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Diversos autores tratam da temática da mundialização do capital. Esse período, iniciado após a crise de 1970 que assolou o mundo capitalista, desencadeou uma série de mudanças no âmbito da produção e gestão da força de trabalho com vistas a recuperação das taxas de superlucros. Foi necessário nesse período que na esfera da produção se realizasse a reestruturação produtiva e na esfera da política o avanço do receituário neoliberal. Assim, a mundialização do capital se tornaria real, sendo possível o capital financeiro e industrial adentrar todas as economias do mundo sem restrições. É importante ressaltar que esse capital "globalizado" do qual estamos falando se refere tanto aquele capital que é investido na produção quanto aquele parasitário,do mercado financeiro, que se valoriza concentrado, rendendo juros. Segundo M. V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014), destaca-se então, que este último, o financeiro, depende também daquele primeiro capital, que é (re)investido na produção, através do qual é possível obter lucros por meio da expropriação do trabalho alheio. Em resumo, a produção de mais-valia (via investimento na produção) é necessária para que se possa gerar capital financeiro. Pode-se até afirmar que em alguns casos é mais vantajoso o investimento, por exemplo, no mercado financeiro, que aparenta mais seguro do que a produção. Contudo, um depende do outro, já que para se ter "dinheiro" para investir no mercado, é necessário extraí-lo de algum lugar. Portanto, o domínio do capital financeiro na atualidade não é absoluto ou único e sim dependente do capital que gera riquezas, mais-valia.
RESPOSTA: ERRADO
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A
nova etapa de desenvolvimento do capitalismo mundial, que surge a
partir da década de 1980 pode ser caracterizada como sendo a da
"mundialização do capital" (uma denominação precisa
para o fenômeno da "globalização"). Na verdade, estamos
diante de um novo regime de acumulação capitalista, um novo patamar
do processo de internacionalização do capital, com características
próprias e particulares se comparada com etapas anteriores do
desenvolvimento capitalismo. Esse novo período capitalista se
desenvolve no bojo de uma profunda crise de superprodução (Brenner,
1999) e é caracterizado por outros autores como sendo marcado pela
"produção destrutiva" (Mészáros, 1997) ou ainda pela
"acumulação flexível" (Harvey, 1993).
Uma
série de indicadores macroeconômico da década de 90 apontam que a
economia mundial ainda mantém-se ainda no interior do que Mészáros
salientou como sendo um continuum
depresso
(uma longa depressão permeada por momentos de desacelaração,
recessão e crescimento não-sustentado das economias capitalistas).
É a partir daí que Chesnais irá concluir que estamos diante de um
novo regime mundial de acumulação do capital, que alterou, de modo
específico, o funcionamento do capitalismo. Ele irá denominar a
nova etapa do capitalismo mundial, na falta de uma denominação
melhor, de "regime de acumulação predominantemente
financeira", que caracteriza a "mundialização do
capital". Ela é, segundo ele, "algo mais – ou mesmo
outra
coisa – do
que uma simples fase a mais no processo de internacionalização do
capital iniciado há mais de um século" (Chesnais, 1997).
Segundo Chesnais (1996) o processo de mundialização é uma fase específica do processo de internacionalização do capital que tem como característica o movimento conjunto da: 1) acumulação ininterrupta do capital e, 2) as políticas de liberação, de privatização, de desregulamentação e de desmantelamento das conquistas sociais e democráticas.
Fonte: ALVES,
G. O
Que é a Mundialização do Capital. Trabalho
e Mundialização do capital
- A Nova Degradação do Trabalho na Era da Globalização. Editora
Praxis, 1999.
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Nilze, eu ainda n conseguir ver o erro da questão..
:(
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A partir do comentário da Professora Victcória Sabatine o erro está no "domínio absoluto"
Vide trechos do texto usado como referência pela mesma: "Em resumo, a produção de mais-valia (via investimento na produção) é necessária para que se possa gerar capital financeiro. (...) Portanto, o domínio do capital financeiro na atualidade não é absoluto ou único e sim dependente do capital que gera riquezas, mais-valia."
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Esse período, iniciado após a crise de 1970 que assolou o mundo capitalista, desencadeou uma série de mudanças no âmbito da produção e gestão da força de trabalho com vistas a recuperação das taxas de superlucros. Foi necessário nesse período que na esfera da produção se realizasse a reestruturação produtiva e na esfera da política o avanço do receituário neoliberal. Assim, a mundialização do capital se tornaria real, sendo possível o capital financeiro e industrial adentrar todas as economias do mundo sem restrições. É importante ressaltar que esse capital "globalizado" do qual estamos falando se refere tanto aquele capital que é investido na produção quanto aquele parasitário,do mercado financeiro, que se valoriza concentrado, rendendo juros. Destaca-se então, que este último, o financeiro, depende também daquele primeiro capital, que é (re)investido na produção, através do qual é possível obter lucros por meio da expropriação do trabalho alheio. Em resumo, a produção de mais-valia (via investimento na produção) é necessária para que se possa gerar capital financeiro. Pode-se até afirmar que em alguns casos é mais vantajoso o investimento, por exemplo, no mercado financeiro, que aparenta mais seguro do que a produção. Contudo, um depende do outro, já que para se ter "dinheiro" para investir no mercado, é necessário extraí-lo de algum lugar. Portanto, o domínio do capital financeiro na atualidade não é absoluto ou único e sim dependente do capital que gera riquezas, mais-valia.
O erro está em "absoluto."
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Autor: Victória Sabatine, Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social , de Serviço Social
Diversos autores tratam da temática da mundialização do capital. Esse período, iniciado após a crise de 1970 que assolou o mundo capitalista, desencadeou uma série de mudanças no âmbito da produção e gestão da força de trabalho com vistas a recuperação das taxas de superlucros. Foi necessário nesse período que na esfera da produção se realizasse a reestruturação produtiva e na esfera da política o avanço do receituário neoliberal. Assim, a mundialização do capital se tornaria real, sendo possível o capital financeiro e industrial adentrar todas as economias do mundo sem restrições. É importante ressaltar que esse capital "globalizado" do qual estamos falando se refere tanto aquele capital que é investido na produção quanto aquele parasitário,do mercado financeiro, que se valoriza concentrado, rendendo juros. Segundo M. V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014), destaca-se então, que este último, o financeiro, depende também daquele primeiro capital, que é (re)investido na produção, através do qual é possível obter lucros por meio da expropriação do trabalho alheio. Em resumo, a produção de mais-valia (via investimento na produção) é necessária para que se possa gerar capital financeiro. Pode-se até afirmar que em alguns casos é mais vantajoso o investimento, por exemplo, no mercado financeiro, que aparenta mais seguro do que a produção. Contudo, um depende do outro, já que para se ter "dinheiro" para investir no mercado, é necessário extraí-lo de algum lugar. Portanto, o domínio do capital financeiro na atualidade não é absoluto ou único e sim dependente do capital que gera riquezas, mais-valia.
RESPOSTA: ERRADO
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