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Prova COMPERVE - 2017 - IF-RN - Médico Veterinário


ID
2794348
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

O propósito comunicativo dominante do texto está relacionado à

Alternativas
Comentários
  • Acredito que a chave para a resposta está neste parágrafo:

    A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governosmaus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

  • Última linha do texto: " Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes."

  • B: Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

  • O pessoal que conclui a resposta com apenas uma tirinha do texto... ¬¬ sei não em...

     

    O texto deve ser visto como um todo, não ficar procurando uma frase que encaixe na resposta. 

     

    Todo texto tem que convergir para uma alternativa, e pasmem... o nome disso é interpretação, não brincadeira de detetive procurando a pista escondida.

     

    Só um dica. Bons estudos.

  • B.

  • Essa banca coloca os textos auxiliares gigantes. Desnecessário demais.

  • Bruno Lima, concordo plenamente com sua observação.

    Eu marquei A mesmo já tendo percebido que a última linha do texto encaminhava a B.

    Isso porque o texto passa umas 40 linhas falando sobre a trajetória de vários cientistas.

    Por que isso não é dominante?

    Eu sei que o propósito central/ objetivo do texto geralmente se encontra no título, primeiro e último parágrafo.

    Só que geralmente o desenvolvimento do texto só aprofunda o que é dito no título/ 1º parágrafo...


ID
2794351
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considerando-se o padrão frasal do português escrito, uma vírgula poderá ser substituída por ponto em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "D".

     

  • Como ficaria então?

  • Iure Bezerra, eu respondi assim: "Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras. E ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial."

  • Meu entendimento:

     

    Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substâncias químicas, como a nitroglicerina.

    Vírgula um termo conclusivo (obrigatória), Oração adjetiva explicativa.

     

    O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares.

    Par de vírgulas isolando adjunto adverbial de tempo “recentemente” – como este é de pequena extensão, vírgula facultativa.

     

    Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

    Vírgula demarcando o deslocamento de adjunto adverbial de tempo (facultativa) – Adjunto adverbial com até 3 palavras.

    Vírgula 2 e 3 demarcando expressão conclusiva “com isso” (obrigatório).

    Vírgula 4 iniciar oração explicativa.

     

    Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

    Vírgula para separar elemento explicativo “Além disso”.

    A partir de “Auxiliando” até “Carreiras” trata-se de um termo intercalado que deve vir isolado, no caso, por duas vírgulas. Se substituíssemos a vírgula após carreiras por ponto final, o trecho continuaria isolado.

     

    Gab: D

  • A única resposta cabível é a alternativa D, pq é a única que apresenta orações coordenadas. Sendo, assim, posso separa-las pq isoladas continuarão a ter sentido completo.


ID
2794354
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

A ideia central do décimo parágrafo está explícita

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

  • Logo no segundo período, o parágrafo começa a desenvolver  partindo da ideia do 1º§.( ...problema é antigo - Há 20 séculos) Em seguida ele narra a trajetória de Arquimedes.

  • O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo ou intriga – o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não.

    Características principais:

    • O tempo verbal predominante é o passado.

    • Alguns gêneros textuais narrativos: piada, fábula, parábola, epístola (carta com

    relatos), conto, novela, epopeia, crônica (mix de literatura com jornalismo),

    romance.

    • Quem conta (narrador), o que ocorreu (o enredo), com quem ocorreu (personagem),

    como ocorreu (conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço) são elementos

    presentes neste tipo de texto.

    • Foco narrativo com narrador de 1a pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3a

    pessoa (não participa da história – onisciente).

    Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.

    Exemplo:

    Numa noite brilhante do mês de fevereiro (tempo), Fernando e Juliana (personagens) caminhavam pela rua (espaço) que conduzia à praça, ao sabor das estrelas (foco narrativo de 3a pessoa). Como em um conto de fadas, ela estava totalmente apaixonada por mim, o Fernando da história (foco narrativo de 1a pessoa). Era o momento ideal para ser atrevido, surpreendendo-a. Foi nesse momento que o rapaz (infelizmente este sou eu de novo) tomou um tapa daqueles na cara! (clímax) (o todo é o enredo) Eita! Bendita autoestima.

    Observe que o texto está escrito em prosa e não em verso, afinal, não há rima, nem métrica, nem musicalidade.

    Observe também que os verbos estão no passado, quando o objetivo é simplesmente relatar: caminhavam, conduzia, estava, era, foi, tomou. Digo isso, pois, no trecho “infelizmente este sou eu de novo”, o verbo está no presente. “Por que isso ocorre, Pestana?” Simples: o presente do indicativo é o tempo do comentário e não do relato.

    Resumindo: quando se deseja contar, relatar algo, verbo no passado; quando se deseja comentar, opinar, verbo no presente.

    “Mas, Pestana, não é possível relatar algo com o verbo no presente?” Até é, mas não é comum. Quando se usa o presente no lugar do pretérito perfeito, por exemplo, a ideia é relatar a história imprimindo atualidade a ela, como ocorre nas narrações de futebol.

    Fonte: A gramática para Concursos Públicos

  • Gabarito: A.


ID
2794357
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período:


Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.


Nesse período,

Alternativas
Comentários
  • GAB : Letra B

  • B

     

    CONCESSIVA

    Por mais que

    Embora

    Mesmo que

    Ainda que

    Se bem que

  • GABARITO: B

    Conjunção adversativa

    Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.

    Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.

    A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso. CORRETO

    ex²: Mas é preguiçoso, ele é inteligente. INCORRETO

    Exemplos de conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, todavia.

     

    Conjunção concessiva

    No caso das concessivas, a orientação argumentativa que sobressai é a do segmento que não é introduzido pela conjunção. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente.

    O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal. Perceba que o fato do jogo ter ocorrido é mais importante que o de ter chovido.

    A conjunção concessiva é utilizada para estabelecer uma relação de subordinação entre orações. Ela introduz um oração subordinada adverbial concessiva. em outras palavras, a oração terá função sintática de adjunto adverbial, podendo assim ter a ordem invertida sem perder o sentido. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente. CORRETO

    ex²: O jogo ocorreu normalmente, embora tenha chovido. CORRETO

    Exemplos de conjunções e locuções conjuntivas concessivas: embora, apesar de, ainda que, posto que.

    Fonte: https://clubedoportugues.com.br/conjuncoes-adversativas-e-concessivas-como-identificar/

     

  • Gente, é só observar que a presença de um verbo no subjuntivo (sejam) indica a presença de oração subordinada.


ID
2794360
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período:


Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras[1], o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães [2].


Nesse trecho, o entrecruzamento de vozes ocorre da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

  • Trata-se da citação indireta livre.

  • há citação indireta e observa-se a presença de duas vozes: em [1], a voz de Haber e, em [2], a voz do autor do texto.

  • Comentários mais completos seriam bem vindos.

  • DISCURSO INDIRETO

    É o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador se utiliza de suas próprias palavras para reproduzir a fala do outro.

    Marcas do discurso indireto

    -vem introduzido por um verbo de dizer- aquele usado para introduzir um diálogo;

    -a fala citada é introduzida por meio de uma partícula introdutória: que ou se

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Haber defendeu-se argumentando (verbo de dizer) que (partícula introdutória) os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras- [ citação indireta- marca a voz de Haber]

    o que se mostrou uma tolice [opinião do autor do texto- marca a voz do autor], porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães .

  • Gabarito: Letra C

    Há citação indireta livre.


ID
2794363
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período


A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá-los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.


Em relação aos elementos linguísticos em destaque,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

  • Você mata a questão sabendo do segundo elemento, e é o único que está presente em uma das alternativas. " podem desorientá-los = podem desorientar os governos. GOVERNOS = OBJ. DIRETO = LOS

  • GABARITO: LETRA B

    Portanto e por isso são conjunções conclusivas.

    Los - equivale a GOVERNOS

    Conjunção "e" tem valor aditivo.

     

     

  • Gabarito: Letra B

    Portanto e por isso são conjunções conclusivas.

  • Dois pontos decisivos para marcar a assertiva correta.

    1° Todos funcionam como mecanismos de coesão.

    "portanto" e "e" estabelecem coesão sequencial

    "-los" estabelece coesão referencial

    2° direcionar é verbo transitivo direto, dessa forma, pede complemento formado por objeto direto.

    O pronome oblíquo átono "los" representa objeto direto. ==> Direcionar quem? ===> Eles

    Complementando...

    Portanto, por isso, então são conjunções conclusivas.

  • Alguém pode me explicar a relação entre parágrafos afimado na alternativa B, por favor?

  • O 1º elemento apresenta noção de conclusão com relação ao parágrafo anterior.


ID
2794366
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

O texto reproduzido nesta prova

Alternativas
Comentários
  • A. é uma crônica e faz uso da variante padrão do português escrito, mas com muitas marcas de oralidade e dominância da linguagem denotativa. ERRADO. O gênero não é crônica. B. é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem conotativa. ERRADO. A conotação não é predominante. C. é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa. CERTO. Não há coloquialidade e trata-se de texto em linguagem denotativa = igual ao dicionário. D. é uma crônica e faz uso da variante padrão do português escrito, com poucas marcas de oralidade e dominância da linguagem conotativa. ERRADO.


  • Denotativo = Dicionarizado Conotativo = figurativo

  • C

    é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa.

  • Denotativo = Dicionarizado 

    Conotativo = figurativo

    é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa.






  • Tem características de um artigo!!! Linguagem denotativa.

  • Sentido denotativo: é o uso de um termo em seu sentido primeiro, real, do dicionário. 

    Sentido conotativo: é o uso de um termo em seu sentido figurado. 

    Letra C

  • Na literatura e no jornalismo, uma crônica é uma narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio.

    Em jornalismo, artigo é um texto que expressa uma opinião, pode até informar, mas argumentar sobre algum posicionamento é o cerne do que deve ser apresentado neste tipo de texto. No artigo podemos encontrar críticas, confronto de ideias, análises e comentários sobre um determinado assunto, e até mesmo, humor e ironia.


ID
2794369
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere os trechos:


I – [...] mas deu início à corrida nuclear [...]

II – [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]


Nesses trechos, a ocorrência do acento grave justifica-se, também,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A.


    I) [...] mas deu início à corrida nuclear [...]. Quem DÁ INÍCIO, dá início a alguma coisa. O verbo DAR rege a preposição "a". Como o substantivo "corrida" pede o artigo definido "a", tem-se a crase.


    II) [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]. Quem CAÇA, caça A alguém. Como CAÇA, nessa frase, é um substantivo (observe o artigo "a" antes), a regência se dá pelo nome. Além disso, como o substantivo "bruxas" pede o artigo definido "as", tem-se a crase.

  • Triste ver como o comentário mais curtido está com um conceito equivocado.

  • Quanto a primeira alternativa,... Quem dá início, dá início a alguma coisa. Exige-se a preposição "a" pelo verbo DAR, seguindo com o artigo definido do substantivo feminino "corrida".

    Agora, corrigindo o equívoco do colega quanto a segunda alternativa, .... Quem caça, caça alguma coisa.

    Exemplo: "ele caçou o lobo"(CERTO)

    ; não se põe.. "ele caçou ao lobo"(INCORRETO)

    O único motivo da segunda alternativa ser regência nominal é porque "a caçada" ,como substantivo, exige preposição "a", então NUNCA que haveria a pergunta ao verbo como o amiguinho Jardel fez no comentário.

  • Triste ver como o comentário mais curtido está com um conceito equivocado ²

  • Onde DAR INÍCIO é um verbo?? CUIDADO GALERA!!!

    INÍCIO é um NOME e OBJETO DIRETO.

    Alternativa I

    No contexto, o verbo DAR é VTDI -> quem DÁ, DÁ ALGO [início] A ALGUÉM [à corrida nuclear], portanto a regência do verbo exigiu a preposição.

  • I – [...] mas deu início à corrida nuclear [...]

    II – [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]

    Deu início = locução verbal

    Caça = nome (no sentido de tudo o que não é verbo)

  • Para tirar a dúvida com relação a "I":

    Deu à corrida nuclear, início.


ID
2794372
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

A opção em que a palavra em destaque possibilita a depreensão de uma informação implícita é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "D".

     

  • Gabarito: D

    [...] foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear [...]. 

  • Alguém poderia explicar o motivo da alternativa D estar correta?

  • foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear.

    Está implícito que apesar de Einstein ser um "cara da PAZ", foi ele quem deu o pontapé inicial para a GUERRA, escrevendo para o Presidente sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares.

  • Não tem nada implícito. É explícito.
  • A informação implícita é a carta ao presidente?

  • Confesso que fui por eliminação! Mas dps de ler o cometário de Micarla Soares entendi melhor

    !


ID
2794375
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o trecho:


[...] os dilemas que cientistas enfrentam quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares.


A palavra em destaque qualifica o trabalho do cientista como sendo, muitas vezes,

Alternativas
Comentários
  •  contemplativo: Movimento de meditação e máxima atenção.

  • Medidativo: reflexivo, pensativo.

  • Contemplação: Meditação profunda.


ID
2794378
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O sistema operacional Linux oferece suporte a diversos sistemas de arquivos, o que garante flexibilidade na hora da instalação de alguma distribuição em um computador. Dentre as características presentes nos diversos sistemas de arquivos, talvez a principal seja a que permite recuperar um sistema afetado por após algum problema no disco, em velocidade muito maior do que aquela verificada em sistemas que carecem dessa propriedade. Essa característica é denominada

Alternativas
Comentários
  • O sistema de journaling grava qualquer operação que será feita no disco em uma área especial chamada "journal", assim se acontecer algum problema durante a operação de disco, ele pode voltar ao estado anterior do arquivo, ou finalizar a operação.

    Desta forma, o journal acrescenta ao sistema de arquivos o suporte a alta disponibilidade e maior tolerância a falhas. Após uma falha de energia, por exemplo, o journal é analisado durante a montagem do sistema de arquivos e todas as operações que estavam sendo feitas no disco são verificadas. Dependendo do estado da operação, elas podem ser desfeitas ou finalizadas. O retorno do servidor é praticamente imediato (sem precisar a enorme espera da execução do fsck em partições maiores que 10Gb), garantindo o rápido retorno dos serviços da máquina.

    Outra situação que pode ser evitada é com inconsistências no sistema de arquivos do servidor após a situação acima, fazendo o servidor ficar em estado 'single user' e esperando pela intervenção do administrador. Este capí­tulo do guia explica a utilização de journaling usando o sistema de arquivos ext3 (veja [#s-disc-ext3 Partição EXT3 (Linux Native), Seção 5.5] para detalhes).

     

    https://pt.wikibooks.org/wiki/Guia_do_Linux/Iniciante%2BIntermedi%C3%A1rio/Discos_e_Parti%C3%A7%C3%B5es/Journaling

  • Journaling


    É um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco


    GAB. C

  • Resposta -> Letra C


    DEFRAG -> Desfregmentador de disco;


    EXT3 - > Sistema de arquivo;

    JOURNALING -> Mantém um log (jornal) de todas as mudanças no sistema de arquivo antes de escrever os dados no disco -> possibilita a recuperação de informações;


    RECOVER (NÃO ENCONTREI A EXPLICAÇÃO)... Encontrei RECOVERY -> Uma espécie de "modo de segurança" onde você pode executar tarefas que podem corrigir um sistema que esteja quebrado.



    Bons estudos!

  • Journaling é um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco (ex.: quando um disco está sujo) em uma velocidade muito maior que nos sistemas de arquivos sem journaling. Tanto o Windows quanto o Linux podem desfrutar deste recurso.

    GAB: C

  • O journaling é é um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco (ex.: quando um disco está sujo) em uma velocidade muito maior que nos sistemas de arquivos sem journaling. 

    EXT3 é um sistema que arquivos que possui journaling.

    Resposta certa, alternativa c).

  • GABARITO C.

    Ext2: Sem journaling.

    Ext3: Com journaling.

    BONS ESTUDOS GALERINHA!!!

  • Resumindo e complementando os comentários dos colegas:

    Journaling: tolerância a falhas, recuperação e reparação de erros. A questão sempre virá nesse contexto.

    Bons estudos a todos!


ID
2794381
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A criação de tabelas no Microsoft Excel 2016, para Windows 10 em PT-BR, amplia a capacidade de gerenciamento e análise de dados, ao permitir referência às células e colunas de modo mais eficiente. Esse modo de referência é denominado Referência Estruturada, uma vez que usa o nome das colunas de uma tabela com cabeçalho para acessar os valores das células, além do uso de Especificadores que permitem aplicar filtro ou acessar partes específicas de uma tabela. Dentre os especificadores, o

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

     

  • díficil :/

  • Indiquem para comentário!

  • < > diferente de       [  ]  intervalo 

  • Essa banca é o DEMÔNIO. Deus me livre um dia ter que fazer uma prova deles.

  • D- não sei porque! kkkk

  • d)

    [ []:[] ] monta uma referência à tabela denominada nome1 com o intervalo entre as colunas nome2 e nome3.

  • Nunca vi isso


ID
2794393
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

José foi servidor efetivo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte e, no ano de 2016, após responder a processo administrativo disciplinar, foi demitido. Em março de 2017, uma decisão judicial invalidou o processo administrativo e determinou o retorno de José ao serviço público. Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei nº 8.112/90, o instituto aplicado ao caso de José foi a

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

     Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

     

    [Gab. B]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    bons estudos

  •  a) readaptação: LIMITAÇÃO

     b) reintegração: DEMISSÃO INVALIDADA

     c) reversão: APOSENTADO

     d) recondução: CARGO ANTERIOR

     

    As demais derivadas:

    Nomeação: ORIGINÁRIA: ÚNICA - POSSE

    Promoção: CARREIRA

    Aproveitamento: EM DISPONIBILIDADE

  • GABARITO: LETRA B

    Seção IX

    Da Reintegração

    Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

     § 1  Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

     § 2  Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990. 

  • GABARITO: LETRA B

    É o retorno do servidor estável ao seu cargo de origem quando INVALIDADA a sua DEMISSÃO por decisão ADMINISTRATIVA ou JUDICIAL.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 8º, Lei 8.112/90. São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    MACETE:

    Eu aproveito o disponível.

    Eu reintegro o servidor que sofreu demissão (Demissão de servidor estável invalidada por sentença judicial.

    Eu readapto o incapacitado.

    Eu reverto o aposentado.

    Eu reconduzo a inabilitado e o ocupante do cargo do reintegrado.

    Dito isso:

    A. ERRADO. Readaptação.

    Art. 24, Lei 8.112/90. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

    §1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

    §2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

    B. CERTO. Reintegração.

    Art. 28, Lei 8.112/90. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    C. ERRADO. Reversão.

    Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

    II - no interesse da administração, desde que: 

    a) tenha solicitado a reversão; 

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 

    c) estável quando na atividade; 

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;     

    e) haja cargo vago.  

    D. ERRADO. Recondução.

    Art. 29, Lei 8.112/90. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
2794396
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca dos afastamentos previstos na Lei nº. 8.112/1990, analise as seguintes afirmativas:


I Pode ser concedido afastamento para o servidor exercer cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.

II Quando investido em mandato de prefeito, o servidor pode optar pela remuneração do cargo eletivo, desde que exerça as atribuições do cargo efetivo.

III O afastamento de servidor para estudo ou missão no exterior não poderá exceder a quatro anos, e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período será permitida nova ausência.

IV O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.


Dentre as afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • I-   Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios. correta

    II- Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

            I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

            II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração Questão afirma erroneamente.

    III-  Art. 95.  O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.                        (Vide Decreto nº 1.387, de 1995)

            § 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. correta

    IV- Art. 96-A. 

    § 2o  Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. 

    Gab.C

  • Servidor em estágio probatório não tem direito a quase nada...

    Eu sei porque estou no estágio probatório... Faça seu trabalho bem feito e obedeça sua Chefia.

  • Letra C

  • Eu aqui doidinha pra afastar pra mestrado também.... kkkkk

  • Vereador -> opta por remuneração ou do mandato eletivo ou do serviço público Se compatível horário recebe os dois (!) Prefeito -> afastado do serviço público
  • Afastamentos permitidos ao servidor em EP:

    - Mandato eletivo;

    - Estudo/missão no exterior (nesse há suspensão do estágio probatório).

  • Urra, 4 anos é tempo demais

  • O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.

    O servidor para afastamento de:

    MESTRADO tem que estar na instituição a pelos menos 3 anos (já ser estável)

    DOUTORADO tem que estar na instituição a pelos menos 4 anos

  • GABARITO: C

    I - CERTO: Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios.

    II - ERRADO: Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

    III - CERTO:  Art. 95. § 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 

    IV - ERRADA: Art. 96-A. § 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Analisando os itens

    Item I) Este item está correto, pois dispõe o artigo 93, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

    I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

    II - em casos previstos em leis específicas."

    Item II) Este item está incorreto, pois dispõe o artigo 94, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

    b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração."

    Portanto, no caso de mandato eletivo de Prefeito, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    Item III) Este item está correto, pois dispõe o artigo 95, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência."

    Item IV) Este item está incorreto, pois, conforme o § 2º, do artigo 96-A, da citada lei, "os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento." Logo, o servidor em estágio probatório não tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.

    Gabarito: letra "c".

  • GABARITO: LETRA C

    I Pode ser concedido afastamento para o servidor exercer cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios. CORRETO

    II Quando investido em mandato de prefeito, o servidor pode optar pela remuneração do cargo eletivo, desde que exerça as atribuições do cargo efetivo. ERRADO, ele será afastado do cargo.

    III O afastamento de servidor para estudo ou missão no exterior não poderá exceder a quatro anos, e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período será permitida nova ausência. CORRETO.

    IV O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país. ERRADO, probatório não admite Afastamento pra Estudo.


ID
2794399
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Maria, servidora pública efetiva do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, foi eleita deputada estadual em seu estado de origem. De acordo com as disposições previstas no regime jurídico dos servidores civis da União (Lei nº 8.112/90), Maria

Alternativas
Comentários
  • Gab A.

    Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

            I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

  • Letra A

  • Vereador pode acumular o cargo de servidor público e de vereador, além de receber os dois salários (remuneração serviço público + subsídio do vereador), se houver compatibilidade de horários.

    Prefeito pode optar pela remuneração, mas não pode cumular os dois cargos.

    Deputados, governadores, senadores e toda a prole, não tem opção de acumular cargos, muito menos optar por um valor ou outro, independente se tiver compatibilidade de horários.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 94, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

    b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração."

    - No caso do inciso I elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e receberá o subsídio do mandato eletivo (não há a opção de optar pela remuneração). Alguns exemplos de mandato eletivo referentes ao item "1" são o de Senador, Deputado Federal e Estadual.

    - No caso do inciso II elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    - No caso do inciso III elencado acima, se houver compatibilidade de horários com o cargo de Vereador, o servidor perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Todavia, caso não haja compatibilidade de horários, aplica-se o mesmo caso do Prefeito (afasta-se do seu cargo e poderá optar pela remuneração).

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, por se tratar de um mandato eletivo estadual (deputada estadual), Maria deverá se afastar de seu cargo efetivo, mesmo se houver compatibilidade de horários, recebendo o subsídio referente ao mandato eletivo.

    Gabarito: letra "a". 


ID
2794402
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca do vencimento e da remuneração dos servidores, o regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90) dispõe que

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

    Art. 44.  O servidor perderá:

     

            I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 

     

            II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata

     

    [Gab.D]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    bons estudos

  • Titulo III

        Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

  • a) art 44

    Parágrafo único.  As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.


    b) Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.


    c) Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.


    d) GABARITO

  • Pode compensar a falta justificada, a critério da chefia imediata.

    As faltas injustificadas = perde a remuneração do dia.

     

    Remuneração = vencimento + vantagens (gratificações e adicionais)

    *as indenizações também são vantagens, mas não se incorporam ao vencimento

     

    Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

  • Uma dica para levar para vida:

    Servidor ativo recebe vencimentos + vantagens = REMUNERAÇÃO

    Servidor Aposentado não recebe remuneração, mas sim PROVENTOS

    Servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial recebe : RETRIBUIÇÃO

    Dependente de servidor falecido recebe: PENSÃO

    O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais recebem: SUBSÍDIO, em parcela única.

    Garanto a você, que se você gravar isso, a leitura da lei a partir de então ficará mais leve e clara.

    Fonte: Lei 8.112 e CF.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 44.  O servidor perderá:

    I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;   

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990. 

  • o servidor perderá a remuneração do dia em caso de falta injustificada.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o Parágrafo único, do artigo 44, da citada lei, "as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício."

    Letra b) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o caput, do artigo 41, da citada lei, "remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei."

    Letra c) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o caput, do artigo 40, da citada lei, "vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei."

    Letra d) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela. Dispõe o artigo 44, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 44. O servidor perderá:

    I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;

    II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

    Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício."

    Gabarito: letra "d".


ID
2794405
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz das normas previstas no regime jurídico dos servidores civis da União (Lei nº 8.112/90), a ação disciplinar prescreve em

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

    Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

     

            I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

     

            II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

     

            III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    [Gab. C]

     

    bons estudos

  • DISK PRESCRIÇÃO( ação) = 18025 -  adv/sus/dem

  • Letra C

  • NÃO CONFUNDIR COM O PRAZO DE PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE PETIÇÃO


    Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

            I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

            II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

            Parágrafo único.  O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

  • Lembrem-se do teclado do computador.


    O tempo de prescrição será de :


    180 Dias 2 Anos 5 Anos

    A S D

  • Resuminho



    --> Cancelamento dos registros:

    *Advertência - 3 anos (se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar)

    *Suspensão - 5 anos


    --> Prescrição da ação disciplinar: (a contar da data em que a adm. tomar ciência do ato)

    *Advertência - 180 dias

    *Suspensão - 2 anos

    *Demissão - 5 anos

  • Prescrição:

    180 dias / 2 anos / 5 anos (A/S/D)

     

    Cancelamento:

    3 anos / 5 anos / --- (A/S/D)

  • CINCO anos, quando for infração punida com demissão, CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE E DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO.

    cento e OITENTA dias, quando for infração punida com advertência.

    dois anos, quando for infração punida com suspensão.

    CINCO ANOS, quando for infração punida com demissão.

  • Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 142, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência."

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, conclui-se que apenas o contido na alternativa "c" corresponde a um prazo correto relativo à prescrição da ação disciplinar, qual seja: dois anos, quando for infração punida com suspensão.

    Gabarito: letra "c".


ID
2794408
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Conforme dispõe o regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/1990), durante a fase de instrução do inquérito administrativo, ocorre

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

     Art. 155.  Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos

     

    [Gab. B]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

  • PAD (60 dias+60 dias)

    03 Fases:

    I) INSTAURAÇÃO: fase em que é formada comissão composta por 03 servidores estáveis designados por autoridade competente;

    II) INQUÉRITO ADMINISTRATIVO:

         A- INSTRUÇÃO: depoimento, acareação e perícia;

         B- DEFESA DO ACUSADO INDICIADO: escrita no prazo de 10 dias (1 acusado) ou 20 dias (+ de 1 acusado);

         C- RELATÓRIO: resumo das provas, indicando a culpa ou inocência do servidor indiciado;

    III) JULGAMENTO: a autoridade competente terá 20 dias, contados a partir do recebimento do processo, para tomar decisão. 

     

  • Questão ótima para revisão!

  • Letra B

  • Instauração

    Inquérito (instrução, defesa, relatório)

    Julgamento

     

    a) a apresentação de defesa escrita pelo servidor no prazo de dez dias. Ocorre na fase de defesa e não de instrução.

    b) a coleta de provas, a inquirição de testemunhas e o interrogatório do servidor. Gabarito

    c) a elaboração de parecer conclusivo, opinando pela inocência ou responsabili dade do servidor. Relatório

    d) a decisão pela autoridade competente, no prazo de vinte dias a partir do recebimento do processo. Julgamento 

  • perícia é interrogatório?

  • GABARITO: B

     Art. 155.  Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

  • Algumas pessoas estao confundindo. A 8.112 dá diferentes nomenclaturas para a segunda fase do PAD Sumário (art. 133) e PAD Ordinário (art. 151).

    sumário - segunda fase eh INSTRUÇÃO formada pelo indiciamento, defesa e relatorio

    A defesa aqui é de 5 dias

    ordinário - segunda fase eh INQUÉRITO formada pela instrução, defesa e relatorio

    A defesa aqui é de 10 dias ( 2 ou mais indiciados sera 20 dias e se citado por edital o prazo eh de 15 dias)

    A questao fala na fase de INSTRUÇÃO , logo se refere ao pad sumário, o qual o prazo de defesa sao de 5 dias e nao de 10, como se refere a letra A.

  • Ótima questão. Parece fácil, mas não é. A letra A) está dentro do inquérito. Mas como a questão pediu Instrução do Inquérito, a resposta passa a ser a letra B. Quem não estiver atento erra bem bonito.

  • A presente questão trata de tema afeto aos servidores públicos, nos termos da Lei n. 8.112/1990.

     

    Passemos a analisar cada uma das assertivas.

     

    A – ERRADA – a apresentação de defesa escrita pelo servidor no prazo de dez dias.

     

    O erro da assertiva é referente ao prazo mencionado, sendo que, durante a fase de instrução do inquérito administrativo, a apresentação de defesa escrita pelo servidor é no prazo de cinco dias.

     

    B – CORRETA – a coleta de provas, a inquirição de testemunhas e o interrogatório do servidor.

     

    Conforme reza o art. 155 da referida lei, vejamos:  “Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.”


    C – ERRADA – a elaboração de parecer conclusivo, opinando pela inocência ou responsabilidade do servidor.

     

    O erro consta na palavra “parecer”, sendo que o correto seria “relatório”, vejamos:

     

    “Art. 133:  Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:  (...)


    § 3o  Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.”

     

    D – ERRADA – a decisão pela autoridade competente, no prazo de vinte dias a partir do recebimento do processo. 

     

    O erro consta na palavra “decisão”, eis que o prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo.

     




    Gabarito da banca e do professor: letra B. 

ID
2794411
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Nos termos do que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996), o dever do Estado com a educação pública será efetivado mediante a garantia de

Alternativas
Comentários
  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:


    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:            (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    a) pré-escola;             (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    b) ensino fundamental;           (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    c) ensino médio;           (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;           (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;            (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria;             (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

    VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;             (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.             (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

  • GABARITO LETRA "C"

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;             

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    ----------

    B) atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas complementares (suplementares) de material didático, transporte e segurança. [errada]

    ----------

    c) oferta de educação escolar para jovens e adultos, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. [CORRETA]

    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

  • muito bom

  • muito bom


ID
2794414
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A educação profissional e tecnológica integra-se aos diferentes níveis, às diferentes modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Nessa perspectiva e considerando o que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996),

Alternativas
Comentários
  • A resposta é a letra "A".

  • ai ai viuu

  • CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - Da Educação Profissional e Tecnológica


    A) CORRETA

    Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.


    B) INCORRETA


    Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.


    C) INCORRETA


    Art. 39

    § 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.


    D) INCORRETA


    Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.


ID
2794417
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme dispõe a lei que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Lei nº 11.892/2008), os Institutos Federais se definem, por sua natureza jurídica, como

Alternativas
Comentários
  • Letra - B


    Parágrafo único. As instituições mencionadas nos incisos I, II, III e V do caput possuem natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.677, de 2012)

  • Gab.: B

    autarquias, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático - pedagógica e disciplinar.

  • As instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, possuem natureza jurídica de AUTARQUIA, detentoras de AUTONOMIA administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, EXCETO as Escolas Técnicas VINCULADAS às Universidades Federais.


ID
2794420
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com o disposto na lei que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Lei nº 11.892/2008), é objetivo dos Institutos Federais

Alternativas
Comentários
  • (correta) estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional.


    (errada) desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação profissional e técnica, em articulação com o mundo do traba lho e a iniciativa privada, e com ênfase na produção, no desenvolvimento e na difusão de conhecimentos científicos e culturais.(e tecnológicos)


    (errada) estimular e apoiar processos econômicos e produtivos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento sociocultural nacional.


    (errada) desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação básica e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos econômicos e culturais.


  • correta: A


    b) Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação profissional e técnica, em articulação com o mundo do trabalho e a iniciativa privada (e os segmentos sociais), e com ênfase na produção, no desenvolvimento e na difusão de conhecimentos científicos e culturais (tecnológicos).


    c) Estimular e apoiar processos econômicos e produtivos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento sociocultural nacional.( socioeconômico local e regional)

    D) Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação básica e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos econômicos e culturais científicos e tecnológicos)

  • Seção III

    Dos Objetivos dos Institutos Federais

    Art. 7o Observadas as finalidades e características definidas no art. 6o desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:

    V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; 

    Gab. A

  • Dos Objetivos dos Institutos Federais

    Art. 7 Observadas as finalidades e características definidas no art. 6 desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:

    I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos;

    II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;

    III - realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;

    IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos;

    V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e (Gabarito)

    VI - ministrar em nível de educação superior:

    a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia;

    b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional;

    c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento;

    d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e

    e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no processo de geração e inovação tecnológica.


ID
2843956
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Estudos sobre bem estar animal começaram a ser desenvolvidos ainda na década de 70, a partir do interesse da sociedade sobre o sofrimento animal, houve um avanço significativo, e muito conhecimento tem sido construído. A suinocultura no Brasil é uma das formas de criação mais intensificadas, embora a pressão de mercado, sobretudo de países europeus, venha incentivando a mudança. Na realização do transporte de suínos para o abate é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • gab. c


ID
2843959
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

. A ocorrência de problemas comportamentais em cães tem implicações no seu bem-estar, levando a dificuldades de relacionamento com seus tutores. Quando se avalia o bem-estar-animal, deve-se atentar aos sinais de conforto para os animais. Sobre comportamento e bem estar em cães, é correto afirmar:

Alternativas

ID
2843962
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O entendimento da senciência como a capacidade que um animal tem de sentir conscientemente algo, ou seja, de estar consciente do que acontece ao seu redor , intensificou o interesse pelo bem-estar animal, uma vez que, se eles sentem dor e medo, também sentirão conforto em condições satisfatórias para sua espécie. Em sua convivência com os animais, os humanos precisam levar em conta a senciência, tendo em vista que algumas espécies, como o cavalo, por exemplo, participam largamente da sociedade humana, seja para a execução de serviços seja em atividade de lazer.
Sobre esta espécie, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A) os cavalos naturalmente estabelecem uma ordem social duradoura, e o reforço da relação de dominância entre os indivíduos é relativamente baixa. Podem formar duplas que se apoiam mutuamente.

    B

    os ambientes e instalações que abrigam cavalos, devem prioritariamente facilitar o trabalho do humano... ( Devem priorizar os aspectos como características físicas dos animais, higiene e segurança; além de proteção contra umidade e vento.

    C

    os cavalos domesticados há 6000 anos são predadores naturais e, desde sua domesticação, pouco mudaram em aparência, mas suas necessidades físicas e mentais mudaram muito.

    D

    os comportamentos naturais da espécie equina, que apresenta estômago pequeno, tais como, coprofagia, ingestão de cama e pedaços de madeira, são interpretadas pelos tratadores, como estereotipias e incômodas para os animais.


ID
2843965
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Na observação do crescimento bacteriano, utilizam-se métodos de medida que podem ser diretos e indiretos. Entre esses métodos, pode-se utilizar a curva de crescimento, que é arbitrariamente dividida nas seguintes fases sequenciais:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA D  

     • Fase de “lag”: Nesta fase os microrganismos não revelam um aumento de número em determinações de massa, toda via, geralmente demonstram que há um aumento, reflexo de um aumento no tamanho dos indivíduos.

    • Fase de crescimento exponencial (logarítmica): Nesta fase os microrganismos se encontram na plenitude de suas capacidades, num meio cujo suprimentos de nutrientes é superior às necessidades do microrganismo.

     • Fase estacionária: Nesta fase, a velocidade de crescimento dos microrganismos vai diminuindo até atingir a fase em que o número de novos microrganismos é igual ao número de microrganismos que morre. As causas dessa parada de crescimento podem ser devido ao acúmulo de metabólitos tóxicos, o esgotamento de nutrientes e o esgotamento de O2.

     • Fase de declínio ou morte: Nesta fase, a quantidade de microrganismos que morre torna-se progressivamente superior àquela dos que surgem.    


ID
2843968
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA, tem suas atividades de competência da União e executadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. De acordo com este documento é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA

    Art. 10. Para os fins deste Decreto, são adotados os seguintes conceitos:

    I - análise de autocontrole - análise efetuada pelo estabelecimento para controle de processo e monitoramento da conformidade das matérias-primas, dos ingredientes, dos insumos e dos produtos;


    Art. 11. A inspeção federal será instalada em caráter permanente nos estabelecimentos de carnes e derivados que abatem as diferentes espécies de açougue e de caça. § 1º No caso de répteis e anfíbios, a inspeção e a fiscalização serão realizadas em caráter permanente apenas durante as operações de abate. § 2º Nos demais estabelecimentos previstos neste Decreto, a inspeção federal será instalada em caráter periódico. § 3º A frequência de inspeção e a fiscalização de que trata o § 2º será estabelecida em normas complementares.

  • Correta "A"

    RIISPOA => Art. 3º A inspeção e a fiscalização industrial e sanitária em estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem comércio municipal e intermunicipal serão regidas por este Decreto, quando os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não dispuserem de legislação própria.

    Alternativa B - Incorreta

    Art. 4º - Apenas os estabelecimentos de produtos de origem animal que funcionem sob o SIF podem realizar comércio internacional.

    Alternativa C - Incorreta (Deu o conceito de APPCC)

    Art. 10. Para os fins deste Decreto, são adotados os seguintes conceitos:

    I - análise de autocontrole - análise efetuada pelo estabelecimento para controle de processo e monitoramento da conformidade das matérias-primas, dos ingredientes, dos insumos e dos produtos.

    Alternativa D - Incorreta

    Art. 11 - § 1º No caso de répteis e anfíbios, a inspeção e a fiscalização serão realizadas em caráter permanente APENAS durante as operações de abate.

  • Art. 11. A inspeção federal será realizada em caráter permanente ou periódico. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)

    § 1º A inspeção federal em caráter permanente consiste na presença do serviço oficial de inspeção para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização ante mortem e post mortem, durante as operações de abate das diferentes espécies de açougue, de caça, de anfíbios e répteis nos estabelecimentos, nos termos do disposto no art. 14. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020) 

    questão desatualizada

    Com a redação dada pelo novo decreto nº 10.468 a inspeção permanente em casos de répteis e anfibios não será somente durante as operações de abate. Tornando o GABARITO D correto.

  • ALTERNATIVA CORRETA A

    RIISPOA 2020 - DECRETO Nº 10.468, DE 18 DE AGOSTO DE 2020

    Art. 3º A inspeção e a fiscalização industrial e sanitária em estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem COMÉRCIO MUNICIPAL E INTERMUNICIPAL serão regidas por este DECRETO, quando os ESTADOS, o DISTRITOS FEDERAL E OS MUNICÍPIOS NÃO dispuserem de LEGISLAÇÃO PRÓPIA.

    Art. 4º Apenas os estabelecimentos de produtos de origem animal que funcionem sob o SIF podem realizar comércio internacional.

    Art. 10º. Para os fins deste Decreto, são adotados os seguintes conceitos:

    • I - análise de autocontrole - análise efetuada pelo estabelecimento para controle de processo e monitoramento da conformidade das matérias-primas, dos ingredientes, dos insumos e dos produtos;

    • II - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC - sistema que identifica, avalia e controla perigos que são significativos para a inocuidade dos produtos de origem animal;

    Art. 11. A inspeção federal será realizada em caráter permanente ou periódico.

    • § 1º A inspeção federal em caráter permanente consiste na presença do serviço oficial de inspeção para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização ante mortem e post mortem , durante as operações de abate das diferentes espécies de açougue, de caça, de anfíbios e répteis nos estabelecimentos, nos termos do disposto no art. 14. 

ID
2843971
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Segundo o RIISPOA, o estabelecimento de produtos de origem animal deve dispor de algumas condições básicas, comuns, respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis, sem prejuízo de outros critérios estabelecidos em normas complementares.
Nesse contexto, além das condições básicas, os estabelecimentos de pescado e derivados devem dispor de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D 



    Art. 44. Os estabelecimentos de pescado e derivados, respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis, também devem dispor de: 


         I - cobertura que permita a proteção do pescado durante as operações de descarga nos estabelecimentos que possuam cais ou trapiche; 


         II - câmara de espera e equipamento de lavagem do pescado nos estabelecimentos que o recebam diretamente da produção primária; 


         III - local para lavagem e depuração dos moluscos bivalves, tratando-se de estação depuradora de moluscos bivalves; e 


         IV - instalações e equipamentos específicos para o tratamento e o abastecimento de água do mar limpa, quando esta for utilizada em operações de processamento de pescado, observando os parâmetros definidos pelo órgão competente. 


ID
2843974
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O Sistema Endotelina ocorre fisiologicamente em todos os tecidos. A família das endotelinas (ET), está constituida por tres isoformas de 21 aminoácidos: endotelina-1 (ET-1), endotelina-2 (ET-2) e endotelina-3 (ET-3).

Sobre as endotelinas, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    são responsáveis por um dos mais potentes mecanismos de vasoconstrição e têm função principal localmente, sendo três isopeptídeos originados de três genes distinto


ID
2843977
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

A função renal em animais deve ser sempre monitorada, por meio da simples observação da diurese, como também por exames complexos, quando há relato ou observação de alguma falha em sua fisiologia. Para preservar a função renal, podem ser indicadas substâncias, tais como diuréticos.

Sobre esses medicamentos, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A - Errada - Furosemida é um diurético de alça

    B - Gabarito

    C - Errada - O manito é um diurético osmótico, porém, o ácido etacrínico é um diurético de alça.

    D - Errada - O triantereno é um poupador de potássio.


ID
2843980
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O uso de produtos para eliminar animais sinantrópicos pode, em muitos casos, oferecer riscos à saúde humana e animal. Alguns rodenticidas estão proibidos no mercado pela sua letalidade para mamíferos, incluindo os humanos.

Sobre o Fluoracetato de sódio (FAS) e seu uso, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O Ácido Monofluoracético (MFA) encontrado na Policourea Marcgravii (erva-de-rato) se transforma em Fluoracetato de Sódio (FAS), causando elevada mortalidade em bovinos.

  • A - sinais cardíacos e neurológicos estão associados ao acúmulo de citrato nesses tecidos, levando à alcalose metabólica e à hipercalcemia. (os sintomas cardíacos e neurológicos estão associados ao acúmulo de citrato nesses tecidos e aos efeitos da acidose metabólica e hipocalcemia - fonte: tratado de medicina interna de cães e gatos - Jericó)

    B - o Fluoracetato de sódio caracteriza-se por ser uma substância de alta toxicidade, lipossolúvel, insipida, inodora e cujo uso é permitido no Brasil e nos E.U.A (o uso é proibido)

    C - animais intoxicados com FAS desenvolvem como sinais clínicos, após 8 horas da ingestão, sialorreia e paralisia muscular ou convulsão. (podendo ocorrer os sintomas iniciais entre 30 min e 4 a 6 h após a ingestão do tóxico. Fonte: tratado de medicina interna de cães e gatos - Jericó)

    D - o FAS pode ser encontrado como principio ativo em algumas plantas tóxicas no Brasil, entre elas, a “erva-de-rato”, responsável pela mortalidade de ruminantes devido a sua ingestão.

  • Fluoracetato de sódio é a forma de veneno da P. marcgravii (cafézinho/erva-de-rato). É nativa do brasil, mas o veneno é proibido em todo o mundo. Causa anóxia e morte súbita.


ID
2843983
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Na clínica de pequenos animais são frequentes acidentes com ingestão de rodenticidas. Dependendo de sua formulação medidas são necessárias para diminuir a gravidade das lesões e obter sucesso no tratamento. Sobre o medicamento indicado no protocolo inicial em intoxicações por rodenticidas anticoagulantes, o veterinário deve saber que no protocolo animal,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES (Cumarínicos)

    Principais compostos: warfarin, dicumarol, pindone, clorfacione e valone.

    Vantagens: roedor não percebe a causa da morte, evitando o medo da isca pela colônia.

    Desvantagens: ingerir mais vezes e as iscas devem ser renovadas, o que aumenta os custos.

    Mecanismo de ação: Inibem a formação, no fígado, dos fatores de coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X). Estes produtos aumentam também a fragilidade capilar em altas doses e/ou pelo uso repetido.

    Tratamento

    Antídoto: Vitamina K1 (Fitomenadiona) - Kanakion: 0,6 mg/Kg de peso para crianças, e 10,0 a 20,0 mg para adultos. Estas doses podem ser feitas como dose única ou a cada 8 a 12 horas nos casos graves, administrada por via endovenosa lentamente, não ultrapassando a velocidade de 1,0 mg/min, associada a transfusão de plasma ou sangue fresco, se necessário. Evitar fármacos que alterem metabolismo dos anticoagulantes. A duração do tratamento usualmente é demorada.

    Fonte: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Intoxicacoes_por_Raticidas.pdf


ID
2843986
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Os felídeos silvestres ou domésticos pertencem a um dos grupos de animais mais apreciados pelos humanos. São admirados pela sua beleza e imponência, sobretudo os grandes felídeos que são os maiores predadores terrestres. Como carnívoros, os gatos domésticos dependem de nutrientes encontrados no tecido animal.

Sobre os gatos domésticos, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A - CORRETA - Gatos não têm a enzima dioxigenase necessária para converter bcaroteno em retinol (vitamina A), então, precisam de uma fonte alimentar de vitamina A pré-formada em sua dieta. Na natureza, vitamina A pré-formada só pode ser encontrada em alimentos de origem animal (WALTAHN NEWS, 2010)

    B - ERRADA - Gatos são incapazes de converter ácido linoléico em ácido araquidônico e, então, precisam de uma fonte destes ácidos graxos essenciais (AGE) em sua dieta (GANDJEAN, 2010).

    C - ERRADA - Carboidratos e fibras são importantes para a produção de energia e uma boa digestão nos gatos. Para obter energia imediata, o corpo do gato converte carboidratos (a energia de reserva é armazenada como glicogênio). Fibras suportam uma boa digestão e a consistência apropriada das fezes. Em rações para animais domésticos, grãos como arroz, milho e trigo, são boas fontes de carboidratos e fibras (GANDJEAN, 2010). 

    D - ERRADA - Taurina. Os sinais clínicos da deficiência de taurina já foram demonstrados virtualmente em todos os sistemas orgânicos. Entretanto, existem nos felinos três síndromes de deficiência de taurina, perfeitamente caracterizados:

    · Degeneração central da retina dos felinos (DCRF);

    · Falhas reprodutivas e insuficiente desenvolvimento fetal;

    · Cardiomiopatia dilatada dos felinos (CMD)


ID
2843989
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

No Brasil, o vírus da raiva apresenta sete variantes antigênicas (AgV) distintas. O trabalho a ser desenvolvido pelos serviços de vigilância de zoonoses deve considerar a situação epidemiológica de cada região e estado, quanto à presença da(s) variante(s) circulante(s), para determinar as medidas de controle a serem tomadas. Essas medidas pressupõem que

Alternativas
Comentários
  • O vírus da raiva (RABV) apresenta sete caracterizações antigênicas (AgV)1 distintas no Brasil, sendo duas encontradas, principalmente, em cães (AgV1 - Canis familiaris e AgV2 - Canis familiaris), três em morcegos (AgV3 - Desmodus rotundus; AgV4 - Tadarida brasiliensis e AgV6 - Lasiurus spp.) e outras duas em reservatórios silvestres, no Cerdocyon thous (AgV2*)2 e no Callithrix jacchus (AgVCN). As variantes AgV1 e AgV2 são as comumente envolvidas em epizootias caninas (possuem maior potencial de disseminação entre cães, principalmente aqueles livres ou soltos nas ruas) por ocasionar a raiva. As variantes de morcego estão relacionadas, normalmente, à raiva paralítica e, assim, apresentam menor potencial de disseminação. Já em relação às variantes de animais silvestres, há poucas informações científicas sobre seu potencial de disseminação entre os animais urbanos


ID
2843992
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O controle de roedores é feito, basicamente, aplicando-se iscas ou substâncias tóxicas em suas tocas ou nos ambientes infestados. A esses produtos dá-se o nome de raticidas ou rodenticidas. Atualmente, no Brasil, o único rodenticida permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é

Alternativas
Comentários
  • Correta B

    O controle de roedores é feito, basicamente, aplicando-se iscas ou substâncias tóxicas em suas

    tocas ou nos ambientes infestados. A esses produtos dá-se o nome de raticidas ou rodenticidas.

    Atualmente, no Brasil, os únicos rodenticidas permitidos pela Agência Nacional de Vigilância

    Sanitária (Anvisa) são os anticoagulantes à base de hidroxicumarina, nas apresentações em forma

    de pó de contato (usado exclusivamente no interior das tocas), isca granulada e isca ou bloco

    impermeável (parafinado ou extrusado).

  • Boa Sidnei!


ID
2843995
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Um produto indicado para o tratamento da leishmaniose visceral de cães autorizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e Ministério da Saúde é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    MILTEFORAN (princípio ativo Miltefosina)

    Uso - tratamento da Leishmaniose visceral e tegumentar em cães

    Posologia - 2mg/kg por 28 dias consecutivos VO

    Efeitos adversos - transtornos digestivos como vômito, diarreia e anorexia e por isso deve ser administrado durante a alimentação. Estes efeitos começaram a aparecer cinco a sete dias após o início do tratamento e duraram entre um e dois dias na maioria dos casos, podendo se estender por até sete dias para alguns animais.

    Vantagens:

    Administrado por via oral em dose diária única, por 28 dias, o que torna o tratamento mais fácil de ser realizado pelo proprietário, evitando falhas terapêuticas.

    Possui ação imunomoduladora, estimulando a resposta celular e diminuindo a carga do parasito.

    Biodisponibilidade absoluta de 94% em cães, atingindo a concentração máxima entre um período de 4 a 48 horas.

    Tem ampla distribuição nos tecidos, alcançando os tecidos-alvo.

    Meia-vida de eliminação lenta.

    Não é prejudicial ao fígado, sofre uma lenta degradação metabólica hepática em colina, um componente natural.

    Não possui excreção renal, sendo seguro para os rins.

     

    Fonte: https://br.virbac.com/home/produtos/caes/antiparasitarios-internos/main/antiparasitarios-internos/milteforan.html


ID
2843998
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O corpo lúteo é uma glândula temporária formada a partir da ovulação de um folículo ovariano, e a progesterona, a sua principal secreção, é um hormônio esteroide, que controla importantes funções reprodutivas nos mamíferos.

Em bovinos, as ações desse hormônio estão relacionadas com

Alternativas

ID
2844001
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O reconhecimento materno da gestação é o período em que o concepto finaliza a sua presença para a mãe. Esse é um importante momento da gestação, que pode ser decisivo para o seu progresso. A finalização acontece em vários momentos no decorrer da gest ação, sendo vital em algumas espécies a intervenção do embrião para a manutenção do corpo lúteo, mediante a atenuação da secreção luteínica de prostaglandina F2 α. Em espécies domésticas, o reconhecimento materno da prenhez, por meio da ação do interferon t au (INFτ) que é uma proteína sintetizada pelas células trofoblásticas do blastocisto, ocorre em

Alternativas
Comentários
  • Entre os fatores que atuam no reconhecimento do embrião pelo organismo materno nos bovinos, destaca-se o interferon tau (INF-τ). A ação do INF-τ para a manutenção da gestação consiste em inibir os fatores relacionados com a luteólise (Thatcher et al., 2001), com seu efeito sendo tão importante que o atraso e/ou mesmo quantidades insuficientes de sua secreção podem ser responsáveis por prematura morte embrionária (Arnold et al., 2000)


ID
2844004
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Determinantes da doença são quaisquer características que afetem a saúde de uma população. O conhecimento deles facilita a identificação das categorias de animais que estão particularmente em risco de desenvolver a doença. Os determinantes são classificados em primários e secundários, intrínsecos e extrínsecos e associados ao hospedeiro, ao agente ou ao meio ambiente. Um possível determinante intrínseco para prurido canino é

Alternativas

ID
2844007
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Considere os seguintes sinais clínicos: febre alta, depressão, corrimento nasal, tosse, lesões nodulares no tecido subcutâneo que evoluem para úlceras e, após a cicatrização, formam lesões em formato de estrela, aparecendo com maior frequência na fase crônica da doença. Esses sinais estão relacionados à enfermidade

Alternativas
Comentários
  • GAB D

    Nos equídeos (asininos, muares) observam-se frequentemente emagrecimento progressivo (Figura 1), depressão, diarreia, desnutrição com mortalidade em poucos dias, febre, quadro de comprometimento respiratório com secreção nasal purulenta, com ou sem sangue, tosse, úlceras em mucosas, granulomas na pele que ulceram (Figura 2) e cicatrizam em forma de estrela e nódulos sequenciais em cadeias linfáticas conferindo aspecto de rosário (Figura 3). Em equinos geralmente a doença se manifesta cronicamente, e os animais podem viver por anos com a infecção sem manifestação clínica. Na infecção crônica a secreção nasal é mais discreta, confundindo-se com outras afecções respiratórias. Muitas vezes os animais são assintomáticos e portanto portadores da bactéria e mantenedores da infecção no grupo.


ID
2844010
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus do gênero Flavivírus, transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. O principal vetor e reservatório da febre amarela na forma urbana é

Alternativas
Comentários
  • Aedes aegypti.

    GABARITO B

  • Os mosquitos são considerados os verdadeiros reservatórios do vírus da febre amarela. Uma vez infectados, permanecem assim durante toda a vida. Apenas as fêmeas transmitem o vírus, pois o repasto sanguíneo tem como intuito prover nutrientes essenciais para a maturação dos ovos e a consequente completude do ciclo gonotrófico. No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

    Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, 2016.

  • E na febre amarela silvestre são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.


ID
2844013
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

O conhecimento da morfologia intestinal dos animais tem grandes implicações no desenvolvimento e adequação da alimentação, e também, para estudos fisiológicos, parasitológicos e patológicos. O ceco é um segmento intestinal de fundo cego, que se origina na junção do íleo e cólon. A anatomia desse segmento varia significativamente entre os animais domésticos e está intimamente relacionada com a função desse órgão. Nos cães , por exemplo, o ceco é

Alternativas

ID
2844016
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Nos mamíferos, artéria, veia e nervo femorais formam um importante feixe vásculo-nervoso localizado na face interna da coxa, denominado trígono femoral. A artéria femoral é a estrutura palpável mais importante dessa região. Essa artéria é uma importante opção para avaliação da circulação. O músculo que forma um abaulamento discreto, na face medial da coxa, que guia os dedos imediatamente a artéria femoral é o

Alternativas
Comentários
  • letra A

  • músculo pectíneo no cão e gato, segundo GETTY (1986), é relativamente pequeno e fusiforme e surge do tendão pré-púbico, descendo na coxa em um sulco entre o músculovasto medial e o músculo adutor, para formar uma inserção distal tendínea ao longo da superfície caudal do fêmur, distalmente à sua parte média.


ID
2844019
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Infecções pelo gênero Salmonela em animais de produção e companhia estão associadas à grande variedade de manifestações clínicas entéricas e extraentéricas . Diferentes sorotipos do mocrorganismo têm sido identificados em animais com salmonelose. Não existe espécie - especificidade na infecção dos animais pelos mais de dois mil diferentes sorotipos descritos para o microrganismo, embora evidências apontem certa seletividade de determinados sorotipos nas infecções animais. Sobre esses microrganismos , é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    As Salmonelas de grande importância veterinária pertencem ao sorotipo salmonella enterica subespecie enterica.

  • Qual o erro da D?

  • GABARITO CORRETO B

    MINISTÉRIO DA SAÚDE - Manual Técnico de Diagnóstico Laboratorial da Salmonella spp.

    O gênero está constituído de duas espécies geneticamente distintas: S. enterica e S. bongori, sendo que a primeira está dividida em seis subespécies, que receberam as seguintes denominações: enterica, salamae, arizonae, diarizonae, houtenae e indica.

    As salmonelas pertencem à família Enterobacteriaceae, sendo que, morfologicamente, são bastonetes Gram negativos, geralmente móveis, capazes de formar ácido e, na maioria das vezes, gás a partir da glicose, com exceção de S. Typhi, S. Pullorum e S. Gallinarum (≤ 5% produzem gás). Também fermentam arabinose, maltose, manitol, manose, ramnose, sorbitol, trealose, xilose e dulcitol.

    A Salmonella spp. é eliminada em grande número nas fezes, contaminando o solo e a água. A sobrevida no meio ambiente pode ser muito longa, em particular na matéria orgânica. Pode permanecer viável no material fecal por longo período (anos), particularmente em fezes secas, podendo resistir mais de 28 meses nas fezes de aves, 30 meses no estrume bovino, 280 dias no solo cultivado e 120 dias na pastagem, sendo ainda encontrada em efluentes de água de esgoto, como resultado de contaminação fecal.


ID
2844022
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

A brucelose é uma antropozonose conhecida desde épocas remotas. A doença em bovinos é causada pela Brucella abortus. Em rebanhos afetados a brucelose pode resultar em diminuição da fertilidade, redução na produção de leite, abortamentos e degeneração testicular em touros. Sobre a brucelose bovina é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C



    Segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA N° 10, DE 3 DE MARÇO DE 2017. 


    Art. 25. O teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) será utilizado como teste de rotina, de acordo com as seguintes condições e critérios...



ID
2844025
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

A Dirofilariose é uma zoonose causada por nematódeos do gênero Dirofilaria . Esse gênero apresenta dois subgêneros, Dirofilaria (Dirofilaria immitis) e Notchtiella (Dirofilaria tenuis, D. repens e D. ursi), e ambos possuem parasitas capazes de infectar o ser humano. O cão , ocasionalmente o gato e raramente o ser humano são hospedeiros definitivos de D. immitis. Os sinais clínicos da infecção maciça por Dirofilaria immitis em cães são:

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Comentários
  • Sua ocorrência está intimamente ligada à presença de mosquitos vetores (Aedes spp., Anopheles spp., Culex spp.), condições climáticas favoráveis, assim como trânsito entre regiões indenes e endêmicas/epidêmicas. O ser humano pode se infectar com D. immitis (pulmão), Dirofilaria repens (pulmão, subcutâneo) e Dirofilaria tenuis (subcutâneo). A fisiopatologia está intimamente ligada à morte do parasita onde, no cão, pode induzir a obstrução de vasos circulatórios e no ser humano produzir uma lesão nodular com intensa reação inflamatória no parênquima pulmonar com formato de moeda observada nas radiografias. Pode ser diagnosticada pelo exame físico, pela detecção de microfilárias na circulação sangüínea, imunoadsorção enzimático (ELISA), alterações radiográficas, ecocardiografia, ultrassonografia e necropsia. Há riscos no tratamento, sendo a prevenção com a utilização de drogas nos animais o método mais eficaz, principalmente em visitas a áreas endêmicas ou epidêmicas.


ID
2844028
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Os Tripanossomas são um gênero de protozoários hemoflagelados constituído por centenas de espécies distribuídas em todo mundo. Entretanto, poucas são responsáveis por séria morbidade e mortalidade em animais e humanos. Essas espécies são parasitas heteróxenos, uma vez que os seus ciclos de vida passam por uma fase intermediária num hospedeiro invertebrado chamado vetor. A espécie de tripanossoma cuja multiplicação e transformação ocorrem no intestino do vetor e as formas infectantes migram para o reto e saem com as fezes é

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Comentários
  • Trypanossoma geralmente é transmitido de um hospedeiro a outro por insetos, no caso humano o principal vetor é o Triatoma infestans, um percevejo popularmente conhecido como barbeiro.