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Prova FEPESE - 2016 - Prefeitura de Lages - SC - Professor - Língua Portuguesa e Literatura Brasileira


ID
4880752
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Analise o texto abaixo:

O Brasil é o ............................maior país em área .................................... .

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B

    o Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial. O país ocupa uma área de 8.547.403 km² no planeta Terra. Os países maiores que ele são: Estados Unidos, China, Canadá e Rússia.

    bons estudos.

  • Quinto maior em extensão territorial e o sexto mais populoso do mundo


ID
4880755
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo em relação às eleições de 2016.

1. Em 2 de outubro de 2016, os brasileiros votaram em candidatos a Vereadores e Prefeitos municipais.
2. Em algumas das capitais e no Distrito Federal, as eleições para Prefeito tiveram um segundo turno.
3. Houve segundo turno nas cidades com mais de 200 mil eleitores em que nenhum dos candidatos a Prefeito obteve mais da metade dos votos válidos.
4. Em diversos Estados, além dos prefeitos foram escolhidos 2 Senadores para representar a população no Congresso Nacional.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas

ID
4880758
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Assinale a alternativa que indica as principais atividades econômicas da região de Lages, no passado.

Alternativas

ID
4880761
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A expressão Brexit pode ser associada à (ao):

Alternativas
Comentários
  • A saída do Reino Unido da União Europeia foi apelidada de Brexit, originada na língua inglesa e resultante da junção das palavras "British" e "exit". Gabarito: E

ID
4880764
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Recentemente ouvimos no noticiário muitas menções à Ministra Carmem Lúcia Antunes Rocha.

Por quê?

Alternativas
Comentários
  • miss coruja rs


ID
4880767
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como surgiu o Universo?

A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte: há muitos bilhões de anos, uma partícula extremamente quente e pesada começou a se “contorcer” e explodiu de um jeito gigantesco. Essa explosão criou uma espécie de bolha quente de matéria que foi expandindo para todos os lados. Conforme ia crescendo, essa bolha passava por mudanças, dando ao Universo a cara que ele tem hoje. Vale lembrar que o Universo não está “pronto” e ainda está se transformando.

Adaptado de: Revista Gênios. São Paulo: Alto Astral, ano 5, n. 205, 16 abr. 2009

Esse texto explicou o surgimento do Universo através da teoria do Big Bang por quê?

Alternativas

ID
4880770
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como surgiu o Universo?

A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte: há muitos bilhões de anos, uma partícula extremamente quente e pesada começou a se “contorcer” e explodiu de um jeito gigantesco. Essa explosão criou uma espécie de bolha quente de matéria que foi expandindo para todos os lados. Conforme ia crescendo, essa bolha passava por mudanças, dando ao Universo a cara que ele tem hoje. Vale lembrar que o Universo não está “pronto” e ainda está se transformando.

Adaptado de: Revista Gênios. São Paulo: Alto Astral, ano 5, n. 205, 16 abr. 2009

Nesse texto, a palavra “expandindo” poderia ser substituída por qualquer uma das seguinte palavras, exceto:

Alternativas
Comentários
  • expandir: tornar(-se) pando; dilatar(-se), inflar(-se), tornar(-se) amplo; alargar(-se), estender(-se).

    retrair: puxar para si, recolher na direção do próprio corpo; retirar, fazer sofrer ou sofrer contração; encolher(-se), contrair(-se)

    Ou seja, são antônimos.


ID
4880773
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como surgiu o Universo?

A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte: há muitos bilhões de anos, uma partícula extremamente quente e pesada começou a se “contorcer” e explodiu de um jeito gigantesco. Essa explosão criou uma espécie de bolha quente de matéria que foi expandindo para todos os lados. Conforme ia crescendo, essa bolha passava por mudanças, dando ao Universo a cara que ele tem hoje. Vale lembrar que o Universo não está “pronto” e ainda está se transformando.

Adaptado de: Revista Gênios. São Paulo: Alto Astral, ano 5, n. 205, 16 abr. 2009

Na oração “uma partícula extremamente quente e pesada começou a se ‘contorcer’”, o núcleo do sujeito é a palavra:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - C

    “uma partícula extremamente quente e pesada começou a se ‘contorcer’”

    Faça a pergunta ao verbo: - Quem começou a se contorcer ?

    Sujeito = “uma partícula extremamente quente e pesada

    Núcleo= Segundo a gramática, Núcleo do sujeito é, portanto, a palavra principal que forma o sujeito, mas prevalece que o núcleo do sujeito é um substantivo ou termo de função substantiva.

    ( Partícula )

    Fontes: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/sujeito-nucleo-e-classificacao.htm

    Spadoto, 241.

    Bons estudos!


ID
4880776
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como surgiu o Universo?

A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte: há muitos bilhões de anos, uma partícula extremamente quente e pesada começou a se “contorcer” e explodiu de um jeito gigantesco. Essa explosão criou uma espécie de bolha quente de matéria que foi expandindo para todos os lados. Conforme ia crescendo, essa bolha passava por mudanças, dando ao Universo a cara que ele tem hoje. Vale lembrar que o Universo não está “pronto” e ainda está se transformando.

Adaptado de: Revista Gênios. São Paulo: Alto Astral, ano 5, n. 205, 16 abr. 2009

A palavra “partícula” foi acentuada devido ao fato de ser:

Alternativas
Comentários
  • ( E )

    Embora haja exceções, em regra, todas as proparoxítonas são acentuadas.

  • GABARITO: LETRA E

    PARTÍCULA --> PROPAROXÍTONA

    COMPLEMENTANDO:

    Oxítonas ↳ Última sílaba tônica.

    Paroxítonas ↳ Penúltima sílaba tônica.

    Proparoxítonas ↳ Antepenúltima sílaba tônica.

    Monossílabos ↳ Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em "A, E, O com ou sem S".

    Oxítonas ↳ Acentuam-se as oxítonas terminadas em "A, E, EM, ENS e DITONGO".

    Ditongos abertos  ÉU, ÉI, ÓI.

    a) Monossilábicos: véu, rói, dói, réis.

    b)Oxítonos: caracóis, pincéis, troféus.

    *

    Paroxítonas ↳ Acentuam-se as paroxítonas terminadas em "L, I(s), N, US, PS, Ã, R, UM, UNS, ON, X, ÃO e

    DITONGO".

    OBS: Não se acentua prefixos terminados em Iou R”: Semi |Super.

    Ditongos abertos paroxítonos não são mais acentuados. Ex: Ideia, boia, jiboia, assembleia.

    EE / OO paroxítonos (não são mais acentuados) Veem, leem, creem. | Voo, enjoo, perdoo.

    Não há mais trema em palavras da língua portuguesa.

    *

    Proparoxítonas ↳ Todas as paroxítonas são acentuadas.

    Hiatos ↳ Acentuam-se o "I e o U", quando são a segunda vogal tônica de hiato, quando essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba.

    OBS ↳ Se junto ao I” e U” vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento.

    Se o I for seguido de NH”, não haverá acento.

    Paroxítonos antecedidos de ditongo: Feiura / Bocaiuva.

    Também não haverá acento se a vogal se repetir, como, por exemplo, em xiita.

    ____________________________________________________________________________________________________________________

    Formas Verbais com Hífen ↳ Deve-se tratar cada forma como se fosse uma palavra distinta.

    Ex: Contar-lhe; Sabê-la; Convidá-la-íamos.

    Verbos “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): sem acento.

    Ex: O homem tem / o homem vem.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens têm / os homens vêm.

    Verbos derivados de “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): com acento agudo.

    Ex: João mantém / o frasco contém.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens mantêm / os frascos contêm.

    Pôr (verbo) / Por (preposição) | Pôde (pretérito perfeito) / Pode (presente) | Fôrma (substantivo – recipiente) / Forma (verbo “formar” / substantivo)

    MEUS RESUMOS DE AULAS ASSISTIDAS.


ID
4880779
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como surgiu o Universo?

A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte: há muitos bilhões de anos, uma partícula extremamente quente e pesada começou a se “contorcer” e explodiu de um jeito gigantesco. Essa explosão criou uma espécie de bolha quente de matéria que foi expandindo para todos os lados. Conforme ia crescendo, essa bolha passava por mudanças, dando ao Universo a cara que ele tem hoje. Vale lembrar que o Universo não está “pronto” e ainda está se transformando.

Adaptado de: Revista Gênios. São Paulo: Alto Astral, ano 5, n. 205, 16 abr. 2009

Na frase “A teoria mais aceita para explicar isso é o Big Bang, que diz o seguinte:” os dois-pontos possuem a função de introduzir:

Alternativas
Comentários
  • Se fosse na pesquisa científica, pensaria em citação kkk

    Foco, força e fé!

  • Assertiva D

     os dois-pontos possuem a função de introduzir: um esclarecimento.


ID
4880782
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Dentre as diferentes concepções de aprendizagem, pode-se dizer que o pressuposto de que “o único bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento” é defendido pela teoria:

Alternativas

ID
4880785
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 4o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996), o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, organizada da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • A creche, de 0 a 3 anos, não entra no patamar de educação básica obrigatória.

    A lei nos diz que o dever dos pais em matricular seus filhos é a partir dos 4 anos de idade.

    Pré escola -> 4 a 5 anos

    Ensino fundamental -> 6 a 14 anos

    Gabarito D

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre a organização da educação básica. Vejamos:

    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:        

    a) pré-escola;            

    b) ensino fundamental;          

    c) ensino médio;           

    a) Pré-escola e ensino fundamental.

    Incorreta. Está incompleta, pois faltou ensino médio.

    b) Creche, pré-escola e ensino fundamental.

    Incorreta. Creche não está incluído, pois é de 0 a 3 anos e faltou ensino médio.

    c) Ensino fundamental e ensino médio.

    Incorreta. Está incompleta, pois faltou pré- escola.

    d) Pré-escola, ensino fundamental e ensino médio

    Correta. Está conforme o artigo 4, inciso I.

    e) Creche, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.

    Incorreta. Creche não está incluído, pois é de 0 a 3 anos.

    GABARITO: D


ID
4880788
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996) que o Estado tem o dever de garantir vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar:

Alternativas
Comentários
  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre "Do Direito à Educação e do Dever de Educar"

    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: (...)

    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.  

    O dever do Estado precisa ser explicitado em soluções concretas decorrentes de políticas públicas resolutivas. Este é o caso de disponibilizar escola e vaga nas proximidades da residência do aluno. A fixação do ponto de partida para oferta (4 anos) é muito importante para assegurar o fluxo escolar regular, lembrando que a criança, dois nos depois , deverá, necessariamente, ingressar no Ensino Fundamental cura durabilidade passou a ser de nove anos, nos ternos da nova redação.

    Referência bibliográfica.

    CARNEIRO, Moaci Alves . LDB fácil: leitura crítico- compreensiva, artigo por artigo. Ed 24. Editora- Revista - Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

    GABARITO: B

  • Pré-escola -> 4 a 5 anos

    Creche -> 0 a 3 anos

    Ensino fundamental -> 6 a 14 anos

    OBS: obrigatoriedade dos pais matricularem seus filhos a partir dos 4 anos. Se seus filhos completarem 6 anos após 31 de março , a entrada no ensino fundamental se dará somente no ano subsequente.

    Gabarito B


ID
4880791
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996), a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base:

Alternativas
Comentários
  • Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

    Gabarito A

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em  especial sobre a edução básica. Assinalemos a alternativa correta. Vejamos:

    Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

    § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.

    § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

    a) CORRETA. Está conforme o caput do artigo 23.

    b) INCORRETA. Nada é dito sobre critérios definidos pelo Ministério de Educação no referido artigo 23.

    c) INCORRETA. Nada é dito sobre critérios elaborados pelo Conselho Municipal de Educação de cada localidade no referido artigo 23.

    d) INCORRETA. Nada é dito sobre recursos financeiros definidos pelas Secretarias Municipais de Educação no referido artigo 23.

    e) INCORRETA. Nada é dito sobre princípios que regem a meritocracia escolar o referido artigo 23.

    GABARITO: D

  • gab. A

    Art.23, LDB - A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse no processo de aprendizagem assim o recomendar.


ID
4880794
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996) expressa em seu artigo 24 que a verificação do rendimento escolar observará, entre outros, o seguinte critério:

Alternativas
Comentários
  • Art. 24 ....

    V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

    a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

    b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

    c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

    d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

    e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

    Gabarito C

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em  especial sobre a educação básica e sobre a verificação do rendimento escolar . Assinalemos a alternativa correta. Vejamos:

    Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

    V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

    a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

    b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

    c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

    d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

    a) INCORRETA. A prevalência é dos aspectos qualitativos e não quantitativos.

    b) INCORRETA. Assim como na alternativa anterior, só que de forma expressa, afirma que os aspectos têm preferência quantitativos e isso não é verdade, pois a preferência é qualitativa.

    c) CORRETA. A alternativa traz a literalidade do artigo 24, V- a, da referida lei. Afirmando de forma correta que os aspectos qualitativos prevalecem sobre os quantitativos.

    d) INCORRETA. Mais uma vez a assertiva traz erradamente conceitos dizendo que os aspectos quantitativos são prevalentes aos aspectos qualitativos.

    e) INCORRETA. Vide a alternativa anterior.

    GABARITO: C


ID
4880797
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996) que o ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes:

1. Indígena.
2. Oriental.
3. Africana.
4. Quilombola.
5. Europeia.
6. Religiosa.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB), em especial sobre o ensino de história nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados. Vejamos o que dispõe o artigo 26,§ 4º, da referida lei que trata desse dispositivo:

     Art. 26.(...)

    § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

    Aprofundando no dispositivo: “A diversidade de matrizes culturais na formação do povo brasileiro faz do ensino da História do Brasil uma programação curricular de singular valor formativo. É precisamente o ensino deste conteúdo que enseja, ao aluno, aprender as relações entre identidade nacional. Pode- se dizer que o saber histórico escolar trabalha, sob o ponto de vista da formação do aluno da educação básica, três conceitos fundamentais: o de fato histórico, o de sujeito histórico e o de tempo histórico. No âmbito desta delimitação, emergem as matrizes indígena, africana e europeia, bases da formação do povo brasileiro.”

     A lei apenas trata das matrizes indígena, africana e europeia.

     Referência bibliográfica:

    CARNEIRO, Moaci Alves . LDB fácil: leitura crítico- compreensiva, artigo por artigo. Ed 24. Editora- Revista - Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.

    GABARITO: B

  • LEI 9394/96 Art. 26 § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.


ID
4880800
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Está expresso no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº8.069, de 13 de julho de 1990, em seu artigo 4º , que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura. Consta em seu parágrafo único que a garantia de prioridade compreende:

1. Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
2. Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
3. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
4. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Melhor do mundo

  • GABARITO E - São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

    De acordo com o texto do ECA:

     Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

    a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

    b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

    c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

    d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

    Bons estudos!

  • A questão exige o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) LEI 8.069/90.  Indicaremos quais itens estão corretos conforme o o artigo 4º e seu parágrafo único, pois aborda a garantia de prioridade.

     Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

    a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; (ITEM 1)

    b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; (ITEM 2)

    c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; (ITEM 3)

    d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.(ITEM 4)

    Todos os itens estão de acordo com o artigo 4 da referida lei.

    GABARITO: E


ID
4880803
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, entende-se por educação especial, para os efeitos da Lei nº12.796, de 2013, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para:

Alternativas
Comentários
  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre a quem é preferencialmente oferecida na rede regular de ensino a modalidade de educação escolar. Vejamos:

    Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 

    a) CORRETA. Conforme o artigo 58 da referida lei a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

    b) INCORRETA. Não é dito na lei que tem ser Educandos com necessidades especiais que comprovarem baixa renda familiar.

    c) INCORRETA. Não é dito na lei sobre portadores de deficiências físicas e mentais que não podem frequentar as instituições privadas.

    d) INCORRETA. Não é dito na lei que tem que ter necessidades educativas especiais.

    e) INCORRETA. Não é dito na lei que tem que ser deficiências severas.

    GABARITO: A

  • LEI 9694/96

    Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.       


ID
4880806
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consta no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, em seu artigo 2º , que se considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D - 18 anos de idade.

     Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

    Bons estudos!

  • A questão exige o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) LEI 8.069/90, em especial sobre a idade do adolescente. Analisaremos as alternativas a fim de encontrarmos a resposta correta. Vejamos:

    Nos termos do art. 2.º do Estatuto, será criança a pessoa com até 12 (doze) anos incompletos, e adolescente aquela que tiver entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos. A idade é o fator determinante para a fixação de quem é criança, adolescente ou adulto. Adota-se um critério cronológico absoluto, sem qualquer menção à condição psíquica ou biológica. Assim, é o aniversário de 12 anos que faz a criança tornar-se adolescente, e o aniversário de 18 anos que faz o adolescente tornar-se adulto. Ademais, conforme esclarecem Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo e Thales Cezar de Oliveira, em se tratando de pessoa nascida em 29 de fevereiro (anos bissextos), sempre que esta data não existir considerar-se-á seu aniversário no primeiro dia subsequente, ou seja, 1.º de março (art. 3.º da Lei n. 810/1949)

    Portanto, a alternativa que estipula corretamente a idade do adolescente é a alternativa D.

    ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente : Lei n. 8.069/90 – comentado artigo por artigo / Luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.

    GABARITO: D


ID
4880809
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consta nos documentos oficiais que os Parâmetros Curriculares Nacionais auxiliam o professor na tarefa de reflexão e discussão de aspectos do cotidiano da prática pedagógica, a serem transformados continuamente pelo professor.

O referido texto sinaliza algumas possibilidades para sua utilização:

1. Rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras de avaliar, classificar e segregar os alunos de acordo com seus próprios méritos.
2. Refletir sobre a prática pedagógica, tendo em vista uma coerência com os objetivos propostos.
3. Preparar um planejamento que possa de fato orientar o trabalho em sala de aula.
4. Discutir com a equipe de trabalho as razões que levam os alunos a terem maior ou menor participação nas atividades escolares e encaminhar os alunos indisciplinados para o Conselho Tutelar.
5. Identificar, produzir ou solicitar novos materiais que possibilitem contextos mais significativos de aprendizagem.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

Alternativas

ID
4880812
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consta no texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais que o ensino proposto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996) está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de propiciar a todos formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem para:

1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da capacidade de memorização dos conteúdos escolares, a aquisição da leitura, da escrita e do cálculo.
2. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
3. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
4. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre o ensino fundamental (objetivo a formação básica do cidadão) que se forma mediante;

    Analisemos e indiquemos como se forma a mediação do ensino fundamental e objetivo a formação básica do ensino. Vejamos:

    Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:            

    I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; (ITEM 1)

    Coloquei de vermelho, pois o item 1 está errado neste trecho " o pleno domínio da capacidade de memorização dos conteúdos escolares, a aquisição da leitura, da escrita e do cálculo". O inciso não há nada disso.

    I - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; (ITEM 2)

    III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; (ITEM 3)

    IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (ITEM 4)

    Conforme vimos, o item 2,3 e 4 estão corretos.

    GABARITO: D

  • Diogo Coreiro, amigo, o gabarito não seria D ?


ID
4880815
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C - Liberdade e de dignidade.

    Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

    Bons estudos!

  • A questão exige o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) LEI 8.069/90. Assinalemos a alternativa conforme o artigo 3º. Vejamos:

    Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

    No mesmo sentido do exposto supra, com a edição do Estatuto passa-se a considerar a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e não como objetos. Apesar da ausência da plena capacidade civil, as pessoas em desenvolvimento têm o poder de ostentarem, como titulares, prerrogativas inerentes ao exercício de direitos fundamentais. Poderão, pois, exercer livremente os direitos humanos reconhecidos internamente, que, positivados, passam a ostentar o status de fundamentais. Tal conclusão encontra guarida no inciso IV do art. 3.º da CF, que determina ser objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Ademais, por serem pessoas em desenvolvimento, deverão as crianças e adolescentes ter todas as oportunidades e faculdades para potencializarem o seu estado físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

    ROSSATO, Luciano Alves. Estatuto da Criança e do Adolescente : Lei n. 8.069/90 – comentado artigo por artigo / Luciano Alves Rossato, Paulo Eduardo Lépore, Rogério Sanches Cunha. – 11. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 

    GABARITO: C


ID
4880818
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No contexto da proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais se concebe a educação escolar como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições essas fundamentais para:

Alternativas

ID
4880821
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Piaget, ao postular sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreveu as seguintes fases de transição:

1. Sensório-motor.
2. Pré-silábico.
3. Pré-operatório.
4. Operatório-concreto.
5. Semiótica.
6. Operatório-formal.
7. Silábico.

Assinale a alternativa que indica todos os itens corretos.

Alternativas
Comentários
  • PIAGET - 4 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO

    SENSÓRIO-MOTOR

    PRÉ-OPERATÓRIO

    OPERATÓRIO CONCRETO

    OPERATÓRIO FORMAL

    GABARITO B


ID
4880824
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Com relação ao processo de aprendizagem, é possível dizer que o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal está presente nos estudos realizados por:

Alternativas

ID
4880827
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Observe a frase com palavras retiradas do texto e que se encontram sublinhadas:

“Há uma deliberada norma, um instinto inelutável, um estímulo inibitório, postulando ao juiz prazos para uma usual procrastinação.”

Considerando o campo semântico de cada uma delas, avalie as afirmativas feitas.

1. Os sinônimos dessas palavras, respectivamente, assim se apresentam: intencional, inevitável, impeditivo, requerendo e adiamento.
2. A palavra “distraidamente” pode ser considerada um sinônimo da palavra “deliberadamente”.
3. É verdade a seguinte assertiva: “Se eu procrastino, eu protelo”.
4. Se eu tenho um instinto inelutável, tenho igualmente um instinto irretorquível.
5. Na frase apresentada, pode-se tocar “postulando” (de postular) por “prescrevendo” (de prescrever).

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • (Correta) 1. Os sinônimos dessas palavras, respectivamente, assim se apresentam: intencional, inevitável, impeditivo, requerendo e adiamento.

    2. A palavra “distraidamente” pode ser considerada um sinônimo da palavra “deliberadamente”.

    Distraidamente = Distraído

    Deliberadamente = "De propósito"

    (Correta) 3. É verdade a seguinte assertiva: “Se eu procrastino, eu protelo”.

    (Correta)4. Se eu tenho um instinto inelutável, tenho igualmente um instinto irretorquível.

    5. Na frase apresentada, pode-se tocar “postulando” (de postular) por “prescrevendo” (de prescrever).

    Postulando = Pedindo/ Solicitando.

    Prescrevendo = Determinação / Preceituar


ID
4880830
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Analise as afirmativas feitas, considerando-se o texto.

1. O que há de comum entre as ações “de adiar” e ”de tapar com as mãos os olhos diante de um foco luminoso intenso” é o reflexo condicionado.
2. O brasileiro adia porque é dominado por uma tendência natural e incontrolável.
3. Na última frase do texto, o autor dá ao leitor uma prova irrefutável de que é brasileiro.
4. O brasileiro procrastina porque faz parte de uma raça estranha e surpreendente.
5. O autor descreve, com detalhes, as duas colunas de brasilidade.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas

ID
4880833
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab.: A) No período “O brasileiro pensa; logo existe” temos um processo de coordenação com uma oração sindética conclusiva.

    Conjunções Coordenativas Conclusivas:

    Ligam orações ou palavras, com sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, destarte, pois (quando vem deslocado).

  • GABARITO A

    A) No período “O brasileiro pensa; logo existe” temos um processo de coordenação com uma oração sindética conclusiva.

    Uma oração pode ser coordenada ou subordinada.

    Nas orações subordinada - Há uma dependência entre as orações.

    ex: É necessário que você venha.

    Se eu disser somente: é necessário o sentido é incompleto...

    Nas orações coordenadas - as orações são independentes.

    Ex: João trabalha e Maria estuda.

    Se eu digo : João trabalha. O sentido é completo.

    As coordenadas podem ser :

    Sindéticas - Com conjunção

    Assindéticas - Sem Conjunção

    ------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) No período “A verdade é que já está nos manuais” temos um processo de subordinação com uma oração subordinada substantiva subjetiva.

    É uma oração predicativa.

    A predicativa possui verbo de Ligação.

    Oração predicativa é aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal.

    A verdade é ( isso ) que já está nos manuais

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) Na coesão textual, as duas palavras sublinhadas no segundo parágrafo assumem um sentido catafórico, já que retomam a palavra “colunas” do primeiro parágrafo.

    Anáfora - Retoma o que já fora dito

    Catáfora - Antecipa o que vai ser dito.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------

    D) A palavra sublinhada no sexto parágrafo traz a ideia de conclusão diante do que se expressa no período imediatamente anterior.

     Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.

    Traz ideia concessiva.. Poderia pensar em uma permuta : Ainda sim ..

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------

    E) No período “Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis”, a oração subordinada destacada traz a ideia de comparação.

    Para ser comparativa é necessário que haja comparação entre dois termos.

    o que aparenta ser é conformativa.

    Conforme se vê.....

    Consoante se vê...

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Eventuais equívocos ? Mande msg...

    Bons estudos!


ID
4880836
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Sobre gêneros e tipologias textuais, analise as afirmativas.

1. Pela competência metagenérica, que diz respeito ao conhecimento de gêneros textuais, sua caracterização e função, é que não contamos piada em velório, que não cantamos o hino do nosso clube de futebol em uma conferência acadêmica, dentre outros exemplos.
2. Textos como: horóscopo, anedota, poema, telegrama, uma conversa telefônica são exemplos de tipologias textuais e nem sempre podem ser ensinadas na escola.
3. Visto que as esferas de utilização da língua são extremamente heterogêneas, também os gêneros textuais apresentam grande heterogeneidade, incluindo desde o diálogo cotidiano à tese científica.
4. Os gêneros podem ser primários ou secundários, segundo Bakhtin. Enquanto estes são constituídos em situações de comunicação ligadas a esferas sociais cotidianas de relação humana, aqueles são relacionados a outras esferas (públicas e mais complexas) de interação social e apresentam-se frequentemente de forma escrita.
5. É impossível pensar em comunicação humana a não ser por meio dos gêneros textuais (quer orais ou escritos), entendidos como práticas socialmente constituídas com propósito comunicacional, configuradas concretamente em textos.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da 2?

  • São gêneros textuais, não tipologias


ID
4880839
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Leia o texto.

Utilizamos todas as estratégias de leitura, mais ou menos ao mesmo tempo, sem ter consciência disso. Só nos damos conta do que estamos fazendo se formos analisar com cuidado nosso processo de leitura. Ler não é um ato mecânico e sim um processo ativo. A mente filtra as informações recebidas, interpreta essas informações e seleciona aquelas que são consideradas relevantes. O que se fixa em nossa mente é o significado geral do texto.
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34112/ estrategias-de-leitura

Considerando seis estratégias de leitura, associe as colunas 1 e 2 abaixo:

Coluna 1 Estratégias de leitura
1. Pensar em voz alta
2. Predição
3. Questionar
4. Resumir
5. Representação visual

Coluna 2 Aplicação das estratégias
( ) Implica antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente para facilitar a compreensão.
( ) É quando o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê.
( ) Auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.
( ) Facilita a compreensão global do texto, pois implica a seleção e destaque das informações mais relevantes do texto.
( ) Auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • C 2 • 1 • 5 • 4 • 3


ID
4880842
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Observe o trecho abaixo.

“Quem nunca enganou-se e desobedeceu as sinalizações da vida? Pode ser que houvessem caminhos menos tortuosos, mas as ações não seriam tão beneficentes. Assim, prepara-se armadilhas, ou melhor, o destino sempre as prepara e nós, com bastante sacrifícios, movemo-nos rumo a decisão final”.

Observe as afirmativas feitas sobre o trecho.

1. O trecho pode ser classificado como uma narração.
2. Há dois casos de inadequação à norma culta em se tratando de mecanismos de regência: um verbal outro nominal.
3. Há uma impropriedade quanto à ortografia, a saber: a palavra “beneficente” deveria ser escrita da seguinte forma: “beneficiente”.
4. Há um desvio à norma culta no que se refere à colocação pronominal.
5. Há três casos de incorreção no uso dos processos de concordância, de acordo com a norma culta: dois verbais e um nominal.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • “Quem nunca enganou-se e desobedeceu as (falta crase) sinalizações da vida? Pode ser que houvessem caminhos menos tortuosos, mas as ações não seriam tão beneficentes. Assim, prepara-se (deveria estar no plural) armadilhas, ou melhor, o destino sempre as prepara (deveria estar no plural) e nós, com bastante (erro na concordância) sacrifícios, movemo-nos rumo a (erro na regência , pois falta crase) decisão final”.

  • "Houvessem" está incorreto, o certo seria "houvesse", já que se trata de um verbo impessoal, na forma que foi colocado.

  • “Quem nunca enganou-se e desobedeceu as sinalizações da vida? Pode ser que houvessem caminhos menos tortuosos, mas as ações não seriam tão beneficentes. Assim, prepara-se armadilhas, ou melhor, o destino sempre as prepara e nós, com bastante sacrifícios, movemo-nos rumo a decisão final”.

    Quem nunca se enganou e desobedeceu às sinalizações da vida? Pode ser que houvesse caminhos menos tortuosos, mas as ações não seria tão beneficentes. Assim, preparam-se armadilhas, ou melhor o destino sempre as prepara e nós, com bastantes sacrifícios, movemo-nos ruma à decisão final.

    2. Há dois casos de inadequação à norma culta em se tratando de mecanismos de regência: um verbal outro nominal.

    Certo. A forma verbal 'desobedeceu' rege-se de preposição 'a'. Então, 'Desobedeceu às sinalizações.'

    A forma nominal 'rumo' rege-se de preposição 'a'. Então, 'Movemo-nos rumo à decisão final.'

    4. Há um desvio à norma culta no que se refere à colocação pronominal.

    Certo. Pronomes interrogativos e advérbios atraem o pronome. Então 'Quem nunca se enganou...'

    5. Há três casos de incorreção no uso dos processos de concordância, de acordo com a norma culta: dois verbais e um nominal.

    Certo. -Verbo 'haver' com sentido de existir\acontecer\ocorrer é impessoal. Então, 'Pode ser que houvesse caminhos...'

    -Verbo acompanhado de partícula apassivadora, verbo concorda com o sujeito. Então, 'Preparam-se armadilhas...' 'Armadilhas são preparadas...'

    -Bastante quando puder ser intercambiável por MUITOS é variável e concorda com o substantivo. Então, 'com bastantes sacrifícios'

    GAB: D

    Equívocos, avisem-me.

  • GABARITO D

    “Quem nunca enganou-se( 1 ) e desobedeceu as (2) sinalizações da vida? Pode ser que houvessem (3) caminhos menos tortuosos, mas as ações não seriam tão beneficentes. Assim, prepara-se ( 4) armadilhas, ou melhor, o destino sempre as prepara e nós, com bastante ( 5 ) sacrifícios, movemo-nos rumo a ( 6 ) decisão final”.

    1) Nunca = palavras negativas são Fator atrativo de próclise

    2) Obedecer / desobedecer = VTI (A) A +A = CRASE

    Desobedeceu às sinalizações.

    Desobedeceu aos semáforos

    3) Haver no sentido de existir

    4) VTD +SE = Partícula apassivadora

    Armadilhas são preparadas.

    5) Bastantes - Trocamos por "muitos ".

    Bastantes sacrifícios.

    6) Rumo à decisão

    Rumo ao problema

  • fiquei ate emocionado por acertar essa. rsrs
  • Assertiva D

    São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.

     2. Há dois casos de inadequação à norma culta em se tratando de mecanismos de regência: um verbal outro nominal.

    4. Há um desvio à norma culta no que se refere à colocação pronominal.

    5. Há três casos de incorreção no uso dos processos de concordância, de acordo com a norma culta: dois verbais e um nominal.


ID
4880845
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Leia com atenção os dois períodos que seguem.

1. Os agricultores lageanos que são improdutivos estarão sujeitos à desapropriação.
2. Os agricultores lageanos, que são improdutivos, estarão sujeitos à desapropriação.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação a esses períodos.
( ) Supondo que existem apenas essas duas opções para constar em projeto de lei, os agricultores lageanos escolheriam a opção 1.
( ) Supondo que existem apenas essas duas opções para constar em projeto de lei, agricultores lageanos escolheriam a opção 2.
( ) Temos o exemplo de um recurso gramatical de nível sintático para diferenciar o sentido dos períodos.
( ) Em 1, nem todos os agricultores lageanos são improdutivos.
( ) Em 2, todos os agricultores lageanos são improdutivos.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Oração explicativa é separada por vírgula, a restritiva não.


ID
4880848
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Observe o período que segue quanto à coesão textual.

Perante o diretor, o aluno identificou como seu agressor o colega do primo que frequentava a mesma escola que ele.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação a esse período.

( ) O pronome relativo é referente anafórico do vocábulo “agressor”.
( ) O pronome pessoal “ele” pode retomar três palavras: aluno, colega e primo.
( ) Se no lugar do pronome pessoal “ele”, fosse colocado o pronome demonstrativo “este”, o pronome relativo estaria se referindo somente a “aluno”.
( ) A seguinte redação do período: “Perante o diretor, o aluno identificou como seu agressor o colega do primo que frequentava a mesma escola da vítima” faz do pronome relativo um referente catafórico do termo “aluno”.
( ) Temos no período um clássico exemplo de ambiguidade, consequência da coesão feita de forma inadequada.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Perante o diretor, o aluno identificou como seu agressor o colega do primo que frequentava a mesma escola que ele.

    ( F ) O pronome relativo é referente anafórico do vocábulo “agressor”.

    Retoma o colega do primo.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( V ) O pronome pessoal “ele” pode retomar três palavras: aluno, colega e primo.

    Da maneira como foi exposta a frase é possível gerar essa ambiguidade .

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( F ) Se no lugar do pronome pessoal “ele”, fosse colocado o pronome demonstrativo “este”, o pronome relativo estaria se referindo somente a “aluno”.

    O este também pode trabalhar como anafórico, mas quando assim atua, ele refere-se ao mais próximo ex:

    Futebol ou Concurso este gosto, aquele muito mais.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( F ) A seguinte redação do período: “Perante o diretor, o aluno identificou como seu agressor o colega do primo que frequentava a mesma escola da vítima” faz do pronome relativo um referente catafórico do termo “aluno”.

    1º Catáfora - Antecipa o que vai ser dito

    Anáfora - Retoma o que já foi dito.

    2º Retoma o colega do primo.

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( V ) Temos no período um clássico exemplo de ambiguidade, consequência da coesão feita de forma inadequada.

    A má utilização do pronome gerou ambiguidade >

    Perante o diretor, o aluno identificou como seu agressor o colega do primo que frequentava a mesma escola que ele.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Fonte: Pestana, Uso dos pronomes 92.

    Havendo equívocos , favor, comunique-me !

    Bons estudos!


ID
4880851
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Observe as frases.

A. Estes alunos, não os conheço.
B. As pessoas, sempre chegam depois do horário.
C. Encontrei-o no mesmo lugar, que duas horas antes, recebeu-me.
D. Vamos esperar que Vossa Senhoria manifeste vossa escolha.
E. Ele pára de falar para olhar a menina que passa, enquanto outros lêem despreocupadamente aquela notícia no mural do corredor.

Analise as afirmativas abaixo feitas sobre as frases.

1. Em A, a vírgula está correta, assim como em B e a justificativa de uso é a mesma para ambas as frases.
2. Em A, temos um exemplo de pleonasmo como figura de linguagem.
3. Em C, temos uma redação de acordo com a norma culta.
4. Em D, há impropriedade no uso de pronome possessivo.
5. Em E, a acentuação segue as regras do novo acordo ortográfico.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Pleonasmo: Redundância.

    Ex: Subir para cima;

    Descer para baixo

    Repetir de novo

  • GABARITO A

    A. Estes alunos, não os conheço.

    Temos um Objeto direto pleonástico. Trata-se de repetir novamente o OD.

    usado quando queremos dar destaque ou ênfase à idéia contida no objeto direto, por isso, o colocamos no início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome oblíquo.

    ________________________________________________

    B. As pessoas, sempre chegam depois do horário.

    A vírgula está posta de forma incorreta , porque separa o sujeito do verbo

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    C. Encontrei-o no mesmo lugar, que duas horas antes, recebeu-me.

    No mesmo lugar " em que " / No qual

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    D. Vamos esperar que Vossa Senhoria manifeste vossa escolha.

     "se a pessoa, a quem se refere o tratamento, está ausente, isto é, se, em vez de ser o interlocutor (segunda pessoa), for o assunto (terceira pessoa) - a pessoa de quem se fala - então se empregará o [pronome] adjetivo Sua, e não Vossa"

    https://migalhas.uol.com.br/coluna/gramatigalhas/71923/voce--segunda-ou-terceira-pessoa

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    E. Ele pára de falar para olhar a menina que passa, enquanto outros lêem despreocupadamente aquela notícia no mural do corredor.

    Não usamos o acento diferencial em " para".

    A forma correta é LEEM

    acento circunflexo não mais deverá ser utilizado em verbos com conjugações da 3ª pessoa do plural terminadas em -eem.

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    Havendo algum equívoco ,favor, comunique-me !

    Bons estudos!!!


ID
4880854
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Lages - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

Brasileiro, homem do amanhã

Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas de brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
    Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
    Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).

Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado; proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde; só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel de Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
    Quanto à morte, não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que ele morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele poema famoso cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
    Sim, adiamos por força de um incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
    O brasileiro adia; logo existe.
    A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e nossa terra. Entre endereços de embaixadores e consulados, estatísticas, indicações culinárias o autor intercalou o seguinte tópico:

DES MOST (*palavras)
  •  Hier: ontem
  •  Aujourd’hui: hoje
  •  Demain: amanhã

Le seul importante est le dernier (*a única palavra importante é a última)

A única palavra importante é amanhã. Ora, esse francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Paulo Mendes Campos

Observe as frases abaixo e a classificação da figura de linguagem presente e nomeada dentro dos parênteses.

1. Eu estudo português; você, matemática. (zeugma)
2. Sou amado, respeitado, louvado e consagrado. (cacófato)
3. Vida e morte, alegria e tristeza… triste realidade! (antítese)
4. A lua sussurrava doces palavras aos namorados! (prosopopeia)
5. Hoje vou ouvir Noel Rosa. (metáfora)
6. Coloquei dois dentes de alho na carne. (metonímia)

Assinale a alternativa que indica todas as frases com classificação correta.

Alternativas
Comentários
  • Zeugma: Omissão de um termo mencionado anteriormente no enunciado. Diferente da Elipse, que é apenas a ocultação de um termo, não importando que o mesmo já tenha sido expressa ou não na frase.

    Cacofonia: Produção de sons desagradável.

    Antítese: Uso de termos com sentidos opostos. Duas palavras ou dois pensamentos de sentido contrário.

    Prosopopeia: Emprega sentimentos humanos e palavras a animais ou seres inanimados.

    Metáfora: Palavra com sentido figurado, é uma comparação implícita, pois não existe conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

    Metonímia: Utilizada para substituir um termo por outro. Ex: Esse prato está uma delícia.