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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Professor - História


ID
3163249
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

I. “A história de toda a sociedade que até hoje existiu é a história da luta de classes”
II. “A História é filha do seu tempo”
III. “A História não é mais do que uma aplicação dos documentos”

A leitura das citações acima evidencia que essas se referem, respectivamente, às seguintes escolas históricas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    A teoria marxista da história é pautada pelo materialismo histórico. Essa expressão foi cunhada por Karl Marx e Friederich Engels no livro O Capital. Profundamente inspirada pelos trabalhos de Hegel o materialismo histórico prega que o trabalhador deve romper com a classe burguesa através da tomada de consciência de classe. Para isso o materialismo histórico prega primeiro o fim da idealização da história, isto é, abolir com a história tradicional do grande homem. O materialismo histórico (eu sei estou me repetindo) prega também que uma sociedade deve ser estudada e entendida pelos seus meios de produção, isto é, como ela faz pra se manter ativa e viva. A relação trabalho e produção é o que explicaria tanto a história quanto a sociedade.

    A Escola dos Annales (École des Annales) foi criada pelos historiadores Lucien Febvre e March Bloch na primeira metade do século XX. A principal contribuição da Escola dos Annales foi aproximar a sociologia da história. Trazendo notáveis contribuições como a noção de tempo histórico, Ferdnand Braudel em O Mediterrâneo. Também criou a noção de mentalidade histórica, nela o indivíduo pensa e age de uma determinada maneira por ser um produto do meio histórico que vive. A Escola dos Annales permanece viva até hoje e divide-se em quatro gerações. A última geração busca estudar a história cultural e tem como um expoente George Duby.

    A Escola Metódica surgiu na França do final do século XIX. Ao contrário das demais teorias da questão essa é a menos crítica. Buscou aproximar a história das ciências naturais e criou métodos de como a História (com H maiúsculo é a disciplina) deve ser escrita. Aqui a primazia das fontes primárias vale como formulação da verdade. É nessa escola de pensamento que o historiador criou hierarquização de fontes. A paleografia (estudo da escrita), numismática (estudo de moedas e medalhas) e heráldica (estudo de bandeiras e símbolos nacionais) tornam-se essenciais para Escola Metódica. É muito representada no cinema pelo historiador rico e colecionista com conhecimento enciclopédico de um povo e determinado período.


ID
3163252
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[...] o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém a uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou máquinas], por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça”.
BLOCH, Marc. Apologia da História, ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre propuseram uma nova concepção de escrita da História pautada:

Alternativas
Comentários
  • A história “historizante”, ou uma história baseada em elementos políticos, historia positivista, metódica.


ID
3163255
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao iniciar a aula, o professor resolve colocar no quadro a seguinte sentença:

“O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa”.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

O objetivo do professor, ao destacar essa frase, é o de demonstrar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    A concepção de passado para Marc Bloch é a de que o conhecimento sobre o mesmo é construído e reconstruído como um diálogo com o presente. Nesse pensamento o documento (fonte primária) é um dado sobre o passado. A interpretação que damos a esse documento é sim o incessante trabalho de aperfeiçoamento da História.


ID
3163258
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A história escolar é uma configuração própria da cultura escolar, oriunda de processos com dinâmica e expressões diferenciadas, mantendo na atualidade, relações e diálogos com o conhecimento histórico stricto sensu e com a história viva, o contexto das práticas e representações sociais. Fonte de saberes e legitimação, o conhecimento histórico ‘acadêmico’ permanece como a referência daquilo que é dito na escola, embora sua produção siga trajetórias bem específicas, com uma dinâmica que responde a interesses e demandas do campo científico e que são diferentes daquelas oriundas da escola, onde a dimensão educativa expressa as mediações com o contexto social”.
MONTEIRO, Ana Maria. Narrativa e narradores no Ensino de História. In:
Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad-x/Faperj, 2007.

Com base na análise da historiadora citada, a estrutura narrativa no ensino de história pode ser reconhecida como:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    A história escolar é uma configuração própria da cultura escolar, oriunda de processos com dinâmica e expressões diferenciadas, mantendo na atualidade, relações e diálogos com o conhecimento histórico stricto sensu e com a história viva, o contexto das práticas e representações sociais. Fonte de saberes e legitimação, o conhecimento histórico ‘acadêmico’ permanece como a referência daquilo que é dito na escola, embora sua produção siga trajetórias bem específicas, com uma dinâmica que responde a interesses e demandas do campo científico e que são diferentes daquelas oriundas da escola, onde a dimensão educativa expressa as mediações com o contexto social.

    Estamos diante de uma questão de interpretação de texto mais do que de conhecimentos de historiografia.


ID
3163261
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A gênese do homem branco nas mitologias indígenas difere em geral da gênese de outros ‘estrangeiros’ ou inimigos porque introduz, além da simples alteridade, o tema da desigualdade no poder e na tecnologia. O homem branco é muitas vezes, no mito, um mutante indígena, alguém que surgiu do grupo. Frequentemente também, a desigualdade tecnológica, o monopólio dos machados, espingardas e objetos manufaturados em geral, que foi dado aos brancos, deriva, no mito, de uma escolha que foi dada aos índios. Eles poderiam ter escolhido ou se apropriado desses recursos, mas fizeram uma escolha equivocada. Os Krahô e os Canela, por exemplo, quando lhes foi dada a opção, preferiram o arco e a cuia à espingarda e ao prato. Os exemplos dessa mitologia são legião: lembro apenas, além dos já citados, os Waurá que não conseguem manejar a espingarda que lhes é oferecida em primeiro lugar pelo Sol, os Tupinambá setecentistas do Maranhão cujos antepassados teriam escolhido a espada de madeira em vez da espada de ferro. Para os Kawahiwa, os brancos são os que aceitaram se banhar na panela fervente de Bahira: permaneceram índios os que recusaram. O tema recorrente que saliento é que a opção, no mito, foi oferecida aos índios, que não são vítimas de uma fatalidade, mas agentes de seu destino. Talvez escolheram mal. Mas fica salva a dignidade de terem moldado a própria história”.
CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos Índios no Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras: FAPESP/SMC, 1992.

Ao entregar esse fragmento de texto a educandos do 7º ano, o professor deve ter por objetivo:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Essa questão pode ser explicada pela pedagogia. A Escola Crítica considera prioritário que o conteúdo seja ensinado com caráter intencional. Podemos afirmar que na Escola Crítica o conhecimento possui um caráter histórico e intencional. O currículo é uma manifestação de poder daquele que o exerce. Tem como principais autores Paulo Freire, Michel Apple e Pierre Bourdieu.

    Ao entregar um texto que explica a colonização com o olhar do nativo, o objetivo é retirar o ranço tradicional do ensino de história no qual o nativo foi/é um aculturado, não civilizado ou inocente a ser conquistado pelo europeu cientificamente e tecnologicamente superior. Ao mesmo tempo ajuda a explicar como os nativos viram o processo em suas diferentes tribos.


ID
3163264
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Ao preparar uma aula para o 7ª ano do Ensino Fundamental sobre as sociedades africanas do eixo transaariano, entre os séculos X e XII, NÃO se inclui entre as premissas que o professor deve considerar:

Alternativas
Comentários
  • Tratar da região transaariana na África significa, de forma especial, tratar das rotas comerciais da região. O Saara não foi uma barreira intransponível para os povos africanos. Desde 4000 a.C., os egípcios usavam uma rota que ligava o vale do Nilo ao porto de Elim, no Mar Vermelho onde adquiriam produtos como incenso e lápis-lázuli vindos da Arábia e da Ásia. Outra rota, mais distante, ligava o Egito ao rio Níger, cortando o deserto de leste a oeste, de onde vinha a goma-arábica usada na mumificação.
    Pede-se que seja apontada a alternativa que indica uma afirmativa incorreta. .É um raciocínio inverso ao mais comum em questões de múltipla atenção. A alternativa que contém a afirmativa falsa responde corretamente a questão. 
    A) CORRETA – Havia no continente africano sociedades tribais nas quais as relações de parentesco eram a base da estrutura sócio política. No entanto, também havia Estados e Impérios, como o poderoso Reino de Mali. Além disso, não é possível apontar comunidades humanas como “socialmente atrasados", por terem sido constituídas “sob a égide das linhagens familiares". A afirmativa é histórica e sociologicamente incorreta. Portanto, é essa alternativa que responde a questão proposta. 
    B) INCORRETA- O Reino de Mali era, sem a menor dúvida, o maior e mais importante estado da região. Por isso tinha um papel preponderante nas rotas do comércio transaariano, sendo que o comércio e a extração de ouro foram responsáveis pela riqueza do Mali. O reino de Mali, do povo malinqué, nasceu a partir da expansão do pequeno reino chamado Cangaba. 
    C) INCORRETA- A expansão árabe levou à expansão da cultura muçulmana no Norte da África. O islamismo foi estendido pelo Sudão, pelo Saara e pelo litoral leste. Assim, o processo histórico da região leva a um amálgama entre os preceitos do Islã e as tradições de povos multiétnicos e multiculturais .
    D) INCORRETA- O comércio transaariano, em suas diversas rotas, ligava as várias praças mercantis com as zonas de abastecimento, as minas de sal do Deserto do Saara, as regiões auríferas do Sael e as áreas de extração de pimenta e noz-de-cola das florestas tropicais.
    Gabarito do professor: Letra A.
  • Gabarito A

    Essa questão tá dada, nem precisa explicar que uma sociedade patrilinear ou matrilinear não está fadada ao atraso. Até porque este conceito de atrasado ou avançado cabe muito mais aos estágios do capitalismo do que a sociedades tradicionais.

    Dito isso fica a recomendação do livro: História geral da África. No tomo III África do século VII ao XI, capítulo 11 tem um texto sobre eixo transaariano por Tadeusz Lewicki.


ID
3163267
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Foi muito popular, no passado, a ideia de uma origem ligada às guerras, que conduziriam a capturas maciças de prisioneiros, transformados, então, em escravos. Em outras palavras, a oferta de escravos teria precedido e até suscitado a procura. Isto é falso. No passado micenico, homérico e do início da época Arcaica, houve grandes batalhas e foram feitos muitos prisioneiros. Por que, então, em certas circunstâncias, se preferia massacrar os homens aprisionados, conservando as mulheres, mais facilmente controláveis? É quando existe uma procura suficiente que se torna lógica a transformação sistemática de prisioneiros em escravos. Se as guerras podem explicar a intensificação do escravismo já existente, não esclarecem sua origem como modo de produção dominante”.
CARDOSO, Ciro F. Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1991.

A leitura do fragmento desse texto possibilita algumas conclusões quanto às condições necessárias para a busca de escravizados no mundo grego da Antiguidade. Sobre essas condições, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    Mesmo existindo escravidão no mundo antigo, ainda havia trabalho assalariado e os profissionais liberais, uma classe média assalariada.

  • Gabarito D

    Sem chover no molhado do que o Luís Henrique já disse, as camadas médias e profissionais liberais no mundo antigo eram representados por pequenos comerciantes, pedreiros ou empreiteiros, mercenários que atuavam na proteção de caravanas, ferreiros e armeiros... Deu pra entender, né?!

    Nem mesmo no auge do escravismo na Roma Antiga o trabalho livre foi substituído. Pelo contrário! A demanda por trabalho livre sempre existiu, pois profissões que requerem algum ofício (conhecimento técnico) para exercê-la estavam nas mãos de trabalhadores livres. Mesmo os escravos que a exerciam acabavam por comprar sua liberdade. Há relatos de escravos com dotes culinários na Roma Antiga que compravam sua liberdade cozinhando para fora no pouco tempo livre que tinham.


ID
3163270
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[...] a Igreja é a peça mestra do sistema feudal não só porque, mesmo depois da reforma gregoriana e a partir de então livre da ascendência da aristocracia leiga, é por sua condição social e por suas riquezas um dos beneficiários da ordem feudal, mas principalmente por ser a justificativa ideológica do sistema”.
LE GOFF, Jacques. São Luís: biografia. Rio de Janeiro: Record, 2002.

Conforme a perspectiva do historiador Jacques Le Goff, o papel da Igreja, no auge do Feudalismo (século XIII), foi o de:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o que a questão quis dizer como "poder temporal da igreja"

  • O poder temporal seria o do Homem que estivesse no poder, poder este terreno. Do outro lado estaria o poder espiritual.

    " De a Cézar o que é de Cézar" .

    Em outras palavras, a Igreja passou a defender como sagrado a pessoa do governante (Rei, Imperador, quem fosse), assim temos a: transferência da sacralidade.

    Já o poder temporal seria a teoria do Poder divino dos Reis.


ID
3163273
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[...] por quanto para irem os ditos, navios dos ditos senhores Rei e Rainha de Castela, de Leão, de Aragão etc. dos reinos e senhorios até sua dita porção além da dita raia, na maneira que ficou dito é forçoso que tenham de passar pelos mares desta banda da raia que fica para o dito senhor Rei de Portugal, fica por isso concordado e assentado que os ditos navios dos ditos senhores Rei e Rainha de Castela, de Leão, de Aragão etc., possam ir e vir e vão e venham livre, segura e pacificamente sem contratempo algum pelos ditos mares que ficam para o dito senhor Rei de Portugal, dentro da dita raia em todo o tempo e cada vez e quando Suas Altezas e seus sucessores quiserem, e por bem tiverem, os quais vão por seus caminhos direitos e rotas, desde seus reinos para qualquer parte do que esteja dentro de sua raia e limite, onde quiserem enviar para descobrir, ou conquistar e contratar, e que sigam seus caminhos direitos por onde eles acordarem de ir para qualquer ponto da sua dita parte, e daqueles não se possam apartar, salvo se o tempo adverso os fizer afastar, contanto que não tomem nem ocupem, antes de passar a dita raia, coisa alguma do que for achado pelo dito senhor Rei de Portugal na sua dita porção, e que, se alguma coisa acharem os seus ditos navios antes de passarem a dita raia, conforme está dito, que isso seja para o dito senhor Rei de Portugal, e Suas Altezas o hajam de mandar logo dar e entregar.”
ALBUQUERQUE, Luís de. Tratado de Tordesilhas e outros documentos.
Lisboa: Publicações Alfa, 1989.

Sobre o Tratado de Tordesilhas (1494), é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB B

    Sobre o Tratado de Tordesilhas (1494), é correto afirmar que:

    A) Colombo havia descoberto um novo continente e os reis católicos almejavam tomá-lo plenamente para si, afastando qualquer reinvindicação portuguesa Errado= Na verdade esse tratado era um acordo com o Rei de Portugal e a Coroa Castela 

    B) os portugueses lutaram para transferir o meridiano (raia) para 370 léguas a oeste de Cabo Verde a fim de resguardar o território brasileiro da cobiça da Espanha Errado= Essa já é a demarcação do tratado de Tordesilhas 

    C) foi mediado pela Santa Sé, principal árbitro das questões internacionais, que garantiu aos reinos ibéricos o direito do padroado (ou patronato) nesses novos espaços extra europeus= ERRADO

    D) para os portugueses, o que estava em disputa, mais que os territórios de terra firme, era o monopólio das rotas comerciais do Atlântico Sul até a passagem para o Índico


ID
3163276
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O conceito de Estado – sua natureza, seus poderes, seu direito de exigir obediência – passara a ser considerado o mais importante objeto de análise no pensamento político europeu”.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político Moderno. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996.

De acordo com o historiador citado, as afirmações abaixo, sobre as teorias do poder monárquico, podem ser relacionadas, respectivamente, aos seguintes pensadores:

I. A educação de um príncipe só pode ser concebida se pautada em uma ética dos valores cristãos.
II. Assim como a soberania divina é exercida por um só Deus, apenas o governo de um só homem é capaz de manter a unidade política.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

  • Achei essa questão muito específica, não deveria estar em atualidades.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3163279
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“As infindáveis leis sobre as aldeias, bem como as intensas disputas em torno delas, revelam, além de sua importância, o considerável interesse que despertavam nos diferentes agentes sociais da colônia. Índios, colonos, missionários e autoridades locais e metropolitanas enfrentavam-se na legislação e na prática por questões relativas à realização de suas expectativas quanto à formação e ao funcionamento das aldeias. A rica documentação sobre essas disputas permite perceber que elas tinham diferentes funções e significados para os vários grupos nelas envolvidos”.
ALMEIDA, Maria Celestino de. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro:
FGV, 2010.

Após a leitura do fragmento acima, o professor pede aos educandos que montem um quadro com os possíveis interesses da Coroa, dos colonos e dos missionários, sobre os índios no período colonial. Acertaram aqueles alunos que indicaram os seguintes fatores, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GAB : A

    preservação do território; uso da mão-de-obra compulsória; catequização por meio da missionação

    Para os não assinantes!

  • Interesses sobre o índio.

    interesses da Coroa- preservação do território;

    colonos -  uso da mão-de-obra compulsória

    missionários,- catequização por meio da missionação

  • Não podia ser a letra D? Uma vez que eles usavam o Estanco e o Escambo, mantendo assim, os indios escravizados, isso não seria Escravidão? Eu pediria recurso fácil!

  • o escambo,pelo incrível que pareça foi uma troca que beneficiou ambas as partes,o índio queria os utensílios portugueses e os portugueses a mão de obra, e assim foi feito


ID
3163282
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Conforme a interpretação de Hobsbawn (1995), é INCORRETO afirmar, sobre as duas guerras mundiais do século XX, que:

Alternativas
Comentários
  • Quando ocorre a Revolução Russa a Primeira Guerra estava acontecendo.

  • Durante a , como membro da Tríplice Entente, a Rússia lutou ao lado da Inglaterra e da França, contra a Alemanha e o Império Austro-Húngaro.

    No entanto, o exército russo encontrava-se despreparado para o confronto. As consequências foram derrotas em várias batalhas que deixaram a Rússia enfraquecida e economicamente desorganizada.

    https://www.todamateria.com.br/revolucao-russa/

  • "A primeira guerra mundial não teve qualquer influência sobre a revolução russa (1917)" está errado, pois fora o contrário, isto é, a revolução teve influência sobre as atitudes da Rússia na Grande Guerra. Por fim, o argumento: "[...] causada pela insatisfação com o governo czarista, pela fome e pelo forte empenho de Stalin." também está errado, visto que, este só governou a URSS em meados de 1920, ou seja, anos depois do fim da Grande Guerra (1914-1918).
  • não desista!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3163288
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A partir de fins do século XVI a Coroa aprende a fazer os rios coloniais correrem para o mar metropolitano; os colonos compreendem que o aprendizado da colonização deve coincidir com o aprendizado do mercado, o qual será – primeiro e sobretudo – o mercado reinol. Só assim podem se coordenar e se completar a dominação colonial e a exploração colonial. [...]
Já no século XVII, o tráfico atlântico de africanos modifica de maneira contraditória o sistema colonial, e os interesses luso-brasileiros ou, melhor dizendo, brasílicos, se cristalizam nas áreas escravistas sul-americanas e nos portos africanos de trato [...] carreiras bilaterais vinculam diretamente o Brasil à Àfrica Ocidental”.
ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.(adaptado).

Conforme o entendimento do autor citado, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

  • Letra A definição sucinta do exclusivo metropolitano.

    Alguém vê o erro?

  • Justificativa para alternativa A estar incorreta:

    A) a colonização portuguesa promoveu relações comerciais exclusivas entre as colônias e a metrópole, inviabilizando, a um só tempo, tanto o comércio com outros reinos europeus concorrentes e, por extensão, seus respectivos espaços ultramarinos, como também as trocas com outras colônias portuguesas. A parte em vermelho está INCORRETA, pois nessa época existia o "comércio triangular " que é a expressão utilizada para designar um conjunto de relações comerciais dirigidas por países europeus entre as metrópoles e os vários domínios ultramarinos, de carácter transcontinental apoiado em três vértices geopolíticos e econômicos: Europa, África e América (Norte, Centro e Sul)

  • Alguém sabe o por quê da B estar errada? Define muito bem o Antigo Regime dos Trópico de FRAGOSO e GOUVEIA

  • As questões me parecem excessivamente dúbias, sendo difícil, portanto, saber qual está verdadeiramente correta. Mais parece a associação de leituras históricas diversas, mas não necessariamente conflitantes, que caíram de repente numa mesma questão. Confesso não entender, embora tenha chutado a "D".

  • Exclusivo metropolitano não significa comércio somente com Portugal e sim com o Império português (incluindo aí suas colônias), ou seja o Brasil comercializava e muito com a África (Angola.)

    O erro ta aqui:

    "inviabilizando, a um só tempo, tanto o comércio com outros reinos europeus concorrentes e, por extensão, seus respectivos espaços ultramarinos, como também as trocas com outras colônias portuguesas"


ID
3163291
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O fato da separação do reino, em 1822, não teria importância na evolução da colônia para Império. Já era fato consumado desde 1808 com a vinda da corte e abertura dos portos e por motivos alheios à vontade da colônia ou da metrópole.”
DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da metrópole e outros estudos. São
Paulo: Alameda, 2005.

A autora citada cunhou o conceito de “interiorização da metrópole” que, segundo Neves (IN: Grinberg e Salles, 2009), pode ser definido como:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

  • Gabarito B - mas discordo - "o estabelecimento, a partir de 1808, da Monarquia e de instituições-chave para o governo do Império português no Rio de Janeiro, além da criação e consolidação de interesses de súditos americanos" Desde quando houve consolidação do interesses dos súditos?

  • discordo da gabarito B também. A que melhor se adequaria seria a alternativa C.
  • Gabarito B aliança e amizade em 1810 - inquisição no BRA - privilégios aos Súditos ingleses - extinção gradual do tráfico negreiro (...) rumo ao CBM-AM
  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
3163294
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Talvez o segredo da integridade do Império português após a Restauração (1640) ou a possibilidade desse imenso território, com a sua diminuta população, ter-se mantido sob o mando da monarquia brigantina sem se desintegrar, tenha sido a natureza política dessa mesma monarquia: polissinodal e corporativista”.
João Fragoso. ‘Introdução’ In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). O Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. Vol. 1 (adaptado).

Segundo o autor citado, a América portuguesa foi possível pela combinação de três fatores, dentre os quais, NÃO se inclui o seguinte fator:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

  • No sistema colonial (pacto colonial ou exclusivo metropolitano) a acumulação de capital estava diretamente relacionada com a burguesia metropolitana em detrimento à classe colonial.

    Por mais que o regime de governo-geral permitisse uma administração local da colônia, não era parte deste sistema a acumulação de capitais.

    Portanto, a OPÇÂO "A" está errada.

  • Sistema de Mercês: "João Fragoso afirma que o sistema de mercês era uma velha prática da sociedade portuguesa, sendo que tal sistema teve suas origens nas guerras de Reconquista contra os mulçumanos, no período da Idade Média, em que o rei concedia à aristocracia terras e privilégios como recompensa por serviços prestados à Coroa."

  • Oi!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3163297
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao preparar uma aula sobre as dimensões da intolerância religiosa na época Moderna, o professor faz uso dessa citação:
“Todas as inquisições sofreram críticas aos seus procedimentos, à sua jurisdição e à sua existência. No caso da inquisição portuguesa, diversas foram as frentes que essa instituição teve de encarar no grande século XVII. Embora existissem eclesiásticos que criticassem o Tribunal, o clero secular foi amiúde partidário da Inquisição [...]. A crítica, neste caso, fez-se apenas por uma ordem: os jesuítas. Nesse sentido, percebe-se que até o episódio da suspensão da Inquisição – que alguns jesuítas se empenharam bastante para conseguir –, já na década de 1670, os inacianos pelejaram com o Santo Ofício. [...]
Nos pedidos de perdão-geral de 1605 e 1674, os cristãos-novos utilizaram-se de estratégias semelhantes, porém, com resultados bem diferentes. Nota-se, em seus memoriais e opúsculos, a mudança do discurso utilizado: deixa-se a misericórdia para adotar uma postura mais ligada à política e ao direito. Os escritos ganhavam, assim, uma linguagem fundamentada juridicamente, na qual condenavam os estilos do Tribunal, sobretudo o segredo no processo, a infâmia e o uso de testemunhas singulares ou mesmo falsas. Politicamente, declaravam que os inquisidores eram completamente parciais ao julgarem os cristãos-novos, imputando a injustiça dessa “mácula de sangue”. Os descendentes dos judeus portugueses foram incansáveis nessa luta e causaram muita dor de cabeça aos inquisidores. Eles resistiram e criaram sua estratégia para – nessa ordem – amenizar, desqualificar e dilapidar o Tribunal”.
MATTOS, Yllan de. A Inquisição contestada: críticos e críticas ao Santo Ofício
português. Rio de Janeiro: Mauad-x/Faperj, 2014 (adaptado).

A leitura do trecho selecionado permite corretamente concluir que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

  • Como diz Aristóteles: "O homem é por natureza um animal político."

    É inerente ao ser humano questionar e debater sobre algo. Onde há um conceito formado, por mais forte que seja, sempre haverá alguém para questioná-lo!

    D) não houve qualquer tipo de resistência à inquisição nos séculos XVI e XVII; apenas o Iluminismo, já no século XVIII, produziu críticas a essa forma de intolerância

    B) a inquisição agia com o conceito de justiça da época em que fora criada (séc. XVI) e, por isso, não houve quem lhe fizesse críticas ou duvidasse de suas ações

    GAB: C

    Espero ter ajudado. Rumo ao CFO PMBA!

  • A questão solicita “mera” interpretação de texto. Vejamos:

    a) O texto fala que havia membros do catolicismo que eram contra o Tribunal do Santo Ofício. ITEM INCORRETO.

    b) O texto cita os jesuítas como um dos principais críticos da inquisição. ITEM INCORRETO.

    c) ITEM CORRETO.

    d) O texto demonstra que houve críticas dentro da própria Igreja Católica. ITEM INCORRETO.

    Resposta: C

  • não desista!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
3163300
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Existem alguns motivos que induzem à prática do roubo e são peculiares ao seu país, afirmou Hitlodeu, em diálogo.

E quais são eles?, perguntou o cardeal.

Os carneiros, respondi-lhe. Essas plácidas criaturas que antes exigiam tão pouco alimento, mas que agora, aparentemente, desenvolveram um apetite tão feroz que se transformaram em devoradores de homens. Campos, casas, cidades, tudo lhes desce pelas gargantas. Naquelas partes do reino onde se produz a mais bela e mais cara lã, os nobres e os fidalgos (para não mencionarmos vários veneráveis abades – homens de Deus) deixaram de contentar-se com os rendimentos que seus antepassados extraíam de suas propriedades”.
MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

Nesse diálogo escrito no século XVI, é referenciado um fenômeno social indispensável à Revolução Industrial, chamado de:

Alternativas
Comentários
  • Cercamentos são o processo de exclusão dos trabalhadores de seu meio de sustento, as terras produtivas, na transição do feudalismo para o capitalismo, mediante sua transformação em propriedade.

  • A política de cercamento introduzida pelos ingleses durante o século XVI e XVII possibilitou o surgimento da propriedade privada e a ascensão da burguesia que passou a investir arduamente na produção de lã e na industria têxtil.

    Gabarito B

  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
3163306
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Dois fortes paradigmas impregnam há décadas as histórias gerais da escravidão no Brasil. Em poucas palavras, trata-se da gradualidade da abolição e da pressão inglesa como fator determinante para que o tráfico de africanos chegasse ao fim”.
RODRIGUES, Jaime. “O fim do tráfico transatlântico de escravos para o Brasil:
paradigmas em questão”In: GRINBERG, Keila; SALES, Ricardo (Orgs.). O Brasil imperial.
Volume II – 1831-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

Segundo o autor do fragmento, o sucesso da lei de 1850 (Eusébio de Queirós) em relação à lei de 1831, ambas proibitivas do tráfico de escravizados, relaciona-se a diversos fatores, entre os quais NÃO se inclui o seguinte:

Alternativas

ID
3163315
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1848. [...] A primeira ocorreu em 1820-24. Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao Mediterrâneo, com a Espanha e Portugal (1820), Nápoles (1820) e a Grécia (1821) como seus epicentros. Fora a grega, todas essas insurreições foram sufocadas. A Revolução Espanhola reviveu o movimento de libertação na América Latina, que tinha sido derrotado após um esforço inicial, ocasionado pela conquista da Espanha por Napoleão em 1808, e reduzido a alguns refúgios e grupos. [...]
A segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34, e afetou toda a Europa a oeste da Rússia e o continente norte-americano, pois a grande época de reformas do presidente Andrew Johnson (1829-37), embora não diretamente ligada aos levantes europeus, deve ser entendida como parte dela. Na Europa, a derrubada dos Bourbon na França estimulou várias outras insurreições. [...] A onda revolucionária de 1830 foi, portanto, um acontecimento muito mais sério do que a de 1820. De fato, ela marca a derrota definitiva dos aristocratas pelo poder burguês na Europa Ocidental. [...]
A terceira e maior das ondas revolucionárias, a de 1848, foi o produto dessa crise. Quase que simultaneamente, a revolução explodiu e venceu (temporariamente) na França, em toda a Itália, nos Estados alemães, na maior parte do império dos Habsburgo e na Suíça (1847). De forma menos aguda, a intranquilidade também afetou a Espanha, a Dinamarca e a Romênia; de forma esporádica, a Irlanda, a Grécia e a Grã-Bretanha. Nunca houve nada tão próximo da revolução mundial com que sonhavam os insurretos do que essa conflagração espontânea e geral [...]. O que em 1789 fora o levante de uma só nação era agora, assim parecia, ‘a primavera dos povos’ de todo um continente”.
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: Europa, 1789-1848. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2005. (adaptado)

Os resultados dos processos revolucionários na Europa, no período caracterizado como Era das Revoluções (1789-1848) pelo historiador citado, podem ser sintetizados pela seguinte afirmativa:

Alternativas
Comentários
  • É fato que houveram revoluções mas que foram contidas pelas respectivas monarquias que são dadas como exemplo,porém não se deve esquecer que a Europa estava "incendiada" com esses movimentos tanto pelas camadas burguesas como as camadas populares.Letra B.


ID
3163342
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-oucaptura-la

Em relação ao exemplo do eclipse, no quinto parágrafo, o autor apresenta uma avaliação centrada na seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? No sexto parágrafo: Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.

    ? Isto é, a preocupação das pessoas era de registrar o fenômeno através de lentes; elas deixaram de viver realmente o momento.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3163345
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-oucaptura-la

De acordo com o texto, os aparelhos celulares assumem a função de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Conforme o texto: O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos ?curtir? a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.

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ID
3163348
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

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Em “mesmo se não fossem tão bons” (6º parágrafo), a palavra “bons” assume essa forma por remeter à seguinte expressão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons

    ? O adjetivo concorda com dois substantivos (fotos e vídeos); refere-se às fotos e aos vídeos tirados pelas próprias pessoas.

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  • A questão é sobre concordância nominal e retomada de termos. Para acertar a questão é necessário ir no 6º parágrafo e analisar todo o período que se encontra o termo. Vejamos:

     "Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons"

    O que as pessoas queriam de qualquer forma, mesmo que não fossem tão bons? Suas fotos e videos.

    a) as suas fotos e vídeos

    O que as pessoas queriam de qualquer forma, mesmo que não fossem tão bons? Suas fotos e videos. Logo é a resposta. CORRETA.

    b) as pessoas

    Não se referem as pessoas, na verdade as pessoas que queriam o objeto (fotos e videos) que se refere o que não eram tão bons. INCORRETA.

    c) fotógrafos profissionais

    Esses são quem criam o objeto (fotos e videos) que se refere ao termo bons. INCORRETA.

    d) outros dois eclipses

    Esses eram de onde os objetos (fotos e videos) ilustravam. INCORRETA

    GABARITO A


ID
3163351
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

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“Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais”. No trecho, o elemento destacado é equivalente a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphonesdos mais significativos aos mais triviais?. 

    ? A preposição "de" equivale a "desde"; marca uma preposição que indica uma marcação de continuidade a partir de seu ponto de partida: desde os mais significativos até os mais triviais.

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ID
3163357
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
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Marcelo Gleiser

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No segundo parágrafo, o emprego da conjunção “ou” sugere o seguinte pressuposto:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que esteja se referindo às pessoas e não eventos. Não sei se estou enganada!! Alguém concorda ou discorda?

  • é simples a questao sugere o pressuposto. ou seja é interpretacao se fosse compreensao seria alternativa D

  • É isso mesmo Roberto Pereira dos Santos. Gostei!!!

  • Questão maldosa, parabéns pra quem acertou.

  • Realmente não faz sentido ser ''eventos''.

  • de vdd nao entendi ... msm pensando em "eventos" se alguem puder me explicar ficarei grata
  • Não entendi foi nada

  • Todos são, OU querem ser a estrela da sua própria morte. O "ou" dá sentido de que se alguém não é "estrela", procura ser. Logo, talvez nem todos sejam importantes.

    Letra C


ID
3163360
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-oucaptura-la

No terceiro parágrafo, a segunda frase introduz, com relação à primeira, a ideia de:

Alternativas
Comentários
  •  Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.

    A conjunção coordenativa sindética adversativa MAS além de adversidade também pode imprimir uma ressalva de ideias.

    GABARITO. B

  • GABARITO: LETRA B

    ? Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.

    ? Temos uma conjunção coordenativa adversativa, elas carregam teor semântico de: adversidade, contraposição, contraste, ressalva, quebra de expectativa;

    ? Conjunções com esse mesmo valor: todavia, entretanto, contudo, no entanto, porém...

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ID
3163363
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

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No quarto parágrafo, é estabelecida uma relação entre as noções de “viver” e “ver” que pode ser resumida pelo seguinte par de palavras, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?

    ? Ou seja, temos uma ideia de autenticidade (viver a vida do modo que desejamos, sermos autênticos) e uma ideia de artificialidade (viver a vida para os outros, de modo artificial, uma vida com o intuito de ser importante).

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ID
3163366
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

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Em “Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela?”(4º parágrafo), a preposição em destaque expressa sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Para ficar mais fácil identificar o sentido que a preposição nos passa é só troca-la por uma conjunção subordinativa adverbial temporal.

    “Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco QUANDO ver a vida através de uma tela?”

    GABARITO. D

  • GABARITO: LETRA D

    ?  ?Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela??

    ? A questão grifa somente a conjunção, mas, ao observar toda a oração, matamos a ideia: temos uma oração subordinada adverbial temporal reduzida do infinitivo; desenvolvendo-a com a conjunção temporal "quando": quando vir a vida através de uma tela.

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ID
3163375
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

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A palavra “microestrelas” é formada por:

Alternativas
Comentários
  • Derivação prefixal é quando temos um acréscimo de um prefixo a uma determinada palavra.

    micro estrela

    GABARITO. C

  • GABARITO: LETRA C

    ? Microestrelas;

    ? Na derivação prefixal ocorre a junção de um prefixo a um radical ou palavra simples já existente, que atua como palavra primitiva. O prefixo é colocado antes da palavra primitiva, alterando o seu sentido e formando uma palavra derivada, com um significado próprio.

    ? Junção do prefixo -micro + a palavra -estrela; uma estrela pequena.

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  • Composicao por justa posição.

    Micro + Estrela

    Não?

  • Composição por justaposição é a formação de novas palavras, mas...

    Micro não é palavra, é um indicador de tamanho.

    Micro: pequeno.

    Portanto, pelo meu entendimento, micro é um adjetivo que se junta a um substantivo. Corrijam-me se eu estiver errada.

  • GABARITO: C

    A derivação prefixal se dá quando um prefixo é 1 - colocado junto à palavra primitiva ou 2 - colocado como último elemento de uma palavra que já havia sofrido algum processo de formação.

    Micro estrela

  • Danrlei, é pelo seguinte motivo:

    Por definição:

    Micro é um prefixo do Sistema Internacional de Unidades denotando um fator de 10⁻⁶.

  • A Derivação Forma palavras pelo acréscimo de afixos.

     

     

    A derivação se divide em:

     

    * Prefixal (ou prefixação) Pela colocação de prefixos� reler, infeliz, ultravioleta, super -homem. 3.1.2.1.2. Sufixal (ou sufixação) Pela colocação de sufixos� boiada, canalizar, felizmente, artista.

     

    * Prefixal -sufixal (ou prefixação -sufixação) Pela colocação de prefixo e sufixo numa só palavra: deslealdade, infelizmente, desligado.

     

    * Parassintética (ou parassíntese) Pela colocação simult¸nea de prefixo e sufixo numa mesma palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer. Curiosidade: A diferença entre a derivação prefixal ­sufixal e a derivação parassintética está no fato de que na primeira podemos tirar o prefixo ou o sufixo e a palavra continua existindo; na segunda, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe em língua portuguesa: deslealdade � desleal, lealdade — derivação prefixal ­sufixal entardecer � entarde, tardecer — essas palavras não existem — derivação parassintética.

     

    * Regressiva Pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sarampão), pesca (de pescar), barraco (de barracão), boteco (de botequim). Curiosidade: Quando a palavra original a ser reduzida é um verbo, recebe o nome de derivação regressiva deverbal: pesca (de pescar)

     

    * Imprópria Pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar (substantivo formado pelo uso do verbo jantar), o belo (substantivo formado pelo uso do adjetivo belo).

     

    Composição Forma palavras pela ligação de dois ou mais radicais.

     

     

    A composição se divide em:

     

     

    * Justaposição Quando os radicais se unem sem alterações: passatempo, girassol, guarda- -comida, pé de moleque.

     

    * Aglutinação Quando na união dos radicais há alteração de, pelo menos, um deles: fidalgo (filho de alguém), embora (em boa hora), planalto (planno alto).

     

    * Hibridismo Forma palavras pela união de elementos de línguas diferentes: automóvel (auto — grego móvel — latim), abreugrafia (abreu — português grafia — grego), monocultura (mono — grego cultura — latim), burocracia (bureau — francês cracia — grego).

     

    * Onomatopeia Forma palavras pela reprodução aproximada de sons ou ruídos e vozes de animais: tique ­taque; pingue ­pongue; miar; zunir; mugir.

     

    * Abreviação Forma palavras pela redução de um vocábulo até o limite que não cause dano à sua compreensão: moto (por motocicleta), pneu (por pneumático), foto (por fotografia), Itaquá (por Itaquaquecetuba), pornô (por pornografia), quilo (por quilograma). 

    - Curiosidade: Não confunda abreviação com abreviatura. Abreviatura é a redução na grafia (somente na grafia, nunca na pronúncia) de determinadas palavras, limitando ­as à letra ou letras iniciais e/ou finais.

     

     

    Referências: Agnaldo Martino 1.ª edição: jan./2012; 2.ª tir., fev./2012 p. 66 e 67 Saraiva


ID
3163381
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.

    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser

Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-oucaptura-la

No quinto parágrafo, a palavra “quando” introduz expressão com ideia de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A bordo havia um grupo de ?tietes de eclipse?, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. 

    ? Observa-se que a conjunção em destaque contribui para passar um valor de possibilidade, existe possibilidade que se entenda o porquê; mas somente quando vir um eclipse.

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ID
3163396
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“O compromisso com a democratização do ensino supõe uma ruptura com a função classificatória da avaliação, impondo em consequência a vivência da avaliação com função de diagnosticar e estimular o avanço do conhecimento. Seus resultados devem servir para a orientação da aprendizagem, cumprindo uma função eminentemente educacional.”
Sandra Zákia Sousa
In: Fernandes, Claudia. Avaliação das aprendizagens – sua relação com o papel social da escola, 2014

A perspectiva avaliativa abordada no fragmento acima é melhor representada pela seguinte dimensão de avaliação:

Alternativas

ID
3163489
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la

O dilema proposto no título antecipa a seguinte ideia, discutida no texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Importante ressaltar que a pergunta é acerca do título, o quê ele antecipa (Deveríamos viver a vida ou capturá-la?).

    ? A ideia acerca das pessoas se preocuparem em registrar o momento, viver de maneira artificial, é antecipada; o título já nos traz a ideia da preocupação em registrar o momento (capturá-lo) e não vivê-lo realmente.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3163504
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la

“... como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways” (2º parágrafo). A palavra “como” introduz expressão com valor de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?

    ? Temos uma conjunção subordinativa comparativa, ela traz a matiz semântica de exemplificação, marcando uma ideia de como o jornalista Scott Welsh se tornou viral, é uma exemplificação acerca da "explosão" causada pelos meios sociais.

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  • Para quem teve dúvidas quanto à resolução

    Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico.

    1º Interprete pelo texto:

    Similar ao vídeo feito pelo Jornalista.

    2º Perceba que por esta noção o vídeo do jornalista está sendo utilizado como um exemplo dos vídeos.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • exemplificação = conforme. Conjunção subordinativa conformativa.

  • Conjunções coordenadas explicativas: pois (antes do verbo), que (depois de imperativo), porque, já que, uma vez que, como. 

  • A questão quer saber o valor de "como" em “Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways”. Vejamos:

    Operadores argumentativos são elementos linguísticos responsáveis por indicar ou estabelecer a argumentatividade dos enunciados. Além das chamadas “palavras denotativas” ou “expletivas”, podem funcionar como operadores argumentativos alguns advérbios e conjunções. 

    A causa

    Operadores argumentativos com valor semântico de ADIÇÃO: ligam enunciados cujos argumentos apontam para uma mesma conclusão. São eles: e, nem, não só, além disso, ademais...

    B oposição

    Operadores argumentativos com valor semântico de OPOSIÇÃO: ligam enunciados com orientações argumentativas diferentes. São eles: mas, porém, contudo, embora...

    C justificativa

    Operadores argumentativos com valor semântico de JUSTIFICATIVA: introduzem enunciados que explicam/justificam o enunciado anterior, de forma a mostrar sua razão/motivação. São eles: pois (anteposto ao verbo), porque, que...

    D exemplificação

    Operadores argumentativos com valor semântico de EXEMPLIFICAÇÃO: introduzem enunciado que exemplifica algo dito anteriormente. São eles: como, por exemplo...

    Gabarito: Letra D


ID
3163519
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
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“... e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas” (3º parágrafo). No trecho, a sequência de palavras expressa uma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?... e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas? (3º parágrafo)

    ? Temos uma gradação de ideias, consiste em um aumento de maneira gradativa, de forma crescente ou decrescente, no caso da questão, está exposto de maneira crescente a ideia acerca de nossas vidas, primeiro devem ser vistas, segundo compartilhadas e depois apreciadas (gradação de ideias).

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  • Gabarito A

    Gradação: Enumeração que denota crescimento ou diminuição (clímax ou anticlímax)

    Ex: – O amor é esfuziante, grande, perturbador, uma tragédia.

    “... e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas


ID
3163522
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
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A seguinte palavra é acentuada por se tratar de uma paroxítona:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) máscaras ? temos uma proparoxítona.

    B) através ? oxítona com terminação em -e(s).

    C) câmeras ? proparoxítona.

    D) ceis ? paroxítona terminada em ditongo seguida ou não de -s.

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  • gabarito (D)

    (D) fáceis

    Paroxítonas

    São acentuadas as paroxítonas (aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima) terminadas em i/is, us, r, l, x, n, um/uns, ão/ãos, ã/ãs, ps, on/ons: júri/júris, vírus, caráter, têxtil, tórax, hífen (hifens não tem acento), fórum/fóruns, órgão/órgãos, ímã/ímãs, bíceps, próton/prótons.

     

    Senadores participam de Fórum Ibero-Americano.

     

    Nas palavras paroxítonas terminadas em ditongo oral, acentua-se a vogal da sílaba tônica: ágeis, imundície, lírio, túneis, tênue, jóquei, nódoa, cerimônia, história.

     

    O processo de desertificação coloca em risco as terras férteis do estado.

  • GABARITO: LETRA D

    Máscaras - Proparoxítona

    Através - Oxítona

    Câmeras- Proparoxítona

    Fáceis - Paroxítona

  • Gab: D

    Más-ca-ras = Proparoxítona

    A-tra-vés = Oxítona

    Câ-me-ras = Proparoxítona

    Fá- ceis = Paroxítona (paroxítona terminada em ditongo)

  • Gabarito D.

    Paroxítona terminada em ditongo, seguida ou não pelo "s".

  • Gabarito: D

    Máscaras - Proparoxítona

    Através - Oxítona

    Câmeras- Proparoxítona

    Fáceis - Paroxítona

  • a)Máscaras - Proparoxítona

    b)Através - Oxítona

    c)Câmeras- Proparoxítona

    d)Fáceis - Paroxítona

  • Oxítona -> ùltima sílaba

    Paroxítona -> penúltima sílaba

    Proparoxítona -> Antepenúltima sílaba

    Monossílabo Tônico -> 1 sílaba

  • Gabarito: D.

    Paroxítona terminada em ditongo - ei.


ID
3163528
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
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“Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.” (5º parágrafo). No trecho em destaque verifica-se a seguinte figura de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.? (5º parágrafo).

    ? Temos uma metáfora, a metáfora é uma comparação sem um termo comparativo explícito (o convés era uma mar de câmeras; o homem era uma fera; a menina era um doce);

    Comparação consiste no termo comparativo explícito: O convés do navio era COMO um mar de câmeras...

    ? Metonímia: troca do todo pela parte ou vice-versa: Estava lendo Stephen King (na verdade era o livro); tomei dois copos de Toddy (tomou achocolatado e não a marca "toddy");

    ? Eufemismo: suavização da ideia através de uma leveza (Era uma moça de inteligência bastante limitada ? na verdade, era bur-ra).

    ? Personificação ou prosopopeia: atribuição de características humanas a algo inanimado: O navio acariciava as ondas; a mesa soltou um grito ao ser cortada.

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  • GAB: C

    Macete: É/ERA = METAFORA

    COMO= COMPARAÇÃO

  • Eufemismo= Suavizar

    Ex: Ela não tinha atributos estéticos que fizesse bem aos meu olhos.

  • Gabarito C

    “Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.”

    ⇢ Veja que fez uma comparação do convés do navio.

    Metáfora: Trata do emprego da palavra fora do seu sentido básico, recebendo nova significação por uma comparação entre seres de universos distintos. 


ID
3163534
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um dos grandes desafios que os docentes enfrentam na emergência do novo século diz respeito ao diálogo entre os diversos campos de conhecimento que habitam o cotidiano escolar, materializados em disciplinas curriculares. Nesse sentido, a proposta de integração curricular que se ancora na lógica das disciplinas acadêmicas buscando as inter-relações entre elas, chama-se:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A fragmentação do saber através da especialização está a exigir uma nova interação das disciplinas. Nesse sentido,  ?o conceito de interdisciplinaridade? - conforme Mello ? ?fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos?. Nessa perspectiva, verifica-se ainda que muitas disciplinas se aproximam e se identificam, enquanto outras se diferenciam e se afastam, dependendo dos aspectos que se pretende conhecer.

    ? Fonte: MELLO, Guiomar Namo de. Diretrizes Nacionais para a Organização do Ensino Médio. Brasília : CNE, 1998. p. 33-36.

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  • Interdisciplinaridade: Pressupoe a transferência de método de uma disciplina para outra.

    Multidisciplinaridade: Disciplinas interdependentes e sem relação entre elas.

    Pluridisciplinaridade: Estuda um objeto de uma disciplina pelo angulo de várias outras ao mesmo tempo.

    Transdisciplinaridade: Refere-se ao conhecimento próprio da disciplina, maas está para além dela.

  • Estudando as características do Currículo integrado entendo que ele está mais para uma educação transdisciplinar do que para uma educação interdisciplinar. Vejo que nessa questão é considerado o contrário, o currículo integrado é considerado uma educação interdisciplinar. Se alguem que entenda do assunto puder esclarecer esse ponto, ficarei grata.

  • Quando se fala em diálogo entre as disciplinas é interdisciplinaridade.


ID
3163537
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O analfabetismo funcional tem sido um tema amplamente debatido pela sociedade e pela academia. Há sujeitos que são considerados alfabetizados, contudo apresentam baixa habilidade de interpretação e não compreendem o que leem. Na perspectiva do letramento, tal fenômeno ocorre porque:

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  • LETRA C -C

    aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia de codificar e decodificar a língua escrita, ao passo que apropriar-se da escrita significa assumir a propriedade da língua escrita, o que se constrói a partir de sua função social


ID
3163540
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na reunião semanal de planejamento, duas professoras de uma turma de sexto ano, buscam estratégias para melhorar o desempenho de alguns alunos. Ao tratarem de dois alunos, ambos com conceitos abaixo do esperado, a professora de História lembra que um se expressa muito bem oralmente e consegue estabelecer boas relações entre os conceitos, nessa modalidade de linguagem; em contrapartida, quando registra por escrito, suas ideias se perdem. Já o outro, por demonstrar muita timidez, prefere não se expressar oralmente, contudo apresenta excelente habilidade na modalidade escrita, embora demonstre dificuldade na articulação dos conceitos abordados. Ao ouvir esse relato, a professora de Ciências sugere que nas próximas aulas, esses alunos passem a desenvolver atividades em conjunto, programadas pelas docentes, com o objetivo de se auxiliarem na superação dessas dificuldades. Ao optar por essa metodologia, as professoras estão aplicando o conceito de:

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  • Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através de solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de solução de problemas sob a direção de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.

  • GABARITO LETRA D

  • GABARITO LETRA D


ID
3163543
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em 2008, a Lei Federal nº 11.645 fez modificações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determinando uma alteração curricular que garantisse o estudo da história e das culturas afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros no âmbito de todo o currículo escolar, com ênfase nas áreas de:

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  • GABARITO: LETRA D

    ? Conforme a LDB (9394/96):

    ? Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

    § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

    § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão quer saber em quais áreas serão ministrados os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar conforme a Lei 11.645/08. Vejamos:

    De acordo com o artigo 1º, § 2º, da referida lei: "Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e de História Brasileiras."

    Gabarito do monitor: D