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Prova IBADE - 2017 - SEE -PB - Professor de Educação Básica 3 - Língua Portuguesa


ID
2605225
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.


I. Do fato de certas pessoas não terem gosto pela vida, surgem sentimentos de tristeza, cansaço e falsa alegria.

II. O texto revela a visão pessimista de mundo sentida pelo locutor em suas observações da realidade da vida.

III. O texto, em certo momento, faz uma crítica aos moços de tendência modernista que vivem em gabinetes e não observam a vida.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Correta letra B.


ID
2605228
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Sobre os elementos destacados do fragmento “Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente”, leia as afirmativas.


I. DA VIDA é circunstância adverbial de lugar.

II. A palavra INDIFERENTE é uma preposição com valor de finalidade.

III. MUITO, no contexto, é um advérbio.

IV. ME é um pronome substantivo oblíquo.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas

ID
2605231
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Nos trechos “Eu acho, Drummond, pensando bem, que o QUE falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros” e “Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em QUE vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho”, as palavras destacadas referem-se, respectivamente, a:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

  • GABARITO A

     

    “Eu acho, Drummond, pensando bem, que o QUE falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros” e

                                                           O=AQUILO         

     

    “Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em QUE vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho”


ID
2605234
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Do ponto de vista da norma culta, o termo destacado em “COMO não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida” possui valor de:

Alternativas
Comentários
  • Linhas [4 -  5]. Temos que verificar o trecho na íntegra

    [...]Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. [...]

     

    A conjunção como está com ideia de CAUSA .

    CAUSA: não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida.

     

    CONSEQUÊNCIAS:  cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.

     

     

  • macete para identificar causais -> substituir por JÁ QUE

  • Gab:C

    "Como" (no início de oração relação de causa = Visto que, só no início da oração)

    Fonte: Fernando Pestana

  • REVISÃO

    Algumas vezes o uso da palavra COMO pode confundir, devido às diversas funções sintáticas e semânticas que ela pode assumir. Vejamos aqui algumas delas:

    Verbo COMER, conjugado na 1ª pessoa

    Em algumas ocasiões, COMO é um verbo, e significa comer, alimentar-se.

    Exemplo: Eu como frutas e verduras todos os dias.

    ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO

    Nesse caso, aparecerá sempre em início de frases interrogativas diretas, e irá se referir ao modo do verbo.

    Exemplo: Como terminaremos o trabalho?

    ADVÉRBIO EXCLAMATIVO DE INTENSIDADE

    Servirá para intensificar a ação verbal.

    Exemplo: Como você cresceu!

    PREPOSIÇÃO

    A preposição COMO tem o significado de: na qualidade de, com caráter de, na posição de.

    Exemplo: Como filho de Deus, eu tenho o dever de amá-lo.

    PALAVRA EXPLICATIVA

    Quando está introduzindo uma explicação ou exemplificação e tem o sentido de: a saber, assim como, isto é.

    Exemplo: Algumas pessoas tem dons muito especiais, como o médico, a enfermeira, o bombeiro, etc.

    PALAVRA DE REALCE

    Quando é utilizado para realçar algum termo da frase, é opcional e pode ser retirado sem prejudicar a estrutura sintática.

    Exemplo: Sentiu como um pressentimento de que iria perder o vôo, e decidiu sair com urgência.

    CONJUNÇÃO

    Neste caso, pode ser considerada:

    a)    Conjunção Subordinativa

    Serve para introduzir as Orações Subordinadas, e assume alguns significados diferentes, dependendo da oração da qual faz parte:

    ADVERBIAL TEMPORAL

    Pode ser substituída por quando ou logo que.

    Exemplo: O artista, como ouviu aplausos, entrou em cena rapidamente.

    ADVERBIAL CAUSAL GABARITO

    Assume a mesma função do por que.

    Exemplo: Como foi visto entrando na loja, o ladrão desistiu do roubo.

    ADVERBIAL COMPARATIVA

    É a função mais recorrente.

    Exemplo: Ela era branca como o pai, mas os cabelos eram negros como os da mãe.

    ADVERBIAL CONFORMATIVA

    Tem valor de conforme.

    Exemplo: Como combinamos, a festa encerrará antes da meia noite.

    SUBSTANTIVA

    Assume o valor de uma Conjunção Integrante.

    Exemplo: Observe como ela está bem vestida...

    b)   Conjunção Coordenativa

    Serve para introduzir as Orações Coordenadas, e assume o valor de uma conjunção aditiva:

    Exemplo: Tanto a filha como o pai são torcedores do mesmo time.

  • Boa,tarde!

    ~ COMO~

    CAUSA---->VISTO QUE,JA QUE>>> Inicio de oracao

    CONFORMATIVA---> SEGUNDO

    ADICAO----> TANTO...COMO

    COMPARACAO---> AGE COMO O PAI

    OBS. teclado bugado!!


ID
2605237
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se elemento típico da oralidade, no seguinte fragmento:

Alternativas
Comentários
  • "Não olhava pra [para] lado nenhum."

  • Essa questão você responde sem precisar ler o texto. (Letra A)

  • Pra é a forma mais informal da preposição, devendo apenas ser utilizada na linguagem falada ou em textos informais e descontraídos. 

  • A oralidade e a escrita são duas formas de variação linguística, donde a oralidade é geralmente marcada pela linguagem coloquial (ou informal), enquanto a escrita, em grande parte, está associada à linguagem culta (ou formal).


    https://www.todamateria.com.br/oralidade-e-escrita/

  • GABARITO A

    "Não olhava pra lado nenhum."

    PARA

    Dupla negação. Forma correta: "Não olhava para lado algum." ou "Olhava para lado nenhum."

  • "Não olhava para lado nenhum"


ID
2605240
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

As diferentes possibilidades do emprego conotativo das palavras constituem um amplo conjunto de recursos expressivos a que se dá o nome de figuras de linguagem. Neste sentido, assinale a alternativa em que se emprega expressão com sentido diferente do usual, baseado em relação implícita entre dois elementos, atribuindo-lhe nova identidade.

Alternativas
Comentários
  • letra "e" ela me ensinou a felicidade.Sentido figurado,felicidade não se ensina

  • A letra E é a mais aceita, mas depreende-se que não seria possível ler milhões de livros, ou seja, essa C ai também deixa um pouco a desejar;

  • C é Hipérbole, Douglas.

  • Letra c) trata-se de hipérbole.

    Hipérbole é um exagero (milhões de livros).

  • Letra C = Hipérbole (exagero)

  • Mas, o enunciado da questão pede a figura de linguagem baseada numa relação implícita, ou seja, metafora. A hipérbole, diz respeito a exagero, não ao que possa estar subtendido implicitamente na leitura, portanto, letra E.

  • Diferente do usual = Conotativo

  • Letra E.

    Relação implícita. Metáfora

    "Ela me ensinou COMO é a felicidade"


ID
2605243
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

“Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros.”


A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.


I. A forma verbal HAVIA, mesmo que a oração a que pertence fosse flexionada no plural, permaneceria no singular.

II. A segunda ocorrência do QUE é uma conjunção integrante.

III. A conjunção MAS poderia ser substituída, sem alteração do sentido original, por CONTUDO.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

     

    “Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros.”

    I. A forma verbal HAVIA, mesmo que a oração a que pertence fosse flexionada no plural, permaneceria no singular.

    HAVER (sentido existir é impessoal)     -> Havia 10 moças negras.....havia 500... 

     

    II. A segunda ocorrência do QUE é uma conjunção integrante.            

            Melhor QUE -> comparativa ( tá comparando a mulher com outros que dançavam)

     

    III. A conjunção MAS poderia ser substituída, sem alteração do sentido original, por CONTUDO. 

                    (Ambas são Adversativas: mas , porém, todavia,contudo, no entanto, entretando....)

     

     

     

  • Sobre a II:  A segunda ocorrência do "que" NÃO é uma conjunção integrante ? Nesse caso, não seria comparativa n? Conjunção integrante de oração subordinada adverbial comparativa ?

  • Eu uso esse bisu para saber se é conjunção integrante ou pronome relativo:

    Se puder trocar por ISSO/DISSO é conjunção;

    Se puder trocar por NO QUAL é pronome.

    Espero ter ajudado

    Bons estudos!


ID
2605246
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

A oração destacada em “Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: GOSTAREM DE VERDADE DA VIDA." atribui ao fragmento ideia:

Alternativas
Comentários
  • Oração subordinadas SUBSTANTIVAS Apositivas:  funcionam como aposto.

    Ex.:
    Quero somente isto: que você aprenda português.
    Que você aprenda português  (aposto de  isto).
    Bêbado, Luís apenas sabia dizer isto: que estava morto!
    Só uma coisa sabemos: que não sabemos nada.
    As orações apositivas costumam aparecer  justapostas, isto é , sem a conjunção integrante.

    Ex.:
    Quero somente isto: aprenda português.
    Só uma coisa sabemos: não sabemos nada.

     

     

    Fonte: Nossa gramática completa - Sacconi

  • Oração Subordinadas substantivas apositiva: aparece de modo geral, entre vírgulas ou depois de dois pontos.

    EX. Tenho apenas uma intenção: que possamos conviverem harmonia.

  • .

    Dica 1

    Oração subordinadas SUBSTANTIVAS Apositivas:  funcionam como aposto.

    Ex.:
    Quero somente isto: que você aprenda português.
    Que você aprenda português  (aposto de  isto).
    Bêbado, Luís apenas sabia dizer isto: que estava morto!
    Só uma coisa sabemos: que não sabemos nada.
    As orações apositivas costumam aparecer  justapostas, isto é , sem a conjunção integrante.

    Ex.:
    Quero somente isto: aprenda português.
    Só uma coisa sabemos: não sabemos nada.

     

     

    Fonte: Nossa gramática completa - Sacconi

     

    Dica - 2

    Oração Subordinadas substantivas apositiva: aparece de modo geral, entre vírgulas ou depois de dois pontos.

    EX. Tenho apenas uma intenção: que possamos conviverem harmonia.


ID
2605249
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Observe a frase a seguir e indique a informação acrescentada pelo emprego do advérbio “AINDA”, “cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.”

Alternativas
Comentários
  • O ADVÉRBIO "AINDA" REFORÇA A AFIRMAÇÃO. GABARITO C.

  • Alguém  poderia me explicar melhor?

  • as alternativas são tão esquisitas que dá até medo de marcar

  • "fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.” 

     O que no caso em tela funciona como pronome relativo que faz papel de sujeito, remete o termo anterior, sendo introduzida pela oração adverbial ainda é...

     

    A questão pede que indique a informação acrescentada pelo emprego do advérbio “AINDA” , a informação é o que depreende-se da própria oração, o seu sentido: O que é mais idiota do que ser sinceramente triste? Fingir alegria.

     

     A única opção que satisfaz a pergunta é a letra C, no entando poderia ter sido mais clara e objetiva!!


ID
2605252
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:


I. Na frase “cansam-SE, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.”, o termo destacado retoma tem valor reflexivo.

II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, na expressão adverbial em destaque “Eu tanto aprecio uma boa caminhada A PÉ até o alto da Lapa”, deveria ser acentuado.

III. Na frase “Eu conto no meu 'Carnaval carioca' um fato a que ASSISTI em plena Avenida Rio Branco.”, o verbo destacado aponta para o sentido de presenciar.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I - SE em "casam-se" tem valor reflexívo.

    II - Em "A PÉ" não se usa crase, já que é expressão adverbial e tem sentido masculino.

    III - "a que assisti" tem preposição "a" ligada ao verbo "assistir", então seu sentido é presenciar. "Assisti ao filme"; "Andrade assistia à cena".

  • I. CORRETO - Na frase “cansam-SE, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.”, o termo destacado retoma tem valor reflexivo.

    (Ação praticada e sofrida pelo sujeito que "são certos moços" - para facilitar, de acordo com o professor Fernando Pestana, em alguns casos pegue o pronome e o troque por "a si mesmos" ) 

     

    II. ERRADO - Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, na expressão adverbial em destaque “Eu tanto aprecio uma boa caminhada A PÉ até o alto da Lapa”, deveria ser acentuado. 

    ("pé" é substantivo masculino - uma das regras mais primordiais do uso da crase)

     

    III. CORRETO - Na frase “Eu conto no meu 'Carnaval carioca' um fato a que ASSISTI em plena Avenida Rio Branco.”, o verbo destacado aponta para o sentido de presenciar.

    (Regência do Verbo assistir no sentido de - ver, presenciar, observar - Transitivo Indireto pede a preposição "a")

     

    Retirei conceitos do Livro do Professor Fernando Pestana - Gramática para concurso.

     

    Salmos 125: "Aqueles que confiam no senhor são como montes de sião que não se abalam,mais permanece para sempre."

  • Algumas coisas importantes para acertar esse tipo de questão.

     

    1) Saber que o verbo  ''ASSISTIR'', dependendo do contexto, poderá ser VTD ou VTI

     

     2) Antes de ''A pé '' nunca terá crase.

     

     

      ''Eu conto no meu 'Carnaval carioca' um fato a que ASSISTI em plena Avenida Rio Branco.'' 

    aquela letra ''a'' na frase, denunciou-me a questão dizendo que o verbo assistir está com o sentido de ''olhar''.

     

     

    Portanto, sabendo disso, chegaria-se ao gabarito.

  • TÁ SERTO

  • I e III.

  • Tá, mas e a preposição EM logo após ASSISTIR?

    Denuncia que ele é VTI então poderia ser no sentido de caber/pertencer também.

    não entendi


ID
2605255
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação. Esses conceitos são denominados:

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    Fluxo escolar (através do Censo Escolar) e as médias (através da Prova Brasil).

  • a criação desse ideb foi a desgraça da educação....a pior coisa q criaram no que se refere a educação

  • Bruno Henrique, onde o método desenvolvido por Paulo Freire foi aplicado além das escolas de elite?

  • De acordo com o Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb):

    Conforme explicado no site do Inep: "O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios".

    Portanto, os dois conceitos são: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações.

    Gabarito do professor: letra C.

  • Comentário de gente sem formação, que nem sabe o que é método Paulo Freire e certamente lê muito o Olavinho...


ID
2605258
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei de Diretrizes e Bases, Lei n° 9.394/1996, em seu artigo 4° enfatiza que o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:


1. Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade.

2. Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade.

3. acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria.

4. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.

5. oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades.

6. vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 3 (três) anos de idade.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • Lei n. 9.394/1996

    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    (...)

    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.

  • 6 - Lei 9.394 art. 4, X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.

  • De acordo com a Lei 9.394/1996:

    Conforme estabelece o art. 4º:

    1. CORRETO. Inciso I.
    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:
     a) pré-escola;
     b) ensino fundamental;
     c) ensino médio.

    2. CORRETO. Inciso II.

    3. CORRETO. Inciso IV.

    4. CORRETO. Inciso VI.

    5. CORRETO. Inciso VII.

    6. INCORRETO. Para toda criança a partir do dia em que completar 4 anos de idade.
    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.

    Somente os itens 1, 2, 3, 4 e 5 estão corretos.

    Gabarito do professor: letra B.

  • GABARITO: LETRA B

    → 6. vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 3 (três) anos de idade.

    → fiquem atentos, é uma questão de lógica, se o ensino é obrigatório a partir de 4 anos, então a vaga é garantida a partir do dia em que a criança completar 4 ANOS.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • É ate de atar - Amiga ate meu tenis.


ID
2605261
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No início de 2003, após debates em âmbito nacional, houve alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação com a sanção da conhecida Lei n° 10.639, determinando que:

Alternativas
Comentários
  • Lei n° 10.639/2003

    Art. 1° A Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:

    "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira."

     

    Obs.: Posteriormente, o art. 26-A teve a sua redação parcialmente alterada pela Lei nº 11.645, de 2008:

    Art. 26-A.  Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

  • a) os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira sejam ministrados no âmbito do Ensino Médio (FUNDAMENTAL E MÉDIO) nas áreas de educação artística (EDUCAÇÃO ARTISTICA, LITERATURA E HISTÓRIA BRASILEIRAS). ERRADO

     b) os conceitos de ancestralidade. luta. sedução, jogo e território devem ser evitados como pilares de uma ciência africana. ERRADO

    O conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

     c) seja obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos oficiais(OFICIAIS E PARTICULARES) de ensino fundamental (FUNDAMENTAL E MÉDIO).

     d) nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, seja obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira. CERTO

     e) fique a cargo de cada estabelecimento (O CALENDÁRIO ACADÊMICO INCLUIRÁ) a iclusão do 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra. 

  • De acordo com a Lei 9.394/1996, conforme as alterações dadas pela Lei 10.639/2003:

    a) INCORRETA. Serão ministrados em todo o currículo escolar; em especial nas áreas de educação artística e literatura e história brasileiras.
    Art. 26 A - § 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

    b) INCORRETA. Não há vedação neste sentido pela lei.
    Art. 26 A - § 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

    c) INCORRETA. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. 
    Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

    d) CORRETA. Idem letra C.
    Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

    e) INCORRETA. O Dia Nacional da Consciência Negra deve ser estabelecido pelo calendário escolar.
    Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como 'Dia Nacional da Consciência Negra'.

    Vale lembrar que as disposições referentes ao art. 26-A, que embasam as letras A, B, C e D foram revogadas pela Lei 11.645/2008.

    Gabarito do professor: letra D.

  • GABARITO: LETRA D

    → de acordo com a LDB (9394/96):

    Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! RUMO À APROVAÇÃO!


ID
2605264
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Prova Brasil é uma avaliação para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) que tem como objetivo:

Alternativas
Comentários
  •   O Objetivo é aferir a real situação do sistema educacional brasileiro a partir da avaliação de desempenho dos estudantes e fazer o levantamento de informações sobre escolas, professores e diretores. Prova Brasil é aplicada em escolas públicas urbanas e rurais que tenham no mínimo 20 estudantes matriculados no quinto e no nono anos (quarta e oitava séries) do ensino fundamental.

    Fonte: Portal do MEC/ http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/31991

  • d) avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.

  • Esta questão pede que o candidato indique a alternativa que apresenta o objetivo da Prova Brasil. 
    A) garantir o respeito à liberdade de aprender e o apreço à tolerância. 
    ERRADO - A Prova Brasil é uma avaliação para diagnóstico. Não tem como objetivo promover garantias de qualquer natureza, nem difundir crenças e ideias. 
    B) divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, mantendo o pluralismo de ideias e o pluralismo pedagógico. 
    ERRADO - A Prova não tem objetivos de divulgação. 
    C) definir políticas públicas que proporcionem manter que a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. 
    ERRADO -  Os dados da Prova ficam disponíveis para toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. Ela não define as políticas públicas. 
    D) avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. 
    CORRETO - A Prova Brasil é uma avaliação para diagnóstico, em larga escala, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Tem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. 
    E) selecionar alunos através da valorização da experiência extraescolar, garantindo o padrão de qualidade. 
    ERRADO - A Prova Brasil não tem como objetivo a seleção de alunos. 
    Gabarito do Professor: Letra D. 
  • D) avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. 

    CORRETO - A Prova Brasil é uma avaliação para diagnóstico, em larga escala, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Tem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. 


ID
2605267
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), leia as afirmativas.


I. Fornece recursos para todas as etapas da Educação Básica - desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos.

II. Cada estado distribui os recursos de seu próprio fundo, de acordo com o número de estudantes que estão matriculados em sua rede de Educação Básica.

III. Todas as etapas do ensino devem receber o mesmo valor por aluno.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • No FUNDEB os alunos recebem valores diferentes, dependendo do nível em que estão. Esse é o erro.

  • A respeito do Fundeb:

    I - CORRETO. Conforme art. 10, incisos I a XVIII.

    II - CORRETO. Nos termos do art. 8º:
    Art. 8º A distribuição de recursos que compõem os Fundos, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, dar-se-á, entre o governo estadual e os de seus Municípios, na proporção do número de alunos matriculados nas respectivas redes de educação básica pública presencial, na forma do Anexo desta Lei.

    III - INCORRETO. Os valores são diferentes, a depender da etapa do aluno:
    Art. 10.
    § 1º A ponderação entre diferentes etapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino adotará como referência o fator 1 (um) para os anos iniciais do ensino fundamental urbano, observado o disposto no § 1º do art. 32 desta Lei.
    §2º A ponderação entre demais etapas, modalidades e tipos de estabelecimento será resultado da multiplicação do fator de referência por um fator específico fixado entre 0,70 (setenta centésimos) e 1,30 (um inteiro e trinta centésimos), observando-se, em qualquer hipótese, o limite previsto no art. 11 desta Lei.

    Somente os itens I e II estão corretos.

    Gabarito do professor: letra A,
  • "Fornece recursos para todas as etapas da Educação Básica - desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos." questão que induz ao erro pq EJA não é uma etapa de educação básica, ela é uma modalidade.


ID
2605270
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Sobre a metodologia usada para correção, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Sobre o Enem:

    a) INCORRETA.  São adotados critérios diferenciados.
    Na correção da redação do participante surdo ou com deficiência auditiva, serão adotados mecanismos de avaliação coerentes com o aprendizado da língua portuguesa como segunda língua, de acordo com o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

    b) INCORRETA. O Inep também divulga as menores notas. Verificar a letra D.

    c) INCORRETA. Os valores se alteram.
    "A cada edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os valores dos índices mínimo e máximo de desempenho por disciplina se alteram e são divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep)".

    d) CORRETA. O que se extrai do portal do MEC: "Uma das características da teoria de resposta ao item (TRI), metodologia aplicada pelo Inep na correção do Enem e outras avaliações, é não existir um zero absoluto, ainda que os candidatos tenham entregue a prova completamente em branco. Por esta razão, no caso especifico do Enem, o Inep divulga as maiores e menores notas obtidas pela totalidade dos participantes."

    e) INCORRETA.São dois corretores, em que cada um atribui nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências.
    A redação é corrigida por dois corretores de forma independente; Cada corretor atribui uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competências; A nota total de cada corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências.

    Consultar:
    http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/212-educ...
    http://portal.inep.gov.br/perguntas-frequentes

    Gabarito do professor: letra D.
  • "uma das características da teoria de resposta ao item (TRI), metodologia aplicada pelo Inep na correção do Enem e outras avaliações, é não existir um zero absoluto, ainda que os candidatos tenham entregue a prova completamente em branco."

    GAB: D.


ID
2605273
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colaboração, os sujeitos e as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a requisitos tais como:

Alternativas
Comentários
  • A respeito da escola de qualidade social, de acordo com o parecer nº 7 do Conselho Nacional de Educação:

    a) INCORRETA. Deve haver compatibilidade entre o currículo e a infra-estrutura.
    Compatibilidade entre a proposta curricular e a infra-estrutura entendida como espaço formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade a todos.

    b) INCORRETA. Deve abranger os espaços sociais dentro e fora da escola.
    Revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela.

    c) INCORRETA. A valorização dos profissionais da educação ocorre nos seguintes termos:
    Valorização dos profissionais da educação, com plano de carreira, acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no projeto políticopedagógico.

    d) INCORRETA. Como instrumento quantitativo de progressão dos estudantes.
    Foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes.

    e) CORRETA. Consideração sobre a inclusão das diferenças e atendimento à pluralidade e diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade.

    Gabarito do professor: letra E.

ID
2605276
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A formação inicial e continuada de profissionais para a Educação de Jovens e Adultos terá como referência as diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio e as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores, apoiada em:

Alternativas
Comentários
  • a) ambiente institucional com organzação adequada à proposta pedagógica.

  • Quanto às disposições da Resolução CNE/CEB nº 1, de 05 de julho de 2000:

    a) CORRETA. Nos termos do art. 17, I.

    b) INCORRETA. Devem correlacionar teoria e prática. Art. 17, III – desenvolvimento de práticas educativas que correlacionem teoria e prática.

    c) INCORRETA. Os códigos e linguagens devem ser apropriados às situações específicas de aprendizagem.
    Art. 17, IV – utilização de métodos e técnicas que contemplem códigos e linguagens apropriados às situações específicas de aprendizagem.

    d) INCORRETA. É necessário que sejam socialmente contextualizadas.
    Art. 17, II – investigação dos problemas desta modalidade de educação, buscando oferecer soluções teoricamente fundamentadas e socialmente contextuadas.

    e) INCORRETA. A explicitação desses componentes deve ser definida pelos respectivos sistemas.
    Art. 20, § 1º A explicitação desses componentes curriculares nos exames será definida pelos respectivos sistemas, respeitadas as especificidades da educação de jovens e adultos.

    Gabarito do professor: letra A.


ID
2605279
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Os conteúdos curriculares da Educação Básica observarão, entre outras, as seguintes diretrizes:


1. difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática.

2. promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas formais.

3. consideração das condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento.

4. orientação para o trabalho.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra "b" vejam o artigo 22 da LDB

  • De acordo com as disposições da Lei 9394/96:

    Em relação aos conteúdos curriculares da Educação Básica, nos termos do art. 27 da citada lei:

    1. CORRETO: Inciso I.

    2. INCORRETO: Apoio às práticas desportivas não-formais.
    IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. 

    3. CORRETO. Inciso II.

    4. CORRETO. Inciso III.

    Somente os itens 1, 3 e 4 estão corretos.

    Gabarito do professor: letra B.
  • Vejamos que o que torna o item 2 incorreto é a ausência do prefixo "não".

    -

    LDB. Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:

    I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; (item 1)

    II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; (item 3)

    III – orientação para o trabalho; (item 4)

    IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (item 2)

    -

    GABARITO: B


ID
2605282
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta lei quando:


I. se tratar de pedido de adoção unilateral.

II. for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos distantes de afinidade e afetividade.

III. oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

     

    Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção.  

     

    § 13.  Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:     

    I - se tratar de pedido de adoção unilateral;  

    III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.  

  • GABARITO "E"

    Dispoe:

    Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção.

    (...)

      § 13.  Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:       

            I - se tratar de pedido de adoção unilateral; 

            II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; 

            III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

     

  • Espécies de adoção:

    1) Adoção Unilateral = há o rompimento dos vínculos familiares ou para a mãe OU para o pai, ou seja, persiste o vínculo familiar com um dos genitores. Pode ser deferida independentemente de prévio cadastro.

    2) Adoção Bilateral (ou “conjunta”) = há o rompimento dos vínculos familiares com a mãe e também com o pai.

  • II. for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos distantes de afinidade e afetividade.

  • LEI Nº 8.069/1990

    Art. 50, §13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:

    I – se tratar de pedido de adoção unilateral; (I)

    II – for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; (II)

    III – oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei; (III)

    Gabarito: E

  • Complementando:

    O STJ possui entendimento no sentido de que a interpretação legal do art. 50, §§ 13 e 15, ECA, não pode se afastar da melhor solução concreta para o adotando, de modo que se admite a relativização da preferência de cadastro de adotantes (REsp 1347228).

  • A questão requer conhecimento sobre o processo de adoção segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

    Afirmativa I está correta segundo o Artigo 50,§ 13, I, do ECA.

    Afirmativa II está incorreta porque o Artigo 50,§ 13, II, do ECA, diz que é preciso que o vínculo de afinidade e afetividade, não fala deste vínculo ser distante.


    Afirmativa III está correta segundo o Artigo 50,§ 13, III, do ECA.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E.


ID
2605285
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em geral, as normas sobre conselhos de ensino referem-se a funções deliberativa, consultiva, normativa, mediadora, mobilizadora, fiscal, recursal, entre outras. A função mobilizadora é assim entendida quando:

Alternativas
Comentários
  • b) situa o conselho numa ação efetiva de mediação entre o governo e a sociedade, estimulando e desencadeando estratégias de participação.

  • Nesta questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta as características da função mobilizadora dos conselhos de ensino.
    A) requer do conselho competência para deliberar, em grau de recurso, sobre decisões de instâncias precedentes. 
    ERRADO - Trata-se da função deliberativa. 
    B) situa o conselho numa ação efetiva de mediação entre o governo e a sociedade, estimulando e desencadeando estratégias de participação. 
    CORRETO - Esta é função mobilizadora, que é a que situa o conselho numa ação efetiva de mediação entre o governo e a sociedade, estimulando e desencadeando estratégias de participação e de efetivação do compromisso de todos com a promoção dos direitos educacionais da cidadania, ou seja: da qualidade da educação. 
    C) a lei atribui ao conselho competência específica para decidir, em instância final, sobre determinadas questões. 
    ERRADO - Trata-se da função deliberativa. 
    D) interpreta a legislação ou propõe medidas e normas para o aperfeiçoamento do ensino.
    ERRADO - Trata-se da função consultiva. 
    E) revestida de poder de mudar, ou confirmar, a decisão anterior. 
    ERRADO -  Trata-se da função deliberativa. 
    Gabarito do Professor: Letra B. 

ID
2605288
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A gestão pressupõe a compreensão dos procedimentos que promovem a configuração da identidade escolar e seu confronto com outros contextos sociais. Sob esta ótica, o Projeto Político-Pedagógico como expressão da gestão democrática. Sobre ele, leia as afirmativas.


I. É um movimento constante que visa orientar a reflexão e a ação da escola. “O projeto requer tempo, reflexão e consenso, obtidos a partir de coincidências e divergências".

II. Está voltado para a inclusão, visando atender à maior diversidade possível de alunos, sejam quais forem suas necessidades e expectativas educacionais e sua origem social.

III. Por ser individual, o projeto, quando elaborado, executado e avaliado, requer o desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a negociação e o direito das pessoas de intervir nas decisões que afetam a escola.

IV. exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica.


Está correto apenas o que se apresenta em: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO letra E

     

  • É coletivo.

  • questão repetida. Acho que caberia recurso, pois nao entendi o erro da alternativa III. É a palavra "individual" ? Pois no meu entendimento está falando que é individual de cada instituição de ensino ( e que é mesmo), ou na questão está falando que é individual em outro sentido?

  • Gab. B

    Por ser individual, o projeto, quando elaborado, executado e avaliado, requer o desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a negociação e o direito das pessoas de intervir nas decisões que afetam a escola. Errado

    Por ser coletivo, o Projeto Político Pedagógico , quando elaborado, executado e avaliado, requer o desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a negociação e o direito das pessoas de intervir nas decisões que afetam a escola. Certo

    LDB - LEI 9.394/96

    Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

  • Há uma ambiguidade grave na assertiva III. O PPP é individual e único, feito coletivamente.

  • Nesta questão, é preciso indicar a alternativa que apresenta as afirmativas sobre o Projeto Político-Pedagógico como expressão da gestão democrática. 
    O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento que reflete a proposta educacional da escola. É através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas são assumidas para execução dos objetivos estabelecidos. 
    Dessa forma, o item III está errado, pois afirma que o Projeto Político-Pedagógico é individual. O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento de construção coletiva que reflete a proposta educacional da escola. É através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas são assumidas para execução dos objetivos estabelecidos. 
    Portanto, está correto apenas o que se apresenta nas afirmativas l, ll e lV . 
    Gabarito do Professor: Letra E. 
  • Gabarito : E

    4. Projeto político-pedagógico da escola de ensino médio como expressão da gestão democrática

    A gestão pressupõe a compreensão dos procedimentos que promovem a configuração da identidade escolar e seu confronto com outros contextos sociais. Sob esta ótica, o projeto político-pedagógico como expressão da gestão democrática apresenta algumas características:

    a) É um movimento constante que visa orientar a reflexão e a ação da escola. “O projeto requer tempo, reflexão e consenso, obtidos a partir de coincidências e divergências”. (CARBONELL, 2002, p.82)

    b) Está voltado para a inclusão, visando atender à maior diversidade possível de alunos, sejam quais forem suas necessidades e expectativas educacionais e sua origem social.

    c) Por ser coletivo, o projeto, quando elaborado, executado e avaliado, requer o desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a negociação e o direito das pessoas de intervir nas decisões que afetam a escola.

    Como expressão da gestão democrática, o projeto político-pedagógico exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Nessa perspectiva, fica claro que a gestão democrática no interior da escola média não é um princípio de fácil consolidação, pois se trata da participação crítica na construção do projeto político-pedagógico e em sua gestão.

    http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7179-4-4-rojeto-politicopedagogico-escola-ilma-passos/file


ID
2605291
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjunto de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora” é a dimensão denominada Planejamento:

Alternativas
Comentários
  • PLANEJAMENTO POLÍTICO .LETRA "B"

  • Deverei ter dislike no QQ

  • Pergunta ridicularmente mal elaborada. Sem pé, nem cabeça.

  • Dimensões do Planejamento

     Planejamento político: capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjunto de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora”. Portanto, deve ser construído coletivamente, tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído e a favor de quem se destina a educação almejada.

    Planejamento operacional: a organização e a dinâmica de relações das opções feitas no planejamento político, sustentadas por metodologias, modelos e técnicas de busca da coerência entre o discurso e a prática. O discurso tem a dimensão política e a prática tem a dimensão operacional

  • Esta questão solicita que seja indicada a alternativa que apresenta o tipo de planejamento que envolve as seguintes característica descritas: a capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjunto de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora". 
    A) organizacional. 
    ERRADO - O planejamento organizacional é um processo que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas, necessárias e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente e dar suporte as ações e atividades durante o percurso para o objetivo proposto. 
    B) político. 
    CORRETO - O planejamento político envolve a capacidade de conceber, operacionalizar, fazer opção no conjunto de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora". Portanto, deve ser construído coletivamente, tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído e a favor de quem se destina a educação almejada. 
    C) de monitoramento. 
    ERRADO - O Planejamento de Monitoramento é uma forma organizada de se fazer avaliações regulares. Monitorar implica em conhecer e descrever: dedicar-se a descrever e analisar algum fenômeno/aspecto da ação; Julgar: criar condições para construir um posicionamento frente ao fenômeno/aspecto em questão, a partir de critérios explícitos; Aprender e tomar decisões: criar condições, tanto no decorrer do processo quanto ao término, de nos relacionarmos de maneira diferente com ele e de reorientá-lo, mudá-lo ou melhorá-lo. 
    D) operacional. 
    ERRADO - O planejamento operacional engloba a organização e a dinâmica de relações das opções feitas no planejamento político, sustentadas por metodologias, modelos e técnicas de busca da coerência entre o discurso e a prática. O discurso tem a dimensão política e a prática tem a dimensão operacional. 
    E) afetivo. 
    ERRADO - Engloba uma visão integrada do desenvolvimento da cognição e do afeto para o planejamento. Trata-se de um recurso prático para lidar com questões do campo do afeto e da cognição no ensino, que envolve identificar e lidar com as consequências sociais do comportamento, buscando explorar melhor a complexidade da questão da cognição sem desvinculá-la do afeto que, nesse caso, não é separado ou separável do próprio comportamento dos indivíduos em suas relações sociais mais diversas. 
    Gabarito do Professor: Letra B.  

ID
2605294
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia

Ao ter em mente uma visão de conjunto das dimensões de gestão escolar, cabe ao diretor, ao colocá-las em prática de forma integrada e interativa, ter em mente, também em conjunto, os fatores internacionalmente citados como responsáveis pelo sucesso educativo das escolas, a saber:


1. liderança profissional.

2. visão e metas compartilhadas pelos agentes educativos.

3. ambiente de aprendizagem.

4. concentração no processo ensino-aprendizagem.

5. ensino estruturado com propósitos claramente indefinidos.

6. expectativas moderadas.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas

ID
2605297
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um referencial teórico da escola e constitui-se de três marcos, a saber:

Alternativas
Comentários
  • gab: B

    De nada!

  • MARCO SITUACIONAL

    Análise da realidade – diagnóstico da escola e suas especificidades.

    Descreve e situa a escola no atual contexto da realidade brasileira, do estado e do município. Explicita e analisa criticamente problemas e necessidades da escola em relação ao ensino e aprendizagem, organização do tempo e espaço, relações de trabalho na escola, índices de evasão e reprovação, organização da hora-atividade e organização da prática pedagógica.

    Opção teórica: Pedagogia progressista.

    MARCO CONCEITUAL Explicita objetivamente e estabelece relações entre os fundamentos teóricos (concepção de homem, sociedade, educação, escola, conhecimento, avaliação, cidadão, cidadania, cultura, gestão democrática, currículo). Direcionamento dos instrumentos de gestão democrática.

    Intervenções na prática pedagógica (conteúdos – professor- educando- ensino e aprendizagem – avaliação metodológica da organização do trabalho pedagógico)

    MARCO OPERACIONAL Define linhas de ação e a reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva pedagógica administrativa, financeira e político-social:

    -Redimensionamento da gestão democrática (instâncias colegiadas)

    - ações relativas à formação continuada, especificidades curriculares, recuperação de conteúdos, avaliação institucional, prática docente e qualificação dos equipamentos pedagógicos.

  • Esta questão solicita que seja indicada a alternativa que apresenta os três marcos que constituem o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. 
    A) ético-político, histórico-social e democrático. 
    ERRADO - Estes aspectos compõem o Marco Conceitual, que diz respeito à concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino e aprendizagem. 
    B) operacional, situacional e conceitual. 
    CORRETO - Segundo Vasconcellos (2010) o PPP está estruturado em três marcos, são eles: Marco Situacional, Marco Conceitual e Marco Operacional. O marco operacional apresenta as propostas e linhas de ação, enfrentamentos e organização da escola; O marco situacional identifica, explicita e analisa os problemas, necessidades e avanços presentes na realidade social, política, econômica, cultural, educacional e suas influências nas práticas educativas da escola. Por fim, o marco conceitual expressa a opção e os fundamentos teórico metodológicos da escola. 
    C) cultural, tecnológico e científico. 
    ERRADO - Estes aspectos compõem o Marco Situacional, que descreve a realidade na qual são desenvolvidas a ação. Incluem qual é a realidade da escola em termos: legais, históricos, pedagógicos, financeiros, administrativos, físicos, materiais e de recursos humanos. 
    D) valorativo, social e político. 
    ERRADO - Estes aspectos compõem o Marco Conceitual, que diz respeito à concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino e aprendizagem. 
    E) qualitativo, avaliativo e tecnológico. 
    ERRADO - Estes aspectos compõem o Marco Situacional, que descreve a realidade na qual são desenvolvidas a ação. Incluem qual é a realidade da escola em termos: legais, históricos, pedagógicos, financeiros, administrativos, físicos, materiais e de recursos humanos. 
    Portanto a alternativa da Letra B apresenta os três marcos constituintes do PPP. 
    Gabarito do Professor: Letra B. 

ID
2605300
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A formação docente é um processo pedagógico, que deve acontecer de forma a levar o professor a agir de maneira competente no processo de ensino. A identidade do professor pode ser possibilitada por alguns fatores relacionados a seguir.


1. significação social da profissão.

2. revisão constante dos significados sociais da profissão.

3. refutação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas (resistentes a inovações).

4. significação conferida pelo professor à atividade docente no seu cotidiano (a visão de mundo do professor).


Estão corretos apenas os fatores:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão pede que o candidato indique a alternativa que apresenta os fatores que estão corretos a respeito da identidade do professor. 
    Compreender a identidade profissional do professor está diretamente ligado à interpretação social da sua profissão. Assim, se considera que os movimentos da sociedade têm intrínseca relação com os projetos educacionais. De acordo com Pimenta (2000), uma identidade profissional se constrói, pois, a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovações porque prenhes de saberes válidos às necessidades da realidade. A formação docente não deve estar simplesmente associada à transmissão de conteúdos ou mesmo esperar que somente com as experiências do dia-a-dia o indivíduo se tornará um bom profissional. A formação de professores requer conhecimentos unificados e que insira o professor como pessoa em busca de uma identidade profissional. Esta formação deve incluir, também, conhecimentos sobre o homem, sobre a cultura e outros temas que são fundamentais para a atuação na educação.
    Assim:

    1. significação social da profissão. - CORRETO.
    2. revisão constante dos significados sociais da profissão. -  CORRETO.
    3. refutação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas (resistentes a inovações). - ERRADO.
    4. significação conferida pelo professor à atividade docente no seu cotidiano (a visão de mundo do professor). - CORRETO.
    Dessa forma, estão corretos apenas os fatores 1, 2 e 4.
    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2605303
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na tendência liberal tradicional, entre outros aspectos, a metodologia praticada é:

Alternativas
Comentários
  • A) Tendência liberal renovada não-diretiva

    B) Tendência progressista tecnicista

    C) Tendência liberal renovada progressivista

    D) Tendência liberal tradicional

    E) Tendência liberal tecnicista

    Fonte: pedagogiaedidáticablogspot

  • Nesta questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta a metodologia praticada na tendência liberal tradicional. 
    A) baseada quase que exclusivamente no esforço do professor que desenvolve um estilo próprio para facilitar a aprendizagem dos alunos. 
    ERRADO - Essa metodologia faz parte da Tendência liberal renovada não-diretiva. 
    B) objetivos instrucionais operacionalizados em comportamentos observáveis e mensuráveis, procedimentos instrucionais e avaliação. 
    ERRADO - Essa metodologia faz parte da Tendência liberal tecnicista.
    C) uso de tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social. 
    ERRADO - Essa metodologia faz parte da Tendência liberal renovada progressivista. 
    D) baseada em aulas expositivas, comparações, exercícios, lições/deveres de casa. 
    CORRETO - Essa é a metodologia da Tendência liberal tradicional - Essa tendência baseia-se na exposição verbal da matéria e/ou demonstração. Tanto a exposição quanto a análise são feitas pelo professor. Há ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas na memorização visa disciplinar a mente e formar hábitos. 
    E) alicerçada na aplicação sistemática de princípios científicos comportamentais e tecnológicos, a problemas educacionais, em função de resultados efetivos. 
    ERRADO - Essa metodologia faz parte da Tendência liberal tecnicista . 
    Gabarito do Professor: Letra D. 
  • --> Preparação intelectual e moral dos alunos para perpetuar a divisão de classes sociais;

    --> Conteúdos não estão relacionados com as experiências do aluno;

    --> Os métodos são exposição e demonstração verbal da matéria;

    --> O discente aprende por meio de seu próprio esforço;

    --> Professor é a figura central;

    --> Aluno receptor passivo,não questiona;

    --> Metodologia  baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva


ID
2605306
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

À palavra currículo associam-se distintas concepções, que derivam dos diversos modos de como a educação é concebida historicamente, bem como das influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em um dado momento. Diferentes fatores socioeconômicos, políticos e culturais contribuem, assim, para que currículo venha a ser entendido como:


1. conteúdos a serem ensinados e aprendidos.

2. experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos.

3. planos pedagógicos elaborados pelos sistemas educacionais.

4. objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino.

5. processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A
    Quem elabora o curriculo é o professor, a partir do PPP e de preferência de um primeiro contato com os alunos.

  • Nesta questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta os itens corretos a respeito do entendimento sobre currículo. 
    Considerando o documento do MEC “Indagações sobre currículo : currículo, conhecimento e cultura" (2007), de Antônio Flávio Barbosa Moreira e Vera Maria Candau, diferentes concepções de currículo refletem variados posicionamentos, compromissos e pontos de vista teóricos. As discussões sobre o currículo incorporam, com maior ou menor ênfase, discussões sobre os conhecimentos escolares, sobre os procedimentos e as relações sociais que conformam o cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem, sobre as transformações que desejamos efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que desejamos inculcar e sobre as identidades que pretendemos construir. Discussões sobre conhecimento, verdade, poder e identidade marcam, invariavelmente, as discussões sobre questões curriculares (Silva, 1999a). O currículo pode ser entendido ainda como as experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades de nossos/as estudantes. Currículo associa-se, assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas. 
    Dessa forma, estão corretos apenas os itens 1, 2, 4 e 5. 
    O item 3, “planos pedagógicos elaborados pelos sistemas educacionais", está errado, pois de acordo com o documento do MEC, uma concepção correta de currículo inclui os “planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais". 
    Gabarito do Professor: Letra A. 
  • Acredito que cabe recurso, pois no meu ver o item 3 fala sobre o curriculo prescrito.

  • O erro da 3 Os planos pedagógicos são elaborados pelos sistemas educacionais", está errado, pois de acordo com o documento do MEC, uma concepção correta de currículo inclui os “planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais". 

    A é a certa.


ID
2605309
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na perspectiva de gestão democrática, o conselho de classe, como instância colegiada, é um espaço de avaliação:

Alternativas
Comentários
  • “Lei 4.751/2012: Art. 35. O Conselho de Classe é órgão colegiado integrante da gestão democrática e se destina a acompanhar e avaliar o processo de educação, de ensino e de aprendizagem,

  • Coletiva do trabalho escolar.



  • Nesta questão, deve-se indicar a alternativa que apresenta corretamente a avaliação realizada no âmbito do conselho de classe, na perspectiva de gestão democrática. 
    A) do projeto político pedagógico. 
    ERRADO -  O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar. Não tem como função avaliar o projeto político pedagógico. O projeto político-pedagógico inscreve-se, assim, articulando as dimensões da intencionalidade com as da efetividade e possibilidade. O projeto político-pedagógico exige uma ação colegiada para verificar se as atividades pedagógicas estão coerentes com os objetivos propostos. A criação de instâncias colegiadas é importante para garantir a representatividade, a legitimidade e a continuidade das ações educativas propostas no projeto político-pedagógico. Entre os órgãos de gestão, o conselho de classe é concebido como local de debate e tomada de decisão, funcionando como sustentáculo do projeto político-pedagógico e possibilitando, assim, a organização do trabalho da escola alicerçado na participação coletiva e instituindo práticas democráticas no dia-a-dia escolar. Não tem como finalidade, portanto, avaliar o  projeto político pedagógico em si.
    B) coletiva do trabalho escolar. 
    CORRETO - O Conselho de Classe é uma instância colegiada, caracterizando-o como espaço de avaliação coletiva do trabalho escolar. Na perspectiva da Gestão Democrática, o Conselho de Classe é um espaço privilegiado, no qual se tem possibilidade de discutir coletivamente (direção, equipe pedagógica, professores, pais e alunos), assegurando a democratização das relações que acontecem na escola. 
    C) do processo legal da escola. 
    ERRADO - O Conselho de classe não tem como objetivo avaliar aspectos legais da escola. Visa a discussão do processo didático, sendo também um espaço interdisciplinar, uma vez que aglutina professores de diversos componentes curriculares, assumindo o caráter deliberativo. 
    D) particular do trabalho escolar. 
    ERRADO - O Conselho de classe é um espaço de avaliação coletiva do trabalho escolar. 
    E) da aprendizagem cognitiva dos alunos. 
    ERRADO - Quando se discute o Conselho de Classe, discutem-se as concepções de avaliação escolar presentes nas práticas educativas dos professores. Contudo, o Conselho de Classe não tem como objetivo a avaliação da aprendizagem dos alunos. Neste sentido, a importância dos Conselhos de Classe e dos processos avaliativos da escola está nas possibilidades e capacidades de leitura coletiva da prática, bem como diante do reconhecimento compartilhado das necessidades pedagógicas, de modo a mobilizar esse coletivo no sentido de alterar as relações nos diversos espaços da instituição.
    Gabarito do Professor: Letra B. 

ID
2605312
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O processo de ensino pelo qual a matéria (conteúdos, conhecimentos sobre determinado fato, acontecimento ou fenômeno natural) é estudada no seu relacionamento com fatos sociais a ela conexos é denominado:

Alternativas
Comentários
  • estudo do meio.

  • Nesta questão, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta o nome correto do processo de ensino pelo qual a matéria (conteúdos, conhecimentos sobre determinado fato, acontecimento ou fenômeno natural) é estudada no seu relacionamento com fatos sociais a ela conexos. 
    A) estudo do meio. 
    CORRETO - O “Estudo do Meio" é um processo de ensino que pelo qual a matéria (conteúdos, conhecimentos sobre determinado fato, acontecimento ou fenômeno natural) é estudada no seu relacionamento com fatos sociais a ela conexos. Desta forma, o estudo do meio não se restringe a visitas, passeios ou excursões, mas se refere a todos os procedimentos que possibilitam o levantamento, a discussão, a compreensão de problemas concretos do cotidiano do aluno, se sua família, do seu trabalho, da sua cidade, região ou país. Desta forma, é uma metodologia que leva o aluno a tomar contato com o complexo vivo, com o conjunto significativo que é o próprio meio físico ou social. É elaboração mental, é aprendizagem que apela para conhecimentos e habilidades já adquiridos e os enriquece com o contexto em que se pode aprender. 
    B) trabalho independente. 
    ERRADO - Este método consiste em tarefas, resolução de problemas ou desafios dirigidos e orientados pelo professor – de forma clara, objetiva e sistematizada – para que os alunos realizem o trabalho de forma independente e criativa.
    C) conversação didática. 
    ERRADO - A conversação didática, também chamada de Método de elaboração conjunta, é uma proposta de interação entre professor e alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, atitudes e habilidades. Nesta proposta é fundamental a incorporação prévia pelos alunos dos objetivos a serem atingidos, bem como a disponibilidade de dispor experiências que, mesmo não sistematizadas, se constituem como ponto de partida para o trabalho de elaboração conjunta. É comum a prática nas escolas de perguntas elaboradas pelos professores para os alunos. Mas o método de elaboração não se restringe a perguntas e respostas. Pressupõe a dialogicidade, a lógica do outro ao invés de perguntas cujas respostas o professor já pensou e até mencionou – definindo o que ele quer ouvir. 
    D) trabalho em grupo. 
    ERRADO - Este método tem por finalidade a aprendizagem a partir da cooperação dos alunos entre si. Recomenda-se, portanto, que o grupo seja configurado por alunos com diferentes rendimentos, de modo que haja a troca de saberes, experiências, habilidades de trabalho coletivo responsável, e a capacidade de verbalização dos pontos de vista. 
    E) elaboração conjunta. 
    ERRADO - O Método de elaboração conjunta, ou conversação didática, é uma proposta de interação entre professor e alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, atitudes e habilidades. Nesta proposta é fundamental a incorporação prévia pelos alunos dos objetivos a serem atingidos, bem como a disponibilidade de dispor experiências que, mesmo não sistematizadas, se constituem como ponto de partida para o trabalho de elaboração conjunta. É comum a prática nas escolas de perguntas elaboradas pelos professores para os alunos. Mas o método de elaboração não se restringe a perguntas e respostas. Pressupõe a dialogicidade, a lógica do outro ao invés de perguntas cujas respostas o professor já pensou e até mencionou – definindo o que ele quer ouvir. 
    Gabarito do Professor: Letra A. 

ID
2605315
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Analise as afirmativas, quanto à capacidade polissêmica da linguagem nas ideias do texto.


I. A crônica se desenrola, através do uso da linguagem literária, sobre o ritmo de vida contemporâneo, característica marcante do tempo na sociedade.

II. O texto aponta ideia de velocidade (e mais ainda a de aceleração), quando se refere à memória de acontecimentos que se desfazem rapidamente, indicando fugacidade do tempo.

III. O que espanta o autor não é a velocidade, mas sim os acontecimentos não esquecidos, o tempo demarcando acontecimentos que deveriam pertencer à memória recente da sociedade, típica da ficção.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários

ID
2605318
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Esse texto de Mario Sérgio Cortella, contextualmente, através do uso de linguagem clara e objetiva:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA "E" "FAZ REFERÊNCIA AOS VALORES FUNDAMENTAIS DE UMA SOCIEDADE, ONDE TUDO É PASSAGEIRO".

  • Questão ofensiva a quem estuda

  • Essa banca tenta te vencer pelo cansaço com esses textos e questões enormes de interpretação.

    Não tem problema, estou treinando para isso. ;-)

  • Questão maluca! GAB E


ID
2605321
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico, um repertório que, senão for erudito, também não será vulgar. A maneira de enunciar do autor, segue, predominantemente, o padrão culto da língua, no entanto, esse padrão é contrariado no seguinte segmento:

Alternativas
Comentários
  • B

  • Agente > Alternativa B

  • A alternativa D está de igual maneira incorreta e por duas razões. A primeira diz respeito à presença do pronome apassivador “se” acompanhando o verbo “lembrar-se”. Tal partícula devia estar ausente, pois não se observa a preposição “de”, necessária quando o verbo “lembrar-se” é usado em sua  construção pronominal. Quanto à segunda que torna Incorreta a alternativa, pode ter havido mero erro de digitação, mas isso não altera o fato de transgridir à gramática normativa: o “não” encontra-se sem o til.

  • b

     

  • "Agente" junto?

     

    Tá brincando, né?

     

    Alternativa B.

  • Eu via muito disso no Facebook. 

    B

  • Agente - Correto seria nóso padrão culto da língua

     

    Gab: b

  • "A gente tinha de levantar", esse é o jeito que está no texto, na opção o "AGENTE" junto acredito ter sido mero erro de digitação, somente esclarecendo.


    Mesmo assim essa questão é a correta, ou seja, a que não está na forma culta, pois para isso teria que estar:


    " Nós tínhamos de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez." .


    O uso do " a gente" no lugar do "nós" é muito usado na língua falada.


    Espero ter ajudado.


ID
2605324
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

O termo em destaque em “A gente acaba perdendo a memória e ISSO é muito ruim." remete à relação de um elemento do texto em referência a outro, um exemplo de coesão. Essa referência é denominada: 

Alternativas
Comentários
  • ISSO é um elemento anafórico retormando o elemento anterior : PERDER A MEMÓRIA

     

    Letra B

  • GABARITO B

     

    ANÁFORA X CATÁFORA

    Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    No texto "A gente acaba perdendo a memória e ISSO é muito ruim. "     ISSO -> perder memória

     

    Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

    Ex: Estes foram os que passaram no concurso: Os que não desistiram. 

     

     

  • ...

    ANÁFORA X CATÁFORA

    Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    No texto "A gente acaba perdendo a memória e ISSO é muito ruim. "     ISSO -> perder memória

     

    Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

    Ex: Estes foram os que passaram no concurso: Os que não desistiram. 


ID
2605327
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

O texto em análise constitui-se como um conjunto global, lógico, uma unidade de significado, em que as ideias estão conectadas, além de estabelecer uma complexa rede de fatores de ordem linguística, índices formais na estrutura da sequência linguística e superficial do texto atribuindo sentido para os usuários da língua. Além disso, as ideias estão de acordo com o conhecimento que cada locutor e interlocutor tem do mundo.


Sendo assim, pode-se afirmar que o texto é um contínuo contextual que apresenta, entre outros, dois elementos de textualidade, caracterizados no parágrafo anterior, denominados, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • COERÊNCIA E COESÃO.GABARITO LETRA E

  • GABARITO E

     

    A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.

     

    Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros.

    Exemplo: A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.


    Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.

     

    Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coesao-coerencia.htm

     


ID
2605330
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Em “Calculava-se, INCLUSIVE, que geração era um tempo de 25 anos.” a expressão denotativa em destaque possui valor de:

Alternativas
Comentários
  • INCLUSIVE - no contexto da questão está com ideia de INCLUSÃO: adição, também isso, além disso . . .

     

     

    Letra D

  • Tão na cara a resposta que da pra imaginar ser pegadinha...

  • Pura pegadinha...

  • inclusão


ID
2605333
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Combinam-se, na progressão textual, orações sintaticamente dependentes que contraem as funções próprias de um sintagma nominal resultantes de transposição de uma oração. A oração destacada é exemplo desse tipo de estrutura sintática em:

Alternativas
Comentários
  • Sintagma, é o segmento liguístico que expressa uma relação de dependência entre as palavras que constituem uma frase. 

     

    Sintagma Nominal = Núcleo é o Substantivo

     

    Sintagma Verval = Núcleo  é o Verbo

  • "orações sintaticamente dependentes" SUBORDINADAS

  • Gabarito: E

  • Pergunta sem pé e nem cabeça. Depois de consultar os ETs descobri:

    orações sintaticamente dependentes que contraem as funções próprias de um sintagma nominal resultantes de transposição de uma oração. Ele está falando de oração que desempenha a função de substantivo:

    Se eu contar para eles /QUE TINHA SELETOR/, que fazia barulho clac, clac, clac.

    ISSO : OSS OBJETIVA DIRETA DO VERBO CONTAR

    Confusa e mal elaborada, mas desvendei o mistério.

  • A questão nada mais quer do que uma alternativa em que haja uma ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA

    orações sintaticamente dependentes (subordinada) que contraem as funções próprias de um sintagma nominal (substantiva)

     

                         "Se eu contar para eles / que tinha seletor."

                          Oração Principal         Oração Sub. Subs. Objetiva Direta

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: E

  • orações sintaticamente dependentes= SUBORDINADAS

    que contraem as funções próprias de um sintagma nominal =SUBSTANTIVAS

    Combinando-se,numa progressão textual

    Se eu contar para eles

    QUE TINHA SELETOR,

    que fazia barulho

    clac, clac, clac.”.


ID
2605336
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Em “Vinte anos atrás, choque de gerações ERA choque entre pais e filhos.” o verbo em destaque une uma propriedade qualquer a uma característica expressa a seguir. Nesta perspectiva, este verbo é chamado:

Alternativas
Comentários
  • São verbos de ligação:

    Ser

    Estar

    Continuar

    Parecer

    Permanecer

    Tornar- se

    .

    .

    .

     

     

    Letra E

  • Verbos de ligação: TV CAFE SPP

    Tornar-se

    Viver

    Continuar

    Andar

    Ficar

    Estar

    Ser

    Parecer

    Permanecer

     

  • Lembrando que para e verbo ser de ligação não basta estar na lista, deve haver predicativo do sujeito na frase.

    sujeito: choque de gerações

    VL: ERA

    Predicativo do sujeito: choque entre pais e filhos

    Corrijam-me se estiver errada.

     

     

  • Verbos de ligação ligam uma característica ao sujeito, indicando um estado. Não indicam uma ação realizada. Fazem parte do predicado nominal, introduzindo o predicativo do sujeito. São também chamados de verbos copulativos ou verbos não nocionais. Quais são os 7 verbos de ligação?

    Os principais verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar, continuar, viver.

    Gabarito:E

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Verbo de Ligação - VL

    .

    SECA PPFT

    Ser

    Estar

    Continuar

    Andar

    .

    Parecer

    Permanecer

    Ficar

    Tornar-se

    .

    Fonte: prof. Pablo Jamilk


ID
2605339
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Em “As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto QUE A MEMÓRIA FICA FUGAZ." a construção destacada exemplifica uma oração com ideia:

Alternativas
Comentários
  • QUE A MEMÓRIA FICA FUGAZ :  consequência

    “As coisas têm mudado muito velozmente : CAUSA

     

     

    Letra D

  • GAB D 

     

    TÃO, TANTO, TAMANHO OU TAL + QUE = CONSUCUTIVA

  • GABARITO: D

     

     “As coisas têm mudado muito velozmente, (ORAÇÃO PRINCIPAL)

                               (CAUSA)

    a tal ponto QUE A MEMÓRIA FICA FUGAZ."(ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA)

                      (CONSEQUÊNCIA)                   

  •  O. Sub. Adv. Consecutiva: 
    Intensidade (na causa) + que (na consequência)

    “As coisas têm mudado muito velozmente..." 
    INTENSIDADE (muito velozmente) na CAUSA

    "...QUE A MEMÓRIA FICA FUGAZ."

    QUE (na consequência)

  • Depois do Tesão vem conseguencia TÃO, TANTO, TAMANHO

  • GABARITO: D

  • ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA


ID
2605342
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Dentre os recursos coesivos utilizados no texto está a retomada de elementos já mencionados. Uma das alternativas a seguir apresenta elemento destacado que contraria tal estratégia. Identifique-o.

Alternativas
Comentários
  •  

    Atenção ao comando da questão que pede >>> ALTERNATIVA QUE CONTRARIA <<<<

    Analisando as alternativas:

    a) "estou falando de coisas de cinco anos para ca, todas ELAS."

    Elas - elemento coesivo retomando o elemento anterior.

     

     

    b) "Meus filhos referem-se ao tempo em QUE eu tinha 20 anos".

    Que - elemento coesivo retomando o elemento anterior.

     

     

    c) "Em 1980 - ISSO foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães".

    ISSO - elemento coesivo retomando o elemento anterior.

     

     

    d) "ELES falam antigamente referindo-se a 1974."

    ELE  - elemento coesivo retomando o elemento anterior.

     

     

    e) "Eu falo QUE é verdade "

    Gabarito. Que é uma conjunção INTEGRANTE e não está funcionando como elemento coesivo retomando o elemento anterior.

     


ID
2605345
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                                Além do ano letivo

                                                                                Mario Sérgio Cortella

                  Velocidade das mudanças dificulta o registro

                   de importantes passagens da história atual


      O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava-se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles.

      Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha.

      As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram?

      [...]

      Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais.

      Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.

CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 248. dez, 2001. Disponível em: http://www2.uol.com. br/aprendiz/ n_revistas/ revista_educacao.

Em “Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac.” há um recurso expressivo denominado:

Alternativas
Comentários
  • b) onomatopéia.

    Correta.

    As onomatopeias servem para descrever os sons do mundo, como o latido de um cachorro, o tocar de um telefone, o apito do trem, o canto de pássaros, batidas, etc.

     

    “Tic-tac”… Todos nós sabemos que esse é o som de um relógio, não é mesmo? Esse é um exemplo de onomatopeia, figura de linguagem que consiste no aproveitamento de palavras cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. Quando fazemos “toc toc” para imitar uma batida à porta, estamos utilizando uma onomatopeia.

     

     

    Fonte: https://www.estudopratico.com.br/onomatopeia/

  • Exemplos de Onomatopeia

    trrrim, trrrim = telefone tocando

    smack = som de beijo

    pow = batida, soco, porrada

    tic-tac = relógio trabalhando

    bum! = explosão

    sniff sniff = chorando

    bang, bang = tiro

    auau = latido

    miau = miado de gato

    grrr = rugido de raiva

    avente!

  • sinédoque é uma figura de linguagem, similar à metonímia e, às vezes, considerada apenas uma variação desta. A palavra tem origem grega, synekdoche (συνεκδοχή), que significa "entendimento simultâneo"

    Consiste na atribuição da parte pelo todo (pars pro toto), ou do todo pela parte (totum pro parte): "Moscou caiu às mãos dos alemães", o singular pelo plural ("Quando o Gama chegou à Índia"), o autor pela obra ("Estou a estudar Pessoa"), a capital pelo governo do país ("Washington decidiu enviar tropas para o Iraque"), uma peça de vestuário pela pessoa que o usa ("Um vestido negro surgiu pela porta"), etc. Na verdade trata-se da inclusão ou contiguidade semântica existente entre dois nomes e que permite a substituição de um pelo outro. Na literatura, abundam sinédoques com fins estéticos de provocar o inusitado nas expressões escolhidas.

  • ÓBVIO QUE SE TRATA DE ONOMATOPEIA, LETRA B)

  • Consiste no uso de palavras que imitam sons em geral.

     

    – “Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhemnhem-nhem-nhem-nhem...” (Cecília Meireles)

     

     

    Fernando Pestana

  • Metonímia: troca de uma palavra por outra, havendo entre ambas uma relação objetiva;

    Onomatopéia: representação de sons de "coisas"; (GABARITO)

    Hipérbato: Mudança na ordem das palavras ou da oração em sua ordem direta;

    Sinédoque: uma metonímia com a intenção de diminuir ou aumentar o termo comparado;

    Apóstrofe: invocação de alguém ou alguma coisa personificada

    Ex.: "Deus, ó Deus, onde estás que não respondes?" 

  • Letra B - É a retratação de sons para condicionar o leitor ao acontecimento do texto.

  • GABARITO: LETRA B

    Onomatopeia:

    Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.

    Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.

    FONTE: WWW.TODAMATÉRIA.COM.BR


ID
2605348
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

Sobre as ideias do texto, analise as afirmativas.


I. Possui linguagem literária com um tom metalinguístico, apresentando uma crônica que versa sobre o nascimento desse gênero.

II. O autor utiliza figuras modernas e pouco conhecidas para datar o nascimento da crônica, acreditando que esse gênero nasceu de conversas entre amigos.

III. Machado de Assis afirma que a crônica nasce de trivialidades, ou seja, de detalhes do cotidiano.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • I. Possui linguagem literária com um tom metalinguístico, apresentando uma crônica que versa sobre o nascimento desse gênero. - Verdade!! O texto é realizado por um dos grandes nomes da Literatura Brasileira. Dessa maneira apresenta liguagem literária com um tom de metalinguístico (que são funções com referencial, emotiva, poética, conotativa e fática). No final do texto aparece o título: “Crônicas Escolhidas";

    II. O autor utiliza figuras modernas e pouco conhecidas para datar o nascimento da crônica, acreditando que esse gênero nasceu de conversas entre amigos. Falso!! As figuras na qual Machado de Assis cita são pessoas muito conhecidas (matava a assertiva, de primeira);

    III. Machado de Assis afirma que a crônica nasce de trivialidades, ou seja, de detalhes do cotidiano. Verdade!! No começo do texto, Machado fala da seguinte maneira: "Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade." Em seguida, o autor cita fatos do cotidiano.

  • Não concordo com o gabarito. Na III o examinador afirma que a crônica nasce de trivialidades. No texto: "Há um meio certo de comear a crônica por uma trivialidade". A ausência de vírgula (Há um meio certo de comear a crônica, por uma trivialidade) não indica que há outros meios de começar a crônica? Não seria um caso de restrição e explicação?

  • LETRA E

    A questão ao mesmo tempo que é ruim, é interessante, conforme a analisamos melhor.

    Macho de Assis realmetne afirma que a crônica nasce de uma trivialidade: "Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade.". - A Trivialidade é uma base para uam crônica e quando a usamos como base, temos um meio para começá-la.

    Talvez em uma primeira leitura, muitos tenham entendido que Machadão quis dizer que: "Um dos meio de começar uma crônica é por uma trivialidade", o que aparentemente entraria em contadição com a alternativa III. Porém o texto apresenta o MODO COMO SE COMEÇAR UMA CRÔNICA  a partir de uma trivialidade, ou seja podemos basear uma crônica em qualquer coisa, porém quando nos baseamos em uma trivialidade o meio correto de começá-la é o apresentado pelo Machadão.

    Logo a III não está errada, pois segundo Machadão: Crônicas Nascem de trivialidades.

    Enfim, no fundo eu cahei  a questão mal elaborada e creio que não há o que se falar em recurso ou anulação. Mais um dia na vida de um concursando, tudo normal.


ID
2605351
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

Analise os comentários sobre o primeiro parágrafo do texto e assinale o correto.

Alternativas
Comentários
  • a) O verbo haver está no sentido de existir, ou seja, é IMPESSOAL (não possui sujeito). Não vai flexionar no plural porque não possui sujeito para fazer concordância.

    b) É proibido próclise em começo de frases. O correto é do jeito que está no texto.

    c) GAB

    d) quem agita, agita algo. Não há preposição, ou seja, não existe a mínima possibilidade de crase nesse caso.

    e) Não existe concordância em grau.

  • Gênero indica o masculino e o feminino: livro, menino, casa.

    Número indica o singular e o plural: livros, meninos, casas.

    Grau pode ser aumentativo e diminutivo: livrão, livrinho.

  • "fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua" passando pra voz passiva analítica temos:

     

     

         Suj. simples       loc. verbal     adj. adverbial

    algumas conjeturas são feitas acerca do sol e da lua.

     

     

    qualquer erro avise-me.

     

     

     

  • No singular ( Ele Faz-se) no plural (Eles Fazem-se) , sujeito está indeterminado, entretanto conseguimos observa pela desinência verbal.


ID
2605354
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

“Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras."


Assinale a alternativa que indica a forma de se reescrever essa frase do texto, alterando o seu valor original.

Alternativas
Comentários
  • e) Portanto, leitor amigo, esse meio e mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras.

    Correta. O conectivo PORTANTO é uma conjunção CONCLUSIVA. Logo, esse elemento coesivo não poderá substituir a conjunção MAS , pois haverá alteração de sentido. Quanto as demais todas são CONJUNÇÕES COORDENATIVAS ADVERSATIVAS como a conjunção MAS.

  • Na alternativa B tb altera, porque não tem o acento que marca o verbo "ser".

  • 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo:

    Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

     

    http://conteudo.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php

  • Letra B está sem o acento no verbo SER. ( é)

     

  • Aí você erra porque a banca pediu a exceção. O que realmente muda o valor original.

     

  • Conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.  (altera o seu valor original ; portanto é uma conjunção Conclusiva )  

     

    Gab; e 

  • kkkk é cada uma..


ID
2605357
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

A palavra destacada em “manda-SE um suspiro a Petrópolis” morfologicamente é:

Alternativas
Comentários
  • Partícula apassivadora: acompanha VTD/VTDI.

    Índice de Indeterminação do Sujeito: vem acompanhando VTI/VI/VL.

  • NO PRONOME APASSIVADOR ADMITE VOZ PASSIVA.

  • Os verbos mandar, deixar, fazer, sentir e ouvir não admitem os pronomes oblíquos átonos como sujeitos acusativos e/ou sensitivos? Excluindo-se essa ideia, considero verdadeiro o gabarito.

  • gabarito A para os não assinantes

  • Sempre acompanha VTD ou VTDI para indicar para indicar que o sujeito explicito da frase tem valor paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
    BIZU --> sempre e possível reescrever a frase passando para a voz passiva analítica, ou seja, tranformando verbo em locução verbal (SER + PARTICIPIO).

    manda-SE um suspiro a Petrópolis

    Um suspiro é mandado a Petrópolis

    Fernando pestana - A Gramática para Concursos Públicos

  • Errei esta questão pq achei que a banca pedia para achar a resposta de acordo com a MORFOLOGIA (morfologicamente). Por isso, eliminei de cara o PA e IIS. Coloquei conjunção integrante pois ao substituir o SE por ISSO deu certo (Manda-se um suspiro a metropolis- Manda ISSO).

    Meu raciocinio foi totalmente errado? 

     

  • VOZ PASSIVA SINTETICA

     

  • manda-SE um suspiro a Petrópolis

     

    ORDEM DIRETA

    Um suspiro é mandando a Petrópolis

  • manda-SE um suspiro a Petrópolis


    --> Quem MANDA, manda ALGUMA COISA (um suspiro) a ALGUÉM/ALGUM UM LUGAR (a Petrópolis) --> Objeto Direto + Objeto indireto --> VTDI


    --> Só de já ser VTD já deduzimos que a palavra -SE só pode ser partícula apassivadora.


    O sujeito (paciente) é "um suspiro" (o que é diferente de falar em quem pratica a ação verbal, o que não sabemos)


    Além disso podemos transpor a voz passiva sintética para a analítica e, assim, verificamos que se trata de voz passiva e que o -SE é PA.


    Um suspiro É MANDADO...

  • NO PRONOME APASSIVADOR ADMITE VOZ PASSIVA.


    Um suspiro a Petrópolis é mandado


  • A minha dica quando houver dúvidas com

    -partícula apassivadora.

    -índice de indeterminação do sujeito.

    coloque a frase nu plural, caso ocorra a flexão fato será partícula apassivadora

    mandam-SE ALGUNS suspiros a Petrópolis


ID
2605360
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

“DIZ-SE isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca."


Na produção do texto em análise, a expressão destacada apresenta uma:

Alternativas
Comentários
  • Verbo na terceira pessoa do singular + SE generalizador é uma das estratégias de indeterminaçao do sujeito. 

  • A linguagem impessoal, por isso generalizada.


ID
2605363
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

“Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso”


Entre as duas frases que compõem o trecho acima, é estabelecida a seguinte relação de sentido:

Alternativas
Comentários
  • “Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso”

    Quando - conectivo com ideia de tempo, pois foi num TEMPO em que a fatal curiosidade ...

  • GABARITO: A

     

    São Conectivos Temporais:

    Quando, enquanto, assim
    que, logo que, desde que, até
    que, mal, depois que, eis que

     

    Ps.: já vi bancas cobrando o "ou" como temporal tb.

     

     

    BONS ESTUDOS.

  • GABARITO: A

    "MAMÃO COM MEL, FALA A VERDADE!!"

    DÉCIO TERROR

  • GABARITO A

     

    MAS NÃO ACHO NENHUMA QUESTÃO FÁCIL HOJE EM DIA, SE FOSSE FACIL EU NÃO ESTAVA MAIS AQUI.

     

    KKKKK

  • Conjunções Temporais

     

    As conjunções temporais são aquelas que indicam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo:

    Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde que).

     

    GABARITO: A

     

    Fonte: https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-subordinativas/

  • Cuidado!!!

    A conjunção quando pode indicar matiz condicional e concessivo:

    *Quando o senhor quer algo de mim, é gentil. (condição)

    *Vive saindo, quando deveria estar estudando.

    (concessão).


    Fonte: Pestana

  • correta - A

    Bati o olho no QUANDO já desconfiei. Tem que saber as conjunções senão não dá pra acertar.

    conjunções temporais : quando, assim que, antes que, depois que


ID
2605366
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

O sentido do trecho destacado em “MAS, LEITOR AMIGO, ESSE MEIO É MAIS VELHO AINDA DO QUE AS CRÔNICAS, que apenas datam de Esdras.” é construído a partir do seguinte procedimento:

Alternativas
Comentários
  • Levamos em consideração a conjunção MAS - oposição. Assim, marcamos a letra B.

  • Já que MAS indica ideia contrária, oposição, consequentemente tem-se a CONTESTAÇÃO de algo que foi dito.


ID
2605369
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

“manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; ESTÁ COMEÇADA a crônica" o segmento destacado tem sentido equivalente ao da seguinte forma verbal:

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

    b) começar-se-ia.

    Errada. Acarretará alteração de sentido no excerto

     

    c) começava-se.

    Errada. Acarretará alteração de sentido no excerto

     

    d) começando.

    Errada. Acarretará alteração de sentido no excerto

     

    e) começasse.

    Errada. Acarretará alteração de sentido no excerto

  • simplificando:

    Está começada = presente

    Começa-se = presente


ID
2605372
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 


O nascimento da crônica


      Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

      Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

      Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

ASSIS, Machado. “Crônicas Escolhidas", Editora Ática - São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.

Em “A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe.", a correção gramatical do segmento seria preservada, sem haver alteração semântica, linguística ou de coerência, caso:


1. fosse colocada uma vírgula após “A primeira.

2. fosse substituída a palavra SEQUER por NEM MESMO.

3. houvesse troca do pronome OS, em havendo-os, por LHES.

4. a forma verbal HAVIA fosse flexionada no plural.


Estão corretas apenas:

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

    1. fosse colocada uma vírgula após “A primeira.

    Correta. Não haverá alteração caso a vírgula for empregada , pois o elemento: primeiro não é sujeito e sim uma alternância.

     

    2. fosse substituída a palavra SEQUER por NEM MESMO.

    Correta. Ambas locuções são equivalmentes

     

     

    3. houvesse troca do pronome OS, em havendo-os, por LHES.

    Errada. o pronome OS - OBJETO DIRETO e LHES - OBJETO INDIRETO

     

     

    4. a forma verbal HAVIA fosse flexionada no plural.

    Errada. Haver no sentido de exisitir é impessoal , assim, permanecerá no singular. Há outras regras em relação ao verbo HAVER.

     

     

    * Essa questão dá para resolver via ATALHO(eliminação)

     

     

  • Podemos lembrar também que a vírgula na frase seria correta a medida que significaria a elipse de "causa".

  • kkkkkkkkkkkkkkkkk vírgula correta separando sujeito de predicado? TÁ SERTO

  • 1. fosse colocada uma vírgula após “A primeira. (ERRADO)

    A primeira(sujeito) é (verbo de ligação) que não havia alfaiates(predicativo do sujeito)= sendo assim: Oração subordinada substantiva predicativa. NUNCA SEPARAR POR VIRGULA SUJEITO e VERBO.

    Prof;Qc;: Isabel Vega, Mestra em Letras na UFR

    Questão passível a recurso. Segundo a professora, somente a opção 2 estar correta.

  • Gente, não vamos viajar, questão sem gabarito mesmo, decidam o que é pior: vírgula entre sujeito e verbo ou verbo haver=existir flexionado.

  • trata-se de uma análise contextual.

     Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe.

    Entendo ser possível o uso da virgula após a palavra primeira, por se tratar de uma enumeração.

  • Essa banca quase não anula, e tem muitas, mas muitas mesmo, questões como essa.