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Prova IF Sul Rio-Grandense - 2019 - IF Sul Rio-Grandense - Assistente em Administração


ID
2981314
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Sobre o texto, são feitas algumas afirmações. Marque (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) A internet empodera os usuários pelo fato de facilitar a vida destes em todas as suas demandas.

( ) A internet, quando acessada, conduz automaticamente os usuários a outros interesses diferentes daquele que motivou sua utilização.

( ) A navegação em rede estreitou o contato dos consumidores com as estratégias de marketing.

( ) Os consumidores brasileiros geralmente não apresentam resiliência em relação ao marketing digital.

( ) O fato de chegarem ao consumidor anúncios de seu interesse indica que esse direcionamento é feito por meio da análise de informações fornecidas pelos internautas.


A sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B

    F – F – V – F – V.

  • 1 - O erro está em "todas as suas demandas";

    2 - O erro está em "automaticamente"

    3 - Correto

    4 - O erro está em dizer que "geralmente" os consumidores brasileiros não têm resiliência; o texto mostrou que a "maioria" dos consumidores brasileiros não têm resiliência em relação ao marketing digital.

    5 - Correto


ID
2981317
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

De acordo com o texto, a relação entre o tempo gasto na internet e o consumo compulsivo dá-se de forma

Alternativas
Comentários
  • Gab.: A

    diretamente proporcional.

  • Quanto mais vc olha, mais vc compra...

  • O RLM ajudou agora...


ID
2981320
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

No 12º e 13° parágrafos, o autor

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

     Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

    ===> o autor relativizou, apresentando uma ponto para suavizar a negatividade do e-commerce.

    Força, guerreiros(as)!!

  • não é nem bom e nem ruim, tem que saber usar de forma correta.

  • Rafael disso tudo!!!!!

     Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores, ou bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença.

  • c) Relativiza o ecommerce;

    Isso fica evidente quando ora expõe ora defende o ecommerce, com 2 pontos de vistas distintos.

    O 1° ponto (lado negativo). Aborda o lado nocivo do ecommerce, como por exemplo o Parágrafo 11:

    "...Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos". 

    No 2° ponto (o lado positivo).No penúltimo parágrafo:

    "Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente".

    Ou seja, se por um lado o ecommerce tem seus aspectos ruins, por outro ele também tem seus aspectos positivos.

    Dependendo da maneira que se olha para ele.

  • "Tudo é relativo." Einsten


ID
2981323
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

É correto afirmar que o foco principal do texto alerta para

Alternativas
Comentários
  • " O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas.... '

  • GABARITO: LETRA D

    ===> O foco principal do texto é:

    ===> O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • d) o fato de priorizar-se o tempo gasto na internet em detrimento daquele destinado a atividades mais profícuas(proveitosas).

    A resposta da questão é exatamente a conclusão do texto. O último parágrafo:

    "O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito! "

  • Profícua. O mesmo que: benéfica, lucrativa, proveitosa, rendosa, vantajosa.

  • um texto tão longo para uma questão tão simples

ID
2981326
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Considerando o papel semântico desempenhado por recursos textuais e pré-textuais, leia as afirmações abaixo e marque (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) O subtítulo do texto, além de reforçar o tema, apresenta um direcionamento sem revelar o ponto de vista assumido pelo autor.

( ) O segundo e o terceiro parágrafo desempenham um papel contextual, uma vez que expõem informações já incorporadas no senso comum.

( ) Os argumentos utilizados para a defesa do ponto de vista fundamentam-se, em alguns parágrafos, em dados obtidos por meio de pesquisas científicas.

( ) O parágrafo conclusivo retoma os aspectos mais relevantes da discussão empreendida, propondo alternativas ao problema.


A sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A, porquanto:

    1° assertiva: Falso, pois o subtítulo mostra sim o ponto de vista do autor. "...é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta."

    2° assertiva: Verdadeiro, pois a segunda e terceira mostra todos os benefícios da internet (coisa que a parcela dos que deixam de fazerem coisas mais produtivas já sabem).

    3° assertiva: Verdadeiro, pois é notório os percentuais no 8° parágrafo.

    4° assertiva: Falso, pois o último parágrafo conclusivo ele apnas reforça a ideia dita no texto inteiro, não tem uma "solução nova".

    Tmj irmãos.

  • Nossa! Essa foi complicada para mim!
  • Gab.: A

    F – V – V – F.

  • "A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!"

    achei que esse trecho trazia uma ideia de alternativa, viajei.. extrapolação textual


ID
2981329
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Dentre os vocábulos abaixo, qual deles NÃO é empregado, no texto, com sentido conotativo?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento ===> CONotativo (CONto de fadas, sentido figurado); Denotativo (Dicionário). ===> conferência está sendo empregada no sentido real (de conferir).

    Força, guerreiros(as)!!

  • O que tem de errado na alternativa "A"?

  • conotação= sentido figurado

    denotação= sentido real

    a questão pede a palavra que de certa forma NÃO está no sentido figurado.

    resposta correta Letra_ D

  • Achei que "foco" estivesse no sentido denotativo também...

  • conotação= sentido figurado

    denotação= sentido real

    a questão pede a palavra que de certa forma NÃO está no sentido figurado.

    resposta correta Letra_ D

    conferência.

  • Foco está no sentido denotativo.

  • Por que a letra A está errada? Alguém poderia me tirar essa dúvida?

  • PEÇAM COMENTÁRIO DO PROFESSOR!

  • toda vez que falamos... " vou focar nisso, ou isso e meu foco etc... foco é sentido conotativo, a unica coisa que foca e câmera ou binóculo.

  • Ao digitar no google "foco" abre duas proposições.

    1° FÍSICA: qualquer ponto para o qual converge, ou do qual diverge, um feixe de ondas eletromagnéticas ou sonoras ou um feixe de raios luminosos.

    2° FIGURADO (SENTIDO) - FIGURADAMENTE: ponto para o qual converge alguma coisa.

    Sempre que usar-se "foco" por uma pessoa, ele estará em sentido figurado.


ID
2981332
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

No que se refere a informações implícitas, considere as afirmações a seguir:


I. Em “A internet empodera as pessoas de várias formas...” (2º parágrafo), presume-se que não havia autonomia antes do advento da rede de computadores.

II. Em “...permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado...” (3º parágrafo), presume-se ter havido, em algum momento, ruptura de laços afetivos.

III. Em “...o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar...” (13º parágrafo), infere-se que algumas pessoas não ponderam sobre sua prática de consumo.

IV. Em “O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital...” (14º parágrafo), presume-se que parte da população não considera o fenômeno.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • II. Em “...permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado...” (3º parágrafo), presume-se ter havido, em algum momento, ruptura de laços afetivos.

    Eu presumi isso também.

  • Pois é, marquei C.

  • Gab. da banca : D

  • O erro da alternativa C talvez esteja na palavra ruptura. O contato - citado pelo autor - com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado pode ter simplesmente enfraquecido ou se desfeito de forma natural ou espontânea em razão do tempo e/ou distância; não foi necessariamente um corte ou interrupção na relação entre pessoas. Já o emprego da palavra ruptura é impositivo e só admite um entendimento: o de que esse distanciamento ocorreu de forma brusca e marcada. Acho que não foi essa a mensagem que o autor quis passar .

    Simon diz, gabarito D.

  • IV O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital...” (14º parágrafo), presume-se que parte da população não considera o fenômeno.

    O uso dos 3 pontos (...) implica em saber que o resto do texto deveria ser analisado também!

    "O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas"


ID
2981335
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Observe a palavra destacada em cada um dos trechos a seguir:


Em média, cada brasileiro chega a ficar... ...

... número que pode chegar a mais de 75%... ...

... um direcionamento da comunicação que chega até elas.


Nos fragmentos acima, embora o verbo em destaque seja o mesmo, ele tem significação distinta. Em qual dos conjuntos de frases a seguir os verbos também, embora iguais, são diferentes em sentido?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Na primeira oração, o verbo está empregado no sentido de "abandonar".

    Na segunda, no sentido de "depositar".

  • GABARITO: LETRA C

    ===> a questão pede uma alternativa em que o verbo possua SIGNIFICADO diferente:

    A) O arquiteto fez o projeto. / O construtor fez a casa. ( ambos verbos com o sentido de realizar).

    B) O professor deu as tarefas aos alunos. / O jogador deu as cartas. (ambos verbos com o significado de "dar" ---> dar algo a alguém).

    C) Pedro depôs os antigos hábitos. / Maria depôs esperanças no tratamento. (primeiro significado de "largar", o segundo com o significado de depositar).

    D) A menina colocou a boneca na cama. / O golfista colocou a bola no chão. (ambos verbos com o significado de "largar").

    Força, guerreiros(as)!!

  • Verificar também a transitividade do verbo é uma boa jogada.


ID
2981338
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Tendo em vista o valor semântico dos conectores, bem como seu papel na estruturação frasal, considere as afirmações a seguir:


I. A locução “Além disso” (3º parágrafo) expressa ideia de adição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pelo advérbio “ademais”.

II. A conjunção “enquanto” (7º parágrafo) expressa ideia de tempo, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “conquanto”.

III. A conjunção “Se” (7º parágrafo) expressa ideia de condição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “caso”.

IV. A conjunção “Porém” (13º parágrafo) expressa ideia de oposição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “contudo”.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I. A locução “Além disso” (3º parágrafo) expressa ideia de adição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pelo advérbio “ademais”.

    II. A conjunção “enquanto” (7º parágrafo) expressa ideia de tempo, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “conquanto”. {{{ Enquanto é temporal, conquanto é concessiva }}}

    III. A conjunção “Se” (7º parágrafo) expressa ideia de condição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “caso”. {{{ Será necessária alteração na frase }}}

    IV. A conjunção “Porém” (13º parágrafo) expressa ideia de oposição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “contudo”.

    Gabarito C.

  • II. A conjunção “Se” (7º parágrafo) expressa ideia de condição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “caso”. {{{ Será necessária alteração na frase }}}

    não dá ideia de condição

  • LETRA C

  • Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaa como eu luuuuto com essas conjunçõessssssssssssss avi mãe, trem dificillllllllllllllllllllllllll................Seguindo o lema.........SÓ NÃO PASSA QUEM DESISTE rsrsrsrrs

  • III. A conjunção “Se” (7º parágrafo) expressa ideia de condição, podendo ser substituída, sem prejuízo semântico e necessidade de adequação sintática, pela conjunção “caso”.

    Neste caso expressa ideia de causa relaciona-se a “já que”, “uma vez que”.

     "Se (Já que) nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico".

    Fonte: https://www.portugues.com.br/gramatica/as-funcoes-se-.html

    Pessoal tem um vídeo excelente no you tube com o valor semântico dos conectivos com ideia diferente daquela que reconhecidamente ele faz normalmente, dependendo do contexto.Vale a pena conferir.

    https://www.youtube.com/watch?v=rAwEj4S8-Tw&t=1s

    DEUS ABENÇOE VOCÊ NA HORA DA PROVA!


ID
2981341
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Em qual dos trechos a seguir o vocábulo em destaque NÃO é um pronome?

Alternativas
Comentários
  • Letra A: Conjunção subordinativa integrante.

  • GABARITO: LETRA A

    A) ... permitindo que estejamos... ===> permitindo ISSO (conjunção integrante)

    B) ... gastam seu tempo... ===> pronome possessivo

    C) ... tornou-se ainda mais... ===> pronome "se", sendo parte integrante do verbo "tornar-se"

    D) ... do que as que não investem... ===> pronome demonstrativo (as = aquelas).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Em torna-se temos um verbo pronominal, por isso o se é uma parte integrante do verbo.

  • Permitindo que (ISSO) estejamos (…) - Conjunção integrante

    Gastam seu tempo (…) - Pronome possessivo

    Tornou-se ainda mais (…) - pronome "se", sendo parte integrante do verbo “tornar-se”

    (...) do que as que não investem (…) - Pronome demonstrativo + pronome relativo.

    Letra A


ID
2981344
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Observe a correlação verbal empregada no trecho abaixo:


... 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem...


Em qual das frases a seguir há também o emprego correto da correlação entre os verbos, de acordo com a norma padrão?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) Quando ele for a Porto Alegre, eu vou junto. ===> quando ele for, eu IREI junto.

    B) Se você comer o bolo primeiro, eu como também. ===> se você comer, eu COMEREI também.

    C) Quando você compuser a música, toque-a para nós.

    D) Se ele não fosse meu amigo, eu não lhe dava auxílio. ====> se ele não fosse, eu não lhe DARIA.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Esse Arthur Carvalho  é o cara, se não fosse ele em portuquês aqui no QC, o que seria de nois?

    Um nada. kkkkk

    Parabéns, cara

  • Na alternativa C, o verbo "compor" está no modo subjuntivo (note a presença da conjunção "quando"). Por essa razão, não se pode escrever "quando você compor", mas sim "quando você compuser". Segue de perto a mesma forma todos os outros verbos derivados do verbo "pôr": antepor, pressupor, repor, supor etc.

    Letra C

  • Todo mundo errou, 100%?

  • quase 100% errou rsrs e eu fui um dos

  • Sei nada de português mesmo.A que eu achei que estava errada,é o gabarito. aff

  • A) Quando ele for a Porto Alegre, eu vou junto.

    Futuro do Subjuntivo Presente do Indicativo

    B) Se você comer o bolo primeiro, eu como também.

    Futuro do Subjuntivo Presente do Indicativo

    C) Quando você compuser a música, toque-a para nós.

    Futuro do Subjuntivo Imperativo afirmativo

    D) Se ele não fosse meu amigo, eu não lhe dava auxílio.

    Pretérito Imp. do Subjuntivo Pretérito Imp. do Indicativo

  • Português... aff!

  • A) Quando ele for a Porto Alegre, eu irei junto.

    B) Se você comer o bolo primeiro, eu comerei também.

    C) Quando você compuser a música, toque-a para nós.

    D) Se ele não fosse meu amigo, eu não lhe daria auxílio.

  • O coloquialismo quase me faz marcar a letra B 

  • Alguém pode me esclarecer o que a questão está pedindo. Vi algumas explicações e foram boas. Só que a noção do que a questão pedia foi que não entendi.

    Grata,

  • LETRA C

  • A) Quando ele for a Porto Alegre, eu vou junto.

    For= futuro do subjuntivo + Irei = Futuro do presente

    B) Se você comer o bolo primeiro, eu como também.

    Se você comer =Futuro do subjuntivo + eu como= presente do indicativo.

    c) Quando você compuser a música, toque-a para nós.

    Quando você compuser = futuro do subjuntivo + Imperativo afirmativo.

    D) Se ele não fosse meu amigo, eu não lhe dava auxílio.

    Fosse = pretérito imperfeito do subjuntivo + Pretérito imperfeito.

    Dica: A questão pede uma correlação entre os tempos e modos verbais

    casadinhas clássicas;

    PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRETÉRITO

    SSE + RIA

    Se eu passasse no EB rasparia a cabeça.

    Futuro do subjuntivo + Futuro do presente do indicativo

    se eu passar na DPE rasparei a cabeça.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Não entendi qual o erro da alternativa “a”, já que o verbo no FUTURO DO SUBJUNTIVO pode se correlacionar tanto com o FUTURO DO PRESENTE (do modo indicativo) quanto com o PRESENTE (do modo indicativo)!

  • Não se começa frase com pronome átono.
  • Gab: C

    a) Quando ele for a Porto Alegre, eu irei junto. (Fut subjuntivo + fut do presente do indicativo)

    b) Se você comer o bolo primeiro, eu comerei também. (Fut subjuntivo + fut do presente do indicativo)

    c) Quando você compuser a música, toque-a para nós. (Fut subjuntivo + imperativo afirmativo)

    d) Se ele não fosse meu amigo, eu não lhe daria auxílio. (pretérito imp. do subjuntivo + pretérito imp. do indicativo)


ID
2981347
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Com base em convenções gramaticais relativas a regência, leia as afirmações a seguir, marcando (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) Em “...será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente?” (4º parágrafo), o verbo “usufruir” não admite complemento preposicionado, o que torna obrigatória a substituição de “desse” por “esse”.

( ) Em “...informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam...” (10º parágrafo), o pronome pessoal oblíquo “as” deveria ser substituído por “lhes”, dada a transitividade do verbo “interessar”.

( ) Em “O consumo digital [...] implica em uma maior probabilidade...” (10º parágrafo), o verbo “implicar” não admite complemento preposicionado quando empregado no sentido de “acarretar”, o que torna equivocado o uso de “em” antes de “uma maior probabilidade”.

( ) Em “... nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a ‘comprar produtos ou serviços que não precisamos...’.” (10º parágrafo), a transitividade do verbo “precisar” torna necessário incluir a preposição “de” antes do pronome relativo.


A sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • Em II), Nas acepções de “captar ou prender a atenção, a curiosidade”, “excitar-se”, o verbo interessar é transitivo direto!

  • Gabarito: A

  • "Em '...informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam...' (10º parágrafo), o pronome pessoal oblíquo “as” deveria ser substituído por “lhes”, dada a transitividade do verbo 'interessar.'"

    O gabarito devia ser alterado para alternativa C. Protesto quanto à posição da banca considerar esse verbo transitivo direto. Do meu ponto de vista, é transitivo indireto e deve haver como complemento o pronome oblíquo "lhes": interessam-lhes ou lhes interessam.

  • Só acertei pcausa da última!

  • Discordo do gabarito, pois para mim, nesse contexto, interessar pede complemento regido por preposição, logo, o lhes é um pronome oblíquo átono que cumpre essa função.

  • Acertei pois " quem interessa, interessa EM alguma coisa"...rsrsrrs...matei a questão aqui !!

  • Também discordo do gabarito, salvo melhor juízo a alternativa correta deveria ser a C. Vamos indicar para o comentario do professor. 

  • gente eu estava muito confusa com o verbo precisar. fui pesquisar e achei esse comentário que eclareceu tudo.

     

    Quanto ao verbo “precisar”, usualmente, na linguagem relativa ao português contemporâneo, duas colocações são admitidas:

    - No caso de o complemento ser um substantivo ou pronome, o correto é usarmos a preposição. Assim sendo, ele se classifica como transitivo indireto.
    Observe:

    Preciso de carinho e atenção.

    Preciso de você.


    - Quando o complemento é um verbo no infinitivo, a preposição não é exigida. Analise:

    Preciso sair.
    Preciso relaxar um pouco.

  • O verbo “interessar” pode assumir significados diversos e, portanto, possuir uma regência para cada um de seus sentidos. Veja:

    1) Com o significado de “dizer respeito a”, “importar”, “ser proveitoso”, “ser do interesse de”, será verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.

    Exemplo:

    Pensei que a compra os interessasse de imediato.

    2) Nas acepções de “captar ou prender a atenção, a curiosidade”, “excitar-se”, o verbo é transitivo direto.

    Exemplo:

    A possibilidade da compra de um carro novo interessou-me de imediato.

    3) No sentido de “ter interesse”, “tirar utilidade, lucro ou proveito”, o verbo pede um objeto indireto antecedido pela preposição em.

    Exemplo:

    Não havia ninguém que se interessasse no investimento.

    4) Quando significa “atrair”, “provocar interesse ou a curiosidade de”, é um verbo transitivo direto e indireto.

    Exemplo:

    Foi fácil interessar-me pela compra de um carro novo.

    5) Com o significado de “empenhar-se”, “tomar interesse por”, possui forma reflexiva e pede um objeto indireto antecedido pelas preposições “em” e “por”.

    Exemplo:

    Ela se interessou imediatamente pela compra do carro novo.

    Fonte:

  • PLEASE, ALGUM PROFESSOR PARA COMENTAR?

  • A meu ver, essa questão deveria ser anulada porque há duas respostas certas:

    O verbo “interessar” pode assumir significados diversos e, portanto, possuir uma regência para cada um de seus sentidos. Veja:

    1) Com o significado de “dizer respeito a”, “importar”, “ser proveitoso”, “ser do interesse de”, será verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.

    Exemplo:

    Pensei que a compra os interessasse de imediato.

    2) Nas acepções de “captar ou prender a atenção, a curiosidade”, “excitar-se”, o verbo é transitivo direto.

    Exemplo:

    A possibilidade da compra de um carro novo interessou-me de imediato.

    Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/regencia-verbo-interessar.htm

  • LETRA A

  • Regra 4 : Use preposição antes do PRONOME RELATIVO ( que ,quem,cujo,o qual, onde) sempre que o termo posposto a ele exigir .

    não entendi a segunda, indicar para o professor, por favor !

  • LETRA A

    Sob protesto contra esse gabarito! Deveria ser a letra C

  • Pois digo que é C.
  • Monitor do QC também apontou gabarigo como Letra C.

    É só ir na aba "gabarito comentado".

  • Regência do verbo interessar

    1º) Usa-se, indiferentemente, como transitivo direto ou indireto, nas acepções de "dizer respeito a", "importar", "ser proveitoso", "ser do interesse de":

    o   Pensei que os interessasse estar ao corrente disto. (C. de Oliveira)

    o   E eu calculei que talvez a transação lhe interessasse. (G. Ramos)

    2º) é transitivo direto quando significa: "captar ou prender o espírito, a atenção, a curiosidade"; "excitar a":

    o   Ele percebeu então que falara demais, a ponto de interessá-la, e olhou-a rapidamente de lado. (C. Lispector)

    3º) Emprega-se com objeto indireto introduzido pela preposição em nos sentidos de "ter interesse", "tirar utilidade, lucro ou proveito":

    o   O rei interessava em que os concelhos fossem poderosos e livres. (A. Herculano)

    4º) é transitivo direto e indireto quando significa "atrair", "provocar o interesse ou a curiosidade de":

    o   Foi fácil para ele interessar toda a cidade na incrível figurinha de Shirley Temple. (A. Dourado)

    5º) No sentido de "empenhar-se", "tomar interesse por", tem forma reflexa e faz-se acompanhar de objeto indireto encabeçado por uma das preposições em ou por:

    o   Zazá não se interessava muito pelo futebol. (R. Couto)

    FONTE: https://www.aulete.com.br/gram/cap11-15-regencia

    Acredito que o avaliador considerou que o verbo obedeceria ao exposto no 1º caso da explicação acima, ou seja, seria facultativo o uso do lhe, pois aceitam-se as duas transitividades.

  • verbo "interessar", com o significado de "importar", "ser proveitoso" ou "captar a atenção" pode ser transitivo direto - (A matéria interessou os alunos) - ou transitivo indireto, exigindo a preposição "a": Esse assunto interessa a toda a gente.

  • Até mesmo alguns verbos transitivos indiretos não aceitam “lhe” como objeto indireto: Assistir (com sentido de ser espectador); Aspirar (com sentido de almejar); proceder; presidir; recorrer; aludir; anuir. Nesses casos, teremos que usar o pronome oblíquo tônico: a ele(a)(s).

    Portanto, estão equivocadas expressões como estas abaixo:

     Ex.: Quero lhe ver.

     Ex.: Comprei o filme, mas não tive tempo para assistir-lhe... (ver)

     Ex.: Não lhe recorro por orgulho.

    Estratégia Concursos - Porfessor Felipe Luccas


ID
2981350
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

No que se refere ao emprego da pontuação, considere as afirmativas a seguir:


I. No 1º parágrafo, em “...passa, por dia, mais de quatro horas conectado...”, as vírgulas são empregadas para intercalar expressão adverbial deslocada sintaticamente.

II. No 8º parágrafo, as reticências são utilizadas para indicar suspensão do pensamento.

III. No 10º parágrafo, as aspas são empregadas para indicar citação do discurso alheio.

IV. No 12º parágrafo, empregam-se os travessões para indicar informação acessória.

V. No 13º parágrafo, em “Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim.”, a vírgula é necessária para indicar pausa.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    I. No 1º parágrafo, em “...passa, por dia, mais de quatro horas conectado...”, as vírgulas são empregadas para intercalar expressão adverbial deslocada sintaticamente. ===> CORRETO ===> adjunto adverbial de tempo intercalado.

    II. No 8º parágrafo, as reticências são utilizadas para indicar suspensão do pensamento. ===> . A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) ===> INCORRETO ===> reticências usada para demonstrar uma continuidade da ideia apresentada anteriormente da pontuação.

    III. No 10º parágrafo, as aspas são empregadas para indicar citação do discurso alheio. ====> CORRETO ===>  como o Akatu gosta de apontar, a comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito. ===> usadas para marcar uma citação direta do AKATU.

    IV. No 12º parágrafo, empregam-se os travessões para indicar informação acessória. ===> à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –

    V. No 13º parágrafo, em “Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim.”, a vírgula é necessária para indicar pausa. ===> vírgula usada incorretamente, pois está separando o sujeito do verbo.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Esse Arthur é fera no Português!!

  • Fiz por lógica, a III se repetia mais vezes nas alternativas então logo deduzi que ela estaria correta, e a V se repetia 2 vezes junto com a III, então analisei a V e vi que estava incorreta, depois marquei a que teria III e não teria V (claro depende de sorte também)

  • Passei muito tempo para responder esta questão e errei. Mas o importante, é que, eu tentei, não é verdade?

    Gab. letra B de caBide.


ID
2981353
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Observe o fragmento abaixo:

Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar...

A sentença em que a lacuna pode ser preenchida com o mesmo recurso em destaque é:

Alternativas
Comentários
  • Gab D - porquê (junto e com acento circunflexo é sempre substantivo - vai vir precedido de artigo)

    Nesse caso, o “porque” vira sinônimo da palavra "motivo".

    O professor exemplifica: “Qual é o porquê de tanta tristeza?".

  • GABARITO: LETRA D.

    – Quero saber o porquê (motivo) de o senhor ter me dito que esse hotel não tinha pernilongo. (Quando o porquê estiver determinado por um artigo ele será junto com acento circunflexo, "o porquê, um porquê", equivalendo a "motivo"). ===> É necessário entender o PORQUÊ de os brasileiros serem tão receptivos ao marketing digital.

    – Ora, e não tem mesmo. Por quê (por qual motivo)? - Equivalendo a "por qual motivo", seguido de um ponto, no caso o ponto de exclamação, será acentuado.

    – Ah, é? E por que (por qual motivo) esses pernilongos me picaram a noite toda? - Não há ponto após o porquê, logo não haverá acento e o significado dele também é "por qual motivo."

    – Porque (pois) esses aí não são do hotel. São do brejo aqui do lado. - equivalente a "pois", sendo uma conjunção coordenativa explicativa.

    Força, guerreiros(as)!!

  • "Porquê" sempre vem antecedido de um artigo. Bastava saber isso para acertar

  • Acredito que a ordem certa é:

    a) Por que

    b) Porque

    c) Por que

    d) porquê.

    Resolveram?

  • POR QUE: Pergunta

    PORQUE: Resposta

    POR QUÊ: Fim de frase (pontuação)

    PORQUÊ: Substântivo

  • porquê :sempre vem com artigo, substantivando. Troca-se por: "o motivo.." a letra A, é uma pegadinha.

    Resposta correta: D

  • Gabarito''D''.

    É necessário entender o porquê de os brasileiros serem tão receptivos ao marketing digital.

    Porquê, junto e com acento, é usado quando se pretende indicar um motivo, razão ou causa. Aparece precedido de artigo ou junto de um pronome ou numeral. Pode ser substituído por o motivo, a causa, entre outros.

    Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);

    Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;

    Por quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.

    Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • bIZU = artigo sempre acompanha substantivo, o "o" é o artigo que acompanhará o substantivo porquê.

  • GABARITO: D

    Por que: como pronome interrogativo. Ex.: Por que todos odeiam português?

    Por que: no meio da oração, pode ser substituído por "o motivo pelo qual", "a razão pela qual", "pelo(a) qual". Ex.: Não sei por que ela se foi (motivo pelo qual).

    Por quê: perto de pontuação. A pontuação deve vir logo após o termo. Exemplos.: Não responderam como nem por quê. Não se sabe por quê, mas a aula atrasou. Por quê?

    Porque: justificativa (mas pode aparecer em frases interrogativas).

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • GABARITO: D

    Por que: como pronome interrogativo. Ex.: Por que todos odeiam português?

    Por que: no meio da oração, pode ser substituído por "o motivo pelo qual", "a razão pela qual", "pelo(a) qual". Ex.: Não sei por que ela se foi (motivo pelo qual).

    Por quê: perto de pontuação. A pontuação deve vir logo após o termo. Exemplos.: Não responderam como nem por quê. Não se sabe por quê, mas a aula atrasou. Por quê?

    Porque: justificativa (mas pode aparecer em frases interrogativas).

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • GABARITO D

    RESUMO

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    bons estudos

  • De + O porquê comprar...

  • Gabarito D

    Procure o artigo.

  • Achou o artigo "o" marca.

    Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os)

  • É necessário entender o PORQUÊ_ de os brasileiros serem tão receptivos ao marketing digital

  • PORQUÊ.............................. Perante (O, OS, UM, e PRONOMES)

  • A - Os motivos _POR QUE_ se deve controlar as horas de acesso à internet estão associados a uma maior qualidade de uso do tempo.

    B - Controlar as horas de acesso à internet é importante, _PORQUE_ favorece um uso mais qualificado do tempo.

    C - Não se sabe _POR QUE_ os brasileiros são tão receptivos ao marketing digital.

    D - É necessário entender o _PORQUÊ_ de os brasileiros serem tão receptivos ao marketing digital. GABARITO

  • Gabarito: D

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    Por que → pergunta (por que você estuda?)

    Porque → resposta (estudo porque quero passar!)

    Por quê → fim de frase (vocês estudam por quê?)

    Porquê → substantivo (Eu sei o porquê da sua dedicação)

  • GABARITO: LETRA D

    Quando usar Por que?

    Em perguntas ou como pronome relativo, com o sentido de "por qual e "pelo qual".

    "Por que" separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou no meio, no caso de frases interrogativas indiretas.

    -Por que ele não voltou mais?

    -Por que isto é tão caro?

    -Queria saber por que você não me telefonou ontem.

    Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome relativo. Pode ser substituído por "por qual e "pelo qual".

    Exemplos:

    -O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito bonito.)

    -Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual as pessoas têm dúvidas.)

    Quando usar Porquê?

    Como um substantivo.

    Grafado junto e com acento circunflexo significa “motivo” ou “razão”.

    Aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de explicar o motivo dentro da frase.

    Exemplos:

    -Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.

    -Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.

    Quando usar Por quê?

    Em perguntas no fim das frases.

    Separado e com acento circunflexo é usado no fim das frases interrogativas diretas ou de maneira isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.

    Exemplos:

    -O almoço não foi servido por quê?

    -Andar a pé, por quê?

    Quando usar Porque?

    Em respostas.

    Grafado junto e sem acento é uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.

    Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para que” e “uma vez que”.

    Exemplos:

    -Não fui à escola ontem porque fiquei doente.

    -Leve o casaco porque está frio.

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/uso-do-por-que-porque-por-que-e-porque/

  • GAABARITO::::::::D) É necessário entender _O PORQUÊ_ de os brasileiros serem tão receptivos ao marketing digital.


ID
2981356
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

A sentença que NÃO segue as convenções gramaticais de concordância verbal é

Alternativas
Comentários
  • Gab B - 84% desses consumidores não utilizaM*

    Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

    Exemplos:

    25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.

    85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.

    1% do eleitorado aceita a mudança.

    1% dos alunos faltaram à prova.

    Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja:

    25% querem a mudança.

    1% conhece o assunto.

    ()

  • GABARITO: LETRA B

    ===> a questão pede a alternativa incorreta:

    ...84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. (8º parágrafo).

    ===> concordância com porcentagem deve ser realizada com o termo especificado ===> desses CONSUMIDORES não utilizAM.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Número percentual antes do verbo, normalmente concorda com o termo posposto ao número.

    84% desses consumidores não utilizam

  • Na alternativa B, é impossível o verbo permanecer no singular. Tanto o numeral quanto o adjunto que o sucede exigem que o verbo se pluralize.

    Letra B

    Obs.: comentário intransigente e limitativo o da estudante Patrícia Agostinho. O verbo não deve, obrigatoriamente, concordar com o adjunto subsequente à percentagem. É verdade que Evanildo Bechara ensina que há uma tendência a essa prática, embora não esteja desabonada a concordância com o numeral. Tendo em vista a dupla opção, são escorreitas ambas as estruturas abaixo:

    20% da humanidade está perdida.

    20% da humanidade estão perdidos.

  • Atenção galera! Nos percentuais, a concordância é feita tanto com a porcentagem quanto com o determinante. No caso da questão, ambos estão no plural, logo o verbo não poderá vir no singular.

  • Perfeita afirmação Sr. Shelking

  • Alguém pode explicar o porquê de por viabilizarem não ser considerado como certo também ? Por favor!

  • nesses casos sempre faça a pergunta ao verbo, tipo:  Quem não utiliza ad blockers de forma sistemática? resposta: 84% desses consumidores!

    Então o verbo (utilizam) deve concordar com o sujeito!

  • nesses casos sempre faça a pergunta ao verbo, tipo:  Quem não utiliza ad blockers de forma sistemática? resposta: 84% desses consumidores!

    Então o verbo (utilizam) deve concordar com o sujeito!

  • Concordancia com porcentagem é simples:

    Quando houver porcentagem seguida de substantivo, o verbo pode concordar com o substantivo:

    35% da população gosta de arroz com feijão.

    Quando a porcentagem estiver acompanhada de verbo, o mesmo terá quer concordar com ela, observando-se que porcentagem acima de 1% sempre fica no plural:

    1% não quer declarar o importo de renda.

    10% não querem declarar o imposto de renda.

    Logo, a resposta correta é a B, pois o verbo utilizar deve estar no plural, pois tanto a porcentagem quanto o seu substantivo estão no plural.

    Gabarito B

  • GAB.: Letra B

  • LETRA B

  • Lembrando que 1.9% ainda é singular.

    Exemplo:

    2% disseram algo.

    1.9% disse algo.

  • Lembrando que o comentário mais curtido (de Patrícia) possui alguns erros:

    25% do orçamento do país devem/deve destinar-se à Educação.

    1% dos alunos faltou/faltaram a prova. (não tem crase)

    -> até 1,99% é singular, a partir disso será plural.

  • Não utilizam *


ID
2981359
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Consciência do consumo no ambiente digital

Hora dedicada à navegação é hora que deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta

                                                                                                                                   Hélio Mattar


      Recente pesquisa da HootSuite, em parceira com a We Are Social, aponta o Brasil como o terceiro país que mais usa a internet ao longo do dia. Em média, cada brasileiro chega a ficar, diariamente, mais de 9 horas online. Considerando apenas o uso de celulares, passa, por dia, mais de quatro horas conectado e, desse total, cerca de 3 horas e meia são gastas nas redes sociais. Ficamos atrás apenas dos tailandeses e dos filipinos.

      A internet empodera as pessoas de várias formas, seja pelo mar de informações que oferece, permitindo que estejamos sempre antenados, em contato com as tendências mundiais e nos conectando a pessoas em qualquer lugar do mundo, seja pela praticidade e facilidade com que permite a busca de soluções rápidas para necessidades específicas.

      Ao mesmo tempo, também nos permite retomar contato com pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado ou ter a chance de encontrar novos amigos com interesses em comum. Além disso, facilita o desenvolvimento de novas habilidades ou a busca de emprego, partes de uma lista de benefícios bastante extensa.

      Essa dedicação enorme de tempo, recurso tão precioso quanto incerto em sua disponibilidade pela vida, deve nos levar a uma autoavaliação: será que estamos usufruindo desse bem de forma consciente? E esse consumo em ambientes digitais nos leva a um consumo de produtos impensado e excessivo?

      Muitas vezes, ao acessar a internet em busca de um assunto específico, somos rapidamente direcionados para outros que nos distanciam de nosso foco inicial em questão de segundos. Perder o foco pode ser uma armadilha que, sem percebermos, nos leva a dedicar horas e horas de nosso tempo, deixando de valorizar ou priorizar outras atividades importantes em nossa rotina.

      Basta fazer a conta: tomando as 24 horas de um dia, supondo que dormimos por 8, trabalhamos ou estudamos por mais 8, e considerando o tempo gasto nas refeições, no banho e no deslocamento de casa ao trabalho, restam de 4 a 6 horas para nossas relações pessoais, com amigos ou familiares. Nesse sentido, é essencial levar em conta o que é realmente importante em nossas vidas quando pensamos no tempo dedicado ao ambiente digital.

      Assim, enquanto as pessoas gastam seu tempo em feeds de redes sociais ou em portais de notícias e informação, são simultaneamente provocadas, em uma frequência crescente, pelo aparecimento de anúncios de diversas marcas e produtos. Se nos meios de comunicação tradicional já éramos provocados de tempos em tempos pela publicidade, agora esse “de tempos em tempos” tornou-se ainda mais frequente, dependendo da política incorporada pela rede social ou pelo portal específico.

      Em recente pesquisa (https://iabbrasil.com.br/pesquisa-bcg-a-jornada-rumo-a-maturidade-digital-no-brasil/) do Boston Consulting Group (BCG), foi observado que os consumidores brasileiros são muito receptivos ao marketing digital, principalmente quanto a temas de seu interesse. A pesquisa afirma que: “Diferente do que muitos podem imaginar, o consumidor brasileiro tende a clicar em anúncios pagos, principalmente se forem temas que o interessam (…) 56% deles se declaram inclinados a clicar em algum anúncio digital quando o veem, número que pode chegar a mais de 75% quando os anúncios são de seu interesse. Inclusive, 84% desses consumidores não utiliza ad blockers de forma sistemática. Além disso, cerca de 65% dos consumidores indicaram que comprariam mais se recebessem abordagem mais personalizada, e mais de 60% disseram que mudariam a opção de compra por outra marca, em troca de experiência mais personalizada”.

      Esse comportamento vem sendo, com razão, amplamente utilizado pelas empresas em suas estratégias de publicidade. Segundo dados divulgados em 2017 pela Social Media Trends, 92,1% das empresas estão presentes nas redes sociais e, de acordo com estudo da Ironpaper, 93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais. Adicionalmente, a pesquisa E-commerce Trends de 2017 aponta que as lojas virtuais que publicam em blogs alcançam 3 vezes mais visitas e 2,5 vezes mais clientes do que as que não investem nas estratégias de conteúdo.

      Além disso, é sabido que as estratégias de publicidade consideram cuidadosamente as informações fornecidas pelas pessoas sobre assuntos que as interessam, permitindo um direcionamento da comunicação que chega até elas. O consumo digital, portanto, nos torna mais passíveis de receber ofertas direcionadas especificamente aos nossos interesses e implica em uma maior probabilidade de incentivar comportamentos típicos de compras excessivas, que nos levam, como o Akatu gosta de apontar, a “comprar produtos ou serviços que não precisamos, muitas vezes com o dinheiro que não temos e, em muitos casos, para impressionar quem nem conhecemos direito”.

      Nesse sentido, o tempo gasto no ambiente digital contribui para todos os impactos negativos dos comportamentos de compras excessivas sobre as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. Sobre as pessoas, pela tensão derivada da pressão para consumir. Sobre a sociedade, pela inadimplência provocada pelas compras impensadas e pelo crédito tomado sem o cuidado necessário. E sobre o meio ambiente, pelos impactos das cadeias de produção que intensificam os impactos em várias áreas, entre elas sobre o aquecimento global em função do volume crescente de transporte de produtos.

      Na compra de produtos em excesso, não nos damos conta de que, além do possível endividamento, estamos dedicando nosso tempo à leitura de anúncios, às compras em si – com todas as consequências em termos de tempo dedicado ao pagamento e acompanhamento do envio –, à conferência do débito e ao pagamento, tempo este que poderia ser dedicado ao nosso próprio desenvolvimento, à nossa própria satisfação e alegria, por meio do contato com familiares e amigos, da leitura de livros, da apreciação da arte e do aperfeiçoamento do espírito.

      Isso não implica em dizer que o e-commerce, é algo ruim. Em muitas ocasiões, as compras virtuais podem ser uma boa alternativa por viabilizar o acesso a uma maior gama de produtos e serviços, possibilitar uma compra mais adequada, poupando tempo e até mesmo dinheiro por facilitar também a comparação de preços. Porém, o que não se pode deixar de lado é a reflexão a respeito do porquê comprar, compreendendo a real necessidade de determinado produto ou serviço, de qual a melhor forma de adquiri-lo e dos impactos de tal compra sobre nós mesmos, a sociedade e o meio ambiente.

      O objetivo deste artigo, portanto, é trazer à consciência dos leitores o fenômeno relativamente recente do consumo de tempo no ambiente digital e dos seus possíveis impactos, ainda pouco percebidos, mas que devem ser ponderados frente à preciosidade desse recurso tão perecível e disponível em apenas um tanto de nossas vidas. A cada hora desperdiçada em algo que não tem importância, uma hora deixou de ser aproveitada com algo que nos alimenta e nos apoia como humanos. Vale refletir a respeito!

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-mattar/2018/10/consciencia-do-consumo-no-ambiente-digital.shtml>  Acesso em: 04 nov. 2018. (Texto adaptado).

Em “...de qual a melhor forma de adquiri-lo...” (13º parágrafo), a colocação do pronome oblíquo átono está atendendo às normas gramaticais.


Em qual das frases a seguir o pronome em destaque também foi corretamente empregado, atendendo às regras gramaticais?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B - Palavra invariável atraí próclise.

    1ª PROIBIÇÃO:

    Não pode iniciar oração com Pronome Oblíquo Átono. Ex: Te amo. Me empresta...

    2ª PROIBIÇÃO

    Não pode colocá-los após futuros. Ex: Amarei-me, emprestarei-te

    3ª PROIBIÇÃO

    Não pode colocá-los após V. no particípio (terminação "ado" e "ido") Ex: Tinha emprestado-lhe

    1ª REGRA

    Palavra invariável atrai Próclise (Pronome antes do verbo); Ex: Quem o ajudou? Não me viu.

    1ª EXCEÇÃO

    Após V. no Infinitivo, pode Ênclise, mesmo se houver palavra invariável atraindo Próclise.

    (Prof. Adriana Figueiredo)

  • GABARITO: LETRA B

    A) Se não fosse tarde, visitaria-te. ===> verbo no futuro, devemos usar a mesóclise (visitar-te-ia).

    B) Ninguém me avisou do ocorrido. ===> pronome indefinido é fator atrativo (deve ocorrer a próclise, logo está correto).

    C) Tenho lembrado-me do passado. ===> Estando o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo atono não poderá vir depois dele, o correto é: tenho ME lembrado.

    D) Em tratando-se de doces, prefiro chocolates. ===> verbo no gerúndio procedido de preposição em: deve ocorrer a próclise: em se tratando.

    Força, guerreiros(as)!!

  •  a)Se não fosse tarde, visitaria-te. (VISITAR-TE-IA)

     b) Ninguém me avisou do ocorrido.

     c) Tenho lembrado-me do passado. (TENHO ME LEMBRADO OU TENHO-ME LEMBRADO)

     d)  Em tratando-se de doces, prefiro chocolates. (EM SE TRATANDO)

  • Se não fosse tarde, visitar-te-ia. (Neste caso ocorrerá mesóclise- pronome no meio do verbo, pois o verbo está no futuro do pretérito)

  • gb B

    PMGO

  • Gabarito B

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL

    Pronomes oblíquos: me, nos, te, vos, o, a, os, as, se, lhe, lhes.

    Proclíticos: posicionam antes do verbo.

    Ex.: Nunca me diga não.

    •      Palavra no sentido negativo: nunca, não...

    •      Pronome relativo: que, o qual...

    •      Pronome indefinido: tudo, nada...

    •      Pronome demonstrativo: esse, isso...

    •      Conj. Subordinada: porque, como...

    •      Com advérbios: aqui, bem...

    •      Com gerúndio precedido de preposição em: Em se tratando de...

    •      Orações exclamativa: Os céus te protejam!

    Mesoclíticos: posicionam no meio.

    •      Com o verbo no futuro do presente: sentir-se-á(ei);

    •      Com o verbo no futuro do pretérito: sentir-se-ia(ia).

    Enclíticos: coloca-se após ao verbo.

    •      Quando a oração inicia por verbos: Beije-me...

    •      Nas orações imperativas: Menina, beije-me...

    Pronomes oblíquos nas formas nominais:

    VERBO AUXILIAR + INFINITIVO

    •      Devia-me preparar melhor;

    •      Devia preparar-me melhor;

    •      Não me devia preparar melhor;

    •      Não devia preparar-me melhor;

    VERBO AUXILIAR + GERUNDIO

    •      A gasolina foi-se acabando;

    •      A gasolina foi acabando-se;

    •      A gasolina não se foi acabando;

    •      A gasolina não foi acabando-se;

    VERBO AUXILIAR + PARTICIPIO(ATENÇÃO: jamais formar ênclise no verbo principal)

    •      Eles haviam-se esforçado.

    •      Eles não se haviam esforçado.

  • visitar-te-ia

    tenho me lembrado

    em se tratando


ID
2981362
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação à investidura em cargo público, analise as assertivas abaixo:


I. A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação.

II. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

III. A posse ocorrerá apenas nos casos de provimento de cargo por nomeação.

IV. O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da nomeação, é de quinze dias.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Saquei a pegadinha!

    Letra B

  • Eu ia marcar a D, pois não percebi a pegadinha, Resposta certa B

  • IV. O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da nomeação, é de quinze dias. 15 dias contados da data da posse.

  • I. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

    IV. O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse, é de quinze dias.

  • GAB: B

    I. A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação. (posse)

    II. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. certo

    III. A posse ocorrerá apenas nos casos de provimento de cargo por nomeação. certo

    IV. O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da nomeação, é de quinze dias. (45 dias)

  • Resp: B

    De acordo com a lei 8112/90:

    I - A investidura em cargo publico ocorrera com a posse.

    IV - O prazo para o servidor empossado entrar em exercício, contados da data da nomeação, é de 45 dias.

    30 dias do servidor nomeado tomar posse e 15 dias após a posse o servidor entrar em exercício.

  • Questão deve ser respondida segundo o que dispõe o estatuto dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Lei nº 8.112/90).

    O conhecimento exigido diz respeito à investidura em cargo público, devendo o candidato analisar as assertivas propostas, e assinalar a alternativa que apresenta as corretas.

    José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 643), leciona que “a investidura retrata uma operação complexa, constituída de atos do Estado e do interessado, para permitir o legítimo provimento do cargo público”.

    Dito isso, passemos à análise individual das assertivas com os dispositivos legais necessários para a resolução:

    I- Incorreto.

    O art. 7º determina que “A investidura em cargo público ocorrerá com a posse”.

    II- Correto.

    Sendo transcrição exata do §1º do art. 13, que a seguir reproduzo, in verbis:

    “§1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento”.  

    III- Correto.

    Consoante entendimento do §4º do art. 13. Vejamos:

    “§4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação”.      

    IV- Incorreto.

    Realmente, o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de quinze dias, contudo, são contados da data da posse. Vejamos o inteiro teor do §1º do art. 15:

    “§1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse”.

    Portanto, diante do exposto, estão corretas apenas as afirmativas II e III.

    GABARITO: B.

    Referência:

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 643. 

  • GABARITO: LETRA B

    I - investidura é com a posse

    IV - contados da data da POSSE e não da nomeação


ID
2981365
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei 8.112/90, que regula os direitos, deveres e obrigações dos servidores públicos federais, estabelece que

Alternativas
Comentários
  • A) o servidor estável não poderá ser demitido. (Errado: Por exemplo, o artigo 132 trás uma lista de casos de demissão, portanto a assertiva é errada.)

    =-=-=

    B) o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo estabelecido será aplicada a pena de demissão. (Errado: Ele será exonerado -> Artigo 15 § 2O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.)

    =-=-=

    C) a reversão é forma de provimento de cargo público. (Gabarito: Art. 8  São formas de provimento de cargo público:

    VI - reversão;)

    =-=-=

    D) ao servidor em permissão para levar à conta das férias qualquer falta ao trabalho. (Errado: Artigo 77 §2: É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.)

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • GABARITO: LETRA C

    Art. 8  São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8.112/90 (Regime Jurídico Único aplicável aos servidores públicos da administração direta da União, das autarquias e das fundações públicas federais).

    O conhecimento exigido diz respeito a diversos dispositivos.

    Passemos à análise individual das afirmativas, sinalizando o dispositivo legal necessário para a resolução. O candidato deverá assinalar a alternativa correta.

    A) Incorreta, o art. 22 legitima situações em que o servidor estável poderá ser demitido, in verbis:

    “Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa”.

    DICA: veja meu comentário na Q215601 para saber outras possibilidades.

    B) Incorreta, demissão carrega teor punitivo, ora, não existe sentido tal pena, tendo em vista que o servidor sequer entrou em exercício. Nesse sentido, ele será exonerado, nos expressos termos do §2º do art. 15, verbis: “O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18”.

    C) Correta, nos termos do art. 8º “São formas de provimento de cargo público” e inciso VI “reversão”. Por seu turno, a reversão é abordada no art. 25, a seguir reproduzido, verbis: “Reversão é forma de provimento derivado que consiste no retorno à atividade de servidor aposentado (art. 25)”.

    D) Incorreta, tal prática é expressamente vedada, nos moldes do §2º do art. 77 “É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço”.

    Note que essa regra se refere unicamente às férias e não a remuneração percebida no mês de trabalho. Assim, conforme o inciso I do art. 44, um servidor que tenha faltado ao serviço em três oportunidades no mês, sem justificativa, terá perda remuneratória dos dias em que houver faltado. Contudo, tais descontos não irão refletir no percebimento da remuneração de férias.

    GABARITO: C.


ID
2981368
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto aos institutos da Remoção e Redistribuição previstos na lei 8.112/90, analise as assertivas abaixo e assinale (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) A Redistribuição é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

( ) A Remoção será concedida, a pedido, independente do interesse da administração, por motivo de saúde do servidor, devidamente comprovada por junta médica oficial.

( ) A Remoção é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

( ) A Redistribuição deverá observar, dentre outros critérios, a equivalência de vencimentos.


A ordem correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A)

     

    (F) Art. 36 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    (V) Art. 36, parágrafo único, inciso III, alínea "b".

    (F) Art. 37 - Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos (...).

    (V) Art. 37, inciso II.

  • A presente questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    F

    Alternativa falsa: o conteúdo da afirmativa conceitua o instituto da remoção, a seguir reproduzido, verbis:

    Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36).

    Por seu turno, a redistribuição é abordada no art. 37, a seguir reproduzido, verbis:

    Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC (art. 37).

    V

    Alternativa correta. Reproduz os exatos termos do art. 36, parágrafo único, inciso III, alínea “b”.

    F

    Alternativa falsa: o conteúdo da afirmativa conceitua o instituto da redistribuição, a seguir reproduzido, verbis:

    Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC (art. 37).

    Por seu turno, a remoção é abordada no art. 36, a seguir reproduzido, verbis:

    Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36).

    V

    Alternativa correta. Reproduz os exatos termos do art. 37, inciso II.

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    GABARITO DA QUESTÃO: LETRA A.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”. >> Ascensão e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.

  • Vale lembrar que a redistribuição ocorre somente por ofício.


ID
2981371
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Maria, Assistente em Administração, utiliza recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares e Regina, Auxiliar Administrativa, participa de gerência de sociedade privada.


Nesse caso, nos termos da Lei 8.112/90, as servidoras estão sujeitas respectivamente às penalidades de

Alternativas
Comentários
  • Art. 132.  A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117

    Art. 117. Ao servidor é proibido:

    X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 

    XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

  • GABARITO: D

    Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    Art. 117. Ao servidor é proibido:

    X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 

    XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

  • o rol pra que ocorra a suspensão é menor (5):

    *acometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

    *exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

    *violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão;

    *reincidência da penalidade de advertência;

    *recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, será punido com suspensão de até quinze dias

    a suspensão não pode exceder (90) dias, exceto no caso de inspeção médica (15)

    logo, se for algo mais "PESADO" que isso, demissão

    se for mais "LEVE", advertência apenas

  • A presente questão trata de tema afeto ao regime jurídico dos servidores públicos, conforme lei 8.112/1990.

    A norma elenca as seguintes penalidades aplicadas aos servidores públicos:

    “Art. 127.   São penalidades disciplinares:

    I - advertência;

    II - suspensão;

    III - demissão;

    IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;      

    V - destituição de cargo em comissão;

    VI - destituição de função comissionada".

     
    Sobre o tema, importante pontuar que na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais (Art. 128).

    Ademais, o ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.


    Especificamente sobre o caso proposto pela banca, Maria e Regina estarão sujeitas a pena de demissão, considerando que,

    i) Maria praticou ato de improbidade administrativa enquadrada no art. 9º, IV da Lei 8.429/1992 – enriquecimento ilícito. Vejamos:

    “Art. 132.  A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    IV - improbidade administrativa";


    ii) Regina praticou conduta proibida pelo ordenamento pátrio. Vejamos:
     
    “Art. 132.  A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117".

    “Art. 117.  Ao servidor é proibido:                 

    X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário".        

       

     

    Pelo exposto, a única alternativa possível é a letra D.
     

     

     

    Gabarito da banca e do professor: D


ID
2981374
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Thiago, servidor do Instituto Federal Sul-rio-grandense, foi chamado no setor de gestão de pessoas para atualizar seus dados cadastrais, recusando-se a assim o fazer.


Nos termos da Lei no 8.112/1990, a ação disciplinar para a penalidade a que está sujeito o servidor prescreverá em

Alternativas
Comentários
  • Advertência: Recusar-se a atualizar dados cadastrais quando solicitado.

    Prazo para a prescrição:180 dias

    A contar da dada que o fato se tornou conhecido pela Administração.

  • Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

    § 1  O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

    § 2  Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

    § 3  A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

    § 4  Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

  • GABARITO: C

    Art. 117. Ao servidor é proibido: XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

    Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. 

    Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

  • gab item c)

     ----------------------    PRESCRIÇÃO   -----   SAI DO REGISTRO

    ADVERTÊNCIA         180 dias           |           3 anos

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    SUSPENSÃO             2 anos              |            5 anos

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    DEMISSÃO               5 anos                |             Não sai

  • Art. 117. Ao servidor é proibido:

    XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

    Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. 

    Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

    § 1  O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

    § 2  Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

    § 3  A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

    § 4  Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

  • gab item c)

         PRESCRIÇÃO      SAI DO REGISTRO

    ADVERTÊNCIA         180 dias           |          3 anos

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    SUSPENSÃO             2 anos              |            5 anos

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    DEMISSÃO               5 anos               |             Não sai

  • gab item c)

         PRESCRIÇÃO     ----------------------- SAI DO REGISTRO

    ADVERTÊNCIA         180 dias           |          3 anos

    ----------------------------------------------------------------------------------------

    SUSPENSÃO             2 anos              |            5 anos

    ------------------------------------------------------------------------------------------

    DEMISSÃO               5 anos               |             Não sai

  • Questão trata da prescrição disciplinar e deve ser respondida segundo o que dispõe o estatuto dos servidores públicos civil da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Lei 8.112/1990).

    É necessário registrar que, nos moldes do inciso XIX do art. 117, ao servidor é proibido recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Caso o servidor viole essa proibição, a advertência será aplicada, por determinação do art. 129.

    A ação disciplinar concernente à advertência prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias, senão, vejamos:

    Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:

    (...)

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

    Diante do explanado, a alternativa acertada é a “C”. 

    A alternativa “A” está incorreta, tendo em vista que cinco anos é o lapso temporal prescricional concernente às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão, nos moldes do inciso I do art. 142. 

    A alternativa “B” está igualmente incorreta, pois a ação disciplinar concernente à advertência prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias.

    A alternativa “D” está incorreta, não se amoldando ao enunciado.

    GABARITO DA QUESTÃO: C.


ID
2981377
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos da lei 8.112/90, analise as assertivas abaixo:


I. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

II. Ao servidor, é proibido atuar, como procurador de cônjuge ou companheiro, para tratar de benefícios previdenciários junto a repartições públicas.

III. Com relação ao servidor público, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

IV. A responsabilidade penal abrange somente os crimes imputados ao servidor, excetuando-se as contravenções.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    I. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. CERTA

    Literalidade do Art 118.

    II. Ao servidor, é proibido atuar, como procurador de cônjuge ou companheiro, para tratar de benefícios previdenciários junto a repartições públicas. ERRADA

    Art. 117.  Ao servidor é proibido: 

    XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

    III. Com relação ao servidor público, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. CERTA

    Literalidade Art. 125.

    IV. A responsabilidade penal abrange somente os crimes imputados ao servidor, excetuando-se as contravenções. ERRADA

    Art. 123.  A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

  • Questão tem por base a Lei 8.112/90, que disciplina o regime jurídico dos servidores públicos civis.

    É exigido conhecimento de alguns dispositivos. Analisemos as afirmativas:

    I. Correto. Com base legal expressa no art. 118:

    “Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos”.

    II. Incorreto, na verdade, o inciso XI do art. 117 legitima tal possibilidade. Inexiste tal proibição, como sustentado pela Banca. No ponto, veja-se o teor do dispositivo legal:

    “Art. 117. Ao servidor é proibido: (...) XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro”.

    III. Correto, encontrando expresso apoio na norma do art. 125, que abaixo reproduzo:

    “Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”.

    IV. Incorreto, ocorre que, ao contrário do aduzido nesta afirmativa, as contravenções são abarcadas, in verbis:

    “Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade”.

    De acordo com o art. 1º, da Lei de Introdução ao Código Penal e da Lei das Contravenções Penais, contravenção é “a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente”.

    Do exposto, estão corretas as assertivas I e III.

    GABARITO: A.

  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
2981380
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação às licenças que podem ser gozadas pelo servidor, analise as assertivas abaixo:


I. Por motivo de doença do filho, comprovada por perícia médica oficial e com a necessidade de sua assistência direta, por sessenta dias consecutivos no período de doze meses.

II. Para trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos.

III. Para atividade política, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

IV. Para participar de curso de capacitação profissional por até três meses, no interesse da Administração, após ter completado um quinquênio de efetivo exercício.


Nos termos da Lei nº 8.112/90, será mantida a remuneração do servidor apenas em

Alternativas
Comentários
  • I. Por motivo de doença do filho, comprovada por perícia médica oficial e com a necessidade de sua assistência direta, por sessenta dias consecutivos no período de doze meses. ok

    Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.

    § 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.  

    § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:  

     por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; 

    II. Para trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos.

    Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

    III. Para atividade política, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

    Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

    IV. Para participar de curso de capacitação profissional por até três meses, no interesse da Administração, após ter completado um quinquênio de efetivo exercício. ok

    Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. 

  • GABARITO: B

    I - CERTO: Art. 83. § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

    II - ERRADO: Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

    III - ERRADO: Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

    IV - CERTO: Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. 

  • "Licenças que podem ser gozadas pelo servidor"não necessariamente implica dizer COM OU SEM REMUNERAÇÃO! Questão mal elaborada, pois o servidor, mesmo que não remunerado na licença, irá gozá-la de todo jeito, aproveitando o tempo a que faz jus em cada um delas, ué

  • Mas Edson, a questão pediu as COM remuneração, ou seja, as que irão mantê-lo remunerado mesmo que o servidor se afaste.

    Isso está bem explícito na questão.

    Gab. B

  • I - CERTO: Art. 83. § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;

    II - ERRADO: Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

    III - ERRADO: Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

    IV - CERTO: Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. 

  • Gabarito: Letra B!

    I - CERTO: A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

    II - ERRADO: A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

    III - ERRADO: O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

    IV - CERTO: Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

  • Resuminho

    Licenças:

    a) por motivo de doença em pessoa da família (até 60d com remuneração, 150d no total);

    b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro (sem remuneração, tempo indeterminado);

    c) para o serviço militar;

    d) para a atividade política (inicialmente sem remuneração, dps com)

    e) para capacitação (com remuneração, até 3m);

    f) para tratar de assuntos particulares (sem remuneração, tempo indeterminado);

    g) para desempenho de mandato classista (sem remuneração, com a duração do mandato);

    Afastamentos

    a) para servir a outro órgão ou entidade;

    b) para exercício de mandato eletivo (depende da compatibilidade de horários);

    c) para estudo ou missão no exterior (sem remuneração no caso de serviço a organismo internacional);

    d) para participação e, programa de pós-graduação stricto sensu no país (com remuneração)

  • A presente questão trata de tema afeto ao regime jurídico dos servidores públicos, conforme disciplinado na Lei 8.112/1990.

     

    Passemos a analisar cada um dos itens:

     

    I – CERTO – nos termos dos arts. 81 e 83 da norma federal, é possível conceder licença remunerada ao servidor público por motivo de doença do filho, comprovada por perícia médica oficial e com a necessidade de sua assistência direta, por sessenta dias consecutivos no período de doze meses.

     

     

    “Art. 81.  Conceder-se-á ao servidor licença:

     

    I - por motivo de doença em pessoa da família;

     

    §1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei”.  

     

     

     

    “Art. 83.  Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.           

     

    § 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.             

     

    § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:            

     

    I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e           

     

    II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração”.  

     

     

    II – ERRADO – a licença para tratar de assuntos particulares não é remunerada.

     

    “Art. 91.  A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.           

     

    Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço”.    

     

     

    III – ERRADO – a licença para atividade política não é remunerada.

     

    “Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral”.

     

    IV – CERTO – nos termos do art. 87, “Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional”.   

     

     

     

     

     

    Considerando que apenas os itens I e IV estão corretos, o gabarito é a letra B.

     

     

     

     

     

    Gabarito da banca e do professor: B


ID
2981383
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. Diante disso, o servidor deverá observar peculiaridades do direito de petição, dentre outras, o fato de que

Alternativas
Comentários
  • Lei 8.112/90

    Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

  • Lei 8.112/90

    A) Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. (GABARITO)

    B) Art. 111.  O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

    C) Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

    D) Art. 108.  O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

  • Quanto à letra (D) O correto seria 30 dias;

    =-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

    Não confundir com o prazo da lei 9.784, que trata dos processos administrativos federais, cujo prazo estipulado para interpor um pedido de recurso é de 10 (dez) dias.

    Segue a literalidade do artigo: Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

    Ambos os prazos se iniciam da publicação (divulgação) ou da ciência da decisão recorrida.

    =-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

    -> Faça parte de nosso grupo de estudos focado no INSS (composto por alunos), mande-me mensagem se tiver interesse.

  • A) Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

    B) Art. 111.  O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

    C) Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

    II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

    Parágrafo único.  O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

    D) Art. 108.  O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.  

  • Lei 8.112/90

    A) Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. (GABARITO)

    B) Art. 111.  O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

    C) Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

    D) Art. 108.  O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

  • A presente questão aborda tema relativo ao direito de petição assegurado aos servidores públicos, conforme disciplinado na lei federal 8.112/1990.

     

     

    Analisando cada uma das alternativas, temos:

     

    A – CERTA – afirmação em conformidade com a lei:

     

    “Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração”.

     

    B – ERRADA – o pedido interrompe a prescrição.

     

    “Art. 111.  O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição”.

     

    C – ERRADA – o prazo de prescrição é de 05 anos.

     

    “Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

     

    I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

     

    II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

     

    Parágrafo único.  O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado”.

     

    D – ERRADA – o prazo é de 30 dias.

     

    “Art. 108.  O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida”.                

     

     

     

     


    Gabarito da banca e do professor: A

  • A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. CORRETA

    →O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, não interrompem a prescrição.

    CORREÇÃO: Interrompe. Podemos confundir com suspensão

    →O direito de requerer prescreve em 10 (dez) anos, quanto aos atos de demissão.

    CORREÇÃO: 5 ANOS

    →o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

    CORREÇÃO: 30 DIAS


ID
2981386
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

À luz da Constituição Federal, é INCORRETA a seguinte afirmação:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C (pediu a incorreta)

    A) Ao servidor público civil, é assegurado o direito à livre associação sindical. CERTA

    Art 37 VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

    B) A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. CERTA

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    C) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. ERRADA

    Art 37 XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    D) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. CERTA

    Art 37 § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

  • C. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. incorreta - não poderão - art. 37, XII

  • LETRA C INCORRETA

    CF/88

    ART 37 XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

  • GABARITO: LETRA C

    CAPÍTULO VII

    DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    Seção I

    DISPOSIÇÕES GERAIS

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    FONTE: CF 1988

  • Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    NÃO PODERÃO

    NÃO PODERÃO

    NÃO PODERÃO...

  • Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    Errada

    Poder Legislativo e Poder Judiciário NÃO poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    Bons estudos!

  • A questão exige conhecimento sobre Administração Pública e solicita que seja assinalada a afirmativa incorreta.

    Vejamos as alternativas:

    a) Ao servidor público civil, é assegurado o direito à livre associação sindical.

    Correto. Aplicação do art. 37, VI, CF: é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

    b) A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

    Correto. Aplicação do art. 37, caput, CF: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    c) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    Errado e, portanto, gabarito da questão. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário NÃO poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Aplicação do art. 37, XII, CF: os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.

    Correto. Aplicação do art. 37, §4º, CF: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

    Gabarito: C

  • A questão versa sobre dispositivos gerais que tratam da Administração Pública. São artigos que caem bastante nas provas de concurso público. Vejamos:

    a) CORRETA. Artigo 5°, VI, CF/88: é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

    b) CORRETA. Art. 37, CF/88: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. É o famoso LIMPE!

    c) ERRADA. Artigo 37, XII, CF/88: os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário NÃO poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    d) CORRETA. Artigo 37, XXII, § 4º, CF/88: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

     

    Gabarito do Professor: Letra C


ID
2981389
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Com relação aos Institutos Federais, analise as assertivas abaixo:


I. Os Institutos Federais, para efeito da incidência das disposições que regem a regulação, avaliação e supervisão das instituições e dos cursos de educação superior, são equiparados às universidades federais.

II. Os Institutos Federais são organizados em estrutura multicampi, com proposta orçamentária anual identificada para cada campus e a reitoria, exceto no que diz respeito a pessoal, encargos sociais e benefícios aos servidores.

III. O Colégio de Dirigentes, de caráter deliberativo, será composto pelo Reitor, pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto Federal.

IV. Os Institutos Federais terão como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 6 (seis) Pró-Reitores.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • resposta A

    III. O Colégio de Dirigentes, de caráter deliberativo -> (consultivo), será composto pelo Reitor, pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto Federal;

    IV. Os Institutos Federais terão como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 6 (seis)-> (5 (cinco)) Pró-Reitores.

  • Art. 2

    § 1  Para efeito da incidência das disposições que regem a regulação, avaliação e supervisão das instituições e dos cursos de educação superior, os Institutos Federais são equiparados às universidades federais. (I)

    Art. 9  Cada Instituto Federal é organizado em estrutura multicampi , com proposta orçamentária anual identificada para cada campus e a reitoria, exceto no que diz respeito a pessoal, encargos sociais e benefícios aos servidores. (II)

  • § 2o O Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo, será composto pelo Reitor, pelos PróReitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto Federal. 

    Art. 11. Os Institutos Federais terão como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reitores. 

  • GAB A

    Art. 10. A administração dos IFs terá como ORGÃOS SUPERIORES:

    • Colégio de Dirigentes
    • Conselho Superior.

    § 2 O Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo, será composto pelo Reitor, pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto Federal.

    § 3 O Conselho Superior, de caráter consultivo e DELIBERATIVO, será composto por representantes dos docentes, dos estudantes, dos servidores técnico-administrativos, dos egressos da instituição, da sociedade civil, do Ministério da Educação e do Colégio de Dirigentes do Instituto Federal, assegurando-se a representação paritária dos segmentos que compõem a comunidade acadêmica.

  • Já errei umas três vezes a questão. É CONSULTIVO, CONSULTIVO!!!!!!!!!! rsrsrs

  • Colégio-->Consultivo.


ID
2981392
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que tange aos processos administrativos regulados pela Lei nº 9.784/1999, é INCORRETA a seguinte afirmação:

Alternativas
Comentários
  • Resposta D

    Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo improrrogável de cinco dias.

    O correto seria:

    Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

  • A) Art. 22. Os ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO DEPENDEM de FORMA DETERMINADA senão quando a LEI EXPRESSAMENTE a EXIGIR.     

              

    B) Art., § 2 Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.   

        

    C) Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.

    D) Art. 24. INEXISTINDO DISPOSIÇÃO ESPECÍFICA, os ATOS do ÓRGÃO ou AUTORIDADE RESPONSÁVEL pelo PROCESSO e dos ADMINISTRADOS que dele PARTICIPEM devem ser PRATICADOS no PRAZO de 5 (cinco )dias, salvo MOTIVO de FORÇA MAIOR.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

  • Gabarito: D

    Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

    Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.

  • RESUMO

    ATOS DO PROCESSO

    ->FORMA:determinada- apenas quando lei exigir

    ->PRATICADOS:

    -em vernáculo

    -por escrito

    -ter data e local

    -assinados pela autoridade

    ->FIRMA:reconhecida->apenas quando :

    - lei exigir

    -houver dúvida na autenticidade

    ->AUTENTICAÇÃO: doc. em cópia ->pode ser autenticado no próprio órgão

    ->REALIZAÇÃO:

    -em dias úteis

    -e no horário de funcionamento

    ->PRAZO: 5dias ->em caso de omissão da lei, SALVO

    -lei específica

    -força maior

    -prorrogação em dobro -quando justificado

    ->LOCAL: preferencialmente na sede ou em local diverso - dada a ciência ao interessado

  • Letra D

    Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

  • A questão exige o conhecimento da Lei nº 9784/99 – Lei do Processo Administrativo.

    Analisando as alternativas (é pedida a INCORRETA).

    Letra A: correta. A forma determinada só será exigida quando a lei expressamente determinar, nos termos do art. 22, caput, da Lei nº 9784/99: “Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”.

    Letra B: correta. O reconhecimento de firma será exigido somente quando houver imposição legal ou dúvida de sua autenticidade, como reza o art. 22, §2º, Lei nº 9784/99: “Art. 22 (...) §2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade”.

    Letra C: correta. Trata-se da literalidade do art. 25, da Lei nº 9784/99: “Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização”.

    Letra D: incorreta. Consoante o art. 24, da Lei 9784/99: “Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior”. A própria lei traz hipótese de dilatação de tal prazo, como nos mostra o art. 24, parágrafo único, da citada lei: “Art. 24. (...) Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação”.

    Gabarito: Letra D (a INCORRETA).

  • Improrrogável? Pode sim!

    Gab. D


ID
2981395
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à instrução, atos e prazos dos processos administrativos, regidos pela Lei nº 9.784/1999, analise as assertivas abaixo e assinale (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) As provas obtidas por meios ilícitos, são inadmissíveis no processo administrativo.

( ) As intimações que envolvam o comparecimento do destinatário devem ser encaminhadas com antecedência mínima de cinco dias úteis.

( ) O requerimento do interessado, que inicia o processo administrativo, nos casos em que for admitido, pode ser feito de forma oral.

( ) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, incluindo-se na contagem o dia do começo e excluindo-se o do vencimento.


A ordem correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • A data da cientificação oficial, excluem-se da contagem o dia do começo e incluem o dia do vencimento.

    A intimação observará a antecedência de 3 dias.

  • D

  • Gab. D

    V– F – V – F.

  • Gabarito (D)

    (V) As provas obtidas por meios ilícitos, são inadmissíveis no processo administrativo.

    (F) As intimações que envolvam o comparecimento do destinatário devem ser encaminhadas com antecedência mínima de cinco (três) dias úteis.

    (V) O requerimento do interessado, que inicia o processo administrativo, nos casos em que for admitido, pode ser feito de forma oral.

    (F) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, incluindo-se na contagem o dia do começo e excluindo-se o do vencimento. (excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. Questão inverteu).

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • Sentimento de gratidão...Meses sem estudar esta matéria e tá tudo tão freso em minha mente.. .

  • I) Artigo 30, Lei 9784/99

    II) A data da cientificação oficial, excluem-se da contagem o dia do começo e incluem o dia do vencimento, artigo 66, caput, Lei 9484/99.

    III) Em regra, é escrito, mas se admite de forma oral, artigo 5°, Lei 9784/99.

    IV) A intimação observará a antecedência de 3 dias úteis, artigo 26, § 2°, Lei 9784/ 99

  • ART. 6o Lei 9784/99

    O requerimento inicial do interessado, salvo caso em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito.

    Em regra: deve ser escrito.

    Exceção: o requerimento do interessado, que inicia o processo administrativo, nos casos em que for admitido, pode ser feito de forma oral.

  • Só faltou o português nessa primeira assertiva... Vírgula separando sujeito e predicado, pode Arnaldo?!

  • Gabarito Letra D.

    Eu gravo assim em relação à última assertiva.

    Inclui o do vencImento.

    Exclui o do comEço

    Erros? Mandem msg. Bons estudos :))))

  • A questão versa sobre as disposições do Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/99).

    I) VERDADEIRA. A assertiva reproduziu o teor do art. 30 da lei 9.784/99: “São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.”

    II) FALSA. O prazo em questão é de 3 (e não de 5) dias úteis, conforme a literalidade do art. 26, §2º da lei 9.784/99: “A intimação observará a antecedência mínima de TRÊS DIAS ÚTEIS quanto à data de comparecimento.

    III) VERDADEIRA. Com efeito, é essa a lição que podemos extrair do art. 6º da lei 9.784/99: “O requerimento inicial do interessado, SALVO CASOS EM QUE FOR ADMITIDA SOLICITAÇÃO ORAL, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: [...]” Logo, embora a regra seja o requerimento inicial escrito, este também pode ser realizado de forma oral.

    IV) FALSA. De acordo com o art. 66 da lei 9.784/99. “Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, EXCLUINDO-SE da contagem o dia do começo e INCLUINDO-SE o do vencimento.” Destarte, a assertiva está falsa, pois o examinador inverteu as expressões "excluindo-se" e "incluindo-se".

    GABARITO: LETRA “D”, vez que as assertivas I e III estão verdadeiras e as assertivas II e IV estão falsas.


ID
2981398
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Complete a lacuna abaixo com o termo adequado, referente ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.


A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de _______________, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.


O termo que completa corretamente a lacuna é

Alternativas
Comentários
  • comissão de ética apenas impõe a pena de censura.

  • GABARITO: LETRA B

    DAS COMISSÕES DE ÉTICA

    XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

    DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.

  • GABARITO: LETRA B

    CAPÍTULO II

    DAS COMISSÕES DE ÉTICA

    XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

    FONTE:  DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.  

  • GAB. B

    A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.


ID
2981401
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Em conformidade com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, é dever do servidor

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A)

     

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral.

    -------------------------------------------------------------------

    B) XIV - São deveres fundamentais do servidor público: c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.

     

    C) XV - E vedado ao servidor público: c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

     

    D) Das Regras Deontológicas - VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

  • Gabarito ''A''

  • GABARITO: LETRA A

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    FONTE:  DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.  

  • Gabarito: A

    ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; 

  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.


ID
2981404
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei nº. 11.091/2005, o desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á, exclusivamente, pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : Letra C.

    Art. 10. O desenvolvimento do servidor na carreira dar- se- à, exclusivamente, pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente, Progressão por Capacitação Profissional ou Progressão por Mérito Profissional.

  • Olá!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.

  • Art. 10. O desenvolvimento do servidor na carreira

    • mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento
    • , Progressão por Capacitação Profissional ou Progressão por Mérito Profissional.

ID
2981407
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Gustavo, servidor do Instituto Federal Sul-rio-grandense, ocupante do cargo de Assistente em Administração, ingressou no serviço público possuindo diploma de conclusão de ensino médio. Após seis meses de efetivo exercício, concluiu graduação em curso superior.


Para obter acréscimo remuneratório em virtude da obtenção do título de graduação, Gustavo deverá requerer

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A.

    Art. 11. Será instituído incentivo à qualificação ao servidor que possuir educação formal superior ao exigido para o cargo de que é titular, na forma de regulamento.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.


ID
2981410
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No sistema operacional Windows 7, ao configurar a ferramenta mouse para o modo de Clique Simples, para selecionar uma pasta no Windows Explorer deve-se

Alternativas
Comentários
  • É só apontar o mouse sobre a pasta e aguardar 2 segundos.

    A questão é bem fácil, mas se não prestar atenção no clique simples, erramos de bobeira, porque comumente usamos o clique duplo para abrir e o simples para selecionar.

  • GAB: A

    Passo 1. Clique no botão “Iniciar” e abra o Painel de Controle;

    Passo 2. No canto superior direito, altere o modo de exibição para “Categoria” e clique em “Aparência e Personalização”;

    Passo 3. Na tela seguinte, localize as “Opções de Pasta” e clique em “Especificar o clique simples ou duplo para abrir”;

    Passo 4. Marque a opção “Clicar uma vez para abrir um item (apontar para selecionar)” e escolha a forma de seleção: sublinhar os títulos como no navegador, ou apenas quando o cursor for apontado;

    Passo 5. Clique em “Aplicar” e em “OK” para salvar a nova configuração.

    Pronto! A partir de agora, você abrirá seus arquivos e pastas com um único clique, e os selecionará apenas posicionando o cursor do mouse sobre eles – o comando “clicar e arrastar” não é alterado. Devido ao hábito, alguns usuários talvez precisem de um tempo para acostumar-se com a nova configuração.

  • Não sabia mas pensei o seguinte:

    Habilitado para dois cliques, você clica uma vez para selecionar e duas para abrir o arquivo/programa;

    Habilitado para um clique, você clique uma vez para abrir o arquivo/programa, e para seleciona-lo apenas posicionar o cursor em cima do mesmo.

  • Errei essa... Mas vou me vestir e sair para brilhar

  • que brincanagem de questão. o segredo era ler com atençao o verbo: selecionarrrrrrrr

  • Essa questao me tirou da nomeação. é bucha, facil mas não prestei atenção

  • Alguém sabe onde tem material teórico pra uma questão como essa? eu nunca tinha visto isso.

  • Essa eu não sabia , me baseei no clique duplo para abrir um arquivo .

  • Eu fiz a configuração,

    poucos acertam essa, por conta dos segundos que a questão afirma.

    Segue o baile.

  • Típica questão para derrubar candidato. Pela lógica, não faz sentido vc apontar o mouse para o arquivo e esperar alguns segundos para selecioná-lo, pois seria mais rápido manter a configuração padrão de clique único para a seleção do arquivo. ERREI :/

  • Estudar para concurso é melhor do que qualquer curso de informática no mercado... Aprende-se muito

  • Infelizmente no Windows 10 não consigo verificar essa função, só encontro "clicar uma vez" ou "duplo clique'".

  • Gabarito A

    Concordo com o Luiz Felipe.

  • Outra que ajuda a entender:

    Ano: 2009 Banca: NUCEPE Órgão: MPE-PI Provas: NUCEPE - 2009 - MPE-PI - Analista Administrativo

    Considere as seguintes afirmações acerca dos modos de operação do mouse no windows XP.

    1) A partir do painel de controle abrindo o item mouse, na aba geral, é possível alternar entre o modo de clique duplo e o modo de clique simples.

    2) No modo de clique duplo, para selecionar um item ou pasta, basta clicar uma vez no item.

    3) No modo de clique simples, para iniciar um programa ou abrir uma pasta, basta clicar uma vez no item.

    Está(ão) correta(s) apenas:

    GABARITO E) 2,3

    Comentário da nossa colega Carol Ribeiro:

    Valmir Neto:

    No modo de clique duplo, você precisa clicar duas vezes seguidas no item para ABRIR, e para SELECIONAR (que é o que o item 2 fala) basta um clique. (é o modo mais tradicional, mas pode ser alterado, como vc pode observar no item 3)

    No modo de clique simples, basta que você clique uma vez no item para ABRIR.

    Não é a mesma coisa. Espero que tenha ajudado :)

  • Os 23% que acertaram deve ter sido no chute. Essas questões de informática tão nível deus, misericórdia...

  • GAB [A].

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    #ESTABILIDADESIM.

    #FORATRAINEE.

  • Errei, pq não sabia mesmo. xau, brigaduuuuuuuuuuuuu


ID
2981413
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Um computador é uma máquina composta de componentes eletrônicos que tem a função de realizar algum tipo de processamento de dados. Ele possui uma unidade central de processamento (CPU - Central Processing Unit), também chamado de processador, que trabalha em conjunto com

Alternativas
Comentários
  • Gab: B

    Periféricos têm conexão pela placa-mãe.

    Só lembrar você encaixando o mouse atrás do computador. Você estará plugando na placa-mãe que controlará tal periférico.

  • Esse é o tipo de questão que entraria com recurso, pois o processador não trabalha com memória secundária, alias em alguns modelos de arquitetura nem memória secundária é necessária... Porém, a banca pensa e a gente adivinha kkkkk


ID
2981416
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O termo memória, em informática, refere-se aos componentes que armazenam dados no computador. Dentre as memórias utilizadas, qual geralmente é utilizada para fornecer as instruções de inicialização do computador ao processador?

Alternativas
Comentários
  • ROM significa (Read-Only Memory), ou Memória Somente de Leitura, e está principalmente localizada no chip responsável pela iniciação do sistema – é lá que as informações básicas do computador ficam armazenadas, portanto não são afetadas quando o dispositivo é desligado.

    RAM (Random-Access Memory), é a que permite ao processador tanto a leitura quanto a gravação de dados e perde informação quando não há alimentação elétrica.

  • É na memória ROM que o BIOS (Basic Output/Input System) fica armazenado.

  • Gabarito''C''.

    Por outro lado, ROM significa Read-Only Memory, ou Memória Somente de Leitura, e está principalmente localizada no chip responsável pela iniciação do sistema – é lá que as informações básicas do computador ficam armazenadas, portanto não são afetadas quando o dispositivo é desligado.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Memória ROM:

    1.Memória somente de leitura;

    2.Armazena informações para a inicialização do computador;

    3.Possui acesso aleatório

    4.É uma memória não volátil

    5.Já vem integrada na placa mãe

    Não pode esquecer!!!!

  • HD é o HARD DISK --> lugar do CD e DVD

  • GABARITO C.

  • GABARITO MEMORIA ROM

    MEMORIA ROM-----> BOT

             SETUP

  • GABARITO: C

    A questão diz que é geralmente utilizada para fornecer as instruções de inicialização do computador ao processador porque a memória ROM possui um firmware, ou seja, um programa gravado de FÁBRICA chamado BIOS, esse é necessário para o processo de inicialização do computador, pois nele contém as informações básicas, ou seja, as instruções para INICIALIZAÇÃO.

    Lembrando-de que a memória ROM é uma memória NÃO VOLÁTIL, ou seja, não se perde as informações quando o computador é DESLIGADO, ao contrário da memória RAM. Atente-se aos termos confundíveis.

    Abraços.

    "Dez mil homens de Harvard querem a vitória hoje."

  • Analisando:

    a) HD – sigla para Hard Drive, disco rígido;

    b) RAM – sigla para Random Access Memory, ou Memória de Acesso Aleatório. Faz parte da memória principal, e não guarda informação quando desligada.

    c) ROM – sigla para Read Only Memory, memória somente leitura. Todo computador possui um chip de memória ROM na placa mãe, guardando informações do fabricante para a inicialização do computador.

    d) SATA – sigla para Serial AT Attachment, padrão de conexão de dispositivos de armazenamento no computador (disco rígido, CD ROM...)

    Resposta certa, alternativa c).

  • Memórias de inicialização:

    ROM e CMOS

  • Gabarito: C (ROM)

    A memória comumente utilizada para o armazenamento do programa inicializador do computador é a BIOS, memória ROM - de leitura não programável

    Sigamos, meus/minhas camaradas!

  • A questão aborda conhecimentos acerca da funcionalidade dos hardwares, mais especificamente quanto à memória responsável por fornecer ao processador instruções para a inicialização.

     

    A) Incorreta – O HD corresponde a uma memória secundária utilizada para armazenar dados de forma permanente.

    B) Incorreta – A memória RAM é o hardware que armazena temporariamente, por ser de memória volátil, informações fornecidas pelo HD, ou seja, ao desligar o computador, as informações armazenadas na memória RAM são perdidas. Além disso, ela é responsável por acelerar a busca de informações requeridas pelo usuário.

    C) Correta – Memória ROM é um tipo de memória não volátil que apenas realiza a leitura dos dados, que são registrados pela fabricante da memória e não podem ser apagados, e armazena as informações da BIOS, que é responsável pela inicialização dos sistemas. 

    D) Incorreta – SATA é uma interface de comunicação utilizada para realizar a transferência de dados. 

     

    Gabarito – Alternativa C. 


ID
2981419
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os periféricos são os dispositivos que permitem ao usuário se comunicar com o computador.


Podem ser classificados como dispositivos de entrada e saída. São exemplos de periféricos de entrada e saída, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito''B''.

    São exemplos de unidades de entrada de um computador: microfone, teclado, mouse, scanner, leitor de código de barras, máquina fotográfica digital, webcam, joystick e outros acessórios de jogos. São exemplos de unidades de saída de um computador: monitor, caixas de som, impressora.

    Não desista em dias ruins. Lute pelos seus sonhos!

  • Sabendo que dispositivos e entrada colocam informação para dentro do computador e que dispositivos de saída colocam informação para fora do computador, vejamos:

    a) Mouse – entrada; Scanner – entrada.

    b) Mouse – entrada; Impressora – saída.

    c) Impressora – saída; Mouse – entrada.

    d) Scanner – entrada; Mouse – entrada.

    Resposta certa, alternativa b).

  • Em uma primeira leitura você pensa que é periférico misto. Atenção total!

  • Atenção em saber em relação a quem é a entrada e saída de informação

    -->O teclado é um periférico de saída de informação para o PC

    -->Mas em relação ao computador ele é um dispositivo de entrada

    Mas sempre que ele não especifica esse "em relação" o que vale é o dispositivo em si, ou seja, se ele vai enviar, receber ou enviar e receber informação.

  • Letra B.

    a) Errado. Entrada e entrada.

    b) Certo. Entrada e saída.

    c) Errado. Saída e entrada.

    d) Errado. Entrada e entrada.

    Questão comentada pelo Prof. Jeferson Bogo

  • Cuidado pois a questão induz o candidato ao erro, uma vez que existem dispositivos híbridos (entrada é saída).

  • A questão aborda conhecimentos acerca dos tipos de periféricos de entrada e periféricos de saída existentes.

    Antes de analisarmos as alternativas, vale destacar a diferença entre dispositivos de entrada e dispositivos de saída: 

    Dispositivos de entrada – Os dispositivos de entrada são os dispositivos que apenas inserem informações no computador. 

    Dispositivos de saída - Os dispositivos de saída são os dispositivos que apenas recebem informações no computador. 

    A)     Incorreta – O scanner é considerado um periférico de entrada, uma vez que apenas insere informações no computador.

    B)     Correta – O mouse é considerado um periférico de entrada por apenas inserir informações no computador, enquanto a impressora é caracterizada como de saída, uma vez que apenas recebe as informações do computador para realizar a impressão.

    C)     Incorreta – A questão pede os periféricos na seguinte ordem: entrada e saída. A ordem exibida na alternativa está invertida.

    D)     Incorreta – O mouse é considerado um periférico de entrada por apenas inserir informações no computador

    Gabarito – Alternativa B.