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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2015 - HRTN - MG - Enfermeiro Obstetra


ID
1941052
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sentido da palavra em destaque está indicado INCORRETAMENTE.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B, pois disparidade significa desigualdade, diferença e não instabilidade. 


ID
1941055
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Entre as passagens do texto apresentadas a seguir, assinale aquela em que se verifica relação de causa e efeito.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D. Causa: "(...) falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida" consequência: "tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo (...).” 


ID
1941058
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que o referente da palavra em destaque está indicado INCORRETAMENTE.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C. Pois "ela" se refere à desigualdade.

  • Alguém explica a b?


ID
1941061
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Desconsideradas eventuais alterações de sentido, assinale a alternativa em que se verifica, na reescrita apresentada, incorreção gramatical quanto a concordância verbal.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D. "enquanto a condição das famílias em que as crianças tiverem a sorte ou o infortúnio de nascerem exercer um papel 

  • d)  (...) enquanto a condição das famílias em que as crianças tiverem a sorte ou o infortúnio de nascer exercerem um papel (...).

    O erro está na falta de concordância entre condição e exercer.

    Tudo que está entre essas duas palavras só torna a leitura confusa. Assim, esse tipo de questão exige atenção redobrada.

  • ".. enquanto a condição das famílias em que as crianças tiverem a sorte ou o infortúnio de nascer(em) exercer(em) um papel..."

  • GABARITO D

     

    Para quem teve dúvidas na letra a, segue a regrinha:

     

    Quando o sujeito é a expressão: A MAIORIA DE, ou PARTE DE, ou UMA PORÇÃO, ou O RESTO DE, ou GRANDE NÚMERO DE, seguida de um substantivo ou nome no plural, o verbo pode ficar no SINGULAR ou PLURAL.

     

    exs.:

     

    1 - A maioria dos telespectadores não (gostou ou gostaram) da apresentação.

    2 - Uma porção de clientes (reclamou ou reclamaram) dos serviços prestados.

    3 - Grande número dos candidatos (conseguiu ou conseguiram) a aprovação.

     

    Na alternativa A, o verbo ter se flexiona no plural ao ser colocado o acento diferencial (circunflexo).

     

       tem --> usado para concordar com o SUJEITO no singular. ex.: A menina tem muito conhecimento em matemática.

       têm --> usado para concordar com o SUJEITO no plural. ex.: As meninas têm muito conhecimento em matemática.

     

     

    Bons estudos! 


ID
1941064
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que a circunstância expressa pelo trecho em destaque está INCORRETAMENTE indicada entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA A, É UMA ORAÇÃO SUBORDINANADA ADVERBIAL COMFORMATIVA,E NAO COMPARATIVA.

    COMFORMATIVAS:COMO,SEGUNDO,COMFORME,CONSOANTE 

  • falou e dizeu!

  • Esse "de modo a" da letra b) é uma locução conjuntiva consecutiva com maior cara de locução conjuntiva final.

  • [Como(já que) está chovendo], [transferimos o passeio].

            - O.S.ADV. CAUSAL         ,         - ORAÇÃO PRINCIPAL

     

     

    - presta atenção para não confundir uma vez que o "como' no início de uma oração pode ter ideia de causa!!! 

  • Depois que aprendi isso nunca mais errei questões desse tipo:

    Toda vez que perguntar se COMO é comparativo, substitua-o por CONFORME, se fizer sentido, é CONFORMATIVA e não COMPARATIVA.

    Nem foi preciso ler as outras assertativas, Tempo é precioso.


ID
1941067
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Considere o período a seguir.

“O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social.” (6º parágrafo)

Assinale a alternativa em que a reescrita do período em análise NÃO preserva seu sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

     

    No texto original, o trecho "nos últimos 20 anos" está ligado a "avanços reais".

     

    Na alternativa B, o mesmo trecho está ligado a "conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social", acarretando mudança de sentido.


ID
1941070
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Considere a passagem a seguir.

“Quando um cortesão zombava do filósofo por ter ‘desperdiçado’ a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou (...).” (3º parágrafo)

Na passagem em análise, a forma verbal em destaque é CORRETAMENTE substituída por

Alternativas
Comentários
  • Só conjugar o verbo. 

     

    A oferta que lhe fora feita. Então a oferta já tinha sido feita.

    A oferta "tinha sido feita" ( pretérito perfeito)

     

  • Fora feita = Pretérito mais que perfeito do Indicativo, pode ser substituída pelo :

    Pretérito mais que perfeito composto = (tinha/havia) + Particípio = tinha sido feita.

     

  • Fora feita = Pretérito-mais-que-perfeito

    Para formar preterito mais que perfeito composto temos que fazer a seguinte composição

    VERBO NO PRETÉRITO IMPERFEITO + PARTICIPIO = preterito mais que perfeito composto

    Tinha sido feita

  • Fo(RA) feita= PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO

    PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO COMPOSTO = tinha/havia + particípio

    "tinha sido feita"


ID
1941073
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Leia a passagem a seguir.

“(...) um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.”

Na passagem em análise, fez-se uso dos parênteses para

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Intercala uma reflexão pois expressa um pensamento à parte do autor.


ID
1941076
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo indicado entre parênteses NÃO é complemento da forma verbal em destaque.

Alternativas
Comentários
  •  a)“(...) é aquele que de menos coisas carece.” (3º parágrafo) (DE MENOS COISAS)

                      Quem carece, carece de alguma coisa (VTI), de que?  de menos coisas ( objeto indireto)

                        

    b)“Faltam recursos?” (9º parágrafo) (RECURSOS)

              O que faltam? Recursos ( sujeito determinado simples) ( verbo intransitivo)  (RESPOSTA)

     

     c)“O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos (...).” (6º parágrafo) (AVANÇOS REAIS)

             Quem fez avanços reais?  O Brasil ( sujeito determinado simples)

             Quem faz, faz algo ou alguma coisa (VTD),  o que ? avanços reais

     

     d)‘“(...) Peça o que desejar e lhe atenderei”.’ (2º parágrafo) (LHE)

                  Quem atende, atende a alguem ( VTI)? lhe ( objeto indireto)

  • Recursos é o Sujeito. A Frase está invertida! Não é OD!

  • uma vez que locução conjuntiva causal
  • O verbo atender (controverso entre vários gramáticos) pode ser usado como objeto direto e indireto com ou sem preposição. Portanto, é um verbo de dupla regência. Ex.: Atender (a)o telefone.

    Assistam ao vídeo como complemento desse comentário: https://www.youtube.com/watch?v=IzK85-4Br1k

    A letra D está certa. Para descobrir o gabarito da questão, vejam o comentário do Thaís e Dionatan.

  • GABARITO - B

    O primeiro termo a ser identificado no período é o sujeito.

    “Faltam recursos?

    O que falta ?

    Recursos

    Bons estudos!


ID
1941079
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Igualdade de quê?

                                                                              EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.

Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.

O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.

O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.

A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?

O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.

Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.

Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.

Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.

O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.

A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros. 

                                      GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Entre as passagens do texto apresentadas a seguir, assinale aquela em que ocorre estrutura verbal de voz passiva.

Alternativas
Comentários
  • Vamos reduzir para facilitar a análise : Homicídios causam mortes -> aqui temos a estrutura (Suj + VTD + OD) -> Voz ativa

    Como o verbo é VTD podemos passar para a Voz Passiva Analítica onde :

    O Sujeito (Homicídios) vira Particula Apassivadora (PA) e o OD (mortes) vira Sujeito.

    então teremos a estrutura da voz passiva analítica : Suj + ser/estar/ficar + particípio + PA, ou seja :

    Mortes são causadas por homicídios (Resp letra a)

     

  • Ser/Estar (São) + particípio (causADAs) = Locução de passiva

  • GABA a)

    mortes são causadas por homicídios .. (passiva)

    homicídios causam mortes .. (ativa)


ID
1941082
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir relacionadas aos responsáveis pelo sucesso na formulação de políticas de saúde.

I. Ampla consulta durante a redação e revisão das políticas até que sejam adotadas.

II. Consciência de que o processo de consulta pode ser tão importante quanto o conteúdo da geração de suporte.

III. Desenvolvimento e implementação de uma consistente estratégia de comunicação para todas as etapas do processo.

IV. Visão clara de um pequeno conjunto de desfechos, relacionados com os objetivos.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
1941085
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O acesso às ações e aos serviços de saúde deve ser universal, igualitário e ordenado. Para assegurá-lo caberão as seguintes atribuições aos entes federativos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Como é que um ente federativo, um Estado, vai ofertar a todos os municípios?

ID
1941088
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Um clássico exemplo de um estudo de casos e controles foi a descoberta da relação entre a talidomida e defeitos dos membros do corpo em bebês nascidos na República Federal da Alemanha entre 1959 e 1960. O estudo, realizado em 1961, comparou crianças afetadas com crianças normais. Das 46 mulheres que tiveram bebês com malformações típicas, 41 haviam tomado talidomida entre a quarta e a nona semanas de gestação, enquanto que nenhuma das 300 mães do grupo controle, que tiveram crianças normais, haviam ingerido essa droga neste período.
Sobre esse tipo de estudo, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gab D

  • Caso controle é um estudo observacional. (letra A errada).


ID
1941091
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Sobre a Regulação Médica das Urgências, descrita na Lei 2.048/2002, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me esclarecer porque a alternativa A é a incorreta, sendo que na Portaria 2048/2002 no Artigo 1º alínea 2 diz:

    § 2º Este Regulamento é de caráter nacional devendo ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na implantação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, na avaliação, habilitação e cadastramento de serviços em todas as modalidades assistenciais, sendo extensivo ao setor privado que atue na área de urgência e emergência, com ou sem vínculo com a prestação de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde.


ID
1941094
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Em relação à definição dos determinantes da saúde, indicador de saúde e fator de risco, numere a COLUNA II, de acordo com a COLUNA I.

COLUNA I

1. Determinante de saúde

2. Indicador de saúde

3. Fator de risco

COLUNA II

( ) Refere-se a aspectos de hábitos pessoais ou de exposição ambiental, que está associado ao aumento da probabilidade de ocorrência de alguma doença.

( ) São definidos como fatores sociais, econômicos, culturais e ambientais, a maioria dos quais fora do setor saúde, mas responsáveis pela manutenção da saúde ou instalação da doença no indivíduo.

( ) É uma variável que pode ser medida diretamente para refletir o estado de saúde das pessoas dentro de uma comunidade. Anualmente, a OMS apresenta dados atualizados para 50 indicadores de saúde de todos os países membros, que, baseado nos níveis de desenvolvimento econômico, social, literário, educacional e expectativa de vida ao nascer, classifica os países.

( ) Pode ser utilizado como componente no cálculo de inúmeros índices de desenvolvimento social. O melhor exemplo é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas

ID
1941097
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com o artigo 200, da Constituição Federal de 1988, são atribuições do Sistema Único de Saúde, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • gab:c 

     

    Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

    III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

  • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

            I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

            II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

            III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

            IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

            V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

            VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

            VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

            VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

  • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

    I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

    II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

    III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

    IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

    V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; 

    VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

    VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.

    VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.


ID
1941100
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Assinale a alternativa que indica em qual(is) legislação(ões) foi(ram) estabelecida(s) “A gratuidade das ações e serviços de saúde”

Alternativas
Comentários
  • b) Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos
    contratos ou convênios estabelecidos com as entidades privadas.

  • A Constituição tem vários pontos reabordados na Lei 8080 e a referida Lei tem vários pontos que não constam da Constituição. Em alguns casos, perguntar isso é mera decoreba...

  • errei, achei que era D

  • Eu sabia e respondi errado rs


ID
1941103
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Os procedimentos da média e da alta complexidade são financiados por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec).

São procedimentos custeados com esses recursos, EXCETO:

Alternativas

ID
1941106
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com Santos et al (2004), as segmentações da oferta de serviços de saúde influenciam diretamente em seu acesso.
De acordo com os autores, são caraterísticas do sistema de saúde brasileiro, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    ERRO:

    Ações de atenção básica, inclusive aquelas desenvolvidas pelo Programa de Saúde da Família, exigem menor complexidade tecnológica e, por isso, são menos efetivas na assistência à saúde.


ID
1941109
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O acesso aos serviços de média complexidade tem sido apontado, por gestores e pesquisadores, como um dos entraves para a efetivação da integralidade do SUS. Spedo et al (2010) descrevem que “Apesar dos avanços, o modelo que ainda prevalece hegemônico em nosso país é aquele centrado no médico, sob forte influência do complexo médico-industrial, que induz à demanda crescente e irracional de serviços com maior densidade tecnológica, tanto por parte dos profissionais de saúde, quanto pela própria população”.
Nesse contexto, assinale a alternativa que explica a afirmativa do autor.

Alternativas
Comentários
  • A abordagem da saúde em seu aspecto preventivo e de promoção só ocorreu com a Reforma Sanitária, no final do século passado (séc XIX). No início e até quase o fim do século, a saúde tinha o foco hospitalocêntrico (INPS, por ex.).


ID
1941115
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O parto e o nascimento são acontecimentos de cunho familiar, social, cultural e preponderantemente fisiológico. Assim, a atenção materna e neonatal deve ser organizada com base em princípios que levem em consideração a humanização da atenção, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde. As equipes dos serviços de atenção materna e infantil devem estabelecer protocolos, normas e rotinas técnicas em conformidade com a legislação vigente e com as melhores evidências científicas. Para tanto, devem seguir as recomendações descritas nas alternativas a seguir.

A esse respeito, assinale a alternativa em que todas as recomendações aplicam-se CORRETAMENTE.

Alternativas

ID
1941118
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com o Ministério da Saúde, o enfermeiro pode acompanhar inteiramente o pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde, em conformidade com a Lei do Exercício Profissional (LEPE) Nº 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto Nº 94.406/87. Para um bom acompanhamento pré-natal, é necessária a utilização de procedimentos técnicos de forma correta e uniforme, entre os quais a realização de exames clínicos e obstétricos e exames complementares.

Assinale a alternativa que apresenta os exames complementares, recomendados pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2010), para gestantes de baixo risco no terceiro trimestre, considerando que todos os exames complementares dos primeiro e segundo trimestre foram solicitados.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    1ª consulta ou 1º trimestre: Hemograma, Tipagem sanguínea e fator Rh, Coombs indireto (se for Rh negativo), Glicemia em jejum, Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR, Teste rápido diagnóstico anti-HIV, Anti-HIV, Toxoplasmose IgM e IgG, Sorologia para hepatite B (HbsAg), Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU), Ultrassonografia obstétrica, Citopatológico de colo de útero (se for necessário), Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica), Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica).


    2º trimestre: Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana), Coombs indireto (se for Rh negativo).

     

    3º trimestre: Hemograma, Glicemia em jejum, Coombs indireto (se for Rh negativo), VDRL, Anti-HIV, Sorologia para hepatite B (HbsAg), Repitir o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente, Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU), Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação.


ID
1941121
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Lei Nº 7.498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem no país, foi regulamentada pelo Decreto Nº 94.406/1987.

Sobre essa Lei, considere as afirmativas a seguir.

I. É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições dessa Lei. O enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe, entre outras atividades, como integrante da equipe de saúde, a realização de parto sem distocia.

II. Incumbe somente ao titular do diploma ou certificado de enfermeira obstétrica: assistência ao parto normal; identificação das distocias obstétricas, tomada de providências até a chegada do médico, realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

III. É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições dessa Lei. O enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, entre outras atividades, privativamente, o acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; assistência à parturiente e ao parto normal; identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • II - como integrante da equipe de saúde:

    i) execução do parto sem distocia;

    Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe, ainda:

    a) assistência à parturiente e ao parto normal;

    b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;

    c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

    FONTE: Lei 7.498/86


ID
1941124
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre o abortamento, assinale a alternativa que apresenta a classificação INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • aborto inevitável- sangramento intenso, com coágulos, dor de intensidade forte, colo entre aberto, útero compativel com a idade gestacional, perda da integridade do ovo (USG ovo deformado), hematoma retro ovular, BCF ausente!

  • A D) também está incorreta, pois no aborto infectado poder haver ou não presença de ovo íntegro (Segundo o MS). Acredito que caberia recurso...


ID
1941127
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre a Resolução COFEN Nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do Processo de Enfermagem (PE), e dá outras providências, analise as afirmativas a seguir.

I. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes em que ocorra o cuidado profissional de Enfermagem, tais como: hospitais públicos ou privados, ambulatórios, domicílios, associações comunitárias, escolas, fábricas, entre outros.

II. O Processo de Enfermagem deve estar baseado em um referencial teórico que oriente a coleta de dados, a elaboração de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados.

III. Ao enfermeiro, consideradas as disposições da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, cabe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem, bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • intervenções de enfermagem é privativo do enfermeiro? 

  • Todos os itens estão corretos.

    No item III diz que a prescrição das ações e intervenções é privativo do enfermeiro, essa afirmativa está correta, pois a prescrição é privativo do Enfermeiro. 

  • De acordo com a Resolução COFEN Nº 358/2009

     

    Item I - Correto

    Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.

     

    Item II - Correto

    Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados.

     

    Item III - Correto

    Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas.

     

    Portanto resposta correta letra D.

     

    FONTE: http://www.enfermagemesquematizada.com.br/sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem/

     

     

  • Só eu senti falta da IMPLEMENTAÇÃO no Processo de Enfermagem?

    Até onde se sabe o processo é composto por 5 etapas

    1) Histórico de Enfermagem ou coleta de dado

    2)Diagnóstico

    3)Planejamento

    4)IMPLEMENTAÇÃO

    5)Avaliação

    -------

    Alguns autores ainda falam do 6) Relatório/Orientações de alta ainda não oficialmente regulamentado.

    Item II está errado por incompletude, falta a etapa IMPLEMENTAÇÃO.

    é o que eu acho.... enfim!

  • Só eu senti falta da IMPLEMENTAÇÃO no Processo de Enfermagem?

    Até onde se sabe o processo é composto por 5 etapas

    1) Histórico de Enfermagem ou coleta de dado

    2)Diagnóstico

    3)Planejamento

    4)IMPLEMENTAÇÃO

    5)Avaliação

    -------

    Alguns autores ainda falam do 6) Relatório/Orientações de alta ainda não oficialmente regulamentado.

    Item II está errado por incompletude, falta a etapa IMPLEMENTAÇÃO.

    é o que eu acho.... enfim!


ID
1941130
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O diagnóstico de gravidez baseia-se na história, no exame físico e nos testes laboratoriais.

Assinale a alternativa que apresenta os sinais de probabilidade de gravidez.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Sinais de presunção de gravidez:
    • Atraso menstrual (se > 14 dias, é considerado sinal de probabilidade);
    • Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência);
    • Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal, aumento da vascularização venosa na mama (Rede de Haller); aumento da pigmentação dos mamilos (Sinal de Hunter), que torna seus limites imprecisos (como se fosse um alvo)).


    Sinais de probabilidade:

    • Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino (durante o toque bimanual, a sensação é semelhante à separação do corpo da cérvice);

    • Sinal de Piskacek: assimetria uterina à palpação;

    • Sinal de Nobile-Budin: percepção pelo toque do preenchimento do fundo-de-saco pelo útero gravídico (útero se torna globoso);

    • Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao toque vaginal;

    • Sinal de Hozapfel: devido à congestão, o peritônio torna-se rugoso;

    • Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino percebido pelo toque (semelhante à consistência labial);

    • Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização.


    Sinais de certeza:
    • Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de
    12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas;
    • Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas);
    • Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais.


ID
1941133
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considere o caso clínico a seguir.
Jane, em sua primeira consulta pré-natal, relata para a enfermeira que, mensalmente, registra em um calendário o dia em que se iniciou sua menstruação, e, por isso, tem certeza do dia e do mês da última menstruação, que ocorreu em 29 de janeiro de 2015. Com base nessa informação e utilizando a regra de Naegele, a enfermeira informou a Jane a data provável do parto (DPP).

Assinale a alternativa que corresponde a DPP dessa usuária.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Soma-se sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrai três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março). Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês.

    DUM: 29/01/2015

     

    Dia: 29+ 7= 36 ----> 36- 31= 5

    Mês: 1+ 9= 10-----> 10+1= 11

    Ano: 2015

     

    DPP: 5/11/2015


ID
1941136
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Gestantes infectadas pelo HIV devem receber terapia antirretroviral (Tarv) durante a gestação. A indicação de TARV na gestação tem como finalidade a profilaxia da transmissão vertical ou tratamento da infecção pelo HIV.

Nos casos de gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD4+ d 350 céls./mm³, pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Manejo antirretroviral na gestação:

    A indicação de TARV na gestação pode ter dois objetivos: prolaxia da transmissão vertical ou tratamento da infecção pelo HIV.


    a) Prolaxia da transmissão vertical do HIV
    Tem como objetivo apenas a prevenção da transmissão vertical e está recomendada para gestantes que não possuem indicação de tratar a infecção pelo HIV, já que são assintomáticas e o dano imunológico é pequeno ou ausente (LT-CD4+ 350 céls./mm3), havendo baixo risco de progressão para aids. Essas mulheres não seriam candidatas a receber algum esquema antirretroviral, caso não estivessem na gestação. A prolaxia deve ser suspensa após o parto. O início do esquema deve ser precoce, após o primeiro trimestre, entre a 14ª e a 28ª semana de gravidez. Quando o diagnóstico é estabelecido tardiamente, no 3º trimestre (mais especicamente a partir da 28ª semana), é recomendado o início da TARV logo após a coleta dos exames, mesmo antes da obtenção de seus resultados.


    b) Tratamento da infecção pelo HIV na gestação
    Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave da infecção do HIV têm indicação de tratamento, independentemente da gravidez e em qualquer idade gestacional. Portanto, gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD4+ 350 céls./mm3 apresentam critérios de início de tratamento.
    A TARV deve também ser considerada para pacientes com contagem de CD4 entre 350 e 500 células/mm3 na presença das seguintes condições:
    • Coinfecção pelo vírus da hepatite B em pacientes com indicação de tratamento para hepatite B;
    • Coinfecção pelo vírus da hepatite C;
    • Idade igual ou superior a 55 anos;
    • Doença cardiovascular estabelecida ou com risco elevado (acima de 20% segundo escore de Framingham);
    • Nefropatia do HIV;
    • Carga viral elevada, superior a 100.000 cópias;
    • Neoplasias, incluindo as não denidoras de aids.

     

    Brasil. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012.

  • Toda gestante infectada pelo HIV deve receber TARV durante a gestação, porém a TARV divide-se em "Profilaxia antiretroviral da transmissão vertical do HIV" e "Tratamento da infecção pelo HIV na gestação".

     

     

    Gestantes assintomáticas com dano imunológico pequeno ou ausente (LT-CD4+ ≥ 350 céls./mm3) --> Profilaxia antiretroviral da transmissão vertical do HIV que deve ser iniciada entre a 14ª e a 28ª semana de gestação e deve ser suspensa após o parto. 

     

    Gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD4+ ≤ 350 céls./mm3 --> Tratamento da infecção pelo HIV na gestação conforme recomendado para adultos que vivem com HIV independente da idade gestacional.

     

    Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para Profilaxia da Transmisão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: manual de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010

  • A TARV está indicada para todas as pessoas que vivem com HIV, incluindo gestantes, não devendo ser interrompido a terapia após o parto.


ID
1941139
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Conceitua-se hipertensão arterial na gestação, a partir dos seguintes parâmetros:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    Conceitua-se hipertensão arterial na gestação a partir dos seguintes parâmetros:
    • A observação de níveis tensionais absolutos iguais ou maiores do que 140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 90mmHg de pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões. Este conceito é mais simples e preciso. A PA diastólica deve ser identificada pela fase V de Korotkoff.


    • O aumento de 30mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de gestação, representa um conceito que foi muito utilizado
    no passado e ainda é utilizado por alguns. Entretanto, apresenta alto índice de falsos positivos, sendo utilizado de melhor forma como sinal de alerta e para agendamento de controles mais próximos.


ID
1941142
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As principais causas de hemorragia pós-parto são atonia uterina, retenção de fragmentos placentários e lacerações do canal de parto.

Assinale a alternativa que apresenta fatores de risco associados à principal causa de hemorragia pós-parto.

Alternativas

ID
1941145
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A ausculta intermitente é um método recomendado para avaliação fetal no trabalho de parto de mulheres classificadas como de risco habitual. É geralmente mais confortável para a parturiente, porque possibilita maior liberdade de movimentação, é menos dispendioso e invasivo, quando comparado a outros métodos de avaliação, e exige uma relação individual com a enfermeira, durante sua realização.

Utilizando a ausculta intermitente para avaliação da condição fetal, a enfermeira pode avaliar:

Alternativas

ID
1941148
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As três fases do parto espontâneo de um feto em apresentação cefálica, de vértice, compreendem a passagem da cabeça, dos ombros e, em seguida, do corpo e das extremidades. Ao assistir o parto normal, a enfermeira pode utilizar uma abordagem de espera (hands off).

Considerando essa abordagem, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas

ID
1941151
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O cuidado de enfermagem no período pós-parto deve concentrar-se no apoio da adaptação fisiológica e emocional da mulher e deve ser orientado ao seu bem-estar, assim como a organização dos cuidados maternos deve considerar o recém-nascido e sua família. Avaliações contínuas são realizadas durante todo o período de internação, no alojamento conjunto, buscando-se identificar sinais de complicações potenciais.

Assinale a alternativa em que são apresentados sinais de complicações potenciais do período puerperal imediato.

Alternativas
Comentários
  • O sinal de Homans é um sinal de desconforto ou dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. É causado por uma trombose das veias profundas da perna (trombose venosa profunda). Recebe este nome em homenagem ao médico americano John Homans.

    No Sinal de Homans, o examinador faz um movimento de dorsiflexão do pé para avaliação realizada no membro inferior. Em geral, quando a dor é positiva, o paciente refere dor na panturrilha. Contudo,é válido ressaltar que esse sinal não é diagnóstico definitivo de tromboflebite, pois a dor relatada também pode ser causada por estiramento muscular.

  • Período puerperal imediato primeiras 2 horas pós parto; período puerperal mediato da 2ª hora até o 10º dia pós-parto.

    A questão faz referência ao período puerperal imediato.

  • Questão confusão pois o imediato é até 2h pós parto 

  • O puerpério, tempo de seis a oito semanas após o parto, didaticamente, pode ser dividido em três períodos, sendo: imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45º dia) e remoto (a partir do 45º dia)


ID
1941154
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Resolução da Diretoria Colegiada – RDC N° 36, de 03 de junho de 2008, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal, tem como objetivo estabelecer padrões para o funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Considerando a necessidade de redução dos riscos aos quais ficam expostos a mulher e o recém-nascido, foram estabelecidos “Indicadores para a Avaliação dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal”.

Os indicadores de processo de que trata essa Resolução, referem-se à:

Alternativas
Comentários
  • Indicadores de resultado Método de cálculo Freqüência de produção Taxa de mortalidade neonatal precoce Nº. de óbitos neonatal precoce / Total de nascidos vivos x 1000 Mensal .Taxa de infecção puerperal relacionada a partos : normais cesáreas a) nº de infecções puerperais / nº de partos normais x 100 b) nº de infecções puerperais / nº de partos cesáreas x 100 Mensal (*)Republicada por ter saído com incorreção no original, publicada no Diário Oficial da União nº 105, de


ID
1941157
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os esforços para a redução da mortalidade materna e neonatal devem abranger a estruturação e a organização dos serviços assistenciais, assim como a capacitação dos seus profissionais, visando o reconhecimento precoce dos problemas e a atuação em tempo oportuno e com eficiência, diante de complicações que possam colocar em risco a vida da mãe e / ou da criança (BRASIL, 2014).


Sobre a situação da mortalidade neonatal no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.


Alternativas

ID
1941160
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O Ministério da Saúde publicou o manual Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher com o objetivo de disseminar conceitos e práticas da assistência ao parto entre os profissionais de saúde (BRASIL, 2001). Nesse manual, o Ministério da Saúde apresentou uma classificação das práticas durante o parto normal, segundo critérios de utilidade, eficácia e risco.

A esse respeito, assinale a alternativa que apresenta práticas no parto normal claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas.

Alternativas

ID
1941163
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considere a situação a seguir.

No plano de cuidado de enfermagem para um recém-nascido filho de mãe diabética, a enfermeira elaborou o seguinte Diagnóstico de Enfermagem (DE): trocas gasosas prejudicadas relacionadas com angústia respiratória secundária a atraso na maturidade pulmonar, que resulta da inibição de surfactante pulmonar, devido à hiperinsulinemia fetal, e que é evidenciado por grunhidos, batimento de asa de nariz, tiragens, taquipneia e taquicardia.

Assinale a alternativa que apresenta intervenções MAIS apropriadas para esse DE.

Alternativas

ID
1941166
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As teorias de Enfermagem são constituídas de conceitos, e suas definições visam descrever fenômenos, correlacionar fatores, explicar situação, prever acontecimentos e controlar resultados obtidos a partir das ações de Enfermagem

(TANNURE & GONÇALVES, 2009).

Nesse contexto, os enfermeiros que atuam em uma maternidade, ao escolherem uma teoria de Enfermagem para fundamentar o processo de cuidar em seu serviço, devem considerar:

I. A importância da articulação dos conceitos saúde, pessoa, ambiente e enfermagem.

II. A necessidade de articulação entre a filosofia da instituição e os pressupostos do modelo teórico a ser adotado.

III. A necessidade de os enfermeiros se capacitarem para realizar ações preconizadas pela teoria selecionada.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
1941169
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo a Portaria Nº 371/2014, do Ministério da Saúde, que institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido (RN) no Sistema Único de Saúde (SUS), para o RN a termo com ritmo respiratório normal, tônus normal e sem líquido meconial, recomenda-se:

I. Assegurar o contato pele-a-pele imediato e contínuo, colocando o RN sobre o abdômen ou tórax da mãe, de acordo com sua vontade. Proceder ao clampeamento do cordão umbilical, após cessadas suas pulsações (aproximadamente de 1 a 3 minutos). Em casos de mães isoimunizadas ou HIV HTLV positivas, o clampeamento deve ser imediato.

II. Estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida, exceto em casos de mães HIV ou HTLV positivas.

III. Postergar os procedimentos de rotina do recém-nascido na primeira hora de vida, tais como pesagem e outras medidas antropométricas, profilaxia da oftalmia neonatal e vacinação, entre outros procedimentos.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • nao entende por a III esta correta. alguem poderia explicar? 

  • o Art. 4º da referida portaria refere a postergação dos procedimentos de rotina, os quais compreende exame ísico, pesagem e outras medidas antropométricas, proxilaxia da oftalmia neonatal, vacinação e outros.

     

  • Deve-se postergar os procedimentos de rotina do recém-nascido na primeira hora de vida, para que o mesmo passe mais tempo em contato pele-a-pele com a mãe, estimulando o vínculo mãe-bebê, além da amamentação precoce.