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Prova CIEE - 2019 - SPTrans - Estagiário - Nível Superior


ID
3221890
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

A respeito de algumas peculiaridades que o texto apresenta, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) O autor conta a história vivenciada por um amigo, pois estava ausente do local em que ela aconteceu.

( ) O título “Ficou dois” se deve à comunicação feita por uma pessoa da plateia e dirigida, numa cerimônia de formatura, ao patrono de uma turma.

( ) O autor, baseado na visão da gramática tradicional, considera uma pérola o dito “ficou dois”.


A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    (F) O autor conta a história vivenciada por um amigo, pois estava ausente do local em que ela aconteceu ? incorreto, o autor estava no evento (=Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo).

    (F) O título ?Ficou dois? se deve à comunicação feita por uma pessoa da plateia e dirigida, numa cerimônia de formatura, ao patrono de uma turma ? incorreto, pois era paraninfo e não patrono.

    (V) O autor, baseado na visão da gramática tradicional, considera uma pérola o dito ?ficou dois? ? correto, pois ele baseia-se que o correto ´"ficaram dois" (=seguindo as normas gramaticais).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito dado pela banca: D

    No entanto, creio que a alternativa C seria a correta:

    patrono

    substantivo masculino

    3.POR EXTENSÃO

    indivíduo escolhido por uma turma que cola grau para tutelá-la ☞ ver gram, a seguir; cf. PARANINFO.

  •   Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo.

    1 afirmativa F

    . De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. 

    2 afirmativa F

    Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.

    3 afirmativa V

    D F, F, V.


ID
3221893
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Tomando-se exclusivamente a frase “Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas.”(3º§), o autor se vale de uma estratégia que pode estar presente na feitura tanto de textos literários quanto na de não literários, uma vez que tal trecho representa o acréscimo, a sua produção textual, de uma porção:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Tipologias Textuais:

    1 NARRAÇÃO

    2 DESCRIÇÃO

    3 INJUNÇÃO

    4 DISSERTAÇÃO: 4.1 EXPOSITIVA ou 4.2 ARGUMENTATIVA

    A característica da Dissertação Argumentativa é a exposição de um fato e a posição com argumentos.

  • GAB: C

    Dissertativo --> Exposição de tema, com reflexão e argumentação clara ou não. 

    Este tipo de texto baseia-se na explanação de ideias e na consequente defesa de 

    opinião. 

    texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver

    Gêneros textuais: Artigo de opinião, ensaio, carta de leitor, literial, tese, dissertação.

    Objetiva / expositiva: informar o leitor

    Subjetiva / opinativa: convencer o leitor

  • Texto Dissertativo

     

    Texto dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa.

    O texto dissertativo pode ser expositivo ou argumentativo.

    a)   Texto expositivo, informativo ou dissertação expositiva

    Texto expositivo, informativo ou dissertação expositiva: tem por objetivo passar conhecimento, informação, ideias e pontos de vista para o leitor. Não se faz defesa de uma ideia ou ponto de vista.

    Ex: enciclopédias, jornais, revistas (científicas, informativas, etc.).

    b)   Texto argumentativo ou dissertação argumentativa

    Texto argumentativo ou dissertação argumentativa: composição na qual expomos ideias ou fatos seguidas da apresentação de argumentos que as comprovem. Tem por objetivo a defesa de um ponto de vista, por meio da persuasão, ou seja, levar o leitor a concordar com a tese (ideia central) defendida.

    Ex: artigos de opinião; abaixo-assinados; manifestos; sermões;

    GAB = D


ID
3221896
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Caso o autor quisesse mudar o título “Ficou dois”, manteria a coerência em relação ao conteúdo exposto no texto adotando uma das seguintes opções, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • "O uso da linguagem informal" está bem detalhada no texto, principalmente partir do último parágrafo onde há vários termos recorrendo a essa informalidade nas relações pessoais tais como " língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo"; "Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios"; "oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor"; dentre tantas outras expressões como também a justificativa dessa "diferença" de oralidade pelos níveis diferentes de escolaridade das regiões do país. Como ao deveria aceitar o título acima?
  • Assertiva A

    O uso da linguagem informal.


ID
3221899
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Sabendo-se que as palavras podem ser empregadas em seu sentido próprio ou figurado, observe os seguintes elementos extraídos do texto que aparecem sublinhados e relacione adequadamente as colunas a seguir.

1. Sentido próprio.
2. Sentido figurado.

( ) “Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança (...)” (3º§)
( ) “Que pérola!” (3º§)
( ) “Com meus botões (...)” (3º§)
( ) “Eu estava no mezanino.” (1º§)

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    (1) ?Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança (...)? ? sentido denotativo, senti próprio, sentido real, significando "cultivar".

    (2) ?Que pérola!? ? o substantivo em destaque está sendo em seu sentido figurado, sentido conotativo, marca o uso de algo marcado como raro, algo marcante, referindo-se à concordância incorreta "ficou dois".

    (2) ?Com meus botões (...)? ? avaliava com meus botões (=refere-se figurativamente ao modo como ele avaliava a fala incorreta, marcando uma avaliação comedida).

    (1) ?Eu estava no mezanino.? ? sentido denotativo, refere-se a uma espécie de mesa.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva A

    1, 2, 2, 1.

  • SIGNIFICADO DE GRANJEAR

    verbo transitivo direto

    Cultivar a terra; lavrar, amanhar, arrotear: granjear a terra.

    verbo transitivo direto e bitransitivo

    Conseguir com muito trabalho ou esforço; obter, adquirir: granjear riquezas.

    Atrair o interesse ou a atenção de; conquistar: granjear simpatias.


ID
3221902
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Sobre algumas formas verbais encontradas no texto e agora reproduzidas no infinitivo, analise as afirmativas a seguir.

I. “cessar” é sinônimo de “continuar”.
II. “interrogar” é sinônimo de “indagar”.
III. “olvidar” é antônimo de “esquecer”.
IV. “desprezar” é antônimo de “prestigiar”.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    I. ?cessar? é sinônimo de ?continuar? ? incorreto, "cessar" equivale a "interromper", "parar" o verbo "continuar" marca sentido contrário (=é antônimo)

    II. ?interrogar? é sinônimo de ?indagar? ? correto, ambos com significado semelhante.

    III. ?olvidar? é antônimo de ?esquecer? ? incorreto, pois "olvidar" equivale a esquecer-se de algo (=é sinônimo de "esquecer", sentido semelhante).

    IV. ?desprezar? é antônimo de ?prestigiar? ? correto, temos termos contrários (=antônimos).

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ID
3221905
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

No excerto “Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente” (2º§), caso o termo “uma” fosse substituído pelo numeral “duas”, quantas palavras ao todo precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbonominal?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Lembrando que a questão pede AO TODO (=também quer a modificação do numeral "uma").

    ?Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente? (2º§)

    ?DUAS MENSAGENS assim LANÇADAS aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, DEPÕEM contra a integridade do docente?  ? quatro palavras alteradas.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Achei muita sacanagem essa questão, pois pede a grafia mudada da palavra e não a substituição da palavra. tudo bem que fala em "ao todo", mas não entraria a palavra "Dois".

  • Muito mal formulada!

  • é sacanagem terem incluído a palavra duas na conta

  • Como diria Clovis CA-RA-LHO!!!!!!


ID
3221908
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

As lacunas situadas no terceiro e no quarto parágrafos são, correta e respectivamente, preenchidas com:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: "D"

    [...] que os dedicados _À_ área do Direito [...] Verbo transitivo indireto (dedicados a alguma coisa).

    _À_ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem vida é o povo. O verbo dar é transitivo direto e indireto, no caso. algo [vida] a alguém [à língua].

  • Gabarito "D"

    "dedicados à área"

    Quem se dedica, se dedica a alguma coisa. Logo, "dedicados" requer preposição "a"

    área é substantivo feminino, logo, requer artigo "a"

    _____________________________________________________________________________________________

    "Já à língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo."

    Se desconsiderarmos o aposto "objeto de estudo dos linguistas", que não faz diferença alguma, e reorganizarmos a oração:

    Já quem dá vida à língua, é o povo.

    O verbo dá requer preposição "a", e o substantivo feminino língua requer artigo "a", logo, crase há :)

    _____________________________________________________________________________________________

    Obs:. Questão extremamente difícil, onde apenas 17,83% acertatam.

  •  Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo.

    ja para a lingua, que da vida é o povo = à

    ou gramaticalmente falando,

    dar vida a algo = expressão com verbo transitivo indireto, exigindo preposição para objeto!

  • A melhor opção é: colocar a frase na ordem direta e retirar o que está deslocado (ou for aposto)

  • Quem dá vida à língua é o povo. Quem dá, dá alguma coisa a alguém.

  • A questão é sobre crase e quer que o candidato analise os trechos do texto: Vejamos:

    Em questões desse estalão é preciso analisar a transitividade do verbo e logo em seguida a sua regência.

    Na primeira frase a ser analisada, temos a presença de um verbo transitivo indireto que rege a preposição "a" e sabendo que o termo regido ÁREA é feminino e aceita o artigo, logo concluímos que tem a crase. DEDICAR A ALGUÉM.

    No segundo temos o verbo DAR que é bitransitivo. Se alguém disser que DEU, logo irá se perguntar? Deu o quê e A quem? Então vimos que precisamos achar na frase o objeto direto e o indireto. Na frase podemos estrututar dessa ordem para ficar mais fácil o entendimento: É o povo quem vida à língua.

    os dedicados à área do Direito.

    à língua, objeto de estudo dos linguistas, quem vida é o povo

    A única opção que temos como as duas craseadas é a letra d.

    GABARITO D


ID
3221911
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Na frase Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação.” (3º§), a colocação pronominal em destaque representa um caso de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação.? ? colocação pronominal após o verbo (=ênclise); antes do verbo (=próclise ? Ele se arrastou para o fundo do poço); no meio do verbo (=mesóclise ? Os jogadores machucar-se-ão um dia, devido à violência dos jogos).

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  • Em próclise: pronome colocado antes do verbo;

    Em ênclise: pronome colocado depois do verbo;

    Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo.

    GAB = A

  • A questão aborda o assunto de colocação pronominal

    a) O enunciado tem como exemplo "trata-se". O pronome está após o verbo, formando assim a ênclise. Não se pode começar frases com pronome oblíquo(se, me ,te, lhe...), e por isso a questão está correta.

    b) A próclise acontece quando o pronome antecede o verbo.

    c) A colocação pronominal é somente próclise, mesóclise e ênclise.

    d) A mesóclise acontece quando o pronome fica intercalado com o verbo.


ID
3221914
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

Sobre o uso das aspas em “ficou dois!” no 2º§ do texto, analise as afirmativas a seguir.

I. Ocorre por se tratar do título do texto.
II. Põe em evidência a fala de alguém que não é o próprio autor do texto.
III.Destaca um jargão.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: ?ficou dois!?.

    ? Aspas marcando um discurso direto, marca a transcrição sem nenhum interação da fala do rapaz, a transcrição daquilo que ele gritou.

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ID
3221917
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

A locução conjuntiva presente no fragmento “(...) uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar.” (2º§) exprime:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? (...) uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar.? (2º§)

    ? Temos uma locução conjuntiva subordinativa temporal, a qual marca a ideia de tempo, equivale "até aquele momento", "até aquela hora que".

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  • Algumas conjunções temporais:

    quando

    assim que

    agora que

    todas as vezes que

    cada vez que

    até que

    .....

  • A Finalidade.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

    B Conformidade.

    Conjunções subordinativas conformativas: têm valor semântico de conformidade, consonância, igualdade, concordância...

    São elas: conforme, como, segundo, consoante...

    Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.

    C Temporalidade.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

    D Proporcionalidade.

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: À medida que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

    .

    Em relação à questão, a locução conjuntiva "até que" exprime temporalidade.

    Gabarito: Letra C


ID
3221920
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficou dois

    Faz quase 20 anos. Eu estava no mezanino de um auditório prestigiando a formatura de um grande amigo. Ele cursou Direito numa instituição muito qualificada e seu tão esperado momento de comemoração pelo término da faculdade havia chegado. Duas fileiras abaixo e duas cadeiras para a esquerda, um rapaz acompanhava todo o desenrolar do evento. Não informo o nome do meu amigo, da instituição e do rapaz para não criar constrangimentos. Pra falar a verdade, desconheço o nome do rapaz, mas, como sei que hoje qualquer pista leva rapidinho à descoberta de quem é a pessoa, prefiro preservá-la. Não estou aqui para testar a eficiência do jornalismo investigativo, mas para compartilhar uma das situações pitorescas por mim vivenciadas, de modo a refletir sobre ela e, principalmente, aprender com ela.
    No palco e na plateia, havia alegria para dar e vender. De repente, o paraninfo foi chamado para fazer o seu pronunciamento. Por um bom tempo, uma saudação efusiva se manteve até que começasse a falar. Tão logo cessou aquela manifestação calorosa, o rapaz desatou a gritar: “ficou dois!”. A frase deixou subentendido que ele mesmo ou algum amigo dele teria sido reprovado pelo paraninfo. Uma mensagem assim lançada aos quatro ventos naquele ambiente, a priori, depõe contra a integridade do docente. “Carrasco, por que reprovar formandos? Que falta de sensibilidade! – poderia pensar o público”. Revisitando esse episódio nos dias de hoje, eu até conseguiria me colocar no lugar do paraninfo e indagaria: será que esses dois alunos se empenharam ao realizar os trabalhos e provas da disciplina? Caso sim, qual a qualidade desses trabalhos? Como foi o desempenho dos discentes nas avaliações? Será que eles foram assíduos e, mais que isso, foram pró-ativos e participativos nas aulas? Ou demonstraram descaso ao longo do semestre? Supondo que tivessem apresentado dificuldades, será que procuraram conversar com o professor sobre esse assunto? Por fim, deve haver diferença de tratamento entre um aluno formando e um não formando?
    Ninguém é paraninfo por acaso. Trata-se de uma pessoa que granjeia ampla credibilidade e confiança junto aos concluintes da graduação. Não sou do Direito, mas busco agir com justiça na prática do ensino. Creio, sinceramente, que não haja professores com maior senso de justiça que os dedicados ___ área do Direito. Todos, a bem da verdade, somos juízes, e por isso mesmo muitas vezes julgamos fatos e indivíduos com base nas aparências e em poucas ocasiões alicerçados na essência das coisas. É lamentável tal realidade, porém, o importante é que o paraninfo e os dois alunos devem saber o porquê daquelas reprovações. De minha parte, além de dar crédito ao professor e entender que a conduta do rapaz acabou sendo completamente deselegante, lembro-me que me debati demais para não perder a compostura. “Ficou dois! Que pérola! Se o cara ainda for do Direito, sensacional! – avaliava com meus botões, esforçando-me para que risada nenhuma irrompesse naquele instante”. Sim, porque pela gramática tradicional o correto seria dizer “ficaram dois”.
    Acontece que mais tarde compreendi que a gramática deve, de preferência, ser dominada pelos falantes da língua portuguesa, porém em muitos casos ela é simplesmente um livro no qual diversos conteúdos estão sepultados. Já ___ língua, objeto de estudo dos linguistas, quem dá vida é o povo. E nada é mais heterogêneo do que o povo, se considerarmos, especialmente, as regiões e os níveis de escolaridade das diferentes gerações de nosso país. Não podemos esquecer que na praia, no bem-bom das férias, não se fala com a formalidade que uma reunião de negócios demanda. Além disso, a oralidade, invariavelmente, decorre da improvisação discursiva do emissor, ao passo que a linguagem escrita é afeita ao planejamento e à revisão textual. Os sociolinguistas estudiosos da variação diafásica que o digam. Independentemente de seus posicionamentos – que merecem e aqui recebem, de antemão, todo o meu respeito e apreço –, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. Mais do que isso: perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Se assim procedesse, para a felicidade dos gramáticos, teria deixado o Rui Barbosa descansar em paz.

(Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/ficou-dois-tiagopellizzaro/. Acesso em: 13/09/2019.)

O verbo da oração “(...) o rapaz se pronunciou de modo inadequado.” (4º§) está conjugado no:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? [...]  todo o meu respeito e apreço ?, concluo que, na situação de comunicação exposta, o rapaz se pronunciou de modo inadequado. 

    ? O verbo está conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo, marca uma ação que ocorreu num determinado momento do passado.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • b) pronunciava

    c) pronunciasse

    d) pronunciara

  • o rapaz se pronunciou de modo inadequado.”  está conjugado no

    Gabarito letra A : Pretérito perfeito do modo indicativo.

    .

    É pretérito perfeito pois indica uma ação totalmente acabada no passado.

    Está no modo indicativo pois indica certeza.

  • Gabarito A . para os não assinantes. fico até meio que emocionado em acertar esse tipo de questão que a meses atrás era quase impossível e agora se torna uma realidade. avante concurseiros um dia dará certo
  • Ontem (eu, tu, ele..) se pronunciou...brincou...cantou.

    Utilizando a expressão em negrito e dando certo com o verbo em questão, já era compadre, o verbo é pretérito perfeito do indicativo, portanto, gabarito letra A. Utilizando a mesma metodologia, vamos explicar as demais.

    A) gabarito, motivos expostos acima.

    B) Pretérito imperfeito do modo indicativo - formas verbais terminadas em: Va; Ia; Nha e o verbo "ser" que fica (era)

    ex: Brincava; cantava; curtia; era feliz.

    C) Pretérito imperfeito do modo subjuntivo - Termina em "-SSE", é a forma mais fácil de identificar.

    ex: curtisse; brincasse; caísse

    D) Pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo. Aqui, o verbo termina em "-RA", as bancas gostam também de perguntar o que representa um verbo nesse tempo referido, a resposta é simples e objetiva: representa uma ação finalizada antes de outra.

    ex: curtira; brincara; caíra.


ID
3221923
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que mostra dois advérbios pertencentes à mesma classificação:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? tão ? completamente

    ? ambos são advérbios de intensidade (=estava tão feliz essa manhã; estava completamente feliz essa manhã ? ambos intensificação o adjetivo "feliz").

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  • Errei porque imaginei que completamente fosse advérbio de modo. Fora do contexto fica mais complicado...


ID
3221926
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A família Miranda é composta por quatro membros: o pai, cuja altura é 1,78 metro; a mãe, de altura 1,58 metro; o filho mais velho, que possui 1,76 metro de altura; e, a filha caçula, que tem 1,44 metro de altura. Qual é a média da altura dos membros da família Miranda?

Alternativas
Comentários
  • .Obs: 1 metro é igual a 100cm.

    1,78 metros é igual a 178cm.

    1,58 metros é igual a 158 cm.

    1,76 metros é igual a 176cm.

    1,44 metros é igual a 144cm.

    Soma a quantidade de centímetros que vai dar 656cm e divide por 4 que é a quantidade de membros da família que vai resultar em 164cm.

    Alternativa A

  • Fácilextremamente fácil. Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto


ID
3221929
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Em um mês em que ficou com o saldo financeiro negativo, Roberto fez um empréstimo com seu cunhado no valor de R$ 600,00 e prometeu lhe pagar com uma taxa de juros simples de 5% ao mês. Se Roberto demorar 7 meses para pagar seu cunhado, qual será o valor que ele pagará no total?

Alternativas
Comentários
  • 600  X 0,05 X 7  = 210

    600 + 210 = 810 

    GAB. C

  • Fórmula dos Juros Simples

    J = C * i * n

    J = 600 * 0,05 * 7

    J = 600 * 0,35

    J = 210

    O montante a pagar é a soma do capital emprestado mais os juros.

    M = C + J

    M = 600 + 210

    M = 810

    Gab. C


ID
3221932
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere a seguinte sequência de números naturais (15, 20, 25, 30). Sendo X e Y, respectivamente, o mínimo múltiplo comum e o máximo divisor comum destes números, qual é o valor de Y – X?

Alternativas
Comentários
  • MDC:Números iguais que dividem todos AO MESMO TEMPO

    15, 20, 25, 30 / 5

    3, 4, 5, 6

    MDC= 5

    Encerramos o cálculo por aqui, pois não dá para dividir os números 3, 4, 5 e 6 por um número igual.

    MMC: O número tem que ser divisível por pelo menos um.

    15, 20, 25, 30 / 5

    3, 4, 5, 6 / 2

    3, 2, 5, 3 / 2

    3, 1, 5, 3 /3

    1, 1, 5, 1 /5

    1, 1, 1, 1

    Multiplicamos os números: 5 x 2 x 2 x 3 x 5 = 300 => MMC = 300

    MMC - MDC = ?

    300 - 5 = 295

    Gabarito: D

  • O enunciado deveria X - Y para dar a resposta 295.

    Sendo X e Y, respectivamente, o mínimo múltiplo comum e o máximo divisor comum.

  • (15, 20, 25, 30). Sendo X e Y, respectivamente, o mínimo múltiplo comum e o máximo divisor comum destes números, qual é o valor de Y – X?

    15,20,25,30/ Todos são divisíveis ao mesmo tempo por '5' , então logo o MDC vai ser 5.

    O MMC será 300.

    Seguindo o que se pede, na ordem da pergunta,"mínimo múltiplo comum(MMC) e o máximo divisor comum(MDC)"Y – X.

    Y=300

    X=5

    300-5=295

    Gabarito "D"


ID
3221935
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A área de um retângulo, cuja altura equivale a 80% da base é 1.280 cm². Qual é o perímetro deste retângulo?

Alternativas
Comentários
  • 1280=b*0,8b

    1280=0,8b²

    b²=1280/0,8

    b²=1600 (aqui faz a raiz quadrada, não consegui colocar)

    b=40

    b=40

    h=0.8*40= 32

    Perímetro= 2(40+32)

    P=144

    letra D


ID
3221941
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um triângulo equilátero tem área igual a 4 √3 cm². Qual é a medida, em centímetros, de sua altura?

Alternativas

ID
3221944
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma lanchonete trabalham 3 motoboys que entregam, diariamente, 28 lanches. Caso o proprietário desta lanchonete contrate mais dois motoboys, quantos lanches poderão ser entregues durante uma quinzena?

Alternativas
Comentários
  • Se 3 motoboys entregam 28 lanches então 5:

    3-28

    5-x

    x= 46,66

    46,66x15 dias = 700 lanches

  • Fiz com regra de 3 composta e também deu certo:

    motoboys ----- qt lanches ----- dias

    3 -------------------28 -----------------1

    5---------------------x-------------------15

    .

    28/x=3/5*1/15

    x = 700


ID
3221947
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sejam “t” e “u” as raízes da equação do segundo grau x2 + 13x + 40 = 0. Qual é o valor do quadrado do produto destas raízes: (tu)²?

Alternativas
Comentários
  • X²+13x+40=0

    DELTA= b² - 4•a•c

    DELTA= 13² - 4•1•40

    DELTA= 169 - 160

    DELTA= 9

    X¹= -13+3/2 = -10/2 = -5

    X²= -13-3/2 = -16/2 = -8

    (-5•(-8))² = -5² = 25 e -8² = 64

    25•64 = 1600

    Gabarito: C

  • Gabarito C.

    Sabe-se que o produto das raízes de uma equação de 2º grau é:

    X1*X2 = c/a

    Logo,

    X1*X2 = 40/1

    (X1*X2)^2 = 40 ^2 = 1600, daí o gabarito

    Só um extra: A soma das raizes de uma equação de 2º grau é:

    x1 + x2 = -b/a


ID
3221950
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Durante um campeonato de futebol, uma equipe obteve o seguinte resultado nas cinco primeiras partidas, conforme tabela:

Partidas     Resultados     Gols marcados
1ª               VITÓRIA                     3
2ª              EMPATE                      2
3ª              DERROTA                   1
4ª              DERROTA                   2
5ª              EMPATE                      1


Nesse campeonato, a pontuação da equipe depende do resultado do jogo e da quantidade de gols marcados, sendo que os gols marcados em uma partida com vitória possuem peso 2; gols marcados em um empate possuem peso 1; e, gols marcados em derrotas possuem peso 0,5. Desse modo, qual foi a média da pontuação obtida pela equipe durante as cinco partidas?

Alternativas

ID
3221953
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

As raízes das equações -4x + 8 = k e 3x/2 - 4= x são, respectivamente, a e b. Sabendo-se que b – a = 10, qual é o valor de k?

Alternativas

ID
3221956
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um trabalho escolar, Bernardo foi solicitado a fazer um mapa com uma escala de 1:15000, contendo o trajeto que realiza na ida de sua casa para a escola. Considerando que a distância no mapa feito por Bernardo entre a escola e sua casa foi de 20 cm, qual é a distância do trajeto real entre sua casa e a escola?

Alternativas
Comentários
  • A escala 1:15000 significa que, a cada 1 cm no desenho que ele fizer, equivale a 15000 cm no plano terrestre.

    Ou seja 15000 cm é 150 metros.

    O trajeto dele foi de 20 cm.

    15000 x 20 = 300000 cm

    Transformando 300000 cm para metro = 3000 metros

    e 3000 metros em quilômetros fica 3km.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Matemática e o assunto inerente à regra de 3 (três) dos números e ao sistema de medidas.

    Tal questão apresenta os seguintes dados os quais devem ser utilizados para a sua resolução:

    1) Em um trabalho escolar, Bernardo foi solicitado a fazer um mapa com uma escala de 1:15.000, contendo o trajeto que realiza na ida de sua casa para a escola.

    2) Sabe-se que a distância no mapa feito por Bernardo entre a escola e sua casa foi de 20 cm.

    3) Sabe-se que 1 (um) centímetro (cm) corresponde a 0,00001 quilômetros (km).

    Por fim, frisa-se que a questão deseja saber qual é a distância do trajeto real entre sua casa e a escola.

    Resolvendo a questão

    Inicialmente, deve-se converter o valor de 20 (vinte) centímetros (cm) para quilômetros (km).

    Para se transformar um valor em centímetros (cm) para quilômetros (km), deve-se dividir tal valor em centímetros (cm) por “100.000”. Assim, tem-se o seguinte:

    - 20 cm = 20/100.000 = 0,0002 km.

    Logo, 20 centímetros (cm) corresponde a 0,0002 quilômetro (km).

    Sabendo que a escala do mapa que Bernardo deverá fazer é de 1:15.000, contendo o trajeto que realiza na ida de sua casa para a escola, que a distância no mapa feito por Bernardo entre a escola e sua casa foi de 20 centímetros (cm) e que 20 centímetros (cm) corresponde a 0,0002 quilômetro (km), para se descobrir qual é a distância do trajeto real entre sua casa e a escola, deve ser feita a seguinte regra de 3 (três):

    1 -------------- 15.000

    0,0002 km ------ x

    Fazendo a multiplicação em cruz, tem-se o seguinte:

    x * 1 = 0,0002 * 15.000

    x = 3 km.

    Gabarito: letra "c".


ID
3221959
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma casa de shows deseja ampliar sua estrutura para que a lotação máxima de clientes em um único evento seja ampliada em 15%, passando para um total de 529 clientes. Qual é a lotação máxima desta casa de shows atualmente?

Alternativas
Comentários
  • Se deseja ter um aumento de 15%, então será: 115% que é o mesmo que 115/100

    Logo,

    115 * x

    100

    Então:

    115 x = 529

    100

    multiplicando cruzado, dá

    x=529*100/ 115

    x=52.900/115

    X=460 clientes.


ID
3221962
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Os líderes dos Estados Unidos e da Rússia se encontraram em Helsinque, capital da Finlândia. A cúpula entre _______________ e ______________ chama a atenção não só pelo fato de serem dois países historicamente rivais, mas também porque as relações entre eles ficaram ainda mais intricadas desde que o presidente americano assumiu a Presidência, em 2017. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • Donald John Trump  é um empresário, personalidade televisiva e político americano, sendo atualmente o 45.º presidente dos Estados Unidos. Na eleição de 2016, Trump foi eleito pelo Partido Republicano ao derrotar a candidata democrata Hillary Clinton no número de delegados do colégio eleitoral; no entanto, perdeu por mais de 2,8 milhões de votos, a maior derrota nas urnas de um presidente eleito na história do país.[2] Ele foi empossado para o cargo em 20 de janeiro de 2017 e, aos 70 anos de idade, é a pessoa mais velha a assumir a presidência.[3]

     

    Vladimir Vladimirovitch Putin, é o atual presidente da Rússia, além de ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respectivamente. Putin exerceu a presidência entre 2000 e 2008, além de ter sido primeiro-ministro em duas oportunidades, a primeira entre 1999 e 2000, e a segunda entre 2008 e 2012.

     

    (Wikipédia)

  • GABARITO: LETRA C

    Na segunda-feira (16), os líderes dos Estados Unidos e da Rússia se encontram em Helsinque, capital da Finlândia. A cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin chama a atenção não só pelo fato de serem dois países historicamente rivais, mas também porque as relações entre eles ficaram ainda mais intricadas desde que Trump assumiu a Presidência, em 2017. 

    "Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje."

  • A questão quer apenas saber o nome dos atuais líderes dos Estados Unidos e da Rússia.

    E então? Você sabe quem são os atuais presidentes destes países?

    Acertou se marcou Donald Trump (Estados Unidos) e Vladimir Putin (Rússia).

    Resposta: C

  • Boris Nicoláievitch Iéltsin foi o primeiro presidente da Rússia após o colapso econômico da União Soviética.


ID
3221965
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A crise na Venezuela provocou um êxodo da população, que começou a migrar para o Brasil. Os moradores do município de Pacaraima, que fica na fronteira com a Venezuela, expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos e atearam fogo a seus pertences, num princípio de revolta contra a presença deles na cidade. É correto afirmar que a cidade de Pacaraima pertence ao seguinte estado

Alternativas
Comentários
  • Brasil faz fronteira com Venezuela em Roraima. onde fica a citada cidade de Pacaraima

  • Moradores de Pacaraima, Norte de Roraima, manifestaram neste sábado (17) para cobrar segurança e atenção do governo federal na fronteira com a Venezuela. O município é a porta de entrada para imigrantes que chegam ao país fugindo da crise política e humanitária.

     

    (Por G1 RR — Boa Vista 17/08/2019 13h34)  https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/08/17/moradores-de-pacaraima-cobram-seguranca-na-fronteira-com-a-venezuela-em-manifestacao.ghtml

  • Questão bem direta.

    Pacaraima é um município do estado de Roraima que fica na fronteira com a Venezuela.

    Resposta: C

  • Concordo Jorge! Não vi em que momento o motorista foi imprudente, negligente ou imperito, já que a questão deixou bem clara que ele dirigia dentro do limites permitido pelo rodovia.

  • Concordo!

  • Qual a parte do HÁ POSSIBILIDADES vocês não entenderam ?


ID
3221968
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A Arábia Saudita confirmou a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, visto pela última vez ao entrar no consulado de seu país em Istambul. O caso gerou repercussão internacional e elevou as tensões entre a Arábia Saudita e

Alternativas
Comentários
  • A Arábia Saudita confirmou na noite da sexta-feira 19 a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, visto pela última vez ao entrar no consulado de seu país em Istambul no dia 2 de outubro. O caso gerou clamor internacional e criou tensões entre Riad e o Ocidente.

  • O jornalista saudita se tornou conhecido por seus artigos publicados em veículos em inglês sobre o mundo árabe e, especialmente, sobre a Arábia Saudita.

    Devido às críticas à família real e ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o jornalista temia ser preso e, no ano passado, se mudou para os Estados Unidos.

    ONU diz que assassinato de Khashoggi foi planejado e perpetrado por funcionários da Arábia Saudita

    Ele foi morto em outubro no consulado do seu país em Istambul.

    A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos concluiu em novembro que o príncipe ordenou o assassinato. A Arábia Saudita nega.

  • Em outubro de 2018, a Arábia Saudita confirmou a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que havia sido visto pela última vez ao entrar no consulado de seu país em Istambul, Turquia, naquele mesmo mês.

    Por ter acontecido dentro de um consulado, sob aparato oficial, o caso gerou clamor internacional e criou tensões entre a Arábia Saudita e o Ocidente.

    Resposta: D


ID
3221971
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Sirius será responsável pela produção de luz síncrotron, uma luminosidade que só é alcançada pelo aceleramento de partículas na velocidade da luz, isto é, até 300 mil quilômetros por segundo. Esse tipo de atividade possibilitará estudar o funcionamento de como as micro e as nano partículas funcionam, já que será possível identificar como esses elétrons, átomos e moléculas atuam quando estão em alta velocidade e gerando energia. O Projeto Sirius é a aposta do Brasil para elevar a produção científica do país. Ele está localizado, no interior do Estado de São Paulo, em

Alternativas
Comentários
  • Sirius é um acelerador de partículas do tipo síncrotron localizado no município de Campinas, no interior de São Paulo, Brasil. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, que já administra o primeiro acelerador de partículas do Brasil, o UVX, coordena também o projeto do Sirius. (Wikipédia)

     

    O PROJETO SIRIUS

    Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País e uma das primeiras fontes de luz síncrotron de 4ª geração do mundo. É planejada para colocar o Brasil na liderança mundial de produção de luz síncrotron e foi projetada para ter o maior brilho dentre todos os equipamentos na sua classe de energia. (www.lnls.cnpem.br/sirius/)

  • (C)

    Outra questão com o mesmo assunto que ajuda a responder:

    Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: PREFEITURA Provas: Engenheiro Cívil

    Em Campinas, em novembro de 2018, foi inaugurado um gigantesco cilindro no qual prótons e elétrons giram em alta velocidade até atingirem um ponto em que são desviados de seu curso normal para se chocarem com átomos de outro material. Sirius, como foi chamado, é um equipamento que será capaz de analisar, de forma detalhada, a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópicas, como nanopartículas, átomos, moléculas e vírus. É como se os pesquisadores pudessem tirar um raio-X em três dimensões, e em movimento, de materiais e partículas extremamente pequenas e densas, como pedaços de aço e rocha, e até de neurônios.

    Adaptado de https://www.lnls.cnpem.br/sirius/

    O texto refere-se a um equipamento científico conhecido como

    (A)microscópio eletrônico.

    (B)aparelho de ultrassonografia.

    (C)acelerador de partículas. GABARITO

    (D)espectrômetro de massa

    (E)tomógrafo computadorizado.

  • O Projeto Sirius, sediado na cidade de Campinas/SP, abriga um grande acelerador de elétrons e representa um investimento de R$ 1,8 bilhão na ciência brasileira. O projeto desenvolve atividades com o uso da luz síncrotron - um espectro de luz especial que só pode ser obtido por meio da aceleração de elétrons a uma velocidade que beira a velocidade da luz.

    Resposta: C


ID
3221974
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Camp Fire, incêndio mais devastador já registrado na Califórnia, que deixou 87 mortos e 249 desaparecidos, foi totalmente controlado, depois de mais de duas semanas. O incêndio arrasou quase 62 mil hectares, 14 mil residências e centenas de outras construções. O estado da Califórnia fica situado em qual país?

Alternativas
Comentários
  • Califórnia é um dos 50 estados dos Estados Unidos, localizado na região dos estados do Pacífico. É o estado mais populoso do país, com 37 253 956 habitantes e é o terceiro em extensão territorial, superado apenas pelo Alasca e pelo Texas.

  • Cuidado para não confundir com os incêndios que recentemente chegaram a Australia.

  • Questão bem direta.

    O estado da Califórnia fica situado nos Estados Unidos da América.

    Resposta: D


ID
3221977
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Museu Nacional, situado em um edifício de mais de 13.000 m3 na zona norte do Rio, foi devorado por chamas por várias horas. Cinco horas depois do início das chamas, os bombeiros conseguiram controlar grande parte do incêndio. Uma instituição científica de grande importância, com mais de 20 milhões de peças valiosas, dentre elas, o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizado de

Alternativas
Comentários
  • mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, a Luzia, está no Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, que é destruído pelo fogo na noite deste domingo. O fóssil foi achado em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e, depois, encaminhado para o museu.

  • Letra A

    Luzia

  • Uma perda lastimável do conhecimento histórico e patrimonial.

    Luzia é o nome do fóssil.

    Gabarito A