SóProvas



Prova VUNESP - 2015 - HCFMUSP - Psicologia


ID
1754854
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005), é vedado a este profissional:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

    p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;

  • Dentre as vedações do psicólogo constantes no código de ética,encontramos:

    Art 2°-p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços.


ID
1754857
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Dentre os documentos escritos, produzidos por psicólogos, que são objeto da Resolução n° 007/2003 do Conselho Federal de Psicologia, consta o Parecer Psicológico, que

Alternativas
Comentários

  • 4.1. Conceito e finalidade do parecer

    Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.

    O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma "questão-problema", visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.

    4.2. Estrutura

    O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado, destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.

    Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética e convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se utilizar a expressão "sem elementos de convicção". Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar "prejudicado", "sem elementos" ou "aguarda evolução".

    O parecer é composto de 4 (quatro) itens:

    Identificação, Exposição de motivos, Análise, Conclusão

  • Acredito que a letra e esteja errada por causa da seguinte passagem da resolução 007/2003:

    "4. PARECER
    4.2 Estrutura 
    ... Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se utilizar a expressão "sem elemntos de convicção". Se o quesito estiver ,mal formulado, pode-se aformar "prejudicado", "sem elemtos" ou "aguarda evolução". "

  •  a) visa informar sobre as condições de um atendimento prestado, como duração, dias e horários. (Declaração)

     b) tem a função de justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante. (Atestado)

     c) deve apresentar resposta esclarecedora, por meio de avaliação especializada, a uma “questão problema", sendo uma resposta a uma consulta. (Parecer)

  • RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003

     

    4.1 – O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questãoproblema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto;

     

    Os erros das demais assertivas:

     

    a) trata-se da declaração;

    b) trata-se do atestado;

    d) o processo de avaliação psicológica não se restringe à testagem. Logo, os documentos dela decorrentes também não são sempre baseados na aplicação de testes;

    e) o parecer é fundamentado e resumido;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    -------------------

    Gabarito: C

  • PARECER PSICOLÓGICO - Conceito e finalidade

    Art. 14 O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma questão-problema do campo psicológico ou a documentos psicológicos questionados.

    I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou documento psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta.

    II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o), conhecimento específico e competência no assunto.

    III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.

    IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de avaliação psicológica ou de intervenção psicológica.


ID
1754860
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Bleger (2007) aponta o seguinte aspecto ao considerar o grupo familiar sadio:

Alternativas
Comentários
  •  

    Resposta D

    Bleger contribuiu com uma importante visão sobre as estruturas e a dinâmica do grupo familiar. Entende a família como um grupo primário, no qual ocorrem projeções e identificações maciças. A família funcionaria, então, num nível de organização primitivo, caracterizado pela indiferenciação, pelo sincretismo. Um nível no qual os membros da família não teriam existência como sujeitos individuais, encontrando-se em estado de fusão ou indiscriminação, não constituindo uma unidade psicológica - A família se caracterizaria, então, por uma simbiose e nelas e concentraria a parte psicótica de todos os seus membros, ou seja, os seus aspectos mais imaturos e regredidos, marcados pela falta de discriminação entre o eu e o não-eu. Para Bleger, a família seria, assim, o reservatório da parte menos diferenciada da personalidade. Segundo esse autor, é somente quando começam a ocorrer a discriminação, a diferenciação, que a família sai desse estado sincrético e caminha para a interação, para tornar-se um grupo familiar que se possa considerar sadio. 

     

    (Livro Psicoterapia de Casal - Porchat) - (Bleger- Psico-Higiene e Psicologia Institucional)

     

  • Letra D
    "Um grupo familiar sadio é aquele no qual se dá este último processo (de discriminação, diferenciação e personificação)".
    BLEGER, Psico-higiene, cap 4, pg 97 


ID
1754863
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Para Bleger (2007), as situações de mudança pertencem à natureza íntima ou intrínseca da dinâmica do grupo familiar e podem provocar três tipos de ansiedade. São elas:

Alternativas
Comentários
  • As situações de mudança podem provocar três tipos de ansiedades: confusional, paranoide e depressiva; mas a ansiedade característica do grupo primário (simbiótico) é a ansiedade confusional. É só com a  introdução da discriminação, a interação (projetiva-introjetiva), que poderão aparecer não só a ansiedade paranoide e a depressiva, como também o conflito, que requer uma prévia discriminação para que haja contradição.
    (José Bleger - Psico-Higiene e Psicologia Institucional)
  • Ansiedade paranóide ( temor de um ataque ao ego);
    Ansiedade depressiva ( temor da destruição dos objetos);
    Ansiedade confusional ( momentos de transição entre as duas anteriores).


ID
1754866
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“A psicologia institucional aplicada aos hospitais se torna, a rigor, uma arma terapêutica muito eficaz." (Bleger, 2007)

Esse autor explica, ainda, que isto se deve ao fato de que

Alternativas
Comentários
  • É na Instituição Hospitalar onde a psicologia institucional provou até agora ser um dos campos onde se torna muito proveitosa sua utilização, mas isto pode se dever somente ao fato de que é a instituição mais diretamente ligada, na atualidade, à parte da atividade do psicólogo e ao fato de ser-lhe um dos organismos mais acessíveis (ainda que não facilmente acessível). Os objetivos da psicologia institucional se tornam também mais claros no hospital já que também se dá o fato de que esta instituição é menos conflituosa para o próprio psicólogo em tudo o que se refere a sua ideologia e seus objetivos. O fato é que a psicologia institucional aplicada aos hospitais ser torna, a rigor, uma arma terapêutica muito eficaz, no sentido de que todo o hospital (sua estrutura) se transforma em si mesmo em um agente psicoterápico de grande eficiência, em profundidade e amplitude. E neste sentido se alcança organizar a psicoterapia a nível institucional e não ao da psicoterapia individual ou grupal. 


    (José Bleger - Psico-Higiene e Psicologia Institucional)


ID
1754869
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo De Rossi (In: Quayle e De Lucia, 2007) para planejar sua intervenção, o psicólogo hospitalar deve

Alternativas
Comentários
  • É preciso considerar que a assistência pode se modificar a partir da estrutura e funcionamento do setor, da dinâmica institucional e do perfil do paciente. Assim, para planejar sua intervenção o psicólogo precisa considerar todos esses fatores. Como afirma Bleger (1984) não se pode ser psicólogo se não se é, ao mesmo tempo, um investigador dos fenômenos que se quer modificar e, para ser um investigador, é preciso extrair os problemas da própria prática e da realidade em que se atua.

  • A letra C torna-se incorreta porq ela fala em "interpretação e elaboração", elementos importantes após a intervenção; não antes da intervenção, como a questão busca "planejamento".

    Letra B - A dinâmica do hospital (fluída e sempre em mudança) deve ser considerada durante a intervenção, bem como o perfil do paciente.

    GAB. B


ID
1754872
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Bucaretchi & Cordás (In: Quayle e De Lucia, 2007), o ideal de magreza na sociedade moderna vem apresentando um grande poder, especialmente entre os jovens.  Do ponto de vista psicanalítico, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • http://www.livrariadopsicanalista.com.br/produto/2273622/ADOECER---AS-INTERACOES-DO-DOENTE-COM-SUA-DOENCA

  • A mãe é vista pela criança como um ser completo e poderoso, capaz de lhe assegurar a vida. No entanto, este poder traz consigo um vigor tão grande que pode gerar invasões devastadoras, que caminham para além do amor. É o lugar da onipotência materna. A mãe que aparece para a criança, nesse momento, como onipotente, precisa ir aos poucos se apresentando a essa criança como limitada e castrada. A mãe deve ser capaz de suportar sua própria ausência para a criança, liberando-a, assim, do lugar do seu falo e de sua falta. Se a mãe não isentar a criança do lugar fálico e a criança não tolerar perder esse lugar, ambas estarão sujeitas a viver escravizadas pela ilusão alienante de completude, acarretando confusão de identidades, de desejos, de sentimentos e, até mesmo, dos limites corporais.


    (...)Lacan afirma que, para adquirir segurança e ir-se constituindo como sujeito, a separação que a menina estabelece entre ela e sua mãe deve ser repetida inúmeras vezes. Nem a anoréxica nem a sua mãe tiveram possibilidade de viver com tranquilidade esse afastamento: a menina viveu o distanciamento do objeto de amor privilegiado como um enorme perigo psíquico e a mãe viveu a falta da filha como algo insuportável. Como a anoréxica não tem sua subjetividade constituída, quando se percebe longe e separada do outro vivencia a distância como a perda de si mesma, tornando-a melancólica e devastada. 

    Do capítulo: Anorexia e bulimia nervosa, a constituição psiquica, Bucaretchi Do livro: Anorexia e bulimia nervosa - um visão multidisciplinar, 2003. Bucaretchi. 
  • Gabarito C - a relação dual imobiliza mãe e filha porque a mãe não reconhece a própria castração, e a filha se identifica com o desejo da mãe.


ID
1754875
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Moretto (2013), frequentemente o pedido médico dirigido ao psicanalista espera que as “causas psíquicas" de um sintoma impossível de ser detectado pelos modernos recursos médicos, no registro do corpo do sujeito, sejam descobertas. Para o psicanalista, isto implica

Alternativas
Comentários
  • Alt. D

    Do livro: Moretto, M. L. T. (2013). O que pode um analista no hospital?São Paulo: Casa do Psicólogo. 

  • Toda doença é psicossomática

ID
1754878
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Moretto (2013), quando o discurso médico opera no sentido de destituir o paciente de sua subjetividade,

Alternativas
Comentários
  • Alt. A

    Do livro: Moretto, M. L. T. (2013). O que pode um analista no hospital?São Paulo: Casa do Psicólogo. 

  • destituir: (latim destituo, -ere, colocar à parte, abandonar, cessar, suprimir)

    "destituir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021,  [consultado em 16-01-2022].

  • quando o discurso médico opera no sentido de destituir o paciente de sua subjetividade, (ITEM A) "isso gera no sujeito consequências importantes no seu psiquismo, como a perda de seu referencial próprio e a identificação com a doença.;'

    A subjetividade o torna diferente e singular perante a generalização dos diagnósticos e práticas usadas pela ciências biomédicas a fim de oferecer certa praticidade e celeridade aos atendimentos. Exclui-se o sujeito em prol da generalização de sintomas e estados, almejando facilitar o manejo e o cuidado dos pacientes. Ao torna-se igual a todos os outros, o indivíduo perde-se, não se reconhece mais enquanto detentor do seu próprio sofrimento ou dor, ele passa a identificar-se com aquilo q o meio diz que ele tem "a doença". A doença o constitui como um ser doente, igual todos que estão ali, mesmo que ele sinta, sofra e seja diferente.


ID
1754881
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Simonetti (2011), é correto afirmar que a psicologia hospitalar

Alternativas
Comentários
  • alt. D

    O foco da psicologia hospitalar é o aspecto psicológico  em torno do adoecimento. Mas aspectos psicológicos não existem soltos no ar, e sim estão encarnados em pessoas; na pessoa do paciente, nas pessoas da família, e nas pessoas da equipe de profissionais. A psicologia hospitalar define como objeto de trabalho não só a dor do paciente, mas também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da equipe e a angústia geralmente negada dos médicos. Além de considerar essas pessoas individualmente a psicologia hospitalar também se ocupa das relações entre elas, constituindo-se em uma verdadeira psicologia de ligação, com a função de facilitar os relacionamentos entre pacientes, familiares e médicos. 


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.

  • A - Trata no registro do SIMBÓLICO, quem atua no real é o médico;

    B - Essa também é uma função muito mais ligada a prática médica do que a psi., pois parte da ação categorizante, numa análise nosológica;

    C - Função médica! No próprio livro aponta-se uma direção, muitas vezes, de abandono das ações curativistas, atuando pela lógica do cuidado.

    D - Correta!!

    E - O psi não centra o seu trabalho no foco de quantificar nenhum dado do adoecimento.

    Em geral, a Psicologia não tem como foco de atuação ações que visem um modelo "curativista", claro que se lida com a cura como algo desejável para ser alcançado, mas este nunca será o ponto de partida das ações desempenhadas pelo Psi.


ID
1754884
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sobre o diagnóstico em psicologia hospitalar, segundo Simonetti (2011), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Alt. E

    A separação entre diagnóstico e terapêutica é meramente didática, porque na prática o próprio ato de colher dados de um paciente visando à formulação de um diagnóstico jamais deixa de ser também uma intervenção com efeitos terapêuticos. O diagnóstico já é um tratamento, sempre.


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.

  • Para Simonetti, o processo de diagnóstico e intervenção andam lado a lado na atuação do psicólogo hospitalar.


ID
1754887
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Simonetti (2011) propõe um diagnóstico em psicologia hospitalar a partir de quatro eixos. Assinale a alternativa que engloba corretamente esses eixos.

Alternativas
Comentários
  • alt A

    O manual propõe um diagnóstico a partir de quatro eixos: Eixo I: Reacional – o modo como a pessoa reage à doença; Eixo II: Médico – a sua condição médica; Eixo III: Situacional – análise das diversas áreas da vida do paciente e Eixo IV: Transferencial – análise de suas relações. 


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.


ID
1754890
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Um paciente com câncer encontra dificuldade em se implicar no seu tratamento médico e espera que uma nova descoberta científica traga cura para a sua doença. De acordo com as posições descritas por Simonetti (2011) acerca da reação da pessoa à doença, é correto afirmar que esse paciente encontra-se na posição de

Alternativas
Comentários
  • Adoecer é como entrar em órbita. A doença é um evento que se instala de forma tão central na vida da pessoa, que tudo o mais perde importância ou então passa a girar  em torno dela, uma espécie de órbita que apresenta quatro posições principais: negação, revolta, depressão e enfrentamento. Habitualmente a pessoa entra na órbita da doença pela negação, depois se revolta, algum tempo depois entra em depressão e, por último, não sem algum esforço e trabalho pessoal, alcança a possibilidade de enfrentamento real.

    As soluções tentadas na negação tem um quê de mágica. A pessoa espera que algo divino, que ela nem sabe o que é, aconteça e resolva o problema, como, por exemplo, curar um câncer sem fazer o tratamento médico, ou então que uma nova descoberta científica traga a cura para a sua doença, ou simplesmente que o fato de ela não pensar na doença possa fazer com que esta desapareça. 


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.


ID
1754893
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A respeito do trabalho do psicólogo hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Simonetti (2011) afirma que

Alternativas
Comentários
  • Em termos práticos o atendimento psicológico na UTI apresenta ao psicólogo um desafio extra, a saber: o fato de a maioria dos pacientes internados apresentar dificuldade de falar, por estarem em estado inconsciente, sob sedação, confusos, ou “entubados”  ou deprimidos. O que faz então o psicólogo, já que trabalha essencialmente com a palavra, quando esta não está acessível ao paciente? É simples: cria, inventa novas formas de linguagem. 


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.


ID
1754896
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação à conclusão do processo de atendimento psicológico na psicologia hospitalar, Simonetti (2011) afirma que

Alternativas
Comentários
  • O que determina o final do tratamento psicológico é a cessação da demanda. Quando aquela condição que encetou o início do tratamento, geralmente um problema de manejo do paciente ou um questionamento do próprio doente sobre sua forma de lidar com a doença, se esvazia, se dissolve, o trabalho está concluído. Isso pode acontecer após poucos ou muitos atendimentos, com o paciente ainda internado, ou já com alta hospitalar, podendo, ou não, se seguir de uma psicoterapia. Cabe enfatizar que o objetivo do atendimento psicológico hospitalar não é levar o paciente a uma psicoterapia mais prolongada após sua saída do hospital. 


    Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar: o mapa da doença. (6aed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.


ID
1754899
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Oliveira e Serafim (In: Serafim e Saffi, 2015), os três fatores moduladores da memória são:

Alternativas
Comentários
  • Ressalta-se, ainda, que, para entendermos o processo da memória, faz-se necessário considerar tres fatores moduladores (Rotta, Ohlweiler, & Riesgo, 2006):

    Atenção: a atenção exerce um papel fundamental na memória. Alteração na qualidade da atenção repercutirá na qualidade do armazenamento da informação;


    Motivação: um individuo com baixo nível de motivação apresentará dificuldades com relação a atenção. Consequentemente, haverá um impacto sobre o processo de aquisição de novas informações, ou seja, não haverá a formação de registros (memórias). Assim, a motivação exerce urna influencia importante sobre o aprendizado.


    Nível de ansiedade: a ansiedade exerce um impacto importante sobre o sistema nervoso central. Respostas elevadas de ansiedade podem gerar um efeito inibitório, levando a urna redução significativa no desempenho do cérebro em adquirir e, principalmente, consolidar novas memórias.


    Neuropsicologia forense /Organizadores, Antonio de Pádua Serafim, Fabiana Saffi. - Porto Alegre: Artmed, 2015. 
  • Nível de ansiedade era novidade para mim...

  • Vivendo e aprendendo

ID
1754902
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Serafim, Ribeiro e Malloy-Diniz (In: Serafim e Saffi, 2015), as funções executivas são comportamentos dirigidos a metas. Envolvem: definição de um objetivo; seleção de métodos; escolha, implementação e monitoramento de estratégias. Assim, dentre os instrumentos utilizados para avaliar as funções executivas, têm-se:

Alternativas
Comentários
  • Instrumentos de avaliação das funções executivas e suas respectivas funções avaliadas

    Função: Flexibilidade cognitiva

    Instrumentos: Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Teste de Trilhas Coloridas e Trail Making Test A ·e B

    Função: Controle Inibitório

    Instrumentos: D2 ­ Teste de Atencao Concentrada ­ Erros por Ação, Stroop Test e Continuous Performance Test CPT­11

    Função: Memória Operacional

    Instrumentos: Subteste Dígitos Ordem Direta e Inversa (WISC­IV/WAIS­III) e  Aritmética (WISC­IV/WAIS­III)

    Função: Tomada de decisão

    Instrumentos: Iowa Gambling Task, Children Gambling Task e Dice Task

    Função: Planejamento e solução de problemas

    Instrumentos: Torre de Londres e Torre de Hanoi

    Função: Categorização

    Instrumentos: Subteste Semelhanças (WISC­IV/WAIS­III)

    Função: Controle atencional

    Instrumentos: D2 ­ Teste de Atenção Concentrada, Teste de Atenção Concentrada, Teste de Atenção Alternada, Teste de Atenção Dividida e Teste de Trilhas Coloridas.

    Função: Instrumentos de triagem e baterias de avaliação de múltiplas funções executivas

    Instrumentos: Behavioral Assessment of the Dysexecutive Syndrome (BAOS) e Frontal Assessment Batery (FAB)


    Alternativas:

    A- subteste Completar Figuras (WAIS/WISC) INCORRETO, subteste Semelhanças (WAIS/WISC) CORRETO e Teste de Apercepção Temática (TAT) INCORRETO

    B- Teste de Memória de Reconhecimento (TEM-R) INCORRETO, Wisconsin Card Sorting Test (WCST) CORRETO e subteste Cubos (WAIS/WISC) INCORRETO

    C- Teste de Apercepção Temática (TAT) INCORRETO, Teste de Memória de Reconhecimento (TEM-R) INCORRETO e Teste de Atenção Concentrada – D2 CORRETO

    D- Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Teste de Trilhas Coloridas (TTC) e subteste Semelhanças (WAIS/WISC). TODOS CORRETO

    E- subteste Dígitos (WAIS/WISC) CORRETO, subteste Cubos (WAIS/WISC) INCORRETO e Teste de Desempenho Escolar (TDE) INCORRETO.


ID
1754905
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Considere o seguinte caso:

Paciente do sexo feminino, 17 anos, internada em enfermaria psiquiátrica, analfabeta, com muitas faltas no trabalho, anedonia (perda do prazer nas atividades diárias), apatia e lentificação psicomotora. A hipótese diagnóstica é de depressão e/ou deficiência intelectual. Foi solicitado ao psicólogo que realizasse uma avaliação dessa paciente.

Assinale a alternativa que descreva os procedimentos dessa avaliação, segundo Cunha (2000).

Alternativas
Comentários
  • alt. A

    Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação,  de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas.


    Teste Matrizes Progressivas de Raven – Escala Geral trata-se de um teste de medida do potencial intelectual, podendo ser aplicado a indivíduos de qualquer nível cultural, não importando a escolaridade. Pode ser utilizado também nos estudos de involução intelectual e no diagnóstico de deficiência mental.


    T.A.T: 1. Avaliação da personalidade, principalmente para analisar a natureza dos vínculos afetivos, regulação dos afetos, qualidade das relações interpessoais e identificação de conflitos e mecanismos de defesa. 2. Avaliação de condições para indicação psicoterápica. 3. Acompanhamento da evolução durante o processo psicoterápico. 4. Coleta de subsídios sobre a função cognitiva de planejamento, através da análise do manejo que o examinando faz de idéias verbalizadas sequencialmente.


    A entrevista de devolução tem por finalidade comunicar ao sujeito o resultado da avaliação. Em muitos casos, essa atividade é integrada em uma mesma sessão, ao final da entrevista. Em outras situações, principalmente quando as atividades de avaliação se estendem por mais de uma sessão, é útil destacar a entrevista de devolução do restante do processo. Outro objetivo importante da  entrevista de devolução é permitir ao sujeito expressar seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador. Ainda, permite avaliar a reação do sujeito a elas. Ou seja, mesmo na fase devolutiva, a entrevista mantém seu aspecto avaliativo, e tem-se a oportunidade de verificar a atitude do sujeito em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou de recusá-las. Finalmente, como objetivo da entrevista de devolução, destaca-se a importância de ajudar o sujeito a compreender as conclusões e recomendações e a remover distorções ou fantasias contraproducentes em relação a suas necessidades.



ID
1754908
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Nascimento (In: Cunha, 2000) refere que há fatores não cognitivos que tendem a diminuir ou aumentar o desempenho no WAIS III.

Assinale a alternativa que contém os itens referentes à diminuição do desempenho.

Alternativas
Comentários

  • Alt. B

    Fatores não-cognitivos que tendem a diminuir ou aumentar o desempenho no WAIS-III


    Tendem a diminuir o desempenho:

    humor (ansiedade, depressão, negativismo, hostilidade); imaturidade; impulsividade; falta de socialização; cultura/etnia/língua/educação; pressão do tempo.


    Tendem a aumentar o desempenho:

    obsessividade para detalhes, perfeccionismo (podendo também lentificar o desempenho); superaprendizado teórico/livresco (aumento superficial); flexibilidade no raciocínio.


    O grau de motivação ou persistência pode contribuir tanto para o aumento quanto para a diminuição do desempenho nos subtestes.


ID
1754911
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Figueiredo (In: Cunha, 2000) apresenta a estrutura geral do WISC III dividida em subtestes verbais; subtestes de execução; subtestes suplementares; escalas de QIs e índices fatoriais. Os subtestes verbais são compostos por:

Alternativas
Comentários
  • No WISC III, a escala verbal compreende os subtestes de Informação, Compreensão, Semelhanças, Dígitos (Suplementar), Aritmética e Vocabulário.

    A escala de execução abrange os subtestes de Completamento de Figuras, Arranjo de Figuras, Cubos, Armar Objetos, Código, Labirintos (Suplementar) e Procurar símbolos (Suplementar).

  • Subtestes Verbais:

     

    - COMPREENSÃO VERBAL:

    - Informação: conhecimento (educação) formal

    - Compreensão: conhecimento social, senso moral

    - Semelhanças: fatos do meio, fluencia verbal

    -Vocabulário: conhecimento amplo, inteligência geral

     

    - RESISTÊNCIA À DISTRAIBILIDADE

    - Aritmética: operações numéricas simples

    - Dígitos: memória auditiva imediata


ID
1754914
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Faria (2010), a neurose, enquanto estrutura clínica, caracteriza-se pela

Alternativas
Comentários
  • Quando o recalque não é idealmente levado a cabo, quando a função paterna não opera de forma completamente eficaz, o que ocorre é a neurose, na qual os sintomas revelam, de forma simbólica, os efeitos patogênicos que persistem no inconsciente. Para Freud. os sintomas não são nada mais que a expressão deformada do desejo infantil que sucumbiu ao recalque.


    http://lacan.orgfree.com/textosvariados/edipoeestruturasclinicas.htm


ID
1754917
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Faria (2010) afirma que a escuta dos pais na clínica psicanalítica com crianças

Alternativas
Comentários
  • Considera, então, imprescindível escutar os pais na medida em que eles estão implicados nos sintomas do filho, o que não significa fazer o tratamento psicanalítico deles, mas ajudá-los a se situarem em relação à sua própria história. (http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicousp/v6n2/a06v6n2.pdf)

  • favorece a responsabilização dos pais naquilo que lhes concerne em relação ao sintoma da criança.

  • Considerando que muitas pessoas assinalaram a letra A como gabarito, é importante mencionar que a entrevista com os pais, para a psicanálise, não consiste na primeira etapa do processo.

    Primeiro há o primeiro contato com a criança e, só depois, ocorre a entrevista com os responsáveis.


ID
1754920
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Garcia Júnior & Zimmermann (In: Botega, 2012), os critérios psicossociais na seleção de candidatos a transplante são usados com o principal objetivo de

Alternativas
Comentários
  • O processo de transplante é permeado de aspectos e reações emocionais contraditórias, com as quais o paciente precisa lidar. Há uma perspectiva de mudança no panorama de vida do sujeito após a realização do procedimento, todavia o conflito entre a dúvida de o transplante dar certo, não ocasionando na rejeição, o medo do processo cirúrgico e o da própria morte podem dar lugar a sentimentos repletos de esperança e fé e, principalmente, de não mais depender dos procedimentos dialíticos (Baron, 2010).

  • numa primeira leitura da questão, pode-se crer que ela deseja "os critérios psicossocais", mas atentem-se que ela deseja saber "qual o objetivo do uso desses critérios", por isso a resposta é a letra D.


ID
1754923
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Botega (2012), ao atender pacientes hospitalizados e ouvirmos seus relatos, deparamo-nos com mecanismos de defesa frente ao sofrimento imposto pelo adoecimento. São mecanismos de defesa:

Alternativas
Comentários
  • Negação: Por meio da negação, o paciente passa a agir como se não estivesse sob ameaça. É um recurso para evitar sofrimento, medo e desespero.


    Regressão: A atualização de um modo de funcionamento ligado a etapas mais precoces do desenvolvimento permite a satisfação de necessidades afetivas primitivas. Todavia, o paciente pode adotar uma posição muito passiva, não demonstrar força para reagir, “regredindo” em seu comportamento e em suas necessidades, chegando às vezes, a fases não verbais e não motoras.


    Deslocamento: Em algum momento no curso do tratamento, o paciente poderá deslocar sua raiva contra um familiar ou contra a equipe médica, culpa-los pela doença ou por algum acontecimento, tentando aplacar a angústia e a revolta que não consegue conter. 


    Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed, 2012

  • Gabarito B.

    Vale salientar que o coping se caracteriza como uma estratégia de enfrentamento e não um mecanismo de defesa e a sublimação é a conversão da situação atual em comportamentos socialmente aceitos/admiráveis (estudar, cantar, tocar algum instrumento musical, etc.), não cabendo como um mecanismo de defesa utilizado no processo de adoecimento.

    Desta forma, já eliminaríamos todas as alternativas incorretas, restando apenas o gabarito da questão.


ID
1754926
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação à depressão, segundo Botega, Furlanetto & Fráguas Jr (In: Botega, 2012), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A Depressão tem caráter de doença sistêmica, com consequências em vários sistemas de regulação corporal, incluindo seu impacto na evolução de outras doenças clínicas, aumentando a morbimortalidade e os custos do tratamento. Sintomas depressivos associam-se a maior risco de mortalidade por problemas cardíacos, dificuldades no controle da glicemia e aumento da morbidade em casos de acidente vascular cerebral (AVC) e de infecção pelo HIV. Seu impacto torna-se ainda mais significativo se considerarmos que se diagnóstico e adequado tratamento não são realizados na maioria dos casos.

    http://widoctor.com.br/depressao-em-pacientes-hospitalizados/


ID
1754929
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Gabbard (2006), a respeito do transtorno de personalidade paranoide, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O pensamento paranoide não é por si só patológico. Como foi descrito no Capítulo 2, a posição esquizoparanóide é um modo básico de experiência de organização que persiste na psique humana por todo ciclo vital. Dessa forma pensamentos e sentimentos perigosos e desagradáveis são dissociados, projetados para fora e atribuídos aos outros. Essa forma está prontamente acessível em todos os tipos de experiência de grupo, tais como convenções políticas, eventos esportivos e dinâmicas institucionais. Em certas conjunturas históricas, culturas inteiras foram impregnadas pelo pensamento paranóide, como na “caça as bruxas” da era macartista nos EUA. O transtorno da personalidade paranóide, entretanto, é uma entidade patológica distinta que independe de fatores culturais, não sendo um estado transitório que se desenvolve a partir de um nexo de dinâmicas de grupo. Ele envolve um estilo pervasivo de pensamento, sentimento e forma de se relacionar com os outros que é extraordinariamente rígido e invariável. Os indivíduos vivem na posição esquizoparanóide.  p. 299 


    Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica / Glen 0. Gabbard; tradução Maria Rita Secco Hofmeister. - 4.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2006


ID
1754932
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Gabbard (2006) aponta a importância da diferenciação entre transtorno da personalidade histérica e transtorno da personalidade histriônica. A respeito dessa diferenciação, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Histérica:

    Emocionalidade refreada e circunscrita

    Exibicionismo sexualizado e necessidade de ser amado

    Bom controle de impulsos

    Sedução de apelo sutil

    Ambição e competitividade

    Relações objetais triangulares maduras

    As separações dos objetos amados podem ser toleradas

    Superego severo e algumas defesas obsessivas

    Desejos transferenciais sexualizados se desenvolvem gradualmente e são considerados expectativas irreais


    Histriónica:

    Emocionalidade florida e generalizada

    Exibicionismo ávido, de qualidade exigente e oral, que é "frio" e menos envolvente;

    Impulsividade generalizada

    Sedução grosseira, inadequada e repulsiva

    Sem objetivos e desamparado

    Relações objetais diádicas primitivas caracterizadas por apego, masoquismo e paranóia

    A ansiedade de separação catastrófica ocorre quando abandonado por objetos amados

    Superego frouxo e predominância de defesas primitivas, como cisão e idealização

    Desejos transferenciais sexualizados intensos se desenvolvem rapidamente e são considerados expectativas reais


    Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica / Glen 0. Gabbard; tradução Maria Rita Secco Hofmeister. - 4.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2006


ID
1754935
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Gabbard (2006), a maioria dos pacientes em fase maníaca

Alternativas
Comentários
  • A maioria dos pacientes maníacos não se beneficiará de intervenções psicoterapêuticas até que a mania seja controlada por psicofármacos. Muito do tratamento subseqüente envolve a prevenção de recaída enfocando problemas como a não-adesão e a falta de insight sobre a doença. Diversos temas psicodinâmicos maiores, com freqüência presentes em pacientes bipolares, devem ser abordados. Mantendo a negação geral de sua doença, esses pacientes freqüentemente argumentam que seus sintomas maníacos ou hipomaníacos não fazem parte de uma doença, mas são um reflexo do que eles realmente são. Pacientes com doença bipolar notoriamente não possuem insight.


    Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica / Glen 0. Gabbard; tradução Maria Rita Secco Hofmeister. - 4.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2006


ID
1754938
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Gabbard (2006), ao se referir à psicodinâmica do suicídio, afirma que

Alternativas
Comentários
  • Muitos transtornos psiquiátricos diferentes podem culminar em uma evolução trágica para o suicídio. O suicídio está associado de forma mais importante aos transtornos depressivos maiores, sendo, em conseqüência, considerado em detalhes no contexto deste capítulo. Em muitos casos, a psicoterapia isolada não é suficiente para pacientes seriamente suicidas.  As motivações para o suicídio são altamente variadas e, com freqüência, obscuras (Meissner, 1986). Em conseqüência disso, o clínico deve escutar cuidadosamente cada paciente, observando os desenvolvimentos transferenciais-contratransferenciais antes de chegar a qualquer conclusão sobre os fundamentos dinâmicos do suicídio. A visão de Karl Menninger do suicídio era um pouco mais complexa. Ele acreditava que pelo menos três desejos devem contribuir para o ato suicida: o desejo de matar, o desejo de ser morto e o desejo de morrer. O desejo de matar pode ser dirigido não apenas ao objeto interno. A experiência clínica confirma novamente que, em geral, o suicídio é destinado a destruir a vida dos sobreviventes. Os pacientes deprimidos freqüentemente sentem, por exemplo, que o suicídio é a única vingança satisfatória contra seus pais. O cônjuge do paciente pode, da mesma forma, ser o “alvo” de um suicídio.


    Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica / Glen 0. Gabbard; tradução Maria Rita Secco Hofmeister. - 4.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2006


ID
1754941
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Jerusalinsky (In: Polanczyk e Lamberte, 2012), os índices de risco para o desenvolvimento infantil (IRDI) constituem

Alternativas
Comentários
  • Os objetivos principais da pesquisa IRDI foram os de verificar o poder dos indicadores para a detecção precoce de problemas de desenvolvimento na primeira infância, e selecionar indicadores de desenvolvimento psíquico para serem inclu- ídos na ficha de acompanhamento do Desenvolvimento de Crianças de zero a cinco anos proposta pelo Ministério da Saúde.


    http://www.fundamentalpsychopathology.org/uploads/files/latin_american/v6_n1/

    valor_preditivo_de_indicadores_clinicos_de_risco_para_o_desenvolvimento_infantil.pdf



    O livro citado no enunciado é este: Psiquiatria da Infância e da Adolescência.

    http://www.manole.com.br/psiquiatria-da-inf--e-adolesc--polanczyk/p

  • O instrumento IRDI (Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil) foi desenvolvido e validado por um grupo de especialistas brasileiros para uso de profissionais da saúde, para que possam ser observados os comportamentos da díade mãe-bebê e, assim, apontar sinais de risco para o desen- volvimento infantil, em geral. É composto por 31 indicadores, observáveis nos primeiros 18 meses de vida da criança(16,17). O IRDI não é um instrumento específico para transtornos do espectro do autismo, mas para os problemas no desenvolvi- mento infantil, de forma ampla. É focado na observação de comportamentos envolvidos na interação da díade mãe-criança, no período de 0 a 18 meses de idade.


ID
1754944
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Jerusalinsky (In: Polanczyk e Lamberte, 2012) deixa claro em seu texto que a noção de sujeito em psicanálise

Alternativas
Comentários
  • O sujeito é uma noção que não coincide com as noções de Eu ou de personalidade, mas uma instância psíquica inconsciente. Constrói-se, desde o início da vida de uma criança, a partir de um campo social pré-existente – a história de um povo, de uma família, do desejo dos pais – mas também a partir dos encontros, intercorrências e acasos que incidem na trajetória singular da criança.


    http://www.fundamentalpsychopathology.org/uploads/files/latin_american

    /v6_n1/valor_preditivo_de_indicadores_clinicos_de_risco_para_o_desenvolvimento_infantil.pdf


  • Ao nascer, o homem é inserido em uma ordem humana que lhe é anterior, uma ordem social na qual ele adentra através da linguagem e da família. Assim, a história do sujeito o antecede por um mito familiar que passa a recobri-lo a partir de seu nascimento e através da linguagem - linguagem que é, em essência, sempre equívoca e passível de múltiplas interpretações, facilitadora da construção de um mito individual em referência ao mito familiar

    Nessa direção, a leitura clínica estrutural se opõe ao diagnóstico meramente semiológico e nosográfico, e propõe que a especificidade da estrutura de um sujeito é predeterminada pela economia de seu desejo. O diagnóstico estrutural busca compreender como se dá essa economia, como ela é administrada. Essa economia do desejo se refere ao Édipo, à relação que o sujeito mantém com a função fálica e com a castração. Portanto, quando falamos em estruturas clínicas ou estruturas de personalidade (neuroses, psicoses e perversão), falamos dos avatares transcorridos ao longo da constituição do sujeito, em especial, ao longo dos três tempos do Édipo.

    Pensar o Édipo em três tempos é uma proposta de Lacan que incluiu, no Édipo como um todo, os períodos antes denominados por Freud de pré-edípico e de saída edípica ou declínio do Édipo - os quais correspondem, respectivamente, ao primeiro e terceiro tempos do Édipo para Lacan.

    O primeiro tempo edípico ocorre nos primórdios da interação mãe-criança, quando esta é tomada imaginariamente pela mãe como o seu objeto de completude; o segundo tempo do Édipo é marcado pela descolagem inicial da criança do lugar de falo para a mãe, momento da castração imaginária, quando a criança rivaliza com o pai o lugar de falo para a mãe; o terceiro e último tempo edípico se caracteriza, inicialmente, pela hipótese infantil de que o pai detém o falo, e, em seguida, culmina na saída do Édipo, com a conclusão de que ninguém é ou possui o falo, pois todos somos faltantes, castrados, e o que homens e mulheres desejam em seus pares é exatamente a falta.

     


ID
1754947
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Lamberte e Tavares (In: Polanczyk e Lamberte, 2012), é correto afirmar que a função materna

Alternativas
Comentários
  • O bebê terá que ser construído na relação com alguém. Esse alguém vai lhe fornecendo sentido aos seus atos a partir dos próprios significados, e é a partir disso que o bebê vai tendo noção da realidade e adquirindo a noção de eu. Nesse sentido, o bebê toma emprestado da mãe seus primeiros enunciados identificantes (AULAGNIER, 1989; 1994a), fornecidos pela mãe, que o identificam como sujeito. O eu do bebê e o objeto serão construções precedidas pelas fantasias e desejos dos outros primordiais que, por sua vez, estão determinados pelos seus antecessores.


ID
1754950
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Semer et al (In: Volich, 2008), o atendimento em psicoterapia psicanalítica a pacientes psicossomáticos pode contribuir para

Alternativas
Comentários
  • Constataram que, a partir da expansão do mundo mental das pacientes em psicoterapia, a doença e as dores deixam de ser o eixo de sustentação de suas identidades. Semer e colaboradadoras concluem que pacientes com queixas somáticas podem se beneficiar de uma intervenção psicanalítica, mesmo que, no trabalho ainda em curso, aspectos relativos a questões de identidade e da constituição do si mesmo ainda estejam por vir. Concluem ressaltando que a passagem de um modo de funcionamento pela descarga corporal para o desenvolvimento da capacidade de simbolização é um processo longo e construído de modo artesanal, mas que pode permitir caminhar da dor física à dor psíquica. p. 26


    Volich, Ferraz e Ranna (orgs). Psicossoma IV – Corpo, história e pensamento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008


ID
1754953
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Considerando o gesto na psicossomática psicanalítica (Volich, 2008), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Ao utilizar a expressão “gesto impulsivo”, Winnicott parece querer marcar a base corporal do gesto – assim como seu caráter de impulso ou ímpeto corporal -, afastando-o de qualquer abstração. O gesto como ação simbólica nasce de uma corporeidade irredutível e, por isso mesmo, dizemos gesto, e não mensagem, já que não se trata de uma comunicação em abstrato. A motricidade não é pensada, aqui, no entanto, como uma mecânica, e sim como a expressividade potencial de um Ser nascente: trata-se precisamente, do veículo do gesto espontâneo do psicossoma humano, uma vez que a condição de um vir-a-ser estejam garantidas.  p. 135


    Volich, Ferraz e Ranna (orgs). Psicossoma IV – Corpo, história e pensamento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008

  • Gabarito E - Embora seja uma ação simbólica, não é considerada uma mensagem, já que não se trata de uma comunicação em abstrato.


ID
1754956
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Ao abordar a relação entre as emoções e o corpo, McDougall (apud Volich, 2008) afirma que

Alternativas
Comentários
  • McDougall (1989, 1994) compreende o fenômeno da somatização como um mecanismo mental de defesa e emprega o termo “potencialidade psicossomática”, isto é, qualquer indivíduo, neurótico ou psicótico, pode somatizar se um certo limiar de conflito ou de dor psíquica é ultrapassado. Nos fenômenos psicossomáticos ocorreria a expulsão de alguns aspectos, afetivos e cognitivos, da realidade psíquica para fora da psique, deixando o indivíduo sem conhecimento dos mesmos. Os pacientes somatizadores muitas vezes “não têm palavras para dar nome a seus estados afetivos ou não conseguem distinguir um estado afetivo do outro. p.346


    Volich, Ferraz e Ranna (orgs). Psicossoma IV – Corpo, história e pensamento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008

  • as questões a; b; d e e são incorretas. Qualquer indivíduo, neurótico ou psicótico, pode somatizar se um certo limiar de conflito ou dor psíquica for ultrapassado.


ID
1754959
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Volich (2008), a psicossomática psicanalítica aponta que situações de luto, perdas narcísicas dos fracassos amorosos e decepções, frequentemente estão relacionados ao surgimento de manifestações psicossomáticas. A respeito dessas situações, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Um processo de luto pode gerar algumas reações emocionais ou psicossomáticas como:

    Crises ansiosas
    Crise de estresse
    Crise de choro
    Reações de depressão
    Excesso ou falta de apetite
    Melancolia
    Crises de raiva
    Insônia
    Desânimo intenso para estudar, trabalhar, sair, cozinhar, se cuidar ou cuidar de algo ou alguém.

  • Assertiva E com duas possibilidades de interpretação. O que causa os sintomas é o luto em si, e não o trabalho com o luto.
  • Concordo com o que foi dito pela Psicóloga Concurseira... redação mal elaborada.

  • Pelas estatísticas observei que a grande maioria marcou A e E. Eu marquei A, e por mais que entenda interpretação da E, eu não entendi o motivo do item A estar errado.

  • O item A estaria errado por qual motivo? Compreendo que possa ocorrer o erro devido a afirmar que os sintomas psicossomáticos são tentativas de elaboração da perda, já que ela pode também ocorrer devido a outros conflitos internos, contudo, ela também pode ocorrer devido a perdas/abandonos/desamparos, sendo decorrente de possíveis mecanismos de defesa inconscientes. O sintoma encontra no corpo espaço para fixar a pulsão quando o psiquismo não suporta/elabora o trauma.


ID
1754962
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Fiorini (2013), dentre as ferramentas utilizadas pelo terapeuta em psicoterapia breve, os esclarecimentos são intervenções verbais que

Alternativas
Comentários
  • Estas intervenções visam conseguir desembaraçar o relato emaranhado do paciente a fim de recortar seus elementos significativos. Esse emaranhado costuma esclarecer-se mediante uma reformulação sintética do relato. Essas intervenções no imediato preparam o campo para penetrar em seus aspectos psicologicamente mais ricos e abrangentes, o que se fará mediante assinalamentos e interpretações. Ao mesmo tempo, "ensinam" um modo de perceber a própria experiência: o paciente aprende com elas a olhar seletivamente, a percorrer a massa dos acontecimentos e de suas vivências e captar balizas; o paciente incorpora, assim, um método que consiste em discriminar para compreender-se. Em pacientes com funções egóicas enfraquecidas, concomitantemente afetadas por uma delimitação precária do ego (ou seja, tendências ao sincretismo e à confusão), os esclarecimentos desempenham durante grande parte do processo terapêutico o papel de instrumentos primordiais, na medida em que estabelecem as premissas para que em algum momento outras intervenções, de tipo interpretativo, por exemplo, possam ser ativamente elaboradas.


    FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São Paulo, 2013.


ID
1754965
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Ao realizar a seguinte afirmação: “(…) são destinadas a neutralizar ansiedades, por meio de diversas modalidades de manejo de conflitos, criados entre condições de realidade, impulsos e proibições", Fiorini (2013) refere-se às funções egoicas

Alternativas
Comentários
  • Funções defensivas, destinadas a neutralizar ansiedades por meio de diversas modalidades de manejo de conflitos criados entre condições de realidade, impulsos e proibições. Tais funções defensivas (dissociação, negação, evitações) não podem ser colocadas ao lado das que chamamos de básicas, já que são funções de outra ordem, atuam simultaneamente com aquelas, cavalgam-nas e, por isso, com freqüência, prejudicam-nas em seus outros fins de ajustamento.


    FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São Paulo, 2013.


ID
1754968
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Fiorini (2013), o foco na psicoterapia breve tem um eixo central estabelecido tanto pelo motivo da consulta como

Alternativas
Comentários
  • Segundo o modelo teórico proposto por Fiorini, onde na prática terapêutica: todo o foco tem um eixo central, que geralmente é definido como sendo o motivo da consulta. Ainda segundo esse autor, subjacente e ligado ao motivo da consulta, existe um conflito nuclear exacerbado, o qual se insere em uma situação grupal específica. Dessa forma, podemos entender que: motivo da consulta+conflito nuclear subjacente+situação grupal são aspectos de uma situação que condensa um conjunto de determinações. Através de uma análise criteriosa, estaremos aptos a identificar a existência de zonas com diversos componentes: aspectos caracterológicos do paciente, aspectos histórico-genéticos individuais e grupais reativados, além de uma zona relativa ao 'momento evolutivo' individual e grupal e outra de determinantes do contexto social mais amplo à qual também se vinculam todos os componentes citados.

  • O  foco tem um eixo central - definido como sendo o motivo da consulta. No entanto, subjacente e ligado ao motivo da consulta, existe um conflito nuclear exacerbado, o qual se insere em uma situação grupal específica. 


ID
1754971
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Fiorini (2013), a respeito da interpretação transferencial em psicoterapia breve, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Do mesmo modo, a interpretação transferencial pode cumprir nessa psicoterapia uma importante função de "despejo" ou neutralização de obstáculos transferenciais que entravem o funcionamento da relação de trabalho. Com essa função, a interpretação transferencial pode constituir, em certas psicoterapias de tempo limitado (por exemplo, com pacientes psicóticos ou portadores de graves desordens de caráter), um instrumento terapêutico fundamental, sobretudo numa primeira etapa do tratamento. 


    FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São Paulo, 2013.

  • Técnicas - Intervenções Verbais

    Intervenções coloquiais - Com este nome, BUSTOS (5) denomina toda intervenção dialogal, informação que se proporciona, perguntas, confirmação ou retificação de conceitos do paciente, etc. Estas intervenções podem ser feitas na ação ou no verbal. Na ação, através da conversação ou entrevista com as personagens que aparecem; na parte verbal colocam o terapeuta em maior proximidade afetiva. Cabem dentro do coloquial as intervenções que dão fluidez ao relato, tudo o que faz desta relação um todo dinâmico e espontâneo.

    Assinalamentos - Já implicam em tomar uma pequena distância. Trata-se de chamar a atenção sobre condutas, lapsos, alguma atitude que desperte dúvidas. Os assinalamentos colocam em evidência algum sinal que emite o paciente e que está sendo ignorado por ele. Quando está racionalizando, pode fazer um gesto qualquer ou dizer uma palavra por onde "a verdade" se filtra.

    Interpretações - Utilizadas para se atingir níveis nos quais o paciente não pode chegar por si só. Quando chegamos à interpretação, diz Bustos, "é que estamos apontando especificamente para aspectos desconhecidos pelo paciente, a motivações inconscientes de suas condutas". A interpretação transferencial é empregada quando fica imediatamente evidente a sua ligação com o problema nuclear atual do paciente. Ela é utilizada, em tais casos, para favorecer a compreensão de uma situação global a partir do que está sendo vivido no presente. No caso de pacientes psicóticos, a interpretação transferencial pode cumprir uma função de "desobstrução" ou neutralização de obstáculos transferenciais que entravam o funcionamento da relação de trabalho.


    http://www.arthurkaufman.com.br/artigo/11/-jogo-em-psicoterapia-individual.php



ID
1754974
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Campo (In: Mello Filho, 2011), ao se referir ao conceito de grupos terapêuticos pode-se dividi-los em grupos de suporte e grupos de elaboração. Assim, é possível afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Grupos de Suporte versus Grupos de Elaboração

    Referindo-nos aos grupos terapêuticos, podemos “lato sensu” dividi-los em grupos de suporte e grupos de elaboração.


    Os grupos de suporte têm como objetivo principal o reforço ou a reestruturação do self; a elevação da autoestima e da autoconfiança e uma conscientização maior do indivíduo sobre si mesmo. São grupos de “reabastecimento” ou “fortalecimento”.


    Os grupos de elaboração têm como objetivo a elaboração de conflitos, o autoconhecimento e a possibilidade de um exercício mais pleno do seu ser. São grupos de “aprofundamento”. 


    Capitulo 6: Grupos de Suporte (Eugenio Paes Campos). Livro: Grupo e corpo: psicoterapia de grupo com pacientes somáticos. Porto Alegre: Artes Médicas. 2011. Org.: Julio Mello Filho.

  • das fantasias a ele relacionadas, ajudando-os no enfren- tamento da crise vivenciada(7). Esse processo é viabilizado pela oportunidade de aprender novos comportamentos em um clima de compartilhamento e aceitação. Pode ser excelente recurso terapêutico coadjuvante para lidar com pessoas que vivem situações de crise, tendo como objeti- vos promover coesão e apoio, elevando sua auto-estima e autoconfiança(7,9).

    OBJETIVO

    Descrever o uso do grupo de suporte como estratégia para o acolhimento dos familiares dos pacientes interna- dos em UTI e a avaliação dos participantes sobre o uso des- sa estratégia para a satisfação das necessidades familiares de informação e suporte emocional.

    MÉTODO

    Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qua- litativa, do tipo convergente assistencial(10) desenvolvida nas UTIs Clínica e Cirúrgica do Hospital das Clínicas (HC) da Uni-

     

    Não obstante, o acolhimento aos usuários da institui- ção, incluindo a família dos pacientes, é parte indispensá- vel do processo de humanização da assistência e requer dos profissionais de saúde disponibilidade para identificar e atender suas necessidades(4). Nesse sentido, embora não seja uma prática rotineira para todos os en-
    fermeiros, o trabalho com grupos pode ser
    uma estratégia eficiente para a assistência de
    enfermagem aos clientes, facilitando o aten-
    dimento de suas necessidades de informação,
    orientação e suporte psicológico. Durante a
    participação em grupos, as pessoas vivem
    muitas experiências significativas que podem
    mudar sua compreensão dos fatos da vida e
    ajudar na aquisição de atitudes mais saudá-
    veis para o enfrentamento de problemas(4,6).
    Este estudo investigou o uso da tecnologia
    de grupo para assistência de enfermagem a familiares de pacientes internados em UTI, considerando que fornecer informações e orientações de interesse comum para vários familiares ao mesmo tempo pode ser uma estratégia para o uso mais racional do tempo e esforço dos enfermeiros. Para os familiares, a participação em um grupo de pessoas vivendo situações semelhantes pode ser uma experiência com valor terapêutico, tanto pelo suporte recebido dos outros participantes, como pela oportunidade de partilhar sua própria experiência e dar suporte a outras pessoas(6-8). Ademais, participar de um grupo de suporte/apoio pode aliviar os sentimentos de solidão e isolamento social e pos- sibilitar troca de experiências e reflexão sobre si mesmo(4).


ID
1754977
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Mello Filho (In: Mello Filho, 2011), em relação aos grupos no hospital geral, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Alt. E

    Capitulo 7: Grupos no Hospital Geral: ambulatório, enfermaria e serviços especializados. Técnica Grupal.  Livro: Grupo e corpo: psicoterapia de grupo com pacientes somáticos. Porto Alegre: Artes Médicas. 2011. Org.: Julio Mello Filho.

  • Alguém tem este livro em pdf?

  • Tendo em vista que muitas pessoas marcaram a letra A, é importante mencionar que a vinculação nem sempre é positiva, tudo dependerá muito de que tipo de papéis as pessoas venham a assumir.

    Para nos ajudar a pensar de forma simplificada, analisem: " O contato com o outro é sempre positivo? Não." Na realidade grupal não é diferente.


ID
1754980
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A técnica grupal deve ser desenvolvida a partir do conhecimento dos objetivos do trabalho terapêutico proposto pela Instituição. Em relação ao seu aporte técnico-teórico, Mello Filho (In: Mello Filho, 2011) afirma que

Alternativas
Comentários
  • A)  nos grupos de enfermaria, o objetivo é oferecer informações objetivas referentes à doença dos pacientes, não havendo necessidade de abertura de discussões referentes à questão do sofrimento que antecede a morte (INCORRETA). “No grupo de enfermaria, deve-se abordar as ansiedades, preparar os pacientes para exames e cirurgias, por vezes para muitos exames e mesmo para uma longa permanência. Em algumas circunstâncias, é necessário prepara-los até para conviver com os sofrimentos que  antecedem a morte e enfrenta-los."


    B)  os grupos de pacientes crônicos são os de maior complexidade e duração, já que após vencidas as questões iniciais, o paciente tem a oportunidade de ultrapassar uma postura mais reflexiva e buscar uma terapia de autoconhecimento. (CORRETA) CABERIA RECURSO, VEJA COMO ESTÁ NO TEXTO ORIGINAL: "As ferramentas técnicas e os procedimentos terapêuticos tornam-se mais complexos, à medida que o tempo de permanência  no grupo torna-se maior e os objetivos mais ambiciosos, no sentido de conhecer os meandros e os significados da enfermidade, as formas de conviver com o mundo e as perspectivas de mudar esta convivência para melhor, conhecendo também os outros que sofrem, como sofrem e por que sofrem. São os grupos com pacientes crônicos. Assim, de uma terapia mais informativa e de suporte, caminha-se para uma finalidade mais de conhecimento (insight) e de reflexão, para um “grupo de elaboração”.


    Na alternativa está dizendo que o paciente precisa ultrapassar uma postura mais reflexiva, mas no texto está dizendo que ele irá para uma postura reflexiva. A banca quis modificar o texto e modificou o sentido. Caberia recurso tranquilamente.


    C)  interpretação, clarificação, assinalamentos e confrontações são intervenções indicadas para uso em grupo de pacientes somáticos, pois favorecem o esclarecimento do funcionamento mental do paciente, produzindo um novo conhecimento. (INCORRETA) “Em vez de interpretações, podemos usar intervenções prévias a uma interpretação, não tão profundas, todavia. São as clarificações, os assinalamentos e confrontações.


    D)  a interpretação é um recurso importante na intervenção em grupo, que necessita de um bom manejo para possibilitar ao paciente (e ao grupo) a descoberta e criação de significações referentes a cada um e ao todo. INCORRETA. “Assinalar confrontos não é interpretar, é apenas mostrar algo significativo para o paciente e o grupo. O grupo (e cada um) vai, a partir disso, pensar, refletir sobre esse conteúdo e pode, então, por si só, ou como um conjunto, chegar a uma visão maior, enfeixar aquela Gestalt, produzir um novo conhecimento. Trata-se, mais do que interpretar, de possibilitar ao paciente (e ao grupo) que ele descubra e crie aquela significação com a ajuda do terapeuta, que age como “ambiente facilitador”.

  • Não entendi ainda a justificativa da letra D estar errada. A alternativa não aborda sobre assinalar confrontos, diz apenas que a interpretação é um recurso importante e que, para isso, o profissional deve estar preparado para realizar um bom manejo e, a partir disso, possibilitar descobertas e significações por parte do paciente e do grupo.
  • A alternativa não aborda sobre a interpretação ser suficiente por si só, ou que o paciente e/ ou o grupo não possam também chegar a descobertas e significações sem este processo.
  • Também não entendi o porque da letra D estar errada

ID
1754983
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

De acordo com Laplanche e Pontalis (2001), na dinâmica psíquica, em psicanálise, o superego tem como função

Alternativas
Comentários
  • SUPEREGO: Uma das instâncias da personalidade tal como Freud a descreveu no quadro da sua segunda teoria do aparelho psíquico: o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor relativamente ao ego. Freud vê na consciência moral, na auto-observação, na formação de ideais, funções do superego. Classicamente, o superego é definido como o herdeiro do complexo de Êdipo; constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais. Certos psicanalistas recuam para mais cedo a formação do superego, vendo esta instância em ação desde as fases pré-edipianas (Melanie Klein) ou pelo menos procurando comportamentos e mecanismos psicológicos muito precoces que seriam precursores do superego (Glover, Spitz, por exemplo).

  • A. adaptar-se a novos contextos, flexibilizando as atitudes do ego. (acredito que o correto seria assim: o ego se adapta a novos contextos, flexibilizando as atitudes do id)

    B. garantir que as necessidades básicas de sobrevivência do sujeito sejam atendidas. (o ego faz isso)

    C. julgar e censurar o ego com base na consciência moral e na formação de ideais. GABARITO

    D. permitir o livre escoamento da libido. (id possui a fonte de energia que abastece o ego e o superego na realização de seus trabalho)

    E. contrabalancear as exigências morais feitas pelo id. (o correto seria: o ego contrabalanceia as exigências morais feitas pelo superego)

    Fonte: Teorias da Personalidade (2007; Hall, Lindzey e Campbell)


ID
1754986
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

. De acordo com Laplanche e Pontalis (2001), em psicanálise, o conceito de transferência refere-se

Alternativas
Comentários
  • A) Projeção

    B) Deslocamento

    C) Formação Reativa

    D) Repressão

    E) Transferência

  • A definição da Letra D não seria recalque não repressão. Laplanche afirma que a Repressão é a operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno: ideia, afeto, etc. Neste sentido, o recalque seria uma modalidade especial de repressão. Contudo, a repressão difere o recalque, pois o conteúdo reprimido se torna simplesmente pré-consciente e não inconsciente. atua como uma segunda censura.

    Já o recalque é a operação pela qual o sujeito procura repelir ou manter no inconsciente representações ligadas a uma pulsão.


ID
1754989
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Christophe Dejours (2015) é um contundente crítico da Organização Científica do Trabalho (OCT) proposta por Taylor. Entre suas críticas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Mas, assim mesmo, é preciso assinalar as repercussões do sistema Taylor na saúde do corpo. Nova tecnologia de submissão, de disciplina do corpo, a organização científica do  trabalho gera exigências fisiológicas até então desconhecidas, especialmente as exigências de tempo e ritmo de trabalho. As performances exigidas são absolutamente novas, e fazem com que o corpo apareça como principal ponto de impacto dos prejuízos do trabalho. O esgotamento físico não concerne somente aos trabalhadores braçais, mas ao conjunto dos operários da produção de massa. Ao separar, radicalmente, o trabalho intelectual do trabalho manual, o sistema Taylor neutraliza a atividade mental dos operários.

    A loucura do Trabalho - Dejours


ID
1754992
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em “A Loucura do Trabalho", Dejours (2015) discorre sobre insatisfação, fadiga, sofrimento, medo e adoecimento relacionados ao trabalho. De acordo com esse autor, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Quando um trabalhador usou de tudo de que dispunha de saber e de poder na organização do trabalho e quando ele não pode mais mudar de tarefa: isto é, quando foram esgotados os meios de defesa contra a exigência física. Não são tanto as exigências mentais ou psíquicas do trabalho que fazem surgir o sofrimento (se bem que este fator seja evidentemente importante quanto à impossibilidade de toda a evolução em direção ao seu alívio). A certeza de que o nível atingido de insatisfação não pode mais diminuir marca o começo do sofrimento.


    A loucura do trabalho  - Dejours


ID
1754995
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Minayo (2010), sobre o conceito de Metodologia, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • E: inclui a apresentação adequada e justificada dos métodos, das técnicas e dos instrumentos operativos utilizados na investigação.


ID
1754998
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Para Minayo (2010), um dos itens principais do desenho de um estudo de caso é:

Alternativas
Comentários
  • Quem fez pesquisa..não erra Minayo.

  • B estabelecimento de critérios para a interpretação dos dados que leve em conta o referencial teórico e as categorias

  • Alguém sabe a página que fala sobre essa questão?


ID
1755001
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Minayo (2010), o trabalho de campo constitui-se numa etapa essencial da pesquisa qualitativa. A autora apresenta as principais técnicas de abordagem empírica nessa etapa. São elas:

Alternativas
Comentários
  • D

     

  • Gabarito D!

     

    Método empírico é um método feito através de tentativas e erros, é caracterizado pelo senso comum, e cada um compreende à sua maneira. O método empírico gera aprendizado, uma vez que aprendemos fatos através das experiências vividas e presenciadas, para obter conclusões. O conhecimento empírico é muitas vezes superficial, sensitivo e subjetivo.

    O conhecimento empírico ou senso comum é o conhecimento baseado em uma experiência vulgar ou imediata, não metódica e que não foi interpretada e organizada de forma racional.

     

    Fonte:https://www.significados.com.br/empirico/