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Prova CONTEMAX - 2020 - Prefeitura de Pedra Lavrada - PB - Professor de Língua Portuguesa


ID
4521880
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Pela leitura atenta do texto, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra B

    Acredito que o trecho que melhor justifica é o seguinte:

    Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas [...] não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.


ID
4521883
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Em relação aos aspectos discursivos do texto, assinale a opção INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gab. - C

    O elemento da comunicação em que o texto acima está centrado é a mensagem, pois houve uma preocupação com a forma de elaborar essa mensagem, ou seja, uma preocupação meramente estilística.

    correção: O elemento da comunicação é o referente, pois traz o contexto (cultura, clonagem e mestiçagem) relacionado entre o emissor (autor) e o receptor (leitor).


ID
4521886
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Levando-se em consideração a discussão proposta no texto, o último parágrafo quer dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Que conclusão mais maluca. O terceiro milênio será terceiro milênio, mestiço ou não. O autor não defende a mestiçagem como única alternativa. Ele acredita que seria a melhor saída, é diferente.

  • A semântica do excerto: "Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será."

    Significa que a única opção é a mestiçagem, caso ela não ocorra, não se terá terceiro milênio. Vai ao encontro aquilo que é exposto na letra B

    Gabarito letra B!

  • Essas questões de português subjetivas é o OH! Aff


ID
4521889
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa INADEQUADA sobre aspectos estruturais do texto:

Alternativas
Comentários
  • Queremos a incorreta;

    O conectivo “porém”, no segundo parágrafo, apresenta valor semântico de concessão.

    → Incorreto, a conjunção porem é adversativa e não concessiva.

    GABARITO. D

  • Adversativas x Concessivas

    As conjunções adversativas e concessivas são usadas com o mesmo propósito: ligar enunciados com orientação argumentativa contrária. Contudo, elas possuem funções diferentes e, por isso, é fundamental saber diferenciá-las para entender qual delas utilizar em cada contexto.

    Conjunção adversativa

    Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.

    Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.

    A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso. CORRETO

    ex²: Mas é preguiçoso, ele é inteligente. INCORRETO

    Exemplos de conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, todavia.

    Conjunção concessiva

    No caso das concessivas, a orientação argumentativa que sobressai é a do segmento que não é introduzido pela conjunção. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente.

    O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal. Perceba que o fato do jogo ter ocorrido é mais importante que o de ter chovido.

    A conjunção concessiva é utilizada para estabelecer uma relação de subordinação entre orações. Ela introduz um oração subordinada adverbial concessiva. em outras palavras, a oração terá função sintática de adjunto adverbial, podendo assim ter a ordem invertida sem perder o sentido. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente. CORRETO

    ex²: O jogo ocorreu normalmente, embora tenha chovido. CORRETO

    Exemplos de conjunções e locuções conjuntivas concessivas: embora, apesar de, ainda que, posto que.

    https://clubedoportugues.com.br/conjuncoes-adversativas-e-concessivas-como-identificar/

  • Letra D

    PORÉM é uma conjunção coordenada sindética ADVERSATIVA.

    Conjunções adversativas = Mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, e, não obstante...

    Conjunções Concessivas = Embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em que pese...

    Fonte: Tabela de conectivos do Prof: Elias Santana, Gran Cursos.


ID
4521892
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta acerca de aspectos linguísticos empregados no texto:

Alternativas
Comentários
  • C) A expressão “ou seja”, no segundo parágrafo, poderia estar isolada por travessões, mantendo-se a correção gramatical, quanto à pontuação.

    → Correto, virgula e travessões são intercambiáveis.

    GABARITO. C

  • GABARITO -C

    A) O vocábulo “arraigadas” (2º parágrafo) estabelece uma relação de sinonímia com o vocábulo “extirpadas”.

    ( Sinonímia é a relação entre palavras de significado semelhante )

    São significados distintos !

    Arraigada = Que se estabeleceu ou se fixou na memória, nos costumes ou na cultura de uma sociedade...

    extirpada = arrancou pela raiz

    ---------------------------------------------

    B) Os vocábulos “difícil”, “intocáveis”, “contemporâneas”, “coexistência” e “obstáculo” atendem a uma mesma regra de acentuação gráfica.

    Difícil - Paroxítona terminada em "L "

    Intocáveis - Paroxítona terminada em Ditongo

    contemporâneas- Paroxítona terminada em ditongo

    coexistência- Paroxítona terminada em ditongo ( ficar atento ao que se chama de " proparoxítona aparente " )

    obstáculo- Proparoxítona

    ------------------------------------------------

    C) A expressão “ou seja”, no segundo parágrafo, poderia estar isolada por travessões, mantendo-se a correção gramatical, quanto à pontuação.

    Segundo a gramática os termos de função explicativa ou reiterativa , isto é, ou seja, aliás .. são demarcados por vírgulas. Em relação aos travessões, é possível a substituição, uma vez que a gramática permite o uso ( travessões) para pôr em evidências termos de função explicativa.

    ---------------------------------------------------

    D) O emprego do acento grave indicativo de crase nas duas ocorrências a seguir “curvarem-se à barbárie” (3º parágrafo) e “conduz inevitavelmente à exclusão da cultura” (3º parágrafo) se dá por regras distintas.

    Dá-se pela Junção da preposição a + artigo feminino (a)

    Fica evidente quando fazemos a troca do feminino pelo masculino.

    curvarem-se à barbárie

    Curvam-se ao problema

    conduz inevitavelmente à exclusão

    Conduz ao adicional

    ---------------------------------------------------------

    E) Não há linguagem figurada em “Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos (...)” (3º parágrafo).

    Há uma linguagem conotativa / figurada , pois não se trata de literalidade.

    ----------------------

    Spadoto, FTD.

  • Há várias temáticas compreendidas pela questão, a saber:

    Acentuação gráfica, a marcação, na escrita, da sílaba tônica da palavra por meio de dois distintos sinais de acento gráfico: agudo e circunflexo;

    Sinonímia, ou seja, a relação entre palavras que apresentam o mesmo significado;

    Uso dos sinais de pontuação, em especial travessão e vírgula;

    Conotação, que diz respeito a sentidos além daqueles expressos direta e claramente na frase.

    Inspecionemos os itens:

    a) O vocábulo “arraigadas” (2º parágrafo) estabelece uma relação de sinonímia com o vocábulo “extirpadas”.

    Incorreto. "Arraigado" tem como sentido enraizado, que lançou raízes; em contrapartida, "extirpado" apresenta sentido oposto: significa desarraigado, desenraizado;

    b) Os vocábulos “difícil”, “intocáveis”, “contemporâneas”, “coexistência” e “obstáculo” atendem a uma mesma regra de acentuação gráfica.

    Incorreto. "Difícil" e "intocáveis" têm o acento justificado por serem paroxítonas terminadas em "L" e "eis"; "contemporâneas" e "existências" são paroxítonas terminadas em ditongo; "obstáculo" é proparoxítona e deve ser acentuada;

    c) A expressão “ou seja”, no segundo parágrafo, poderia estar isolada por travessões, mantendo-se a correção gramatical, quanto à pontuação.

    Correto. Em geral, o travessão e a vírgula são sinais de pontuação permutáveis entre si, ou seja, pode-se usar um no lugar do outro;

    d) O emprego do acento grave indicativo de crase nas duas ocorrências a seguir “curvarem-se à barbárie” (3º parágrafo) e “conduz inevitavelmente à exclusão da cultura” (3º parágrafo) se dá por regras distintas.

    Incorreto. Ambos os verbos (curvar-se e conduzir) regem preposição "a" e reclamam complemento verbal indireto (objeto indireto);

    e) Não há linguagem figurada em “Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos (...)” (3º parágrafo).

    Incorreto. Há linguagem figurada, especificamente consta uma figura de linguagem à qual se dá o nome de comparação (veja o conectivo comparativo "como").

    Letra C


ID
4521895
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Os itens abaixo apresentam informações corretas, com EXCEÇÃO da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO DA BANCA -D

    Vejo alguns problemas nas assertivas...

    A) Os verbos destacados no excerto “(...) para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais.” (1º parágrafo) poderiam estar flexionados no singular, mantendo-se a correção gramatical.

    Analisei da seguinte maneira:

     Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. 

    O avanço da globalização e a persistência / Convergem

    Se Oponham / O avanço da globalização e a persistência

    ----------------------------------------------------------------------------

    B) O elemento destacado em “(...) construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.” (1º parágrafo) deve ser classificado como um pronome apassivador em sua ocorrência textual.

    O SE partícula apassivadora precisa ser um VTD ou VTDI para indicar que o sujeito explícito da frase tem valor paciente, ou seja, sofre a ação verbal.

    construir-se  o regional, o nacional e o comunitário

    É apropriado dizer que se assim fosse considerado dever-se-ia ter uma concordância pluralizada.

    Construíram-se / o regional, o nacional e o comunitário FORAM construídos.

    ------------------------------------------------------------------------------

    C) A oração “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações (...)” (3º parágrafo) não poderia estar sem as vírgulas, no contexto em que se encontra, pois apresentaria grave prejuízo gramatical e semântico.

    Temos a estrutura de Uma oração adjetiva EXPLICATIVA ( Com vírgulas )

    A retirada das vírgulas alteraria o sentido, Mas não vejo como alterar a correção gramatical

     o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

    ---------------------------------------------------------------------------

    D) O vocábulo “Esta” em “Esta era percebida como algo estático e definitivo.” (3º parágrafo) é um elemento de coesão com função catafórica.

    Realmente , na maioria dos casos, o Este é usado como referenciador catafórico, mas em alguns casos pode ser usado como anafórico. É O CASO.

    O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo.

    ----------

    E) Temos  uma perífrase verbal sempre que do mesmo domínio predicativo participam um verbo auxiliar (também designado por «verbo morfemático») e uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio passado) do verbo principal (também classificado como «verbo pleno») – com intermediaçã' ou não, de preposição (a, de, por, para). Exemplos:

    a) «Estou a escrever um romance.»

    O que acham? Se divergirem mandem mensagem..

    Fontes: SPADOTO, PESTANA, CIBER DÚVIDAS.

  • SOBRE A LETRA A:para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais

    Quando o sujeito está posposto ao verbo (como no caso, já que o sujeito é "o avanço da globalização e a persistência das identidades"), o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo, que neste caso é "O AVANÇO", ou pode ir para o plural, já que se trata de sujeito composto.

  • (A)Os verbos destacados no excerto “(...) para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais.” (1º parágrafo) poderiam estar flexionados no singular, mantendo-se a correção gramatical.

    (Note que temos um sujeitoo avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais” composto posposto ao verbo, devido a isso, a regra diz que: “Quando o sujeito composto vier posposto o ao verbo, esse verbo pode ir para o masculino plural ou concordar com o primeiro núcleo”).

    Item correto                                 

    (B)O elemento destacado em “(...) construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.” (1º parágrafo) deve ser classificado como um pronome apassivador em sua ocorrência textual.

    (Pode sim ser classificado, pois note que podemos transportar a oração para voz passiva analítica com dois verbo: “Mas,presentemente, sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário, a cultura não pode mais ser construída”).

    Note, também, que o verbo “construir” é um verbo transitivo direto, isso nos traz mais um certeza que a frase pode ser transportada para voz passiva, porque só não poderia ser transportada se o verbo fosse: de ligação, transitivo indireto ou intransitivo.

    Item correto

    (C)A oração “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações (...)” (3º parágrafo) não poderia estar sem as vírgulas, no contexto em que se encontra, pois apresentaria grave prejuízo gramatical e semântico.

    (Poderia sim, pois no contexto em que ela se encontra dar-se o nome de “oração subordinada adjetiva explicativa”, porque está isolada por vírgula, caso a virgula fosse retirada, apenas passaria a ser uma “oração subordina adjetiva restritiva” causando apenas um sentido diferente(semântica).

    Item errado, pois não teria prejuízo gramatical, e sim semântico.

    (D)O vocábulo “Esta” em “Esta era percebida como algo estático e definitivo.” (3º parágrafo) é um elemento de coesão com função catafórica.

    (Não, pois a função é anafórica, utilizada para retomar uma ideia anteriormente falada, nesse contexto, o vocábulo “Esta” está sendo empregado para retomar o termo: “cultura”).

    A função “catafórica” faz referência a um termo que será citado posteriormente no texto.

    Item errado

    (E)Os termos destacados nas passagens “Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional (...).” (4º parágrafo) e “(...) ela poderia representar para as sociedades da informação (...)” (4º parágrafo) constituem, em sua ocorrência textual, perífrases verbais.

    (As perífrases verbais consistem no emprego de um verbo auxiliar conjugado seguido de um verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Introduzem no verbo modificações de ordem semântica)

    Item correto                 

    FOCO, FÉ E AÇÃO!

  • Letra C está incorreta também.

    Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado. Temos uma Oração subordinada adjetiva explicativa. Retirando a virgula vai restringir, ou seja, vai haver prejuízo semântico apenas. Não vai ocasionar erro gramatical.

  • o aluno bom , nessa questão, ficaria entre as letras C e D e optaria, por fim, pela D, pois é mais evidente que ESTA não tem valor catafórico, mas anafórico. Daí , acertada a questão, hora de se chatear com a letra C, é regra gramatical que , na maioria das vezes, a supressão das vírgulas de uma adjetiva explicativa NÃO torna o texto gramaticalmente incorreto, ocorrendo apenas mudança de sentido, e é justamente essa MUDANÇA DE SENTIDO que pode trazer incoerência com a supressão das vírgulas, por exemplo:

    "O Canadá, que é um país de primeiro mundo, tem pouca população." , suprimamos as vírgulas, "O Canadá que é um país de primeiro mundo tem pouca população.", como estamos nos referindo a um conjunto unitário. a supressão das vírgulas trará incoerência, uma incoerência tal que ensejará a INCORREÇÃO GRAMATICAL.

    Já em uma frase assim: " as meninas da minha rua, que eu pegava sem pena, falam bem de mim até hoje." , suprimindo, "as meninas da minha rua que eu pegava sem pena falam bem de mim até hoje", AQUI A SUPRESSÃO das vírgulas não causou incorreção, mas apenas mudança de sentido.

  • Alguém pode comentar qual seria essa mudança de sentido que a retirada da vírgula poderia ocasionar.

    Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

    A oração “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações (...)” (3º parágrafo) não poderia estar sem as vírgulas, no contexto em que se encontra, pois apresentaria grave prejuízo gramatical e semântico.

  • A letra C está errada, pois o pronome relativo QUE introduz uma subordinada adjetiva explicativa e a retirada das virgulas a converteria para restritiva só ocasionando mudança de sentido e não erro gramatical.

  • Assertiva D

    O vocábulo “Esta” em “Esta era percebida como algo estático e definitivo.” (3º parágrafo) é um elemento de coesão com função catafórica.

  • Galera, leiam com calma: " GRAVE PREJUÍZO SEMANTICO ", mudará o sentido ? Sim. Há um grave prejuízo semântico ? Não 

  • letra d pois tem função anafórico e não catafórico .

  • Na alternativa C:

    Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

    Por que temos a vírgula depois da  locução coordenativa conclusiva "por isso" ? Por isso,

  • Sujeito composto (dois núcleos) se estiver:

    > Anteposto: Deve ficar no plural.

    Salgadinhos e refrigerantes sobraram do aniversário.

    > Posposto: Pode ficar no singular /Plural:

    Sobrou/Sobraram= Salgadinhos e refrigerantes do aniversário.

  • Questão com dois gabaritos: C e D

  • Sobre a alternativa C:

    que nos acompanha desde as primeiras globalizações 

    Entre virgulas é uma oração subordinada adjetiva explicativa.

    Sem as vírgulas é uma oração subordinada adjetiva restritiva.

    Algumas bancas adoram esse assunto.

  • LETRA D

  • A alternativa B está errada! O trecho" sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário." é um adjunto adverbial modal. Ao abrir o texto, percebe-se que o sujeito está anteposto ao verbo e o SE é reflexivo, isto é, funciona como objeto direto; logo, não há possibilidade de ser um pronome apassivador, como muitos comentários afirmam. Abaixo, o período está completo, vejam:

    "Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário."

    A dica que deixo é: sempre conferir na origem.

  • Eu vejo um problema na letra A: apesar da regra de concordância verbal permitir, pra sujeito composto posposto, a conjugação do verbo no singular, "se oponham" tem sentido reflexivo, para mim, e a concordância nesse caso se dá sempre no plural.

    "(...) embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais."

    Alguém saberia dizer se existe uma hierarquia nas regras? O porquê está correta a assertiva?

  • Segunda vez que eu faço uma questão dessa banca e há mais de uma alternativa correta.

    Sério, boa sorte pra quem for fazer alguma prova dessa banca horrível aí.

  • As provas desta banca, principalmente a disciplina de português, conseguem tirar o concurseiro do sério!

  • Acredito que o enunciado seria "estão incorretas, com exceção.."


ID
4521898
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Analise os itens abaixo e assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Queremos a alternativa incorreta;

    A) O vocábulo destacado em “Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, (...)” (2º parágrafo) assume um papel coesivo sequencial com valor condicional.

    → Incorreto, o se em destaque é uma conjunção subordinativa integrante, que introduz uma oração subordinada. Não é classificado como conjunção de valor condicional.

    GABARITO. A

  • Complemento : as conjunções : se , como ,que = isso ( conjunções integrantes que iniciam orações substantivas )

  • Não vi ditongo em mestiçagem.

  • onde tem ditongo em mestiçagem ?

  • Em mestiçagem, na última sílaba, o E é a vogal e o M é a semivogal.

  • Fernanda, o digongo em "mestiçagem" existe! e está no "em", quando temos "em", "am", por exemplo, no final das palavras, temos o chamado ditongo nasal.

    Desta forma, a letra D está correta.

  • Lembremos da fonética em mestiçagEI.
  • GABARITO -A

    a) Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas...

    Devemos indagar / isto...

    Há uma conjunção integrante que introduz o que vai ser dito..

    A melhor classificação seria oração subordinada substantiva objetiva direta.

    ---------------------------------------------

    b) A inserção do artigo definido “o” depois do pronome “cujos” na passagem “(...) cujos efeitos só hoje avaliamos (...)” (3º parágrafo) implicaria grave problema gramatical.

    São regras do cujo:

    1º Não deve haver artigo após o " cujo" .

    2º O cujo indica posse e liga ( regra ) substantivos.

    A moça cuja bolsa era vermelha

    3º A concordância do Cujo é com termo subsequente.

    -------------------------------------------------------

    c) As orações destacadas nos excertos “(...) vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie (...)” (3º parágrafo) e “(...) perceber que o racismo prospera.” (3º parágrafo) assumem o mesmo papel sintático.

    ( Nós ) Vimos / isso / as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie

    Oração subordinada substantiva Objetiva direta

    levamos muito tempo até perceber / isso / que o racismo prospera 

    Oração subordinada substantiva Objetiva direta

    ---------------------------------------------------------------

    d) Todos os seguintes vocábulos retirados do texto “mestiçagem”, “globalização”, “persistência” e “nacionais” apresentam ditongo em sua estrutura.

    UMA DICA DO MEU PROFESSOR : Geralmente confundimos O EM com dígrafo , né?

    Mas quando esse cara aparece no final da sílaba = Ditongo nasal.

    EX: sabem;

    cantam;

    falam;

    ----------------------------------------------

    e) Cuidado com esse camarada!

    Nos prefixos com o "CO "

    1) Pelo Acordo Ortográfico de 2008, o prefixo co sempre se acopla à palavra seguinte diretamente, sem intermediação de hífen. Exs.: cobeligerante, cocontratado, codemandante, cofundador, cogerência, cotutor.

    2) Não se abre exceção nem mesmo para a hipótese de ser o elemento seguinte iniciado por vogal. Exs.: coacusado, coadministrador, coapelante, coarrendante, coautor, coeditor, coeducador, coexistência, coigual, coindicação, coobrigar, cooperação, coordenação, counívoco.

    3) Para a hipótese de ser o segundo elemento iniciado por r ou s, dobram-se tais consoantes para permanência do som do vocábulo original. Exs.: correferência, correlação, corresponsabilidade, corréu, cossecante, cossegurador, cossignatário.

    4) Duas observações importantes: a) quando o segundo elemento tem h, perde-se esse h, e se juntam os elementos sem hífen (coabitar, coerdeiro); b) ainda que o segundo elemento se inicie pela mesma vogal que encerra o prefixo, mesmo assim não há hífen (coobrigado, cooperar, coordenação).

  • Eu sabia que Am Em EIm Om e Um eram digrafos , mas ditongos ? essa é nova pra mim.

  • Há inúmeras temáticas abarcadas pela questão, a saber:

    → Classificação da partícula "se", que pode exercer o papel de elemento expletivo, pronome reflexivo, conjunção integrante, conjunção condicional, etc.;

    → Classificação de orações subordinadas substantivas, que exercem várias funções sintáticas: sujeito, predicado, objeto (direto ou indireto), complemento nominal, etc.;

    → Fonologia, especialmente o ditongo (encontro de duas vogais na mesma sílaba).

    a) O vocábulo destacado em “Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, (...)” (2º parágrafo) assume um papel coesivo sequencial com valor condicional.

    Incorreto. Trata-se de uma conjunção integrante, ou seja, introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta (objeto direto);

    b) A inserção do artigo definido “o” depois do pronome “cujos” na passagem “(...) cujos efeitos só hoje avaliamos (...)” (3º parágrafo) implicaria grave problema gramatical.

    Correto. Após o pronome relativo "cujo", não se insere artigo definido de nenhum tipo, p.ex. o, os, a, as;

    c) As orações destacadas nos excertos “(...) vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie (...)” (3º parágrafo) e “(...) perceber que o racismo prospera.” (3º parágrafo) assumem o mesmo papel sintático.

    Correto. Ambos os segmentos sublinhados são objetos diretos oracionais (oração subordinada substantiva objetiva direta) do respectivo verbo a que se referem;

    d) Todos os seguintes vocábulos retirados do texto “mestiçagem”, “globalização”, “persistência” e “nacionais” apresentam ditongo em sua estrutura.

    Correto. Nesta ordem estão os ditongos: "em" (no final da palavra afigura-se ditongo, e não dígrafo vocálico), "-ão", "-ia" e "-ai";

    e) O vocábulo destacado na passagem “(...) favoráveis à coexistência das diversidades.” (2º parágrafo) está corretamente grafado da mesma forma que o vocábulo “coerdeiro”.

    Correto. O prefixo "co-" aglutina-se sempre ao elemento seguinte, ainda que este comece com vogal idêntica: coocupante, coobrigar. Se começar com "h", esta é suprimida: coabitação, coabitante, etc.

    Letra A

  • Lembremos que DITONGO é o encontro de 2 sons vocálicos na mesma sílaba.

  • O "m", quando tem som de "i" e está apoiado numa vogal, vira semivogal: "Mestiçagei"

    O prefixo "co" aglutina-se com o segundo elemento: co + herdeiro -coerdeiro

  • Patética essa questão.

  • LETRA A

  • QUERO COMENTÁRIOS EM VÍDEOS

  • Ditongo Fonético!

  • "Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, (...)” (2º parágrafo). O vocábulo em destaque é uma conjunção integrante e introduz uma Oração subordinada Substantiva Objetiva Direta. Não tem valor condicional.

    GABARITO: A

    "DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."

  • O que isso tem a ver com Fonética?

  • LETRA A

  • Gente, alguém me explica o por que da alternativa D está certa. Eu não vejo ditongo em todas as palavras

  • Pq a letra E está errada ?

  • Como que "mestiçagem" possui ditongo se não tem nem uma vogal do lado da outra na palavra?

  • Na palavra MESTIÇAGEM o ditongo está grifado em vermelho. Lembrem-se de que as letras -m e -n podem ser consoantes (no início de palavras ou sílabas), semivogais (semivogal porque acompanha vogal e soa como uma, porém com menos tonicidade) ou constituir dígrafos vocálicos (dígrafo porque são duas letras que representam um único som e vocálico porque o som que representa é de uma vogal). Basta olhar a pronúncia:

    • MESTIÇAGEM - /m/,/e/,/s/,/t/,/i/,/S/,/a/,/j/,/~e/,/i/.

    > Veja que o m no final da palavra serve para nasalizar a vogal e também funciona como semivogal. Observe mais exemplos:

    • CANTAM - /c/,/ã/,/t/,/ã/,/u/ <=> o n da palavra faz parte de um dígrafo vocálico e serve apenas para nasalizar a vogal; o m é uma semivogal e tem som de u (ou de o, não importa). :. CANTAM tem 6 letras, 5 fonemas.

    • TAMBÉM - /t/,/ã/,/b/,/~e/,/i/ <=> o primeiro m constitui um dígrafo vocálico, já o segundo é uma semivogal e tem som de i. :. TAMBÉM tem 6 letras, 5 fonemas.

    • PARABÉNS - /p/, /a/, /r/, /a/, /b/, /~e/, /i/, /s/ <=> o n é uma semivogal e tem som de i. :. PARABÉNS tem 8 letras, 8 fonemas.

    • BANANA - /b/, /ã/, /n/, /ã/, /n/, /a/ <=> observe que as duas letras "n" são consoantes, pois estão em início de sílabas e seus sons são pronunciados, mesmo que também sirvam para nasalizar as vogais antecedentes. :. BANANA tem 6 letras, 6 fonemas.

    • QUINTO - /K/, /~i/, /t/, /o/ <=> o n da palavra faz parte de um dígrafo vocálico e serve apenas para nasalizar a vogal; observe também que QU também é um dígrafo, porém um dígrafo consonantal, pois as duas juntas representam um único som, que é de uma consoante (neste caso o K). :. QUINTO tem 6 letras, 4 fonemas.
  • essa é pra entrar com recursos

  • EM (EN)

    AM (AN)

    no final das frases constituem encontros vocálicos!

  • Olá, pessoal. Eu também errei essa questão, embora tivesse estudado ela há um certo tempo rsrsrs.

    "AM" ou "EM", em final de palavras, formam, na fonética, os sons de "/ãu/" e "/ẽi/", respectivamente. Daí porque dizer que existe ditongo, mesmo que nasal.

    "(...) Geralmente os ditongos nasais são aqueles que aparecem seguidos de "m" e de "n" na mesma sílaba (frequente, quando), são aqueles que levam o acento til (anão, mãe, mão) e o "ui" juntos na mesma sílaba (muito).

    Observação:

    Além dessas ocorrências, temos também as formas "em", "en", "am", e "ens" em final de palavras.

    Exemplo clássico desse caso: "também" (tã/bẽi), "mestiçagem" (mes/ti/ça/gẽi)

    A palavra "também" possui o ditongo nasal "em". Isso acontece porque a consoante "m" dessa sílaba, por estar em final de palavra, tem o som de "ei", como se estivéssemos dizendo "tambei". Portanto, pela característica sonora, dizer "também" é o mesmo que dizer "tambei" e, portanto, temos o ditongo "ei", que em linguagem fonética é representado por [ey], pelos fonemas /e/ e /y/. Não se esqueça que essa propriedade ocorre com as formas "em", "en", "am" e "ens" em final de palavras (...)"

    FONTE: <ttp://www.blogdogramaticando.com/2012/10/ditongo.html>. Acessado em 03 de maio de 2021.

  • Qual papel sintático é esse da letra c??

  • Coesão Sequencial - Eles são representados pelas conjunções, pelos advérbios e preposições, e podem exprimir ideias diversas (e não por pronome se).


ID
4521901
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Sobre aspectos gramaticais presentes no texto, assinale a alternativa que apresenta análise INADEQUADA:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva E

    No excerto “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” (6º parágrafo) não se poderia substituir o ponto e vírgula por uma vírgula, pois tal substituição acarretaria prejuízo gramatical para o período.

  • Letra A está correta? Infinitivo n admite o pronome posicionado facultativamente?

  • 2 alternativas corretas , A e B

  • Vejo a letra A como incorreta também. Pois em:  "Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem".

    O "se" está após um verbo no infinitivo impessoal, é majoritariamente aceito a facultatividade da ênclise. Ou seja, a próclise também seria aceita.

    Não obstante, a letra E (gabarito da banca) está de fato incorreta. Pois é aceito a substituição do ponto e vírgula, pela vírgula, já que em: “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” 

    Temos um sujeito diferente posposto a conjunção "e", em que recomenda-se a utilização da vírgula.

    Gabarito da banca letra E!

  • GABARITO -E

    A) As três ocorrências do pronome pessoal oblíquo átono “se”, no 1º parágrafo, não admitem deslocamento de suas posições em relação aos verbos com os quais se relacionam.

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

    Em relação à colocação do pronome :

    Segundo Pestana :

    Usamos mesóclise>

    4) Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa

    – Machucar-te não era minha intenção

    Caso facultativo>

    5) Infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições “para, em, por, sem, de, até, a”. – Meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo

    Eu , humildemente , vejo como válida : Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada

    ou Levantar hoje a questão da cultura é se colocar em uma encruzilhada

    ---------------------------------------------------

    B) Mantém-se a correção gramatical e o valor semântico, caso haja substituição do conectivo destacado em “(...) embora também se oponham (...)” (1º parágrafo) pelo conectivo equivalente “conquanto”.

    Embora = Concessivo

    Conquanto - concessivo

    -----------------------------------------------------

    C) O vocábulo “encruzilhada” (1º parágrafo) passou pelo processo de formação de palavras denominado parassíntese.

    Na parassíntese a retirada de um dos afixo torna inexistente a palavra na língua.

    Cruzilhada não existe.

    ------------------------------------------------------

    D) O emprego das aspas em "intocáveis" (2º parágrafo) e "tecnologizar" (5º parágrafo) se dá por justificativas gramaticais distintas.

    povo ou nação sejam "intocáveis". 

    Usamos aspas para dar ênfase a um termo ou expressão.

    s como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais

    Usamos aspas para demarcar estrangeirismos , ironias.

    ---------------------------------------------------

    E) No excerto “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” (6º parágrafo) não se poderia substituir o ponto e vírgula por uma vírgula, pois tal substituição acarretaria prejuízo gramatical para o período.

    Um dos casos de ponto e vírgulas é quando já temos vírgulas no período, logo, não há problema na permuta.

    ----------------------------

    fONTE; Spadoto

    Agnaldo Martino

    Pestana

  • CUIDADO

    A questão está correta. Não há duplo gabarito como alegado por alguns colegas.

    A) As três ocorrências do pronome pessoal oblíquo átono “se”, no 1º parágrafo, não admitem deslocamento de suas posições em relação aos verbos com os quais se relacionam.

    Correta. As formas verbais sobrepostas "é" e "colocar-se" não formam locução verbal, caracterizando nítida oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo, motivo pelo qual não se aplicam aqui os casos de colocação facultativa.

    Diante de oração reduzida de infinitivo é obrigatória a utilização da ênclise como forma correta de colocação.

    B) Mantém-se a correção gramatical e o valor semântico, caso haja substituição do conectivo destacado em “(...) embora também se oponham (...)” (1º parágrafo) pelo conectivo equivalente “conquanto”.

    Correta. Ambos são conectivos concessivos, semanticamente equivalentes.

    C) O vocábulo “encruzilhada” (1º parágrafo) passou pelo processo de formação de palavras denominado parassíntese.

    Correta. Existe a junção simultânea de prefixo e sufixo ao radical.

    D) O emprego das aspas em "intocáveis" (2º parágrafo) e "tecnologizar" (5º parágrafo) se dá por justificativas gramaticais distintas.

    Correta. O primeiro uso marca a enfatização de termo, enquanto o segundo marca verbo que, embora existente, é pouco usual.

    E) No excerto “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” (6º parágrafo) não se poderia substituir o ponto e vírgula por uma vírgula, pois tal substituição acarretaria prejuízo gramatical para o período.

    Incorreta. A substituição proposta é plenamente possível.

    Gabarito na alternativa E

  • (A)As três ocorrências do pronome pessoal oblíquo átono “se”, no 1º parágrafo, não admitem deslocamento de suas posições em relação aos verbos com os quais se relacionam.

    Obs: “Com verbos no infinitivo, mesmo que haja uma palavra “atrativa”, a colocação do pronome pode ser proclítica ou enclítica. Tanto faz, desde que não recaia em um dos casos proibidos (como iniciar período).

    (A primeira ocorrência admite sim “colocar-se” aceita tanto o pronome empregado em ênclise ou próclise; A segunda ocorrência “se oponham” não pode ser empregada como ênclise, devido a construção apresentar um uma conjunção subordinativa concessiva antes, pois a mesma é um caso se atração do pronome oblíquo para antes do verbo; A terceira “construir-se” não pode ser usada como próclise, visto que recai em um dos casos de proibição de próclise, proibição essa que é a pausa “virgula” antes).

    Item errado

    (B)Mantém-se a correção gramatical e o valor semântico, caso haja substituição do conectivo destacado em “(...) embora também se oponham (...)” (1º parágrafo) pelo conectivo equivalente “conquanto”.

    Item correto, pois tanto um quanto o outro podem ser usados como conjunção subordinativa concessiva (ideia contrária)

    (C)O vocábulo “encruzilhada” (1º parágrafo) passou pelo processo de formação de palavras denominado parassíntese.

    Item correto, pois o processo de formação, em que se anexa um pré-fixo e um sufixo à palavra primitiva, dar-se o nome de “DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA”, Essa formação difere da derivação “prefixal e sufixal” pelo fato dessa formação “parassintética” poder retirar um dos afixos e a palavra perder o sentido, já a outra, retirando-se qualquer um dos afixos a mesma continua com sentido.

    (D)O emprego das aspas em "intocáveis" (2º parágrafo) e "tecnologizar" (5º parágrafo) se dá por justificativas gramaticais distintas.

    Item correto, pois a primeira está sendo usada apenas para realce, enquanto o outra está sendo usada para destacar uma palavra pouco usada(incomum).

    Mas o outro erro é a alternativa informar que se trata do 5º parágrafo, porque a mesma está situada no 6º.

    (E)No excerto “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” (6º parágrafo) não se poderia substituir o ponto e vírgula por uma vírgula, pois tal substituição acarretaria prejuízo gramatical para o período.

    Item errado, pode sim ser substituída, pois se emprega a vírgula para separar orações coordenadas sindéticas, exceto aquelas introduzidas pelo conectivo “e”, porém a vírgula é obrigatória se o conectivo “e” vier repetido antes de cada oração ou quando a oração introduzida pelo conectivo “e” apresentar sujeito diferente da oração assindética ou quando o “e” apresentar valor adversativo.

    Então, podemos notar que a oração introduzida pelo conectivo “e” apresenta sujeito diferente da oração assindética “A clonagem é cópia”.

    FOCO, FÉ E AÇÃO! (De acordo com o meu estudo e fontes, a letra “A” e a “E” estão erradas)

  • Alguém sabe qual é o sujeito desta frase??? Havia muitos erros e complicações que já não estavam em suas mãos resolver.

  • A questão em tela exige conhecimento de vários assuntos: colocação pronominal, pontuação e morfologia. Teremos que encontrar a afirmação INCORRETA. Vejamos:

    a) As três ocorrências do pronome pessoal oblíquo átono “se”, no 1º parágrafo, não admitem deslocamento de suas posições em relação aos verbos com os quais se relacionam.

    Correta.

    1- Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se.

    Correta. Não é possível deslocar o pronome oblíquo "se" para posição antes do verbo, pois a forma em próclise diante de verbo no infinito é somente com palavra atrativa.

    2- embora também se oponham...

    Correta. Não é possível pospor o pronome oblíquo "se" nessa oração, pois diante de oração subordinada concessiva é obrigatório o uso da próclise.

    3- ..., construir-se...

    Correta. Não é possível antepor o pronome oblíquo "se", pois logo após a vírgula, não se começa com próclise.

    Assim, está correta a informação, não é possível alterar a posição dos pronomes oblíquos que foram informados.

    Encontra-se fundamento para está alternativa em 3 gramáticas: Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Pág 546 de Rocha Lima, Novíssima Gramática da Língua Portuguesa de Cegalla. Pág 538 e ou Fundamentos de Gramática do Português de Azeredo no capítulo de colocação dos pronomes.

    b)“(...) embora também se oponham (...)” (1º parágrafo) pelo conectivo equivalente “conquanto”.

    Correta. Ambos são conectivos de valor concessivos. Portanto, a troca pode ser feita sem alteração.

    c) O vocábulo “encruzilhada” (1º parágrafo) passou pelo processo de formação de palavras denominado parassíntese.

    Correta. Fez- se a junção de um prefixo e um sufixo de tal modo que se um dos dois fossem retirados, a palavra perderia completamente o sentido.

    Em- CRUZ- ILHADO

    d) O emprego das aspas em "intocáveis" (2º parágrafo) e "tecnologizar" (5º parágrafo) se dá por justificativas gramaticais distintas.

    Correta. O primeiro uso se trata de uma enfatização, já a segunda palavra, não encontrada no sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), assim, entendo se tratar de uma palavra criada, inventada de outra e por isso o uso das aspas, para marcar um neologismo.

    e) No excerto “A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens.” (6º parágrafo) não se poderia substituir o ponto e vírgula por uma vírgula, pois tal substituição acarretaria prejuízo gramatical para o período.

    Incorreta. O ponto e vírgula está separando oração coordenada sindética aditiva de sujeitos diferentes, sendo assim, é possível a troca. Vejam: A clonagem é cópia, e a mestiçagem.... A clonagem é sujeito do verbo "é" e mestiçagem sujeito do verbo "criar". Portanto, a alternativa erra ao dizer que causaria prejuízo a substituição dos termos.

    GABARITO: E

  • O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.

    "Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada"(...)

    Não temos preposição ou palavra atrativa antes do verbo no infinitivo.

  • PESSOAL, BOA NOITE!

    EU ACREDITO QUE A ALTERNATIVA "A" ESTEJA ERRADA POR CAUSA DA LOCUÇÃO VERBAL --- É COLOCAR---

    E NÃO TENDO FATOR ATRATIVO DE PRÓCLISE, ADMITE QUE O " SE" FAÇA ÊNCLISE COM O "COLOCAR", OU PRÓCLISE COM O MESMO, OU ÊNCLISE O VERBO AUXILIAR " SER".

  • Sendo bem direto: na alternativa "E" a substituição do ponto e vírgula por virgula não acarretaria em prejuizo gramatical. Só mudaria o sentido da oração. Observem:

    1) "A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário...". Com a presença do ponto e virgula, tem-se uma ideia de adição, uma oração aditiva na sequencia.

    2) “A clonagem é cópia, e a mestiçagem, ao contrário...Guardem isto para a prova: NORMALMENTE, quando a conjunção "e" vem depois de uma vírgula, esta tem um valor adversativo, tem-se uma ideia de contradição, uma oração adversativa ao que é informado na oração anterior.

    Portanto, a troca do ponto e vírgula por vírgula não acarreta prejuízo gramatica e, sim, mudança de sentido, ou seja, haverá uma mudança de uma oração aditiva (sentido de adição) com o ponto e virgula para uma oração adversativa (sentido de contrariedade) com a vírgula.

    GABARITO: E

    "DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."

  • ......Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva.......

    .......Mas a cultura não pode mais, presentemente, se construir sem uma tensão constitutiva

    as duas formas estão corretas. vejo a alternativa A como incorreta

  • .....................................................................................ATENÇÃO.....................................................................................

    .

    .

    .

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem...

    O PROBLEMA DA QUESTÃO É: se for locução verbal com infinitivo admite-se sim o uso do pronome entre os verbos (é se colocar).O x da questão é que a professora simplesmente diz que não é locução verbal e sim um verbo da oração principal sem explicar o porquê. Estou procurando a horas um motivo pelo qual esses dois verbos juntos não se tornariam locuções, sem sucesso. Os dois verbos estão juntos e com função morfológica de um, portanto, locução verbal.

    Aqui a referência: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/a-colocacao-pronominal-nas-locucoes-verbais.htm

  • LETRA E

  • LETRA "A" ESTÁ ERRADA.

    VERBO NO INFINITIVO (COLOCAR) - PRÓCLISE E ÊNCLISE SÃO FACULTATIVAS. PODE HAVER DESLOCAMENTO .

  • A letra A também está incorreta.

  • questão vida louca...

  • Típica questão que seleciona os candidatos por sorte e não por conhecimento, pois tem duas alternativas corretas: letra A e letra E.

  • A) justificativa: CERTA. É COLOCAR-SE nao há nenhum elemento atrativo, logo é usada enclise.

    b) justificativa: CERTA. Valor concessivo

    c) justificativa: CERTA. PARASSISTESE é sufixo e prefixo ao mesmo tempo. A RETIRADA DE UM OU OUTRO COMPROMETE O SENTIDO.

    d) justificativa: CERTA. "intocáveis"= ENFASE e "tecnologizar"= NEOLOGISMO

    e) justificativa: ERRADA, posso sim substituir ponto e virgula pela virgula. O ``e`` introduz um valor adversativo, já que o ``e`` nao tem valor aditivo.

    gab: E, de eita tenho q estudar maiiiis.


ID
4521904
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Nos excertos abaixo retirados do texto, há um vocábulo “que” com função textual diferente das demais; assinale a alternativa em que ele aparece:

Alternativas
Comentários
  • Queremos a alternativa que o QUE possua classificação distinta dos demais;

    C) “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.”

    → Temos um pronome relativo, pode ser substituído por a qual e introduz uma oração subordinada adjetiva, as demais alternativas são classificadas como conjunção subordinativa integrante.

    GABARITO. C

  • ✅Letra C

    Na letra C, temos uma oração subordinada adjetiva, introduzida pelo QUE.

    As demais alternativas são orações SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS, introduzidas por uma conjunção integrante, no caso o QUE.

    RESISTA!!

  • Correta, C

    Nas demais assertivas, o "que" funciona como conjunção integrante, já na letra C é utilizado como pronome relativo.

  • DICA

    Trocar o "que" por "isso" - Conjunção integrante, que vai introduzir uma oração substantiva.

    Trocar o "que" por "a qual, o qual" - Pronome relativo, que vai se referir ao termo anterior e introduz uma oração subordinada substantiva restritiva ou explicativa.


ID
4521907
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

O vocábulo “pós-nacionais” (4º parágrafo) está correto quanto à sua grafia; o mesmo NÃO ocorre na opção:

Alternativas
Comentários
  • No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam possuindo por já estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meiaágua-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.

    Fonte: brasilescola.uol.com.br

  • Olá, vou dar uma dica de como fiz para não esquecer essa exceção à regra da questão. Lembra da música: "meu deidinhos, meus dedinhos... onde estão? Aqui estão! Eles se saúdam... eles se saúdam... e se vão!" Então, eu canto assim: "Arco-da-velha, mais-que-perfeito, cor-de-rosa, água-de-colônia, pé-de-meia, gota-dágua, Deus-dará, Queima-roupa!" Me ajudou muito. Lembra do meu nome: Estarei no curso de formação da PF contigo!

  • cavalo-vapor duas palavras com unidade de significado, sílaba tônica própria e Sem conectivo (separados por hífen).

    inter-regional consoantes iguais, separa com hífen

    arco-da-velha palavra consagrada pelo uso com hífen

    água-de-colônia palavra consagrada pelo uso com hífen

  • GABARITO -E

    Algumas regras importantes para revisão>

    a) cavalo-vapor

    Usamos hífen quando formamos palavras compostas como: Azul -escuro, primeiro -sargento, primeiro-ministro,

    Cavalo-vapor .....

    ----------------------------

    b) inter-regional

    Os iguais se repelem e os diferentes se atraem.

    c) arco-da-velha

    Memorize: São locuções que permanecem com Hífen:

    água-de-colônia

    Ao Deus-dará

    Queima-roupa

    Mais -que - perfeito

    Arco-da-velha

    água -de-colônia

    pé-de -meia

    Cor-de-rosa

    e) pôr-do-sol

    é pôr do sol, com acento circunflexo e sem hífen

    DICA: A MAIORIA DAS LOCUÇÕES PERDERAM O HÍFEN. ALGUMAS QUE

    PERMANECERAM FORAM LISTADAS NA ASSERTIVA C).

    Bora!!!

  • Para apagar o QUEIMA-ROUPA

    Ao DEUS-DARÁ

    ÁGUA-DE-COLÔNIA

    isso éMAIS-QUE-PERFEITO

    Dentro do ARCO-DA-VELHA

    tinha uma PAR-DE-MEIA

    COR-DE-ROSA

    Esquema do Prof.: TGB

  • Trata a questão de ortografia, isto é, a escorreita grafia de palavras. Escorar-nos-emos, pois, nas bases do Novo Acordo Ortográfico.

    Aditado a isso, havendo dúvidas em questões dessa natureza, que requerem a grafia de verbetes, deve-se evocar o VOLP, um vocabulário ortográfico no qual se catalogam as palavras oficialmente pertencentes a nosso idioma. É oportuno ainda mencionar que o VOLP sofre edições pela ABL (Academia Brasileira de Letras), órgão incumbido legitimamente da tarefa.

    Inspecionemos:

    a) cavalo-vapor

    Correto. Há dois substantivos constituindo um composto, de sorte que deve ser usado o hífen;

    b) inter-regional

    Correto. O prefixo "inter-" não se aglutina ao elemento seguinte porque se este inicia com a consoante "r", a mesma que termina o prefixo;

    c) arco-da-velha

    Correto. Em geral, nos compostos formados por duas ou mais palavras ligadas por preposição, não se insere hífen. "Arco-da-velha" é exceção;

    d) água-de-colônia

    Correto. Em geral, nos compostos formados por duas ou mais palavras ligadas por preposição, não se insere hífen. "Água-de-colônia" é exceção;

    e) pôr-do-sol

    Incorreto. Em geral, nos compostos formados por duas ou mais palavras ligadas por preposição, não se insere hífen. Correção: "pôr do sol".

    Letra E

  • ARCO-DA-VELHA e ÁGUA-DE-COLÔNIA são exceções em que permanece o hífen

  • OBS: alguns casos particulares, como em "tele-entrega" e "tele-educação", muitas pessoas costumam suprimir um "e" e escrever a palavra sem hífen: "telentrega" e "teleducação". São formas também aceitas como corretas. Inclusive o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) registra as formas teleducação e teleducando.

  • A cavalo-vapor Está correta pois são duas palavras formando uma

    B inter-regional - Está correta pois entra nas regras da EXCEÇÕES. Prefixos HIPER INTER E SUPER ANTES DO H OU R SEPARA COM HIFEN

    C arco-da-velha - São duas palavras formando uma, porem está na exceção junto com: água-de-colonia,cor-de-rosa,mais-que-perfeito, pé-de-meia.

    D água-de-colônia -Mesmo da letra C

    E pôr-do-sol É a errada não leva hífen por ser palavra composta ligada por PREPOSIÇÃO (DO) e não está nas exceções.

  • De um comentário:

    PASSEI AGUA-DE-COLÔNIA NO ARCO-DA-VELHA E FICOU MAIS-QUE-PERFEITO. POR ISSO, ELA ME DEU UM PÉ-DE-MEIA COR-DE-ROSA.

  • Eu uso essa frase que peguei de um colega acima e acrescentei: Passei água-de-colônia no arco-da-velha e ficou mais-que-perfeito. Por isso ela me deu um pé-de-meia cor-de-rosa, e a queima-roupa foi a gota-d'água do Deus-dará kk

  • Eu uso essa frase que peguei de um colega acima e acrescentei: Passei água-de-colônia no arco-da-velha e ficou mais-que-perfeito. Por isso ela me deu um pé-de-meia cor-de-rosa, e a queima-roupa foi a gota-d'água do Deus-dará kk

    A cavalo-vapor Está correta pois são duas palavras formando uma

    B inter-regional - Está correta pois entra nas regras da EXCEÇÕES. Prefixos HIPER INTER E SUPER ANTES DO H OU R SEPARA COM HIFEN

    C arco-da-velha - São duas palavras formando uma, porem está na exceção junto com: água-de-colonia,cor-de-rosa,mais-que-perfeito, pé-de-meia.

    D água-de-colônia -Mesmo da letra C

    E pôr-do-sol É a errada não leva hífen por ser palavra composta ligada por PREPOSIÇÃO (DO) e não está nas exceções.

  • pra que isso ? fala pra mim

  • LETRA E

  • Gab E de Estuda que a dor de cabeça vem


ID
4521910
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Nos itens abaixo, foram destacados elementos coesivos que se referem a algum termo já expresso no texto, com EXCEÇÃO de:

Alternativas
Comentários
  • C) “(...) neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; (...)” 

    → O pronome neste é catafórico, ou seja, aponta para frente, para algo que será dito e não para algo que foi dito.

    GABARITO. C

  • A) Tradições já foi escrita em trecho anterior.

    B) Cujo(s) dá a ideia de posse de algo já citado.

    C) Neste: em regra, ainda vai falar. Nesse: em regra, se refere a algo anterior. (GABARITO)

    D) Privá-la. Privar quem? Óbvio que já foi dito (cultura).

    E) QUE normalmente retoma o que já foi dito.

    Comentário de alguém que vem se esforçando para melhorar o índice de acertos em Português. Aguarde o comentário dos experts, rsrs.

  • Letra C

    Pronomes demonstrativos:

    Esse, essa, isso = Anafóricos.

    Este, esta, isto = Catafóricos.

    Fonte: Prof: Elias Santana, Gran Cursos.

  • "neste século" -> recurso dêitico

    "Dêiticos são elementos linguísticos que indicam o lugar ( aqui ) ou o tempo (agora) em que um enunciado é produzido e também indicam os participantes de uma situação do enunciado ( eu/tu )"

    Assim, tal pronome deve ser lido sabendo o tempo em que se passa o texto; é algo informado fora do texto e, portanto, não faz referência a algo já dito. Indo mais além, também não faz referência a algo que será dito...


ID
4521913
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Todas as formas verbais destacadas nas opções abaixo estão flexionadas em tempos ou modos que são empregados discursivamente quando se quer expressar dúvida, desejo ou possibilidade; a EXCEÇÃO está apontada na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • A)“é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, (...)”

    → O verbo em destaque está conjugado na terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo, o indicativo é o modo que indica certeza de um fato.

    GABARITO. A

  • A) convergem = presente do indicativo

    B) sejam = presente do subjuntivo

    C) construiriam = futuro do pretérito

    D) seria = futuro do pretérito

    E) poderia = futuro do pretérito

  • Fiquei em dúvida entre A e B.

    Marquei B! :(

    Errei.

  • Fiquei em dúvida entre A e B.

    Marquei B! :(

    Errei.

  • GABARITO - A

    i) O Futuro do pretérito expressa um acontecimento que poderia ter ocorrido após um fato passado.

    A terminação é ( RIA )

    Ele deseja uma que expresse possibilidade

    ii) O subjuntivo expressa uma hipótese, possibilidade ....

    ----------------------------------------------------------------------

    A) “é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, (...)” (1º parágrafo)

    Convergem - presente do indicativo

    --------------------------------------------------

    B) “(...) que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis".” (2º parágrafo)

    ( Subjuntivo )

    C) “(...) não constituiriam terrenos férteis para a cultura, (...) (2º parágrafo)

    D) “Um duplo obstáculo seria então evitado: (...)” (2º parágrafo)

    E) “(...) ela poderia representar para as sociedades da informação (...)” (4º parágrafo)

  • GABARITO: A

    O enunciado já expõe que os verbos indicam "possibilidade/dúvida", ou seja, não há certeza.

    Com essa informação, resolvi a questão pondo um "Talvez..." antes dos verbos destacados. O único que saiu do padrão dos demais foi o verbo "convergir" (Alternativa A).

  • Questão bem fácil se você souber quais tempos e modos exprimem dúvida/hipótese, que são:

    Futuro do Pretérito do modo Indicativo (terminação ria/rie)

    Verbos no modo Subjuntivo (tem sempre um conector antes do verbo: que, talvez... ; letra b - que (...) sejam...

     

     


ID
4521916
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere a afirmação: “Estou doente e tomei remédio”. A negação dessa proposição é:

Alternativas
Comentários
  • A negação do E e do OU é só negar as preposições e trocar um conectivo pelo outro.

    Antes: Estou doente e tomei remédio

    Fica: Não estou doente ou não tomei remédio

    GABARITO. C

  • GABARITO: LETRA C

     “Estou doente e tomei remédio”

    Se quer a NEGAÇÃO da proposição acima!

    Negação do "E" = Troca o "E" por "OU" e NEGA TUDO!

    "Não estou doente ou não tomei remédio"

    COMPLEMENTANDO:

    ➤NEGAÇÃO COM CONECTIVO "E" (CONJUNÇÃO):

    ⇛ TROCA-SE O "E" POR "OU" NEGA TUDO.

    ➤NEGAÇÃO COM CONECTIVO "OU" (DISJUNÇÃO INCLUSIVA):

    ⇛ TROCA-SE O "OU" POR "E" NEGA TUDO.

    ➤NEGAÇÃO COM SE... ENTÃO (CONDICIONAL):

    ⇛ RETIRO O "SE" MANTENHO A PRIMEIRA PARTE E NEGO A SEGUNDA PARTE.

    CASOS DE EQUIVALÊNCIA:

    ~A OU B

    ~B --> A (INVERTE E NEGA TUDO).

    ➤NEGAÇÃO DO SE E SOMENTE SE (BICONDICIONAL):

    ⇛ TRANSFORMA EM DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU...OU).

    ➤NEGAÇÃO DO OU...OU (DISJUNÇÃO EXCLUSIVA)

    ⇛ TRANSFORMA EM BICONDICIONAL.

  • Lei de DeMorgan

  • Assertiva c

    Não estou doente ou não tomei remédio

  • onde tem os mesmos conectivos vão logo eliminando eles, pois não se nega uma proposição com o mesmo conectivo.

    (A) Não estou doente e não tomei remédio.(X)

    (B) Não estou doente e tomei remédio.(X)

    (C) Não estou doente ou não tomei remédio.(V)

    (D) Estou doente ou não tomei remédio.(X) essa daqui devia negar as duas partes e não só uma.

    (E) Estou doente e não tomei remédio. (X)

  • A negação da conjunção:

    Troca o e pelo ou e nega as duas.

  • GABARITO LETRA C

    negação do ´´e´´

    nega tudo e troca o e pelo ou

  • Alguém pode me dizer pq não se usa o macete do "MANE" nessa questão.

  • GABARITO LETRA A

    --- > Negação da disjuntiva P v Q = – P ^ – Q     

    considere a afirmação: “Estou doente e tomei remédio”. A negação dessa proposição é:

    P: Estou doente

    Q:tomei remédio

    a)Não estou doente e não tomei remédio ERRADA.

    ~ P ^ ~Q

    b)Não estou doente e tomei remédio. ERRADA

    ~ P ^ Q

    c)Não estou doente ou não tomei remédio GABARITO.

    ~ P v ~Q

    d)Estou doente ou não tomei remédio. ERRADA

    P v ~ Q

    e)Estou doente e não tomei remédio ERRADA

    P ^ ~Q

  • NEGA e coloca-se o OU


ID
4521919
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Com os algarismos 1, 5, 7 e 8, quantos números podemos formar não divisíveis por 5 e no máximo com quatro algarismos?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Nós temos 4 algarismos: 1 , 5 , 7 e 8.

    Vejam que a questão fala NO MÁXIMO 4 ALGARISMOS. Ou seja, poderemos formar o número com 1 algarismo, 2 algarismos, 3 algarismos ou 4 algarismos. Como o número é não divisível por 5, então, obviamente, não poderemos ter o número terminando no algarismo 5. Além disso, o enunciando nada falou sobre repetição de algarismo, então vamos considerar que pode haver repetição.

    Considerando apenas 1 algarismo: _ ----> 3

    temos 3 possibilidades. O número 1 , 3 ou 8. Vejam que o número 5 não pode ser considerado devido à limitação de não divisibilidade.

    Considerando 2 algarismos:_ * _ ----> 4 * 3 = 12 possibilidades. Temos 4 possibilidades para o primeiro número (1,5,7 ou 8, pois não há restrição) E temos 3 possibilidades para o último número, vejam que o algarismo 5 não pode ser o último, e também percebam que estamos considerando a possibilidade de repetição.

    Considerando 3 algarismos:_ * _ * _ ----> 4 * 4 * 3 = 48 possibilidades. Novamente, a única restrição é no último algarismo, pois não entra o número 5.

    4 possibilidades para o 1º número E 4 possibilidades para o 2º número E 3 possibilidades para o último número.

    Lembre-se disto: E = princípio multiplicativo. OU = princípio aditivo.

    Considerando 4 algarismos:_ * _ * _ * _ ----> 4 * 4 * 4 * 3 = 192 possibilidades.

    Observem o princípio multiplicativo: quantas possibilidades tenho para o 1° número E quantas possibilidades tenho para o 2° número E quantas possibilidades tenho para o 3° número E quantas possibilidades tenho para o último número.

    Para achar o total, basta somar o número de possibilidades: 3+12+48+192 = 255 maneiras de formar um número não divisível por 5 e no máximo com quatro algarismos, considerando os algarismos (1,5,7 e 8).

  • 3 possibilidades - 1 algarismo (1, 7, 8);

    12 possibilidades - 2 algarismos (conjunto inteiro e 1, 7, 8);

    48 possibilidades - 3 algarismos (conjunto inteiro, conjunto inteiro e 1,7 e 8);

    192 possibilidades - 4 algarismos (conjunto inteiro, conjunto inteiro, conjunto inteiro e 1, 7 e 8).

    Soma: 255.

    Gabarito: B.

  • Permutação Simples.

  • O erro leva à perfeição

  • DE FORMA RESUMIDA:

    Primeiro: a questão está pedindo números não divisíveis por 5, entre 1,5,7 e 8, ou seja NÃO nós interessa os números que TERMINEM com 5.

    Segundo: O enunciado deixa claro que o máximo de algarismos pode ser 4, não excluindo números de 3,2 e 1 algarismos.

    RESOLUÇÃO:

    NÚMEROS COM 4 ALGARISMOS NÃO DIVISÍVEIS POR 5 = 4 X 4 X 4 X 3 = 192

    NÚMEROS COM 3 ALGARISMOS NÃO DIVISÍVEIS POR 5 = 4 X 4 X 3 = 48

    NÚMEROS COM 2 ALGARISMOS NÃO DIVISÍVEIS POR 5 = 4 X 3 = 12

    NÚMEROS DE 1 ALGARISMO NÃO DIVISÍVEL POR 5= 3 (1,7 e 8)

    R= 192+48+12+3 = 255

  • Questão passível de recurso. Gabarito apresentado: B, 255

    Como o enunciado da questão descreve:

    "Com os algarismos 1, 5, 7 e 8, quantos números podemos formar não divisíveis por 5 e no máximo com quatro algarismos?"

    não deixa claro se os algarismos que compõem os números não divisíveis por 5 podem ou não se repetirem dentro do próprio número.

    Exemplo:

    I. Se os algarismos poderem repetir, contar-se-ão os números 11, 77, 88, 111, 151, 177 [...] 778 e por diante até o número 8888

    II. Se os algarismos poderem repetir, esses serão excluídos da conta, e resultará no resultado que a questão apresenta "255"

    Porém, como o enunciado da questão deixa isso omisso, a meu ver, a questão é passível de recurso.

  • Cara que sentimento de impotência com RLM, quanto mais eu estudo mais eu não aprendo nada.

  • Caros amigos, quando vcs virem o "e" multipliquem isso ajuda dms.


ID
4521922
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Numa urna, observam-se 5 bolas brancas e 8 bolas pretas. Dela são retiradas 7 bolas ao acaso, simultaneamente. Qual a probabilidade aproximada de haver entre as bolas extraídas exatamente 3 bolas brancas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Probabilidade=Nºcasos favoráveis/Nº casos totais

    N = 13 bolas (5 bolas brancas e 8 bolas pretas)

    Nº casos totais: de quantas maneiras consigo escolher 7 bolas dentro de um total de 13 ?

    Farei combinação C(13,7) para descobrir, pois a ordem não importa.

    C(13,7) = [13*12*11*10*9*8]/{6*5*4*3*2*1] = 1716 maneiras de se escolher as 7 bolas.

    Nº casos favoráveis: de quantas maneiras consigo escolher 3 BOLAS BRANCAS E 4 bolas pretas?

    Antes de tudo, percebam o "E", que indica multiplicação.

    C(5,3) * C(8,4) ---> Farei a quantidade de maneiras de se escolher 3 bolas brancas de um total de 5 MULTIPLICADO pelo número de maneiras de se escolher 4 bolas pretas de um total de 8.

    C(5,3) = (5*4*3)/(3*2*1) = 10

    C(8,4) = (8*7*6*5)/(4*3*2*1) = 70

    C(5,3) * C(8,4) = 10*70 = 700 maneiras de se retirar 7 bolas das 13 e vir 3 brancas e 4 pretas.

    Probabilidade(retirar exatamente 3 brancas) = 700/1716 = 0,4079

  • Trata-se de uma distribuição hipergeométrica.

    Nesse caso, basta multiplicar o produto da combinação do número de sucessos pelo produto da combinação do número de fracassos e dividir esse resultado pelo produto da combinação de todos os casos possíveis.

    Assim:

    ( CS,s . CF,f) / (CN,n)

    Em que C significa combinação; S, o número de sucessos totais; s, o número de sucessos desejados; F, o número de fracassos totais; f, o número de fracassos desejados; N, o número de elementos totais; n, o número total de elementos que serão escolhidos.

    Logo:

    (C5,3 . C8,4) / (C13,7)

    C5,3 ----- Temos 5 bolas brancas (número de sucessos totais) e desejamos escolher 3 bolas brancas(número de sucessos desejados)

    C8,4 ----- Temos 8 bolas pretas (número de fracassos totais) e desejamos escolher 4 bolas pretas (número total de fracasso desejado)

    C13,7 --- Temos 13 elementos totais e desejamos escolher 7 elementos desse total

    Realizando a operação:

    (C5,3 . C8,4) / (C13,7)

    (10 . 70) / 1716

    700/1716

    0,4079

    Gabarito: letra D.

  • Gab: D

    Sinto mais segurança fazendo dessa forma:

    13 bolas ao todo, sendo:

    5 B (brancas)

    8 P (pretas)

    7 bolas retiradas simultaneamente:

    1º B, 2º B, 3º B, 1º P, 2º P, 3º P, 4º P

    Probabilidades das bolas brancas:

    1ºB = 5/13

    2ºB = 4/12

    3ºB = 3/11

    Probabilidade das bolas pretas:

    1ºP = 8/10

    2ºP = 7/9

    3ºP = 6/8

    4ºP = 5/7

    Agora multiplicamos todas essas probabilidades acima:

    (I) 5/13 x 4/12 x 3/11 x 8/10 x 7/9 x 6/8 x 5/7

    A conta acima nos dá a probabilidade de encontrarmos as bolas em uma ordem exata de retirada, ou seja, BBBPPPP. Entretanto, é possível, por exemplo, retirarmos em ordens diferentes, tal como BPBPBPP. Como resolver isso? Permutação com repetição. Quantos elementos temos ao todo? 7, pois a retirada é de 7 bolas. Quantas vezes os elementos repetidos aparecem? O B repete 3 vezes e o P repete 4 vezes. Nesse caso, basta fazer a divisão na forma de fatorial:

    (II) 7! / (3! x 4!)

    Por fim, basta multiplicar (I) por (II)

    5/13 x 4/12 x 3/11 x 8/10 x 7/9 x 6/8 x 5/7 x 7!/(3! x 4!)

    O resultado dessa multiplicação será aproximadamente 0,4079

  • P = Q/T

    Quero (branca) C (5,3) . (preta) C (8,4) / ( tenho ) C (13,7)

    5.4.3 / 3.2.1 = 10

    x

    8..6.5.4 / 1.2.3.4 = 70

    /

    13.12.11.10.9.8.7 / 1.2.3.4.5.6.7 = 1716

    70 / 1716 = 0,407924079

  • Gente, pq na combinação das bolas pretas há uma combinação de (8,4) to boiando


ID
4521931
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Sobre o aumento do desmatamento e degradação ambiental nos Estados da Região Norte brasileira, considere os itens, colocando (V) ou (F) nos parênteses se caso for verdadeiro ou falso, respectivamente:

(  ) Em relatório emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o estado de Roraima vem liderando o desmatamento na região.
(  ) No último trimestre de 2019, o Brasil teve uma alta de 80% no número de queimadas. Mais de 13 mil, 40% do total, estão no estado do Mato Grosso.
(  ) A degradação na região costuma ser causada pela extração de madeira ou por queimadas.
( ) A destruição da floresta não interfere diretamente nas chuvas, mas precisamente no aumento da temperatura na região, provocando a fertilidade do solo com a erosão e a inexistência de assoreamento nos rios nas bacias hidrográficas.

A sequência correta é a alternativa:

Alternativas
Comentários
  • https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/11/18/desmatamento-bate-recorde-em-roraima-e-cresce-216percent-em-um-ano-aponta-inpe.ghtml

  • Sobre o aumento do desmatamento e degradação ambiental nos Estados da Região Norte brasileira, considere os itens, colocando (V) ou (F) nos parênteses se caso for verdadeiro ou falso, respectivamente:

    ( F ) Em relatório emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o estado de Roraima vem liderando o desmatamento na região.

    Apesar de ter sido o estado que registrou o maior ritmo de desmatamento, proporcionalmente Roraima foi responsável por 6,32% do desmatamento na região, que avançou quase 29,5% em dez anos.

    Juntos, Pará - que teve a maior participação, com 39% - Mato Grosso, Amazonas e Rondônia foram responsáveis por 84% do desmatamento na Amazônia Legal, que também inclui os estados do Acre, Amapá, Maranhão e Tocantins.

    link: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/11/18/desmatamento-bate-recorde-em-roraima-e-cresce-216percent-em-um-ano-aponta-inpe.ghtml

    -------------------------

    ( F ) No último trimestre de 2019, o Brasil teve uma alta de 80% no número de queimadas. Mais de 13 mil, 40% do total, estão no estado do Mato Grosso.

    Juntos, Pará - que teve a maior participação, com 39% - Mato Grosso, Amazonas e Rondônia foram responsáveis por 84% do desmatamento na Amazônia Legal, que também inclui os estados do Acre, Amapá, Maranhão e Tocantins.

    link: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/11/18/desmatamento-bate-recorde-em-roraima-e-cresce-216percent-em-um-ano-aponta-inpe.ghtml

    -------------------------

    ( V ) A degradação na região costuma ser causada pela extração de madeira ou por queimadas.

    "Exemplos de degradação são os incêndios florestais, que registraram recorde exatamente em agosto do ano passado. Esses incêndios podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando. A extração seletiva de madeira para fins comerciais é outro exemplo de degradação", explicou o Instituto.

    Link: https://roraimaemtempo.com/ultimas-noticias/desmatamento-em-roraima-aumenta-75p-em-um-ano-aponta-imazon,377138.jhtml

    -------------------------

    ( F ) A destruição da floresta não interfere diretamente nas chuvas, mas precisamente no aumento da temperatura na região, provocando a fertilidade do solo com a erosão e a inexistência de assoreamento nos rios nas bacias hidrográficas.

    [...] ?

    A sequência correta é a alternativa:

    D) F – F – V – F [Gabarito]

  • PRINCIPAIS DADOS

    Alta no desmatamento em Roraima foi de 216% entre agosto de 2018 e julho de 2019, o maior crescimento entre os estados da região;

    No período, foi desmatada no estado uma área de 617 Km2;

    É a maior taxa já registrada em Roraima desde 2004, quando estudo foi criado pelo governo federal;

    Proporcionalmente, estado foi responsável por 6,32% do desmatamento de 9.762 Km2 na Amazônia no período (agosto/2018 a julho/2019)

    Apesar de ter sido o estado que registrou o maior ritmo de desmatamento, proporcionalmente Roraima foi responsável por 6,32% do desmatamento na região, que avançou quase 29,5% em dez anos.

    Juntos, Pará - que teve a maior participação, com 39% - Mato Grosso, Amazonas e Rondônia foram responsáveis por 84% do desmatamento na Amazônia Legal, que também inclui os estados do Acre, Amapá, Maranhão e Tocantins.

    Com 46% do território ocupado por terras indígenas, Roraima concentra 32 reservas já demarcadas, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai). Entre elas está a Terra Indígena Yanomami, onde há intensa atividade de garimpo ilegal e pelo menos 25 mil invasores, de acordo com lideranças indígenas.

    link: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/11/18/desmatamento-bate-recorde-em-roraima-e-cresce-216percent-em-um-ano-aponta-inpe.ghtml

  • (F) Em relatório emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o estado de Roraima vem liderando o desmatamento na região.

    O estado do Pará vem liderando o desmatamento na região.

    (F) No último trimestre de 2019, o Brasil teve uma alta de 80% no número de queimadas. Mais de 13 mil, 40% do total, estão no estado do Mato Grosso.

    Em 2019, com 4.172 km² de área desmatada, o estado do Pará teve a maior contribuição com o desmatamento da região, o que representa 41% do desmatamento da região.

    (V) A degradação na região costuma ser causada pela extração de madeira ou por queimadas.

    (F) A destruição da floresta não interfere diretamente nas chuvas, mas precisamente no aumento da temperatura na região, provocando a fertilidade do solo com a erosão e a inexistência de assoreamento nos rios nas bacias hidrográficas.

    A destruição da floresta interfere diretamente no regime das chuvas e no aumento da temperatura na região, provocando erosão do solo e assoreamento nos rios nas bacias hidrográficas.

    Resposta: D


ID
4521934
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Sobre o acordo comercial dos Estados Unidos e da China, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa INCORRETA.

I- O ponto central do acordo é uma promessa da China de comprar mais US$ 200 bilhões em produtos dos EUA ao longo de dois anos para reduzir o déficit comercial bilateral com os norte-americanos.
II- Será permitido que empresas sejam obrigadas a transferir tecnologias para “aquisições, associações ou outras formas de investimento.
III- A China terá de permitir que empresas dos EUA possam participar da oferta de produtos destinados para seguro de vida, saúde e aposentadoria.

Está(ão) incorreta(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Pontos principais do acordo na fase 1

    A China deve comprar US$ 12,5 bilhões em produtos agrícolas dos EUA no primeiro ano e US$ 19,5 bilhões no segundo ano;

    O governo chinês se comprometeu a comprar US$ 18,5 bilhões em produtos de energia no primeiro ano e US$ 33,9 bilhões no segundo ano;

    A China terá de comprar US$ 32,9 bilhões em manufaturadas dos EUA no primeiro ano e US$ 44,8 bilhões no segundo ano;

    O governo chinês se comprometeu a adquirir US$ 12,8 bilhões em serviços dos EUA no primeiro ano e US$ 25,1 bilhões no segundo ano.

    Propriedade intelectual

    Os dois países podem ser punidos pelo roubo de informações comerciais consideradas sigilosas. A China também terá de proibir roubos cibernéticos;

    Foram criados mecanismos para resolver disputas sobre patentes de medicamentos.

    Transferência de tecnologia

    Não será permitido que empresas sejam obrigadas a transferir tecnologias para "aquisições, associações ou outras formas de investimento".

    As barreiras de comércio para complemento alimentar para lactantes, carne bovina, carne de porco, frutos do mar e biotecnologia agrícola devem ser aliviadas.

    O governo chinês terá de reduzir os entraves para a entrada de serviços financeiros no país;

    A China terá de permitir que empresas dos EUA possam participar da oferta de produtos destinados para seguro de vida, saúde e aposentadoria.

    https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/15/eua-e-china-assinam-fase-1-de-acordo-para-aliviar-guerra-comercial.ghtml

  • I– ITEM CORRETO.

    II – Não há esse tipo de obrigação no Acordo firmado entre as duas potências. ITEM INCORRETO.

    III – ITEM CORRETO.

    Resposta B


ID
4521937
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A extração de recursos minerais tem se mostrado uma das principais fontes de riqueza econômica do Brasil ao longo de sua história.
      Sobre os aspectos geoeconômicos do minério na Paraíba, considere os itens, colocando (V) ou (F) nos parênteses se caso for verdadeiro ou falso, respectivamente.

(  ) Devido à geologia do município de Pedra Lavrada-PB, o setor econômico que abarca indústrias e garimpeiros fazem dessa área um local de alta viabilidade à exploração mineral. 
(  ) O Estado destaca-se pela produção de minerais não metálicos, também chamados de minerais industriais. Nesta classe, destaca-se a BENTONITA.
(  ) A mineração é um dos principais motores da economia do Seridó paraibano, pois o mesmo detém de um complexo mineralógico propício à exploração.

A sequência correta é a alternativa:

Alternativas
Comentários
  • O Estado destaca-se pela produção de minerias não-metálicos, também chamados de minerais industriais. 

    A Paraíba é responsável por mais de 90% da produção de bentonita bruta no país e, o maior estado produtor de cimento do Nordeste, representando cerca de 27% da produção regional. Além disso, é o quinto maior exportador de rochas ornamentais, com crescimento de 13% sobre o ano anterior.

    Foram catalogados registros minerais, entre ocorrências, tais como: garimpos, depósitos e mina, destacando-se bentonita, ilmenita, zirconita, cianita, caulim, calcário sedimentar e cristalino, granito, argilas comuns e plásticas e, feldpato – principais recursos minerias lavrados atualmente no Estado.

    fonte: http://www.cinep.pb.gov.br

  • Por ter uma localização privilegiada se vale dos muitos tipos rochosos encontrados na região tornando a alternativa A o gabarito.


ID
4912765
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A base do pensamento construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e, que para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, ou seja, ensinar aprender a aprender. Sobre o construtivismo, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Incorreta- Gabarito D

    "As escolas construtivistas elaboram constantemente testes e provas para verificar se o aluno absorveu o conteúdo ensinado, tendo em vista que, como os professores nem sempre estão acompanhando a aprendizagem do aluno continuamente, os testes são necessários."

    As escolas construtivistas elaboram avaliações diagnósticas, a fim de identificar em qual estado de desenvolvimento a criança está.


ID
4912768
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para serem eficientes e cumprirem o papel educacional de promover a aprendizagem significativa para os seus alunos, as escolas devem acompanhar o desenvolvimento da sociedade. Tendo em vista que os avanços tecnológicos são uma marca registrada do mundo contemporâneo, é importante que a tecnologia na educação seja vista como um meio de propiciar o ensino. Acerca das Novas tecnologias da informação e comunicação e sua contribuição com a prática pedagógica, assinale a alternativa INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • ÓTIMA QUESTÃO GAB: LETRA A

  • marque a questão que está errada. Letra, B
  • Marque a Incorreta.Gabarito B-

    A educação não tem qualquer ligação com os meios tecnológicos de uma determinada sociedade. Estes dispositivos servem apenas de distração para o processo de aprendizagem dos alunos.


ID
4912771
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O sistema de avaliações na escola é alvo de debates constantes, por ser considerado falho, limitante e reducionista do processo de aprendizagem. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), em seu artigo 24, é clara ao determinar que a verificação do aprendizado terá:

Alternativas
Comentários
  • Gabrito D-

    LDB: Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

    ...

    V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

    a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

    b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

    c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

    d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

    e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;


ID
4912774
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O conceito de interdisciplinaridade é atribuído ao sociólogo alemão Louis Wirth (1897- 1952) que definia a interdisciplinaridade como a qualidade daquilo que é interdisciplinar, e o que é interdisciplinar por aquilo que se realiza com a cooperação de várias disciplinas”. Sobre a interdisciplinaridade como recurso didático, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Interdisciplinaridade se trata da associação ou a confluência entre duas áreas, tornando-as algo diferente de suas especificidades.

  • A questão busca a alternativa incorreta.

    A letra A é a alternativa incorreta pois:

    A) Interdisciplinaridade se trata da associação ou a confluência entre duas áreas, tornando-as algo diferente de suas especificidades.

    O erro da alternativa é considerar que a interdisciplinaridade modifica as especificidades das disciplinas. A interdisciplinaridade visa integrar e interrelacionar os conteúdos dos diferentes ramos do saber sem, necessáriamente, desrespeitar as características das disciplinas.


ID
4912777
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre a Lei nº 10.639/03, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), passando a ser obrigatório na Educação Básica o ensino da História e Cultura dos africanos e afrodescendentes, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • A referida lei foi responsável pela obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira na grade curricular do ensino brasileiro, conscientizando o aluno quanto ao papel do negro na história do Brasil, para que se possa ter uma sociedade na qual todos possam ser iguais.


ID
4912780
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre a Lei nº 10.639/03, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A promulgação da Lei nº 10.639/03 aumenta a discriminação racial ao estabelecer políticas que favoreçam o grupo dos negros em detrimento dos direitos dos brancos.


ID
4912783
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A ciência produz o conhecimento a partir de critérios planejados e estabelecidos de forma sistemática para garantir resultados precisos e, assim, explicar os fenômenos que ocorrem no planeta e no universo. Essas diretrizes metodológicas que promovem a imparcialidade na obtenção dos resultados e que se tornarão teorias se dão pela metodologia de investigação científica. Com base nas teorias – verdades comprovadas –, os conteúdos são produzidos e passam a compor as matrizes curriculares das instituições de ensino superior (IES) e, consequentemente, acabam chegando à sociedade na forma de conteúdos disciplinares na Educação Básica. A Pedagogia vem, desde o meio do século passado, renovando suas tendências e buscando meios de ampliar e melhorar o processo de ensino e de aprendizagem, incorporando de forma multidisciplinar outros estudos e campos das Ciências Humanas. Com base no texto e no compromisso com a qualidade social do ensino, assinale a afirmativa INCORRETA:

Alternativas

ID
4912786
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Estratégia de assistência técnica e financeira iniciada pelo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, instituído pelo Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007, fundamentada no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que consiste em oferecer aos entes federados um instrumento de diagnóstico e planejamento de política educacional, concebido para estruturar e gerenciar metas definidas de forma estratégica, contribuindo para a construção de um sistema nacional de ensino. Assinale a alternativa correta que apresente, respectivamente, o nome e a sigla da estratégia de assistência técnica e financeira de que trata o texto:

Alternativas
Comentários
  • Plano de Ações Articuladas (PAR).


ID
4912789
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), desenvolvido desde 1997, tem o objetivo de promover o acesso à cultura e o incentivo à leitura nos alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência. Sobre este programa, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
4912792
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Formação pela Escola (FPE) é um programa:

Alternativas
Comentários
  • de formação continuada, na modalidade a distância, que tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes e parceiros envolvidos com a execução, o monitoramento, a avaliação, a prestação de contas e o controle social dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE.

  • O Formação pela Escola (FPE) é um programa de formação continuada, na modalidade a distância, que tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes e parceiros envolvidos com a execução, o monitoramento, a avaliação, a prestação de contas e o controle social dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE.

    Fonte:http://www.fnde.gov.br/programas/formacao-pela-escola


ID
4912795
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia

As tendências pedagógicas surgiram a partir dos diferentes pensamentos filosóficos e os autores de forma geral concordam em classificá-las em dois grupos: Tendência Pedagógica Liberal e Tendência Pedagógica Progressista. Podemos classificar as tendências pedagógicas progressistas em:

Alternativas

ID
4912798
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Paulo Freire é o principal autor dessa tendência. Esta pedagogia propõe uma educação crítica a serviço da transformação social. Nessa corrente o papel da escola está baseado na formação da consciência política do discente para agir e modificar a realidade. Os conteúdos são extraídos por meio de Temas geradores retirados da problematização do cotidiano dos educandos. Os métodos de ensino são baseados em grupos de discussão e deve promover a vivência de relações efetivas. O professor e aluno são sujeitos do ato do conhecimento, a relação é de igual para igual. A aprendizagem ocorre por meio da troca de experiência em torno da prática social. Assinale a alternativa correta que apresente o nome dessa tendência pedagógica:

Alternativas
Comentários
  • Tendência Progressista Libertadora

  • Tendência Libertadora

  • Essa é uma tendência progressista que parte da análise crítica das realidades sociais e das finalidades políticas da educação, bem como, seu serviso a manutenção do modo de produção capitalista e dos status quo da classe dominante em detrimento da classe dominada. Na figura de Paulo Freire, a tendência libertadora busca mostrar a realidade para a classe oprimida e a efetiva transformação social desta a partir sistema educional.

  • Resposta: c

    • Tendência Progressista. Qual delas?
    • Tendência Liberal Estruturalista Não existe
    • Tendência Progressista Libertadora. Correto (Progressista pode ser Libertadora, Libertária e CSC)
    • Tendência Liberal Tradicional. Lembrar que Liberal vem de Liberalismo econômico (burguesia, capital)
    • Tendência Liberal Niilista. Não existe


ID
4912801
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, o estudo da História geral da África e da História da população negra do Brasil é obrigatório nos estabelecimentos de ensino:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

    LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010: Estatuto da Igualdade Racial

    Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    Fonte: Planalto - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm

    #CFOPMBA

  • Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

  • GABARITO B

    Esquema:

    Estudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil > Fundamental e Médio

    ministrados no âmbito de todo o currículo escolar > conteúdos referentes à história da população negra no Brasil 

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • fé na missão

  • Bizu para memorizar :

    Estudo FM

    Fundamental e Médio

  • ✅Gabarito letra B.

    LEI Nº 12.288:

    Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    No ensino fundamental e médio é obrigatório o estudo da história geral. Bizu: FM = Fundamental e Médio.

    Bons estudos!✌

  • as criancinhas do infanntil só vão para pintar e ligar palavraskkkkkkkk

  • Pegadinha:

    Os  conteúdos referentes à história da população negra no Brasil  e de História Geral da África

    serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar .

    () certo (X) errado

    Art. 11, § 1 Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.


ID
4912804
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia

No início de 2003, após debates em âmbito nacional, houve alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação com a sanção da conhecida Lei n° 10.639, determinando que:

Alternativas

ID
4912807
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O __________________________ foi aprovado em 26 de junho de 2014 e terá validade de 10 anos. Esse documento estabelece diretrizes, metas e estratégias que devem reger as iniciativas na área da educação. Por isso, todos os estados e municípios devem elaborar planejamentos específicos para fundamentar o alcance dos objetivos previstos — considerando a situação, as demandas e necessidades locais. Assinale a alternativa correta que complete a lacuna presente no texto:

Alternativas
Comentários
  • PNE

  • PNE tem duração decenal.


ID
4912810
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
Poética


Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo
                                                 [e manifestações de apreço ao sr. diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário

                        [o cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos
[secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas
[e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

MANUEL, Bandeira. Estrela da vida inteira. 5ª ed. Livraria José Olympio: Rio de Janeiro, 1974. 

TEXTO II
Nova Poética


Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito
                [bem engomada, e na primeira esquina
                [passa um caminhão, salpica-lhe o paletó
                 [ou a calça de uma nódoa de lama:

É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,

[as virgens cem por cento e as amadas
[que envelheceram sem maldade.

MANUEL, Bandeira. Estrela da vida inteira. 5ª ed. Livraria José Olympio: Rio de Janeiro, 1974.

Analise atentamente as proposições abaixo feitas sobre os textos I e II e assinale o item em que há informação correta

Alternativas
Comentários
  • Mesmo distantes no tempo, em relação aos seus momentos de produção – “Poética” (Libertinagem - 1930); “Nova poética” (Belo belo - 1948) –, os dois poemas mantêm pontos de convergência no plano da forma e do conteúdo, revelando marcas próprias do Modernismo da primeira fase: liberdade formal e contestação a estéticas literárias anteriores.

  • Gabarito Letra E.

    Os poemas foram escritos em épocas diferentes, mas tratam do mesmo tema e têm semelhanças de ordem estética.

    No 1ª texto o autor utiliza: "Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário...."

    No 2º texto o autor diz: "O poema deve ser como a nódoa no brim:

    Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero."

    Ambos criticam este jeito certinho de escrever poemas.

    Espero ter ajudado, bons estudos.


ID
4912813
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
Poética


Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo
                                                 [e manifestações de apreço ao sr. diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário

                        [o cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos
[secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas
[e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

MANUEL, Bandeira. Estrela da vida inteira. 5ª ed. Livraria José Olympio: Rio de Janeiro, 1974. 

TEXTO II
Nova Poética


Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito
                [bem engomada, e na primeira esquina
                [passa um caminhão, salpica-lhe o paletó
                 [ou a calça de uma nódoa de lama:

É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,

[as virgens cem por cento e as amadas
[que envelheceram sem maldade.

MANUEL, Bandeira. Estrela da vida inteira. 5ª ed. Livraria José Olympio: Rio de Janeiro, 1974.

Sobre aspectos estruturais dos textos I e II, assinale a opção com informação correta:

Alternativas
Comentários
  • Estou farta dos erros do QC!!!! - Desabafo

    Questão com gabarito incorreto - A

    Gabarito B - da banca (consultei a prova e o gabarito definitivo)

    E a última estrofe foi digitada de forma incorreta pelo QC.

    De resto não é lirismo

    Será contabilidade tabela de cossenos

    [secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas

    [e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

    _______________

    Quero antes o lirismo dos loucos

    O lirismo dos bêbados

    O lirismo difícil e pungente dos bêbados

    O lirismo dos clowns de Shakespeare

    http://www.contemaxconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2020/01/PROFESSOR-DE-L%C3%8DNGUA-PORTUGUESA.pdf

    http://www.contemaxconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2020/01/GABARITOS-DEFINITIVOSPL.pdf

  • Na minha opinião, as alternativas B e E estão corretas.

    B) O vocábulo "secretário" é acentuado por dois motivos: por ser paroxítona terminado em ditongo crescente (se-cre-tá-rio) e, também, (esta regra poucos sabem), por ser considerado uma "proparoxítona acidental" (se-cre-tá-ri-o). devido a esta última regra apresentada, o vocábulo em questão é acentuado pelo mesmo motivo que os vocábulos "político", "raquítico" e "sifilítico".

    E) A última estrofe do texto I é: "- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." Vou fazer a análise sintática desta oração:

    Não quero mais - Oração Principal

    Saber do lirismo (que saiba do lirismo) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Reduzida de Infinitivo

    que não é libertação - Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

    Portanto, a estrofe apresenta uma oração principal, uma oração de natureza substantiva e uma oração de natureza adjetiva conforme a afirmativa "E" da questão e a análise feita anteriormente.

    Erros, por favor, me corrijam

    "DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."

    INSTAGRAN:

    @simplificandoquestoescombizus (Jefferson Lima)

  • Também marquei letra E, por não saber o que é uma Estrofe, achando que seria a última linha do Texto I.

    LEIAM A RESPOSTA DA LETÍCIA AO COMENTÁRIO DO JEFFERSON!

    Pra cima!

  • GAB OFICIAL DA BANCA LETRA C - QC TÁ CAINDO DE QUALIDADE

  • GAB OFICIAL DA BANCA LETRA C - QC TÁ CAINDO DE QUALIDADE

  • Alternativa C também é válida, já que a inserção da vírgula mencionada não acarretaria problemas na correção gramatical, mas sim no sentido.

  • Eu marquei a letra C. Não pode haver em uma questão de prova dois gabaritos.

  • minha alternativa é A.

    a letra B tem uma paroxítona na regra do ditongo.

    SECRETÁRIO.

    SE-CRE-TÁ-RIO = PAROXÍTONA, TERMINADA EM DITONGO

  • a) não sei se é porque uma das frases não está destacada a parte que eu tinha que analisar; b) não estou ficando louca! pode ser proparoxítona acidental o vocábulo secretário! c) muda o sentido porque se tem uma vírgula restringe mas não está incorreto, certo? d) simplesmente não sei porque não entendi. e) parece certo pra mim...

    Esse negócio de concurso dá muita dor de cabeça.

  • Sem querer abusar, mas alguém pode me esclarecer as funções sintáticas em apreço, na alternativa "a"?

    Obrigado!

  • "Secretário" atende as mesmas regras das demais palavras?

  • Não entendi o fato de dizer que ´´secretário`` está na mesma regra das demais palavras, sendo que se trata de uma palavra paroxítona. Alguém explica?

  • Lucas Felipe, obrigada. Eu já tava put# aqui com a questão kkkkk

  • Os vocábulos “Político”, “Raquítico”, “Sifilítico” e “secretário”, retirados do texto I podem atender a uma mesma regra de acentuação gráfica.(CERTO)

    Político - PO--TI-CO = proparoxítona

    Raquítico - RA-QUÍ-TI-CO = proparoxítona

    Sifilítico - SI-FI--TI-CO = proparoxítona

    Secretário - SE-CRE--RI-O = proparoxítona

    Atenção: Por se pautar no Novo Acordo Ortográfico, o Dicionário considera se-cre-tá-ri-a a separação silábica correta para a palavra secretária, classificando-a como proparoxítona, ao invés de paroxítona terminada em ditongo crescente.

  • Alguém sabe explicar o porquê da 'D' está errada?

  • se- cre- TÁ-ria (acento/paroxítona terminado em ditongo)

    se-cre-ta-RI-a (sem acento)

  • Os vocábulos “Político”, “Raquítico”, “Sifilítico” e “secretário”, retirados do texto I podem atender a uma mesma regra de acentuação gráfica.

  • Sobre a B .....Quando ele diz podem atender a mesma regra , infere-se que pode ser proparoxítona eventual......

  • em A todos os termos destacados não exercem função de complemento nominal ñ? alguém poderia me ajudar ?
  • duas respostas corretas , a mais logica é a letra C

  • Questão com dois gabaritos.

    a) Os termos preposicionados destacados nas passagens seguintes retiradas do texto I “Estou farto do lirismo comedido / Do lirismo bem comportado” (1ª estrofe) e “Quero antes o lirismo dos loucos / O lirismo dos bêbados” (7ª estrofe) apresentam o mesmo papel sintático.

    Incorreto. "Do lirismo" é complemento nominal; "dos loucos" e "dos bêbados", adjuntos adnominais;

    b) Os vocábulos “Político”, “Raquítico”, “Sifilítico” e “secretário”, retirados do texto I podem atender a uma mesma regra de acentuação gráfica.

    Correto. As três primeiras palavras (político, raquítico e sifilítico) são proparoxítonas; "secretário", uma paroxítona terminada em ditongo "-io"; entretanto, certas bancas (a exemplo desta) consideram as paroxítonas terminadas em ditongo uma espécie de proparoxítona, às quais se dá o nome de acidentais ou eventuais;

    c) Percebe-se, nos dois textos, a quase ausência de pontuação – o que reforça o aspecto de liberdade formal da estética modernista; assim, poder-se-ia acrescentar uma vírgula, garantindo-se a correção gramatical, após o vocábulo “amadas” em “Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade.” (texto II)

    Correto. Quando diante de orações subordinadas adjetivas, a inserção de vírgula não implica erro de ordem gramatical, mas tão somente alteração no campo semântico, ou seja, no sentido. Esta alternativa de resposta é legítima;

    d) No texto II, o morfema derivacional posposto ao radical do vocábulo “menininhas” assume, no levando-se em consideração o contexto em que se insere no poema, um valor apreciativo.

    Incorreto. O poeta serve-se de um tom depreciativo ao utilizar o diminuitivo de "menina";

    e) A última estrofe do texto I apresenta três orações em sua estruturação interna: uma oração principal, uma oração de natureza substantiva e uma oração de natureza adjetiva.

    Incorreto. Eis a última estrofe:

    ''Quero antes o lirismo dos loucos

    O lirismo dos bêbados

    O lirismo difícil e pungente dos bêbados

    O lirismo dos clowns de Shakespeare"

    Nesta estrofe há somente uma oração, ou seja, trata-se de um período simples, constituído de uma única oração a que se dá o nome de absoluta.

    Letras B e C

  • 3ª VEZ QUE FAÇO ESSA QUESTÃO E ERRO.... não me conformo com essa análise dessa banca de acentuação de proparoxítona com paroxítona terminada em ditongo crescente.


ID
4912816
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III
Casa no Campo


Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar do tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando
Solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão,
A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau a pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais

RODRIX, Zé e Tavito: In: https://www.letras.mus.br

O texto III é uma letra de canção que alude a uma determinada estética literária do século XVIII – o Arcadismo ou Neoclassicismo; nesse sentido, aponte a alternativa que apresenta conteúdo correto sobre tal estética e/ou sobre a letra de canção de Zé Rodrix e Tavito:

Alternativas
Comentários
  • Segunda linha da primeira estrofe:

    "Onde eu possa compor muitos rocks rurais".

    Gab: "D"

  • Como se trata de uma letra de canção, portanto um texto literário, o registro linguístico empregado no texto todo é a variante mais prestigiada da língua, ou seja, a variante padrão.

  • Nenhuma resposta bem explicada, se eu tivesse acertado iria colaborar. haha.


ID
4912819
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO IV
O senão do livro 


Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem... E caem! – Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar... Heis de cair.

ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas.

O texto IV, de Machado de Assis, apresenta aspectos estruturais e linguísticos muito peculiares a sua poética; tendo isso em vista, assinale o item INCORRETO:

Alternativas
Comentários
  • LETRA --- A

    Machado de Asiss é considerado um dos maiores representantes da estética realista no Brasil, cujo fragmento acima reproduzido faz parte da obra inaugural do Realismo brasileiro, pois sua obra se mantém fiel, tanto na estrutura quanto na abordagem temática, aos grandes realistas europeus como Eça de Queirós e Stendhal, grandes influências para o autor de Memórias póstumas de Brás Cubas.

    A obra de Machado de Assis assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes de seu tempo. Os acadêmicos notam cinco fundamentais enquadramentos em seus textos: "elementos " (equilíbrio, concisão, contenção lírica e expressional), "resíduos românticos" (narrativas convencionais ao enredo), "aproximações " (atitude crítica, , temas contemporâneos), "procedimentos " (recriação do passado através da ), e "antecipações " (o elíptico e o  engajados a um tema que permite diversas leituras e interpretações).

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis#Morte

  • Machado de Assis é considerado um dos maiores representantes da estética realista no Brasil, cujo fragmento acima reproduzido faz parte da obra inaugural do Realismo brasileiro, pois sua obra se mantém fiel, tanto na estrutura quanto na abordagem temática, aos grandes realistas europeus como Eça de Queirós e Stendhal, grandes influências para o autor de Memórias póstumas de Brás Cubas.

  • Letra A incorreta Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) tradicionalmente foi apontada como o marco inicial do Realismo no Brasil.

    A) Machado de Assis é considerado um dos maiores representantes da estética realista no Brasil, cujo fragmento acima reproduzido faz parte da obra inaugural do Realismo brasileiro, pois sua obra se mantém fiel, tanto na estrutura quanto na abordagem temática, aos grandes realistas europeus como Eça de Queirós e Stendhal, grandes influências para o autor de Memórias póstumas de Brás Cubas. O erro está em dizer que a temática se aproxima dos realistas europeus tal obra tem aproximação com o Realismo Brasileiro no qual incluem representantes como Castro Alves.

    B) Machado de Assis apresenta algumas inovações em sua poética, subvertendo as características tradicionais do Realismo, já que apresenta enunciação em primeira pessoa, criação de capítulos curtos e passagens digressivas em seus textos, como é exemplo o capítulo acima reproduzido. Correto enunciação da primeira pessoa Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse. Machado de Assis tem como particularidades em suas obras articular temas e analisar o comportamento humano

    C) Pode-se afirmar que sobressai no texto IV a metalinguagem, característica recorrente na obra de Machado de Assis, pois há momentos em que o narrador interrompe a diegese para refletir sobre o próprio livro, para, depois, voltar ao fio condutor da narrativa. Correto a metalinguagem é uma função da linguagem que o código é posto em destaque explicando a sim mesmo, no fragmento acima ele fala características do livro

    D) Há marcas linguísticas explícitas de interpelação ao leitor nessa passagem acima reproduzida, o que também é uma característica muito peculiar de Machado de Assis. Correta uma das característica deste contista e romancista e que seus personagem perguntam muito pedem explicações

    E) Transparece nessa passagem uma crítica à estética romântica presente na referência à “narração direta e nutrida”, ao “estilo regular e fluente”, fazendo clara alusão aos romances urbanos do Romantismo, cheios de aventuras e peripécias, sem uma análise mais detida da psique humana, como é uma das propostas do Realismo. Correta no realismo o narrador faz um relato de suas vivências anteriores todos os homens vivem os mesmos problemas e tem os mesmos sentimentos


ID
4912822
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Pedra Lavrada - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO IV
O senão do livro 


Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem... E caem! – Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar... Heis de cair.

ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Quanto a aspectos sintáticos do texto IV, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E - QC

    GABARITO D - da banca ( consultei a prova e não houve recurso desta questão)

    A - Os termos destacados em “Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; (...)” apresentam mesmo papel sintático.

    Enfadonho - Predicativo do sujeito

    A sepulcro - Objeto indireto

    Certa contração cadavérica - Objeto direto

    ___________________

    B - O uso do acento grave indicativo de crase está correto em “(...) guinam à direita e à esquerda, (...)”, no entanto não está correto o uso do mesmo acento grave em “A disciplina naquela escola poderia ser comparada à dos militares.”

    comparada a (a disciplina) preposição + artigo

    ___________________

    C - Funciona como um complemento verbal o pronome relativo destacado na passagem “(...) é tarefa que distrai um pouco da eternidade.”

    (...) expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco (...)

    O pronome relativo exerce, no período acima, a mesma função sintática do termo que o antecede: Neste caso, o sujeito. Corrigi, após o colega Diogo Cordeiro me alertar.

    ___________________

    D - Os verbos do excerto “(...) guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...”, salvo um, apresentam a mesma predicação.

    Quanto à predicação: verbos intransitivos, verbo transitivo direto

    ___________________

    E - O termo oracional em destaque em “Tu tens pressa de envelhecer, (...)” é um complemento verbal de natureza direta.

    Complemento nominal

    ___________________

    Link da prova - http://www.contemaxconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2020/01/PROFESSOR-DE-L%C3%8DNGUA-PORTUGUESA.pdf

    Link do gabarito definitivo - http://www.contemaxconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2020/01/GABARITOS-DEFINITIVOSPL.pdf

    Quem tiver outra opinião sobre as alternativas, deixa o comentário aí...

    Abraço

  • Só uma observação quanto ao comentário da colega Letícia M.. Na alternativa A:

    A sepulcro - objeto direto, pois cheirar é um verbo transitivo direto.

  • Na B, segunda proposição, a contração é da preposição exigida pelo verbo "chegar" e um pronome demonstrativo que retoma "disciplina", tanto que pode ser substituído por "aquela".

  • Na B, segunda proposição, a contração é da preposição exigida pelo verbo "chegar" e um pronome demonstrativo que retoma "disciplina", tanto que pode ser substituído por "aquela".

  • Gab. D

    Sobre a B é um dos casos especiais que ocorre a crase.

    'A' é forma reduzida do pronome Demonstrativo 'aquela'

    Ex.: Minha agenda é igual à (àquela) da Maria.

    “A disciplina naquela escola poderia ser comparada à (àquela) dos militares.”

  • Complemento...

    a) Os termos destacados em “Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; (...)” apresentam mesmo papel sintático.

    É = verbo de ligação

    Enfadonho = predicativo

    Cheira / a algo = VTD

    ---'xxxxxx-----

    b) “A disciplina naquela escola poderia ser comparada à ( há um termo omisso ) dos militares.”

    -----------xxxxcc----

    c) “(...) é tarefa que distrai um pouco da eternidade.”

    A colega grifou o verbo de ligação... ai mora a dica:

    o que é predicativo quando há verbo de ligação.

    -----------xxxc

    e) O termo oracional em destaque em “Tu tens pressa de envelhecer, (...)” é um complemento verbal de natureza direta.

    (Tanta ) pressa = adjetivo

    termo que complementa adjetivo = complemento nominal.

  • Pessoal, cuidado com os comentários equivocados, sei que a intenção é boa, mas....

    ''Cheira a meerda'' ou ''Vá lá e cheire a meerda''. A pessoa foi lá e meteu o nariz na meerda.

    ''Cheira à meerda'' ou '' você está cheirando à meerda''. A pessoa está fedendo meerda mesmo.

    Viram só ?

  • Ninguém comentou a alternativa D, exceto a Letícia, mas acho que ela se equivocou. Vamos lá:

    D) Os verbos do excerto “(...) guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...”, salvo um, apresentam a mesma predicação.

    a Assertiva pede para analisarmos a predicação dos verbos e não a transitividade deles.

    __________________________________________________

    Existem três tipos de predicação na língua portuguesa: Verbal, Nominal ou Verbo-nominal

    A predicação verbal concentra-se num verbo INTRANSITIVO ou TRANSITIVO, não havendo predicativo na frase. Vamos analisar os verbos da assertiva

    Guinar: Verbo transitivo INDIRETO

    Parar: Verbo transitivo INDIRETO

    Resmungar: Verbo transiditivo INDIRETO

    Urrar: Verbo transitivo DIRETO ou INTRANSITIVO

    Gargalhar: Verbo INTRANSITIVO

    Ameaçar: Verbo Transitivo DIRETO

    Escorregar: Verbo transitivo INDIRETO ou INTRANSITIVO

    Cair: Verbo transitivo INDIRETO ou INTRANSITIVO

    _______________________________________________________

    Porém, existe um verbo que tem a classificação Nominal

    Os verbos nominais mais comuns são

    É, ESTAR, PARECER, FICAR, PERMANECER, CONTINUAR, ANDAR, TORNAR

    Os verbos nominais ou verbos de ligação atribuem características ao sujeito, dessa forma não possuem transitividade DIRETA ou INDIRETA, ou seja, não existe um complemento verbal nesse caso.

    O menino anda cansado

    A menina está bonita

    O garoto permanece triste

  • Gente, eu consultei o dicionário de regência verbal do Celso Pedro LUFT e vejam a regência de cheirar:

    Transitivo Direto: Cheirá-lo.

    Intransitivo: Aplicar o sentido do olfato - "Aproximou-se das flores e pôs-se a cheirá-las".

    Transitivo Indireto: Exalar cheiro - "O quarto cheirava a rosas".

    Transitivo Indireto: Ter aparência ou semelhança - "Aquele negócio não me cheira bem".

    Portanto o comentário da colega Letícia NÃO está incorreto. Antes de (tentar) corrigir o colega, pesquise antes.

    Luft, p.117, 2010.

  • O comentátio da Letícia é o que traz a explicação correta.

    Ameaça é VTD. Os demais verbos são todos intransitivos, ou seja, não exigem complemento.

    Assim, "à esqueda e à direita", no verbo guinar, são locuções adverbiais de lugar e não objetos indiretos.

  • BATER AS BOTAS (arremeçar ao chão)  OU BATER ÀS BOTAS ( morreu)

  • A questão exige conhecimento em análise sintática. Vejamos:

    a) Incorreta.

    “Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; (...)”

    O 1º termo é um predicativo do sujeito, porque apresenta uma característica do livro.

    O 2º é objeto indireto. Segundo Pedro Celso Luft, quando o verbo cheira tiver exalando cheiro é transitivo indireto e pede a preposição A.

    O 3º termo é objeto direto do verbo trazer, pois quem traz, traz algo. O verbo trazer com sentido de trazer marcas, queimaduras, feridas ou algo do tipo é transitivo direto e exigirá um objeto direto.

    Portanto, os três termos apresentam diferentes papéis sintáticos.

    b) Incorreta.

    “(...) guinam à direita e à esquerda, (...)”, no entanto não está correto o uso do mesmo acento grave em “A disciplina naquela escola poderia ser comparada à dos militares.”

    De fato os termos craseados estão corretos, pois são locuções adverbiais de núcleo feminino iniciados por preposição A. Contudo, a crase em "comparada à dos" está correta também. Devemos inserir o termo anteriormente citado e referente antes do "dos".

    Comparada à disciplina dos militares".

    O termo comparada rege a preposição A + A que acompanha o substantivo feminino (disciplina) que está implícito.

    c) Incorreta

    “(...) é tarefa que distrai um pouco da eternidade.”

    . A função sintática do QUE é de sujeito do verbo DISTRAIR.

    Tarefa (que) distrai um pouco da eternidade.

    d) Correta.

    “(...) guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...”

    O verbo andar pode ter predicação verbal e não verbal. Olhando o contexto anterior podemos observar que é predicado nominal por ser de ligação. Já os demais não são de ligação.

    "Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar" Expressa um estado que o livro andava.

    e) Incorreta.

    “Tu tens pressa de envelhecer, (...)”

    O termo é um complemento do substantivo PRESSA e nesse caso sintaticamente é um complemento nominal.

    Referência Bibliográfica:

    LUFT, Celso Pedro, Dicionário prático de regência verbal / Celso Pedro Luft. - 8.ed., 12.impr. - São Paulo : Ática, 2008

    GABARITO: D

  • Gente a letra B está correta tambèm.

  • Celso e Nati Greco foram os únicos que entenderam a questão ate agora.