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Prova VUNESP - 2018 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
2870050
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

No trecho, o narrador revela-se uma pessoa

Alternativas
Comentários
  • se voce leu do começo até aqui   Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.

    voce marcou a alternativa A

    no entanto,

    se voce leu tudo até  Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.

      – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça

    voce marcou a D

  • hesitante significa pessoa que possue dúvidas, o personagem não possuia dúvidas de seus atos cometidos


ID
2870053
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

O conhecido preceito “os fins justificam os meios” pode ser aplicado ao trecho:

Alternativas
Comentários
  • O narrador de São Bernardo, Paulo Honório, mostra-se um homem tomado por uma ambição doentia, que o leva a práticas violentas, em nome de uma lógica da posse e da conquista de terras. Essa ambição se revela na “intenção de possuir as terras de S. Bernardo”, e ela serve de justificativa para quaisquer de suas ações, mesmo as condenáveis, tornando-as “legítimas”.


ID
2870056
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

“Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.” (2o parágrafo)

Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A

    I) A Alavanca soltou-se;

    II) Na pedreira perdi um...bateu-lhe;

    III) Deixou viúva e órfãos. Sumiram-se.

  • A identificação do referencial de pronomes em textos deve sempre levar em consideração o contexto em que ocorrem. Assim, são coerentes com o sentido dos trechos as seguintes paráfrases:

    . A alavanca soltou a si mesma [alavanca] da pedra.

    . [A alavanca] bateu no peito de um caboclo.

    Viúva e órfãos miúdos sumiram (segundo o texto, todos morrem de causas diversas).

  • RESOLUÇÃO I

    Os pronomes destacados referem-se respectivamente à “alavanca”; ao homem (“um”), em cujo peito bateu a alavanca que o matou; e à viúva e aos filhos, que perderam o pai.

    RESOLUÇÃO II

    Os pronomes são anafóricos e retomam, respectivamente:

    • A alavanca soltou a si mesma (= alavanca) da pedra.

    • Bateu no peito dele (= um).

    • A viúva e os órfãos sumiram.


ID
2870059
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

O narrador emprega expressão própria da modalidade oral da linguagem em:

Alternativas
Comentários
  • É típico da oralidade que a expressão “que é uma beleza” seja usada” como advérbio de modo.

  • Advérbios de modo

    Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, como, desapontadoramente, generosamente, cuidadosamente, calmamente e muitos outros terminados com o sufixo "mente".


ID
2870062
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

Verifica-se o emprego de verbo no modo imperativo no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • A) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, CRUZEM os braços.”

    O verbo expressa uma ordem.

    GABARITO: LETRA A

  • No modo imperativo a pessoa falante leva o seu interlocutor a realizar uma ação, expressando o que quer que ele faça. ... Assim, a ação transmitida por um verbo no imperativo é um pedido, convite, exortação, ordem, comando, conselho ou súplica.

  • Resposta letra A

    “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços.” (7o parágrafo)

    Verbo no modo imperativo faz o seu interlocutor a realizar uma ordem ou ação.


ID
2870065
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder a questão.

    O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
    Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
    Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
    Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
    Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
    Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal?  

A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.
    Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram- -me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
    Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes.
    Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações.
    – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça.
    Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
    Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira.
    Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.


(S. Bernardo, 1996.)

“Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem.” (7o parágrafo)

Considerada no atual contexto histórico, essa fala do narrador pode ser vista como uma crítica à ideia de

Alternativas
Comentários
  • VAMOS SUPOR QUE VOCE TRABALHA EM UMA EMPRESA, NESSA EMPRESA VOCÊ TRABALHA A MAIS DE 120 ANOS E NUNCA FOI PROMOVIDO....

    ->OU SEJA, VOCE TRABALHA DEMASIADO E NÃO TEM SISTEMA DE MERITOCRACIA NA SUA AREA....


ID
2870071
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Destinada unicamente à exportação, em função da qual se organiza e mantém a exploração, tal atividade econômica desenvolveu-se à margem das necessidades próprias da sociedade brasileira. No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes auspícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final. Os prenúncios dessa ruína já se faziam aliás sentir para os observadores menos cegos pela cobiça desde longa data. De meados do século XVIII em diante, essa atividade econômica, contudo, não fizera mais que declinar.

(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1999. Adaptado.)


A atividade econômica a que o texto se refere está presente em:

Alternativas
Comentários
  •  No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes auspícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final. 

    PQ tocava a ruína final? estava acabando?

    menos cegos pela cobiça desde longa data.

    ou seja, tocava em ruína final , estava preste a acabar, visto que havia muita cobiça

    ligado a isso o erro da A, é que atividade caniveira foi em meados de 1530 seculo XVI

  • O texto se refere ao OURO


ID
2870077
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Tal movimento não era apenas um movimento europeu de caráter universal, conquistando uma nação após outra e criando uma linguagem literária universal que, em última análise, era tão inteligível na Rússia e na Polônia quanto na Inglaterra e na França; ele também provou ser uma daquelas correntes que, como o Classicismo da Renascença, subsistiu como fator duradouro no desenvolvimento da arte. Na verdade, não existe produto da arte moderna, nenhum impulso emocional, nenhuma impressão ou estado de espírito do homem moderno, que não deva sua sutileza e variedade à sensibilidade que se desenvolveu a partir desse movimento. Toda exuberância, anarquia e violência da arte moderna, seu lirismo balbuciante, seu exibicionismo irrestrito e profuso, derivaram dele. E essa atitude subjetiva e egocêntrica tornou-se de tal modo natural para nós, tão absolutamente inevitável, que nos parece impossível reproduzir sequer uma sequência abstrata de pensamento sem fazer referência aos nossos sentimentos.

(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1995. Adaptado.)


O texto refere-se ao movimento denominado

Alternativas
Comentários
  • O que fica dificil de entender se realmente é romantismo é essa parte: "Na verdade, não existe produto da arte moderna, nenhum impulso emocional, nenhuma impressão ou estado de espírito do homem moderno"

  • O que entregou a questão foi a parte final: "E essa atitude subjetiva e egocêntrica tornou-se de tal modo natural para nós, tão absolutamente inevitável, que nos parece impossível reproduzir sequer uma sequência abstrata de pensamento sem fazer referência aos nossos sentimentos."

  • Das duas grandes tradições que se costuma reconhecer na evolução artística europeia – a clássica e a romântica –, as vanguardas integram a segunda, em razão de alguns elementos associados ao Romantismo do século XIX. Entre esses elementos, o trecho de Arnold Hauser faz referência à “exuberância” (isto é, à tendência hiperbólica e emotiva), ao “lirismo balbuciante” (que faz pensar na estética do fragmento, tão presente no movimento romântico quanto nas vanguardas), e, acima de tudo, à “atitude subjetiva e egocêntrica”, traços muito fortes da expressividade romântica.  

  • O texto refere-se ao movimento denominado de Romantismo, portanto, alternativa D.

    • Por que é possível afirmar que se trata do Romantismo?

    Pois, no trecho, o autor usa alguns termos/expressões que nos permitem inferir sobre a escola literária a que se refere. Veja:

    ⇒ "Toda exuberânciano Romantismo, principalmente no Brasil, notava-se uma tendência de estética rebuscadauma tendência de exageros sobre o amor, o tédio e a morte (segunda geração romântica brasileira).

    ⇒ "nenhuma impressão ou estado de espírito do homem moderno" no Romantismo brasileiro não havia sinais de reflexão sobre o homem moderno, pelo contrário, havia reflexão sobre o passado, sobre o 'herói' da nação etc.

     "atitude subjetiva" essa é, de longe, uma das características marcantes do Romantismo, visto que o eu lírico se preocupava em expor seus sentimentos, seus medos, sua religiosidade etc., portanto, um teor subjetivo.

    https://brainly.com.br/tarefa/25711066


ID
2870080
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

De acordo com o texto,

Alternativas
Comentários
  • Segundo o texto, “ele [Copérnico] retornouaos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do

    fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes”.

    LETRA A


ID
2870083
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

Em “Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador” (3o parágrafo), a expressão sublinhada constitui um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E.

    Paradoxo - aparente falta de nexo ou de lógica; contradição. Como um revolucionário será conservador? Completamente sem lógica.

    Força, guerreiros(as)!!

  • possibilidade de realização simultânea de opostos ! *E*
  • Pleonasmo --> Redundância = Subir para cima

    Paradoxo --> Oposição de ideias = revolucionário conservador

    Eufemismo --> suavizar a ideia = ´´seu amigo foi pro céu``

    metonímia--> troca de palavras com um entendimento subentendido = passe - me a farofa

    Hipérbole --> Exagero = Eu já li está matéria milhões de vezes

  • GABARITO - E

    O paradoxo ocorre quando se tem ideias contrárias, diferentemente da antítese que ocorre somente quando há palavras opostos. Neste caso, é possível observar que um revolucionário não pode ser um conservador, pois os dois possuem ideiais completamente opostos.

    CAVEIRA!


ID
2870086
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

O medo de Copérnico de “críticas ou perseguição religiosa” (2o parágrafo) deve-se ao fato de suas ideias se oporem à teoria

Alternativas
Comentários

ID
2870089
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

Em “Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial” (1o parágrafo), a locução conjuntiva sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B.

    Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias"

    O termo destacado é uma conjunção subordinativa concessiva, e o "ainda que" também é uma locução conjuntiva concessiva.

    Força, guerreiros(as)!!

  • O termo "mesmo que" é uma loc. conj. concessiva. Nesse sentido , a substituição desse termo deverá ser realizada mediante uma outra conjunção que possua o mesmo valor sintático.

    a) o termo "à medida que" é uma loc. conj. proporcional.

    b) "Ainda que" é uma loc. conj. concessiva.

    c) "Desde que" é uma loc. conj. condicional.

    d) "Visto que" é uma loc. conj. causal.

    e) "A menos que" é uma loc. conj. condicional.

  • Complementando...

    Conjunções subordinativas concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, se bem que, apesar de que, posto que e sem que.

    Bons estudos!


ID
2870092
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.” (3o parágrafo)

Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B.

    Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução´que involuntariamente causou.” 

    A conjunção subordinativa condicional "se, caso", está implícito antes de "tivesse", logo expressa uma condição.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Essa banca é mt boa p questões contextualizadas!

  • Subjuntivo = Concessiva , Condicional , Final

    Se ele tivesse = Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    Condicionais = Introduzem uma condição para a realização de outra ação

    - Forte uso do ‘’ SE ‘’

    se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.

    Se o meu estudo render hoje, vou assistir a um filme.


ID
2870095
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

Expressam ideia de repetição e ideia de negação, respectivamente, os prefixos das palavras

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D.

    reformular - "re" que quer dizer novamente, mais uma vez, formular de novo.

    Involuntariamente - "in", sem ser voluntário, feito obrigado, à força.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2870098
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indo às consequências finais da posição de José de Alencar no Romantismo, esse autor adotou como base da sua obra o esforço de escrever numa língua inspirada pela fala corrente e os modismos populares, não hesitando em usar formas consideradas incorretas, desde que legitimadas pelo uso brasileiro. Com isso, foi o maior demolidor da “pureza vernácula” e do “culto da forma”.


(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)


O texto refere-se a

Alternativas
Comentários
  • Quando ocorre uma ruptura podemos considerar que se faz presente o modernismo de Mário de Andrade

  • VOU EXPLICAR PEGA A VISÃO GALERA

    ANTROPOCENTRISMO :COMER A CULTURA EUROPEIA O BRASIL PRECISAVA DISSO,

    MARIO DE ANDRADE FOI UNS DOS PERCUSORES PARA ACABAR COM ESSE MODISMO QUE VEM DE FORA E ELE INFLUENCIOU A CULTURA BRASILEIRA A SER INDEPENDENTE DAS DEMAIS VANGUARDAS....

    DAI ELES JUNTARAM UNS BRASILEIROS AUTORES PARA UM ENCONTRO MODERNISTA

    QUE FOI A TARCILA DO AMARAL , PESSOAS IMPORTANTES..............

    om isso, foi o maior demolidor da “pureza vernácula” e do “culto da forma”.

    SABE PQ ELE FOI UM DEMOLIDOR??

    PQ ELE SIMPLESMENTE ODIAVA O PARNASIANISMO COM MÉTRICA REGULAR , ESTROFES CERTAS,... ELE QUERIA ESCREVER INDEPENDENTEMENTE DO PADRÃO , ELE QUERIA FUGIR DO PADRÃO,....


ID
2870101
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Entre 11 de fevereiro e 03 de junho de 2018, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) abrigou a primeira exposição nos Estados Unidos dedicada à pintora brasileira Tarsila do Amaral. Leia a apresentação de uma das pinturas expostas para responder às questões


The painting Sleep (1928) is a dreamlike representation of tropical landscape, with this major motif of her repetitive figure that disappears in the background.

This painting is an example of Tarsila’s venture into surrealism. Elements such as repetition, random association, and dreamlike figures are typical of surrealism that we can see as main elements of this composition. She was never a truly surrealist painter, but she was totally aware of surrealism’s legacy.


(www.moma.org. Adaptado.)

A apresentação refere-se à pintura:

Alternativas
Comentários
  • A questão pede que o candidato relacione os elementos presentes no texto com os quadros de Tarsila do Amaral. 
    Podemos encontrar a apresentação que se refere à pintura nos excertos abaixo, os quais nos mostram que a obra apresenta as características como repetição da figura que vai diminuindo pela tela ao fundo e pela representação onírica da paisagem tropical, que é a palmeira. 


    The painting Sleep (1928) is a dreamlike representation of tropical landscape, with this major motif of her repetitive figure that disappears in the background.[...] Elements such as repetition, random association, and dreamlike figures are typical of surrealism that we can see as main elements of this composition. 
    Tradução: A pintura Sleep (1928) é uma representação onírica da paisagem tropical, com esse motivo principal de sua figura repetitiva que desaparece ao fundo.[...]  Elementos como repetição, associação aleatória e figuras oníricas são típicos do surrealismo que podemos ver como elementos principais dessa composição.  
    Gabarito do Professor: E

ID
2870104
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Entre 11 de fevereiro e 03 de junho de 2018, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) abrigou a primeira exposição nos Estados Unidos dedicada à pintora brasileira Tarsila do Amaral. Leia a apresentação de uma das pinturas expostas para responder às questões


The painting Sleep (1928) is a dreamlike representation of tropical landscape, with this major motif of her repetitive figure that disappears in the background.

This painting is an example of Tarsila’s venture into surrealism. Elements such as repetition, random association, and dreamlike figures are typical of surrealism that we can see as main elements of this composition. She was never a truly surrealist painter, but she was totally aware of surrealism’s legacy.


(www.moma.org. Adaptado.)

A apresentação sublinha a influência de uma determinada vanguarda europeia sobre a pintura de Tarsila do Amaral. A influência dessa vanguarda europeia também se encontra nos seguintes versos do poeta modernista Murilo Mendes.

Alternativas
Comentários

  • O surrealismo, uma das vanguardas artísticas europeias que aparece em poucas obras de Tarsila do Amaral,  é caracterizado pela expressão do pensamento de maneira espontânea, pela valorização do ilógico, pelas relações com os sonhos (onírico). 
    The painting Sleep (1928) is a dreamlike representation of tropical landscape, with this major motif of her repetitive figure that disappears in the background.
    A pintura Sleep (1928) é uma representação onírica da paisagem tropical, com esse motivo principal de sua figura repetitiva que desaparece ao fundo.
     Os versos do poeta Murilo Mendes que também sofrem a influência dessa vanguarda europeia são: “Ao sinal do sonho a vida move direitinho as estátuas"[...]  e “e invocam os pesadelos de mármore na beira do infinito"
    A) O poema mostra a rotina e a família de seu Naum. Não há  elementos como repetição, associação aleatória e figuras oníricas.
    B) Não encontramos, no poema, influência do surrealismo, pelo contrário, a característica presente nesse poema destoa do surrealismo. Mostra um eu lírico triste, que passa “o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher".
    C) Também não apresenta influência do surrealismo. O poema mostra um lado social.
    D) Não há  elementos como repetição, associação aleatória e figuras oníricas.
    E) O poema apresenta claramente figuras oníricas (Ao sinal do sonho a vida move[...]), associação ilógica(Os homens largam a ação na paisagem elementar / e invocam os pesadelos de mármore na beira do infinito), que são características do surrealismo.  

    Gabarito do Professor: E

  • Surrealismo foi um movimento artístico, um dos últimos das vanguardas artísticas do século XX, e teve expressões na literatura, nas artes visuais, no cinema, no teatro e na filosofia.


ID
2870137
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]

– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?

(Platão. A República, 1987.)


O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza

Alternativas
Comentários
  • Questão fácil.. basta ler o texto .. daí você já consegue eliminar várias alternativas que não tem nada haver com o texto.. única alternativa plausível na interpretação é a letra B

  • o rei filósofo de Platão!
  • Nos livros dele ele dizia que o mais capaz de ser o governante é o modelo do rei filósofo, por ser o mais justo e o mais sábio entre os homens. "A República"

  • RESOLUÇÃO I

    A questão aborda a concepção de Platão acerca da forma de governo ideal: segundo ele, seria o governo dos filósofos (sábios), embasados no senso de justiça.

    RESOLUÇÃO II

    O texto de Platão faz referência aos “filósofos verdadeiros” e valoriza “o mais alto e mais necessário dos bens a justiça”, justificando assim um governo que tenha como base a justiça e a sabedoria.

    GABARITO:

    (B) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2018/11/unesp-2019-o-texto-concluido-na-primeira-metade-do-seculo-iv-a-c-caracteriza.html?m=1

  • Platão acreditava em uma sociedade ideal, onde os reis fossem filósofos, com tamanha sapiência esses saberiam como direcionar a Pólis, segundo ele.

    LETRA B

    APMBB


ID
2870140
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Por muitíssimo tempo escreveu-se a história sem se preocupar com as mulheres. No século XII assim como hoje, masculino e feminino não andam um sem o outro. As damas de Guînes e as damas de Ardres tiveram todas por marido um ás da guerra, senhor de uma fortaleza que seu mais remoto ancestral havia edificado.

(Georges Duby. Damas do século XII:
a lembrança das ancestrais, 1997. Adaptado.)

O texto trata de relações desenvolvidas num meio social específico, durante a Idade Média ocidental. Nele,

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO I

    O texto trata do papel atribuído às mulheres da nobreza na Europa feudal. As raras exceções a esse paradigma foram algumas governantes do período, bem como aquelas que eram escolhidas pelos cavaleiros como damas inspiradoras.

    RESOLUÇÃO II

    O texto faz referência ao papel das mulheres como damas em seus castelos e de seus maridos como senhores responsáveis pela defesa dessas fortalezas, indicando os espaços que cada um ocupava no Ocidente europeu medieval.

    GABARITO:

    (B) os homens controlavam os espaços públicos, o que incluía as ações militares, e as mulheres, confinadas ao espaço doméstico, eram associadas à maternidade e, ocasionalmente, à santidade.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2018/11/unesp-2019-o-texto-trata-de-relacoes-desenvolvidos-num-meio-social-especifico-durnate-a-idade-media-ocidental.html?m=1


ID
2870143
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Outra prática comum aos povos mesoamericanos foi a construção de cidades. [...] As cidades mesoamericanas também serviam para dar identidade grupal aos seus habitantes, ou seja, as pessoas se reconheciam como pertencentes a tal cidade e não como “indígena”, termo que começou a ser utilizado pelos espanhóis para referir-se aos milhares de grupos que se [...] autodenominavam mexicas, cholutecas, tlaxcaltecas, dependendo da cidade que habitavam.

(Eduardo Natalino dos Santos.
Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)

As cidades existentes na América Central e no México no período pré-colombiano

Alternativas
Comentários
  • haviam grandes cidades estado organizadas. cadas quais com sua política religiao etc
  • As cidades mesoamericanas também serviam para dar identidade grupal aos seus habitantes

    A resposta encontra-se nesse período.


ID
2870146
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...].

(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza.
O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.)

O texto revela que

Alternativas
Comentários
  • "De acordo com o historiador, a terra 'descoberta' por Cabral recebeu um nome de viés religioso, Terra de Santa Cruz, mas o aspecto econômico comercial ligado ao demônio se sobrepôs e a terra recém-descoberta mudou seu nome para Brasil, ou seja, foi a vitória do profano sobre o sagrado."

    Fonte: Vestibulando na Web

  • de acordo com o texto.


ID
2870152
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Um homem transporta o fio metálico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça a extremidade, um quinto prepara a extremidade superior para receber a cabeça; para fazer a cabeça são precisas duas ou três operações distintas; colocá-la constitui também uma tarefa específica, branquear o alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem é também uma tarefa independente. [...] Tive ocasião de ver uma pequena fábrica deste tipo, em que só estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou três operações diferentes. Mas, apesar de serem muito pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessária, [...] conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Se dividirmos esse trabalho pelo número de trabalhadores, poderemos considerar que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes por dia; mas se trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este ramo particular de produção, não conseguiriam produzir vinte alfinetes, nem talvez mesmo um único alfinete por dia.


(Adam Smith. Investigação sobre a natureza
e as causas da riqueza das nações, 1984.)

O texto, originalmente publicado em 1776, demonstra


Alternativas
Comentários
  • Prestar atenção no texto

  • Diego, seu comentário foi super útil, vai ajudar muita gente... parabéns.


ID
2870155
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura canavieira e do “engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda […].

(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)

O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa que faz realmente algum sentido é a A.

  • A única alternativa que faz realmente algum sentido é a A.

  • Alguns dos núcleos promissores da fase anterior que ficaram à margem da rede ferroviária viram decair seu movimento, enquanto outros núcleos surgiram ao longo da ferrovia junto às estações. Facilitando as comunicações, a ferrovia permitiu aos fazendeiros transferirem suas residências para os centros mais importantes, reduzindo a importância dos núcleos interioranos e reforçando a concentração nas grandes cidades. O crescimento da cidade de São Paulo, no fim do século, liga-se em parte ao fato de se ter tornado em centro para onde convergiam as ferrovias (...) À medida que os fazendeiros se mudaram para os grandes centros, cresceu a tendência em promover melhoramentos urbanos. Aumentou o interesse pelas diversões públicas, a construção de hotéis, jardins e passeios públicos, teatros e cafés. Melhorou o sistema de calçamento, iluminação e abastecimento de água. Aperfeiçoaram-se os transportes urbanos. O comércio urbano ganhou novas dimensões, bem como o artesanato e a manufatura. O processo foi favorecido pelo interesse que o capital estrangeiro teria nesse tipo de empreendimentos urbanizadores.

    Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos.

    São Paulo: Fundação Editora Unesp,2007.

  • LETRA A

    Não há necessidade de se dominar a matéria por completo, basta lembramos de como eram os engenhos de açúcar durante o período colonial.

    Grandes extensões de terras que pegavam principalmente da faixa litorânea do país.

    Mas porque o lítoral?

    Pois ficavam próximos aos portos, o que facilitavam o escoamento desse produto para a Europa. Agora quando pensamos dos cafezais, basta lembrarmos das ferrovias e de que essa elite cafeeira era mais politizada e a política estava em meio aos grandes centros.


ID
2870161
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos


Leia o poema “Pobre alimária”, de Oswald de Andrade, publicado originalmente em 1925.

O cavalo e a carroça
Estavam atravancados no trilho
E como o motorneiro se impacientasse
Porque levava os advogados para os escritórios
Desatravancaram o veículo
E o animal disparou
Mas o lesto carroceiro
Trepou na boleia
E castigou o fugitivo atrelado
Com um grandioso chicote

(Pau-Brasil, 1990.)

Considerando o momento de sua produção, o poema

Alternativas
Comentários
  • Gab: Letra D - registra uma rápida cena urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade de São Paulo.

    O texto traz a questão do contraste social. Ou seja, são as ambiguidades em uma cidade grande e moderna como São paulo. Enquanto uns circulam pela cidade grande de carro há outros que ainda usam animais para o seu transporte.


ID
2870167
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

– Então, todos os alemães dessa época são culpados?
– Esta pergunta surgiu depois da guerra e permanece até hoje. Nenhum povo é coletivamente culpado. Os alemães contrários ao nazismo foram perseguidos, presos em campos de concentração, forçados ao exílio. A Alemanha estava, como muitos outros países da Europa, impregnada de antissemitismo, ainda que os antissemitas ativos, assassinos, fossem apenas uma minoria. Estima-se hoje que cerca de 100000 alemães participaram de forma ativa do genocídio. Mas o que dizer dos outros, os que viram seus vizinhos judeus serem presos ou os que os levaram para os trens de deportação?

(Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)

Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista aos judeus, o texto defende a ideia de que

Alternativas
Comentários
  • Monark foi umas dessas pessoas que marcaram B, certeza.


ID
2870170
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

Alternativas
Comentários
  • Essa usina é do Brasil e do Paraguai, não tem nada de Argentina pelo meio

  • Além disso, Brasil e Argentina foram aliados na guerra aludida, de modo que nunca houve rompimento diplomático e, por conseguinte, reaproximação.


ID
2870173
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O presidente da Colômbia anunciou, em 25.05.2018, que o país ingressará em um bloco de cooperação militar. O país, que não possui vínculo histórico ou geográfico com o bloco, será o primeiro da América Latina a tornar-se membro. Esse bloco consiste em um sistema de defesa coletiva, em que os participantes estão de acordo em defender qualquer um de seus integrantes que seja atacado por forças externas ao seu país. Liderado por Washington, o bloco recebe vultosos recursos para cuidar dos objetivos militares dos Estados Unidos.

(www.operamundi.com.br. Adaptado.)

De acordo com o excerto, a Colômbia, na condição de país parceiro, passou a integrar

Alternativas
Comentários

ID
2870176
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) busca expressar o dinamismo de uma economia a partir da soma das riquezas produzidas por um país durante determinado período. No entanto, o cálculo do PIB ignora

Alternativas
Comentários
  • O PIB não mostra como ocorre a distribuição 

    da riqueza entre os vários segmentos sociais. 

    Assim, as análises sociais baseadas apenas 

    nesse índice ficam prejudicadas.

    Resposta correta alternativa E.

  • Desigualdade social. Que é medida pelo índice de GINI

  • E - concentração de renda


ID
2870179
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A vigilância alienada é praticada pelas companhias de tecnologias dos Estados Unidos (Microsoft, Google, Facebook, Amazon, Apple, entre outras), sem que a maioria de seus usuários saiba ou tenha conhecimento. Para essas companhias, o fato de o usuário ou cliente assinar o termo de aceitação de uso de um software tem sido considerado suficiente, como permissão consentida, para que essas companhias possam utilizar informações sem autorização explícita ou formal.

(Hindenburgo Pires. “Indústrias globais de vigilância em massa”.
In: Floriano J. G. Oliveira et al. (orgs.).
Geografia urbana, 2014. Adaptado.)

As informações geradas pelos consumidores, quando espacializadas, permitem estabelecer padrões que interessam, particularmente, às grandes empresas. A “vigilância alienada” abordada pelo excerto, bem como o emprego do geomarketing, contribui para

Alternativas
Comentários
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ID
2870188
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em seu processo de transição demográfica, a população brasileira registrou mudanças relacionadas à revolução médico- -sanitária. Essas mudanças provocaram

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A - a redução da taxa de mortalidade e o aumento da expectativa de vida.

    As propostas da Reforma Sanitária resultaram, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Fonte: PenseSUS/FioCruz


ID
2870194
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o excerto e analise as três afirmações a seguir.

Todas as moléculas de uma parcela de ar contribuem para a pressão atmosférica. Como o vapor d’água é um gás, ele também contribui com um valor de pressão parcial, conhecido como pressão de vapor (e), aumentando ou diminuindo a pressão atmosférica. Quando a pressão de vapor (e) atinge seu valor máximo possível para uma determinada temperatura do ar, diz-se que o ar está saturado de umidade ou, em outras palavras, que o ar está cheio de vapor. Tem-se, portanto, a pressão de vapor de saturação (es ). A umidade relativa é a razão entre a pressão de vapor (e) e a pressão de vapor de saturação (es ).

(Ercília T. Steinke. Climatologia fácil, 2012. Adaptado.)


I. A temperatura caracteriza uma variável para determinarmos a pressão de vapor de saturação.

II. Os valores relativos à umidade do ar expressam a real quantidade de vapor d’água existente no ar, em milímetros.

III. Quanto maior a umidade relativa do ar, maiores são as chances de chuva, pois a atmosfera está próxima do ponto de saturação.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Letra B) I e III, apenas.

  • se é RELATIVA nao é real. se fosse real seria ABSOLUTA dica: vc n precisa saber tudo, mas precisa saber fazer questões bons estudos!!!

ID
2870209
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Texto 1

Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. […] Nenhum [ofício] me parece mais útil e cabido que o de medalhão. […] Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício. […] No entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. […] Em todo caso, não transcendas nunca os limites de uma invejável vulgaridade.


(Machado de Assis. Teoria do medalhão.
www.dominiopublico.gov.br.)


Texto 2

De fato, existem medalhões em todos os domínios da vida social brasileira: na favela e no Congresso; na arte e na política; na universidade e no futebol; entre policiais e ladrões. São as pessoas que podem ser chamadas de “homens”, “cobras”, “figuras”, “personagens” etc. […] Medalhões são frequentemente figuras nacionais. […] Ser o filho do Presidente, do Delegado, do Diretor conta como cartão de visitas.


(Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983.)


Tanto no texto do escritor Machado de Assis como no do antropólogo Roberto da Matta, a figura do medalhão

Alternativas
Comentários
  • O medalhão é um personagem que utiliza de suas conexões sociais para angariar vantagens para si ou para seus interessados. Pressupõe um desprezo pelas regras da isonomia e imparcialidade. Utiliza-se de recursos do Estado, quando disponíveis, para fins pessoais e lança mão, sempre que possível, de relações familiares para levar adiante seus interesses. Esse é um fenômeno antigo na sociedade brasileira, portanto, não pode ser a letra A; os ideais liberais e democráticos de cidadania pressupõe impessoalidade e isonomia, portanto, não poder ser também a letra B; como exposto por Da Matta, medalhões se espalham por toda sociedade, portanto, não pode ser a letra C; e por último, a pessoalidade e as relações familiares se sobrepõem às competências acadêmicas e intelectuais, por isso, não pode ser a letra D.
    O texto de Machado de Assis, como é habitual do autor, faz ironia com as possibilidades de realização profissional de uma determinada pessoa. Diz o autor que para ela há infinitas carreiras, mas a que mais se assemelha às suas habilidades é a de medalhão, carreira para a qual possui a perfeita "inópia" [pobreza, escassez] mental.
    Já Da Matta analisa como as relações no Brasil são cortadas, de cima a baixo, do Congresso à favela, pelo personalismo das relações. "Ser o filho do Presidente, do Delegado, do Diretor conta como cartão de visita" porque é através dessas credenciais que se pode acionar benesses e punições, por isso a relação com essa pessoa tem valor, é hierarquizada e personalista.

    Resposta: letra E.
  • Percebam q no texto 2 ele mostra que está en todos os setores!

  • Tanto no texto do escritor Machado de Assis como no do antropólogo Roberto da Matta, a figura do medalhão ilustra o caráter fortemente hierarquizado e personalista da sociedade brasileira, pois, no Brasil, a dificuldade de ascensão social por mérito e esforço próprios fomenta o personalismo.

    a) corresponde a um fenômeno cultural recente e desvinculado do clientelismo. Os dois textos são de épocas diferentes, o que invalida essa assertiva.

    B) tem sua existência fundamentada em ideais liberais e democráticos de cidadania. O liberalismo advoga pelas liberdades individuais, amparadas no princípio da isonomia jurídica (a lei deve ser aplicada da mesma forma para todas as pessoas, independentemente origem, raça, sexo, cor, idade, crença, condição financeira, etc.), e não pelo privilégio de uns em detrimento de outros. Numa democracia, os eleitos agem como representantes do povo, servindo aos interesses da nação e não aos pessoais.

    C) consiste em um tipo social exclusivamente pertencente às elites burguesas. O texto cita também grupos distantes da burguesia.

    D) apresenta sucesso social fundamentado na competência acadêmica e intelectual. Pelo contrário, o medalhão é um tipo que usa das influências para conseguir o que quer em detrimento do mérito e dos outros.


ID
2870212
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Antropologia
Assuntos

Galileu tornou-se o criador da física moderna quando anunciou as leis fundamentais do movimento. Formulando tais princípios, ele estruturou todo o conhecimento científico da natureza e abalou os alicerces que fundamentavam a concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolástico, segundo o qual tudo aquilo que ocorre na natureza ocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou que a natureza é fundamentalmente um conjunto de fenômenos mecânicos.
(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000. Adaptado.)


A importância da obra de Galileu para o surgimento da ciência moderna justifica-se porque seu pensamento

Alternativas
Comentários
  • Galileu elaborou extensa obra em matéria de astronomia, matemática e física, defendendo o heliocentrismo. Seu pensamento está relacionado à Filosofia da Natureza, que rompe no século XVI com a metafísica da escolástica medieval.

    [https://www1.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/unesp/2019/1fase/UNESP2019_1fase_vs1.pdf]


ID
2870215
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Antropologia
Assuntos

O zoólogo Richard Dawkins e o paleontólogo Simon Conway Morris têm muito em comum: lecionam nas mais prestigiadas universidades da Grã-Bretanha […] e compartilham opiniões e crenças científicas quando o tema é a origem da vida. Para ambos, a riqueza da biosfera na Terra é explicada mais do que satisfatoriamente pela teoria da seleção natural, de Charles Darwin. […] Num encontro realizado na Universidade de Cambridge, porém, eles protagonizaram um novo round de um debate que divide a humanidade desde que o mundo é mundo: Deus existe? Morris, cristão convicto, afirmou [em sua palestra] que a “misteriosa habilidade” da natureza para convergir em criaturas morais e adoráveis como os seres humanos é uma prova de que o processo evolutivo é obra de Deus. Já o agnóstico Dawkins disse que o poder criativo da evolução reforçou sua convicção de que vivemos num mundo puramente material.

(Rodrigo Cavalcante. “Procura-se Deus”.
https://super.abril.com.br, 31.10.2016.)

O conflito de opiniões entre os dois cientistas ilustra a oposição entre

Alternativas

ID
2870218
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Nosso conhecimento científico “está começando a nos capacitar a interferir diretamente nas bases biológicas ou psicológicas da motivação humana, por meio de drogas ou por seleção ou engenharia genética, ou usando dispositivos externos que interferem no cérebro ou nos processos de aprendizagem”, escreveram recentemente os filósofos Julian Savulescu e Ingmar Persson. […] James Hughes, especialista em bioética […], defendeu o aprimoramento moral, afirmando que ele deve ser voluntário e não coercitivo. “Com a ajuda da ciência, poderemos descobrir nossos caminhos para a felicidade e virtude proporcionadas pela tecnologia”.

(Hillary Rosner. “Seria bom viver para sempre?”
www.sciam.com.br, outubro de 2016.)

As possibilidades tecnológicas descritas no texto permitem afirmar que

Alternativas

ID
2870221
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o que Guy Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. Assim como o conceito de “indústria cultural”, o conceito de “sociedade do espetáculo” faz parte de uma postura crítica com relação à sociedade capitalista. São conceitos que procuram apontar aquilo que se constitui em entraves para a emancipação humana.

(Cláudio N. P. Coelho. “Mídia e poder na sociedade do espetáculo”.
https://revistacult.uol.com.br. Adaptado.)

Segundo o texto,

Alternativas

ID
2870224
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

A maior violação do dever de um ser humano consigo mesmo, considerado meramente como um ser moral (a humanidade em sua própria pessoa), é o contrário da veracidade, a mentira […]. A mentira pode ser externa […] ou, inclusive, interna. Através de uma mentira externa, um ser humano faz de si mesmo um objeto de desprezo aos olhos dos outros; através de uma mentira interna, ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo desprezível aos seus próprios olhos e viola a dignidade da humanidade em sua própria pessoa […]. Pela mentira um ser humano descarta e, por assim dizer, aniquila sua dignidade como ser humano. […] É possível que [a mentira] seja praticada meramente por frivolidade ou mesmo por bondade; aquele que fala pode, até mesmo, pretender atingir um fim realmente benéfico por meio dela. Mas esta maneira de perseguir este fim é, por sua simples forma, um crime de um ser humano contra sua própria pessoa e uma indignidade que deve torná-lo desprezível aos seus próprios olhos.

(Immanuel Kant. A metafísica dos costumes, 2010.)


Em sua sentença dirigida à mentira, Kant

Alternativas

ID
2870227
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

O solo amazônico é naturalmente rico em mercúrio na sua forma inorgânica. Na bacia do Rio Negro, todos os anos, na época chuvosa, os rios transbordam, invadem a floresta e formam ecossistemas fechados que permanecem inundados por até 130 dias. Nesse processo, o mercúrio inorgânico é liberado na água e bactérias anaeróbias convertem-no em metilmercúrio, que entra na cadeia alimentar aquática desses ecossistemas.

(http://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado.)

Na situação descrita,

Alternativas
Comentários
  • As bactérias anaeróbias são organismos que não necessitam do oxigênio para a respiração celular, realizando, assim, a fermentação. Nesse processo, a glicose é quebrada sem o consumo de oxigênio, em duas moléculas de piruvato. Quando o piruvato se transforma em ácido láctico, ocorre a fermentação láctica, e quando o piruvato se transforma em álcool, ocorre a fermentação alcoólica. As bactérias anaeróbias transformam o mercúrio em metilmercúrio através da fermentação, facilitando a entrada nos organismos. Pode ocorrer um processo de intoxicação pela bioacumulação do metilmercúrio ao longo da cadeia alimentar e pela ingestão de peixes e outros organismos aquáticos contaminados. (Amabis & Martho. Biologia moderna, 1991)


    a) o que concentra a maior parte do mercúrio é o solo que libera a substância na água. As bactérias concentram uma pequena parte. Incorreta.
    b) a bioacumulação aumenta ao longo dos níveis tróficos nas cadeias alimentares. Incorreta.
    c) as bactérias anaeróbias realizam a fermentação, com ausência de oxigênio nesse ecossistema fechado, favorecendo a entrada do mercúrio. Correta.
    d) todos os organismos do ecossistema são afetados pela contaminação por mercúrio. Incorreta.
    e) os organismos que formam o ecossistema serão afetados, incluindo aves e outros que se alimentam dos seres aquáticos. Incorreta.

    Gabarito do professor: Letra C.

ID
2870230
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV é um tratamento que consiste no consumo diário do antirretroviral Truvada® e tem como público-alvo pessoas com maior vulnerabilidade a adquirir o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o uso correto do medicamento reduz o risco de infecção por HIV em mais de 90%. Esse uso, porém, não barra a entrada do vírus no organismo, apenas bloqueia a ação da enzima transcriptase reversa.

(https://g1.globo.com. Adaptado.)

O tratamento com Truvada®

Alternativas
Comentários
  • A profilaxia significa prevenir ou controlar a disseminação de uma doença. A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV previne a infecção, caso ocorra exposição ao vírus. A aids é a doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em que o sistema imunológico é atacado, atingindo os linfócitos T e CD4+. Ele altera o DNA da célula e faz cópias de si mesmo sempre buscando novos linfócitos para aumentar a infecção. Esses medicamentos da PrEP reduzem a quantidade de vírus circulante no corpo da pessoa com HIV, chegando no nível de carga viral indetectável, onde a possibilidade de transmitir para outras pessoas é extremamente baixa. (Prevenção combinada, PrEP. Ministério da saúde, 2019)

    a) o uso desse medicamento não combate o agente transmissor, ele bloqueia a ação da enzima transcriptase reversa. Incorreta.
    b) o medicamento bloqueia a enzima capaz de produzir o DNA viral. Correta.
    c) a própria questão informa que o uso não barra a entrada do vírus, não dispensando, portanto, o uso de métodos contraceptivos de barreira principalmente para prevenir outras doenças sexualmente transmissíveis. Incorreta.
    d) a questão informa que a entrada do vírus não é impedida pelo tratamento. Incorreta.
    e) esse tratamento é específico para o tipo de profilaxia pré-exposição ao vírus HIV. Incorreta.

    Gabarito do professor: Letra B.
  • A transcriptase reversa é a enzima que transcreve um molécula de DNA a partir de uma de RNA.

  • O vírus HIV é um vírus de RNA. Para que ele consiga se reproduzir dentro da cédula hospedeira, ele precisa produzir uma molécula de DNA capaz de sintetizar novos RNAs que geraram novas proteínas virais, daí a necessidade da enzima transcriptase reversa para produzir a molécula de DNA a partir do RNA do próprio vírus.

  • RESOLUÇÃO I

    A transcríptase reversa é a enzima que permite que o DNA seja sintetizado a partir do RNA dos retrovírus. Se o medicamento bloqueia a ação da enzima, deve evitar portanto que a célula infectada produza molécula do DNA viral.

    RESOLUÇÃO II

    O vírus do HIV é um retrovírus, portanto é composto por RNA. O bloqueio da transcriptase reversa, realizado pela medicação profilática, evita que a célula infectada pelo vírus produza moléculas de DNA viral a partir de moléculas de RNA viral (transcrição reversa).

    GABARITO:

    (B) evita que a célula infectada produza moléculas de DNA viral.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2018/11/unesp-2019-profilaxia-pre-exposicao-prep-ao-virus-hiv-e-um-tratamento-que-consiste-no-consumo-diario-do-antirretroviral-truvada.html?m=1


ID
2870239
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Os microplásticos representam aproximadamente 92,4% da contagem global de partículas de lixo plástico. Estes pequenos plásticos de até 5 mm de tamanho estão entrando no ambiente marinho, contaminando um sistema já vulnerável.

(www.arocha.org. Adaptado.)

Os mexilhões estão entre os invertebrados marinhos diretamente afetados pela presença de partículas de microplásticos nas águas, uma vez que, para se alimentarem,

Alternativas
Comentários
  • Mexilhões, pertencentes à classe dos Bivalves, não possuem rádula, alimentando-se por filtração de partículas de alimento na água circundante. Com a presença de partículas de microplástico, esta filtração é prejudicada.

  • Os mexilhões são moluscos que possuem corpo mole, sendo coberto ou não por concha calcária. Estão na classe dos bivalves, juntamente com as ostras e mariscos, e possuem concha de duas partes (valvas). O sistema digestório dos moluscos é completo (boca e ânus), alguns são carnívoros, outros se alimentam de pequenas algas e alguns são filtradores (bivalves), retirando pequenas partículas orgânicas diretamente da água. A presença de microplásticos afeta os mexilhões filtradores, que possuem brânquias formando uma rede para captura de partículas suspensas para depois levar até a boca. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)


    a) os mexilhões não possuem flagelos para capturar micropartículas, apenas cílios. Incorreta.
    b) eles são moluscos filtradores bivalves e não possuem rádula. Incorreta.
    c) os mexilhões não filtradores possuem a rádula para triturar o alimento, mas não possuem dentes calcários. Incorreta.
    d) os mexilhões diretamente afetados são os filtradores, que se alimentam de partículas na água. Correta.
    e) apenas os equinodermos possuem o sistema ambulacrário (hidrovascular). Incorreta.

    Gabarito do professor: Letra D.
  • Os mexilhões são moluscos que possuem corpo mole, sendo coberto ou não por concha calcária. Estão na classe dos bivalves, juntamente com as ostras e mariscos, e possuem concha de duas partes (valvas). O sistema digestório dos moluscos é completo (boca e ânus), alguns são carnívoros, outros se alimentam de pequenas algas e alguns são filtradores (bivalves), retirando pequenas partículas orgânicas diretamente da água. A presença de microplásticos afeta os mexilhões filtradores, que possuem brânquias formando uma rede para captura de partículas suspensas para depois levar até a boca. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)


    a) os mexilhões não possuem flagelos para capturar micropartículas, apenas cílios. Incorreta.
    b) eles são moluscos filtradores bivalves e não possuem rádula. Incorreta.
    c) os mexilhões não filtradores possuem a rádula para triturar o alimento, mas não possuem dentes calcários. Incorreta.
    d) os mexilhões diretamente afetados são os filtradores, que se alimentam de partículas na água. Correta.
    e) apenas os equinodermos possuem o sistema ambulacrário (hidrovascular). Incorreta.

    Gabarito do professor: D

ID
2870245
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Um homem de genótipo AaBb em arranjo cis teve um filho com uma mulher duplo-homozigótica dominante para estes genes autossômicos. O gene A está distante 8 unidades de recombinação (UR) de B.


Há menor probabilidade de o genótipo dessa criança ser

Alternativas
Comentários
  • Não entendi essa questão. :/

  • Primeiro, faremos a distribuição para sabermos qual o provável genótipo dos filhos:

    AaBb × AABB

    Aa × AA

    1: AA

    2: AA

    3: Aa

    4: Aa

    Bb × BB

    1: BB

    2: BB

    3: Bb

    4: Bb

    Prováveis genótipos dos filhos:

    1: AABB

    2: AABB

    3: AaBb

    4: AaBb

    AABb/ AaBb

    Letra: E

    Bons estudos!

  • Quando os genes estão localizados em cromossomos diferentes, eles realizam a segregação de maneira independente, mas se estiverem localizados no mesmo cromossomo, a segregação não existe e os genes vão para o mesmo gameta. Há uma recombinação, chamada de crossing-over ou permutação, que permite novas combinações de alelos. Essa recombinação resulta em uma pequena descendência de recombinantes, e quanto mais afastado um gene estiver do outro, maior será sua taxa de recombinação. Uma unidade de recombinação (UR) equivale a 1% de taxa de recombinação.
    A questão informa que o gene A está distante 8 unidades de recombinação de B, então as menores probabilidades de genótipos serão 8% (4 +  4%). Pelos dados, temos 4% de genótipo Ab, 4% de genótipo aB (recombinantes), 46% de genótipo AB e 46% de genótipo ab (parentais). Como a mãe apenas produz gametas AB, os genótipos menos prováveis serão AABb (4%) e AaBB (4%). (Amabis & Martho. Biologia moderna, 1991)

    a) AaBB ou AaBb. Incorreta.
    b) AABB ou AABb. Incorreta.
    c) AABB ou AaBB. Incorreta.
    d) AABb ou AaBb. Incorreta.
    e) AABb ou AaBB. Correta.

    Gabarito do professor: Letra E.
  • Quando os genes estão localizados em cromossomos diferentes, eles realizam a segregação de maneira independente, mas se estiverem localizados no mesmo cromossomo, a segregação não existe e os genes vão para o mesmo gameta. Há uma recombinação, chamada de crossing-over ou permutação, que permite novas combinações de alelos. Essa recombinação resulta em uma pequena descendência de recombinantes, e quanto mais afastado um gene estiver do outro, maior será sua taxa de recombinação. Uma unidade de recombinação (UR) equivale a 1% de taxa de recombinação.
    A questão informa que o gene A está distante 8 unidades de recombinação de B, então as menores probabilidades de genótipos serão 8% (4 +  4%). Pelos dados, temos 4% de genótipo Ab, 4% de genótipo aB (recombinantes), 46% de genótipo AB e 46% de genótipo ab (parentais). Como a mãe apenas produz gametas AB, os genótipos menos prováveis serão AABb (4%) e AaBB (4%). (Amabis & Martho. Biologia moderna, 1991)

    a) AaBB ou AaBb. Incorreta.
    b) AABB ou AABb. Incorreta.
    c) AABB ou AaBB. Incorreta.
    d) AABb ou AaBb. Incorreta.
    e) AABb ou AaBB. Correta.

    Gabarito do professor: E
  • SE VOCE NÃO ESTUDAR LINKAGE VOCE NÃO IRÁ ENTENDER, NO YOUTUBE TEM RESOLUÇÃO

  • Como eu resolvo esse tipo de questão de linkage. Identifico os gametas produzidos pela mae e pelo pai. A mãe por ser homozigoto só produz um tipo de gameta. AB (gameta não repete letra). E o pai produz quatro tipos. AB; Ab; ab, aB. Depois une-se os pares, mãe + cada um 4 do pai. Depois exclui os genótipos dos pais. AB/ab e AB, pois obviamente eles tem maior valor (parentais tem maior taxa). Resta então os recombinantes na proporcao de 4% cada, que será a resposta.

  • Resolução em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=1xFfLBPCnVA&ab_channel=HoradaBio-JonatasBiologia

  • RESOLUÇÃO I

    No cruzamento (AB)(ab) x (AB)(AB), sendo a taxa de permuta igual a 8%, os descendentes obtidos poderão ser:

    (Ab)(AB) = 4%

    (aB)(AB) = 4%

    (AB)(AB) = 46%

    (ab)(AB) = 46%

    RESOLUÇÃO II (na fonte)

    GABARITO:

    (E) AABb ou AaBB.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2018/11/unesp-2019-um-homem-de-genotipo-aabb-em-arranjo-cis-teve-um-filho-com-uma-mulher-duplo-homozigotica.html?m=1


ID
2870248
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Aristóteles procurou explicar os fenômenos naturais a partir de argumentos teleológicos. A palavra teleologia provém de dois termos gregos, telos (fim, meta, propósito) e logos (razão, explicação), ou seja, uma “razão de algo em função de seus fins” ou uma “explicação que se serve de propósitos ou de fins”. Na explicação teleológica, se algo existe e tem uma finalidade, é porque existe uma razão para essa finalidade. Neste sentido, uma explicação teleológica estará centralizada na finalidade de alguma coisa. Por exemplo, na explicação teleológica, nossos dedos são articulados para que possamos manipular objetos, ao contrário da explicação não teleológica, que afirma que manipulamos objetos porque nossos dedos são articulados.

(Matheus de M. Silveira et al. Argumentos – Revista de Filosofia,
julho/dezembro de 2016. Adaptado.)

Considerando as características adaptativas dos organismos, a teleologia

Alternativas
Comentários
  • A teleologia se baseia no estudo da finalidade como princípio que pode explicar todas as transformações dos seres vivos. A teoria de Lamarck foi a primeira teoria da evolução coerente: o ambiente induzia o organismo a se modificar, pela lei do uso e desuso, e as características seriam transmitidas a seus descendentes pela herança dos caracteres adquiridos. A teoria de Darwin afirma que o meio ambiente não induz a variações, mas filtra os organismos mais adaptados para a sobrevivência através da seleção natural. A teoria sintética da evolução, ou neodarwinismo, afirma que a evolução é baseada no rearranjo dos genes e nas alterações bioquímicas que ocorrem nos genes dos organismos, que são as mutações e recombinações gênicas. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)




    a) esse argumento teleológico não rejeita a proposta de Lamarck, de acordo com a ideia de algum propósito ou finalidade para caracteres adquiridos. Incorreta.
    b) não contribui para explicações sobre a variabilidade ou mutações, pois se baseia apenas na finalidade. Incorreta.
    c) a teleologia não considera o rearranjo dos genes ou alterações bioquímicas, e os processos naturais não tem uma finalidade, contrariando a teoria sintética da evolução. Correta.
    d) não fortalece a teoria sintética pela seleção natural ter causado a adaptação dos seres vivos no ambiente, e não o contrário, que seria o argumento teleológico. Incorreta.
    e) as teorias de Lamarck e Darwin não possuem uma finalidade, então o argumento não tem possibilidade de ser sustentado. Incorreta.

    Gabarito do professor: Letra C.
  • Alguém explica??

  • A teleologia se baseia no estudo da finalidade como princípio que pode explicar todas as transformações dos seres vivos. A teoria de Lamarck foi a primeira teoria da evolução coerente: o ambiente induzia o organismo a se modificar, pela lei do uso e desuso, e as características seriam transmitidas a seus descendentes pela herança dos caracteres adquiridos. A teoria de Darwin afirma que o meio ambiente não induz a variações, mas filtra os organismos mais adaptados para a sobrevivência através da seleção natural. A teoria sintética da evolução, ou neodarwinismo, afirma que a evolução é baseada no rearranjo dos genes e nas alterações bioquímicas que ocorrem nos genes dos organismos, que são as mutações e recombinações gênicas. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)

    a teleologia não considera o rearranjo dos genes ou alterações bioquímicas, e os processos naturais não tem uma finalidade, contrariando a teoria sintética da evolução. 

    GABARITO DO PROFESSOR (C)


ID
2870308
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dois números reais de 0 a 4, e que podem ser iguais, serão sorteados ao acaso. Denotando-se esses números por x e y, a probabilidade de que eles sejam tais que x2 + y2 ≤ 1 é igual a

Alternativas
Comentários

ID
2870311
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um dia de aula, faltaram 3 alunas e 2 alunos porque os cinco estavam gripados. Dos alunos e alunas que foram à aula, 2 meninos e 1 menina também estavam gripados. Dentre os meninos presentes à aula, a porcentagem dos que estavam gripados era 8% e, dentre as meninas, a porcentagem das que estavam gripadas era 5%. Nos dias em que a turma está completa, a porcentagem de meninos nessa turma é de

Alternativas
Comentários
  • 3 alunas + 2 alunos = não forma pra aula porque estavam gripados.

    1 aluna + 2 alunos = foram pra aula gripados.

    Dentre os que estavam na aula a porcentagem dos MENINOS gripados era de 8%.

    Como 2 alunos foram gripados pra aula temos:

    2 ---- 8%

    X -----100%

    X = 200/8

    X = 25

    Isso significa que 25 meninos ESTÃO na aula.

    Dentre os que estavam na aula a porcentagem das MENINAS gripadas era de 5%

    1 ----- 5%

    X ------100%

    X = 100/5

    x = 20

    Isso significa que 20 meninas ESTÃO na aula.

    AQUI ENTRA O PEGA RATÃO PORQUE A QUESTÃO DEIXA BEM CLARO NO COMEÇO QUE 3 ALUNAS E 2 ALUNOS NÃO COMPARECERAM A AULA PORQUE ESTAVAM GRIPADOS. LOGO, PRA SABER A PORCENTAGEM TOTAL ELES DEVEM SER LEVADOS EM CONTA.

    Logo ficam 27 alunos + 23 alunas.

    Calculando a porcentagem de alunos:

    50 ------- 100%

    27 ------- x

    50X = 27*100

    50X = 2700

    X = 2700/50

    X = 54%.

  • É covid