SóProvas



Prova FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Anos Iniciais do Ensino Fundamental


ID
1535362
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

De acordo com o texto, o

Alternativas

ID
1535365
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

Pois bem - e aí está o mistério que me intriga ... (último parágrafo)

Com a afirmativa acima, o autor aponta para a

Alternativas
Comentários
  • Por que a resposta correta seria A e não C?

  • também possuo a mesma duvida de Mônica Silva


  • Também concordo que deveria ser a letra c.

  • Esta correção está errada!

    O correto seria letra C.

  • pior que chequei o gabarito, realmente é a alternativa A

  • não tem o minimo sentido essa resposta,viajou,o texto não diz isso em lugar algum.


ID
1535368
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. (3o parágrafo)

A afirmativa acima vem justificar o que fica implícito a respeito

Alternativas

ID
1535371
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

... mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores. (final do 1o parágrafo)

O segmento introduzido pelos dois-pontos constitui

Alternativas
Comentários
  • Condição? Tá de brincadeira.

    Veja:

    mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.

    A expressão "mas não deu pé" tem o significado de "mas não deu certo". Então você pergunta ao verbo, "mas por que não deu certo?" Porque/visto que eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.

    Não entendi o motivo da banca considerar como condição. Para mim, é um claro exemplo de explicação/causa do termo anterior, não à toa que a maioria também marcou a letra "A".

  • eu não conseguia guardar o nome dos jogadores. (final do 1o parágrafo) 

    A condição seria se " eu conseguia guardar o nome..."

    Como pode "não conseguir" ser a condição imposta para ser locutor?


ID
1535374
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. (1o parágrafo)

Alternativas

ID
1535377
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

Quanto à repetição da expressão "principalmente no interior", isolada por aspas, é correto afirmar que se trata de

Alternativas
Comentários
  • "insistência desnecessária"

    uau..nunca marcaria uma assertiva dessa como correta, pois demonstra muito uma certa "opinião pessoal" do examinador..provinha sacana essa.

  • Tambem achei! 

    nunca marcaria essa como correta.

  • Fui direto na questão D, como a maioria. Mas, já não é a primeira questão da FCC que eu erro ao atrelar o uso das aspas à ironia. Então, fui atrás do significado da palavra ironia. Eis que: Ironia é o uso de palavras com umsentido diferente ou oposto do significado mais comum. É uma figura de linguagem que faz uma contradição bem humorada ao que se quer dizer. 
    Então, não poderíamos dizer que  "principalmente no interior" representa uma ironia. Logo, teríamos que buscar outra resposta. Se refletirmos com calma, o termo entre aspas é sim uma insistência desnecessária. Se fosse retirada do texto, não faria nenhuma falta. Mas, reconheço que é uma conclusão suada... 

     


ID
1535380
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                             Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)


Texto II - A era do rádio e dos compositores

      Televisão, internet, telefone celular - esta é sem dúvida a era da comunicação. Estamos nela. É difícil para o homem do século XXI compreender o impacto do primeiro veículo de comunicação de massa do mundo, ainda na década de 1930: o rádio, que cumpriu um destacado papel social tanto na vida privada como na vida pública [...]
      O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. Homens e mulheres, analfabetos e letrados, eram ouvintes das mesmas informações, compartilhando um repertório de questões a serem discutidas. O país ganhava mais uma fonte de integração nacional.


                                                   (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p. 53)

Texto III

      A novidade da radiodifusão criou uma relação privilegiada entre artista e público. Pela primeira vez na história, a arte do canto tinha uma massa crescente de ouvintes. Na verdade, grande parte dos cantores apareceu para o público através dos programas de calouros que agitaram a vida artística do rádio de 1930 até meados da década de 1950. [...]
      Muitos foram os jovens que se apresentavam nos programas sonhando ser famosos cantores de rádio, cortejados e admirados pelos fãs. Para eles, geralmente advindos das camadas mais simples da sociedade, mal-remunerados, representantes de um país com grandes disparidades sociais, ser cantor de rádio representava, sobretudo, ascensão social. Poucos conseguiram um espaço no competitivo mercado. Pouquíssimos se tornaram ícones da voz. [...]
      A onipresença desses cantores na Era do Rádio ofuscou a participação de outros intérpretes do nosso cancioneiro. É como se as vozes de Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva, Sílvio Caldas e Ciro Monteiro equacionassem a síncope, a bossa e a malandragem do samba urbano. Seus peculiares e diversificados estilos moldaram toda uma era.


                                              (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, pp. 51-52)

O país ganhava mais uma fonte de integração nacional. (final do Texto II)

Entende-se a frase acima como

Alternativas

ID
1535383
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                             Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)


Texto II - A era do rádio e dos compositores

      Televisão, internet, telefone celular - esta é sem dúvida a era da comunicação. Estamos nela. É difícil para o homem do século XXI compreender o impacto do primeiro veículo de comunicação de massa do mundo, ainda na década de 1930: o rádio, que cumpriu um destacado papel social tanto na vida privada como na vida pública [...]
      O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. Homens e mulheres, analfabetos e letrados, eram ouvintes das mesmas informações, compartilhando um repertório de questões a serem discutidas. O país ganhava mais uma fonte de integração nacional.


                                                   (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p. 53)

Texto III

      A novidade da radiodifusão criou uma relação privilegiada entre artista e público. Pela primeira vez na história, a arte do canto tinha uma massa crescente de ouvintes. Na verdade, grande parte dos cantores apareceu para o público através dos programas de calouros que agitaram a vida artística do rádio de 1930 até meados da década de 1950. [...]
      Muitos foram os jovens que se apresentavam nos programas sonhando ser famosos cantores de rádio, cortejados e admirados pelos fãs. Para eles, geralmente advindos das camadas mais simples da sociedade, mal-remunerados, representantes de um país com grandes disparidades sociais, ser cantor de rádio representava, sobretudo, ascensão social. Poucos conseguiram um espaço no competitivo mercado. Pouquíssimos se tornaram ícones da voz. [...]
      A onipresença desses cantores na Era do Rádio ofuscou a participação de outros intérpretes do nosso cancioneiro. É como se as vozes de Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva, Sílvio Caldas e Ciro Monteiro equacionassem a síncope, a bossa e a malandragem do samba urbano. Seus peculiares e diversificados estilos moldaram toda uma era.


                                              (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, pp. 51-52)

Para eles, (...) ser cantor de rádio representava, sobretudo, ascensão social. (Texto III, 2o parágrafo)

O sentido da afirmativa acima pode ser corretamente relacionado com a seguinte frase:

Alternativas

ID
1535386
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                             Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)


Texto II - A era do rádio e dos compositores

      Televisão, internet, telefone celular - esta é sem dúvida a era da comunicação. Estamos nela. É difícil para o homem do século XXI compreender o impacto do primeiro veículo de comunicação de massa do mundo, ainda na década de 1930: o rádio, que cumpriu um destacado papel social tanto na vida privada como na vida pública [...]
      O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. Homens e mulheres, analfabetos e letrados, eram ouvintes das mesmas informações, compartilhando um repertório de questões a serem discutidas. O país ganhava mais uma fonte de integração nacional.


                                                   (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p. 53)

Texto III

      A novidade da radiodifusão criou uma relação privilegiada entre artista e público. Pela primeira vez na história, a arte do canto tinha uma massa crescente de ouvintes. Na verdade, grande parte dos cantores apareceu para o público através dos programas de calouros que agitaram a vida artística do rádio de 1930 até meados da década de 1950. [...]
      Muitos foram os jovens que se apresentavam nos programas sonhando ser famosos cantores de rádio, cortejados e admirados pelos fãs. Para eles, geralmente advindos das camadas mais simples da sociedade, mal-remunerados, representantes de um país com grandes disparidades sociais, ser cantor de rádio representava, sobretudo, ascensão social. Poucos conseguiram um espaço no competitivo mercado. Pouquíssimos se tornaram ícones da voz. [...]
      A onipresença desses cantores na Era do Rádio ofuscou a participação de outros intérpretes do nosso cancioneiro. É como se as vozes de Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva, Sílvio Caldas e Ciro Monteiro equacionassem a síncope, a bossa e a malandragem do samba urbano. Seus peculiares e diversificados estilos moldaram toda uma era.


                                              (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, pp. 51-52)

Com base em cada um dos segmentos abaixo, está correto o que consta em:

Alternativas
Comentários
  • Essa me caiu os butiás do bolso. De onde o examinador inferiu que o ouvintes eram analfabetos? Buguei.

  • A única questão da FCC sobre adjetivos e eles fazem uma cagada dessas... Ainda bem que pararam, pelo visto!

  • algue,m pode postar a resposta do gabarito, por gentileza

  • hahhaaaaaaaaaaaa quero ver um professor comentar essa!

  • Alguma alma caridosa sabe responder o porquê de não ser a letra D? Obrigada! :)

  • Compartilho seu questionamento, Larissa. :)

  • cagada é adjetivo?

  • Boa tarde pessoal, a letra D não está correta porque ela está certa rsrrs e o examinador errado.

    Brincadeira, mas é o seguinte: o que o examinador disse sobre a letra D está errado, por quê?

    d)O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. (Texto II, 2o parágrafo).
    O pronome que dá origem a uma situação de ambiguidade, em razão de um equívoco na concordância do verbo que o segue.

    1º o que é ambiguidade? 1.Característica do que é ambíguo, do que apresenta vários sentidos 2. Falta de clareza.
    O pronome que não deixa a passagem com falta de clareza (ambiguidade) porque ele, neste caso, é pronome relativo que tem como função retomar um termo antecedente substituindo e nessa situação o pronoem que retoma a palavra notícia e passa a exercer papel de sujeito na sua frase.

    2º E como o que exerce papel de sujeito e retoma a palavra nototícia, nada mais justo que um verbo para concordar com seu sujeito e aqui o sujeito do verbo passou é o que, o qual é relativo e se refere a palavra notícia, por isso: a notícia  passou  a ser mais veloz e abrangente.

    Assim, o que o examinador disse sobre ambiguidade e equívoco de concordância não tem nada haver.

    Ei! Se eu errei manda uma mensagem por favor!

  • a D está errada porque POUCOS ali está como PRONOME INDEFINIDO, e não como ADJETIVO. Pra ser ADJETIVO, teria que ter algum outro termo pra ADJETIVAR. marquei a D por falta de atenção, mas também achei a B ridícula.

  • Estou procurando até hoje esses "analfabetos" do texto que só o examinador conseguiu enxergar.

  • Já estava com vontade de chorar, depois dessa questão a lágrima quase desceu

  • Ficou confusa pouco a questão.

  • Pior que as questões mais complicada os professores não comentam, essa hora que nos precisamos essa letra D deixa muito na dúvida por mais que o gabarito seja a B.

  • Morar no interior NÃO significa ser analfabeto. Em nenhum momento o texto traz circunstâncias que nos permitem inferir tal informação.

    Triste!

  • Para quem ficou em parafusos, eu baixei essa prova e vi que o erro parte do Q Concursos, faltou colocar no enunciado da questão:

    Atenção: Para responder às questões de números 7 a 10, considere os dois textos seguintes e também o Texto I

    (Sendo que os 2 textos seguintes seriam o II e o III e essa questão na prova original é a n° 9)

    O texto 2 menciona analfabetos e acredito eu que teríamos que partir para o sentido de que existiam mais ouvintes analfabetos do que letrados, partindo da situação histórica de nosso país. Essa foi a única justificativa que encontrei...

    "O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. Homens e mulheres, analfabetos e letrados, eram ouvintes das mesmas informações, compartilhando um repertório de questões a serem discutidas".

    Link da prova: https://arquivos.qconcursos.com/prova/arquivo_prova/39848/fcc-2012-see-mg-professor-de-educacao-basica-anos-iniciais-do-ensino-fundamental-prova.pdf?_ga=2.200299630.1799275315.1591796469-1971534552.1583979366


ID
1535389
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                             Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)


Texto II - A era do rádio e dos compositores

      Televisão, internet, telefone celular - esta é sem dúvida a era da comunicação. Estamos nela. É difícil para o homem do século XXI compreender o impacto do primeiro veículo de comunicação de massa do mundo, ainda na década de 1930: o rádio, que cumpriu um destacado papel social tanto na vida privada como na vida pública [...]
      O aparecimento do rádio mudou a relação dos indivíduos com a notícia, que passou a ser mais veloz e abrangente. Homens e mulheres, analfabetos e letrados, eram ouvintes das mesmas informações, compartilhando um repertório de questões a serem discutidas. O país ganhava mais uma fonte de integração nacional.


                                                   (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p. 53)

Texto III

      A novidade da radiodifusão criou uma relação privilegiada entre artista e público. Pela primeira vez na história, a arte do canto tinha uma massa crescente de ouvintes. Na verdade, grande parte dos cantores apareceu para o público através dos programas de calouros que agitaram a vida artística do rádio de 1930 até meados da década de 1950. [...]
      Muitos foram os jovens que se apresentavam nos programas sonhando ser famosos cantores de rádio, cortejados e admirados pelos fãs. Para eles, geralmente advindos das camadas mais simples da sociedade, mal-remunerados, representantes de um país com grandes disparidades sociais, ser cantor de rádio representava, sobretudo, ascensão social. Poucos conseguiram um espaço no competitivo mercado. Pouquíssimos se tornaram ícones da voz. [...]
      A onipresença desses cantores na Era do Rádio ofuscou a participação de outros intérpretes do nosso cancioneiro. É como se as vozes de Francisco Alves, Mário Reis, Orlando Silva, Sílvio Caldas e Ciro Monteiro equacionassem a síncope, a bossa e a malandragem do samba urbano. Seus peculiares e diversificados estilos moldaram toda uma era.


                                              (André Diniz. Almanaque do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, pp. 51-52)

Considerando o que dizem os três textos, a afirmativa correta é:

Alternativas

ID
1535392
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um pai tem 34 anos e seus filhos 5, 6 e 8 anos. Daqui a 8 anos a soma das idades dos 3 filhos menos a idade do pai será

Alternativas
Comentários
  • Caros amigos...

    Somei a idade dos três filhos (individualmente) por oito:

    5+8=13

    6+8=14

    8+8=16

    somando = 43 (daqui a oito anos a soma das idades dos filhos é igual a 43

    Depois, somei a idade do pai 34 anos mais 8 (afinal ele tbm envelheceu)

    34+8=42

    assim, daqui a oito anos a diferença entre a idade dos filhos e a do pais é 43-42=1

    assertiva A

  • Comentário dessa questão no Youtube:

     

    Matemática FCC QUESTÃO 03 DE 210 RESOLVIDA PROFESSOR JOSELIAS
    https://www.youtube.com/watch?v=JPjdjrOL7-g&index=3&list=PLmaJzHp7KxC41gmRHzhuB4EU3qY1Z5BQ6
     


ID
1535395
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um prédio recebe correspondência todos os dias ímpares do mês e a entrega do botijão de gás é feita nos dias múltiplos de 3. No mês de agosto essas entregas coincidiram

Alternativas
Comentários
  • os multiplos de 3 do mês são:

    3,6,9,12,15,18,21,24,27,30 e os dias impares são os que estão em vermelho.

  • Como esta questão quer o múltiplo, este vídeo ajuda muito: https://www.youtube.com/watch?v=MVxkuFoRSgc&t=85s

    agora se a questão pedir os divisores temos esta diga muito boa:

    Divisíveis por 8

    0, 8, 16, 24, 48, 96, 192... Um número também é divisível por 8 quando termina em 000 ou quando o número formado pelos últimos algarismos da direita forem divisíveis por 8.

    2000/8 = 250

    43104/8 = 5388

    76120/8 = 9515

    Divisíveis por 1, 2 e 5

    Por um todos os números são divisíveis, por dois todos os pares e por cinco aqueles que terminam em zero ou em cinco.

    Divisíveis por 3

    Um número é divisível por três se a soma de seus algarismos for divisível por três. Veja:

    417 é divisível por 3?

    A soma de seus algarismos é:

    4 + 1 + 7 = 12

    Como 12 é divisível por três (12/3 = 4), 417 também é (417/3 = 139).

    2.222 é divisível por três?

    2 + 2 + 2 + 2 = 8

    Não, pois oito não é divisível por três.

    Divisíveis por 6 e 9

    Para o seis e para o nove, a regra é a mesma:

    Será divisível por seis ou por nove o número cuja soma de seus algarismos for divisível por seis ou por nove, respectivamente.

    Isso facilitará enormemente as sua contas, já que, de antemão, você saberá se a divisão é exata ou não.

    Divisíveis por 7

    Existe uma regra um pouco trabalhosa para se verificar a divisibilidade pelo número 7. Já a regra a seguir, mais simples, é muito eficaz para certos casos:

    714 é a soma de 700 mais 14. Como 700 e 14 são divisíveis por 7, então 714 também é divisível por 7.

    14728 é igual a 14000 mais 700 mais 28. Como todos são divisíveis por 7, então o número 14728 também é.

    Carlos Alberto Campagner, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é engenheiro mecânico, com mestrado em mecânica, professor de pós-graduação e consultor de informática.


ID
1535401
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

João e Carlos, resolveram apostar na loteria esportiva, sendo que João entrou com R$ 120,00 e Carlos com R$ 180,00. Ganharam um prêmio de R$ 240.000,00. Então, está correto afirmar que a melhor maneira de ra-tear esse prêmio proporcionalmente ao que cada um apostou é

Alternativas
Comentários
  • Soma-se R$120.00+ R$180.00=R$300.00, divide R$240.000,00 por R$300,00 = R$800,00 e depois multiplica pelo valor que cada um contribuiu.

    João R$120,00xR$800,00= R$96.000,00

    Carlos R$180.00x R$800,00=R$144.000,00

    Alternativa C

  • Questão básica de razão diretamente proporcional. Resolve usando o K.


ID
1535404
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A distribuição de salários de uma empresa é dada na tabela abaixo: 

                          Salário em R$       N° de funcionários 
                                700,00                            10
                             1.000,00                              4
                             1.500,00                              4
                             4.000,00                              1
                             5.000,00                              1 


Baseando-se na tabela acima, está correto afirmar que a porcentagem de funcionários que ganham abaixo do salário médio dessa empresa é

Alternativas
Comentários
  • R$ 700 . 10 = R$ 7000

    R$ 1000 . 4 = R$ 4000

    R$ 1500 . 4 = R$ 6000

    R$ 4000 . 1 = R$ 4000

    R$ 5000 . 1 = R$ 5000


    7000+4000+6000+4000+5000 = 27000

    27000/5 cargos = 1350

    14 funcionarios recebem menos de 1350

    20----100%

    14---x

    x= 70%

  • Olá Veridiana. Primeiramente obrigado pelo seu comentário. Mas, só esclarecendo um pouco, não são 5 funcionários, mas 20, conforme a tabela. Além disso, a soma dos valores que você colocou dá 26.000. Assim, a média ponderada será igual a 26.000/20 = 1.300. No resto, seu cálculo tá certinho. Espero que o meu comentário ajude, assim como o da Veridiana. 

  • R$ 700 . 10 = R$ 7000

    R$ 1000 . 4 = R$ 4000

    R$ 1500 . 4 = R$ 6000

    R$ 4000 . 1 = R$ 4000

    R$ 5000 . 1 = R$ 5000

     

    7000+4000+6000+4000+5000 = 26000

    26000/ 20 funcionários = 1300

    14 funcionarios recebem menos de 1300

    20 ( total de funcionários)----100%

    14---x

    x= 70%


ID
1535410
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Misturando 9 litros de água com 3 litros de suco concentrado, a porcentagem de água na mistura é de

Alternativas
Comentários
  •  9 LITROS DE ÁGUA + 3 LITROS DE SUCO = 12 LITROS DA MISTURA (total da mistura) 

    ÁGUA/total da mistura = 9/12 = 3/4 = 0,75 = 75 % (letra a) 

  • Regra de Três Simples

    tudo equivale a 100%, então, 9+12 = 100%

    12----------- 100

    9 -------------x

    12x=900 

    x=900/12

    x = 75

    75%

  • Alternativa A.

    O total será a soma da água com a soma do suco concentrado (9 + 3 = 12L)

    12L --- 100%

     9   ---  x

    12x = 900

    x = 75%

  • Ainda pode ser resolvida com o método da parte pelo todo

    Qtde de água/ qtde de água+suco = 9/9+3 = 0,75 x 100% = 75%

  • Comentário dessa questão no youtube:

     

    Matemática FCC QUESTÃO 11 DE 210 RESOLVIDA PROFESSOR JOSELIAS
    https://www.youtube.com/watch?v=ACvOv90PxUw&index=11&list=PLmaJzHp7KxC41gmRHzhuB4EU3qY1Z5BQ6


ID
1535413
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Antonio, Bruno e Celso disputaram uma corrida. Dadas as condições físicas e de preparo, Bruno tem o triplo de chances de vencer Antonio e Celso tem o quádruplo de chances de vencer Bruno. Dessa forma, a probabilidade de Bruno vencer é de

Alternativas
Comentários
  • BRUNO VENCER: 3x Antonio      CELSO VENCER: 4x de Bruno logo,   Antonio:1%    Bruno: 3x1 de antonio = 3%      Celso: 4x 3% de Bruno= 12%

    12+3+1= 16 (meu universo de chance) logo, a possibilidade de Bruno é de : 3/16

    letra B

     

    O mundo fecha portas, mas Deus abre caminhos!

    Só Jesus Salva!

  • Comentário dessa questão no youtube:

     

    Matemática FCC QUESTÃO 12 DE 210 RESOLVIDA PROFESSOR JOSELIAS
    https://www.youtube.com/watch?v=BNmda53J-1o&index=12&list=PLmaJzHp7KxC41gmRHzhuB4EU3qY1Z5BQ6

  • Tonin: 0

    Brunin: 000

    Celsin: 000 000 000 000

     

    Universo de 16 [0]

    Brunin = 3/16


ID
1535416
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma festinha de aniversário, a mãe do aniversariante ia distribuir igualmente 120 docinhos entre as crianças. Na última hora apareceram mais 4 crianças, e ela precisou acrescentar mais 20 docinhos para serem distribuídos igualmente, de modo que cada uma recebesse a mesma quantidade que receberia antes. Dessa forma, o número de crianças que havia inicialmente na festa era de

Alternativas
Comentários
  • X = quantidade de crianças
    y = quantidade de docinhos que cada criança vai receber

     

    Situação I.
    120 docinhos para dividir com X crianças
    120/x = Y

     

    Situação II.
    chegaram + 4 crianças (x+4) e foi necessário fazer mais 20 docinhos (120+20) para que as crianças continuassem a receber a mesma quantidade que a situação I.
    (120+20)/(x+4) = Y

     

    Portanto:
    (120+20)/(x+4) = 120/x
    120x+480 = 120x+20x
    120x-120x-20x=-480
    -20x=-480 (.-1)
    20x=480
    x=480/20
    x=24 

     

    24 crianças que havia inicialmente na festa

     

    Gab C


     

  • Caminho mais fácil:

     

    20 (docinhos) : 4 (crianças) = 5 docinhos para cada crianças que chegou depois do início da festa (#penetras)

     

    120 (docinhos iniciais) : 5 (docinhos para cada criança) = 24 crianças no início da festa (convidadas!)

     

    Ou, comentário dessa questão no Youtube:

     

    Matemática FCC QUESTÃO 09 DE 210 RESOLVIDA PROFESSOR JOSELIAS
    https://www.youtube.com/watch?v=aiyIHrjQVhc&index=9&list=PLmaJzHp7KxC41gmRHzhuB4EU3qY1Z5BQ6

     

     

     

     

  • Gostei do Samuri que resolve tudo na base da equação. A habilidade de montar equações tem que ser treinada.


ID
1535419
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Nos pontos médios das medidas dos lados de um piso retangular de 6 m por 8 m, será inscrito um mosaico em forma de losango. O perímetro desse losango será evidenciado por uma moldura. O preço da moldura é de R$ 20,00 o metro linear. O valor total pago pela moldura será de

Alternativas
Comentários
  • A losango = D x d / 2

    Após fazer o desenho, do retangulo e depois o losango dentro do retangulo, você irá calcular o lado de um triangulo ...
    usando Pitagoras, achando o valor de x= 5. 

    Perimetro do Losango. P (4)x 5 = 20 m

    Logo, 1 metro custa 20 reais, 20 metros = 400 reais. Fiz assim!!!

  • Gente, quando ele fala que é um retângulo 6x8 e que dentro dele tem um losango cujas arestas partem da metade das arestas do retângulo, dá para saber (apos fazer o desenho) que um dos cantos do desenho é o famoso triângulo "3 4 5".

    Então a aresta do losango vale 5 m, como são quatro: 5x4 = 20.

    E são 20 reais por metro: 20 x 20 = 400 reais.


ID
1535422
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A escola brasileira traz números alarmantes de alunos que não aprendem a ler e escrever no decorrer da escolaridade, como afirma o Plano Curricular de Minas Gerais. A esse respeito, está correto afirmar que a escola produz analfabetos funcionais, ou seja, alunos que

Alternativas

ID
1535425
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No ano de 2003, a rede de ensino do Estado de Minas Gerais implementou o Ensino Fundamental de nove anos organizado em ciclos de aprendizagem. De acordo com diversos pesquisadores, o sistema de ciclos é positivo para o desenvolvimento da Alfabetização e do Letramento, pois promove a

Alternativas
Comentários
  • revisão do sentido da escola e das práticas avaliativas, implicando mudanças nas concepções e práticas pedagógicas

    • diminuição das taxas de reprovação nas turmas de alfabetização, resultando na economia e na redistribuição das verbas públicas educacionais.
    • Com isto apossibilidade de expansão e universalização da educação

ID
1535428
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o Plano Curricular de Minas Gerais, as propostas de Alfabetização e Letramento são diferentes, porém complementares e indissociáveis, devendo ocorrer de maneira articulada e simultânea no cotidiano escolar. Nesse sentido, o professor deve desenvolver ações para

I. Promover situações de Letramento para preparar o período da Alfabetização.
II. Identificar as finalidades e funções da leitura de alguns textos a partir do exame de seus suportes.
III. Conhecer as famílias silábicas, por intermédio da progressão do mais fácil para o mais difícil.
IV. Fazer diferenciação entre as formas escritas e outras formas de expressão.
V. Proporcionar contato com diferentes gêneros e suportes de textos.
VI. Conhecer a orientação e o direcionamento da escrita da língua portuguesa.

São ações que deixam mais clara a complementariedade entre a Alfabetização e o Letramento

Alternativas

ID
1535431
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme as orientações da Secretaria Estadual de Educação do Estado Minas Gerais (SEE-MG), o professor pode interpretar as capacidades desenvolvidas pelas crianças de diferentes formas, mas existe um tipo de abordagem que deve orientar suas ações no que se refere ao trabalho com a leitura e a escrita. Nessa direção, as ações que o professor deve privilegiar em sua prática são:

Alternativas
Comentários
  • Qual fundamentação?

  • introduzir, retomar, trabalhar sistematicamente e consolidar no processo de aprendizagem dos alunos.


ID
1535434
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao organizar sua rotina do 1° ano do Ensino Fundamental I, a professora Andréa privilegia um tempo para as brincadeiras cantadas, como cantigas de roda, trava-línguas e rimas. O objetivo dessa professora é

Alternativas
Comentários
  • D

    criar situações lúdicas para que as crianças operem com as sílabas, rimas e repetições de fonemas em uma frase ou palavra.


ID
1535437
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Uma das características fundamentais do professor alfabetizador para trabalhar a autoestima dos alunos é sua

Alternativas
Comentários
  • B

    crença nas capacidades de aprendizagem de todos os seus alunos, independentemente de sua origem social e cultural.


ID
1535440
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com os materiais da SEE-MG, é importante a comunicação dos resultados das avaliações para os familiares e comunidade escolar. As competências que mais auxiliam neste processo são conhecer

Alternativas

ID
1535443
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os cinco padrões apresentados nos documentos orientadores do sistema educacional do Estado de Minas Gerais que explicitam as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos professores são:

Alternativas

ID
1535449
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As dimensões/eixos do conhecimento que devem ser contemplados nos instrumentos avaliativos, para que os mesmos estejam de acordo com os atuais Parâmetros Curriculares Nacionais, são:

Alternativas

ID
1535452
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para que o trabalho em grupo possa efetivamente contribuir para a aprendizagem dos alunos, é importante que o professor

Alternativas
Comentários
  • intervenha na composição dos grupos, evitando a escolha apenas por afinidades entre os alunos.


ID
1535455
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Marisa é professora do 1o ano do Ensino Fundamental e acabou de realizar a avaliação diagnóstica dos alunos de sua sala. A partir desta atividade, a professora deverá

Alternativas
Comentários
  • D

    planejar intervenções pedagógicas para atender as necessidades mapeadas pela avaliação diagnóstica.


ID
1535458
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Resolução da SEE-MG no 469/2003, em seus artigos 18 e 19, defende uma avaliação contínua e diagnóstica do processo de aprendizagem para garantir a Progressão Continuada dentro de cada Ciclo escolar. Neste sentido, ao final dos Ciclos o professor deve

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    realizar avaliação global do desenvolvimento dos alunos em relação aos objetivos da Fase em que se encontram.


ID
1535461
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sandra é professora do 2o ano do Ensino Fundamental e está enfrentando diversos conflitos de relacionamento entre os alunos no que diz respeito às regras de convivência. Para estabelecer um clima de respeito e colaboração entre os alunos, a ação mais adequada seria

Alternativas
Comentários
  • A

    proporcionar um momento de discussão coletiva com os alunos para o estabelecimento de combinados a serem cumpridos pelo grupo.


ID
1535464
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Nos documentos curriculares da SEE-MG que pautam a avaliação no estado, são determinados três níveis de desempenho para avaliação diagnóstica dos alunos. São eles:

Alternativas

ID
1535467
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Desenvolver a capacidade de resolução de problemas nos alunos é uma das finalidades importantes do ensino da Matemática, pois

Alternativas

ID
1535470
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A contextualização do ensino da Matemática é uma importante estratégia para facilitar a aprendizagem dos alunos nesta área do conhecimento. Neste sentido, essa contextualização poderá ser desenvolvida pelos professores

Alternativas
Comentários
  • IMPRESSIONADO COMO AS QUESTÕES DE PEDAGOGIA DA CARLOS CHAGAS SÃO CONFUSAS. DENTRE AS QUATRO OPÇÕES,SEMPRE TRÊS PARECEM ESTAR CORRETAS.


ID
1535473
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O professor poderá proporcionar a interação dos alunos com textos característicos de diferentes áreas do conhecimento por meio

Alternativas
Comentários
  • d)

    do desenvolvimento de projetos temáticos.


ID
1535476
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Uma matriz de referência pode conter conhecimentos e competências a serem desenvolvidos pelos alunos, com a finalidade de

Alternativas
Comentários
  • O termo matriz de referência é utilizado especificamente no contexto das avaliações em larga escala, para indicar habilidades a serem avaliadas em cada etapa da escolarização e orientar a elaboração de itens de testes e provas. Além disso, também indica a construção de escalas de proficiência que definem o que e o quanto o aluno realiza no contexto da avaliação. fonte Inep

     


ID
1535479
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na perspectiva da organização do ensino por Ciclos de aprendizagem, o caráter assumido pelas práticas avaliativas deve ser

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C


ID
1535482
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Após a realização da avaliação diagnóstica de sua turma, a professora Carla descobriu que sua classe apresentava um perfil bem heterogêneo no que se referia às capacidades de leitura e escrita de seus alunos. A estratégia que mais poderia auxiliar no desenvolvimento dessas capacidades de todos os alunos de sua sala seria

Alternativas
Comentários
  • b)

    o desenvolvimento de tarefas em parceria, de forma que os alunos pudessem desenvolver atividades diversificadas e com maior autonomia.


ID
1535485
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considerando que a aprendizagem do alfabeto com suas 26 letras é um dos aspectos importantes no processo de ensino e aprendizagem, a proposta mais adequada para a prática de sala de aula é apresentar

Alternativas

ID
1535488
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O analfabetismo no Brasil tem sido foco de estudos, estatísticas e análises há muitas décadas. A constatação de que a escola (que tem como uma de suas principais funções alfabetizar as crianças) vem produzindo analfabetos e analfabetos funcionais gerou um intenso debate nas escolas, nas universidades, nas secretarias de Educação, na imprensa etc. Hoje sabe-se que esse fracasso é decorrente

Alternativas

ID
1535491
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um elemento importante do trabalho de alfabetização é a criação (na sala de aula e na escola como um todo) de um ambiente alfabetizador, tanto por parte do professor, quanto dos outros profissionais da instituição. Nesse sentido, o professor deve

Alternativas

ID
1535494
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O planejamento da organização do trabalho pedagógico envolve decisões sobre aspectos simples, porém fundamentais para a construção de uma rotina de atividades que possa efetivamente contribuir para a aprendizagem dos alunos. Sendo assim, a rotina planejada e realizada na escola deve ser

Alternativas

ID
1535497
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O desenvolvimento psicomotor é

Alternativas
Comentários
  •  a) CORRETA uma importante dimensão da alfabetização, que deve ser observada pelo professor quando os alunos desenham ou escrevem, mas não representa um pré-requisito para a alfabetização propriamente dita.

     

     b)ERRADA um pré-requisito fundamental para a aquisição da linguagem escrita e deve ser conquistado previamente à alfabetização propriamente dita, através de exercícios específicos de coordenação motora fina. NÃO É UM PRÉ-REQUISITO.

     

     c) ERRADA um aspecto que fazia parte de concepções tradicionais que foram abandonadas ao longo do tempo e não interfere no processo de aquisição da linguagem escrita, pois adia de forma equivocada o contato com a escrita. NÃO FORAM ABANDONADAS.

     

     d)ERRADA um conteúdo e meta da área curricular de corpo/movimento/educação física que deve ser acompanhado pelo professor especialista sem ocupar o tempo dedicado à aprendizagem da linguagem escrita. PODEM SER CONJUNTAS.

  • Qual o embasamento teórico para afirmar que não é um pré-requisito?

    Vários autores dizem o contrário.

  • É uma ciência que estuda o homem através do seu movimento nas diversas relações, tendo como objeto de estudo o corpo e a sua expressão dinâmica. Ela se dá a partir da articulação movimento/corpo/relação. Diante do somatório de forças que atuam no corpo -choros, medos, alegrias, tristezas,...

    –a criança estrutura suas marcas, buscando qualificar seus afetos e elaborar as suas ideias. Vai constituindo-se como pessoa.

    portanto...

    psicomotricidade consiste na unidade dinâmica de gestos, das atitudes e das posturas, sendo certo tipo de prática de reabilitação gestual, organizada numa determinada conduta e ação do indivíduo. Ela pode incluir a orientação espacial e temporal das orientações do sujeito na prática harmoniosa de seu corpo e dos objetos que são manipulados, com o objetivo de realização de suas intenções. Ou seja, a psicomotricidade como ciência da educação procura educar os movimentos ao mesmo tempo em que desenvolve as funções da inteligência (CHAZAUD, 1976).


ID
1535500
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O conceito de “zona de desenvolvimento proximal”, elaborado por Lev Vygotsky, refere-se à distância entre

Alternativas
Comentários
  • FCC sempre brilhando em suas questões!

    Gabarito D

  • esse item D é muito interpretativo...não foi exatamente isso que o teórico falou.

  • EU ODEIO A FCC KKKK

  • Pra quem marcou a C como eu, e ficou em dúvida:

    "o que o aprendiz não sabe e aquilo que se pretende ensinar (meta de aprendizagem) pela mediação de outros mais “competentes” em relação a tal conhecimento, sejam eles adultos ou colegas."

    Tá errada por causa dessa negação aí, falta de atenção da minha parte.


ID
1535503
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O desenvolvimento da linguagem oral constitui um importante aspecto a ser trabalhado durante o ciclo inicial de alfabetização. Algumas das capacidades a serem atingidas pelo aluno, são:

I. planejar a fala em situações formais de comunicação.

II. usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade linguística adequada.

III. realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa de escuta atenta e compreensão.

IV. utilizar amplo vocabulário, pronunciando corretamente as palavras, inclusive aquelas consideradas “complexas”.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra A

    I. planejar a fala em situações formais de comunicação. (V)

    II. usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade linguística adequada. (V)

    III. realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa de escuta atenta e compreensão. (V)

    IV. utilizar amplo vocabulário, pronunciando corretamente as palavras, inclusive aquelas consideradas “complexas”. (F) - Nessa fase a criança ainda não possui amplo vocabulário com palavras complexas.


ID
1535506
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os Projetos Temáticos são uma boa forma de garantir a interdisciplinaridade no trabalho com os alunos porque supõem uma forma diferenciada de produção, apropriação e socialização de conhecimentos

Alternativas

ID
1535509
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um critério central na seleção de textos a serem usados com os alunos no ciclo inicial de alfabetização é a escolha de

Alternativas

ID
1535512
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A compreensão e valorização das funções sociais da escrita deve ter inicio

Alternativas

ID
1535515
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Partindo do pressuposto de que as crianças podem produzir textos antes de saber ler e escrever convencionalmente, o professor deve

Alternativas
Comentários
  • gabarito C

    planejar a proposta do texto junto ao grupo, considerando para quê e para quem se vai escrever e em que situação o texto será lido. A partir dessa estrutura, parte-se para a escrita coletiva do texto, tendo o professor como escriba, realizando intervenções para validar o uso do planejamento


ID
1535518
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A professora Dora defende que todo cidadão, independentemente de sua posição social ou grau de escolaridade, está inserido em uma cultura letrada, pois realiza práticas que dependem da escrita, como: pegar ônibus, assinar cheque e outras. Partindo dessa perspectiva, a professora pretende favorecer possibilidades de integração e participação ativa dos alunos na cultura escrita. Para isso, propõe:

I. experiência com diversos instrumentos para o registro escrito, como: lápis, canetas, cadernos e computadores.
II. compreensão linear e global da língua escrita e a produção de inferências.
III. contato com diferentes suportes de escrita, como: cartazes, livros, murais, folhetos, outdoors.
IV. diferentes formas de aquisição e acesso aos textos, como: compra, empréstimo e troca de livros.
V. conhecer os espaços de distribuição, manutenção e venda de material escrito, como: biblioteca, livraria, banca.

São ações que validam a participação e a integração das crianças na cultura escrita as apresentadas APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Qual a fundamentação teórica desta questão???

  • D

  • D

  • achei estranho
  • Não entendi!!! Tem que adivinhar o que a banca quer :(


ID
1535521
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Plano Curricular de Minas Gerais ressalta a importância do trabalho com gêneros no decorrer do Ensino Fundamental I, ou seja, utilizar diferentes tipos de

Alternativas
Comentários
  • textos, escritos ou falados, que circulam na sociedade e são reconhecidos com facilidade pelas pessoas


ID
1535524
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No Brasil há uma enorme variedade linguística com sotaques diferentes, palavras que fazem sentido somente para os moradores de determinada comunidade etc. Nessa perspectiva, o professor deve

Alternativas
Comentários
  • Agora o professor tem que ensinar diferentes pronúncias "sotaques"..

    A questão que trata do respeito ético às diferenças está mais adequada..

    afffff

  • "Cada família e suas crianças são portadoras de um vasto repertório que se constitui em material rico e farto para o exercício do diálogo, aprendizagem com a diferença, a não discriminação e as atitudes não preconceituosas.Estas capacidades são necessárias para o desenvolvimento de uma postura ética nas relações humanas." (Referencial Curricular Nacional para a Ed.Infantil - Pg.77).

    Sendo assim, cabe ao professor construir uma interação com a língua materna do aluno e apresentar a linguagem escolar.

  • B

    respeitar a fala de cada integrante do grupo, explicando as diferentes pronúncias da língua


ID
1535527
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O planejamento do trabalho de sala de aula propicia ao professor e à escola acompanhar, analisar e controlar os resultados do trabalho, favorecendo a aprendizagem dos alunos. Para realizar esse processo, o professor deve

Alternativas
Comentários
  •  estabelecer e compartilhar as metas a serem alcançadas, definir os meios para alcançar essas metas, escolher instrumentos para o registro das atividades e avaliar o que planejou e realizou. [ ALTERNATIVA CORRETA ]


ID
1535530
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para estimular a participação das famílias no ambiente escolar, a escola deve

Alternativas

ID
1535533
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O erro ganha dimensão construtiva e formativa quando o professor realiza a

Alternativas
Comentários
  • C

    elaboração de códigos ou legendas com o grupo visando sinalizar aspectos que merecem atenção em sua produção, além de evidenciar progressos e sugerir intervenções


ID
1535536
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na organização de sua rotina, a professora Ana Lúcia dedica um tempo para o trabalho com o calendário junto ao grupo. Para cada dia, propõe uma situação diferente, como: descobrir quantos dias faltam para determinado evento da escola, marcar uma data importante, pesquisar quantos são os aniversariantes do mês, descobrir quantos dias tem a semana, o mês, o semestre etc. Essa atuação da professora é

Alternativas
Comentários
  • Qual a ciência que tem nessa prova???  Questões ridículas de tão óbvias ou questões sem lógica ou embasamento algum!

    Fcc tá uma lástima essa prova, viu!


ID
1535539
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Diante de uma concepção baseada na aprendizagem significativa dos conteúdos de Matemática, seu ensino deve garantir

Alternativas