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Prova FUMARC - 2018 - COPASA - Agente de Saneamento - Desenvolvedor Sistemas Informação


ID
2706976
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São exemplos de bibliotecas padrão acessíveis no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, para acessar arquivos e pastas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Bibliotecas padrão

    * Documentos

    *Imagens

    *Músicas

    *Videos

  • Documentos;
    Imagens;
    Músicas;
    Vídeos.

    GABARITO -> [B]

  • Gabarito: Letra B

    -----

    A sub-pasta "downloads" fica dentro de  "favoritos".

    Favoritos:

                ---> Área de Trabalho

                ---> Downloads

                ---> Locais

  • Gabarito: B

     

    Bibliotecas padrão: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos.

    É possível excluir ou incluir pastas à biblioteca? SIM!

    É possível criar novas bibliotecas? SIM!

    As bibliotecas exibem arquivos de diferentes locais em uma só pasta.

    Ao se incluir uma pasta à biblioteca, os arquivos originais PERMANECEM no mesmo local de origem.

     

    Fonte: meus resumos

  • Padrão de Pastas Windows : Documentos, Imagens e Vídeos

     

    Gabarito: B

  • Gabarito: CERTO

     

    No Windows 7, há uma forma de organizar arquivos e pastas é distribuí-los em bibliotecas nas quais uma pasta é um contêiner que serve para armazenar arquivos ou outras pastas. As bibliotecas-padrão dessa versão do Windows são: documentos, imagens, músicas e vídeos.

  • O ícone está correto para a opção downloads, porém essa pasta não integra as bibliotecas do windows.

  • DOCUMENTOS

    IMAGENS

    MUSICAS

    VIDEOS

  • Gabarito: B

     

    Bibliotecas padrão: Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos.

  • Biblioteca= 

    D- documento

    I-imagem

    M-música

    V-vídeo

  • No Windows 10 é diferente...

  • Downloads não pertence ao recurso biblioteca do windows 7. Por padrão o sistema operacional oferece 4 bibliotecas: músicas, vídeos, documentos e imagens.

    Alternativa correta: B

  • Dowload, não faz parte da opção biblioteca

  • BIBLIOTECAS PADRÃO WINDOWS 7

    Pastas por padrão;

    +Documentos

    +Imagens

    +Músicas

    +Vídeos

    ! Possível incluir ou excluir pastas.

    Possível criar novas bibliotecas.

    Exibe diferentes arquivos, de origem diferente, em mesma pasta.

    ! Fisicamente o arquivo não está na biblioteca, aparece naquele local para facilitar o acesso.

    Resposta: Letra B

  • GAB. B

    BIBLIOTECA = DOCS, IMAGEM,MUSICA,VIDEO.

    DOWNLOAD NÃO FAZ PARTE.

  • Gab B

    Bibliotecas:

    --> Documentos

    --> Imagens

    --> Músicas

    --> Vídeos.

  • Download está em favoritos


ID
2706988
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “MENSAGEM” quando uma mensagem enviada pelo Microsoft Outlook, versão português do Office 2013, estiver aberta na tela do computador:


I – Para “Encaminhar” a mensagem a outros destinatários, basta acionar o atalho de teclado “Ctrl + Shift + R”.

II – Para encaminhar a mensagem como um anexo de uma nova mensagem, basta selecionar a opção “Mais” do grupo “Responder” e, em seguida, selecionar a opção “Encaminhar como Anexo”.

III – Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

     

    Ctrl + Shift + R: responder a todos

     

    Se a ideia é responder a todos (destinatário e pessoas copiadas no e-mail), use o atalho Ctrl + Shift + R.

     

     Ctrl + F: encaminhar uma mensagem

     

    Para encaminhar rapidamente um e-mail recebido, use o atalho Ctrl + F.

     

    Ctrl + Shift + B: abrir a agenda de endereços

     

    Se você não se lembra dos dados de algum contato, pode começar abrindo a agenda de endereços do Outlook. Para isso, use o atalho Ctrl + Shift + B.

     

     Ctrl + Shift + M: criar nova mensagem

     

    Se você vai mandar um e-mail para alguém, use o atalho Ctrl + Shift + M para criar uma nova mensagem.

  • Outros atalhos de teclados que podem ser úteis:

    Alt + S = Enviar. 

    Ctrl + M ou F9 = Verificar se há novas mensagens.

    Ctrl + O = Abrir uma mensagem recebida.

    Ctrl + Q = Marcar como lido.

    Ctrl + U = Marcar como não lido.

    Fonte: https://support.office.com/pt-br/article/atalhos-do-teclado-para-o-outlook-3cdeb221-7ae5-4c1d-8c1d-9e63216c1efd#bkmk_mail

     

     

                                                                                                                                                                                                                             

  • A resposta inclui o item III como correto, porém não consegui encontrar esta opção no excel 2013:

    III - Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.  Alguém poderia me ajudar?

  • Fui por eliminação, já que eu sabia que a afirmativa I estava errada. Todavia, não encontrei a opção descrita na afirmativa III.

    Atalhos da Guia 'Página Inicial", Grupo "Responder":

    Responder: Ctrl + R
    Responder a todos: Ctrl + Shift + R
    Encaminhar: Ctrl + F
    Reunião: Ctrl + Alt + R

    Bons estudos!

  • III _ Resposta neste link abaixo: 

    https://support.office.com/pt-br/article/cancelar-ou-substituir-uma-mensagem-ap%C3%B3s-enviada-35027f88-d655-4554-b4f8-6c0729a723a0

  • Cancelar ou substituir uma mensagem após enviada - Outlook

    O cancelamento de mensagens está disponível após você clicar em Enviar e está disponível somente se você e o destinatário tiverem uma conta de email do Office 365 ou o Microsoft Exchange na mesma organização.

    Fonte:

    https://support.office.com/pt-br/article/cancelar-ou-substituir-uma-mensagem-ap%C3%B3s-enviada-35027f88-d655-4554-b4f8-6c0729a723a0

  • COMENTÁRIO: PROF. PABLO LEONARDO (ESTUDOTOP.COM.BR) - MANDO DICAS PELO WHATS APP (31) 9 8783-1775

    FUMARC ADORA CONCEITOS RELACIONADOS A CORREIO ELETRÔNICO E OUTLOOK. FIQUE ESPERTO!

    LEIA AQUI ANTES

    _______________________________________________________________________________________________________________

    Os atalhos do Outlook são baseados no nome das funções em Inglês

    CTRL + R (REPLY) - RESPOSTA

    CTRL + SHIFT + R (REPLY TO ALL) - RESPONDER PARA TODOS - Como já existe um CTRL + R, usa-se o CTRL + SHIFT + R (para dar aquela diferenciada, né?)

    CTRL + F (FORWARD) - ENCAMINHAR.

    _____________________________________________________________________________________________________________

    AGORA A QUESTÃO....

    I - Errada. CTRL + SHIFT + R é usado para responder para todos e não para encaminhar.

    II - Certa. Muitas pessoas falaram: Mas Pablo, quando a gente encaminha os anexos não vão juntos? vão, mas acontece que o item diz que quer encaminhar o texto da mensagem COMO ANEXO E, sendo assim, você precisa usar a funcionalidade descrita na questão.

    III - Certa. Embora seja muito estranho, isso é possível, com algumas ressalvas: depende do tipo de conta que remetente e destinatário utilizam e depende também de o destinatário ainda não ter aberto a mensagem. Entendeu?

    RESPOSTA: LETRA D.

    Obrigado por ler meu comentário!

    Recebe materiais e questões pelo Whats. Mande mensagem para (31) 9 8783-17754

  • fiz como todos falaram mas não consegui cancelar o envio.

  • Microsoft Outlook 2016

    Responder – CTRL + R (anexo não vai junto)

    Responder a Todos – CTRL + SHIFT + R (anexo não vai junto)

    Encaminhar – CTRL + F ( anexo vai junto)

  • Dava p responder sabendo o erro da I, Ctrl + Shift + R não é encaminhar, é responder a todos

  • Letra d.

    I – Errada. Encaminhar: CTRL+F

  • Se uma questão dessa cai na minha prova, vou pra casa CHORAR!

  • só acertei a questão pelo fato de saber a tecla atalho encaminhar CRTL F


ID
2706991
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O empregado da COPASA/MG que tenha conhecimento de fato ilegal ou imoral

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ''D''

     

     

    Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994

     

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

     

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

     

    h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;


ID
2706994
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública

Ao identificar que o Código de Conduta Ética não possui previsão acerca de questão ética que chegue ao seu conhecimento, a Comissão de Ética

Alternativas
Comentários
  • O resultado esta exposto no proprio enunciado

     

    Ao identificar que o Código de Conduta Ética não possui previsão acerca de questão ética que chegue ao seu conhecimento, a Comissão de Ética  

     

    não poderá se eximir de avaliá-la.    ---   Meio obvio não?

  • Por quê esta questão foi anulada?

    Seguem trechos dos códigos para avaliação:

    "DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994  

    (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões; (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)  "

     

    "Decreto nº 6.029, de 2007  

    Art. 16.  As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 

    § 1o  Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá  ouvir previamente a área jurídica do órgão ou entidade."

     


ID
2706997
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O empregado que for convocado pela Comissão de Ética para prestar informações

Alternativas
Comentários
  • Então se ele estiver no exercicio de função de direção não deverá atender?

  • Letra D

    CAPÍTULO III

    DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES DO AGENTE PÚBLICO

    Seção I

    Dos Deveres Éticos Fundamentais

    Art. 9º São deveres éticos fundamentais do agente público:

    VIII - representar contra atos que contrariem as normas deste Código de Ética;

    IX - resistir a pressões de superiores hierárquicos, contratantes, interessados e outros que visem a obter favores, benesses ou vantagens ilegais ou imorais, denunciando sua prática;

    X - comunicar imediatamente aos superiores todo ato ou fato contrário ao interesse público, para providências cabíveis;


ID
2707003
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

É sinal de alerta que pode indicar alguma violação aos dispositivos da Legislação Anticorrupção e da Política Anticorrupção da COPASA/MG:

Alternativas
Comentários
  • Olá Pessoal. 

    Podemos encontrar o gabarito da questão no item 8.2 do documento da Política Anticorrupção da COPASA/MG, transcreve-se:

    8.2 São sinais de alerta, aos quais todos os colaboradores, conselheiros e administradores devem estar atentos:

    - a deliberada desídia na gestão ou na fiscalização de contratos;

     

    Bons Estudos. 

  • GABARITO: LETRA A

  • Desídia (substantivo feminino): Tendência para se esquivar de qualquer esforço físico e moral.

    Ausência de atenção ou cuidado; negligência.

    Parte da culpa que se fundamenta no desleixo do desenvolvimento de uma determinada função.

  • Perdão, mas até para quem não tomou conhecimento da lei 12.846/13 acertaria esta questão.

    Essa é pra "não zerar". Rsrs


ID
2707156
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Ao iniciar o texto relatando a história de Fantine, o propósito do locutor do texto é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

     

    Contudo, pra mim há dois gabaritos.

     

     a) comover os interlocutores com a narrativa. (não tem esse condão)

     b) contextualizar o assunto que será desenvolvido nas linhas seguintes.  (Realmente ele faz uma contextualização e explana nas linhas seguintes)

     c) demonstrar como a fofoca se modificou ao longo dos tempos. (em nenhum momento abrange sobre isso)

     d) mostrar como a fofoca pode ser prejudicial às pessoas. (essa alternativa poderia ser considerada correta, visto que ele na questão se restringe à história de Fantine, logo, essa história realmente mostra como a fofoca pode ser prejudicial as pessoas, não?)

  • Pra mim também existem 2 gabaritos. Letra B e D. 

  • Tb concordo com a letra d, embora seja gab "b".

  • Porém ele afirma que da fofoca ele extraiu coisas boas, como por exemplo quando fala do bazar de suas mãe, aquele lugar de informações o ajudou a desenvolver alguns talentos.

     

  • Letra B.

    Pelo início da questão onde se diz "Ao iniciar o texto relatando a história de Fantine..."

    Logo nas primeiras linhas temos "...Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu..."

  • A letra D está errada, pois ao fim do texto ele fala dos benefícios que a fofoca lhe proporcionou enquanto autor, portanto não é de todo prejudicial às pessoas.

  • A questão pede o proposito do texto em sua parte inicial, em seu inicio o texto critica a fofoca, sendo a mesma prejudicial para a vida da Fantine.

    O gabarito poderia ter sido a alternativa "D"

  • Gabarito letra B

     

    Devemos ficar atentos ao que o comando da questão solicita para não cair em casca de banana. O examinador colocou a letra D, justamente para confundir os candidatos.

     

    A questão traz: Ao iniciar o texto relatando a história de Fantine, o propósito do locutor do texto é.  (contextualizar o assunto que será desenvolvido nas linhas seguintes. )

     

    Sendo assim, o propósito inicial é introduzir o tema fofoca para depois sim, falar o quão ela pode ser prejudicial. Para confirmar é só pensar em uma redação, primeiro você deve fazer uma introdução do assunto, apresentar o que você vai falar, para somente depois desenvolver o tema. Foi exatamente o que o autor fez. 

  • mais uma vez essa fumarc é ridicula....resposta é D 

  • @Nuza, o comando da questão pede sobre a história de Fantine e não sobre o restante do texto. Dessa forma, há dois gabaritos B e D.

    B - introdução do texto.

    D - o que aconteceu com Fantine (foi prejudicada devido à fofoca).

  • GAB: B

  • Na primeira linha se diz:

    DOS ASPECTOS NEGATIVOS DA FOFOCA

    Depois é narrada a história de uma pessoa que se deu muito mal. É um exemplo de como a fofoca pode prejudicar as pessoas.

    Há 2 gabaritos.

  • Comentário da Danielle está correto. Vejam.

  • Só digo uma coisa, preparem-se para fazer os recursos nas provas da PCMG... É cada gabarito q só por Deus

  • O propósito do autor é contextualizar o assunto mostrando como a fofoca pode ser prejudicial para algumas pessoas.

    O gabarito duplo é claríssimo.

    "Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis..."

    "Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. "

    "Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si."

    Não há justificativa pra essa questão. Nem tenta. Gabarito duplo. Questão absurda.


ID
2707159
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Segundo o locutor do texto, a fofoca tem seu valor, pois

Alternativas
Comentários
  • Segundo parágrafo:

     Simples. A fofoca é uma forma de criar.

     

    GAB-A

     

    ''A minha boca falará de sabedoria, e a meditação do meu coração será de entendimento''

    Salmos 49:3

  • Ou D?

    Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão

  • Pra quem ficou na dúvida com a D, assim como eu!;

    A questão pede: Segundo o locutor do texto, a fofoca tem seu valor, pois:
    No texto temos :"

    ...Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo. Simples. A fofoca é uma forma de criar."


    O valor está mais associado com a criação do que a qualidade de se revelar sobre alguém.

     

  • Letra A

    Final da linha 9 e linha 10.

  • Letra A


    A resposta está no próprio texto, quando o autor cita a frase abaixo:


    Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

  • "Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo." Linha 9

    "Simples. A fofoca é uma forma de criar." Linha 10

    Letra A

  • Gabarito letra A

     

    O texto está nas linhas 9 e 10 do texto: "(...) Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.  

    Simples. A fofoca é uma forma de criar."

     

  • Leiamos os seguintes trechos:

    Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

    Simples. A fofoca é uma forma de criar.

    Há uma explícita relação de explicação entre os dois trechos: A fofoca tem seu valor, pois é uma forma de criar.

    Os demais itens apresentados dizem respeito à fofoca, mas não são respostas diretas ao questionamento: "Por que a fofoca tem valor?".

  • Essa questão foi mal redigida.

    Percebam que o enunciado aduz que "Segundo o locutor do texto, a fofoca tem seu valor, pois", ou seja, a resposta deve ser uma explicação de por que a fofoca tem valor.

    A alternativa A não apresenta a explicação de por que a fofoca tem valor; o que faz é apenas expor um dos valores da fofoca (ser uma forma de criar).

    Agora vejam a alternativa E. Nessa, há a afirmação que "revela muito sobre quem fala". Em outras palavras, apresenta uma explicação à indagação de por que a fofoca tem valor!

    Essa questão deveria ser anulada, porque, além disso, a alternativa D também está correta.

  • QUANDO DIZ SEGUNDO O LOCUTOR,SEGUNDO O TEXTO, NO TEXTO... É UMA QUESTÃO DE COMPREENSÃO DO TEXTO, ISTO É, A RESPOSTA ESTÁ ESCRITA NO TEXTO.

    AS OUTRAS ALTERNATIVAS ESTÃO RELACIONADAS À INTERPRETAÇÃO DO TEXTO.

  • Algumas opções podem ser inferidas, mas somente o gabarito está expresso no texto.

    Sem trocar ideia com a questão, marca a única que vai chover de recurso se tiver errada e vai embora.


ID
2707162
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Sobre a constituição do texto, é correto afirmar, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETA. Perfeito. O texto possui trechos com característica narrativa e argumentativa.

     

    b) CORRETA. Perceba o último perído do primeiro prágrafo "Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo." É exatamente esse a tese do texto, o valor da  fofoca.

     

    c) CORRETA. Perfeita. O que mais tem nesse texto são interlocuções.

     

    d) INCORRETA. Ao contrário, por se tratar de um texto narrativo/argumentativo nada interfere na credibilidade.

  • Letra D

     

    O texto não perde a credibilidade, pois,por se tratar de um texto narrativo/argumentativo pode ter 1ª pessoa ou 3ª pessoa.

  • O texto é uma crônica, o uso da 1ª pessoa não só não interfere na credibilidade, como também é um recurso de aproximação do autor com o leitor. Muito comum. 

  • Segundo os ensinamentos da professora Flávia Rita, o uso da 1ª pessoa do singular interfere sim na credibilidade do texto. O erro consiste na palavra "tirar" pois o correto seria a diminuição da credibilidade (texto mais subjetivo/intimista).

  • Esse tipo de questão que eu nem leio o texto...


    Letra D

  • Discordo do Gabarito. No caso da letra B, a tese só é completamente desenvolvida no 3o parágrafo o que tornaria a assertiva errada.

  • D - não perde

  • Analisemos item a item.

    Letra A - CERTA - O 1o parágrafo relata trechos de uma obra literária. É um fragmento narrativo, portanto!

    Letra B - CERTA - De fato! A tese do texto é a de que a fofoca tem seu valor, a despeito de seus aspectos negativos.

    Letra C - CERTA - De fato! Em muitos trechos, o autor conversa com o leitor. Exemplo: "Simples. A fofoca é uma forma de criar".

    Letra D - ERRADA - O relato em 1a pessoa dá vivacidade à argumentação. Mostra que o autor, por ter experiência de vida no assunto, tem propriedade e autoridade para falar sobre.


ID
2707165
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • " O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?". 

    Em nenum momento o locutor retira a legitimidade das obras biográficas neste trecho. 

     

  • Não fala que retira a legitimidade, apenas esclarece um outro viés das obras biográficas.

  • Gabarito : A

  • Questão Podre ...! Rs........

  • "O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?" Linha 30

     a) Ao afirmar que a biografia é uma fofoca, o locutor retira a legitimidade das obras biográficas. - ERRADO. CITAÇÃO ACIMA.

     

  • extrapolou o texto

  • RESPOSTA LETRA A

  • O autor dá a entender que a biografia é "Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica". Ao trazer o adjetivo "autenticada", dá à biografia um crédito com a verdade, o que lhe confere legitimidade.

  • Muito bom esse texto. Gostei demais.


ID
2707168
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Há linguagem conotativa em:

Alternativas
Comentários
  • GAB. C - “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”

    Não tem como LITERALMENTE abrir as orelhas 

     

    Conotação, também referido como sentido conotativo e sentido figurado, é a associação subjetiva, cultural e/ou emocional, que está para além do significado escrito ou literal de uma palavra, frase ou conceito.

  • Letra C, Abra as orelhas no sentido de "fique atento".

  • Letra C

     

    Conotativo: sentido figurado

    Ex: Você é o meu sol!

           Minha vida é um mar de tristezas.

     

    Denotativo: sentido próprio

    Ex: O elefante é um mamífero.

  • Conotativo: Sentido Figurado.

    Denotativo: Sentido real.

    “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”

    ABRA está no sentido conotativo, sentido denotativo de ficar atento, ouvir.

  • GABARITO LETRA C.

     

    “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.” Perceba que "abra as orelhas" tem o sentido de "ficar atento", de "prestar atenção", um sentido, digamos, metafórico.

     

    Para guardar a diferença entre Conotativo e Denotativo, eu uso o seguinte macete:

    Denotativo é Direto!

     

    Ex: "Calçada de pedra". Aqui o sentido é direto, pois a calçada feita de pedra. O que seria diferente de "coração de pedra", cujo sentido seria mais metafórico, conotativo.

  • GAB. C - "ABRA AS ORELHAS"

    SENTIDO CONOTATIVO (FIGURADO)

    SENTIDO DENOTATIVO (DISCIONARIZADO, REAL)


  • Os dogs que estão prestando concurso para entrar na policia ficaram em dúvida. kkkkkkk

  • gb/c

    PMGO

  • SENTIDO CONOTATIVO (FIGURADO)

    SENTIDO DENOTATIVO - REAL

  • abra as orelhas = fique atento GABARITO C

  • GABARITO: LETRA C

    DENOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido realdicionarizado das palavras.

    De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial

    CONOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso.

    De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano.

    FONTE: https://portugues.uol.com.br/redacao/denotacao-conotacao.html

  • DEnotativo = DE verdade

  • Gabarito: C

    Conotativo = sentido figurado

    É só lembrar do filme ''conan'' que memorizamos o sentido figurado.

  • Para decorar de uma forma simples, associei da seguinte forma:

    Conotativa = Palavras comuns usadas no dia a dia. ( Metáforas, exageros e etc...)

    Denotativa = Palavras mais formais ( Dicionários...)

    Assim me ajudou a lembrar quando vejo alguma questão com esse tema.


ID
2707171
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Há interlocução, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • interlocução

    substantivo feminino

    1.

    conversa trocada entre duas ou mais pessoas; diálogo.

    2.

    interrupção de um discurso provocada pelo falar de novo interlocutor.

  • Nesse caso, acredito que seja:

    Fala que sobrevém no decurso de uma conversa, interrompendo-lhe o fio.

  • Interloção é uma "conversa" so autor com o leitor. Todo o texto traz esse tom de aproximação, como se o autor estivesse conversando com o leitor. Isso é apresentado em todas as opções dessa questão, menos a letra C que é o gabarito correto.

     

  • FUMARC, porque não enumerar as linhas carai ?

  • Colegas, não há necessidade de ir ao texto nessa questão. Basta observar que nas frases a interação que o autor faz com o leitor na fala.

    "garanto"; "abra as orelhas"; "vejam" A única que foge a essa regra é a letra D.


    Deus no comando!

  • Interlocução: conversa trocada entre duas ou mais pessoas; diálogo. interrupção de um discurso provocada pelo falar de novo interlocutor.

    Essa situação não ocorre somente na alternativa C.

  • GABARITO LETRA C.

     

    A interlocução, nesta questão, refere-se aos momentos em que o autor se dirige, de alguma maneira, ao leitor. Veja:

     

    a) “Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade.” (perceba como o "Garanto" parece dar entender que o autor se dirige ao leitor, como se ele dissesse "Garanto a vocês")


    b) “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”  (perceba como o "abra" é uma referência direta ao leitor, como se o autor estivesse aconselhando o leitor a "abrir as orelhas")

     

    d) “Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.” (perceba como o "Vejam" também é uma referência direta ao leitor, como se o autor estivesse dizendo ao leitor para "ver algo").

     

    A única que NÃO possui interlocução é a alternativa C

  • C é o Gabarito!

    A - "Garanto."

    B - "Quando ouvir", "abra as orelhas."

    D - "Vejam."

  • Como eu já disse várias vezes: é necessário produzir uma lei e regulamentos, a fim de se estipular regras para elaboração de questões!

    Há pouco tempo, fiz uma questão da Fumarc em que a banca pedia também a alternativa que apresentava "interlocução". A banca considerou correta apenas a que havia a "reprodução" da fala do leitor, porque interlocução é a COMUNICAÇÃO ENTRE PESSOAS!

    Um dos significados de interlocução é "interrupção de um discurso provocada pelo falar de novo interlocutor".

    Interação entre autor/leitor é MUITO diferente de interlocução.

  • A letra C é a mais aceitável (não necessariamente a correta).

  • E esse gabarito comentado, eu heim kkkkk

  • FUMARC tem um tesão com essa noção de interlocução.

    O engraçado é que ela considera orações sem nenhum tipo de discurso, nem direto nem indireto, como interlocuções. Apenas porque há ali algum traço, muitas vezes subjetivo, de conversa, como na letra A em que o autor fala com o leitor tanto quanto na alternativa C.

    A bem da verdade, a definição de interlocução que ela usa pode ser utilizada para dizer que o texto todo é uma interlocução, pois o texto todo é uma "conversa" do autor com o leitor.


ID
2707174
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Em: “Isso me ajuda até hoje”, ao afirmar que isso o ajuda até hoje, o locutor se refere, EXCETO a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar (B). Destemido (A). Fiz sucesso com colunas (A), jornalismo comportamental (D). Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. 

  • A questão está perguntando EM QUE o fato de ouvir a conversa dos outros na infância, ajuda o locutor hoje em dia. Obviamente, hoje em dia ele não mantém o hábito da infância de tentar ouvir a conversa dos outros, portanto a C está incorreta.

  • A resposta está dentro do próprio parágrafo.

    "Eu tentava ouvir". Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Notem que o autor já fez a retomada do termo, o que vem depois é que será retomado por "Isso me ajuda até hoje".


    Deus no comando!

  • Fumarc poderia indicar a linha da citação. :(

  • "Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje."

    Alternativa C está errada.

  • ISSO retoma termos anteriores relativamente próximos

  • gente, é normal essa banca não indicar a linha ou pelo menos o parágrafo ao qual se refere na questão?

  • Leia o seguinte trecho:

    Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar (letra A)Destemido. Fiz sucesso com colunas (letra B), jornalismo comportamental (letra D) . Isso me ajuda até hoje.

    O pronome anafórico ISSO retoma todas as ideias destacadas, mas não a apresentada na letra C (tentar escutar a conversa dos outros).

  • Art. 145.  Da sindicância poderá resultar:

    I - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;


ID
2707177
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Os termos destacados estão corretamente interpretados entre parênteses, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Avidez é o mesmo que cobiça sofreguidão, qualidade de quem está ansioso por algo ou com um desejo intenso e desmedido por alguma coisa.

  • Sinônimos de Avidez

    Avidez é sinônimo de: apetite, egoísmo, cupidez, interesse, sede, cobiça, anelo, ambição, fome,apego, desejo, sofreguidão, anseio, inveja, ciúme, ganância

  • Sinônimos de Extraio

    abduzo, arranco, extracto, puxo, saco, tiro

     

    Sinônimos de Avidez

    Avidez é sinônimo de: ambição, anelo, anseio, cobiça, desejo, sede, sofreguidão, egoísmo, fome,ganância

     

    Sinônimos de Confidenciar

    Confidenciar é sinônimo de: segredar

     

    Sinônimos de Crivo

    Crivo é sinônimo de: escumadeira, exame, crítica, peneira, prova, coador, labirinto

     

     

     

  • "Avidez é o mesmo que cobiça e sofreguidão, qualidade de quem está ansioso"

    Não reflete à palavra "estupidez".

     

  • Este tipo de questão é horrível.

  • Li segregada :(
  • GABARITO B

  • GABARITO B

  • GABARITO B

  • Vocabulário.

    ávida=mesquinha,que espera realização de algo.

  • também li "segregada" mas sabia que a B estava errada. ufa

  • não tem termo destacado

ID
2707180
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Em: “Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada.”, punha está flexionado no

Alternativas
Comentários
  •  Macete do pretérito imperfeito do indicativo:

     

    Tudo que é imperfeito merece:

     

    VA- IA- NHA-ERA

     

    Va = Verbos terminados em "ar" ou "or" passam a ser terminados em "va".

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir" passam a ser terminados em "ia

     

    NHA= Verbo "Vir" passa a ser "vinha" /Verbo "Pôr" passa a ser "punha" /Verbo "Ter" passa a ser "tinha" (VÁLIDO PARA TODOS SEUS DERIVADOS)

     

    Era = Verbo "Ser" passa a ser "era"

     

    Flávia Rita

     

    GAB-A

     

     

  • VERBO: PÔR

    Pretérito Imperfeito Indicativo

    eu punha

    tu punhas

    ele punha

    nós púnhamos

    vós púnheis

    eles punham

  • sou horrível nessas parada de tempos verbais... substitui pela palavra colocar e conjuguei. Quem é ruim gual eu sou tem que se virar nos 30 kkkk

     a)Pretérito imperfeito do indicativo. = gabarito, ação continua = colocava

     b)Pretérito imperfeito do subjuntivo. = não lembro de cabeça como conjuga mas é a única alternativa que distoa das outras, logo eliminei.

     c)Pretérito mais que perfeito do indicativo. = colocara (é o futuro sem acento = colocará)

     d)Pretérito perfeito do indicativo. = esse é o mais fácil, colocou

  • a dica da Manu é da prof Flávia Rita

  • e daí?

  • Macete do pretérito imperfeito do indicativo:

    Tudo que é imperfeito merece:

    VA- IA- NHA-ERA

    Va = Verbos terminados em "ar" ou "or" passam a ser terminados em "va".

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir" passam a ser terminados em "ia

    NHA=  Verbo "Vir" passa a ser "vinha" /Verbo "Pôr" passa a ser "punha" /Verbo "Ter" passa a ser "tinha" (VÁLIDO PARA TODOS SEUS DERIVADOS)

    Era = Verbo "Ser" passa a ser "era"

    FONTE: CURSO FLÁVIA RITA

  • Tudo o que é imperfeito merece uma Va ia Nha, porque já era!

    Pretérito imperfeito do indicativo!

  • Tudo que é imperfeito merece uma va ia nha já era
  • Pretérito imperfeito do indicativo - uma ação frequentativa, isto é, que se repetia no passado.

    “Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada.”,

  • PÔR

    Eu punha/ Tu punhas/ Você punha /Ele punha /Nós púnhamos /Vós púnheis /Vocês punham /Eles punham.

    pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

  • Valeu Danilo Souza, tamo junto! sua dica me ajudou

  • É muito importante estar familiarizado com as conjugações dos verbos notáveis - TER, VER, VIR e PÔR.

    No caso da forma "punha", temos o verbo PÔR, flexionado no pretérito imperfeito do indicativo.

    Resposta: Letra A

  • punha está no sentido de colocava, com isso é pretérito imperfeito do indicativo- acontecia com uma certa frequência e não acontece mais. macete verbo termina : va, ia , nha, era.

  • VA IA NHA ERA

  • Para responder esta questão, exige-se do candidato conhecimento em tempo e modo verbal. O candidato deve indicar qual a conjugação do verbo em destaque abaixo. Vejamos:

    “Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada.”

    a) Correta.

    O pretérito imperfeito do indicativo indica um passado que não se concluiu e possui "va, ia , nha, era." igualmente ao verbo destacado.

    b) Incorreta.

    O pretérito imperfeito do subjuntivo indica um fato duvidoso e é expressado por: "sse, -sses, -ssemos, -sseis, -ssem"

    Ex: se ela me pusesse para fora.

    c) Incorreta.

    O pretérito mais que perfeito do indicativo é usado em situações formais e indica um fato passado a outro acontecimento.

    Ex: Quando percebi, ela me pusera para fora.

    d) Incorreta.

    O pretérito perfeito do indicativo indica um passado com começo e fim.

    Ex: Ela pôs pôs para fora.

    Gabarito do monitor: A


ID
2707183
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Em: “Toda a vila onde morava sabia, menos o menino.”, menos pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • Exceto é sinônimo de menos

    Gab: B

  • FUMARC, sendo FUMARC.

  • Tão óbvio que dá medo.

  • FIQUEI ATÉ COM MEDO DE MARCAR E SER PEGADINHA, DE TÃO FÁCIL..HAHAHAHA

  • nível de dificuldade das questões vão de mil a zero. essa faz você duvidar que 2 + 2 = 4


ID
2707186
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Os referentes dos termos destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Na alternativa B, o pronome relativo "que" é remissivo ao termo "os pais" e não "sobre os pais."

     

    Letra B

  • Na alternativa B NÃO é pronome relativo, é CONJUNÇÃO INTEGRANTE. Sendo assim , ela não retorna a nenhum termo especificado anteriormente.

  • Sr. Shelking está corretíssimo! A partícula “que” é mesmo pronome relativo, que inclusive pode ser substituída por “os quais”. Não há nenhuma conjunção integrante aí.

  • Sr. Shelking, usando essa mesma lógica, a alternativa D também deveria está incorreta, não? Porquanto o pronome onde também deveria ser remissivo ao substantivo "vila", e não "toda a vila".

  • Retoma apenas o termo "os pais".

    Ao substituir se torna sujeito e não pode vir prepocionado.

    Os pais são capazes de acolher.

  • Para mim,  o "que" da letra "b" é conjunção de uma oração coordenada sindética explicativa.

  • ONDE é um pronome relativo e serve para ligar uma oração principal a uma subordinada adjetiva ao mesmo tempo que substitui um termo da oração principal, evitando a repetição.

     

    Em relação ao "que"

    Que = Restritiva 

    Que, = Restritiva 

    ,Que = Explicativa 

    ,Que, Explicativa

     

    Sertão brasil !!

  • Coesão e coerência caminham juntas, ou seja, a ideia é que um texto coeso gere coerência, embora isso não necessariamente ocorra.

    Coesão é “sinônimo” de ligação: ligação entre as partes. A que mais aparece em concursos diz respeito à referencial: consiste no emprego de pronomes (e equivalentes) para evitar a maciça repetição de termos num texto. Veja só:


    Comprei um celular, mas ele veio com defeito.

    (coesão pronominal: o pronome “ele” retoma “um celular”)


    Comprei um celular, mas o aparelho veio com defeito.

    (coesão nominal: o nome “ele” retoma “um celular”)


    Comprei um celular, mas veio com defeito.

    (coesão por elipse: na segunda oração, subentende-se o termo “celular”)


    A coerência envolve o campo das ideias: o uso de conectivos, por exemplo, está diretamente relacionado à coerência. Veja só:

    Apesar de eu ter estudado muito, passei no concurso.  (Frase incoerente).

    Apesar de eu não ter estudado muito, passei no concurso.  (Frase coerente).

    PROF° QC

  • Concordo com Aline. Ficou confusa essa questão.

  • Por esta mesma lógica, não sei se estou certo, mas a letra "A" , faria o mesmo sentido em: “Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira.” (moça) --> Seria também o filho da moça.

  • To morto com essa fumarc

  • Na minha opinião, questão com duas resposta (A, D).

  • GAB: B

  • nem soube responder a questão. pqp! estou ferrada. não enteni nem o que era pra fazer

  • pronome relativo- retoma um termo anterior:

    A- quando substitui o "que" por "a qual" retoma - moça.

    B-substituir o "que" por "os quais" retoma- pais.

    C e D- substitui o "onde" por " em que" retoma os lugares: prédio e toda a vila.

  • não tem termo destacado
  • GAB: B

    “Isso me fez entender mais sobre os paisque são capazes de acolher [...]”. (sobre os pais)

    O CERTO SERIA (OS PAIS) E NÃO (SOBRE OS PAIS) . CUIDADOO!!

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2707189
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Nos verbos destacados, há ERRO de regência em:

Alternativas
Comentários
  • Quem paga, paga "a" alguém. A não ser que a pessoa compre a família inteira. Gab. D

  • Questão excelente para que nos recordemos da peculiaridade do verbo "pagar". Quando o complemento é pessoa (jurídica ou física), tal verbo comporta-se como transitivo indireto:

     

    Ex.: Paguei à babá seu salário em dia.

     

    Ex.: Com muito esforço, paguei ao banco e livrei-me do débito.

     

     

    Em contrapartida, quando o complemento for "coisas", o verbo funciona como transitivo direto:

     

    Ex.: Eu paguei o boleto vultoso.

     

    Ex.: Mesmo sem muitos recursos, consegui pagar o carro.

     

     

    Analisemos o gabarito, que é a letra D. A palavra "família" remete imediamente à pessoa, de modo que o verbo "pagar", na acepção trazida, é transitivo indireto. Correção: "Paga a uma família..."

     

    Letra D

  • Questão complicada, errei.

  • paguei a uma....

  • O verbo pagar tem dupla regência.

    Quando o complemento é COISA - ( Pagar algo) o verbo vai ser VTD pedindo um complemento OD. Ex: paguei a dívida.  

    Quando o complemento é PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA ( Pagar a alguém ) - O verbo vai ser VTI pedindo um complemento OI com preposição. Ex: Pagui ao funcionário/ao professor (Pessoa Física). Ex: Paguei ao banco. ( Pessoa jurídica).

    Também pode ser VTDI pedindo 2 complementos, sendo um OD ou OI ou ao contrário. Nesse caso, o verbo vai ser bi-transitivo. Ex: Paguei a dívida ao banco/ Paguei ao dentista aquela prestação. LEMBRANDO: você nunca paga o advogado, o médico, o professor...mas sim a eles. Pagar a alguém . Espero ter ajudado. Bons estudos!

     

  • SEMPRE lembrar que quando for imperativo é destinado a alguém, ou seja, "Eu estou falando para que VOCÊ PAGUE uma familia...."

    IMPERATIVO = VOCÊ + conjuga o verbo

  • Na alternativa "C" o verbo AJUDAR é VTDI quando estiver no sentido de ajudar alguém a fazer alguma coisa e seguido de INFINITIVO.

    Ex: Ajudaram a empresa a progredir.

  • GABARITO D

     

    PAGAR:

     

    ■ (pagar “coisa”) — VTD — sem preposição: ex: Eu paguei a dívida. Paguei o débito.

     

    ■ (pagar “pessoa”) — VTI — preposição A: ex: Eu paguei ao médico. Paguei ao açougueiro. Paga a uma família para cuidar da menina, Cosette.

     

     

    Fonte:  Português esquematizado, Agnaldo Martino 

     

  • LETRA D.

     

    VERBO PAGAR E PERDOAR:

     

    OBJETO FOR UMA "COISA"> VTD. EX: CONSEGUI PAGAR TODAS AS COISAS DESTE MÊS.

    OBJETO FOR UMA PESSOA> VTI. EX: PAGUEI AOS OPERÁRIOS DA OBRA.

    QUANDO APRESENTAREM OBJETO E PESSOA> VTDI. EX: O PATRÃO PAGOU BONS SALÁRIOS AOS SEUS FUNCIONÁRIOS.

  • "Paga uma família para cuidar da menina, Cosette”. 

  • Alguém sabe o motivo da anulação?

  • Sacanagem para aqueles que estudaram uma lista gigante de regência verbal. Não há erro na questão.


ID
2707192
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

A posição do pronome oblíquo é facultativa em:

Alternativas
Comentários
  • a) Próclise obrigatória. Não: Palavra negativa.

    b) Próclise obrigatória. Alguns: Pronome indefinido.

    c) Próclise obrigatória: Isso: Pronome demonstrativo.

    d) Ênclise ou próclise facultativo, pois o verbo está no infinitivo antecedido pela preposição "e".

  • Corrigindo um equívoco do comentário anterior:

    a) Próclise obrigatória. Não: Palavra negativa.

    b) Próclise obrigatória. Alguns: Pronome indefinido.

    c) Próclise obrigatória: Isso: Pronome demonstrativo.

    d) Ênclise ou próclise facultativo, pois o verbo está no infinitivo antecedido pela conjunção coordenativa aditiva "e".

  • Eu já vim em gramaticas dizendo que pronome demonstrativo é facultativo. ¬¬

  • LETRA C

    Reforçando o comentário do Ronald k.:
    Pronome Demonstrativo antes do verbo sem Palavra Atrativa. - Caso Facultativo

    A gramática para Concursos, Ferando Pestana, p. 291

    Logo a questão deveria ser anulada.

  • Pronome em verbo no infinitivo sempre está correto, esse é o motivo da questão estar correta, amigos.

    Porquanto, Gabarito letra E

  • Segundo a Gramática, as únicas conjunções aditivas/alternativas que obrigam o uso da próclise são:

    * nem, não só/apenas/somente… mas/como/senão (também/ainda)…, tanto… quanto/como…, que, ou… ou, ora…ora, quer… quer…, já… já…

    Já em relação aos pronomes demonstrativos, como nossos colegas do QC já afirmaram, é caso facultativo. Vai entender...
     

  • Por mais que tenham gramáticas considerando pronome demonstrativo facultativo, vejo mais questões cobrando como obrigatório.

  • A conjução "e" na alternativa D tem sentido adtivo, logo não temos obrigatoriedade de próclise.

     

    GAB: D

  • Gab D

     

    Regras de Próclise

     

    - Palavras ou expressões negativas ( NÃO)

    ex: Não lhe devemos obrigações

     

    - Conjunção Subordinativa

    ex: Necessito de que o alertem a respeito da prova

     

    - Pronomes indefinidos

    ex: Tudo me parecia familiar

     

    - Pronomes Relativos

    ex: Os conceitos a que me refiro são daquele imbecil

     

    - Pronomes Interrogativos

    ex: Que te parece essa situação?

     

    - Advérbios

    ex: Nunca o levaria para aquele lugar

     

    - " Em " + Gerúndio

    ex: Em se desculpando pela ofensa, ele poderá sair. 

     

    - Sentenças opnativas

    ex: Deus lhe pague. 

     

    A) Próclise é obrigatória por conta da palavra atrativa Não.

    B) Próclise obrigatória por conta do pronome indefinido Alguns

    C) Próclise obrigatória por conta do pronome demonstrativo ISSO

    D) Gabarito. 

  • OBS= quando o verbo estiver no infinitivo impessoal (as, er, or, ir) será sempre FACULTATIVA a colocação pronominal

  • Gab D

     

    Próclise

     

    1°- Quando antes do verbo existe qualquer palavra de valor negativo

    ex: Nada nos impede / Ninguém o viu. 

     

    2°- Nas orações ou frases interrogativas e optativas. 

    ex: Por que o prenderam ali?     /    Quanto me custou aquela atitude!

     

    3°- Quando há, antes do verbo, um advérbio ( sem pausa)

    ex: Talvez nos encontramos / Aqui se fabricam móveis. 

     

    4°- Quando há, na oração, um pronome relativo ou conjunção subordinadinativa( que, o qual, cujo, quando, onde, se, caso, embora ) 

    ex: Mal se viram, coeçaram a discutir / Se me visse, eu ficaria feliz. 

     

    5°- Quando antes do verbo há outro pronome: Demonstrativo, indefinido, relativo, interrogativo em função substantiva. 

    ex: Alguns se admiraram com a beleza. / V.Sa.o recebeu / Aquilo me deixou encantada

     

    6°- Com verbo no gerúndio, regido de preposição em :

    ex: Em se tratando de dinheiro, dirija-se ao caixa. 

     

    7°- Nas orações coordenadas alternativas. 

    ex: Ou você fala agora, ou se cala para sempre. 

     

    8°- Com o infinitivo flexionado, regido de preposição

    ex: Por me ajudares, serás recompensado. 

     

    9°- Não se usa próclise no início de frase. 

  • NUNCA ESQUECER:

    PRÓCLISE OBRIGATÓRIA - ADVÉRBIO E PALAVRAS NEGATIVAS, PRONOMES RELATIVO, DEMONSTRATIVOS E INDEFINIDOS, EM + GERÚNDIO, CONJUNÇÃO SUBORDINADA.

     

    VAMOS PASSAR!

     

  • A ABL também considera pronome demonstrativo caso facultativo.

  • Segundo o Pestana,, os casos obrigatórios de pronome são os relativos, indefinidos substantivos e Interrogativos substantivos.


    Realmente não sei o que dizer

  • GABARITO: D

  • A banca FUMARC pede como referência em suas provas gramáticos como Luiz Antônio Sacconi e José de Nicola.

    Segundo os referidos gramáticos, os pronomes demonstrativos (isso, este, isto, aquilo...) são fatores de próclise, sendo portanto próclise obrigatória.

    O próprio Fernando Pestana em sua gramática cita que "gramáticos bem modernos dizem que os pronomes demonstrativos são palavra atrativas, ou seja, constituem um fator de próclise".

    Por isso, para questões da FUMARC, considere o gramático referenciado, sento portanto a letra C um caso de próclise obrigatória.

    Gabarito D

  • Melhor explicação -> pule direto p/ o comentário de Stéphany Graff

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    Pronome demonstrativo é caso de próclise facultativa! - Posição majoritária (Adotar minoria em divergência doutrinária até em português é f###)

    Alternativas corretas: C e D

    Questão deveria ser anulada.

  • Colocação Pronominal na locução verbal - Pronome pode estar com ou sem hifen em qualquer posição, exceto se houver palavra atrativa o pronome não pode estar no meio com hífen. Essa afirmativa esta correta? se alguem souber me responder curte meu cometário por favor.. obrigado!

  • NASG RID OIE

    Negativa, Advérbio curto, Conj. Subordinada, Gerúndio .. (em)

    Pron. Relativo, Pron. Indefinido, Pron. Demonstrativo

    Oração optativa, Or. Interrogativa, Or. Exclamativa

    Ênclise: proibida no particípio e no futuro

    Anotações das aulas da professora Flávia Rita

  • eu acerto, mas acerto lendo a frase e percebendo que a frase está mal escrita. Não sei dizer tecnicamente como vocês fazem. mas gostei do NARIZ+D

  • Analisemos letra a letra.

    Letra A - ERRADA - A próclise é obrigatória, haja vista a presença da palavra negativa "não" - fator de próclise.

    Letra B - ERRADA - A próclise é obrigatória, haja vista a presença do pronome indefinido "Alguns" - fator de próclise.

    Letra C - ERRADA - Aqui reside uma polêmica: alguns gramáticos defendem que os pronomes demonstrativos como fatores de próclise. Outros não os consideram. Dadas as opções apresentadas na questão, parece que a FUMARC abraça a interpretação que considera sim os demonstrativos fatores de próclise. Fiquemos, portanto, atentos às questões.

    Letra D - CERTA - Diante de conjunção coordenativa aditiva, é facultativo o emprego da próclise ou ênclise.

  • GABARITO D

    CASOS QUE EXIGEM PRÓCLISE:

    "NARIS DE PREGO(Com "S" mesmo rsrs)

    Negativas

    Advérbios

    Relativos (pronomes relativos)

    Indefinidos/Interrogativos

    Subordinadas (conjunções subordinativas)

    DEmonstrativos

    PREposição seguida de Gerúndi(Ex.: Em se tratando...)

    Banca FUMARCrack!

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em colocação pronominal. O candidato deve indicar qual assertiva indica o pronome que poderia ficar em mais de uma posição. Vejamos:

    Os pronomes pessoais oblíquos átonos me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e vos podem estar em três posições ao verbo ao qual se ligam.

    Próclise é antes do verbo⇾ Nada me faz tão bem quanto passar em concurso.

    Mesóclise é no meio do verbo⇾ Abraçar-lhe-ei…

    Ênclise é após o verbo⇾ Falaram-me que você está muito bem.

    Após vermos o conceito e os exemplos, iremos analisar cada assertiva a fim de encontrarmos a resposta correta. Analisemos:

    a) Incorreta.

    “[...] com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram”.

    O pronome oblíquo antes de palavra negativa (não, nada, jamais, nunca...) fica em posição de próclise, portanto, esta assertiva não é facultativa a posição em que se encontra o pronome "se", mas obrigatória.

    b) Incorreta.

    “Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm [...]”.

    O pronome oblíquo antes de pronome indefinido (algum, nenhum, outro, alguém...) fica em posição de próclise, portanto, esta assertiva não é facultativa a posição em que se encontra o pronome "se", mas obrigatória.

    c) Incorreta.

    “Isso me ajudou a desenvolver um certo talento”.

    O pronome oblíquo antes de pronome demonstrativo (esse, aquele, isto...) fica em posição de próclise, portanto, esta assertiva não é facultativa a posição em que se encontra o pronome "me", mas obrigatória.

    d) Correta.

    “Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca”.

    O pronome oblíquo diante de verbo no infinitivo pode ficar tanto em próclise como em ênclise, por isso, o pronome "se" poderia ficar tanto antes como após o verbo nesta oração analisada.

    Gabarito do monitor: D

  • Galera, esse tipo de questão é frequente na FUMARC.

    Na maioria das vezes a resposta foi a que continha um verbo no infinitivo.


ID
2707195
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

Em: “Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos.”, a vírgula separando senhores de pavorosos tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Letra: c

     c)

    indicar a omissão do verbo.

  • GABARITO C

     

    "Os dois senhores eram pavorosos"

  • Letra C, apresenta uma ZEUGMA, Omitindo um verbo.

  • Caso de omissão do verbo já citado anteriormente; ELIPSE!

    GABARITO: C

    Avaante!

  • elipse caracteriza-se  pela  omissão de  um  termo facilmente identificado. Em “Saímos cedo do trabalho”, temos  a  elipse do pronome pessoal nós, que está  subentendido na flexão  verbal. 

     

    zeugma é apresentado, em  algumas  gramáticas,  como  um tipo especial de elipse, uma vez que  também  se caracteriza pela  omissão de  um termo  na oração; porém, no zeugma, ocorre a omissão de  um  termo  anteriormente expresso.LETRA C

  • ELIPSE ! GAB C

  • Elipse: omissão de um termo Subtendido
    Zeugma: omissão de um termo Mencionado

     

    Veja que o ERA (VERBO) foi Mencionado e sua retirada com a colocação da virgula causa um efeito de Zeugma.

     

    Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores ERAM pavorosos.

  • Jean Lucas, o termo em que a vírgula se refere é o verbo subtendido.

    Está repetindo o verbo que foi mencionado anteriormente.

  • ERAM...

  • Zeugma é a omissão de palavras já ditas anteriormente, enquanto a elipse é a omissão de preposição ou conjunção. No caso houve a omissão de um verbo "eram", logo trata-se de zeugma.

  • No período "Os dois senhores, pavorosos", temos a omissão da forma verbal "eram", flexão do verbo SER já citado em períodos anteriores.

    A vírgula se faz necessária para sinalizar a omissão de uma forma verbal já mencionada.

    Resposta: C

  • GAB: C

    Elipse: omissão de um termo Subtendido/ Nesse caso, a frase omitiu a palavra "ERAM".

    "Os dois senhores, pavorosos.”, a vírgula separando senhores de pavorosos tem a função de indicar a omissão do verbo.

    SE NÃO TIVESSE A OMISSÃO DO VERBO, FICARIA: "Os dois senhores eram pavorosos.”

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2707198
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       O valor da fofoca

                                                                                       Walcyr Carrasco


      Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.

      Simples. A fofoca é uma forma de criar.

      Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.

      – Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!

      Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.

      Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.

      Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.

      O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?

      Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.

      – Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.

      – Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto! 

      Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador. 

Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.

A divisão silábica está correta, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    A forma correta da separação silábica da palavra solidariedade é:

    so - li - da - ri - e - da - de

     

     

  • A resposta correta é a letra D, pois há o encontro de duas vogais fortes (não tem semivogal), caracterizando o hiato. Assim, considerando que nessa modalidade de encontro vocálico pode haver apenas uma vogal em cada sílaba, a alternativa está incorreta.

    A divisão silábica correta da palavra solidariedade é:

    SO - LI - DA - RI - E - DA - DE

     

  • SEPARAM-SE 

    As Vogais do hiato

    re-u-ni-do                         co-o-pe-rar                   po-é-ti-co                   ru-a                 bi-o-lo-gi-a 

    PEGOU A VISION? 

    GABARITO LETRA   D  dolár

  • Não é o caso dessa questão, mas cabe a observação para questões que cobrem casos das Proparoxítonas  “ A p a r e n t e s   o u   E v e n t u a i s ” : 

    Algumas paroxítonas terminadas em ditongo crescente (não seria o caso do alheio) podem ser consideradas  como  proparoxítonas  eventuais  ou  aparentes.  
    Exemplo:  História -> paroxítona  terminada  em  ditongo  crescente:  his-tó-riA,  poderia, alternativamente, ser considerada também uma proparoxítona, caso se considerasse sua divisão como: his-tó-ri-a.

    Mas isso é uma exceção que raras as vezes vi em questões de prova, serve apenas para levar consigo para uma dessas raras situações.

  • Palavras terminadas em 3 sons vocálicos:

    - Se o último for a ou o, eles ficarão sozinhos. Ex: a-lhei-o

    - Se o o ou a, estiverem no meio, ficarão todos juntos. Ex: i-guais

     

  • Regras divisão silábica:

    1- Não existe silába sem vogal.

    2- Consoante solta fica sempre em sílaba anterior.

    3- Consoantes idênticas ficam sempre em silábas separadas.

    4- Vogais idênticas sempre em sílbas separadas.

    5- Os encontros consonantais perfeitos ficam sepre na mesma silába.

    6- As vogais de sum HIATO ficam sempre em sílabas separadas. Ex: a-le-gri-a

    7- Os sons vocálicos dos tritongos ficam sempre na mesma sílaba.

    8- Os sons vocálicos dos ditongos ficam sempre na mesma sílaba. Ex: che-guei, on-tem, en-con-trei

    9- Os dígrafos NH/CH/LH ficam sempre na mesma sílaba.

    10- Prefixos monossilábicos terminados em consoante AB OB EX BIS TRANS SUB SOB > se seguido de VOGAL> haverá formação de sílaba > se seguido de consoante > não haverá formação de sílaba

    OBSERVAÇÕES:

    1- Palavras terminadas em dois sons vocálcios CRESCENTES

    com acento : junto 

    sem acento : separado

    2= Palavras terminas em 3 sons vocálicos 3=2+1

    a/o = final 

    a/o= meio com semivogais laterais

  • Por que o "i" é vogal forte? Ele não é semivogal ?

  • A-LHEI-O

    Regra: Todo ditongo decrescente seguido de vogal é separado. Exs: prai-a / tei-a / joi-a / i-dei-a ( aproveitanto o embalo, ( joia, ideia) - paraxítonas com ditongos abertos tônicos  (ei-oi) perderam o acento.

  • A divisão silábica está correta, EXCETO em:

    A - a.lhei.o --> Certo

    B - con.fi.den.ci.a.da --> Certo

    C - cri.a.dor --> Certo

    D - so.li.da.rie.da.de --> Errado!

    R: Em solidariedade ocorre hiato (RI-E), e hiato separa! Forma correta: SO - LI - DA - RI - E - DA - DE


    Alternativa "D"

  • As vogais sempre possuem som mais forte em relação às semivogais.

    O hiato é formado por VOGAL + VOGAL, por isso separa-se, pois não pode haver duas vogais na mesma sílaba.

  • Comentário Décio Terror:

    A alternativa (D) é a errada, pois a divisão silábica de "solidariedade" é "so.li.da.ri.e.da.de", uma

    vez que há hiato.

    As demais alternativas estão corretas. Confirme:

    (a) a.lhei.o (ditongo decrescente seguido de hiato)

    (b) con.fi.den.ci.a.da (hiato)

    (c) cri.a.dor (hiato)

  • GABARITO LETRA D

    SO-LI-DA-RI-E-DA-DE

  • A questão é sobre divisão silábica e quer que identifiquemos a alternativa em que há ERRO de divisão. Vejamos:

     . 

    A) a.lhei.o

    Certo. Soletramos "a-lhei-o" (lembrando que não devemos separar o ditongo "ei").

     . 

    B) con.fi.den.ci.a.da

    Certo. Soletramos "con-fi-den-ci-a-da".

     . 

    C) cri.a.dor

    Certo. Soletramos "cri-a-dor".

     . 

    D) so.li.da.rie.da.de

    Errado. Soletramos "so-li-da-ri-e-da-de".

     . 

    Para complementar:

     . 

    Divisão silábica

     . 

    A divisão silábica faz-se pela silabação (soletração), isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var.

    Regra geral:

    • Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.

    Regras práticas:

    Não se separam letras que representam:

    • a)   ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, im-bui-a, etc.
    • b)   tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na, etc.
    • c)    os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc.
    • d)   encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-mô-ni-co, a-mné-sia, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc.

    Separam-se as letras que representam os hiatos: sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc.

    Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc.

    Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação: ab-do-me, ad-je-ti-vo, de-cep-ção, Is-ra-el, sub-ma-ri-no, ad-mi-rar, ap-ti-dão, felds-pa-to, sub-lin-gual, af-ta, e-clip-se, trans-tor-no...

    Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos): de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, página 36.

     . 

    Gabarito: Letra D 

  • GAB: D

    O hiato é formado por VOGAL + VOGAL, por isso separa-se, não pode haver duas vogais na mesma sílaba.

    D - so.li.da.rie.da.de --> Errado!

    Em solidariedade ocorre hiato (RI-E), e hiato separa! NÃO PODE HAVER 2 VOGAIS NA MESMA SILABA!

    Forma correta: SO - LI - DA - RI - E - DA - DE

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
2707201
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um determinado objeto tem seu valor depreciado anualmente em 4%. Se o valor atual de tal objeto é R$ 2.000,00, então é CORRETO afirmar que, daqui a dois anos, seu valor será igual a:

Alternativas
Comentários
  • Usei a fórmula de aumentos e descontos sucessivos:

    2000 x ( 1 - 4%)

    2000 X 0,96 = 1920,00 no primeiro ano

    1920 x 0,96 = 1843,20 no segundo ano

  • 4 ℅ de 2000 = 80

    2000 - 80 = 1920

    4℅ de 1920 = 76,80

    1920 - 76,80 = 1843,20
     

    FORÇA E HONRA SEMPRE!!!

  • Para quem tem mais propiedade com porcentagem:

     

    1 - 4% = 0,96

     

    Como foram duas depreciações,    0,96 x 0,96 = 0,9216

     

    0,9216 x 2.000 =  1.843,2

  • Valor atual 2.000.

     

                                                                                                                   Adição                                       Subtração

    4% de 2.000 = 80,00.                4% de 1.920,00 = 76,80.                     80,00                                         2.000,00

    2.000 - 80 = 1.920,00.               1.920 - 76,80 = 1.843,20.                    76,80                                            156,80 

    1º Ano.                                       2º Ano.                                                156,80 T. de desconto.              1.843,20 Após dois anos.

     

                                                                                                                     

    Alternativa "A"

  • Um determinado objeto tem seu valor depreciado anualmente em 4%.

    Se o valor atual de tal objeto é R$ 2.000,00, então é CORRETO afirmar que, daqui a dois anos, seu valor será igual a: 

     

    Valor depreciado anualmente em 4% = 96%

    Daqui a dois anos = 96% x 96% = 92,16%

     

    R = 92,16% de R$ 2.000,00 = R$ 1843,20


ID
2707240
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A seguinte informação sobre o chamado conflito de interesse está INCORRETA em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa B

     

    LEI Nº 12.813, DE 16 DE MAIO DE 2013.

    Art. 4o  O ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo federal deve agir de modo a prevenir ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardar informação privilegiada.

    § 1o  No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que configurem conflito de interesses, o agente público deverá consultar a Comissão de Ética Pública, criada no âmbito do Poder Executivo federal, ou a Controladoria-Geral da União, conforme o disposto no parágrafo único do art. 8o desta Lei.

    § 2o  A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer vantagem ou ganho pelo agente público ou por terceiro.

  • Pessoal, trata-se de um crime formal, não exige resultado naturalístico. Vamos pensar em um exemplo prático: um camarada arma um esquema de desvio de dinheiro da COPASA, quando o esquema está quase sendo finalizado, um colega do local de trabalho percebe tudo e avisa para a polícia, passa as informações, os polícia vão deixar passar pois o esquema não foi concluído? A não conclusão se deu por um mero azar, e não impede a punição dos envolvidos, assim como o preju da empresa.


ID
2707252
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre complexidade de algoritmos:


I. Algoritmos de complexidade O(n log n) resolvem um problema quebrando-o em problemas menores, resolvendo cada um deles independentemente e depois ajuntando as soluções.

II. Algoritmos de complexidade O(1) são chamados de complexidade linear, onde um pequeno trabalho é realizado sobre cada elemento de entrada.

III. Algoritmos de complexidade O(n) são chamados de complexidade constante, onde o tempo de execução cresce na mesma proporção do crescimento da estrutura de dados.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • As complexidades das alternativas II e III foram trocadas:

    I. Algoritmos de complexidade O(n log n) resolvem um problema quebrando-o em problemas menores, resolvendo cada um deles independentemente e depois ajuntando as soluções.

    II. Algoritmos de complexidade O(1) O(n) são chamados de complexidade linear, onde um pequeno trabalho é realizado sobre cada elemento de entrada.

    III. Algoritmos de complexidade O(n)  O(1)são chamados de complexidade constante, onde o tempo de execução cresce na mesma proporção do crescimento da estrutura de dados.

     

    GABARITO LETRA A;

     

    Fundamentação teórica do tema: http://www.decom.ufop.br/toffolo/site_media/uploads/2013-1/bcc202/slides/06._analise_de_algoritmos_(parte_3).pdf

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
2707255
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os diagramas da UML:


I. O Diagrama de Casos de Uso é um diagrama comportamental da UML que mostra um conjunto de casos de uso, atores e relacionamentos.

II. O Diagrama de Objetos é um diagrama estrutural da UML que mostra um conjunto de objetos e seus relacionamentos.

III. O Diagrama de Atividades é um diagrama estrutural da UML que mostra um processo computacional por meio de um fluxo de atividades.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Diagrama de atividades é COMPORTAMENTAL! 

  • Quem não tem acesso:  - -> A

  • Só bastava saber que atividades é comportamental, eliminaria a III e matava a questão

ID
2707261
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

De acordo com Sommerville (2011), Requisitos de Interoperabilidade, Requisitos Éticos e Requisitos Legais são

Alternativas
Comentários
  • Possuímos 3 tipos de Requisitos Não Funcionais, são eles:

    1) Requisitos do Produto: Confiabilidade, usabilidade, Eficiência;

    2) Requisitos Organizacionais: Operacionais, desenvolvimento, implementação;

    3) Requisitos Externos: Legais, Privacidade, Interoperabilidade, segurança;

     

     

     

    Vamos a questão:

    De acordo com Sommerville (2011), Requisitos de Interoperabilidade, Requisitos Éticos e Requisitos Legais são 

     a) Requisitos de Produto.

     b) Requisitos Externos. GABARITO DA QUESTÃO

     c) Requisitos Funcionais.( Requisitos  que descrevem funcionalidades ou serviços do sistema)

     d) Requisitos Organizacionais

  • Item III, eliminar não, reduzir seria o mais coŕreto

ID
2707264
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Teste realizado na instalação do desenvolvedor com os usuários finais, em um ambiente controlado, para identificar erros e problemas de uso durante a operação do sistema pelos usuários é denominado

Alternativas
Comentários
  • Alfa: dentro das dependências do desenvolvedor (controlado)

    Beta: uma release é disponibilizada para usuários


ID
2707267
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Técnica de teste utilizada para descobrir erros associados às interfaces na qual, a partir de componentes testados individualmente, se constrói uma estrutura de programa determinada pelo projeto é

Alternativas
Comentários
  • Os componentes já foram testados individualmente ("a partir de componentes testados individualmente"), ou seja, já foi feito o Teste de Unidade.

    Agora está testando as interfaces e integrando-as ("constrói uma estrutura de programa determinada pelo projeto").

    Logo, está na fase de Teste de Integração.

  • Técnica de teste utilizada para descobrir erros associados às interfaces na qual, a partir de componentes testados individualmente, se constrói uma estrutura de programa determinada pelo projeto é:

     a)Teste de Desempenho. Projetado para testar o desempenho so software durante a execução normal do sistema.

     b)Teste de Integração. Técnica sistemática para construir a estrutura do programa enquanto, ao mesmo tempo, conduz testes para descobrir erros associados às interfaces. GABARITO DA QUESTÃO

     c)Teste de Segurança. Verifica se os mecanismos de proteção irão de fato protegê-lo de invasão imprópria.

     d)Teste de Unidade.  Foca o esforço de verificação na menor unidade de projeto do software.

  • Teste de Integração.:

    Está relacionado ao erro de interface , abordagem TOP-DOWN, teste de caixa cinza.

    Testa se um ou mais componentes combinados funcionam de maneira satisfatória.

    É realizado depois que as unidades do software estão prontas e tem o objetivo de verificar se essas unidades podem ser incorporadas em uma nova versão do sistema em desenvolvimento .

     

    Sommerville e Pressamn

  • Geralmente quando se fala de interfaces está falando de teste de integração.


ID
2707270
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Em relação às ferramentas e técnicas associadas aos processos das áreas de conhecimento descritas no PMBOK 5ª. Edição, correlacione as colunas a seguir:


Área: Processo

I. Gerenciamento do Tempo: Definir as atividades

II. Gerenciamento do Escopo: Coletar os requisitos

III. Gerenciamento dos Custos: Estimar os custos

IV. Gerenciamento da Qualidade: Realizar a garantia da qualidade


Ferramentas e Técnicas

( ) Diagramas de Contexto

( ) Estimativa de Três Pontos

( ) Decomposição

( ) Análise de Processo


A sequência CORRETA, de cima pra baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Questão chatíssima sobre ferramentas, confesso que ainda não cheguei nesse nível de decoreba, mas fazer o que ne...

    I. Gerenciamento do Tempo: Definir as atividades 

            Decomposição:  divide-se o pacote de trabalho da EAP em componentes menores, que são as atividades necessárias para executar o pacote de trabalho.

    II. Gerenciamento do Escopo: Coletar os requisitos

             Diagramas de Contexto:  é uma ferramenta para modelar o escopo através de um diagrama, ou seja, DFD de nível 0;

    III. Gerenciamento dos Custos: Estimar os custos

              Estimativa de Três Pontos considera cenários otiministas, pessimistas, e mais provável para estimar o prazo e os custos

    IV. Gerenciamento da Qualidade: Realizar a garantia da qualidade

              Análise de Processo: considera o trade-off entre o custo e o benefício de adotar algo (Nova ferramenta, mudança em processos, ...)

     

    GABARITO LETRA B

  • putz, cobrar o cara saber que DIAGRAMA de CONTEXTO é uma das técnicas para coletar requisitos é de fuuuudderrr



    tem entrevistas, questionários, observações, protótipos


    mas não


    o cidadão me cobra DIAGRAMA DE CONTEXTO





ID
2707273
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre a Análise de Valor Agregado, de acordo com o PMBOK 5ª. Edição:


I. O “Índice de Desempenho de Custos” é calculado pela relação “Valor Agregado” / “Custo Real”, ou seja, IDC = VA / CR.

II. Quando o “Índice de Desempenho de Prazos” (IDP) fica acima de 1.0 significa que o projeto está atrasado.

III. A “Variação de Custos” é calculada pela diferença entre o “Valor Agregado” e o “Custo Real”, ou seja, VC = VA - CR.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - ITEM C

    I. O “Índice de Desempenho de Custos” é calculado pela relação “Valor Agregado” / “Custo Real”, ou seja, IDC = VA / CR.

    II. Quando o “Índice de Desempenho de Prazos” (IDP) fica acima de 1.0 significa que o projeto está atrasado. (Caso o valor seja igual a 1, significa que o projeto ocorre como foi planejado. Valores acima de 1 demonstram adiantamento, e valores abaixo de 1 indicam atraso na execução.)

    III. A “Variação de Custos” é calculada pela diferença entre o “Valor Agregado” e o “Custo Real”, ou seja, VC = VA - CR.


ID
2707288
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Princípio do COBIT 5, versão português, que apresenta as sete categorias de habilitadores:

Alternativas
Comentários
  • Macete que aprendi aqui no QC, falou de Habilitadores relaciona com abordagem Holística. Para detalhar quais são os habilitadores:

    1- Prícipios, políticas e modelos

    2- Processos

    3- Estruturas organizacionais

    4- Cultura, ética e comportamento

    5- Informação

    6- Serviços, infraestrutura e aplicativos

    7- Pessoas, habilidades e competências

  • Holística -> Habilitadores

  • Fala meu aluno(a)! A questão aborda conhecimentos acerca de Governança de TI (COBIT).

    Gabarito: LETRA D

    O que é COBIT?

    R. é uma metodologia para a Governança de TI – um conjunto de práticas que gere os recursos e ferramentas da área. Ele é usado como um instrumento de suporte para gestores e garante a integridade dos sistemas de informação;

    R. Guia para a Governança Corporativa de TI e para o Gerenciamento de TI;

    R. Trata a Governança de forma holística;

    R. Pode ser usado por empresas de todos os portes;

    R. Genérico para representar todos os processos de TI.

    Quais são os cincos Princípios do COBIT?

    ACAPD

    Atender às Necessidades das Partes Interessadas;

    Cobrir a Organização de Ponta a Ponta;

    Aplicar um Modelo Único Integrado;

    Permitir uma Abordagem Holística;

    Distinguir a Governança da Gestão.

    ____________________________________________________________________________________________________

    Atender às Necessidades das Partes Interessadas: criar valor para suas partes interessadas mantendo o equilíbrio entre a realização de

    benefícios e a otimização do risco e uso dos recursos.

    Cobrir a Organização de Ponta a Ponta: integra a governança corporativa de TI

    à governança corporativa, cobrindo todas as funções e processos corporativos e

    considerando os habilitadores de governança e gestão de TI aplicáveis em toda a organização.

    Aplicar um Modelo Único Integrado: alinha-se a outros padrões e modelos importantes em um alto nível e, portanto, pode servir como o um modelo unificado para a governança e gestão de TI da organização.

    Permitir uma Abordagem Holística: define um conjunto de habilitadores para

    apoiar a implementação de um sistema abrangente de gestão e governança de TI da organização.

    Distinguir a Governança da Gestão: faz uma clara distinção entre governança

    e gestão. Essas duas disciplinas compreendem diferentes tipos de atividades, exigem modelos organizacionais diferenciadas e servem a propósitos diferentes.

    Rumo à aprovação meus alunos(a)!

    Bons Estudos!


ID
2707291
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

São estágios do ciclo de vida da ITIL V3 2011, versão português, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Os 5 estágios do ciclo de vida do serviço da ITIL v3 são:

    - Estratégia do Serviço;

    - Desenho do Serviço;

    - Transição do Serviço;

    - Operação do Serviço e;

    - Melhoria Contínua do Serviço.

     

    Gabarito: C

  • Gabarito C

     ITIL V3, publicado em maio de 2007, e atualizado em 2011, é composto de cinco volumes, fases do ciclo de vida de serviço, que são: Estratégia de Serviço - Service Strategy (SS), Desenho (ou Projeto) de Serviço - Service Design (SD), Transição de Serviço - Service Transition (ST), Operação de Serviço - Service Operation (SO), e Melhoria Contínua de Serviço - Continual Service Improvement (CSI).




    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"

    Força e Fé !

    Fortuna Audaces Sequitur !


ID
2707294
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Conjunto completo de serviços, incluindo serviços descontinuados, que são gerenciados por um provedor de serviços, segundo a ITIL V3 2011, versão português:

Alternativas
Comentários
  • Portfólio de Serviços contém:

    - Funil de Serviços(em desenvolvimento)
    - Catálogo de Serviços(Pronto)
    - Serviços Obsoletos(Descontinuados)

  • Gabarito D

    Gerenciamento de Portfólio (ou carteira) de Serviços (GPS)

              Envolve o gerenciamento pró-ativo do investimento em todo o ciclo de vida do serviço, incluindo os serviços na forma de conceito, desenho e transição, bem como os serviços definidos ativos e inativos.

              É um processo contínuo que inclui o seguinte:

    Definição: serviços de inventário, assegurar casos de negócios e validar os dados do portfólio; Análise: maximizar o valor do portfólio, alinhar, priorizar e equilibrar a oferta e a demanda; Aprovação: finalizar portfólio proposto, autorizar serviços e recursos; Oficialização: comunicar decisões, alocar recursos e contratar serviços.



    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"

    Força e Fé !

    Fortuna Audaces Sequitur !


  • Letra D

    Ressaltando que o catálogo de serviços constitui-se de APENAS os serviços ativos disponíveis para o cliente.


ID
2707297
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

São áreas de processo do nível 2 de maturidade do CMMI-DEV 1.3, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • b)Gerenciamento Quantitativo de Projeto (QPM). [Nível 4]

  • Gabarito B

    Gerenciamento Quantitativo de Projeto é nível 4.

     

    Vamos na fé !

     

     

     

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • Complementando ...

     

    Níveis de Maturidade (Abordagem em Estágio):

     

    .: 1 - Inicial;

    .: 2 - Gerenciado;

    .: 3 - Definido;

    .: 4 - Quantitativamente Gerenciado;

    .: 5 - Otimização.

    .

    .

    .

    At.te

    Foco na missão