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Prova IPEFAE - 2019 - Prefeitura de Campos do Jordão - SP - Professor Ensino Fundamental II - Português


ID
5155546
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para que a escola faça algum sentido, os jovens e os seus pais e professores deverão ter um deus a quem servir ou, se possível, vários deuses. Sem eles, a escola é inútil. O famoso aforismo de Nietzsche torna-se aqui relevante: “Aquele que sabe por qual razão viver poderá suportar quase qualquer como”. Isto é válido tanto para a aprendizagem como para a vida. Muito simplesmente, não há modo mais certo de levar o ensino ao seu fim do que não o dotar de um fim. (...) Um deus, no sentido em que uso a palavra, é o nome de uma grande narrativa, uma narrativa que possui credibilidade, complexidade e poder simbólico suficientes para permitir que o indivíduo organize a vida em função dela.

O Fim da Educação; Postman, Neil

Em “Para que a escola faça algum sentido, os jovens e os seus pais e professores deverão ter um deus a quem servir ou, se possível, vários deuses”, se o verbo em destaque fosse substituído por “deveriam” – futuro do pretérito -, o excerto ficaria corretamente redigido da seguinte maneira, mantendo-se seu sentido original:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


ID
5155549
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para que a escola faça algum sentido, os jovens e os seus pais e professores deverão ter um deus a quem servir ou, se possível, vários deuses. Sem eles, a escola é inútil. O famoso aforismo de Nietzsche torna-se aqui relevante: “Aquele que sabe por qual razão viver poderá suportar quase qualquer como”. Isto é válido tanto para a aprendizagem como para a vida. Muito simplesmente, não há modo mais certo de levar o ensino ao seu fim do que não o dotar de um fim. (...) Um deus, no sentido em que uso a palavra, é o nome de uma grande narrativa, uma narrativa que possui credibilidade, complexidade e poder simbólico suficientes para permitir que o indivíduo organize a vida em função dela.

O Fim da Educação; Postman, Neil

Em “Sem eles, a escola é inútil”, o termo em destaque recupera, por coesão anafórica:

Alternativas
Comentários
  • gaba D

    "Para que a escola faça algum sentido, os jovens e os seus pais e professores deverão ter um deus a quem servir ou, se possível, vários deuses. Sem eles, a escola é inútil"

    retoma anaforicamente o termo antecedente Deuses

    pertencelemos!


ID
5155552
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para que a escola faça algum sentido, os jovens e os seus pais e professores deverão ter um deus a quem servir ou, se possível, vários deuses. Sem eles, a escola é inútil. O famoso aforismo de Nietzsche torna-se aqui relevante: “Aquele que sabe por qual razão viver poderá suportar quase qualquer como”. Isto é válido tanto para a aprendizagem como para a vida. Muito simplesmente, não há modo mais certo de levar o ensino ao seu fim do que não o dotar de um fim. (...) Um deus, no sentido em que uso a palavra, é o nome de uma grande narrativa, uma narrativa que possui credibilidade, complexidade e poder simbólico suficientes para permitir que o indivíduo organize a vida em função dela.

O Fim da Educação; Postman, Neil

Coesão por elipse consiste no apagamento de um termo do enunciado, uma vez que ele fica subentendido no contexto em que ocorre. Assinale a alternativa em que esse mecanismo de coesão ocorre.

Alternativas
Comentários
  • gaba C

    "Aquele que sabe por qual razão viver (ele)poderá suportar quase qualquer como."

    pertencelemos!


ID
5155555
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal:

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica.

  • Os relativos cujo(s) e cuja(s) expressam posse, vinculando um termo antecedente "possuidor" a um termo consequente "possuído", concordando com este em gênero e número.

    ex: O jogador cujo contrato expirou precisa de um seguro. (Relação de posse entre jogador e contrato)

    B)Este é o edifício contra cuja construção todos se posicionaram.(Relação de posse entre contra e construção) correto

    OBS: Fixe que os relativos quem e cujo(e flexões: cuja, cujos, cujas) não admitem artigo, razão pela qual nunca há crase diante de tais pronomes.

    Gramática de A a Z - Alexandre Soares

  • B)Este é o edifício contra cuja construção todos se posicionaram. ✅

    todos se posicionaram contra cuja

    todos se posicionaram contra o edifício

    Pronome relativo ''cuja'' está fazendo referência a posse da construção do edifício.

  • Assertiva B

    Este é o edifício contra cuja construção todos se posicionaram.

  • gaba B

    "Este é o edifício contra cuja(o qual a) construção todos se posicionaram"

    o pronome cuja expressa sentido de posse e possuído.

    pertencelemos!

  • Ninguém sabe os erros das demais alternativas?

    Fiquei entre "A e B" e ainda não achei o erro da primeira.

  • No caso da letra A, eu compreendi a questão, fazendo o seguinte raciocínio: colocando a segunda oração na ordem direta. A cidade toda é vista de onde? Da cobertura do apartamento. Então, parece que antes do CUJA, devia ter a preposição DE. Então, seria: DE cuja cobertura se avista a cidade toda.

  • Tentando ajudar:

    b) Este é o edifício contra cuja construção todos se posicionaram.

    Diante do " Cujo (A) " Sempre verifique quem solicita a preposição e

    dê a preposição antes do cujo

    Todos se posicionaram contra algo

    ---------------------------------------------------

    c) Moramos no apartamento de cuja decoração todos se referem.

    Não há solicitação da preposição " de"

    Todos se referem " a" algo

    o apartamento a cuja decoração todos se referem

    ------------------------------------------------------

    d) Reformamos o apartamento de cuja história todos conhecem.

    Não há solicitação da preposição " de"

    Todos conhecem / algo ..

    ---------------------------------

    Algum equívoco? Mande-me mensagem... Bons estudos!

  • Gabarito: B


ID
5155558
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o acento indicador de crase esteja usado adequadamente.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    A educação, em sua função primordial, diz respeito, fundamentalmente, à formação profunda, inerente à (A) toda a humanidade.

    Fundamentação: Não se usa crase antes de pronomes indefinidos - Ex. algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.

  • Fundamentação: Não se usa crase antes de pronomes indefinidos - Ex. algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.

  • gaba A

    procure trocar a palavra feminina por masculina e se aparecer o AO, vai crase!

    "é que se peça à Diretoria Regional de Educação Básica a fundamentação teórica referente à formação do corpo docente."

    "é que se peça AO Diretor Regional de Educação Básica a fundamentação teórica referente AO Ensino do corpo docente.

    pertencelemos!


ID
5155561
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas, na ordem em que aparecem.

Amansam-se as plantas pela cultura e os homens pela educação. Se o homem nascesse grande e forte, seu porte e sua força seriam inúteis até que ele tivesse aprendido a deles servir-se. Ser-____ - iam prejudiciais, impedindo os outros de pensar em assisti-____ e, abandonado a si mesmo, ele morreria de miséria antes de ter conhecido suas necessidades.


Emílio, ou Da Educação; JEAN-JACQUES ROUSSEAU

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFICIAL - A

    Substituem Objetos diretos:

    O (s) , A (s)

    No (S) , Na (S) - Verbos terminados em som nasal.

    Lo(S) , La (S) - Verbos terminados em R, S, Z.

    Substituem Objetos indiretos:

    Lhe (S)

    --------------------------------------------------

    I) Se o homem nascesse grande e forte, seu porte e sua força seriam inúteis até que ele tivesse aprendido a deles servir-se. Ser ( LHE ) - iam prejudiciais (......)

    Seria prejudicial / a alguém - Ao Homem

    II) pensar em assisti-( LO )  e, abandonado

    [OBSERVAÇÃO ]

    O VERBO ASSISTIR NO SENTIDO DE VER É VTI .

    NO SENTIDO DE AJUDAR / PRESTAR ASSISTÊNCIA É VTD

    Bons estudos!

  • gaba A

    Ser-LHE- iam prejudiciais, impedindo os outros de pensar em assisti-LO e, abandonado a si mesmo, ele morreria de miséria antes de ter conhecido suas necessidades.

    Objeto direto → Lo, La, Los, Las, No, Na, Nos, Nas.

    objeto indireto → Lhe, Lhes.

    pertencelemos!


ID
5155570
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pessoa que não sabe o que quer, quando entra em uma livraria, entra também em um estado de desespero. Se vai a um restaurante self-service, fica desesperada. Quando vai a um rodízio, essa coisa bem brasileira (espeto corrido, como se diz no Sul), só pode ser um local de fruição e aproveitamento se tiver critério de seleção. Do contrário, se for aceitando tudo o que vier, no máximo vai ficar empanturrada em 15 minutos. O indivíduo se depara hoje com um excesso de oferta, sua única possibilidade para criar um anteparo, uma capacidade de aproveitamento menos alienado e robótico, é através de critérios de seleção. Talvez a advertência mais séria seja aquela feita pelo gato para Alice, a do País das Maravilhas: ela pergunta para onde vai a estrada, ao que o bicho questiona para onde a moça quer ir. Ela responde que não sabe para onde vai — então qualquer caminho serve.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/08/mario-sergio-cortellanao-basta-ter-informacao-e-preciso-saber-o-que-fazer-com-ela.html

Sobre a passagem “Talvez a advertência mais séria seja aquela feita pelo gato para Alice, a do País das Maravilhas” e os termos em destaque, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O modo subjuntivo é aquele que apresenta o fato, a ação, mas de maneira incerta, imprecisa, duvidosa ou eventual. Este é o modo verbal exigido nas orações que dependem de outros verbos.

    Exemplo: Talvez ele chegue mais tarde.

  • gaba A

    1) esse pra mim é um dos melhores livros já escritos na seara infantil, perde apenas para o pequeno príncipe.

    2) O texto exprime uma dúvida, uma incerteza por parte do interlocutor.

    indicativo → exprime certeza

    imperativo → exprime ordem

    subjuntivo → exprime um dúvida

    pertencelemos!


ID
5155573
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pessoa que não sabe o que quer, quando entra em uma livraria, entra também em um estado de desespero. Se vai a um restaurante self-service, fica desesperada. Quando vai a um rodízio, essa coisa bem brasileira (espeto corrido, como se diz no Sul), só pode ser um local de fruição e aproveitamento se tiver critério de seleção. Do contrário, se for aceitando tudo o que vier, no máximo vai ficar empanturrada em 15 minutos. O indivíduo se depara hoje com um excesso de oferta, sua única possibilidade para criar um anteparo, uma capacidade de aproveitamento menos alienado e robótico, é através de critérios de seleção. Talvez a advertência mais séria seja aquela feita pelo gato para Alice, a do País das Maravilhas: ela pergunta para onde vai a estrada, ao que o bicho questiona para onde a moça quer ir. Ela responde que não sabe para onde vai — então qualquer caminho serve.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/08/mario-sergio-cortellanao-basta-ter-informacao-e-preciso-saber-o-que-fazer-com-ela.html

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    A) CERTO Talvez houvesse várias questões internas a serem resolvidas urgentemente.

    B) ERRADO ExisteM, como sempre se soube, várias possibilidades de solução das disputas.

    C) ERRADO Neste caso, o verbo principal de 'há de existir' é EXISTIR', que sempre concordará com o sujeito. Seu auxiliar, qualquer que seja o verbo, e neste caso é o verbo HAVER, comporta-se como ele, ou seja, concorda com o sujeito. Logo a frase correta é:

    "HÃO de existir pessoas dispostas a lutar pelos ideais mais altos".

    D) ERRADO O correto é o verbo “fazer” no singular (“faz”), pois, quando indica tempo, esse verbo se torna impessoal e invariável, isto é, deve ser usado apenas no singular. Assim, o correto é escrever:

    "Considerando tudo, já FAZ dez anos que a escola foi erguida".

  • gaba A

    HAVER → no sentido de existir, será sempre invariável.

    ex.: Há(existem) várias pessoas interessadas em melhorar de vida através do concurso público

    HAVER → no sentido de fazer, será variável.

    ex.: Eles HAVIAM(tinham) feito uma bela prova.

    FAZER → no sentido de tempo decorrido, será invariável.

    ex.: já faz 03 anos que eu estudo para concursos.

    pertencelemos!

  • Pessoas estão dispostas a lutarem e não lutar

  • Complemento..

    casos em que o verbo haver irá flexionar :

    Quando na função de verbo auxiliar (que indica pessoa, tempo e modo verbal = sinônimo de “ter”

    Eles haviam chegado cedo.

    No sentido de “obter”, “considerar”, “lidar”, ainda que esses usos sejam menos recorrentes:

    Houveram (= “obter”)  do juiz a comutação da pena (sujeito: “comutação da pena”).

    Nós havemos (= “considerar”) por honesto. (sujeito: “nós”)

    Os alunos houveram-se (= “lidar”) muito bem nos exames. (sujeito: “os alunos”)

    http://escreverbem.com.br/como-flexionar-o-verbo-haver-2/

    -----------------------------------------

    Bons estudos!


ID
5155576
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ana demora 45 minutos na confecção de uma boneca e Bruna demora 1 hora. Se as duas iniciarem o trabalho às 8:00, qual o horário em que as duas terão terminado simultaneamente a confecção de uma boneca?

Alternativas
Comentários
  • 1h= 60 minutos

    45, 60 fatorados= 180, ou seja, 3 h

    3h+8h= 11h

  • gaba B

    temos que fatorar através dos números primos pelo MMC.

    45, 60 | 2

    45, 30 | 2

    45, 15 | 3

    15, 5 | 3

    5, 5 | 5

    1, 1 → (2.2.3.3.5 = 180)

    se encontrarão novamente em 180 minutos, ou seja, 3horas

    9,10, 11 horas

    pertencelemos!


ID
5155579
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

André, Bernardo e Carlos têm uma loja de materiais de construção que, essa semana, obteve lucro de R$ 7.280,00. Para serem justos, os três resolveram dividir o dinheiro diretamente proporcional aos dias de trabalho de cada um por semana. Sabendo que André trabalhou 3 dias, Bernardo 4 dias e Carlos 7 dias, quanto receberão, juntos, André e Carlos?

Alternativas
Comentários
  • gaba C

    temos que fazer pelo sistema de partes.

    o total são 14 dias.

    7280$ divididos por 14 dias = 520$ cada dia.

    André → 3 dias

    bernardo → 4 dias

    Carlos → 7 dias

    7 dias + 3 dias = 10 dias de 520$ = 5200$

    pertencelemos!


ID
5155594
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma televisão de 40’’ custa R$ 1.600,00 à vista. Na venda a prazo, a loja cobra juros de 12% ao ano, na modalidade de juros simples. Ao comprar essa TV em 18 parcelas, qual será aproximadamente o valor de cada parcela?

Alternativas
Comentários
  • .: i = 12% ao ano

    ou i = 1% ao mês

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Js = ( C * i * t ) / 100

    Js = ( 1600 * 1 * 18) / 100

    Js = 288

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    M = C + J

    M = 1600 + 288

    M = 1888

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Para achar o valor da Parcela basta dividir o Montante pelo total de meses:

    Parcela = 1888 / 18

    Parcela = 104,88

    aproximadamente,

    R$ 105,00

    Gabarito B

  • gaba B

    ele quer o cálculo dos juros simples + capital.

    ou seja, ele quer o montante.

    Fórmula → M = C + J

    J = C.i.t/100

    J = 1600. 1. 18/100

    J = 188 → valor do juros em 18 meses.

    _______________________

    M = 1600 + 188

    M = 1888

    1888/18 = 105 ~

    pertencelemos!

  • 12% ao ano, sendo que foram 18 meses, então 1 ano e 6 meses.

    12%+6% (dos 6 meses)=18%-0,18

    0,18x1600=288

    1600+288=1888

    1888/18=104,888...

    105

    Alternativa B

  • Pra fazer vc marcar letra c e errar a questão.kkkkk


ID
5155597
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A bola chutada por um goleiro fez uma parábola em sua trajetória, correspondente à equação -x2 + 5x = 0. A que distância a bola toca o chão?

Alternativas
Comentários
  • Algum professor? Poderia explicar porque Xv não deu 2,5?

  • Então irmão, nesta questão não precisa necessariamente calcular o vértice...Como ele queria a distância e não a altura, eu fiz a equação do 2° grau normal e levei em conta a maior raiz, que no caso foi 5.

  • Eu achei o resultado dessa forma.

    Coloquei o "X" em evidência.

    x (-x + 5) = 0

    x = 0

    -x + 5 = 0

    -x = - 5

    x = 5

  • 2,5 é a metade da reta

  • se voce encontrou o x do vertice, como 2,5 tem que multiplicar por 2 pois o x do vertice corta a reta no meio gente....


ID
5155600
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O volume de uma lata cilíndrica é de 540 mililitros. Se a altura da lata é de 20 centímetros, qual é o diâmetro de sua base? (dados: π = 3)

Alternativas
Comentários
  • V = Área da base x Altura

    V = π . r^2 . h

    540 = 3 . r^2 . 20

    540 = 60 r^2

    540/60 = r^2

    9 = r^2

    r = 3

    Diâmetro = 2r

    D = 6

  • gaba B

    vamos descobrir o raio e multiplicar por 2 (visto que o raio é metade do diâmetro)

    V = π.R².h

    sendo π = 3

    sendo h = 20(altura)

    540 = 3. R². 20

    540 = 60.R²

    R² = 540/60

    R² = 9

    R = raiz quadrada de 9 = 3

    R = 3

    se o Raio é de 3, o diâmetro é o dobro = 6cm.

    pertencelemos!


ID
5169406
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei nº 3.617/13 estabelece diretrizes para o período de estágio probatório dos servidores do magistério público municipal. Segundo a lei, o estágio terá:

Alternativas

ID
5171779
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Em “Não existe receita”, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A primeira coisa é procurar o sujeito da frase.

    • Que(m) é que + verbo?
    • Que é que se + verbo?

    Nesse caso: que é que não existe? Receita.

    Receita não existe.

    Logo, gabarito letra A.

  • A alternativa A está linda de mais. e é o nosso gabarito.

ID
5171782
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

As orações, tanto as subordinadas quanto as coordenadas, estabelecem relações significativas entre si. Assim, na passagem "Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos”, sobre os termos em destaque, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • troca "que" por "qual" pronome relativo

  • GABARITO C

    Achei difícil essa questão, não entendi o porquê de ser pronome relativo. Por gentileza se algum colega souber e puder comentar para nos ajudar.

    Bons estudos!

  • também não entendi

  • O pronome relativo que está retomando o pronome demonstrativo o que foi aglutinado em pelo (por + o)

    É o mesmo que: "Você educa por AQUILO que diz, por AQUILO que omite, por AQUILO que faz.."

    Sempre que o o puder ser substituído por aquilo, ele será pronome demonstrativo.

    Assim, analisando somente o primeiro caso, já que os demais serão iguais:

    Você educa por aquilo. Você diz aquilo. >> unindo as orações com o pronome relativo: "Você educa por aquilo que diz" , que é o mesmo que "Você educa pelo que diz", retornando com o pronome demonstrativo original. Podemos, ainda, dizer a respeito da função sintática do pronome relativo. Como o aquilo na segunda oração é objeto direto, o que na oração subordinada tem função sintática de objeto direto.

  • Apenas P.R ( pronome relativo) introduz orações subordinadas adjetivas.

  • O correto não seria: você educa por isso( trocando o que por isso)? Não entendi essa questão
  • GABARITO: C

    Pronome Relativo: Tem duas funções:

    -Introduz Oração Subordinada Adjetiva

    -Retoma o termo anterior

    Restritiva: NÃO há pontuação

    Explicativa: TEM pontuação

    O PRONOME RELATIVO pode ser de:

    COESÃO REFERENCIAL: (pegará a função de sujeito, retoma o antecedente)

    [O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS]

    COESÃO SEQUENCIAL: (acrescenta novas informações)

    Ex: Sou o que sou (Sou aquilo que sou) substituído por [O,A, OS, AS +QUE, AQUILO, AQUELE]

    OBS: Sintaticamente sempre vai exercer função de ADJUNTO ADNOMINAL

  • Não sei se consigo ajudar, mas:

    Toda oração subordinada adjetiva vem precedida de pronome relativo que.

    Sei que a oração é subordinada adjetiva quando é possível se substituir o "que" pelo qual.

    Caso não fosse possível substituição seria uma conjunção integrante (que antecede orações subordinadas substantivas).

    Que é um pronome relativo quando:

    • substitui um substantivo, evitando a sua repetição;
    • estabelece uma relação com o substantivo que substitui;
    • aparece após o substantivo que substitui;
    • pode ser substituído por o qual, a qual, os quais ou as quais. ()

    DICA:

    Que: após substantivo = pronome relativo.

    Que: após verbos = conjunção integrante.


ID
5171785
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

As conjunções, às vezes, estabelecem significados diferentes do usual. É o que acontece no fragmento “Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro”. A conjunção em destaque, no contexto em que ocorre, estabelece ideia de:

Alternativas
Comentários
  • "e" troca por "mas" adversidade

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção em destaque em “Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro”. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Adição

    Errado. Nesse caso, a conjunção "e" não está com valor aditivo, mas, sim, adversativo.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    B) Causa

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    C) Adversatividade

    Certo. Nesse caso, o "e" tem valor de adversidade e equivale a "mas". Em relação à questão, temos: “focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e (= MAS) não ao ser humano maduro”. Ou seja, na educação, focar apenas em sorrisos irá atender ao aluno-consumidor, mas não irá atender a um ser humano maduro, que sabe que a vida não só é feita de sorrisos.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

    • A conjunção aditiva "e" pode aparecer com valor adversativo, como em "Sofrem duras privações e [= mas] não se queixam."; "Quis dizer mais alguma coisa e [= mas] não conseguiu." (Jorge Amado); "É ferida que dói e [= mas] não se sente. (Camões)".

     .

    D) Comparação

    Errado.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5171788
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Considerando a passagem “ (...) não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins (...)”, se o autor optasse por dar um tom de impessoalidade ao fragmento, teria a opção de usar a voz passiva sintética – também chamada de pronominal. Além disso, poderia pluralizar o termo em destaque a fim de que ocorresse a generalização e, assim, a ampliação do alcance semântico e do poder argumentativo. Assinale a alternativa reescrita dentro da norma-padrão, seguindo essas orientações e mantendo o sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    Vá direto ao final de cada frase nos itens.

    " Educa-se seres únicos, especiais, parte das biografias, todavia autônomo nas coisas boas e ruins (...)".

    Analise o seguinte: quem educa, educa algo ou alguém. (objeto direto) o VERBO educar deveria concordar com SERES

    Então, seria EDUCAM-se seres.

    Daí já excluam B e D

    Volte para o início de cada frase.

    na frase original: "não educo..." O verbo está na primeira pessoa do singular (EU não educo.)

    Além disso, a frase:  parte da biografia... Deveria estar no PLURAL (partes das biografias)

    Logo, não se pode começar as outras frases no plural, já que o comando da questão pede apenas que a palavra SER sofra a alteração de singular para o plural.

    Erros? Avisem-me

    "Você consegue se acreditar que consegue"

  • A segunda forma do verbo educar poderia ser reescrita assim: seres únicos são educados.

    Já a primeira parte do verbo educar, temos a oração principal, "não se educa" com o verbo educar intransitivo, portanto, há índice de indeterminação do suj. Se estiver errado, por favor, corrijam.


ID
5171791
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Na passagem “A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho”, o termo em destaque poderia ser substituído, sem alteração de sentido e fazendo-se as adaptações necessárias, por:

Alternativas

ID
5171794
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Assinale a alternativa em que a palavra foi formada por parassíntese.

Alternativas
Comentários
  • gabarito C - enriquecer - pelo mesmo motivo da palavra empobrecer explicado a seguir...

    As palavras derivam-se por prefixação, sufixação, prefixação e sufixação, parassíntese e, ainda, derivação imprópria ou regressiva. Em nosso estudo, enfocaremos os processos de derivação parassintética e derivação prefixal e sufixal.

    Pensemos na palavra entardecer, ela é primitiva ou derivada? Considerando o significado dessa palavra, é possível entender que ela é derivada, pois se originou da palavra tarde, considerada primitiva, porque é a origem. A seguir, dividiremos a palavra entardecer em morfemas para facilitar o estudo.

    ENTARDECER

    • Todo afixo colocado antes do radical recebe o nome de prefixo (destacado de azul);
    • O morfema que transmite a informação lexical é o radical; no exemplo, está em vermelho;
    • sufixo (destacado em verde) aparece sempre após o radical.

    A presença dos afixos (prefixo e sufixo) na palavra entardecer indica que ela é derivada, mas por qual processo? Pela parassíntese ou derivação prefixal e sufixal?

    O primeiro passo é entender o que há em comum entre os dois processos. Ambos são formados através do uso de prefixo e sufixo. Veja alguns exemplos e perceba que em todos os dois afixos aparecem:

    1. Infelizmente;
    2. Empobrecer;
    3. Anoitecer;
    4. Ensaboar.

     Agora, analisemos em que se diferenciam. No primeiro exemplo, a palavra primitiva é feliz. Existe a palavra infeliz? E se eliminarmos só o prefixo, existe felizmente? Sim, ambas as palavras fazem parte do nosso léxico. Se fizermos o mesmo processo com a palavra empobrecer, continuará fazendo sentido se eliminarmos um dos afixos? Analise:

    Empobre pobrecer

    Claro que o sentido da palavra ficou comprometido sem os afixos. Está aqui a diferença entre a derivação parassintética e a prefixal e sufixal. Na parassíntese, é impossível retirar um dos afixos sem que haja perda de sentido. Já no segundo processo, é possível retirar um deles e, ainda assim, a palavra manter seu significado.

    Sintetizando:

    Derivação parassintética ou parassíntese = não é possível retirar os afixos.

    Derivação prefixal e sufixal = permite a retirada de um dos afixos.

    https://www.preparaenem.com/portugues/parassintese-ou-derivacao-prefixal-sufixal.htm

  • gab. C.

    rapidinho...

    a derivação parassintética ocorre quando é adicionada um prefixo e um sufixo à palavra e, na retirada de um desses, a palavra deixará de existir.

    ex: Anoitecer (caso eu retire um prefixo ou sufixo a palavra deixar de existir). Assim como Enriquecer.

    FICA LIGADO!

    Existe a derivação prefixal e sufixal em que é adicionada à palavra um prefixo e um sufixo, porém, se eu retirar um deles, a palavra ainda existirá.

    ex: incapacidade

  • GABARITO - C

    Enriquecer

    Na derivação parassintética a retirada de um dos afixos ( Prefixo / Sufixo ) compromete

    a existência da palavra.

    EX:

    Enraivecer

    Raivecer ❌ 

    Na derivação prefixal e sufixal a retirada de um dos afixos não compromete a existência da palavra.

    Infelizmente

    Felizmente 

    Infeliz 


ID
5171797
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Na passagem “Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância”, sobre as palavras em destaque, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa b

    Todas têm o mesmo prefixo, cujo significado traduz ideia de negação -> esse prefixo -i, -in que dá essa ideia de negação.

    Os sufixos de todas as constituem como substantivos abstratos - Os substantivos abstratos não têm existência própria.

    O substantivo abstrato dá nome a sentimentos, qualidades/defeitos, sensações, ações e estados.

    Perceba que imaturidade, inconstância, incapacidade não tem existência própria e dá nome a defeitos.


ID
5171800
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Em “São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente”, o que é o termo em destaque?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C


ID
5171803
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Quanto ao gênero textual desenvolvido, pode-se afirmar que o texto acima, considerando todos os elementos constitutivos de sua produção, é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa c

    O artigo de opinião tem o objetivo de informar e persuadir o leitor. Sempre com autor definido.

    Perceba que quem escreveu foi Leandro Karnal, então não poderia ser editorial.

    O editorial não tem autor definido, é uma opinião do veículo de comunicação.


ID
5171806
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

O texto é um todo em que as partes se relacionam solidariamente e, por isso, o sentido das palavras muitas vezes vem esclarecido pelo contexto em que elas estão inseridas. Assim, o termo hipster, no título, é elucidado pela passagem:

Alternativas

ID
5171809
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Considerando o fragmento “A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores” e o gênero textual em que está inserido, é correto dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

  • A alternativa correta da questão duma prova para professor tem erro gramatical. rsrs

    (B)Os substantivos se sobressaem, pois a passagem tem por finalidade a discussão de ideias e conceitos.

    O emprego do se é proibido, pois tal verbo não aceita pronome oblíquo.


ID
5171812
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Educação hipster ou não?


Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

20 de fevereiro de 2019 | 02h00


O ano letivo engrena e chega a um novo momento para pensar na imensa tarefa de educar. Se você é mãe ou pai responsável, deve ter medo. Se você for um professor de qualidade, pode estar apreensivo.

Quem sabe a responsabilidade da escola na definição do futuro de alguém tem apreensões.

Não existe receita. Vamos trazer dados objetivos para que cada mãe e cada pai, cada escola e cada professor possam acrescentar sua visão de mundo e complementar (ou contradizer) o que proponho a seguir.


1) Alguém é educado da mesma maneira que alguém peca na liturgia católica: “Por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Você educa pelo que diz, pelo que omite, pelo que faz e até por pensamentos, já que eles provocam marolas no olhar ou são pais de gestos concretos. Ao dirigir, você está educando um filho que está na cadeirinha do banco de trás. Ao entrar na sala de aula, sua roupa, seu tom de voz, sua postura, seu sorriso ou seu azedume estão educando. O chamado “currículo oculto” é, quase sempre, o mais poderoso da educação.


2) Educação deve ser um equilíbrio entre o prazer lúdico que produz muito conhecimento e, por vezes, a insistência do esforço que não está acompanhado de resultado imediato. Focar em sorrisos 100% do tempo atende o aluno-consumidor e não ao ser humano maduro. É errado supor que tudo deva ser sofrimento e equivocado dizer que só tem valor quando fazemos com gargalhadas. A “chatice” nunca é um bom projeto, mas o gosto do esforço deve e pode ser estimulado.


3) A sala de aula e as atividades culturais declaradas são importantes, porém existe a autonomia do indivíduo. O desejo de consumo, por exemplo, é quase igual para todos os alunos ao emergirem do Ensino Médio. Nenhuma aula disse que o smartphone X era o melhor, mas o mundo inteiro disse algo assim. Isso deve nos deixar um pouco menos preocupados: fazemos muito, não controlamos tudo. Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores.


4) Muitos pais de classe média e alta dão celulares bem cedo para os filhos sob o argumento de que “todos os colegas possuem um”. A ida para a Disney segue lógica similar. Uma roupa da moda acaba sendo imposta porque a criança/adolescente ficaria deslocada/do em outro traje. Quem pensa assim está produzindo uniformidade, time, torcida ou batalhão militar. Uma parte do sucesso no futuro dependerá de autonomia, inteligência, originalidade. Em resumo, querer tudo igual torna seu filho e sua filha iguais em demasia e, como tal, mais aptos à repetição. Ser “hipster” no sentido original e positivo da palavra, é uma estratégia boa de sucesso. Pensar de forma autônoma dá mais futuro.


5) Se alguém de 14 anos fosse maduro e equilibrado, soubesse aprender por si e fosse sábio, pais e professores poderiam ser dispensados. Um médico é procurado por doentes. Educar é lidar com imaturidade, inconstância, crises artificiais, egoísmos, narcisos feridos, incapacidade de ver o outro e uma insegurança brutal que se traveste de arrogância. Pais e mães têm poder sobre os filhos porque os filhos necessitam do poder. São seres únicos, ainda que sejam na teoria e na prática incapazes judicialmente. Professores estão ali para fazer parte do processo longo, penoso e desgastante de pressionar o carvão para que surja algum diamante. É por serem difíceis que a criança e o jovem necessitam de você.


6) Não cansarei de repetir: não educo para suprir dores da minha educação, para sublimar o que ouvi no passado ou para ressignificar minhas frustrações. Educo um ser único, especial, parte da minha biografia, todavia autônomo nas coisas boas e ruins. Educo para o futuro, educo-me junto, reaprendo valores, entendo que gerações anteriores tinham vantagens e defeitos e, por fim, pratico a suprema lição ecológica: amparar o animal selvagem ferido é, exclusivamente, para reinseri-lo na natureza. O grande objetivo de toda educação é liberar o educando no mundo selvagem e complicado. O cativeiro protege e imbeciliza. A jaula é desejo de controle do proprietário, raramente um anelo do bicho. Bichos/animais no mesmo parágrafo que alunos e filhos? Se alguma fera lê o Estadão eu peço desculpas. Foi um pleonasmo didático.


7) Há pais, professores, mães e outros educadores que criam fronteiras e regras bem demarcadas. Há quem prefira laços mais frouxos. Há os que ligam de meia em meia hora e há os que se controlam. As linhas variam e dependem de muitos fatores. Só existe uma questão que jovens não perdoarão no futuro: a indiferença. Dá para superar um pai controlador, difícil encarar o omisso. Educar é um projeto enorme e duradouro. Já escrevi que há mais gente fértil no mundo do que vocações autênticas de pai e de mãe. Há mais gente com diploma de licenciatura do que professores de verdade. Sua linha pode variar. O que nunca será esquecido é se você esteve presente, integral, empenhado e com todo o seu corpo e alma no momento. Pode errar junto, nunca distante.


A escola e a família podem muito, mas não podem tudo. Você é responsável e seu papel fundamental, todavia o mundo lhe excede, o futuro não lhe pertence e o ser humano não é determinado pelos pais e professores. Tente fazer o melhor, haverá erros e lacunas enormes, mas tudo pode ser reparado se existiu um projeto genuíno de estimular liberdade, conhecimento, curiosidade e valores coerentes. O resto? Devemos dar uma chance profissional a terapeutas e psicólogos. A vida sempre será o maior professor de todos nós. É preciso ter esperança.


FONTE: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-hipster-ou-nao,70002727727

Na frase “Nem todos os desejos e as repulsas dos alunos derivam do gosto dos pais ou da orientação dos professores”, os termos em destaque configuram qual figura de linguagem?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA


ID
5171815
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que os termos em destaque estejam corretamente classificados.

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Só existe uma questão (sujeito) - o que existe?

    que (objeto direto) jovens não perdoarão no futuro - quem perdoa perdoa alguém


ID
5171818
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica.

  • ALTERNATIVA A: QUEM SE POSICIONA, SE POSICIONA "CONTRA! ALGUMA COISA CORRETO

    ALTERNATIVA B: QUEM SE REFERE , SE REFERE "A" ALGUMA COISA ERRADA

    ALTERNATIVA C: OBEDECIA "A" ALGO ERRADA

    ALTERNATIVA D: GOSTAR "DE" ALGO ERRADA

  • Mateus, aproveitando as informações do comentário da Juliana, você conseguiria resolver esta questão aplicando uma regra que diz que  "os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar."

    Aplicando então essa regra, você consegue resolver a questão facilmente, veja:

    a) Quem se posiciona, posiciona-se contra algo ou alguma coisa

    Alguns apenas leram o livro contra cujo autor a classe se posicionou. (o "contra" deve preceder ao pronome relativo "cujo", conforme a regra acima mencionada). (CORRETO)

    b) Quem se refere, refere-se a algo ou a alguma coisa.

    Alguns apenas leram o livro cujo autor a mídia se referia elogiosamente. (ERRADO)

    Alguns apenas leram o livro a cujo autor a mídia se referia elogiosamente. (CORRETO)

    c) Quem obedece, obedece a algo ou a alguém

    Alguns apenas leram o livro cujos aforismas a maioria obedecia. (ERRADO)

    Alguns apenas leram o livro a cujos aforismas a maioria obedecia. (CORRETO)

    d) Quem gosta, gosta de algo ou de alguém.

    Alguns apenas leram o livro cujo estilo a crítica gostou (ERRADO)

    Alguns apenas leram o livro de cujo estilo a crítica gostou (CERTO)

    OBS: caso alguém queira fazer alguma correção, manda mensagem, por favor. Bons estudos!

    <referência: https://portuguessemmisterio.com.br/2015/08/05/preposicao-antes-de-pronome-relativo/>

  • Gabarito: A

    Alguns apenas leram o livro contra cujo autor a classe se posicionou.

    Alguns apenas leram o livro a cujo autor a mídia se referia elogiosamente.

    Alguns apenas leram o livro a cujos aforismas a maioria obedecia.

    Alguns apenas leram o livro de cujo estilo a crítica gostou.

    Mais exemplos

    Alguns apenas leram o livro a cujo estilo o professor aspirou.

    Alguns apenas leram o livro com cujo estilo o professor simpatizou.

    alguns apenas leram o livro de cujo estilo o professor gostava.

    Vale ressaltar que o pronome relativo cujo nunca é seguido de artigo.

    Abraços.


ID
5171821
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre o ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental, a Constituição Federal de 1988 afirma que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Art. 210. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    FONTE: CF 1988

  • gab. B

    Art. 210, parágrafo 1º - o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais de escolas públicas de ensino fundamental.


ID
5171824
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, cabe ao Poder Público:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Art 5

    § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.


ID
5171827
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao afirmar seu compromisso com a educação integral, a Base Nacional Comum Curricular reconhece:

Alternativas
Comentários
  • A) A complexidade e a não linearidade do desenvolvimento humano, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual ou a dimensão afetiva.


ID
5171830
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, em relação aos currículos e às propostas pedagógicas, o que compete aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência?

Alternativas
Comentários
  • "cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora".

    (BRASIL, 2018, p. 19).

    gabarito: c


ID
5171833
Banca
IPEFAE
Órgão
Prefeitura de Campos do Jordão - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Conforme às determinações o Decreto nº 7.575/16, do Município de Campos do Jordão, analise as frases abaixo e assinale a alternativa correta.

Alternativas