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Prova FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - Prova 1


ID
202147
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

Em seu conjunto, o texto constitui uma

Alternativas
Comentários
  • A resposta da questão é a alternativa D. Vamos encontrar onde estão os erros nas demais: (A) O texto sustenta o crescimento do trabalho informal desde a década de 1980 e não apenas nas últimas duas décadas. Além disso, ele não se restringe a isso. O texto analisa objetivamente com dados estatísticos o mercado de trabalho brasileiro e aponta os momentos em que houve acréscimo ou descréscimo na informalidade; (B) Como dito na letra A, o texto não se restringe a isso; (C) Poder-se-ia afirmar que o texto retrata a instabilidade da economia, que reflete no aumento dos postos informais de trabalho, mas não poderia restringir esse fenômeno à indústria; (E) Não se trata de uma análise de mercado em que são apontadas causas para a exclusão do trabalhador do mercado formal, mas apenas de apontamentos estatísticos que revelam essa tendência, especialmente em momentos de declínio do crescimento econômico.

ID
202150
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1º parágrafo, considera-se que a informalidade é uma atividade laboral que compensa a falta de proteção social e trabalhista, garantida no trabalho formal.

II. No 2º parágrafo, admite-se que a industrialização nacional permitiu o acesso de mais trabalhadores às garantias e aos direitos do trabalho assalariado.

III. No 3º parágrafo, adverte-se que a ocupação informal crescerá ainda mais, caso se altere a tendência de expulsão da mão de obra do setor rural.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I - no texto ele fala justamento o contrário, pois a informalidade não compensa;

    II - certo

    III - ele não cita nenhuma condição. Erro de estrapolação.

  • Vamos analisar cada um dos itens: (I) O texto não afirma que a informalidade é uma atividade que compensa a falta de proteção social e trabalhista. Pelo contrário, o autor elenca uma série de características negativas em relação a ela; (II) Correta: A queda do trabalho informal se associa ao crescimento econômico e, por conseguinte, à industrialização experimentada no período de 1930 a 1980; (III) O texto não afirma que o aumento da informalidade poderá ser revertido caso se altere o cenário de migração da zona rural para as áreas urbanas. O que ele diz é que as crises econômicas aumentam o desemprego e com ele, aumentam também as ocupações informais. A única alusão feita ao crescimento da informalidade no meio urbano em relação ao rural, é que este continua a expulsar mão de obra para aquele. Sendo assim, a alternativa correta e resposta da questão é a letra E.

ID
202153
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

Alternativas
Comentários
  • 1)à revelia: sem conhecimento do interessado; rebelde
    2)Incipiente: iniciante
    3)Insipiente: ignorante (refere se àquele que não é sapiente).
  • Significado de Afora

    prep. Exceto, salvo, fora: saíram as visitas, afora eu.

  • A alternativa correta e resposta da questão é a letra B, em que “períodos conjunturais” podem, de fato, ser identificados como “momentos circunstanciais” e tanto “salvo” quanto “afora” expressam ideia de exceção. As demais estão erradas, porque: (A) “Regras formais” não se referem a “parâmetros mais estáveis”. Não se pode atribuir a característica da estabilidade a essas regras que respeitam certa formalidade; (C) Não se tratam de quedas incipientes (iniciantes, que começam, principiam, inauguram), mas de quedas drásticas, graves, acentuadas; (D) Inflexão significa ato ou efeito de curvar, dobrar, inclinar, sair ou desviar da linha. Nesse sentido, não se relaciona à influência; (E) Adicional não é sinônimo de circunstancial.

ID
202156
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

A partir de 1980, o mercado de trabalho informal, no Brasil,

Alternativas
Comentários
  • Conforme descrito no enunciado, a questão concentra-se no 3º parágrafo do texto: “Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980 com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo, e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho). No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a expulsar mão de obra”.
    A ideia que norteia o 3º parágrafo é o crescimento da ocupação informal. Nesse sentido, pode-se afirmar, conforme alternativa C, que o mercado de trabalho informal, no Brasil, “cresceu bastante, em razão do desemprego gerado pelo declínio do crescimento econômico”. O erro das demais alternativas é: (A) Não se pode inferir do texto que seja a ocupação informal que sustente o crescimento econômico, como faz crer a alternativa; (B) O texto não fala de “acerto de políticas que buscaram assalariar o trabalhador rural”, mas de expulsão de mão de obra desse setor; (D) A proporção de 1/3 se refere ao “total dos ocupados ainda submetidos às atividades informais”; (E) A incorreção dessa alternativa se refere eminentemente à expressão “aumentou razoavelmente”. O aumento foi significativo, foi muito grande e não apenas razoável.

ID
202159
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

A específica vulnerabilidade de que trata o 2º parágrafo do texto

Alternativas
Comentários
  • Letra A) é o gabarito
    a) diz respeito à condição de quem está à margem das leis trabalhistas.
    A fundamentação da resposta começa já logo no primeiro parágrafo quando o autor do texto diz na passagem: "[...] Na maior parte das vezes,
    trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra excluída das regras formais de proteção social e trabalhista. [...]"
    Já o segundo parágrafo vem expor as consequências dessa exclusão das regras formais de proteção trabalhista na seguinte passagem "[...] O trabalho informal submete-se à baixa remuneração e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação sindical, entre outras regras de proteção. [...]"
    Espero ter exclarecido um pouco.
  • Note que o enunciado remete especificamente ao 2º parágrafo do texto, que deve ser relido para responder a questão:
    “O trabalho informal submete-se à baixa remuneraçãoe à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria navelhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável pela queda do trabalho informal”.
    Note que a frase destacada demonstra a ausência de proteção do trabalhador, que não conta com os seguintes benefícios: aposentadoria, pensão por acidente de trabalho, seguro-desemprego, piso salarial, representação sindical, entre outros. Note que o rol apontado ultrapassa o dos benefícios previdenciários, que são listados no texto como a aposentadoria, a pensão por acidente do trabalho e seguro-desemprego. Por ser mais amplo, considerando também piso salarial, representação sindical, além de outras regras de proteção, faz-nos concluir que se trata da condição de quem está à margem das leis trabalhistas, conforme alternativa A. Os erros das demais alternativas são: (B) à vulnerabilidade não se refere aos baixos salários dos trabalhadores; (C) A questão da vulnerabilidade não se subsume a pouca representatividade dos sindicatos; (D) Não se fala em decréscimo da informalidade no texto. Pelo contrário, o 3º parágrafo relata o seu aumento; (E) Não se trata de alternativa totalmente errada, mas a letra A é, sem dúvida, mais correta, em relação à vulnerabilidade, que é objeto da questão. Ou seja, não se resume à ausência de benefícios previdenciários, para os que estão na informalidade, mas da falta de proteção segundo a lei trabalhista.

ID
202162
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • * a) Apenas se submetem  submete  às condições de baixa remuneração e falta de garantias trabalhistas quem não tem acesso às vantagens de um emprego formal. [Apenas quem não tem acesso às vantagens de um emprego se submete à isto]

    * b) Incluem-se  Inclui-se entre as tantas vantagens que proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego. [A pensão inclui-se entre as tantas vantagens que proporcionam o trabalho assalariado ...]

    * c) Não deveria  deveriam causar espanto a ninguém, com um crescimento econômico anual em torno de 7%, os índices de redução da informalidade, no ciclo da industrialização nacional. [ Os índices de redução da informalidade não deveriam não causar espanto a ninguém]

    * d) Acredita-se serem ser possíveis possível que isto [as atividades laborais do mercado informal] possam possa, num certo momento, propiciar a transição para o emprego assalariado formal.   [= Alguém acredita ser possível que isto possa propiciar a transição]

    * e) Caso não os afetasse a redução do desenvolvimento econômico , nos últimos anos, seriam outros os índices de ocupação de postos do trabalho formal no Brasil.  [Caso a redução do desenvolvimento econômico não os afetasse  ]
     

  • Caros Francine e Gustavo,

    No que se refere à letra B,

    "Incluem-se entre as tantas vantagens que proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego."

    ela está errada porque:

    O verbo "proporcionam" se refere a "o trabalho assalariado". É "o trabalho assalariado" que PROPORCIONA os benefícios "pensão" e "seguro". Portanto, na alternativa, o referido verbo não está concordando em número com o sujeito, pois, o sujeito está no singular e o verbo, no plural.

    Quanto ao "Incluem-se", o verbo está correto. Deve vir mesmo no plural, pois, se refere aos benefícios (pensão e seguro) e, portanto, aqui o verbo está concordando corretamente em número com o sujeito. Notem que os benefícios aqui não são objeto direto e, sim, sujeitos da oração (passiva sintética pronominal - o "se" aqui é pronome apassivador - é o mesmo que dizer "estão incluídos").

    Espero ter contribuído.

  • Comentando a alternativa B:

    Diferentemente do que comentou a colega no primeiro comentário abaixo, o erro da alternativa B não está na forma verbal "Incluem-se", mas sim na forma "proporcionam".

    A forma correta seria:

    b) Incluem-se entre as tantas vantagens que proporcionam PROPORCIONA o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego.

    Para esse tipo de questão é fundamental encontrar o sujeito e o predicado da oração e colocá-la na ordem direta. Assim, a frase acima ficaria:

    A pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego incluem-se entre as tantas vantagens que o trabalho assalariado PROPORCIONA.

  • Pessoal, concordo com os dois colegas acima com relação ao verbo "propocionar" que deve concordar com "o trabalho assalariado", mas o verbo " inclui r" está correto no plural, como também estaria se ficasse no singular,  sujeito composto após o verbo, o verbo pode concordar com o mais próximo ou com os dois núcleos:
    Quem inclui, inclui algo (Verbo Transitivo Direto), logo o "SE" é particula apassivadora, e nesse caso o objeto direto vira sujeito: "a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego (SUJEITO COMPOSTO).

    Bons estudos!!!!!
  • Pessoal, creio que o problema esteja mesmo no verbo "incluir"

    Como a frase está toda invertida, colocarei na ordem que "padrão" e somente os termos "importantes"...

    Inclui-se o trabalho assalariado (vtd + se ==> particula apassivadora, concorda com o sujeito paciente)

    entre as tantas vantagens que proporcionam (verbo no plural, pois "as vantagens proporcionam"...)

    a pensão ... e o seguro....

    espero ter ajudado, abs a todos e bons estudos.


  • Erro da Opção B) - "o trabalho assalariado" proporciona diversas vantagens, entre elas a pensão e o seguro. A "ordem direta" da frase seria: A pensão (...) e o seguro (...) incluem-se entre as tantas vantagens que o trabalho assalariado proporciona (e não proporcionam).
  • Realmente 

    b. erro - proporcionam. 

    Correto seria proporciona, pois faz referência ao trabalho. O que proporciona? o trabalho. 

     

    Incluem-se = VTD concordará com os núcleos pensão E seguro

    ou 

    Inclui-se concordando apenas com o mais próximo = pensão.

     

  • Gabarito E

    afetasse a redução do desenvolvimento econômico

    Afetar = sentido atingir/provocar dano = VTD. O que afeta? a redução do desenvolvimento econômico (OD). 

    Afetassem = estaria errado. 

    Afetasse = correto concordando com o núcleo = desenvolvimento econômico. 


ID
202165
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  •  Gabarito:C

    Para haver transposição para a voz passiva, tem que existir objeto direto na voz ativa.

    Na opção C, não existe objeto direto.

    "O Brasil contava...COM..."  

    Contava_verbo transitivo indireto.Quem conta, conta COM alguém ou alguma coisa.

  • Comentário objetivo:

    Uma frase não admite transposição para a voz passiva quando o verbo da ação não necessitar de um OBJETO DIRETO em sua regência, ou seja, os VTI e VI.

    Vamos às alternativas:

    a) Já identificaram   (VTD - OK)   as atividades informais como práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobrevivência.

    b) O trabalho informal leva   
    (VTD - OK)   o trabalhador à baixa remuneração e à privação de quaisquer garantias trabalhistas.

    c) o Brasil contava  
    (VTI - NÃO ACEITA VOZ PASSIVA)  , no início da década de 1980, com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às atividades informais.

    d) A ocupação informal expõe   
    (VTD - OK)   o trabalhador às inseguranças de uma ocupação inteiramente desprotegida.

    e) A retomada do desenvolvimento econômico poderá propiciar  
    (VTD - OK)   o ingresso de muita gente no trabalho formal.

  • Perdoem-me o comentário exíguo, quero apenas fazer um adendum ao comentário do Daniel: verbos de ligação também não aceitam a transposição para a voz passiva.

    De resto, está perfeito o comentário anterior, parabéns! :-)

    Bons estudos a todos!

  • Ajuda muito procurando nas frases o sujeito e o objeto direto e dispensando o restante, pois eles viram agente da passiva e sujeito paciente. Assim:
    a) Já identificaram as atividades: As atividades já foram identificadas;
    b) O trabalho leva o trabalhador: O trabalhador é levado pelo trabalho;
    c) Oops! O Brasil contava com trabalhadores. Objeto indireto na parada! Não dá. É essa.
    d) A ocupação expõe o trabalhador: O trabalhador é exposto pela ocupação;
    e) A retomada poderá propiciar o ingresso: O ingresso poderá ser propiciado pela retomada.
  • olá, colegas concurseiros!
    Essa questão me deixou confusa. Esse "à" significa que tem preposição, ou seja, o complento da frase é indireto,não é isso? ou estou errada?

    AAjuda.
  • Note que a presença de objeto direto, acompanhando verbos transitivos diretos, é condição necessária para a transformação da voz ativa em voz passiva. Sendo assim, os verbos transitivos indiretos e intransitivos tornam impossível essa conversão. No caso, a alternativa C possui o verbo “contar”, que é transitivo indireto, sendo a expressão “com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às atividades informais” objeto indireto. Todas as demais alternativas podem ser assim convertidas: (A) As atividades informais já foram identificadas como práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobrevivência; (B) O trabalhador é levado pelo trabalho informal à baixa remuneração e à privação de quaisquer garantias trabalhistas; (D) O trabalhado é exposto pela ocupação informal às inseguranças de uma ocupação inteiramente desprotegida; (E) O ingresso de muita gente no trabalho formal poderá ser propiciado pela retomada do desenvolvimento econômico.

ID
202168
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito “D”

    A-Mesmo com as vantagens de um trabalho assalariado e registrado em carteira, ainda assim há quem prefira mais o trabalho informal do que vir a regularizá- lo.

    Regência do verbo preferir é “a”.

    B-Não seria nada mal se o Brasil atravessasse um ciclo de desenvolvimento econômico análogo daquele (análogo àquele, o nome rege a preposição “a”) que vivemos no período de 1930 a 1980.

    C- Tantos são os benefícios trabalhistas que acarretam (deveria estar no singular para concordar com o sujeito “uma carteira assinada”) uma carteira assinada que chega a ser surpreendente porque (“por que” pergunta indireta) as pessoas não fazem de tudo para virem a obtê-la.

    D- Não deixam de ser preocupantes os recentes dados do trabalho informal no Brasil, mas a retomada do crescimento econômico faz crer numa superação desse quadro. CORRETA

    E- Embora não seja impossível, espera-se que o Brasil retome as altas taxas de crescimento econômico e (que- paralelismo) o emprego formal se estabiliza (“se estabilize” subjuntivo), oferecendo-se maiores garantias trabalhistas.

    Resposta opinativa.


ID
202171
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

Sem prejuízo para a correção e o sentido do contexto, o que está sublinhado pode ser substituído pelo que está em negrito em:

Alternativas
Comentários
  • A resposta da questão é a alternativa B. Vamos analisar o que está errado nas demais: (A) Como o complemento possui preposição (“de”), o verbo deve permanecer na 3ª pessoa do singular; (C) Lembre-se de que infligir (ter como consequência, como pena ou castigo) é diferente de infringir (trangredir, violar, desrespeitar). Mas no caso, de qualquer forma, não há correspondência semântica entre as expressões; (D) “Submete-se” (sujeitar, subjulgar, dominar) e “submisso” (quem está em condição inferior, subserviente, servil, obediente) não são sinônimos. Note que é o trabalho formal que subjulga e não é subjulgado por; (E) A “condição de rápido e sustentado crescimento” foi abandonada e não foi ela quem renunciou, sentido conferido pela expressão em destaque.


ID
202174
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

A informalidade é instável, mas como muitos consideram a informalidade o único meio de sobreviver, tendem a atribuir à informalidade um caráter permanente, receando substituir a informalidade pelo risco de uma outra situação desconhecida.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    A informalidade é instável, mas como muitos consideram a informalidade (I) o único meio de sobreviver, tendem a atribuir à informalidade (II) um caráter permanente, receando substituir a informalidade (III) pelo risco de uma outra situação desconhecida.

    (I) consideram a informalidade: O verbo "considerar" é VTD, portanto, a princípio, seriam cabíveis as formas "a consideram" e "consideram-na". No entanto, o pronome indefinifo "muitos" antes do verbo funciona como um atrativo do pronome oblíquo, fazendo com que a última forma aceitável pelo padrão culto seja a primeira: a consideram.

    (II) atribuir à informalidade: O verbo "atribuir" é VTDI e "a informalidade" funciona como o OI do verbo. Sendo assim a única forma verbal aceitável é atribuir-lhe.

    (III) substituir a informalidade: O verbo "substituir" é VTD, exigindo a forma verbal substituí-la.


ID
202177
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Atente para as seguintes afirmações:

I. Considerando o que afirma o texto em seu conjunto, a expressão do título - No tempo dos trens - tem duplo sentido, aludindo tanto a uma época como a um ritmo determinados.

II. O autor lamenta que as vantagens objetivas do transporte ferroviário sobre o rodoviário não tenham sido devidamente consideradas, antes da extinção dos trens.

III. O autor considera que, além do encantamento próprio dos trens e das estações, fatores de ordem econômica pesavam na escolha do trem como meio de transporte.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    I) Correta essa afirmação.  

    O título dita uma época em que os trens dominavam o transporte público.  Além disso,  velocidade dos trens brasileiros,  em que por ser bem lento, proporcionava um ritmo de vida mais calmo e de paz 
    a todos, levando muitos a repensar na vida,  contemplar  a paisagem dos lugares, conhecer lugarejos e pessoas, se dar ao luxo de apreciar um bom lanche, almoço ou até mesmo uma cerveja e também influir no ritmo dos negócios, providências burocráticas e amores.


    "Parodiando o grande poeta que escreveu – Havia  manhãs, naquele tempo –, quero registrar: havia trens naquele tempo."

    "Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam algum defeito, só para que todos pudessem esticar as pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações, com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre da igreja.  
     
    Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando um ventinho no rosto – prazer tanto maior porque proibido. Sem 
    falar na possibilidade de um luxo – um carro-restaurante – onde se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja. 
     
    Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios, no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração, repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam de deixar a gente viver em paz. "

    II - Errada essa afirmação - As vantagens não eram objetivas e sim subjetivas, de acordo com a opinião do autor do texto.

    "E havia as estações de trem, e as viagens de trem, antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os devaneios de uma viagem de trem. "

    III - Errada essa afirmativa - Muito pelo contrário,  por causa dos fatores econômicos é que os trens deram lugar aos ônibus, conforme podemos ver no trecho do texto acima da afirmativa anterior.


    Bons estudos!


    " Fé em Deus e pé na tábua"

ID
202180
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Ganham sentido antagônico, no contexto, os seguintes elementos:

Alternativas
Comentários
  • "Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os devaneios de uma viagem de trem."

  • Comentário objetivo:

    O antagonismo a que se refere a questão está presente na alternativa B (prosaísmo de uma viagem / poesia da vida), mais especificamente nas palavras "prosaísmo" (que foi usada no sentido metafórico de simples, corriqueira, massante, indiferente) e "poesia" (metaforicamente usada com sentido de bela, encantadora).

  • prosaísmo

    [De prosa(ico) + -ismo.]
    Substantivo masculino.
    1.Qualidade ou caráter de prosaico.
    2.Expressão ou construção prosaica:
    Seus poemas estão cheios de prosaísmos.

    3.Falta de poesia nos versos.


    prosaico

    [Do lat. tard. prosaicu.]
    Adjetivo.
    1.Da, ou semelhante à prosa.
    2.Relativo a prosa, prosista, prosístico.
    3.Sem grandeza ou elevação; trivial, comum, vulgar:
    “No poema de Iriarte só a forma é poética porque o fundo, prosaico e limitado, lhe imprime os caracteres de um verdadeiro tratado musical.” (Latino Coelho, Cervantes, p. 227.)

    4.De caráter prático; positivo.


    Fonte: Dicionário Aurélio

ID
202183
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Está correta a seguinte afirmação sobre um procedimento construtivo do texto, considerando-se o contexto:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa correta é a letra D, uma vez que as expressões citadas foram, de fato, usadas para conferir sequencialidade ao texto. Analisando as demais alternativas, verificamos que não estão corretas pelos seguintes motivos: (A) Não se pode depreender do texto que a intenção do autor seja ridicularizar tais versos; (B) Ambas as expressões completam o sentido da locução verbal "quero ajuizar"; (C) A simulação de defeitos pela locomotiva demonstra que a expressão "simulavam algum defeito" foi usada no sentido conotativo, ou seja, aquele não próprio das palavras empregadas no trecho; (E) Os trens caminhavam no mesmo ritmo dos negócios, dos amores e das providências burocráticas, ou seja, calmamente. Sabia-se esperar, andar sem pressa. Nesse sentido, não havia contraste algum entre o ritmo dos trens e dos negócios. 

ID
202186
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Mantêm entre si uma relação de causa e efeito, nessa ordem, os elementos:

Alternativas
Comentários
  • CAUSA é o que ocorre cronologicamente antes e que provoca a CONSEQUÊNCIA que ocorre depois.

    No parágrafo 5º, onde se localiza a oração da alternativa E (correta), pode-se observar que:

    Causa:  se um dia houver uma reversão em nossos meios de transporte e ressuscitarem as viagens de trem

    Consequência: eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à janela.
     


ID
202189
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    a) Se ainda houvesse viagens de trem no Brasil, muitos não terão TERIAM hesitado em optar por elas, em vez de continuarem a fazê-las por ônibus ou automóvel.

    b) Ao contrário dos trens japoneses, que foram concebidos para atingir alta velocidade, os brasileiros assumiriam um ritmo que os executivos de Tóquio não houvessem HAVERIAM de admitir.

    c) Caso um trem apresentasse defeito, os passageiros não reclamariam, uma vez que aproveitariam o tempo de ócio para gastá-lo contemplando os bucólicos arredores. PERFEITO!

    d) A viagem lenta não impedia que os namorados iam FOSSEM antegozando o encontro com as amadas, certos de que elas os esperassem ESPERAVAM com a mesma paixão de sempre.

    e) É muito difícil que viesse a ocorrer uma reversão no sistema nacional de transportes, pela qual se possa PUDESSE reabilitar o prestígio que os trens já teriam alcançado.

  • GABARITO LETRA C 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 


ID
202192
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

É preciso corrigir, por falha em sua estrutura, a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Está tudo muito confuso nessa alternativa, vejamos:
    Não foi explicado pq não apenas as viagens eram agradavéis; Era só pelo fato do espaço dos vagões? Eles se distraíam nesses espaços?
  • LETRA C. MAL USO DE CONECTIVOS - SEM COERÊNCIA E COESÃO 

    Não apenas as viagens de trem eram agradáveis, uma vez que o espaço dos vagões permitisse mobilidade dos passageiros, que se distraíam conversando ou nas plataformas de ligação.


ID
202195
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Questões como essa se resolvem, em sua grande maioria, colocando-se a frase na ordem direta, o famoso SVOA (SUJEITO - VERBO - OBJETO - ADJUNTO ADNOMINAL).

    Assim, chegaríamos a seguinte frase na alternativa a:

    Os aplausos de um leitor que se disporá a parodiar um belo poema sempre podem caber a quem o tenha escrito.

    Note que o verbo "poder" concordou com o sujeito "os aplausos de um leitor", flexionando-se no plural.

  •  Por que não é ''costumam haver'' na letra b, já que refere-se a passageiros?

  •  Respondendo ao colega abaixo.

    COSTUMA HAVER é uma locução verbal. Numa locução verbal, o verbo principal determina se o auxiliar fica no singular ou no plural. Neste caso, o verbo principal é HAVER, com o sentido de "existir. Isso significa que não há sujeito e que a concordância deve ser feita no singular.

    Logo:  "Não costuma existir, nas viagens de trem, passageiros..." - note que passageiros, aqui, é o OBJETO DIRETO, e não o sujeito. Basta perguntar: quem costuma? Não há resposta, pois não há sujeito. Entretanto, se perguntarmos "o que existe?, a resposta é "passageiros", ou seja, o Objeto Direito.

    Mas atenção: Se o verbo principal for pessoal (= existir), o verbo auxiliar deverá concordar naturalmente com o sujeito: "COSTUMAM EXISTIR muitas discussões". 
     

    Bons estudos!

  • a) correta - sempre podem caber (...) os aplausos de um leitor (...);

    b) Não costuma haver (...) o verbo haver com sentido de existir leva locução verbal ao singular por ser um verbo impessoal (com esse sentido);

    c) O ritmo do trens (...) chega a se associar (...);

    d) (...) nos permite desfrutar;

    e) A nenhum dos passageiros pertuba, de fato, (...).

  • Corrigindo a 'tatiflores': o correto é PERMITE e não PERMITI

  •  

        a) os aplausos de um leitor sempre (podem) caber a quem tenha escrito um belo poema     b) Não (costuma) haver passageiros vociferando (...)   c) O ritmo dos trens (chega)  a se associar(...)   d) Eram inesquecíveis os momentos que uma parada do trem  nos (permitia) desfrutar.   e) a vagarosidade daqueles trens cheios de poesia a nenhum dos passageiros (perturba)
  • a) Sempre ...... (poder) caber a quem tenha escrito um belo poema os aplausos de um leitor que se disporá a parodiá-lo.

     b) Não ...... (costumar) haver, nas viagens de trem, passageiros vociferando por causa de um contratempo.

     c)O ritmo dos trens, que ao dos negócios e ao dos amores ...... (chegar) a se associar, era uma medida do tempo e da vida.

     d) Eram inesquecíveis os momentos que uma parada do trem, nos confins do mundo, nos ...... (permitir) desfrutar.

     e) A nenhum dos passageiros ...... (perturbar), de fato, a vagarosidade daqueles trens cheios de poesia.


ID
202198
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

A pontuação está plenamente adequada na frase:

Alternativas
Comentários
  •  Resposta: D


ID
202201
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Considere as seguintes frases:

I. O autor manifesta nostalgia das viagens de trem.

II. Nas viagens de trem, quase ninguém tinha pressa.

III. As estaçõezinhas eram parte do encanto dessas viagens.

Essas frases encontram-se articuladas de forma clara, coerente e correta no seguinte período:

Alternativas
Comentários
  • A

    Nas viagens de trem, em que o autor manifesta nostalgia e onde quase ninguém tinha pressa, havia também o encanto das estaçõezinhas.

    ERRADA - O termo "onde" só é usado quando se referencia a lugar.

    B

    Uma parte do encanto das viagens de trem, em que quase ninguém tinha pressa e das quais o autor manifesta nostalgia, estava nas estaçõezinhas.

    CERTO - O termo "em que" é usando quando não se refere lugar físico.

    C

    A nostalgia que o autor manifesta das viagens de trem, em cujas quase ninguém tinha pressa, participava do encanto das estaçõezinhas.

    ERRADO - O pronome CUJO, a concordância é sempre feita com o substantivo que se lhe segue independentemente do sujeito da frase.

    D

    As estaçõezinhas de trem eram parte do encanto daquelas viagens aonde ninguém tinha pressa e por cujas o autor manifesta sua nostalgia.

    ERRADO - O pronome CUJO, a concordância é sempre feita com o substantivo que se lhe segue independentemente do sujeito da frase. Além disso, não se usa artigo antes e nem depois do pronome desse pronome.

    E

    Quase ninguém tinha pressa naquelas viagens de trem, além das estaçõezinhas, que eram parte do encanto de que o autor manifesta nostalgia.

    ERRADO - O autor manifestava sua nostalgia nas viagens de trem em si e não nas estaçõezinhas.


ID
202204
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No tempo dos trens

Parodiando o grande poeta que escreveu - Havia
manhãs, naquele tempo -, quero registrar: havia trens naquele
tempo. E havia as estações de trem, e as viagens de trem,
antes que alguém decidisse extinguir o transporte ferroviário em
benefício do rodoviário. Nada quero ajuizar sobre a justeza econômica
ou o equívoco técnico dessa medida; o que posso garantir
é que a poesia da vida saiu perdendo. Pois não me venham
comparar o prosaísmo de uma viagem de ônibus com os
devaneios de uma viagem de trem.
Em primeiro lugar, os trens brasileiros, ao contrário
dos japoneses, não tinham pressa: a vapor, a diesel ou mesmo
elétricas, nossas locomotivas permitiam que os passageiros fossem
contemplando com calma a paisagem, e às vezes até simulavam
algum defeito, só para que todos pudessem esticar as
pernas numa estação perdida no meio do caminho. As estações,
com sua arquitetura padronizada, eram recantos sombreados
de onde se avistava a pracinha de uma vila ou a torre
da igreja.
Depois, é preciso considerar que a vida dentro dos
trens também era outra. As pessoas passeavam tranquilamente
pelo corredor, puxavam conversa em rodinhas, ou estacionavam
nas plataformas de ligação entre os vagões, tomando
um ventinho no rosto - prazer tanto maior porque proibido. Sem
falar na possibilidade de um luxo - um carro-restaurante - onde
se sentava para uma refeição, um lanche, uma cerveja.
Para que pressa? Havia mais tempo para não se fazer
nada, naquele tempo. O ritmo dos trens influía no dos negócios,
no das providências burocráticas, até no dos amores: esperavase
mais para dar e receber um beijo, ou então para sofrer uma
despedida. Nesse caso, havia mais tempo para aliviar uma frustração,
repensar na vida. Sem pressa, nossos trens gostavam
de deixar a gente viver em paz.
Se um dia houver uma reversão em nossos meios de
transporte e ressuscitarem as viagens de trem, me avisem, que
eu virei correndo do outro mundo para garantir um lugar à
janela.

(Expedito Trancoso, inédito)

Está ADEQUADA, em relação ao sentido original, esta nova redação proposta para um segmento do texto:

Alternativas

ID
202207
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

Deve-se entender da leitura integral do texto que, quando o assunto são revoluções políticas,

Alternativas
Comentários
  • claremente na idéia do texto:

    Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
    uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
    políticas.

ID
202210
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

Atente para as seguintes afirmações:

I. Ainda que as fotos das revoluções não constituam por si mesmas um discurso como o articulado por um historiador, elas trazem revelações que vão além das palavras.

II. Gestos como o de Krupp cumprimentando Hitler só dizem algo para quem já conhecia de sobejo a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

III. Do livro Revoluções, resulta a certeza de que nos séculos XIX e XX ocorreram violências tais que tornam insignificante toda e qualquer tentativa de descrição.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar cada um dos itens: (I) Correto conforme o texto: ““As fotos de revoluções revelam ao olhar doobservador uma qualidade mágica ou profética que as torna sempre atuais, subversivas", escreve o organizador. Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções políticas”. (II) O texto afirma que as fotografias dizem muito, mas não se referem apenas àqueles que conheciam a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas. (III) O texto não traz essas informações. Sendo assim, a alternativa correta é a letra A.

ID
202213
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

A fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que constituiu o espírito singular de cada revolução.

Sem prejuízo para a correção e o sentido dessa frase, os elementos sublinhados podem ser substituídos, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • FACULTAR
    verbro
    transitivo direto e bitransitivo
    1 dar permissão (a); facilitar, permitir
    Ex.: a proprietária facultou(-lhes) a entrada no parque

     

    alternativa: c) CORRETA

  • Facultar = Facilitar, permitir (possibilitar);

    Materialmente = de modo/maneira material;
    Material = que é constituído de matéria (concreto);

    Identidade própria/única =  espírito singular/único;

    Alternatica C
  • As alternativas C e D, nas duas substituições estavam certas:
    Faculta ou permite, materialmente ou tangivelmente.
    O problema da alternativa D está na última sentença, o ânimo inalterado que faz perder o sentido da frase.


    Correta: Alternativa C

ID
202216
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

As expressões de que e por que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase:

Alternativas
Comentários
  •  GABARITO: LETRA E

    As revoluções de que essas fotos constituem um notável depoimento acarretam traumas por que ninguém quer passar.

    Entendi da seguinte maneira: "As revoluções de que são constituídas essas fotos." (constituídas de algo). Espero ter raciocinado da maneira correta.

    Obervação: "Por que" quando separado, quer dizer: Por qual razão / por qual motivo.

  • a) organizar = VTD -> não cabe "DE QUE"

    b) informar = VTDI -> informar alguem sobre/de algo |  ficou famoso PORQUE (POIS) apresenta imagens fortes...

    c) refere A QUE

    d) Sobre as quais tanto já se escreveu

    e) CORRETA

  • O "por que" da letra E se trata de um pronome relativo: "traumas pelos quais ninguém quer passar"; "traumas por que ninguém quer passar". O erro da questão (e eu errei justamente por isso, só depois me dei conta) é que te induz a pensar que o "por que" é um dos "porquês" e não um pronome relativo...

    Bom estudo!

  • Verbo constituir => pede preposição DE
    Verbo passar => pede preposição POR
  • Fiquei em dúvida entre as letras C e E.

    c) O batido clichê ...?... se refere o texto não explica o fato por que (pelo qual) ficou tão famoso o livro de Michel Löwy.
       
    Pensemos na regência: Quem se refere, se refere
    a algo - logo, não caberia a expressão "de que", e sim "a que" (O batido a que se refere)


    e) As revoluções ...?... essas fotos constituem um notável depoimento acarretam traumas por que (pelos quais) ninguém quer passar.

    Pensemos na regência: "essas fotos se constituem
    de um notável..." Nesse caso o verbo constituir exigiu a preposição de. Por isso se encaixa perfeitamente com a expressão "de que"





  • "As fotos constituem um notável depoimento das revoluções..."

  • Não entendi o erro da b. Quem se informa se informa de.

     

    Não seria correta pq?

  • Para a questão ficar correta, deveria haver uma vírgula depois de notável depoimento. Não devem ter colocado de propósito, para confundir. Mas a frase ficou truncada.

  • O erro da letra B está na segunda parte. Não deveria ser por que, e sim porque, visto que tem o sentido de "pois".


ID
202219
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

Todos os verbos estão corretamente flexionados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Para resolver esse tipo de questão é recomendável que você procure um paradigma ou o verbo original, que derivou o verbo em questão. Assim, vamos às alternativas:

    a) Nenhum comentário que sobrevir SOBREVIER ao impacto causado por esse livro terá força comparável à de suas fotos.

    b) Se sempre retêssemos RETIVESSEMOS dos clichês um mínimo de verdade, acabaríamos por tomá-los como verdades completas.

    c) Se os fotógrafos não intervissem INTERVIESSEM na realidade, documentando cada barbárie, a história humana seria ainda mais violenta.

    d) Industriais e políticos nazistas convieram quanto aos interesses comuns, que se sobrepunham às suas ambições particulares. CORRETA!

    e) O fotógrafo teria intervido INTERVINDO na cena de brutalidade, se pudesse, mas limitou-se a registrá-la. Essa alternativa pode ter deixado muita gente em dúvida. Cabe aqui o comentário inicial quanto a procurar um paradigma ou o verbo original. Nesse caso, intervir deriva do verbo vir. Substituindo um pelo outro, teríamos: "O fotógrafo teria vindo...". Assim, a mesma conjugação deve ser usada com o verbo derivado (intervir).

  • Até posso concordar com a explicação sobre o verbo intervir! Agora não estou concordando com a parte final que diz: Sobrepunham...Na minha concepção para haver uma correlação correta na flexão deveria usar-se a expressão: "Sobrepuzeram"...combinando com a flexão Convieram...
  • Indicativo
    Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
    eu sobreponho eu sobrepus eu sobrepunha
    tu sobrepões tu sobrepuseste tu sobrepunhas
    ele/ela sobrepõe ele/ela sobrepôs ele/ela sobrepunha
    nós sobrepomos nós sobrepusemos nós sobrepúnhamos
    vós sobrepondes vós sobrepusestes vós sobrepúnheis
    eles/elas sobrepõem eles/elas sobrepuseram eles/elas sobrepunham
     
  • Atenção para a conjugação do verbo convir no pretérito perfeito:

    Pretérito Perfeito
      eu  convim tu  convieste ele  conveio nós  conviemos vós  conviestes eles  convieram
    Fonte: Dicionário Aurélio

ID
202222
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Embora a Rodada de Doha, criada em 2001 para diminuir as barreiras comerciais no mundo, não tenha ainda sido finalizada, a OMC dispõe de mecanismos, baseados em alguns acordos multilaterais já estabelecidos, para regulamentar a matéria da concessão de subsídios às exportações agrícolas. Em 2002, o Brasil recorreu à OMC para investigar e questionar subsídios acima do permitido à produção de algodão nos EUA. A OMC considerou justa a demanda brasileira. O não cumprimento pelo governo norte-americano da determinação da OMC para redução dos subsídios culminou com a autorização para o Brasil aplicar sanções comerciais retaliatórias contra os EUA, sobre as quais é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CERTA - A

    O valor da retaliação pela OMC é de US$ 829 milhões, segundo o Itamaraty, o segundo maior montante da história do organismo. A lista de bens importados dos EUA corresponde a US$ 591 milhões. O restante, ou US$ 238 milhões, será aplicado nos setores de propriedade intelectual e serviços.
    http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/08/lista-de-retaliacao-aos-eua-inclui-produtos-de-beleza-metanol-916010961.asp
     

  • Atualizando o assunto:

    "17/06/2010 - O governo brasileiro decidiu adiar até 2012 a aplicação de eventuais retaliações comerciais contra os Estados Unidos envolvendo a questão dos subsídios irregulares ao setor de produção de algodão norte-americano".

    Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/06/17/brasil-adia-ate-2012-retaliacao-aos-eua-sobre-algodao-916909070.asp


ID
202225
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O programa nuclear iraniano foi um dos temas abordados por Hillary Clinton em sua recente visita ao Brasil. "Nós debatemos o valor central da não proliferação e o nosso comprometimento comum de fazer com que o Irã não tenha armas nucleares", disse ela. Por outro lado, declarações amplamente divulgadas tornaram evidente a existência de divergências entre os EUA e o Brasil relativas à questão nuclear iraniana. Considere as afirmações:

I. Ao contrário do Brasil, os EUA consideram que as negociações falharam, portanto o caminho é aprovar mais sanções para impedir que o Irã enriqueça urânio e possua armas nucleares.

II. O governo brasileiro é contra sanções e considera que ainda há espaço para negociar com o presidente Mahmud Ahmadinejad, além de reiterar sua posição contra a proliferação de armas nucleares.

III. O Brasil, por não ser signatário de acordos contra a proliferação de armas nucleares, pode manter postura independente e contrária à norte-americana em relação ao programa nuclear iraniano.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • O Brasil aderiu sim ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares !!
    Até ao presente, 189 países ratificaram o documento, e nenhum deles se retirou do pacto, exceto a Coréia do Norte, que o fez em 2003. O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) é um tratado entre Estados soberanos assinado em 1968, em vigor a partir de 5 de março de 1970. Atualmente conta com a adesão de 189 estados, cinco dos quais reconhecem ser detentores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China - que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. [1] Em sua origem tinha como objetivo limitar as armas nucleares desses cinco países (a antiga União Soviética foi substituída pela Rússia). Esses países estão obrigados, pelos termos do tratado, a não transferir armas nucleares para os chamados "países não-nucleares", nem auxiliá-los a obtê-las. A China e a França, entretanto, não ratificaram o tratado até 1992.

    Resposta: D.

    Fonte: wikipedia

  • Salientando que a posição do Brasil a favor do Irã, foi para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia daquele país, e logo com a intervenção da Turquia, afirmando que compraria o Urânio iraniano voltado para o uso da medicina no combate ao cancer e dentre outras patologias. Diante dessa intervenção e de acordo feito entre os dois países o governo Brasileiro apóia e mostra sua atual independencia política nas Relações Internacionais, onde de certa forma começa a demarcar espaços com outros países emergentes e naqueles em desenvolvimento!


ID
202228
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Após duas semanas de negociações, com a participação de líderes de cerca de 190 países e com a intervenção direta do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre mudança climática (COP 15), realizada em Copenhague, em dezembro de 2009,

Alternativas
Comentários
  • "O acordo final da conferência foi assinado pelos EUA, Brasil, China, Índia e África do Sul, mas não tem valor legal. A carta de intenções não foi reconhecida por representantes de diversas nações, como Sudão, Bolívia, Venezuela, Nicarágua e outras. Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, um acordo com valor legal e obrigatório deve ser atingido no ano que vem".

    Fonte: BBC

    "A conferência, também conhecida como COP-15, foi encerrada no dia 18 de dezembro de 2009, durou duas semanas, não gerou um documento legal de compromisso entre as nações, e ainda sobrecarregou as expectativas sobre a COP-16, que será sediada em 2010, no México".

    Fonte: Infoescola

  • CORRETA LETRA E,

    •  a) foram tomadas decisões que invalidaram o protocolo de Kyoto.
    • NÃO, o Protocolo de Quioto firmado em 1997 na COP3 entrou em vigor em 2005 após a ratificação da Rússia, ainda em vigor e expira em 2012. Um novo período firmado na COP-17 que vai até 2017 porém Japão, Rússia e Canadá (esta já havia denunciado agora em 2011) não vao fazer parte deste novo período.
    •  b) a maioria dos países optou pela redução na emissão de agentes poluentes na atmosfera, mediante tratado que entrou em vigor a partir de janeiro de 2010.
    • NÃO, na verdade alcançou-se uma carta de intenções.  Como também compromissos internos baseados no MRV - mensurações reportáveis e verificáveis - no caso do Brasil houve compromomisso em reduzir entre 36,1% e 38,9% a emissão de GEEs sobre o que seria emitido em 2020.
    • OS EUA se comprometeram  a reduzir 17% da emissão de GEEs com base no nível de 2005. Porém houve crítica  pois se fosse com base de 1990 sera algo em torno de 3,5%, muito menor do que o Protocolo de Quito, que era de 5,2%, na qual foi assinado no período Clinton mas não ratificado pelo Bush.
    •  c) não houve a produção de qualquer documento referente à redução dos agentes poluentes da atmosfera.
    • NÃO. Sim houve um documento que foi uma Carta de Intenções.
    •  d) foi assinado documento com valor legal, no qual ficaram definidas metas de redução da emissão de agentes poluentes para todos os países, com exceção dos mais pobres.
    • NÃO. Não houve documento legal e vinculante. Documento foi uma Carta de Intenções. 
    •  e) houve um acordo, fechado entre Estados Unidos, Brasil, China, Índia e África do Sul, que foi apenas "anotado" pelos demais países, mas não aprovado.
    • O GRUPO BASIC (BRASIL, AFRICA DO SUL, INDIA E CHINA), formado em 2007 na UNFCC (COP-13) - que busca um regime global de mudança climática - e EUA  foram decisivo para acordo final, porém destituído de caráter vinculante e não unânime  entre outros Estados. Defedem MRV  e NAMAs (Nationally Approprieate Mitigation Action)

ID
202231
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A Assembleia Geral da ONU renova todos os anos cinco dos dez lugares não permanentes do Conselho de Segurança, que são divididos por regiões geográficas entre Europa Ocidental, Europa Oriental, África, Ásia, América Latina e Caribe. Além desses dez membros, há os cinco permanentes, que têm direito a veto. Para o biênio 2010-2011, foi aprovado, em 15 de outubro de 2009, o ingresso dos novos cinco países para ocupar os postos não permanentes.

Em relação à composição atual do Conselho de Segurança da ONU é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • b) O Brasil é um dos novos membros não permanentes, e os permanentes são EUA, Rússia (ex-União Soviética), França, Reino Unido e China.

    Brasil luta por vaga na ONU, mas dificilmente obterá, dizem analistas. Itamaraty quer um assento permanente no Conselho de Segurança. Hoje, apenas cinco países têm esse privilégio. O Brasil quer um assento permanente, que dá poder de veto nas questões discutidas pelo grupo. “A eficiência e a legitimidade das Nações Unidas depende essencialmente de um conselho de Segurança expandido, mais democrático”, defendeu o ministro Celso Amorim em discurso realizado no último fim de semana.

    Fonte: G1

  • A ONU foi criada depois da segunda guerra mundial, para substituir a liga das nações, que falhou em evitar a guerra.

    Então os membros permanentes são justamente os grandes vencedores da segunda guerra: EUA, Inglaterra, França, Rússia e China.

    Os perdedores: Alemanha, Itália e Japão ficaram de fora.

ID
202234
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em janeiro de 2010, assinou decreto que ordena o cancelamento da classificação de segurança (confidencial) a toda informação e documentação vinculada com as operações das Forças Armadas durante o período de 1976-1983, salvo aquelas relacionadas ao "conflito bélico no Atlântico Sul (Guerra das Malvinas) e a qualquer outro conflito interestatal". Para ela, passados mais de 25 anos do retorno da democracia, não é possível continuar aceitando a falta de acesso à informação e documentação, sob pretexto de segredo de Estado ou qualquer definição de segurança que impeça o conhecimento da história recente. (OESP, 7/1/2010, adaptado)

É correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • c) A medida diz respeito às informações e à documentação sobre violações dos direitos humanos durante os anos da ditadura militar na Argentina, apontada por historiadores como uma das mais violentas na América Latina na década de 1970.

    Jan/2010: A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assinou um decreto no qual ordenou a abertura dos arquivos sobre a atuação das Forças Armadas durante a ditadura militar no país (1976-1983).

    O decreto, publicado no Diário Oficial, ordena o cancelamento da classificação "confidencial" das operações das Forças Armadas nesse período e considera que o termo foi usado para "ocultar as ações ilegais do governo de facto". Ainda segundo o texto, "a manutenção da classificação de confidencial vai contra a política de memória, verdade e justiça que o Estado vem adotando desde 2003".

    Fonte: Estadão


ID
202237
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No Dia Internacional da Mulher de 2010, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, revelou, na sua mensagem, que mais de 5 mil crimes de honra que ocorrem todos os anos no mundo não são noticiados pelos meios de comunicação social. Afirmou que o mesmo tratamento é dado à violência perpetrada contra mulheres pelos seus maridos, pais, irmãos, tios e outros familiares do sexo masculino e por vezes feminino. Salienta, ainda, que o problema é exacerbado pelo fato de em muitos países a legislação doméstica não responsabilizar criminalmente os perpetradores de tais ofensas.

No Brasil, a violência doméstica contra mulheres é

Alternativas
Comentários
  • Essa foi dada.... a) tratada como crime pela Lei Maria da Penha.

  •  

    De meados de 2006 a setembro de 2007, foram criados 15 juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher e 32 varas foram adaptadas. A própria secretaria reconhece que o volume ainda é bem inferior ao necessário para combater o problema e que a dificuldade advém de uma mudança de cultura do próprio Judiciário.

    Ainda é difícil prever os resultados concretos da lei em relação à quantidade de casos de violência praticados contra a mulher. Se cai o número de denúncias, não é possível determinar se isso se deve a uma intimidação maior das mulheres por conta do novo instrumento legal, ou se, de fato, a lei inibe a ação dos agressores. Por outro lado, um aumento de denúncias pode revelar tanto que as mulheres estão mais corajosas para lutar por seus direitos quanto que o número de agressões, de fato, aumentou.

    De todo modo, a Lei Maria da Penha cumpre a indiscutível função de colocar o assunto em evidência e chamar a atenção da sociedade para este antigo drama contemporâneo.

  • O primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado há 100 anos. Ele foi criado em 1910, dentro do movimento socialista, e celebrado no ano seguinte na Europa em 19 de março. A partir de 1913, a data oficial passou a ser 8 de março.

    No começo do século 20, a principal reivindicação das mulheres era referente aos direitos trabalhistas e a conquista do voto feminino (adotado apenas nos Estados Unidos e no Reino Unido). Nos anos 1960 e 1970, entraram em pauta saúde, sexo e violência doméstica.

    Atualmente, as mulheres podem votar em quase todos os países, ocupam cargos de liderança em empresas e governos e há leis específicas para penalizar a violência contra a mulher. Por outro lado, elas continuam ganhando menos que os homens, tendo menor representatividade política e acesso à educação.

    No Brasil, o movimento feminista se consolidou na década de 1970, durante o regime militar. A violência doméstica, a participação política e a descriminalização do aborto estão entre os temas atuais debatidos pelas feministas.
  • Embora conste do gabarito, e não tenha sido anulada, a resposta exigida pelo examinador está equivocada. Deveras a “Lei Maria da Penha”, não cria um tipo penal sequer relativo à violência doméstica contra mulheres. A Lei nº 11.340/06 apenas amplia mecanismos de proteção à mulher quando ocorrer violência doméstica e agrava (artigos 61, f e 129 §§9º e 11 do Código Penal) condutas criminosas praticadas contra mulheres, também quando estiverem relacionados à violência doméstica, circunstância explicitada no artigo 5º da referida lei. Não há um só tipo penal criado por esta lei, mas apenas alterações de caráter processual e a criação de medidas protetivas à mulher.

    Resposta: segundo o gabarito o item (A) está correto.
     
     

ID
202240
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Após classificar a relação com os EUA como a mais importante para a China, o primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que os laços entre os dois países foram seriamente afetados pela decisão do presidente americano, Barack Obama, de se encontrar com o dalai-lama em fevereiro e pelo anúncio de que Washington venderá US$ 6,4 bilhões em armas para Taiwan. (OESP, 15/3/2010)

As divergências entre os dois países, indicadas no texto, ocorrem porque o

Alternativas
Comentários
  • dalai-lama é classificado pelo governo chinês como separatista

  • Resposta letra E. Tendo cuidado para não se confundir com a alternativa A, tendo seu erro na afirmativa de que Taiwan também busca uma independência religiosa.

  • Outro erro do item "a" diz respeito à religião no Tibete, pois, nessa região predomina o budismo, e não hinduísmo, como sugere a assertiva.

ID
202243
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em fevereiro de 2010, os presidentes dos países da América Latina e do Caribe aprovaram, em Cancun, no México, a criação de novo bloco para representar todas as nações da região. O organismo se chamaria, temporariamente, Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, devendo iniciar suas atividades a partir de julho de 2011. O bloco terá entre seus princípios promover o respeito ao direito internacional e à igualdade dos Estados, evitar o uso de ameaça de força e trabalhar a favor do meio ambiente na região. Além disso, o organismo deverá promover a integração política da região e o diálogo com outros blocos. (OESP, 23/2/2010)

Considere as afirmações:

I. O novo bloco excluiu os EUA e o Canadá e ainda não incluiu Honduras.

II. Cuba não aceitou participar do bloco porque foi aceita como membro da OEA em 2009.

III. As lideranças presentes concordaram com a criação do novo bloco regional, mas divergiram sobre se ele deve ou não substituir a OEA, que para alguns é um organismo incapaz de resolver as disputas regionais.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • A primeira assertiva está correta. Os EUA e o Canadá não estão incluídos na CALC, assim como Honduras. O fato dos EUA e Canadá não participarem do bloco denota simbolicamente uma contraposição à OEA e demonstra a crescente voz no cenário internacional dos países em desenvolvimento. Honduras, por sua vez, ainda não foi incluída no bloco em virtude da recente controvérsia política ocorrida em seu território.

    A segunda assertiva está errada. Cuba faz parte da CALC, não tendo retornado à OEA, apesar de ter sido revogada a decisão que a havia suspendido dessa organização internacional.

    A terceira assertiva está correta. Há divergências quanto ao fato da CALC ser ou não capaz de suplantar a OEA. A posição da Venezuela e da Bolívia, por exemplo, é no sentido de que a OEA não é capaz de solucionar conflitos regionais


     

    Comentários do professor Ricardo Vale, Ponto dos Concursos.

  • A Cúpula de Unidade da America Latina e do Caribe aprovou nesta terça-feira, 23, em Cancún, no México, a criação da comunidade dos Estados latino-americanos e caribenhos. O grupo, que não conta com a presença de EUA e Canadá, reúne 24 países da América Latina. O novo organismo assumirá o 'espólio' do Grupo do Rio e da Cúpula da América Latina e do Caribe (CALC). O nome definitivo do grupo será definido ao longo de sua consolidação. As próximas reuniões acontecerão na Venezuela, em 2011, e no Chile, em 2012.
    O órgão buscará promover a cooperação entre os membros por meio de mecanismos regionais e tem como princípios o respeito ao direito internacional, à igualdade soberana das nações, a promoção da democracia e dos direitos humanos e a oposição ao uso da força. 
    Até que se constitua em sua totalidade o novo organismo, a cúpula de unidade será um "foro unificado", que preservará o Grupo do Rio e a Cúpula da América Latina e do Caribe sobre
    Integração e Desenvolvimento (CALC).
    www.estadao.com.br
  • Acredito que o pessoal se atarantou.

    Esta reunião em 02/2010 foi efetivamente da CALC, - II Cúpula da Unidade em Riviera ; na qual foi criada Comunidade dos Estados Latino-Americano e Caribenhos (CELAC), na III CALC (na Venezuela) que se completou o processo de constituição. CELAC tem por objetivo é promover a convergência das agendas da CALC e do Grupo do Rio (Declaração de CARACAS).  A CELAC possui 33 membros não tem personalidade jurídica.

    A primeira Cúpula da CELAC foi em 2013 em Santiago

    Obs: há uma confusão em afirmar que a primeira cúpula foi em Caracas, na verdade naquela ocorreu a III CALC.

    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/i-cupula-de-estados-latino-americanos-e-caribenhos-celac-declaracao-de-santiago

    A II está errada, tanto que neste ano de 2013, Cuba exerce a presidência pro-tempore da CELAC.

    A I estaria errada também, pois atualmente Honduras faz parte da CELAC

ID
202246
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Para as eleições de 2010 no Brasil, além dos procedimentos tradicionais de identificação do eleitor e do uso de urnas eletrônicas, o TSE lançou nova modalidade mais informatizada e mais segura de votação, para que não haja qualquer dúvida quanto à identidade de cada eleitor. Nos municípios escolhidos para a experiência com o sistema biométrico a ser usado nas urnas eletrônicas, o cadastramento especial envolve

Alternativas
Comentários
  • Correta: Letra b



    É a famosa biometria:


    A palavra biometria vem do grego: bios (vida) e metron (medida). Designa um método automático de
    reconhecimento individual baseado em medidas biológicas (anatômicas e fisiológicas) e características comportamentais.

    As biometrias mais implementadas, ou estudadas, incluem as impressões digitais, reconhecimento de face, íris, assinatura e até a geometria das mãos. Porém, muitas outras modalidades estão em diferentes estágios de desenvolvimento e estudos. As impressões digitais, por exemplo, vêm sendo usadas por mais de um século, enquanto a íris é objeto de estudo há pouco mais de uma década. Não existe ainda uma modalidade biométrica que se aplique em todas as situações.

    Muitos fatores devem ser levados em conta para se implantar um sistema biométrico, tais como localização, riscos de segurança e número de usuários, entre outros.

    Todo sistema biométrico é preparado para reconhecer, verificar ou identificar uma pessoa que foi previamente cadastrada.

    Na biometria, o procedimento de verificação ocorre quando o sistema confirma uma possível identidade comparando apenas parte da informação com o todo disponível. Já o processo de identificação confirma a identidade de um indivíduo, comparando o dado fornecido com todo o banco de dados registrado.

    A biometria é usada em inúmeros lugares para melhorar a segurança ou conveniência dos cidadãos. No Brasil, a emissão de passaporte, de carteiras de identidade e o cadastro das Polícias Civil e Federal contam com sistemas biométricos.
    Além disso, muitas empresas adotam tais sistemas para acesso às suas instalações ou utilização de seus serviços. É o caso de algumas academias de ginástica que usam leitura da impressão digital para controlar o acesso dos seus frequentadores.

    Para o reconhecimento individual são coletados dados biométricos por meio de sensores que os colocam em formato digital. Quanto melhor a qualidade do sensor, melhor será o reconhecimento alcançado. No caso do cadastramento que será efetuado pela Justiça Eleitoral, os dados serão coletados por um scanner de alta definição.

    Fonte: http://www.tse.jus.br/eleicoes/biometria-e-urna-eletronica/biometria-1


ID
202249
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em relação às atuais políticas públicas de acesso ao ensino superior no Brasil, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • LETRA  D

     Questão muito fácil. Vc faz o Enem, com sua nota se inscreve no Prouni ou no Sisu para tentar ganhar bolsa em algum curso.

    a nota só serve pra classificar qual curso, o lance da bolsa se vai ser de 100% ou 50% ou se não ganha bolsa  vai depender da renda da pessoa.

    Sei isso pq sou bolsista Prouni, 100% Direito na Universidade Católica de Brasília... minha nota foi 751,82 enem do ano de 2009

  • O ProUni - Programa Universidade para Todos tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos.

    Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, que tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Além disso, , cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

    O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - Enade tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

    O Sistema de Seleção Unificada - Sisu foi desenvolvidopara selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. 

ID
202252
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um capital no valor de R$ 12.500,00 é aplicado a juros simples, durante 12 meses, apresentando um montante igual a R$ 15.000,00. Um outro capital é aplicado, durante 15 meses, a juros simples a uma taxa igual à da aplicação anterior, produzindo juros no total de R$ 5.250,00. O valor do segundo capital supera o valor do primeiro em

Alternativas
Comentários
  • Passo 1) Esquematizar o enunciado:

    1º capital / 2º capital

    C = 12500 / C = ? (preciso calcular para subtrair do 1º capital e obter a resposta da questão)

    n = 12 meses / n = 15 meses

    M = 15000 / M = ? (não tenho o montante do 2º capital, mas não será necessário calcular)

    i = ? / i = ? (não tenho nenhuma das taxas, mas elas são iguais, de acordo com o enunciado da questão)

    J = ? / J = 5250

    Passo 2) Calcular a taxa mensal (i):

    M = C.(1+i.n)

    15000 = 12500.(1+i.12)

    15000 = 12500+150000i

    i = 2500/150000

    i = 0,01667 = 1,667% ao mês

    Passo 3) Calcular o 2º capital:

    J = C.i.n

    5250 = C.0,01667.15

    C = 21000

    Passo 4) Subtrair o 2º capital do 1º capital:

    21000 - 12500 = 8500

    Resposta: letra D

  • Meu,

    Sou muito FÃ de professores de matemática!!!

    A gente resolve... (eu resolvi igual ao colega Bruno), mas o professores sempre têm um jeito mais simples heheh

    Abs,

    SH.
  • Considere que i representa a taxa de juros simples ao ano usada nas aplicações.

    Na aplicação dos R$ 12.500,00, o montante após 12 meses (= 1 ano) é R$ 12.500,00*(1 + i). Como o montante foi de R$ 15.000,00 então, 12.500,00*(1 + i) = 15.000,00 => 1 + i = 1,2 => i = 0,2 = 20% a.a.

    Tomando o outro capital como sendo C, ao aplicarmos durante 15 meses (1,25 ano) temos juros no total de C*1,25*0,2 = 0,25C. Igualando aos juros obtidos, 0,25C = 5.250 => C = R$ 21.000,00.

    Esse capital supera o primeiro em R$ 21.000,00 - R$ 12.500,00 = R$ 8.500,00.

    Resposta: d.

    Opus Pi.

  • Primeira parte: J=C.i.t

    Juro 2500 (15000-12500); i = taxa; t = tempo, prazo.

    2500 = 12500.i.12 => 2500/12500.12=i => 25/125.12=i => 5/25.12=i => 1/5.12=i Guarde o i, pois na segunda parte ele é o mesmo.

    (125 e 25 são obviamente divisíveis por 5, logo, é só simplificar) 

    Segunda parte: J=C.i.t (utilizando o i encontrado acima)

    5250=C x 15(é o t) x 1/5.12 => 5250=C.1/4 => C=5250.4 => C=21000

    21000 - 12500 = 8500

  • Na boa, essa questão deveria ser anulada.

  • É pedido a diferença de capital, não de montante.

    12.500 - 15.000 = 2500

    2500 / 12500 = 0,2

    0,2 / 12 = 0,016 a.m

    15 meses x 0,016 = 0,25

    5250 x 0,25 = 21.000

    ------

    21.000 - 12.500 = 8.500 

    LETRA D 8.500

     

  • Na primeira aplicação, C = 12500, M = 15000, t = 12 meses. A taxa de juros simples é:

    M = C x (1 + j x t)

    15000 = 12500 x (1 + j x 12)

    j = 1,667% ao mês

    Na segunda aplicação, t = 15 meses, a taxa de juros é a mesma já obtida e o total de juros é J = 5250 reais. Logo:

    J = C x j x t

    5250 = C x 1,667% x 15

    C = 20995,80 reais

    Como 20995,80 – 12500 = 8495,80 reais, podemos dizer que a letra D está correta.

    Resposta: D


ID
202255
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

O valor do desconto de um título, em um banco, é igual a 2,5% de seu valor nominal. Sabe-se que este título foi descontado 50 dias antes de seu vencimento, segundo uma operação de desconto comercial simples e considerando a convenção do ano comercial. A taxa anual de desconto correspondente é igual a

Alternativas
Comentários
  •  J=C.i.n

    n=50

    i.n=0,025

    i=0,025/50

    i=0,0005 ad

    0,0005*360=0,18 aa

  • D = N x i x n

    D: desconto comercial simples
    N: Valor nominal ou valor de face
    i: taxa de desconto comercial simples
    n: prazo de antecipaçao

    Dados:
    D = 0,025 N
    n = 50 dias = 5/36 ano

    Resolvendo...

    0,025 N = N x i x 5/36
    i = 0,9 N / 5 N
    i = 0,18   = 18 %

    LETRA C

  • Olá pessoal!
    Em alguns casos, como este, basta aplicar a "regra de três", desde que conheçam poucas diferenças.

    Desconto Comercial é calculado sobre 360 dias/ano e nao 365.
    2,5% é no periodo de 50 dias e não por mês.


    2,5%___________ 50 dias
      x    ___________ 360 dias
     
    Multiplicando invertido teremos.

    50 *  x  = 2,5 *  360  
     
    x  =  900
             50

    x  = 18 (18% ao ano)


    O correto é calcular pelas formulas que os colegas demostraram acima, mas talvez ajude.




     

  • Dados da questão:
    D = 0,025 *N n = 50 dias = 50/30 meses = 5/3 meses = 5/36 ano d= ? N=?
    Usando a fórmula de desconto comercial simples, temos: D = N * d * n 0,025 N = N *d* 5/36 0,025 = d* 5/36 d = 0,025/5/36 d = 0,18 =18% a.a. 

    Gabarito: Letra “C".
  • O enunciado diz que o desconto (D) é igual a 2,5% do valor nominal (N). Isto é,

    D = N – A

    2,5% x N = N – A

    A = 0,975N

    Além disso, é sabido que t = 50 dias, ou melhor, t = 50/360 ano (uma vez que é pedida a taxa anual – note que consideramos o ano comercial de 360 dias, como disse o enunciado). Deste modo, considerando o desconto comercial simples, temos:

    A = N x (1 – j x t)

    0,975N = N x (1 – j x 50/360)

    0,975 = 1 – j x 50/360

    j x 50/360 = 0,025

    j = 0,18 = 18%

    Resposta: C


ID
202258
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Os juros auferidos pela aplicação de um capital no valor de R$ 12.500,00, durante dois anos, a uma taxa de juros compostos de 8% ao ano, são iguais aos da aplicação de um outro capital no valor de R$ 10.400,00, a juros simples, à taxa de 15% ao ano. O tempo em que o segundo capital ficou aplicado foi igual a

Alternativas
Comentários
  • Como o exercicio pede o tempo de aplicação do segundo capital (t), a juros simples (J=C.i.t) e, além do t, não sabemos também o valor de J (juros auferidos), precisaremos calcula-lo com os valores da primeira aplicação.

    Aplicação 1:- Juros Compostos
    Fórmula: M = C.(1+i)n
    •    M=?
    •    C= 12.500
    •    n= 2 anos
    •    i= 8% a.a.

    Assim: M= 12500.(1+0,08)2
                  M= 14580

    O valor dos juros auferidos (J) é igual o valor do capital (C) subtraido do montante (M):
          J = M - C
          J = 14580 - 12500
          J= 2080

    Como o valor de J, segundo o enunciado, é igual para as duas aplicações, temos:

    Aplicação 2: Juros Simples
    Fórmula: J = C.i.t
    •    J= 2080

    •    C= 10400
    •    j= 15% a.a. Como queremos saber o resultado em meses, basta dividir a taxa anual por 12. Assim temos i=1,25% a.m.
    •    t=?

    Substituindo os valores na fórmula temos:
    2080 =10400.0,0125.t
    2080=130.t
    t=16 meses

    Resposta: B
  • Bom pessoal eu fiz o seguinte:

    Primeiro eu calculei o montante do primeiro capital que foi o seguinte:

    tenho um capital de: C=12500

    uma taxa de juros de: i=8% a.a. ou 0,08

    um período de tempo de: n= 2

    vejam que a taxa de juros e o período eu mantive anual e que a primeira aplicação trata-se de juros composto

    S=C.(1+i)^n

    S= 12500(1+0,08)^2

    S=14580

    portanto os juros dessa aplicação é o montante menos o capital (14580-12500= 2080)

    agora só calcular o montante do segundo capital (com juros simples) e, nesse caso eu optei por eliminação, então resolvi as alternativas até encontrar a resposta

    tenho um capital de: C=10400

    tenho uma taxa de juros de: i=15% a.a. ou 1,25 a.m. = 0,0125

    fórmula S=C.(1+in)

    a) 15 meses

    S=104001+0,0125x15)

    S=12350

    J=12350-10400

    j=1950

    b) 16 meses

    S=10400(1+0,0125x16)

    S=12480

    J=12480-10400

    J=2800 resultado letra b



    Bons estudos
  •  A primeira aplicação descrita tem C = 12500, j = 8% ao ano (juros compostos) e t = 2 anos. O montante obtido é:

    M = 12500 x (1 + 8%) = 14580 reais

    Os juros dessa aplicação foram de 14580 – 12500 = 2080 reais. Na segunda aplicação, C = 10400, j = 15% ao ano (juros simples), e os juros são J = 2080 reais. Portanto, podemos obter o tempo de aplicação lembrando que:

    J = C x j x t

    2080 = 10400 x 15% x t

    2080 / 10400 = 0,15t

    0,2 = 0,15t

    t = 0,2 / 0,15

    t = 2 / 1,5

    t = 4 / 3 ano

    Como 1 ano corresponde a 12 meses, 4/3 ano corresponde a:

    4/3 x 12 = 16 meses

    Resposta: B


ID
202261
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um título é descontado dois anos antes de seu vencimento segundo o critério do desconto racional composto, a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, apresentando um valor atual igual a R$ 20.000,00. Caso este título tivesse sido descontado segundo o critério do desconto comercial composto, utilizando a taxa de 10% ao ano, o valor atual seria de

Alternativas
Comentários
  • n = 2 anos

    d = 10% a.a.

    Desconto racional composto:

    VP = R$20.000,00

    VF = VP*(1+i/100)^n => VF = 20.000*(1+10/100)^2 => VF = 20.000*(1,1)^2 => VF = 20.000*1,21 => VF = 24.200

    Desconto comercial composto:

    VP = VF*(1-d/100)^n => VP = 24.200*(1-10/100)^2 => VP = 24.200*(0,9)^2 => VP = 24.200*0,81 => VP = 19.602,00 (Resposta E)

  • Va  =     N    
               (1+i)

    20.000 =        N                   
                      (1+0,10)² 

    N= 20000.1,21=24.200
    Va = 24200.(1-i)n
    Va = 24200.(1-0,10)²=24200.0,81=19602,00

    OU

    DC=DR.(1+i)n.(1-i)
    DC = 20000.(1,21).(0,81)=19602,00

     

  • Inicialmente, precisamos encontrar o valor de face do título, N, utilizando desconto racional composto, assim:

    N = A*(1 + i)^n

    i = 10% ao ano

    A = R$ 20.000,00

    Substituindo os dados na fórmula:

    N = 20.000(1 + 0,1)^2

    N = 20.000*(1,21)

    N= 24.200,00

    De posse do valor nominal do título, basta aplicarmos a fórmula de desconto comercial composto, A = N (1 - i)^n, para encontrar o valor descontado, assim:

    A = 24.200.(1 – 0,1)^2

    A = 24.200*0,9^2

    A = 24.200*0,81

    A = 19.602,00

    O valor atual é de R$ 19.602,00, caso este título tivesse sido descontado segundo o critério do desconto comercial composto, utilizando a taxa de 10% ao ano.

    Gabarito: Letra “E”

  • O enunciado diz que A = 20000 reais, j = 10% ao ano, t = 2 anos, desconto racional composto. Assim, o seu valor nominal é:

    N = A x (1 + j) = 20000 x (1 + 10%) = 24200 reais

    Se este título tivesse sido descontado segundo o desconto comercial composto, teríamos:

    A = N x (1 – j) = 24200 x (1 – 10%) = 19602 reais

    Resposta: E


ID
202264
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um investidor aplicou o capital de R$ 24.000,00, resgatando todo o montante após um ano. Sabe-se que a taxa real de juros desta aplicação e a taxa de inflação do período correspondente foram iguais a 10% e 2,5%, respectivamente. O montante resgatado pelo investidor foi de

Alternativas
Comentários
  • - Primeiro deve-se achar a taxa aparente

    Taxa Aparente= ((1+ taxa de inflação) x (1+ taxa real) -1 *100)

    TA= ((1,10)x (1,025) -1 x 100)

    TA= 12,75%

    Aplicando sobre o capital

    M= 24000 x 1,1275

    M= 27.060

  • Resolvendo a questão usando apenas o raciocínio, sem uso de fórmulas:

    Um capital de R$ 24.000,00, depois de um ano, para manter o seu valor, considerando uma inflação de 2,5% no período, teria que ser corrigido pelos 2,5%, atingindo o valor de R$ 24.600,00.

    Em cima desse valor corrigido pela inflação, aplica a taxa real de juros. Assim, multiplica R$ 24.600,00 por 1 + 10%, ou seja por 1,1, e encontra R$ 27.060,00.

    Simples assim!
  • Vitorioso, fazer assim dá certo, mas não está em princípio correto, pois tanto a inflação quanto a taxa de juros são referentes ao período de um ano, ou seja, ambas incidem sobre o capital de 24000, e não como você fez de jogar a taxa de inflação primeiro e depois a de juros. Numa questão teórica isso estaria errado. O certo é fazer o cálculo pela taxa aparente, como mostra o primeiro comentário, incidindo sobre o CAPITAL
  • Giuliano,
    Multiplicar um dado valor por um índice único ou por dois índices cujo produto seja o valor do índice único gera exatamente o mesmo resultado.
    O meu comentário foi incluído para ressaltar que existem questões que podem ser resolvidas sem que seja necessário conhecer a fórmula.
    Muitas vezes, na hora da prova, nós não nos lembramos da fórmula e abandonamos a resolução da questão, deixando de ganhar um ponto, que poderia ter conquistado com um pouquinho de raciocínio.
    Quem inventou a fórmula, nada mais fez do que usar o raciocínio. No caso presente, acredito que ele pensou exatamente como eu e nada mais fez do que multiplicar os dois índices e elaborar a fórmula da taxa aparente.
    Abraços.
  • Taxa aparente: (1 + ia) = (1 + ir) x (1 + ii)

    ia = taxa aparente

    ir = taxa real

    ii = taxa de inflação

  •  Primeiro deve-se achar a taxa aparente

    Taxa Aparente= (((1+ taxa de inflação) x (1+ taxa real) -1) * 100

    TA= (((1,10)x (1,025) -1 ) * 100

    TA = (( 1,1275) -1 ) * 100

    TA = 0,1275 * 100

    TA= 12,75%

    Aplicando sobre o capital

    M= 24000 x 1,1275

    M= 27.060

    Só corrigindo os parênteses.

  • Achar a taxa aparente é facil, porém a questão em nenhum momento falou que o investimento rendeu juros + inflação. Na minha avaliação o examinador teria colocado taxa de inflação apenas para confundir o candidato. Como posso ter certeza que devo calcular a taxa aparente apenas pelo fato de terem mencionado a inflação na questão?

  • Cabe anulação na minha opinião.

    Não faz sentido financeiramente falando.

    Matematicamente OK.... mas, o rendimento do valor aplicado ocorre na base da taxa de 10%, juros reais.


    O juro nominal é o que teria que render, caso não houvesse inflação. Teria que render 27.060,00, mas, pela teoria, de forma alguma recebe esse valor.

  • Veja que a taxa real de juros foi j = 10% e a taxa de inflação foi i = 2,5%. Utilizando a fórmula que vimos, podemos obter a taxa de juros aparente j: 

    Portanto, o capital de 24000 reais rendeu 12,75% no período, chegando ao montante de:

    M = 24000 x (1 + 12,75%) = 27060 reais

    Resposta: A

  • R=a/i

    1,10=a/1,025

    A=1,025*1,10= 1,12750 -1

    A=0,1275*100=12,75%

    M= 24000 x 1,1275

    M= 27.060


ID
202267
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma dívida no valor de R$ 40.000,00 deverá ser liquidada em 20 prestações mensais, iguais e consecutivas, vencendo a primeira um mês após a data da contração da dívida. Utilizou-se o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price), a uma taxa de juros compostos de 2,5% ao mês, considerando o valor do Fator de Recuperação de Capital (FRC) correspondente igual a 0,06415 (20 períodos). Pelo plano de amortização, o saldo devedor da dívida, imediatamente após o pagamento da 2ª prestação, apresenta um valor de

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    Antes de mais nada, precisamos saber o que seria o Fator de Recuperação de Capital (FRC)?

    FRC = 1 / (an¬i)

    Dado isso, vamos calcular o valor de cada prestação.

    T = P x an¬i
    P = T / (an¬i) = T x FRC = 40.000 x 0,06415
    P = 2.566

    Vamos calcular agora o juro da primeira prestação.

    J1 = T ⋅ i
    J1 = 40.000 · 0,025 = 1.000

    Como as prestações são constantes e iguais a R$ 2.566,00 e o juro pago na primeira prestação é igual a R$ 1.000,00, então a quota de amortização
    da primeira prestação é igual a 2.566,00 – 1.000,00 = 1.566,00.

    Vamos calcular a quota de amortização da segunda prestação. Calculamos a quota de amortização de qualquer parcela de acordo com a fórmula abaixo:

    An = A1 x (1 + i ) n - 1
    A2 = A1 x (1 + i ) 2 - 1
    1.566 x 1,025
    1.605,15

    O saldo devedor após o pagamento da segunda prestação será:

    T – A1 – A2 = 40.000 – 1.566,00 – 1.605,15 = 36.828,85 (GABARITO B)

  • Eu fiz assim...

    Prestação = 40000/0,06415 = 2566
    .
    Para a primeira prestação o montante será 41000 (40000 x 1,025)
    Descontando o primeiro pagamento restará um saldo de 38434 (41000 - 2566)
    Para a segunda prestação o montante será 39394,85 (38434 x 1,025)
    Descontando o segundo pagamento restará um saldo de 36828,85 (39394,85 - 2566)
    .
    Alternariva "B"

  • Valor de cada prestação: 40.000 x 0,6415 = 2.566

    Juros da primeira prestação: 40.000 x 0,025 = 1.000
    Amortização na primeira parcela: 2.566 - 1.000 = 1.566

    Saldo devedor = 40.000 - 1.566 = 38.434

    Juros da segunda prestação: 38.434 x 0,025 = 960,85
    Amortização na segunda parcela: 2.566 - 960,85 = 1.605,15

    Resultado: 40.000 - 1.566 - 1.605,15 = 36.828,85
  • Diego, provavelmente na prova já vinha essa informação explícita. Assim espero. rsrss

  • Nesta questão, temos VP = 40000, n = 20 meses e j = 2,5% ao mês. Foi dado ainda que FRC = 0,06415 para n = 20 e j = 2,5%. Portanto, cada prestação terá o valor de:

    Na primeira prestação, os juros são de:

    J = 2,5% x 40000 = 1000

    Portanto, a amortização é de:

    A = P – J = 2566 – 1000 = 1566

    Com essa amortização, o valor do saldo devedor é reduzido para:

    SD = 40000 – 1566 = 38434

    Na segunda prestação, os juros são de:

    J = 2,5% x 38434 = 960,85

    Portanto, a amortização na segunda prestação totaliza:

    A = P – J = 2566 – 960,85 = 1605,15

    Após isso, o valor da dívida, logo após o pagamento dessa 2ª prestação, será reduzido para:

    SD = 38434 – 1605,15 = 36828,85

    Resposta: B

  • Diego, espero que vc ja tenha sido aprovado. Contudo, ele fornece o fator de recuperação de capital e não o Fator de valor atual. POrtanto, vc deve multiplicar $40.000 por 1/0,06415 para ficar equivalente ao Fator de valor atual. Valeuuu


ID
202279
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Em dezembro de 2009, o salário médio dos 100 trabalhadores da empresa Alpha é igual ao salário médio dos 400 trabalhadores da empresa Beta, ou seja, igual a R$ 2.000,00. Porém, os coeficientes de variação apresentados para os trabalhadores de Alpha e Beta são iguais a 20% e 15%, respectivamente. Considerando as duas empresas reunidas, obtém-se que a correspondente variância é, em (R$)2, igual a

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    DADOS FORNECIDOS
    nX = 100
    nY = 400
    XX = 2.000
    XY = 2.000
    CVX = 0,2
    CVY = 0,15

    ENCONTRANDO A VARIÂNCIA DE X E DE Y
    CVX = SX / XX
    0,2 = SX / 2.000
    SX = 400
    SX2 = 4002
    SX2 = 160.000

    CVY = SY / XY
    0,15 = SY / 2.000
    SY = 300
    SY2 = 3002
    SY2 = 90.000


    ENCONTRANDO A VARIÂNCIA CONJUNTA ("VARIÂNCIA DAS VARIÂNCIAS")
    SXY2 = (nX x SX2 + nY x SY2) / (nX + nY)
    SXY2 = (nX x SX2 + nY x SY2) / (nX + nY) )  )2)2)  )  )2)2) SXY2 = (100 x 160.000 + 400 x 90.000) / (100 + 400)
    SXY2 = (52.000.000) / (500)
    SXY2 = 104.000
    (GABARITO C)

ID
202282
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

O total de funcionários em uma repartição pública é igual a 6. João e sua esposa trabalham nesta repartição em que será formada uma comissão de 3 funcionários escolhidos aleatoriamente. A probabilidade de que no máximo um deles, João ou sua esposa, faça parte da comissão é

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    O número total de possibilidades para a formação da comissão é igual a:

    C6,3 = 6! / 3! 3! = 20 casos

    Podemos calcular os casos não desejados. Não desejamos que ambos, João e sua esposa, participem da comissão. Se João e sua esposa participarem da comissão, temos que escolher mais um pessoa dentre 4 restantes.

    Isso acontece em:

    C4,1 = 4! / 1! 3! = 4 casos

    Esses são os casos não desejados. Como o total é 20, desejamos 20 – 4 = 16 casos.

    Assim, a probabilidade pedida é 16/20 = 4/5 (GABARITO D)  

  • Gabarito: Letra D

    1) O total de comissões com 3 funcionários que podem ser formadas a partir de um grupo de 6 funcionários é dada pela combinação de 6, 3 a 3:
    C(6,3) = 20

    2) Dessas, estamos interessados apenas nas que tenham, no máximo, ou João ou sua esposa. Isto é, elas podem ter apenas João, apenas a esposa ou nenhum deles.

    3) Podemos resolver esse problema calculando quantas comissões podem ser formadas incluindo tanto João quanto sua esposa. Neste caso, já temos 2 das 3 pessoas da comissão escolhidas. Temos ainda 4 pessoas disponíveis para a última vaga restante, isto é, 4 possibilidades.

    4) Se existem 4 possíveis comissões incluindo João e também sua esposa, então o número de comissões que tenha, no máximo, um deles, é 20 – 4 = 16. Assim, a chance de obter uma comissão que tenha no máximo 1 deles é: P = 16/20 = 4/5


    Fonte:
    ESTRATÉGIA CONCURSOS

  • Veja que queremos calcular a probabilidade do evento “no máximo um fazer parte”. Ao invés disto, podemos calcular a probabilidade do seu complemento, isto é, “os dois fazerem parte” da comissão. Podemos dizer que:

    P (no máximo um fazer parte) = 100% - P (os dois fazerem parte)

    Para que ambos façam parte da comissão de 3 funcionários, veja que 2 vagas já estão reservadas para o casal. Falta escolher apenas mais 1 elemento, em um total de 6 – 2 = 4 pessoas disponíveis. Isto é, podemos formar 4 comissões diferentes contendo o casal e mais uma pessoa. Esses são os casos FAVORÁVEIS. O TOTAL de comissões com 3 pessoas que podemos formar a partir de um grupo de 6 é dado por C(6,3) = 6x5x4/(3x2x1) = 20. Portanto,

    P(os dois fazerem parte) = 4/20 = 1/5

    Assim, podemos encontrar o que buscamos:

    P (no máximo um fazer parte) = 100% - P (os dois fazerem parte)

    P (no máximo um fazer parte) = 1 – 1/5

    P (no máximo um fazer parte) = 4/5

    Resposta: D

  • Probabilidade: Casos favoráveis/Casos possíves totais

    Casos possíveis totais: C6,3=6!/3!3! = 20 comissões possíveis

    Casos favoráveis:

    Atenção aqui. NO MÁXIMO UM DELES, ou seja, que possua João, sua esposa, ou nenhum deles.

    Retirando João e sua Esposa da lista de funcionários nos sobram 4.

    Comssiões com João: C4,2 = 4!/2!2! = 6(uma vez que João já está nela)

    Comissões com Esposa: C4,2 = 4!/2!2! = 6 (mesmo raciocínio)

    Comissões sem João e sua Esposa: C4,3 = 4!/3!1! = 4

    Somando-se os casos favoráveis = 6 + 6 + 4 = 16

    GABA = 16/20 = 4/5

  • Fiz por binomial:

    1-P(x=2)

    P(knp) = Cn,k * P^(k)*(1-p)^(n-k)

    P(2,6,1/6) = C6,2 * (1/6)^(2)*(1-(1/6))^(6-2) = 0,20

    1 - 0,20 = 0,8 ou seja, 5/4


ID
202297
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere:

I. O Brasil é uma República, adotada desde 15 de novembro de 1889, consagrada na Constituição de 1891, e em todas as constituições subsequentes.

II. O Brasil é uma federação composta pela União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios.

Essas afirmações dizem respeito, técnica e respectivamente, às formas de

Alternativas
Comentários
  • Forma de governo -  República

    Define o modo de organização política e de regência do corpo estatal, ou seja, o modo pelo qual se exerce o poder.

    Forma de Estado - Federalismo

    Considera os modos pelos quais se estrutura a sociedade estatal, permitindo identificar as comunidades políticas e cujo âbito de validade o exercício do poder ocorre, de modo centralizado ou descentralizado.

    Relaciona-se a maneira como se exerce o poder de um estado, isto é, se existe ou não repartição política do exercício do poder.

    A forma de Estado pode ser Unitário ou Federal( Brasil).

    Sistema Governo

    Refere-se ao modo pelo qual se relacionam os poderes executivo e legislativo.

    Pode ser :  Parlamentarismo e Presidencialismo(Brasil)

  • Forma de Estado - Federado

    Forma de Governo - Republicano

    Sistema de Governo - Presidencialista

    pode ajudar....

  • O Brasil adotou:

    - a forma republicana de governo;

    - o sistema presidencialista de governo; e

    - a forma federativa de estado

     

    fonte: Pedro lenza

  • Para ajudar:

    Fogo na República = Forma de Governo republicana

    Forma de Estado = Federação

    Bobo, mas ajuda!

  • Realmente: EU SOU FLAMENGO, MAAAAAASS A REPÚBLICA É ===>>>FO-GO ( forma de governo).

  • Pessoal. É só lembrar do macete GREFSP onde:

    GR -> governo republicano.
    EF -> estado federativo.
    SP -> sistema presidencialista.

    Espero ter ajudado, bons estudos!
  • Olá, pessoal!

    Vocês já viram FOGO no REMO??


    FOrma  de  GOverno   =   REpública  ou  MOnarquia

    -----

    Na questão em tela, sabendo-se que
    MOnarquia é uma FOrma de GOverno...questão resolvida!!!

    Bons estudos!
  • Mesclando os comentários:

    O povão é Mengo, mais a República é FO-GO (FOrma de GOverno)

    (F)orma de (E)stado = (F)(E)deração

    (S)istema de Governo = Presidente Lula (S de "sabidão")


    Abs a todos
  • Eu geralmente utilizo como macete FEFE (apelido de fernanda minha prima) dai já sei q forma de estado é federação e consequentemente a forma de governo só pode ser republica. Quanto ao sistema é só lembrar de São Paulo - SP: sistema presidencialista.
    vlw! qualquer viagem p/ essa decoreba da fcc acaba valendo a pena, rs...
  • Ótimos macetes!

    Também pode ser: FOGO e FESTA.

    FO (de forma) + GO (de governo);

    FE (federação) + ESTA (de estado).

  • Pessoal,
    As dicas foram ótimas!! Valeu mesmo...
    Um ajudando o outro e todos vamos chegar lá!
    Abs
  • GEnte para memorizar, foi como eu fiz

    FORMA REPÚBLICANA DE GOVERNO

    FORMA FEDERATIVA DE ESTADO

    REGIME DEMOCRATICO DE DIREITO

    SISTEMA PRESIDENCIALISTA


    GENTE DECOREM AS FRASES TODAS ENTENDEM? ASSIM A MEMORIA MELHOR ASSIMILA

  • GOVERNO - PUBLICA   -
    ESTADO - FEDERADO
  • - Forma de Governo - República  (É o FOGO no REGO)

    - Forma de Estado - Federação ( É o FEDE)

    - Sistema de Governo - Presidencialismo (É o SISI)

    - Regime Político - Democrático (Regime é coisa do DEMO)


    Acho essas infalíveis ! :D Bons estudos!

  • LETRA C CORRETA 

    FOGO na República - Forma de Governo – República

    SIGO Presidente- Sistema de Governo- Presidencialista

    FÉ no Estado- Forma de estado- Federativa

    REGO Democrático- Regime de Governo- Democrático

  • FoGo - Forma de Governo: O fogo é público: República

    ForEst - Forma de Estado: O Forest Gamp corria até feder: Federalismo

    SiGo - Sistema de Governo: Na empresa sigo até ser presidente: Presidencialismo

    ReGo - Regime de Governo: O rego é democrático, cada um tem o seu: Democracia

  • A) INCORRETA

     

    REGIME POLÍTICO = DEMOCRACIA

    FORMA DE GOVERNO = REPÚBLICA

     

    B) INCORRETA

     

    FORMA DE ESTADO = FEDERAÇÃO

    FORMA DE GOVERNO = REPÚBLICA

     

    C) CORRETA

     

    FORMA DE GOVERNO = REPÚBLICA

    FORMA DE ESTADO = FEDERAÇÃO

     

    D) INCORRETA

     

    SEPARAÇÃO DOS PODERES = PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONSTITUIÇÃO

    FORMA DE GOVERNO = REPÚBLICA

     

    E) INCORRETA

     

    FORMA DE ESTADO = FEDERAÇÃO

    REGIME POLÍTICO = DEMOCRACIA

  • Mais um macete:

    "O ESTADO FEDE, A REPÚBLICA É FOGO, O PRESIDENTE É SISTEMÁTICO E O REGIME É DEMOCRÁTICO"

    Forma de ESTADO - FEDEração

    FOrma de GOverno -  REPÚBLICA

    SISTEMA de Governo - PRESIDENCIALISMO

    REGIME de Governo - DEMOCRÁTICO

     

  • Bom, na minha opinião o cara que fez a questão confundiu Art. 1º com Art. 18º

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

  • Macete:

    SaPo = sistema de governo - presidencialista

    FeRiu = forma de governo - república

    FiFi = forma de estado - federação

    RinDo = regime de governo - democrático

     

  • O Estado Fede - Forma de Estado (Princípio Federativo)

     

    A República é Fogo - Forma de Governo (Princípio Republicano)

  • Macete:

    O governo é rep (republica)

    O sitema é pre (presidencialista)

    O Estado fede (federalismo)

    O regime é demo (democracia)

     

    Espero ter ajudado!Bons estudos!

  • FORMA DE ESTADO - FEDERAÇÃO

     

    FORMA DE GOVERNO - FOGO - REPÚBLICA


  • O Estado fede (Forma de Estado = Federação)
    A República é fogo (Forma de Governo = República)
    O Presidente é sistemático (Sistema de Governo = Presidencialismo)
    O Regime é democrático (Regime de Governo = Democrático)
     

  • De fato, desde o Decreto nº 1, de 15/11/1889, passamos a adotar a forma de governo republicana – constitucionalizada, pela primeira vez, em nosso documento de 1891. Tal escolha foi mantida em todos as Constituições posteriores (1934, 1937, 1946, 1967, EC nº1/1969, 1988). 

    Quanto à forma de Estado, só não fomos uma federação em nossa 1ª Constituição histórica, a de 1824. Em todas as demais, a forma federada foi abraçada. Nesse contexto, a letra ‘c’ deve ser assinalada.

    Gabarito: C

  • REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    ------> FORMA DE ESTADO (federação)

    ------> FORMA DE GOVERNO (república)

    ------> SISTEMA DE GOVERNO (presidencialismo)

  • Comentários: Resposta: Opção: ( C ). A forma de governo adotada no Brasil é a República. A forma de Estado adotada no Brasil é a Federação.


ID
202300
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As normas constitucionais de eficácia contida são dotadas de aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições. Observa-se que tais restrições podem ser impostas

Alternativas
Comentários
  • Normas de eficácia contida (ou normas de eficácia restringível na linguagem de Maria Helena Diniz) são aquelas normas que, com a entrada em vigor da Constituição, estão aptas a produzir todos os seus efeitos, mas podem ter sua eficácia restringida pela legislação infraconstitucional. O exemplo sempre lembrado de normas de eficácia contida é o comando do art. 5º, inc XIII, da Constituição Federal, que dispõe:

    “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”

    Assim, a princípio, se inexistisse lei regulamentando o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, valeria a regra da inteira liberdade na escolha e exercício de qualquer trabalho, ofício, ou profissão (obviamente essas leis existem e regulamentam o exercício de variadas profissões, tais como a profissão de advogado, médico, dentista etc).

    Outros exemplos ilustrativos de normas de eficácia contida estão nos incisos XV e XVI, do mesmo artigo, que estipulam:

    XV “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”

    XVI “todos podem reunir-se pacificamente sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso a autoridade competente”.

    O direito de reunião, consagrando no inciso XVI, pode ser restringido no estado de defesa e no estado de sítio, como prescrevem o art. 136 e 139 da CF.

    Assim, a norma de eficácia contida além de ser restringível por norma infraconstitucional, pode ser reduzida por outro comando da própria Constituição Federal.

    Cabe registrar, por derradeiro, que a normas de eficácia contida também podem ser restringidas por conceitos jurídicos vagos, cuja redução se operacionaliza pelo Poder Público. Assim, podemos concluir que as normas de eficácia contida são de aplicabilidade direta e imediata, no entanto, podem ter seu âmbito de aplicação restringido por uma legislação futura, por outras normas constitucionais ou por conceitos ético-jurídicos.
     

  • As normas de eficácia contida são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.


    As restrições às normas de eficácia contida podem ser impostas:


    a) pelo legislador infraconstitucional;
    b) por outras normas constitucionais;
    c) como decorrência do uso, na própria norma constitucional, de conceitos ético-jurídicos consagrados, que comportam um variável grau de indeterminação, tais como ordem pública, segurança nacional, integridade nacional, bons costumes, necessidade ou utilidade pública, perigo público iminente.


    Resposta: Letra A


    Fonte: Direito Constitucional Descomplicado. Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino

  • A restrição pode se dar tanto por lei, outras normas constitucionais, bem como por motivos de ordem pública, bons costumes e paz social, conceitos vagos cuja redução se efetiva pela Administração Pública.

    FONTE: Direito Constitucional Esquematizado. Pedro Lenza.

  • Para colaborar com a nossa colega, Vânia, e com a questão:

    Normas de eficácia contida: são normas que por si só já podem ser aplicadas, uma vez que possuem aplicabilidade imediata e direta, ou seja, não precisa haver outra lei que a regulamente. Como já disse o colega abaixo, não havendo lei que regule determinada profissão, ela pode ser exercida desde já, pois encontra alicerce no art. 5º, XIII, da CF.

    Normas de eficácia limitada: diferentemente da norma contida, ela não possui aplicabilidade imediata, pois depende de uma outra lei que regulamente a matéria. A norma de eficácia limitada, como o próprio nome diz ("limitada"), fica a espera de uma norma que a regulamente, sendo que sem essa ela não possui eficácia.

    Vânia, as normas de eficácia limitada virão com dizeres "nos termos da lei",  "segundo a lei" ...., pois, como já disse, elas depende de lei que as regulamentem. Quando fores ler a CF, atenta para dispositivos com esses enunciados e perceba que ali está se tratando de normas de eficácia limitada.

    Espero ter ajudado.

  •  Os Tribunais no exercicio da jurisdição apenas interpretam as normas e aplicam ao caso concreto, nao são compentes, em regra, de editar as normas regulamentadores e restritivas previstas na CF. O poder legislativos FEDERAL é quem é competente para editar as leis indicadas na constituição sejam complementares sejam ordinarias, para ampliar a eficacia de normas constitucionais limitadas, ou para restringir o alcance das normas constitucionais contidas.

  • A alternativa a), considerada como resposta correta para a questão, refere-se apenas a "legislador constitucional", "normas constitucionais" e "princípios ético-jurídicos", todavia não cita as normas infraconstitucionais.
    Ora, é o legislador infraconstitucional, no mais das vezes, quem restringe a eficácia das normas const. de eficácia contida.
    Dessa forma, o gabarito da questão é, a meu ver, no mínimo, questionável.
  • A letra A está correta, pois como explica José Afonso, essas normas de eficácia contida têm as seguintes características: a)  em regra, demandam uma intervenção do legislador ordinpario, não pondendo este negar a própria norma constitucional; b) Enquanto o legislador ordiário não expedir norma de contenção, essta terá eficácia plena; c) são de eficácia direta e imediata; d) algumas dessas normas já contêm efeito ético juridicializado (bons constumes, ordem pública, segurança nacional), como valor político a preservar, o que pode importar a limitação de sua eficácia; e) sua eficácia pode ser afastada pela incidência de outras normas constitucionais, ocorrendo, por exemplo, certos pressupostos, como o estado de sítio. ver pg. 102 - 123.
  • Eu acho que alternativa B mereceria uma análise maior dos amigos concurseiros, pois é certo que o legislador comum pode, por meio de legislação infraconstitucional, restringir a aplicabilidade das normas contidas. Alguns amigos citam a impossibilidade dos tribunais superiores exerceram a função de legislador positivo, porém, em algumas decisões o STF vem exercendo um papel de legislador positivo em resposta à morosidade do poder legislativo, como no caso da imposição de se utilizar a lei que regulamenta o direito da greve no setor privado aos servidores públicos. Ora, com relação aos chefes do poder executivo, no âmbito do governo federal é notória a possiblidade do Presidente em regulamentar essas matérias por meio de medidas provisórias, desde que não reservadas à matéria regulamentada por lei complementar.
  • Concordo com o colega Devapi. Acho que houve um erro de digitação...
    No entanto, a letra A não deixa de está certa mas apenas incompleta, o que pode induzir ao erro.
    BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E TODAS AS OUTRAS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS. DEUS É FIEL!




     

  • Concordo com os comentários de PM Martins!

  • A norma de eficácia contida é restringível por:

     

    1) LEI (COMPLEMENTAR OU ORDINÁRIA)

    Ex.: exercício de qualquer profissão (5º, XIII).

     

    2) CF

    Ex.: liberdade de locomoção (5º, XV), restringida em tempos de guerra.

     

    3) CONCEITOS ÉTICOS-ADMINISTRATIVOS

    Ex.: requisições administrativas (5º, XXV).

  • AS NORMAS DE EFICÁCIA CONTIDA PODERÃO SER RESTRINGIDAS:


    -  PELO LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL (Ex: art. 5º, VIII; art. 5º, XIII; art. 37, I);
    -  POR OUTRAS NORMAS CONSTITUCIONAIS (Ex: diante do estado de defesa e estado de sítio, impõem restrições aos direitos fundamentais);
    -  POR CERTOS CONCEITOS JURÍDICOS AMPLAMENTE ACEITOS, tais como ordem pública, segurança nacional ou pública, integridade nacional, bons costumes, necessidade ou utilidade pública, perigo público eminente (pois, ao fixar esses conceitos, o Poder Público poderá limitar o alcance de normas constitucionais, como é ocaso do art. 5º, XXV – “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;’’).

     

     

     

    GABARITO ''A''
     

  • a) pelo legislador constitucional, por outras normas constitucionais e como decorrência do uso de conceitos ético-jurídicos consagrados.

    LETRA A - CORRETA 

     

    Por seu turno, as normas de eficácia contida69 são aquelas que também estão aptas para a produção de seus plenos efeitos desde a promulgação da Constituição (aplicabilidade imediata), mas que podem vir a ser restringidas. O direito nelas previsto é imediatamente exercicável, com a simples promulgação da Constituição. Entretamo, cal exercício poderá ser restringido no futuro. São, por isso, dotadas de aplicabilidade:

    imediata, por estarem aptas a produzir efeitos imediatamente, com a simples promulgação da Constituição;

    direta, pois não dependem de nenhuma norma regulamentadora para a produção de efeitos; 

    mas, possivelmente, não-integral, eis que sujeiras à imposição de restrições. Destaca-se que as restrições às normas de e cácia contida poderão ser impostas:

    (A) por lei (ex.: art. 5°, XIII, da CF/88, que prevê as remições ao exercício de traba­ lho, of io ou pro ssão, que poderão ser impostas pela lei que estabelecer as quali cações pro ssionais, bem como o disposto no are. 5°, LXXVIII, da CF/88);

    (B) por outras normas constitucionais (ex. : art. 1 39 da CF/88, que impõe restrições ao exercício de certos direitos fundamentais durante o período de estado de sítio);

    (C) por conceitos ético-jurídicos geralmente paraticados na comunidade jurídica e, por isso, acatados (ex.: are. 5°, XXV, da CF/88, em que o conceito de "iminente perigo público" atua como uma restrição imposta ao poder do Estado de requisitar propriedade particular). 

    FONTE: NATHÁLIA MASSON


ID
202303
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que se refere aos princípios gerais da atividade econômica, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CORRETA "D"

    Essa eu acertei por conhecer, mas quase marco a "a", agora não esqueço mais pois desconhecia esse artigo.

    Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

    § 4º - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida.

    bons estudos.

  • CORRETO O GABARITO.....

    A alternativa "A" descreve a possibilidade de instalação de uma pequena usina hidrelétrica, sem a necessidade de prévia autorização ou concessão do poder público.

  • Resposta letra D

    Letra A - CORRETA - Art. 176, §4º CF - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida.

    Letra B - CORRETA - Art. 173, § 3º CF - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

    Letra C - CORRETA - Art. 174, § 3º CF - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas. levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

    Letra D - INCORRETA -Art. 173, §2º CF - As empresas públicas e sociedades de economia mista não poderão gozar  de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

    Letra E - CORRETA - Art. 180 CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
  • A alternativa "A" , realmente esta correta, mas acho que a questão poderia ser anulada, pois a alternativa "D" também estaria correta, devido a existencia de jurisprudencia do STF, no caso imunidade recíproca para a ECT(correios), uma empresa pública no caso.
     

    Ministro reafirma que Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está isenta de recolher IPVA...

    Pedido da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na Ação Cível Originária (ACO)
    851 foi... na imunidade tributária recíproca, prevista no artigo 105, inciso VI, alínea a, da
    Constituição Federal..., o Plenário do Supremo decidiu que os veículos da ECT são imunes a...

    STF - 20 de Maio de 2010

  • GABARITO LETRA D

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

     

    § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.


ID
202306
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O controle abstrato em face da Constituição Federal da República Federativa do Brasil é exercido

Alternativas
Comentários
  •  O controle de constitucionalidade brasileiro é misto, porque admite o controle abstrato e o concreto.

    No abstrato, apenas um órgão do poder judiciário é competente para julgar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, (no nosso caso o STF) enquanto que no controle concreto ou difuso qualquer juiz ou tribunal poderá resolver incidentalmente sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato ou lei, quando do julgamento de um determinado caso concreto

  • Art. 102- Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

    I- Processar e julgar originariamente:

    a)a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e ação direta de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

    No controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade a competência é exclusiva do Supremo Tribunal Federal, pois este é o guardião da constituição.
     

  •            A alternativa CORRETA é  'B' . Senão vejamos a Lição do Prof. MARCELO NOVELINO, (pg. 121).

              A competência para o exercício da jurisdição constitucional, quando o parâmetro é a Constituição da República, concentra-se no  STF (art. 102, I, a e art. 102,§ 1º)

              Art. 102- Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

              I- Processar e julgar originariamente:

             a)a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e ação direta de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

  • LETRA B
    CONTROLE JURISDICIONAL DE CONSTITUCIONALIDADE
    No Brasil, duas são as vias jurisdicionais de declaração de inconstitucionalidade:

    1 - VIA DE EXCEÇAO (OU DE DEFESA) - é o caminho que permite a qualquer pessoa física ou jurídica provocar qualquer juiz ou tribunal, para, no curso de uma demanda judicial, fiscalizar a constitucionalidade de uma lei ou ato do Poder Público. A via de defessa corresponde a um controle de normas no caso CONCRETO (incidenter tantum). Equivale, pois, ao controle DIFUSO, do sistema norte-americano, sendo também chamado de DESCONCENTRADO, SUBJETIVO, ABERTO, DESCENTRALIZADO ou INCIDENTAL;

    2 - VIA DE AÇÃO (OU ABSTRATA) - é o caminho que permite aos entes legitimados constitucionalmente, como aqueles do art. 103 da Carta de 1988, provocarem o STF, para que seus Ministros decidam, em tese, se uma lei ou ato do Poder Público é constitucional ou não. A via abstrata corresponde a um controle CONCENTRADO, que não diz respeito à defesa de um dado litígio, pois abrange a todos, indistintamente (erga omnes). Equivale, portanto, ao controle concentrado do sistema austríaco, sendo também chamado de OBJETIVO, RESERVADO, FECHADO, EM TESE, PRINCIPAL, ABSTRATO ou CENTRALIZADO.

    Uadi L. Bulos.
  • Caros colegas, realmente as opções "a" "c" "d" e "e" são absurdas, mas data venia o gabarito não procede e a questão deveria ser anulada por ausência de resposta.

    O enunciado é claro: "O controle abstrato em face da Constituição (...)"

    A ação direta de inconstitucionalidade interventiva, prevista no art. 36, III, embora integre o controle concentrado no STF, não se trata de ação objetiva, abstrata, conforme leciona  Gilmar Mendes "Não se tem aqui, pois, um processo objetivo, mas a fiscalização de um conflito federativo atinente à observação de deveres jurídicos especiais, impostos pelo ordenamento jurídico federal ao Estado-membro."

    O mesmo entendimento é compartilhado por diversos outros autores, como Luís Roberto Barroso "Não se trata, portanto, reitera-se, de processo objetivo, como ocorre em sede de fiscalização abstrata, mas sim da apreciação de um conflito federativo entre a União (...) e um ente federado."

    Rodrigo Menezes - Professor de Direito Constitucional do CERS

  • E o controle abstrato feito pelos Tribunais de Justiça perante a Constituição Estadual?
    Marquei a alternativa "menos errada".
  • Lorena, isso que vc falou não foi perguntado na ques

  • Atenção ao enunciado...


ID
202309
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que diz respeito à organização político-administrativa do Estado, considere:

I. A transformação dos Territórios Federais em Estados será regulada em lei ordinária.

II. Os Estados podem desmembrar-se para a formação de novos Estados, mas não incorporar-se entre si.

III. É vedado aos Estados subvencionar cultos religiosos ou igrejas, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

IV. O desmembramento de Municípios dependerá, dentre outros requisitos, de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I - ERRADO, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

     

    II - ERRADO,  3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
     

    III - CORRETO

     Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

     

     

    IV - CORRETO, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei

  •  

    Letra E.

    I- Errada- CF,art.18,§2º- Lei complementar.

    II- Errada- Estabelece a CF que os estados podem incorporar-se entre si,subdividir-se ou desmenbrar-se para se anexarem a outros,ou formarem novos estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por plesbicito, e do Congresso Nacional,pela edição de lei Complementar.(CF,art.18,§3º).

    III- Correta-Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

    IV_Correta-               EMENDA CONSTITUCIONAL No 15, DE 1996

    Dá nova redação ao § 4º do art. 18 da Constituição Federal

    As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

    Artigo Único. O § 4º do art. 18 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:   art. 18 ..............................

    § 4º a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma de lei."

     

     

  • No padrão da FCC, ou seja letra da lei:
    Seguem comentários, reiterando o citado pelos colegas acima:
    I - ERRADO, § 2ºreguladas em lei complementar e não por lei ordinária
    II - ERRADO,  3º  Os estados podem incorporar-se como previsto abaixo:
     Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
    III - CORRETO Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
    IV - CORRETO, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei
    Bons Estudos!!

    DeBons

  • I. A transformação dos Territórios Federais em Estados será regulada em lei ordinária.

    >>> mediante lei complementar (Falou em organização político-administrativo, então é lei complementar.)

    II. Os Estados podem desmembrar-se para a formação de novos Estados, mas não incorporar-se entre si.

    >>> incorporar, desmembrar ou subdividir

    III. É vedado aos Estados subvencionar cultos religiosos ou igrejas, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

    correto

    IV. O desmembramento de Municípios dependerá, dentre outros requisitos, de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

    correto


ID
202312
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos da Constituição Federal vigente, é certo que o direito

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    O amplo acesso ao Judiciário é excepcionado no caso da Justiça Desportiva e o HD, pois primeiramente tem que esgotar as vias administrativas para recorrer ao judiciário. É o que está expresso no art. 8º da Lei 9507, in verbis:

    Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.

    Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:

    I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;

    II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou

    III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.

     

  • Fiquei com dúvida na letra d, pois, vejam o que fiz Pedro Lenza sobre o direito de petição:

    "Parece razoável o art. 2º da referida lei (9051/95) ao estabelecer que "nos requerimentos que objetivam a obtenção das certidões a que se refere esta lei, deverão os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido". Assim, condenável o pedido genérico de certidão, devendo o interessado discriminar o objeto de seu interesse".

    Entretanto, parece q a FCC admite pedido genérico em certidões.

    Bons estudos!

     

  • "[...] não mais se admite no sistema constitucional pátrio a chamada jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso forçado[...] Para ingressar no Poder Judiciário não é necessário, portanto, o prévio esgotamento das vias administrativas.

    Exceção a essa regra[...] só admissível se introduzida pelo poder constituinte originário, como acontece com a justiça desportiva ( art. 217, §§ 1º e 2º).

    Como veremos ao estudar o habeas data, situação semelhante também foi prevista pela lei n. 9507/97[...]".

    Pedro Lenza, pg. 774, 14ª ed.

  •  Entendimento dos autores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, na obra Resumo de Direito Constitucional Descomplicado, 4 edição, pg. 63, sobre o pedido de certidão:

     

    "A jurisprudência firmou-se no sentido de que não se exige do administrado a demonstração da finalidade específica do pedido."

  • Letra E : Errada

    No Brasil, todas as Constituições, exceto a de 1937, contemplaram o princípio do juiz natural[1]. José Celso de Mello Filho afirma que o princípio do juiz natural se estende a outros órgãos, desde que haja expressa previsão constitucional, como, por exemplo, o Senado Federal, nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo.

  • Rafael,

    Veja que a lei 9051 art 2º diz:: ...  fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido." O item d afirma que é " exigido do administrado a demonstração da finalidade espcífica do pedido". Frases e sentidos diferentes. Portanto, item d, errado.  

  • Não concordo com a questão pois no HD embora eu precise de uma resposta  negativa na via administrativa segundo a lei de constitucionalidade provisória que regula a matéria não se exige o EXAURIMENTO da via administrativa.

  • letra D) de certidão, para ser conferido, exige do administrado a demonstração da finalidade específica do pedido.  
    constituição atigo 5° xxxiv linea b) A obtenção de certidões em repartições públicas,para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
    Vai dizer que isso ai não é a finalidade do pedido?
    Todo Pedido tem que ter uma finalidade.


    Posso até ter interpretado errado a alternativa porém não absolutamente, em parte tenho razão.


  • DIREITO DE CERTIDÃO
    Uadi L. Bulos esclarece que independentemente do pagamento de taxas, a Carta de 1988 assegurou, a qualquer pessoa, o direito líquido e certo de obter certidões para a defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal (art. 5º, XXXIV, b).
    Três são os requisitos para o exercício do direito de certidão:
    a) existência de legítimo interesse - nos requerimentos, formulados pelo indivíduo ou pela coletividade, devem constar os motivos que justifiquem o pedido de certidão;
    b) ausência de sigilo - o sigilo administrativo pode barrar a expedição de certidões, porque tal direito, em regra, não é absoluto.
    c) existência das informações solicitadas - a Administração Pública só poderá fornecer os dados que estiverem em seus registros.

  • É engraçado que tem uma questão ai da própria FCC que considera o príncipio da inafastabilidade mesmo nas hipóteses da letra B. Ou seja, a pessoa pode dar entrada no Judiciário sem antes esgotar as vias administrativas.
  • É oportuno, não obstante , anotar a existência de pelo menos três hipóteses em nosso ordenamento jurídico nas quais se exige o exaurimento, ou a utilização inicial da via administrativa, como condição  para acesso ao Poder judiciário, a saber:

    a) só são admitidas pelo Poder Judiciário ações relativas à disciplina e às competições desportivas depois de esgotada as instâncias da "justiça desportiva" (CF, art. 217, inciso  1º.); apesar do nome "justiça desportiva", trata-se de órgãos de natureza administrativa;

    b) o ato administrativo, ou a omissão da administração Pública, que contrarie Súmula vinculante só pode ser alvo de reclamação ao STF prevista no inciso 3.º do art.103-A da Constituição depois de esgotada as vias administrativas (Lei 11.417/2006, art 7.º, inciso 1.º)

    c) é indispensável para caracterizar o interesse de agir no habeas data "a prova da anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo; sem que se configure situação prévia de pretensão, há carência de ação constitucional do habeas data" (STF, HD 22/DF, REL. Min. Celso de Mello, 19.01.1991)

    FONTE: Direito Constitucional Descomplicado, 5º edição, cap. 3, pag 153.
  • A FCC confundiu conceitos jurídicos: inafastabilidade da apreciação judicial e interesse jurídico-processual. A exigência de comprovação do pedido administrativo de retificação ou conhecimento de informações constantes de bancos de dados de caráter público visa unicamente a preencher um dos requisitos do direito de ação, qual seja, O INTERESSE JURÍDICO. E se é requisito da ação, qualquer ação deve possuí-lo, sob pena de, sob o ponto de vista processual, haver óbice ao connhecimento e análise do pedido nela veiculado. Não fosse assim, os dispositivos do Código de Processo Civil que tratam do tema seriam considerados inconstitucionais porque implicariam violação ao princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.

    SÓ HÁ UM CASO EM QUE A DISCUSSÃO NA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA DEVE SER EXAURIDA PARA QUE DE LUGAR À EVENTUAL  ATUAÇÃO JURISDICIONAL: A JUSTIÇA DESPORTIVA . Há, portanto, um PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE CARÁTER CONTENCIOSO QUE DEVE SER PERCORRIDO PREVIAMENTE PARA, SÓ DEPOIS DA DECISÃO DELE RESULTANTE, RECORRER-SE AO JUDICIÁRIO. É o que está escrito na constituição!!!!!! Não há outra exceção expressa no texto magno.

    Daí concluir-se que a informação necessária à impetração do HD não equivale a um processo administrativo, por meio do qual se deva pleitear a retificação ou ciência de informações pessoais. É mero requerimento, mera coleta de um dado. O HD não prescinde dele porque a sua veiculação decorre de necessidade afeta à processualística civil; é, na verdade um mero elemento informativo e probatório, para que o juiz saiba que a ação tem razão de ser. Na prática do escritório, trabalhando em inúmeras ações, lidamos com isso constantemente.
  • RESOLVENDO 
     a) à informação dos órgãos públicos é absoluto em razão da transparência exigida pelo interesse coletivo. FALSO. O DIREITO A INFORMAÇÃO NÃO É ABSOLUTO, MAS RELATIVO, pois poderá sofrer limitação necessária ao execício profissional, ou, naqueles casos  cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Ver art. 5°, XIV e XXXIII, CF/88.  
     b) de amplo acesso ao judiciário é excepcionado com o exaurimento da via administrativa, quando for matéria de lides esportivas e habeas data. Trata-se de uma exceção (jurisdição condicionada ou de instância administrativa de curso forçado), ja que, a regra no Poder judiciário não é necessária, portanto, o prévio esgotamento das vias administrativos, conforme disposição constitucional no art. 5°, XXXV, PRINCÍPIODA INAFASTABILIDADEDA JURISDIÇÃO OU DO LIVRE ACESSO AO JUDICIÁRIO. 
     c) de petição, ainda que de natureza eminentemente democrática, necessita sempre de assistência advocatícia. FALSO. SEGUNDO José Afonso da Silva, o direito de petição define-se como "o direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou situação, seja para denunciar uma situação concreta, e pedir a reorientação da situação, seja para solucionar uma modificação do direito em vigor no sentido mais favorável à liberade... ESSE DIREITO PODE SER EXERCIDO POR QUALQUER PESSOA, FÍSICA OU JURIDICA, NACIONAL OU ESTRANGEIRA e independente do pagamento de taxas"
     d) de certidão, para ser conferido, exige do administrado a demonstração da finalidade específica do pedido. ENTENDIMENTO DA DOUTRINA DIVERGENTE. Para  os autores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, na obra Resumo de Direito Constitucional Descomplicado, 4 edição, pg. 63, sobre o pedido de certidão: "A jurisprudência firmou-se no sentido de que não se exige do administrado a demonstração da finalidade específica do pedido." Para Pedro Lenza sobre o direito de petição:"Parece razoável o art. 2º da referida lei (9051/95) ao estabelecer que "nos requerimentos que objetivam a obtenção das certidões a que se refere esta lei, deverão os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido".
     e) ao juízo natural, por sua natureza, alcança os juízes, Tribunais e o Tribunal de Contas, mas não os demais julgadores, como o Senado Federal. FALSO. De acordo com o conceito do p. do Juiz Natural ou legal, que pode ser resumido na inaredável necessididade de predeterminação do juizo competente, pois ninguém pode ser processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, o SENADO FEDERAL TAMBÉM SE ENQUADRA NESTE PRINCÍPIO, POIS É UM JULGADOR CONSTITUCIONAL NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE COMETIDOS POR DETERMINADAS AUTORIDADES, ART. 52, I, CF.
  • Peço por gentileza que me informem se eu aprendi errado.

    Para impetrar o Habeas Data basta apenas a negativa da administração e não o exaurimento das vias administrativas como é o caso da justiça desportiva.
    Portanto a questão deveria ser anulada.
  • A colega Patrícia tem razão, no habeas data não é necessário o exaurimento da via administrativa, tão somente a negativa da administração em fornecer os dados. Já no caso das lides esportivas é necessário o exaurimento da via.
    Outro dia vi um magistrado falando sobre isso na televisão, que a justiça não pode ficar sendo acionada toda hora para resolver questões de futebol quando há outras situações muito mais graves para resolver.
    Com relação ao habeas data, seria ilógico tentar exaurir a via administrativa.
    Imagine uma pessoa solicitando da Polícia um boletim de ocorrência para anexar a um processo, a Policia se nega a entregar o boletim, então a pessoa vai recorrer ao órgão superior, enquanto isso a gente vai queimando a Constituição Federal de 1988 que diz que os direitos individuais e coletivos tem aplicação imediata.
    O fato de ser necessária a negativa da administração para o habeas data, se dá tão somente pelo fato de que, se você pode ter uma informação simplesmente pedindo, pois que se trata de um direito constitucional fundamental, para que acionar a justiça? A justiça, portanto, só poderá ser acionada em habeas data se a informação não for fornecida pelas vias normais e sem a necessidade de exaurimento da via.
  • Letra B

    A resposta encontra-se na Lei 9507, vejamos:

    Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.

    Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:

    I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;

    II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou

    III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.

    O acesso ao judiciário é a regra, porém, nos dois casos acima elencados na lei, exige-se o prévio esgotamento das vias administrativas. Isso serve para se evitar uma sobrecarga de processos na máquina judiciária. Recentemente vimos o caso da Portuguesa-SP pleiteando uma demanda na justiça comum pelos pontos perdidos no campeonato brasileiro de futebol. Antes, contudo, ela perdeu na justiça desportiva e só após a decisão de mérito acionou o judiciário para tentar reverter o pleito (sem sucesso diga-se de passagem).


  • B) Correta. Trata-se aqui da exceção ao Princípio da inafastabilidade de jurisdição que, de acordo com o Art. 5º, XXXV da

    CF/88, dispõe que lei alguma não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Em outras palavras, não se exige o esgotamento da esfera administrativa para se recorrer à esfera judicial. Art. 5º, XXXV da CF/88: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 

    Embora, a regra seja o não esgotamento da esfera administrativa para entrarmos com uma ação judicial, temos alguns exemplos que

    exigem esse esgotamento administrativo. O primeiro deles, consubstanciado na lei 9.507/97, é quando ingressamos com o Habeas

    Data, onde há necessidade de ingresso prévio na via administrativa. O outro exemplo ocorre na justiça desportiva (órgão administrativo), que possui um prazo máximo de 60 dias, contados da instauração do processo, para decidir administrativamente sobre ações relativas à disciplina e às competições desportivas, sendo possível, o acesso ao Judiciário, somente após o esgotamento daquela via. Vejam abaixo a transcrição do excerto do Art. 217, § 1º da CF/88. Salienta-se que a Justiça Desportiva não é um órgão do Poder Judiciário.

    CONSTITUIÇÃO ART. 27

    § 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as

    instâncias da justiça desportiva, regulada em lei”.

    SEGUNDO PROFESSOR ROBERTO SILVA DIREITO CONSTITUCIONAL - INSS - EXERCÍCIOS FCC

    www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 11

  • Errei a questão pq tb entendo como os colegas q já se manifestaram: HD não precisa esgotar as vias administrativas. Aliás, basta a falta de resposta da administração pública no tempo previsto em lei (omissão). Vejam julgado do STF:

    "...A prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas data. Sem que se configure situação prévia de pretensão resistida, há carência da ação constitucional do habeas data." (RTJ 162/806) Do exposto, nego seguimento ao pedido e determino o seu arquivamento. Publique-se. Brasília, 1º de julho de 2005. Ministro CARLOS VELLOSO - Relator 

    Vejam que o STF não fala em "exaurimento das vias administrativas", como é exigido nas questões desportivas.

    FAZ PARTE DA CAMINHADA. NÃO DESISTAM !!!

  • Entendimento do STF diz que habeas data não constitui exaurimento da via administrativa, mas sim condição da ação.


ID
202315
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas é certo que

Alternativas
Comentários
  •  É de conhecimento geral o fato de que, em face do disposto no art. 37, § 6o. da Constituição Federal, o Estado e os prestadores de serviços públicos respondem objetivamente, isto é, sem considerações acerca da culpa ou dolo, pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros.

    Assim, a moderna doutrina publicística tem afirmado, quase unanimemente, que para configurar-se o dever de indenizar do Estado, basta ao lesado comprovar a existência do dano, mesmo que exclusivamente moral, e o nexo causal entre este dano e a atividade estatal.

     

  • Aplica-se, na hipótese, a regra geral contida no art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Praticado ato abusivo ou com excesso de autoridade que cause dano ao patrimônio material ou subjetivo do cidadão, ao Estado caberá compor os danos, com direito de regresso contra seu servidor. Portanto, de qualquer modo que se manifeste o abuso de autoridade, caberá à Administração responder pelas conseqüências danosas que dele resultar.

     

  •  Teoria do risco administrativo: a responsabilidade civil do Estado por atos comissivos ou omissivos de seus agentes, é de natureza objetiva, ou seja, dispensa a comprovação de culpa. "Para que se configure a responsabilidade objetiva do ente público, basta a prova da omissão e do fato danoso e que deste resulte o dano material ou moral"[2]. Em seu Relato o Min. José Delgado continua "A ré (Prefeitura/SP) só ficaria isenta da responsabilidade civil se demonstrasse - o que não foi feito - que o fato danoso aconteceu por culpa exlusiva da vítima". Portanto, basta tão só o ato lesivo e injusto imputável à Administração Pública. Não se indaga da culpa do Poder Público mesmo porque ela é inferida do ato lesivo da Administração. É fundamental, entretanto, que haja o nexo causal. "Deve haver nexo de causalidade, isto é, uma relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano que se pretende reparar. Inexistindo o nexo causal, ainda que haja prejuízo sofrido pelo credor, não cabe cogitação de indenização"[3]. Lembrando que a dispensa de comprovação de culpa da Administração pelo administrado não quer dizer que aquela esteja proibida de comprovar a culpa total ou parcial da vítima, para excluir ou atenuar a indenização[4]. Verificado o dolo ou a culpa do agente, cabe à fazenda pública acionar regressivamente para recuperar deste, tudo aquilo que despendeu com a indenização da vítima.

    Resumindo:

    O Estado responde objetivamente e tem direito a regresso contra o servidor caso comprovado dolo o culpa do mesmo.

  • Todos fizeram ótimos comentários sobre a alternativa correta. 

    Porém gostaria de ler sobre as alternativas erradas. Alguém tem algum comentário?

  • A perda de um ente querido gera, portanto, sem dúvida, dano moral, que aliás, segundo a jurisprudência atual do STJ, nem precisa ser provado. Decorre da ordem natural das coisas: “O deferimento da indenização pelo dano moral sofrido com a morte do marido e pai dos autores independe de prova do efetivo sofrimento, que decorre da natureza das coisas” (STJ, REsp. 153.155, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, 4a T., j. 10/12/97, p. DJ 16/03/98).
     

  • STJ Súmula nº 37 - 12/03/1992 - DJ 17.03.1992

    Indenizações - Danos - Material e Moral - Mesmo Fato - Cumulação

        São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.

  • Direito à imagem. Dano moral. A exposição da imagem da pessoa humana, sem a respectiva autorização, é vedada constitucionalmente (art. , X, CF), garantindo-se a indenização pela sua utilização não autorizada, independentemente de ofensa à reputação da pessoa ou de proveito econômico de quem a divulga. 

  • STJ Súmula nº 227 - 08/09/1999 - DJ 20.10.1999

    Pessoa Jurídica - Dano Moral

        A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

  • a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem. ERRADO, a morte é inclusive o fato que gera as maiores indenizações por danos morais. Veja-se:
                 "Certamente, é difícil de dizer quanto vale cada uma dessas lesões, tanto é verdade que não existe uma tabela para a fixação dos danos morais, os advogados não sabem quanto pedir de indenização e os juízes fixam como querem os valores sem nenhum critério objetivo. Por isso é que sustentamos que a avaliação do dano moral deve levar em conta qual o direito lesado para então ser fixado um valor de indenização, dessa forma estabelecemos um limite objetivo, baseado no direito lesado, não em valores.
                 Não pretendemos com este artigo entrar em detalhes sobre o dano moral, mas sim abordarmos o seu limite, baseado de forma objetiva no direito lesado, a vida é o limite do dano moral. Assim, todos os demais direitos juridicamente protegidos, como por exemplo, a imagem, o crédito,... não devem ter um valor de indenização arbitrado superior aquele causado pela perda da vida." http://jus.uol.com.br/revista/texto/5207/a-vida-e-o-limite-do-dano-moral 

    http://jus.uol.com.br/revista/texto/5207/a-vida-e-o-limite-do-dano-moral  b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade, não responde cumulativamente por danos morais e materiais. ERRADO
    STJ, Súmula: 37 - SÃO CUMULAVEIS AS INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDOS DO MESMO FATO.
     
    c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa. ERRADO, a CF não exije que para que haja condenação por dano moral seja necessário ofensa à reputação da pessoa, a simples divulgação da imagem sem autorização já gera esta indenização. Como exemplo:
    Ex-jogador de futebol receberá indenização por uso da imagem em figurinha
    O ex-jogador de futebol Paulo Cezar Tosim, atleta que vestiu a camisa do Guarani, Corinthians e Vasco da Gama, assegurou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o direito à indenização por dano moral no valor de R$ 10 mil (atualizáveis a partir da data do julgamento), pela impressão da imagem dele, sem prévia autorização, em figurinha de álbum da Editora Abril S/A. http://chrystianpicone.com.br/2011/05/06/ex-jogador-de-futebol-recebera-indenizacao-por-uso-da-imagem-em-figurinha/rystianpicone.com.br/2011/05/06/ex-jogador-de-futebol-recebera-indenizacao-por-uso-da-imagem-em-figurinha/         
  • d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções. CORRETO
    (APELAÇÃO CÍVEL N.º 2187/05, Apelante:ESTADO DO AMAPÁ, Advogado:ORLANDO TEIXEIRA DE CAMPOS, Apelado:PEDRO HENRIQUE MOTTA LENZI, Advogado:JOSÉ CHAGAS ALVES, Relator:Desembargador GILBERTO PINHEIRO, EMENTA)
    PROCESSO CIVIL -AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -RESPONSABILIDADE OBJETIVA. 1) O Estado responde pelos danos causados por agentes públicos no exercício de suas funções a terceiros, nomeadamente, quando agem com abuso de autoridade. 2) O quantum indenizatório, referente ao dano moral, deve ser estipulado em valor que mitigue o sofrimento da vítima e sirva de reprimenda ao ofensor, a fim de que não volte a praticar o ato ofensivo. 3) Apelo parcialmente provido.

    e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais. ERRADO
    STJ, Súmula: 227 - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.úmula: 227
    A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

      http://jus.uol.com.br/revista/texto/5207/a-vida-e-o-limite-do-dano-moral 

  • Questão passível de anulação!
  • Colega, ao dizer que uma questão é passível de anulação, fundamente seu entendimento. Banca nenhuma vai aceitar um recurso seu contra questões em que você simplesmente diga: "A questão é passível de anulação".

    Sem contar que tem colegas nossos aqui que estudam há pouco tempo e quando leem um comentário como o seu, ficam loucos procurando o possível erro, o que atrasa o estudo deles. Portanto, pra facilitar a sua vida e a dos colegas, tente sempre fundamentar os seus entendimentos. Fica  a dica.

    P.S. A meu ver, a questão tá perfeita. Aliás, muito bem feita, visto que cobrou jurisprudência, algo não tão comum em questões FCC. Não vou comentar, pois os comentários anteriores já são bons o suficiente.

    P.P.S. Desculpas pela interrupção. Não votem no comentário, se não quiserem. Estrelas não me fazem falta! ;-)

    Bons estudos.
  • Gabarito D .

    Comentário ao item "A":

    A dor sofrida com perda de ente familiar é indenizável por danos morais.


    Exemplo: Processo: 2009.01.1.037674-2

    publicado em 16/01/2013 16:15

    O Juiz de Direito Substituto da 20ª Vara Cível de Brasília condenou a Empresa Santo Antônio a pagar pensão mensal aos membros de uma família e a pagar R$ 120 mil, a título de danos morais, por acidente de trânsito envolvendo um ônibus da empresa que causou a morte de uma mulher. Os filhos da vítima tinham pouca idade, compatível com a fase escolar e eram hipossuficientes e o companheiro da vítima estava desempregado. A vítima trabalhava numa empresa e recebia remuneração de R$ 542,63.


  • Gostaria de saber, segundo a FCC, PJ pode sofrer dano moral ou não? Porque em outra questão da banca a resposta foi "não". Se alguém puder esclarecer fico agradecido.

  • Súmula 227 STJ

    c) A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

  • Apenas a título de complemento, especificamente no que toca ao enunciado trazido pela alíena "e", reitera-se que de acordo com o  enunciado sumular n. 227 do STJ a pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Portanto, o entendimento majoritário é de que a pessoa jurídica tem direito à honra e à imagem.

    Todavia, sob outra ótica, discute-se, no entanto, se a pessoa jurídica tem direito à intimidade. Embora a jurisprudência e vários autores não distingam, ordinariamente, entre ambas as postulações - de privacidade e intimidade - , há os que dizem que o direito à intimidade faria parte do direito à privacidade, que seria mais amplo. O direito à privacidade teria por objeto os comportamentos e acontecimentos atinentes aos relacionamentos pessoais em geral, às relações comerciais e profissionais que o indivíduo não deseja que se espalhem ao conhecimento público. O objeto do direito à intimidade seriam as conversações e os episódios mais íntimos, envolvendo relações familiares e amizades mais próximas." (BRANCO e MENDES, 2013, p.280).

    Importante ! A FCC considera que “os direitos da Pessoa Jurídica não alcançam o direito à intimidade”. [Q472295, Aplicada em: 2014 - Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP). Prova: Analista Judiciário - Tecnologia da Informação].

  • essa sobre danos morais à pj, deve-se tomar cuidado ao enunciado... pois fiz uma questão que falava assim:

    falando, constitucionalmente, pj tem direito a danos morais?? FALSOOOOO

    agora se não falar nada, chuta na alternativa que concede!!!

    mais seguro dessa forma... errei a questão. :(

  • GABARITO LETRA D

     

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 

     

    ARTIGO 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:      

     

    § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.


ID
202318
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a iniciativa de leis que disponham, dentre outras matérias, sobre

Alternativas
Comentários
  • art. 24 da Constituião de São Paulo:

    §1º - Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa, a iniciativa das leis que disponham sobre:
    1 - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios:
    2 - regras de criação, organização e supressão de distritos nos Municípios:
  • Constituição Estado SP: art. 24. § 2º - Compete, exclusivamente, ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham sobre: 1 - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;

    4 - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(NR)

    5 - militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para inatividade, bem como fixação ou alteração do efetivo da Polícia Militar;

  • o   Gabarito: A.

    .

    A: Correta.

    Artigo 24 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

    §1º. Compete, exclusivamente, à Assembleia Legislativa a iniciativa das leis que disponham sobre:

    1 - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;

    2 - regras de criação, organização e supressão de distritos nos Municípios.

    .

    B, C, D e E: Erradas. Essas matérias são de atribuição exclusiva do Governador de SP.

    Artigo 24. §2º. Compete, exclusivamente, ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham sobre:

    1 - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;

    4 - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

    5 - militares, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para inatividade, bem como fixação ou alteração do efetivo da Polícia Militar;

    6 - criação, alteração ou supressão de cartórios notariais e de registros públicos.


ID
202321
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Em relação ao Poder Executivo do Estado é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  •  Letra C: É o contrário, primeiro o Presidente da Assembléia, depois o do Tribunal de Justiça.

    Artigo 40- Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembléia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
  • a) Artigo 45 - O Governador deverá residir na Capital do Estado.

     

    b) Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

     

    c) Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.

     

    d) Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de observar as leis.
    Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

     

    e) Artigo 44 - O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

  • o   Gabarito: C.

    .

    A: Correta.

    Artigo 45 - o Governador deverá residir na Capital do Estado.

    .

    B: Correta.

    Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

    §1º. Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, aplica-se o disposto no artigo anterior.

    §2º. Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante.

    .

    C: Errada. A ordem está invertida: primeiro será chamado o Presidente da Assembleia Legislativa, e só depois o Presidente do Tribunal de Justiça.

    Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.

    .

    D: Correta.

    Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de observar as leis.

    Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

    .

    E: Correta.

    Artigo 44 - O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

    Parágrafo único - O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.


ID
202324
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

O Tribunal de Contas do Estado prestará suas contas,

Alternativas
Comentários
  • Lei ao pé da letra

    Constituição Estadual do Estado de São Paulo:


    Art. n º 36 - " O Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmente, à Assembléia Legislativa, no prazo de sessenta dias, a contar da abertura da sessão legislativa."
  • o   Gabarito: E.

    .

    Artigo 36 - O Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta dias, a contar da abertura da sessão legislativa.


ID
202327
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Quanto ao Ministério Público, considere:

I. São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

II. As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia administrativa, não têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência funcional limitada aos Poderes do Estado.

III. Seus membros gozam de inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do Procurador-Geral de Justiça, assegurada a ampla defesa.

IV. Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à proibição de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério, se houver compatibilidade de horário.

V. O ingresso na carreira se dará mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Magistratura em sua realização, exigindose, no mínimo, dois anos de conclusão do curso de bacharelado em Direito.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Sobre a Constituição do Estado de SP

    I. CORRETO
    Art. 91, paragrafo único: São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. II. INCORRETO

    Art. 92, parágrafo 2º: As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia funcional e administrativa, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência constitucional dos Poderes do Estado.


    III. INCORRETO

    Art. 95, II: inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a ampla defesa


    IV. CORRETO

    Art. 96, IV: exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério, se houver compatibilidade de horário


    V. INCORRETO

    Art. 94, I, a: ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se, do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação
  • o   Gabarito: B.

    .

    I. São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. - Certo.

    Artigo 91 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    Parágrafo único - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

    .

    II. As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia administrativa, não têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência funcional limitada aos Poderes do Estado. - Errado.

    Artigo 91. §2º. As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia funcional e administrativa, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência constitucional dos Poderes do Estado.

    .

    III. Seus membros gozam de inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do Procurador-Geral de Justiça, assegurada a ampla defesa. - Errado.

    Artigo 95 - Os membros do Ministério Público têm as seguintes garantias:

    II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a ampla defesa;

    IV. Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à proibição de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério, se houver compatibilidade de horário. - Certo.

    Artigo 96 - Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras, às seguintes proibições:

    IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério, se houver compatibilidade de horário;

    .

    V. O ingresso na carreira se dará mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Magistratura em sua realização, exigindo-se, no mínimo, dois anos de conclusão do curso de bacharelado em Direito. - Errado.

    Artigo 94. I. a) ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se, do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação;


ID
202330
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Em relação ao Poder Judiciário, a Constituição Estadual estabelece, dentre outras hipóteses, que

Alternativas
Comentários
  • ARTIGO 74- Competeao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição, processar e julgar originariamente:

    IX- os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado;

  • a) os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado serão processados e julgados originariamente pelo Tribunal de Justiça.

    CORRETA. Artigo 74. Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição, processar e julgar originariamente: (...) IX - os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado;

     

     

    b) o Presidente do Tribunal de Justiça não incorrerá em crime de responsabilidade se, ainda que por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório.

    ERRADA. Artigo 57, §7º - Incorrerá em crime de responsabilidade o Presidente do Tribunal de Justiça se, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório. 

     

     

    c) o acesso dos Desembargadores ao Órgão Especial, à Presidência das Câmaras e à representação do quinto constitucional dar-se-á pelos critérios de merecimento e eleição, alternadamente.

    ERRADAArtigo 61 - O acesso dos Desembargadores ao Órgão Especial, respeitadas a situação existente e a representação do quinto constitucional, dar-se-á pelos critérios de antiguidade e eleição, alternadamente.

     

     

    d) o ingresso na atividade notarial, como titular, depende de concurso público de provas e títulos, salvo de preposto, não se permitindo que fique vaga sem abertura de concurso por mais de doze meses.

    ERRADAArtigo 68 - O ingresso na atividade notarial e registral, tanto de titular como de preposto, depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga sem abertura de concurso por mais de seis meses.

     

     

    e) as decisões disciplinares dos Tribunais serão motivadas e tomadas em sessão pública, por voto da maioria simples dos seus membros, salvo nos casos de decisões administrativas, que dependerão de voto de dois terços.

    ERRADA. Artigo 64 - As decisões administrativas dos Tribunais de segundo grau serão motivadas e tomadas em sessão pública, sendo as de caráter disciplinar tomadas por voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça, ou de seu Órgão Especial, salvo nos casos de remoção, disponibilidade e aposentadoria de magistrado, por interesse público, que dependerão de voto de dois terços, assegurada ampla defesa.

  • o   Gabarito: A.

    .

    A: Correta.

    Artigo 74 - Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição, processar e julgar originariamente:

    IX - os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado;

    .

    B: Errada. Tal conduta implicará sim em crime de responsabilidade do Presidente do Tribunal de Justiça.

    Artigo 57. §7º – Incorrerá em crime de responsabilidade o Presidente do Tribunal de Justiça se, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório.

    .

    C: Errada. Essa assertiva cita três coisas diferentes que ocorrem de três formas diferentes:

    a. o ingresso de Desembargador no Órgão Especial:

    Artigo 61 - O acesso dos Desembargadores ao Órgão Especial, respeitadas a situação existente e a representação do quinto constitucional, dar-se-á pelos critérios de antiguidade e eleição, alternadamente.

    b. o ingresso de Desembargador como Presidente de Câmara: apesar de ter encontrado conteúdo sobre a eleição da Presidência do TJ e das suas Seções, não encontrei nada sobre os critérios para ocupação da Presidência da Câmara.

    c. a representação do quinto constitucional:

    Artigo 63 - Um quinto dos lugares dos Tribunais de Justiça e de Justiça Militar será composto de advogados e de membros do Ministério Público, de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional ou na carreira, indicados em lista sêxtupla, pela Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil ou pelo Ministério Público, conforme a classe a que pertencer o cargo a ser provido.

    Parágrafo único - Dentre os nomes indicados, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça formará lista tríplice, encaminhando-a ao Governador do Estado que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para o cargo e o nomeará, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa.

    .

    D: Errada. O prazo correto é de seis meses, e não doze.

    Artigo 68 - O ingresso na atividade notarial e registral, tanto de titular como de preposto, depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga sem abertura de concurso por mais de seis meses.

    Parágrafo único - Compete ao Poder Judiciário a realização do concurso de que trata este artigo, observadas as normas da legislação estadual vigente.

    .

    E: Errada. A exigência da regra geral é de que o voto seja da maioria absoluta dos membros do TJ, e não maioria simples, nas decisões de caráter disciplinar.

    Artigo 64 - As decisões administrativas dos Tribunais de segundo grau serão motivadas e tomadas em sessão pública, sendo as de caráter disciplinar tomadas por voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça, ou de seu Órgão Especial, salvo nos casos de remoção, disponibilidade e aposentadoria de magistrado, por interesse público, que dependerão de voto de dois terços, assegurada ampla defesa.


ID
202333
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Em tema de Administração Pública na Constituição Estadual é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  •  LETRA E (ERRADA):
    §5º- As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário,publicarão, atéo dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior.
  • A) ERRADA

    Artigo 115, §
    4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    B) ERRADA

    Artigo 115, XXIV -é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público;

    C) ERRADA

    Artigo115,
    XXII -depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

    D) CORRETA

    XVI -os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento;

    E) ERRADA

    Artigo §5º - As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário, publicarão, até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior.
  • o   Gabarito: D.

    .

    A: Errada. As pessoas jurídicas de direito privado respondem sim pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    Artigo 115. §4º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    .

    B: Errada. Os dirigentes de empresa pública e sociedade de economia mista também devem fazer a declaração pública de bens antes da posse e depois do desligamento.

    Artigo 115. XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público;

    .

    C: Errada. A criação de subsidiárias da administração indireta depende de autorização legislativa sim.

    Artigo 115. XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia aprovação da Assembleia Legislativa;

    XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

    .

    D: Correta.

    Artigo 115. XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento;

    .

    E: Errada. A mencionada publicação é até o dia trinta de abril, e não de dezembro.

    Artigo 115. §5º. As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e Judiciário, publicarão, até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior.


ID
202336
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Quanto ao regime jurídico dos servidores públicos na Constituição do Estado de São Paulo, considere:

I. O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.

II. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal não será contado para efeito de aposentadoria, salvo o tempo de serviço correspondente, exclusivamente para efeito de promoção por merecimento.

III. O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos os direitos adquiridos.

IV. O servidor público titular de cargo em comissão do Estado terá contado, como efetivo exercício, para efeito de promoção, o tempo de contribuição decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, vedada a contagem para aposentadoria ou disponibilidade.

V. O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Todos artigos pertencentes a Constituição Estadual

    I - Certo


    Art. 125, § 2º "O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial. "

    II - Errado

    Art. 126 § 3º - "O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade."

    III - Certo

    Art. 136 - "O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos os direitos adquiridos."

    IV- Errado

    Art.
    135 - Ao servidor público estadual será contado, como de efetivo exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida pela Corregedoria Geral da Justiça.

    V- Certo

    Art. 133 - "O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer, a qualquer título, cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez décimos."

  • o   Gabarito: B.

    .

    I. O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial. - Verdadeiro.

    Artigo 125. §2º. O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.

    .

    II. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal não será contado para efeito de aposentadoria, salvo o tempo de serviço correspondente, exclusivamente para efeito de promoção por merecimento. - Falso.

    Artigo 126. §9º. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

    .

    III. O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos os direitos adquiridos. - Verdadeiro.

    Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos os direitos adquiridos.

    .

    IV. O servidor público titular de cargo em comissão do Estado terá contado, como efetivo exercício, para efeito de promoção, o tempo de contribuição decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, vedada a contagem para aposentadoria ou disponibilidade. - Falso.

    Artigo 135 – Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como efetivo exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral da Justiça.

    V. O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez. - Verdadeiro.

    Artigo 133 - O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez.

  • O artigo 133 da Constituição do Estado de São Paulo (que era o fundamento para a assertiva V) foi revogado.

    - Artigo 133 revogado pela , assegurada a concessão das incorporações que, na data da promulgação da Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019, tenham cumprido os requisitos temporais e normativos previstos na legislação então vigente.


ID
202339
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

As questões de números 58 a 65 estão alicerçadas
na Constituição do Estado de São Paulo.

Dentre as competências tributárias do Estado de São Paulo estão as de instituir e cobrar

Alternativas
Comentários
  • Artigo 160 - Compete ao Estado instituir:

    I - os impostos previstos nesta Constituição e outros que venham a ser de sua competência;

    II - taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

    III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;

  • A) A imunidade tributária prevista no artigo 150, inciso VI, letra “d”, da Constituição Federal, aplica-se aos livros, jornais, revistas e periódicos, e ao papel adquirido para a sua impressão.

    B) renda (IR - União)

    C) Princípio da anterioridade tributária

    D) Princípio da irretroatividade

    E) Gabarito

  • o   Gabarito: E.

    .

    Artigo 160 - Compete ao Estado instituir:

    II - taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;


ID
202342
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As licitações realizadas pela Administração direta e indireta do Estado de São Paulo observam disposições legais específicas voltadas ao tratamento especial às microempresas e empresas de pequeno porte. Dentre essas disposições, insere-se a

Alternativas
Comentários
  • Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:
     

    III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

  • Caro Colega Diego C.A.,

    Valeu pela boa intenção em responder aos concurseiros. 

    Todavia, seu comentário não se refere a questão Q67445 acima mencionada.  Seu comentário se refere a possibilidade de exigir a participação em consórcios, prevista na Lei 8.666/1993, art. 33.

    A questão acima trata-se de participação da microempresa e empresa de pequeno porte que é regida atualmente pela Lei Complementar 123/2006.  Tal Lei além de instituir o Estatuto da Microempresa e da Empresa de pequeno porte, nos artigos 42 ao 49 estatuiu regras específicas para contratações de tais empresas. 

    A resposta da questão está no art. 48, II, in verbis:

    Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo licitatório:

    II - em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;(grifei).

     

     

  • Comentário objetivo:

    A Administração poderá realizar licitação com as seguintes características:

    1. Licitação exclusiva de ME/EPP - até R$ 80.000,00 do valor do contrato
    2. Subcontratação exigida de ME/EPP - até 30% do total licitado
    3. Aquisição de bens e serviços de ME/EPP - até 25% do objeto

  • Questão desatualizada.

    LCP 123/06. Art. 48 ...

    TEXTO ANTIGO

    II - em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;

    TEXTO ATUAL

    II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte; 

    (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)


  • CUIDADO GENTE!!!!

    ESTA QUESTÃO SE ENCONTRA DESATUALIZADA

     

    Este inciso foi alterada pela Redação número 147 de 2014 da Lei Complementar 123/2006

    Assim, 

    Art. 48.  Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública:       

    I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);        (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

    II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

    III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.        (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

     

    fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm


ID
202345
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Determinada atividade, quando caracterizada como serviço público,

Alternativas
Comentários
  • Uma classificação proveniente de um julgado do STF (RE 89.876 rel. Min. Moreira  Alves )pode ajudar:

    - SERVIÇOS PÚBLICOS PROPRIAMENTE ESTATAIS: o Estado atua com soberano , idelegáveis ex: judiciário;

    - SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS AO INTERESSE PÚBLICO: prestados no interese da comunidade idelegáveis ex: coleta de lixo domiciliar;

    - SERVIÇOS PÚBLICOS NÃO ESSENCIAIS: são, de regra, delegáveis, podem ser remunerados por preço público ex: distribuição de energia,serviços telefonicos;

     

  • Letra B.

    (CF,art.175)- Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,sempre através de licitação,a prestação de serviços públicos.

  • a) deve, obrigatoriamente, ser prestada pelo Estado, não sendo passível de exploração pelo particular.

    b) constitui obrigação do Estado, que pode prestá-la diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão.

    c) deve ser prestada exclusivamente pelo Estado, quando possuir natureza essencial, podendo ser delegada ao particular apenas quando sujeita ao regime de direito privado.

    d) é passível de exploração pelo particular, independentemente de autorização do Estado, observada a regulação setorial pertinente.

    e) somente pode ser explorada pelo particular, sob o regime de concessão ou permissão, mediante autorização legal específica.
     

  • Gabarito B

    O Sujeito dessa prestação é o Estado, conforme o art. 175 da CF - "Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos."

    Serviço Público Próprio - é aquele que atende às necessidades coletivas do estado, podendo ser prestadas pelo estado diretamente ou indiretamente, através dos agentes públicos delegados, por meio de concessão ou permissão de serviço público.

    Serviço Público Impróprio - é aquele que também atende às necessidades coletivas, mas em que há, originariamente, interesse do particular que deseja prestar o serviço, para o qual é necessária autorização do Estado.

  • Serviço próprio do Estado é indelegável!!!!!!!!O colega acima informa o contrário?N entendi...
  • Não entendi o erro da letra E. Alguém poderia me ajudar?

  • Prezados,

    As letras A e D são absurdas, bastando um exemplo de licitação de concessão vir a mente para descartá-las. Assim, quanto às demais:

    e) somente pode ser explorada pelo particular, sob o regime de concessão ou permissão, mediante autorização legal específica.

    Não é autorização legal específica. Pois conforme do art 175 da CF:

    "Incube ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão..."

    Tal lei não é caracterizada como autorização legal específica para cada atividade, mas sim para regular as concessões e permissões de forma genérica, como a Lei 8987/95. No que diz respeito a forma específica, a atividade é regulada por contrato.

    c)deve ser prestada exclusivamente pelo Estado, quando possuir natureza essencial, podendo ser delegada ao particular apenas quando sujeita ao regime de direito privado.

    Esta alernativa, embora esteja correta na primeira parte do período (referenciando serviço público originário) ele peca no restante, pois os serviços públicos não se submetem a regime de direito privado. Quando são exercidos por particulares por regras do direito privado, se submetem a um regime híbrido:

    "Serviço público é toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais da coletividade" (CARVALHO FILHO)

    b)constitui obrigação do Estado, que pode prestá-la diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão.

    Diante do que foi discutido e do art. 175, é a melhor alternativa.


ID
202348
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Estado pretende instaurar, concomitantemente, diferentes processos licitatórios para a construção de diversas penitenciárias e, considerando o pequeno número de potenciais licitantes, possui o fundado receio de que alguns acabem vencendo vários certames e, uma vez contratados, não consigam executar o objeto, inclusive em face de compromissos anteriormente assumidos. Diante desse cenário, para preservar o interesse público e com base na legislação aplicável, os editais podem prever a

Alternativas
Comentários
  • Lei 8666

    art. 31.

    § 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

     

  •  Art. 31.  A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

    (...)

    § 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

     

     

  •  Os erros das alternativas são:

    item a) Pelo art. 31  § 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    b) de acordo com art. 56 parágrafo 1o: o percentual dessa garantia contratual é de 5%, podendo ser elevado até 10% no máximo.

    c) pelo art. 31 III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação. (garantia da proposta)

    d) cai na proibição da justificativa da alternativa A ( art.31 parag 1 da lei 8666).

     

    Restando apenas item correto a letra E ( pelo fundamento fornecido pela(s) colegas abaixo.

    Espero ter ajudado.

  • ATENÇÃO! A JUSTIFICATIVA DADA PELO COLEGA Alberto PARA O ERRO DA ALTERNATIVA "A" NÃO É A CORRETA:

    Lei 8.666/93, art. 31
    "A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
    III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no caput e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% do valor estimado do objeto da contratação.

    Assim, não se deve confundir a garantia não excedente a 5% por cento (ou 10% para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveise) do valor do contrato com a garantia de 1% do valor estimado do objeto da contratação do artigo 31.

    A primeira será prestada quando o licitante for declarado vencedor do certame (o artigo 56 fala de "contratado"), de forma a dar início ao que foi previsto contratualmente.

    A  segunda, por sua vez, diz respeito à DOCUMENTAÇÃO exigida para participação em licitação a fim de obter qualificação econômico-financeira pertinente ao objeto da contratação.
  • Copiei este quadro de um colega. Não vou dar os devidos créditos pois esqueci o nome dele... 
  • As Justificativas dos colegas acima estão equivocadas... Quem disse que o valor da garantia não poderá ser de 10% no momento do contrato? Não se trata de uma garantia real em espécie, mas sim de demonstração de patrimônio líquido, comprovação de que seu patrimônio corresponde às exigências estabelecidas no edital, qual seja, não excedendo de 10% do valor estimado da contratação. 

    O Colega acima tem razão quanto a aplicação dos índices de 1%(garantia do contrato) e 5%(garantia da execução), podendo esse último ser elevado a 10%(obras de grande vulto).Esses são valores deixados como caução para garantir tanto o cantrato, quanto a execução.

    Não podemos esquecer dos §2ª e § 3ª do artigo 31

    § 2ª " Administração, nas compras para entrega futura e nas execuções de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de pratrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1ª do artigo 56 da Lei 8.666 (aqui fala-se das modalidades de garantia, quais sejam, caução em dinheiro ou título da dívida pública; seguro garantia; fiança bancária), como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado"(neste caso, seria no momento do contrato 1%+ a garantia da apresentação do balanço patrimonial, demonstrando o capital mínimo ou o patrimônio líquido mínimo que será de ATÉ 10% do valor estimado no contrato)
    A alternativa A estaria completamente CORRETA SE NÃO FALASSE NO MÍNIMO 10% DO OBJETO LICITADO


     O que estabelece o § 3ª, complementa o § anteriormente citado

     
     "O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente
    à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais." (ainda não está na fase executória, mas sim na fase inicial da licitação)
     
    Bons Estudos
    POR P
     
  • Resposta correta: e) exigência de apresentação da relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da sua capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira.

ID
202351
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Instaurado procedimento licitatório, na modalidade concorrência, todos os licitantes restaram inabilitados. Diante de tal situação, a Administração

Alternativas
Comentários
  • § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

     

  • Temos aqui uma situação de LICITAÇÃO FRACASSADA, quando há interessados, no entanto, são todos inabilitados ou todas as propostas são desclassificadas, impedindo o prosseguimento do certame. Neste caso, poderá a Administração fixar o prazo de oito dias úteis para que sanem as irregularidades e apresentem nova documentação ou propostas sem vício.

    Diferentemente, analisando a letra C, LICITAÇÃO DESERTA é aquela em que não se apresentam interessados.

  • Art. 48. Serão desclassificadas:

    I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;

    II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    § 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

    a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

    b) valor orçado pela administração. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

    § 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

    § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

     

  • Comentário objetivo:

    Quando há uma licitação e nenhum licitante é selecionado (por inabilitação, como em questão, ou por desclassificação das propostas), caso em que a licitação é denominada licitação fracassada, a Administração, a seu critério, pode:

    1- Revogar a licitação; ou
    2- Conceder novo prazo para apresentação da nova documentação/proposta (Nesse caso, é concedido um prazo de 8 dias úteis, exceto para a modalidade convite que é de 3 dias úteis)

  • Por gentileza,

    alguém poderia me ajudar a entender o erro da letra (B)?
     
    Obrigado!
    []s
  • Se estiver em desacordo com a previsão legal correspondente, deve-se Invalidar e não revogar. Portanto, gabarito letra E.

  • Obrigado! Não esqueço mais.

    anulação = ilegalidade.

    revogação = conveniência.

    []s

  • Galera, alguém tira minha dúvida por favor.
    A aserviva "d" diz que a ADM. poderá instaurar novo procedimento, desde que altere as condições de habilitação.
    Já a alternativa "e" diz que a ADM. poderá fixar aos licitantes prazo adicional, previsto em lei, para apresentação de nova documentação.
    Pois bem, caso a Adm. opte por não fixar prazo adicional (8 dias) para a apresentação de nova documentação, o que deve ser feito? Entendo eu que deverá a adm. aplicar um novo procedimento licitatório, contudo,sei que o mais conveniente seria o aproveitamento das mesmas propostas mediante a fixação de um novo prazo.
    Ademais, penso eu que a Adm. pode não fixar esse novo prazo de forma que, mediante alteração das condições de habilitação, instaure um novo procedimento licitatório.
    Em suma, não entendo o erro da letra "d", já que existe a possibilidade de instauração de um novo procedimento licitatório desde que, dentre outros aspectos, sejam alteradas as condições de habilitação.Ou seja, a administração, diante a licitação fracassada, pode, penso eu:
    - fixar novo prazo para apresentação de nova documentação (procedimento RECOMENDADO);
    - deixar escoer o prazo e fazer novo procedimento licitatório(a lei diz "pode fixar prazo");
    - ou decidir não mais aproveitar a licitação já existente e modificar as condições de habilitação, ou outras que acharem necessárias, fazendo um novo certame (isso vlidaria a alternativa "d"). 

    Enviem recado para meu perfil.
    Agradecido!
  •                          É importante destacar, que a FCC costuma cobrar também casos em que algumas empresas são desclassificadas e outras são inabilitadas no mesmo processo licitatório. Nesses casos, será dado um prazo para correção dos defeitos apenas às empresas desclassificadas. De modo que: se as empresas A, B e C participaram de uma licitação e as empresas A e C foram inabilitadas e a empresa B foi desclassificada, será dado um prazo apenas para a empresa B corrigir os erros que geraram sua desclassificação.
                      Concluindo: se todas as empresas forem inabilitadas, será dado um prazo para que todas apresentem novas documentações. Se todas forem desclassificadas, será dado um prazo para que todas corrijam seus vícios. No entanto, se algumas forem desclassificadas e outras inabilitadas, será dado um prazo apenas para as desclassificadas para que corrijam seus vícios.
                       Podemos chegar a essa conclusão através do art.48 § 3°c/c art. 41,§ 4º.

    ARTIGO 48, § 3°, DA LEI 8.666/93:
    "Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para 3 dias úteis".

    Art. 41, § 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.

  • § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis

     

    CONCORRÊNCIA E TOMADA DE PREÇOS - 8 DIAS ÚTEIS

     

    CONVITE - 3 DIAS ÚTEIS


ID
202354
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito do regime jurídico aplicável às entidades integrantes da Administração indireta, é correto afirmar que as

Alternativas
Comentários
  • a) As autarquias se sujeitam ao regime jurídico de direito público. As Soc. de Economia Mista se sueitam ao regime jurídico de direito Privado. As fundações podem ser de direito público ou direito privado.

    b)As fundações se sujeitam ao mesmo regime das autaquias (estatutário em regra), mas não divegem no que diz respeito ao processo seletivo de pessoal, adotando aforma de concursos públicos;

    c) correta. Se sujeitam ao regime de direito privado e não possuem privilégios nos quais as empresas privados não são privilegiadas também.

    d)As Soc. de economia mista se sujeitam ao mesmo regime das empresas privadas e, se submetem as mesmas obrigações tributárias;

    e)As autarquias e fundações se submetem ao mesmo regime de direito público e possuem o mesmo privilégio de impenhorabilidade de seus bens.

    Espero ter ajudado.

  • Comentário objetivo:

    a) autarquias, fundações e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público sujeitam-se ao regime jurídico de direito público. ERRADO. As sociedades de economia mista se sujeitam ao regime jurídico de direito privado.

    b) fundações instituídas e mantidas pelo poder público sujeitam-se ao mesmo regime das autarquias, exceto no que diz respeito ao processo seletivo de pessoal. ERRADO. Fundações públicas e autarquias sujeitam-se ao mesmo regime, inclusive no que diz respeito ao processo seletivo de pessoal.

    c) sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito privado, inclusive no que diz respeito à legislação tributária e trabalhista. CORRETA.

    d) sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica sujeitam-se ao mesmo regime das empresas privadas, exceto no que diz respeito à matéria tributária. ERRADA. As sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica sujeitam-se ao mesmo regime das empresas privadas, inclusive quanto à matéria tributária.

    e) autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público sujeitam-se ao regime de direito público, exceto no que diz respeito à penhorabilidade de seus bens. ERRADA. Sujeitam-se ao regime de direito público, inclusive no que diz respeito à penhorabilidade de seus bens

  • A imunidade recíproca só alcança a Fazenda Pública, da qual as Sociedades de Economia mista e as Empresas públicas não fazem parte.

    Fazenda Pública: União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e Fundações autárquicas. Esses sim, possuem imunidade tributária.

    Impende fazer ainda ressalva no que trata da ECT, pois essa, apesar de ser uma Empresa pública, tb goza das imunidades da Fazenda, por exercer serviço público em caráter de monopólio.



  • O STF em diversos julgados decidiu que as empresas públicas e sociedade de economia mista que prestem serviços públicos de prestação obrigatória pelo Estado fazem jus à "imunidade tributária recíproca".


    Em face da dualidada de atividade desempenhadas pelas empresas públicas e pela sociedade de economia mista (exploradora de atividade econômia ou prestação de serviços públicos), temos regimes jurídicos específicos, a saber:

    a) aquelas que se dedicam à exploração de atividade econômicas sujeitam-se predominantemente, sobretudo no exercício de suas atividade-fim, ao regime júrídico próprio das empresas privadas, conforme o art. 173 da CF.

    b) aquelas que se dedicam à prestação de serviços públicos sujeitam-se predoninantemente, sobretudo no exercício de suas atividades-fim, ao regimes jurídicos de direita públicos, nos termos art, 175 da CF.

    Direito Administrativo  Descomplicado - Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
  • As sociedades de economia mista  exploradora que atividade econômica não gozam de imunidades tributárias. Não seria justo diante da competitividade com as demais empresas no setor privado. Portanto, seus bens são privados suscetíveis de penhora. Não possui muita influência do Direito Administrativo 
  •    Não concordo com essa questão, tendo em vista que na letra A se especifica tratar-se de prestadoras de serviços públicos e, sendo assim, inclusive as sociedades de economia mista possuem regime jurídico de direito público. O mesmo ocorre quando as empresas públicas, que são entidades com personalidade jurídica privada (como as SEM). Enfim, as empresas estatais prestadoras de serviços públicos são regidas pelo regime jurídico de direito público, apesar de terem personalidade jurídica privada.
      

     

  • Tenho que concordar com a colega Luciana, pois EP e SEM- serviços publicos - atividade sujeita predominantemente ao regime de direito publico (CF, art.175).
  • Concordo com Luciana e Mli, pois EP e SEM apesar de pessoas jurídicas de Direito Privado, se submetem ao regime jurídico de Direito Público e, em parte, ao regime jurídico de Direito Privado. Por isso, a letra A estaria correta.

    Bons estudos a todos.
  • Tb concordo com as colegas acima, pois em regra as Sociedades de Economia Mistas tem regime jurídico de direito privado, e como toda regra há uma exceção e a própria questão diz que estas referidas, são prestadoras de serviços públicos, portanto, neste caso, seu regime é de direito público e não privado e continuam sendo pessoas jurídicas de direito privado.
    Só tem uma maneira da banca dizer que a letra A está errada, e aí eu acho que ela teria de mencionar na alternativa que a prestação de serviço público neste caso não seria a sua atividade-fim.
  • Será que a fcc considerou a alternativa A errada por trazer apenas FUNDAÇÃO é não FP ??


ID
202357
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei Federal nº 8.666/93, a Administração está autorizada a dispensar o prévio procedimento licitatório nos casos de

Alternativas
Comentários
  • Art. 24. É dispensável a licitação:

    III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

     

  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA A

    a) guerra ou grave perturbação da ordem.

    b) contratação de serviços de publicidade e propaganda(na lei só fala em divulgação).

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    c) aquisição de bens produzidos por um único fabricante, facultada a escolha de marca de preferência da Administração.

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

     

    I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    d) compras ou serviços com valor máximo de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

    Art. 24. É dispensável a licitação:

    II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior

    (10% de 80.000 = R$ 8.000)

    e) alienação de bens móveis, de qualquer valor, e imóveis de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

  • Letra d errada:

    Art. 44.
      Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. 

    § 1º  Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. 

    § 2º  Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.

  • Qual é o erro da letra E?

    Seria o limite estabelecido de 80000 para bens imóveis?


ID
202360
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Decorridos mais de cinco anos da concessão de aposentadoria a servidor, a Administração estadual verifica que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão do benefício. Diante de tal situação, a Administração

Alternativas
Comentários
  • Sendo  o ato concessório,um ato  administrativo,ele deve ser invalidado nas seguintes situações,previstas na lei estadual de SP 10.177/98 no  capítulo II,da invalidade dos atos:

    Artigo 8º - São inválidos os atos administrativos que desatendam os pressupostos legais e regulamentares de sua edição, ou os princípios da Administração, especialmente nos casos de:

    I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente de que emane;

    II - omissão de formalidades ou procedimentos essenciais;

    III - impropriedade do objeto;

    IV - inexistência ou impropriedade do motivo de fato ou de direito;

    V - desvio de poder;

    VI - falta ou insuficiência de motivação

    Na situação citada na questão,diz que a Administração Estadual verifica que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão do benefício,ou seja,não haviam os motivos legais,necessários,para que  a  concessão de aposentadoria ao servidor acontecesse.Portanto,inexistindo os requisitos necessarios para a aposentadoria do servidor,o ato é cabível de invalidação,sendo um caso tipico do inciso IV desse artigo citado.Continuando...

  • Vendo que o ato deve ser invalidado,anulado,vemos que a alternativa correta é a LETRA D.

    Mas observando  essa alternativa,vemos que ela cita que o procedimento de invalidação está previsto em lei.O procedimento  de uma invalidação seja de ato ou de contrato administrativo,está na Lei 10177/98 no Capítulo III,Seção II,Do Procedimento de invalidação,desde o artigo 57 até o artigo 61:

     

    Artigo 57 - Rege - se pelo disposto nesta Seção o procedimento para invalidação de ato ou contrato administrativo e, no que couber, de outros ajustes.

    Artigo 58........

    Artigo 59.........

    Artigo 60.........

    Artigo 61.........

     

  • e o art. 54 da lei 9784??

  • Eu citei a Lei estadual 10177,especificamente do estado de São Paulo,por justamente ser está questão,uma questão de âmbito estadual de São Paulo,sendo  que a SEFAZ é a secretaria da fazenda do Estado de São Paulo.Provavelmente,está questão foi exigida a Lei 10177.

     

  • A meu ver, esta questão é passivel de anulação.

    Nos termos do art. 54 da Lei nº 9784/99, o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    A questão não fala nada se houve ou não má-fé.

    Quando a Administração deixa de anular atos administrativos como esse que a questão apresentou, acontece o que a doutrina chama de "CONVALIDAÇÃO POR DECURSO DE PRAZO". A única ressalva é a existência de comprovada má-fé, que, inclusive, cabe a administração provar que houve (ônus da prova é da Administração).

    Considero o item "a" como certo.

    É isso aí. Bom estudo a todos.

    fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7213

  •  GABARITO D.

    - Quando se falar em ilegalidade, o ato deve ser anulado.
    - Quando se falar em conveniência da administração pública, o ato deve ser revogado.

    Na questão em referência, o enunciado diz "a Administração estadual verifica que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão do benefício", portanto, existe ilegalidade... e se existe ilegalidade o ato deve ser anulado. Sendo assim a única alternativa que se encaixa é a D.


     

     

  • Concordo com a opinião do Daniel Dantas.

    Eu havia marcado a alternativa "A" justamente por causa do prazo decadencial.

    Será que essa questão não foi anulada??

  • Gabarito CORRETO letra D

    A princípio poderia se entender que ocorreria a convalidação do ato por decurso do prazo decadencial (art. 54 da Lei 9784). No entanto, a doutrina firmou entendimento no sentido de que nem sempre é factível a convalidação do ato administrativo. Depende do tipo de vício, de que elemento do ato adminstrativo foi praticado com vício (competencia, finalidade, motivo, objeto, forma). Os únicos elementos que admitem convalidação são a competência (quando o vício for de incompetência  que em razão do sujeito) e a forma (desde que não seja essencial à forma). quando o vício incide sobre os demais elementos, são considerados insanáveis.

    O enunciado afirma que a Administração estadual verificou que não estavam presentes os requisitos legais para a concessão do benefício, ocorreu portanto vício quanto ao motivo, pois o atendimento dos requisitos da concessão é a situação de direito que detemina a realização do ato de concessão, leia-se, é o pressuposto jurídico que enseja o reconhecimento da aposentadoria. Portanto, "se o motivo, como determinante da prática doato, nao ocorreu, não se pode alterar essa situação supervenientemente (fazer surgir um motivo num momento posterior, com efeitos retroativo)" MA e VP Direito Adminstrativo Descomplicado

    Assim, não se aplica a convalidação pelo decurso do prazo do art. 54 da lei 9784, em razão de não se tratar de um vício sanável, passível de convalidação.

    Outra possível interpretação para o gabarito seria a previsão de uma ressalva prevista no art. 55 que impediria a convalidação pelo decurso do prazo do art. 54. tal ressalva impossibilita a convaliadaçao de uma aposentadoria indevida, tendo em conta que tal aposentadoria implica em uma lesão ao interesse público

    Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
     

  • Não poderá haver convalidação no caso apresentado.

    Resumindo:

    Podem ser convalidados os atos que apresentem vícios em:

    - Competência: Desde que não exclusiva.

    - Forma: Desde que não seja essencial à validade do ato.

  •  Em vista dos comentários dos demais colegas, gostaria de completar o comentário feito por mim logo abaixo.

    O colega Raphael está correto em sua análise em relação aos requisitos para convalidação. Essa é a regra geral.

    Acontece que, em se falando de Convalidação por Decurso de Prazo, disposto justamente no art. 54 da Lei 9.784/99, não importa qual seja o vício (pode ser qualquer um). Os únicos requisitos para esse tipo de convalidação é:

    1. Os efeitos do ato ilegal serem favoráveis ao administrado;

    2. A omissão da Administração em anulá-lo pelo prazo de cinco anos; e

    3. Ausência de má-fé por parte do beneficiário.

    Observe que "a Administração não efetuou o controle de legalidade em tempo hábil, e não mais poderá fazê-lo, em razão da decadência de seu direito de anular o ato viciado." (Direito Administrativo Descomplicado - MA/VP, pg. 489 e 490)

    É isso aí.

    Grande abraço a todos, e o caminho é este: ESTUDAR MUITO!!!

  • Pessoal,

    Cuidado ao fazer as provas em âmbito estadual e municipal. A lei 9784 tem aplicação tão somente em âmbito federal, mas não nos estados, municípios e DF, visto que tais unidades da federação possuem autonomia administrativa para editar os diplomar legais que versem sobre as respectivas atuações administrativas, autonomia essa que é ínsita a autonomia política de cada ente.

    Quando fui resolver a questão fui logo ver se era relativa a algum órgão ou entidade federal, mas a SEFAZ é órgão do Estado de São Paulo, de modo que a previsão do art. 54 da lei 9784/99 não tem aplicação nesse caso.

    Bons estudos.
     

  •  Como a questão trata de Administração Estadual, teria que analisar a legislação do estado. 

    Mas, se fosse na Administração Federal, e com isso aplicar-se-ia a lei 9.784/99, a alternativa correta seria a E.

    "Há uma possibilidade de convalidação prevista na Lei 9784/99, mas nada tem ela a ver com controle de legalidade, ou melhor, ela impede que esse controle seja feito. Trata-se do disposto no art. 54 dessa lei, segundo o qual, quando os efeitos do ato viciado forem favoráveis ao administrado (qualquer que seja o vício), a Administração dispõe de cinco anos para anulá-lo. É um prazo decadencial. Findo esse prazo sem manifestação da Administração, a decadência do direito de anulá-lo importará convalidação do ato, tornando-se definitivos os efeitos dele decorrentes, salvo comprovada má-fé do beneficiário (o ônus da prova é da Administração), Trata-se de hipótese de convalidação por decurso de prazo, decorrente de omissão da Administração, ou seja, de situação em que a Administração não efetuou o controle de legalidade e não mais poderá fazê-lo, em razão da decadência de seu direito de anular o ato viciado".

    Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. 

  • Levando em consideração a Lei Estadual 10.177/98, o art.10 diz que:

    A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou por provocação de pessoa interessada, salvo quando:

    I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos contado de sua produção;

    II - da irregularidade não resultar qualquer prejuízo;

    III - forem passíveis de convalidação.
     

    Não seria o inciso I o motivo do gabarito?

  • De fato, os colegas que citaram a lei estadual de São Paulo estão com a razão. Creio que a celeuma esteja superada! ;-)

    De nada adianta "fuçarmos" a lei 9.784/99 para resolver essa questão, ela não se aplica em âmbito estadual e a questão aborda exatamente o processo administrativo em âmbito estadual.

    De qualquer forma, fica a dica para que sempre busquemos observar se a questão trata de processo administrativo federal.

    Bons estudos a todos!

  • Creio que a questão tratava do ato de aposentadoria como ato complexo, dependendo de registro do Tribunal de Contas para se iniciar o prazo decadencial de 5 anos.

  • APLICAÇÃO DA SÚMULA 473 STF.
  • Na prática o que ocorre é a desconsideração desse prazo decadencial em situações desse porte, com base na súmula nº 473 do STF. Sendo que a contagem do prazo decadencial seria considerado para efeitos de cobrança do valor recebido indevidamente, uma vez que, caso não fosse constatada a má-fé o ressarcimento ao erário só seria efetuado com relação aos último cinco anos.
    Digo isso por que trabalho em órgão federal, justamente com esse questão de aposentadoria.
  •  " Trata-se do disposto no art. 54 da Lei 9784/99, segundo o qual , quando do os efetios do ato ilegal ( QUALQUER QUE SEJA O VÍCIO) forem favoráveis ao  administrado, a administração pública dispõe  de cinco anos para anulá-lo. Esse prazo é decadencial.
     Transcorrido esse prazo sem manifestação da administração, a decadência do direito de anular o ato importará na sua convalidação...."

    FONTE: Direito Administrativo Descomplicado, ed. metodo 2011. pag. 495 e496.

    POrtanto, julgo como correta a letra A
  • Decadência é matéria de ordem pública; seja a decadência convencional ou a legal, decadência é sempre  matéria de ordem pública, portanto, seu reconhecimento trata-se de um dever-poder e tem que ser reconhecida de ofício.
    No caso em tela, se formos aplicar a lei federal, o prazo de cinco anos deve ser respeitado, e então a alternativa (a) seria a resposta da questão; caso contrário o que reza o dispositivo estadual tem que ser aplicado.Como  a lei 9784/99 regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, e a questão é da Sefaz, entendo que não se aplica o prazo de 5 anos da lei federal. No entanto, se a lei estadual não dispõe sobre o prazo, temos que nos socorrer aos prazos do direito comum.
    Entendo ser esta uma questão que deveria ser anulada, pois uma ato desta natureza, sujeita-se à decadência de uma forma geral, e esta, sendo matéria de ordem pública tem que ser aplicada no prazo legal. A lei estadual não faz referência ao prazo decadencial, ao contrário de lei 9784/99(aplicável à Administração Federal). Tem que ser aplicado um prazo decadencial, e não o foi.

  • A alternativa 'a' estaria certa se no fim da frase estivesse: Prazo Prescricional, e não decadencial como informa a alternativa; pegadinha!!

  • A pegadinha foi a questão referir-se à ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL: não fosse esse detalhe, a alternativa "a" estaria correta, uma vez que em sintonia com a lei do processo administrativo!

  • Essa questão acabou de cair na prova de juiz TJ/CE CESPE 2018:

     

    38 (Q911586) - José, servidor público do estado do Ceará, por preencher os requisitos legais, requereu a concessão de sua aposentadoria por tempo de serviço, o que foi deferido pelo respectivo órgão público no qual era lotado. Após mais de cinco anos do ato concessivo, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará julgou ilegal aquele ato, em procedimento no qual José não havia sido intimado a se manifestar.

     

    c) incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato administrativo complexo, transcorrido lapso temporal superior a cinco anos, em nome da segurança jurídica, deveria José ter sido previamente intimado a se manifestar. GABARITO

    E ai?


ID
202363
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Estado necessita ampliar o seu sistema de transportes metro-ferroviário, porém não dispõe de recursos orçamentários suficientes para fazer frente à totalidade dos investimentos de infraestrutura e aquisição de trens. Diante de tal situação, o Estado poderá celebrar contrato de parceria público-privada, na modalidade concessão

Alternativas
Comentários
  • A matéria esta regulamentada, pela lei nº 11.079/2004, que em seu art. 2º traz o seu conceito:

    “Art.2º - Parceria Público Privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.”

    A expressão parceria público-privada veio a integrar o cenário jurídico brasileiro com influência da Europa, principalmente do Reino Unido e França, pioneiras neste instituto.

    Com isso há uma nova conceituação para permitir ao setor privado, participem na infra-estrutura pública, sendo na implantação ou melhoria. Com foco de investimentos em setores onde há pouco recursos estatais, como exemplo as rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, energia.

  •  Nos termos do art. 2 da Lei 11.079:

    § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

    § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

    § 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

  • Gabarito letra D.

    So para complementar as colegas,

    A patrocinada  seu significado: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas simples (regida pela Lei nº 8.987/1995), com cobrança de tarifas, e ADIÇÃO da contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado (TARIFA + CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA).
    Em síntese: se não houver contraprestação do Poder Concedente, teremos uma concessão COMUM (leia-se: regida pela Lei nº 8.987/1995).
    Já a PPP concessão administrativa refere-se a contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens

  • Tenho certa dificuldade em questões assim pq não trazem em seu conteúdo o que pretende a administração com a concessão. Os conceitos de PPP, patrocinada ou não, são bem conhecidos de todos, mas, neste caso concreto, pq não a concessão administrativa? A questão não diz se o Estado não será o usuário do serviço, como também não diz que será. Como entender? Alguém pode me explicar?

ID
202366
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a legislação federal e estadual aplicável, as licitações para o Sistema de Registro de Preços serão realizadas na modalidade

Alternativas
Comentários
  • DECRETO 3931

    Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis nos 8.666, de 21 de julho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)
     

  • 8.666; art. 15

    § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

    I - seleção feita mediante concorrência;

    II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;

    III - validade do registro não superior a um ano.

    ..............

    Lei 10.520 - art. 11 (autoriza o pregao nos registros de preços para compra)

  • Lembrando que na modalidade CONCORRÊNCIA poderá, EXCEPCIONALMENTE, ser adotado o tipo TÉCNICA E PREÇO, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade, conforme o art. 3º §1º do Decreto 3931/01.
    A alternativa 'B", portanto, não está muito completa, mas é a correta!
  • Lei n. 8.666.
     
    Art. 15 (...)

    § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

    I - seleção feita mediante concorrência;

    II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;

    III - validade do registro não superior a um ano.

    Lei n. 10.520

    Art. 11.  As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico.

  •   PREgão - ÇOncorrência  = PREÇO

     

    Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras;

    Será adotado, preferencialmente, o SRP nas seguintes hipóteses:
    I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações freqüentes;
    II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;
    III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e
    IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração.

    Bons estudos!!! ;)

  • Atualizando o preciso comentário do colega Arnaldo Alves Alvarenga, o SRP está presentemente regulamentado pelo Decreto nº 7.892/2013, no qual se lê, em seu art. 7º, caput, "A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, ou na modalidade de pregão, nos termos daLei nº 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado".

  • Art. 7º  A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado. 

     

    § 1º  O julgamento por técnica e preço, na modalidade concorrência, poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.  (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)


ID
202369
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No pregão eletrônico, o sigilo em relação à identidade do licitante é garantido para

Alternativas
Comentários
  •  Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.

  • Pessoal, a resposta dessa questão está no REGULAMENTO DE LICITAÇÕES DA CETESB PARA PREGÃO ELETRÔNICO
     
    Art. 5º

    O procedimento eletrônico do Sistema BEC/SP para Pregão Eletrônico utilizará recursos de  verificação da autenticidade dos usuários e de garantia de condições adequadas de segurança e sigilo,  especialmente:
      I - da proposta de preço e dos anexos, que permanecerão criptografados até a hora da abertura da sessão pública;
    II - da identidade dos proponentes, para o Pregoeiro até a etapa da negociação com o autor da melhor  oferta e para os demais, até a etapa de habilitação.

    bom como não conhecia esse tema, fui pesquisar e trata-se de norma local.
  • O sigilo em relação à identidade do licitante é garantido até o final da etapa de disputa por lances. Após encerrada essa etapa, a todos (inclusive ao pregoeiro) são reveladas as identidades dos participantes e seus respectivos lances. Essa questão deve ser anulada!
  • A leitura dos dispositivos da lei ajuda no entendimento do que seriam as fases de negociação e habilitação:

    LEI No 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.

    Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

    Art. 4º  A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras:

    (...)

    XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
    XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor;
    XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;

    XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;
  • PREGÃO – Destina-se à aquisição de serviços e bens COMUNS.
    -  8 (oito) dias úteis para divulgação do ato convocatório: em qualquer caso. Prazos de divulgação são contados da data da última publicação do aviso.
    - Tem base na lei10.520/2002, mas é aplicada SUBSIDIARIAMENTE pelas normas da 8666 (q153067)
    - a disputa pelo fornecimento de bens e serviços é feita em sessão pública ( DE QUALQUER VALOR )
    - as propostas de preço são escritas e os lances verbais.
    - a habilitação dos licitantes ocorre após as fases de julgamento e classificação.
    - depois de abertos os envelopes contendo as propostas comerciais, poderão fazer lances sucessivos os licitantes que oferecerem preço não superior a 10% da melhor oferta.
    - não se aplica às contratações de obras de engenharia, locações imobiliárias e alienações em geral.
    - exceções do pregão: serviço de transporte de valores e de segurança privada e bancária
    - mais celeridade da contratação
    - não-exigência de habilitação prévia ou de garantias
    - sanções: multas, impedimento de licitar e contratar com o ente federado licitante pelo prazo de até 5 anos
    - tipo de licitação: SEMPRE o de menor preço
    - prazo de validade das propostas: 60 dias (8666)
    - prazo de validade: 60 dias (se outro prazo não estiver estipulado no Edital - 10.520/02)
    - Na fase preparatória do pregão, a autoridade competente designará o pregoeiro e a respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.
    - o sigilo em relação à identidade do licitante é garantido para o pregoeiro, até a etapa de negociação com o autor da melhor oferta, e para os demais licitantes, até a etapa de habilitação.
    - depois de declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer. O licitante já venceu a licitação, logo será adjudicado a ele o direito de contratar com a Administração, desde que ninguém recorra, pois havendo recurso será analisado e se procedente poderá ser anulado o certame, uma vez que ninguém manifesta a intenção de recorrer, e a licitação corre normalmente, será de logo adjudicado o objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor.
  • Artigo 3º - O procedimento eletrônico do Sistema BEC/ SP para pregão eletrônico utilizará recursos de verificação da autenticidade dos usuários e de garantia de condições adequadas de segurança e sigilo, especialmente:

    I - da proposta de preço e dos anexos, que permanecerão criptografados até a hora da abertura da sessão pública;

    II - da identidade dos proponentes, para o pregoeiro até a etapa da negociação com o autor da melhor oferta e para os demais, até a etapa de habilitação.

    http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/ato.da.mesa/2013/ato.da.mesa-15-18.09.2013.html

    abraço


  • Para quem tem pressa, vá ao comentário da Letícia Guedes

    Gabarito: A


ID
202372
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Determinado cidadão sofreu prejuízo em decorrência de conduta imputável à Administração pública estadual e, em face do que dispõe a legislação aplicável, poderá

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me ajudar a entender esse gabarito? Obrigada

  • questão doida.

    ao meu ver, nenhuma assertiva correta.

  • A reparação do dano causado pela Administração à terceiros dá-se de duas formas: administrativa (amigável) ou judicialmente.

    Se for proposta no âmbito administrativo, o lesado formulará reclamação administrativa com pedido indenizatório junto ao órgão competente da pessoa jurídica civilmente responsável, formando assim o processo administrativo no qual os interessados se manifestarão, produzirão provas e chegarão a um resultado final sobre o pedido.

    No Estado o órgão responsável seria Procuradoria Geral do Estado.

    Se não houver acordo, caberá ao lesado propor a adequada ação de indenização perante a Fazenda Pública.  COntra a União, autarquias federais, empresas publicas, a justiça comptente será a Justiça Federal. Contra pessoa jurídica de direito privado será competente a Justiça Estadual (ou o que dispuser a Lei de Organização Judiciária Local).

  • Diante do que expliquei no comentário abaixo, podemos analisar as afirmativas...

    a) instaurar procedimento administrativo de reparação de danos junto à Procuradoria Geral do Estado. CORRETO

    INCORRETAS:

    b) iniciar procedimento administrativo para apuração da responsabilidade funcional do agente e pleitear reparação pecuniária exclusivamente pela via judicial.

    c) iniciar procedimento administrativo para apuração da responsabilidade funcional do agente, cujo desfecho constitui condição precedente para instauração de procedimento administrativo de reparação de danos.

    d) instaurar procedimento administrativo de reparação de danos junto à Secretaria de Estado à qual se encontra vinculado o servidor em questão.

    e) buscar a reparação de seu prejuízo e responsabilização funcional do agente apenas pela via judicial.

  • Acredito que seja de lei específica do estado... neste caso SP.
  • Lei 10177/98 –SP - Artigo 65 - Aquele que pretender, da Fazenda Pública, ressarcimento por danos causados por agente público, agindo nessa qualidade, poderá requerê-lo administrativamente, observadas as seguintes regras:
    I - o requerimento será protocolado na Procuradoria Geral do Estado, até 5 (cinco) anos contados do ato ou fato que houver dado causa ao dano;
  • Na via administrativa, cabe ao lesado narrar os fatos, comprovar a

    presença de todos os elementos definidores da responsabilidade,

    caracterizando a atuação estatal e o valor dos prejuízos sofridos,

    além do nexo de causalidade entre ambos. O pagamento poderá

    ser realizado pelo Estado de diversas maneiras: admite-se

    pagamento em dinheiro de uma só vez ou de forma parcelada, a

    devolução de bens ou a entrega de um novo, tudo a depender do

    que ficar formalizado no acordo. A competência para a

    formalização desse ato depende de previsão legal de cada

    estrutura administrativa. Convém lembrar que essa via de

    reparação está condiciona ao consenso quanto ao valor da

    indenização e prescreve no prazo de cinco anos contados do

    evento, sujeitando-se ao Decreto nº 20.910/832. Na prática, essa

    via não é nada comum, em razão dos inúmeros obstáculos

    apresentados pelo Poder Público, além da dificuldade de se chegar

    a um acordo quanto ao valor.


    Fonte: Ponto dos concursos
  • CABULOSO DE MAIS...

    O.o
  • Nota --> O decreto 20910/32 dispõe em seu art. 6º: "O direito à reclamação administrativa, que não tiver prazo fixado em disposição de lei para ser formulada, prescreve em um ano a contar da data do ato ou fato do qual a mesma se originar". 

    Logo, ao meu ver, o prazo para reclamação administrativa é de 1 ano, e não de 5 anos (salvo legislação específica do ente em contrário).
  • Colegas concurseiros,

    Muitos marcaram a letra c. Só que a mesma se encontra de fato errada. Secretaria de estado é um orgão da pessoa juridica a qual se encontra vinculada, portanto, aí se encontra a chamada desconcentraçao administrativa. órgão não possui personalidade jurídica, quem possui tal personalidade é o ente ao qual se encontra vinculado. Logo, não se pode instaurar procedimento administrativo contra secretarias estaduais e municipais que é como se fossem o equivalente aos ministérios na esfera federal. Neste caso quem responde é o ente, e não o ógão.

    Bom, é o que eu penso, caso haja discordãncias, fiquem à vontade..., o que eu quero é contribuir e aprender com vcs. "DEUS NOS ABENÇOE"


     

  • PGE divulga procedimento administrativo de reparação de danos


    Publicado por Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (extraído pelo JusBrasil) - 1 ano atrás


    A Procuradoria Geral do Estado (PGE) está distribuindo, em diversos órgãos que prestam atendimento ao público em geral (fóruns, postos do poupatempo, etc.), cartazes informativos acerca do procedimento administrativo de reparação de danos causados pelo Estado.

    Criado pela Lei Estadual nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998, o procedimento ainda é pouco conhecido dos cidadãos paulistas, decorrendo daí a ideia de se proceder a uma destacada divulgação.

    A iniciativa de divulgar o serviço soma-se a outras providências já adotadas pela PGE buscando contribuir para a redução da litigiosidade, neste caso evitando o ajuizamento desnecessário de ações perante o Poder Judiciário Paulista, privilegiando a conciliação e a via administrativa para solução de conflitos.

    O material orienta o cidadão a consultar o site da Instituição, que passou a dar destaque, em sua página inicial, às principais informações de como deve proceder aquele que entende ter sofrido um dano causado por agente público do Estado.

    Com a medida, o gabinete da PGE busca evitar desnecessária litigiosidade e prestigiar a solução célere dos conflitos, em benefício do próprio Estado e do cidadão.

    fonte: http://pge-sp.jusbrasil.com.br/noticias/100675345/pge-divulga-procedimento-administrativo-de-reparacao-de-danos



ID
202375
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A legislação estadual que regula o procedimento administrativo estabelece que

Alternativas
Comentários
  • letra d.

    Lei Nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998

     

    Diário Oficial v.108, n.248, 31/12/98. Gestão Mário Covas
    Assunto: Administração

     

    Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
    Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

     

    Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade de deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório pertinente, nas hipóteses em que já tenha decorrido o prazo recursal.

     

     

  • a.       Artigo 37 - Todo aquele que for afetado por decisão administrativa poderá dela recorrer, em defesa de interesse ou direito.
    b.      Constituição Federal - artigo 5º - inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

    c.       Artigo 41 - São irrecorríveis, na esfera administrativa, os atos de mero expediente ou preparatórios de decisões.

    d.      Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade de deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório pertinente, nas hipóteses em que já tenha decorrido o prazo recursal.

    e. Artigo 42 - Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado ou pelo dirigente superior de pessoa jurídica da Administração descentralizada, caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, observando-se, no que couber, o regime do recurso hierárquico.
    Parágrafo único - O pedido de reconsideração só será admitido se contiver novos argumentos, e será sempre dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a decisão.

  • Vamos analisar cada alternativa:

    a) ERRADA. Além do sujeito passivo do ato administrativo, ou seja, daquele que foi afetado por decisão administrativa, o Procurador Geral do Estado também poderá recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do Governador do Estado.

    b) ERRADA. Não há essa exigência. Na verdade, a Lei 12.016/09 prevê que o mandado de segurança não é cabível quando “caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução” (art. 5º, I).

    c) ERRADA. Conforme o art. 41 da Lei 10.177/98, “são irrecorríveis, na esfera administrativa, os atos de mero expediente ou preparatórios de decisões”.

    d) CERTA, nos termos do art. 38 da Lei 10.177/98:

    Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade de deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório pertinente, nas hipóteses em que já tenha decorrido o prazo recursal. 

    e) ERRADA. Conforme o art. 42 da Lei 10.177/98, “contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado ou pelo dirigente superior de pessoa jurídica da Administração descentralizada, caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, observando-se, no que couber, o regime do recurso hierárquico”.

    Gabarito: alternativa “d”


ID
202378
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito dos princípios que regem a Administração pública, é correto afirmar que o princípio da

Alternativas
Comentários
  • OPÇÃO C

    Publicidade - A administração pública encontra-se obrigada a publicar seus atos para que o público deles tenham conhecimento, e, conseqüentemente, contestá-los, exitem algumas exceções que são os assuntos de segurança pública e intimidade pessoal. Nesses dois casos a adm. não precisará publicar seus atos.

  • Resposta: A alternativa (C)

    Segundo o artigo 37 da Constituição Federal: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:...".

    Estes são os cinco princípios básicos explícitos na constituição:

    Princípio da Legalidade - Atuar em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e o direito. Definido no inciso II do art 5 da CF: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".

    Princípio da Impessoalidade - A finalidade é o interesse público (define também o Princípio da Finalidade) e o agente público deve tratar a todos de forma igual (também define o Princípio da Isonomia ou Igualdade).

    Princípio da Moralidade - Atuar com ética, com honestidade, com integridade de caráter.

    Princípio da Publicidade - É a divulgação dos atos administrativos que só pode ser restringida em alguns casos extremos (segurança nacional, investigações sigilosas).

    Princípio da Eficiência - Atuar com presteza, racionalidade e com perfeição.

     

  • Acho que a alternativa D poderia ser considerada certa porque pelo principio da legalidade na administração pública; a administração só pode agir em virtude de lei, diferente do principio da legalidade para os administrados ou a sociedade que significa que a população é permitido praticar tudo que a lei nao proibe 

  • Fui na D e errei. Não sei porque ela está errada!! Eu nunca lí sobre a resposta C... Se alguém souber aonde está, publique aqui por favor!.. Na próxima não errarei....  : )

  •  Lei 8.666, art. 61, parágrafo único:

    "A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura..."

     

    Além disso, o erro da letra D encontra-se apenas numa nuance: todos os atos praticados pela Administração Pública devem estar autorizadas em lei, e não ter autorização legal específica. Se a assertiva estivesse correta, não seria possível, por exemplo, que o administrador atuasse com mérito administrativo.

     

  • Acredito que a "D" está errada porque nem todos os atos praticados pela Administração necessitam de autorização legal específica. Acho que alguns atos podem ser praticados sob autorização legal genérica. Se não, para cada situação seria exigida uma lei - o que tornaria inviável o ato de administrar. Se estiver errado o meu pensamento, por favor alguém comente.

  • Concordo com o comentário do André. Se fosse obrigatoria uma lei para cada ato como ficariam os atos emergenciais, por exemplo.

  • Lucy, pela lógica, com base na eficiência.

  • A - Errada. Existe a necessidade de observar o princípio da legalidade. 

    B - Errada. Eficiência não é sinônimo de celeridade a qualquer custo, mas sim de rapidez com qualidade e segurança jurídica.

    C - Correta. Art. 61, da Lei 8666/93.

    D- Errada. Não é necessária a presença de Lei Específica.

    E - Errada. O ato pode ser legal e imoral.

  • O que torna a alternativa D errada realmente é a presença da palavra específica. Pode haver, por exemplo, uma lei que dê certa discricionariedade ao administrador de acordo com o caso, sendo, portanto, uma lei genérica.
  • Eu também rodei nessa questão, fui e marquei a letra D, apesar de ficar na dúvida entre a C e a D. Mas também concordo com os comentários acima, a presença da palavra "específica" que inviabiliza esta alternativa.
  • SOBRE O ERRO NA ALTERNATIVA "D", QUE NADA TEM A VER COM A PALAVRA "ESPECÍFICA", MAS SIM COM A PALAVRA "AUTORIZAÇÃO".

    A legalidade NÃO determina que todos os atos praticados pela Administração devam contar com autorização legal específica, mas sim com PREVISÃO LEGAL específica.

    Se assim fosse, a Administração precisaria de uma lei que previsse uma punição e outra que a autorizasse a punir e, como todos nós sabemos, isso é uma redundância: a lei que institui a punição já automaticamente autoriza a aplicá-la. 


    Para ilustrar, lembremos o exemplo trazido pelo art. 37, XIX, da CF/88: "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação".

    Aí sim, NESTE CASO, haverá uma autorização por meio de lei específica, ou seja, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação somente serão instituídas se houver uma lei que AUTORIZE tal fato; não bastará à lei simplesmente PREVER sua instituição. 
  • VINICIUS compreendo porém discordo da sua argumentação.

    De acordo com MA e VP "a mais importante noção a ser ressaltada quanto ao princípio da legalidade administrativa é exatamente a de que a administração pública SOMENTE pode agir quando houver lei que AUTORIZE ou DETERMINE sua atuação. Por outras palavras, para que a administração possa atuar, não basta a inexistência de proibição legal; é necessária a existência de DETERMINAÇÃO ou AUTORIZAÇÃO da atuação administrativa na lei." ( Resumo de Direito Administrativo descomplicado, 2010, pags. 11 e 12)

    Concordo com os demais colegas quanto ao erro estar presente na palavra ESPECÍFICA.

  • Realmente a maioria teve a mesma dúvida que eu e, depois, percebeu o erro da questão: a palavra "ESPECÍFICA".
    Como diz Oscar Villaça, grande professor de Administrativo: "Ainda bem que você errou aqui e não foi na prova"...rs
    Dessa forma, não mais tornaremos a fzê-lo.
    Bons estudos a todos!!
  • a) supremacia do interesse público sobre o privado autoriza a Administração a impor restrições aos direitos dos particulares, independentemente de lei. QUALQUER ATO PRATICADO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEPENDE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO LEGAL.

    b) eficiência autoriza as sociedades de economia mista que atuam no domínio econômico a contratarem seus empregados mediante processo seletivo simplificado, observados os parâmetros de mercado. ESTA ALTERNATIVA POSSUI 2 ERROS, PRIMEIRO, É QUE SEGUNDO O § 1º  DO ART. 173 DA CF, EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E OUTRAS ENTIDADES QUE EXPLOREM ATIVIDADE ECONÔMICA SUJEITAM-SE AO REGIME PRÓPRIO DAS EMPRESAS PRIVADAS, NÃO PODENDO, PORTANTO, CONTRATAR SEGUNDO OS MOLDES DO IX, ART. 37, DA C.F (PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL). O SEGUNDO ERRO É QUE MESMO QUE A SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA NÃO EXPLORE ATIVIDADE ECONÔMICA (SEJA PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS), DEVE HAVER NECESSIDADE TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO, PARA CONTRATAÇÃO POR MEIO DE PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO, O QUE NÃO FOI MENCIONADO NA QUESTÃO
      
    c) publicidade obriga as entidades integrantes da Administração direta e indireta a publicarem extrato dos contratos celebrados. CORRETA. O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE PRECONIZA QUE OS ATOS ADMINISTRATIVOS DEVEM SER PUBLICADOS EM ÓRGÃOS OFICIAIS, E NOS MUNICÍPIOS ONDE NÃO HÁ IMPRENSA OFICIAL, NA SEDE DA PREFEITURA OU ONDE DISPUSER LEI MUNICIPAL, ADEMAIS, CUMPRE RESSALTAR QUE A PUBLICAÇÃO DOS ATOS, CONTRATOS E OUTRS INSTRUMENTOS JURÍDICOS (EXCETO ATOS NORMATIVOS), PODEM SER PUBLICADOS DE FORMA RESUMIDA, OU SEJA, POR SIMPLES EXTRATO.

    d) legalidade determina que todos os atos praticados pela Administração devem contar com autorização legal específica. SERIA ILÓGICO IMAGINAR QUE PARA CADA ATO POSSÍVEL DE SER PRATICADO, CADA UM COM SUAS INÚMERAS PECULIARIDADES, DEVESSE HAVER UMA LEI ESPECÍFICA.

    e) moralidade é subsidiário ao princípio da legalidade, de forma que uma vez atendido este último considera- se atendido também o primeiro.  PRIMEIRAMENTE, NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE OS PRINCÍPIOS E PORTANTO NÃO HÁ QUE SE FALAR EM SUBSIDIARIEDADE DE UM EM RELAÇÃO AO OUTRO, ADEMAIS, EXISTEM INÚMERAS LEIS IMORAIS NO NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO, COMO AS QUE CONCEDEM AUMENTOS ABSURDOS AOS SUBSÍDIOS DOS PARLAMENTARES, OU AINDA, EMBASADO NA LEI, ALGUM ADMINISTRADOR PODE ENCONTRAR UM MEIO DE DESVIRTUAR A LETRA DA LEI PARA AGIR DE MODO IMORAL. PORTANTO, TOTALMENTE ERRADA A ASSERTIVA.
  • Concordo com a companheira acima.  Vi todas as fundamentações a respeito da opção D e somente a dela congruiu com a minha. A Lei autoriza o agir de forma genérica por parte da Administração. Agora, cada ato necessitar de autorização legal específica???  Teríamos um caos legislativo  total...
  • Estaria correto se fosse assim: legalidade determina que todos os atos praticados pela Administração devem contar com autorização legal específica genérica.
  • Gente, existem atos de mero expediente que não necessitam, por exemplo, de uma edição de uma lei para serem feitos. Tirar uma cópia de uma guia por exemplo, coisas do tipo.
  • Eu marquei a opção D e ainda acho que é a correta veja o que diz Hely L.Meireles:

    O saudoso HELY LOPES MEIRELLES (cf. "Direito Administrativo Brasileiro", 34a. ed., Malheiros Editores, São Paulo, 02.2008, p. 89) ensina: "Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa 'pode fazer assim': para o administrador público significa 'deve fazer assim'"

     Em relação a opção dita como certa C, a publicidade é um principio de efetivação dos atos da administração, mas nunca encontrei nada que dissesse sobre a obrigatoriedade de publicação de extrato dos contratos celebrados.

    Bons Estudos
  • A legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que o determine (atuação vinculada) ou AUTORIZE (atuação discricionária), devendo obedecer estritamente ao estipulado na lei, ou, sendo discricionária a atuação, observar os termos, condições e limites autorizados na lei.

    Esse texto foi extraído do livro do  Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 18ª edição, que no meu entender responde exatamente a questão.

    Bons estudos!!
  • Amigos, acho que na alternativa D o examinador quis dizer em outras palavras que apenas a atuação vinculada atende ao princípio da legalidade. Não vejo tanta relevância na diferenciação entre 'previsão' e 'autorização'. Sabemos que há leis que deixam a solução de um questão a critério do Administrador, que, discricionariamente, agirá da forma mais conveniente e oportuna. Não há ofensa à legalidade nestes casos, pois tal liberdade provém da Lei.

    Enfim, essa é a interpretação que me parece mais lógica para identificar o erro da alternativa D.

    Abraços!
  • Completando...
    Resposta correta: C


    Decreto Federal n. 3.555/00, art. 20: "A União publicará, no Diário Oficial da União, o extrato dos contratos celebrados no prazo de até vinte dias da data de sua assinatura, com indicação da modalidade de licitação e de seu número de referência."

  • Pessoal, a atuação da Administração Pública é restrita às hipóteses previstas em lei. Não há que se falar em autorização legal específica, pois a própria lei deixa margens para a atuação discricionária da Administração. Portanto, se a atuação da Administração dependesse de uma autorização legal específica, não haveria os atos discricionários. 

ID
202381
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8.666/93, a licitação é inexigível para

Alternativas
Comentários
  • Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

     

  • Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

     

    I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;

    II - pareceres, perícias e avaliações em geral;

    III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

    IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

    V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

    VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

    VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

     

  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA A


    a) contratação de qualquer profissional do setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    b) alienação e aquisição de obras de arte.

    Art. 24. É dispensável a licitação:

    XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, (...)

    c) compra ou locação de imóveis destinados às atividades da Administração.

    Art. 24. É dispensável a licitação:

    X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração (...)

    d) contratação de serviços de publicidade, desde que comprovada a notória especialização do contratado.

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    e) situações de emergência ou grave comoção social,devidamente comprovadas.

    Art. 24. É dispensável a licitação:

    IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública (...)

  • Gabarito- A

    Clique no mapa abaixo para ampliar:

     

  • É vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
  • D-)ERRADA contratação de serviços de publicidade, desde que comprovada a notória especialização do contratado.

    Artigo 25 II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

     

    E)ERRADA situações de emergência ou grave comoção social, devidamente comprovadas.

    Artigo 26 Parágrafo único.  O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

    I -  caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso;                (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)

  • Só complementando a excelente resposta da Selenita, cuida-se de caso de sucessão híbrida, não se aplicando o artigo 1.832 do CC/02.

    "Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes ) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança (1/4 – 25%), se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.(g.n).

    Nessa linha, precedente:

    A reserva da quarta parte da herança, prevista no art. 1.832 do Código Civil, não se aplica à hipótese de concorrência sucessória híbrida. Concorrência sucessória híbrida ocorre quando o cônjuge/companheiro estiver concorrendo com descendentes comuns e com descendentes exclusivos do falecido. Ex: José faleceu e deixou como herdeiros Paula (cônjuge) e 5 filhos, sendo 3 filhos também de Paula e 2 de um outro casamento anterior de José. Paula e cada um dos demais herdeiros receberá 1/6 da herança. Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Assim, essa reserva de um quarto da herança, prevista no art. 1.832 do CC, não se aplica em caso de concorrência sucessória híbrida. A reserva de, no mínimo, 1/4 da herança em favor do consorte do falecido ocorrerá apenas quando concorra com seus próprios descendentes (e eles superem o número de 3). STJ. 3ª Turma. REsp 1617650-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/06/2019 (Info 651).”(fonte: Dizer o Direito e grifos deste).

  • Só complementando a excelente resposta da Selenita, cuida-se de caso de sucessão híbrida, não se aplicando o artigo 1.832 do CC/02.

    "Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes ) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança (1/4 – 25%), se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.(g.n).

    Nessa linha, precedente:

    A reserva da quarta parte da herança, prevista no art. 1.832 do Código Civil, não se aplica à hipótese de concorrência sucessória híbrida. Concorrência sucessória híbrida ocorre quando o cônjuge/companheiro estiver concorrendo com descendentes comuns e com descendentes exclusivos do falecido. Ex: José faleceu e deixou como herdeiros Paula (cônjuge) e 5 filhos, sendo 3 filhos também de Paula e 2 de um outro casamento anterior de José. Paula e cada um dos demais herdeiros receberá 1/6 da herança. Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Assim, essa reserva de um quarto da herança, prevista no art. 1.832 do CC, não se aplica em caso de concorrência sucessória híbrida. A reserva de, no mínimo, 1/4 da herança em favor do consorte do falecido ocorrerá apenas quando concorra com seus próprios descendentes (e eles superem o número de 3). STJ. 3ª Turma. REsp 1617650-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/06/2019 (Info 651).”(fonte: Dizer o Direito e grifos deste).


ID
202384
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade licitatória para alienação de bens imóveis da Administração é

Alternativas
Comentários
  • Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

    I - avaliação dos bens alienáveis;

    II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;

    III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

  • A Lei de Licitações, Lei nº 8.666/93, dispõe em seu art. 17 que a alienação de bens da Administração Pública deve ser precedida de avaliação. Quando o bem for imóvel, a alienação depende ainda de autorização legislativa para os órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais.

    Para todos os órgãos e entidades, inclusive as entidades paraestatais, a alienação depende de avaliação prévia e de licitação, que deverá ser realizada na modalidade concorrência, ressalvados os casos de dispensa de licitação, previstos na própria legislação.

    No art. 20, a referida Lei estabelece que no caso dos bens imóveis, cuja aquisição tenha decorrido de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a alienação pode ser feita por ato da autoridade competente, com adoção do procedimento licitatório sob a modalidade de concorrência ou leilão.

    Resposta: Letra E
    http://estouconcursando.blogspot.com/2010/04/licitacao-alienacao-de-bens-imoveis.html

  • Macete
    LEILÃO:

    Leilão “adoça com a vaca”
    Adoção de procedimento licitatório, nas modalidades LEILÃO ou CONCORRÊNCIA
    Comprovação da necessidade ou utilidade da alienação
    Avaliação dos bens imóveis
    Lembrar ainda que...
    - Todo bem a ser leiloado será previamente ANALISADO pela administração
    - Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5%.
    O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
    - Edital de leilão exige ampla divulgação (ATENÇÃO)
    - Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas (24h).
    - Modalidade LEILÃO pode ser utilizada quando a administração adquirir IMÓVEL EM PROCEDIMENTO JUDICIAL. Vale a mesma regra para a modalidade CONCORRÊNCIA.
  • Alienação de bens imóveis de qualquer órgão ou entidade da Administração Pública adquiridos em decorrência de procedimentos judiciais ou dação em pagamento exige-se (art. 19):

    - avaliação dos bens alienáveis;

    - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;

    - adoção de procedimento licitatório na modalidade concorrência ou leilão;