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Prova FAPEMS - 2012 - UEMS - Técnico Administrativo


ID
2473795
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

A principal ídeia discutida no texto é:

Alternativas
Comentários
  • Gab: C_     

    "a obsessão das pessoas pelo próprio corpo."

     

  • Trecho confirmatório da principal ideia transmitida:
    É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com...

    Alternativa c) a obsessão das pessoas pelo próprio corpo.

  • NAO CONCORDO COM O GABARITO... MAS QUEM SOU EU.... 

    O AUTOR SE UTILIZA DE UMA VIVENCIA PESSOAL (OLHAR PELA JANELA E VER PESSOAS INDO À ACADEMIA) PARA ILUSTRAR ALGO QUE OCORRERA NAS ESCOLAS INGLESAS, OU SEJA, NAO FALARIA SOBRE A OBSESSÃO DO CORPO SE NAO FOSSE O PROB DE AUTOESTIMA DOS ESTUDANTES LONDRINOS...

  • A ideia principal do texto sempre esta no primeiro e último parágrafo.

    " As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça". L2

    Ai ele conclui :

    " É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

  • ''C''    

    "a obsessão das pessoas pelo próprio corpo."

    Pm Mato Grosso do Sul


ID
2473798
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

De acordo com o texto, infere-se que, no passado, a civilização judaico-cristã atribuía menos importância ao corpo porque as pessoas:

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    "acreditavam na eternidade da alma como prolongamento da própria existência."

  • Trecho confirmatório da menor importância ao corpo:

    ...Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário...Esse horizonte de eternidade perdeu-se.

    Alternativa a) acreditavam na eternidade da alma como prolongamento da própria existência.


ID
2473801
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Das afirmações a seguir, a alternativa correta é:

Alternativas
Comentários
  • Gab: b

    " Para os deputados ingleses, as imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam são a causa da insatisfação das pessoas em relação ao próprio corpo,"

     

  • GABARITO: B

     

    A alternativa está explícita no texto: 

    "Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. "

     

    Bons estudos.

  • GABARITO: B

    Muito facil o Português desta Banca 

    Pm Mato grosso do sul......


ID
2473804
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

A alternativa cujo o par de palavras apresenta uma relação diferente da existente nos demais pares é:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de questão capciosa e com interpretação prolixa. Só entendi porque analisei mais as respostas que a própria pergunta.

    Como a única alternativa que traz 2 verbetes com semelhança (sem apresentar relaçao diferente ou oposição) - Gabarito C (funeral e enterro)

    Acertei por eliminação. Penso que essa questão deveria ter sido anulada, embora tenha logrado êxito.

  •  Gabarito C 

     

     a) saúde psíquica-demência (antônimos)

     b) eterna - perecível (antônimos)

     c) funeral - enterro (sinônimos) 

     d) teoria - prática (antônimos)

     e) vida - morte (antônimos)

  • Analisei de modo diverso. Como pede apenas para analisar os pares de palavras entre eles, vi que apenas uma alternativa não apresenta substantivos abstratos. A alternativa b apresenta adjetivos.

    Mas entendi a maldade da banca.

    Bola pra frente! 

  • Errei. Que "M" Robin. ( ^vv ^ )

  • O comando da questão reza"cujo o par"? Não é certo usar artigo definido depois do pronome cujo. Brincadeira!

  • moleza.

    FUNERAL E ENTERRO SÃO SINÔNIMOS .

    OS DEMAIS SÃO ANTÔNIMOS.


ID
2473807
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

No trecho "Todas as fichas do jogo estão cá embaixo. não lá em cima” , as expressões em destaque relacionam-se, de forma metafórica, respectivamente, com:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    "a existência terrena - a continuidade pós-terrena."

  • GABARITO: LETRA D.

     

    As cores iguais mostram a relação metafórica que o texto se referiu. 

     

    "Todas as fichas do jogo estão cá embaixo. não lá em cima

    a existência terrena - a continuidade pós-terrena.


ID
2473810
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

A alternativa em que as quatro expressões são formadas pelas mesmas classes de palavras e na mesma sequência é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia comentar essa questão, por favor.

  • GABARITO LETRA E.

     

    Eu errei também o item, mas analisando depois acho que: 

     

    saúde psíquica — formas perfeitas - cores berrantes - alma divina

    Subst + adjetivo - Subst + adjetivo - Subst + adjetivo - Subst + adjetivo

     

    Ou seja: todas são formadas por substantivo e adjetivo. 

     

    obs: é minha humilde opnião. 

  • A única resposta que poderia confundir seria a D com a palavra BEM PROFUNDO.

    Como a questão estava à procura dos pares Substantivo + Adjetivo (nesta ordem) há que se analisar a palavra BEM que aqui é um Advérbio de Modo, logo destoa da sequencia pedida pela banca.

  • Caraca... Que questão!!


ID
2473813
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe o uso da vírgula e as respectivas justificativas:

I- "Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina" A vírgula está separando uma oração reduzida de particípio.

II- "Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador A vírgula está marcando a inversão de um adjunto adverbial.

III- "Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas". A vírgula está separando um aposto.

IV- "Boa sorte, rapazes" A vírgula está separando um vocativo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D.

     

    I- "Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina" A vírgula está separando uma oração reduzida de particípio. (ERRADO - A vírgula está separando uma oração reduzida de GERÚNDIO (final -NDO)"

     

    II- "Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador A vírgula está marcando a inversão de um adjunto adverbial. (CORRETO)

     

    III- "Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas". A vírgula está separando um aposto. (ERRADO - "Se existem causas perdidas..." é uma oração subordinativa adverbial condicional anteposta a principal)

     

    IV- "Boa sorte, rapazes" A vírgula está separando um vocativo. (CORRETO)

  • II- Mobilidade sintática

    Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador. (Inversão de adjunto adverbial.).

    Lembrando que por se tratar de um adj. adverbial de corpo curto ( até 3 palavras) a vírgula é facultativa.

    IV- Isolar o vocativo (chamamento)

    Boa sorte, rapazes.

  • D

    II- "Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador A vírgula está marcando a inversão de um adjunto adverbial.

    Adj. adverbial de Lugar.

    IV- "Boa sorte, rapazes" A vírgula está separando um vocativo. 

    Vocativo - chamamento.

  • Acertei a questão, porém o que eles chamam de inversão, eu chamo de deslocamento.


ID
2473816
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe as palavras destacadas nos trechos:

I- "(...) um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito".

II- "Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador (...)"

III- "(...) troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal".

IV- "As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico".

A alternativa que apresenta, respectivamente, significados que não alteram o sentido essencial dos enunciados é:

Alternativas

ID
2473819
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe as formas verbais:

I- "(...) um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito".

II- "As frases promocionais da academia podem ser lidas (...)".

III- "Não se corrige com mais "autoestima".

IV- "Olhe-se bem".

Nas orações acima, os verbos estão flexionados, respectivamente, na:

Alternativas
Comentários
  • Vozes do Verbo:

     

    1. Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

    O "American Journal of Clinical Nutrition" publicou o trabalho.

     

     

    2. Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

    2.1 Voz Passiva Sintética

    A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

    Publicou-se o trabalho no "American Journal of Clinical Nutrition". 

     

     

    2.2  Voz Passiva Analítica

    Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.

    O trabalho foi publicado no "American Journal of Clinical Nutrition".

     

     

    Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.

    O trabalho publica-se. O "American Journal of Clinical Nutrition" publica-se. 

  • GABARITO LETRA B.

     

     

    I- "(...) um grupo de deputados auscultou (conheceu) a população nativa a respeito".  (VOZ ATIVA)

     

    II- "As frases promocionais da academia podem ser lidas (...)". (VOZ PASSIVA ANALÍTICA ) 

     

    III- "Não se corrige com mais "autoestima". (VOZ PASSIVA SINTÉTICA - SE é particula apassivadora. Passando para a voz passiva analítica "Com mais "autoestima" não é corrigido) 

     

    IV- "Olhe-se bem". (VOZ REFLEXIVA - olha a si mesmo)

  • Letra B  é a Única opção que Inicia com "Voz Ativa", então sem chances de ter outra opção , examinador pegou leve nessa questão . 

    ótimos comentários dos coloegas !

  • Auscultou vem do verbo auscultar. O mesmo que: escutou, ouviu.

     

    Não tem haver com conhecer.....

  • não consegui identificar a voz passiva sintética no item III, não seria um verbo transitivo indireto? o "com" não é preposição?

  • Está questão pode ser resolvida com o minimo de analize do candidado.

    Na oração o verbo não está no participio, logo eliminamos a posibilidade de estar na voz passiva analítica. Poís ao eliminar a possibilidade de ser voz analítica, com as outras vozes não a que se confundir.

    A única opção que inicia com voz ativa é a alternativa , por tanto não a necessidade de se analizar as outras opções.

    Ganhar tempo + acertar questões = APROVADO :D :D

    GABARITO B


ID
2473822
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

"Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria". A primeira e a segunda oração desse período estabelecem, com a oração principal, uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D.

     

    O 'se' é uma conjunção condicional e insere uma oração subordinativa adverbial condicional nas duas ocorrência em relação a principal.

     

    DECORRE AS CONJUNÇÕES!!!

    DECORRE AS CONJUNÇÕES!!!

    DECORRE AS CONJUNÇÕES!!!

  • Condição??  O "se", no caso, não teria o sentido de "como, já que, na medida que..."?
    Algum professor aí, ou alguém que entenda essa língua, me ajude, porque eu tô perdidão...

  • Substitutua pela conjução "caso" (ideia de condição)

    Caso estude, será aprovada.

    Se estudar, será aprovada.

  • CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES:

     

    a) Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como.

    b) Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que.

    c) Consecutivas (exprime resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que.

    d) Comparativas (exprimem comparação): como, que (precedido de mais ou menos).

    e) Conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo etc.

    f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto.
    g) Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.

    h) Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que.

    i) Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.

    j) Integrantes: que, se (quando iniciam oração subordinada substantiva).
     

  • Correta, D

    SE + ENTÃO = CONDIÇÃO:

    SE não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, ENTÃO o olhar humano recentra-se sobre a matéria. 


ID
2473825
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

A alternativa em que o tempo e modo dos verbos estão indicados corretamente entre parênteses é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    O futuro do presente do indicativo se refere a um fato que acontecerá num momento posterior ao discurso. Pode também expressar uma incerteza, bem como uma ordem.

    "Retornaremos"= futuro do presente

     

    Bons estudos.

  • Resposta D

    A) Futuro do Pretérito (Indicativo)

    eu faria, tu farias ... Eles fariam.

     

    B) Pretérito perfeito simples

    eu auscultei, tu auscultaste ...eles auscultaram

     

    C) Presente do indicativo

    Eu sugiro, tu sugeres... Eles sugerem

     

    D) Futuro do Presente do indicativo

    Eu retornarei, tu retornarás ... Eles retornarão

     

    E) Presente do Subjuntivo

    que eu pense, que tu penses... Que eles pensem

     

  • Acredito que a letra E se classifica como imperativo afirmativo, pois indica uma sugestão, ordem, visto que o modo subjuntivo exige uma relação de dúvida, o que, semanticamente falando, não está presente na oração.

     

  • A) Futuro do Pretérito - modo indicativo

    B) Pretérito Perfeito - modo indicativo

    C) Presente - modo indicativo

    D) Futuro do presente - modo indicativo

    E) Imperativo afirmativo (pois é um comando, uma exortação)


ID
2473828
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Analise sintaticamente o período a seguir e, depois, o que se afirma sobre eie. "Informa a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito"

I- Existe, nesse período, uma relação de coordenação, com orações independentes.

II- Existe no período uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

III- Trata-se de um período composto por apenas duas orações.

IV- O sujeito da oração principal é "um grupo de deputados".

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B.

     

     

     "Informa a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou (conheceu) a população nativa a respeito"

     

    INFORMAR algo (OD) a alguém (OI). Logo "a BBC Brasil" é OI e "que um grupo de deputados auscultou (conheceu) a população nativa a respeito" é uma oração substantiva objetiva direta.

    E é uma perído composto pois "Informa a BBC Brasil" é uma oração porque tem o verbo INFORMAR e "que um grupo de deputados auscultou (conheceu) a população nativa a respeito" é outra oração porque tem o verbo AUSCULTOU. 

     

  • ITEM 1-A primeira alternativa só de vermos a presença do QUE já podemos deduzir que não são todas independentes e coordenadas. ITEM 4- Pergunte ao verbo quem informa? Resposta: A BBC Brasil, logo sujeito do verbo. Primeiro passo até para eliminação de alternativas, quando falar em oração primeiro passo sublinhamos os verbos, que no caso em tela são INFORMAR e AUSCULTOU. Logo já temos 2 orações.
  • "BBC Brasil" não é OI, senão o "a" que a precede deveria ser craseado,  no caso, BBC Brasil não é alvo do verbo informar.

  • Oração subordinada substantiva Objetiva direta pode ser substituída por "isso". A BBC informa "isso".

  • Direto ao ponto:

     

    Informa: VTD

    a BBC brasil: sujeito simples

    que: conjunção. não exerce função sintática. Apenas liga as 2 orações.

    um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito: Objeto direto

     

    logo. OSS objetiva direta, pois a segunda oração exerce a função de OD, completando o sentido de verbo informar.

  • BBC Brasil é ou não é Sujeito?

  • Somente as assertivas II e III estão corretas:

     

                                                ORAÇÃO PRINCIPAL   ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA

                                            "Informa a BBC Brasil / que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito."

     

    II) Existe no período uma oração subordinada substantiva objetiva direta;

    III) Trata-se de um período composto por apenas duas orações (o nº de orações é igual ao nº de verbos. Logo, 2); 

     

    Vejamos a correção dos erros das demais assertivas:

     

    I) Existe, nesse período, uma relação de subordinação;

    IV) O sujeito da oração principal é "a BBC Brasil" (o sintagma "um grupo de deputados" é o sujeito da oração subordinada);

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B

     


ID
2473831
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe a posição do pronome "se" em relação aos verbos em cada trecho ea respectiva afirmação entre parênteses:

I- (...) tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade. (A próclise foi utilizada em razão da presença de palavra que atraí o pronome para a posição anterior ao verbo).

II- Não se corrige com mais "autoestima". (Em favor de finalidades expressivas, nesse caso, não se atendeu à regra de colocação pronominal da norma culta).

III- (...) o olhar humano recentra-se sobre a matéria. (A ênctise foi utilizada porque não há palavra que atraia o pronome para a posição anterior ao verbo).

IV- "Olhe-se bem", (A ênclise foi utilizada em razão do verbo no imperativo afirmativo no início da oração).

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B.

     

     

    I- (...) tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade. (A próclise foi utilizada em razão da presença de palavra que atraí o pronome para a posição anterior ao verbo). CORRETO. É O "QUE" PRONOME RELATIVO QUE ATRAI A PRÓCLISE. 

     

    II- Não se corrige com mais "autoestima". (Em favor de finalidades expressivas, nesse caso, não se atendeu à regra de colocação pronominal da norma culta). ERRADO. SE ATENDEU SIM, POIS, A PALAVRA NEGATIVA "NÃO" ATRAI A PRÓCLISE.

     

    III- (...) o olhar humano recentra-se sobre a matéria. (A ênctise foi utilizada porque não há palavra que atraia o pronome para a posição anterior ao verbo). CORRETO.

     

    IV- "Olhe-se bem", (A ênclise foi utilizada em razão do verbo no imperativo afirmativo no início da oração). CORRETO.

  • Gabarito mutável, pois:

    III - É ERRADA, pois a razão da ênclise é que ela fica FACULTATIVA em caso de sujeito explícito s/ palavra atrativa, e não apenas pela falta da palavra atrativa, pois a próclise seria cabível também, mesmo sem palavra atrativa. Leiam a mesma afirmação trocando a palavra "ênclise" por "próclise" e percebam que o item está errado.


ID
2473834
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

A alternativa em que a palavra destacada foi usada em seu sentido conotativo é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E.

     

    Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal).

    Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado).

     

     a) (...) o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. SENTIDO REAL.

     b) Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência. SENTIDO REAL.

     c) É preciso mais "autoestima". dizem os especialistas. SENTIDO REAL.

     d) Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência. SENTIDO REAL.

     e) Mas existem consequências desse enterro.  SENTIDO FIGURADO. 

     

  • Nuss, ainda bem que nem terminei de ler esse textão. Seria atoa, dá p responder sem perder tempo.


ID
2473837
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

I- Durante séculos concedeu-se ___ alma maior importância que ao corpo.

II- Os deputados atribuem__ causas do problema ___moda e ao cinema que cultivam imagens de perfeição irreal.

III- Para o autor, aulas de teologia poderiam ajudar___crianças inglesas no que se refere__ insatisfação com o corpo.

IV- Se não____esperança na vida eterna, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

A alternativa que preenche carretamente e na sequência as lacunas das orações acima é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E.

     

     

    I- Durante séculos concedeu-se À alma maior importância que ao corpo. QUEM CONSEDE CONSEDE À ALGUEM (VTI) 

     

    II- Os deputados atribuem AS  causas do problema À moda e ao cinema que cultivam imagens de perfeição irreal. ATRIBUI ALGO À ALGUÉM (BITRANSITIVO)

     

    III- Para o autor, aulas de teologia poderiam ajudar AS crianças inglesas no que se refere À insatisfação com o corpo. AJUDAR NO SENTIDO DE PRESTAR AJUDA/AUXILIAR É VTD. E QUEM SE REFERE SE REFERE À ALGUÉM.

     

    IV- Se não esperança na vida eterna, o olhar humano recentra-se sobre a matéria. HÁ ESTA NO SENTIDO DE EXISTIR.

  • Meu Deus, CONCEDE...consede não existe


ID
2473840
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O BrOffice Impress é um programa de apresentação similar ao Microsoft Power Point. A sequência para a apresentação de slides no BrOffice Impress é:

Alternativas
Comentários
  • Versão 6.0.3

     

    Apresentação de slides --> Iniciar o primeiro slide (F5)

     

  • GABARITO A


    Atalhos do Impress


    F1 - AJUDA DO IMPRESS

    F2 - CAIXA DE TEXTO (INSERIR >>> CAIXA DE TEXTO)

    F3 - ENTRAR NO GRUPO (FORMATAR >>> AGRUPAR >>> ENTRAR NO GRUPO)

    F4 - POSIÇÃO E TAMANHO

    F5 - INICIAR NO 1º SLIDE (APRESENTAÇÃO DE SLIDES >>> INICIAR NO 1º SLIDE)

    F6 - NAVEGA A PARTIR DO MENU ARQUIVO/BARRAS 

    F7 - ORTOGRAFIA (FERRAMENTAS >>> ORTOGRAFIA)

    F8 - PONTOS (EDITAR >>> PONTOS)

    F9 - INICIAR NO 1º SLIDE (APRESENTAÇÃO DE SLIDES >>> INICIAR NO 1º SLIDE)

    F10 - NAVEGA A PARTIR DO MENU ARQUIVO

    F11 - ESTILOS DE FORMATAÇÃO (FORMATAR >>> ESTILOS DE FORMATAÇÃO)




    bons estudos

  • Um murro na cara do examinador!

  • Atualmente, na versão 6.3, a questão está desatualizada.

    As opções são:

    Apresentação de slides -> Iniciar o primeiro slide (F5)

    Apresentação de slides -> Iniciar do slide atual (Shift + F5)

    Apresentação de slides -> Cronometrar

    Apresentação de slides -> Apresentação de slides personalizada...

    Apresentação de slides -> Configurações da apresentação de slides

    Bons Estudos!

  • Versões atuais:

    Apresentações de slide.

    Vai te dar algumas opções:

    Iniciar do primeiro slide , iniciar do slide atual....


ID
2473843
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um funcionário da UEMS acessou um site de um determinado banco e verificou que a URL do banco tem um sistema de segurança. Para esse acesso, ele digitou:

Alternativas
Comentários
  • Correta, A

    HTTPS - HTTP Protocol over TLS/SSL (transmissão segura)(Camada de transporte seguro) => porta: 443.

    NÃO confundir:

    HTTP (HyperText Transfer Protocol - Procolo de transferência de HiperTexto) - usada para transferir páginas WWW => porta: 80.

  • Gabarito''A''.

    =>https://www.banco.com.br

     Um URL se refere ao endereço de rede no qual se encontra algum recurso informático, como por exemplo um arquivo de computador ou um dispositivo periférico (impressora, equipamento multifuncional, unidade de rede etc.).

     Em outras palavras, o HTTPS criptografa a sessão com um certificado digital, utilizando o HTTP sobre SSL (Secure Sockets Layer) utilizado pelos navegadores. Então, se o website começa com https:// ao invés de http://, ele é um website seguro.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • GABARITO - A

    Dica:  O " S" salva = Segurança = conexão criptografada

    HTTPS - É uma implementação do protocolo HTTP sobre uma camada SSL (Secure Sockets Layer), essa camada adicional permite que os dados sejam transmitidos através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados digitais.

    PORTA: 443

    HTTP - Protocolo usado na Internet para transferir as páginas da WWW (WEB)

    PORTA : 80


ID
2473846
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A Internet é uma rede de computadores mundial. Dos serviços que oferece, o que possibilita serem fornecidos comentários, notícias ou informações particulares e, também, funciona como diários online é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E

     

    Um blogue (em inglês: blog) (contração dos termos em inglês web e log, "diário da rede") é um sítio eletrónico cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou postagens ou publicações. Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.

    Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diários online. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da Web e mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos blogs.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Blog


ID
2473849
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O programa de navegação que vem instalado junto com o Windows 7 é:

Alternativas
Comentários
  • O Internet Explorer é o navegador padrão do windows e vem instalado junto.

  • Gab a 

     

  • A questão aborda conhecimentos acerca dos exemplos de navegadores web existentes, mais especificamente quanto ao navegador que acompanha a instalação do sistema operacional Windows 7.

     

    A)      Correta - O Internet Explorer é o navegador web que acompanha a instalação do sistema operacional Windows. A função desse software é realizar a navegação da internet através do processamento de linguagem.

    B)      Incorreta – Não há um navegador chamado “Explorer Internet”.

    C)      Incorreta – O Chrome é o navegador web desenvolvido pela empresa Google. Para obter esse software, no sistema operacional Windows, o usuário deverá realizar a instalação posteriormente.

    D)      Incorreta - O Firefox é o navegador web desenvolvido pela empresa Mozilla. Para obter esse software, no sistema operacional Windows, o usuário deverá realizar a instalação posteriormente.

    E)      Incorreta – O Opera é o navegador web desenvolvido pela empresa Opera. Para obter esse software, no sistema operacional Windows, o usuário deverá realizar a instalação posteriormente.

     

    Gabarito – Alternativa A.


ID
2473852
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Backup é uma operação de segurança para copiar pastas e arquivos em um local diferente. Geralmente são copiados para outro disco rígido. A sequência para executar o programa de Backup no Windows XP é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.


ID
2473855
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

O aplicativo que utiliza a própria Internet para trafegar sinais que se assemelham à telefonia convencional, ou seja, torna possível ouvir-se a voz em tempo real é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    A plataforma VoIP transforma os sinais de voz (analógicos) em pacotes digitais para transmissão tanto na Internet quanto na Intranet. Estes pacotes são compactados para transmissão a um segundo portal, no qual eles serão novamente compactados, dessa vez em sinais de som analógicos, e enviados ao receptor.

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  •  

    VoIP: Protocolo de Voz sobre Internet.


ID
2473858
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A opção que torna possível marcar ou desmarcar a verificação automática de atualizações tanto do Mozilla Thunderbird quanto das suas extensões e temas instalados é:

Alternativas
Comentários
  • Seria a opção Avançado se fosse para desmarcar a verificação automática.
    Porém, as extensões e temas instalados estão no gerenciador de extensões

     


ID
2473861
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O modo de exibição de documento do Word que maximiza o espaço disponível para a leitura do documento ou para escrever comentários é:

Alternativas

ID
2473864
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

As teclas de atalho utilizadas no Mozilla Firefox para adicionar uma página no recurso chamado Favorito é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa letra " D" - Adicionar página aos FavoritosCtrl+DCtrl+DCtrl+T.

  • Ctrl +  D = adicionar aos favoritos.

    Ctrl + B = Localizar página salva em favoritos

    Ctrl + E = Fazer uma pesquisa.

  • ctrl + d 

    d de dicionar hahahahah

     

    Jesus te ama

  • Site DEMAIS!

    Ctrl + D

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos de teclado e suas funções no Mozilla Firefox, mais especificamente quanto ao atalho utilizado para salvar uma página nos favoritos.

     

    A)      Incorreta – O atalho CTRL + A tem como função selecionar todo o texto presente na página.

    B)      Incorreta – O atalho CTRL + B tem como função exibir ou ocultar o painel lateral esquerdo das páginas favoritas.

    C)      Incorreta – O atalho CTRL + C tem como função copiar o item selecionado para a área de transferência.

    D)      Correta - O atalho CTRL + D é utilizado para salvar a página atual no menu de favoritos.

    E)      Incorreta – O atalho CTRL + E tem como função selecionar a barra de endereços, que é utilizada para inserir a URL dos sites que serão visitados, bem como pode ser usada para inserir termos para pesquisa.

     

    Gabarito – Alternativa D.


ID
2473867
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um dos recursos do Microsoft PowerPoint é chamado de Temas. A sequência usada para inserir ou alterar temas nos slides é:

Alternativas
Comentários
  • Basta ir direto na aba "Design" que já serão mostrados diversos modelos de temas.


ID
2473870
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em conformidade com o que determina o Regimento Interno da UEMS, relacione as colunas abaixo:

I- Conselho Universitário

II- Câmara de Administração

III- Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão 

IV- Câmara de Ensino

V- Colegiado de Curso


( ) Órgão responsável, dentre outros, pela aprovação do Regimento Acadêmico, contendo as diretrizes gerais da organização, gerenciamento, execução e desenvolvimento do ensino de graduação e pós-graduação ofertados pela UEMS.

( ) Órgão responsável, dentre outros, pela apreciação de acordos e convênios firmados pela Instituição.

( ) Órgão responsável, dentre outros, pela aprovação da estrutura organizacional da Instituição, com as respectivas atribuições e competências dos órgãos integrantes da referida estrutura.

( ) Órgão responsável, dentre outros, pela aprovação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação.

( ) Órgão responsável, dentre outros, por elaborar e aprovar o planejamento das atividades do curso.

A sequência correta é: 

Alternativas

ID
2473873
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Não definido

Dentre as afirmativas abaixo, a que não está em conformidade com o Regimento Geral da UEMS é:

Alternativas

ID
2473876
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

José, Técnico de Nível Superior integrante dos quadros da UEMS, é habilitado em curso graduação e programa de mestrado na sua área de atuação. Esse funcionário, portanto, em conformidade com o Plano de Cargos e Carreiras da UEMS, encontra-se no nível de habilitação:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra C

    Nível 1 - Curso de Ensino Superior em Licenciatura ou Bacharelado;

    Nível 2 - Curso de Pós-Graduação em nível de Especialização na área;

    Nível 3 - Curso de Pós-Graduação em nível de Mestrado na área;

    Nível 4 - Curso de Pós-Graduação em nível de Doutorado na área;


ID
2473879
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Tal como consta na Constituição Federal, inciso V do art. 37, o Plano de Cargos e Carreiras da UEMS instituído pela Lei n° 2.230/01, em seu artigo 18, reserva cerca de _______dos cargos em comissão para provimento privativo de servidores de carreira.

A alternativa que completa corretam ente a lacuna é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra e).

     

    LEI 2.230/01

     

     

    Art. 18. Os cargos de que trata o artigo anterior serão classificados em níveis, com base na complexidade e responsabilidade das respectivas atribuições.

     

    Parágrafo único. Ficam reservados, para fins do disposto no inciso V do art. 37 da Constituição Federal, o mínimo de 70% (setenta por cento) dos cargos em comissão para provimento privativo de servidores de carreira.

     

     

    Fonte: http://www.tce.ms.gov.br/storage/docdigital/2010/04/1d097376264b196666904329dc7f50e6.pdf

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Resposta: Letra E

    "Art. 18. Os cargos de que trata o artigo anterior serão classificados em níveis, com base na complexidade e responsabilidade das respectivas atribuições.

    Parágrafo único. Ficam reservados, para fins do disposto no inciso V do art. 37 da Constituição Federal, o mínimo de 70%(setenta por cento) dos cargos em comissão para provimento privativo de servidores de carreira."


ID
2473882
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sendo a UEMS administrada por órgãos colegiados e executivos, faça a necessária correlação entre as instâncias abaixo:

I- Órgão Colegiado Superior

II- Órgão Colegiado Auxiliar

III- Órgão Executivo Superior

IV- Órgão Executivo de Administração Central

V- Órgão Executivo Administrativo de Assessoramento e Apoio


( ) Escritório de Representação em Campo Grande

( ) Gerência de Unidade Universitária

( ) Pró-Reitoria de Ensino

( ) Conselho Universitário

( ) Conselho Comunitário Consultivo

A sequência correta é:

Alternativas

ID
2473885
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Alfeu, aprovado em concurso público para o cargo de auxiliar de biblioteca, ao tomar posse, submeteu-se às seguintes exigências da Lei n°1.102/90, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Letra C


    Art. 19. Posse é o ato expresso de aceitação das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo, com o compromisso de desempenhá-lo com probidade e obediência às normas legais e regulamentares, formalizado com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.


ID
2473888
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O artigo 12 da Lei n° 2.230/2001 que instituiu o Plano de Cargos e Carreiras da UEMS registra que "_______ constituem a linha de habilitação do Professor de Ensino Superior e do Técnico de Nível Superior e objetivam a progressão funcional"

Alternativas

ID
2473891
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Convidado a discorrer sobre a Lei n° 2.230, de 2/5/2001, para um grupo de Técnicos de Apoio à Educação Superior da UEMS, um representante de um dos Colegiados cometeu um engano, logo retificado por ele mesmo. Das afirmações abaixo, a equivocada é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra C

    "Art. 25. O servidor que tiver seu cargo transformado perceberá o vencimento do novo cargo a partir do primeiro dia do mês imediatamente seguinte à publicação do ato de transformação, acrescido de vantagens calculadas sobre o novo vencimento."


ID
2473894
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a alternativa incorreta quanto aos assuntos pertinentes a atuação dos Órgãos Colegiados.

Alternativas

ID
2473897
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Lei n° 10.973/04, que dispõe sobre incentivas à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, autoriza, dentre outros, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Art. 3-B. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as respectivas agências de fomento e as ICTs poderão apoiar a criação, a implantação e a consolidação de ambientes promotores da inovação, incluídos parques e polos tecnológicos e incubadoras de empresas, como forma de incentivar o desenvolvimento tecnológico, o aumento da competitividade e a interação entre as empresas e as ICTs.           

    § 2 Para os fins previstos no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as respectivas agências de fomento e as ICTs públicas poderão:          

    I - ceder o uso de imóveis para a instalação e a consolidação de ambientes promotores da inovação, diretamente às empresas e às ICTs interessadas ou por meio de entidade com ou sem fins lucrativos que tenha por missão institucional a gestão de parques e polos tecnológicos e de incubadora de empresas, mediante contrapartida obrigatória, financeira ou não financeira, na forma de regulamento;          

    I - compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações com ICT ou empresas em ações voltadas à inovação tecnológica para consecução das atividades de incubação, sem prejuízo de sua atividade finalística;           

    II - permitir a utilização de seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações existentes em suas próprias dependências por ICT, empresas ou pessoas físicas voltadas a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, desde que tal permissão não interfira diretamente em sua atividade-fim nem com ela conflite;           

    III - permitir o uso de seu capital intelectual em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.           

    A - a participação majoritária da União no capital de empresa privada que vise desenvolvimento de projeto tecnológico para obtenção de produto inovador.

    Art. 5 São a União e os demais entes federativos e suas entidades autorizados, nos termos de regulamento, a participar minoritariamente do capital social de empresas, com o propósito de desenvolver produtos ou processos inovadores que estejam de acordo com as diretrizes e prioridades definidas nas políticas de ciência, tecnologia, inovação e de desenvolvimento industrial de cada esfera de governo.            

    Fonte:

  • Gabarito Letra A

    A UNIÃO PARTICIPA DE FORMA MINORITÁRIA NO CAPITAL DE EMPRESA PRIVADA

  • Alternativa incorreta:

    A) A participação majoritária (minoritária) da União no capital de empresa privada que vise desenvolvimento de projeto tecnológico para obtenção de produto inovador.

  • CUIDADO!

    QUESTÃO ANTERIOR À VIGÊNCIA DO MARCO LEGAL DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÂO, EM VIGOR DESDE 2016!


ID
2473900
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O art. 22 da Lei Federal n° 8.666/1993 arrola as cinco modalidades de licitação com a seguinte redação:

São modalidades de licitação:

I- concorrência

II- tomada de preços

III- convite

IV- concurso

V- leilão

Acerca das definições expressas na referida lei, a assertiva incorreta é: 

Alternativas
Comentários
  • A modalidade "concurso" terá o edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias, conforme o §4º do art. 22 da Lei 8.666/93.

  • Gabarito: C

    erros: interessados "previamente cadastrados"; antecedência mínima de "30" dias

    Lei 8666, art. 22, §4º: 
    4º  Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias

  • Que venha FAPEMS !! Delta Ms

  • Vamo q vamo guerreiro!! Destruir essa banca!

    4 dias PC/MS

  • Gab B

    Lei 8666, art. 22, §4º: 
    4º  Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de45 (quarenta e cinco) dias.

     

  • GABARITO: LETRA B

    Das Modalidades, Limites e Dispensa

    Art. 22. São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

    § 1°  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

    § 2° Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

    § 3° Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objetocadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

    § 4° Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

    § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.      

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca das modalidades de licitação. Vejamos:

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Vejamos:

    A. CERTO.

    Art. 22, §3º, Lei 8.666/93 – Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

    B. ERRADO.

    Art. 22, §4º, Lei 8.666/93 Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.

    C. CERTO.

    Art. 22, § 5º, Lei 8.666/93 – Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. Somente poderá ser utilizado quando a Administração almejar alienar bens, devendo-se, obrigatoriamente, nessa modalidade, usar o tipo maior lance para a seleção da proposta mais vantajosa.

    D. CERTO.

    Art. 22, § 2º, Lei 8.666/93 – Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Dica: Tomada de preços - Terceiro dia.

    E. CERTO.

    Art. 22, §1º, Lei 8.666/1993 – Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
2473903
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Conforme artigo 12 da Lei n° 8.666/93 nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados, principalmente, os seguintes requisitos, exceto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    Lei 8.666/93

     

    Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:

    I - segurança;

    II - funcionalidade e adequação ao interesse público;

    III - economia na execução, conservação e operação;

    IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;

    V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

    VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas;

    VII - impacto ambiental.

  • Matéria-prima de domínio restrito foi foda ...kkkkk 

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca das modalidades de licitação. Vejamos:

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Como esta presente questão é anterior à nova lei, a lei que a fundamenta ainda é a Lei 8.666/93. Vejamos:

    Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:

    I - segurança;

    II - funcionalidade e adequação ao interesse público;

    III - economia na execução, conservação e operação;

    IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;

    V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

    VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas;

    VII - impacto ambiental.

    Desta forma:

    A. ERRADO. Possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia sofisticada e de matérias primas de domínio restrito, que possibilitem a execução, conservação e operação.

    Conforme art. 12, IV, Lei 8.666/93.

    B. CERTO. Adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas e impacto ambiental.

    Conforme art. 12, VI e VII, Lei 8.666/93.

    C. CERTO. Facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço.

    Conforme art. 12, V, Lei 8.666/93.

    D. CERTO. Segurança e funcionalidade e adequação ao interesse público.

    Conforme art. 12, I e II, Lei 8.666/93.

    E. CERTO. Economia na execução, conservação e operação.

    Conforme art. 12, III, Lei 8.666/93.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
2473906
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Entende-se Pregão como o procedimento administrativo por meio do qual a Administração Pública, garantindo a isonomia, seleciona fornecedor ou prestador de serviço, visando à execução de objeto comum no mercado, permitindo aos licitantes, em sessão pública, reduzir o valor da proposta por meio de lances sucessivos. (Fernandes,2005):

A Lei Federal n° 10.520/2002 institui a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. No que diz respeito à fase preparatória dessa modalidade, a assertiva correta é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: LETRA D (conforme inciso III, do artigo 3º da Lei n.10.520/2002)

    Letra A - INCORRETA (a autoridade NÃO sorteará, mas sim DESIGNARÁ - artigo 3º, inciso IV Lei 10.520/2002);

    LETRA B - INCORRETA (a definição do objeto deve ser precisa, suficiente e clara, PORÉM DEVE VEDAR especificações - inciso II do artigo 3, da LEi 10.520/2002);

    LETRA C - INCORRETA (a autoridade justificará e NÃO  a "EQUIPE DE APOIO" - inciso IV da Lei 10.520/2002)

    LETRA E - INCORRETA (não consta no artigo de lei para a fase preparatória).

  • Resposta Correta : letra D

    Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:

    I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;

    II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;

    III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados; e

    IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.


ID
2473909
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Das regras especificadas pelo Decreto Estadual n° 11.818/2005, que dispõe sobre aquisição de bens e serviços comuns pela modalidade de licitação por pregão, com a utilização de recursos de tecnologia da informação, considere as assertivas a seguir:

I- O licitante deverá manifestar, em campo próprio do sistema eletrônico, como requisito para participação no pregão, o pleno conhecimento e atendimento das exigências de habilitação previstas no edital.

II- Encerrada a etapa de lances da sessão pública, o licitante detentor da melhor oferta deverá comprovar, em 5 (cinco) dias úteis, a situação de habilitação.

III- Todas as referências de tempo no edital, no aviso e durante a sessão pública, observarão obrigatoriamente o horário oficial de Brasília.

IV- Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado e as regras de aceitação dos mesmos.

Alternativas
Comentários
  • a questão não é sobre bens publicos

     

    gab C


ID
2473912
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Decreto Estadual n° 11.818/2005 prevê que serão previamente credenciados pelo provedor do sistema eletrônico, a autoridade competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio, os operadores do sistema e os licitantes que participam do pregão eletrônico. Sobre as previsões de credenciamento e acessos ao sistema, previstos no Decreto, está incorreta a afirmação:

Alternativas

ID
2473915
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Não definido

As exigências da Portaria Interministerial n° 507/2011 não se aplicam aos convênios, quando:

Alternativas

ID
2473918
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:

I- Cursos de educação profissional de nível médio e cursos de pós-graduação.

II- Cursos de extensão e cursos de educação profissional de nível médio.

III- Cursos sequenciais por campo de saber e cursos de graduação.

IV- Mestrado e doutorado e cursos de especialização e extensão.

V- Cursos de pós-graduação e cursos de extensão.

Alternativas
Comentários
  • Segundo a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)

     

    Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:

    I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente;

    II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

    III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

    IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.


ID
2473921
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Indique V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas, tendo como referência a Lei N° 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

( ) A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização.

( ) Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, cento e oitenta dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado ao processo avaiiativo e aos exames finais, quando houver.

( ) Os prazos do reconhecimento dos cursos, assim como o do credenciamento de instituições de educação superior serão limitados, podendo ser renovados após processo regular de avaliação.

( ) Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional e, os que forem expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados.

A sequência correta á:

Alternativas
Comentários
  • Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização.

    Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, 200 dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

    Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação.

    Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.

    § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.

     


ID
2473924
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Estatuto da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS é o instrumento que define a estrutura universitária e apresenta as normas do seu funcionamento. Com base no Estatuto, a alternativa que inclui os órgãos colegiados e os órgãos executivos superiores da administração da UEMS é:

Alternativas
Comentários
  • Art. 6º São órgãos colegiados superiores:

    I- Conselho Universitário;

    II- Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

    Art. 8º São órgãos executivos superiores:

    I- Reitoria;

    II- Vice-Reitoria;

    III- Pró-Reitorias.


ID
2473927
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Avalie as afirmações abaixo, indicando com V para as verdadeiras e F para as falsas:

( ) Ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão compete, dentre outros, deliberar sobre o plano de carreira do pessoal docente, bem como definir normas para avaliação de desempenho e de promoção.

( ) Compete ao Conselho Universitário da UEMS traçar a política universitária e suas diretrizes e aprovar o Regimento Geral e suas alterações.

( ) É atribuição do Reitor, promover relacionamento permanente da UEMS com a comunidade e com as instituições públicas e particulares.

( ) Aprovar regulamento disciplinar aplicável ao corpo docente e discente é atribuição do Reitor.

( ) Compete ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão deliberar sobre o calendário acadêmico da Universidade, encaminhado pela Pró-Reitoria pertinente.

A sequência correta á:

Alternativas
Comentários
  • Art. 39. Ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, compete:

    VII - aprovar regulamento disciplinar aplicável ao corpo docente e discente;


ID
2473930
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Regimento Interno

Analise as afirmações:

I- A reunião da Comunidade Universitária constitui a Assembleía Universitária, que é convocada e presidida por um membro do corpo docente.

II- São funções básicas da Universidade, o ensino, a pesquisa e a extensão, exercidas de modo indissociável.

Ill- Os órgãos de representação estudantil são o Diretório Central dos Estudantes e o Grêmio Estudantil.

IV- A comunidade universitária é constituída peios segmentos docente, discente e técnico-administrativo.

V- O corpo discente á composto de alunos regulares e alunos especiais. 

Alternativas

ID
2473933
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação ao ingresso de portador de diploma de curso superior, marque V para as afirmações verdadeiras ou F para as falsas:

( ) Na ocasião, o candidato deverá entregar cópia do diploma e do histórico escolar do curso superior de graduação, dentre outros documentos previstos em normas da Instituição.

( ) As vagas para o ingresso de portadores de diploma de curso superior serão ofertadas após os processos de reingresso e de transferência interna e externa.

( ) Os pedidos de ingresso deverão ser protocolados na Secretaria Acadêmica, nos prazos estabelecidos em calendário acadêmico

( ) Poderá, a Diretoria de Registro Acadêmico, dispensar a publicação das vagas no prazo estabelecido em calendário acadêmico.

( ) O portador de diploma de curso superior poderá ser enquadrado em qualquer período do curso.

A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Qual é a razão dessa questão ter sido incluída?

  • Nada a ver com o tema.


ID
2473936
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O cancelamento da matrícula do aluno é competência da:

Alternativas
Comentários
  • GB/B DIRETORIA = ADVERTÊNCIA...

    PMGO

  • Art. 60. O cancelamento da matrícula ocorrerá nas seguintes situações:

    I - por iniciativa do acadêmico solicitado por escrito em qualquer época e efetivado na secretaria acadêmica do curso;

    II - no caso do acadêmico que ausentar-se nos 10 (dez) primeiros dias letivos, após a matrícula, no primeiro ano letivo do curso, ressalvados os casos previstos na legislação vigente, via controle do Coordenador de Curso;

    III - por iniciativa da DRA, quando o acadêmico:

    a) reprovar em todas as disciplinas por 2 (dois) períodos consecutivos;

    b) receber sanção disciplinar de desligamento;

    c) não integralizar o currículo pleno do curso no prazo máximo estabelecido no projeto pedagógico do curso;

    d) verificado o status de abandono de curso, não solicitar o reingresso por 2 (dois) períodos letivos consecutivos.

    Art. 61. O cancelamento da matrícula efetivar-se-á por ato da DRA.

    Parágrafo único. O cancelamento referente ao inciso I do artigo anterior efetivar-se-á na Secretaria Acadêmica.

    Questão confusa, pois poderia ser a alternativa A, uma vez que não especifica se o cancelamento foi realizado por iniciativa do acadêmico.


ID
2473939
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia

Relacione as colunas:

I- Especialização

II- Mestrado Acadêmico

III- Mestrado Profissional

IV- Doutorado Acadêmico


( ) é a capacitação técnico-científica em área definida, com uso de metodologia científica e aprofundamento de conhecimentos ou técnicas de pesquisa científica ou artística.

( ) é a formação de profissionais com habilidades de produzir e conduzir, de forma independente, pesquisas originais em áreas específicas do conhecimento.

( ) é a promoção da competência científica para o Magistério Superior, atividades de pesquisa e outras atividades acadêmicas.

( ) é o aperfeiçoamento profissional em uma área específica do saber.

A sequência correta é:

Alternativas

ID
2473942
Banca
FAPEMS
Órgão
UEMS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Dadas as afirmativas abaixo, indique como F (falso) ou V (verdadeiro) para cada uma delas, De acordo com a Resolução CEPE-UEMS N° 880/2009:

( ) O período letivo dos cursos de pós-graduação lato sensu corresponderá ao tempo do curso estipulado no projeto pedagógico.

( ) Os alunos matriculados apenas em disciplinas isoladas do curso de pós-graduação lato sensu não são vinculados a nenhum curso de pós-graduação da UEMS que conduza ao grau de especialista.

( ) A integralização dos estudos necessários ao mestrado e ao doutorado será expressa em unidades de créditos.

( ) O aluno de mestrado deverá integralizar, pelo menos, 62 ( sessenta e duas) unidades de crédito. 

A sequência correta é: 

Alternativas