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Prova UEPA - 2011 - UEPA - Vestibular - PROVA OBJETIVA – 1a Fase


ID
4019947
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

Ao ler o texto, pode-se inferir que:

I. Nem sempre, segundo a opinião do autor, encontrar alguém que se acredita parceiro ideal resolve os problemas de toda vida.

II. Segundo o mito dos andróginos, na vida, só seremos felizes após encontrarmos nossa carametade.

III. Todos acreditamos na necessidade de se encontrar um parceiro.

Alternativas

ID
4019950
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

Sobre as informações contidas no 1º parágrafo do texto, pode-se afirmar:


I. Uma das causas da ira de Zeus veio em consequência da felicidade dos andróginos.

II. A expressão patriarca do Olimpo substitui o vocábulo Zeus.

III. Os andróginos eram criaturas perfeitas por serem parte homem e parte mulher.

IV. Os andróginos são retratados no texto em dois momentos distintos: um momento antes e um momento depois da ira de Zeus.

Alternativas

ID
4019953
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

Com relação ao 11º parágrafo, pode-se inferir que:

I. A felicidade ou a infelicidade independem do ser humano estar só ou estar acompanhado.

II. No referido parágrafo, o autor defende a ideia de parceria como sinônimo de felicidade.

III. Muitos acreditam que é impossível ser feliz quando não se tem um parceiro.

Alternativas

ID
4019956
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

Após a vírgula, que conectores podem ser inseridos, sem alteração de sentido, no fragmento “... um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora...” (12º parágrafo) ?

I. Mesmo.
II. Embora.
III. Porque.
IV. Apesar de.
V. Porém.

Alternativas

ID
4019959
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

Sobre o 8º parágrafo, não se pode afirmar que:

Alternativas

ID
4019962
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)

A alternativa, em cujo vocábulo o que se equivale morfossintaticamente ao utilizado em "Acho que foi um professor de cursinho ...” (1º parágrafo), é:

Alternativas

ID
4019965
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Cantiga

Senhora, partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
Tam fora d’esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

(João Reis de Castelo-Branco. In: Antologia da poesia portuguesa)

Sobre o texto acima, pertencente ao Trovadorismo Português, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C) Trata-se de uma cantiga de amor, pois apresenta a vassalagem amorosa. pega o bizu: vassalagem amorosa= eu-lírico manifesta devoção e submissão à pessoa amada chegando até a implorar. amor platônico= amor que não se concretiza a amada na cantigas de amor é vista como algo inalcançável.... espero ter ajudado e bom papiro a todos!

  • Obrigado me ajudou muito !!!


ID
4019968
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia atentamente o poema abaixo, de Herbert Emanuel, e responda o que se pede.

Da Impossibilidade

um pouco mais e eu me arrisco
a esta palavra felina, arisca
mas a mão trêmula de medo
como um gato escaldado em segredo

hesita em escrever neste branco véu
ou página-noiva a pedir-me provas
de que realmente a mereço
com um gesto de afeto ou apreço

e assim eu me fico:
se continuo ou se risco
se admito o fracasso

ou se me lanço onde não chego
pois sonhar é possível
diz o otimismo mais cego

(Nada ou quase uma arte, 2. ed., Editora Spia Vídeos e Produções, Macapá: 2009, p.1)

Quanto aos elementos estruturais e linguísticos do poema, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4019971
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

O faz-pés, que dá título ao conto de Rui Guilherme, é:

Alternativas

ID
4019974
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema abaixo, de Manoel de Barros, e, sobre ele, assinale a alternativa incorreta.


Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águas tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras.

(O retrato do artista quando coisa, 5. ed., Editora Record, Rio de Janeiro: 2007, p.61)

Alternativas

ID
4019977
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Combinando lenda e humor, O Coronel e o lobisomem, escrito por José Cândido de Carvalho, em 1964, é uma obra que evidencia a permanência e a transformação do regionalismo na Literatura Brasileira, pois:

Alternativas

ID
4019980
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Sobre a obra O ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, marque a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
4019983
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

As principais ideias do pensamento evolutivo se dividem entre as teorias do Criacionismo, Lamarckismo, Darwinismo e Neodarwinismo. Leia atentamente as frases abaixo:

I. O mecanismo de transformação é a Seleção Natural que atua sobre a variação individual.

II. A evolução resulta de modificações nos genes dos indivíduos, que por sua vez serão transmitidas aos seus descendentes.

III. Os peixes de cavernas tornaram-se cegos por não precisarem mais da visão.

IV. As adaptações são sinais do projeto de Deus. Os fósseis são moldes de animais malfeitos que Deus jogou fora.


As frases citadas pertencem respectivamente às teorias:

Alternativas

ID
4019986
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A reserva de Curiaú pode ser considerada uma região de transição entre dois ecossistemas: a Floresta Amazônica e o Cerrado. Esta área possui fauna e flora adaptadas às condições variáveis de pluviosidade (estação cheia e estação seca). Uma planta aquática na estação cheia serve de alimento para diversos pássaros, alguns peixes se beneficiam apenas de sua sombra para evitar o ressecamento de seus ovos e insetos moram na parte inferior de suas folhas para se abrigarem contra os predadores. As relações ecológicas presentes neste texto são:

Alternativas

ID
4019992
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Uma célula com 8 cromossomos sofre meiose e origina:

Alternativas

ID
4019995
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

O tempo todo estamos entrando em contato com organismos causadores de doenças (Vírus, Bactérias, Protozoários e Fungos). Apesar do avanço de novas tecnologias, novos medicamentos e tratamentos, doenças como Cólera, Dengue, Malária e Tuberculose ainda fazem um grande número de vítimas todos os anos, acometendo principalmente as populações mais carentes de recursos. As doenças citadas no texto acima são causadas, respectivamente, por agentes classificados como:

Alternativas

ID
4019998
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Após intoxicações alimentares, medicamentosas ou excesso de bebida, analisando em nível celular, quais organelas estariam atuando especificamente nos mecanismos de reparo dos danos provocados?

Alternativas

ID
4020001
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

No resgate dos mineiros no Chile, foi perfurado um buraco com aproximadamente 700 m de profundidade. A sonda Fênix 2 percorria esse trajeto em aproximadamente 15 minutos. A velocidade escalar, em km/h, é de aproximadamente:

Alternativas

ID
4020004
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Com a proibição dos outdoors desde as eleições de 2006, neste ano, em várias cidades brasileiras, os cavaletes foram o tipo de publicidade que mais cresceu. De tamanhos variados, muitos foram colocados de forma irregular nos canteiros das ruas e praças, sendo motivo de reclamação da população pelos eventuais danos causados. Considere um cavalete de massa 4 kg, com seu peso igualmente distribuído em quatro hastes de apoio com área individual de 8 cm2 , sabendo que o ângulo que cada haste forma com o solo (horizontal) é de 60° (sem 60° = 0,8) e que o valor da aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , é correto afirmar que a pressão total exercida pelo cavalete no solo, em N/m2 , é de:

Alternativas
Comentários
  • P=F/A

    A=8cm²=8.10^-4 m²,mas como está divido em 4 partes da haste =32.10^-4

    F=Py.Sen60=4.10.0,8=32

    P=32/32.10^-4

    P=1.10^-4 N/m²

    Letra E

    Eu havia errado,pois eu não me atentei com o número da partes da haste e com isso havia marcado letra C,mas corrigir o erro.

    #EEAR2021


ID
4020007
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Os enunciados abaixo se referem à teoria hidrostática:

• A variação de pressão aplicada a um fluido contido num recipiente fechado é transmitida integralmente a todos os pontos desse fluido.

• Todo corpo imerso num fluido sofre a ação de uma força – denominada empuxo – dirigida verticalmente para cima, cujo módulo é igual ao módulo do peso do volume do fluido deslocado.

• A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido em repouso é igual ao produto da densidade desse líquido pela aceleração da gravidade local e pelo desnível entre esses dois pontos.


A ordem correta dos autores dos princípios acima é:

Alternativas

ID
4020010
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

A Lagoa dos Índios é um patrimônio ambiental amapaense que precisa ser cuidado, pois apresenta importante função tanto paisagística quanto climática. A agressão a esse ecossistema ocorre principalmente na forma de poluição do corpo d’água produzida por seus frequentadores. Considere que um ambientalista, preocupado com as consequências dessa poluição, tenta retirar uma garrafa do leito da lagoa e verifica que a garrafa não está exatamente na posição que parecia estar. A explicação para esse fenômeno deve-se:

Alternativas

ID
4020013
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Aprender assobiar (ou popularmente “assubiar”) é uma grande vontade de muitas crianças e préadolescentes. Assobiar bem alto, então, além de dar aquela “moral” durante um show, é importante para chamar à atenção daquele amigo que está distante de você. Acerca das grandezas características do som, podemos afirmar que o assobio mais alto está relacionado a uma variação de:

Alternativas

ID
4020016
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma partícula de massa m = 2,0 x10 -18 kg e carga positiva q = 6,0 x 10-12 C é colocada em um campo magnético de módulo B = 50,0 T . Sabendo que os vetores B e v são perpendiculares entre si, determine o módulo da intensidade da força que atuará sobre a partícula, em newton.

Alternativas

ID
4020019
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Ao operar perto da ilha, Diaoyu para os chineses e Sendaku para os japoneses, um barco de pesca chinês foi capturado [...]. De imediato, Pequim proibiu a exportação de certos materiais estratégicos ao Japão e ameaça com outras medidas se Tóquio não libertar o capitão incondicionalmente. As ilhas não têm valor e a pesca em suas imediações dificilmente justificaria o enfrentamento, que não fosse por recursos estratégicos. (Adaptado Carta Capital, 29/10/2010)

Com base no texto e na literatura sobre a geopolítica internacional no extremo oriente, marque a alternativa correta.

Alternativas

ID
4020022
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o texto:

Não houve um crescimento súbito da imigração ilegal ou dos problemas que a ela pudesse causar. Pelo contrário, o endurecimento das barreiras fez cair o fluxo em alguns casos e até reverter o movimento em alguns países ricos. Então como explicar o novo surto de extremismo na Europa, marcado pela islamofobia acentuada? (Adaptado Carta Capital 29/10/2010).

Analise as afirmativas e, posteriormente, assinale a alternativa correta.

I. Devido à crise econômica que assolou o continente, nos últimos dois anos, e o elevado nível de desemprego, os imigrantes não são bem vindos nestes países europeus.

II. Os imigrantes mulçumanos não querem ou são incapazes de integrar a sociedade ocidental – não querem aprender a língua nacional, abusam da previdência social e cometem mais crimes.

III. Em alguns países europeus, identifica-se que a religião mulçumana expõe claros elos entre violência, ditadura e terrorismo.

IV. A postura xenofóbica de alguns países europeus reduz o envelhecimento da população europeia e torna cada vez mais fácil equacionar a aposentadoria.

Alternativas

ID
4020025
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Apesar de o Brasil possuir elevada capacidade de produção instalada e atrair volumes expressivos de investimentos externos, principalmente a partir da década de 1990, os impactos da globalização foram profundos. Sobre essa afirmação, pode-se considerar, como impactos da globalização no Brasil:

I. A imposição dos países desenvolvidos à capacidade de desenvolvimento tecnológico do Brasil.

II. O ingresso de produtos importados, no mercado brasileiro, de forma maciça, provocou o fechamento de muitas empresas nacionais.

III. A adoção de mecanismos de incentivos do governo aos investimentos externos, mediante privilégios fiscais e privatização das empresas estatais.

IV. A diminuição do desemprego, na proporção da abertura de mercado, que levou milhares de trabalhadores a serem absorvidos pelas empresas estrangeiras.

Alternativas

ID
4020031
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE realizado na Região Sul do Amapá teve como principal objetivo contribuir para o planejamento e gestão territorial. Quanto aos resultados do ZEE, é correto afirmar:

Alternativas

ID
4020034
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Sobre as Unidades de Conservação no estado do Amapá, é correto afirmar:

Alternativas

ID
4020037
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Convencionou-se dar o nome de ‘Cruzadas’ a uma série de expedições dirigidas pelo cristianismo ocidental à Terra Santa, com o objetivo de reconquistar dos governos islâmicos os lugares sagrados dos cristãos (Fonte: ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo: da Pré-história à Idade Contemporânea, 2001, p. 376).

A partir do fragmento de texto acima e de seus conhecimentos acerca do poder da Igreja Católica na sociedade medieval, marque a alternativa correta:

Alternativas

ID
4020040
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Renascimento (...) significa o momento histórico que se inicia e tem seu apogeu nas cidades italianas do século XV, de renovação das expressões artísticas ligada às mudanças de mentalidade do período, com ascensão da burguesia (Fonte: SILVA, Kalina V.; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos, 2010, p. 359).

Nesse sentido, analise as afirmativas que seguem e marque a alternativa correta:

I. O Renascimento foi um movimento cultural restrito à Itália que enfatizou uma cultura eclesiástica, valorizando o pensamento religioso medieval e contestando os novos valores do mundo urbano e burguês que nascia com o Capitalismo comercial.

II. Um dos maiores representantes do Renascimento no campo científico foi Nicolau Copérnico (1473-1543), que formulou a teoria heliocêntrica, refutando o geocentrismo ptolomaico.

III. A Renascença congregou artistas como Michelangelo (1475- 1564), que pintou A Criação de Adão, revelando o homem em uma figura heroica e gigantesca e o literato Miguel de Cervantes (1547-1616), autor de D. Quixote, sátira que ridiculariza as instituições feudais nas aventuras de um cavaleiro espanhol e seu escudeiro Sancho Pança.

IV. O humanismo foi um dos traços principais do Renascimento italiano, caracterizado pela busca do “homem universal” e pela valorização de sua estada na terra, contestando os valores teocêntricos e engendrando a visão antropocêntrica

Alternativas

ID
4020043
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Acredita! Obedece! Luta!” ou “A guerra é para o homem o que a maternidade é para a mulher” foram slogans nazi-fascistas invocados pelos governos alemão e italiano no contexto do totalitarismo europeu. Esse fenômeno político representou uma reação nacionalista às frustrações resultantes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Assim, de um lado, fortaleceu-se o Estado intervencionista e, de outro, atendeu-se às aspirações de estabilidade ante as ameaças revolucionárias da esquerda. Sobre os elementos que compunham a doutrina nazi-fascista, é correto afirmar:

Alternativas

ID
4020046
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O tema cidade (especificamente, saneamento básico) foi motivo de enfoque jornalístico da rede de televisão Globo e também destaque por diversos candidatos nesta última eleição. Compromisso sempre esquecido pelos gestores públicos, implicando cada vez mais na qualidade de vida do cidadão urbano.

Com base nas informações acima e em seus conhecimentos sobre a política do governador Jorge Nova da Costa (1985-1988), em vista a transformação do território do Amapá em Estado da União, marque a resposta correta.


I. Nova da Costa investiu na urbanização da cidade de Macapá com asfaltamento de diversas ruas e avenidas; construção de praças com destaque para Floriano Peixoto.

II. Durante a gestão governamental de Nova da Costa, ocorreu a implantação do Distrito Industrial, as margens do rio Matapi.

III. Nova da Costa tomou, como base política de seu governo, o Plano de Desenvolvimento Integrado do Amapá, estabelecendo ações para sua transformação em Estado.

IV. As obras de saneamento básico constituíram uma das preocupações constantes da administração de Nova da Costa

V. Nova da Costa garantiu a ampliação do sistema de eletrificação para dezenas de vilas e cidades. 

Alternativas

ID
4020052
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

(...) Há soldados armados

Amados ou não Quase

todos perdidos

De armas na mão

Nos quartéis lhes ensinam

Uma antiga lição:

De morrer pela pátria

E viver sem razão...


Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer

(Fonte: Arquivo Ed. Globo)


Esse é um trecho da música “Pra não dizer que não falei das flores” (1968) de Geraldo Vandré que, antes mesmo da estreia do Espetáculo que teria seu nome, foi impedida pela censura do regime militar de ser executada. Sobre os governos militares no Brasil, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4020055
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se o sem(x-5)sec(2x+20) – 1 = 0, então o valor de x é:

Alternativas

ID
4020070
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Dado o conjunto A = {1, {2}, {1, 2}}, qual das proposições é verdadeira?

Alternativas

ID
4020073
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

As ligas metálicas são formadas pela união de dois ou mais metais, ou ainda, por uma união entre metais e não metais. Sabendo dessa informação, a medalha que tradicionalmente é conferida ao terceiro colocado, em uma competição, é de bronze e, neste caso, podemos afirmar que o bronze é

Alternativas
Comentários
  • as ligas metálicas é uma solução homogênea, ex : aço, bronze, inox...

    Neste caso, o bronze é formado de estanho + cobre.

    LETRA A

    APMBB


ID
4020076
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Os nomes dos ácidos HNO2, HclO e H3BO3 são, respectivamente:

Alternativas

ID
4020079
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Na presença de H2S ou de qualquer outra substância que contenha enxofre, a prata sofre um enegrecimento, devido à formação de uma camada superficial de Ag2S.

Sobre a nomenclatura para o Ag2S, temos como nome o:

Alternativas

ID
4020085
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Certa indústria produz 12,8 kg de SO2 por hora. Com essa produção, há a liberação desse gás poluente que pode ser evitada usando-se calcário, o qual por decomposição fornece cal, que reage com o SO2 formando CaSO3, conforme as equações a seguir:
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)
CaO(s) + SO2(g) → CaSO3(s)

A partir dessas reações, qual a massa mínima (em quilograma), por dia, necessária para eliminar todo o SO2 formado? Para isso suponha que o rendimento é de 100% para as reações citadas.

Alternativas

ID
4020091
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A filosofia surge na Grécia por volta do século VI a.C. Mudanças sociais, políticas e econômicas favoreceram o seu surgimento. Dentre estas mudanças, pode-se mencionar:

Alternativas

ID
4020094
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O VÉU E A ASA
O VOO
O ALVO
de TALES: ÁGUA
ALMA

(Herbert Emanuel, do Livro “Nada ou Quase Uma Arte”)

O poema faz referências explícitas a um filósofo pré-socrático. Na história da filosofia, entende-se por pré-socráticos aqueles filósofos que antecederam a Sócrates. Entre as alternativas abaixo, assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B Pois todo eles baseia-se na tentativa de encontrar um princípio primordial (arché) existente na natureza(physis). O Parmênides,por exemplo, acredita que o devir(mudança/transformação) é uma ilusão dos sentidos. enquanto o Anaximandro considerava indetermidado(apéiron) e o Empédocles sendo pluralista utilizava os quatro elementos: água,terra,ar e terra.

ID
4020097
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

...que é e que não é possível que não seja,/é a vereda da Persuasão (porque acompanha a Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não seja,/ eu te digo que esta é uma vereda em que nada se pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-lo.

(Nicola, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 2005.)

O pensamento de que filósofo é expresso pelo texto anterior?

Alternativas

ID
4020100
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“A existência precede a essência”. O que melhor define esta frase do filósofo francês Sartre?

Alternativas

ID
4020103
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Quanto ao objetivo da sociologia, analise as afirmativas que seguem e marque a alternativa correta.

I. A sociologia deve se preocupar em somente explicar a sociedade.

II. A sociologia tem como função encontrar soluções para a vida social.

III. A sociologia tem como função buscar explicações para os problemas sociais.

IV. A sociologia tem como única função encontrar soluções para a vida social.

V. A sociologia tem também o papel de comparar as sociedades e proceder a classificação das espécies.

Alternativas

ID
4020106
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Émile Durkheim (1858-1917) foi considerado o pai da Sociologia, enquanto ciência. Segundo ele, seu objeto de estudo são os Fatos Sociais — Toda maneira de atuar, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, que é geral na extensão de uma dada sociedade, conservando uma existência própria, independente das suas manifestações individuais (DURKHEIM, 1937, p. 129).

Para ele, esses fatos são tratados como “coisas”.

Analise os itens abaixo e assinale a alternativa que corresponde às três características referentes aos fatos sociais de que trata Durkheim.

1. Coercitividade: os fatos sociais exercem força sobre os indivíduos levando-os a agirem de acordo com as regras sociais dominantes, independentemente da vontade dos indivíduos;

2. Exterioridade: os fatos sociais são exteriores e anteriores aos indivíduos, ou seja, as regras sociais, os costumes, as leis, existem anteriormente aos indivíduos;

3. Generalidade: os fatos sociais são gerais, repetem-se em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles.

4. Historicidade: os fatos sociais são estudados pela ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço.

5. Objetividade: o fato social é caracterizado pela qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação imparcial, independente das preferências individuais.

Alternativas

ID
4020109
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Na sociedade moderna, as desigualdades sociais são cada vez mais evidentes quando nos utilizamos da visão econômica. Como exemplos de populações consideradas excluídas na realidade brasileira, analise os itens a seguir e marque a alternativa correta.

I. Indígenas da Amazônia.

II. Carapirás do Amapá.

III. Sem-teto do eixo Rio – São Paulo.

IV. Populações Tradicionais (caboclos e ribeirinhos).

V. Moradores das áreas de ressaca no Amapá.

Alternativas

ID
4020112
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Dentre os principais conceitos presentes nos considerados autores “clássicos” das Ciências Sociais (Durkheim, Marx e Weber), podemos considerar como correta a seguinte afirmação:

Alternativas

ID
4020115
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

When stars disappear…


One of the negative effects of industrialization on human activity and the environment is the production of excessive light. Most people do not consider the surplus of artificial light as a form of pollution because it is not permanent; all we must do is collectively turn out our lights to make it disappear. In reality, however, such a solution is unrealistic because our society needs artificial light to function. Light pollution is mainly caused by lighting systems that are misdirected, excessive, inefficient or unnecessary. The negative effects of light pollution on human activity are numerous. From an economic point of view, for example, the use of excessive lighting or unnecessary lighting constitutes a waste of energy that is costly to both the individual and to industries. On a larger scale, excessive lighting can have an impact on global climate change if the required electricity was generated by burning fossil fuels. Wildlife and plants are also affected. For example, nighttime lighting can confuse animals that migrate (like migratory birds), can modify predator-prey relationships, and can even alter competitiveness within the same species.

It is even possible for entire ecosystems to be affected. In lakes, for example, zooplankton may stop feeding on algae if nighttime lighting is too strong. The result is excessive algae growth that eventually decomposes and causes an increase in bacterial activity. This leads to oxygen depletion in the lake, and many species of invertebrates and fish then die by asphyxiation. In astronomy, light pollution is a real and pressing problem. It diminishes the contrast between the dark sky and celestial sources of light, which makes it harder to see the stars. For professional astronomers, artificial light is undesirable because it interferes with the collection of data. This is why new observatories are built in isolated regions.

Programs to reduce light pollution have been started up by several astronomical centres across Canada, including ASTROLab and the Mont-Mégantic Observatory, the David Dunlap Observatory in Toronto. A number of amateur astronomy associations are also involved in protecting our endangered legacy, the starry night sky. The focus of light pollution abatement programs is to change the habits of the general population, companies and urban planners so that less artificial light will be wasted or misdirected.
Source: http://astro-canada.ca/_en/a3800.html

Analisando o texto, pode-se afirmar que a única alternativa correta relacionada ao tema é:

Alternativas

ID
4020118
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

When stars disappear…


One of the negative effects of industrialization on human activity and the environment is the production of excessive light. Most people do not consider the surplus of artificial light as a form of pollution because it is not permanent; all we must do is collectively turn out our lights to make it disappear. In reality, however, such a solution is unrealistic because our society needs artificial light to function. Light pollution is mainly caused by lighting systems that are misdirected, excessive, inefficient or unnecessary. The negative effects of light pollution on human activity are numerous. From an economic point of view, for example, the use of excessive lighting or unnecessary lighting constitutes a waste of energy that is costly to both the individual and to industries. On a larger scale, excessive lighting can have an impact on global climate change if the required electricity was generated by burning fossil fuels. Wildlife and plants are also affected. For example, nighttime lighting can confuse animals that migrate (like migratory birds), can modify predator-prey relationships, and can even alter competitiveness within the same species.

It is even possible for entire ecosystems to be affected. In lakes, for example, zooplankton may stop feeding on algae if nighttime lighting is too strong. The result is excessive algae growth that eventually decomposes and causes an increase in bacterial activity. This leads to oxygen depletion in the lake, and many species of invertebrates and fish then die by asphyxiation. In astronomy, light pollution is a real and pressing problem. It diminishes the contrast between the dark sky and celestial sources of light, which makes it harder to see the stars. For professional astronomers, artificial light is undesirable because it interferes with the collection of data. This is why new observatories are built in isolated regions.

Programs to reduce light pollution have been started up by several astronomical centres across Canada, including ASTROLab and the Mont-Mégantic Observatory, the David Dunlap Observatory in Toronto. A number of amateur astronomy associations are also involved in protecting our endangered legacy, the starry night sky. The focus of light pollution abatement programs is to change the habits of the general population, companies and urban planners so that less artificial light will be wasted or misdirected.
Source: http://astro-canada.ca/_en/a3800.html

Qual é a única alternativa mencionada, no texto, como um dos efeitos negativos do excesso de luz artificial no planeta?

Alternativas

ID
4020121
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

When stars disappear…


One of the negative effects of industrialization on human activity and the environment is the production of excessive light. Most people do not consider the surplus of artificial light as a form of pollution because it is not permanent; all we must do is collectively turn out our lights to make it disappear. In reality, however, such a solution is unrealistic because our society needs artificial light to function. Light pollution is mainly caused by lighting systems that are misdirected, excessive, inefficient or unnecessary. The negative effects of light pollution on human activity are numerous. From an economic point of view, for example, the use of excessive lighting or unnecessary lighting constitutes a waste of energy that is costly to both the individual and to industries. On a larger scale, excessive lighting can have an impact on global climate change if the required electricity was generated by burning fossil fuels. Wildlife and plants are also affected. For example, nighttime lighting can confuse animals that migrate (like migratory birds), can modify predator-prey relationships, and can even alter competitiveness within the same species.

It is even possible for entire ecosystems to be affected. In lakes, for example, zooplankton may stop feeding on algae if nighttime lighting is too strong. The result is excessive algae growth that eventually decomposes and causes an increase in bacterial activity. This leads to oxygen depletion in the lake, and many species of invertebrates and fish then die by asphyxiation. In astronomy, light pollution is a real and pressing problem. It diminishes the contrast between the dark sky and celestial sources of light, which makes it harder to see the stars. For professional astronomers, artificial light is undesirable because it interferes with the collection of data. This is why new observatories are built in isolated regions.

Programs to reduce light pollution have been started up by several astronomical centres across Canada, including ASTROLab and the Mont-Mégantic Observatory, the David Dunlap Observatory in Toronto. A number of amateur astronomy associations are also involved in protecting our endangered legacy, the starry night sky. The focus of light pollution abatement programs is to change the habits of the general population, companies and urban planners so that less artificial light will be wasted or misdirected.
Source: http://astro-canada.ca/_en/a3800.html

Com referência ao texto, pode-se concluir que a única opção correta relacionada ao tema é:

Alternativas

ID
4020124
Banca
UEPA
Órgão
UEPA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

When stars disappear…


One of the negative effects of industrialization on human activity and the environment is the production of excessive light. Most people do not consider the surplus of artificial light as a form of pollution because it is not permanent; all we must do is collectively turn out our lights to make it disappear. In reality, however, such a solution is unrealistic because our society needs artificial light to function. Light pollution is mainly caused by lighting systems that are misdirected, excessive, inefficient or unnecessary. The negative effects of light pollution on human activity are numerous. From an economic point of view, for example, the use of excessive lighting or unnecessary lighting constitutes a waste of energy that is costly to both the individual and to industries. On a larger scale, excessive lighting can have an impact on global climate change if the required electricity was generated by burning fossil fuels. Wildlife and plants are also affected. For example, nighttime lighting can confuse animals that migrate (like migratory birds), can modify predator-prey relationships, and can even alter competitiveness within the same species.

It is even possible for entire ecosystems to be affected. In lakes, for example, zooplankton may stop feeding on algae if nighttime lighting is too strong. The result is excessive algae growth that eventually decomposes and causes an increase in bacterial activity. This leads to oxygen depletion in the lake, and many species of invertebrates and fish then die by asphyxiation. In astronomy, light pollution is a real and pressing problem. It diminishes the contrast between the dark sky and celestial sources of light, which makes it harder to see the stars. For professional astronomers, artificial light is undesirable because it interferes with the collection of data. This is why new observatories are built in isolated regions.

Programs to reduce light pollution have been started up by several astronomical centres across Canada, including ASTROLab and the Mont-Mégantic Observatory, the David Dunlap Observatory in Toronto. A number of amateur astronomy associations are also involved in protecting our endangered legacy, the starry night sky. The focus of light pollution abatement programs is to change the habits of the general population, companies and urban planners so that less artificial light will be wasted or misdirected.
Source: http://astro-canada.ca/_en/a3800.html

Tendo como base medidas de combate à poluição, pode-se afirmar que a única alternativa que corresponde integralmente à ideia do texto é:

Alternativas