SóProvas



Prova VUNESP - 2010 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
1733365
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.).
                                               
                                                                        Fedro

SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal.

FEDRO: – Isso mesmo.

SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar?

FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.

SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.

FEDRO: – Tens razão.

SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.

FEDRO: – Sim.

SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”...

FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.

SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres.

FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.

SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?

FEDRO: – Não há dúvida.

SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.

SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore averdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”.

FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?

SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.

(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)

Neste fragmento de um diálogo de Platão, as personagens Sócrates e Fedro discutem a respeito da relação entre a arte retórica, isto é, a arte de produzir discursos, e a expressão da verdade por meio de tais discursos. Trata-se de um tema ainda atual. Aponte a única alternativa que expressa um conteúdo não abordado pelas duas personagens no fragmento.

Alternativas

ID
1733368
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.).
                                               
                                                                        Fedro

SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal.

FEDRO: – Isso mesmo.

SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar?

FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.

SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.

FEDRO: – Tens razão.

SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.

FEDRO: – Sim.

SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”...

FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.

SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres.

FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.

SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?

FEDRO: – Não há dúvida.

SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.

SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore averdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”.

FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?

SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.

(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)

Após uma leitura atenta do fragmento do diálogo Fedro, pode-se perceber que Sócrates combate, fundamentalmente, o argumento dos mestres sofistas, segundo o qual, para fazer bons discursos, é preciso,

Alternativas
Comentários
  • vou sim, abraço
  • Resolução

    Fedro, na segunda de suas falas, apresenta a concep -

    ção sofística a respeito da relação entre discurso e

    verdade, segundo a qual basta ao orador criar uma

    aparência de verdade. Sócrates questiona essa con -

    cepção.


ID
1733371
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.).

                                                                        Fedro

SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal.

FEDRO: – Isso mesmo.

SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar?

FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.

SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.

FEDRO: – Tens razão.

SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.

FEDRO: – Sim.

SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”...

FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.

SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres.

FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.

SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?

FEDRO: – Não há dúvida.

SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho,– nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.

SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore a verdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”.

FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?

SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.

(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.).

... para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal ...

Neste trecho da tradução da segunda fala de Fedro, observa-se uma frase com estruturas oracionais recorrentes, e por isso plena de termos repetidos, sendo notável, a este respeito, a retomada do demonstrativo o e do pronome relativo que em que de fato é justo, o que parece justo, os que decidem, o que é bom ou belo, o que parece tal.

Em todos esses contextos, o relativo que exerce a mesma função sintática nas orações de que faz parte. Indique-a.

Alternativas
Comentários
  • Em todas as orações apontadas, o pronome relativo

    que é sujeito dos verbos.


ID
1733374
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.).
                                               
                                                                        Fedro

SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal.

FEDRO: – Isso mesmo.

SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar?

FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.

SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.

FEDRO: – Tens razão.

SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.

FEDRO: – Sim.

SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”...

FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.

SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres.

FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.

SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?

FEDRO: – Não há dúvida.

SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.

SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore averdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”.

FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?

SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.

(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)

Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa.

Nesta frase, Sócrates, para rotular o tipo de discurso que acaba de ser sugerido por Fedro, emprega palavra hábil com o sentido de:

Alternativas

ID
1733377
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.).
                                               
                                                                        Fedro

SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal.

FEDRO: – Isso mesmo.

SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar?

FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.

SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.

FEDRO: – Tens razão.

SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.

FEDRO: – Sim.

SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”...

FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.

SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres.

FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.

SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?

FEDRO: – Não há dúvida.

SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.

SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore averdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”.

FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?

SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.

(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)

... que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou?

Esta passagem apresenta conformação alegórica, em virtude do sentido figurado com que são empregadas as palavras frutos, recolher e semeou. Aponte, entre as alternativas a seguir, aquela que contém, na ordem adequada, palavras que, sem perda relevante do sentido da frase, evitam a conformação alegórica:

Alternativas

ID
1733380
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava. 

                                                                 Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.
Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa NovaSão Paulo: Editora Unesp, 2002.)

A partir do texto apresentado, aponte a alternativa que não caracteriza a Bossa Nova.

Alternativas

ID
1733383
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava. 

                                                                 Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.
Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa NovaSão Paulo: Editora Unesp, 2002.)

Segundo o texto, o principal traço distintivo da Bossa Nova com relação ao samba-canção foi:

Alternativas

ID
1733386
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava.

                                                                 Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.
Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa Nova.São Paulo: Editora Unesp, 2002.)

Seguindo as lições do fragmento apresentado sobre as características temáticas de cada gênero musical, aponte quais dos
quatro seguintes exemplos fazem parte de letras de sambas-canções.

I. Não falem dessa mulher perto de mim, / Não falem pra não me lembrar minha dor.
                                         (Cabelos brancos, de Marino Pinto e Herivelto Martins.)

II. Doce é sonhar / E pensar que você / Gosta de mim / Como eu de você.
                                                           (Este seu olhar, de A. C. Jobim.)

III. Eu não seria essa mulher que chora / Eu não teria perdido você.
                                                         (Castigo, de Dolores Duran.)

IV. Ah! se eu pudesse te mostrar as flores / Que cantam suas cores pra manhã que nasce.
                                          (Ah! se eu pudesse, de Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli.)

A alternativa correta é:

Alternativas

ID
1733389
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava. 

                                                                 Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.
Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa NovaSão Paulo: Editora Unesp, 2002.)

... sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

Nesta passagem, a sequência não obstante a poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • A expressão “não obstante” indica concessão e é

    equivalente a “apesar da”. Em a, c e d, indica-se

    causa; em e, comparação.


ID
1733392
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava. 

                                                                 Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.
Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa NovaSão Paulo: Editora Unesp, 2002.)

A leitura do fragmento como um todo permite concluir que, para o autor,

Alternativas

ID
1733395
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

Identifique, entre os quatro exemplos extraídos do texto, aqueles que se apresentam em discurso indireto livre:

I. Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos.

II. – Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer.

III. Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!

IV. Não era preciso barulho não.

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    O fragmento I é puramente narrativo e II contém dis -

    curso direto. Nos fragmentos III e IV, as palavras da

    personagem são integradas ao discurso do narrador,

    sem verbo declarativo que as introduza.


ID
1733398
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

No fragmento apresentado, de Vidas secas, as formas verbais mais frequentes se enquadram em dois tempos do modo indicativo. Marque a alternativa que indica, pela ordem, o tempo verbal predominante no segundo parágrafo e o que predomina no quinto parágrafo.

Alternativas
Comentários
  • pretérito imperfeito – pretérito perfeito.


ID
1733401
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano.

A forma verbal queimava, no período acima, apresenta o sentido de:

Alternativas

ID
1733404
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

Quem é do chão não se trepa.
Fabiano emprega duas vezes este provérbio para retratar com certo determinismo sua situação, que ele considera impossível
de ser mudada. Há outros que poderiam ser utilizados para retratar essa atitude de desânimo ante algo que parece irreversível. Na relação de provérbios abaixo, aponte aquele que não poderia substituir o empregado por Fabiano, em virtude de não corresponder àquilo que a personagem queria significar.

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    O provérbio da alternativa b é determinista, mas não

    fatalista, como os demais, pois nele “semear ventos” é

    ação voluntária. Nos demais, a situação do sujeito é o

    destino dela decorrente, nada têm de voluntário, pois

    são apresentados como determinações fatais.


ID
1733407
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

Lendo atentamente o fragmento de Vidas secas, percebe-se que o foco principal é o das transações entre Fabiano e o proprietário da fazenda. Aponte a alternativa que não corresponde ao que é efetivamente exposto pelo texto.

Alternativas

ID
1733410
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

O fragmento apresentado focaliza, por meio da opinião do autor e de outros folcloristas mencionados, o bumba-meu-boi, auto popular brasileiro bastante conhecido. A leitura do fragmento, como um todo, deixa claro que o núcleo temático do bumba-meu-boi é sempre,

Alternativas
Comentários
  • Afirma-se no terceiro parágrafo que o tema central do

    Bumba-Meu-Boi é a morte e a ressurreição do boi. Os

    temas enunciados em outras alternativas associam-se

    variadamente àquele núcleo temático.


ID
1733413
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas.

Nesta passagem, Luís da Câmara Cascudo, mencionado pelo autor, explica que, em apresentações do bumba-meu-boi da época da escravidão,

Alternativas

ID
1733416
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram
(...)

Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que faz-sono é:

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    A caracterização do capitão-do-mato é feita por meio

    de apostos explicativos: “preador de escravos”,

    “assombro dos moleques” e “faz-sono dos negrinhos”.

    Para que haja o paralelismo sintático, cada aposto é

    constituído por um substantivo seguido por uma

    locução adjetiva. Sendo assim, é possível inferir que

    “faz-sono” equivale a um substantivo cujo significado

    negativo se soma aos demais.


ID
1733419
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

Aponte a alternativa que indica, entre os quatro termos relacionados a seguir, apenas os que, no fragmento apresentado, são empregados pelos folcloristas para referir-se ao bumba-meu-boi.

I. Bailado.
II. Ritual.
III. Brincadeira.
IV. Folguedo.

Alternativas

ID
1733422
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)

Quem me ver estar dançando. – Mas o negro lhe amarrou.

Nos dois versos acima, do exemplo de estrofes de um bumba-meu-boi recolhidas por Sívio Romero, as formas ver e lhe caracterizam um uso popular. Se se tratasse de um discurso obediente à construção formal em Língua Portuguesa, tais formas seriam substituídas, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Letra A, vir e o.

    verbo ver no futuro do subjuntivo fica vir

    verbo amarrar é vtd por isso será o.


ID
1733431
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto a seguir para responder a questão.

Two of the greatest obstacles that comics have in reaching readers are exposure and cost. Fortunately, the internet has provided remedies for both. Many comic book creators and publishers have put their comics online, available as full issues and at absolutely no cost to the reader. And unlike torrents or scanned files, these comics are completely legal. Here I have endeavored to collect as many of these as possible, now totalling over 300 full issues and stories, in one place.
Whether you have been meaning to try a new title, or if you’ve never read a comic in your life, there’s still something here for everyone. Follow a link or two or three. Some comics that I especially recommend carry an asterisk, but I haven’t come close to reading everything here. Maybe you’ll find something you enjoy.

( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )
(www.lorencollins.net/freecomic. Adaptado.)

Qual o melhor título para o texto?

Alternativas

ID
1733434
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto a seguir para responder a questão.

Two of the greatest obstacles that comics have in reaching readers are exposure and cost. Fortunately, the internet has provided remedies for both. Many comic book creators and publishers have put their comics online, available as full issues and at absolutely no cost to the reader. And unlike torrents or scanned files, these comics are completely legal. Here I have endeavored to collect as many of these as possible, now totalling over 300 full issues and stories, in one place.
Whether you have been meaning to try a new title, or if you’ve never read a comic in your life, there’s still something here for everyone. Follow a link or two or three. Some comics that I especially recommend carry an asterisk, but I haven’t come close to reading everything here. Maybe you’ll find something you enjoy.

( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )
(www.lorencollins.net/freecomic. Adaptado.)

De acordo com o texto, dois obstáculos ao acesso dos leitores às histórias em quadrinhos são,

Alternativas

ID
1733437
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto a seguir para responder a questão.

Two of the greatest obstacles that comics have in reaching readers are exposure and cost. Fortunately, the internet has provided remedies for both. Many comic book creators and publishers have put their comics online, available as full issues and at absolutely no cost to the reader. And unlike torrents or scanned files, these comics are completely legal. Here I have endeavored to collect as many of these as possible, now totalling over 300 full issues and stories, in one place.
Whether you have been meaning to try a new title, or if you’ve never read a comic in your life, there’s still something here for everyone. Follow a link or two or three. Some comics that I especially recommend carry an asterisk, but I haven’t come close to reading everything here. Maybe you’ll find something you enjoy.

( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )
(www.lorencollins.net/freecomic. Adaptado.)

Qual das orações a seguir melhor se encaixa na sequência do texto, como um terceiro parágrafo?

Alternativas
Comentários
  • Gab D


ID
1733440
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto Status of same-sex marriage para responder a questão.

                                                 Status of same-sex marriage
South America

Argentina
The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district and capital city of the republic) allows same-sex civil unions.
The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too.
Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010.

Brazil
A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it.

Colombia
The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples.

Ecuador
The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married
heterosexual couples.

Uruguay
Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sexcouples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009.

                                                                                                                                    (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
1733443
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto Status of same-sex marriage para responder a questão.

                                                 Status of same-sex marriage
South America

Argentina
The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district and capital city of the republic) allows same-sex civil unions.
The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too.
Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010.

Brazil
A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it.

Colombia
The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples.

Ecuador
The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married
heterosexual couples.

Uruguay
Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sexcouples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009.

                                                                                                                                    (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
1733446
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto Status of same-sex marriage para responder a questão.

                                                 Status of same-sex marriage
South America

Argentina
The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district and capital city of the republic) allows same-sex civil unions.
The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too.
Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010.

Brazil
A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it.

Colombia
The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples.

Ecuador
The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married
heterosexual couples.

Uruguay
Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sexcouples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009.

                                                                                                                                    (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.)

Assinale a alternativa na qual todos os termos se caracterizam como vocabulário específico da área legislativa.

Alternativas

ID
1733449
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto Status of same-sex marriage para responder a questão.

                                                 Status of same-sex marriage
South America

Argentina
The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district and capital city of the republic) allows same-sex civil unions.
The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too.
Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010.

Brazil
A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it.

Colombia
The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples.

Ecuador
The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married
heterosexual couples.

Uruguay
Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sexcouples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009.

                                                                                                                                    (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.)

Assinale a alternativa na qual todas as palavras são formas verbais relativas ao passado.

Alternativas

ID
1733452
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Instrução: Leia o texto Status of same-sex marriage para responder a questão.

                                                 Status of same-sex marriage
South America

Argentina
The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district and capital city of the republic) allows same-sex civil unions.
The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too.
Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010.

Brazil
A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it.

Colombia
The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples.

Ecuador
The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married
heterosexual couples.

Uruguay
Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sexcouples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009.

                                                                                                                                    (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.)

Com base nas informações do texto, o que podemos inferir a respeito da situação atual dos casais do mesmo sexo na Argentina?

Alternativas

ID
1733458
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

[Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas. Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.
                                                                                       (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Sobre essas festas medievais, podemos dizer que:

Alternativas

ID
1733461
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar,

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    As crenças eram veementemente condenadas e combatidas pela igreja, uma forma de burlar este sistema foi o sincretismo religiosos, onde esses escravos para manter suas culturas, vinculavam elas as culturas europeias. Pode-se dizer na transformação de suas entidades e orixás aos santos católicos, dizer que a capoeira era uma dança e não uma luta e etc.

    Sobra a LETRA B, essa era uma forma muito utilizada pelos escravos, a sabotagem, principalmente no período açucareiro. Acredito que o erro seja em falar de "introdução de pragas oriundas da África" pois era impossível que os escravos obtivessem acesso a isso.

    (CASO TENHA ALGUM ERRO ME INFORMEM POR PRIVADO)


ID
1733464
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.
(...)
Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.
Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.

(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.)

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de:

Alternativas

ID
1733467
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi definida, por alguns historiadores, como um momento de apogeu do Império brasileiro. Outros preferiram considerá-la como uma demonstração de seu declínio. Tal discordância se justifica porque o conflito sul-americano,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D) ajudou a profissionalizar e politizar o Exército brasileiro, mas contribuiu na difusão, entre suas lideranças, do abolicionismo.

    Explicação: O Exército Brasileiro, naquele momento, tinha total poder e influência da Marinha que sempre foi leal ao Imperador. Ao passar pela Guerra do Paraguai, tais oficiais ganham poder e status ajudando então "a profissionalizar e politizar o Exército Brasileiro", quanto a outra questão da alternativa, fala sobre abolicionismo, sim, a experiência na guerra ao lado dos escravos e o não cumprimento dos direitos que D. Pedro havia prometido fizeram com que muitos oficiais começassem pensar na República e na Abolição dos Escravos.

    #AvantePMPR


ID
1733470
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

(...) “Confeitaria do Custódio”. Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra designação. Um nome, o próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração histórica, ódio nem amor, nada que chamasse a atenção dos dois regimes, e conseguintemente que pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a vida do proprietário e dos empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de uma palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas.
                                                                                                             
                                                                                                              (Machado de Assis. Esaú e Jacó. Obra completa, 1904.)

O fragmento, extraído do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, narra a desventura de Custódio, dono de uma confeitaria no Rio de Janeiro, que, às vésperas da proclamação da República, mandou fazer uma placa com o nome “Confeitaria do Império" e agora temia desagradar ao novo regime. A ironia com que as dúvidas de Custódio são narradas representa o:

Alternativas

ID
1733473
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os operários das fábricas e das usinas, assim como as tropas rebeldes, devem escolher sem demora seus representantes ao governo revolucionário provisório, que deve ser constituído sob a guarda do povo revolucionário amotinado e do exército.

                                                          (Manifesto de 27 de fevereiro de 1917, in Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974.)

O manifesto, lançado em meio às tensões de 1917 na Rússia, revela a posição dos:

Alternativas

ID
1733479
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A construção de Brasília durante o governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) teve, entre suas motivações oficiais,

Alternativas
Comentários
  • A. (ERRADO) A questão afirma que a sede do governo federal localiza-se na cidade de São Paulo, quando na realidade a sede do governo localizava-se na cidade do Rio de Janeiro, no estado da Guanabara.

    B (CERTO) Inaugurada em 21/04/1960, ainda que sem estar totalmente concluída. Inúmeros foram os fatores que levaram à construção da atual capital, dentre os quais merecem destaque: a) desenvolvimento econômico e populacional das regiões centrais e interioranas, afastadas das cidades litorâneas; b) segurança nacional, que, segundo estudos da época, seria melhor desenvolvida em uma cidade não litorânea; c) modernização: ainda que a possibilidade de construção de Brasília fosse algo que já encontrava previsão, o momento histórico, econômico e político estava intimamente ligado à modernização. Logo, nada mais natural do que a construção de uma nova (e moderna) cidade.

    C. (ERRADO) Não há relação entre o turismo e a mudança no funcionalismo público para outra cidade, o que na realidade nem aparece como um dos motivos para a mudança para a capital para Brasília.

    D. (ERRADO) Os intuitos eram promover o desenvolvimento econômico e populacional das regiões centrais e interioranas, afastadas das cidades litorâneas, garantir a segurança nacional e modernização a partir de uma nova capital.

    E. (ERRADO) Apesar de segurança nacional, fazer parte dos motivos que levaram à da mudança da capital, onde segundo estudos da época, seria melhor desenvolvida em uma cidade não litorânea, não havia o interesse em a partir de Brasília expandir as defesas até as fronteiras como afirma o item.

  • Reavivando antigas propostas de transferência da capital do país para o interior, o governo J.K. também ressuscitou o argumento oficial do incentivo ao desenvolvimento da região Centro-Oeste que a construção da nova sede do poder federal significaria na época. 


ID
1733482
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“É proibido proibir"
“A imaginação no poder"

As duas frases foram pintadas em muros de Paris durante as revoltas estudantis de maio de 1968. Elas ilustram algumas ideias dos rebeldes, como:

Alternativas

ID
1733485
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Guerra das Malvinas (Falklands) opôs Argentina e Inglaterra de abril a junho de 1982. Entre os motivos da guerra, podemos citar a:

Alternativas

ID
1733488
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A campanha pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente da República do Brasil, em 1984, intitulada “Diretas Já!",

Alternativas
Comentários
  • voto direto ???
  • GABARITO (D). Apesar deste ser o gabarito, deixarei meu ponto de vista do porque discordo. De fato o movimento das Diretas Já reuniu diversos partidos políticos e setores da sociedade que clamavam pelas eleições diretas, a pressão foi tanta que forçou o CN apressar a votação para a Emenda Constitucional Dante de Oliveira que tinha como proposta as eleições diretas para Presidente da República, porém a votação não obteve o quórum necessário para a sua aprovação, sendo rejeitada por uma diferença ínfima de 22 votos o que acarretou na eleição indireta de Tancredo e Sarney pelo colégio eleitoral.

    Na afirmativa dada como gabarito, ela diz sobre a aprovação de emenda constitucional que reintroduzia o voto direto para presidente, o que não é um fato, pois como já mencionei antes, a EC não foi aprovada e muito menos o voto direto para PR foi instituído.


ID
1733506
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Soweto viu a Copa do Mundo. Em um Mundial questionado por seu impacto social apenas limitado e por excluir grande parte da população africana dos benefícios, os 4 milhões de moradores da cidade nas proximidades de Johannesburgo só souberam um dia antes que a seleção brasileira faria seu único treino aberto em Soweto.

(O Estado de S.Paulo, 04.06.2010. Adaptado.)

Considere as afirmações seguintes.

I. Soweto está localizado na região metropolitana de Johanesburgo e foi a maior township da África do Sul.

II. As townships nasceram durante o período do apartheiddevido à separação espacial entre negros e brancos.

III. Dentre os Prêmios Nobel da Paz, estão Nelson Mandela e o Arcebispo Desmond Tutu, que viveram em Soweto.

IV. Berço da luta contra o apartheid, durante o regime racista, Soweto conseguiu resolver seus problemas sociais, integrando-se totalmente ao restante da capital.

Estão corretas apenas as afirmações:

Alternativas

ID
1733512
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

As quatro afirmações que se seguem serão correlacionadas aos seguintes termos: (1) vulcanismo – (2) terremoto – (3) epicentro – (4) hipocentro.

a. Os movimentos das placas tectônicas geram vibrações, que podem ocorrer no contato entre duas placas (caso mais frequente) ou no interior de uma delas. O ponto onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões acumuladas é chamado de foco do tremor.

b. Com o lento movimento das placas litosféricas, da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se acumulando em vários pontos, principalmente perto de suas bordas. As tensões, que se acumulam lentamente, deformam as rochas; quando o limite de resistência das rochas é atingido, ocorre uma ruptura, com um deslocamento abrupto, gerando vibrações que se propagam em todas as direções.

c. A partir do ponto onde se inicia a ruptura, há a liberação das tensões acumuladas, que se projetam na superfície das placas tectônicas.

d. É a liberação espetacular do calor interno terrestre, acumulado através dos tempos, sendo considerado fonte de observação científica das entranhas da Terra, uma vez que as lavas, os gases e as cinzas fornecem novos conhecimentos de como os minerais são formados. Esse fluxo de calor, por sua vez, é o componente essencial na dinâmica de criação e destruição da crosta, tendo papel essencial, desde os primórdios da evolução geológica.

                                                                                                   (Wilson Teixeira, et al. Decifrando a Terra, 2003. Adaptado.)

Os termos e as afirmações estão corretamente associados em:

Alternativas
Comentários
  • A dúvida poderia ficar entre o EPICENTRO e o HIPOCENTRO. O hipocentro é o ponto de origem de um terremoto. Já o Epicentro é a parte que recebe a energia proveniente do hipocentro.

    Alternativa E

  • ou no interior de uma delas

    Desse trecho percebe-se que se trata do hipocentro.


ID
1733527
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia

A felicidade, para você, pode ser uma vida casta; para outro, pode ser um casamento monogâmico; para outro ainda, pode ser uma orgia promíscua. Há os que querem simplicidade e os que preferem o luxo. Em matéria de felicidade, os governos
podem oferecer as melhores condições possíveis para que cada indivíduo persiga seu projeto. Mas o melhor governo é o que não prefere nenhuma das diferentes felicidades que seus sujeitos procuram. Não é coisa simples. Nosso governo oferece uma isenção fiscal às igrejas, as quais, certamente, são cruciais na procura da felicidade de muitos. Mas as escolas de dança de salão ou os clubes sadomasoquistas também são significativos na busca da felicidade de vários cidadãos. Será que um governo deve favorecer a ideia de felicidade compartilhada pela maioria? Considere: os governos totalitários (laicos ou religiosos) sempre “sabem” qual é a felicidade “certa” para seus sujeitos. Juram que querem o bem dos cidadãos e garantem a felicidade como um direito social – claro, é a mesma felicidade para todos. É isso que você quer?

(Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 10.06.2010. Adaptado.)

Sobre esse texto, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
1733530
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A inclinação para o ocultismo é um sintoma da regressão da consciência. A tendência velada da sociedade para o desastre faz de tolas suas vítimas com falsas revelações e fenômenos alucinatórios. O ocultismo é a metafísica dos parvos. Procurando no além o que perderam, as pessoas dão de encontro apenas com sua própria nulidade.

                                                                                                                (Theodor Adorno, filósofo alemão, 1947. Adaptado.)

Ilumine seus caminhos e encontre a paz espiritual com Dona Márcia, espírita conceituada com fortes poderes. Corta mau-olhado, inveja, demandas, feitiçaria. Desfaz amarrações, faz simpatia para o amor, saúde, negócios, empregos, impotência e filhos problemáticos. Seja qual for o seu problema, em uma consulta, ela lhe dará orientação espiritual para resolver o seu problema.

                                                                                            (Panfleto distribuído nas ruas do centro de uma cidade brasileira.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
1733533
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a Disney. Questionada pela mãe, que não sabia de excursão nenhuma, a menina pegou uma pasta com preços do pacote turístico e uma foto com os dizeres: “Se eu não for para a Disney vou ser um pateta”. A agência de turismo e a escola afirmam que não pretendiam constranger ninguém e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira. Para um promotor da área do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade infantil. “Já temos problemas sérios de bullying nas escolas. Essa empresa está criando uma situação propícia para isso”.
 
                                                                                                                                  (Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.)

Acerca dessa notícia, podemos afirmar que:

Alternativas

ID
1733536
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Coisas que este livro fará por você: facilitar-lhe-á fazer amigos rápida e facilmente; aumentará sua popularidade; ajuda-lo-á a conquistar pessoas para seu modo de pensar; aumentará sua influência, seu prestígio, sua habilidade em obter a realização das coisas; facilitar-lhe-á conseguir novos clientes, novos fregueses; aumentará suas rendas; torna-lo-á um melhor vendedor, um melhor diretor; ajudá-lo-á a resolver reclamações, evitar discussões e manter seus contatos humanos agradáveis e suaves; tornalo-á um melhor orador, um conversador mais atraente; tornará os princípios de psicologia fáceis para que você os aplique nos seus contatos diários.
                                                                                     
                                                                                             (Dale Carnegie. Como fazer amigos e influenciar pessoas, 1936.)

Se alguma coisa há que esta vida tem para nós, e, salvo a mesma vida, tenhamos que agradecer aos Deuses, é o dom de nos desconhecermos: de nos desconhecermos a nós mesmos e de nos desconhecermos uns aos outros. A alma humana é um abismo obscuro e viscoso, um poço que não se usa na superfície do mundo. Ninguém se amaria a si mesmo se deveras se conhecesse, e assim, não havendo a vaidade, que é o sangue da vida espiritual, morreríamos na alma de anemia. Ninguém conhece outro, e ainda bem que o não conhece, e, se o conhecesse, conheceria nele, ainda que mãe, mulher ou filho, o íntimo, metafísico inimigo.

                                                                                                                    (Fernando Pessoa. Livro do desassossego, 1931.)

Sobre os dois textos, é correto afirmar:

Alternativas

ID
1733539
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia

A criação de índices de sustentabilidade nas principais bolsas de valores do mundo reflete a valorização das companhias verdes. Quando o mercado de capitais, centro financiador do desenvolvimento econômico, cria um índice, dá um recado explícito às empresas que ele procura. Nesse caso, o mercado deixa claro que a agenda socioambiental não pode ser ignorada pelas empresas que ele procura. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o índice de sustentabilidade (ISE), criado há cinco anos, mostra resultados melhores do que o índice tradicional. No ano passado, as ações medidas pelo índice Ibovespa subiram 18,5%, enquanto as medidas pelo ISE da Bovespa aumentaram 24,7%.

                                                                                                                                                    (Veja, 09.06.2010. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
1733542
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia

                                                                      Texto 1

No ano de 1990, o filósofo francês Gilles Deleuze criou o conceito de “sociedade do controle” para explicar a configuração totalitária das sociedades atuais. Na sociedade de controle as pessoas têm a ilusão de desfrutarem de maior autonomia, pois podem, por exemplo, acessar contas correntes e fazer compras pela Internet. Mas, por outro lado, seus comportamentos e hábitos de consumo podem ser conhecidos pelo governo, pelos bancos e grandes empresas. Sem suspeitarem disso, os indivíduos podem ser controlados à distância, como se cada um fosse dotado de uma “coleira eletrônica”.
                                                                        Texto 2
                           
                                         Um quarto dos alemães aceitam implantar chip no corpo

Pesquisa feita pela Associação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom) revela que 23% dos moradores do país topam ter um microchip inserido no próprio corpo, contanto que isso traga benefícios concretos a eles. O levantamento, realizado com cerca de mil pessoas de várias cidades, foi divulgado na feira de tecnologia Cebit, que vai até o próximo sábado (7), em Hannover.

                                                                                                                                                       (Folha Online, 03.03.2010.)

Com base no conceito de sociedade do controle e na notícia reproduzida, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Questão controversa. Na sociedade de controle, os indivíduos são controlados de forma imperceptível , o que vai de encontro ao texto II , que relata um controle com conivência destes.


ID
1733545
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Tudo começa com os cupins alados, conhecidos como aleluias ou siriris. Você já deve ter visto uma revoada deles na primavera. São atraídos por luz e calor, e quando caem no solo perdem suas asas. Machos e fêmeas se encontram formando casais e partem em busca de um local onde vão construir os ninhos. São os reis e as rainhas. Dos ovos nascem as ninfas, que se diferenciam em soldados e operários. Estes últimos alimentam toda a população, passando a comida de boca em boca. Mas, como o alimento não é digerido, dependem de protozoários intestinais que transformam a celulose em glicose, para dela obterem a energia. 
Mas do que se alimentam? Do tronco da árvore de seu jardim, ou da madeira dos móveis e portas da sua casa. 
Segundo os especialistas, existem dois tipos de residência: as que têm cupim e as que ainda terão.

                                                            (Texto extraído de um panfleto publicitário de uma empresa dedetizadora. Adaptado.)

No texto, além da relação que os cupins estabelecem com os seres humanos, podem ser identificadas três outras relações ecológicas. A sequência em que aparecem no texto é:

Alternativas
Comentários
  • nossa gostei muito da explicação ,obrigado .


ID
1733548
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

                                     Municípios do Nordeste atingidos pelas chuvas sofrem com doenças

O fim das enchentes não significa que o perigo acabou.
Cresce o risco de proliferação de doenças nos 95 municípios alagoanos e pernambucanos afetados pelos temporais. Em alguns municípios a rede de abastecimento de água foi destruída. O contato direto da população com a água e a lama deixa os sanitaristas preocupados.

                                                                                                                            (www.globo.com/jornalnacional. Adaptado.)

Na situação colocada, dentre as doenças que mais imediatamente preocupam os sanitaristas, pode-se citar:

Alternativas

ID
1733551
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Ao fazer uma limpeza no armário do banheiro, Manuela encontrou três pomadas, I, II e III, que, por indicação médica, havia usado em diferentes situações:

a. para controlar o herpes labial;
b. para tratar de uma dermatite de contato;
c. para debelar uma micose nos pés.

Manuela não se lembrava qual pomada foi usada para qual situação, mas ao consultar as bulas verificou que o princípio ativo da pomada I liga-se a um componente da membrana celular do micro-organismo, alterando a permeabilidade da membrana; o componente ativo da pomada II estimula a síntese de enzimas que inibem a migração de leucócitos para a área afetada; o princípio ativo da pomada III inibe a replicação do DNA do micro-organismo no local onde a pomada foi aplicada.

Pode-se dizer que para as situações a, b e c Manuela usou, respectivamente, as pomadas:

Alternativas
Comentários
  • herpes precisa ser inibida de se propagar: pomada III

    Dermatite é reação alérgica a uma substância, você deve impedir que os leucócitos ajam: pomada II

    Micose precisa ser desnaturada, apenas tratada: pomada I


ID
1733560
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

                                                               Eu e meus dois papais

No futuro, quando alguém fizer aquele velho comentário sobre crianças fofinhas: “Nossa, é a cara do pai!”, será preciso perguntar: “Do pai número um ou do número dois?”. A ideia parece absurda, mas, em princípio, não tem nada de impossível. A descoberta de que qualquer célula do nosso corpo tem potencial para retornar a um estado primitivo e versátil pode significar que homens são capazes de produzir óvulos, e mulheres têm chance de gerar espermatozoides.
Tudo graças às células iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”), cujas capacidades “miraculosas” estão começando a ser estudadas. Elas são funcionalmente idênticas às células-tronco embrionárias, que conseguem dar origem a todos os tecidos do corpo. Em laboratório, as células iPS são revertidas ao estado embrionário por meio de manipulação genética.
                                                                                                                                                    (Revista Galileu, maio 2009.)

Na reportagem, cientistas acenaram com a possibilidade de uma criança ser gerada com o material genético de dois pais, necessitando de uma mulher apenas para a “barriga de aluguel”. Um dos pais doaria o espermatozoide e o outro uma amostra de células da pele que, revertidas ao estado iPS, dariam origem à um ovócito pronto para ser fecundado in vitro.

Isto ocorrendo, a criança:

Alternativas
Comentários
  • Olá!!! Bom vamos lá!

    Vamos ter em mente que essa é uma situação que com a tecnologia avançada de hoje só ficou ainda mais possível dando a possibilidade de dois homens terem filhos.

    Sendo assim como foi dito no texto um dois pais vai doar uma célula da pele, isso é , essa célula obrigatoriamente vai produzir um ovócito com o cromossomo X, porém como o homem é determinado por XY e o outro homem vai doar um espermatozoide, podemos ter tanto uma menina quanto um menino, depende de qual cromossomo for doado pelo espermatozoide de um dos pais.

    Por isso a resposta correta é a letra C!


ID
1733563
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Há cerca de 40.000 anos, duas espécies do gênero Homo conviveram na área que hoje corresponde à Europa: H. sapiens e H. neanderthalensis. Há cerca de 30.000 anos, os neandertais se extinguiram, e tornamo-nos a única espécie do gênero.
No início de 2010, pesquisadores alemães anunciaram que, a partir de DNA extraído de ossos fossilizados, foi possível sequenciar cerca de 60% do genoma do neandertal. Ao comparar essas sequências com as sequências de populações modernas do H. sapiens, os pesquisadores concluíram que de 1 a 4% do genoma dos europeus e asiáticos é constituído por DNA de neandertais. Contudo, no genoma de populações africanas não há traços de DNA neandertal.

Isto significa que:

Alternativas

ID
1733566
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Durante a aula, a professora apresentou aos alunos uma receita de bolo, e pediu-lhes que trouxessem os ingredientes para a aula seguinte, mas que seguissem à risca suas instruções. Se todos acertassem a tarefa, o bolo seria assado no refeitório da escola.

                                 Bolo de frutas secas e pinhões
                                   
                                     1 kg de farinha de trigo.
                                     100g de fermento biológico.
                                     200g de manteiga.
                                     200g de açúcar.
                                     15g de mel.
                                     8 gemas.
                                     10g de sal.
                                     200g de frutas cristalizadas.
                                     200g de uvas-passas.
                                     200g de castanhas-de-caju.
                                     200g de pinhões cozidos.
                                     3 copos de leite.
                                     1 pitada de canela em pó.

A Maria, pediu que trouxesse ingredientes de origem mineral, e ela trouxe o sal e a canela.

A João, pediu que trouxesse produtos produzidos por gimnospermas e angiospermas, e ele trouxe a farinha de trigo, as frutas cristalizadas e as uvas-passas.

A Pedro, pediu que trouxesse dois produtos de origem animal, e ele trouxe os ovos e o fermento biológico.

A Mariana, pediu que trouxesse produtos derivados de outras partes do vegetal, que não o fruto, e ela trouxe o açúcar, as castanhas-de-caju e os pinhões.

A Felipe, pediu que trouxesse produtos naturais e livres de colesterol, e ele trouxe o mel, o leite e a manteiga.

Pode-se dizer que:

Alternativas
Comentários
  • A Maria, pediu que trouxesse ingredientes de origem mineral, e ela trouxe o sal e a canela (Origem Vegetal).

    A João, pediu que trouxesse produtos produzidos por gimnospermas (ele deveria ter trago os pinhões) e angiospermas, e ele trouxe a farinha de trigo, as frutas cristalizadas e as uvas-passas.

    A Pedro, pediu que trouxesse dois produtos de origem animal, e ele trouxe os ovos e o fermento biológico (realizados por leveduras chamadas cientificamente de Saccharomyces cerevisiae, um organismo eucariota unicelular que pertence ao reino dos Fungos.

    A Mariana, pediu que trouxesse produtos derivados de outras partes do vegetal, que não o fruto, e ela trouxe o açúcar, as castanhas-de-caju (fruto verdadeiro do cajueiro) e os pinhões.

    A Felipe, pediu que trouxesse produtos naturais e livres de colesterol, e ele trouxe o mel, o leite e a manteiga. Alimentos são especialmente de origem animal.


ID
1733569
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Instrução: Leia o texto para responder a questão.

                                              Não basta matar a sede. Tem de ter grife.

Existem cerca de 3 mil marcas de água no mundo, mas só um punhado delas faz parte do clube das águas de grife, cujo status equivale ao de vinhos renomados. Para ser uma água de grife, além do marketing, pesam fatores como tradição e qualidade. E qualidade, nesse caso, está ligada à composição. O nível de CO2 determina o quanto a água é gaseificada. O pH também conta: as alcalinas são adocicadas, as ácidas puxam para o amargo. Outro fator é o índice de minerais: águas com baixo índice de minerais são mais neutras e leves. Águas mais encorpadas têm índice de minerais mais altos.

                                                                                                                          (O Estado de S.Paulo, 22.03.2010. Adaptado.)

A classificação de águas como leves e encorpadas, com base no índice de minerais nela encontrados, é:

Alternativas

ID
1733572
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Instrução: Leia o texto para responder a questão.

                                              Não basta matar a sede. Tem de ter grife.

Existem cerca de 3 mil marcas de água no mundo, mas só um punhado delas faz parte do clube das águas de grife, cujo status equivale ao de vinhos renomados. Para ser uma água de grife, além do marketing, pesam fatores como tradição e qualidade. E qualidade, nesse caso, está ligada à composição. O nível de CO2 determina o quanto a água é gaseificada. O pH também conta: as alcalinas são adocicadas, as ácidas puxam para o amargo. Outro fator é o índice de minerais: águas com baixo índice de minerais são mais neutras e leves. Águas mais encorpadas têm índice de minerais mais altos.

                                                                                                                          (O Estado de S.Paulo, 22.03.2010. Adaptado.)

Uma água mineral gasosa, de grande aceitação em todo o mundo, é coletada na fonte e passa por um processo no qual água e gás são separados e recombinados – o gás é reinjetado no líquido – na hora do engarrafamento. Esse tratamento permite ajustar a concentração de CO2, numa amostra dessa água, em 7g/L.

Com base nessas informações, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A presença do CO2 dissolvido na água leva à formação do ácido carbônico, conforme a equação de equilíbrio representado abaixo:

    CO2(aq) + H2O(l) --> H2CO3(aq)

    O ácido carbônico, H2CO3, por sua vez, participa do seguinte equilíbrio:

    H2CO3(aq) + H2O(l) -> H+(aq) + HCO3-(aq)

    Embora o ácido carbônico seja um ácido fraco, por liberar os íons H+, ele confere acidez à água. Então, as águas que contém CO2 dissolvido, são levemente ácidas.

    Resposta: C.


ID
1733578
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Instrução: Leia o texto para a questão.

                                Alquimia subterrânea transforma mina de carvão em mina de hidrogênio

Em uma área de mineração de carvão localizada no sul da Polônia, um grupo de cientistas está usando uma mina de carvão para avaliar experimentalmente um método alternativo para a produção de energia limpa e, assim, oferecer uma utilização para pequenos depósitos de carvão ou minas exauridas, que são tradicionalmente deixados de lado, representando passivos ambientais.
Na teoria e no laboratório, a injeção de oxigênio e de vapor no carvão resulta na produção de hidrogênio. No processo, oxigênio líquido é colocado em um reservatório especial, localizado nas galerias da mina de carvão, onde se transforma em oxigênio gasoso, começando o processo denominado de gaseificação de carvão.                                          

                                                                                                                          (www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

A passagem do oxigênio líquido para oxigênio gasoso é uma transformação física:

Alternativas
Comentários
  • A passagem do estado liquido, para o gasoso, absorve calor/energia para a quebra das ligações intermoleculares.. Logo, é uma reação endotérmica. E esse processo chama-se evaporação.

    Logo, a resposta é a letra D.

    A passagem do líquido para o gasoso é um processo endotérmico, ou seja, recebe calor. E esse processo é chamado de evaporação ou vaporização. Letra D


ID
1733581
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Instrução: Leia o texto para a questão.

                                     Alquimia subterrânea transforma mina de carvão em mina de hidrogênio

Em uma área de mineração de carvão localizada no sul da Polônia, um grupo de cientistas está usando uma mina de carvão para avaliar experimentalmente um método alternativo para a produção de energia limpa e, assim, oferecer uma utilização para pequenos depósitos de carvão ou minas exauridas, que são tradicionalmente deixados de lado, representando passivos ambientais.
Na teoria e no laboratório, a injeção de oxigênio e de vapor no carvão resulta na produção de hidrogênio. No processo, oxigênio líquido é colocado em um reservatório especial, localizado nas galerias da mina de carvão, onde se transforma em oxigênio gasoso, começando o processo denominado de gaseificação de carvão.

                                                                                                                          (www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

Em um dos processos de gaseificação de carvão, pode ocorrer a reação com o vapor, gerando um gás rico em hidrogênio, enquanto que em outro ocorre a formação de um intermediário contendo um átomo de carbono parcialmente oxidado, e que, posteriormente, irá produzir o gás hidrogênio. Considere as equações químicas apresentadas.

I. CO(g) + H2O(v) → CO2(g) + H2(g).

II. CH4(g) + H2O(l) → CO(g) + 3H2(g)

III. 3C(s) + O2(g) + H2O(v) → H2(g) + 3CO(g).

IV. 2CO2(g) + 6H2O(v) → 2CH4(g) + 5O2(g) + 2H2(g).

As equações que representam corretamente as transformações químicas que ocorrem no processo de gaseificação descrito no texto são:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÇAO DEVERIA SER ANULADA , ESCRITA HORRÍVEL


ID
1733605
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

As moléculas de água (H2O) são atraídas umas pelas outras em associação por pontes de hidrogênio. Essa característica da água é responsável pela existência da tensão superficial, que permite que sobre a superfície da água se forme uma fina camada, cuja pressão interna é capaz de sustentar certa intensidade de força por unidade de área e, por exemplo, sustentar um pequeno inseto em repouso. Sobre a superfície tranquila de um lago, um inseto era sustentado pela tensão superficial.

Após o despejo de certa quantia de detergente no lago, a tensão superficial se alterou e o pobre inseto afundou, pois, com esse despejo,

Alternativas
Comentários
  • gabarito A

    A tensão superficial diminuiu e a força exercida pela água sobre o inseto diminuiu.

    Empuxo diminuiu => Empuxo < Peso do inseto


ID
1733608
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Foi realizada uma experiência em que se utilizava uma lâmpada de incandescência para, ao mesmo tempo, aquecer 100 g de água e 100 g de areia. Sabe-se que, aproximadamente, 1 cal = 4 J e que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC e o da areia é 0,2 cal/g ºC. Durante 1 hora, a água e a areia receberam a mesma quantidade de energia da lâmpada, 3,6 kJ, e verificou-se que a água variou sua temperatura em 8 ºC e a areia em 30 ºC. Podemos afirmar que a água e a areia, durante essa hora, perderam, respectivamente, a quantidade de energia para o meio, em kJ, igual a:

Alternativas
Comentários
  • Q água = 100.1.8

    Q água = 800 cal --> 3,2 kJ

    Água perdeu 0,4 kJ

    Q areia = 100.0,2.30

    Q areia = 600 --> 2,4 kJ

    Areia perdeu 1,2 kJ

    GABARITO: LETRA C

  • Já ensinaram a resolver a questão, agora eu vou te ensinar a ficar esperto. Sempre crie o habito de verificar as alternativas. Se tiver o olhar atendo, perceberá que não é preciso perder tempo calculando quanto a água perdeu, já que todas as alternativas da areia divergem.


ID
1733614
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os professores de matemática e educação física de uma escola organizaram um campeonato de damas entre os alunos. Pelas regras do campeonato, cada colocação admitia apenas um ocupante. Para premiar os três primeiros colocados, a direção da escola comprou 310 chocolates, que foram divididos entre os 1.º, 2.º e 3.º colocados no campeonato, em quantidades inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 5, respectivamente. As quantidades de chocolates recebidas pelos alunos premiados, em ordem crescente de colocação no campeonato, foram:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

     

    Comentário: 

     

    Basta aplicarmos a REGRA DO KADINHO

    1 colocado = 1/2 x

    2 colocado = 1/3 x

    3 colocado = 1/5 x

     

    Soma tudo e iguala ao total dado na questão 

    1/2 x + 1/3 x + 1/5 x = 310 

    x = 300 

     

    Desta forma, veremos que o 1, 2 e 3 colocado receberam, respectivamente, 150, 100 e 60. 

     

    Assim, a resposta será letra C


ID
1733620
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma família fez uma pesquisa de mercado, nas lojas de eletrodomésticos, à procura de três produtos que desejava adquirir: uma TV, um freezer e uma churrasqueira. Em três das lojas pesquisadas, os preços de cada um dos produtos eram coincidentes entre si, mas nenhuma das lojas tinha os três produtos simultaneamente para a venda. A loja A vendia a churrasqueira e o freezer por R$ 1.288,00. A loja B vendia a TV e o freezer por R$ 3.698,00 e a loja C vendia a churrasqueira e a TV por R$ 2.588,00.

A família acabou comprando a TV, o freezer e a churrasqueira nestas três lojas. O valor total pago, em reais, pelos três produtos foi de:

Alternativas
Comentários
  • 2(t + f + c) = 1288 + 2698 + 7574


ID
1733626
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Após o nascimento do filho, o pai comprometeu-se a depositar mensalmente, em uma caderneta de poupança, os valores de R$ 1,00, R$ 2,00, R$ 4,00 e assim sucessivamente, até o mês em que o valor do depósito atingisse R$ 2.048,00. No mês seguinte o pai recomeçaria os depósitos como de início e assim o faria até o 21º aniversário do filho. Não tendo ocorrido falha de depósito ao longo do período, e sabendo-se que 210 = 1.024, o montante total dos depósitos, em reais, feitos em caderneta de poupança foi de:

Alternativas
Comentários
  • Utilizaremos duas fórmulas termo geral da P.g e soma ....

    an= a1.(q^n-1) e Sn=a1.(q^n -1) / q-1

    2048 = 1.2^(n-1)

    2^11 = 2^(n-1)

    N-1 = 11

    N= 12

    depois

    S12= 1 . ( 2^12-1)/2-1

    S12= 4095

    Como ele pede o valor no 21° aniversário só multiplicar por 21.

    4095× 21 = 85995,00

    resposta D.


ID
1733632
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Há 4 500 anos, o Imperador Quéops do Egito mandou construir uma pirâmide regular que seria usada como seu túmulo.

As características e dimensões aproximadas dessa pirâmide hoje, são:

1.ª) Sua base é um quadrado com 220 metros de lado;
2.ª) Sua altura é de 140 metros.

Suponha que, para construir parte da pirâmide equivalente a 1,88 × 104m3, o número médio de operários utilizados como mão de obra gastava em média 60 dias. Dados que 2,22 × 1,4 ≅ 6,78 e 2,26 ÷ 1,88 ≅ 1,2 e mantidas estas médias, o tempo necessário para a construção de toda pirâmide, medido em anos de 360 dias, foi de, aproximadamente,

Alternativas