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Prova IBADE - 2018 - Prefeitura de Manaus - AM - Professor de Língua Portuguesa


ID
4006603
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário do MS Excel 2010, em português, inseriu a seguinte fórmula em uma célula de sua planilha:


=MAIOR (C4:D7; 3)


Nesse caso, ao executar esse fórmula, dentro do intervalo nela indicado, é apresentado como resultado o(s)/a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    A função =MAIOR retorna o maior valor do intervalo, de acordo com um critério, que é a posição desejada.

    =MAIOR (C4:D7; 3) retornará o terceiro maior valor do intervalo C4 até D7.

    Atenção:

    =MAIOR e =MENOR vêm com critério, ou seja, retornam respectivamente o maior e menor valor de acordo com a posição desejada.

    =MÁXIMO e =MÍNIMO não vêm com critério, ou seja, retornam sempre o maior e menor valor do intervalo, respectivamente.

    Essa diferenciação é importante pois tem questão que tenta confundir esses dois pares de funções.

    Lembre-se sempre:

    ''O MÁXIMO É SEMPRE O MAIOR NÚMERO, MAS O MAIOR NEM SEMPRE SERÁ O MAIOR''.

  • Assertiva C

    =MAIOR (C4:D7; 3) = terceiro maior número.

  • Gab ( C )

    A função Maior = Retorna o maior valor k-ésimo de um conjunto de dados. Você pode usar esta função para selecionar um valor de acordo com a sua posição relativa.

    Não confundir com Máximo= função máximo tem como característica identificar o maior valor no conjunto de dados selecionados. O uso da função mínimo é muito utilizada em cálculos estatístico, o mesmo acontece para a função máximo.

  • Gabarito letra C.

    Exemplo prático da função apresentada pela questão e diferenciando-a da função MÁXIMO:

    O professor lança as notas da turma numa planilha, nas células de C4 até D7, e quer saber qual a nota máxima da prova: usa a função MÁXIMO. Nesse caso, a fórmula será:

    =MÁXIMO (C4:D7). Dentro desse intervalo/matriz, a planilha retorna 10, ou seja, a maior nota registrada na matriz é 10. Descobre que a maior nota foi 10.

    Por outro lado, caso esse professor queira saber quais foram os três alunos mais bem colocados, para premiá-los, usa a função MAIOR. Dessa forma, usa as seguintes fórmulas:

    =MAIOR (C4:D7; 1): retorna a 1ª maior nota. Por exemplo: 10;

    =MAIOR (C4:D7; 2): retorna a 2ª maior nota. Por exemplo: 8;

    =MAIOR (C4:D7; 3): retorna a 3ª maior nota. Por exemplo: 6.


ID
4006606
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário da versão atual do navegador Google Chrome precisa usar teclas de atalho para acessar a funcionalidade que abre uma janela anônima desse navegador. Nesse caso, as teclas de atalho a serem digitadas são:

Alternativas
Comentários
  • Principais Teclas de Atalhos para Navegadores

    CTRL + D Favoritos

    CTRL + H Histórico

    CTRL + J Downloads

    CTRL + T Nova aba ou guia

    CTRL + N Nova janela

    CTRL + SHIFT + T Reabrir última aba fechada

    CTRL + SHIFT + N Reabrir última janela fechada

    CTRL + SHIFT + P Navegação InPrivate ou Privativa

    CTRL + Shift + N Navegação anônima (Chrome)

    CTRL + W ou CTRL + F4 Fechar aba

    F5 ou CTRL + R Atualizar página

    CTRL + F5 Atualizar página + cache do site

    CTRL + L Edita a barra de endereços

    Alt + Home Abrir página inicial

    F11 Alterna para a Tela Inteira

    CESPE, FGV e CESGRANRIO, por exemplo, vira e mexe cobram esse conteúdo em concurso. Agora, se você pegar uma FUNCAB ou VUNESP, quase todas as questões de navegadores cobram teclas de atalho. :)

    Gostou das dicas? Particularmente, eu uso muito o CTRL + SHIFT + T e o CTRL + SHIFT + N, pois vivo fechando aba e janela de navegador sem querer.

    Ainda, deixo como dica bônus o Ctrl+Enter, que “completa” o endereço digitado no navegador com o www. antes e o .com depois. Inusitado, não é? Você digita “Google” na barra de endereços, Ctrl + Enter e voilá: aparecerá www.google.com na barra de endereços.

    "ESTRATEGIA CONCURSOS"

  • Gabarito C

    O CTRL + SHIFT + N abre uma nova Janela Privativa (ou navegação anônima) no Google Chrome. Os outros navegadores utilizam o CTRL+SHIFT+P.

    Essa questão abordou dois aspectos que as bancas adoram perguntar quando o tema é internet/navegadores. O comentário do Neto Mota trouxe um montão deles já e se você quiser se testar em relação a esse ponto tão cobrado pelas bancas, segue aí um desafio. No caso, são atalhos gerais, ok? Não só de navegadores, não só de Windows, etc. Atalhos gerais. Se quiser se testar...

    https://youtu.be/l1QHVf-vYSk

    E pra quem quiser conhecer mais sobre os detalhes do funcionamento da Janela Privativa, recomendo essa questão inédita que aborda (numa tacada só) diversos aspectos importantes do tema.

    https://youtu.be/uwk6Tgzvxwo

  • Assertiva C

    CTRL + SHIFT + N = Navegação anônima

  • E quem diria que acessar Xvídeos poderia te salvar aqui, né amigo! kkkkkkkkkkk

  • Gabarito: C

    No FIREFOX: Ctrl + Shift + P


ID
4006609
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Por conta de vários ataques sofridos em sua máquina, um usuário obteve um software de proteção contra vírus de computador. Um software utilizado para esse fim é o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    As únicas alternativas que poderíamos ficar em dúvida são B e D, visto que WhatsApp é um aplicativo de mensagens instantâneas e Libre Office é a suíte de aplicativos de escritório, similar ao pacote Office.

    Microsoft Azure é um serviço de computação em nuvem e Avira é um antivírus, portanto, gabarito D.

  • Assertiva D

    Um software utilizado para esse fim é o: Avira.

  • A plataforma de nuvem do Azure consiste em mais de 200 produtos e serviços de nuvem projetados para ajudar você a dar vida às novas soluções para resolver os desafios atuais e criar o futuro. Crie, execute e gerencie aplicativos em várias nuvens, locais e na borda, com as ferramentas e as estruturas de sua escolha.


ID
4006612
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário do MS PowerPoint 2010, em português, precisa alterar o tema padrão dos seus slides. A aba da Barra de Opções que permite acessar os controles dessa funcionalidade é a:

Alternativas
Comentários
  • gab: B

    Alterar o tema atual

    Na guia Design, no grupo Temas, clique no botão Mais (mostrado abaixo) para abrir a galeria de temas inteira:

    Para aplicar um tema interno, em Office ou em Interno, clique no tema desejado.

    Para aplicar um tema recém-criado ou um tema existente que você modificou e salvou, em Personalizado, clique no tema desejado.

    Para aplicar um tema personalizado ou um documento com tema armazenado em um local diferente, clique em Procurar Temas e localize e selecione o tema desejado.

    Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/office/remover-ou-alterar-o-tema-atual-f1e47128-cea7-42b5-9cb3-790b080d4c83

    Bons estudos.

  • GAB ( B)

    Os principais recursos da guia são: Tamanho do Slide , Formatar tela de fundo, Temas , Variantes.

    Bons estudos!

  • Design -> Temas


ID
4006615
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário do editor de textos MS Word 2010, em português, estando no ato de escrever seu texto, digitou as teclas de atalho CTRL+D. Isso significa que ele ativou o(a):

Alternativas
Comentários
  • Gab C

    Word >> CTRL + D = formatação de fontes

    Writer >> CTRL + D = sublinhado duplo

  • Assertiva C

    janela de configurações e formatações para o texto aberto.


ID
4006618
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em uma planilha do MS Excel 2010, em português, na célula C1 inseriu-se a fórmula:


=SOMA(A6:$B8)


Ao copiar e colar essa fórmula para a célula D1, ela assume o formato 



Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Na célula C1, inseriu-se a formula: =SOMA(A6:$B8), ao copiar e colar essa fórmula para a célula D1, ela assume o formato =SOMA(B6:$B8)

  • Qual formula? Ela não está aparecendo... QC ta de parabéns!!!

  • A formula continua a mesma...

  • Assertiva D

    Ao copiar e colar essa fórmula para a célula D1 =SOMA(B6:$B8)

    $B8: Referência mista. Linha relativa e coluna absoluta. Ao copiar, apenas a linha irá mudar. Já a coluna permanecerá inalterada.

  • Pessoal, boa tarde. Abri a prova original e falta uma parte do enunciado que não foi postado pelo Qc, justamente a parte que precisamos para resolver.

    Segue a questão original:

    ''Em uma planilha do MS Excel 2010, em português, na célula C1 inseriu-se a fórmula: =SOMA(A6:$B8) Ao copiar e colar essa fórmula para a célula D1, ela assume o formato''

    Resolução:

    A fórmula foi inserida em C1 e quer saber o formato da fórmula ao copiar e colar para D1.

    De C para D varia uma coluna, então a coluna A passa a ser B e a coluna B continua sendo B pois está travada, temos em $B8 uma referência mista, que pode variar somente em linha.

    Como foi copiada de C1 para D1, continua na mesma linha, então não irá variar.

    O resultado, portanto é:

    =SOMA(B6:$B8)

    GABARITO: D

  • Obrigada pela procura Simone.

    ''Em uma planilha do MS Excel 2010, em português, na célula C1 inseriu-se a fórmula: =SOMA(A6:$B8) Ao copiar e colar essa fórmula para a célula D1, ela assume o formato''

    C1 - D1

    De C para D aumentou 1 então as letras irão aumentar em uma unidade, exceto a letra B que está com referência absoluta.

    Os números permaneceram iguais, então os números da fórmula não irão se alterar.

    A6:$B8 ----------> B6:$B8

  • A referência absoluta não necessita de um cifrão ($) por item? Achei que somente B seria estático, não o 8. Afinal, devia ser $B$8. Não? Acertei a questão, mas discordo do gabarito...

  • Galera, realmente ta faltando uma parte da questão! Eu acabei resolvendo pelo símbolo do "$" que no calc significa uma referência absoluta, não mudando a coluna "B". Como a linha também continuará 8, então a única alternativa é a "D".

    Se estiver errado, podem corrigir.

  • Falta coisa na questão... Culpa do estagiário?

  • A questão aborda conhecimentos acerca da funcionalidade das referências absolutas e mistas.

     

    Antes de analisarmos a expressão apresentada no enunciado, vale destacar a diferença entre referência mista e absoluta:

    Uma referência mista é utilizada para fixar uma coluna ou linha, de forma que, ao copiar essa célula em outras partes da planilha, a coluna ou linha não seja alterada. Para inserir uma referência mista, o usuário deverá inserir o símbolo de cifrão ($) antes da letra, para fixar a coluna, ou do número, para fixar a linha.

    Já a referência absoluta é utilizada para fixar tanto a coluna quanto a linha, ou seja, ao arrastar ou copiar uma célula em outra parte da planilha, a referência da célula continuará a mesma. Para inserir uma referência absoluta, o usuário deverá inserir o símbolo de cifrão ($) antes da letra e do número utilizados para referenciar a célula.

     

    Dessa forma, na expressão “=SOMA(A6:$B8)” foi aplicada uma referência relativa na coluna B de forma a fixá-la para que não se mova ao mover a célula, ou seja, ao copiar e colar a função para a célula D1, as colunas não fixadas serão atualizadas e passarão a indicar a coluna seguinte, uma vez que houve apenas a mudança de coluna. Portanto, a expressão “=SOMA(A6:$B8)” passará a ter, na célula D1, a função “=SOMA(B6:$B8)”.

     

    Gabarito – Alternativa D.


ID
4006621
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Deseja-se utilizar o recurso do sistema operacional MS Windows 7, em português, que reúne todos os recursos multimídia, facilitando sua gerência. O recurso a ser acessado é o:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Falou multimídia e Windows? Pode associar logo aos termos Windows Media. Aí pode ser o Windows Media Player, que é um executor, tipo, um programa pra tocar o áudio/vídeo; ou o Windows Media Center, que é uma espécie de gerenciador de recursos multimídia. Detalhe, O Windows Media Center morreu. No Windows 10 ele nem roda mais. Mas a questão se refere ao Windows 7.

    Sobre as demais alternativas...

    Windows Defender

    Uma espécie de gerenciador de segurança.

    AeroShake

    Não sei se o erro foi da banca ou do QC. É que são termos separados. Aero Shake. No caso, o Aero é uma GUI e o Shake é um dos seus recursos. O que é GUI... uma interface gráfica. No Windows não se dá muita bola pra isso, até porque o usuário não tem escolha (dentro do uso geral) e é obrigado a usar o que a Microsoft escolhe. Mas no caso do Linux é bem comum (as bancas adoram fazer questões relacionadas) citar GNOME ou KDE como exemplos de GUI (são mais do que isso, a rigor). Seja como for, Aero é uma GUI. Já o Shake é um recurso do Aero que faz com que, se a pessoa clicar na barra de título de uma janela e sacudir (Shake), todas as demais janelas que estejam abertas sejam minimizadas. Ou seja... uma bobagem com nome chic e que não serve pra grande coisa.

    Flip 3D

    Outro recurso do Aero. Faz com que as janelas sejam percorridas de um jeito mais bonito, digamos assim. Tipo uma repaginada básica no velho ALT+TAB. No caso, era com o atalho [TECLA WINDOWS]+TAB. Não tenho certeza, mas acho que já não funciona no Windows 10. Se você estiver utilizando o Windows 10 agora, fizer o teste e quiser compartilhar aqui o resultado, é uma boa ideia.

  • Excelente comentário Jayme. Uso o Windows 10 aqui e fiz o teste e realmente o recurso Aero não funciona. A tecla Windows + TAB agora é o atalho da Visão de Tarefas.

  • Assertiva B

    Windows Media Center

  • Apenas complemento.

    A definição ajuda muito.

    O Windows Media Center é um aplicativo feito pela Microsoft projetado para servir como um centro de entretenimento doméstico

  • Gabarito B

    Falou multimídia e Windows? Pode associar logo aos termos Windows Media. Aí pode ser o Windows Media Player, que é um executor, tipo, um programa pra tocar o áudio/vídeo; ou o Windows Media Center, que é uma espécie de gerenciador de recursos multimídia. Detalhe, O Windows Media Center morreu. No Windows 10 ele nem roda mais. Mas a questão se refere ao Windows 7.

    Sobre as demais alternativas...

    Windows Defender

    Uma espécie de gerenciador de segurança.

    AeroShake

    Não sei se o erro foi da banca ou do QC. É que são termos separados. Aero Shake. No caso, o Aero é uma GUI e o Shake é um dos seus recursos. O que é GUI... uma interface gráfica. No Windows não se dá muita bola pra isso, até porque o usuário não tem escolha (dentro do uso geral) e é obrigado a usar o que a Microsoft escolhe. Mas no caso do Linux é bem comum (as bancas adoram fazer questões relacionadas) citar GNOME ou KDE como exemplos de GUI (são mais do que isso, a rigor). Seja como for, Aero é uma GUI. Já o Shake é um recurso do Aero que faz com que, se a pessoa clicar na barra de título de uma janela e sacudir (Shake), todas as demais janelas que estejam abertas sejam minimizadas. Ou seja... uma bobagem com nome chic e que não serve pra grande coisa.

    Flip 3D

    Outro recurso do Aero. Faz com que as janelas sejam percorridas de um jeito mais bonito, digamos assim. Tipo uma repaginada básica no velho ALT+TAB. No caso, era com o atalho [TECLA WINDOWS]+TAB. Não tenho certeza, mas acho que já não funciona no Windows 10. Se você estiver utilizando o Windows 10 agora, fizer o teste e quiser compartilhar aqui o resultado, é uma boa ideia.


ID
4006624
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um formato básico de mensagens transmitidas e enviadas, que é utilizado em softwares de correio eletrônico, é o:

Alternativas
Comentários
  • MIME é a sigla em inglês para Multipurpose Internet Mail Extensions, que se refere a um padrão da internet para o formato das mensagens de correio eletrônico. Ele pode ser utilizado para incluir vários tipos de conteúdo dentro de uma única mensagem.

    O MIME estende o formato de protocolo de transferência de correio simples (SMTP) dos e-mails para inserir diferentes tipos de conteúdo, sendo eles em texto ou não. Algumas partes dessas mensagens podem envolver imagens, áudios e textos em caracteres distintos. Como muitas das mensagens na internet possuem uma associação bem próxima entre os padrões SMTP e MIME, algumas vezes eles são denominados de mensagens SMTP/MIME.

  • MIME é a sigla em inglês para Multipurpose Internet Mail Extensions, que se refere a um padrão da internet para o formato das mensagens de correio eletrônico.

    FTP é a sigla para File Transfer Protocol, um termo que, traduzido para o português, significa Protocolo de Transferência de Arquivos

    URL é a forma padronizada de representação de diferentes documentos, mídia e serviços de rede na internet, capaz de fornecer a cada documento um endereço único

    ARPAnet (Advanced Research Projects Agency Network, em português, Rede da Agência de Pesquisas em Projetos Avançados) foi a primeira rede de computadores, construída em 1969 como um meio robusto para transmitir dados militares sigilosos e para interligar os departamentos de pesquisa por todo os Estados Unidos.

    GAB A

  • MIME(turbina o SMTP)- auxilia o SMTP quando o assunto é envio de multimídia. Onde, ele delimita um e-mail que anteriormente não era possível enviar. E traz essa possibilidade de envio.  

  • MIME é a sigla em inglês para Multipurpose Internet Mail Extensions, que se refere a um padrão da internet para o formato das mensagens de correio eletrônico. Ele pode ser utilizado para incluir vários tipos de conteúdo dentro de uma única mensagem.

    O MIME estende o formato de protocolo de transferência de correio simples (SMTP) dos e-mails para inserir diferentes tipos de conteúdo, sendo eles em texto ou não. Algumas partes dessas mensagens podem envolver imagens, áudios e textos em caracteres distintos. Como muitas das mensagens na internet possuem uma associação bem próxima entre os padrões SMTP e MIME, algumas vezes eles são denominados de mensagens SMTP/MIME.

  • FTP é o protocolo que te permite fazer uploads e downloads; logo, não tem nada a ver com correio eletrônico.

  • MIME é um SMTP "Mimado" , mais desenvolvido

  • O MIME estende o formato de protocolo de transferência de correio simples (SMTP) dos e-mails para inserir diferentes tipos de conteúdo, sendo eles em texto ou não. Algumas partes dessas mensagens podem envolver imagens, áudios e textos em caracteres distintos. Como muitas das mensagens na internet possuem uma associação bem próxima entre os padrões SMTP e MIME, algumas vezes eles são denominados de mensagens SMTP/MIME.

  • O MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Extensões Multi-função para Mensagens de Internet) é uma forma de padronização para os formatos de mensagens de correio eletrônico. A maior parte das mensagens de e-mail são enviadas pelo protocolo SMTP, que possui limitações, sendo a maior delas uma codificação de caracteres que só consegue trabalhar com os caracteres da língua inglesa. Isto implica em enviar textos sem acentuação, por exemplo. O MIME adiciona funcionalidades, permitindo o envio de outras informações por e-mail, como os caracteres de outras línguas, imagens, sons, filmes e outros tipos de arquivos."

    PMCE 2021, mas só Deus sabe quando

  • MIME ==>Ele é um protocolo complementar do SMTP que possibilita que dados em diferentes formatos sejam enviados por e-mail.

    Podemos imaginar o MIME como um conjunto de funções de software que convertem dados não-ASCII (fluxos de bits) em dados ASCII e vice-versa.

    Estratégia.

    Prof Diego Carvalho


ID
4006627
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário do sistema operacional MS Windows 7, em português, ao acessar a funcionalidade de Novas Configurações de Rede, deseja configurar sua rede de modo que possa usá-la em um restaurante ou aeroporto, dentro de uma rede não confiável. Para isso ele deve clicar no ícone

Alternativas
Comentários
  • Namorar escondido no banco da praça pode favorecer que algum vírus informa aos pretendentes da gatinha que você esteve com ela aos amasso no banco da praça.

    Gab: D

  • Gab ( D )

    Usamos analogia para resolver a questão.

    Quer local mais inseguro que uma praça?

  • no banco da praça fica vulnerável kkkk

  • Gab ( D )

    Usamos analogia para resolver a questão.

    Quer local mais inseguro que uma praça?

  • Gabarito D.

    Gente, qual a necessidade de copiar e colar os mesmos comentários?

  • a questão tem até trilha sonora: sentei no banco da praça tentando te esquecer, adormeci e sonhei com você...


ID
4006630
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No MS Word 2010, em português, uma forma para acessar a funcionalidade de Layout de Impressão é através do caminho de menus/itens:

Alternativas
Comentários
  • GAB ( C )

    Exibir --------------Layout de Impressão

    Layout de Impressão é uma das formas de exibição do Word.

    São formas de exibição : Layout de Impressão, Rascunho, Layout da Web, Modo de leitura, Estrutura dos tópicos.

  • GABARITO: C

    A única guia(menu) do Word entre as alternativas é ''Exibir'', então com base nisso também daria para chegar ao gabarito. Vale a pena decorar quais são as guias pois ajuda a resolver muita questão.

  • Assertiva C

    Exibir->Layout de Impressão

  • No Word 2010 o correto é: Guia (EXIBIÇÃO)----Grupo: (Layout de Impressão).

    Letra C.

    Obs: no Word 2010 não há guia Exibir e sim Exibição.

    Não altera o gabarito, mas é bom habituar-se ao nome correto,pois dependendo da banca isso resultaria na perda de uma questão!

  • GABARITO C

    (exibir) Exibição - grupo Modos de Exibição - Layout de impressão

  • existem diversos crimes na referida lei que não são próprios.

    comentário completamente equivocado.


ID
4006633
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“ Para desenvolver, o melhor possível, a personalidade e estar em condições de agir com uma capacidade cada vez maior de autonomia, discernimento e responsabilidade pessoal. Com essa finalidade, a educação deve levar em consideração todas as potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se” A definição refere-se a um dos quatro pilares da educação denominado Aprender a:

Alternativas
Comentários
  • LETRA: A

    Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.Pretende-se formar autônomos, intelectualmente ativos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proativa na sociedade.

    Fonte: www.educacional.com.br


ID
4006636
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na Educação Infantil, a literatura infantil traz reflexões de fortalecimento identitário que auxiliam na construção da identidade da criança e na socialização. Sobre o tema leia as afirmativas.


I. Acredita-se que, quando as referências das literaturas infantis são semelhantes à da criança, na qual esta percebe suas características físicas e/ou fenotípicas aparecem nas tramas de forma positiva, contribui expressivamente para o aumento da autoestima, na formação da identidade social e individual, na construção de conceitos e na interação como o outro.

II. A Literatura Afro-Brasileira, se usada de forma comprometida, tendo como princípio básico a desconstrução de estereótipos e preconceitos racistas, arrigados no seio da sociedade brasileira pode ser uma grande aliada no despertar da subjetividade infantil; na formação da identidade étnica-racial.

III. Trabalhar com a literatura infantil afro-brasileira, onde os heróis são referências em histórias como protagonistas negros, pode contribuir, tanto para a construção da identidade e da autoestima de crianças negras como para a desvalorização da convivência na diversidade com a criança branca.


Está correto apenas o que se apresenta em:

Alternativas
Comentários
  • Para acertar a questão deve-se escolher as respostas menos absurdas.


ID
4006639
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A problemática das relações entre escola e cultura é inerente a todo processo educativo. Não há educação que não esteja imersa na cultura da humanidade e, particularmente, do momento histórico em que se situa. Sobre o tema, leia as afirmativas.


I. As relações entre escola e cultura não podem ser concebidas como entre dois polos independentes, mas sim como universos entrelaçados, como uma teia tecida no cotidiano e com fios e nós profundamente articulados.

II. A cultura, como forma de penetração social, é o único elemento que pode ser estudado como variável sem importância, secundária ou dependente em relação ao que faz o mundo se mover, não devendo, portanto, ser vista como algo fundamental, constitutivo, que determina a forma, o caráter e a vida interior do movimento cultural.

III. A escola é uma instituição construída historicamente no contexto da modernidade, considerada como mediação privilegiada para desenvolver uma função social fundamental: transmitir cultura, oferecer às novas gerações o que de mais significativo culturalmente produziu a humanidade.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I e III.


ID
4006642
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget, há três estruturas que correspondem a três estádios do desenvolvimento intelectual, a saber:


I. Inteligência sensório-motora: conhecimento prático dos objetos.

II. Inteligência sensório-motora: reflexão, abstração, pensamento formal, operações sobre (os resultados das) operações.

III. Inteligência operatória formal: conhecimento prático dos objetos.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas

ID
4006645
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Vygotsky foi um dos primeiros autores a diferenciar o processo de aprendizagem da criança e a formalização escolar. Para este autor, a aprendizagem começa no ingresso à escola. Nessa afirmação, fica claro que, para este teórico, o processo de formalização do conhecimento proposto pela escola:

Alternativas

ID
4006648
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A nítida ampliação das referências à educação especial na perspectiva inclusiva nos textos de políticas públicas desse gênero, remetem a um olhar para possível compreensão da implementação e do impacto no âmbito escolar. Assim, um documento essencial influência à formulação das políticas públicas de educação inclusiva, a Declaração de Salamanca, quando se refere aos princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais, demanda que os Estados assegurem que a educação de pessoas com deficiências seja parte integrante do sistema educacional. Além disso congrega todos os governos e demanda que eles:


1. estabeleçam mecanismos participatórios e centralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais.

2. atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.

3. desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em países que possuam experiências de escolarização inclusiva.

4. garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    1. estabeleçam mecanismos participatórios e centralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais. /Errado o planejamento deve ser participativo


ID
4006651
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A lei de Diretrizes e Bases da Educação em vigor - LDB 9394/1996 - estabelece que a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social, visando:

Alternativas
Comentários
  • Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de

    solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

    cidadania e sua qualificação para o trabalho.

  • Para responder a esta questão, exige-se que o candidato combine dois artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9394/1996. O candidato deve indicar a assertiva correta. Vejamos:

    "Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

    § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

    § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social."

     "Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho."

     Gabarito: B


ID
4006654
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As escolas têm percebido a importância das tecnologias para a aprendizagem na atualidade. Pensar no processo de ensino e aprendizagem em pleno século XXI sem o uso constante dos diversos instrumentos tecnológicos é deixar de acompanhar a evolução que está na essência da humanidade. Nesse cenário, pode-se afirmar que:


I. A disseminação e uso de tecnologias digitais, marcadamente dos computadores e da internet, favoreceu o desenvolvimento de uma cultura de uso das mídias e, por conseguinte, de uma configuração social pautada num modelo digital de pensar, criar, produzir, comunicar, aprender - viver.

II. Cabe à escola procurar meios de promover a integração tecnológica, oferecendo meios para a produção de um conhecimento a nível contemporâneo.

III. Se a educação, antes do surgimento tecnológico, visava à agregação de valores aos conhecimentos produzidos e divulgados em sala de aula, com as tecnologias ela perdeu esse caráter agregador e diminuiu o interesse pelos valores e pela ética.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
4006657
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a legislação vigente, cabe aos sistem as de ensino regulam entar a gestão democrática por meio de instrumentos fundamentais ao incremento da participação indicados a seguir:


I. Projeto Político -Pedagógico da escola, elaborado por profissionais da educação.

II. Conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local.

III. Diretrizes, objetivos e metas a serem implementadas nas diversas etapas e modalidades da educação básica e superior.


Está correto apenas o que se indica em:

Alternativas
Comentários
  • Discordo do gabarito, pois o PPP deve ser elaborado por todos não só profissionais da educação.

  • Francisco... concordo com vc

  • acredito que os itens I e II cabem as instituições de ensino...
  • ART. 14 DA LDBEN/96

    Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

    II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

  • Está mal formulada. Deveria ser com a participação dos profissionais de educação.
  • São dois os princípio da gestão democrática no artigo 14 da LDB: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II- participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes letra B

ID
4006660
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia

A formação de educadores e professores assenta nos seguintes princípios:


1. formação que, em referência à realidade social, estimule uma atitude simultaneamente crítica e atuante.

2. formação que favoreça e estimule a inovação e a investigação, nomeadamente em relação com a atividade educativa.

3. formação participada que conduza a prática reflexiva e continuada de inform ação e aprendizagem acadêmicas.

4. aquisição de competências relativa s à especialização exigida pela diferenciação e permanência do sistema educativo.


Está correto apenas o que se indica em:

Alternativas

ID
4006663
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Tem-se como carga horária mínima anual para os ensinos fundamental e médio, de acordo com a Lei n° 9.394/1996:

Alternativas
Comentários
  • A carga horária mínima anual ... deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.           

  • Letra C

    oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

  • Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

    I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;            

  • tem alteração ai
  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento da literalidade do artigo 24 que versa sobre carga horária mínima anual para os ensinos fundamental e médio conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/1996. O candidato deve indicar a assertiva correta. Analisemos:

    a) Incorreta.

    O erro está na carga horária e dias letivos apresentados. Vejam o texto de lei:

    Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (...)"

    b) Incorreta.

    Os dias apresentados estão errados. Vejam o texto de lei:

    Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (...)"

    c) Correta.

    Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (...)"

    d) Incorreta.

    Os dias apresentados estão errados e também o tempo para exame final que é excluído dos tempos normais. Vejam o texto de lei:

    Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (...)"

    Gabarito do monitor: C


ID
4006666
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei n° 8.069/1990 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Para os efeitos desta lei, considera-se adolescente a pessoa entre:

Alternativas
Comentários
  • Art. 2° Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, à pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela pessoa entre 12 e 18 anos de idade. Questão correta: Letra A
  • Gab: A

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, em especial sobre a idade do adolescente. Analisaremos as alternativas a fim de encontrarmos a resposta correta. Vejamos:

    "Nos termos do art. 2.º do Estatuto, será criança a pessoa com até 12 (doze) anos incompletos, e adolescente aquela que tiver entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos. A idade é o fator determinante para a fixação de quem é criança, adolescente ou adulto. Adota-se um critério cronológico absoluto, sem qualquer menção à condição psíquica ou biológica. Assim, é o aniversário de 12 anos que faz a criança tornar-se adolescente, e o aniversário de 18 anos que faz o adolescente tornar-se adulto. Ademais, conforme esclarecem Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo e Thales Cezar de Oliveira, em se tratando de pessoa nascida em 29 de fevereiro (anos bissextos), sempre que esta data não existir 'considerar-se-á seu aniversário no primeiro dia subsequente, ou seja, 1.º de março (art. 3.º da Lei n. 810/1949)"

    Referência bibliográfica: ROSSATO, Luciano Alves, CUNHA, Rogério Sanches. LÉPORE, Paulo Eduardo. Estatuto da Criança e do Adolescente : Lei n. 8.069/90 – comentado artigo por artigo. 11ª. Ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.

    Gabarito do monitor: A


ID
4006669
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O art. 8º da Lei n° 13.005/2014 afirma que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.

Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de educação estratégias que:


I. assegurem a articulação das política s educacionais com as demais políticas sociais, particularmente as econômicas e financeiras.

II. considerem as necessidades específicas das populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural.

III. garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades.

IV. promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas educacionais.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro do item II ?

    § 1º Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de educação estratégias que:

    I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais, particularmente as culturais;

    II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural;

    III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades;

    IV - promovam a articulação Inter federativa na implementação das políticas educacionais.


ID
4006672
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo a Lei Orgânica do Município de Manaus/AM, “a educação, a cargo do Município, será promovida e estimulada com a participação e colaboração da comunidade local, fundada na reflexão da realidade, tendo por objetivo” o(a):

Alternativas

ID
4006675
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015
Assuntos

A Lei n° 13.146 de 06/07/2015 institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Dessa forma, em relação ao direito da pessoa com deficiência à educação, são feitas as seguintes afirmações a seguir:

I. Cabe ao Poder Público oferecer educação bilíngue, nas modalidades oral e escrita da língua portuguesa como primeira língua e em libras como segunda língua em escolas especializadas, classes bilíngues e em escolas inclusivas.
II. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, nas escolas especializadas, ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
III. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
IV. O Poder Público deve assegurar a adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • II. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, nas escolas especializadas (isso é exclusão,segregar), ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

    Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em

    todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

  • Complementando o comentário acima:

    I. Cabe ao Poder Público oferecer educação bilíngue, nas modalidades oral e escrita da língua portuguesa como primeira língua e em libras como segunda língua em escolas especializadas, classes bilíngues e em escolas inclusivas.

    Art 28 - IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e pede ao candidato que julgue os itens a seguir no tocante ao direito à educação. Vejamos:

    I. Cabe ao Poder Público oferecer educação bilíngue, nas modalidades oral e escrita da língua portuguesa como primeira língua e em libras com o segunda língua, em escolas especializadas, classes bilíngues e em escolas inclusivas.

    Errado. A primeira língua é Libras e a segunda, a língua portuguesa, nos termos do art. 28, IV, do Estatuto da Pessoa com Deficiência: Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;

    II. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, nas escolas especializadas, ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

    Errado. De fato, a educação constitui direito da pessoa com deficiência, porém, não necessariamente em escolas especializadas, mas, sim, em sistema educacional inclusivo, nos termos do art. 27, caput, do Estatuto em análise: Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

    III. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.

    Correto. Trata-se de cópia literal do art. 27, parágrafo único, do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

    IV. O Poder Público deve assegurar a adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência , favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino.

    Correto. Trata-se de cópia literal do art. 28, V, do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

    Portanto, apenas os itens III e IV estão corretos.

    Gabarito: B


ID
4006678
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Sobre o texto, é correto afirmar que:


I. A descrição feita no primeiro parágrafo colabora para que o leitor perceba a importância da irmã para o narrador.

II. A caçamba da picape alude, através de linguagem conotativa, à nova experiência vivida pela irmã.

III. Ao dizer que ela não olha para trás, tal como fazia na infância, o narrador ressalta a pouca importância que a irmã dava à família.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Nada vê...NÃO concordo com gabarito....next.

  • Heim?!

  • Não colabora não.

  • gab. D

    sendo correta as afirmativas I e II

    I. A descrição feita no primeiro parágrafo colabora para que o leitor perceba a importância da irmã para o narrador.

    Sim, ao ler o texto percebe que o autor descreve a sua falta de coragem e depois a coragem da irmã a partir do § 2ª.

    II. A caçamba da picape alude, através de linguagem conotativa, à nova experiência vivida pela irmã.

    Sim. Leia com atenção: Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre (aconteceu e marcou). + Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo. -> Se não fosse pela retomada desse segundo momento que se refere a caçamba, essa alternativa estaria errada. Na segunda passagem percebe-se que foi usado a linguagem conotativa.


ID
4006681
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

O texto em análise evidencia um narrador:

Alternativas
Comentários
  • Questão pro primo do prefeito.

  • "sem que haja uma sobrecarga de emoções na narração", como explicar isso?

  • gab. oficial letra D... mas pra mim a C... enfim!!

    sobre a D: Para criar emoção na narrativa, você precisa contextualizar a situação.

    Por exemplo, imagine que em seu livro haja uma personagem chamada Vanessa. Ela recebe a informação de que seu filho acaba de falecer. Você deseja que os leitores sejam profundamente impactados por esta informação, assim como Vanessa foi. Mas isso não vai acontecer se não for estabelecida, previamente, a relação entre Vanessa e o filho. É preciso descrever a intensidade do amor de Vanessa pelo filho, suas expectativas em relação ao futuro dele, seus medos e preocupações. Se ele nunca foi citado, o anúncio de sua morte será indiferente para o leitor. fonte: https://corrosiva.com.br/como-escrever-um-livro/como-criar-emocao-em-uma-narrativa/#:~:text=Para%20criar%20emo%C3%A7%C3%A3o%20na%20narrativa,informa%C3%A7%C3%A3o%2C%20assim%20como%20Vanessa%20foi.


ID
4006684
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Em "'O MUNDO LÁ FORA VAI TE TRUCIDAR!" eu dizia com os olhos, "AINDA DÁ TEMPO DE DESISTIR!", mas ela nem sequer olhava pra trás' as orações destacadas, em relação ao verbo DIZIA, exercem a função sintática de:

Alternativas
Comentários
  • D

    objeto direto.

  • 'O MUNDO LÁ FORA VAI TE TRUCIDAR!" eu dizia com os olhos, "AINDA DÁ TEMPO DE DESISTIR!

    eu dizia com os olhos, ISSO.

    o verbo dizia é VTD

    Quem Diz, Diz Algo.

    Consequentimente o termo posposto é o Objeto que completa a ideia do Verbo.

  • GABARITO -D

    "'O MUNDO LÁ FORA VAI TE TRUCIDAR!" eu dizia com os olhos, "AINDA DÁ TEMPO DE DESISTIR!

    Eu dizia / isso - O MUNDO LÁ FORA VAI TE TRUCIDAR ( Objeto direto )

    Eu dizia / isso - AINDA DÁ TEMPO DE DESISTIR ( Objeto direto )

  • Aposto é termo acessório da oração , logo pode ser retirado sem perda de sentido. Se fossem O.S.S. Apositiva (função de aposto) as orações poderiam ser retiradas, mas se isso ocorrer haverá perda de sentido, logo não são O.S.S. Apositiva.

    Ordem direta = Eu "dizia" com os olhos,O MUNDO LÁ FORA VAI TE TRUCIDAR AINDA DÁ TEMPO DE DESISTIR. (O.S.S. Objetiva Direta).


ID
4006687
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Ao utilizar formas típicas da linguagem oral e coloquial, o autor produz um texto com tom predominantemente:

Alternativas
Comentários
  • C

    informal.

  • Escolhi informal e, no último segundo, migrei para técnico. Vacilo comum em provas...


ID
4006690
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

A oração “mas ela nem sequer olhava pra trás.”, em relação as frases que a antecedem, funciona como:

Alternativas
Comentários
  • mas ela nem sequer olhava pra trás.”

    → Temos uma conjunção coordenativa adversativa que introduz uma oração coordenada adversativa, valor semântico de oposição, ressalva, adversidade.

    GABARITO. B


ID
4006693
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

O termo em destaque em “Só vou dizer que era uma idade em que tudo ISSO já era bastante constrangedor." remete à relação de um elemento do texto em referência a outro, presente no contexto verbal. Essa referência é denominada:

Alternativas
Comentários
  • D-anafórica

  • ANAFÓRICO (lembrar de AnaVOLTA): se refere a algo já mencionado anteriormente no texto.

    CATAFÓRICO (lembrar de CataFORA): algo que ainda não foi mencionado no texto.

    .

    .

    “Só vou dizer que era uma idade em que tudo ISSO já era bastante constrangedor."

    O termo "ISSO" está se referindo a tudo o que já foi citado no texto anteriormente, daí porque se trata de ANAFÓRICO.

    GABARITO: ALTERNATIVA D


ID
4006696
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Do ponto de vista sociocomunicativo, é relevante considerar a relação entre a seleção e posicionamento dos pronomes átonos e suas particularidades de uso. Nessa perspectiva, pode-se afirmar corretamente que há inadequação de colocação pronominal, considerando a exigência do norma-padrão, em:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    "Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno”

    Não se usa pronome oblíquo átomo em início de frase.

  • Na prova, a Frase da alternativa "C" está redigida da seguinte forma:

    "Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China".

    Portanto, é mais uma das falhas do QC, nada de novo...

    De toda forma, apesar das incorreções na atual disposição da alternativa C, a questão solicita erro na disposição do pronome, daí a gente da uma de louco e ignora os erros de pontuação e escrita e marca a que tem apenas o pronome errado mesmo.

    Gabarito: D.

  • Qual é o erro da letra C quanto a pontuação, gente? Pra mim, é apenas um assíndeto, uma figura de linguagem.

  • A. "Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente" > Nenhum impeditivo de próclise

    B. "Nesse sábado, os dois vão se casar." > locução verbal vão (verbo auxiliar) + casar (verbo principal no infinitivo) - nesse caso pode haver próclise, mesóclise ou ênclise.

    C. "Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China" > "já" = adverbio = atrativo de próclise

    D. "Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno” > não se deve usar próclise em inicio de oração ou período

  • A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo. p.ex. não se realiza trabalho voluntário), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal, p.ex. realizar-se-á trabalho voluntário) e ênclise (após o verbo, p.ex. realiza-se trabalho voluntário). 

    Inspecionemos os itens a fim de encontrar uma frase cuja colocação pronominal incorra em erro:

    a) "Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente"

    Correto. Tanto a próclise, já presente acima, quanto a ênclise (o adesivo vinha-me à mente) são legítimas;

    b) "Nesse sábado, os dois vão se casar."

    Correto, mas com ressalvas. De acordo com a gramática tradicional, não se interpõe pronome oblíquo átono na locução verbal sem que se ligue, por meio de hífen, ao verbo auxiliar, excerto se houver preposição. Na prática, dá-se assim a correta estrutura: "os dois vão-se casar". Essa tendência de não inserir o hífen iniciou-se no Romantismo e foi-se fortalecendo no decurso do tempo. De toda maneira, o uso foi de tal modo cristalizado que até mesmo a banca entendeu plenamente ilesa a erros a frase. Sendo assim, apesar da falta de correção, é menos incorreta esta alternativa do que o gabarito, como será visto a seguir;

    c) "Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China"

    Correto. A próclise é a única colocação possível, pois o advérbio "já" atrai para si o pronome "se";

    d) "Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno”

    Incorreto. Os pronomes oblíquos átonos não podem encabeçar períodos: ou aparecem em mesóclise (quando houver verbos no futuro do presente, p.ex. afastarei, afastarão, ou no futuro do pretérito. p.ex. afastaria, afastaríamos) ou aparecem em ênclise. No caso em tela, por não haver verbo no futuro do presente ou do pretérito, pospõe-se o pronome. Correção: "Afastei-me de um amigo (...)".

    Letra D

  • Assertiva D

    "Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno”


ID
4006699
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Na passagem: “Me afastei de um amigo por causa de um adesivo QUE ele tinha no caderno”, a correta função, na oração a que pertence, do termo destacado está na opção:

Alternativas
Comentários
  • “Me afastei de um amigo por causa de um adesivo QUE ele tinha no caderno”

    → Temos um pronome relativo e, diferentemente da conjunção subordinativa integrante que, o pronome relativo pode desempenhar diversas funções sintáticas.

    Para identificar a função do QUE, devemos seguir alguns passos.

    1) Separar a oração introduzida pelo pronome relativo (ele tinha no caderno).

    2) Trocar o pronome relativo pelo seu referente. (um adesivo).

    3) Organizar a frase (Ele tinha, no caderno, um adesivo)

    3) A função que o referente desempenhar, após a frase estar organizada, será a função do pronome relativo.

    Ficou :Ele tinha, no caderno, um adesivo, ficou fácil de perceber que o termo caderno funciona como objeto direto.

    Não desistam!!!

    GABARITO. B

  • Letra B

    "(...) um adesivo QUE ele tinha no caderno”

    Que = um adesivo

    Verbo ter -> Quem tem, tem algo ou alguma coisa -> VTD

    Ele tinha (o que?) um adesivo no caderno -> OD

    "Sinta a Força!" - Yoda

  • Coloque a frase na ordem correta.

    "Ele tinha um adesivo no carro". Quem tem, tem alguma coisa. Ele tem o que? Um adesivo, portanto, objeto direto.


ID
4006702
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

A oração entre vírgulas em “Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando”:

Alternativas

ID
4006705
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Observe a passagem: '"Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca”.' A figura de sintaxe presente no trecho acima é:

Alternativas
Comentários
  • Gab A

    num enunciado, supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação (p.ex.: meu livro não está aqui, [ele] sumiu !).

    fonte: gamática

  • GABARITO: A

    a questão está falando sobre as figuras de linguagens de construção ou sintaxe

    a) Elipse é a omissão de um termo da frase que seja facilmente subentendido. Nesse caso, o termo omitido é o (EU) vou passar...

    b) Inversão consiste na troca da ordem direta dos termos da frase (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes

    c) Silepse é uma figura de linguagem caracterizada por estabelecer concordância não com as palavras que compõem a frase, mas com a ideia que se pretende transmitir ou com termos subentendidos.

    d) Polissíndeto: consiste no emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos de oração e geralmente é a conjunção "e", "nem" ou "mas".

  • Assertiva A

    Eu '"Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca”.' A figura de sintaxe presente no trecho acima é: elipse

  • Acrescentando:

    Silepse

    A silepse é empregada mediante a concordância da ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa forma, ela não obedece as regras de concordância gramatical e sim por meio de uma concordância ideológica.

    Classificação da Silepse:

    Silepse de Gênero: quando há discordância entre os gêneros (feminino e masculino);

    Silepse de Número: quando há discordância entre o singular e o plural;

    Silepse de Pessoa: quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural.

    Exemplos de Silepse:

    Silepse de Gênero: A velha São Paulo cresce a cada dia.

    No primeiro exemplo, notamos a união dos gêneros masculino (São Paulo) e feminino (velha).

    Silepse de Número: O povo se uniu e gritavam muito alto nas ruas.

    No segundo exemplo, o uso do singular e plural denota o uso da silepse de número: povo (singular) e gritavam (plural).

    Silepse de Pessoa: Todos os pesquisadores estamos ansiosos com o congresso.

    No terceiro exemplo, o verbo não concorda com o sujeito, e sim com a pessoa gramatical: pesquisadores (terceira pessoa); estamos (primeira pessoa do plural).

  • Nosso famoso sujeito elíptico deriva dela: a elipse.


ID
4006708
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Na passagem "'Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte?', a(s):

Alternativas
Comentários
  • A) a palavra O é um pronome demonstrativo. (Correta)

    O e A permutáveis por AQUILO e AQUELA são pronomes demonstrativos.

    B) duas ocorrências do QUE pertencem à mesma classe gramatical. (Errado)

    O 1° é um pronome relativo e o 2° uma conjunção subordinativa integrante

    C) oração "que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? age como complemento nominal da oração principal. (Errado) Age como complemento verbal ou objeto direto da oração principal ''VOCÊ SABIA''.

    D) flexões verbais obedeceram a um mesmo tempo e modo. (Errado)

    Sabe - presente do indicativo

    Espera - presente do indicativo

    Sabia - pretérito imperfeito do indicativo

    Acaba - presente do indicativo

  •  "'Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte?

    A) a palavra O é um pronome demonstrativo. → O ou A vindos antes de pronomes relativos e podendo serem permutados por aquilo/aquela serão pronomes demonstrativos.

    GABARITO. A

  • "Simbora "

    Barbara, você sabe o que te espera?

    I ) O + Que =

    Se troca o "O" por aquilo = pronome demonstrativo e o "que" = pronome relativo.

    Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte?

    I) Você sabia (disso?)

    Ao conseguir encaixar um "ISSO " , ele introduz orações subordinadas.

    Já temos sujeito na oração principal?

    Temos ! Além disso, há verbo que precisa de complemento. Logo, objetiva direta.

  • Sabia q era pronome, mas confundi com relativo... fui bobo e errei. no entanto... serviu pra saber

  • A questão quer que analisemos as alternativas abaixo em relação ao trecho a seguir. Vejamos:

     . 

    "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte?"

     . 

    A) a palavra O é um pronome demonstrativo.

    Certo. O "o" antes do "que" será pronome demonstrativo quando puder ser substituído por "aquele(s), aquela(s), aquilo". (o que = aquilo que)

     . 

    B) duas ocorrências do QUE pertencem à mesma classe gramatical.

    Errado. O primeiro "que" é pronome relativo e o segundo "que" é conjunção integrante.

    "QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)

    "QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)

     . 

    C) oração "que todo casamento acaba em divórcio ou em morte?" age como complemento nominal da oração principal.

    Errado. A oração introduzida por esse "que" age como objeto direto da oração principal ("você sabia") e classifica-se como oração subordinada substantiva objetiva direta.

    Conjunção integrante: introduz oração subordinada substantiva. É mero conectivo oracional. A oração pode ser trocada por "isso, nisso, disso". Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito disso) 

     . 

    D) flexões verbais obedeceram a um mesmo tempo e modo.

    Errado. As flexões verbais estão em tempos diferentes: "sabe" está no presente do indicativo (ele sabe); "espera" está no presente do indicativo (ele espera); "sabia" está no pretérito imperfeito do indicativo (ele sabia) e "acaba" está no presente do indicativo (ele acaba).

     . 

    Gabarito: Letra A


ID
4006711
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Sobre os elementos “Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas”, leia as afirmativas.


1. O autor deveria ter colocado vírgulas antes e depois de “quando chegou em casa da escola”.

2. MINHA é um pronome substantivo possessivo.

3. Há uma impropriedade no uso da sintaxe de regência no segmento CHEGOU EM CASA.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • letra A está errada, oração subordinada adverbial temporal não é obrigatoriamente separada por vírgula.

  • O gabarito deveria ser a Letra C. Vejamos:

    1. O autor deveria ter colocado vírgulas antes e depois de “quando chegou em casa da escola”. (ERRADO, a virgula não é obrigatória na ORDEM CRÔNICA).

    2. MINHA é um pronome substantivo possessivo. (ERRADO. No contexto é um pronome adjetivo possessivo)

    3. uma impropriedade no uso da sintaxe de regência no segmento CHEGOU EM CASA. (CORRETO, não se chega "em", mas sim "a").

  • 1 Adjunto adverbial deslocado é obrigatório o uso de virgula.

    2 é somente pronome possessivo

    3 A regência certa é : cheguei a casa (99 Por cento das pessoas falam cheguei em casa, regência errada)

  • Sobre a afirmativa 01:

    Acredito que se trate de Oração Subordinada Adverbial em sua posição original (não está deslocada), seguida de uma Oração Coordenada Sindética. Quando falamos em Or. Subord. Adv. na posição original, o uso da vírgula é FACULTATIVO, mas é aconselhável. Assim, penso que o gabarito correto deveria ser letra C.

    Corrijam-me, por favor, se estiver errada.

  • Colegas, tenho uma dúvida: Se nesta frase fosse colocado o artigo "a" antes do pronome "minha", ele se tornaria um pronome possessivo substantivo ou continuaria sendo adjetivo pelo fato de preceder um substantivo (irmã, no caso)?

    A Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas”

    Muito obrigado a quem puder responder :)

  • Questão deveria ser anulada

  • GABARITO A

    Para os não assinantes

  • É a "quinquagésima " questão que vejo a IBADE utilizando o deveria com sentido de poderia.

    CUIDADO!

  • A letra A não assume vírgula obrigatória, temos uma oração adverbial temporal em sua posição original.

    O gabarito deveria ser letra C!

  • No meu ponto de vista, a alternativa correta seria a letra C, pois não há que se falar em ADJUNTO ADVERBIAL deslocado sendo que a assertiva apresenta a hipótese de inclusão da vírgula APENAS APÓS o termo supracitado. Caso apresentasse a hipótese de inclusão da vírgula antes do QUANDO e após ESCOLA, ok, o gabarito seria aceitável, mas podemos ver que NÃO É O CASO. Uma vírgula SOMENTE após o termo ESCOLA implicaria INCORREÇÃO GRAMATICAL, pois estaríamos separando, com a conjunção coordenativa aditiva E, embora de orações diferentes, O MESMO SUJEITO. O que, por sua vez, é inadmissível pela gramática normativa. O erro da assertiva 2 é afirmar que o pronome possessivo MINHA se trata de um pronome SUBSTANTIVO, sendo que, na verdade, trata-se de um pronome possessivo ADJETIVO, pois ele acompanha o SUBSTANTIVO(Restringindo-o), não se trata de QUALQUER irmã, mas sim da MINHA irmã. Já os pronomes possessivos SUBSTANTIVOS não os acompanham, substituem-nos.

    .EX: A irmã do meu amigo se mudou para São Paulo, e a MINHA foi passear na casa desta.(observem que o substantivo IRMÃ, SUJEITO DO VERBO IR, está implícito, isto é, SUBSTITUÍDO. Logo, POSSESSIVO SUBSTANTIVO.

    Na assertiva 3, podemos ver claramente um erro de regência, pois a preposição EM exprime sentido de ESTATICIDADE/MEIO PELO QUAL TENHA SE DADO ALGO. EX1: Fui à festa da minha irmã, que ocorreu na cidade vizinha, NO meu carro.(ou seja, meio pelo qual o irmão foi à festa da irmã.)

    EX2:Estou EM casa.(ESTATICIDADE/IMOBILIDADE/INÉRCIA).

    DIZER: "Cheguei NA minha casa" exprime a ideia de que você ENTROU nela, acionou o modo foguete, e ela saiu VOANDO para te levar a algum lugar.

    Portanto, a regência correta do verbo CHEGAR, quando trouxer a ideia de MOVIMENTO/DESLOCAMENTO, é a preposição A.

    EX: Cheguei ao aniversário da minha irmã.

    E caso alguém esteja se perguntando o porquê de não haver sinal indicativo de crase em: "CHEGOU A CASA", é simples:

    Observem que não houve qualquer tipo de especificação do substantivo CASA(Como há em: Casa do meu pai, casa do meu irmão). CASA, neste caso, tem um sentido VAGO/INESPECÍFICO. Uma vez que o ARTIGO é a classe gramatical cujos integrantes definidos A, O, AS, OS são usados para DEFINIR/ESPECIFICAR/INDIVIDUALIZAR um TERMO, quando este possuir sentido vago, não haverá artigo. Logo, se não há artigo, não contração para formar a CRASE.

    POR ISSO, ACHO QUE O GABARITO CORRETO É A LETRA C.

    Caso eu esteja errado, por favor, corrijam-me! Não sou formado em LETRAS, porém, embora fosse, TODOS estamos suscetíveis a ERROS! Inclusive as próprias bancas!

    BONS ESTUDOS A TODOS!

  • pessoal, pelas últimas questões que eu realizei essa banca entende que adj adv na ordem direta e deslocada VAI vírgula...


ID
4006714
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

O elemento destacado em “Mas desejo TAMBÉM que desejes com audácia" estabelece com o restante da frase o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • “Mas desejo TAMBÉM que desejes com audácia"

    → Também é um advérbio de inclusão.

    GABARITO. B

  • Assertiva B

    Mas desejo TAMBÉM = inclusão.


ID
4006717
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

No terceiro parágrafo, a expressão “enxergar-se mais nitidamente”, no contexto da crônica significa:

Alternativas
Comentários
  • Último parágrafo: "desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente."

    Gabarito: C


ID
4006720
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

Sabendo-se que uma oração é um enunciado construído em torno de um verbo, pode-se afirmar que o(s):

Alternativas
Comentários
  • Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

    B) objeto direto do verbo DESEJAR é uma oração. → Correto, temos uma conjunção subordinativa integrante introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou seja, o objeto direto da oração principal é representado por uma oração.

    GABARITO. B


ID
4006723
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

O segmento “estando alerta para as casualidades e os milagres” poderia ser reescrito sem perda do sentido original e da correção linguística, por:

Alternativas
Comentários
  • “estando alerta para as casualidades e os milagres” - temos uma oração subordinada reduzida de gerúndio.

    Reescrevendo a frase na forma desenvolvida: " que estejas alerta para as casualidades e os milagres."

    A oração subordinada substantiva pede que o verbo esteja no modo subjuntivo (no presente), concordando na 2º pessoa do singular.

    Gabarito letra B!


ID
4006726
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

A palavra destacada em “Mas desejo TAMBÉM que desejes com audácia,” é acentuada porque é:

Alternativas
Comentários
  • “Mas desejo TAMBÉM que desejes com audácia,”

    → Temos uma oxítona terminada em ditongo decrescente nasal, sempre que uma palavra terminar em AM ou EM será ditongo nasal e não dígrafo vocálico.

    GABARITO. D

  • Também chamado de ditongo fonético

    Exemplo: SABEM /ey/.

  • Recebem acento as palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em e -ens.

    GABARITO: D

  •  TAMBÉM -> EM é um ditongo nasal

  • Pensei aqui

    É possível um EM ser um dígrafo vocálico em uma palavra oxítona?

  • GABARITO: LETRA D

    Oxítonas ↳ Última sílaba tônica.

    Paroxítonas ↳ Penúltima sílaba tônica.

    Proparoxítonas ↳ Antepenúltima sílaba tônica.

    Monossílabos ↳ Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em "A, E, O com ou sem S".

    Oxítonas ↳ Acentuam-se as oxítonas terminadas em "A, E, EM, ENS e DITONGO".

    Ditongos abertos  ÉU, ÉI, ÓI.

    a) Monossilábicos: véu, rói, dói, réis.

    b)Oxítonos: caracóis, pincéis, troféus.

    *

    Paroxítonas ↳ Acentuam-se as paroxítonas terminadas em "L, I(s), N, US, PS, Ã, R, UM, UNS, ON, X, ÃO e

    DITONGO".

    OBS: Não se acentua prefixos terminados em Iou R”: Semi |Super.

    Ditongos abertos paroxítonos não são mais acentuados. Ex: Ideia, boia, jiboia, assembleia.

    EE / OO paroxítonos (não são mais acentuados) Veem, leem, creem. | Voo, enjoo, perdoo.

    Não há mais trema em palavras da língua portuguesa.

    *

    Proparoxítonas ↳ Todas as paroxítonas são acentuadas.

    Hiatos ↳ Acentuam-se o "I e o U", quando são a segunda vogal tônica de hiato, quando essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba.

    OBS ↳ Se junto ao I” e U” vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento.

    Se o I for seguido de NH”, não haverá acento.

    Paroxítonos antecedidos de ditongo: Feiura / Bocaiuva.

    Também não haverá acento se a vogal se repetir, como, por exemplo, em xiita.

    ____________________________________________________________________________________________________________________

    Formas Verbais com Hífen ↳ Deve-se tratar cada forma como se fosse uma palavra distinta.

    Ex: Contar-lhe; Sabê-la; Convidá-la-íamos.

    Verbos “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): sem acento.

    Ex: O homem tem / o homem vem.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens têm / os homens vêm.

    Verbos derivados de “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): com acento agudo.

    Ex: João mantém / o frasco contém.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens mantêm / os frascos contêm.

    Pôr (verbo) / Por (preposição) | Pôde (pretérito perfeito) / Pode (presente) | Fôrma (substantivo – recipiente) / Forma (verbo “formar” / substantivo)

    MEUS RESUMOS DE AULAS ASSISTIDAS.


ID
4006729
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

Sobre a tipologia textual desse fragmento de Desejo que desejes, pode-se dizer que a organização predominante é a:

Alternativas
Comentários
  • letra B

    Crônica - Gênero textual comum em textos jornalísticos e revistas. Costumam narrar fatos cotidianos

  • A RESPOSTA DA QUESTÃO É A LETRA """A""" O texto apresenta o tipo textual NARRATIVO.
  • "desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr" sensacional.

  • Narrativo????

  • A bibliografia na parte debaixo do texto já traz a resposta.

    ''MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003''.

    Crônicas é um gênero textual da tipologia Narrativa.


ID
4006732
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Desejo que desejes Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

        Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

        Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. São Paulo L&PM Pocket, 2003

Em “Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabêLOS impossíveis não OS leve em grande consideração, mas OS mantenha acesos, livres de frustração” os pronomes em destaque substituem:

Alternativas
Comentários
  • GAB : D

    Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-LOS, está retomando sonhos descabidos


ID
4006735
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

A linguagem literária apresenta diferenças singulares, muito embora tenha uma estreita relação com o discurso comum. O texto em análise faz uso da linguagem literária, por ser:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra "C".

    Cuidar: linguagem Denotativa é a linguagem do Dicionário; a linguagem literária não raras vezes se utiliza da linguagem conotativa, que é figurativa, imaginativa, ou mesmo, pode-se dizer "multissignificativa", de fato.

  • Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

    Vejamos que expressa uma conotação, logo há marca de sentido não próprio no texto. Por conseguinte, a letra A está incorreta.

  • Letra C

    A multissignificação é uma das características da linguagem literária, segue conteúdo que retirei do site Brasil Escola.

    A linguagem literária apresenta diferenças singulares, muito embora tenha uma estreita relação com o discurso comum. Dentre os traços peculiares do discurso literário, podemos destacar:

     Complexidade: Uma das principais características do discurso literário é a complexidade. Isso acontece porque a linguagem literária não tem compromisso com os sentidos que comumente são atribuídos às palavras, extrapolando assim seu nível semântico. Por esse motivo, o texto literário não é apenas um objeto linguístico, mas também estético.

    → Multissignificação: A Literatura apresenta uma linguagem que a difere da linguagem utilizada no cotidiano. Diferentemente do discurso que adotamos em nosso dia a dia, no qual prepondera o uso objetivo da fala, o discurso literário pode apresentar múltiplas leituras e interpretações.

    → Conotação: A linguagem literária é conotativa, isto é, uma palavra, quando usada no sentido conotativo, permite diferentes significados e múltiplas interpretações. A  permite que ideias e associações extrapolem o sentido original da palavra, assumindo assim um sentido figurado e simbólico.

    Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/linguagem-literaria.htm


ID
4006738
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

O autor, a partir do título, já aponta que se considera um aprendiz. No desenrolar do texto, há frases que indicam essa crença de que é um aprendiz, conforme aponta a passagem transcrita a seguir:

Alternativas
Comentários
  • gab. A.

    ao reler o primeiro parágrafo, percebe-se na passagem destacada:  Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.


ID
4006741
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Na construção do texto, o autor:

Alternativas
Comentários
  • ele traz consigo uma linguagem coloquialista informal!

    devido à isto gabarito letra (c)

  • Gabarito, C.

    "Aí veio um colega correndo".

    Essa frase denunciou a resposta da questão.

    #estabilidadesim #nãoareformaadministrativa


ID
4006744
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Em " — Não pode ser! - REPETIA INCRÉDULO, IRRITADO. — Eu vi o avião cair!” o segmento destacado foi iniciado por travessão haja vista:

Alternativas
Comentários
  • Tenho sérias dúvidas sobre o gabarito oferecido.

    A meu ver, a indicação correta de gabarito está na letra A!

  • O trecho destacado é o que está em caixa alta.

  • "REPETIA INCRÉDULO, IRRITADO"

    Oração Inferferente?

  • Oficial = ( D )

    — Não pode ser! - REPETIA INCRÉDULO, IRRITADO. — Eu vi o avião cair!”

    São os principais usos de travessões:

    I) Indicar fala de personagens ou mudança de interlocutor nos diálogos.

    II) Pôr em evidência expressões , frase ou termos de valor explicativo.

    Havia um homem - Mendigo- sentado no banco da praça.

    --------------------------------------------------------

    Sobre a questão...da leitura do texto vemos o seguinte:

     E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

     — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

    Há uma mudança clara de Locutores no discursos. A redação da questão é péssima para responder , uma vez que ao dizer que ao dizer " aponta para voz do narrador" também defende que há mudança de interlocutor.

  • Essa questão, ao meu ver, possui dois itens corretos: A e D

  • Referente a dúvida do Lucas tinti.

    Ex: — Pai, tirei 7.5 no exame!

    — Parabéns, filho! Qual exame?

    Isso seria uma mudança de interlocutor, isto é, a pessoa com quem se conversa, que não é o caso.

    - REPETIA INCRÉDULO, IRRITADO.

    O seguimento acima indica claramente a voz do narrador, com isso, distinguindo o comentário do narrador da fala do personagem.

    Letra D

  • F@da essa banca!

    Por qual motivo não cobrar a posição da maioria dos gramáticos, mas não, querem f@der com nossas vidas.

  • O que gerou dúvida foi não ter ficado claro quem era o "termo destacado" a que o avaliador se referia. Se era todo o pedaço que o avaliador retirou do texto e colocou no enunciado da questão, ou se o "destaque" eram as letras maiúsculas. Se fosse todo o trecho citado, acredito que a alternativa certa seria a A. Mas como é só o texto em letras maiúsculas (o que não deixaram tão claro, na minha opinião), a alternativa correta realmente é a D.

    Obs.: Eu tbm errei.


ID
4006747
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Em: “Fama, não; ele era mentiroso” a informação contida no predicado resulta da união obrigatória do núcleo verbal destacado com uma propriedade qualquer expressa no termo adjacente. Nesta perspectiva, este verbo é chamado:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Duarte, há também a estrutura que exibe mais de uma predicação. Tais construções apresentam verbos do tipo “copulativos” (verbos de ligação), nelas se verifica uma dupla predicação, pois além de predicar o adjetivo em posição pós-verbal que se refere ao sujeito “O miúdo está contente”, predica-se também toda a expressão em itálico em relação ao sujeito “O miúdo está contente”. Duarte explica que, na frase “O miúdo está contente”, o adjetivo ‘contente’ constitui  o  predicador  sintaticamente  secundário  e o  verbo  ‘está’  o  predicador sintaticamente primário. Segundo a autora, a tradição gramatical luso-brasileira chama 6 Segundo Duarte (2003, p. 278), uma oração é o domínio sintático em que uma projeção máxima de natureza predicativa fica saturada mediante a presença de um sujeito. 

    69 esse tipo de predicado de ‘predicado nominal’ e a relação gramatical do predicador secundário (contente) em frases copulativas é a de ‘predicativo do sujeito’.

  • pense em uma prova difícil viu pai

  • Galera, a prova é destinada ao cargo de professor de Língua Portuguesa.

    É por isso que tá muito aprofundado o assunto, acredito que seja conteúdo de ensino superior isso aí e é por isso que tão difíceis essas questões.

  • Verbos copulativos sã verbos de ligação entre o sujeito e o predicativo do sujeito. Os verbos copulativos são: ser, estar, continuar, ficar, parecer, permanecer.

  • Verbo:

    copuLativo - Ligação

  • Verbo copulativo = de ligação = relacional.

    ATENÇÃO: OBSERVE O CONTEXTO, MESMO ESTANDO NESSA LISTA DE VERBOS, PODE NÃO SER DE LIGAÇÃO. É NECESSÁRIO TER O SENTIDO DE "ESTADO".

    Por exemplo: Ana está um pouco triste (estar triste é um estado emocional dela. Ela não é triste, apenas está).

    SER;

    ESTAR;

    PARECER;

    PERMANECER;

    FICAR;

    TORNAR-SE;

    CONTINUAR;

    VIRAR (NO SENTIDO DE TORNAR-SE);

    ANDAR (NO SENTIDO DE ENCONTRAR-SE).

    Gabarito: letra D.

  • Assertiva D

    Fama, não; ele era mentiroso”

  • Gabarito aos não assinantes: Letra E.

    Verbos copulativos, de ligação ou relacionais são assim denominados porque ligam o sujeito a um determinado termo que indicar estado ou característica. São exemplos: ser, estar, continuar, permanecer...

    No caso em tela, o verbo "atribui" uma característica (Ele era mentiroso).


ID
4006750
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Unem -se, na progressão textual, orações sintaticamente dependentes que correspondem a sintagmas nominais resultantes de transposição de uma oração. É exemplo desse tipo de estrutura sintática a oração destacada em:

Alternativas
Comentários
  • O enunciado complicadinho quer saber qual a Oração Subordinada com núcleo formado por substantivo (sintagma nominal). Inicialmente podemos descartar duas orações, presentes nas assertivas A e C, pois são coordenadas.

    Sobraram, assim, duas Orações Subordinadas, presentes nas assertivas B e D.

    B) Todo mundo sabia QUE ELE ERA MENTIROSO. (Oração Subordinada Objetiva Direta)

    D) Havia um rapaz QUE TINHA FAMA DE MENTIROSO. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)

    A única explicação plausível para o gabarito dado a questão seria acreditar que o núcleo da oração da alternativa "B" é o substantivo ELE e no caso da alternativa "D" é MENTIROSO. Nesse caso, concluiremos que na alternativa "D" há um sintagma adjetival, e por isso não é o nosso gabarito.

    Já pedi comentário do professor.

    Corrigi após apontamento do colega Natamilsom Cerqueira, Obrigado!!

    Gabarito: B.

    Qualquer equivoco só mandar msg que corrijo ou deleto... (estamos todos em constante aprendizagem!)

  • A alternativa D não é uma oração SUBORDINADA adjetiva restritiva? Os pronome relativo '' que'' introduz a oração adjetiva

  • B) Todo mundo sabia QUE ELE ERA MENTIROSO.

    → Diferentemente dos verbos nocionais, os verbos relacionais possuem seu núcleo no nome e não no verbo de ligação, por isso é dito sintagma nominal o núcleo é nome e não verbo.

    Erros? Comuniquem-me por gentileza.

    GABARITO. B

  • Assertiva B

    Todo mundo sabia QUE ELE ERA MENTIROSO.

  • Unem -se, na progressão textual, orações sintaticamente dependentes ( orações subordinadas) que correspondem a sintagmas nominais ( entendi que aqui tratam-se daquelas funções sintáticas classificadas como nominais, aposto, vocativo, complemento nominal, sujeito, objetos) resultantes da transposição de uma oração. É exemplo desse tipo de estrutura sintática a oração destacada em:

    a única alternativa em que a oração subordinada desempenha uma destas funções é a B.

    B

    Todo mundo sabia QUE ELE ERA MENTIROSO.

    TODO MUNDO SABIA ISSO.

    que é uma conjunção integrante e tem função substantiva, regendo uma oração subordinada objetiva direta (funciona como objeto direto da oração principal).


ID
4006753
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Em '“NA VERDADE”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção.’” , o sentido da expressão destacada é:


I. de fato.

II. na realidade.

III. provavelmente.

IV. com efeito.


Estão corretos apenas os itens:

Alternativas
Comentários
  • reposta B I, II e IV.

  • ´´ NA VERDADE ´´ não da ideia de provavelmente e sim de correção de algo que foi dito!


ID
4006756
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Em “Na verdade”, eu escrevi ali EM CIMA.” A expressão destacada é uma locução:

Alternativas
Comentários
  • "eu escrevi ali EM CIMA". O "em cima" faz referência ao verbo escrever, indicando o local onde foi escrito, tratando-se de uma locução adverbial de lugar (morfologia) e de um adjunto adverbial de lugar (sintaxe).

    Gabarito: B.

  • “Na verdade”, eu escrevi ali EM CIMA.”

    → Em destaque temos um adjunto adverbial de lugar, é só fazer a pergunta, escrevi onde? Ali em cima, passa ideia de lugar.

    GABARITO. B

  • eu escrevi ali EM CIMA ( Lugar da escrita)

    escreveu em que lugar?

    Adjunto adverbial :

    Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstância em que ocorre o processo verbal ou o termo que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advérbio. Adjunto adverbial é uma função adverbial, isto é, desempenhada por advérbios (e locuções adverbiais).

  • “Na verdade”, eu escrevi ali EM CIMA."

    Locução adverbial é quando duas ou mais palavras exercem, dentro de uma oração, função de advérbio.

    A locução adverbial "EM CIMA" indica lugar, logo a alternativa é "B".

  • Tão obvio que errei! aff


ID
4006759
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

O verbo destacado em “Ele VIRA, realmente, o avião cair”, quanto à regência verbal, é.

Alternativas
Comentários
  •  “Ele VIRA, realmente, o avião cair”

    → Quem vira, vira algo, trata-se de um verbo que pede complemento sem preposição, temos um verbo transitivo direto.

    GABARITO. C

  • Complemento : Verbo virar

    Como transitivo direto ( indica uma ação )

    Ex : Os aluno viraram a mesa .

    Como verbo de ligação ( indica uma mudança de estado )

    Ex : Os alunos viraram professores.

  • "vira" do verbo ver, em

  • Não é o verbo "virar", mas sim "ver".

    "Vira" é pretérito mais-que-perfeito do verbo "ver".

  • Pra resolver essa questão você teria que ter em mente que:

    Verbo Intransitivo: Aquele verbo que, sozinho, possui seu sentido completo.

    Verbo Transitivo: É aquele verbo que, sozinho, NÃO possui seu sentido completo exigindo, portanto, um complemento. Existem três tipos de verbo transitivo:

    -> V.T.D (Verbo Transitivo Direto): verbo que exige um complemento SEM preposição. (Objeto Direto)

    -> V.T.I (Verbo Transitivo Indireto): verbo que exige um complemento COM preposição. (Objeto Indireto)

    -> V.T.D.I. (Verbo Transitivo Direto e Indireto): verbo que exige os dois complementos: Objeto Direto e Objeto Indireto.

    "Ele VIRA, realmente, o avião cair."

    Nesse caso, o verbo ver é V.T.D., pois quem vê, vê algo ou alguma coisa. Então temos que:

    VIRA = V.T.D.

    o avião cair = objeto direto (O.D.), pois completa o sentido do verbo e não é iniciado por preposição.

    Bons estudos!

  • GAB: C Vira 》 verbo ver | ele ver algo ou alguma coisa -> VTD. "Filho, se você realmente quer algo nesta vida, você tem que trabalhar para isso. Agora, quieto! Eles vão anunciar os números da loteria." (SIMPSON, Homer)

ID
4006762
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Sobre os elementos destacados do segmento “No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso.”, leia as alternativas.


I. Na primeira oração, há uma inadequação quanto à concordância.

II. O verbo HAVER é impessoal e deve manter-se no singular, mesmo se a frase a que pertence for passada para o plural.

III. QUE é uma conjunção integrante.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. Na primeira oração, há uma inadequação quanto à concordância. (não há inadequações)

    II. O verbo HAVER é impessoal e deve manter-se no singular, mesmo se a frase a que pertence for passada para o plural.

    III. QUE é uma conjunção integrante. (trata-se de um pronome relativo).

    Portanto, gabarito: B.

  •  “No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso.”

    I. Na primeira oração, há uma inadequação quanto à concordância. → Incorreto, a oração atende as normas de concordância, não que se falar em erro.

    II. O verbo HAVER é impessoal e deve manter-se no singular, mesmo se a frase a que pertence for passada para o plural. → Correto, o verbo haver com sentido de existir, ocorrer, acontecer ou tempo transcorrido é impessoal e deve permanecer na terceira pessoa do singular.

    III. QUE é uma conjunção integrante. → Incorreto, o que é um pronome relativo equivale a o qual e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.

    GABARITO. B

  • Para saber se é pronome relativo basta trocar por ''o(a) qual/os(as) quais'':

    “No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz O QUAL tinha fama de mentiroso.”

    Será conjunção integrante quando puder ser substituído por ''ISSO'':

    Ex.: ''Ela disse(ISSO)que estava doente.''

  • A questão quer que analisemos as afirmações abaixo com relação à frase “No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso.”. Vejamos:

     

    I. Na primeira oração, há uma inadequação quanto à concordância.

    Errado. Não há nenhuma inadequação quanto à concordância em "No colégio onde fiz o segundo grau".

    REGRA BÁSICA da concordância verbal:

    O verbo concorda com o sujeito em número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª), estando o sujeito antes ou depois dele.

     . 

    II. O verbo HAVER é impessoal e deve manter-se no singular, mesmo se a frase a que pertence for passada para o plural.

    Certo. O verbo haver é impessoal e deve ser usado na 3ª pessoa do singular.

     . 

    III. QUE é uma conjunção integrante.

    Errado. "Que" nesse caso é pronome relativo, retoma "rapaz" e pode ser substituído por "o qual".

    "QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)

    "QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)

     . 

    Gabarito: Letra B

  • GAB [B] AOS NÃO ASSINANTES !!!

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA!!!


ID
4006765
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Sobre os elementos destacados do segmento “Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.”, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Aos que assinalaram a alternativa "a" (de acordo com as estatísticas da questão, foi a segunda alternativa mais assinalada):

    A conjunção 'quando', nessa frase, é uma conjunção subordinada adverbial temporal, a qual poderia ser substituída por "enquanto, assim que, logo que, até que". Logo, por conta disso, não se poderia substituir por "se", que é uma conjunção subordinada adverbial condicional.

    O sentido da frase "Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo" é que hoje em dia, nos momentos em que ele pára e se lembra do fato, ele conclui que não estava mentindo. A frase não é construída no sentido de "agora, CASO/SE lembro do fato".

    Portanto, gabarito é letra "B".

  • Não entendi o gabarito da letra B por conta desse trecho: Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel

    Não entendi a concordância

  • Achei que '' tudo o mais'' era coloquialismo

  • Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel

    Concordância Correta, basta colocar a frase na ordem direta

    Um lápis e um papel eram tudo que precisaria naquele momento.

  • "Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel". Formalmente, a regência do verbo precisar, indicando necessidade, não deveria ser obedecida, "precisar DE" (VTI)? Sei que com o "que" é "aceitável" a ausência da preposição, mas por se falar em " respeito à norma culta da língua" fiquei na dúvida...

  • Se MOACIR SCLIAR

    Não respeita a Norma Culta quem dirá EU ser ÍNFIMO do conhecimento de

    nossa língua.


ID
4006768
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

O termo destacado em “Com os olhos da imaginação, DECERTO; mas para ele o avião tinha caído”, pode ser substituído, sem alteração do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • DECERTO é um advérbio de afirmação. Seus sinônimos são: certamente, certo, sem dúvidas, etc.

    Gabarito: C.

    #estabilidadesim #nãoareformaadministrativa


ID
4006771
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Leia com atenção os trechos a seguir.


1. “PORQUE comecei muito cedo.”

2. “Fomos para o colégio , naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, QUANDO apareceu ele, o mentiroso.”.

3. Com os olhos da imaginação, decerto; MAS para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais.


Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelos termos destacados.

Alternativas
Comentários
  • Explicação, temporalidade, adversidade.

  • 1. “PORQUE comecei muito cedo.” → O porque tem valor de explicação e equivale a pois.

    2. “Fomos para o colégio , naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, QUANDO apareceu ele, o mentiroso.” → O quando é uma conjunção subordinativa adverbial temporal.

    3. Com os olhos da imaginação, decerto; MAS para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. → O mas é uma conjunção coordenativa adversativa.

    GABARITO. C

  • Gab ( C )

    PORQUE comecei muito cedo.”

    Vc troca o "porque " explicativo por POIS.

    ‐---------

    2. “Fomos para o colégio , naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, QUANDO apareceu ele, o mentiroso.”.

    A partir do momento em que ele apareceu .

    Expressa tempo.

    -‐---------

    3. Com os olhos da imaginação, decerto; MAS para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais.

    ------

    Conjunção adversativa.

  • PAVE -> Porque Antes do Verbo é Explicação


ID
4006774
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

O uso do ponto de interrogação em “O que é verdade, o que é imaginação?” serve para:

Alternativas
Comentários
  • Causar um efeito retórico.

  • Gab ( B )

    Usamos interrogação para :

    I) introduzir perguntas diretas ou indiretas .

    As indiretas , claramente, introduzem perguntas que estimulam a reflexão ou pensamento. (Retóricas)


ID
4006777
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

“No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso." e "Fama, não; ele era mentiroso." pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Aguardando um bom comentário!!! rs

  • Chutei, mas não concordei com nenhuma alternativa.

  • Gab ( D )

    Vejamos:

    1)

    No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz.

    Há uma oração subordinada adverbial de lugar deslocada de sua posição natural.

    Havia um rapaz no colégio onde fiz o segundo grau.

    ______

    que tinha fama de mentiroso."

    2) o colégio ( no qual) onde

    as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos.

    ____________

    3 ) "Fama, não; ele era mentiroso."

    As orações coordenadas são aquelas que mantém independência entre si.

    Perceba que é justamente o que acontece

    Ao dizer ..

    Ele era mentiroso

    As assindeticas = sem conjunção.

    Sintéticas = com conjunção.

    Achou algum equívoco?Comente aí.

    Grande abraço, valeu!

  • Achei bem complicada essa questão pois no termo "havia um rapaz que tinha fama de mentiroso." não me parece que estar faltando sentido o que a tornaria coordenada.

  • essa prova de português parece que foi toda mal feita. Já fiz umas 4 questoes com gabaritos estranhos

  • Qual seria a conjunção causal citada ?

  • ÊTA, demorei, mas acho que entendi.

    A frase está na ordem inversa, o que dificulta a compreensão.

    No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso." e "Fama, não; ele era mentiroso." pode-se afirmar que:

    "Fiz o 2º grau no colégio (oração principal) onde (no qual) havia um rapaz que (o qual) tinha fama de mentiroso".

    Perceba que são 2 orações adjetivas restritivas. Ao ter sido invertida a ordem, surgiu a necessidade da vírgula.

    No entanto, não consegui ver onde está a oração coordenada sindética...


ID
4006780
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Memórias de um aprendiz de escritor

         Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi - e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o SaciPererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância.

        “Na verdade”, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele.

         Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido:

         — Vocês nem podem imaginar!

        Uma pausa dramática, e logo em seguida:

        — Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível!

         E começou a descrever o avião incendiando,o piloto gritava por socorro ... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso:

         — Não pode ser! - repetia incrédulo, irritado. — Eu vi o avião cair!

        Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, eram um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras.

SCLIAR, Moacyr. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984.

Sobre o fragmento “Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais.” Leia as afirmativas.


I. A palavra ELE, é um pronome pessoal do caso reto.

II. TINHA CAÍDO e TINHA INCENDIADO estão flexionados no pretérito mais-que-perfeito composto.

III. A palavra O em tudo o mais retoma o termo AVIÃO, em claro processo de coesão.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito errado, a alternativa 2 está correta

  • O gabarito foi alterado de B para D, acabei de ver na prova original. Vamos notificar o Qc!

  • Apenas ratificando o que já fora dito pelos colegas:

    I. A palavra ELE, é um pronome pessoal do caso reto.

    O ele é pronome pessoal do caso reto quabdi empregado como SUJEITO ou predicativo do sujeito.

    II. TINHA CAÍDO e TINHA INCENDIADO estão flexionados no pretérito mais-que-perfeito composto.

    Tinha caído = Caira

    Tinha incendiando = incendiara

  • comentários do professor?

  • CUIDADO!

    a prova utilizada pelo QC é a do CARGO: P10 - PROFESSOR NÍVEL SUPERIOR (LÍNGUA PORTUGUESA) PROVA: T 

    o gabarito inicial dado pela banca foi a letra A

    https://www.ibade.org.br/Cms_Data/Contents/SistemaConcursoIBADE/Media/SEMADAM2017/Resultado/prova_obj/AVISO-N-07-2018-DIVULGA-O-DAS-RESPOSTAS-AOS-RECURSOS-E-GABARITO-OFIC-COM-LEGENDA-DEFINITIVO.pdf

    teve alteração de gabarito, sim, mas foi para a letra B, o que, para mim, é mais absurdo ainda.

    https://www.ibade.org.br/Cms_Data/Contents/SistemaConcursoIBADE/Media/SEMADAM2017/ProvasGabaritos/AVISO-N-09-2018-DIVULGA-O-RETIFICA-O-DO-GABARITO-CARGO-P10-RESUTLAD-ATUALIZADO-07-02-2018-.pdf

  • Gab. D da Banca, o QC tá atrasado.