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Prova CIAAR - 2013 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmacêutico Hospitalar


ID
1516318
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Tendo em vista a construção de sentido no texto, a alternativa cujo conteúdo melhor sintetiza a mensagem proposta pelo texto é

Alternativas
Comentários
  • Comentários a respeito da questão:

     

    A resposta é a alternativa "A". Mas muitos colegas podem achar que a alternativa "C" também pode ser correta, na excência do texto dá para entender como se referindo ao jornalista como sendo um ninguém.

  • Para mim, trata-se de uma questão polêmica e muito passível de recurso. Haja vista, que tanto o padeiro quanto o jornalista, são profissionais cujos produtos oriundos do seu mister profissional, abastecem a mesa e a cultura dos brasileiros.

  • Quando verifica-se aspectos subjetivos do texto, como a proposta pela questão, deve-se abster de elementos textuais que comprovam tais ideias. A princípio, eu não tinha conseguido encontrar tais elementos. Mas, nos trechos "E as vezes me julgava importante [..]" e "eu recebi a lição de humildade daquele homem [...]", fica clara a ideia de uma subestimação da profissão de jornalista (profissão do eu lírico). No primeiro trecho o eu lírico deixa claro que não era importante, apenas se achava importante e pôde perceber isso com o passar dos anos. No segundo trecho, trata-se de uma lição que ele aprendeu com aquele humilde padeiro: de que ambos não eram importantes, não eram ninguém.

     

    Portanto, o enunciado solicita a marcação da alternativa cujo conteúdo melhor sintetiza a mensagem proposta pelo texto. Muito bem, basta agora identificar a mensagem mais importante do texto. Pela sua leitura, pude perceber que a mensagem de que "toda profissão é importante" é evidente desde o início do texto, ao relatar sobre ter que comer pão dormido ("Está bem. Tomo o meu café com pão dormido [...]"), não dar importância para a greve ("[...] não sei bem o que [...]". Além da mensagem de que tanto o padeiro como o jornalista não são importantes, o texto também dá mensagens sobre humildade e felicidade. Mas como posso depreender a mensagem principal do texto? A ideia principal é a ideia que está presente em mais de uma parte do texto. Analisando melhor a situação do primeiro parágrafo, percebe-se que o eu lírico apenas percebeu a importancia do padeiro quando faltou o pão fresco do dia. Pode-se inferir aqui que a mensagem do primeiro parágrafo é a de que o padeiro não tem importância. Agora, logicamente, a mesma ideia estará contida quando o texto comparar o jornalista como padeiro. Isso é percebido no antepenúltimo parágrafo com o trecho "[...] eu também, como os padeiros [...]". A mesma ideia encontra-se também no penúltimo parágrafo nos trechos já citados.

     

    Resposta: letra (A)


ID
1516327
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Analise sintaticamente a oração a seguir: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (8º§). Assinale a alternativa que apresenta a função, na oração anterior, desempenhada pela palavra destacada.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva correta: "D". Comentário:

     

    O predicativo do sujeito é o termo da oração que complementa e caracteriza o sujeito, atribuindo-lhe uma qualidade. Aparece apenas com o predicado nominal, juntamente com um verbo de ligação.

     

    A função de predicativo do sujeito pode ser desempenhada por:

    - Um adjetivo ou uma locução adjetiva:

    Exemplos:

    Mariana parece ansiosa.

    O pesadelo foi de assustar.

  • D

    Predicativo do sujeito.


ID
1516330
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


O trecho “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo." (1º§), possui uma pequena controvérsia, que não prejudica o texto, ao contrário, contribui para o entendimento de algo. Que controvérsia é essa?

Alternativas
Comentários
  • Correta: "A"

     

    A pequena controvérsia relatada no enunciado, está justamente no lockout, que conforme a literatura Trabalhista é a greve do patrões, uma coisa estranahs aos olhos de muitos por geralmente as greves serem realizadas pela massa operária.

     

    Obs: O lockout não é permitido no Brasil

     

     


ID
1516345
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Releia o trecho: “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” (7º§)

Qual é a relação entre a oração introduzida pela expressão sublinhada e a oração imediatamente anterior?

Alternativas
Comentários
  • Correta: C

     

    Confesso que não entendi muito bem a questão. Se alguém conseguir explicar, eu agradeço.

  • dá ideia de contraste, ele ia se explicar se fosse algum importante que é o que se espera no sentido, mas não era importante... nessa perspectiva aí!

  • Conjunções Subordinativas Concessivas indicam uma contrariedade, embora o fato se realize.

    A vida tem sentido embora absurda possa parecer

    Conjunções: Embora, conquanto, ainda que , mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, dado que.

    Resposta: C


ID
1516351
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir.

I. O verbo da frase “Vendem-se apartamentos na beira da praia” está na voz passiva.
II. Na frase “Era-se feliz naquele tempo” o verbo encontra-se na voz reflexiva, ou média.
III. Em “Nos abraçamos por um longo tempo” o verbo está na voz ativa.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Correta: B

     

    Vozes do Verbo

    Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:

    a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

    Por exemplo:

    Ele fez o trabalho.

     

    b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

    Por exemplo:

    O trabalho foi feito por ele.

     

    c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.

    Por exemplo:

    O menino feriu-se.

  • ....

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B)

     

    O exemplo apresentado na afirmativa I é um caso clássico de passiva sintética, portanto, está correto.

    Diferentemente, a II, “Era-se feliz...”, não possui verbo em voz reflexiva ou média, afinal, o verbo “ser” é de ligação, portanto, não reflete uma ação ou estado; assim, o “se” atua como índice de indeterminação do sujeito.

     

    Na afirmativa III há um equívoco, pois a frase apresentada está na voz reflexiva, visto que o ser a que o verbo se refere é, ao mesmo tempo, agente e paciente do processo verbal.

     

    Fonte: CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004.


ID
1516357
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à separação de suas sílabas.

Alternativas
Comentários
  • Correta: B

     

    Correções:

     

    a) dúc-til / fran-cis-ca-no / a-xi-o-ma

     

    c) fa-mi-li-ar / pa-ne-lei-ro / pas-sa-re-la

     

    d) co-a-du-nar / der-ra-dei-ro / ge-ri-a-tra


ID
1516360
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise a frase: “Não sei como ela chegou até aqui”. Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta para o trecho destacado.

Alternativas
Comentários
  • Correta: D

     

    A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.

    Por Exemplo:

    Todos querem sua aprovação no vestibular.
                                       Objeto Direto       

     

    As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:

    1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":

    Por Exemplo:

    A professora verificou se todos alunos estavam presentes.

     

    2-  Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:

    Por Exemplo:

    O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.

     

    3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:

    Por Exemplo:

    Eu não sei por que ela fez isso.

                               
                                                                                                         
    Todos querem         que você seja aprovado. (Todos querem isso)
    Oração Principal     Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

  • .....

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D)

     

     

    O verbo “saber” para ter seu sentido completado seleciona um complemento do tipo objeto direto, que indica aquilo que é sabido, ou não, se se tratar de uma frase negativa. É justamente essa informação que a oração destacada recorta. A oração não pode ser coordenada, porque ele não é independente, mas sim dependente sintática e semanticamente da outra oração presente no enunciado. Também não pode ser subordinada substantiva subjetiva, pois não informa aquele que (não) sabe. Esse, embora não esteja formalizado, é aferido pela presença da desinência número-pessoal presente no verbo “saber”.

     

     

    Fonte: CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004.

  • (Eu) Não sei como ela chegou até aqui

    Sujeito /V.T.D / O.D

    oculto

    Oração subordinada substantiva objetiva direta


ID
1516363
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Um texto argumentativo é aquele em que o autor se posiciona em relação a um determinado tema, defendendo tal posição com argumentos (de diferentes naturezas, como estatísticas, fatos, analogias) e concluindo-o com uma reflexão, uma solução, dentre outros. Tendo em vista a organização das ideias, assinale a alternativa que apresenta uma subdivisão adequada para as informações contidas no texto.

Alternativas
Comentários
  • Correta: D

     

    Eu errei a questão, pois marquei a alternativa "C", ao meu ver, o parágrafo 4° já começa a argumentação. Analisando melhor a questão, eu supus que pelo fato do parágrafo 5° iniciar com a palavra "prova", já daria um indício de estar se iniciando a argumentação. Mas isso é achismo meu.


ID
1516369
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Acerca do conteúdo dos dois primeiros parágrafos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Correta: D

     

    Não concordei muito com o gabarito, não acho que o autor já revele a perspectiva a ser sustentada. Se alguém puder me ajudar, eu agradeço.


ID
1516375
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Releia a primeira oração do penúltimo parágrafo do texto: “O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo [...]”. Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada para a oração, que mantém, em plenitude, o seu sentido.

Alternativas
Comentários
  • Correta: B

    Pela explicação abaixo da para entender melhor, para poder acertar a questão

     

    O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo

          

    “O êxito escandinavo exibe o grande engano do esquerdo-direitismo"

    Êxito = feliz, bom sucesso

    Falácia = falsidade/enganar

     

     

     


ID
1516384
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Em “As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la.” (8º§). O termo destacado é utilizado como um pronome anafórico, retomando um termo/expressão já mencionado dentro do trecho recortado. Que termo ou expressão é essa?

Alternativas
Comentários
  • Correta: B

     

    São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente

    “As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la.”

    Aumentá-la o que? A qualidade, conforme é grifado na questão o pronome anafórico vai remeter ao termo qualidade.


ID
1516393
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Analise os trechos abaixo e assinale a alternativa que apresenta a função correta para a forma “se”.

Alternativas
Comentários
  • Correta: A

     

    Entre as distintas classificações que atribuímos aos pronomes estão aquelas representadas pelos pronomes oblíquos, cujas formas se classificam em átonas e tônicas. Entre as átonas, podemos destacar as representadas por “me, nos, te, vos e se”. Elas, por sua vez, podem ser utilizadas para indicar que a ação do sujeito se volta para ele mesmo, ou seja, reflete nele próprio. Assim sendo, podemos afirmar que tais pronomes são denominados de pronomes reflexivos.

  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

    Nas afirmativas B e C, o “se” atua como conjunção subordinativa condicional, ao passo que em D a palavra atua, no primeiro caso, como parte integrante do verbo (que é pronominal) e, no segundo caso, como partícula expletiva ou realce. Apenas na alternativa A sua classificação está correta, pois o “se” serve para mostrar que a ação indicada pelo verbo recai sobre o próprio sujeito.

     

    Fontes: • O próprio texto. • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.


ID
1516399
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Ao finalizar o texto, o autor utiliza o seguinte trecho: “em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.” Uma paráfrase pertinente para o trecho destacado, tendo em vista toda a discussão empreendida no texto, é

Alternativas
Comentários
  • Correta: C

     

    Quando o autor diz: "continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.". Ele se refere aquela política antiga, arquaica, que não vai levar a lugar nenhuma.

     

     


ID
1516402
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Ao final do sexto parágrafo, o autor enquadra Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia como aqueles países que tomaram medidas políticas exemplares. No entanto, a partir daí, o mesmo autor se utiliza de expressões substantivas no singular para se referir aos diferentes âmbitos desses países, como “o estado” (7º§ e 8º§), “a burocracia” (7º§), “o governo” (8º§), “a população” (8º§). Considerando as informações disponíveis no texto, assinale a alternativa que apresenta uma justificativa pertinente para esse modo de referenciação.

Alternativas
Comentários
  • Correta: D

     

    Com a leitura do texto, da para observar que apesar do autor se referir a "estado" no singular, ele engloba todos os países Escandinavos.


ID
1524463
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Tendo em vista o seu foco fundamental, é adequado afirmar que o texto visa

Alternativas
Comentários
  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C)

     

    A crônica apresentada no texto II, convencional ao gênero, parte de um fato cotidiano – a ausência de pães em vista de um grave – para propor uma reflexão acerca de determinado tema – a atividade de jornalista. A função de padeiro e jornalista são implícita e explicitamente comparadas – considerando a lembrança do narrador em relação a um padeiro em especial –, para, ao final, sugerir que, assim como o padeiro da história, o jornalista não é “ninguém”, em vista daquilo que é sugerido na história. Esse é o foco principal do texto, uma vez que todas as informações a ele levadas convergem nesse ponto.

     

    Fontes: • O próprio texto. • CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de Textos. Ensino Médio. Construindo competências e habilidades em leitura. 2ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2012.


ID
1524466
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


No primeiro parágrafo da crônica, o narrador se encontra fazendo a sua refeição e tem uma lembrança que desencadeia outras, apresentadas nos parágrafos seguintes. Acerca dos eventos que constituem essas lembranças só é correto afirmar, considerando os aspectos semântico-textuais, que

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D)

     

    Os eventos levados ao texto a partir do momento inicial são: o lockout dos patrões dos padeiros, a ocasião em que conhecera o padeiro, o padeiro contando por que não era ninguém, o trabalho noturno e a saída do jornal. Sobre esses eventos, considerando os indícios presentes no texto, a única coisa que se pode afirmar é que uma parte compartilha um tempo comum e a outra parte não: o lockout está ligado a um tempo mais presente (em que o narrador se encontrava); mais ao passado ele conheceu o padeiro; em um momento posterior àquele ouviu sua explicação; no mesmo período ele trabalhava à noite, tempo em que chegara à conclusão de que seu orgulho era infundado. Por isso, a afirmativa D está correta. Não há um desencadeador comum entre eles, pois: aquilo que motivou o lockout não é o que motivou a ocasião em que conhecera o padeiro, que não tem relação com seu trabalho noturno. Por fim, a única coisa que, segundo o texto, possui relação com o governo é o lockout, conforme consta no primeiro parágrafo.

     

     

    Fontes: • O próprio texto. • PIMENTEL, Carlos. Redação Descomplicada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva Editora, 2012.


ID
1524469
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Releia o último parágrafo do texto: “Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ‘não é ninguém, é o padeiro!’” . Analise o papel do trecho destacado e assinale a alternativa que responde à pergunta: qual é a função desse excerto no parágrafo?

Alternativas

ID
1524472
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Embora não seja uma palavra muito utilizada no Português falado no Brasil, é possível, tendo em vista o contexto, aferir o sentido da palavra “abluções” . Considerando que a escolha de uma palavra para compor um texto não é algo aleatório, principalmente se tratando de um texto para ser publicado em um veículo da imprensa (caso da crônica anterior), assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uma explicação plausível para a escolha desse termo no texto

Alternativas
Comentários
  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B)

     

    As alternativas A, C e D mostram-se incoerentes, visto que, no decorrer do texto, o autor em nenhum momento lança mãos de recursos raros e/ou eruditos no texto, ele se vale, como nas crônicas de maneira geral, de uma linguagem culta informal. Dessa forma, o motivo de se usar uma palavra que destoa de modo geral do texto foi evitar um termo pouco adequado para um texto publicado em um jornal e/ou livro.

     

    Fontes: • O próprio texto. • CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de Textos. Ensino Médio. Construindo competências e habilidades em leitura. 2ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2012.


ID
1524475
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


A crônica, enquanto texto que flutua “entre o literário e o jornalístico” , faz uso tanto de uma linguagem mais objetiva e direta (própria do jornalismo), quanto de uma linguagem mais figurativa e poética (comum a textos literários). Tendo em vista tal aspecto, indique a alternativa cujo conteúdo faz uso de linguagem conotativa:

Alternativas

ID
1524478
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Julgue os itens abaixo.

I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?” (4°§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.” (7°§), a forma “como” atua na função de advérbio de modo.

III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (7°§), “como” é uma conjunção coordenativa.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

    Nas afirmativas II e III, o vocábulo “como” atua, na verdade, como uma conjunção subordinativa de modo. Apenas na afirmativa I sua função está corretamente estabelecida – pronome interrogativo –, uma vez que auxilia na construção de uma interrogação, no caso direta.

     

    Fontes: • O próprio texto. • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

     


ID
1524481
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que completa, de forma adequada, as lacunas do texto. Jovem chateado liga para a polícia após bronca da mãe e é preso.

                      Jovem chateado liga para a polícia após bronca da mãe e é preso

      Um jovem de 19 anos, morador de Vero Beach, na Flórida (EUA), acabou preso depois de ligar duas vezes para ______ polícia ao ficar chateado por tomar uma bronca da própria mãe.
Vicent Valvo ligou para o serviço de emergência alegando que não tinha gostado da forma como a mãe havia se dirigido a ele, de acordo com um relatório da polícia do condado de Indian River. Por volta das 4h30m, um policial foi _______ casa de Vicent para responder ao chamado e prender o jovem.
O rapaz acabou preso por abuso do serviço de emergência, e solto após pagar fiança de R$ 1 mil. Não _____ informações sobre o tipo de coisas que a mulher teria falado ao filho.

                          (Disponível em: http://g1.giobo.com/pianeta-bizarro/noticia/2013/0.... Adaptado.)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    vezes para ___A___ polícia ao ficar chateado por tomar uma bronca da própria mãe. (depois de preposição não se usa crase pois ja tém um preposição e a regra é usar 1. Não pode crase após preposição "para". Apenas se admite crase (facultativa) após preposição "até".)

    Por volta das 4h30m, um policial foi __À__ casa de Vicent para responder ao chamado e prender o jovem. (Quando casa vier especificado e de terceiros admite artigo ocorrendo a crase. Ex. (casa do Vicent responder ...Verbo "ir" pede preposição "a". A palavra casa é feminina e está especificada (de Vicent). Crase obrigatória..)

    Não __HÁ___ informações ( Verbo HAVER com o sentido de existir )



ID
1524484
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta problemas de concordância

Alternativas
Comentários
  • .....

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B)

     

    Na afirmativa B o verbo “morrer” deveria concordar em número com “cem pessoas”, logo, deveria estar na forma “morreram”. A presença da expressão “cerca de” não desfaz essa necessidade, já que não impõe um foco unitário ao sujeito que é plural. Todos os demais casos estão em consonância com a norma culta do Português.

     

    Fonte: CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004.


ID
1524487
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Considerando as informações levadas ao texto e a forma como são articuladas, é possível aferir que o principal objetivo do texto é

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

     

    O texto I é um texto argumentativo, isto é, visa se posicionar sobre um tema relevante, buscando sustentar um ponto de vista com argumentos – fatos, analogias, estatísticas, dados oriundos de pesquisas, posicionamentos de autoridades etc. Um texto dessa natureza segue a seguinte ordenação: proposição – que contém uma breve apresentação do tema que será debatido e a formalização da tese (o ponto de vista que será defendido); argumentação – defesa da pertinência do ponto de vista através da articulação desse com fatos, analogias etc.; e, conclusão – que sintetiza, conclui, aproxima a discussão a realidade etc. Considerando esses aspectos, a resposta à questão é “discutir um tema político-ideológico relevante”, uma vez que aquilo que é apresentado nos quatro primeiros parágrafos, que constituem a introdução do texto, é o tema esquerdodireitismo. Observe-se que os feitos dos países nórdicos são utilizados como argumentos para defender a tese do autor. Prova disso é que só aparecem após a formalização dessa: “É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdodireitismo está errado” (4º§). Embora recebam um grande espaço no texto, tais feitos servem apenas para sustentar a visão do autor sobre algo mais amplo – o esquerdo-direitismo. O conteúdo da alternativa B é apenas a conclusão da questão, que traz uma aproximação do tema com a nossa realidade, ao passo que o conteúdo da D é utilizado apenas como eventos que aproximam o tema ao momento histórico recente.

     

     

    Fontes: • O próprio texto. • CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de Textos. Ensino Médio. Construindo competências e habilidades em leitura. 2ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2012. • PIMENTEL, Carlos. Redação Descomplicada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva Editora, 2012. • SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.


ID
1524490
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




É possível aferir, em diversos momentos do texto, a perspectiva sobre o tema sendo discutido com a qual o autor se alinha, no entanto isso não é estabelecido logo de princípio. Em qual parágrafo o autor apresenta de forma explícita e direta a sua perspectiva sobre o tema?

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C)

     

    Elementarmente, a forma como o autor caracteriza o esquerdo-direitismo (“crença semirreligiosa”, defasada por intermédio de “oitocentista”, dentre outras coisas) demonstra que ele vê de maneira negativa a prevalência de tal ideologia. No entanto, isso só é formalizado, apresentado de maneira direta, no quarto parágrafo, mais especificamente em seu terceiro período: “É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado”.

     

    Fontes: • O próprio texto. • PIMENTEL, Carlos. Redação Descomplicada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva Editora, 2012.


ID
1524493
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Releia o trecho a seguir, extraído do terceiro parágrafo do texto: “Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo.” A palavra destacada é utilizada com o intuito de

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

     

    No trecho, o termo “representativo” é fundamental para clarificar que o sintagma que referencia Chávez e Thatcher – “dois personagens” – associa-se a uma maneira particular de ver o mundo, nesse caso, à maneira comum de entender o mundo no século XIX, isto é, aquele período específico de tempo que remete aos anos que se passaram entre 1800 e 1899 d. C. Assim, o fato de serem representativos desse tempo impede que tal palavra destaque o século de nascimento dos políticos – já que seriam oitocentistas (e não representativos de um modo oitocentista). O sufixo “-ista”, presente na palavra sob debate, tem como uma de suas funções, na Língua Portuguesa, formar palavras que relacionam um conceito, uma ideia, uma ideologia a uma pessoa, a um grupo etc. Assim, o “petista”, o “pmdebista”, o “psdebista” são aqueles que possuem algum vínculo (formal ou não) com a ideologia política veiculada por esses partidos. Seguindo essa lógica, “o modo oitocentista de ver o mundo”, nesse caso, está ligado àqueles que possuem vínculos, nesse caso ideológicos, com o tempo da História em questão. Dessa forma, caso fosse intenção do texto “advertir um período de tempo” ou “distinguir um período em comum da História em que os políticos buscavam suas ideias” o período seria construído de maneira diferente, provavelmente através de um estabelecimento direto do século que fomentava seus ideais, e a palavra com o sufixo “-ista”, em vista do sentido a que remete, não lhe serviria a esses propósitos. (Grifamos)

     

     

    Fontes: • O próprio texto. • CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004. • SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.


ID
1524496
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Assinale a alternativa cujo conteúdo não apresenta um argumento utilizado pelo autor do texto para sustentar o seu ponto de vista.

Alternativas
Comentários
  • ....

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C)

     

    O autor utiliza como argumentos fatos ligados apenas aos países nórdicos, conforme pode ser observado do 5º ao 8º parágrafos. Erros de Chávez e Thatcher sequer são listados, como também não estão presentes na argumentação e não são relacionados a fatos que fortalecem o ponto de vista do autor. A menção aos dois políticos é apenas uma forma de relacionar a ideologia sendo discutida a figuras públicas, cujas biografias tiveram seu capítulo derradeiro recentemente.

     

     

    Fontes: • O próprio texto. • PIMENTEL, Carlos. Redação Descomplicada. 2ª ed. São Paulo: Saraiva Editora, 2012.


ID
1524499
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Sobre o uso da palavra “mágica” no trecho “Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos.” (10°§), é correto afirmar que o autor do texto lança mão dela para

Alternativas
Comentários
  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

    A palavra “mágica” no trecho carrega, em vista do sentido construído no texto, uma avaliação positiva daquilo que realizaram os países nórdicos, afinal, na ausência de um fato realmente extraordinário, sobrenatural, a leitura que se pode fazer é que os países nórdicos atingiram feitos dificílimos de se obter, tão difíceis que, a olhos inocentes, pareceriam mágica. Isso se caracteriza como uma exaltação a tais feitos.

     

    Fontes: • O próprio texto. • CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004. • SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.


ID
1524502
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Os trechos abaixo tiveram sua pontuação (ou parte dela) alterada. Em qual deles essa alteração de pontuação acarretou problema quanto ao sentido proposto?

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D)

     

    A retirada das vírgulas nas alternativas A, B e C não acarretam problemas, são consideradas, inclusive, opcionais: não é regra obrigatória isolar um adjunto adverbial deslocado para o início do período nem antes de uma conjunção alternativa. No entanto, em D, a ausência de vírgulas separando “a Bíblia liberal inglesa”, deixa esse constituinte solto no período, acarretando um problema na coerência do trecho, já esse sintagma não se relaciona sintaticamente a nenhuma palavra. Seu vínculo com a expressão “The Economist” é exclusivamente semântico, não é à toa que, sintaticamente, atua como um aposto, isto é, posto (sintaticamente) à parte. Fontes: • O próprio texto. • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.


ID
1524505
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Releia o excerto a seguir, extraído do segundo parágrafo do texto: “[...] alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda." O trecho destacado apresenta uma ambiguidade semântica (causada pelo(s) sentido(s) de uma ou mais palavras), embora a possibilidade de dupla leitura só emirja se o trecho for isolado. Considerando esse aspecto, assinale a alternativa cujo conteúdo da primeira parte não apresenta tal duplicidade de leitura, nem compromete o sentido do enunciado como um todo.

Alternativas
Comentários
  • .....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C)

     

    A ambiguidade presente no trecho é causada pelo fato da expressão “analistas mais ferrenhos da direita” poder remeter àqueles que analisam ferrenhamente à direita (seus membros, suas posturas) ou àqueles que analisam o mundo de uma forma ferrenhamente direitista. O grande responsável pelo conflito é o substantivo “analistas”. Assim, a única forma de eliminar a ambiguidade é substituí-lo por uma palavra que perspectivize apenas uma das leituras. A única alternativa que realiza essa operação é a C. Em A e B, a ambiguidade mantém-se. A alternativa A, ao substituir a preposição “de” por “com” inverte a lógica do texto, uma vez que utiliza a expressão “analistas mais ferrenhos da direita” para dizer respeito àqueles que analisam o mundo de uma forma ferrenhamente direitista (isso é, dedutível pela parte não destacada do trecho: se o tópico é que os membros de um lado passam com facilidade ao outro, então aqueles a que passaram a juventude militando na esquerda, hoje eles só podem ser direitistas).

     

    Fontes: • O próprio texto. • CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004. • SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.


ID
1524508
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A maldição do esquerdo-direitismo

      O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa que se tornou a ideologia dominante do mundo no último século. Esquerdo-direitistas são pessoas que acreditam que todo o bem que existe no mundo provém de apenas uma fonte. Há dois tipos de esquerdo-direitistas - aqueles que acham que a fonte de todo o bem é o mercado e aqueles que acham que é o estado. A estes chamamos esquerdistas, aqueles são os direitistas.
      No fundo, esquerdistas e direitistas são dois lados de uma mesma coisa. Ambos veem o mundo em apenas duas dimensões, sem profundidade, dividido entre bons e maus. Não admira que esquerdistas transformem-se em direitistas e vice-versa com tanta facilidade - alguns dos analistas mais ferrenhos da direita passaram a juventude militando nas facções mais radicais da esquerda.
      Nos últimos [...] meses, os dois maiores ícones desse jeito simplista de ver o mundo morreram: Hugo Chávez (esquerda) e Margareth Thatcher (direita). Difícil imaginar dois personagens tão representativos desse modo oitocentista de ver o mundo. Todos os esquerdo-direitistas concordam que, entre os mortos, havia um santo e um demônio. Eles discordam apenas em relação a qual é qual.
      A realidade é que nem Chávez nem Thatcher merecem a canonização. Ambos tiveram seus inegáveis méritos como líderes carismáticos, mas as duas biografias estão cheias de erros crassos. É que, ao contrário do que eles acreditavam, o esquerdo-direitismo está errado. A crença compartilhada por esquerdistas e direitistas de que o mundo está dividido ao meio, entre virtuosos e cretinos, simplesmente não tem lastro na realidade. Há virtudes e cretinices em cada um de nós e o mundo é muito mais cheio de sutilezas do que imaginavam nossos manuais ideológicos publicados nos séculos 18 e 19.
      Prova disso está numa reportagem de capa recente publicada pela tradicional revista The Economist, a Bíblia liberal inglesa, que já foi um ícone esquerdo-direitista na época que essas coisas faziam sentido. A matéria de Economist de clara que o novo modelo para o planeta são os países nórdicos. “Se você tivesse que renascer em algum lugar do mundo com talentos e renda médios, você ia querer ser um viking", diz a revista.
      Os países escandinavos, que nas décadas de 1970 e 1980 eram estados inchados, com impostos altíssimos, baixa competitividade e serviços públicos de estado socialista, quem diria, viraram exemplo para a revista que os liberais sempre adoraram. Isso porque, nos últimos anos, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram várias reformas e se tornaram países incríveis para se viver.
      Para começar, o estado racionalizou seus gastos e criou as mais fantásticas políticas de transparência do mundo, permitindo à população fiscalizar seus governantes e reduzir a gastança. Na Suécia, políticos de alto escalão moram em quitinetes, lavam a própria louça e usam transporte público ou bicicleta. Além disso, a burocracia caiu quase a zero e esses países viraram paraísos do empreendedorismo, de fazer inveja ao Vale do Silício com suas histórias de sucesso (Skype, Angry Birds, Spotify).
      Mas isso foi feito sem sucatear o estado nem prejudicar a população. As reformas do estado foram feitas com um objetivo claro: manter a qualidade do serviço público, ou, se possível, aumentá-la. Essa lógica ajuda a entender o que aconteceu com a saúde e a educação pública nesses países. O governo continua atuando, provendo serviços de qualidade, mas empresas privadas também podem entrar na competição. Os cidadãos recebem do governo vouchers de saúde e educação e podem decidir usá-los em escolas e hospitais públicos ou privados. Na Escandinávia, o estado continua grande, mas uma coisa fundamental mudou: ele agora funciona.
      O sucesso nórdico expõe a grande falácia do esquerdo-direitismo: a crença de que só há um caminho certo. Para os esquerdistas, criar mais empresas estatais e ter impostos altos é sempre bom. Para os direitistas, é sempre ruim. A verdade, como costuma ser o caso, está no meio: é possível, ao mesmo tempo, melhorar os serviços e aumentar a eficiência. Basta para isso focar no cidadão, que é muito mais importante do que empresas e estado.
      Essa é a mágica que os países nórdicos operaram nos últimos anos. Enquanto isso, o Brasil faz o contrário: por aqui conseguimos combinar impostos altos com serviços ruins. E, em vez de focar em reduzir uns e melhorar outros, continuamos desperdiçando tempo com Thatcher e Chávez.


                                                                                          (Denis Russo Burgierman. Disponível em:    http://super.abrit.com.br/btogs/mundo-novo/2013/04/15/a-matdicao-do-esquerdo-direitismo/?                    utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabrit_super)




Releia o trecho apresentado a seguir: “O esquerdo-direitismo é uma crença semirreligiosa [...]." (1°§) Julgue os itens abaixo, tendo em vista o uso da palavra semirreligiosa no excerto apresentado.

I. Associada ao substantivo “crença" serve para caracterizar o sujeito da oração.

II. Atua como parâmetro para uma comparação explícita entre política e religião.

III. Serve também ao fim de construir uma avaliação do sujeito da oração.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • ....

     

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C)

     

     

    A afirmativa II está incorreta, pois uma comparação explícita dá-se necessariamente através do uso de um articulador, como a conjunção “como”. Diferentemente, a afirmativa I procede, pois sintaticamente “crença semirreligiosa” é predicativo do sujeito e o que um predicativo faz é enquadrar o sujeito em uma categoria, caracterizando-o como outros membros dessa mesma categoria. Da mesma forma procede III, pois, ao enquadrar um sistema político como (semi) religião, atribui-se ao primeiro algumas características do segundo, que, embora normais para uma religião, não são bem vistas na política, como fanatismo, adoração, crença com base em dogmas. Afinal, no ocidente, a política deve se pautar por aspectos mais materiais, como as necessidades básicas de um povo (alimento, moradia, saneamento, lazer etc.). Dessa forma, uma avaliação negativa está implícita nessa caracterização e deve ser notada pelo leitor, afinal ela já o encaminhará à tese que o autor buscará defender no decorrer do texto.

     

    Fontes: • O próprio texto. • CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2004. • SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.


ID
2069782
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia

Certo farmacêutico assumiu a responsabilidade técnica de uma farmácia hospitalar na área de quimioterápicos. Chegando ao local da manipulação encontrou uma série de irregularidades, que foram relatadas e encaminhadas ao diretor administrativo para providências. Informou ainda que só entraria em atividade técnico-profissional após sanadas essas inconsistências. Sabe-se que o farmacêutico pode adotar essa conduta, pois o código de ética prevê que ele

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C

    Pode se opor a exercer a profissão, ou suspender a sua atividade individual ou coletivamente, em instituição pública e privada, onde inexistam remuneração ou condições dignas de trabalho, ou que possam prejudicar o usuário.


ID
2069785
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia

Os aminoglicosídeos são antibióticos usados, principalmente, no tratamento de pacientes com infecções graves, causadas por bactérias gram-negativas aeróbias. Com base no trecho anterior, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2069788
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A farmacoepidemiologia, área composta principalmente por duas vertentes que se complementam (farmacovigilância e estudos de utilização de medicamentos), tem como objetivo principal analisar e avaliar impactos e o seu uso racional na população. Assinale a alternativa que melhor explica a relação do uso racional de medicamentos com a farmacoepidemiologia.

Alternativas
Comentários
  • A) O uso está relacionado à farmacoepidemiologia através dos estudos de utilização de medicamentos, pois, assim, pode-se verificar a melhor terapia medicamentosa de acordo com a vivência clínica dos prescritores X. Em evidências clínicas.

    B) O uso está relacionado à farmacoepidemiologia, pois inclui a escolha adequada da terapêutica baseada na experiência clínica do médico prescritor X/ baseada em evidências clínicas (protocolos, guidelines). Essa conduta denomina-se medicina baseada em evidência.

    C) O uso inclui, entre outros aspectos, a escolha terapêutica adequada baseada em evidências clínicas, considerando eficácia e segurança, custo e conveniência, além de dose, administração, adesão e duração de tratamento.

    D) A farmacovigilância é a melhor forma de correlacionar a farmacoepidemiologia com o uso racional de medicamentos, pois, através dessas ciências, pode-se identificar os medicamentos mais prejudiciais à saúde das pessoas e retirá-los do mercado. X o objetivo é estabelecer o risco/benefício


ID
2069791
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Sobre a Terapia Nutricional Parenteral (TNP), marque a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Periférica: A utilização das veias superficiais exigem soluções de osmolaridades baixas, no máximo de 800 mOsm/l. Consequentemente, o aporte oferecido por essas soluções serão bem menores que as necessidades protéico-calóricas, salvo pacientes com menos 45 quilos. Assim, enquanto suporte único, são insuficientes e devem ser mantidos por não mais que 7 dias, com o risco de desnutrição se mantido por tempo maior.


ID
2069794
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

As reações adversas podem ser classificadas como: efeitos colaterais, idiossincrasias, hipersensibilidade alérgica, tolerância, entre outros. Marque a alternativa que apresenta, respectivamente, as classificações citadas.

Alternativas
Comentários
  • idiossincrasia - predisposição particular do organismo que faz que um indivíduo reaja de maneira pessoal à influência de agentes exteriores.

  • JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) Os broncoespasmos produzidos pelos β bloqueadores são ações que podem ser previstas, por isso classificam-se como efeitos colaterais. A resistência à ação anticoagulante da warfarina, devido à alteração na enzima, é um processo genético, o qual se enquadra como idiossincrásico. O processo de anafilaxia é um processo alérgico de hipersensibilidade e a redução dos efeitos farmacológicos dos barbitúricos, devido a um longo período de uso, é associado aos efeitos de tolerância. 


ID
2069797
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Para um determinado paciente, hospitalizado com problemas cardíacos, foi prescrito um diurético de alça. Na internação não foi avisado ao médico que o paciente já fazia uso de digoxina via oral. O medicamento continuou a ser administrado a esse paciente. Assinale os principais problemas envolvidos no uso concomitante desses medicamentos.

Alternativas
Comentários
  • D :

     

    Efeitos adversos
    São comuns os efeitos indesejáveis diretamente relacionados à ação renal dos diuréticos de alça. Perdas excessivas de Na' e água são   comuns,especialmente em idosos, e causam hipovolemia e hipotensão. A perda de potássio, resultando em K* baixo no plasma (hipocalemia), e a alcalose metabólica também são comuns. A hipocalemia aumenta os efeitos e a toxicidade de vários fármacos (p. ex., digoxina, e os antiarrítmicos tipo III,Cap. 21), de modo que esta é potencialmente uma fonte importante de interação medicamentosa (Cap.56). Se necessario, a hipocalemia pode ser evitada ou tratada pelo uso concomitante de diuréticospoupadores de K' (Ver adiante), algumas vezes com reposição suplementar de potássio. Fonte: Rang & Dale, 2005.


ID
2069800
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A seleção de medicamentos traz vantagens administrativas diretamente relacionadas ao processo assistencial, reduzindo custos e melhorando a qualidade da farmacoterapia, com exceção em relação a

Alternativas
Comentários
  • A seleção é um processo de escolha de medicamentos, baseada em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos, estabelecidos por uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), visando assegurar medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivo com a finalidade de racionalizar seu uso, harmonizar condutas terapêuticas, direcionar o processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas.

     

    É a atividade mais importante da Assistência Farmacêutica, pois é a partir da seleção que são desenvolvidas as demais atividades. A seleção deve ser acompanhada da elaboração de formulário terapêutico, documento que reúne informações técnico-científicas relevantes e atualizadas sobre os medicamentos selecionados, servindo de subsídio fundamental aos prescritores.

     

    É um processo dinâmico, participativo, que precisa ser bem articulado e deve envolver a maior representatividade de especialidades médicas e profissionais da saúde.

     

    OBJETIVOS

     

    Reduzir o número de especialidades farmacêuticas.

    Uniformizar condutas terapêuticas.

    Melhorar o acesso aos medicamentos selecionados.

    Contribuir para promoção do uso racional de medicamentos.

    Assegurar o acesso a medicamentos seguros, eficazes e custos-efetivos.

    Racionalizar custos e possibilitar maior otimização dos recursos disponíveis.

    Facilitar a integração multidisciplinar, envolvendo os profissionais de saúde, na tomada de decisões.

    Favorecer o processo de educação continuada e atualização dos profissionais, além do uso apropriado dos medicamentos.

    Melhorar a qualidade da farmacoterapia e facilitar o seu monitoramento.

    Otimizar a gestão administrativa e financeira, simplificando a rotina operacional de aquisição, armazenamento, controles e gestão de estoques.


ID
2069803
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Segundo a Resolução nº 492, de 2008, do Conselho Federal de Farmácia, ao farmacêutico diretor técnico, em particular, compete

Alternativas
Comentários
  • Conforme RDC 492 de 2008:

    Art. 6º - Ao farmacêutico Diretor-Técnico, em particular, compete:

    I. Cumprir e fazer cumprir a legislação pertinente às atividades nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde e relativas à assistência farmacêutica nos aspectos físicos e estruturais, considerando o perfil e a complexidade do serviço de saúde. PORTANTO, D INCORRETA!!!

    II. Buscar os meios necessários para o funcionamento dos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, relacionados ao ambiente e aos recursos humanos, em conformidade com os parâmetros mínimos recomendáveis.PORTANTO, IDÊNTICO AO GABARITO C!!!


ID
2069806
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Em uma Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), o nível de estoque que, ao ser atingido, sinaliza o momento de se fazer uma nova compra, denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Ressuprimento do estoque, sinaliza o  ponto de reposição para evitar a ruptura do  tratamento terapêutico e garantir o nível de estoque proporcional à necessidade.

     

    Fonte: Storpirtis, 2011.

  • estoque máximo = Maior quantidade do item que se pretende manter em estoque. Estoque de segurança + lote de ressuprimento

    lote de reposição = Quantidade de itens a ser adquirido para que o estoque atinja o seu valor MÁXIMO

    estoque de segurança = Quantidade de cada item que deve ser mantida como RESERVA

    ponto de ressuprimento - Nível de estoque que quando atingido indica que é o momento de se fazer uma nova compra


ID
2069809
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica atributos para propaganda de medicamentos. Assinale a alternativa que descreve esses atributos.

Alternativas

ID
2069812
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

De acordo com a Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, que dispõe acerca do regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, ficam isentos de Autorização Especial as empresas, instituições e órgãos na execução das seguintes atividades e categorias a eles vinculadas, como

Alternativas
Comentários
  • Conforme portaria 344/98:

    Art. 8º Ficam isentos de Autorização Especial as empresas, instituições e órgãos na execução das seguintes atividades e categorias a eles vinculadas:

     I - Farmácias, Drogarias e Unidades de Saúde que somente dispensem medicamentos objeto deste Regulamento Técnico, em suas embalagens originais, adquiridos no mercado nacional;

    II - Órgãos de Repressão a Entorpecentes;

    III - Laboratórios de Análises Clínicas que utilizem substâncias objeto deste Regulamento Técnico unicamente com finalidade diagnóstica;

    IV - Laboratórios de Referência que utilizem substâncias objeto deste Regulamento Técnico na realização de provas analíticas para identificação de drogas.

  • Tudo que envolver MANIPULAÇÃO, REEMBALAGEM, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO >> OBRIGATÓRIO A.E.

    Apenas DISPENSAÇÃO >> ISENTO DE A.E.


ID
2069815
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

M.S.C. faz uso de warfarina para tratamento de problemas trombolíticos. Após uma forte gripe, procurou o Posto de Atendimento do seu bairro, pois acredita ser dengue. Recebeu a prescrição de um antitérmico e antipirético da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), com a finalidade de combater os sintomas de febre e dor no corpo. Ao passar pelo atendimento de Atenção Farmacêutica Ambulatorial do Posto de Atendimento, a conduta correta do farmacêutico é de orientar o paciente a

Alternativas
Comentários
  • Alguns medicamentos podem interagir com Ibuprofeno. Informe o seu médico se estiver a tomar outros medicamentos, especialmente qualquer um dos seguintes:

    Anticoagulantes (ex. varfarina), aspirina, clopidogrel, os corticosteróides (p.ex., prednisona), heparina, ou inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (pexemplo, fluoxetina), porque o risco de sangramento no estômago pode ser aumentada



     

  • VARFARINA + IBUPROFENO(AINES EM GERAL) OU AAS OU AMITRIPTILINA / CLOMIPRAMINA = AUMENTO DE RISCO HEMORRÁGICO!


ID
2069818
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Sobre a Terapia Nutricional Parenteral, analise as afirmativas abaixo.

I. A nutrição parenteral pode ser administrada por via venosa central, utilizando-se as veias subclávia, cava superior e jugular interna.

II. Incompatibilidades químicas podem ser observadas na nutrição parenteral quando são aditivadas, na mesma seringa, o fosfato de potássio com o gluconato de cálcio para formar sal insolúvel.

III. A nutrição parenteral é recomendada aos pacientes hospitalizados por ser de fácil acesso quando administrada por sonda nasogástrica.

IV. A adição de solução de aminoácidos na nutrição parenteral altera o pH da mistura e diminui a estabilidade da emulsão lipídica.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar as quatro assertivas:

    I) CORRETA.

    Depe ndendo da osmolaridade  das  soluções,  a  nutrição parenteral pode ser administrada utilizando veias  periféricas, menores, geralmente na mão ou no antebraço, ou, se possuir uma osmolaridade superior a 600 mOsm/L, deve ser administrada por via central, por meio de uma veia de grande diâmetro, geralmente subclávia ou jugular interna. 

    II) CORRETA.

    Forma-se o precipitado fostato de cálcio, de baixa solubilidade.

    III) INCORRETA.

    A  nutrição  parenteral (\'P)  total  consiste na  administração de  todos os  nutrientes necessários à  sobrevida, por via endovenosa. Visa  manter a  homeostase metabólica e  inibir perdas nos balanços calórico, hídrico,  eletrolítico e  rútrogenado. 

    IV) INCORRETA.

    A adiçao de AAs não diminui a estabilidade da emulsão lipídica.

     

     

  • I. ✔️ A nutrição parenteral pode ser administrada por via venosa central, utilizando-se as veias subclávia, cava superior e jugular interna.

    II.✔️ Incompatibilidades químicas podem ser observadas na nutrição parenteral quando são aditivadas, na mesma seringa, o fosfato de potássio com o gluconato de cálcio para formar sal insolúvel.

    III. A nutrição parenteral é recomendada aos pacientes hospitalizados por ser de fácil acesso quando administrada por sonda nasogástrica. SONDA NASOGÁSTRICA É ENTERAL!

    IV. A adição de solução de aminoácidos na nutrição parenteral altera o pH da mistura e diminui a estabilidade da emulsão lipídica. SEGUNDO STORPITIS, 2011: OS AMINOACIDOS, POR SEREM ANFÓTEROS, PROPICIAM A MANUTENÇÃO DO PH E AUXILIA NA DILUIÇÃO DOS CONSTITUINTES


ID
2069821
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia

Compete à ANVISA, por meio de sua diretoria colegiada, estabelecer critérios mínimos exigidos para o exercício da atividade de manipulação das preparações magistrais e oficinais pelas farmácias. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC nº 67, de 08/11/2007) dispõe sobre as boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano, estabelece o Regulamento Técnico (RT) e as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). Um grupo de fármacos que recebe especial atenção no RT são as Substâncias de Baixo Índice Terapêutico (SBIT), pois apresentam estreita margem de segurança. Assinale a alternativa que indica as condições preditas na RDC 67 para o atendimento de uma prescrição medicamentosa, contendo as substâncias de baixo índice terapêutico.

Alternativas

ID
2069824
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Sobre a pesquisa clínica com medicamentos, analise as afirmativas abaixo.

I. Os estudos de fase III são realizados em uma amostra de pacientes representativa da população geral que irá utilizar o medicamento.

II. Nos estudos unicêntricos, as conclusões são mais representativas e válidas.

III. Nos estudos duplo-cegos, o voluntário e o investigador desconhecem a alocação dos grupos.

IV. Os ensaios não randomizados são importantes porque eliminam os vícios de seleção.

V. Os estudos não controlados têm como característica a ausência de comparação entre um grupo controle e um experimental.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I. CORRETO;

    II. Nos estudos unicêntricos, as conclusões são mais representativas e válidas.

    Nos estudos MULTICÊNTRICOS, as conclusões são mais representativas e válidas.

    III. CORRETO;

    IV. Os ensaios não randomizados são importantes porque eliminam os vícios de seleção.

    Os ensaios RANDOMIZADOS são importantes porque eliminam os vícios de seleção.

    V. CORRETO.

    LETRA B.

    Bons estudos!


ID
2069827
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A farmacoeconomia é uma área da economia da saúde que estuda a relação entre medicamentos e aspectos econômicos. Assim, uma análise farmacoeconômica implica, necessariamente, o estudo do custo total e da qualidade do tratamento. Sendo assim, pode-se utilizar uma análise farmacoeconômica, como a incremental, quando se deseja comparar

Alternativas
Comentários
  • A AI (ANÁLISE INCREMENTAL)  permite  relacionar os custos  e  outcomes de cada alternativa terapêutica para comparação de suas eficiências. Desta  forma,  divide-se  a  diferença dos  custos  das opções pela diferença dos outcomes. Esta análise possibilita mostrar ao  investigador  qual  o  custo  adicional  para se obter uma unidade extra de efetividade,  quando uma opção terapêutica é  comparada  com a  anterior,  de custo mais  elevado e maior efetividade. 

  • Nunca ouvi falar disso.

    Só acertei por associar "incremental" com "extras"


ID
2069830
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estabelecem as funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar. Assinale a alternativa que não corresponde a uma função da farmácia hospitalar

Alternativas

ID
2069833
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Um paciente deu entrada no Pronto-Socorro de um hospital público de determinada região, apresentando problemas cardíacos. O médico solicitou a aquisição de um medicamento não incluso na Lista de Medicamentos Padronizados do Hospital. O uso do medicamento se faz necessário, uma vez que o paciente corre risco de vida. De acordo com a prescrição médica, o paciente utilizará dois frascos do medicamento durante dois dias. Seu custo unitário é de R$ 2.500,00. Diante de tal situação, em qual modalidade o farmacêutico hospitalar providenciará a compra?

Alternativas
Comentários
  • Lembre-se! 

    Quando a questão trouxer DISPENSA: pode ser dispensada ou dispensável!

    Dispensada: alienação 

    Dispensável: aquisição

    Inexigibilidade: inviabilidade de competição. 

     

  • INEXIGIBILIDADE- LICITAÇÃO INVIÁVEL -> FORNECEDOR ÚNICO

    DISPENSA DE LICITAÇÃO - URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OU PARA COMPRAS DE ATÉ 10% DO VALOR DA MODALIDADE CONVITE ( ATÉ 2018: 8MIL, APÓS NOVA RESOLUÇÃO: 17.600,00)

    NO CASO DA QUESTÃO, A SITUAÇÃO É DE EMERGÊNCIA, POIS O PACIENTE NECESSITA DO MEDICAMENTO E NAO PODE ESPERAR O PROCESSO DE LICITAÇÃO ( DEMORA MESES!!)


ID
2069836
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia

O antibiótico Amicacina é um aminoglicosídeo muito utilizado na prática hospitalar. Entretanto, tal antibiótico não pode ser diluído com

Alternativas
Comentários
  • O medicamento deve ser utilizado conforme prescrição médica. O volume disponível em cada unidade não pode ser

    inferior ao volume declarado. Para retirada do conteúdo total do medicamento deve-se aspirar o volume declarado no item

    "Composição", podendo permanecer solução remanescente na ampola devido à presença de um excesso mínimo para

    permitir a retirada e administração do volume declarado.

    Sulfato de amicacina pode ser administrado por via intramuscular e intravenosa.

    Preparação das soluções para administração intravenosa

    A solução para uso intravenoso é preparada adicionando-se a dose desejada em 100 ou 200mL de solução estéril, como

    solução de cloreto de sódio 0,9%, solução de glicose 5% ou solução de Ringer Lactato.

    Portanto, o gabarito seria b,  e as demais alternativas tivesse negativadas na segunda proposição!!!

     


ID
2069839
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A doença de Parkinson constitui um dos distúrbios neurológicos progressivos, caracterizado por degeneração de neurônios dopaminérgicos, sendo uma das manifestações clínicas mais comuns, o tremor de repouso. Para o tratamento dessa doença um dos fármacos de escolha é a levodopa. Entretanto, o uso prolongado desse fármaco pode estar associado

Alternativas
Comentários
  • Movimentos involuntários anormais, discinesia e hipotensão postural são efeitos colaterais da levodopa, medicamento usado no parkinson.


ID
2069842
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A “garantia da qualidade” é um conceito muito amplo e deve cobrir todos os aspectos que influenciam individual ou coletivamente a qualidade de um produto. Portanto, o sistema de garantia da qualidade apropriado à fabricação de medicamentos deve assegurar que

Alternativas
Comentários
  • A) haja um procedimento de autoinspeção e/ou auditoria interna de qualidade que avalie REGULARMENTE a efetividade e aplicabilidade do sistema de garantia da qualidade.

    B) sejam conduzidas avaliações regulares da qualidade de medicamentos, com o objetivo de verificar os principais erros do processo e assegurar sua melhoria CONTÍNUA.

    C) os medicamentos sejam planejados e desenvolvidos conforme as exigências das Boas Práticas de Fabricação (BPF) e outros requisitos, tais como os de Boas Práticas de Laboratório (BPL) e Boas Práticas Clínicas (BPC).

    D) os medicamentos NÃO sejam comercializados ou distribuídos antes que os responsáveis se certifiquem de que cada lote de produção foi produzido e controlado de acordo com os requisitos do registro e quaisquer outras normas relevantes à produção, ao controle e à liberação de medicamentos.


ID
2069845
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Analise as medidas restritivas abaixo que podem ser realizadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), objetivando o controle do uso de antimicrobianos.

I. Análise de casos específicos de infecções por clínica, revisando o diagnóstico e tratamento adotado.

II. Padronização de um formulário farmacêutico restrito de antimicrobianos.

III. Informações aos profissionais sobre a higienização dos equipamentos, setores, pacientes e funcionários.

IV. Incentivo à consulta do formulário farmacêutico com a padronização dos antimicrobianos existentes no hospital.

V. Necessidade de preenchimento de impresso/formulário para o fornecimento de antimicrobianos.

Estão corretas apenas as medidas

Alternativas
Comentários
  • As medidas são divididas em RESTRITIVAS E EDUCATIVAS:

    I. Análise de casos específicos de infecções por clínica, revisando o diagnóstico e tratamento adotado. EDUCATIVAS

    II. Padronização de um formulário farmacêutico restrito de antimicrobianos.RESTRITIVAS

    III. Informações aos profissionais sobre a higienização dos equipamentos, setores, pacientes e funcionários. EDUCATIVAS

    IV. Incentivo à consulta do formulário farmacêutico com a padronização dos antimicrobianos existentes no hospital. EDUCATIVAS

    V. Necessidade de preenchimento de impresso/formulário para o fornecimento de antimicrobianos.RESTRITIVAS


ID
2069848
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Sobre a farmacocinética clínica, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) A via de administração ENDOVENOSA é aquela que apresenta 100% de biodisponibilidade.

    B) O tempo de meia-vida é importante na determinação dos esquemas posológicos dos fármacos.

    C) As doenças que afetam a função hepática causam GRANDE prejuízo na metabolização dos fármacos. (VISTO QUE A GRANDE MAIORIA DOS FÁRMACOS É METABILIZADA PELO FÍGADO)

    D) Os fármacos indutores do citocromo P450 provocam um DIMINUIÇÃO da concentração plasmática e do efeito farmacológico de outros fármacos.


ID
2069851
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Um dos principais objetivos da farmacovigilância é a detecção precoce de sinais com relação ao risco de saúde pública, por reações adversas novas ou pouco descritas na literatura. Sobre esses sinais, pode-se citar

Alternativas
Comentários
  • A) Nos estudos observacionais (coorte, caso-controle e inquérito epidemiológico/estudo transversal) o pesquisador não interfere na exposição do paciente a fatores de risco ou tratamentos, apenas observa a presença desses fatores e a ocorrência ou não do desfecho esperado. Ou seja, não busca avaliação de uma suspeita de reação adversa, mas sim, apenas observar o aparecimento de uma possível reação.

    Questão incorreta.

    B) Estudo descritivo. Estudo desenhado unicamente a fim de descrever a distribuição de certas variáveis, mas que não examina as associações entre elas. Geralmente é de delineamento transversal.

    Questão incorreta.

    C) Série de casos é representada por uma vigilância passiva.

    Questão incorreta.

    D) A vigilância passiva sendo a notificação voluntária, que é compreendida como as suspeitas de reações adversas a um dado medicamento que são, espontaneamente, transmitidas pelos profissionais de saúde para as empresas farmacêuticas ou centro de farmacovigilância.

    Questão correta!

    Letra D.

    Bons estudos.

  • A) os estudos observacionais como sinais da vigilância ativa, que servem para avaliação de uma suspeita de reação adversa.

    B) os estudos descritivos, que NÃO estão correlacionados com a detecção e/ou verificação de associação entre uma reação adversa com um dado medicamento. Usados para obter a taxa de base de um desfecho ou estabelecer a prevalência do uso de medicamentos em uma popualçao específica.

    C) a vigilância passiva sendo representada por uma série de casos. Esse sinal está relacionado à associação de um medicamento e uma suspeita de reação adversa.


ID
2069854
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado nova realidade econômica, forçando as instituições hospitalares a adaptar seus orçamentos às necessidades da população assistida, sendo que a racionalização dos gastos tem sido a principal meta da administração financeira. Então, para atender a essa racionalização dos gastos, o processo de aquisição de medicamentos deve atender aos requisitos de avaliação de consumo. Entretanto, para avaliar o consumo, deve-se, em primeiro lugar, descrevê-lo. Assim, é correto descrever o consumo como

Alternativas
Comentários
  • Tipos de Consumo 
    Consumo horizontal ou regular:  caracterizado por ter um consumo constante,  com pequenas variações crescentes ou decrescentes,  mas  com  um comportamento regular para  o período de tempo analisado. 
     

    Consumo crescente:  caracterizado pelo aumento do consumo, de  forma crescente e ordenada, para o período de  tempo analisado. 

    Consumo decrescente: caracterizado pelo consumo decrescente,  inverso ao anterior,  apresentando uma tendência de 
    diminuição para o  período de tempo analisado. 

    Consumo aleatório ou  irregular: caracterizado pelo consumo com grandes oscilações para o  período de  tempo analisado, demonstrando consumo irregular. 

    Consumo  sazonal: car.acterizado pelas oscilações regulares,tanto positivas como negativas. A denominação sazonal aplica-se aos casos em que o  desvio é, no mínimo, 25% do consumo médio e está condicionado a determinadas causas, como, por exemplo, epidemias, surtos,  inverno, verão e outros (BISSON; CAVAil.INI,  2002). 

     

    Fonte: Storpirtis, 2011


ID
2069857
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A utilização de medicamentos é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como comercialização, distribuição, prescrição, dispensação e uso de medicamentos na sociedade. O objetivo do estudo de utilização de medicamentos é conhecer

Alternativas
Comentários
  • Os estudos de  utilização de medicamentos (EUM) foram definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1977, como "a comercialização, a distribuição, a prescrição e o uso de medicamentos  em uma  sociedade, com  ênfase  especial  sobre as conseqüências inéditas ,  sociais e econômicas resultantes".

  • a) os medicamentos para melhor utilizá-los, promovendo um maior consumo pela população X / promovendo o USO RACIONAL

    b) como os medicamentos estão sendo utilizados, para promover o seu uso racional, com o aumento dos gastos. / REDUÇÃO DOS GASTOS

    c) como os medicamentos são utilizados pela população e quais os mais consumidos, a fim de promover uma maior disponibilidade destes X/ a fim de de promover ações educativas.

    d) como os medicamentos estão sendo utilizados, para otimizar o atendimento à saúde, ou seja, promover seu uso racional, tendo, como consequência, a redução de gastos.


ID
2069860
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) em pacientes com infarto do miocárdio está embasado no(a)

Alternativas
Comentários
  • O sistema renina-angiotensina representa um alvo importante no tratamento da hipertensão arterial humana. Apesar da sua importância na homeostase cardiovascular, o sistema renina-angiotensina tem sido implicado na perpetuação do processo hipertensivo e no desenvolvimento de complicações como hipertrofia ventricular esquerda e vascular arterial, na esclerose glomerular, principalmente em diabéticos, e no agravamento da insuficiência cardíaca.


ID
2069863
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A entrada de fármacos no organismo, seus deslocamentos entre diferentes sítios e sua saída pressupõem a passagem através de membranas, influenciada pelas características físico-químicas de ambos. Diante do exposto, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A maioria dos fármacos são bases fracas, ou seja, ocorrem em estado neutro dentro de meio alcalino. Quando exposto a um meio ácido, a molécula neutra aceita um próton H+, formando uma molécula carregada. O que se observa a partir disso é sua excreção, uma vez que a forma carregada é um empecilho para atravessar as membranas celulares e consequentemente, ser absorvido.

  • a) fármacos alcalinos, como as anfetaminas, são bases fracas, sendo um manejo à acidificação da urina para aumentar a sua eliminação.

    B) fármacos alcalinos em meio ácido estão na sua forma IONIIZADA, POLAR, MENOS lipossolúvel e, portanto, com maior dificuldade para transpor a membrana celular.

    C) os barbitúricos são fármacos básicos e, para aumentar a sua excreção, pode-se acidificar a urina, o que promove a formação da sua forma IÔNICA, diminuindo o seu transporte pela célula

    D) o pH determina a eliminação de drogas ácidas e básicas do organismo. Dessa forma, as drogas básicas são eliminadas em meio ÁCIDO, pois desenvolvem a sua forma PROTONADA, e as drogas ácidas são eliminadas em meio BÁSICO, pois desenvolvem a sua forma protonada.

  • - Fármaco Ácido é bem absorvido em meio ácido e bem eliminado em meio básico

    - Fármaco Básico é bem absorvido em meio básico e bem eliminado em meio ácido

    assim fica fácil de lembrar!


ID
2069866
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A vancomicina apresenta uma farmacocinética linear e, desta maneira, a administração é realizada por meio de infusão curta, com duração de duas horas e intervalo de dose de oito horas. Assim, para se estabelecer a concentração máxima no estado de equilíbrio, deve-se realizar uma amostragem

Alternativas

ID
2069869
Banca
CIAAR
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Um paciente chega ao hospital apresentando um estado grave de infecção. O médico prescreve uma dose de ataque de um antibiótico endovenoso, levando em consideração alguns dados prévios do medicamento, como o volume de distribuição e a concentração eficaz do fármaco. Assim, é obtida uma dose de ataque de 1 g do medicamento. Qual é a concentração eficaz do medicamento, sabendo-se que o seu volume de distribuição é 2,3?

Alternativas
Comentários
  • Dose de ataque= Concentração eficaz x Volume de distribuição

    1000mg = C x 2,3

    434,78 mg/ml

  • DA = Cp X Vd