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Prova CS-UFG - 2019 - IF Goiano - Economista


ID
2968345
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

No título do texto, a expressão “breve história” remete ao fato de que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

     Uma breve história da conquista espacial

    -------> "breve" está relacionado a algo rápido, o conteúdo do texto constitui uma visão panorâmica (vista superficialmente, sem todos os detalhes) do tema.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.

  • Significado de breve:

    Em pouco tempo; cuja duração é pequena, reduzida.

    Exposto sucinta e resumidamente; resumido.

    Muito pequeno; minúsculo.

    Qual é o sinônimo da palavra breve?

    1 curto, passageiro, efêmero, rápido, momentâneo, transitório, fugaz. Que é resumido: 2 resumido, conciso, sintético, sucinto, sumário, lacônico, preciso.

  • Visão panorâmica

    1. Visão ampla de um determinado assunto, imagem ou local.

    Sinônimos de Visão panorâmica

     visão ampla , visão total mais...

    Palavras relacionadas a Visão panorâmica

     visão geral mais...

    Antônimos de Visão panorâmica

     visão reduzida mais...


ID
2968348
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Qual fato comprova o argumento de que estudos sistematizados do espaço exterior à Terra são relativamente tardios?

Alternativas
Comentários
  • Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Gab. A

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
2968351
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Considerando-se o processo coesivo do texto, a expressão “a propósito”, no trecho “A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas”,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    -------> De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. 

    ------> o termo em destaque dá início a uma informação que irá reforçar uma informação apresentada anteriormente.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GAB C

    "Informações anteriores" L-9

    De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito...

  • A proposito sinônimo de: por sinal, por falar nisso, interessantemente, .

  • Tendo em conta o que está sendo dito;

    sobre este respeito;

    convenientemente, aliás

    Por sinal:

    1 por sinal, por falar nisso, , , , , interessantemente, .

    No momento certo:

    2 no momento certo, na hora, , , a tempo, no momento adequado, no momento favorável, na ocasião certa, na ocasião adequada, na ocasião favorável


ID
2968354
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Considerando-se a funcionalidade para a organização gramatical do texto, qual trecho constitui um fato?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    a) “a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu”. ------> temos uma locução verbal indicando uma possibilidade.

    b) “alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste”. ------> presente do indicativo, indicando um fato.

    c) “um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial”. ------> futuro do pretérito indica a possibilidade de uma ação passada.

    d) “naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa”. ------> futuro do pretérito indica a possibilidade de uma ação passada.

    Força, guerreiros(as)!!

  • De acordo com o dicionário, fato é alguma coisa que aconteceu, pelas alternativas da questão a única que apresenta verbo no pretérito perfeito é a letra "b".

    b) “alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste”.

    As alternativas "c "e "d", os verbos estão no futuro do pretérito, o qual indica incerteza, surpresa e indignação, sendo utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado.

    c) “um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial”.

    d) “naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa”. ------> futuro do pretérito indica a possibilidade de uma ação passada.

  • GABARITO B

    Todas as outras alternativas mostram hipóteses ("deve ter", "teria conhecimentos", "faria sentido"), não sendo, desta forma, fatos concretos.

  • Um fato é uma declaração/afirmação de algo que podemos perceber através de experimentação ou observação.

    Quando falamos de um fato científico, nos referimos a um fenômeno que ocorre tantas vezes que, para todas as propostas, é aceito como verdade.

    Uma hipótese é uma forma de tentarmos encontrar uma explicação para um fato.

    Uma hipótese é passiva de ser testada para ver sua validade.

    Podemos encarar uma hipótese como sendo uma aposta, previsão ou uma possível explicação para a ocorrência de um fenômeno.

  • Um fato é uma declaração/afirmação de algo que podemos perceber através de experimentação ou observação.

    Quando falamos de um fato científico, nos referimos a um fenômeno que ocorre tantas vezes que, para todas as propostas, é aceito como verdade.

    Uma hipótese é uma forma de tentarmos encontrar uma explicação para um fato.

    Uma hipótese é passiva de ser testada para ver sua validade.

    Podemos encarar uma hipótese como sendo uma aposta, previsão ou uma possível explicação para a ocorrência de um fenômeno.


ID
2968357
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Infere-se do texto que uma importante estratégia americana para incentivar a corrida espacial envolveu

Alternativas
Comentários
  • gab: A

    ...a adesão da opinião pública.

    "Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar".

    Bons estudos.

  • Estranho é que o enunciado fala em "estratégia americana", como algo q os EUA fez intencionalmente. Entretanto, o texto diz que o impacto foi causado pelo sucesso dos soviéticos e que isso levou os EUA a uma reação... ou seja, algo não intencional.

  • O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar.

    Gabarito: A

  • Oh o trem querendo


ID
2968360
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Quanto à sua função social e discursiva, o Texto 1 objetiva

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999.

    -----> respondemos a questão através da referência do texto, é uma história, responsável por divulgar novas informações.

    Força, guerreiros(as)!!

  • pela referência vemos que se trata de um texto científico, com publicação em um periódico.

    Finalidade de um Artigo Científico. Comunicar os resultados de pesquisas, idéias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna. Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos autores e das intituições a qual servem. ... É um bom veículo para clarificar e depurar suas idéias.

  • pela referência vemos que se trata de um texto científico, com publicação em um periódico.

    Finalidade de um Artigo Científico. Comunicar os resultados de pesquisas, idéias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna. Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos autores e das intituições a qual servem. ... É um bom veículo para clarificar e depurar suas idéias.


ID
2968363
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Qual informação pressupõe uma ação extremada na política interna americana voltada para a corrida espacial?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ------> O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

    -----> a ampliação e melhoramento do ensino norte-americano começou a partir dos jardins de infância (pressupõe uma medida implantada pela política do EUA).

    Força, guerreiros(as)!!

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
2968366
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Na configuração estrutural do texto, predominam sequências

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    O autor enumera datas sequenciais na narrativa. 

     

    "...o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial".

    "Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico..."

     

  • TIPOLOGIA TEXTUTAL

     

    Decritivo: conta os detalhes de lugares, coisas e personagens

    a)descritivo subjetivo

    b)descritivo objetivo

    Injuntivo: textos que têm a finalidade de instruir, orientar, determinar uma ação, algo que deve ser cumprido.

    Narrativo: apresenta uma sequência de ação

    Dissertativo: discore sobre um assunto

    a)expositivo

    b)argumentativo: tenta persuadir o leitor

  • TEXTO ENORME, MAS LENDO APENAS AS TRÊS PRIMEIRAS LINHAS JÁ RESOLVE A QUESTÃO


ID
2968369
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Em qual organização oracional o uso do “que” está a serviço da constituição pragmática do texto e não auxilia na representação do evento descrito?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    a) “A cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava”. ------> conjunção integrante, dando início a uma oração subordina substantiva objetiva direta, marcando o início de fatos descritivos.

    b) “A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros”. -----> nesse caso o "que" não marca fatos descritivos.

    c) “Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível”. ------> conjunção integrante, dando início a uma oração subordina substantiva objetiva direta, marcando o início de fatos descritivos.

    d) “Houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar”. ------> conjunção integrante, dando início a uma oração subordina substantiva objetiva direta, marcando o início de fatos descritivos.

    Força, guerreiros(as)!!

  • A, C e D são Conjunções Integrantes, Iniciando Orações Subordinadas Substantivas.

  • Na assertiva "b" o "é que" pode ser retirado da frase.

  • basicamente, ele quer saber qual é o "que" que é partícula expletiva.

  • Obrigada, Arthur Carvalho! Sempre vejo seus comentários.

  • LETRA B

    Em qual organização oracional o uso do “que” está a serviço da constituição pragmática do texto(PRONOME RELATIVO) e não auxilia na representação do evento descrito(CONJUNÇÃO INTEGRANTE)?

    pelo que entendi o examinador quer saber em qual das opções o QUE é pronome relativo -> serve para a constituição do texto e NÃO auxilia na representação do evento descrito.

  • A - constata que -> CONSTATA ISSO

    B- foguetes é que -> Se retirado é que não causa prejuízo

    “A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros”.

    Detalhe observe e o verbo levar VTDI - quem leva,leva alguma coisa em algum lugar.

    levou os governos da Alemanha, e da URSS e dos EUA (OD) a apreciar e aproveitar os resultados obtidos (OI)

    C - demonstrariam que -> DEMONSTRARIAM ISSO

    D - entendeu que -> ENTENDEU ISSO

  • Se você ver um " É QUE " pode retirar que não causa prejuízo algum pra o texto.

  • "Em qual organização oracional o uso do “que” está a serviço da constituição pragmática do texto e não auxilia na representação do evento descrito?" resumidamente, qual a partícula expletiva?

  • Não entendi sequer o enunciado!

    Pelo que entendi dos colegas, a banca quer aquela alternativa em que QUE é uma partícula expletiva (remoção não causa prejuízo ao texto, trata-se apenas de uma partícula de realce).

  • reescrevendo a pergunta

    Qual frase a gente pode tirar o "que" de forma que nao cause problemas?

  • A partícula expletiva também é chamada de partícula de realceexpressão expletiva ou expressão de realce.

    Ela não tem valor sintático. É apenas um artifício de estilo. Se você retirá-la da frase, o sentido não se altera.

    VejaÉ durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja.

    Agora sem a partícula expletiva: Durante os meses de janeiro e fevereiro, viaja-se mais.

    Dito isso, a forma mais correta é no singular (“É durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja”)

    Como partícula de realce, normalmente “” aparece depois de advérbios, expressões ou conjunções.

    Ex1: Quase que eu caí.

    Ex2: Desde de ontem que Maria esperava notícias.

    Ex3: Enquanto que eles conversavam, Maurício terminava a tarefa.

    Os  serão expressões expletivas sempre que acompanharem verbos intransitivos e puderem ser retirados da frase sem alterar os sentido.

    Ex1: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.

    Ex2: Vou-me embora agora mesmo.

    Esses termos podem exercer função de realce dos verbos.

    Ex1: Tenho  meus questionamentos sobre esse projeto.

    Ex2: Veja  como fala com as crianças.

    Ex3: Olhe  que bagunça!

    Exerce a função de partícula expletiva quando acompanha outro verbo e não funciona como auxiliar.

    Ex1: Você fez foi piorar a situação.

    Ex2: Eles queriam era ganhar o jogo.

    Ex3: Maria deseja é ser promovida este ano.

    Ex1: Os cidadãos é que devem defender a democracia.

    Ex2: No Nordeste é onde há as maiores festas de São João.

    Ex3: Durante o verão é quando as pessoas mais vão à praia.

    Atenção! No exemplo trazido pelo leitor, quando se retira a partícula expletiva da frase, é necessário utilizar a vírgula. Veja:

    Durante os meses de janeiro e fevereiro, viaja-se mais.

    Isso ocorre, porque há o deslocamento do adjunto adverbial de tempo “durante os meses de janeiro e fevereiro”. Isso configura uma inversão da ordem direta (Sujeito – Verbo – Complemento verbal). Nesse contexto, a vírgula é obrigatória.

    Vale destacar também que, nesse caso, “se” atua  e deve vir após o verbo, porque temos um caso de .

  • Você sabe o que é pragmatismo? então terá maiores chances de acertar a questão!

    Pragmatismo - corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático. 

    Se pararmos pra pensar todas as assertivas exceto a B estão em tempos verbais semelhantes, além de ter a palavra "concreta" em seu texto, o que confirma o tal pragmatismo.

    A) “A cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava”. (verbo no Pretérito Imperfeito)

    B) “A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros”. (verbo no Presente)

    C) “Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível”. (verbo no Futuro do Pretérito)

    D) “Houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar”. (verbo no Pretérito Imperfeito)

    Se eu estiver enganada me corrijam, por favor! Para acertar a assertiva foi esse o raciocínio que eu levei em conta.

    "Peça inteligência e sabedoria ao Senhor, Ele que é misericordioso te dará! Porém, não deixe de fazer a parte que te compete!"

  • Letra C- (é que),partícula expletiva de realce.


ID
2968372
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

Quanto à constituição e funcionalidade do sujeito, na frase “Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis”, há

Alternativas
Comentários
  • O sujeito dessa frase é toda oração depois da conjunção integrante Que
  • Eu identifiquei o sujeito, agora não acertei foi descobrir o que a questão queria.

    Qual a funcionalidade do sujeito?

  • um processo de impessoalização dos agentes europeus envolvidos nas pesquisas espaciais.

  • Por favor, alguém pode explicar essa questão?

  • Ficou demonstrado ou seja impessoalização do sujeito pelo verbo ficar.

  • Não entendi essa questão. Se alguém puder explicá-la.

  • Acho que o lance dessa questao é esquecer o que a questao falou sobre sujeito! Jogou essa palavrinha só pra confundir!

    Quando a gente ignora o sujeito dá pra responder por interpretação da frase como um todo

    Aiiii UFG, sendo UFG

  • Inicialmente, há que se lembrar a existência de quatro tipos de Sujeitos nas orações: Sujeito simples, composto, elíptico e indeterminado.

    1) simples é o que tem um núcleo ;

    2) composto o que tem mais de um núcleo;

    3) elíptico ou oculto ocorre quando não está expresso mas é possível identificá-lo pela desinência verbal (forma em que o verbo está conjugado. p.ex (concordaremos com a votação). nsse caso "nós" é o sujeito porque somente a primeira pessoa do plural rege a conjugação "concordaremos".

    4) Indeterminado: hipótese em que o sujeito de quem se fala não está determinado e tampouco há como se inferir quem realizou a ação descrita na oração. pode ocorrer de três maneiras:

    4.1)Oração com verbo na 3ª pessoa do plural. Ex:"Roubaram meu carro ontem".

    4.2) Oração com verbo na 3ª pessoa do singular acrescido do pronome se: ex: "Discutiu-se sobre o aumento do preço da gasolina".

    4.3) Com o verbo no infinitivo impessoal: ex: "Fumar faz mal à saúde".

    Dito isso, na presente questão. tem-se a primeira hipótese de formação de sujeito indeterminado. com efeito trecho: ficou demonstrado equivale à "demonstraram" (após a conversão da forma passiva para ativa).

    Associando-se o detalhe da questão (que mencionou o sujeito da oração), mais a questão gramatical, associada à interpretação do texto, tem-se a "impessoalização" ou "indeterminação" dos sujeitos. ou seja, daqueles que "demonstraram que os objetos se submetem às mesmas leis".

    portanto correta letra D

    fonte:

  • Penso que o erro da letra A seja a palavra "todos" na assertiva.

    A uma recuperação resumida de todos os referentes já mencionados no texto.

    Não há a recuperação de todos os referentes mencionados anteriormente no texto, apenas o que se refere a "Europa" ou aos europeus envolvidos no caso.

  • Eu li a questão varias vezes, e nao entendi nada!! Que palhaçada é essa!!

  • Questão nível Hard ! Só Jesus na causa,,,

  • Aquela questão que te mata de ódio

  • Que viagem foi essa? kkk

  • "Sei que nada sei"

    Gabarito Letra A

    Ops...

    Letra D

    #vousernomeado


ID
2968375
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                 Uma breve história da conquista espacial


      Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: <http://seer.cgee.org.br> . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado).

O “efeito Sputinik” constitui

Alternativas
Comentários
  • gab: C

    "O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial".

    "Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional".

    O embate rumo à corrida espacial ocorreu no contexto da Guerra Fria. O texto é interessantíssimo.

    Bons estudos.

  • GABARITO: LETRA C

    O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. 

    ------> a reação foi a criação da NASA, pelos EUA, e o investimento na área educacional.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2968378
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Os Textos 1 e 2 se aproximam quanto à temática, mas se distinguem quanto à função social e discursiva porque o Texto 2

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ------> o texto I é uma charge da Malfada que faz uma crítica acerca da possível urbanização da Lua.

    ------> o texto II noticia um importante feito de cientistas espaciais contemporâneos, sendo um marco para a história mundial.

    Força, guerreiros(as)!!

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
2968381
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Considerando-se as informações do Texto 1, o feito chinês apresentado no Texto 2 é histórico porque

Alternativas
Comentários
  • Cadê o texto 1?

  • GABARITO: LETRA D

    --------> o texto I é a charge da Mafalda, que está nas questões anteriores, a charge trata, basicamente, de um cenário em que há uma reflexão comparando as construções urbanas que existem com um possível começo de construções na lua e assim uma urbanização da Lua.

    -------> o texto II traz uma possível exploração inédita da forma, estrutura e composição do espaço oculto do ambiente lunar.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GABARITO: LETRA D

    O erro da C está em afirmar que o lado negro e oculto da lua era " desconhecido". Na verdade ele era conhecido de outras missões, mas nunca tinha sido explorado: " Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele" ( linha 4). Esse foi um dos feitos da  sonda lunar Chang'e-4.

  • meu paiiiiiiii amado que tamanhooo de texto, e ainda por cima, são dois. Se me deparo com uma questão dessa na prova dá vontade de sumir.


ID
2968384
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

O significado e a classe da palavra “orbita” são contextualmente distintos com base

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    Orbitar: significa andar à volta de algo.

    Órbita: é a trajetória que um corpo percorre ao redor de outro sob a influência de alguma força.

     

    * Palavras com significados distintos. 

     

     

  • GABARITO: LETRA A

    A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

    -------> observamos que trata-se de um verbo: ORBITAR, conjugado na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo; ---> Ela orbita (sendo uma palavra paroxítona ---> or-biiiiiii-ta ----> as paroxítonas terminadas em -a não são acentuadas)

    -------> diferenciação pela tonicidade ---> órbita ----> substantivo (sendo uma proparoxítona e assim sendo acentuada).

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2968387
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Na organização semântica do texto, em qual uso das aspas há uma estratégia metafórica para valorizar o feito chinês?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

    -------> usa uma linguagem metafórica para comparar a façanha da China, dizendo que ela ergueu o véu do mistério (revelou o desconhecido "lado negro" da Lua).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.

  • Entendemos por metáfora a palavra está sendo empregada fora de seu sentido concreto, real, literal. Trata-se de uma comparação implícita, subentendida no texto. Se caracteriza por comparar sem que sejam empregados termos comparativos.

    Pode ser entendida como um artifício linguístico capaz de promover uma transferência de significado de um vocábulo para outro, através de comparação não claramente explícita.

    Veja alguns exemplos: Aquele rapaz é um “gato”. – A metáfora ocorre porque implicitamente o rapaz é comparado a um gato.

    Ela me encarou e seu olhar era “pedra”. – A dureza e rigidez da pedra está sendo atribuída ao olhar. Podemos observar que a palavra pedra está sendo usada de forma figurativa e não no sentido literal da palavra.

    Aquela menina é uma “flor”. – Subtende-se que a menina é meiga, bonita, cheirosa, delicada. Ou seja possui características de flor. Mas, sabemos que aqui o vocábulo “flor” não se refere ao órgão de reprodução de uma planta.


ID
2968390
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Quanto ao seu papel para a progressão textual, o trecho “A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta”

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    “A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta”.

    Justifica a existência do lado oculto da lua a partir da ótica terrestre. 

     

     

  • GABARITO: LETRA B

    A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

    -----> explica por que o nome "lado negro" da Lua a partir da lógica terrestre.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2968393
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Na composição argumentativa do texto, a oração “Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas” instaura uma sequência discursiva que

Alternativas
Comentários
  • Gab: A. - envolve quebra de expectativa em relação às tradicionais consequências da corrida espacial.

  • GABARITO A

    Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

    Vejam que a conjunção concessiva, presente nessa oração subordinada adverbial concessiva QUEBRA A EXPECTATIVA de a China construir "pacificamente" uma estação espacial. A ideia de concessão (embora) está diretamente ligada ao contraste, a uma contradição, a um fato inesperado.

    São também conjunções e locuções subordinativas concessivas: conquanto, ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

    Espero ter ajudado...

  • Embora é uma conjução concessiva que traz sentido de oposição/excessão, ou seja, quebra de expectativa.


ID
2968396
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Uma breve história da conquista espacial

Na imaginação humana, a conquista do espaço exterior deve ter começado na pré-história, com a contemplação do céu. Dezenas de milhares de anos mais tarde, já na antiguidade histórica, alguns povos civilizados aprenderam a descrever e prever com admirável precisão o movimento aparente dos astros na abóbada celeste. Entretanto, até a Idade Moderna o Universo permaneceu inteiramente misterioso. Os bandeirantes já tinham desbravado o interior do Brasil quando, finalmente, na Europa, foram descobertas leis físicas capazes de explicar os movimentos dos corpos celestes (entre os quais a própria Terra). Ficou demonstrado que os objetos materiais com que convivemos na superfície da Terra estão sujeitos a essas mesmas leis. A partir dessa época o conhecimento científico da Natureza vem se acumulando. O espaço exterior deixou de ser inacessível. Todavia a cada nova descoberta a humanidade constata que o mistério do Universo é maior e mais fascinante do que antes se imaginava. Há trezentos anos, no fim do século XVII, um hipotético discípulo de Isaac Newton já teria conhecimentos de física suficientes para analisar a dinâmica de voo de uma nave espacial. Poderia até fazer uma estimativa da propulsão necessária ao lançamento. Seus cálculos demonstrariam que construir uma tal nave e lançá-la ao espaço estava completamente fora do alcance da tecnologia então disponível. De fato, não é nada fácil acelerar um objeto às enormes velocidades que possibilitam iniciar um voo espacial a partir da superfície da Terra. A propósito, naquela época só faria sentido explorar o espaço com naves tripuladas, as quais pesariam toneladas e teriam de ser capazes de trazer os astronautas, vivos, de volta para casa. Não havia outra forma de tirar proveito da experiência. As comunicações pelo rádio só seriam inventadas duzentos anos mais tarde, no fim do século XIX, e equipamentos automáticos capazes de substituir o ser humano na exploração do espaço só se tornariam realidade em pleno século XX. Por tudo isso, até 1957 as viagens espaciais foram apenas um sonho, que se expressava na ficção literária. Entre os pioneiros de estudos e experimentos em astronáutica merecem destaque Konstantin E. Tsiolkovsky, Robert H. Goddard e Hermann Oberth. Trabalhando independentemente, quase sempre com poucos recursos, eles resolveram problemas de engenharia e demonstraram que foguetes de propulsão química poderiam um dia levar cargas úteis ao espaço. Em geral seus trabalhos foram mal compreendidos e receberam pouco apoio. A possibilidade concreta de uso militar dos foguetes é que levou os governos da Alemanha, da URSS e dos EUA, a partir de um dado momento, a apreciar e aproveitar os resultados obtidos por esses pioneiros. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha investiu no desenvolvimento de foguetes de propelentes líquidos para transportar “bombas voadoras”. Até o fim da guerra, Oberth trabalhou com Wernher Von Braun e uma equipe de especialistas na base de Peenemünde. Depois da guerra, os EUA e a URSS aproveitaram a experiência dos alemães em seus programas de armamentos, cujos foguetes oportunamente também se prestariam à exploração do espaço. O lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, a 4 de outubro de 1957, marca o início da Era Espacial. Era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetro e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio. Entrou em órbita elíptica entre 230 e 942 km de altura. Um mês depois a URSS pôs em órbita o segundo Sputnik, de meia tonelada, com uma cadela a bordo, usando um foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançado pelos EUA com sucesso foi o pequeno Explorer 1, de 8 kg, em 31 de janeiro de 1958. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de poucas semanas. A URSS atingiu a Lua com uma sonda de impacto (Luna 2) em setembro de 1959. No mês seguinte, com a Luna 3, obteve imagens da face da Lua que nunca é vista da Terra. Em 1960 os EUA lançaram um satélite meteorológico (Tiros 1), um satélite de navegação (Transit 1B) e um satélite passivo de comunicações (Echo 1). Este último era um enorme balão esférico inflado no espaço para refletir as ondas de rádio. Ao findar aquele ano já tinham entrado em órbita 44 satélites. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre as duas superpotências começava a gerar resultados científicos importantes, como a descoberta dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta. Por alguns anos a URSS e os EUA foram os únicos países capazes de explorar o espaço. Aos demais faltava a capacidade de lançamento. O desenvolvimento de grandes foguetes guiados, custoso e incerto, estava então intimamente ligado à necessidade de produzir mísseis balísticos de longo alcance. A URSS, por esforço próprio, inspirada na tradição de parcerias estratégicas e aproveitando alguns técnicos e materiais capturados da Alemanha em 1945, foi a primeira a produzir foguetes de grande empuxo, que lhe deram clara vantagem até meados da década de sessenta. Os EUA dispunham de amplos recursos econômicos e tecnológicos, tinham experiência própria graças ao trabalho de Goddard, e contavam com os melhores especialistas de Peenemünde. Entretanto, em boa parte devido a problemas organizacionais, ficaram a reboque da URSS no início da corrida espacial. Até o lançamento do Sputnik 1 a perspectiva da exploração do espaço não empolgara a opinião pública nos EUA, onde o assunto era visto em setores do governo como uma disputa entre grupos rivais do Exército, Marinha e Força Aérea. O impacto causado pelo sucesso dos soviéticos levou os EUA a uma reação rápida e exemplar: houve uma autocrítica implacável, cresceu a demanda popular por resultados imediatos e o governo entendeu que precisava se reorganizar. O “efeito Sputnik”, além de diligenciar a criação da NASA, agência espacial constituída com base nos centros de pesquisa e equipes técnicas já disponíveis, desencadeou um processo de mudanças no sistema educacional. Em todo o país houve um esforço para ampliar e melhorar o ensino de matemática e ciências nas escolas. A corrida espacial marcou presença até nos jardins de infância norte-americanos, onde muitas crianças aprenderam primeiro a contar na ordem regressiva, como nos lançamentos: 10, 9, 8, ...

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado)


Texto 2

   China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua


Lançada em dezembro de 2018, a sonda lunar Chang'e-4 fez um "pouso suave" às 2h26 (horário de Greenwich) do dia 3 de janeiro de 2019, e transmitiu a primeira imagem em "close" do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.

A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto – ou "lado negro" – jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.

O pouso "ergue o véu de mistério" do lado oculto da lua e "iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana", disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.

Entre as tarefas da Chang'e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem. Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova "Força Espacial" que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.

Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais – como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

MARTINA, M. Extra.Globo. Disponível em: https: <//www.terra.com.br/noticias/mundo> . Acesso em: 18 jan. 2019. [Adaptado].

Qual estratégia é decisiva para levar a China ao topo do ranking da corrida espacial internacional?

Alternativas
Comentários
  • § 6° Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem.

  • GABARITO: LETRA A

    O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem

    -------> a China já é um grande potencial, de acordo com o trecho apresentado, mas ainda falta algo para que se atinja outras potências ------> A construção de sua própria estação vai ser um marco decisivo.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2968405
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leia o texto a seguir.


A Netflix superou sua estimativa de crescimento e adicionou 8,712 milhões de assinantes ao serviço de streaming, no último trimestre de 2018, um aumento de 32% em relação ao número de assinantes que foram adicionados no mesmo período do ano anterior. A empresa esperava adicionar, no último trimestre de 2018, 7,6 milhões de pessoas.

Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheirol> . Acesso em: 5 jan. 2019. (Adaptado).


De acordo com os dados apresentados, se o número de usuários adicionados, no último trimestre de 2018, fosse exatamente o número esperado pela empresa, então, a taxa de crescimento do número de usuários que foram adicionados no último trimestre de 2017 para o número de usuários adicionados no último trimestre de 2018 seria, aproximadamente, igual a

Alternativas
Comentários
  • "No último trimestre de 2018 adicionou 8,712 milhões de assinantes ao serviço de streaming, aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior (2017)."

     

    Primeiro passo: descobrir quantos assinantes existiam no mesmo período de 2017: x * 1,32 = 8712 (x é o valor que quero descobrir; 1,32 corresponde ao aumento de 32%; 8712 corresponde aos 8,712 milhões de assinantes no período de 2018).

     

    Fazendo as contas, x * 1,32 = 8712 dá o valor de 6600. Então no mesmo período de 2018, a Netflix tinha 6,6 milhões de assinantes.

     

    A questão: se o número de usuários adicionados, no último trimestre de 2018, fosse exatamente o número esperado pela empresa (7,6 milhões, conforme o enunciado), então, a taxa de crescimento do número de usuários que foram adicionados no último trimestre de 2017 para o número de usuários adicionados no último trimestre de 2018 seria, aproximadamente, igual a:

     

    6600 * x = 7600 => x = aproximadamente 15,1% (Gabarito: A)

  • A chave está em descobrir quanto foi o crescimento do último tri de 2017.

    8.712        132%

    X               100%   X= 6.600 assinantes adicionados no último tri de 2017

    Em seguida: 7.600 (quantidade de usuários esperados para último tri de 2.018) menos 6.600 = 1000

    6.600      100%

    1.000        X   X= 15% aprox.

  • Total anterior era de 100 e subiu 32% do total aterior, ou seja 132% e o aumento 8,712 Milhoes 

    8,712M ---------132%
    7,6 ---------X
    X= Aproximadamente 15,1%

  • Você somente tem o valor, 8,712, e o aumento em porcentagem 32%, dados pelo exercício.

    Primeira coisa a ser feita, nessa situação, é achar o valor ANTERIOR ao aumento de 32%.

    Para fazer isso, base dividir o valor (8,712) pela porcentagem (1,32%), se tendo: (6,6). Esse era o valor anterior ao aumento de 32%.

    agora, para se achar o aumento de 32 basta usar:

    (Valor de maior) - (Valor menor) x 100%

    ................(Valor inicial)............

    7,6 - 6,6 x 100%

    .....6,6....

    =15%

    OBS: Por que 1,32 e não 32?

    é assim: A porcentagem é um número decimal da forma 0,xx, em que xx é o valor da porcentagem (10, 20, 32, 50). Sempre que for AUMENTO acrescenta-se 1.

    10 dividido por 100 é 0,10. assim, o aumento é 1+0xx, ou seja, 1+0,10 =1,10

    20 dividido por 100 é 0,20. assim, o aumento é 1+0xx, ou seja, 1+0,20 =1,20

    32 dividido por 100 é 0,32. assim, o aumento é 1+0xx, ou seja, 1+0,32 =1,32

    50 dividido por 100 é 0,50. assim, o aumento é 1+0xx, ou seja, 1+0,50 =1,50

    Exemplo:

    Uma mercadoria custava R$ 100,00 e teve um aumento de 25%. No final, por quanto seu preço inicial foi multiplicado?

    25% de 100 = R$ 25,00

    Preço original + aumento = R$ 100,00 + R$ 25,00 = R$ 125,00

    É o resultado que seria obtido se multiplicássemos o preço original (100) por 1,25

  • Essa ai fica para eu entender em outra vida

  • Não sei porque insisto nessa @#$%&*

  • pra mim o texto está errado pq se "adicionou" 8,712 milhões de assinantes ao serviço de streaming, no último trimestre de 2018 quer dizer que só nesses 3 meses foram 8,712 m de assinantes

  • Primeiro procurei saber por regra de três quanto seria os 100%:

    8712 --- 132%

    x --- 100%

    =6600

    Dúvida: Mas por que o valor é 132% e não 32%? Por que todo valor é 100% e com o acréscimo temos um valor maior que os 100% agora. Eu tinha 10 reais, esses 10 reais é meu valor todo = 100, e acrescentei mais 100% então eu digo que dos meus 10(100%) eu acrescentei mais 100% do valor = 10. Muita gente não consegue entender por conta disto.

    Depois com os 100% descoberto tratei de saber quantos porcento seria o acréscimo, lembrando, todo valor é 100% então o resultado será 100% + o acréscimo.

    6600 --- 100%

    7600 --- x

    = 115% = 15%

    E tirando uma dúvida, o resultado será sempre o que você quer achar, no caso eu queria saber a clientela de 2017 em x, depois eu queria descobrir o resultado do acréscimo esperado para 2018, então consequentemente o valor que aparecerá sempre será o valor que falta em "X"


ID
2968408
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma locadora de veículos aluga em média 160 carros por dia, cobrando R$ 120,00 pela diária de cada carro. O proprietário da locadora percebeu que, cada vez que diminuía R$ 10,00 no valor da diária, ele alugava 20 carros a mais por dia. Neste caso, para que a locadora tenha faturamento diário máximo, o preço da diária de cada veículo deve ser de

Alternativas
Comentários
  • Como o proprietário percebeu que diminuindo R$10,00 no valor da diária de R$120,00, alugava 20 carros a mais:

    160 x 120 = 19.200

    180 x 110 = 19.800

    200 x 100 = 20.000 <------- FATURAMENTO MÁXIMO Valor da diária de R$100,00

    220 x 90 = 19.800

    GABARITO: B

  • Luíza orlando, onde voçê achou diária de R$ 160,00?

  • oi eu nao entendi de onde saiu este 200 do faturamento máximo.

  • mds que questão tensa da pra resolver por testando como a Luiza Orlando ou por equação de 2 gral

    (120-10M). (160+20M)

    2m^2 -8m-192 = 0

    -----------------------------------------------------------

    ponto max do vertice da parabola

    M= -B/2a

    2

    ------------------------------------------------------------------

    120-10.2

    100 valor max em R$ para cada veiculo

    quero ver eu lembra disso na hora da prova

  • Sebastião Pinto foi do enunciado da questão! Testando as alternativas você consegue chegar lá!!!

  • Beleza, interresante que o examinador NÃO deixou claro que ao aumentar o PREÇO a média de carros por dia seria comprometida, acertei a questão, mas creio que pecou sem deixar isso evidente. O que acham?

  • Resolução pela equação da reta

    traçar um plano cartesiano X = CARROS E Y = DIÁRIA com os pontos a e b

    ponto a Xa=160 e Ya=120

    ponto b Xb=180 e Yb= 110

    Achando o ponto b - se no enunciado diz que se diminuir 10,00 aluga 20 carros a mais então temos que 160 carros + 20 carros = Xb=180

    e 120 reais - 10 reais = Yb=110,00

    achando a inclinação da reta, pela fórmula de inclinação da reta 

    (Yb- Ya)/(Xb-Xa) =m

    (110 - 120)/(180-160) = -0,50 m

    achando a equação da reta, para achar o Y, e o X no gráfico 

    Y-Yº = m (X-Xº)

    vamos usar o ponto a, para achar a função de y

    Y - 120 = -0,5(X-160) = 

    função de y

    Y = -0,5X+200

    PARA ACHAR O RESULTADO TEMOS QUE OBTER O PRODUTO DE X*Y

    ENTÃO TEMOS QUE O FATURAMENTO MÁXIMO = T

    T= (-0,5X+200)*X

    T= -0,5X²+200X

    TEMOS UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU, UMA PARÁBOLA

    PARA ACHARMOS O X DO VÉRTICE, QUE É A QUANTIDADE TOTAL DE CARROS USAMOS A FÓRMULA -b/(2*a)

    LOGO TEMOS -200*(2*(-0,5) = 200 CARROS 

    SUBSTITUINDO X NA EQUAÇÃO Y = -0,5X+200

    TEMOS Y = -0,5 * 200 + 200 = 100 ( DIÁRIA )

    PARA CONFERIRMOS O FATURAMENTO MÁXIMO É O MESMO QUE O PONTO MÁXIMO DA FUNÇÃO USAREMOS A FÓRMULA DE Y DO VÉRTICE 

    - (DELTA) /4.a.c

    DELTA = 200²

    -200²/(-2) = 20.000

  • Gab: B

    A questão quer que a locadora tenha faturamento diário máximo de acordo com o último procedimento (cada vez que diminuía R$ 10,00 no valor da diária, ele alugava 20 carros a mais por dia), pois repare que ela usou " Neste caso"...

    Então fiz assim:

    160 Carros - cobrando 120,00 - rende 19.200,00

    Cada vez que vc aumentar 20 carros, deve diminuir 10,00 do preço. Então:

    180 Carros - cobrando 110,00 - renderá 19.800,00

    200 Carros - cobrando 100,00 - renderá 2.000,00

    220 Carros - cobrando 90,00 - renderá 19.800,00 (Parou de aumentar o lucro!!)

    Então a locadora gerará + lucro cobrando 100,00.

  • F= (160-2x)*(120-X)

    F= 160*120 + 240x - 160x - 2x²

    máximo faturamento: dF/dx = 0.

    0= 240 - 160 - 4x

    80= 4x

    x= 20.

    Logo 120- 20= R$100,00


ID
2968411
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um construtor dispõe de duas barras de parafusos com 180 cm e 140 cm, respectivamente. Ele deseja cortar as barras em pedaços menores, todos do mesmo tamanho e de maior comprimento possível. Nestas condições, o número de pedaços menores que ele conseguirá obter será igual a

Alternativas
Comentários
  • Soma-se 180 + 140 = 320.

    Depois é só dividir por 16 (pois ele quer pedaços com o maior comprimento possível)

    Teremos 16 pedaços de 20cm cada

    R = A

  • MDC

    180, 140 / 2

    90, 70 / 2

    45, 35 /5

    9, 7

  • MDC

    180,140 / 2

    90,70 / 2

    45,35 / 5

    2*2*5= 20cm cada peça, logo é só dividir 180/20= 9 peças de 20cm

    140/20= 7 peças de 20cm

    total= 16 peças

  • MDC

    180,140|10

    18, 14 |2 = 2*10 = 20 cm

    9 ,7 = 9+7 = 16 pedaços

    Letra A

  • Uma das formas de calcular o M.D.C. é decompor em números primos separadamente e multiplicar os números em comum.

    1º passo: decompor em números primos

    180 -> 2, 2, 3, 3, 5

    140 -> 2, 2, 5, 7

    2º passo: multiplicar os números primos em comum

    2 x 2 x x 5 = 20

    3º passo: depois de encontrar o M.D.C., é só dividir pelos números 180 e 140 para saber quantos pedaços de cada

    180/20 = 9

    140/20 = 7

    Por fim, têm-se 16 pedaços iguais (9 + 7).

  • MDC

    180, 140| 2

    90, 70 | 2

    45,37 | 5

    9, 7

    MULTIPLICANDO 2X2X5 = 20 QUE É O TAMANHO DAS BARRAS, 20 CM

    SOMANDO 9+7 = 16 QUE É A QUANTIDADE DE BARRAS.

  • MDC (180, 140) = 9 pedaços e 7 pedaços com 20cm.

    9 + 7 = 16.

  • MDC

    180,140| 2*

    90 , 70 | 2*

    45 , 35 | 5*

    2.2.5= 20 ----> cada pedaço de tapete terá 20 cm

    180/20 ---> 9 | 140/20---> 7

    9+7= 16 pedaços de 20 cm cada


ID
2968414
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O processo de resfriamento de um corpo, conhecido como lei de resfriamento de Newton, é descrito por uma função exponencial dada por T (t)=TA +B.3Ct , onde T(t) é a temperatura do corpo, em graus Celsius, no instante t, dado em minutos, TA é a temperatura ambiente, que é considerada constante, e B e C são constantes. O referido corpo foi colocado dentro de um congelador que tem temperatura constante de -24 graus. Um termômetro no corpo indicou que ele atingiu 0 ° C após 90 minutos e chegou a −16° C, após 180 minutos. Nesse caso, o valor da constante B é igual a

Alternativas
Comentários
  • Monta um sistema:

    0 = -24 + B3^C*90

    -16 = -24 + B3^C*180

    24=B3^C*90

    8=B3^C*180 --> (divide uma pela outra)

    24/8 = B3^C*180/B3^C*180

    3 = 3^(C*90 - C*180) --> corta as bases

    1 = -C*90

    C = - 1/90

    Substitui C em 24=B3^C*90:

    24 = B3^-1/90*90

    24 = B3^-1

    24/3^-1 = B

    B = 24*3

    B = 72

  • resolução em 5:00 do https://www.youtube.com/watch?v=MLbl0cCXy3E

  • T(t)=Ta+B*3^(ct)

    T(90)=-24+B*3^(90c) --> 0 = -24+B*3^(90c) --> 3^(90c)=24/B

    T(180)=-24+B*3^(180c) --> -16 = -24+B*3^(180c) --> 3^(180c)=8/B

    3^(180c)=(3^(90c))²

    8/B = (24/B)² --> 8/B = (24*24)/B² --> B = (24*24)/8 = 72

  • Questão resolvida no vídeo abaixo

    https://www.youtube.com/watch?v=emYrgdre0FU

    Bons estudos

  • VERY EASY =D

  • 0 = -24 + B * 3^(C*90)

    -16 = -24 + B * 3^(C*180)

    __________________________

    (I) Isolei o B da equação da segunda equação e ficou assim: 

    B = 8 / (3^(C*180))

    (II) Coloquei na primeira equação o valor de B isolado em (I), e ficou assim:

    0 = -24 + (8 / (3^(C*180))) * 3^(C*90)

    24 = (8 / (3^(C*180))) * 3^(C*90)

    24 = 8 * (3^(C*90)) / (3^(C*180))

    24 = 8 * (3^((C*90) - (C*180)))

    (IV) Isolei o expoente encontrado em (II) e ficou assim:

    (C*90) - (C*180) = C*(90 - 180) = C*-90 = -(C*90)

    (V) Com o expoente acima simplificado, a equação de (II) fica assim:

    24 = 8 * (3^(-(C*90)))

    24 = 8 / (3^(C*90))

    3 * 8 = 8 / (3^(C*90))

    3 * 1 = 1 / (3^(C*90))

    3^(1+(C*90)) = 1

    (VI) Qualquer número elevado a ZERO é 1, então:

    1 + (C*90) = 0

    C*90 = -1

    C = -1/90

    (VII) Substituí o valor de C na equação encontrada em (I), e ficou assim:

    B = 8 / (3^((-1/90)*180))

    B = 8 / (3^(-2))

    B = 8 * (3 ^ 2)

    B = 72 


ID
2968420
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

No sistema operacional Windows 7, a fragmentação faz com que o disco rígido tenha um trabalho adicional que pode deixar o computador lento. O desfragmentador de disco reorganiza dados fragmentados para que o disco rígido trabalhe de forma mais eficiente. Entretanto, o disco rígido deve ter sido formatado usando o sistema de arquivos

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: C.

    A questão quer saber quais sistemas de arquivos o Windows 7 consegue trabalhar (leia-se "quais sistemas de arquivos o W7 suporta"). O Win7 utiliza o NTFS como sistema de arquivos, mas também é compatível com FAT16 (ou FAT) e FAT32, que são sistemas de arquivos de versões mais antigas do Windows. Se não me engano do Windows95 e 98.

    Naturalmente, pra poder fazer a desfragmentação de um sistema de arquivos, o Sistema Operacional deve ter suporte ao mesmo.

  • O Windows 7 aceita 3 sistemas de arquivos (NTFS, FAT e FAT 32), porém ele só pode ser instalado no NTFS.


ID
2968423
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Nas versões mais recentes do programa Microsoft Word é possível salvar ou converter os arquivos diretamente para os formatos Portable Document Format ou

Alternativas
Comentários
  • (D)

    XML Paper Specification, anteriormente apelidada de "Metro", é um formato de arquivo desenvolvido pela Microsoft para representar documentos portáteis, visando facilitar a distribuição de documentos entre aplicativos, sistemas operacionais e periféricos como impressoras e scanners.

  • GABARITO D

    Xml Paper Specification. XPS OU Portable Document Format PDF

  • Colegas, desculpa o desconhecimento, mas alguém saberia explicar o porquê de não ser a alternativa B? Não é possível a conversão para o formato CSV também??

  • Resposta: alternativa d

    Para converter para PDF ou XPS é só ir em Arquivo > Exportar > Criar PDF/XPS
    Para salvar como esses tipos de arquivos, o que também faz converter, vai em Arquivo > Salvar Como > Escolhe o local > Tipo (seleciona PDF ou XPS ou qualquer outro formato).

  • Stéfani Ranck, a alternativa não pode ser "B", pois o CSV é para Excel, no caso em tela foi pedido o Word.

  • O Word não tem a capacidade de criar arquivos com extensão CSV (Comma Separated Values), mas ele pode abri-los e até editá-los, desde que tais edições sigam os mesmos parâmetros do documento.

    Os arquivos CSV são criados por aplicativos que trabalham com gestão de dados (em suma, com planilhas). Os apps mais comuns são: Excel, Calc, Google Sheets, Apple Numbers, entre outros.

    Para maiores dúvidas, consulte o link: https://rockcontent.com/blog/csv/

    Bons estudos

  • apenas noções de informática... :/


ID
2968426
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um cabo cruzado (do inglês: crossover) é um cabo de rede par trançado que permite a ligação de dois computadores pelas respectivas placas de rede, sem a necessidade de um

Alternativas
Comentários
  • (A)

    O switch (comutador) é um importante equipamento que possibilita a conexão de computadores em redes. Bem, a melhor maneira de entender o funcionamento do Switch é considerá-lo como uma evolução do HUB.


    -SwItch-------->Inteligênte

    -HuB------------>Burro

  • GABARITO: A

     

    Um cabo crossover, também conhecido como cabo cruzado, é um cabo de rede par trançado que permite a ligação de 2 (dois) computadores pelas respectivas placas de rede sem a necessidade de um concentrador (Hub ou Switch) ou a ligação de modems.

     

    A questão poderia apresentar como resposta Hub ou Switch

  • Browser é um programa desenvolvido para permitir a navegação pela web, capaz de processar diversas linguagens, como HTML, ASP, PHP.

    Cluster é um termo que veio do inglês que, em português, significa "aglomerar" ou "aglomeração" e é comumente aplicado em vários contextos. No contexto da computação, o termo cluster faz referência à arquitetura de sistema que une dois ou mais computadores como se fossem apenas um.

  • Switch - equipamento que possibilita a conexão de computadores em redes. 

    Browser - programa de navegação.

    Cluster (ou clustering) - sistema que relaciona dois ou mais computadores para que estes trabalhem de maneira conjunta no intuito de processar uma tarefa. Estas máquinas dividem entre si as atividades de processamento e executam este trabalho de maneira simultânea.

    drive - componente físico da máquina que serve como uma unidade de armazenamento. 

  • Na prática, nenhum dos itens são necessários

  • -SwItch--------> Amigo leal (se ele recebe uma informação, ele conta apenas para o destinatário daquela

    informação.)

    -HuB------------> Amigo Fofoqueiro (se ele recebe uma informação, ele conta para todo mundo)

  • -SwItch--------> Amigo leal (se ele recebe uma informação, ele conta apenas para o destinatário daquela

    informação.)

    -HuB------------> Amigo Fofoqueiro (se ele recebe uma informação, ele conta para todo mundo)

  • -SwItch--------> Amigo leal (se ele recebe uma informação, ele conta apenas para o destinatário daquela

    informação.)

    -HuB------------> Amigo Fofoqueiro (se ele recebe uma informação, ele conta para todo mundo)

  • O par trançado NÃO se conecta diretamente a placa de rede do computador ou ao componente centralizador HUB ou SWITCH. Precisam de um conector que é um encaixe na placa de rede. Esse conectores são RJ45 e RJ11

  • O cabo crossover não é mais necessário nos dias de hoje, porque as placas de rede modernas já conseguem detectar a ligação direta entre dois computadores, sem um switch no meio do caminho. Mas, como caiu em prova... vale destacar que, antigamente, quando queríamos conectar dois computadores diretamente (ninguém faz mais isso nos dias atuais, rs), era necessário um cabo crossover, com seus fios internos organizados de forma diferente do cabo convencional.

    Resposta certa, alternativa a).

  • crossover em x os ratos de academia vão entender

  • hahah questão maluca nenhum desses dispositivos são necessários para se fazer esse p2p loucura caldeirão
  • Switch (comutador)

    -> Camada 2 do modelo OSI (enlace)

    -> Tipologia de rede estrela - evitar/reduzir colisões

    -> Armazena (verificação de erro) e encaminha pacotes somente ao destinatário utilizando o endereço físico (MAC)

    "envia flood"

  • Lembrando que atualmente as placas de redes já realizam a troca de informações placa a placa sem a necessidade do cabo crossover. Elas reconhecem os cabos comuns norma T568 A ou T568B e já fazem o cruzamento dos dados quando as pontas são iguais.

ID
2968429
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os dispositivos para armazenamento de dados com tecnologia do tipo SSD (do inglês: Solid State Drive) estão substituindo gradativamente os tradicionais dispositivos com tecnologia do tipo magnética. Em comparação à tecnologia do tipo magnética, a SSD apresenta, de forma geral,

Alternativas
Comentários
  • (C)


    Na dúvida só lembrar da palavra evolução:

    Os HDs passaram por evoluções espantosas nos últimos anos. No entanto, aplicações atuais exigem dispositivos de armazenamento ainda mais sofisticados, capazes de unir desempenho rápido, capacidade razoável de armazenamento, menor consumo de energia e durabilidade. As unidades — ou "discos" — SSD (Solid-State Drive) são a resposta para essa necessidade.

  • Gabarito Letra C

     

    SSD (SolidState Disks) ou HDD (Hard Disk Drive) são componentes de armazenamento de dados de computadores não voláteis, conhecidos como “memória de massa” ou “memória secundária”, ou seja, não perdem as informações quando são desligados. Eles são utilizados para expandir a memória do aparelho, e sua memória volátil carrega e executa programas e arquivos quando o computador é novamente liga

     

    Vantagens do SSD

    O drive é 3 vezes menor, ou seja, ocupa pouco espaço.

    É totalmente silencioso e mais rápido (chega a ser 5 vezes mais veloz que um HDD).

    É ideal para quem necessita de velocidade, pois carrega programas e arquivos rapidamente e melhora a performance do sistema.

    Não possui uma grande estrutura de discos mecânicos.

    É mais resistente em caso de queda, mas isso não quer dizer que seja indestrutível.

    Utiliza menor temperatura e menos consumo de luz.

    Ele não trava o computador.

  • Essa tecnologia SSD é muito apreciada pela FCC.

  • Os SSDs, sigla em inglês para solid state drive- ainda que com custo mais elevado

    Diferenças físicas entre o HD e o SSD

    O disco rígido (ou HD, de hard disk) é uma uma engenhoca cuidadosamente pensada e usada desde a década de 50. Para simplificar seu funcionamento, explicamos que consiste em um disco rígido magnético que gira a uma alta velocidade e um braço que usa uma agulha em um braço mecânico que percorre a superfície na hora da leitura e gravação dos dados.

    Já o drive de estado sólido (tradução livre para a sigla SSD) possui apenas dois componentes: um chip de memória flash e um controlador que passa as informações ao computador.

    Trocando em miúdos, o HD depende de impulsos mecânicos que façam o disco girar e o braço se movimentar. O segundo apenas de impulsos elétricos que transmita os dados necessários.

    SSD não está sujeito a panes como o HD. Suas peças não se gastam da mesma forma.

    Menor consumo de energia

    Menos componentes, menor espaço gasto, computadores menores e mais leves

    a alta velocidade.

    SSD dá a um computador capacidade de iniciar o sistema operacional em segundos além de abrir aplicativos e ler arquivos muito mais rapidamente.

    SSD enfrenta o problema de ser uma tecnologia cara.

    Aos poucos, com a popularização, ficará mais e mais acessível.

    SSD não precisa ser tão espaçoso quanto um HD.

  • O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis; possui um consumo reduzido de energia; consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cerca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais rápida, com dispositivos apresentando 250 MB/s na gravação e 700 MB/s na leitura.

    Gabarito:C

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • O que é ??? O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução do disco rígido (HD).

    Vantagens do SSD

    Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente dos sistemas magnéticos (como os HDs).

    Tempo de acesso reduzido à memória flash

    O SSD também é mais resistente que os HDs 

    O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis; 

    possui um consumo reduzido de energia;

    consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cerca de 70°C);

    realiza leituras e gravações de forma mais rápida,

    DESVANTAGENS

    *Muito caro

    *Capacidade de armazenamento menor que as dos discos rígidos

  • Gabarito: C

    A diferença entre SSD e HD cai mais que o Vasco!

  • SSD = eletrônico HD = magnético (gasta mais energia para emitir o pulso)

    SSD = maior velocidade HD = mais lento que SSD

    SSD = mais seguro HD = menos seguro (pode esbarrar a "agulha" no disco)

    SSD = menos popular (preço alto) HD = popular (opção com melhor custo benefício)

  • Só pelo fato de um HD ter discos rodando, ou seja, ter um movimento físico, já é o suficiente para se deduzir que este gasta mais energia.

  • Questão meio ambígua.

  • Memória secundária: magnética, óptica e sólida.

    HD - memória magnética

    SSD - memória sólida

  • Fala meu aluno(a)! A questão aborda conhecimentos acerca de Hardware.

    Gabarito: Letra C

    O que é SSD?

    Unidades de Estado Sólido, conhecidas como Solid State Drive - SSD x  HD

    SSD MAIS Silencioso do que o HD

    SSD MENOS Sensível a balanços do que o HD

    SSD ​ MENOS Energia consome do que o HD

    SSD MAIS Leve do que o HD

    SSD usa memória flash, HD não usa

    SSD consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs

    SSD realiza leituras e gravações de forma mais rápida do que os HDs

    SSD veio para substituir os HDs

    SSD não perde seu conteúdo quando a alimentação elétrica é cortada.

    Pessoal, Questões como essa, misturando discos rígidos (HDs) é unidades de estado sólido, conhecidas como Solid State Drive - SSD. cai em todas as bancas, é preciso saber as diferenças entre os dois.

    Acredito que com essas informações, muitas questões de concursos serão resolvidas!

    Rumo à aprovação meus alunos(as)!

    Bons Estudos!


ID
2968432
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em sistemas computacionais, além das ameaças causadas por invasores nocivos, dados valiosos podem ser perdidos por acidente. Algumas das causas mais comuns de perda acidental de dados são aquelas decorrentes de erros de hardware ou de software, de erros humanos e de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

    Questão bastante peculiar, porém, é possível respondê-la pela lógica visto que apenas a alternativa B apresenta uma causa de perda de dados.

    Ex: enchentes, incêncidos (comuns em bibliotecas)

     

    De acordo com dados fornecidos pela Kroll Ontrok principais causas de perda de dados:

    66%: Falha de Hardware

    14%: Erro humano

    6%: falha de software

    14%: outros

  • GABARITO: B

    Para quem respondeu letra A, percebam que o ato de espionagem em si, não gera perda de dados.

    Logo, pela lógica como o colega disse, letra B

  • Ah meu ver seria espionagem digital, uma vez que a espionagem pode gerar como efeito o perdimento de dados e não de fenônemos natuais que em tese já estaria ligado a erros de hardware e erros humanos, questão muito mal formulada!

  • ...além das ameaças causadas por invasores nocivos.... esse trecho da pegunta exclui a letra A, logo não poderia ser ela

  • Pessoal, a questão fala sobre PERDA ACIDENTAL. Como o próprio nome já diz, a espionagem apenas observa, monitora atividades, senhas.. não necessariamente faz PERDER dados.

    Já os fenômenos naturais, como uma enchente, por exemplo, seria capaz de PERDER os dados. Gabarito letra B

  • Para mim a letra B não poderia ser. A questão está bem clara. Perda por falha humana. Alternativa seria criptografia simetrica. O cara pode criptografar um dado e esquecer a a chave para descriptar. Então ficou bem mau formulada.
  • Jean Maicon, acho que você não sabe o que é fenômenos naturais para dizer que isso está ligado a erros humanos

  • spyware é espião não necessariamente ladrão, mas uma fenômeno como: acabar a luz e corromper dados e perdendo-os , é algo possível !

  • Gabarito: B

    O examinador tenta induzir o candidato ao erro. De inicio imaginamos na opção de espionagem, mas como já colocado pelos colegas essa forma não causa a perda, causa até o monitoramento menos a perda e ainda mais se falar de forma acidental como a questão cobra. Se a perda foi acidental e já foi disponibilizado algumas das causas mais comuns, faltou pontuar os fenomenos naturais.

    Ex.: Uma tempestade ou algum outro tipo de desastre natural pode causar perda de dados. A tempestade pode danificar um edifício ou linhas de dados que um sistema de computador precisa para operar

  • Mas então, essa banca aí é 1.5 ou 1.6?

  • Sei lá, caiu um meteoro na casa do cara e esmagou o computador dele, um fenômeno natural

    :/

  • Muita vaga essa questão.

    Sem fundamentos.

  • Questão de interpretação do comando da questão!


ID
2995258
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando a linearidade entre as transações e o produto, pode-se representar a equação quantitativa da moeda pela expressão MV = PY. Sabe-se que M é a quantidade de moeda, V é a velocidade de circulação, P é o nível geral de preços e Y é o produto real. No inverso da velocidade de circulação 1/V, tem-se a constante k, que também é conhecida como coeficiente

Alternativas

ID
2995261
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O modelo clássico considera que as forças de mercado conduzem a economia a pleno emprego, onde há o ponto equilíbrio da oferta e demanda por mão de obra. Pode-se dizer que com isso tem-se:

Alternativas
Comentários
  • Fala pessoal! Tudo beleza? Prof. Jetro Coutinho aqui, para comentar esta questão sobre Teoria Clássica.

    A Teoria Clássica teve início com Adam Smith, que propôs que o mercado era conduzido por uma mão invisível, isto é, que o mercado seria auto regulável, pela interação entre as forças de demanda e oferta.

    Ou seja, o mercado não precisaria que o governo interviesse, pois ele próprio, pela demanda e oferta, se ajustaria. Assim, o mercado seria auto ajustável.

    Um pressuposto importante para que o mercado se auto ajustasse é a flexibilidade de preços e salários. Assim, se estivéssemos em uma situação na qual a demanda fosse maior que a oferta, a flexibilidade de preços e salários, garantiria um aumento dos preços (já que a demanda está maior). Com o aumento de preços, teríamos maior incentivo à oferta pelos produtores, o que expandiria a oferta até que a economia se equilibrasse novamente.

    Da mesma forma ocorreria com o mercado de trabalho. Em épocas de crise, os salários seriam abaixados, para que as empresas pudessem suportar menores vendas e, em épocas de bonança, os salários aumentariam, pois as empresas aumentariam sua demanda por mão de obra.

    Assim, para que a Economia fosse auto ajustável a flexibilidade dos preços e salários constituía um pressuposto importante.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Para os neoclássicos, salários e preços são flexíveis.

    Já a rigidez de salários e preços é vista na teoria keynesiana.

    Gabarito D


ID
2995264
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Dentro do pensamento macroeconômico clássico, o desemprego é voluntário e a curva de oferta de trabalho mede a

Alternativas
Comentários
  • A curva de oferta de trabalho reflete a desutilidade marginal do trabalho, ou seja, mostra o quanto deve ser o salário real para induzir o indivíduo a abrir mão do lazer dedicando seu tempo ao trabalho.

    ► A decisão de quanto trabalhar = Trade-off (Trabalho vs Lazer) corresponde à escolha de como alocar as horas do dia entre o trabalho e o lazer

    ► Trabalho não gera utilidade, o Lazer gera.

    ► Cada hora adicional de trabalho é o custo de oportunidade do lazer (o quanto se sacrifica de produto para obter lazer).


ID
2995267
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando uma economia fechada e com governo, onde o valor do consumo privado é igual a C = 0,8Yd, do investimento é igual a I = 200, os gastos do governo são iguais a G = 240 e a alíquota do imposto de renda igual a t = 0,30. O valor do consumo privado é igual a

Alternativas

ID
2995270
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Alguns governos consideram que a fonte principal de receita do governo são os impostos. Essa ideia foi criticada pelo economista Arthur B. Laffer, que mostrou a relação entre a receita tributária e a taxa de impostos. A chamada curva de Laffer mostra que a receita tributária cresce a uma taxa

Alternativas
Comentários
  • Fala pessoal! Tudo bem? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre a curva de Laffer. 

    A curva de Laffer mostra a relação entre a alíquota dos tributos cobrada pelo governo e a arrecadação tributária. Repare no gráfico abaixo:


    A curva de Laffer nos ensina que a receita tributária não aumenta indefinidamente. Ao aumentar as alíquotas, a receita tributária (T) cresce até um máximo (ponto A). A partir do ponto A, aumentos nas alíquotas fazem a arrecadação tributária diminuir.

    Assim, quando o governo aumenta a alíquota, a arrecadação tributária vai crescendo, as cresce cada vez mais devagar. Quando chega no ponto A, a arrecadação atinge seu máximo. Se a partir daí o governo continuar a aumentar a alíquota, a arrecadação irá cair.

    Dessa forma, entre as alternativas, a única que expressa esta ideia é a alternativa A.


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • De acordo com a Curva de Laffer, a receita tributária é crescente até o ponto ótimo.

ID
2995273
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando a política monetária num ambiente em que os agentes formam expectativas racionais, choques monetários não antecipados implicariam em uma curva de oferta no curto prazo:

Alternativas

ID
2995276
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando uma política monetária expansionista no modelo IS-LM-BP sem mobilidade de capital, quais serão os efeitos sobre a renda e a taxa de juros?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    A política monetária independe da mobilidade de capitais e é ineficaz no regime de câmbio fixo. Nesse caso, uma política monetária expansionista não alteraria a taxa de juros e renda.

    Política Monetária X Política Fiscal

    A política monetária independe da mobilidade de capitais, ou seja:

    • Com câmbio flutuante ela sempre será eficaz;
    • Com câmbio fixo ela sempre será ineficaz;

     

    Já a política fiscal depende da mobilidade de capitais:

    • Com câmbio flutuante:
    1. Com perfeita mobilidade de capitais: ineficaz
    2. Com alguma mobilidade de capitais: eficaz
    3. Sem mobilidade de capitais: eficaz
    • Com câmbio fixo:
    1. Com perfeita mobilidade de capitais: eficaz
    2. Com alguma mobilidade de capitais: eficaz
    3. Sem mobilidade de capitais: ineficaz.

    Fonte: Comentário que salvei de algum colega aqui no Qconcursos.

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
2995279
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A matriz Insumo-Produto foi desenvolvida pelo economista Wassily W. Leontief e é também conhecida como matriz de relações intersetoriais, pois evidencia a estrutura econômica, em que cada setor de atividade compra e vende para os outros setores. Assim, os coeficientes técnicos de produção são obtidos pelo quociente ou divisão entre:

Alternativas
Comentários
  • Questão sobre matriz Insumo-Produto, tema de Contabilidade Social.

    Vamos analisar a proposição:

    A matriz Insumo-Produto demonstra como se dão as relações intersetoriais em uma economia, sendo uma descrição do sistema econômico de forma integrada. O coeficiente técnico de produção, por sua vez, é uma medida entre as quantidades consumidas e produzidas, isto é, quanto um determinado setor precisa adquirir dos demais setores para viabilizar sua própria produção, sua fórmula é a seguinte:

    aij = gi / gj

    Onde:

    aij = coeficiente técnico de produção.
    gi = consumo intermediário da produção de i.
    gj = valor da produção de j.

    Vamos para as alternativas:

    A) CERTA. Notem que essa alternativa está, exatamente, de acordo com a fórmula apresentada.

    B) ERRADA. O erro se encontra ao considerar o valor da produção do setor i, quando deveria ser a produção do próprio setor j. Ou, então, considerar as compras do setor j pelo setor i no início.

    C) ERRADA. Não se trata da venda do setor j para o setor i e, sim, da compra.

    D) ERRADA. Mais uma vez, não se trata da venda, mas da compra. Ademais, a referência é a própria produção de j.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2995282
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à teoria do consumidor, sabe-se que a hipótese da taxa marginal de substituição decrescente implica

Alternativas

ID
2995285
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No contexto da teoria da escolha do consumidor sob condição de incerteza, a função utilidade de um indivíduo avesso ao risco, em relação à sua renda, será

Alternativas

ID
2995288
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quando o preço de um bem varia, se os efeitos substituição e renda resultam em variações na quantidade do bem no mesmo sentido, tal bem será

Alternativas
Comentários
  • Bem normal: variação no mesmo sentido

    Bem inferior: variação em sentido oposto

    Bem de giffen: variação em sentido oposto

    Efeito substituição: sempre negativo

    Gabarito B


ID
2995291
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere um consumidor cuja função utilidade é dada por U (X ,Y )=X1/2 Y1/2 e consome, atualmente, 4 unidades do bem X e 9 unidades do bem Y. Qual é a taxa marginal de substituição do bem X pelo bem Y, ou seja, quantas unidades do bem X o consumidor está disposto a abrir mão para consumir uma unidade adicional de Y e manter o nível de utilidade inalterado?

Alternativas

ID
2995294
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação às curvas de custo a curto e longo prazos, sabe-se que:

Alternativas
Comentários
  • Questão sobre curvas de custo, tema da teoria da firma dentro de microeconomia.

    Vamos verificar as alternativas:

    A) ERRADA. A curva de custo fixo médio é sempre declinante já que o aumento na quantidade produzida dilui o custo fixo cada vez mais, porém a inclinação negativa fica cada vez menor conforme a quantidade aumenta, com tendência de se horizontalizar.

    B) CERTA. Enquanto o custo marginal for inferior ao custo médio, este declinará e isso evidencia uma situação de economias de escala. Da mesma forma, quando o custo marginal for superior ao custo médio, este aumentará a cada unidade produzida, caracterizando deseconomias de escala a partir desse ponto. Economias de escala se associam a custo médio decrescente e deseconomias de escala a custo médio crescente.

    C) ERRADA. O nível de produção é máximo quando a curva de PRODUTO marginal for igual a zero. Quando ela é positiva, o produto total aumenta. Quando é negativa, o produto total diminui.

    D) CERTA. Verdadeiro, afinal o custo variável médio atinge seu valor mínimo justamente quando a curva de custo marginal o iguala. Assim, o custo marginal decresce, atinge o mínimo e passa a se elevar até cruzar a curva de custo variável médio, somente a partir desse ponto o custo variável médio passa a se elevar após atingir o mínimo.

    A questão apresenta duas alternativas corretas e, por isso, recomendaria-se a proposição, de forma respeitosa, de recurso para anulação à banca examinadora.


    Gabarito da Banca: Letra D.

    Gabarito do Professor: ANULADA.

ID
2995297
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere uma firma representada pela seguinte função de produção Q(K , L)= min{ aK ,bL} , onde K e L são, respectivamente, a quantidade de capital e trabalho utilizados no processo produtivo. A Função de produção apresenta

Alternativas
Comentários
  • A questão apresenta uma função matemática e cobra as características dela na economia, tema da teoria da firma dentro da Microeconomia.

    Vamos analisar:

    Essa função de produção demonstra que o produto final será determinado pelo fator de produção mais escasso, pois, considerando a e b como constantes iguais a 1, o valor do insumo menor (K e L) será o escolhido (por isso "min").

    É conhecida como "função de Leontief" e, na teoria do consumidor, representa bens complementares perfeitos, assim como representa insumos complementares perfeitos na teoria da firma. Suas combinações de produção sempre se darão em proporções fixas e, por isso, suas isoquantas têm formato em L. Com isso, eliminam-se as alternativas A e C.

    Outra característica dessa função de produção são os retornos constantes de escala - já que é uma função homogênea de grau um, isto é, ao se dobrarem os insumos, por exemplo, o produto final também dobra, varia na mesma proporção portanto. Elimina-se, também, a alternativa D.


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2995300
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O monopólio é ineficiente porque, no nível de produção escolhido pelo monopolista,

Alternativas
Comentários
  • A ineficiência do Monopólio é dada pelo fato que P>Cmg.

    A banca sacaniou chamando preço de "valor marginal de uma unidade a mais do produto para os consumidores" :(

    LEMBREM-SE

    Há existência ou não de Lucro Econômico das Firmas não define eficiência. O mercado só é eficiente se "P=Cmg"

  • Questão sobre estruturas de mercado dentro de microeconomia, mais especificamente monopólios.

    Vamos verificar as alternativas:

    A) ERRADA. A referência para se medir a eficiência de um mercado no curto prazo, isto é, se a quantidade produzida e o preço maximizam o excedente total, é o custo marginal de produção e não o custo médio.

    B) ERRADA. Não há esse parâmetro de comparação, na análise microeconômica, da receita média ser igual à receita marginal. De fato, a receita média quase nunca é mencionada.

    C) CERTA. O que é "valor marginal de uma unidade a mais do produto para os consumidores"? Pressupõe-se que esse foi um jeito criativo de se conceituar preço, "uma unidade a mais do produto" é adquirida por seu respectivo preço (ou valor marginal conforme a criatividade). Esse, de fato, é o motivo da ineficiência do monopólio, preço ser maior do que custo marginal. Isso ocorre porque, no monopólio, preço é diferente de receita marginal - a qual é igualada ao custo marginal para maximização de lucros, ao contrário do que ocorre na concorrência perfeita.

    D) ERRADA. A elasticidade da curva de oferta, por si só, nada tem a ver com a ineficiência do monopólio.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
2995303
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em um jogo de estratégias puras, a solução de equilíbrio com estratégia dominante implica que cada jogador faz uma escolha estratégica

Alternativas
Comentários
  • Atualmente, não mais:

    Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:    

    I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    

    II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;    

    III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     

    IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;     

    V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;    

    VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:     

    a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;     

    b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou     

    c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;     

    VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;     

    VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.     

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn


ID
2995312
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

No contexto dos testes de hipóteses, um erro do tipo 1 consiste em

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar? Grato.

  • Gabarito letra D

    Podemos cometer dois erros na realização de um teste de hipóteses:

    O primeiro dos erros acima é denotado erro tipo I, enquanto o segundo é o chamado erro tipo II. Na literatura é comum associarmos a probabilidade de ocorrência de cada um deles por α e β, respectivamente, ou seja, 

     

    α=P(Erro do tipo I)=P(rejeitar H0 dado H0 verdadeira);

    β=P(Erro do tipo II)=P(aceitar H0 dado H0 falsa).

    FONTE: Prof.

    Thiago Williams

  • Se não me engano, teste de hipótese é tópico de estatística e não de proposições.

    Erro tipo I: Hipótese nula rejeitada+ Hipótese nula verdadeira

    Erro tipo II: Hipótese nula não rejeitada+ Hipótese nula Falsa

    Demais casos: não há erro

    Só procurar na internet que acham uma tabela organizada.


ID
2995315
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma amostra aleatória simples de tamanho 100 de uma variável populacional, normalmente distribuída, com média μ desconhecida e variância igual a 25, foi observada e indicou uma média amostral igual a 14,75. O intervalo de 95% de confiança para o parâmetro μ é dado por:

Considere que Φ(1)=0,841, Φ(1,65)=0,95, Φ(2)=0,975 e Φ(2,57)=0,99, em que Φ(Z) é a função de distribuição normal padronizada acumulada.

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de um teste de hipótese com desvio padrão conhecido.

    O PRIMEIRO passo que deve-se fazer é a interpretação da Fórmula

    Z= é o valor dado por uma tabela, o final do exercício nos trouxe um valor, cabe a nós interpretar o exercício e descobrir qual usar.

    Xbarra = valor que devemos calcular da variação

    µ = média amostral = 14,75

    σ² = variância = 25

    n = 100

    Decidir qual o valor de Z, com significância de 95%

    Como exercício pede a distribuição normal padronizada, devemos considerar a área Z que corresponde a 95% o que está em amarelo e mais 2,5%, totalizando 97,5% que é igual a 0,975. O valor dado pelo exercício de Z para 0,975 é =2.

    Colocando na fórmula:

    A variação pode ser então de 13,75 á 15,75.

  • É uma questão que pede o intervalo de confiança.

    Como diz que a distribuição normal é acumulada e padronizada, devemos considerar  Φ(2)=0,975, pois por se tratar de uma distribuição normal fica 2,5% pra direita e 2,5% para esquerda, totalizando os 5% (que é meu intervalo de confiança almejado).

    a questão nos fornece: n=100 var= 25 e média amostral=14,75, primeiro eu descubro meu desvio padrão, que é a raiz quadrada da variância (DP=5)

    agora jogo na fórmula do intervalo de confiança:

    IC= MÉDIA +- Z x (DP/ raiz quadrada de (n)) -------> IC = 14,75 +- 2 x (5/10) --> IC = 14,75 +- 1

    logo, meu intervalo varia de [13,75 ; 15,75]

    gabarito letra C


ID
2995318
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Se em um modelo de regressão linear múltipla, dado pela função de regressão populacional Yi = β1 + β2 X2i + β3 X3i + β4 X4i + ui for encontrado um valor elevado para o fator de inflação da variância (considere um valor acima de 10), isso é um indicativo da existência de que tipo de problema no modelo estimado?

Alternativas
Comentários
  • Quanto maior o FIV, maior a multicolinearidade.


ID
2995324
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere um modelo de regressão dado por Yi = β1 + β2 X2i + ui que é estimado pelo método dos mínimos quadrados ordinários a partir de uma amostra aleatória, contendo os pares ordenados (Yi, Xi), i = 1, …, n. Nessas condições, a reta ajustada

Alternativas

ID
2995327
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Qual é a taxa de juros anual equivalente à taxa de juros trimestral de 10%, considerando a capitalização composta?

Alternativas
Comentários
  • (1+ia) = (1+it)^4

    (1+ia) = (1,1)^4

    ia = 1,4641 - 1

    ia = 0,4641 ou 46,41%

    ia = taxa anual

    it = taxa trimestral

  • 10% = 0,1 = [(1+0,1)^4]-1

    0,1=(1,1^4)-1

    0,1=0,4641

    10%=46,41%

    a fórmula seria a taxa de equivalência

    i = 10%

    i a.t = [(1 + i a.a)^4] -1

    a questão deu i em trimestre e você quer descobrir anualmente então precisa elevar a 4 a taxa trimestral.

    caso a questão desse i em mensal, você teria que elevar a 12... e assim por diante.

    espero que eu tenha ajudado de alguma forma.


ID
2995330
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Que quantia devo aplicar à taxa de juros compostos de 5% ao mês para que daqui a dois meses se tenha o montante de R$ 100.000,00?

Alternativas
Comentários
  • É só usar a formula do juro composto:

    m= c (1+i)t

    100.000= c(1+0,005)²

    100.000= c. 1,1025

    c= 100.000/1,1025

    c= 90.702,95

  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!


ID
2995333
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Qual o valor do desconto simples comercial de um boleto bancário de R$ 10.000, que será descontado à taxa de 3% ao mês?

Considere que o desconto será feito a 90 dias do vencimento.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Considera-se que 90 dias = 3 meses.

    Desconto comercial simples

    D = N * i * n

    D = 10.000 * 0,03 * 3

    D = 900 reais

    Bons estudos!

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
2995336
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

É comum em projetos de investimento usar como taxa mínima de atratividade o chamado

Alternativas

ID
2995339
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sabe que o ponto de equilíbrio evidencia de forma genérica o quanto se deve vender ou produzir para que as receitas se igualem aos custos. Suponha que uma instituição de ensino oferece um curso onde o custo fixo é de R$ 3.000, o custo variável é de R$ 14.000, a receita de venda é de R$ 20.000.

Qual o valor do ponto de equilíbrio em %?

Alternativas
Comentários
  • Questão requisita ao candidato que promova a igualdade entre custos e receitas para encontrar a quantidade produzida resultante nesse ponto, todavia cobra o resultado em porcentagem. Essa proposição está muito estranha da forma como foi redigida, porém é de fácil resolução ao seguir os comandos da assertiva:

    >> Primeiramente, vamos igualar todos os custos a receita variável:

    CT = RT
    CF + CV = RV
    3.000 + 14.000q = 20.000q
    6.000q = 3.000
    q = 3.000 / 6.000
    q = 0,5

    >> Agora, vamos multiplicar a quantidade encontrada por 100% para evidenciar o valor em porcentagem:

    q * 100% = 0,5 * 100% = 50%


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2995342
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A avaliação social de projetos leva em conta a correção dos preços de acordo com o valor estipulado pela sociedade para determinados bens e serviços. Os preços, após essa correção, são conhecidos como

Alternativas
Comentários
  • Preço Sombra = Verdadeiro Preço

    obs. geralmente calculado para bens e serviços que não tenham referencia no mercado

    abs

    Boa sorte!

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.

  • Temática de avaliação social de projetos, é fornecido um conceito no enunciado e pede-se para identificá-lo. Vamos verificar as alternativas:

    A) ERRADA. Preços de mercado são aqueles efetivamente praticados no cotidiano, isto é, os preços visíveis, empíricos.

    B) ERRADA. Preços de cobertura estão associados à proteção de grandes variações nos preços, muito utilizado no mercado financeiro com o conceito de "hedge" (cobertura).

    C) ERRADA. O conceito de preço de reserva está associado ao excedente do consumidor e é aquele preço máximo que o consumidor estaria disposto a pagar para adquirir determinado bem ou serviço. A diferença entre o que ele, efetivamente, paga e o preço de reserva é o excedente do consumidor.

    D) CERTA. O preço sombra ou preço social é aquele que reflete o verdadeiro custo ou benefício social marginal e é utilizado na análise social de projetos em detrimento dos preços de mercado. Temos aqui o conceito que o enunciado da questão requer.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
2995345
Banca
CS-UFG
Órgão
IF Goiano
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A análise de projetos sociais trata da provisão de bens públicos. Como não existem preços de mercado, deve-se fazer um ajuste conhecido como

Alternativas