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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Professor de Ensino Fundamental – Anos Iniciais


ID
3164239
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

Ao ser internado no hospital, o seguinte elemento chama especialmente a atenção do personagem principal:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? De acordo com o texto:  Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela [...] A história impressionou profundamente o rapaz.

    ? Esse foi o fato que surpreendeu o rapaz, um homem idoso parecido com ele e a relação com um avô nunca conhecido, a indagação de ser o homem internado seu avô, deixou-o inquieto.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3164242
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

Um pensamento atribuído ao personagem principal encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. 

    ? Observa-se que trata-se de um questionamento interno do personagem, ele se questiona acerca do descobrimento do provável avô.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3164245
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

Considerando o contexto, o personagem principal, no desfecho da crônica, adota uma atitude de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

    ? Temos uma ideia de submissão, aceitação de algo que ocorreu (=o substantivo "resignação" significa "submissão à vontade de alguém ou ao destino", é exatamente a ideia passada, o jovem aceitou o destino, aceitou a morte do provável avô e conseguiu enxergar que agora era um momento para esquecer novamente).

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ID
3164248
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

“Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer” (7º parágrafo). O reconhecimento de um mecanismo que permite melhor compreensão desse trecho é a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer? (7º parágrafo).

    ? Esquecer alguma coisa (ocorre zeugma do substantivo "avô" ? omissão de um termo mencionado anteriormente, a partir do momento que reconhecemos esse mecanismo, compreendemos melhor a frase).

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  • Não concordo não! Na minha humilde opinião, a elipse ou zeugma pode causa dúvida em um primeiro momento.

  • Não concordo não! Na minha humilde opinião, a elipse ou zeugma pode causa dúvida em um primeiro momento.


ID
3164251
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

No primeiro parágrafo, o travessão introduz expressão com valor de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor ? aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma ?, a situação foi se complicando [...]

    ? Temos uma explicação intercalada pelos travessões, traz uma explicação adicional acerca de suas condições de saúde.

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ID
3164254
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

“(...) ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.” (1º. Parágrafo). O trecho em destaque pode ser antecedido, mantendo o sentido global da frase, pela expressão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?(...) ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.? 

    ? Queremos algo que denote a causa de ele não ter condições de se internar de outra maneira; o termo "por ser" equivale "já que era" (=denotação de causa, traz, perfeitamente, o valor de causa que procuramos).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3164257
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

“Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado” (2º. Parágrafo). A palavra “mas”, na frase, sugere o seguinte pressuposto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. 

    ? Conjunção coordenativa adversativa, matiz semântica de oposição, adversidade, contradição, denota a ideia de que, apesar de ser um hospital periférico e pequeno, tinha todas as condições necessários e era bem aparelhado (=a uma proporcionalidade em relação ao tamanho do hospital, suficiente para suprir as necessidades).

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ID
3164260
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

“E, pensando nisso, adormeceu” (5º. Parágrafo). A palavra em destaque no texto é um elemento de coesão textual que tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

    ? Preposição "em" + pronome demostrativo "isso" (=nisso); tem valor anfórico e refere-se a algo mencionado anteriormente (=o fato de o homem ser seu avô e as possíveis consequências).

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ID
3164263
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

“Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate” (6º. Parágrafo). Na frase, uma gradação é percebida pela palavra sublinhada. Esse uso expressa a ideia de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate? (6º. Parágrafo)

    ? Temos uma palavra denotativa de inclusão, equivale a "inclusive", denota a inclusão de algo mais que era trazido.

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ID
3164266
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

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“A expressão este velho não era depreciativa”. De acordo com a personagem o uso da expressão é motivado por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A expressão ?este velho? não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; ?Desconhecido número 31? era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

    ? Ou seja, era chamado de forma genérica (=este velho) devido ao fato de ser somente um velho desconhecido, sem qualquer precedente.

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ID
3164269
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

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“Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha” (3º parágrafo). No trecho, o verbo destacado indica uma ação:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. 

    ? Temos o verbo conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo, indica uma ação nunca realizada (nem no passado, nem no presente ele viu o avô, nunca se realizou).

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ID
3164272
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

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O modo de organização do discurso predominante no texto é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? apresentação de ações e impressões

    ? Apresentação do homem de 23 anos (=personagem principal), da enfermeira, do idoso (=possível avô), descrição de ações (=a aproximação feita ao possível avô, a ação da enfermeira, o momento que os pais chegam).

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ID
3164275
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

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A frase “No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta” (1º. parágrafo) pode ser reescrita, mantendo seu sentido original, do seguinte modo:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) uma queda de bicicleta era resultado, no começo, só de uma fratura ? incorreto, pois a fratura é que foi resultado da queda de bicicleta.

    B) uma queda de bicicleta resultou, no começo, só em uma fratura ? correto, a queda de bicicleta resultou em algo (=uma fratura).

    C) resultado de uma fratura, no começo, era só uma queda de bicicleta ? incorreto, pois a fratura é o resultado e não o contrário.

    D) só no começo era uma fratura que resultou em uma queda de bicicleta ? incorreto, mesmo sentido da letra "a".

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ID
3164278
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

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A partir da discussão proposta no último parágrafo, o título do texto “tempo de lembrar, tempo de esquecer”, sugere momentos:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Tempo de lembrar (=lembrar-se de que nunca conheceu o avô e de que o idoso internado poderia ser essa pessoa) e com a morte (=momento de se esquecer do seu provável avô).

    ? São momentos alternados (=que se sucede um de cada vez, em alternância).

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ID
3164281
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

Em “como a própria atendente explicou” (2º parágrafo), a palavra “como” pode ser substituída, mantendo o sentido global da frase, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A expressão ?este velho? não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera (=temos uma conjunção subordinativa conformativa, outras com esses valor: conforme, segundo).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Dicas para identificar a conjunção COMO(fazer troca):

    COMO(CAUSAL)-anterior a ação:

    já que; pois; visto que, porque(anterioridade)

    COMO(COMPARATIVO)- mesmo verbo e as vezes em elipse:

    tal qual; igual a

    COMO(CONFORMATIVO)- verbos diferentes:

    conforme, segundo

    COMO(FINALIDADE):

    a fim de que

    COMO (EXPLICAÇÃO): 

    porque (posterior a ação) 

  • Correta, B

    Como = conformativo = segundo/conforme...

    Como = causal = já que; porque....

    Como = comparativo = assim como; igual a...

    Obs: o "porque" também pode expressar sentido explicativo. O que manda é o contexto empregado.

    A luta continua !


ID
3164284
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leia com atenção a informação a seguir:

A população mundial no final de 2018 era de 7,598 bilhões de pessoas. https://www.populationpyramid.net/pt/mundo/2018 (adaptado)

O número que representa a população mundial em 2018 possui x ordens e y classes. Os valores de x e y são respectivamente iguais a: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    FONTE: https://escolakids.uol.com.br/upload/image/Untitled-3_(11).jpg

    De nada. Não desistam!


ID
3164287
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leia com atenção a informação abaixo:

Mantido o ritmo atual de crescimento, a população brasileira no final de 2050 será de aproximadamente 238,4 milhões de pessoas.

https://www.populationpyramid.net/pt/mundo/2018 (adaptado)

O valor posicional do algarismo 4 no número que representa a população brasileira prevista para o final de 2050 é igual a:

Alternativas
Comentários
  • 238,4 milhões de pessoas = 238 milhões e 400 mil pessoas

    Gabarito B

    De nada. Não desistam!


ID
3164290
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma aula de Ciências, um professor afirmou aos seus alunos que no Brasil cerca de 40% da água tratada é desperdiçada. Esse percentual corresponde à seguinte fração:

Alternativas
Comentários
  • 2/5 = 0,4

    Gabarito C

    De nada. Não desistam!

  • 40% = 40/100 a partir dai, basta simplificar.

    corta-se o zero dando resultado = 4/10

    divide por 2 = 2/5

    espero ter ajudado

    Pra cima deles!!!

  • Você pode também pegar as alternativas e ir dividindo até achar 40

    2/5=0,40

    C)


ID
3164293
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A idade de um idoso é um número natural n de três dígitos e múltiplo de 7. Se n é menor que 110 anos, a soma dos algarismos de n é igual a

Alternativas
Comentários
  • Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 se o dobro do último algarismo, subtraído do número sem o último algarismo, resultar um número divisível por 7

    105 => 10 - (5.2) = 0 (zero é múltiplo de todos os números naturais)

    Logo, 1+0+5 = 6

    Gabarito D

    De nada. Não desistam!

  • (100.......109)

    100/7 = não é múltiplo, mas tem resto 2

    • com o resto da pra saber quanto falta para encontrar o múltiplo (sempre tem que dar exata a divisão). Nesse caso (100-2 = 98)

    Logo, antes de 100 o primeiro múltiplo de 7 é 98

    7*14=98

    7*15= 105

    soma de 105 (1+0+5 = 6)


ID
3164296
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para resolver a expressão (12 × 26 × 38) ÷ 2, um aluno dividiu todos os fatores por 2 e em seguida multiplicou os três resultados encontrados. A diferença entre o resultado correto e o resultado obtido pelo aluno é igual a:

Alternativas
Comentários
  • (12 × 26 × 38) ÷ 2 => 11856/2 = 5928

    (12 × 26 × 38) ÷ 2 => 6.13.19 ÷ 2 => 1482

    5928 - 1482 = 4446

    Gabarito A

    De nada. Não desistam!

  • GAB: A

    (12 × 26 × 38) ÷ 2 > 11856 : 2 = 5928

    (12 : 2 ) x (26 : 2) x (38 : 2) = 1482

    5928 - 1482 = 4446

    CRESCENDO AOS POUCOS.


ID
3164299
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Admita que a caçamba de um caminhão de mudanças tenha a forma de um paralelepípedo retângulo. Se a base desse paralelepípedo tem área 15 m2 e a altura 2 m, o volume, em m3 , dessa caçamba é igual a:

Alternativas
Comentários
  • A = a.b.

    V = a.b.c.

    A = 15

    V = 15.2 = 30

    Gabarito C

    De nada. Não desistam!

  • O volume de um paralelepípedo é obtido através do produto entre a área da base e sua altura.

    Assim, temos:

    Área da base: 15m^2

    Altura: 2m

    Volume: 15m^2 x 2m = 30m^3

    Gabarito do monitor: Letra C


ID
3164305
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma agência de turismo perguntou a um grupo de estudantes se cada um deles já tinha viajado para fora do Brasil. Exatamente 25% deles responderam que sim e os demais responderam que não. O gráfico que melhor representa o resultado dessa pesquisa está indicado na seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • 25% é o mesmo que 1/4

    É só dividir o gráfico em 4, e pegar um.

    Gabarito D

    De nada. Não desistam!

  • Como 25 % dos entrevistados responderam que “sim”, então 75% responderam que “não”, pois o total sempre é 100%.

    25% = 25/100 = 1/4 --- [Simplificamos a fração, dividindo o numerador e o denominador por 25]

    75% = 75/100 = 3/4 --- [Simplificamos a fração, dividindo o numerador e o denominador por 25]

    Note que 25% equivale a ‘1 parte em um total de 4’ e 75%, equivale a ‘3 partes em um total de 4’.

    Assim, o gráfico correto é o que se encontra na letra D, pois temos uma circunferência dividida em 4 partes, sendo 1 para “sim” e 3 para “não”.

    Gabarito do monitor: Letra D


ID
3164311
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Observe com atenção os produtos a seguir:

9 x 9 = 81

9 x 99 = 891

9 x 999 = 8991

9 x 9999 = 89991

. . .

9 x 99999999 = n

Admita que o padrão apresentado nesses produtos se mantenha até 9 x 99999999. Se n é o resultado deste produto, a soma dos algarismos de n é igual a:

Alternativas
Comentários
  • 9 x 9 = 81

    9 x 99 = 891

    9 x 999 = 8991

    9 x 9999 = 89991

    . . .

    9 x 99999999n = 899999991

    9.7+8+1 = 72

    Gabarito: A

    De nada. Não desistam!

  • Segue a questão

    www.youtube.com/watch?v=i8ejIFSlH38

  • Observe que todos os resultados dos produtos, a partir do segundo que é 9 x 99 = 891, são obtidos a partir do seguinte raciocínio:

    O resultado sempre será 8 XXXXX 1, onde:

    ‘X’ representa ‘1’ algarismo nove a menos do que a quantidade de noves do fator da multiplicação que se encontra após o “sinal de vezes”.

    Assim, 9 x 99999999 = 899999991

                     (8 noves) = (7 noves) 

    Solução: A soma dos algarismos do número 899999991 é:

    8+9+9+9+9+9+9+9+1 = 72

    Gabarito do monitor: Letra A


ID
3164320
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A tabela abaixo mostra informações nutricionais de um determinado tipo de alimento.


INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 20g (1 colher de sopa) Quantidade por porção

Valor energético - 64 kcal

Carboidratos - 11 g

Proteínas - 1,5 g

Gorduras totais - 1,6 g

Gorduras saturadas - 1,0 g

Gorduras trans - 0

Fibra alimentar - 0

Sódio - 23 mg

Cálcio - 54 mg


Uma pessoa que consumir 0,16 kg desse alimento, estará ingerindo, em gramas, a seguinte quantidade de Cálcio:

Alternativas
Comentários
  • KG HG DAG G DG CG MG

    => x 10

    <= /10

    20000 mg ______________54 mg

    160000 mg _______________ X

    X = 8640000/20000 = 432 mg => 0,432 g

    Gabarito D

    De nada. Não desistam!

  • As informações contidas na tabela se referem a uma porção de 20g de um tipo de alimento, onde temos 54mg de cálcio.

    A questão quer saber quantos gramas de cálcio terá ingerido uma pessoa que consumir 0,16 Kg desse alimento.

    Assim, basta trabalhar com uma regra de três simples. Veja:

    Porção do alimento (mg)        Porção de cálcio (mg)

             20.000                                      54

           160.000                                       x

    OBS: Transformei “todo mundo” em mg para não trabalhar com decimais nesse primeiro momento...

    Multiplicando cruzado, temos:

    20000 x = 54 . 160000 --- "Cortando" os zeros, temos:

    2x = 54 . 16

    2x = 864

    x = 864/2

    x = 432 mg

    Do miligrama para o grama, temos 3 casas à esquerda. Assim, precisamos dividir 432 mg por 1000 para encontrar o seu respectivo valor em gramas

    432 / 1000 = 0,432 g

    Gabarito do monitor: Letra D


ID
3164323
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Utilizando apenas os algarismos 2, 3, 4, 5 e 7 um aluno pode escrever no máximo n números distintos com dois algarismos diferentes. O valor de n é:

Alternativas
Comentários
  • PFC

    5.4 = 20

    Gabarito: B

    De nada. Não desistam!

  • 22, 23, 24, 25, 27

    32, 33, 34, 35, 37

    42, 43, 44, 45, 47

    52, 53, 54, 55, 57

    72, 73, 74, 75, 77

    A questão pede somente os números distintos, desta maneira é necessário eliminar os números em negrito, assim se obtém o resultado igual a 20.

    Espero ter ajudado.

    Pra cima deles!!! É possível!!!

  • Como precisamos encontrar a quantidade de números distintos com dois algarismos diferentes, então temos que a ordem importa.

    Explicando...

    Em se tratando de números, a ordem sempre importa, pois ao se inverter a ordem entre eles, temos elementos diferentes.

    Daí, conclui-se que estamos diante de um caso de arranjo simples e podemos aplicar o princípio fundamental da contagem: princípio multiplicativo.

    Assim, como são números de 2 algarismos distintos, temos apenas 2 casas, conforme o esboço abaixo:

    ______    x  ______

     1ª casa         2ª casa

    1ª casa: 5 possibilidades (Todos os elementos podem aparecer, pois não há restrições)      

    2ª casa: 4 possibilidades (Como são algarismos distintos, então o elemento que "aparecer" na 1ª casa não pode "aparecer" na 2ª.      

    Solução: 5 x  4 = 20

    Gabarito do monitor: Letra B


ID
3164326
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Admita que 1/5 da capacidade de água de um garrafão seja igual a 2 litros. A quantidade de litros de água que corresponde a 3/4 do total desse garrafão é igual a:

Alternativas
Comentários
  • X/5 = 2L

    X = 10 L

    3/4.10 = 7,5

    Gabarito: C

    De nada. Não desistam!

  • 1/5 = 2L

    5/5 = 2 x 5 = 10L

    4/4 = 10L

    1/4 = 10/4 = 2,5L

    3/4 = 3 X 2,5 = 7,5L

    Pra cima deles! É possível!!!

    Gabarito: C

  • Conforme o enunciado, temos que 1/5 da capacidade de água de um garrafão é igual a 2 litros.

    Assim, temos que:

    1/5 = 2 litros --- Se multiplicarmos 2 por 5, encontramos a capacidade total do garrafão. Veja:

    Total = 2 x 5 = 10 litros

    Como a questão quer saber quantos litros de água equivalem a 3/4 do total desse garrafão, então temos:

    3/4 de 10 = 3/4 x 10 = 30/4 = 7,5

    Gabarito do monitor: Letra C

    Podíamos também resolver por regra de três simples. Veja:

    Fração       Litros

    1/5                2

    3/4                x

    Multiplicando cruzado...

    1/5 . x = 3/4 . 2

    x/5 = 6/4 ------ Multiplicando cruzado...

    4x = 30

    x = 30/4

    x = 7,5


ID
3164329
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O risco maior de utilizar um conceito do senso comum ou proveniente de outros campos de estudos é perder o seu sentido histórico e empregá-lo de forma atemporal. A utilização de conceitos em sentido atemporal conduz a um dos grandes pecados abominados por todos que se dedicam à História [...]. Advertem os historiadores que, ao fazer uso de noções ‘emprestadas’ de outros domínios científicos ou do senso comum, é necessário desconfiar das imprecisões dos termos e ser cauteloso com a leitura das fontes em que eles se encontram; ou seja, deve-se ter um domínio metodológico para o emprego correto do conceito”.

BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2004.

Todo o conhecimento histórico é determinado pelas noções de tempo e pelo espaço. Nesse sentido, o professor, ao ensinar História, deve evitar a todo custo o(a):

Alternativas
Comentários
  • GAB: A

  • anacronismo ou anticronismo

    é um erro cronológico, expressado na falta de alinhamento, consonância ou correspondência com uma época. Ocorre quando pessoas, eventos, palavras, objetos, costumes, sentimentos, pensamentos ou outras coisas que pertencem a uma determinada época são erroneamente retratados noutra época.

    Podem ocorrer num relato narrativo ou histórico, numa pintura, filme ou qualquer meio real ou de ficção.


ID
3164332
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O tempo é o tecido no qual a História é construída, por isso, ao preparar uma aula de História, o professor deve atentar para a forma como os conceitos são construídos. Por exemplo: embora compartilhem a mesma palavra, a escravidão no mundo Antigo (como na Grécia helênica) e a escravidão do mundo Moderno (como no Brasil dos séculos XVII ao XIX) não são o mesmo fenômeno. Sobre a aprendizagem de História na escola, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
3164335
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Todos os olhares em mim e eu não sabia para onde olhar. A professora falava sobre negros escravos (e não escravizados), chibata, mortes, famílias separadas, até que uma princesa branca chamada Isabel, assinou a lei Áurea e libertou os meus ancestrais, no dia 13 de maio de 1888.

Uma salvadora branca, como todas as minhas bonecas.

E eu, a única negra da sala era a representação dessa

tragédia, a personificação de um povo que só sofreu, de acordo com os meus professores. Uns olhares eram de dó, outros me intimidavam, mas todos me deixavam desconfortável.

O período da escravidão até a abolição era a única menção à população negra em quase toda a minha vida escolar, durante os anos 80 e 90. Como gostar de ser negra, se tudo o que eu aprendi na escola sobre meus antepassados estava atrelado ao maior ato terrorista da humanidade que foi a escravidão negra, que durou mais que o Holocausto e a maioria das guerras?

[...] Nos tempos atuais, resta que as escolas e educadores se preparem para ensinar sobre os negros, não só sobre suas dores, mas sobre suas contribuições para humanidade, para alunos de todas as etnias”.

NASCIMENTO, Silvia. ‘O constrangimento das crianças negras nas aulas sobre escravidão e

abolição’ In: <https://mundonegro.inf.br/o-constrangimento-das-criancas-negras-nas-aulassobre-escravidao-e-abolicao/>, acesso em 12 de maio de 2019. (adaptado)


A partir da Lei nº 10.639/2003, tornou-se obrigatório, em todos os segmentos da educação básica, o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Entretanto, como relata a reportagem acima, no geral, esse conteúdo é mal lecionado – quase sempre por falta de formação, informação ou sensibilidade. Assim, ao preparar aulas sobre história e cultura afro-brasileira e africana, o professor deve levar em consideração que:


Alternativas
Comentários
  • o professor deve levar em consideração que a história das sociedades africanas e de seus descendentes foi, durante muito tempo, invisibilizada em grande medida devido às ideias preconcebidas sobre o continente africano produzidas, sobretudo, pelos europeus nos séculos XVIII e XIX.

    Apenas partindo desse pressuposto que as aulas de História trarão o respeito a cultura africanas, bem como suas contribuições para a formação do povo brasileiro. Além disso, desmistificar a ideia de que o africano é inferior aos europeus.

    Letra C


ID
3164341
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Durante praticamente todo o século XIX ocorreram discussões e mudanças nos programas para as escolas elementares, secundárias e profissionais e os objetivos do ensino de história foram se definindo com maior nitidez. Ao mesmo tempo em que seu papel ordenador e civilizador era cada vez mais consensual, seus conteúdos e formas de abordagem refletiam as características da produção historiográfica então em curso, sob os auspícios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB.”

FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. História & ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (adaptado)

A História, como disciplina escolar, foi estruturada apenas no século XIX. A principal característica do ensino de História, nesses tempos, era:

Alternativas
Comentários
  • O ensino da história nesse período buscava, entre outras coisa, formar a identidade nacional.

    letra B


ID
3164344
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A floresta Amazônica, que domina grandes extensões do território brasileiro, possui uma das maiores diversidades de animais e plantas do planeta. Essa forma espacial é resultado da interação entre diferentes fatores da natureza, sendo que o mais importante deles é justamente o que vem sofrendo mais alterações em função das atividades humanas. Esse é o fator:

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

  • O ser humano não vem causando alteracões significativas no clima da amazônia...

  • Alguém explica?

  • Alguem pode me dar a resposta?

  • O desmatamento afeta diretamente o clima. Principalmente, levando em consideração as emissões de CO2 na atmosfera.Colaborando, assim, para o efeito estufa e o fenômeno das ilhas de calor, por exemplo; e estes são fenômenos que incidem diretamente sobre o clima.

  • -O DESMATAMENTO possui uma série de consequências que não se resumem apenas ao ambiente natural, mas também à vida dos seres humanos.

    As florestas impedem a erosão e desertificação do solo, reciclam o gás carbônico e auxiliam na harmonização climática, especialmente no regime de chuvas.

    As principais consequências do desmatamento são:

    Ele resulta em fragmentação florestal, perda de biodiversidade, erosão e extinção de espécies.

    De imediato, o impacto do desmatamento reduz a disponibilidade de troca gasosa e regulação do 

    ciclo de chuvas que são promovidos pelas florestas tropicais, o que pode afetar o clima na Terra


ID
3164347
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia a seguir o trecho da canção:

Rap da Felicidade

Cidinho e Doca

“Eu só quero é ser feliz

Andar tranquilamente

Na favela onde eu nasci

E poder me orgulhar

E ter a consciência

Que o pobre tem seu lugar”

Lugar é um conceito de grande importância para o ensino da Geografia, tendo em vista que está relacionado:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA LETRA C

    ''ao espaço próximo aos indivíduos, com o qual eles efetivamente mantêm relações de familiaridade e pertencimento''

    Esse é o conceito de LUGAR .

    Lugar é lugar onde desenvolvemos nossas relações pessoais e profissionais . Nele,sentimos uma relação de afetividade e familiarização .

  • Lugar: Porção do espaço com o qual tem-se uma relação de afetividade e pertencimento

    Espaço geográfico: Qualquer área transformada pela ação do homem

    Paisagem: Fragmento do espaço geográfico que pode ser visto ou sentido

    Território: Local sobre o qual alguém ou algum grupo exercer poder

    Região: Parte do espaço que apresenta características próprias e particulares que a diferenciam das demais.

    Rede: Conjunto de locais da superfície terrestre conectados ou interligados entre si.

    Fonte: (encurtador.com.br/cY349)


ID
3164353
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o trecho da reportagem:

Para convencer adultos do aquecimento global é necessário educar as crianças

Um novo estudo norte-americano mostra que a melhor forma de convencer adultos resistentes à ideia do aquecimento global é educando as crianças, e encorajando-as a conversar com os pais e responsáveis sobre o assunto.

Na pesquisa, os alunos participaram de atividades de sala de aula explorando a mudança, enquanto seus responsáveis foram convidados a explorar os projetos, além de serem entrevistados pelas crianças.

Testes sobre a preocupação dos adultos com o aquecimento global foram feitos antes e depois da atividade. Notavelmente, os pais que participaram da atividade mostraram um aumento na preocupação com o meio ambiente, enquanto um grupo controle — que não participou das atividades escolares — manteve a forma como pensava.

Os autores da pesquisa acreditam que as conversas sobre mudanças climáticas foram mais fáceis devido ao nível de confiança entre pais e filhos, o que não existe necessariamente entre dois adultos.

https://revistagalileu.globo.com (adaptado)

No caso da reprodução dessa pesquisa, se fossem pedidos uma causa e uma consequência do aquecimento global, as respostas corretas, respectivamente, seriam:

Alternativas
Comentários
  • A principal entre as causas do aquecimento global, segundo boa parte dos especialistas, seria a intensificação do efeito estufa, um fenômeno natural responsável pela manutenção do calor na superfície terrestre, mas que estaria sendo intensificado de forma a causar prejuízos. Com isso, a emissão dos chamados gases-estufa seria o principal problema em questão.

    Outra causa para o aquecimento global seria o desmatamento das florestas, que teriam a função de amenizar as temperaturas através do controle da umidade. Anteriormente, acreditava-se que elas também teriam a função de absorver o dióxido de carbono e emitir oxigênio para a atmosfera, no entanto, o oxigênio produzido é utilizado pela própria vegetação, que também emite dióxido de carbono na decomposição de suas matérias orgânicas.

    Entre as consequências do aquecimento global, temos as transformações estruturais e sociais do planeta provocadas pelo aumento das temperaturas, das quais podemos enumerar:

    - aumento das temperaturas dos oceanos e derretimento das calotas polares;

    - eventuais inundações de áreas costeiras e cidades litorâneas, em função da elevação do nível dos oceanos;

    - aumento da insolação e radiação solar, em virtude do aumento do buraco da Camada de Ozônio;

    - intensificação de catástrofes climáticas, tais como furacões e tornados, secas, chuvas irregulares, entre outros fenômenos meteorológicos de difícil controle e previsão;

    - extinção de espécies, em razão das condições ambientais adversas para a maioria delas.

    GAB : C

  • Crescimento da urbanização até poderia ser, mas ela por si só não é possível dizer. Alguns aspectos atrelado ao crescimento sim, pode contribuir para tal... A que representa causa e consequência, visto que o aumento do nível dos rios é uma derivação do derretimento das geleiras.

  • É uma causa do aquecimento global: a elevada queima de combustíveis fósseis.

    É uma consequência do aquecimento global: o aumento do nível médio dos oceanos.

    Resposta: C


ID
3164359
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia

“A influenza ou gripe é considerada a infecção que mais causou doenças e mortes até a atualidade. É uma doença aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus Influenza [...]. A transmissão do vírus Influenza entre humanos ocorre pela via respiratória por meio de secreções como aerossóis, gotículas ou por contato direto da mucosa [...]. A maioria das pessoas com infecção sintomática de influenza pode ter a doença sem complicações, com início súbito de febre, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, coriza, congestão nasal e dores musculares que se resolvem entre três e cinco dias, embora a tosse e fadiga possam persistir por mais tempo. Crianças com gripe podem apresentar diarreia e dor abdominal, somados aos sintomas respiratórios. Problemas gastrointestinais foram observados em adultos com infecção pelo vírus Influenza durante a pandemia de 2009.”

http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-

62232016000100002 (adaptado)

Pandemias, como a que é exemplificada no texto, têm como característica principal:

Alternativas

ID
3164362
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“A área de Ciências da Natureza, por meio de um olhar articulado de diversos campos do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica.”

Fonte: BNCC – A área de Ciências da Natureza – 2017

Consequentemente, de acordo com a BNCC, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem o compromisso com o desenvolvimento de:

Alternativas
Comentários
  • DECOREBA!!

    Portanto, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências.

    Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania.

    Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natureza, por meio de um olhar articulado de diversos campos do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica.

    BNCC p. 321

  • alfabetização científica e letramento científico não seriam a mesma coisa?


ID
3164365
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

De uma maneira geral, os materiais encontrados na natureza podem se apresentar na forma de três estados físicos fundamentais: sólido, líquido e gasoso. Quando encontradas as condições de temperatura e pressão necessárias, ocorrem mudanças entre esses estados.

Considerando as características gerais dos diferentes estados físicos da matéria e os processos de transformações entre esses estados, é correto afirmar que se denomina:

Alternativas

ID
3164368
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Marte é o planeta do Sistema Solar mais próximo da Terra e, segundo alguns cientistas, a formação dos dois planetas ocorreu de forma muito semelhante. Esses e outros fatores despertaram, na comunidade científica, uma curiosidade que levou à exploração do chamado “planeta vermelho”. Inúmeras missões vêm ocorrendo na tentativa compreender, entre outros, os fenômenos climáticos e os processos geológicos, ocorridos naquele planeta. Um fato considerado como um dos maiores sucessos da exploração de Marte foi a descoberta de água líquida, feita por pesquisadores italianos, no ano de 2018. Essa descoberta foi celebrada pela comunidade científica e abriu precedentes para novas hipóteses.

Com base nas características e necessidades dos seres vivos, constata-se que a importância dessa recente descoberta para a ciência é que:

Alternativas

ID
3164371
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

“As fontes de energia são extremamente importantes para o desenvolvimento de um país. Além disso, a qualidade e nível de capacidade das fontes de energia de um determinado local são indicativos para apontar o grau de desenvolvimento da região. Países com maiores rendas geralmente dispõem de maior poder de consumo energético. As principais fontes de energia do Brasil, atualmente, são: energia hidroelétrica, petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis, além de algumas outras utilizadas em menor escala, como gás natural e a energia nuclear.”

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/fontes-energia-brasil.htm

O processo de geração de energia ocorre basicamente devido ao processo de mudança de uma energia para a outra, denominado de transformação energética. No caso das usinas hidroelétricas, as transformações ocorridas são:

Alternativas
Comentários
  • energia potencial – energia mecânica – energia elétrica


ID
3164374
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em determinada escola municipal, as professoras do 3º ano do ensino fundamental se reuniram para realizar a primeira avaliação bimestral dos alunos. Observando o portfólio de certo aluno, verificaram que na área de Ciências seu rendimento nas provas não alcançou plenamente os objetivos relacionados às características dos seres vivos. Contudo, a professora da turma lembrou que o aluno auxiliava o pai da produção de hortaliças na região e, por ocasião do início da unidade sobre vegetais, ele explicou minuciosamente aos colegas todos os cuidados necessários para manter a horta saudável. Diante dessa lembrança, as professoras resolveram considerar essa experiência como um aspecto avaliativo relevante no currículo do aluno. De acordo com a Lei nº 9.394/96, em seu artigo 3º, as professoras utilizaram o seguinte princípio, na avaliação desse aluno:

Alternativas
Comentários
  • Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

    Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

    III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

    IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

    V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

    VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

    VII - valorização do profissional da educação escolar;

    VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

    IX - garantia de padrão de qualidade;

    X - valorização da experiência extra-escolar;

    XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

    XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018)

  • Gabarito: B

    valorização da experiência extraescolar


ID
3164377
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Historicamente, o erro apresentado pelos alunos durante o processo ensino/aprendizagem vem sendo objeto de estudo e pesquisa, no campo da educação. De acordo com Esteban (2013), atualmente, as principais concepções acerca do erro dos alunos, sob a óptica docente, podem ser assim sintetizadas:

Alternativas

ID
3164380
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao optar por iniciar o processo de alfabetização apresentando as letras do alfabeto e posteriormente todas as famílias silábicas, antes de utilizar textos completos com os alunos, a/o docente desconsidera, na perspectiva do letramento, o que Magda Soares descreve como:

Alternativas
Comentários
  • Para Magda Soares, letramento é: O resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e escrita. O estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais (SOARES, 1998, p. 39).

    Podemos pensar o letramento como o uso efetivo da leitura e da escrita no nosso cotidiano. É, portanto, participar ativamente das práticas sociais de leitura e escrita, colaborando com a construção de um projeto de sociedade democrática. Diante dessa colocação, o desafio contemporâneo para a escola é Alfabetizar, na perspectiva do letramento.

    Gabarito C

    De nada. Não desistam!


ID
3164383
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A frequência dos alunos constitui fator importante para o sucesso do processo ensino/aprendizagem. Sendo assim, a legislação busca instrumentos para assegurar esse direito a todas as crianças. Em 2019, a Lei nº 13.803, alterou a atual LDB em seu artigo 12, determinando que os estabelecimentos de ensino terão como incumbência:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa - A

    Art. 1  O inciso VIII do art. 12 da  , passa a vigorar com a seguinte redação:

    notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei;

  • LDB/ PLANALTO

    Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

    I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;

    II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

    III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

    IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

    V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

    VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;

    VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;           

    VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei;                 

    IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas;                

    X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.                

    XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas.      


ID
3164386
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A dinâmica pedagógica em cada sala de aula costuma ter bases na tendência de educação, historicamente construída. José Carlos Libâneo organiza as tendências que norteiam a prática pedagógica entre Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista. As características principais dessas duas perspectivas são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

  • A pedagogia liberal acredita que a escola tem a funçao de preparar os individuos para desempenhar papéis sociais, baseadas nas aptidoes individuais.

  • GAB: D

    A pedagogia liberal propõe que cada indivíduo possa desenvolver sua educação por suas aptidões individuais. Não há análise crítica sobre o indivíduo e suas relações sociais. A criticidades da pedagogia progressista está em considerar os aspectos sociopolíticos da educação.