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Prova INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG - Tradutor e Intérprete de Sinais


ID
3718825
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Sobre o texto apresentado, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A "velha" voltou para sua terra natal?

  • GAB - B

    [...] – Quero voltar para casa.

    Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos.[...]

  • Em nenhum momento no texto fala que a "velha" voltou para a terra natal, mas sim para o lugar onde ela nasceu: terreno/lote. A não ser que a "terra" do enunciando seja o terreno e não a cidade natal (o que não faz lá muito sentido, porque ninguém chama sua antiga casa/lote/terreno de terra natal).

  • A questão é sobre compreensão textual e queremos encontrar a alternativa que nos diz informações corretas sobre o texto.

    a) Incorreta.

    A personagem não era odiada, muito pelo contrário ela era amada. Vejamos a sétima linha do texto: "Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.".

    b) Correta.

    De fato "a velha" voltou para sua terra natal e foi ajudada pela comunidade que a ajudou. Temos essa informação no texto.

    Vejamos no penúltimo parágrafo: Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos....A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos.

    Entende-se com isso que a terra natal da "velha" era onde é agora a propriedade de outra pessoa, que havia a árvore cinamomo e com a ajuda da comunidade conseguiu construir uma moradia nesse local.

    c) Incorreta.

    Foi uma surpresa para todos. Vejamos um trecho do texto: "A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha?"

    d) Incorreta.

    Não é possível afirmar que o sonho foi somente após ter ficado velha, o que o texto fala é que ela revelou depois de velha.

    e) Incorreta.

    Sim, ela era amada, mas não pelo seu jeito gentil. Vejamos a sétima e oitava linha: "Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável..."

    GABARITO: B

  • Bateu as botas

  • Assertiva b

    o sonho da “velha” acabou unindo a comunidade por uma causa comum: ajudar a senhora a voltar para sua terra natal.

    Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. 

  • "ajudar a senhora a voltar para sua terra natal" é diferente de imitar as condições da casa da terra natal da "velha". Apesar de não podermos afirmar que ela "não tinha sonhos na mocidade", a alternativa b tbm não está correta.

  • É CORRETO AFIRMAR:

    GABARITO B: O sonho da “velha” acabou unindo a comunidade por uma causa comum: ajudar a senhora a voltar para sua terra natal.

    "Quero voltar para casa.

    Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada."

  • e morreu

  • No todo, não achei a alternativa totalmente certa, mas há de se casar mas seguintes informações:

    Terra natal - Locução substantiva, feminino

    Trecho do texto:

    [...] – Quero voltar para casa.

    Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos.[...]

  • GABARITO: LETRA B

    A) A personagem principal era odiada por muitas pessoas devido ao seu jeito rabugento.

    Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável.

    B) O sonho da “velha” acabou unindo a comunidade por uma causa comum: ajudar a senhora a voltar para sua terra natal.

    – Um sonho?

    – Sim, a Velha tem um sonho.

    Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

    – Quero voltar para casa.

    A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

    o sonho da “velha” acabou unindo a comunidade por uma causa comum: ajudar a senhora a voltar para sua terra natal.

    C) Quando a personagem principal resolveu compartilhar o seu sonho, não foi uma surpresa para ninguém.

    – Um sonho?

    – Sim, a Velha tem um sonho.

    A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável

    D) "A velha”, como a personagem principal era conhecida, não tinha sonhos na mocidade, apenas após envelhecer resolveu manifestar um desejo, o de voltar a sua terra natal.

    Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”.

    Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha.

    NO MEU VER, O QUE TORNA ESSA ALTERNATIVA ERRADA É AFIRMAR QUE ELA QUANDO NOVA NÃO TINHA SONHOS. O TRECHO FALA "QUE A MAIORIA MAIS NOVA NÃO TINHA SONHO, MAS AO AFIRMAR QUE ELA NÃO TINHA QUANDO MAIS NOVA GENERALIZOU.

    E) A personagem principal era amada por todos da comunidade, devido ao seu comportamento doce e gentil

    Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. 

  • Belo texto!

  • Gabarito: B.

    Objetivamente:

    a) Errado. "Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. "

    b) Gabarito. Em uma passagem do texto, o narrador até conta que políticos ajudaram com alguns materiais para construção.

    c) Errado. Até dinheiro ofereceram para que ela contasse. Houve uma "curiosidade geral' por parte dos outros moradores.

    d) Errado. O item ao falar que "não tinha sonhos na mocidade" incorre em extrapolação textual. Não há nenhuma informação quer permita inferir isso.

    e) Errado. Vide justificativa do primeiro item: "Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos."

    Bons estudos!

  • o fim de tudo é a morte

  • QUE HISTORIA TRISTE

  • Que texto lindo.

  • Vim aqui só para comentar: que texto maravilhoso!

  • Fico presa no texto, que história!

  • Morte é única certeza que temos! Texto incrível.

  • loucura


ID
3718828
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

O texto se trata de um conto, visto que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ➥ Um conto é uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e um enredo

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A questão é sobre interpretação textual. Todas as informações para acertarmos a questão está no texto.

    a) Incorreta.

    O autor não passa sua opinião, apenas narra que a senhora tinha um sonho de voltar pra casa.

    b) Incorreta.

    Não relata a vida de outro personagem apenas da senhora.

    c) Incorreta.

    Por mais que o texto nos informa que vivia numa cidade, morava no quarto emprestado e que "Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro,", não se objetiva descrever minuciosos detalhes de tempo e espaço da história, tanto isso é verdade que não sabemos a data que isso ocorreu e nem a cidade que se passou. Objetivo era falar da vida da senhora.

    d) Correta.

    O conto de fato é um narrativa curta e o texto nos fala de personagens, a principal e os secundários que foram surgindo como o dono da terra, os políticos, os homens que faziam apostas..., nos informa tempo e lugar mesmo de forma pouco detalhada. Portanto, esse é o nosso gabarito.

    Obs: uma narrativa curta se apresenta com poucos personagens e, somente,, um conflito, sendo que o espaço e o tempo são reduzidos, outro motivo é que a leitura se faz de forma rápida, em poucas horas é feita a leitura. O conto tem aproximadamente 7. 500 palavras.

    e) Incorreta.

    Não é o objetivo incentivar as pessoas, e sim contar a vida da personagem.

    GABARITO: D

  • Assertiva D

    é uma narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

  • gab- D É uma narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

  • Questão repetida. Prestem mais atenção.
  • Narrativa curta? Quem define o que é curto?

    Não é de uma subjetividade questionável?

  • Ewerton Generoso, concordo contigo. O que seria uma narrativa curta!?

  • Muito questionável essa questão, pois de curta, ela não tem nada.

  • O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. 

    Toda narração tem um enredo ou intriga – o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não. 

     ✓ Características principais:

     • O tempo verbal predominante é o passado. 

    • Alguns gêneros textuais narrativos: piada, fábula, parábola, epístola (carta com relatos), conto, novela, epopeia, crônica (mix de literatura com jornalismo), romance. 

    • Quem conta (narrador), o que ocorreu (o enredo), com quem ocorreu (personagem), como ocorreu (conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço) são elementos presentes neste tipo de texto. 

    • Foco narrativo com narrador de 1a pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3a pessoa (não participa da história – onisciente). 

    • Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.

    Exemplo: Numa noite brilhante do mês de fevereiro (tempo), Fernando e Juliana (personagens) caminhavam pela rua (espaço) que conduzia à praça, ao sabor das estrelas (foco narrativo de 3a pessoa). Como em um conto de fadas, ela estava totalmente apaixonada por mim, o Fernando da história (foco narrativo de 1a pessoa). Era o momento ideal para ser atrevido, surpreendendo-a. Foi nesse momento que o rapaz (infelizmente este sou eu de novo) tomou um tapa daqueles na cara! (clímax) (o todo é o enredo) Eita! Bendita autoestima. 

    A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana

  • GAB D

    Narrativa curta: poucos personagens e somente um conflito, sendo que o espaço e o tempo são reduzidos, outro motivo é que a leitura se faz de forma rápida, em poucas horas é feita a leitura.

  • GABARITO: D

    Conto é uma narrativa curta que, em geral, apresenta apenas um conflito

  • Fico imaginando se não fosse curta essa narração.

  • temos o idioma português como nossa linga nativa, falamos ouvimos, entendemos, mais quando se trata de responder questões que essas bancas inventa para concurso da NASA, AI FICA COMPLICADO.

  • Li tudo isso para depois errar a questão kkkkkk que "narrativa curta" em?!

  • O conto pode ser definido como uma narrativa curta e com um único conflito. Isso significa que, nessas histórias, há poucos personagens, o tempo e o espaço são reduzidos ao essencial e, além disso, o enredo (a sequência de ações pelas quais os personagens passam) é marcado pela existência de um único acontecimento relevante.
  • pegadinha miserável quando a banca diz ser narrativa curta.

  • Gabarito letra D.

    Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho.

  • imagina se fosse uma narrativa longa.

  • Gab. D.

    Mesmo não parecendo ser ''curto'', é a que melhor se encaixa.

  • Enredo, tempo, personagens e espaço. São características de um conto.

  • Gêneros textuais:

    O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e tem sua origem da necessidade humana de contar e ouvir histórias. Passa por narrativas orais de povos antigos, trilhando pelos gregos e romanos, pelas lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é conhecido hoje.

     Tipos de contos: 

    • Dependendo da temática explorada, há diversos tipos de contos, do qual se destacam:

    • Contos realistas, os que narram situações realistas e não imaginárias.

    •  Contos populares, os que narram histórias transmitidas de uma geração para outra.

    •  Contos fantásticos, aqueles em que as histórias apresentam mistura de realidade com ficção e confundem os leitores com acontecimentos absurdos.

    •  Contos de terror, os que narram histórias cheias de mistérios, suspense e medo.

    •  Contos de humor, os que narram histórias que têm como objetivo divertir os leitores.

    •  Contos infantis, os que narram histórias para crianças e que têm a intenção de transmitir uma lição moral.

    •  Contos psicológicos, os que narram histórias que envolvem lembranças e sentimentos, e têm a intenção de levar o leitor a refletir.

    •  Contos de fadas, os que narram histórias que envolvem príncipes e princesas, e se desenvolvem em torno de um acontecimento trágico, mas que têm um final feliz.

    Texto Narrativo: 

    Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:

    • Romance, • Novela, • Crônica, • Contos de Fada, • Fábula, • Lendas


ID
3718831
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

A palavra em destaque, no trecho “Deitou-se no catre com colchão novo.”, pode ser entendida como

Alternativas
Comentários
  • Catre é sinônimo de cama.

  • catre: cama de viagem, dobrável.

    sempre bom olhar as anuladas, pode cair na próxima prova.

  • por que foi anulada amigos?

  • mede um total de ZERO conhecimento

  • Justificativa da banca

    JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta ao recurso interposto, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista a existência de duas alternativas corretas, sendo elas "B" e "C", pois estrado, sendo parte da cama, inclusive a parte na qual se coloca o colchão, também pode ser considerado correto em relação a resposta solicitada pelo enunciado da questão. Portanto recurso deferido.


ID
3718834
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Ao analisar o trecho “Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo.”, o qual descreve a residência construída para a personagem principal, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    ✓ “Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo.”

    ➥ Um rancho simples, somente dois cômodos (quarto e cozinha). E o banheiro (latrina) ficava próximo ao rancho, dez passos do cinamomo (árvore decídua, florífera e de rápido crescimento, bastante cultivada como ornamental em todo o mundo).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Que texto melancólico... ssrs

  • O X da questão é saber o que é latrina.

  • A questão é sobre compreensão textual e queremos encontrar qual das alternativas informa o local que foi construído “Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo.”.

    a) Incorreta.

    "Era repleta de requinte e conforto" o parágrafo anterior a qual se encontra o trecho em destaque afirma que foi feito de um modesto material. " Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida"

    b) Incorreta.

    A alternativa erra em dizer que era inviável a moradia, nada nos leva a essa informação no texto.

    c) Incorreta.

    Não temos a informação se ficava perto de um rio e um rancho não precisa ser necessariamente perto de um rio.

    d) incorreta.

    O banheiro na verdade não tinha, o texto nos fala de uma latrina que servia como banheiro e ficava próximo a árvore (cinamomo).

    e) Correta.

    O texto é expresso ao falar que somente havia 2 peças (cômodos), sala e cozinha. Logo, conclui sim que era pequena. Quando o texto informa que a latrina ficava perto da árvore, conseguimos deduzir que ficava fora da casa.

    Latrina: compartimento fechado, dotado de vaso sanitário ou de escavação no solo para dejeções; banheiro, sanitário.

     GABARITO: E

  • Por mais que a correta seja a E e fique até meio claro que a resposta seja ela mesmo, achei que extrapolou o que realmente pode-se deduzir da frase destacada.

    Alguem mais tem essa opinião?

    Pequena e simples não me parece adequado para definir a frase destacada.

  • Letra E.

    Latrina: banheiro ou uma instalação ainda mais simples que é usada como banheiro dentro de um sistema de saneamento.

  • CHOREI PELA VELHA! :(

  • Pra quem não sabe o que é latrina, é só lembrar de alguém que está falando muita besteira e chega outra pessoa e a manda calar a latrina, ou seja, boca que só sai m.......

  • Não sabia oq era latrina..

  • Você ler o texto, se emociona com o texto, e erra a questão por não saber oq é *LATRINA*

    PQP

  • Como diz a vovó! Menino tu ainda tá na latrina? Sai logo daí ! que eu quero ir ai nessa latrina.kkk

  • Complicado esse tipo de questão, na região do autor ok, esse nome deveria ser muito usado, nuca ouvi falar dessa latrina e o significado.

  • Caraca.. maldita latrina...

  • Interpretei como se a latrina estivesse fazendo referência às duas peças. Depois do erro pensei nos : e no .

  • caramba! realmente fiquei perguntando e o banheiro, faltou o banheiro que na verdade era a LATRINA.

  • caramba! realmente fiquei perguntando e o banheiro, faltou o banheiro que na verdade era a LATRINA.

  • Para quem é do EB sabe muito bem o que é Latrina. rsrs

  • Gabarito: E.

    Você pode decifrar pela latrina, que é um local onde as pessoas vão para fazer as necessidades, como se um fosse um banheiro. Antigamente essa prática era muito comum, feita por meio de um buraco no solo que armazenava as excretas. Atualmente ainda ocorre, visto que o saneamento básico não é presente em boa parte do nosso país.

    Você poderia, ainda, decifrar pelo vocábulo "cinamomo" que faz menção a uma árvore. Assim, pela leitura do texto você concluiria que a latrina estava a 10 passos da árvore, ou seja, próximo à casa.

    Qualquer equívoco, mandem mensagem.

    Bons estudos!

  • Era para ler o texto kkk?

  • Ué, mas o banheiro ficava próximo da casa? Para mim, o banheiro ficava perto da árvore...

  • @wagner silva

    Latrina é o nome q se dava antigamente ao banheiro. Pode ainda ser conhecida como "sentina".

  • Se eu soubesse o que era "Latrina" teria acertado, mas aqui é onde o concurseiro chora e a mãe não vê.

  • Ainda que fazia ideia do que fosse latrina, as outras estavam totalmente surreais de errada!

  • Quem já leu Game of Thrones vai saber o que é latrina.

  • Quem já leu Game of Thrones vai saber o que é latrina.

  • Complementando o que já foi dito até aqui...

    “...Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo..”

    “...Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo...”

    cinamomo: um tipo de árvore

    [A casa ficava no lugar do cinamomo (árvore). Portanto, a dez passos do cinamomo significa a dez passos da casa]

    rancho: habitação pobre

    latrina: vaso sanitário ou privada

    Fonte Adicionais:

    https://www.dicio.com.br/cinamomo/

    https://www.dicio.com.br/rancho/

    https://www.dicio.com.br/latrina/

  • Achei interessante as pessoas não saberem o que é latrina.


ID
3718837
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

O termo em destaque, no trecho “Não se contava, porém, quando havia perdido tudo.”, NÃO poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    ✓ “Não se contava, porém, quando havia perdido tudo.”

    ➥ Temos, em destaque, uma conjunção coordenativa adversativa. Outros com essa mesma classificação: não obstante, porém, só que, contudo, senão (=mas sim), todavia, entretanto, no entanto, ainda assim.

    Na letra "c" (=portanto: conjunção coordenativa conclusiva, ela não possui o mesmo sentido da conjunção "porém", logo temos a nossa resposta). 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gab: C

    “Não se contava, porém, quando havia perdido tudo.”

    >> Trata-se de uma conjunção coordenativa adversativa;

    >> Adversativas – ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste, de oposição.

    > São elas: Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.

    >> Portanto: é conclusiva!

    >> Conclusivas: ligam à anterior uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.

    >São elas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Portanto - Conj. coordenativa conclusiva.

    As demais são conj. coordenativas adversativas.

  • Para responder à questão, leva-se em conta a equivalência conjuntiva, isto é, conjunções que encerram o mesmo sentido. Inspecionemos o fragmento:

    “Não se contava, porém, quando havia perdido tudo.”

    Na estrutura acima, "porém" denota contraste, oposição, ou seja, trata-se de uma conjunção coordenativa adversativa. Equivale a contudo, todavia, entretanto e no entanto. Em contrapartida, a conjunção "portanto" tem valor conclusivo, sendo sinônimo de logo, pois (entre vírgulas).

    Letra C

  • Essa daí meu aluno num pode errar.

    Lembrei Alexandre Soares grande mestre.

    Portanto é conclusivo. Os demais, adversativo.

    Gab. C

  • Pão, Pão. Queijo, Queijo.

  • Portanto = conclusivo. As demais, adversativas.

  • GABARITO: C

    Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

    Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

  • GABARITO LETRA C

    ALTERNATIVA QUE A CONJUNÇÃO QUE NÃO É CABÍVEL NA ORAÇÃO.

    a) contudo. CERTO

    ------------------------------------------

    b)todavia. CERTO.

    ------------------------------------------

    c)portanto. GABARITO.

    CONJUNÇÃO COORDENADA CONCLUSIVA.

    CONCLUSIVAS: Logo, /Portanto, /Assim, /por isso, /Então, /enfim, /por consequência, /por conseguinte, / consequentemente, / conseguinte, /dessarte, /destarte, /isso posto, /pelo que, /daí. /De modo que, /De maneira que. /De forma que. /Em vista disso, /donde. /Por onde. /agora. / deste modo. / Dessa forma. /Com isso. / sendo assim/. etc.

    ------------------------------------------

    d)entretanto. CERTO

    ------------------------------------------

    e)no entanto. CERTO

    ------------------------------------------

    Orações coordenadas adversativas: O sentido adversativo é aquele que indica uma oposição em relação ao que foi dito anteriormente, podendo caracterizar, portanto, uma ideia de contraste.

    Ex:

    -- >Mas. /porém. / contudo. / todavia. /entretanto. /no entanto. /entanto. / não obstante. /apesar disso. / Ainda assim. / em todo caso. /mesmo assim. /de outra sorte. /ao passo que.

     

  • Gabarito: C

    Portanto: Conjunção conclusiva.

  • Portanto é conclusiva

  • A - contudo. | Adversativa

    B - todavia. | Adversativa

    C - portanto. | Conclusiva GABARITO

    D - entretanto. | Adversativa 

    E - no entanto. | Adversativa

  • Não se contava, portanto, quando havia perdido tudo.

    → portanto "conectivo coordenativo conclusivo"

    > Os demais são conectivos adversativos

    GABARITO C - Não podendo substituir conectivos adversativos por conclusivos

  • ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA (mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto)

  • Conjunções conclusivas: portanto,logo,por isso,por conseguinte.

    Conjunções adversativas:porém,contudo,todavia,entretanto,no entanto,senão,que= mas,ainda assim.

  • Aquela questão que eu quero na minha prova!

  • gab: c

    conclusivas: portanto,logo,entao,assim,destarte,conseguinte .


ID
3718840
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Analise a colocação do pronome “se”, destacado no trecho “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”, e assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    ✓ “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”

    ➥ Temos um sujeito explícito sem qualquer palavra atrativa do pronome oblíquo átono presente. Colocação pronominal facultativa. Pode ocorrer a próclise (=antes do verbo >>> a notícia se espalhou) OU a ênclise (=após o verbo >>> a notícia espalhou-se).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • EM SE TRATANDO DE SUJEITO EXPLÍCITO, TEMOS UM CASO DE EUFONIA, ISTO É, O SOM MAIS AGRADÁVEL. ASSIM, PODE SER ÊNCLISE OU PRÓCLISE.

    TEMPO FUTURO - MESÓCLISE.

  • Não temos palavra atrativa e o verbo está no infinitivo, podendo ocorrer a próclise ou ênclise, sem prejuízo.

  • A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo. p.ex. não se realiza trabalho voluntário), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal, p.ex. realizar-se-á trabalho voluntário) e ênclise (após o verbo, p.ex. realiza-se trabalho voluntário). Vejamos o fragmento:

    “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”

    O pronome em destaque acha-se em ênclise.

    a) O pronome “se” poderia ser utilizado em posição proclítica, “A notícia se espalhou como um acontecimento improvável”, e a frase ainda estaria correta.

    Correto. Não há impedimento algum para a posição proclítica;

    b) Se o verbo “espalhou” estivesse no futuro, “espalhará”, o pronome “se” deveria ser utilizado antes do verbo.

    Incorreto. O erro dessa alternativa se aloja na insinuação de que a próclise é a única opção. Em verdade, poderia haver mesóclise, visto que o verbo se acharia no futuro do presente (espalhará). Destarte, ambas estas frases respeitam o padrão normativo do idioma: "A notícia se espalhará" ou "A notícia espalhar-se-á";

    c) A utilização do pronome “se” após o verbo “espalhou” torna a frase informal.

    Incorreto. Foi disposto à frente do verbo por mera predileção pessoal de quem redigiu o texto. Isso não denota informalidade alguma;

    d) Caso o pronome “se” fosse utilizado antes do verbo “espalhou”, a frase não atenderia às normas gramaticais.

    Incorreto. Atenderia, sim, conforme expresso na alternativa A;

    e) O uso do pronome “se” após o verbo “espalhou” aproxima-se da fala comum do dia a dia, o que torna a frase inadequada.

    Incorreto. A bem da verdade, no Brasil, a ênclise é menos corrente do que a próclise.

    Letra A

  • uma dúvida: esse "se" seria uma particula integrante do verbo?

  • CASOS OBRIGATÓRIOS DE PRÓCLISE

    1. Partícula atrativa na frente do verbo.

    a) Pronome demonstrativo: Isto, isso, aquilo...

    b) Pronome indefinido: Tudo, nada, alguém...

    c) Pronome relativo: O qual, cujo, onde, que...

    d) Palavra negativa: não, nunca, jamais...

    e) Conjunção Subordinativa: que, se, quando...

    f) Advérbio ou locução adverbial: ali, hoje...

    2. EM+GERÚNDIO(-NDO):

    Verbo no gerúndio antecedido da preposição em.

    Ex.: Em se tratando de diversão, prefiro o Vôlei.

    3. Nas frases INTERROGATIVAS / EXCLAMATIVAS / OPTATIVAS.

    A senhora me chamou?

    A terra se abalou!

    Deus te ajude.

    Fonte: Apostila de Língua Portuguesa - Loja do concurseiro - Prof. Iara.

  • Assertiva A

    O pronome “se” poderia ser utilizado em posição proclítica, “A notícia se espalhou como um acontecimento improvável”, e a frase ainda estaria correta.

  • Cara, não curto enrolação para explicar a língua..

    I) quando não tivermos fator atrativo de próclise ( palavras negativas ....) O pronome pode vir proclítico ou enclítico .

    Maria se desesperou

    Maria desesperou-se

    Em relação ao item b) sendo verbo no futuro do presente ou pretérito = mesóclise.

    Deveria -se ter citado o caso . (Errado)

    Dever-se-ia ter citado o caso

    Bons estudos

  • Letra A

    Casos Facultativos (Assumir 02 posições): Próclise ou ênclise.

    Quando tem sujeito explícito. Aqui é o caso da questão.

    Verbos no infinitivo.

    Fonte: Professor Elias Santana, Gran Cursos. RESISTA!!

  • SIM, ROMANO.

    ( PARTÍCULA INTEGRANTE DO VERBO)

    ELA SE ESPALHOU.

    ELA QUEM? A NOTÍCIA.

    NÓS NOS ESPALHAMOS

    ELES SE ESPALHARAM

    ETC.

  • Desafio os senhores estudantes de concurso a achar, na Gramática do Bechara ou do Celso Cunha, a possibilidade de colocação pronominal facultativa em casos de sujeito explícito.

  • gabarito c

    A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.

    Na verdade, não é que seja uma regra ela ser facultativa após sujeito, ocorre que não existe obrigatoriedade de por em mesóclise.

    E sempre que não ha necessidade de mesóclise, a próclise é preferida!

  • LETRA A - O pronome “se” poderia ser utilizado em posição proclítica, “A notícia se espalhou como um acontecimento improvável”, e a frase ainda estaria correta.

    LETRA B - Se o verbo “espalhou” estivesse no futuro, “espalhará”, o pronome “se” deveria ser utilizado antes do verbo.

    [Seria o caso de mesóclise ~> Espalhar-se-á]

    LETRA C - A utilização do pronome “se” após o verbo “espalhou” torna a frase informal.

    LETRA D - Caso o pronome “se” fosse utilizado antes do verbo “espalhou”, a frase não atenderia às normas gramaticais.

    LETRA E - O uso do pronome “se” após o verbo “espalhou” aproxima-se da fala comum do dia a dia, o que torna a frase inadequada.

  • CASO FACULTATIVO DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL!

  • Sem palavras negativas e sem pronomes para atrair a partícula "Se," pode se usar o "Se" tanto como ênclise ou como próclise. Obs: pós pontuação não se usa a partícula "Se", quando a partícula "Se" estiver no começo da oração, essa será condicional!

    Algum equívoco me corrigem aí...

  • “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”

    O pronome em destaque acha-se em ênclise.

    a) O pronome “se” poderia ser utilizado em posição proclítica, “A notícia se espalhou como um acontecimento improvável”, e a frase ainda estaria correta.

    Correto. Não há impedimento algum para a posição proclítica;

    b) Se o verbo “espalhou” estivesse no futuro, “espalhará”, o pronome “se” deveria ser utilizado antes do verbo.

    Incorreto. O erro dessa alternativa se aloja na insinuação de que a próclise é a única opção. Em verdade, poderia haver mesóclise, visto que o verbo se acharia no futuro do presente (espalhará). Destarte, ambas estas frases respeitam o padrão normativo do idioma: "A notícia se espalhará" ou "A notícia espalhar-se-á";

    c) A utilização do pronome “se” após o verbo “espalhou” torna a frase informal.

    Incorreto. Foi disposto à frente do verbo por mera predileção pessoal de quem redigiu o texto. Isso não denota informalidade alguma;

    d) Caso o pronome “se” fosse utilizado antes do verbo “espalhou”, a frase não atenderia às normas gramaticais.

    Incorreto. Atenderia, sim, conforme expresso na alternativa A;

    e) O uso do pronome “se” após o verbo “espalhou” aproxima-se da fala comum do dia a dia, o que torna a frase inadequada.

    Incorreto. A bem da verdade, no Brasil, a ênclise é menos corrente do que a próclise.

    Letra A

    Monitor do Qconcursos - Sr. Shelking

  • Sujeito + Verbo ( sem a presença de palavras atrativas )

    ana ME emprestou este livro

    ana emprestou-me este livro

    #facultativo

  • GABARITO: A

    Casos Facultativos de Colocação Pronominal

    Há casos na colocação pronominal em que os pronomes oblíquos átonos (se, te, me, lhe, nos, vos, o, a) podem assumir tanto a posição de próclise quanto a posição de ênclise; isso ocorrerá em:

    1. Presença de Pronomes Retos: Os pronomes oblíquos poderão ficar antes do verbo ou posterior ao verbo.

    Eu o ajudei na festa.

    Eu ajudei-o na festa.

    2. Sujeito Claro na Frase: Sempre que o sujeito vier visível, aceita-se a posição de próclise ou de ênclise.

    Os alunos me falaram tudo.

    Os alunos falaram-me tudo.

    3. Presença dos Pronomes "lo, la": Quando na frase houver a preposição "para" mesmo seguida com o advérbio negativo, haverá duas posições.

    Fiz isso para o ajudar.

    Fiz isso para ajudá-lo.

    4. Conjunções Coordenadas

    Ela falou e me ajudou com tudo.

    Ela falou e ajudou-me com tudo.

    5. Locução Verbal com Atratividade: Mesmo que haja palavras atrativas, o pronome oblíquo poderá assumir duas posições: antes do primeiro verbo ou após o segundo verbo.

    Não vou falar-lhe nada.

    Não lhe vou falar nada.

    Fonte: https://www.portuguesplay.com.br/blog/casos-facultativos-de-colocacao-pronominal

  • Por acaso "espalhou" não está no passado? O que tornaria a ênclise proibida?

  • Sujeitos explícitos com núcleo substantivo, pronominal, numeral, ou oracional antes do verbo e sem palavra atrativa, a colocação pronominal torna-se facultativo.

  • Não tendo palavra atrativa, torna-se facultativo

    José me emprestou o lápis.

    José emprestou-me o lápis.

    #semmuitafrescura

  • O erro da letra B

    "Se o verbo “espalhou” estivesse no futuro, “espalhará”, o pronome “se” deveria ser utilizado antes do verbo."

    Não deveria, mas poderia ser utilizado antes do verbo, tendo em vista que poderia ser utilizado também no meio do verbo.

    Esse foi o erro que consegui encontrar,

  • Resposta mais rápida do dia. Se fosse na prova, já podia passar para a próxima sem precisar analisar as demais alternativas.

  • "como" não é palavra atrativa? Se for, não pode ser próclise pq ela atrai para ênclise

  • A REGRA AI ESTA POR CAUSA DO SUJEITO EXPLÍCITO NOTÍCIA, OU SEJA, ACEITA TANTO PRÓCLISE COMO ENCLISE.

  • O que não é proibido está certo.

  • No infinitivo com sujeito expresso tanto faz a próclise ou a enclise


ID
3718843
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Em “Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”, o trecho em destaque representa, em relação à frase seguinte, uma

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    ✓ “Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”

    ➥ Temos a locução prepositiva "apesar de" denotando a ideia de concessão (=introduz uma ideia que expressa valor contrário à oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    concessão.= Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos

  • Gab: E

    Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”

    >> Apesar do: locução concessiva!

    >> Concessivas: introduzem uma oração que expressa uma ideia contrária/oposta à da oração principal, sem, no entanto, impedir eu se realize.

    >> São elas: ainda que; apesar de que; embora; mesmo que; conquanto; se bem que; por mais que; posto que; não obstante; etc

  • A questão quer que analisemos o trecho "Apesar do seu jeito esquisito". Para responder à questão, precisamos saber o valor semântico da locução conjuntiva "apesar de". Vejamos:

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas

    Conjunções subordinativas são as que tornam orações dependentes, isto é, subordinam uma oração à outra. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção). 

    .

    A finalidade.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa... 

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante... 

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação. 

    B explicação.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão... 

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que... 

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde. 

    C adversidade.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva... 

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)... 

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas. 

    D classificação.

    Não existe conjunção com esse valor semântico.

    E concessão.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa... 

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante... 

    Ex.: Apesar de discordar, aceitei sua explicação. 

    Gabarito: Letra E

  • Não precisa sofrer!

    Perceba que há uma ideia de concessão entre o primeiro período.

    como vejo isso?

    A concessão representa uma noção contrária que não impede a ação principal um exemplo:

    Mesmo chovendo fui à praia.

    Geralmente vc consegue acertar fazendo a troca por ainda que , mesmo, embora.. veja:

    “Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.

    (Mesmo com seu jeito esquisito ) ..

    Bons estudos!

  • Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”

    Indica uma concessão. Basta trocar o "apesar" por "embora" que fica mais fácil ainda de perceber.

    GABARITO: LETRA E

  • GABARITO: E

    Concessiva: Funciona como adjunto adverbial de concessão. É iniciada por uma conjunção subordinativa concessiva ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, conquanto, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex: Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

  • GABARITO LETRA E

    Oração subordinada adverbial concessiva.

    * Conceito: expressa a possibilidade de uma oposição. Mesmo que contraditória, ela garante que o fato se realizará.

    I) ela se casará,/embora não queira.

    II) ainda que chova,/ iremos ao cinema.

    --- > Principais conjunções e locuções conjuntivas.

    “embora”, ”ainda que”, “mesmo que”, “apesar que”, “se bem que”.

  • Grave

    Adversativas: Porém, toda via, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.

    Conclusivas: Portanto, logo, por isso, pois (após o verbo).

    Explicativas: Que, já que, visto que.

    Causais: Porquanto, o fato de... faz com que..., uma vez que.

    Concessivas: Conquanto, apesar de, ainda que, embora.

  • Gabarito E

    Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.

    A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa

    São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.

  • CONCESSÃO da ideia de quebra de expectativa

  • DIFERENÇA ENTRE CONCESSIVAS X ADVERSATIVAS

    As conjunções adversativas e concessivas são usadas com o mesmo propósito: ligar enunciados com orientação argumentativa contrária. Contudo, elas possuem funções diferentes e, por isso, é fundamental saber diferenciá-las para entender qual delas utilizar em cada contexto.

    ADVERSATIVAS: Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.

    Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.

    CONCESSIVAS: No caso das concessivas, a orientação argumentativa que sobressai é a do segmento que não é introduzido pela conjunção. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente.

    O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal. Perceba que o fato do jogo ter ocorrido é mais importante que o de ter chovido.

    A conjunção concessiva é utilizada para estabelecer uma relação de subordinação entre orações. Ela introduz um oração subordinada adverbial concessiva. em outras palavras, a oração terá função sintática de adjunto adverbial, podendo assim ter a ordem invertida sem perder o sentido.

    FONTE: https://clubedoportugues.com.br/conjuncoes-adversativas-e-concessivas-como-identificar/#:~:text=Exemplos%20de%20conjun%C3%A7%C3%B5es%20e%20locu%C3%A7%C3%B5es,%2C%20ainda%20que%2C%20posto%20que.

  • Embora o seu jeito esquisito, era amada por quase todos.

  • Comentário de um colega daqui sobre as concessivas:

    Macete da concessiva.

    Concessiva é a teimosa, aconteceu isso, aquilo, mas eu ainda irei...

    Mesmo que as passagens para o Pará estejam caras, irei fazer a prova da pc.

    Embora não acreditasse em mim, já passei em alguns concursos.

    Ainda que levasse chifres, não deixaria a Doraci.

    Apesar de ter estudado pouco, consegui aprovação.

    Eu sou é teimoso também.

  • Concessão é uma ideia oposta que não impede a continuidade:

    Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”

    Notem que, mesmo ela sendo esquisita, era amada, ou seja, ser esquisita não a impedia de ser amada por todos.

    Esta é a grande diferença para o ''adversativo'', que tão somente é uma ideia contrária, não havendo que se falar em ''continuidade'', ex:

    ''Gosto de chuva, mas odeio o barulho''. Notem que é , tão somente, uma ideia contrária!

  • Oposição = Adversativa (Vogal + Vogal)

    Ressalva = Concessiva (Consoante + Consoante)

  • Sempre que passo por questões em que se cobra a conjução "Apesar".

    Lembro da música do Chico Buarque " Apesar de você, amanhã há de ser outro dia...

  • DIFERENÇA ENTRE ADVERSATIVA E CONCESSIVA

    As duas identificam uma oposição, mas como identificar na frase?

    ADVERSATIVA: Este óculos é bonito, mas é caro. (ARGUMENTO FORTE)

                  Este óculos é bonito, FUD3U, é caro.

    CONCESSIVA: Este óculos é bonito, embora seja caro. (ARGUMENTO FRACO)      Este óculos é bonito, FOD@-SE que seja caro.


ID
3718846
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Assinale a alternativa que apresenta três termos acentuados graficamente pelo mesmo motivo.

Alternativas
Comentários
  • Justificativa da banca

    JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista que as palavras rádio, solitário são paroxítonas terminadas em ditongo, por isso são acentuadas graficamente, porém quanto à palavra tábuas, há divergências na literatura pertinente, pois alguns autores a consideram uma paroxítona, enquanto outros a consideram uma proparoxítona, dependendo da divisão silábica e da pronúncia adotada. Diante disso, a alternativa "B", indicada como correta, não seria, pois haveria, dentre as palavras paroxítona, uma palavra proparoxítona, ou seja, acentuada por um motivo diferente das demais. Portanto recurso deferido.

  • A Qc podia excluir questões anuladas da página.


ID
3718849
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Em “Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.”, a vírgula foi utilizada para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ “Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.”

    ➥ A vírgula está separando um adjunto adverbial de tempo de longa extensão que vem deslocado, não está na ordem canônica (=ordem direta). Uso obrigatório da vírgula para separá-lo.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO DE LONGA EXTENSÃO - IN CASU, VÍRGULA OBRIGATÓRIA.

  • A questão quer saber o motivo de a vírgula ter sido usada em “Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.”. Lembrando que na ordem DIRETA a oração fica assim: "A casa foi erguida num final de semana de fevereiro". Analisemos as alternativas.

    A demonstrar uma adversidade.

    Não há que se falar em adversidade. Adversidade seria se houvesse uma oposição, um contraste, o que não há nessa oração.

    B isolar orações que dependem uma da outra para terem sentido completo.

    Esse período é composto por uma oração, pois só há um verbo (foi). Há uma oração absoluta e não orações que dependem uma da outra.

    C demarcar um aposto explicativo, pois se informa quando a casa foi erguida.

    Não há que se falar em aposto explicativo. "Num final de semana de fevereiro" não é aposto explicativo, mas, sim, um adjunto adverbial de tempo.

    Aposto é um termo acessório ligado a substantivos, pronomes ou orações. O aposto explicativo é um termo que se junta a outro para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Na frase, aparece destacado por vírgulas, parênteses ou travessões. Ex: Bolinha, o cachorro da vizinha, é fujão.

    D sinalizar um adjunto adverbial de tempo que não obedece à ordem direta da frase, visto que aparece no início.

    Certo. "Num final de semana de fevereiro" é um adjunto adverbial de tempo e aparece deslocado.

    A ordem direta das orações deve ser: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS (OD/OI/Predicativo do sujeito) + ADJUNTO ADVERBIAL. Quando o adjunto adverbial é deslocado, ele deve ser isolado por vírgula!

    Adjunto adverbial: é sempre um advérbio ou uma locução adverbial. Caracteriza melhor a ação expressa pelo verbo, acrescentando ou especificando uma circunstância qualquer (modo, lugar, tempo...)

    Ex.: Nós estudamos muito bem ontem no curso. (“muito” é adjunto adverbial de intensidade. “bem” é adjunto adverbial de modo. “ontem” adjunto adverbial de tempo. “no curso” adjunto adverbial de lugar.)

    E separar orações independentes, as quais possuem sentido completo isoladamente.

    Esse período é composto por uma oração, pois só há um verbo (foi). Há uma oração absoluta e não orações independentes.

    Gabarito: Letra D

  • Adjunto Adverbial deslocado

  • Colegas , simplificando o assunto :

    Usamos vírgulas quando estamos diante de adjuntos adverbiais deslocadas.

    Peço sua atenção ao detalhe , por vezes, cobrado :

    Em adjuntos adverbiais deslocadas apartir de 3 palavras vírgulas obrigatórias.

    Nos demais casos = facultativas

    Ontem estávamos só eu e ela.

    Ontem, estávamos só eu e ela.

  • Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.” (Termo deslocado - Vírgula obrigatória)

    “ A casa foi erguida num final de semana de fevereiro.” (Ordem Direta, vírgula facultativa)

  • GAB D

    Ordem Direta: A casa foi erguida num final de semana de fevereiro. (não usa vírgula)

    Ordem indireta: Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida. (Vírgula obrigatória) adjunto adverbial deslocado de longa extensão.

    "desistir jamais"

  • GABARITO: D

    Usamos vírgula para separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado entre o discurso. Ex: Naqueles tempos, havia uma maior interação entre as pessoas.

  • Para isolar um Adjunto Adverbial temporal, o qual está fora da ordem direta.

    GAB: D (Para os não assinantes :)

  • Já corta as orações pois não existe verbo.
  • Lembrando que a vírgula é facultativa no adjunto adverbial de curta extensão deslocado, nesse caso é de longa extensão considerado por alguns gramáticos a partir de 3 palavras vírgula obrigatória.

    Ordem direta, sujeito, verbo, complemento e adjunto adverbial.

  • Tal Banca Considera vírgula Obrigatória Para Adverbio de Pequena Extensão Quando Deslocado!!!

  •  “Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

    A CASA FOI ERGUIDA NUM FINAL DE SEMANA DE FEVEREIRO - ORDEM DIREITA

  • Adjunto adverbial no inicio da oração deve-se colocar virgula.

    Assertiva: D

  • fiquei entre D e C..

    confunde um pouco... logo, errei.

  • ahhhh: de novo cara. fiquei entre D e C....

    kkkk vamos lá.

  • "AGURA FOI MAMINHOO"

  • Resposta: sinalizar um adjunto adverbial de tempo que não obedece à ordem direta da frase, visto que aparece no início.

    Aposto explicativo - É usado para explicar ou esclarecer um termo da oração anterior. O aposto explicativo sempre vem isolado na frase, podendo aparecer entre sinais de pontuação como vírgulas, parênteses ou travessões. Exemplos: -Priscila, estudante muito dedicada, conseguiu notas altas nas provas.

  • #RevisãoAtiva

    Em “Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.”, a vírgula foi utilizada para:

    Explicação: No período temos apenas um verbo, ou melhor, uma locução verbal (foi erguida) presente na oração principal, que na ordem direta tem a seguinte reescrita: A casa foi erguida num final de semana de fevereiro. Perceba que o trecho em sequência "num final de semana" não apresenta verbo e, portanto, não pode ser classificado como oração. Além disso, tal trecho adiciona à locução verbal (foi erguida) ideia circunstancial de tempo. Como o adjunto adverbial é classificado como uma expressão que altera a ideia de um verbo, adjetivo ou outro advérbio, podemos marcar corretamente a letra D. Ademais, se a letra D mencionasse que a expressão seria uma oração adverbial, estaria incorreta conforme explicação acima.

    D) Correta, sinalizar um adjunto adverbial de tempo que não obedece à ordem direta da frase, visto que aparece no início.


ID
3718852
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conto: uma morada

O sonho de uma velha senhora

Juremir Machado da Silva


Contava-se que ela havia passado a vida lutando contra homens, doenças e intempéries. Dizia-se que criara sozinha onze filhos e enfrentara oito tormentas de derrubar casas e deixar muita gente desesperada. Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada. Era alta, magérrima e de olhos muito negros, duas bolas escuras que pareciam cintilar à beira do abismo. Era uma mulher de fala forte, voz rouca, agravada pelo cigarro, não menos de trinta por dia, do palheiro ao sem filtro, o que viesse, qualquer coisa que lhe permitisse sair do ar.

– Meu silêncio diz tudo – era o máximo que concedia a algum vizinho.

Apesar do seu jeito esquisito, era amada por quase todos. Gostava-se da sua coragem, da sua franqueza, alguns até falavam de uma ternura escondida por trás dos gestos de fera indomável. Muitos nem sabiam mais o nome dela. Era chamada simplesmente de “a velha”. Contava-se que prometera a si mesma viver cem anos para debochar das agruras da vida. Servira durante décadas de parteira, de benzedeira e até de responsável pela ordem nas redondezas. Impunha respeito, resolvia litígios, dava bons conselhos, sentia pena das jovens apaixonadas. Com o passar do tempo, ficou mais impaciente e menos propensa a ouvir longas e repetitivas histórias.

      (...)

Destino – Não se contava, porém, quando havia perdido tudo. Ficara sem casa. Vivia na cidade num quarto emprestado por um velho conhecido. Quando se imaginava que estava esgotada, que só esperava o fim para se livrar dos tormentos, ela se revelou mais firme do que nunca. Queria viver. Mais do que isso, deu para dizer a quem quisesse ouvir que tinha um sonho.

– Um sonho?

– Sim, a Velha tem um sonho.

A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável. Com o que podia sonhar a velha? Contava-se que homens faziam apostas enquanto jogavam cartas ou discutiam futebol, mulheres especulavam sobre esse sonho, crianças se interessavam pelo assunto, todos queriam entender como podia aquela mulher árida ter um sonho, algo que a maioria, mais nova, já não tinha. Por alguns meses, pois ela fazia do seu novo silêncio um trunfo, foi cercada de atenção na busca obsessiva por uma resposta. Teriam até lhe oferecido dinheiro para revelar o seu sonho num programa de rádio.

Conta-se que numa tarde mormacenta de janeiro, com um temporal prestes a desabar, ela disse com a sua voz grave um pouco mais vibrante para quem pudesse ouvir (nunca se soube quem foi o primeiro saber):

– Quero voltar para casa.

Que casa era essa? A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido, um lugar perdido na campanha onde vicejava solitário um cinamomo. Sonhava em ter uma casinha ali para viver os seus últimos anos. Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio. A comunidade, sempre tão dispersa, mobilizou-se como se, de repente, tudo fizesse sentido. O dono da terra aceitou que lhe erguessem um rancho no meio do nada para que ela fincasse suas raízes por alguns anos. Um mutirão foi organizado para erguer a morada. Até políticos contribuíram para a compra do modesto material – tábuas, pregos, latas – necessário à construção da residência. Num final de semana de fevereiro, a casa foi erguida.

Um rancho de duas peças: quarto e cozinha. Uma latrina a dez passos do cinamomo. Caía a noite quando tudo ficou pronto. Os homens embarcaram na carroceria de um velho caminhão e partiram. Ela ficou só no lugar que escolhera para viver depois de tantas lutas encarniçadas com o destino. Sentia-se vitoriosa. A lua cheia banhou os campos naquela noite. Ela passeou até onde as velhas pernas lhe permitiram. Deitou-se no catre com colchão novo. Fez questão de manter a sua cama. Morreu ao amanhecer com o sol faiscando na cobertura de lata reluzindo de tão nova e duradoura.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/conto-uma-morada-1.392657>. Acesso em 26 jan. 2020.

Em relação à função morfológica e textual das palavras destacadas nos seguintes trechos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     a) No trecho “Uma latrina a dez passos do cinamomo.”, o termo em destaque é um adjetivo, pois caracteriza a palavra “passos” → INCORRETO. O termo em destaque é um substantivo (=nomeia algo).

     b) Em “A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido [...]”, o termo destacado é um advérbio, visto que indica uma circunstância de lugar → INCORRETO. O termo em destaque é pronome relativo e refere-se ao lugar em que nasceu.
     c) Em “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”, o termo destacado é um verbo derivado de “acontecer” → INCORRETO. O termo em destaque é um substantivo (=nomeia algo).
     d) Em “Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada.”, o termo destacado funciona como um numeral ordinal → INCORRETO. O termo em destaque é um artigo indefinido.
     e) Na sequência “Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio.”, o termo em destaque é um substantivo, caracterizado pelo adjetivo “enorme” → CORRETO. O termo em destaque é um substantivo (=nomeia algo) e o termo "enorme" é um adjetivo que caracteriza o substantivo "vazio". 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gab: E

    A) ERRADA: No trecho “Uma latrina a dez passos do cinamomo.” >> Temos um substantivo, nomeia algo: uma árvore;

    B) ERRADA: Em “A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido [...]” >> Pode ser substituído por "no qual", refere-se a um termo, logo, é um pronome relativo;

    C) ERRADA: Em “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.” >> temos um substantivo, que nomeia um fato, uma ocorrência;

    D) ERRADA: Em “Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada.” >> Temos um artigo indefinido;

    E) CORRETA: Na sequência “Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio.” >> Vazio é um substantivo, mas não é qualquer vazio, é um vazio enorme, logo, enorme está atribuindo-lhe uma característica, sendo, portanto, um adjetivo.

  • A questão quer que analisemos a função morfológica e textual das palavras em destaque. Vejamos:

    Morfologia é a parte da gramática que estuda a classe das palavras, isto é, a natureza delas. Em português, são dez as classes gramaticais: seis variáveis (são aquelas que sofrem variações em sua forma, o que resulta nas chamadas desinências nominais de gênero e de número, bem como nas desinências verbais, de modo, tempo, número e pessoa), e quatro invariáveis (palavras que são aquelas que não sofrem flexão nenhuma, não vão para o plural, nem para o feminino). As classes variáveis são: artigos, adjetivos, numerais, pronomes, substantivos e verbos. Já as invariáveis são: advérbios, conjunções, interjeições e preposições. 

    .

    A No trecho “Uma latrina a dez passos do cinamomo.”, o termo em destaque é um adjetivo, pois caracteriza a palavra “passos”. 

    Errado. "Cinamomo" é um substantivo masculino e significa "uma árvore florífera e de rápido crescimento, bastante cultivada como ornamental".

    Substantivo: palavra que usamos para nomear seres, coisas e ideias. Por ser variável, apresenta flexões em gênero, número e grau. 

    B Em “A velha queria retornar ao lugar onde havia nascido [...]”, o termo destacado é um advérbio, visto que indica uma circunstância de lugar.

    Errado. "Onde" é um pronome relativo e refere-se à "lugar" (lugar em que havia nascido)

    Pronomes relativos retomam um nome da oração anterior (o antecedente) com o qual se relaciona, projetando-o em outra oração. Podem ser: o(a) qual, os(as) quais, cujo (a) (s), quanto (a)(s), que, quem, onde.

    C Em “A notícia espalhou-se como um acontecimento improvável.”, o termo destacado é um verbo derivado de “acontecer”.

    Errado. "Acontecimento" é um substantivo masculino e é sinônimo de evento, caso, ocorrência, fato, eventualidade, ocorrido, momento.

    D Em “Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada.”, o termo destacado funciona como um numeral ordinal.

    Errado. "Um" é artigo indefinido.

    Artigo: é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo, definindo ou indefinido o ser nomeado por esse substantivo. Os artigos definidos são o, a, os, as. Os artigos indefinidos são um, uma, uns, umas. 

    E Na sequência “Desse ponto de observação, podia-se enxergar um enorme vazio.”, o termo em destaque é um substantivo, caracterizado pelo adjetivo “enorme”.

    Certo. "Enorme" é um adjetivo que qualifica o substantivo "vazio".

    Adjetivo: palavra variável em gênero, número e grau que expressa qualidade, defeito, origem, estado do substantivo ou de qualquer palavra substantivada. 

    Gabarito: Letra E

  • Vamos aos itens :

    A) (O) cinamomo = substantivo.

    B) onde pode assumir diversas classificações:

    'Pronome relativo

    Ocorre em orações relativas e significa «no/na qual». Uma vez que é um pronome, substitui o nome que o antecede imediatamente:

    (3) «A rua onde moro é muito tranquila.» (= a rua na qual...)'

    Ou advérbio:

    'Advérbio de lugar

    Ocorre em frases declarativas e significa «no lugar (em) que». É substituível por outros advérbios de lugar (aqui, ali, atrás, dentro, fora, etc.):

    (5) «Moro onde sempre morei.» (= Moro aqui)'

    C) perceba a presença de artigo indefinido antes do termo = substantivo.

    D) um é artigo indefinido.

    Diferenciamos de numerais porque esses em alguns casos restringem .

    Comprei só uma camisa.

    E) ele apenas deslocou a ordem..veja:

    Vazio (tão) enorme.

  • Amanda tem os melhores comentarios.

  • Um vazio enorme

    Um enorme vazio

    ENORME CARACTERIZA O VAZIO

  • cinamomo é uma árvore.

  • AOS QUE POSSAM TER DUVIDAS QUANTO À ASSERTIVA D

    A diferença entre numeral e artigo indefinido pode causar problemas.

    D) Em “Durante muito tempo, teve um apelido: a flagelada.”, o termo destacado funciona como um numeral ordinal.

    A banca blinda a questão ao afirmar que se trata de um numeral ordinal ("um" é um numeral cardinal). Se a afirmação fosse "...funciona como numeral cardinal.", teríamos espaço para múltiplas interpretações.

  • Me sinto tão inteligente resolvendo esse tipo de questão da AOCP!

    Já as questões da CESPE/CEBRASPE da uma dor de cabeça kkkk

  • Deixe passar o que for negativo. Absorva só o que lhe faz bem! #ficadica

  • Galera dizendo que a Letra D se trata de um artigo porém se trada de numeral cardinal só está errada por estar escrito numeral ordinal.

  • Gabarito letra E.

    Caso você tenha ficado em dúvidas em relação a alternativa B, substitua o termo "onde" por "no qual" e perceba que o sentido continua o mesmo. Logo, é um PRONOME RELATIVO e não um advérbio de lugar.

  • muito obrigado pelas dicas pessoal , pois estava convicta que era a letra B, não tnha me dado conta que o ONDE não era adverbio . muito obrigado !

  • Na quesão D o um é um artigo indefinido , pois se conseguimos colocar a palavra qualquer logo após o substantivo e a frase não mudar de sentindo o um é artigo , exemplo vi um menino soltando pipa ~ posso acrescentar a palavra qualquer , Vi um menino qualquer .

  • vazio é substantivo???

  • Para quem ficou em dúvida com a letra D.

    Numeral Cardinal é Um, Dois, Três.

    Numeral Ordinal é Primeiro, Segundo, Terceiro.

  • Se poder trocar o "onde" por "no qual" trata-se de um pronome relativo e não adverbio de lugar!

    OBS: PEGUEI A DICA DE UMA COLEGA DO QC

  • Ate agora não consegui entender a letra A ...

  • O lugar que havia nascido! Pronome relativo , referente lugar.

  • Acho que se a C estivesse que ''acontecimento'' deriva do verbo acontecer, estaria correta...

  • Como diferenciar "UM" artigo indefinido de "UM" numeral cardinal?

    UM numeral: quando temos certeza de que se refere a quantidade.

    Exemplo: Vou ao shopping comprar só uma blusa.

    Vou ao shopping comprar uma blusa e duas calças.

    UM artigo indefinido: quando ficamos com dúvida se é numeral ou artigo indefinido, é artigo.

    Exemplo: Vou ao shopping comprar uma blusa. (o um aqui indica que é uma blusa qualquer e não quantidade)

    Fonte:

  • para quem não entendeu a alternativa A:

    Cinamomo é uma espécie de árvore, por isso é um substantivo.

  • No trecho “Uma latrina a dez passos do cinamomo.”, o termo em destaque é um adjetivo, pois caracteriza a palavra “passos”.

    Para ter valor adjetivo tinha que ser uma ADJUNTO A.A( ideia de posse). do Cinamomo esta funcionando como Complemento.


ID
3718855
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com as regras estatutárias dos servidores municipais, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3718858
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre a Lei Orgânica do Município de Betim (MG), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab.: D

    Art. 4º O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado.

  • Complemento : Artigo 4 - Lei Orgânica do Município de Betim (MG).


ID
3718861
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Betim (MG), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A. É VEDADO

    b. interesse local

    C. plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentária anual

    D. certa

    E. possui.


ID
3718864
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre a Lei Orgânica do Município de Betim (MG), considerada “Constituição Municipal”, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Gabarito

    b) O patrimônio público do Município é constituído de bens móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, lhe pertençam.

    c) A aquisição de bem imóvel, a título oneroso, depende de de avaliação prévia e de autorização legislativa.

    d) A doação é permitida para a instalação e funcionamento de órgão ou serviço público e para fins exclusivamente de interesse social.

    e) O uso de bem municipal, por qualquer das formas de outorga previstas neste artigo, é remunerado ou gratuito.

    http://www.betim.mg.gov.br/ARQUIVOS_ANEXO/Lei%20Organica%20de%20Betim;07384213;20121101.pdf


ID
3718867
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre as regras dos servidores públicos municipais de Betim (MG), assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A LETRA E ESTA INCORRETA, pois o prazo para que seja estável é de 3 anos, conforme o artigo 41 da CF:

    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

  • Letra E de Errada. Agora o servidor público tem que ficar 5 anos para ser estável...


ID
3718870
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A respeito das regras estabelecidas para o Prefeito Municipal na Lei Orgânica de Betim (MG), assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3718873
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Betim (MG), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra C

    Embora diga "de acordo com a lei orgânica de Betim", é plenamente possível responder de acordo com a CF/88:

    Alternativa A: CF/88 art. 145. §2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

    Alternativa B: CF/88 art 153, Compete à União instituir impostos sobre:

    III - Renda e proventos de qualquer natureza.

    Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    I - IPTU

    II - ITBI

    III - ISS

    Alternativa C: CF/88 Art. 149 §1º Os Estados, o DF e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

    Alternativa D: CF/88 Art. 156. §1º Sem prejuízo da progressividade que se refere o art. 182., §4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I (IPTU) poderá:

    I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;

    II ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

    Alternativa E: CF/88 Art. 156. §3º Em relação ao imposto previsto no inciso III (ISS) do caput deste artigo, cabe à lei complementar:

    I - fixar alíquotas máximas e mínimas.

  • O colega Bruno justificou perfeitamente todas as alternativas, porém entendo que a questão deve ser ANULADA.

    A ALTERNATIVA C também está INCORRETA, motivo pelo qual seria passível de recurso.

    Pois bem, CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS é gênero do qual temos CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS como espécie. Esta se subdivide em: CONTRIBUIÇÕES PARA SEGURIDADE SOCIAL, OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS e CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS.

    De fato, segundo o colega "CF/88 Art. 149 §1º Os Estados, o DF e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União."

    Pois bem, o artigo prevê expressamente a possibilidade de instituição de CONTRIBUIÇÕES para custeio do REGIME PREVIDENCIÁRIO.

    A seguridade social engloba saúde + previdência + assistência social.

    Não pode ser feita uma interpretação extensiva da CF nesse caso.

    Nesse sentido, vale lembrar que é competência residual EXCLUSIVA da UNIÃO a instituição de OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS que não as previstas na CF:  Art. 195 § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

    Ademais, dentro das contribuições especiais, temos também as CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS, que, da mesma forma, são de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA da UNIÃO nos termos do artigo 149, caput, da CF.

    Logo, não é certo dizer " O Município pode instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.", uma vez que a assistência social não está incluída no artigo citado pelo colega.


ID
3718876
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em se tratando do Estatuto dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Betim (MG), assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3718879
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com as normas estatutárias dos servidores públicos de Betim (MG), assinale a alternativa que confirme a atual legislação sobre o tema “promoção”.

Alternativas

ID
3718882
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre as licenças previstas no Estatuto dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Betim (MG), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Mas na reescrita diz "os portugueses ameaçados", e não todos os portugueses... no meu entender a reescrita restringiu apenas aos ameaçados (a coroa portuguesa), creio que o erro deve ser outro

  • LETRA A

    LIP - estável, 2 anos


ID
3764707
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. No século XIX, a educação do surdo tornou-se um tema recorrente entre intelectuais europeus e norte-americanos, de modo que foram realizados congressos com o objetivo de obter uma coesão no estudo e educação dos surdos pelo mundo. O popularmente denominado ________________ foi um dos mais conhecidos, pois determinou que os surdos deveriam serem ensinados pelo método do _____________.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Congresso de Milão / Oralismo


ID
3764710
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Acerca do intérprete de Libras na sociedade brasileira, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764713
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

A respeito da inclusão do surdo no ambiente educacional, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
3764716
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Considerando o sistema signwriting (escrita de sinais), assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764719
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

O Oralismo, a Comunicação Total e o Bilinguismo são três filosofias educacionais que possuem representatividade no trabalho com surdos no Brasil. A respeito dessas abordagens, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764725
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

A respeito da língua, da linguagem e do sistema bilinguista, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. A língua natural do surdo é aquela adquirida espontaneamente pelo contato entre seus usuários.
II. O bilinguismo é a filosofia utilizada no sistema educacional brasileiro, que visa à inclusão do surdo no ambiente escolar.
III. As experiências linguísticas e comunicativas são essenciais para o desenvolvimento intelectual, por isso é imprescindível que o surdo aprenda sua língua natural.
IV. De acordo com o bilinguismo, não é necessário o aprendizado da escrita alfabética pelo surdo.

Alternativas

ID
3764728
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Acerca das modalidades das línguas e dos tradutores-intérpretes de língua de sinais, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764731
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Considerando a ética e os princípios fundamentais dos intérpretes de Libras, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764740
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

A respeito da História e Cultura Surda brasileira, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Libras é a língua de sinais usada no Brasil, ela foi oficializada em 2002 por meio da Lei nº 10.436 (BRASIL, 2002) e regulamentada pelo Decreto 5626 . A língua de sinais é de modalidade visuoespacial, representada pelas mãos e compreendida pelos olhos. A língua de sinais brasileira tem sua origem na Língua Francesa de Sinais.

    GAB: D

  • A Libras foi oficializada em 2002, por um decreto que, entre outras premissas, instituiu que esta não poderia substituir a escrita da língua portuguesa. Desse modo, a Libras é uma Língua Secundária no Brasil.

    Achei essa resposta estranha pq a LEI 10.436/02 não é um decreto e sim uma Lei. O decreto que regulamentou essa lei só foi criado em 2005.


ID
3764749
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

As pessoas surdas definem-se em termos culturais e linguísticos. Sendo assim, em relação à cultura surda, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3764752
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Um par mínimo demonstra o contraste fonêmico entre os sons em questão. Por exemplo, o par mínimo “pato/bato” demonstra o contraste fonêmico entre [p] e [b]. Cada par mínimo encontrado classifica os dois segmentos em questão como fonemas do português. No caso de “pato/bato”, dizemos que /p/ e /b/ são fonemas distintos no português. Pesquisas linguísticas americanas também comprovaram que nos sinais utilizados pelos surdos havia par mínimo, por isso eram estruturados gramaticalmente. Sobre essa questão linguística, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3764755
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

A Língua Brasileira de Sinais é a língua utilizada pela comunidade surda do Brasil, oficializada pela Lei n° 10.436/02 e seu decreto n° 5626/05. A respeito da sigla correspondente à “LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS”, é correto afirmar que sua grafia deve atender à seguinte convenção (mais tradicional):

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Comentários
  • “Libras” é a sigla de “Língua Brasileira de Sinais”, a língua gestual utilizada por parte da comunidade surda do Brasil.

    GAB:E


ID
3764758
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

A partir da oficialização da Língua Brasileira de Sinais e de sua inclusão, principalmente na esfera educacional, surge um novo profissional: o intérprete de Língua de Sinais. Este já existia, mas não oficializado e sua atuação era restrita aos espaços religiosos, sociais e/ou familiares. Sobre o profissional intérprete/tradutor, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3764761
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Em relação à interpretação da Língua Portuguesa para Libras, é importantíssimo compreender que

Alternativas
Comentários
  • assim como na tradução da língua oral, a ação tradutória para língua de sinais também exige do tradutor competências linguística e metodológica, além de conhecimento dentro da área em que permeia o texto, conhecimento bicultural e técnicas de interpretação


ID
3764764
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Em relação aos profissionais da tradução/interpretação de Libras, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Acredito que no "existentes" ... pq na verdade são todos os empregados da empresa e não so os alí existentes.


ID
3764770
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Assinale a alternativa que, na tradução para Libras, utiliza configuração de mão “C” para realizar o sinal.

Alternativas

ID
3764773
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Municipal nº 4579/2007 de Betim (MG) sancionou que

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Comentários
  • Gab.: D

    Artigo 1 -  Ficam obrigadas as instituições educacionais de cursos pré-vestibulares e universidades incluírem em seu quadro de profissionais intérpretes de Libras/língua portuguesa, para darem suporte técnico especializado a deficientes auditivos.


ID
3764782
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

No período histórico Educacional denominado Oralismo, o professor devia agir de qual maneira?

Alternativas
Comentários
  • GAB: E


ID
3764785
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Assinale a alternativa em que, para realizar a tradução para Libras, é usada a mesma configuração de mão das palavras citadas.

Alternativas
Comentários
  • CONFIGURAÇÃO DE MÃO EM "A"

    GAB: A


ID
3764788
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Libras
Assuntos

Assinale a alternativa em que todos os autores são estudiosos na área da surdez.

Alternativas

ID
3764791
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Betim - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015
Assuntos

A Lei nº 13.146/2015, sancionada pela Presidenta em 2015, objetiva

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Comentários
  • GABARITO B

    Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência

    Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

  • Que saudades da Dilminha! S2

    Gabarito: B

    Fundamento: Artigo 1

  • Assevero que não somente a inclusão, mas a cidadania:

    Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência e pede ao candidato que julgue o item correto, no tocante ao objetivo da Lei n. 13.146/2015.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 1º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência que preceitua:

    Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

    Vejamos:

    a) que o oralismo seja o método principal na educação de deficientes auditivos.

    Errado. O objetivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência é a inclusão da pessoa com deficiência e não que o oralismo seja o método principal na educação de deficientes auditivos.

    b) a inclusão das pessoas com deficiência.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Inteligência do art. 1º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

    c) o dispersamento de grupos surdos.

    Errado. O objetivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência é a inclusão da pessoa com deficiência e não o dispersamento de grupos surdos.

    d) a padronização da educação para deficiência.

    Errado. O objetivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência é a inclusão da pessoa com deficiência e não a padronização da educação para deficiência.

    e) corte nos gastos destinados a medidas de inclusão.

    Errado. O objetivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência é a inclusão da pessoa com deficiência e não o corte nos gastos destinados a medidas de inclusão.

    Gabarito: B

  • Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

  • Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

  • A Lei nº 13.146/2015, sancionada pela Presidenta em 2015, objetiva a inclusão das pessoas com deficiência.

  • A Lei nº 13.146/2015, sancionada pela Presidenta em 2015, objetiva a inclusão das pessoas com deficiência.

  • PresidentAAAAAAAA

    KKKKKKKKK

  • pela presidanta

  • Apesar de estranho, está correto a palavra''presidenta''. Quando alcançarmos a meta nos dobramos ela rs.

  • GABARITO: B

    Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.