão.


REVERÊNCIA AO DESTINO

    Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

    Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

    Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

    Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

    Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

    Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

    Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

    Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

    E é assim que perdemos pessoas especiais.

    Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

    Difícil é mentir para o nosso coração.

    Fácil é ver o que queremos enxergar. 

    Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

    Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

    Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

    Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

    Fácil é querer ser amado.

    Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

    Fácil é ouvir a música que toca.

    Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

    Fácil é ditar regras.

    Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

    Fácil é perguntar o que deseja saber.

    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

    Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

    Fácil é dar um beijo.

    Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

    Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

    Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

    Fácil é sonhar todas as noites.

    Difícil é lutar por um sonho.

    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Assinale a alternativa cujas palavras devam ser acentuadas obedecendo, respectivamente, às mesmas regras dos seguintes vocábulos transcritos do texto:


fácil/ telefônica/ alguém/ várias

Alternativas
Comentários
  • FÁCIL = paroxítona terminada em "L"

    TELEFÔNICA = proparoxítona

    ALGUÉM = oxítona com mais de uma sílaba terminada em "EM"

    VÁRIAS = proparoxítona

  • GABARITO - B

    Em relação às outras:

    a) fóssil/ faraônico/ ninguém/ matéria

    c) funil/ toxico/ líquen/ barbárie

    d) útil/ maníaco/ hífen/ serio

    e) barril/ cínico/ porem/ vitória

  • fácil/ telefônica/ alguém/ várias = paroxítona/proparoxítona/oxítona/paroxítona -> fÓssil/ faraÔnico/ ninguÉm/ matÉria

  • Alguém sabe me responder porque as demais estão erradas por favor ??

    Fiquei na duvida na letra A

  • fácil: paroxítona terminada em L telefônico: proparoxítonas (todas são acentuadas) alguém: acentuam-se as oxítonas terminadas em "a, e, o, em, ens". várias: paroxítona terminada em ditongo crescente. tórax: acentuam-se as paroxítonas terminadas em LINUSPSÃ RUMUNSONXÃO. único: acentuam-se todas as proparoxítonas idem: não são acentuadas as paroxítonas terminadas em "em". acentuam-se as paroxítonas terminadas em LINUSPSÃ RUMUNSONXÃO. cárie: paroxítonas terminadas em ditongo crescente; fóssil: acentuam-se as paroxítonas terminadas em LINUSPSÃ RUMUNSONXÃO faraônico: proparoxítonas. ninguém: acentuam-se as as oxítonas terminadas em a, e, o, em, ens. matéria: paroxítona terminada em ditongo crescente funil: oxítona terminada em a, e, o, em, ens. tóxico: proparoxítonas liquém: acentuam-se as oxítonas terminadas em a, e, o, em, ens. barbárie: paroxítona terminada em ditongo. útil: acentuam-se as paroxítonas terminadas em LINUSPSÃ RUMUNSONXÃO maníaco: proparoxítonas hifen: paroxítonas LINUSPSÃ RUMUNSONXÃO sério: paroxítona terminada em ditongo crescente barril: oxítonas a, e, o, em, ens único: proparotixonas porém: oxítonas terminadas em "a, e, o, em, ens". Vitória: paroxítona terminada em ditongo crescente.
  • Mole feito sopa de minhoca

  • fácil/ telefônica/ alguém/ várias

    ALTERNATIVA B

    fÓssil/ faraÔnico/ ninguÉm/ matÉria

  • Pra quem ficou na dúvida do maníaco:

    A sílaba tônica é ní portanto é um hiato:Vogal+Semivogal por isso se separa:ma-ní-a-co.

  • QUESTÃO SEM GABARITO

    O motivo da acentuação em telefônica é a pronúncia proparoxítona, já em faraônico o motivo é o hiato.


ID
4942720
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual o efeito da função =AGORA() no Microsoft Excel 2.000?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D

    Uso para memorizar :

    Agora rima com data e hora

    AGORA = DATA E HORA

    HOJE = Retorna o número de série da data atual.

    A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que abrir a planilha.

    Fonte: Microsoft.

  • Assertiva D

     função =AGORA() = Retorna a data e a hora atual.

  • A questão aborda conhecimentos acerca das funcionalidades das funções do Excel, mais especificamente quanto à função “AGORA”.

    A)     Incorreta – A função que retorna somente a data atual é a função “HOJE”.

    B)     Incorreta – A função “AGORA” retornará a data e hora atuais. Vale destacar que a função é atualizada quando a planilha é modificada, retornando a data e hora da atualização.

    C)     Incorreta – Não há uma função que retorna somente a hora atual.

    D)     Correta – A função “AGORA” retornará a data e hora atuais.

    E)     Incorreta – Retornará da última modificação da planilha e não de quando a planilha foi salva.

    Gabarito – Alternativa D.  


ID
4942723
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A Internet é uma ferramenta que permite, entre outras possibilidades, a busca por conhecimento. O navegador mais popular atualmente é o Microsoft Internet Explorer. No entanto, alguns sites são programados para abrir caixas com propaganda e demais assuntos que podem atrapalhar a produtividade. Essas caixas são chamadas de pop-ups.


Pode-se configurar o Microsoft Internet Explorer para bloquear esses Pop-ups? Como? Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • desatualizada, quer dizer, tenho certeza de que o novo navegador padrão da Microsoft possui a opção para bloquear essas janelas. O IE eu não sei, mas não apostaria que não tem hj em dia.

  • Totalmente desatualizada, no Internet Explorer 11 bloqueia pop-ups através do menu ferramentas/bloqueador de pop-ups/desativar bloqueador de pop-ups.

  • Assertiva correta letra A / Questão DESATUALIZADA - CUIDADO

    BLOQUEADOR DE POP-UPS:

    Internet explorer > botão ferramentas > Opções de internet > na guia PRIVACIDADE você escolhe o que deseja fazer, inclusive bloquear.

    Ps: ainda coloquei o filtro de retirar questão desatualizada, mas mesmo assim essa veio.

  • 2006 por isso que errei kkk que susto


ID
4942726
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Se for necessária a conversão da primeira letra de um texto localizado em uma célula de uma planilha Microsoft Excel 2000, qual função deve-se utilizar?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -A

    A função = =PRI.MAIÚSCULA(texto)

    Coloca em maiúscula a primeira letra e todas as outras letras que seguem um caractere que não seja uma letra em uma cadeia de texto. Converte todas as outras letras da cadeia de texto em letras minúsculas.

    Fonte:

    https://support.microsoft.com/pt-br/office/pri-mai%C3%BAscula-fun%C3%A7%C3%A3o-

    pri-mai%C3%BAscula-61db8dc3-a6ca-456e-ab1b-e93ad47da569#:~:text=MAI%C3%9ASCULA),-O%20SharePoint%20no&text=Coloca%20em%20mai%C3%BAscula%20a%20primeira,de%20texto%20

    em%20letras%20min%C3%BAsculas.

  • =PRI.MAIÚSCULA("este é um TÍTULO") Formato apropriado da cadeia de caracteres (Este É Um Título)

    =PRI.MAIÚSCULA("vale 2 centavos") Formato apropriado da cadeia de caracteres (Vale 2 Centavos)

    =PRI.MAIÚSCULA("76OrçaMento") Formato apropriado da cadeia de caracteres (76Orçamento)

  • A questão aborda conhecimentos acerca das funcionalidades das funções do Excel, mais especificamente quanto à função responsável por deixar a primeira letra de cada palavra em maiúscula.

    A)     Correta – A função “PRI.MAIÚSCULA” é utilizada para deixar a letra de cada palavra de um texto em maiúscula.

    B)     Incorreta – Não existe uma função chamada “P.MAIÚSCULA”.

    C)     Incorreta – A função “MAIÚSCULA” é utilizada para deixar todas as letras de um texto em maiúsculas.

    D)     Incorreta – Não existe uma função chamada “MAIÚSCULA.PRI”.

    E)     Incorreta – Não existe uma função chamada “PRI.MAI”.

    Gabarito – Alternativa A. 


ID
4942729
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Utilizando a combinação de comandos CTRL+F3 no Microsoft Word 2000 é possível mover vários pedaços de textos e mantê-los armazenados na área de transferência. De que forma estes textos poderão ser colados simultaneamente?

Alternativas
Comentários
  • Segundo o site...

     Ctrl+F3: recortar para o AutoTexto Especial

    Ctrl+Shift+F3: inserir o conteúdo do AutoTexto Especial

    https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2016/07/todos-os-atalhos-para-microsoft-word.html

    Bons estudos!


ID
4942735
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Microsoft Word 2000, um cabeçalho é um texto que aparece na parte superior de cada página, ou nas páginas que são selecionadas de um documento. Um rodapé aparece na parte inferior das páginas.

Deve-se inserir em uma única seqüência de “comandos”, um cabeçalho com um texto de sua preferência e um rodapé com numeração automática de páginas. Escolha a alternativa que mostra a seqüência correta para a conclusão da tarefa.

Alternativas
Comentários
  • ✏Questão arcaica, o cabeçalho e o rodapé ficam na guia INSERIR.

  • Da Coisa Julgada

     Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.

     Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.

    § 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:

    I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;

    II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;

    III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.

    § 2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial.

     Art. 504. Não fazem coisa julgada:

    I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;

    II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.

     Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:

    I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;

    II - nos demais casos prescritos em lei.

     Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

     Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.

     Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.