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Prova CS-UFG - 2018 - AparecidaPrev - Médico Perito Previdenciário


ID
3646681
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Com base nas ideias desenvolvidas ao longo do texto, a palavra “balada” no primeiro parágrafo se refere contextualmente a

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

    ➥ Ou seja, conforme o trecho acima, temos uma poesia com caráter narrativo de cunho épico (=que relata, em versos, uma ação heroica).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa.

    Ou seja, o de Fontane é em versos.


ID
3646684
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Que fato confirma a qualificação de o sr. von Ribbeck como um homem previdente?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

      Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

    ➥ O adjetivo em destaque possui o seguinte significado: que se previne, toma medidas antecipadas para evitar transtornos; precavido. O homem se previniu e, no futuro, sua ação teve frutos, literalmente: O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • O previdente está no sentido de que, no futuro, suas ações poderiam dar fruto. Foi o que aconteceu: as crianças pobres foram colher os frutos da árvore que ele plantou.

    Letra B.

  • Gabarito B

    Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

    (...)

    O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.


ID
3646687
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

No trecho, “Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental”, no sétimo parágrafo, o emprego da crase está relacionado à delimitação

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

     “Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental”.

    ➥ Temos dois fatos históricos delimitados (=opressão feudal e a guerra franco-prussiana); preposição "de" + artigo definido "a" (=da) + preposição "a" + artigo definido "a" (=crase= para manter o paralelismo sintático). 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Creio que podemos considerar como PARALELISMO o exemplo da questão:

    Da opressão feudal à guerra franco-prussiana;

    Da=De+a = preposição + artigo à=a+a = preposição + artigo

    da invasão sueca à ascensão de Hitler;

    da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental”

    Por gentileza, se eu estiver enganada me avisem!

  • paralelismo sintático é a correspondência de estruturas sintáticas. Ele indica as ligações entre a funções sintáticas e morfológicas dos componentes das orações.

    Esse processo visa criar uma simetria na frase, o que a torna mais coesa e coerente, facilitando a leitura do texto.

    Para haver , é importante que haja semelhanças entre as palavras, as frases e as ideias, de modo que eles possam ser comparadas entre si.

    Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase.

    da opressão feudal à guerra franco-prussiana;

    da invasão sueca à ascensão de Hitler;

    da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental”

  • Por que não é a letra "D"?

  • Não é a letra D porque não há nenhuma referência datada de tempo


ID
3646690
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

A intertextualidade é um importante recurso de progressão temática do texto de Krausz e se estabelece através da

Alternativas
Comentários
  • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.

    Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa a “repetição de uma sentença”.

  • Isso, e ele fez através de paráfrase, já que não copiou o texto do livro, mas contou com as suas palavras sem modificar a ideia, porque daí seria uma paródia.

  • Assertiva D

    A intertextualidade é um importante recurso de progressão temática do texto de Krausz e se estabelece através da paráfrase.

  • PARÁFRASE - ele apresenta o conteúdo do livro, porém não de forma literal. Ele usa de suas palavras para transcrever a mensagem do lovro.

  • Complementando os comentários dos colegas: Metonímia é a  utilizada para substituir um termo por outro, “emprestando” o seu sentido. 

    Esse prato está gostoso demais!

    No exemplo acima, o uso do termo “prato” é uma referência à comida que foi servida nele, e não ao prato em si. Por isso, a metonímia é um recurso que se utiliza de , ou seja, uma linguagem que não é literal, e sim representativa.

    Fonte: Brasilescola.uol

  • “As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane...

  • Complementando. Observar a pergunta! Ela se refere a Intertextualidade! Que pode ocorrer de duas forma:

    a) Paráfrase - escrever a mesma coisa com outra palavras, mantendo o conteúdo e o gênero.

    b) Paródia -

    c) Estilização - mantém o conteúdo do original, altera o gênero. Faz em outro estilo. Ex: quando um livro vira filme.

    Metonímia é uma figura de linguagem.

  • Intertextualidade: Que se estabelece entre dois ou mais textos. Que tem referências ou influência de um outro texto. (TIPOS)

    Citação

    A citação acontece quando as ideias de um autor são trazidas para dentro de outra obra.

    Paródia

    A paródia é um recurso geralmente utilizado com uma finalidade cômica. A paródia subverte um texto, uma música ou qualquer outro tipo de obra, dando-lhe um novo sentido.

    Paráfrase

    A paráfrase acontece quando um autor reescreve a ideia de outro com suas palavras, sem alterar o sentido da mensagem. A ideia é a mesma, mas a estrutura e as palavras podem ser diferentes.

    A diferença de uma paráfrase para a citação indireta é que na citação deve-se fazer referência ao texto-fonte, na paráfrase não existe essa necessidade.

    Alusão

    A alusão é uma menção a elementos de outro texto. Acontece de maneira indireta e sutil e pode não ser compreendida pelo leitor se ele não conhecer a referência.

    Tradução

    Para traduzir um texto é preciso interpretá-lo e reescrevê-lo da maneira mais próxima ao que pretendia o autor. (não é apenas reescrevê-la em outro idioma).

    Crossover

    Encontro ou diálogo de personagens de universos fictícios diferentes. Um dos exemplos é o filme Os Vingadores, que reúne super-heróis de diferentes narrativas.

    Epígrafe

    A epígrafe é um trecho de um texto colocado no início de uma obra e que serve como um elemento introdutório, pois dialoga com o conteúdo que será apresentado a seguir

  • Metonímia: É associação semântica que permite substituir um termo por outro baseado em uma relação lógica de “contiguidade”, “pertinência”, “continência”, “interdependência”, “causalidade”, “implicação”, enfim, uma extensão semântica e lógica que permite tomar um termo por outro. Como exemplos, temos o emprego de:

    Autor pela obra: Adoro ler Clarice Lispector

    Ser por seu atributo notório ou estado: As grávidas sofrem muito. (as mulheres grávidas) 

    Continente pelo conteúdo: A chaleira está fervendo (a água contida na chaleira) 

    Coisa por sua origem: Comprei garrafas de porto (vinho do porto)

    Causa pelo efeito: Eu vivo do suor do meu rosto. 

    Estratégia Concursos


ID
3646693
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Quanto ao sentido, o enunciado “passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado”, no segundo parágrafo, auxilia na produção do efeito de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

    ➥ Temos um efeito de mistério em relação a essa pereira mítica (=algo que é secreto, escondido, não repartido com outros; segredo).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

    Significado de Mistério

    Substantivo masculino Tudo cuja causa é oculta, desconhecida, incompreensível, inexplicável; enigma. O que a ninguém deve ser dito; confidência, segredo. 


ID
3646696
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Segundo o texto 1, o texto de Delius se diferencia formalmente do texto de Fontane porque “As Peras de Ribbeck''

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ➥ Segundo o texto: “As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gabarito B

    "Foi escrito em prosa."

    “As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa.

  • C) Não há diálogos, como o texto diz: ''é um longo monólogo anônimo'' .


ID
3646699
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Na sequenciação das ideias no texto, a construção “e - por que não?”

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

     E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

    ➥ Primeiramente, temos uma relação de produtos alimentícios, canetas, logo após, temos a expressão "por que não" trazendo uma contraexpectativa, traz a ideia de bebidas alcoólicas, algo que quebra a expectativa em relação ao que foi apresentado anteriormente. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Em português, usamos Por que não quando queremos expressar curiosidade ou até mesmo dar uma sugestão.

    Exemplos que expressam curiosidade

    PabloPor que você não bebe ?

    DiogoPorque é muito forte para mim.

    AnaPor que você não me encontrou na praia? Me deu um !

    Maria: Desculpa! Meu  quebrou no caminho.

    PauloPor que você não terminou o trabalho?

    LetíciaPorque não tive tempo.

    Anahi: Por que você não estuda os porquês?

    Jorge: Estou esperando meu professor chegar para me ajudar!

    Agora, vamos ver alguns exemplos de Por que não com ideia de sugestão:

    Exemplos que expressam sugestões

    Por que você não compra o novo CD da ? Tem muitas músicas boas.

    Por que você não vai de ônibus para ? É muito .

    Por que nós não vamos pelo centro? É mais rápido do que pela outra parte da cidade.

    Por que vocês não experimentam um ? É delicioso!

  • Contraexpectativa: É quando o autor prepara uma surpresa para o leitor, ou seja, quando o leitor cria uma expectativa e o autor surpreende com uma resposta diferente.

    Eu achei que o assassino do filme era Otávio, mas na verdade era Félix. Houve uma contraexpectativa.


ID
3646702
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

O muro de Berlin visto de baixo

Uma balada do poeta alemão Theodor Fontane (1819-1898) narra a história de um velho e generoso nobre, o sr. von Ribbeck. No pomar de von Ribbeck, na cidade de Ribbeck, havia uma pereira frondosa, cujos frutos maduros ele distribuía às crianças pobres, no outono. Dizem os versos de Fontane que o previdente velho, cujo herdeiro era um avaro, antes de morrer pediu para ser enterrado junto com uma pera.

O filho, conforme o velho von Ribbeck imaginara, deixou de distribuir as frutas do pomar, mas três anos depois da sua morte, a pera que com ele descera ao túmulo germinou para se transformar numa árvore, em meio ao cemitério. Os meninos e as meninas pobres, então, passaram a colher as frutas desta pereira mítica, ouvindo os sussurros fantasmagóricos do finado.

A balada de Fontane foi o pretexto para o surgimento de um verdadeiro culto às pereiras em Ribbeck, a 40 km de distância de Berlim, no território da ex-Alemanha Oriental. Em 1990, depois da queda do Muro de Berlim, uma caravana de abastados alemães-ocidentais pôs-se a caminho da cidadezinha.

A bordo de seus reluzentes e possantes automóveis, que provocavam olhares arregalados nos camponeses locais, levavam uma muda de pereira para plantar na cidade. E como a provar que sua generosidade não se destinava, como a do velho nobre da balada de Fontane, só ao futuro, levavam também, para consumo imediato, centenas de litros de cerveja e sopa de ervilhas, quilos de salsichas, centenas de canetas esferográficas, e – por que não? – caixas e mais caixas de aguardente de pera, para distribuir aos camponeses pobres do Leste.

O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

“As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.

O texto tem a monotonia das liturgias e o poder sugestivo do discurso oral. Da opressão feudal à guerra franco-prussiana; da invasão sueca à ascensão de Hitler; da vitória dos russos sobre o nazismo à implantação do comunismo alemão-oriental, e deste à chegada dos abastados irmãos do Oeste, são gerações de vítimas que desfilam, num dramático, porém sincero, rio de lamúrias.

Com tal passado nas costas, não espanta que as generosas oferendas dos ocidentais e as benesses prometidas pela sociedade de consumo sejam recebidas com grande desconfiança. E não surpreende que o personagem anônimo não possa conceber seu futuro senão como uma continuação da desastrosa sequência de sofrimentos das gerações passadas. Ao colocar monólogo na boca de um ''eu'' coletivo, polifônico, Delius retoma um recurso já usado pelos trágicos gregos: o coro, que tradicionalmente representa a voz do bom senso, da moderação, a vox populi.

O livro chega ao leitor brasileiro com atraso, quando muito do impacto dos acontecimentos nele registrados já se perdeu. Mas é uma obra literária que se autossustenta e não depende de “reforços'' externos. Vem numa tradução de primeira qualidade, que proporciona ao leitor de língua portuguesa um excelente contato com a nova literatura alemã.

KRAUSZ, LUIS S. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs020329.htm>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

Qual é a temática do texto de Delius?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    ✓ O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

    ➥ Delius efetiva um processo de reunir num todo o ponto de vista daqueles que foram oprimidos. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • GABARITO C

    O momento de encontro entre os generosos e consumistas ocidentais e os orientais endurecidos pelas décadas de opressão do regime comunista é o pretexto para o escritor alemão Friedrich Christian Delius colocar-se na pele de um camponês de Ribbeck.

    “As Peras de Ribbeck'', que acaba de ser lançado em versão portuguesa, é um longo monólogo anônimo. À maneira do poema de Fontane (que está na primeira página do livro), é também uma longa balada – só que em prosa. De um só fôlego vão se desenrolando, como numa anamnese psicanalítica, os infindáveis ciclos de opressão e de sofrimento a que este personagem anônimo, seus familiares, vizinhos e antepassados foram sujeitos ao longo dos últimos séculos.


ID
3646711
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Em consonância com o teor da Lei Complementar n. 010/2005, que dispõe sobre a adequação do Regime Próprio de Previdência Social de Aparecida de Goiânia, ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Art. 5º - §3º - Ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses:

    I - falecimento;

    II - exoneração ou demissão;

    III - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;

    IV - interrupção do recolhimento das contribuições conforme disposto no art. 65, desta Lei.  

    FONTE: LEI COMPLEMENTAR N° 010, DE 20 DE JUNHO DE 2005. 

  • A questão exige o conhecimento da lei complementar nº 10/2005, que dispõe sobre a adequação do Regime Próprio de Previdência Social de Aparecida de Goiânia à Emenda Constitucional nº 43/03, bem como dá outras providências.

    Art. 5º, §3º, LC 10/2005: ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses:

    I - falecimento;

    II - exoneração ou demissão;

    III - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;

    IV - interrupção do recolhimento das contribuições conforme disposto no art. 65 desta lei.

    Sendo assim, a única alternativa que contempla corretamente as hipóteses trazidas pelo art. 5º, §3º é a letra C.

    GABARITO: C

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) falecimento; remoção; licença para fins particulares; interrupção do recolhimento das contribuições por 3 (três) meses consecutivos. 

    A letra "A" está errada porque de acordo com o parágrafo terceiro do artigo 5º da Lei Complementar 10 de 2005 ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses: falecimento, exoneração ou demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade e interrupção do recolhimento das contribuições. 

    B) falecimento; recebimento de licença-saúde; exoneração após processo administrativo disciplinar; interrupção do recolhimento das contribuições.

    A letra "B" está errada porque de acordo com o parágrafo terceiro do artigo 5º da Lei Complementar 10 de 2005 ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses: falecimento, exoneração ou demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade e interrupção do recolhimento das contribuições. 

    C) falecimento; exoneração ou demissão; cassação de aposentadoria ou de disponibilidade; interrupção do recolhimento das contribuições.

    A letra "C" está certa porque de acordo com o parágrafo terceiro do artigo 5º da Lei Complementar 10 de 2005 ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses: falecimento, exoneração ou demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade e interrupção do recolhimento das contribuições. 

    D) falecimento; redistribuição; cassação de aposentadoria; interrupção do recolhimento das contribuições. 

    A letra "D" está errada porque de acordo com o parágrafo terceiro do artigo 5º da Lei Complementar 10 de 2005 ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses: falecimento, exoneração ou demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade e interrupção do recolhimento das contribuições. 

    O gabarito é a letra "C".
  • Gabarito:"C"

    LC 10/2005, art. 5º, §3º. Ocorre a perda da condição de segurado nas seguintes hipóteses:

    I - falecimento;

    II - exoneração ou demissão;

    III - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;

    IV - interrupção do recolhimento das contribuições conforme disposto no art. 65 desta lei.


ID
3646714
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Os segurados do APARECIDAPREV, elencados no art. 7 da Lei Complementar n. 014/2006, para efeitos do Plano de Custeio, serão subdivididos nos Grupos 1 e 2. O Grupo 2 será composto de

Alternativas

ID
3646717
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Conforme a Lei Complementar n. 011/2005, os proventos de aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que

Alternativas

ID
3646720
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo a Lei Orgânica do Município de Aparecida de Goiânia, a ação administrativa do Poder Executivo será organizada segundo os critérios de

Alternativas

ID
3646723
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Aparecida de Goiânia relaciona os tributos de competência municipal no art. 86. Dentre os tributos arrolados no referido artigo, tem-se:

Alternativas

ID
3646726
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o art. 78, parágrafo 9 da Lei Complementar n. 10/2005, alterado pela Lei Complementar n. 22/2009, o Plano de Custeio do APARECIDAPREV será revisto, observadas as normas gerais de atuária, objetivando a manutenção de seu equilíbrio financeiro e atuarial, periodicamente, a cada

Alternativas

ID
3646729
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O Decreto n. 221/2016 alterou o art. 80 da Lei Complementar n. 10/2005 no que tange às alíquotas de contribuições previdenciárias. Conforme a mencionada alteração, a alíquota contributiva previdenciária total deverá ser de

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) 22,50%, sendo 11,50% a parte total do ente, e a parte total contributiva do servidor de 11,00%. 

    A letra "A" está certa porque o artigo 80 da Lei Complementar 10 de 2005 estabelece que a contribuição previdenciária para APARECIDAPREV será de 11,50 por cento para o ente após a alteração efetuada pelo Decreto 221 de 2016. A contribuição do servidor será de 11 por cento do qeu percebe como remuneração mensal para os servidores ativos. Logo, 22.50% ao total.

    B) 22,50%, sendo 11,00% a parte total do ente, e a parte total contributiva do servidor de 11,50%. 

    A letra "B" está errada porque o artigo 80 da Lei Complementar 10 de 2005 estabelece que a contribuição previdenciária para APARECIDAPREV será de 11,50 por cento para o ente após a alteração efetuada pelo Decreto 221 de 2016. A contribuição do servidor será de 11 por cento do qeu percebe como remuneração mensal para os servidores ativos. Logo, 22.50% ao total.

    C) 22,00%, sendo 11,00% a parte total do ente, e a parte total contributiva do servidor de 11,00%. 

    A letra "C" está errada porque o artigo 80 da Lei Complementar 10 de 2005 estabelece que a contribuição previdenciária para APARECIDAPREV será de 11,50 por cento para o ente após a alteração efetuada pelo Decreto 221 de 2016. A contribuição do servidor será de 11 por cento do qeu percebe como remuneração mensal para os servidores ativos. Logo, 22.50% ao total.

    D) 23,00%, sendo 11,50% a parte total do ente, e a parte total contributiva do servidor de 11,50%.

    A letra "D" está errada porque o artigo 80 da Lei Complementar 10 de 2005 estabelece que a contribuição previdenciária para APARECIDAPREV será de 11,50 por cento para o ente após a alteração efetuada pelo Decreto 221 de 2016. A contribuição do servidor será de 11 por cento do qeu percebe como remuneração mensal para os servidores ativos. Logo, 22.50% ao total.

    O gabarito é a letra "A".

ID
3646732
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Em observância ao teor do Decreto n. 4.942/2003, que regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por infração à legislação no âmbito do regime da previdência complementar, operado pelas entidades fechadas, o autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, contado da data do recebimento da notificação, no prazo de

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra '"c".

    Art. 9º do Decreto nº 4942/03: O autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando: I - a autoridade a quem é dirigida; II - a qualificação do autuado; III - os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa; e IV - todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas.

  • Questão trata da defesa do autuado, sob o prisma do Decreto 4.942/2003, que regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por infração à legislação no âmbito do regime da previdência complementar. No âmbito dessa legislação, exige do candidato conhecimento acerca do lapso temporal determinado para que o autuado apresente defesa à Secretaria de Previdência Complementar. A escorreita resolução demanda o acionamento do art. 9º, do referido Decreto, que assim averba: “Art. 9º O autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação” (...). Logo, a única opção correta, em estrita conformidade com o Decreto 4.942/2003, é aquela indicada na letra "c", todas as demais divergem do estabelecido.

    GABARITO: C.

  • Vamos analisar as alternativas da questão:
    A) 5 dias.  

    A letra "A" está errada porque abordou o artigo nove do Decreto 4.942 de 2003 que estabelece que o autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando a autoridade a quem é dirigida, a qualificação do autuado, os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa e todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas.

    B) 10 dias.  

    A letra "B" está errada porque abordou o artigo nove do Decreto 4.942 de 2003 que estabelece que o autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando a autoridade a quem é dirigida, a qualificação do autuado, os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa e todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas.

    C) 15 dias. 

    A letra "C" está certa porque abordou o artigo nove do Decreto 4.942 de 2003 que estabelece que o  autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando a autoridade a quem é dirigida, a qualificação do autuado, os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa e  todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas. 

    D) 20 dias.  

    A letra "D" está errada porque abordou o artigo nove do Decreto 4.942 de 2003 que estabelece que o autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando a autoridade a quem é dirigida, a qualificação do autuado, os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa e todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas.

    O gabarito da questão é a letra "C".
  • A letra "C" está certa porque abordou o artigo nove do Decreto 4.942 de 2003 que estabelece que o  autuado poderá apresentar defesa à Secretaria de Previdência Complementar, no prazo de quinze dias, contado da data do recebimento da notificação, indicando a autoridade a quem é dirigida, a qualificação do autuado, os motivos, de fato e de direito, que sustentam a defesa e todas as provas que pretende produzir de forma justificada, inclusive o rol de eventuais testemunhas. 


ID
3646735
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

O Decreto n. 4.942/2003 estabelece que a autoridade competente para julgar o auto de infração é o Secretário de Previdência Complementar. Conforme teor do referido decreto, a decisão-notificação trata-se do

Alternativas
Comentários
  • Seção III

    Do Julgamento e da Decisão-Notificação

           Art. 11.  Compete ao Secretário de Previdência Complementar julgar o auto de infração.

           Art. 12.  A decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração.

           § 1  Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas.

           § 2  O autuado tomará ciência da decisão-notificação, observado o disposto no art. 6 deste Decreto.

  • Questão trata do julgamento e da Decisão-Notificação, sob o prisma do Decreto 4.942/2003, que regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por infração à legislação no âmbito do regime da previdência complementar. No âmbito dessa legislação, exige do candidato conhecimento acerca da definição da decisão-notificação. A escorreita resolução demanda o acionamento do art. 12, do referido Decreto, que assim averba: “Art. 12. A decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração”. Trata-se de questão conceitual, que não demanda maiores comentários. Logo, a única opção correta, em estrita conformidade com o Decreto 4.942/2003, é aquela indicada na letra "d", todas as demais divergem do estabelecido.

    GABARITO: D. 

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) documento destinado ao registro de ocorrência de infração praticada no âmbito do regime da previdência complementar, operado pelas entidades fechadas de previdência complementar. 

    A letra "A" está errada porque a  decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração (artigo 12 do decreto 4.942\2003). Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas.

    B) instrumento utilizado por qualquer pessoa física ou jurídica para noticiar, perante a Secretaria de Previdência Complementar, a existência de suspeita de infração às disposições legais ou disciplinadoras das entidades fechadas de previdência complementar.

    A letra "B" está errada porque a decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração (artigo 12 do decreto 4.942\2003). Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas.  

    C) documento pelo qual uma autoridade ou órgão do poder público, ao tomar ciência de irregularidade praticada no âmbito da entidade fechada de previdência complementar ou de seus planos de benefícios, comunica o fato à Secretaria de Previdência Complementar em relatório circunstanciado, para registro e apuração. 

    A letra "C" está errada porque a decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração (artigo 12 do decreto 4.942\2003). Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas. 

    D) documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração.

    A letra "D" está certa porque porque a decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração (artigo 12 do decreto 4.942\2003). Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas.

    O gabarito é a letra "D". 

    Legislação:

    Art. 11 do Decreto 4.942 de 2003  Compete ao Secretário de Previdência Complementar julgar o auto de infração.

    Art. 12 do Decreto 4.942 de 2003   A decisão-notificação é o documento pelo qual se dá ciência ao autuado do resultado do julgamento do auto de infração.

    § 1o  Integra a decisão-notificação o relatório contendo resumo dos fatos apurados, a análise da defesa e das provas produzidas.

    § 2o  O autuado tomará ciência da decisão-notificação, observado o disposto no art. 6o deste Decreto.



ID
3646738
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

O conceito doutrinário de dependência econômica previdenciária enuncia como dependente aquele que vivia às expensas do segurado. Além do referido conceito, sabe-se que, para ser considerado dependente econômico, o sujeito deve estar inserido no rol da legislação específica. No art. 9, parágrafo 9, da Lei Complementar n. 10/2005 tem-se como presumida a dependência econômica

Alternativas
Comentários
  • GABARITO : B

    Lei 8.213/91

    Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

    I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;                        

    II - os pais;

    III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;       

    § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada

  • Não seria filho não emancipado menor 21 anos?

  • ESSE TIPO DE QUESTÃO INDUZ AO ERRO.

  • a questão B é a menos errada

  • A questão está perfeitamente correta, pois é sobre a Lei Complementar n. 10/2005. Vejam no enunciado.

  • Este enunciado se refere a Lei Complementar n. 10/2005

    Conforme dispõe o: Art. 9° Consideram-se beneficiários, na condição de dependentes do segurado:

    I- O cônjuge, a companheira ou companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos, ou inválido.

    II - os pais; e

    III - os irmãos não emancipados, menores de 18 (dezoito) anos ou inválidos.

    Gabarito letra B

  • PEGADINHA EU QUAIS CAI

  • Por mais que pensássemos na outra lei ( como eu pensei ), 18 anos é menor do que 21 mesmo, então daria pra acerta também kkkkkk

  • LC 10/2005

    Art. 9° Consideram-se beneficiários, na condição de dependentes do segurado:

    I- O cônjuge, a companheira ou companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 18 (dezoito) anos, ou inválido.

    Questão corretíssima, pois, a mesma deixa expresso que "No art. 9, parágrafo 9, da Lei Complementar n. 10/2005 tem-se como presumida a dependência econômica".

  • questão B menos errada se fosse uma questão CESPE (errada e certa) marcaria como errada.


ID
3830968
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação à exposição ocupacional ao calor, a Norma Regulamentadora n. 15 (NR 15) da Portaria/MTb n. 3214/1978 considera que:

Alternativas
Comentários
  • A letra A ,hoje, é considerada incorreta! Somente é válida a exposição em ambientes internos ou externos em que haja presença de fonte artificial de calor.


ID
3830971
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Qual é o conteúdo correlacionado à Portaria GM/MS n. 3.908/1998?

Alternativas

ID
3830974
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Consta na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que:

Alternativas
Comentários
  • A) Art.198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

    B) Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.    

    C) Art. 171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.

    D) § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos


ID
3830977
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A Norma Regulamentadora n. 32 (NR 32) da Portaria/MTb n. 3214/1978, que trata da Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, considera que:

Alternativas
Comentários
  • B- é permitida a reutilização das embalagens dos produtos químicos usados em serviços de saúde desde que prevista e detalhada no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos

    C - é pré-requisito para a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), em acidentes envolvendo riscos biológicos, a confirmação da contaminação por micro-organismos infectocontagiosos e o estabelecimento do nexo causal com o trabalho. Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.

    D - consta da classificação dos agentes biológicos (Anexo I e II da NR 32) o vírus da febre amarela, na Classe de Risco 2 (dois), assim definido: "risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade". Classe de risco 3

  • DESATUALIZADA


ID
3830980
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Meio Ambiente
Assuntos

Consta da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C.

    Lei 6938/1981(PNMA)

    Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:

    II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;      (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)


ID
3830983
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação às Normas Regulamentadoras (NR) (Portaria/MTb n. 3.214/1978) sabe-se que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B.

    Glossário NR 18: Grua - equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais

    A) na NR 35 (Trabalho em Altura) consta o conceito de trabalho em altura como "toda atividade executada acima de um metro e cinquenta centímetros do nível inferior, onde haja risco de queda". (Correção: 2,00 m)

    B) na NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) consta o conceito de grua como “equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais".

    C) na NR 5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA) consta que é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa dos empregados membros da CIPA. (Correção: empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. )

    D) na NR 4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT) consta que o técnico de segurança do trabalho deverá dedicar seis horas por dia para as atividades do SESMT. (Correção: 08 horas)

  • O texto da norma diz empregado ELEITO.

    Olha a pegadinha ...

  • A questão se refere a quatro NRs e pede para julgarmos as alternativas em relação ao seus respectivos conteúdos.

    A- INCORRETA. NR 35 (Trabalho em Altura) (...) de um metro e cinquenta centímetros (...)

    De acordo com a NR-35:

    35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

    B- CORRETA. NR 18 (...) grua como “equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais".

    De acordo com o glossário da referida NR:

    Grua - equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais.

    • Atenção para o fato de que essa NR vai passar a se chamar "Segurança e Saúde no Trabalho na indústria da construção a partir de agosto de 2021.

    C- INCORRETA. NR 5 (...) é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa dos empregados membros da CIPA.

    5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 

    D- INCORRETA. NR 4 (...) deverá dedicar seis horas por dia para as atividades do SESMT.

    4.8 O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo

    GABARITO: LETRA B


ID
3830986
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito do Trabalho
Assuntos

Quanto à Periculosidade, prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se que:

Alternativas
Comentários
  • A - gabarito (CLT, art. 193, §4º)

    B - incorreta porque não basta o controle, é necessária a eliminação do risco (CLT, art. 194)

    C - incorreta porque se restringe às atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (CLT, art. 193, II)

    D - incorreta porque o adicional é de 30% (CLT, art. 193, §1º)

    Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:                     

    I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;                   

    II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.                        

    § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.                       

    § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.                      

    § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.                      

    § 4  São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 

    Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

  • A questão exige o conhecimento da periculosidade. As atividades perigosas são aquelas que expõem o trabalhador a atividades ou operações perigosas, de forma permanente, definidas em lei ou em regulamento aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

    ALTERNATIVA A: CORRETA. Assertiva conforme o §4º do art. 193 da CLT.

    Art. 193 CLT: são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (...)

    Art. 193, §4º, CLT: são também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

    ALTERNATIVA B: INCORRETA. O direito ao adicional de periculosidade não cessará com o controle do risco, mas sim com a eliminação total do risco.

    Art. 194 CLT: o direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

    ALTERNATIVA C: INCORRETA. O erro da assertiva é bem sutil: a banca omitiu a parte de “segurança pessoal ou patrimonial”. O que configura a atividade perigosa que enseja o adicional é a exposição do trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.

    Sendo assim, uma atividade que não seja de segurança, ainda que exponha o empregado a esse risco, não ensejará o adicional. Por exemplo: um supermercado é assaltado e os agentes abordam o empregado que trabalha no caixa. Ainda que esse trabalhador tenha sido exposto à violência, ele não receberá o adicional.

    O mesmo não ocorre com o segurança particular de uma casa, por exemplo. Esse trabalhador tem direito, sim, ao adicional de periculosidade, uma vez que labora em prol da segurança pessoal e patrimonial da família.

    Art. 193, II, CLT: roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. O erro da assertiva está em afirmar que o adicional é de 40% sobre o salário. Na verdade, o adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do empregado. Veja:

    Art. 193, §1º, CLT: o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

    GABARITO: A

  • Gabarito:"A"

    CLT, art. 193,§4.São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.   

  • Penso que a questão deveria ser anulada. Em nenhum momento a alternativa "C" restringe as atividades perigosas a roubo e violência física, de modo que tanto a "A" quanto a "C" estão corretas.

  • Peço vênia ao colega Kayan, por entender que seria o caso de disposição de lei seca, de modo que ao omitir a expressão "de segurança pessoal ou patrimonial", resta incorreta a alternativa "C": Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:                 (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012) (...) II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.  

ID
3830989
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) considera devido ao segurado o Auxílio Acidente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Art. 104, §4º, I, Decreto 3048/99

  • Resposta: Letra "B".

    Art. 86 da Lei nº 8.213/91: O auxílio acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

    Art. 86, §1º, da Lei nº 8.213/91: O auxílio-acidente mensal corresponderá cinquenta por cento do salário benefício e será devido, observado o disposto no §5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.

  •  LEI 8213/91: Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.       

           § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.          

           § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.         

           § 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.

           § 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

    RPS ART 104

     Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que, a exemplo das situações discriminadas no Anexo III, implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 

    (...)

     § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.

            § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada a sua acumulação com qualquer aposentadoria.   

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) o auxílio mensal corresponderá a 25% (vinte e cinco) do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado. 

    A letra "A" está errada porque o auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 

    B) o segurado que apresentar danos funcionais ou redução da capacidade funcional, sem repercussão na capacidade laborativa, não fará jus a esse auxílio. 

    A letra "B está certa porque abordou o dispositivo legal abaixo:

    Art. 86 da Lei 8.213|91 O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 

    C) o auxílio será concedido ao segurado empregado, empregado doméstico e segurado especial quando, após a consolidação das lesões, resultar sequela.   

    A letra "C" está errada porque de acordo com o artigo 104 do decreto 3.048|99 o  auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.             

    D) a perda da audição proporcionará a concessão desse auxílio, se reconhecido o nexo entre o trabalho e o agravo.  

    A letra "D" está errada porque a perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

    O gabarito é a letra "B".

    Legislação:

    Art. 86 da Lei 8.213|91 O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 

    § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 

    § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. 

    § 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 

    § 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 
      

  • Sobre a letra "C": "o auxílio será concedido ao segurado empregado, empregado doméstico e segurado especial quando, após a consolidação das lesões, resultar sequela."

    Art. 18, §1º da lei 8.213: "Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei." -->ou seja: empregado, empregado doméstico, avulso e segurado especial.

    Sobre a "D": "a perda da audição proporcionará a concessão desse auxílio, se reconhecido o nexo entre o trabalho e o agravo."

    ART. 86, § 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

  • RESUMINHO DO AUXILÍO-ACIDENTE:

    DIREITO: EMPREGADO, DOMÉSTICO, AVULSO, SEG.ESPECIAL

    PRÉ-REQUESITO: CONSOLIDAÇÃO DAS LESÕES DECORRENTES DE ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA, RESULTEM SEQUELAS QUE IMPLIQUEM REDUÇÃO DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO QUE HABITUALMENTE EXERCIA;

    CARÊNCIA: SEM CARÊNCIA

    CORRESPONDERÁ: 50% S/BENEFÍCIO;

    PODERÁ: SER INFERIOR AO SALÁRIO MINÍMO;

    PODE SER PAGO JUNTO COM QUALQUER BENEFÍCIO- EXCETO: APOSENTADORIA.

    PODE RECEBER JUNTO COM O SALÁRIO.

    INTEGRA: AO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PARA FINS DE CÁLCULO PREVIDENIÁRIO DE QUALQUER APOSENTADORIA;

    NÃO INTEGRA: PARA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA;

    NÃO ACUMULA:

    2 AUX. ACIDENTE - PODENDO ESCOLHER O MAIS VANTAJOSO;

    INCAPACIDADE TEMPORÁRIA- SE DECORRER DA MESMA CAUSA.

    CESSA:

    NÃO EXISTIREM AS CONDIÇÕES QUE ENSEJARAM O AUXÍLIO;

    MORTE DO SEGURADO;

    APOSENTADORIA DO SEGURADO;

    EMISSÃO DE CERTIDÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (PARA AVERBAR CONTR. RGPS-RPPS);

    .

    UM POUCO DA LEI:

    Art. 86 da Lei nº 8.213/91: O auxílio acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

    Art. 86, §1º, da Lei nº 8.213/91: O auxílio-acidente mensal corresponderá cinquenta por cento do salário benefício e será devido, observado o disposto no §5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.


ID
3830992
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A Lei n. 8.213/1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, sobre a doença profissional e a doença do trabalho, estabelece o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra "A".

    Art. 20 da Lei nº 8.213/91: Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:

    I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

    II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

    § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

    a) a doença degenerativa;

    b) a inerente a grupo etário;

    c) a que não produza incapacidade laborativa;

  • Vamos analisar as alternativas da questão:

    A) a doença profissional e a doença do trabalho são consideradas como acidente de trabalho. 

    A letra"A" está certa porque de acordo com o artigo 20 da Lei 8.213|91, ao final transcrita, consideram-se acidente de trabalho a doença profissional e a doença do trabalho. A doença profissional é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. E, a doença do trabalho é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

    B) a doença profissional, assim entendida, é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 

    A letra "B" está errada porque a doença profissional é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A doença do trabalho é que é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

    C) a doença que não produza incapacidade laborativa não é considerada doença profissional. 

    A letra "C" está errada porque não será considerada doença do trabalho a doença que não produza incapacidade laborativa e não a doença profissional, observem: 

    Art. 20 da Lei 8.213|91  Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: 
    § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
    a) a doença degenerativa;
    b) a inerente a grupo etário; 
    c) a que não produza incapacidade laborativa; 
    d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

    D) a doença do trabalho, assim entendida, é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. 

    A letra "D" está errada porque a doença profissional é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. E, a doença do trabalho é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 

    O gabarito é a letra "A".

    Legislação:

    Art. 20 da Lei 8.213|91  Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: 

    I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;  

    II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.    

    § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:    

    a) a doença degenerativa; 

    b) a inerente a grupo etário;  

    c) a que não produza incapacidade laborativa; 

    d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.  

    § 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. 

  • Complementando:

    Doença Profissional: O empregado contrai em consequência do exercício de sua atividade laboral. Ex: intoxicação de quem trabalha com chumbo.

    Doença de Trabalho: Causada em razão de condições especais de um trabalho convencional; atividades comuns. Ex: lesão por esforço repetitivo.


ID
3830995
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A concessão da aposentadoria especial (A. E.) dependerá da comprovação da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício, de acordo com a legislação previdenciária vigente, que regulamenta a atividade especial. Nesse contexto, a A. E.:

Alternativas
Comentários
  • no caso de associação de agentes, refere-se, exclusivamente, à exposição aos agentes combinados em atividades permanentes no subsolo de mineração subterrânea.

  • QUANTO A LETRA C

    Radiações não ionizantes são aquelas que não produzem ionizações, ou seja, não possuem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos do meio por onde está se deslocando, mas tem o poder de quebrar moléculas e ligações químicas.

    TNU, em 2014, firmou a tese (PEDILEF nº 5001238-34.2012.4.04.7102/RS) de que é possível o reconhecimento da especialidade do período laborado com exposição à radiação não ionizante mesmo ante a ausência de previsão expressa do referido agente nocivo na legislação.

    EM RESUMO: A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) decidiu que o período trabalhado após o Decreto nº  de 1997, com exposição à radiação não ionizante, comprovadamente prejudicial à saúde ou à integridade física do trabalhador mediante prova técnica, pode ser considerado para efeitos de conversão de tempo de serviço especial em tempo de serviço comum, bem como para a concessão da aposentadoria especial.

  • Letra A: o enquadramento de atividade especial foi extinto em 28/04/1995 (e não 85 como diz a questão)

    Letra B:GABARITO

    Letra C: o INSS só admite a aposentadoria especial por radiação ionizante, se ultrapassar os limites de tolerãncia do anexo 5 da NR 15 do MTE (não trata da radiação NÃO IONIZANTE. Só a TNU que admite)

    Letra D: terá direito a aposentadoria especial a pessoa física que se exponha a agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho que esteja ACIMA DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA, segundo critérios QUANTITATIVOS ou QUALITATIVOS

    Quanto ao critério QUALITATIVO: a nocividade é PRESUMIDA e independe de mensuração conforme Anexos 6, 13, 13-A e 14 da Norma Regulamentadora 15 do MTE e Anxo IV do RPS para os agentes iodo e niquel.

    Ademais: segundo RPS, art. 68§ 2º  A avaliação qualitativa de riscos e agentes prejudiciais à saúde será comprovada pela descrição:       

    I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente ou associação de agentes prejudiciais à saúde presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho; 

    II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e 

    III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato. 

    Por fim, os agentes CANCERIGENOS constantes do GRUPO 1 da lista LINACH que possuam o Chemical Abstracts Service -CAS- e que constem no Anexo IV do RPS são reconhecidos como AGENTES QUALITATIVOS para fins de aposentadoria especial, os quais foram reconhecidos pelo INSS apenas a partir de 08/10/2014. (ver Monstro Verde 12ª ed. 2020, página 639)

    LINACH é a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos, publicada pelos Ministérios do Trabalho, da Previdência e da Saúde

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre aposentadoria especial e o disposto nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

     

    A) A aposentadoria especial por atividade profissional foi extinta com o advento da Lei 9.032/1995.


    B) Correto, conforme Norma Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego.


    C) Em que pese não haver previsão expressa na Norma Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego, de radiações não ionizantes, a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) firmou entendimento que a exposição ao mencionado agente dá o direito à percepção do benefício, portanto, correta.


    D) A avaliação deve utilizar a Portaria nº 3.214/1978, Norma Regulamentadora nº 15, Anexo I, do Ministério do Trabalho e Emprego.


    Gabarito Oficial: B

    Gabarito do Professor: B e C


ID
3830998
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, publicada pelo Ministério da Saúde (Portaria/MS n. 1.339/1999), qual é o agente etiológico ou fator de risco de natureza ocupacional que pode causar neoplasia maligna do pâncreas?

Alternativas
Comentários
  • A questão quer a alternativa que traga um agente de risco capaz de provocar câncer de pâncreas, nos termos da Portaria MS nº 1.339/1999

    Em relação ao tumores malignos, a Portaria do MS nº 1.339/1999, traz uma tabela relacionando a doença e suas possíveis causas. No caso da Neoplasia maligna do pâncreas (C25.-), os agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional são os seguintes:

    • Cloreto de Vinila;
    • Epicloridrina;
    • Hidrocarbonetos alifáfitos e aromáticos na Indústria do Petróleo.

    Portanto, a única alternativa que contém um dos três agentes acima relacionados é a letra "d": Hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos na indústria do petróleo.

    GABARITO: LETRA D


ID
3831001
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A cegueira é uma doença especificada em lei cujo conceito ou abordagem da perícia oficial em saúde do servidor, relacionado a essa doença, é:

Alternativas

ID
3831004
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação ao agravo à saúde por exposição à poeira de sílica, tem-se que:

Alternativas
Comentários
  • Sobre a Letra A

    O trabalho não tem um fator contributivo, o trabalho nessa situação é a causa da doença.

    A silicose é causada pelo trabalho prestado em ambiente com a presença de poeira contendo sílica livre, o que, inquestionavelmente, ocorre no trabalho em minas subterrâneas.


ID
3831007
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A perda auditiva, por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora no trabalho, é uma doença frequente nos trabalhadores de vários ramos profissionais, sendo que essa doença

Alternativas

ID
3831010
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH) publicada pela Portaria Interministerial MPS/MTE/MS n. 09/2014 é baseada na lista de agentes cancerígenos da Agência Internacional para a Investigação do Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os agentes cancerígenos de que trata a LINACH são classificados de acordo com os seguintes grupos: 1 (carcinogênicos para humanos), 2A (provavelmente carcinogênicos para humanos ) e 2B (possivelmente carcinogênicos para humanos). Pertence ao grupo 1 (um) o agente

Alternativas

ID
3831013
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Sobre ética profissional na perícia oficial em saúde (POS) considera-se que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    D - Nem a vida é direito ABSOLUTO nos termos da CF


ID
3831016
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A doença de Parkinson é uma moléstia grave ou incapacitante especificada em lei. O conceito ou abordagem da perícia oficial em saúde do servidor, relacionado a essa doença, é:

Alternativas

ID
3831019
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O Manual Técnico de Procedimentos da Área de Reabilitação Profissional (RP) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) considera que:

Alternativas

ID
3831022
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Qual medida de controle dos fatores de risco, na perspectiva da higiene do trabalho e da ergonomia, deve ser implantada em primeiro lugar, se isso for possível, no contexto laboral do trabalhador?

Alternativas
Comentários
  • NORMA REGULAMENTADORA N.º 01 - DISPOSIÇÕES GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS

    1.4 Direitos e deveres

    1.4.1 Cabe ao empregador:

    g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade:

    I. eliminação dos fatores de risco; LETRA B CORRETA

    II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva;

    III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e

    IV. adoção de medidas de proteção individual.


ID
3831025
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A Portaria GM/MS n. 204/2016 define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Constam desta lista:

Alternativas

ID
3831028
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

À perícia oficial em saúde caberá a avaliação para isenção de imposto de renda sobre rendimentos de aposentadoria ou pensão de pessoa física. Faz jus à isenção de imposto de renda, de acordo com a legislação específica, o seguinte agravo à saúde:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA A

    ALIENAÇÃO MENTAL

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre Perícia Oficial em Saúde.

     

    Avaliação para isenção de imposto de renda está prevista nos arts. 6º, inciso XIV e XXI da Lei 7.713/1988, art. 39, inciso XXXI do Decreto 3.000/1999, no art. 30, § 1º da Lei 9.250/1995, e no Ato Declaratório Interpretativo da Secretaria da Receita Federal/SRF nº 11/2006.

     

    A isenção de imposto de renda sobre rendimentos de aposentadoria ou pensão de pessoa física, ocorre na presença das seguintes condições: 1. Aposentadoria motivada por acidente em serviço; 2. Aposentadoria motivada por moléstia profissional; 3. Tuberculose ativa; 4. Alienação mental; 5. Esclerose múltipla; 6. Neoplasia maligna; 7. Cegueira; 8. Hanseníase; 9. Paralisia irreversível e incapacitante; 10. Cardiopatia grave; 11. Doença de Parkinson; 12. Espondiloartrose anquilosante; 13. Nefropatia grave; 14. Estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante); 15. Hepatopatia grave; 16. Contaminação por radiação; 17. Síndrome da imunodeficiência adquirida (Sida/Aids); 18. Fibrose cística (mucoviscidose).

     

    A) Correto, nos termos acima expostos.

     

    B) Incorreto, nos termos acima expostos.

     

    C) Incorreto, nos termos acima expostos.

     

    D) Incorreto, nos termos acima expostos.

     

    Gabarito do Professor: A


ID
3831031
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

As dermatites de contato (alérgicas ou por irritantes) são as dermatoses ocupacionais mais frequentes. Com relação às dermatites de contato, sabe-se que:

Alternativas

ID
3831034
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

De acordo com a Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sabe-se que:

Alternativas

ID
3831037
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

De acordo com o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal, sabe-se que:

Alternativas

ID
3831040
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A perícia oficial em saúde (POS) é o ato administrativo que consiste na avaliação técnica de questões relacionadas à saúde e à capacidade laboral, realizada na presença do periciado, por médico ou cirurgião-dentista formalmente designado. De acordo com o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal, a POS do servidor

Alternativas

ID
3831043
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação aos transtornos mentais e comportamentais discriminados, sabe-se que:

Alternativas

ID
3831046
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A aposentadoria por invalidez deve ser indicada quando o trabalhador

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Mas acredito que é passível de anulação

    A aposentadoria por invalidez visa substituir a remuneração do segurado que está total e definitivamente incapacitado para o exercício de atividade que lhe garanta sobrevivência. Conceitua-se invalidez como inacapacidade total, permanente e multiprofissional, insuscetível de tratamento e reabilitação.


ID
3831049
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A nefropatia grave é doença especificada em lei. A perícia oficial em saúde do servidor, relacionado a essa doença, deve considerar

Alternativas

ID
3831052
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O ombro é uma das estruturas mais complexas do aparelho locomotor, o que se traduz na diversidade de síndromes resultantes de seu comprometimento, muitas delas relacionadas ao trabalho. Com relação às lesões dessa estrutura, sabe-se que:

Alternativas

ID
3831055
Banca
CS-UFG
Órgão
AparecidaPrev
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Qual é a doença grave amparada, ao mesmo tempo, pelas 3 (três) leis, listadas a seguir: Lei n. 8.112/1990 (Regime Jurídico Único), Lei n. 8.213/1991 (Previdência Social) e Lei n. 11.052/2004 (Imposto de Renda)?

Alternativas
Comentários
  • Lei 8112, art. 186

    § 1   Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.

    Lei 8213 art. 151

    Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.

    Lei 11052, art. 1

    XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma;

  • A questão exige o conhecimento de qual doença é amparada ao mesmo tempo por três leis: 8.112/90, 8.213/91 e 11.052/04.

    Vamos às alternativas:

    ALTERNATIVA A: INCORRETA. A hepatopatia grave não consta na lei nº 8.112/90.

    ALTERNATIVA B: CORRETA. A paralisia irreversível e incapacitante consta das três leis.

    Art. 186, §1º, lei nº 8.112/90: consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo (...) paralisia irreversível e incapacitante (...).

    Art. 151 lei nº 8.213/91: até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometidos das seguintes doenças: (...) paralisia irreversível e incapacitante (...).

    Art. 1º lei nº 11.052/04: o inciso XIV do art. 6º da lei nº 7.713/88, com a redação dada pela lei nº 8.541/92, passa a vigorar com a seguinte redação: os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de (...) paralisia irreversível e incapacitante (...), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma:

    ALTERNATIVA C: GABARITO DA BANCA: INCORRETO.

    GABARITO DA MONITORA: CORRETO. Apesar de a banca ter considerada essa alternativa como incorreta, a esclerose múltipla consta das listas das três leis, assim como a paralisia irreversível e incapacitante. Assim, entendo que a questão possui dois gabaritos corretos (B e C), devendo, portanto, ser anulada.

    Art. 186, §1º, lei nº 8.112/90: consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo (...) esclerose múltipla (...).

    Art. 151 lei nº 8.213/91: até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometidos das seguintes doenças: (...) esclerose múltipla (...).

    Art. 1º lei nº 11.052/04: o inciso XIV do art. 6º da lei nº 7.713/88, com a redação dada pela lei nº 8.541/92, passa a vigorar com a seguinte redação: os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de (...) esclerose múltipla (...), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma:

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. As doenças decorrentes de contaminação por radiação não constam da lista da lei nº 8.112/90.

    GABARITO DA BANCA: B

    GABARITO DA MONITORA: B - C

  • Fui na mais grave.

  • COMENTÁRIO DA MONITORA:

    A questão exige o conhecimento de qual doença é amparada ao mesmo tempo por três leis: 8.112/90, 8.213/91 e 11.052/04.

    Vamos às alternativas:

    ALTERNATIVA A: INCORRETA. A hepatopatia grave não consta na lei nº 8.112/90.

    ALTERNATIVA B: CORRETA. A paralisia irreversível e incapacitante consta das três leis.

    Art. 186, §1º, lei nº 8.112/90: consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo (...) paralisia irreversível e incapacitante (...).

    Art. 151 lei nº 8.213/91: até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometidos das seguintes doenças: (...) paralisia irreversível e incapacitante (...).

    Art. 1º lei nº 11.052/04: o inciso XIV do art. 6º da lei nº 7.713/88, com a redação dada pela lei nº 8.541/92, passa a vigorar com a seguinte redação: os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de (...) paralisia irreversível e incapacitante (...), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma:

    ALTERNATIVA C: GABARITO DA BANCA: INCORRETO.

    GABARITO DA MONITORA: CORRETO. Apesar de a banca ter considerada essa alternativa como incorreta, a esclerose múltipla consta das listas das três leis, assim como a paralisia irreversível e incapacitante. Assim, entendo que a questão possui dois gabaritos corretos (B e C), devendo, portanto, ser anulada.

    Art. 186, §1º, lei nº 8.112/90: consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo (...) esclerose múltipla (...).

    Art. 151 lei nº 8.213/91: até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometidos das seguintes doenças: (...) esclerose múltipla (...).

    Art. 1º lei nº 11.052/04: o inciso XIV do art. 6º da lei nº 7.713/88, com a redação dada pela lei nº 8.541/92, passa a vigorar com a seguinte redação: os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de (...) esclerose múltipla (...), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma:

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. As doenças decorrentes de contaminação por radiação não constam da lista da lei nº 8.112/90.

    GABARITO DA BANCA: B

    GABARITO DA MONITORA: B - C

  • Constam na lei 8.112/90 as seguintes doenças:

    Tuberculose ativa

    Alienação mental

    Esclerose múltipla

    Neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público

    Hanseníase

    Cardiopatia grave

    Doença de Parkinson

    Paralisia irreversível e incapacitante

    Espondiloartrose anquilosante

    Nefropatia grave

    Estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante)

    Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.

  • Para responder a presente questão são necessários conhecimentos sobre as doenças amparadas no Regime Geral de Previdência Social. Afim de proporcionar melhor análise, segue, abaixo os artigos que tratam do mencionado tema nas três leis indicadas no enunciado.



    Art. 151 da Lei 8.213/1991 - Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.



    Art. 186, § 1º da Lei 8.112/1990 - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.



    Art. 1º da Lei 11.052/2004 (altera o Art. 6º, XIV) – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma.



    A) Inexiste previsão na Lei 8.112/1990.



    B) Está prevista nas três leis.



    C) Está prevista nas três leis.



    D) Inexiste previsão na Lei 11.052/2004.



    Dito isso, paralisia irreversível e incapacitante e esclerose múltipla estão amparadas pelas três leis.



    Gabarito do Professor: B e C

    Gabarito Oficial: B