- ID
- 1535977
- Banca
- Quadrix
- Órgão
- CRP 18ª Região MT
- Ano
- 2012
- Provas
- Disciplina
- Literatura
- Assuntos
            A rua dos cataventos
Da vez primeira  em que me assassinaram,  
Perdi  um jeito de sorrir que eu tinha.  
Depois,  a  cada vez que me mataram,  
Foram  levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu  cadáveres eu  sou  
O mais desnudo, o que  não tem mais nada.  
Arde um toco de Vela  amarelada,
 Como único bem que me ficou.
Vinde!  Corvos,  chacais,  ladrões de estrada!  
Pois dessa mão avaramente adunca  
Não haverão de arracar a  luz sagrada!
Aves da  noite! Asas do horror! Voejai!  
Que a  luz trêmula  e triste como um  ai,  
A  luz de um morto  não se apaga  nunca!
                                                Mário Quintana
 
Mário Quintana foi um jornalista, tradutor e importante poeta brasileiro. A respeito do poema acima, assinale a alternativa correta.