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Prova FGV - 2015 - TJ-SC - Psicólogo


ID
1448401
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em manchete de janeiro de 2015, um jornal esportivo dizia o seguinte: “Vasco e Flamengo talvez joguem em São Paulo!”.

A manchete traz ambiguidade por causa de um problema de construção, identificado como:

Alternativas
Comentários
  • Letra (b)


    Traz ambiguidade, pois poderia ser um jogo entre eles (Vasco x Flamengo) em SP ou tanto se ambos teriam jogos em SP. A construção correta para cada caso seria:


    1. Vasco e Flamengo se enfrentarão em SP.

    2. Vasco e Flamengo terá seus jogos em SP.

  • Alternativa "b". O problema de coordenação foi ter utilizado "e", se tivesse utilizado "contra" não teria dúvida quanto ao sentido.

  • Osmar Neto,

    Acredito que para letra D ficar correta "Flamengo e Vasco" ou "São Paulo" teriam que aparecer novamente no período.
  • Gabarito: B

    A conjunção coordenativa “e” liga os núcleos do sujeito “Flamengo” e “Vasco” gerando um duplo sentido. Não se sabe se Flamengo e Vasco jogarão separadamente em São Paulo ou se um jogo entre Flamengo e Vasco ocorrerá em São Paulo. Portanto, o emprego da conjunção coordenativa “e” nessa estrutura contribui para que o leitor realize duas leituras distintas do período.

  • Falou puco e disse muito Tiago Costa

  • Por que a alternativa d está errada?

  • Mais uma questão mal elaborada por essa banca. Deveria ter sido anulada.

    Há duas respostas possíveis => B e D.

    Por quê? O jogo será na cidade de São Paulo ou no estado de São Paulo (em uma cidade qualquer de SP)? Não sabemos! Temos aí uma "duplicidade de referências".

    Daí a letra D estar correta também. Como disse, deveria ter sido anulada.

    #@v@nterumo@posse

  • “Vasco e Flamengo talvez joguem em São Paulo!”

    O "talvez" junto com o "e" fazem confusão entre: alternativa e aditiva!

    Talvez Vasco e Flamengo joguem em São Paulo, talvez não. (Alternativa?)

    Não só o Vasco talvez jogue em São Paulo, como também o Flamengo. (Aditiva?)

    Corrigindo:

    O Vasco talvez jogue contra o Flamengo, em São Paulo.


ID
1448404
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é:

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)


    Todas as alternativas da ideia de adversidade, porém a letra (e) é a única que evidencia um fato de explicação, logo, caberia porque, pois...


    Explicativas: iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais conjunções são: porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto, que.


  • nem favela, nem ambiente grã-fino

  •   Não enxerguei relação de adversidade na letra D. Se a pobreza não é vergonhosa é claro q é de se esperar q exita muito pobre sem vergonha. Gostaria q alquem comentasse isso. 

     

  • A letra E traz ideia de adição. Além disso, por serem sujeitoss diferentes em cada oração, o E pode vir depois da vírgula.

  • Bom: Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é:

    Relação lógica dos pensamentos de Millor Fernandes (autor irônico):

    A pobreza não é necessariamente vergonhosa, pois há muito pobre sem vergonha. Sentido coerente.

    A pobreza não é necessariamente vergonhosa, mas há muito pobre sem vergonha. (não vejo como esse seguimento faz sentido, considerando-se a relação lógica existente).

    Para mim, letra D.

  •  Na alternativa D - o autor está sendo irônico, ou seja, querendo dizer pobre sem nenhum pudor, pessoas que fazem coisas erradas e não se importam com o que vão pensar ou com as consequências. E não pessoa 'desprovida' de vergonha.

  • Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela(POR QUE?) Pois/Porque acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

    Notem que não há ideia de oposição, mas uma ideia de causa e consequência

  • Na ideia de adversidade sempre existirá:

    Um polo positivo e um polo negativo.

  • A alternativa (A) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato de alguém guiar bem nos leva a uma expectativa de que há algum conhecimento sobre o motor de um carro. Porém, esta expectativa foi quebrada. Na realidade, o motor do carro é um mistério insondável para o locutor.

    A alternativa (B) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato de alguém condenar muito os excessos leva a uma contrapartida: um limite para o mínimo.

    A alternativa (C) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato de alguém ter medo dela mesma leva a uma contrapartida: enfrentar-se todo dia.

    A alternativa (D) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois há o contraste entre a pobreza ser vergonhosa e pobre sem vergonha.

    A alternativa (E) deve ser preenchida por uma conjunção causal, como “porque”. A razão de uma pessoa ser considerada extremamente pobre é quando ela não entra na favela por achar aquele ambiente grã-fino demais para ela. Veja:

    Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, porque acha aquele ambiente grã-fino demais para ela.

    Gabarito: E


ID
1448407
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma culta é:

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)


    É preciso observar o sujeito para fazer a concordância.

    a) mostra

    b) vinha

    c) apresentou-se

    d) deslocarem 

    e) mas foi

  • A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal recomendada pela norma culta é:

    • a) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram profissões as mais estranhas possíveis.

    • b) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos meses apresentaram-se à Polícia.

    • c) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias.

    • d) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se deslocar de um lugar para outro.

    • e) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.


  • Por que no último caso deveria ser "MAS FOI" e não, "mas foram"?
  • Não esquecer que o sujeito partitivo " a maioria de" admite a concordância com o termo partitivo ou o mais próximo, portanto, se o termo mais próximo estiver no plural então será permitido tanto no plural como no singular.

  • O verbo da oração principal deve ficar no singular (mas foi), pois trata-se de uma oração principal seguida de uma oração subordinada substantiva.

  • Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

    Não é o caso de sujeito partitivo " a maioria de" pois,  admite a concordância com o termo partitivo ou o mais próximo, portanto, se o termo mais próximo estiver no plural então será permitido tanto no plural como no singular.

    alguém?

  • FGV - Questão que aborda sobre correlação verbal

    Letra C


  • (Mas foram nos jogos da Copa do Mundo) que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. 

    Eu sou péssima em assunto de futebol.. mas se pensarmos o seguinte: Mas foram nos jogos da Copa do Mundo e no Campeonato Brasileiro.... que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. 

    Temos dois eventos, dois acontecimentos.. ai justificaria o emprego do verbo na 3ª pessoa do plural..

    Então não pode ser a opção E

  • "Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários".

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Fiquei na dúvida quanto a essa questão porque me lembrei da regra do sujeito partitivo: 


    -

    a metade de, a maior parte de, a maioria de, uma porção de, uma parte de, o resto de, um grande número de, um bom número de...

    - Verbo no singular, concordando com o núcleo do sujeito ou no plural, concordando com o núcleo do adjunto.

    .-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Depois percebi que o erro não estava em "conquistaram", mas sim em "foram".

    .

    "Mas FOI nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores (conquistou ou conquistaram) a fama que hoje justifica seus altos salários".

    .

    "Isso" foi nos jogos da copa do mundo - sujeito oracional - verbo da oração principal sempre na 3ª pessoa do singular.

  • Infinitivo pessoal
    na d): só dá para usar verbo no infinitivo sem flexionar para concordar com o plural de um referente quando o referente estiver implícito. No caso, mesmo que "os" explicíta o referente, então pede que "deslocar" fique no plural.

  • a) mostra - o sujeito da frase é a lista de assinantes e neste caso o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito: a lista.

    b) vinha - o sujeito da frase é nenhum dos terroristas e neste caso o verbo deve concordar com o pronome indefinido: nenhum.

    c) apresentou-se

    d) deslocarem  - o sujeito da frase é os cães.

    e) mas foi - oração sem sujeito fica na 3ºpessoa do singular.

  • Não consegui entender porque à alternativa 'e' está incorreta. Alguns estão colocando aqui que deveria ser "mas foi" no lugar de " mas foram ". Mas acho que o sujeito do verbo foram é indeterminado. Sendo assim uma das regras de sujeito indeterminado diz que o verbo deve ficar na 3 pessoa do plural sem ocorrência de sujeito anteriormente. Acho que está de acordo o trecho. Se eu estiver errado, por favor alguém me corrja.

  • João Amorim segue a explicação:

    Estamos falando da expressão expletiva  SER + QUE

    O verbo "ser" dessa expressão não concordará com o termo que vier após ele se tal termo vier preposicionado. 

    Note a diferença: Foi nas nossas mães que eles bateram (certo) / "Foram nas nossas mães que eles bateram" (errado) 

    Foram as nossas mães que cuidaram de nós (certo) / "Foi as nossas mães que cuidaram de nós" (errado).

  • "Que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários" é sujeito oracional e portanto pede o verbo no singular ("foi")

  •  a) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram (MOSTRA) profissões as mais estranhas possíveis.

     

     b) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos meses apresentaram-se (APRESENTOU-SE) à Polícia.

     

     c) (CORRETA) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias.

     

     d) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento (EQUIPAMENTOS) que os ajuda (AJUDAM) a se deslocar (DESLOCAREM) de um lugar para outro. 

    Para melhor entendimento, refiz o trecho da seguinte forma: Equipamentos (as proteses) ajudam os cães a se deslocarem de um lugar para outro.

     

     e) Mas foram (FOI) nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

     

  • gente, o professor comentou a questão acima, sugiro que deem uma olhada.

     

  • Creio que na E não seja caso de sujeito oracional... pois o QUE não é conjunção integrante - não há verbo antes e ele não pode ser substitído por ISSO. 

    Procede? 

  •  

    Paulo Paulo

    Isso foi nos jogos da copa do mundo

  • Não sei o que é o tal sujeito partitivo.

    O que entendo estar errado na alternativa E é o "justifica", pois " o que justifica? " Os jogos! Então, o correto é: os jogos justificaM...

    O termo deveria estar no plural: "justificam".

  • E) Sujeito oracional:

    Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram ////(Isso)///a fama que hoje justifica seus altos salários.

    Quando se faz essa troca o verbo precisa ficar na 3ª pessoa...

    Mas foi nos jogos da copa...

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Posso estar errado, mas o entendimento quanto a letra B pelos amigos me parece equivocado. "Nenhum dos terroristas vinham atacando..." apresenta correção. Quem vinha ou vinham atacando? Os terroristas praticam a ação. O erro estaria no verbo "apresentaram-se", porque, aí sim, incluíria o "nenhum".

  • A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, (mostram) MOSTRA profissões as mais estranhas possíveis.

    Nenhum dos terroristas que (vinham) VINHA atacando alvos na Europa nos últimos meses (apresentaram-se) APRESENTOU-SE à Polícia.

    Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias.

    Os cães aprendem a andar com as próteses, (equipamento) EQUIPAMENTOS que os (ajuda) AJUDAM a se deslocar de um lugar para outro.

    Mas (foram) FOI nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.


ID
1448425
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Num açougue, um pequeno cartaz dizia: “Aqui, a única carne fraca é a do açougueiro”.

Considerando-se a situação de comunicação, o cartaz mostra

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)


    Existe humor na forma usada no cartaz já que se pode inferir que o açougueiro tenha carne fraca, ou seja, está suscetível a tentações.

  • a) desvalorização do produto a ser vendido; 

    Claro que não - Se o cartaz está ali é para vender mais a carne.


    b) informação desabonadora sobre o comerciante; 

    Errado - açougueiro geralmente não é o comerciante



    c) mensagem comercial de fundo humorístico; 

    Correto


    d) informação justificadora de preços mais altos; 

    Nada ver!


    e) estratégia de atração para clientes do sexo feminino. 

    Errado


  • Desabonadora = depreciativa...não é essa a ideia passada pelo cartaz.

  • não vi humor nenhum. se eu fosse nesse açougue  não teria rido de nada. ¬¬

  • Para o leitor, é mais lógico que, ao falar que apenas a carne fraca é a do açougueiro, o mesmo quis dizer que seus produtos são de qualidade e por isso justifica ser de preço mais caro (parte subentendida).

    Pode até ter um fundo humorístico, mas se analisarmos como um todo, um negócio não é pra fazer piadas apenas por fazer, mas usar um meio "divertido" de fazer o seu slogan e/ ou propaganda e assim atrair a clientela. Então, o principal motivo é justificar o porquê do preço ser alto (por causa da qualidade superior das carnes de seu açougue) e, aproveitando a "deixa", dar um pouco de "alegria" ao texto do cartaz (tornando-o engraçado). Mas analisem que para que exista a "piada", há a necessidade do primeiro motivo (qualidade do produto), então ele seria o mais importante e a resposta da questão.

  • Ri mais do comentário da Ana Carolina do que da piada da questão.

  • É muita maconha !

  • Não concordo com a questão. Depende do ponto de vista de cada um.. muito subjetiva a questão. Ainda não virei mãe Dina para saber o humor da banca.. aff.. nóiaaa..


ID
1448428
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Se eu não tivesse desperto e escutado o barulho, os ladrões teriam entrado”, declarou o proprietário do imóvel.

Se reescrevermos a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre, teremos:

Alternativas
Comentários
  • Letra (d)


    O verbo "ter" foi usado incorretamente, sendo necessário usar "estar". Sendo assim, o uso de estivesse disperso, faz-nos usar teriam entrado, respeitando-se a correlação dos tempos verbais.

  • Gabarito D - Modo subjuntivo (hipótese/possibilidade).

  • http://www.portugues.com.br/gramatica/tivesse-ou-estivesse.html 
  • A problemática reside no fato de que, não raras as vezes, muitas pessoas utilizam as formas demarcadas pela terceira pessoa do singular (tivesse), bem como a terceira pessoa do plural (tivessem) no lugar de estivesse/estivessem. Assim, comumente nos deparamos com discursos assim materializados:

    Se eu tivesse lá nada teria acontecido.

    Ora, uma boa e simples dica é analisar se depois do verbo aparecer um termo que indique lugar, o qual, no exemplo em questão, evidencia-se por meio do adjunto adverbial “lá”. Alguém só pode “estar” em um local, ou seja, o uso do verbo “ter” é inadequado. Portanto, fazendo a correção, obtemos:

    Se eu estivesse lá nada teria acontecido.

    Esse mesmo equívoco tende a se manifestar também no futuro do subjuntivo, no qual a troca de uma forma pela outra é perceptível, tal qual em:

    Quando eu tiver lá, farei uma vista a você.

    Reformulando, constatemos:

    Quando eu estiver lá, farei uma visita a você.


    http://www.portugues.com.br/gramatica/tivesse-ou-estivesse.html 

  • Se eu não estivesse desperto(estar desperto)

    e tivesse (condição verbo ter)escutado

    teriam entrado.


    SE FOR LOCAL, CONDIÇÃO DE ESTAR É  ESTIVESSE(ESTAR);

    SE FOR CONDIÇÃO PARA ALGO ´´E TIVESSE(TER)

  • Compreendi a linha de raciocínio da banca, mas, para mim, todas as alternativas estão erradas.


    O certo seria


    "Se eu não estivesse desperto e não tivesse escutado o barulho, os ladrões teriam entrado."


    Sem a presença do não, a questão dá a entender que, mesmo se eu estivesse escutado o barulho, os ladrões teriam entrado.
  • desperto é um estado logo teria que estar assim a frase:

    Se eu não estivesse(pretérito imperfeito do subjuntivo) desperto e tivesse escutado o barulho, os ladrões   teriam(Futuro do pretérito do indicativo) entrado


    Pretérito imperfeito do subjuntivo       correlaciona-se com      Futuro do pretérito do indicativo

    entre outros


    Indico para estudarem correlação verbal!

    A FGV entre outras bancas adoram cobrar em suas questões!

  • Concordo contigo João Netto! Achei confuso pela falta do "não", acabei acertando por eliminação.


ID
1448431
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:

Alternativas
Comentários
  • a)errada.clique neste botão.

    b)errada.demonstre que você é esperto.

    c)errada.controle o teu dinheiro.

    d)correta.

    e)pessa o apoio da brigada

  •  Caro jeferson silva, cuidado com erros de português, ainda mais na disciplina língua portuguesa...

    e) Peça o apoio da brigada


  • Letra (d)

    Observando-se a pessoa: 

    a) verifique - clique

    b) demonstra - paga

    c) controla - viaja

    e) procure - peça  

  • a) verifique (3ª pessoa) / Clica (2ª pessoa)

    b) demonstra (2ª pessoa) /  pague (3ª pessoa)

    c) Controla teu (2ª pessoa) / Viaje (3ª pessoa)

    d) despreze (3ª pessoa) / Confira (3ª pessoa)

    e) procure (3ª pessoa) / pede (2ª pessoa)

  • Questão de uso do Modo Imperativo Afirmativo e Negativo, para a qual a opção correta é:

    (D) Não despreze as feias. Confira suas qualidades.

    As demais alternativas apresentam os seguintes erros:

    (A) Verifique (você)...clique (você).

    (B) Demonstra (tu)....Paga (tu).

    (C) Controla (tu) e Viaja (tu)

    (D) Procure (você) e Peça (você)

    A pegadinha está no uso do Imperativo Negativo, que é formado com o verbo no Presente do Subjuntivo antecedido da palavra NÃO.

  • ESSA TABELA MATA MUITA QUESTÃO





    presente indicativo  imperativo afirmativo    pre.subjuntivo   imperativo negativo

    eu                                (não existe)                                               (não existe)

    tu................................(sem s)                                                       ( todas as pessoas do subj. antecedidas de NÂO)

    ele                               (do subj.)

    nós                               (do subj.)                        

    vos.............................(sem s)

    eles                             (do subj)


    A)  verificar na segunda do imperativo afirmativo é VERIFICA

    Clicar na segunda do imperativo afirmativo é CLICA mesmo

    b) demonstrar na segunda do imperativo afirmativo é DEMONSTRA

    pagar na segunda do imperativo afirmativo é PAGA

    c)controlar na segunda do imperativo afirmativo é CONTROLA

    viajar na segunda do imperativo afirmativo é VIAJA

    d)desprezar na segunda do imperativo negativo é NÃO DESPREZE(IMPERATIVO NEGATIVO VEM TUDO DO SUBJUNTIVO)

    conferir na segunda do imperativo afirmativo é CONFIRA

    e)procurar na segunda do imperativo afirmativo é PROCURA

    pedir na segunda do imperativo afirmativo é PEDE



  • Tem muita "raimunda" por aí que merece amor.

  • Tem muita gente por aí que depois de tomar umas cervejinhas a mais acerta a questão sem perceber.

  • Thiago Sampaio KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK


ID
1448434
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras”.

Reescrevendo-se o período, mantém-se o sentido original apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Letra (d)

     Há uma ideia de concessiva no tocante a gastarem pouco e terem feito várias paradas para comprar.

  • GABARITO: D

    Questão de reescritura envolvendo os valores semânticos dos conectores: A ideia do segmento destacado é CONCESSIVA, portanto a reescritura que obedece a esse valor semântico é a alternativa:

    (D) Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas para compras, pois haviam recebido bastante na colheita do algodão. (=EMBORA => CONCESSIVA)


  • Ainda que = concessão

    uma vez que = causa

  • Errei essa questão porque  não sabia  o significado de "dado que da letra A. É uma conjunção subordinativa causal, ex. visto que.

  • O comando da questão pedia o mesmo sentido.

     

    Por mais que não identificassem a conjunção subordinativa concessiva, era só fazer um cara crachá que daria certo.

     

    Abraços!

  • Raciocínio bacana sobre esse tipo de questão

    No período, há três orações, as quais estão identificadas com números:

    Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras

    1 - Geralmente gastavam pouco;

    2 - mas a caminhada foi cheia de paradas para compras;

    3 - como haviam recebido bastante na colheita do algodão;

    O segmento 1 é inicial, o segmento 2 é a oração coordenada adversativa e o segmento 3 é uma oração subordinada adverbial causal. Assim, devemos achar, dentre as alternativas, uma relação de contraste entre os segmentos 1 e 2, e uma relação de causa do segmento 3 em relação ao 2.

    Fonte: Estratégia

    Gabarito D

  • Analise quanto à força dos argumentos.

    FORTE

    FRACO

    Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras”.

    "Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas para compras, pois haviam recebido bastante na colheita do algodão."

    As adversativas atribuem força à oração onde o nexo se encontra.

    As concessivas atenuam a oração onde o nexo se encontra.


ID
1448437
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Ao se apresentarem os projetos, chegou-se à seguinte conclusão: pôr em discussão esses projetos com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos, em vista do princípio geral que vem julgando os mesmos projetos".

Transcrevendo o texto, substituindo as expressões sublinhadas por pronomes pessoais que lhes sejam correspondentes e efetuando as alterações necessárias, as formas adequadas seriam, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)

    Deve-se ser observado uso pronominal:


    Pôr- esses projetos = Pô-los

    Julgar desses projetos = Julgar-lhes

    Que vem julgando - os mesmos 

    Projetos = que os vem julgando

    O "que" é atrativo de próclise

  • Questão de reescritura, solicitando a substituição dos pronomes oblíquos átonos. A única possibilidade é a alternativa:

    (A) pô-los / julgar-lhes / os vem julgando

    Pôr esses projetos => pô-los (verbos terminados em –r/-s-z perdem essa terminação ao se unir com o pronome oblíquo átono)

    Julgar o valor desses projetos => julgar-lhes

    Que vem julgando os mesmos projetos => que os vem julgando ( o pronome “que” atrai o pronome oblíquo átono, provocando a próclise)
  • Alguém saberia explicar por qual motivo a lestra D está errada?

  • Tá errada porque pronomes retos, para que possam ficar depois do verbo, e considerando a ordem direta da frase, têm que estar preposicionados (ex.: a eles), o que não é o caso da alternativa. 

  • Gabarito A : Stenio, por em discussao eles (projetos) nao soa legal ,veja, por em discussao OS (projetos) Lembre-se, Colocação pronominal tem que soar bem...

  • Caro Stênio, o verbo pôr, no sentido sentido de colocar, é transitivo direto e indireto( Pôr alguma coisa em, pôr algo a).
    No entanto, como o verbo está no início da oração não aceita próclise. O uso da da mesóclise não é correto neste caso. Cabendo o uso da ênclise. E, como o verbo é terminado por R, usá-se a regra do R,S ou Z. Palavras terminadas com as consoantes anteriores, retirá-se o R,S ou Z e coloca o L. Ao invés de "PÔR - O" ficará "PÔ- LO".  
    Espero ter ajudado!
  • Alguém pode me explicar porque "julgar-lhes"? "Julgar" não é verbo transitivo direto? E por tanto não seria "julgá-los" ou "julgar melhor o seu valor"?


    Eu aprendi assim:

    VTD > los/las

    VTI > lhe


    Tá errado? 

  • Em relação  a letra C "  julgar melhor o seu valor " o pronome possessivo "seu" causa ambiguidade entre "esses projetos" e " os menos caros". 

  • em "julgar-lhes" o "lhes" seria por ser oriundo da preposição "de" em "desses projetos"?? alguem saberia explicar?

  • A explicação dessa maldita questão está nessa página:

    http://www.portuguescomdudanogueira.com.br/artigos/186-treino-cespe-e-fgv-1401

  • O ponto chave aqui é lembrar que os pronomes oblíquos podem ter valor semântico de posse. Por isso a letra A é a correta quando coloca julgar-lhes como equivalente a julgar seu valor.


  • LETRA A (Fiz a questão analisando com as alternativas)

    "...Pôr em discussão esses projetos..." 

    É preciso analisar o verbo "pôr." Verbos terminados em R, Z e S (pra quem gosta de RAP e já ouviu RZO ajuda, pois é só lembrar do grupo, tirar o "O" e acrescentar o "S" kkk, meu macete), enfim, corta-se a última letra e acrescente lo(a) (s). Sendo assim ficará...

    Pôr = Pô-lo (no caso, esses projetos estão no plural, ficando los).

    Pô-los.

    "...em vista do princípio geral que vem julgando os mesmos projetos". 

    Aqui será próclise, pois, o que (negrito) é palavra atrativa, desta forma, irá puxar para antes do verbo o pronoome oblíquo "os", ficando desta forma: Em vista do princípio geral que os vem julgando.

    Analisando com as alternativas, nos resta a letra A
     

     

     

  • EXPLICANDO A QUESTÃO :

    PÔR - esses projetos é OD; o,a,os,as quando precedidos de verbos terminados em R,S E Z. Corta essas consoantes e substitui por lo,la,los e las. ficando assim Pô-los.

    Lhe - pronome que assumi OI = desses projetos, o uso da preposição DE

     OS VEM JULGANDO - O pronome os ficou antes do verbo por o "que" sempre atrai, independente de ser conjunção integrante ou pronome relativo. (Próclise).  Além da palavra atrativa "que", verbo auxiliar + particípio não aceita pronome depois do verbo no participio ! E não ficou "Vem os julgando" fator atrativo da palavra que !

     

     

  • Sandra Tretin, está certo seu posicionamento. Mas o LHE pode vir também com a ideia de posse.

    Roubaram o livro dele. ---------------> Roubaram-lhe o livro.

    ...equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos. ---------------------> ... julgar-lhes melhor o valor. (julgar o valor deles, dos projetos, seu valor).

  • Fui com tanta certeza na C :(
  • O "que" atrativo já elimina 3 assertivas, restando apenas a correta e a "D".

  • “Ao se apresentarem os projetos, chegou-se à seguinte conclusão: pôr em discussão esses projetos / pô-los com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos / julgar-lhes / julgar melhor o seu valor / julgar-lhes, em vista do princípio geral que vem julgando os mesmos projetos/os vem julgando / vem julgando-os / os vem julgando / vem julgando-os;". 

     

     a) pô-los / julgar-lhes / os vem julgando;

  • Professor se enrolou nessa explicação

  • pôr em discussão esses projetos

    Pôr em discussão o quê? VTD então não aceita LHE. Como é terminado em R a terminação será -los. Pô-los.

    ...a julgar melhor o valor desses projetos,

    julgar melhor o valor de que? Objeto indireto, então será -LHES.

    ...princípio geral que vem julgando os mesmos projetos".

    Julgando o que? O.D então será "os", porém possui a partícula que que atrai próclise.

  • mesmo depois da explicação do iranildo, ñ entendi a 2 alteração

  • Vamos lá: se o verbo termina em R, S ou Z, essa consoante é eliminada e os pronomes o, a, os, as, viram lo, la, los, las. Então, termos: “pôr” + “os projetos=os”: pô-los. Ficaremos entre A e C.

    Podemos usar o pronome “lhe” com valor possessivo: julgar o valor desses projetos>>>julgar-lhes o valor (o valor deles). Na letra C, a banca sugeriu um possessivo (“seu valor”), o que faria sentido, se o enunciado não tivesse dito “pronome pessoal”.

    Além disso, a colocação pronominal correta é “ que os vem julgando”, pois o “que” é palavra atrativa.

    Gabarito letra A.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • O e A são formas pronominais diretas, na maior parte do tempo são empregadas para retomar termos NÃO introduzidos por preposições.

    "esses projetos"

    LHE é uma forma pronominal indireta, retoma termos que SÃO introduzidos por uma preposição.

    "desses (de+esses) projetos"

  • pôr= verbo

    por= preposição

  • “Ao se apresentarem os projetos, chegou-se à seguinte conclusão: pôr em discussão esses projetos com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos, em vista do princípio geral que vem julgando os mesmos projetos".

    pô-los / julgar-lhes / os vem julgando;

    Reescrita:

    ... pô-los em discussão com outros menos caros equivaleria a julgar-lhes (predicativo do objeto direto) o valor, em vista do princípio geral que os vem julgando.

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ID
1448440
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)

    a) Discordar (de)

    b) Integrar-se (a)

    c) Onde - lugar fixo

    d) Inconsciente (de) 

  • Não entendi muito bem essa crase em "à aventura", ele inverteu a ordem na última citação?? obs: acertei por eliminação.

  • Onde e aonde são palavras que indicam lugar, entretanto, é preciso entender algumas particularidades. Acompanhe:


    1 - Onde: pode ser pronome relativo (quando introduz uma oração subordinada adjetiva) ou advérbio interrogativo (frases interrogativas). Em ambos os casos, indica localização. Entretanto, quando for pronome relativo, poderá ser substituído por “em que”, o que não acontece quando é um advérbio. Além disso, quando for pronome relativo, fará parte de um período composto, ou seja, terá pelo menos duas orações, já que as orações adjetivas compõem um dos tipos do período composto por subordinação;

    2 - A função sintática do relativo “onde” é sempre de adjunto adverbial de lugar, portanto, muito cuidado com o uso indiscriminado dessa palavra. É um absurdo, mas ela é tida como “coringa” para muitos, quando não se sabe que relativo utilizar, eis que surge a “palavrinha mágica”, como se essa possuísse múltiplas funções. Cuidado! Atente para isso, sua função é de adjunto adverbial de lugar, portanto, só deve ser utilizada nesse caso;

    3 -  Os verbos que devem ser utilizados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que esse termo aparece são os que indicam estado ou permanência. Veja alguns exemplos:

    Não sei onde estou.
    Moro na rua onde fica o SAMU.
    Onde coloquei o celular?

    4 - Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de localização, mas quando transmitir a ideia de movimento.  Portanto, preste atenção aos verbos, pois os que indicam movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.


    http://www.portugues.com.br/gramatica/usos-onde-aonde.html

  • Qual o erro da letra D?

  • Boa noite a todos. Osmar Neto, errei a questão, mas após ver o gabarito também fiquei com essa impressão. Vamos indicar essa questão para comentário de professores.

  • (E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. [O verbo “preferir”, nesse contexto, é VTDI – prefiro olazer (OD) ao descanso e à aventura (OI)].

  • Também não entendi o erro da letra D

  • Gente, e esse "a tranquilidade" solto na final da letra e? Não entendi. Acabei marcando a letra a e fui pego pela pegadinha Concordo com / Discordo de

  • Ana e Alessandra, acredito que o erro da letra D consiste no complemento da palavra inconsciente. Nesse caso seria inconsciente "de alguma coisa" e não "com alguma coisa". A frase correta seria ... "inconsciente da limpeza do local"

    Espero ter ajudado. 

  • Gláucio Saraiva, também não entendi esse "a tranquilidade" no final da frase da letra "e"... O que compreendi foi que o regulamento possibilita preferir "o amor ao interesse e à aventura", isto é, priorizar o amor em detrimento do interesse e da aventura, mas A tranquilidade? Esse "A" me parece um simples artigo, não uma preposição.

  • José Schenato, na minha opinião é isso mesmo. O "A" funciona como artigo. O que entendi da frase foi que o regulamento permite que você prefira a tranquilidade à aventura.

  • Marcelo Panunto, acho que você se equivocou ao concluir que o regulamento permite que se "prefira a tranquilidade à aventura". Minha interpretação é: o permitido é preferir-se o amor ao interesse e, TAMBÉM, à aventura. Em outras palavras, o amor prevalece sobre o interesse e, também, sobre a aventura! Assim, o "a tranquilidade" do final da frase fica, a meu ver, sem sentido, solto. Ou será que o meu entendimento que está equivocado? Que frase mais confusa!...

  • Amigos, a palavra TRANQUILIDADE no final indica o fechamento do que se espera conseguir. O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, OU SEJA,  A TRANQUILIDADE.

    O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.


  • Fernando Santos, entendi sua explicação, mas acho que se "A TRANQUILIDADE" fosse um fechamento, um encerramento do que se expressou, o autor da frase teria usado um travessão (não uma simples vírgula), e a última parte seria: "...um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura - a tranquilidade."

    Essa questão bem merece ser comentada por professores do site, não acham?

  • O VERBO preferir tem dupla regência - prefere algo (VTD) a (prep) alguma coisa (VTI), a banca só deslocou o último termo antecedendo-o ao primeiro, por isso o uso da vírgula - reparem a crase de à aventura (esse é o segundo termo deslocado marcado pela vírgula).

     - "e à aventura, a tranquilidade".

    trazendo para posição natural: e  a tranquilidade à aventura.

    e)O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.

  • Andre Pinheiro, entendo e concordo com sua explicação, isto é, sobre o deslocamento do termo (“e à aventura, a tranquilidade”), mas a ausência de vírgula depois da palavra “interesse” torna dúbio o sentido, já que se pode também interpretar como uma prevalência do amor sobre o interesse e, TAMBÉM, sobre a aventura! Para que não houvesse ambiguidade, melhor seria: ... o amor ao interesse, e à aventura, a tranquilidade.

  • Tb acho jose
  • José, entendo sua dúvida. Mas é justamente a crase em "à aventura" que não deixa dúbio, conforme explicou perfeitamente o andre pinheiro.

  • Letra E. Ordem direta: "O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e a  tranquilidade à aventura".

  • E) "...preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura..."


    A crase está indicando a omissão de "o amor", a frase poderia ser assim: 


    "...preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e o amor a aventura..."

  •  Acho que ao mudar a ordem do discurso da última comparação, o "à aventura" deveria ter ficado entre vírgulas, assim: "O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse  e, à aventura, a  tranquilidade ".

  • Maurício Fontana, tivemos praticamente o mesmo raciocínio no que se refere à colocação da vírgula. Veja meu comentário abaixo.

  • Alguem, poderia explicar como ficaria a letra B ........ 

  • Pelo que eu entendi, na letra a o erro estão na preposição com, que deveria ser substituído por de que somado com o artigo o ficaria do que discordava. Na letra b o verbo integrar pede a preposição ao. Então substitui do qual por ao qual. Na letra C o termo aonde deve ser usado quando tem-se idéia de movimento, logo deve ser substituído por onde. Na letra d o termo inconsciente vem de consciente que pede a preposição de. Então no lugar de com a seria da.  Se eu tiver errado me corrijam, por favor. 

  • A - discordar (de)
    B - Integrar-se (a)
    C - Onde (sem movimento)
    D - Inconsciente (de)
    E - Correta, pois a regência é (preferir algo a)

  • Achei que a construção da letra E afetou o paralelismo da frase. Alguém concorda?

  • Alguém pode me explicar por que na letra 'b' faz a concordância com o verbo 'integrar' e não com o verbo 'pedir' ? 

    E também se na letra 'A', ' com o que discordava a grande maioria.' o erro está somente no 'com o que', corrigindo para 'de que discordava' ou depois do verbo 'discordava' também preciso concordar com ele. 'de que discordava DA grande maioria'? Como eu sei se preciso concordar o que vem antes (anafórico) ou o que vem depois (catafórico) ou os dois. 

  • A letra C também está com crase incorreta.

  • Letra E.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (A) está errada, pois o verbo “discordava” rege a preposição “de”. Note que o pronome demonstrativo “o”

    precede o pronome relativo “que” e retoma toda a informação anterior. Sintaticamente, ele é o aposto recapitulativo, sobre

    o qual comentamos em nossa aula de sintaxe da oração. Veja a correção:

    O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, do que discordava a grande

    maioria.

     

    A alternativa (B) está errada, pois o verbo “integrar” é transitivo direto e seu objeto direto não é precedido da preposição “de”.

    Veja a correção:

    Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, o qual não pediu para integrar,

    a situação dos demais era tranquila.

    A alternativa (C) está errada, pois o verbo “escolhem” não rege a preposição “a”. Assim, devemos excluir tal preposição

    de “aonde”. Além disso, o verbo “dando” rege a preposição “a”, mas o substantivo masculino plural “locais” não admite o

    artigo “a”, por isso não pode haver crase. Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente
    onde trabalhar, dando prioridade a locais de mais fácil acesso.

     

    A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “inconsciente” rege a preposição “de”. Veja a correção:

    Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador inconsciente da limpeza do local.

     

    A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e indireto. Há uma sequência de objetos direto e indireto,

    respectivamente. Mas preste atenção, pois o autor, por estilo, preferiu trocar a ordem dos últimos complementos verbais.

    Assim, “à aventura” é o objeto indireto e “a tranquilidade” é o objeto direto. (preferir a tranquilidade à aventura). É claro
    que a vírgula entre os dois termos seria uma incorreção gramatical, porém tal vírgula não foi alvo da questão, além de ela

    poder ser entendida como omissão do verbo “preferir”, tendo em vista a ênfase na troca dos termos.
    O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
    O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura (preferir) a

    tranquilidade.

     

     

    Gabarito: E

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Meus caros escoteiros do saber, acho que minha visão está bloqueada. Não achei inteligível a estrutura "O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso [...]". Como? O quê? "Conseguir-se um dia preferir"?

  • eu só tenho uma coisa a dizer: eu odeio essa FVG

  • Coloquem o Alexandre Soares para comentar tudo, por favor!!! Muito melhor que o Arenildo que faz tudo correndo como se tudo fosse super simples e dificilmente explica bem uma questão. 

  • Pense num examinador endemoniado!! kkkkkkkkkkkkkk

  • amo qdo a fgv faz este tipo de questão

    porém...... p cada uma destas, vêm 100 daquelas q a gente conhece bem

  • a)O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.

    Quem discorda, discorda de...

     b)Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais era tranquila.

    Quem integra, integra algo... errado a preposição "do".

     c)Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil acesso.

    Quem trabalha, trabalha em algum lugar = em (onde)

     d)Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por outro morador inconsciente com a limpeza do local.

    Quem é inconsciente, é inconsciente de...

     e)O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.

    Quem prefere, prefere uma coisa a outra...

  • Comentário do professor Alexandre Soares está excelente. 

    Ficou simples a questão. 

     

  • Essa questão é linda, ela cobra do candidato ao mesmo tempo, três coisas:

    1) questão preposicional 
    2) emprego da Crase 
    3) Paralelismo 


    Parabéns FGV 

  • É uma questão daquelas cabeludas que mesmo depois de marcar nos deixa com uma pulga atrás da orelha, ou melhor, uma orelha atrás da pulga. Irei me centrar só na alternativa correta e levantar os pontos que me chamaram a atenção:

    "O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade".

    De fato preferir é VTDI regido pela preposição "a" e a partir dessa informação vou decompô-lo ao longo do período:

    OD = objeto direto

    OI = objeto indireto

    Preferir o lazer ao descanso.

    Preferir o amor ao interesse.

    Preferir à aventura, a tranquilidade.

    À maneira como os colegas e professores fizeram a leitura das orações até faz sentido, no entanto, o que me impediria de decompô-la também desta maneira?

    Preferir o lazer ao descanso.

    Preferir o amor ao interesse E à aventura.

    Preferir a tranquilidade.

    Acho totalmente possível tal decomposição dos períodos, pois a vírgula entre os dois objetos "à aventura" e "a tranquilidade" encerra uma oração e, portanto, poderíamos, por que não, termos um verbo preferir VTD no encerramento do período? Afinal, essa seria uma de suas facetas.

  • ALTERNATIVA A – ERRADA – O verbo “discordar” pede objeto indireto, introduzido pela preposição DE, que deve ser posicionada antes do relativo QUE, resultando na construção “DE QUE”.

    ALTERNATIVA B – ERRADA – O verbo “integrar” pede objeto direto, o que torna errada a preposição DE posicionada antes do relativo O QUAL.

    ALTERNATIVA C – ERRADA – O verbo “trabalhar” pede adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição EM. Dessa forma, deve-se empregar a forma ONDE, justamente a utilizada por verbos que solicitam a ideia de lugar introduzida pela preposição EM. Já a forma AONDE é empregada para verbos que solicitam a ideia de lugar introduzida pela preposição A.

    ALTERNATIVA D – ERRADA – O nome “inconsciente” pede complemento introduzido pela preposição DE, e não por COM.

    ALTERNATIVA E – CERTA – De fato! O verbo “preferir” solicita a regência da preposição A.

    Resposta: E

  • Alguém pode me dizer o que é o "conseguir-se"? Pois está no infinitivo (conseguir) + SE, eu não sei qual regra gramatical esta estrutura se encaixa, me parece errado o uso. Qual regra gramatical rege o "conseguir-se" para estar certo?

  • Pessoal; "a tranquilidade" é um elemento que compõe a oposição de "aventura". E com relação à AVENTURA, PREFIRO a TRANQUILIDADE

  • Com o comentário do Professor Alexandre Soares fica fácil.

  • Questão dificilima

  • Nossa, o pessoal por aqui vai pelo caminho mais complicado......

  • O erro no item "B" é referente ao termo "do qual" que deveria ser substituído pelo "o qual", ou o verbo "integrar" que deveria estar acompanhado da partícula "se"?


ID
1448443
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado o que aparece na frase:

Alternativas
Comentários
  • Alguém saberia informar por que a alternativa A está errada?

  • Letra (c)

    a) quer que cresça
    b) Prejudicasse  d) Transpuser  e) Esforcem 
  • Também não entendi o erro da letra A.

  • Pessoal. Vamos comentar as questões justificando os erros.
    Infelizmente, tem gente que vê o gabarito e depois inventa a resposta. Assim é mole !!!
      

  • Penso que o erro da letra A está não na conjugação errada do verbo crescer, mas na própria escolha do verbo crescer. A utilização do verbo "aumentar" no infinitivo é a melhor opção para a frase.

    O atual síndico quer aumentar a arrecadação de condomínios em cerca de 40%.


  • GABARITO: C

    Se fazer cálculos sobre os resultados do concurso já era difícil, agora tornou-se mais problemático. Eis as seguintes correções das demais alternativas:

    (A) Deveria ser “aumentar”, “majorar”.

    (B) Deveria ser “prejudicasse”. (Pretérito Imperfeito do Subjuntivo)

    (D) Deveria ser “quando ele transpuser”

    (E) Deveria ser “que os jogadores se esforcem” (Presente do Subjuntivo)


  • http://www.marcelorosenthal.com/416806446

    Esse link comenta a questão, inclusive, o erro da alternativa "a".

  • a) uso do verbo crescer está errado. 

    O verbo aumentar seria o certo.

    b) prejudicou - errado

    prejudicasse (pretérito imperfeito do subjuntivo - certo)

    c) opção certa

    d) transpor - errado 

    transpuser (futuro do subjuntivo - certo)

    e) esforçam - errado 

    esforcem (presente do subjuntivo certo)

  • Crescer é verbo intransitivo, amiguinhos. Se puser um objeto direto na frente dele vai tá errado mesmo. Quem cresce, não cresce alguma coisa. Apenas cresce.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    Esta questão não nos cobra apenas a flexão verbal, mas também a adequação sintático-semântica do vocábulo, além

    da correlação do tempo verbal.

     

    A alternativa (A) está errada, porque o verbo “crescer” é intransitivo (algo cresce) e está sendo utilizado como transitivo

    direto (alguém cresce algo). Assim, a banca chama a atenção da necessidade de uma adequação sintática e semântica e

    devemos inserir um verbo que sugira a ideia de aumento por meio da ação do síndico. Uma sugestão é o verbo “aumentar”.
    Veja a correção:
    O atual síndico quer aumentar a arrecadação de condomínios em cerca de 40%.

     

     

    A alternativa (B) está errada, pois a locução conjuntiva adverbial concessiva “sem que” exige verbo no modo subjuntivo.

    Como a oração principal possui o pretérito perfeito do indicativo “participaram”, devemos inserir o pretérito imperfeito do

    subjuntivo “prejudicasse”. Veja a correção:

    Os candidatos participaram das provas sem que a chegada com atraso prejudicasse a organização.

     

    A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “fazer” inicia a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

    “fazer cálculos sobre os resultados do concurso” (isso já era difícil). Assim, está correto o emprego do infinitivo “fazer”.

     

    A alternativa (D) está errada, pois a conjunção adverbial temporal “quando”, neste contexto, exige verbo no modo

    subjuntivo. Como a oração principal possui o futuro do presente do indicativo “ficará”, devemos inserir o futuro do subjuntivo

    “transpuser”, mesmo tempo em que se encontra o verbo “vencer”. Veja a correção:
    O treinador ficará contente quando vencer metade dos jogos e transpuser os adversários mais difíceis.

     

    A alternativa (E) está errada, pois a locução conjuntiva adverbial concessiva “Por mais que” exige verbo no modo

    subjuntivo. Como a oração principal possui o presente do indicativo “está”, devemos inserir o presente do subjuntivo

    “esforcem”. Veja a correção:

    Por mais que os jogadores se esforcem nos treinos, a colocação na tabela está cada vez pior.

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Na letra C, não li a frase até o fim...  :(

  • Letra a) correto seria Acrescer - Fazer maior ou aumentar; adicionar a algo; somar-se.

  • Na Letra A, temos a frase: O atual síndico QUER crescer.  Quem quer? o síndico. 

    Será que o verbo principal da frase é o QUER, e o crescer é Complemento Nominal ou Verbo auxiliar, ou outro bicho?

    Porque se perguntar para o termo crescer: crescer o quê? a arrecadação de condomínios; ou, perguntar: Quem cresce? R: a arrecadação de condomínios.

    Talvez, a letra A esteja errada por ser complemento nominal, substantivo, objeto direto do verbo querer ou outra coisa, sei lá. Eu só sei que tenho muito para estudar ainda. Desculpem se escrevi bobagem.

  • a) deveria ser '' aumentar'' (VTD) no lugar de crescer (VI)

    c) adequado. Substituindo por ''se fazer'' por ''se querer é difícil poder é pior ainda''.

    d) o correto é transpuser

  • Acho que essa questão deveria ser anulada, pois a letra C também está errada:


    C) Se fazer cálculos sobre os resultados do concurso já era difícil, agora tornou-se mais problemático.

    O advérbio agora é palavra atrativa e, portanto, deveria ser configurada uma próclise nesse caso, ficando a frase desta forma:


    Se fazer cálculos sobre os resultados do concurso já era difícil, agora se tornou mais problemático.

  • Assim como o Vinicius Teixeira eu também notei um mal emprego de colocação pronominal na alternativa dita como correta:

    "(...) agora tornou-se mais problemático".

    "(...) agora se tornou mais problemático".

    Palavra atrativa gera próclise em quase todos os casos.

    De qualquer forma o enunciado se detém tão somente ao emprego do verbo em si, o que poderia justificar a manutenção do gabarito pela banca.

  • Gente, a banca não quer saber de pronomes, quer saber do verbo, se está empregado de forma correta. Parem de procurar pelo em ovo.
  • O síndico quer CRESCER cerca de 40%. O síndico quer ACRESCER EM cerca de 40%.
  • Letra C

    a) O atual síndico quer crescer a arrecadação de condomínios em cerca de 40%.

    Crescer é verbo intransitivo, não pede complemento; logo, não pode ter objeto. Se alguma coisa cresce, alguma coisa é sujeito, não objeto direto.

    b) Os candidatos participaram das provas sem que a chegada com atraso prejudicou prejudicasse a organização.

    c) Se fazer cálculos sobre os resultados do concurso já era difícil, agora tornou-se mais problemático.

    Fazer é infinitivo na função de sujeito dos verbos “era” e “tornou-se”. CERTO

    d) O treinador ficará contente quando vencer metade dos jogos e transpor transpuser os adversários mais difíceis.

    A conjunção quando leva o verbo para o subjuntivo. Transpor é derivado de Pôr: quando eu puser, quando eu transpuser.

    e) Por mais que os jogadores se esforçam esforcem nos treinos, a colocação na tabela está cada vez pior.

    “Por mais que” é conjunção subordinativa concessiva, leva o verbo para o subjuntivo, que eles se esforcem.

  • Por que a letra A não é a correta?


ID
1448446
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A ordem constitucional de 1988, mantendo a tradição brasileira, seguiu o sistema federativo. Assim, a existência de uma Constituição Federal denota que:

Alternativas
Comentários
  • GAB. "D".

    Descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a situação dos Estados- membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios. Cada um desses entes locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. 

    FONTE: Maria Sylvia Di Pietro.

  • Letra (d)


    Descentralização Política - Ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central. São titulares das atividades jurídicas, de maneira originária e sendo assim, não carece de delegação nem de concessão do governo central.A República Federativa do Brasil, que mantém relações com outros países da comunidade internacional, é caracterizada por sua unidade. Acontece que, internamente, tem personalidade jurídica de direito público, constituindo-se em uma pessoa capaz de adquirir direitos e obrigações.


    Assim sendo, embora seja indivisível o Estado Brasileiro, houve por bem reparti-lo em várias pessoas jurídicas de direito público interno com o fito de distribuir as diversas atividades estatais. Constituíram-se, assim, as pessoas políticas: União, Estados-membros, Distrito Federal e os Municípios que, dentro de seus limites territoriais, detém uma parcela de competência legislativa.


    Dessa descentralização política pretendeu-se criar entes que pudessem criar suas próprias leis, disciplinando, assim, as atividades que a Constituição lhes atribuiu. Cada ente, por exemplo a União, tem competência legislativa para criar seus impostos, da mesma forma os Estados e Municípios, sendo que é defeso a qualquer uma deles interferir na competência do outro. É o que determina o art. 18 da CF ao definir a organização político-administrativa do República Federativa do Brasil, conferindo, ao final, autonomia às suas pessoas políticas.


    Autonomia para legislar, para gerir seus recursos financeiros arrecadados, enfim, cada um possui atribuições que não será, salvo casos que a própria Constituição prevê, alvo de interferência de outro. Como exemplo: "O Estado de São Paulo não poderá criar lei que é de competência do Município de Santos, e vice-versa". Em suma, a descentralização política consiste na criação de entes com personalidade jurídica que possuem competência legislativa dentro de seu âmbito territorial.


  • A - todos os entes federados estão submetidos aos comandos estatuídos pela União, somente podendo legislar quando autorizados por esta; INCORRETO, pois a União é um ente federado, tal como os estados e os municípios, não existindo relação hierárquica entre eles.

    B - a união dos entes federados é provisória, podendo ser dissolvida sempre que for o desejo do povo, que pode ser consultado em plebiscito; INCORRETO, pois a união (com "u" minúsculo) entre a União (com "u" maiúsculo = ente federado), os Estado e Municípios é indissolúvel, isto é, permanente.

    C - todos os entes federados contam com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si; INCORRETO, pois os municípios têm apenas Legislativo (vereadores - Câmara municipal) e Executivo (prefeitos).

    D - existe uma descentralização política entre os entes federados, que exercem as competências ali previstas; CORRETA, vide comentários dos colegas.

    E - existe uma união indissolúvel entre Estados, Municípios, Territórios e o Distrito Federal. INCORRETO, pois os territórios não fazem parte da federação, isto é, não é ente federado.
  • Vão direto à resposta do Valdivino, as outras são encheção de linguiça.

  • Letra D.

     

    Impressão minha ou a FGV adora enfiar os Territórios em tudo? Mas vá!

  • -
    marquei C, que pegadinha! Questão boa!

    GAB: D

  • Quanto à ordem constitucional brasileira de 1988:

    a) INCORRETA. Não há relação de hierarquia entre os entes federados, todos têm a possibilidade de auto-legislação, seguindo o estabelecido na CF.

    b) INCORRETA. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Art. 1º, caput.

    c) INCORRETA. Os Municípios não possuem Poder Judiciário.

    d) CORRETA. Quando o Estado detém o poder político em um ente central e este poder é descentralizado em outros entes para melhora na organização político-administrativa do País, ocorre a descentralização politica.

    e) INCORRETA. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Os Territórios não são considerados entes federados, apenas descentralizações administrativas da União.

    Gabarito do professor: letra D.
  • Letra D . Questao boa

  • ERRO DA (C) Os Municípios não possuem Poder Judiciário. "MUNICÍPIO" E UM ENTE FEDERADO, MAS NÃO TEM JUDICIÁRIO.

    (D) CORRETA. Quando o Estado detém o poder político em um ente central e este poder é descentralizado em outros entes para melhora na organização político-administrativa do País, ocorre a descentralização politica.

  • Na federação, há uma união indissolúvel de entes autônomos, que tem como fundamento uma Constituição, a qual consagra e protege o pacto federativo contra violações. Assim, a federação não pode ser desmantelada: não há direito de secessão.

  • segunda vez que eu erro em menos de uma semana

  • Descentralização política: acontece em Estado federal, em que o poder político está territorialmente descentralizado, autonomia política e existe uma pluralidade de ordenamentos jurídicos. O Brasil adota.

  • Era só lembrar que não existe Poder Judiciário Municipal


ID
1448449
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A partir das diretrizes constitucionais a respeito da estruturação dos tribunais dos Estados, analise as afirmativas abaixo:

I – O Tribunal de Justiça sempre funcionará de forma centralizada, sendo vedado o aumento da despesa pública com a criação de órgãos colegiados fora da capital do Estado.

II – O Tribunal de Justiça deve ter as suas competências definidas na Constituição da República, o que assegura a unidade de organização entre todos os Estados da Federação.

III – É facultado ao Tribunal de Justiça propor, ao Poder Legislativo, a criação da Justiça Militar estadual, que pode contar com um Tribunal de Justiça Militar como órgão de segundo grau.

Está correto somente o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    apenas a assertiva III está de acordo com a CF/88:

    (Art. 125) § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.


    O erro do item I:

    (Ainda no art. 125)

    § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 


    item II

    § 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.


    #vamosnafé #FazerDarCertoAtéDarCerto

  • Letra (c)


    Art125 § 3º - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação da EC 45/2004)


    “O quinto constitucional previsto para o provimento de lugares em Tribunal, quando eventualmente não observado, não gera nulidade do julgado, máxime em razão da ilegitimidade da parte para questionar os critérios de preenchimento das vagas nos órgãos do Judiciário, mercê da incidência do princípio pas de nullité sans grief, consagrado no art. 499 do CPPM (...).” (RE 484.388, Rel. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgamento em 13-10-2011, Plenário, DJE de 13-3-2012.)


    "A competência em razão da matéria é definida pela Lei de Organização Judiciária, salvo a do Tribunal do Júri (CPC, art. 91, e CPP, art. 74). Criação da Vara de Auditoria Militar a ser provida por juiz de direito, que durante o exercício da função fica com a denominação de Auditor Militar Estadual, sendo-lhe facultado voltar a exercer o cargo primitivo. A lei estadual pode conferir ao juiz, enquanto no desempenho das funções próprias da Vara de Auditoria Militar, outras atribuições, como a de cumprir cartas precatórias da Justiça Penal comum." (ADI 1.218, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-9-2002, Plenário, DJ de 8-11-2002.) No mesmo sentido: RHC 85.025, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 8-3-2005, Primeira Turma, DJ de 10-11-2006.


    "O art. 146 do CPPM, que prevê o julgamento pelo STM de recurso interposto pelo Parquet em arguição de incompetência, aplica-se exclusivamente aos processos em curso perante a Justiça Militar federal. O julgamento de tais recursos, quando interpostos em processos sujeitos à Justiça Militar estadual, são da competência do Tribunal de Justiça, ou do Tribunal de Justiça Militar estadual quando existente na unidade federada (art. 125 da Constituição)." (CC 7.086, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 13-9-2000, Plenário, DJ de 27-10-2000.)


    "Inconstitucionalidade formal, porque, pelo disposto no art. 125, § 3º, da CF, há expressa reserva constitucional federal em favor da lei ordinária estadual, de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça, para criação da Justiça Militar estadual, e, sendo certo que, competindo a essa lei ordinária a criação dessa Justiça a ela também compete a sua organização e a sua extinção, não pode a Carta Magna estadual criar, ou manter a criação já existente, organizar ou extinguir a Justiça Militar estadual." (ADI 725, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 15-12-1997, Plenário, DJ de 4-9-1998.) No mesmo sentido: ADI 471, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-4-2008, Plenário, DJE de 29-8-2008.


  • Questão muito mal elaborada, haja vista que pode até ser facultativo a criação do Tribunal Militar, mas tem outro requisito não citado no enunciado que o efetivo militar seja acima de 20 mil.

  • Quais tribunais poderão funcionar descentralizadamente e instalarão a justiça itinerante?



    ===> TJ, TRF e TRT.

  • A Constituição autoriza a criação de Câmaras Regionais dos TJs. A competência da Justiça Estadual não está definida pela CF, visto que a justiça estadual fica com o que sobra(é definida competências das justiças federal, do trabalho e eleitoral). Questão mal formulada, pois para a criação da Justiça Militar de 2º grau é preciso um efetivo >20 mil.

  • A justiça itinerante é quando um juiz sai do ambiente do fórum a fim de realizar audiências com a população ou prestar informações,é quando eventualmente a justiça vai até o cidadão(de costume o cidadão vai à justiça)  é tipo o ônibus da judiciário que a cada dia para em algum lugar  entendeu? Salvo engano, nenhum tipo de justiça (estadual, federal ou trabalho) está impedida de atuar de forma itinerante. Também facilitar o acesso da população à justiça, a Constituição  Federal autoriza a justiça estadual instalar órgãos 2ª instância fora da capital do Estado, isto é uma descentralização do Tribunal de Justiça. Existe também a margem constitucional para que a justiça estadual absorva competências da justiça federal e do trabalho, nas comarcas onde não existam vara federal ou trabalhista, cabendo recurso da decisão ao TRF ou TRT, conforme ocaso. Tudo para facilitar o acesso à justiça.

  • Art. 125 §1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

    A questão não está mal formulada, pois o §3º do art.125 inicia da seguinte forma: A lei estadual poderá criar... em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

    Poderá, logo, é facultativo.

    Bons estudos!

  • Gabarito: C

    I Errada: Art. 125, § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionando à justiça em todas as fases do processo.

    II Errada: Art. 125, § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

    III Certa: Art. 125, § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça a Justiça Militar estadual
         a) constituida em primeiro grau pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça, 
         b) e em segundo grau, pelo próprio TJ ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
                                        
     

  • Quanto aos tribunais estaduais, conforme o estabelecido na Constituição Federal de 1988:

    I - INCORRETA. O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo, conforme art. 125, §6º.

    II - INCORRETA. A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado. Art. 125, §1º.

    III - CORRETA. Conforme art. 125, §3º.

    Somente a alternativa III está correta. 

    Gabarito do professor: letra C.
  • I - SEMPRE não....pode ser criado câmaras descenttalizadas regionais. II- na CFRB não, é na CE. III - perfeito.

ID
1448452
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Bernardo e Paulo estavam prestes a ser nomeados para ocupar cargos públicos no Estado de Santa Catarina, sendo certo que o primeiro ocuparia um cargo de professor, já que fora aprovado em concurso público, e, o segundo, um cargo em comissão. O Chefe da Diretoria de Pessoal comunicou que ambos estavam obrigados a apresentar declaração de bens por ocasião de sua posse, acrescendo que a declaração de Paulo seria publicada no órgão oficial do Estado. É possível afirmar, à luz da Constituição do Estado de Santa Catarina, que a conduta do Chefe da Diretoria de Pessoal é:

Alternativas
Comentários
  • Por favor, alguém comente essa resposta.

  • Constituição Estaduais ou Lei Orgânica devem ser estudadas mais próximas do concurso, quase sempre, com autorização ou até com edital aberto. 

    Constituição do Estado de Santa Catarina Art. 22∗— Todo o agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
    Parágrafo único. É obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de bens dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por ocasião da posse, exoneração, aposentadoria ou término do mandato.
  • GAB LETRA A

     a)

    constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;

  • Os agentes publicos sempre terão de declarar seus bens, de modo, a identificar agentes que estão inriquecendo ilicitamente, mediante fraudes ou esquemas dentro do governo. Por isso, elimina-se duas opções já.

     

    A) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;

    Corretissima, todos os agentes devem declarar, e os cargos de chefia e comissão mais ainda, devem ser declarados.

     

    B) constitucional, pois o princípio da hierarquia autoriza que cada órgão administrativo defina as regras de conduta a serem observadas pelos agentes públicos inseridos em sua estrutura;

    Não existe issode que cada órgão tenha suas proprias regras, há um modelo a ser seguido, podendo haver certas alterações, entretanto, deve haver uma padronização, dando maior segurança para os seus usuários.

     

    C) constitucional, pois o direito à intimidade não pode ser invocado pelos agentes públicos, adstritos que estão, em todos os atos de sua vida, ao princípio da publicidade.

    Até de início pensei que era esta a correta, entretanto, raciocinando um pouco. Há varios casos onde a intimidade e dados pessoais podem ser restritos, conforme a CF88 prevê no seu artigo 5º: LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    Além disso, não me recordo qual julgado agora é, porem, há uma ADI onde foi solicitado a ocultação dos valores por parte dos servidores, onde o STF indeferiu o pedido, alegando que seus salarios não devem ser excluidos da transparencia governamental. O princípio da publicidade dos atos administrativos prevaleceu sobre o direito á intimidade, vida privada e segurança dos servidores municipais: 

  • Gab. A correta

    Art. 22. Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.

    Parágrafo único. É obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de bens dos ocupantes de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por ocasião da posse, exoneração, aposentadoria ou término de mandato. ().

    (..) constitucional, pois todo agente público deve apresentar declaração de bens por ocasião da posse, mas somente a declaração do ocupante de cargo em comissão é publicada;


ID
1448455
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Paulo, presidente da mais importante empresa pública do Estado de Santa Catarina, foi acusado da prática de crime de responsabilidade perante o Tribunal de Justiça desse Estado. Considerando as normas válidas e eficazes da Constituição do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar que o Tribunal de Justiça:

Alternativas
Comentários
  • Art. 83. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:

    XI - processar e julgar, originariamente:

    b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os secretários de Estado, salvo a hipótese prevista no art. 75, os juízes e os membros do Ministério Público, os prefeitos, bem como os titulares de fundações, autarquias e empresas públicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (NR) (Redação dada pela EC/42, de 2005). 

  • GABARITO ESTÁ ERRADO.

    A correta seria a letra C.

    Art. 83 Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:

    XI - processar e julgar, originariamente:

    b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os secretários de Estado, salvo a hipótese prevista no art. 75, os juízes e os membros do Ministério Público, os prefeitos, bem como os titulares de fundações, autarquias e empresas públicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42/2005)

  • Victor Oliveira, a questão está correta, tendo em vista que foi declarado INCONSTITUCIONAL a parte grifada da alínea "b" em 2012. A questão é de 2015. Portanto, está correto o gabarito. Veja:

     

    Art. 83. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:

    XI - processar e julgar, originariamente:

    b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Secretários 
    de Estado, salvo a hipótese prevista  no art. 75, os juízes e 
    os  membros  do  Ministério  Público,  os  Prefeitos,  bem 
    como  os  titulares  de  Fundações,  Autarquias  e  Empresas 
    Públicas,  nos  crimes  de  responsabilidade
    ,  ressalvada  a 
    competência da Justiça Eleitoral;

    ADI nº 3279 - Declarada a inconstitucionalidade da expressão grifada (15.02.2012)


     


ID
1448458
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A disciplina estabelecida na Constituição do Estado de Santa Catarina, afeta à Administração Pública estadual, permite afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gab Letra B!
    As sociedades de economia mista são regidas pela lei civil (Lei das S/A – Lei federal nº 6.404, de 15/12/1976) e pela legislação do ente federado que as instituiu. Sua criação e extinção dependem de autorização legislativa específica. 
  • Alternativa A - INCORRETAa Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, de natureza empresarial;

    Art. 13 A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:

    II - as seguintes entidades da administração indireta, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) autarquias;

    b) empresas públicas;

    c) sociedades de economia mista;

    d) fundações públicas.

     

    Alterantirva B - CORRETA: a constituição e a extinção de sociedades de economia mista devem ser autorizadas em lei;

    Art. 13 A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:

    § 1º Depende de lei específica:

    II - a autorização para:

    a) constituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias;

     

    Alternativa C - INCORRETA: a Administração Pública indireta é formada apenas por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público, de natureza autárquica;

    Art. 13 A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:

    II - as seguintes entidades da administração indireta, dotadas de personalidade jurídica própria:

    a) autarquias;

    b) empresas públicas;

    c) sociedades de economia mista;

    d) fundações públicas.

     

    Alternativa D - INCORRETAsomente a constituição de subsidiárias de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua extinção;

    Alternativa E - INCORRETA: somente a constituição de sociedades de economia mista deve ser autorizada em lei, não a sua extinção.

    Art. 13 A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:

    § 1º Depende de lei específica:

    II - a autorização para:

    c) transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência do controle e privatização de qualquer das entidades mencionadas nas alíneas anteriores.

     

     


ID
1448461
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O Estado de Santa Catarina, por meio de delegação legal, criou uma autarquia estadual para prestar determinado serviço público, observadas as formalidades legais. Trata-se de fato administrativo que traduz a transferência da execução de atividade estatal a determinada pessoa, conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • Letra (c) 


    Constituem princípios fundamentais da organização administrativa: I – Planejamento; II – Coordenação; III – Descentralização; IV – Delegação de Competência; V – Controle (art. 6º do Decreto-Lei n. 200/67).


    O princípio da descentralização ou especialidade recomenda que, sempre que possível, as funções administrativas devem ser desempenhadas por pessoas jurídicas autônomas, criadas por lei especificamente para tal finalidade. É o caso das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 37, XIX, da CF).


    Na descentralização, as competências administrativas são exercidas por pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. 

    Exemplos: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.


    O instituto fundamental da descentralização é o de entidade. Nos termos do art. 1º, § 2º, II, da Lei n. 9.784/99, entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica própria. Tendo personalidade autônoma, tais entidades respondem judicialmente pelos prejuízos causados por seus agentes públicos. A descentralização, nos termos do art. 6º, do Decreto-Lei n. 200/67, tem natureza jurídica de princípio fundamental da organização administrativa. O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome de Administração Pública Indireta ou Descentralizada.


  • DesCEntralizar = Criar Entidades 


ID
1448464
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Maria, deficiente visual, dirigiu-se ao posto de saúde municipal para consulta de urgência, com dor abdominal aguda. A paciente foi encaminhada para exame de raio X. Mesmo estando cientes da deficiência visual da cidadã, os funcionários da unidade de saúde não adotaram as medidas pertinentes consistentes em cuidados especiais com a locomoção e acomodação de Maria para evitar acidentes e, durante o exame, a paciente sofreu uma queda. O tombo ocasionou-lhe traumatismo crânio-encefálico, causa de sua morte, que ocorreu dois dias depois. No caso em tela, aplica-se a responsabilidade civil:

Alternativas
Comentários
  • Um servidor público federal teve sua aposentadoriapor invalidez concedida por determinado órgão publico federal e remetida para apreciaçãodo TCU. Após o ato de registro no TCU, a respectiva aposentadoria ganhou eficácia.No entanto, foi constatado, posteriormente, por uma junta medica oficial, queos motivos da aposentadoria eram insubsistentes. Tendo em vista, essa constatação,o órgão publico a que o funcionário fora vinculado determinou seu imediatoretorno ao serviço publico, sem antes comunicar o TCU.

    Considerandoessa situação hipotética e a jurisprudência do STF e do STJ acerca do tema,atenda de forma justificada  ao que sepede

    1 Com relação a conjugação de vontadespara a formação do ato administrativo que concede a aposentadoria,informe qual é o entendimento do STF e do STJ quanto a natureza jurídica desteato.

    Naposição majoritária, e também a do STF,a natureza jurídica deste ato seria Constitutiva da aposentaria reforma e pensão (ATO COMPLEXO) porquanto, as vontades, manifestadas  são absolutamente independentes e unem para a formação de um único ato.

    Inclusive em virtude deste entendimento, a não aprovação pelo tribunal de contas do atode aposentadoria não é considerado ato novo, mas, sim impedimento da perfeição doato de aposentadoria, não dependendo sequer de garantia do contraditório.

    No entanto, o STJ em decisões isoladas, surfa em ondas caudalosas, sustentando ser de natureza jurídica declaratória (ATO COMPOSTO). Senão, vejamos:

    Julgado isolado do Superior Tribunal de Justiça: “A aposentadoria de servidor público não é ato complexo, pois não se conjugam asvontades da Administração e do Tribunal de Contas para concedê-la. São atosdistintos e praticados no manejo de competências igualmente diversas, na medidaem que a primeira concede e o segundo controla sua legalidade” (STJ ED-REsp1.187.203). Segundo essa visão, a decisão da Corte de Contas possuiria naturezajurídica meramente declaratória, e não constitutiva da aposentação, reforma oupensão


    JOELSON SILVA SANTOS

    PINHEIROS ES

  • Letra (e)


    A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, § 6º, estabelece que “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. A referência inovadora às “pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos” implica a conclusão de que, com o texto de 1988, a responsabilidade objetiva é garantia do usuário, independentemente de quem realize a prestação do serviço público.


    O Código Civil de 2002 enfatiza a aplicação da teoria objetiva para os danos causados pelo Estado. É o que estabelece o seu art. 43: “As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”.



  • Nesse caso não houve omissão por parte dos funcionários? Logo,não seria caracterizada a responsabilidade subjetiva? 

  • O ESTADO a partir do momento em que o PACIENTE entrou no hospital e foi encaminhado para tratamento, tornou-se GARANTIDOR, respondendo OBJETIVAMENTE pelos danos causados pela omissão(omissão imprópria) 

  • Acredito que a omissão própria gere a responsabilidade objetiva,no caso, o agente tinha que agir especificamente e não age. Na omissão imprópria é quando o dever de cumprir é genérico, restando então a responsabilidade subjetiva. 

  • Amanda, acredito que o funcionário age como se fosse o próprio Estado agindo. Sendo assim, não há que se falar em responsabilidade subjetiva, mas sim como resta claramente configurado é caso de responsabilidade OBJETIVA do Estado, que, por sua vez, tem direito à ação regressiva contra o causador do dano . Desde que, agora sim, comprove o elemento subjetivo (dolo ou culpa) na conduta do agente.

  • Os servidores tem responsabilidade subjetiva, só respondem se agiram com dolo ou culpa, mas a responsabilidade do Estado é objetiva, sempre, pois responde pelo que ocorreu, independentemente da conduta dos seus servidores ter sido negligente ou não.

  • gabarito: E

    Entendo q o gabarito se justifica por ter sido uma conduta omissiva específica (própria), que gera responsabilidade objetiva.

    Existem 2 teorias sobre a responsabilidade extracontratual do Estado. 

    1 - teoria do risco integral, que não admite atenuação ou exclusão da responsabilidade do Estado. (não adotada pelo Brasil)

    2 - Teoria do risco ADMINISTRATIVO, que admite ATENUAÇÃO da responsabilidade em caso de culpa concorrente da vítima e EXCLUSÃO da responsabilidade em casos fortuitos/força maior, de culpa exclusiva da vítima ou de terceiros.  (ADOTADA PELO BRASIL).  Por essa teoria, o Estado tem responsabilidade objetiva pelos danos que seus agentes causarem, desde que haja o nexo causal entre a conduta (comissiva ou OMISSIVA) e o dano causado, e que o agente esteja no exercício da função, independente de dolo ou culpa do agente. Acontece que a conduta OMISSIVA pode ser própria ou imprópria. Quando é PRÓPRIA, também chamada de específica, há o entendimento que há responsabilidade OBJETIVA do Estado, bastando que esta conduta omissiva específica (própria) tenha nexo de causalidade com o dano. 

    CONDUTA (COMISSIVA ou OMISSIVA ESPECÍFICA) >>>>NEXO CAUSAL>>>>>>> DANO = RESP. OBJETIVA

                                                                                                 

  • charada da questão: ''deficiente visual' Por se tratar de uma omissao especifica a responsabilidade é objetiva. Caso fosse uma paciente qualquer, aí sim seria responsabilidade subjetiva ( omissao genérica) 

  • GABARITO: E 

    Aqui, alguns poderiam ficar em dúvida se era subjetiva ou objetiva. No Direito Administrativo, essa conduta se enquadra na culpa ESPECÍFICA. Logo, a responsabilidade do Município, de acordo com a doutrina majoritária, é OBJETIVA. 

  • A questão trata da responsabilidade civil do Estado.

    No Brasil, adotou-se a teoria do risco administrativo, na qual o Estado possui responsabilidade objetiva, isto é, devem ser observados somente os elementos da conduta, do dano e do nexo de causalidade entre estes, sem necessidade de se comprovar o elemento subjetivo de seus agentes, isto é, a culpa. Por ter sido uma conduta comissiva e sem culpa da vítima, a responsabilidade do Município no caso é objetiva.

    Gabarito do professor: letra E.

  • objetiva do Município, sendo desnecessário comprovar o elemento subjetivo de seus agentes.

  • Uma coisa em comum nas questões de responsabilidade civil da FGV

    geralmente há um caso de omissão específica.

    desconfie sempre!

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • GABARITO: LETRA E

    A configuração da responsabilidade objetiva do Estado pressupõe três elementos:

    a) fato administrativo (conduta comissiva ou omissiva atribuída ao Poder Público);

    b) dano; e

    c) nexo causal.

    Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

    FONTE: CF 1988

  • Comentário:

    Segundo o art. 37, §6º, CF, em regra, o Estado responde objetivamente pelos danos causados por seus agentes, não necessitando, portanto, de comprovação de dolo ou culpa. Assim, conforme narrado na questão, os funcionários da unidade de saúde não adotaram as medidas pertinentes consistentes em cuidados especiais com a locomoção e acomodação de Maria para evitar acidentes, respondendo o Estado, então, objetivamente pelos danos causados.

    Gabarito: alternativa “e”.

  • caso de omissão específica onde a responsabilidade é objetiva, em virtude de o Estado ter descumprido um dever jurídico específico

  • O pulo do gato da questão é que especificou um paciente deficiente especial, ou seja, nessa caso o Estado deve ser garantidor desse paciente nessa qualidade específica, onde cabe a responsabilidade objetiva em caso de prejuízo a essa paciente.

    • Caso fosse qualquer outro paciente sem alguma especialidade, a responsabilidade seria concorrente, cabendo a análise da responsabilidade subjetiva do Estado.
  • Estados, municípios e concessionárias prestadoras de serviços públicos, respondem de forma objetiva.

    Sendo desnecessário comprovar o elemento subjetivo de seus agentes .

    Depois o Município pode ingressar com uma ação regressiva contra os servidores que irão responder de forma subjetiva.

    Gab: E


ID
1448467
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar o seguinte sobre a licença- prêmio:

Alternativas
Comentários
  • a - ERRADA - Art. 78 da Lei 6745/85. Após cada quinquenio do serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 meses. 

    b - ERRADA - Art. 78, par. 1º - fica vedada a conversão da licença-prêmio, de que trata o caput deste artigo, em pecúnia. 

    c - ERRADA - art. 78, par 2º - a requerimento do servidor, a licença-prêmio poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 15 dias.

    d - CERTA - art. 79 - interrompe-se a contagem do quinquênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de suspensão ou falta ao serviço, sem justificação, por mais de 10 dias. 

    e - ERRADA - conforme o caput do art. 78 (ver alternativa a), é a cada QUINQUÊNIO, e não triênio. 

  • a - ERRADA - Art. 78 da Lei 6745/85. Após cada quinquenio do serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 meses. 

    b - ERRADA - Art. 78, par. 1º - É facultada ao funcionário a conversão em dinheiro de até 1/3 (um terço) da licença prêmio, assim como, gozá-la em parcelas mensais.

    c - ERRADA - Art. 78, par. 1º - É facultada ao funcionário a conversão em dinheiro de até 1/3 (um terço) da licença prêmio, assim como, gozá-la em parcelas mensais.

    d - CERTA - art. 79 - interrompe-se a contagem do quinquênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de suspensão ou falta ao serviço, sem justificação, por mais de 10 dias. 

    e - ERRADA - conforme o caput do art. 78 (ver alternativa a), é a cada QUINQUÊNIO, e não triênio. 

  •  a)o servidor ocupante de cargo exclusivamente em comissão faz jus a três meses de licença-prêmio, a cada quinquênio de efetivo exercício; Errada

     Art. 78 Após cada quinquênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período da 3 (três) meses.

    b) é permitida a conversão da licença-prêmio em pecúnia, em valor não inferior a cinquenta por cento da remuneração do servidor; errada.

    § 1º Fica vedada a conversão da licença-prêmio, de que trata o caput deste artigo, em pecúnia. 

     c) a requerimento do servidor, a licença-prêmio será gozada de forma fracionada, em parcelas não inferiores a cinco dias;

    § 2º A requerimento do servidor, a licença-prêmio poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias.

     d) interrompe-se a contagem do quinquênio, se o servidor sofrer, no período, pena de suspensão ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de dez dias; correta
    Art. 79 Interrompe-se a contagem do qüinqüênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de suspensão ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de 10 (dez) dias.

     e) após cada triênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo efetivo faz jus a licença-prêmio, com remuneração integral, pelo período de um mês. errada, mesmo motivo da alternativa A.

  • Há INTERRUPÇÃO do quinquênio no caso de penalidade de suspensão acima de 10 dias. As bancas também colocam que suspende, o que é errado.

  • Comentários:

    A) INCORRETA. Art. 78. Após cada quinquênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 (três) meses.

    B) INCORRETA. § 1º Fica vedada a conversão da licença-prêmio, de que trata o caput deste artigo, em pecúnia

    C) INCORRETA. § 2º A requerimento do servidor, a licença-prêmio poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias.

    D) CORRETA. Art. 79. Interrompe-se a contagem do quinquênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de suspensão ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de 10 (dez) dias.

    E) INCORRETA. Art. 78. Após cada quinquênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 (três) meses. 

  • a - ERRADA - Art. 78 da Lei 6745/85. Após cada quinquenio do serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 meses. 

    b - ERRADA - Art. 78, par. 1º - fica vedada a conversão da licença-prêmio, de que trata o caput deste artigo, em pecúnia. 

    c - ERRADA - art. 78, par 2º - a requerimento do servidor, a licença-prêmio poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 15 dias.

    d - CERTA - art. 79 - interrompe-se a contagem do quinquênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de suspensão ou falta ao serviço, sem justificação, por mais de 10 dias. 

    e - ERRADA - conforme o caput do art. 78 (ver alternativa a), é a cada QUINQUÊNIO, e não triênio. 


ID
1448470
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Alexandre é servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e está lotado no gabinete de determinado desembargador. Em matéria de regime jurídico, com amparo no texto constitucional, é correto afirmar que a Alexandre:

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)


    Passível de anulação?


    Os servidores públicos estatutários têm direito a regime de previdência social de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas (art. 40 da CF). Esse regime especial de previdência não se aplica aos empregados públicos, aos contratados temporários e aos ocupantes de cargos em comissão, uma vez que empregados, temporários e comissionados estão sujeitos ao regime geral de previdência (art. 40 da CF).



  • GABARITO "E".

    O servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social (§ 13 do art. 40) . A referência ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão tem por objetivo distinguir essa situação daquela em que o servidor ocupa cargo em comissão, mas é titular de cargo efetivo nos quadros da Administração Pública; este se enquadra no regime previdenciário próprio do servidor.

    FONTE: Maria Sylvia Di Pietro.

  • Acertei a questão mas fiquei com duvida na C, eles (ocupantes de cargo em comissão), não têm direito ao FGTS?
  • também fiquei na mesma dúvida sobre a letra C, se ele é participante do regime de previdência geral ele não tem direito ao FGTS?

  • Não se pode confundir FGTS com RGPS.

    FGTS é uma garantia dada ao empregado celetista e não necessariamente a quem esteja vinculado ao RGPS. Assim, empregado público possui FGTS, mas ocupante de cargo comissionado não, até porque este não possui garantia de estadia no cargo, ou seja, trata-se de cargo de livre nomeação e exoneração, não possuindo direitos ao FGTS.

  • Vitor Oliveira,

    Obrigado pelo apoio. Pesquisei sobre o assunto e embora haja jurisprudência favorável, via de regra Eles não têm direito mesmo ao FGTS. 


  • Vejam o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho:
    "O entendimento que tem prevalecido nesta Corte é de que o ocupante de cargo em comissão, mesmo submetido ao regime celetista, não tem direito ao FGTS, porquanto se trata de contratação a título precário, sem concurso público, sendo o cargo de livre nomeação e exoneração"  http://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23299802/recurso-de-revista-rr-2359820105150122-235-9820105150122-tst?ref=topic_feed

  • Tiago Costa, acho que sua consulta pode estar equivocada. No §13, art. 40, diz que "Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica­-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)".

  • alguém, por favor, pode me indicar qual o artigo da CF que respalda a letra A?

  • Dúvida do Guilherme e da Luisa...


    Letra A) não se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos; 

    Errada, pois a vedação é aplicada para qualquer atividade remunerada, mesmo ele sendo Cargo Comissionado.

    Os únicos casos que podem acumular são os do artigo abaixo.


    CF - Art. 37. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)


    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 

  • Ocupante EXCLUSIVO de cargo em comissão = RGPS (Regime Geral de Previdência Social)
    Ocupante de cargo efetivo = RPPS (Regime Próprio de Previdência Social)

  • Quanto às disposições gerais a respeito da Administração Pública, tendo por base as disposições da Constituição Federal de 1988:

    a) INCORRETA. Aplica-se a proibição de acumulação de cargos públicos, conforme o art. 37, XVI, da CF/88, que determina que somente é permitida a acumulação, quando houver compatibilidade de horários, no caso de: dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

    b) INCORRETA. O teto constitucional se aplica a todos os ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da Administração Pública, dentre outros, nos termos do art. 37, XI.

    c) INCORRETA. Não se aplica o benefício do FGTS, já que se submete não à CLT.

    d) INCORRETA. Não há estabilidade. Como o próprio nome diz, o cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, isto é, o ocupante pode ser exonerado a qualquer momento.

    e) CORRETA. Nos termos do art. 40, §13º - ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

    Gabarito do professor: letra E.
  • Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    III - fundo de garantia do tempo de serviço;

    Porque o FGTS não se aplica aos de cargo em comissão?

  • Repostas ao comentário da Marina Moraes


    "Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    III - fundo de garantia do tempo de serviço;

    Porque o FGTS não se aplica aos de cargo em comissão?"


    Se aplica, porém a alternativa o trata como "benefício" e nisto consiste o erro dela. FGTS é DIREITO e não BENEFICIO.


    Boa sorte.

  • Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o chamado Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

    Ao ocupante de cargo efetivo, aplica-se o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

  • Autor: Patrícia Riani, Assistente Legislativa na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Especialista em Direito Público e Direito Constitucional Aplicado., de Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Internacional Público, Legislação Federal, Direito Ambiental, Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015

    Quanto às disposições gerais a respeito da Administração Pública, tendo por base as disposições da Constituição Federal de 1988:

    a) INCORRETA. Aplica-se a proibição de acumulação de cargos públicos, conforme o art. 37, XVI, da CF/88, que determina que somente é permitida a acumulação, quando houver compatibilidade de horários, no caso de: dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

    b) INCORRETA. O teto constitucional se aplica a todos os ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da Administração Pública, dentre outros, nos termos do art. 37, XI.

    c) INCORRETA. Não se aplica o benefício do FGTS, já que se submete não à CLT.

    d) INCORRETA. Não há estabilidade. Como o próprio nome diz, o cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, isto é, o ocupante pode ser exonerado a qualquer momento.

    e) CORRETA. Nos termos do art. 40, §13º - ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

    Gabarito do professor: letra E.


ID
1448473
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os agentes administrativos gozam de uma série de prerrogativas de direito público que permitem ao Estado alcançar os fins a que se destina. Nesse contexto de poderes administrativos, é correto afirmar que o poder:

Alternativas
Comentários
  • Apenas ter o cuidado de alguns doutrinadores diferenciarem poder regulamentar de poder normativo.

    O poder regulamentar seria exercido pelos chefes do poder executivo(presidente, governadores e prefeitos)

    Já o poder normativo seria exercidos por órgãos ou entidades que podem normatizar determinado assunto. Ex.: Anatel no caso de telecomunicações, Aneel no caso de energia elétrica e por ai vai.

  • Letra (b)


    Decorrente do poder hierárquico, o poder regulamentar consiste na possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos gerais, tais como:  regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias.


    O fundamento constitucional da competência regulamentar é o art. 84, IV, segundo o qual “compete privativamente ao Presidente da República: IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”.


  • GABARITO "B".

    O poder regulamentar como uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. 

    Doutrinariamente, admitem-se dois tipos de regulamentos: o regulamento executivo e o regulamento independente ou autônomo.

     O primeiro complementa a lei ou, nos termos do artigo 84, IV, da Constituição, contém normas "para fiel execução da lei"; ele não pode estabelecer normas contra legem ou ultra legemEle não pode inovar na ordem jurídica, criando direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, até porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme artigo 5º, II, da Constituição; ele tem que se limitar a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela Administração.

    O regulamento autônomo ou independente inova na ordem jurídica, porque estabelece normas sobre matérias não disciplinadas em lei; ele não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia.

    FONTE: Maria Sylvia Di Pietro.

  • Entendo que regulamentar é exclusivo do ch. Poder executivo,  e normativo toda a ADM. Por isso, já fui eliminando.  

    Prerrogativa quanto à administração,  isso que fiquei na duvida. 

  • Oi, pessoal!!! Poderiam me explicar qual o erro das letras D e E? Obrigada :)

  • Poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei.

    Flávia não existem esses poderes Soberano e Jurisdicional no Direito Administrativo e Direito Público, os Poderes são:

    Poder vinculado, Poder discricionário, Poder hierárquico, Poder disciplinar, Poder regulamentar ou normativo e Poder de polícia.


  • Alguns autores preferem falar em poder normativo, no sentido de que é a competência da Administração para a edição de atos de caráter normativo, pois o poder regulamentar não esgota toda competência normativa da administração. Assim, o poder regulamentar pertence aos chefes do Poder Executivo e o poder normativo pertence a toda a Administração.

    Fonte: Gustavo Scatolino


    "Note-se que o poder regulamentar é uma espécie do gênero poder normativo, porém, como aquele é exclusivo do Chefe do Poder Executivo, é mais frequente, quando nos referimos a essa autoridade, falarmos em poder regulamentar. Deve ficar claro, apenas, que ao praticar atos com base no poder regulamentar (espécie), o Chefe do Poder Executivo não deixa de estar exercendo o poder normativo da administração pública (gênero)."

    Direito Administrativo Descomplicado, 21ª ed, 2013, pág. 234.

  • Complementando: c) de polícia é exclusivamente exercido pelas forças de segurança pública, tais como as polícias militar e civil na esfera estadual (ERRADA). 

    1) Polícia Judiciária:  Concernente ao ilícito de natureza penal. É executada por corporações específicas. Exemplo: polícia federal, polícia civil. Atividade predominantemente repressiva. 

    2) Polícia Administrativa:  Incide na seara das infrações administrativas. Pode ser exercida pela administração direta, bem como pelas entidades da indireta. Exemplo: ANVISA, DETRAN, ANP etc. Atividade é predominantemente preventiva. Observação: polícia militar atua no exercício da polícia administrativa.

  • ...ATOS GERAIS PARA COMPLEMENTAR AS LEIS...Poxa, força a barra esse termo. O ato pode regulamentar a lei, nunca complementar no sentido de inovar a norma.

  •  a) discricionário possibilita ao administrador adotar qualquer postura com base em seu interesse particular, desde que alegue atender à finalidade pública; INCORRETO. Até mesmo no uso do Poder discricionário, há uma parte de Poder vinculado. A discricionariedade atinge apenas o mérito administrativo e, mesmo assim, é necessário que as escolhas sejam baseadas no que é previsto em lei.

      b) CORRETO.

      c) de polícia é exclusivamente exercido pelas forças de segurança pública, tais como as polícias militar e civil na esfera estadual; INCORRETO. Há o exercício da Polícia Administrativa e Judiciária.

      d) soberano é titularizado temporariamente pelo Chefe do Poder Executivo, enquanto estiver no efetivo exercício do mandato eletivo; INCORRETO. Não há previsão desse Poder.

      e) jurisdicional é exercido pelo Chefe do Poder Executivo, nos casos que envolvam questões administrativas afetas à sua esfera de poder. INCORRETO. Predominantemente exercido pelo Poder Judiciário. 

  • A - ERRADO - O PODER DISCRICIONÁRIO PERMITE AO AGENTE COMPETENTE A ESCOLHA DO MÉRITO DENTRO DOS LIMITES LEGAIS.

    B - CORRETO -
    PODER REGULAMENTAR PERMITE, EXCLUSIVAMENTE, AOS CHEFES DO EXECUTIVO EDITAR DECRETOS QUE VISEM A DAR FIEL EXECUÇÃO À LEI, SEM QUE INOVE NO ORDENAMENTO JURÍDICO.

    C - ERRADO - PODER DE POLÍCIA NÃO É EXERCIDO PELA POLÍCIA CIVIL.

    D - ERRADO - PODER SOBERANO É EXERCIDO PELO CHEFE DE ESTADO (Chefe do Poder Executivo Federal) E NÃO POR CHEFE DE GOVERNO.

    E - ERRADO -
    PODER JURISDICIONAL É EXERCIDO, DE FORMA TÍPICA, PELA FUNÇÃO JUDICIÁRIA.



    GABARITO ''B''


    CHEFE DE ESTADO: Presidente da República.
    CHEFE DE GOVERNO: Presidente da República, Governadores e Prefeitos. (devido ao sistema de governo que é o presidencialismo)
  • PODER NORMATIVO

      O Poder Normativo, assim denominado por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ou também conhecido como Poder Regulamentar, qualifica-se como o poder que a Administração possui de editar atos para complementar a lei, buscando sua fiel execução. O Poder Regulamentar se formaliza por Decreto, nos termos do art. 84, inc. IV da Constituição Federal, in verbis:

      CF/88. Art. 84.  Compete privativamente ao Presidente da República:

      (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

      São atos com efeitos gerais e abstratos. O Poder Normativo, ou Regulamentar, apenas complementa a lei, e não pode alterar a lei, não pode modificar seu entendimento. Caso haja alteração da lei ocorrerá abuso de Poder Normativo ou abuso de Poder Regulamentar.

  • Poder Regulamentar é dividido em:

     

    Decreto Autônomo: inova o ordenamento jurídico tem a CF como baliza 

    Decreto Regulamentar: espécie de "reforço" para melhor entendimento e aplicação da lei

  • Quanto aos poderes administrativos:

    a) INCORRETA. O poder discricionário confere à Administração a possibilidade de atuar conforme os critérios de conveniência e oportunidade, mas sempre observando o disposto na lei e tendo sempre por finalidade o interesse público.

    b) CORRETA. O poder regulamentar especifica os termos de determina norma, possibilitando a sua fiel execução.

    c) INCORRETA. O poder de polícia é exercido pela Administração Pública, de forma a limitar o exercício dos direitos individuais, a liberdade, a propriedade, visando o interesse público.

    d) INCORRETA. Não existe poder soberano. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem conviver de forma independente e harmônica entre si.

    e) INCORRETA. O poder jurisdicional é exercido pelo Poder Judiciário.

    Gabarito do professor: letra B.
  •  b)

    regulamentar está relacionado à prerrogativa da Administração de editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação;


    a) INCORRETA. O poder discricionário confere à Administração a possibilidade de atuar conforme os critérios de conveniência e oportunidade, mas sempre observando o disposto na lei e tendo sempre por finalidade o interesse público.

    b) CORRETA. O poder regulamentar especifica os termos de determina norma, possibilitando a sua fiel execução.

    c) INCORRETA. O poder de polícia é exercido pela Administração Pública, de forma a limitar o exercício dos direitos individuais, a liberdade, a propriedade, visando o interesse público.

    d) INCORRETA. Não existe poder soberano. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem conviver de forma independente e harmônica entre si.

    e) INCORRETA. O poder jurisdicional é exercido pelo Poder Judiciário.

    Gabarito do professor: letra B.

     

  • Federal, Direito Ambiental, Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015

    Quanto aos poderes administrativos:

    a) INCORRETA. O poder discricionário confere à Administração a possibilidade de atuar conforme os critérios de conveniência e oportunidade, mas sempre observando o disposto na lei e tendo sempre por finalidade o interesse público.

    b) CORRETA. O poder regulamentar especifica os termos de determina norma, possibilitando a sua fiel execução.

    c) INCORRETA. O poder de polícia é exercido pela Administração Pública, de forma a limitar o exercício dos direitos individuais, a liberdade, a propriedade, visando o interesse público.

    d) INCORRETA. Não existe poder soberano. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem conviver de forma independente e harmônica entre si.

    e) INCORRETA. O poder jurisdicional é exercido pelo Poder Judiciário.

    Gabarito do professor: letra B.

  • GABARITO: LETRA B

    Decorrente do poder hierárquico, o poder regulamentar consiste na possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias.

    O fundamento constitucional da competência regulamentar é o art. 84, IV, segundo o qual “compete privativamente ao Presidente da República: IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”.

    Exatamente a mesma competência que o Texto Constitucional atribui ao Presidente da República estende-se por simetria a Governadores e Prefeitos.

    FONTE:  Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.

  • Comentários:

    Vamos analisar cada item:

    a) ERRADA. O poder discricionário não possibilita ao administrador adotar posturas com base em seus interesses particulares, e sim a praticar atos que visem exclusivamente o interesse público, dentro dos limites da lei.

    b) CERTA. O poder regulamentar permite à Administração, por intermédio do chefe do Poder Executivo, editar decretos para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação. Os decretos são classificados como atos gerais pois, como regra, não possuem destinatários certos e determinados, atingindo a todos que se enquadrem na situação jurídica por ele disciplinada.

    c) ERRADA. O poder de polícia não é exercido exclusivamente pelas forças de segurança pública, e sim por vários órgãos e entidades da Administração Pública, como agências reguladoras, vigilâncias sanitárias, Detran, Ibama etc.

    d) ERRADA. A soberania é atributo da República Federativa do Brasil, considerada como um todo, e não de algum poder específico.

    e) ERRADA. O poder ou função jurisdicional é típica do Poder Judiciário. Excepcionalmente, também pode ser exercida pelo Poder Legislativo, a exemplo de quando julga autoridades em crimes de responsabilidade. Quanto ao exercício da função jurisdicional pelo Poder Executivo, não há consenso na doutrina, sendo que a posição majoritária é que o Executivo não exerce tal função, uma vez que suas decisões podem ser revistas pelo Poder Judiciário.

    Gabarito: alternativa “b”


ID
1448476
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Antônio, servidor público estadual ocupante do cargo efetivo de médico, lotado na Secretaria Estadual de Saúde, exigiu, para si, diretamente, a quantia de dez mil reais, a fim de elaborar laudo médico que atestasse a incapacidade laborativa da igualmente servidora estadual Paula. Por conta da narrada exigência de vantagem indevida, Antônio cometeu crime de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "A".

    Concussão

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.


  • Letra (a)


    Concussão é o crime praticado contra a Administração Pública, por funcionário público, consistente em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, e em razão dela, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Vide vantagem ilícita.


    Suspensa ação em que réus foram interrogados no início da instrução criminal na Justiça Militar


    A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu pedido de liminar no Habeas Corpus (HC) 123228, impetrado pela Defensoria Pública da União (DPU) contra decisão do Superior Tribunal Militar (STM) que manteve a condenação de W.C.S. e G.A.J. pelo crime de concussão. A DPU sustenta que houve desrespeito aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, uma vez que seus assistidos foram interrogados no início da instrução criminal.


    No Supremo, a Defensoria requer a anulação do acórdão do STM e o direito de novo interrogatório de W.C.S. e G.A.J. ao final da instrução criminal, nos termos do artigo 400 do Código de Processo Penal (CPP), alterado pela Lei 11.719/2008, e a realização de nova audiência de oitiva de testemunhas com a presença dos assistidos. Sustenta que o rito estabelecido com a nova redação legal é garantia de que aquele que está sendo acusado, quando ouvido pelo julgador, terá todo conhecimento de todas as provas produzidas pela acusação e poderá se defender contraditando-as.


    Em análise preliminar do caso, a relatora destacou a plausibilidade jurídica dos argumentos expostos no HC, uma vez que a decisão do STM, indeferindo o requerimento de interrogatório dos réus ao final da instrução, parece destoar do entendimento deste Supremo Tribunal, no sentido da aplicação do artigo 400, do CPP, alterado pela Lei 11.719/2008, aos delitos disciplinados pela legislação especial. A ministra afirmou, ainda, que a aplicação do dispositivo do CPP no processo penal militar prestigia a efetividade das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, do devido processo legal e do Estado Democrático de Direito.


    Assim, ela deferiu o pedido de liminar para suspender os efeitos do acórdão do STM, bem como o andamento da ação penal contra os réus junto à Auditoria da 12ª Circunscrição Judiciária Militar, até o julgamento final do HC.


    O crime de concussão é definido no artigo 305 do Código Penal Militar como exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

    MR/AD



  • Creio que esta questão seja de Direito Penal. Gentileza reclassificar.

  • Questão "mamão". 

  • Acredito que o médico incorreu em corrupção passiva, porquanto, embora a assertiva afirme que ele "exigiu", ele não estava em posição de fazê-lo, estando configurado a "solicitação" da corrupção passiva.

  • não está entre as alternativas, mas não seria o caso de "Certidão ou atestado ideologicamente falso"????

  • É só observar o verbo do tipo penal que você mata a questão

  • Alina, a questão não especifica se o atestado era falso, podia ser verdadeiro, o caso é que o médico cobrou para fazer seu trabalho.

  • Me ajudou muito dessa forma espero que contribua para alguém: Peculato - Pegar em função do cargo em proveito próprio ou alheio. Corrupção passiva -  Pedir ou receber. Corrupção ativa -  oferecer ou prometer. Concussão: exigir. Prevaricação -   retarda ou deixar de praticar. Extorsão -  violência ou grave ameaça. 

  •            A questão foi condolente, pois poderia dificultar se colocasse em uma das alternativas o crime de Certidão ou atestado ideologicamente falso (art. 301).


    "Art. 301: atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem".

  • Para lembrar do crime de concussão uma dica CONCurso - EXIGE MUITO - Exigir

  • Crime de Concussão==> "EXIGIU"  e ,por conta disso, não poderia ser Corrupção Passiva .

    Se a conduta do funcionário público fosse referente à exigente de  tributos ou contribuição social , teríamos a configuração do crime de Excesso de Exação. 

  • Letra A

     

    O médico é funcionário público, exigiu para si vantagem indevida

  • GABARITO:A

     

    Concussão

     

    É o crime praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. O crime é punido com pena de reclusão, de dois a oito anos, e multa. Os parágrafos 1º e 2º, do artigo 316, do Código Penal, preveem o excesso de exação, que são as formas qualificadas do delito de concussão, em que se pune mais severamente, com pena de reclusão de três a oito anos e multa, o funcionário que exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, e com pena de reclusão, de dois a doze anos, e multa, aquele que desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.

     

    Fundamentação:


    Art. 316, "caput" e §§ 1º e 2º do CP

  • Gab. A

     

    Corrupção passiva  →  Solicitar Receber

     

    Corrupção ativa  →  Oferecer / Prometer

     

    Peculato  →  Apropriar-se do bem, em função do cargo

     

    Concussão  →  Exigir

     

    Condescência  →  Não cabuetar criminoso OU deixar de responsabilizar

     

    Prevaricação  →  Retardar ou deixar de fazer, ato de OFÍCIO

  • Gabarito: "A"

     

     a) concussão;

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Antônio, servidor público estadual ocupante do cargo efetivo de médico, (...) exigiu, (...) a quantia de dez mil reais, a fim de elaborar laudo médico que atestasse a incapacidade laborativa da igualmente servidora estadual Paula.". Aplicação do art. 316, CP: "Concussão - Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa."

     

     b) peculato;

    Errado. O peculato consiste quando o funcionário público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, nos termos do art. 312, CP. 

       

     c) exercício ilegal da medicina;

    Errado. O exercício ilegal da medicina, consiste quando é exercido a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites, nos termos do art. 282, CP. 

     

    d) corrupção ativa;

    Errado. Ocorre quando o particular oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício, nos termos do art. 333, CP. 

     

     e) corrupção passiva.

    Errado. A corrupção passiva constiste quando o funcionário público solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem, nos termos do art. 317, CP. 

  • A. concussão; correta

    exigir = concussão

  • Qual a diferença do crime de CONCUSSÃO para o crime de CORRUPÇÃO PASSIVA?

    O VERBO!!!

    No crime de CONCUSSÃO, o VERBO é EXIGIR.( dentro desse verbo,implicitamente, está a violência ou ameaça)

    Já no crime de CORRUPÇÃO PASSIVA, o VERBO é SOLICITAR, RECEBER OU ACEITAR PROMESSA DE VANTAGEM.

  • ----------------------------------

    D) corrupção ativa;

    Corrupção Ativa

    CP Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

    ----------------------------------

    E) corrupção passiva.

    Corrupção Passiva

    CP Art 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. [Gabarito]

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

  • Antônio, servidor público estadual ocupante do cargo efetivo de médico, lotado na Secretaria Estadual de Saúde, exigiu, para si, diretamente, a quantia de dez mil reais, a fim de elaborar laudo médico que atestasse a incapacidade laborativa da igualmente servidora estadual Paula. Por conta da narrada exigência de vantagem indevida, Antônio cometeu crime de:

    A) concussão;

    CP Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. [Gabarito]

    Excesso de exação

    § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 

    § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    ----------------------------------

    B) peculato;

    Peculato

    CP Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Peculato culposo

    § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

    § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

    ----------------------------------

    C) exercício ilegal da medicina;

    Exercício ilegal de Medicina, arte Dentária ou Farmacêutica

    CP Art. 282 - [...]


ID
1448479
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Cometeu crime previsto na Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), aquele que:

Alternativas
Comentários
  • Lei 8666 

    Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:

    Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

  • Letra (d)


    O crime do art. 90 da Lei de Licitações visa punir a fraude à competitividade dos processos licitatórios, independentemente do dano ou do prejuízo ao erário.


    Assim, o objeto da norma penal é a proteção ao escorreito desenvolvimento da atividade administrativa, e o direito dos concorrentes em participarem de um procedimento licitatório livre de vícios que prejudiquem a igualdade entre os candidatos a contratarem com a Administração Pública. 


    O tipo penal descrito no art. 90 constitui crime do tipo material, uma vez que é descrito a conduta do agente e seu resultado.

  • Seção III; Dos crimes e das Penas

    Art. 90 - Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento liitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.
  • Tive que rir da primeira alternativa XD.

  • homicídio, peculato, peculato, CRIME DA LEI 8666, roubo

     

  • Ilário essa primeira.

  • Crimes na  8.666/66:

    Art 89 - Dispensar ou inexigir ilegalmente - Detenção 3  a 5 anos,  e multa

    Art. 90 -Frustrar competição - Detenção de 2 a 4 anos, e multa

    art . 94 -  Devassar o sigilo das propostas - Detenção de 2 a 3 anos , e multa

     

  • A questão aborda os crimes previstos na Lei 8.666/1993.

    Os crimes estão previstos nos arts. 89 a 99 da Lei. Assim:

    a) INCORRETA. Homicídio, crime previsto no Código Penal.

    b) INCORRETA. Peculato, crime previsto no Código Penal.

    c) INCORRETA. Peculato, crime previsto no Código Penal.

    d) CORRETA. Crime previsto no art. 90 da Lei 8.666/1993.

    e) INCORRETA. Roubo, crime previsto no Código Penal.

    Gabarito do professor: letra D.
  • Questão fácil, óbvio que tinha que ser para dentista. Área jurídica chega a ser comédia. :0000

  • GABARITO: D

    Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:

    Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

  • A única conduta que representa crime previsto na Lei de Licitações (Lei no 8.666/93) e que está relacionada diretamente com o procedimento licitatório é a da alternativa d):

    Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:

    Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    Repare que as outras condutas até possuem relação com licitação, mas de forma indireta.

    Por esse motivo, são tipificadas pelo Código Penal, como é caso o crime de homicídio, por exemplo. (art. 121).

    Resposta: D

  • GABARITO: LETRA D

    COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    A questão aborda os crimes previstos na Lei 8.666/1993.

    Os crimes estão previstos nos arts. 89 a 99 da Lei. Assim:

    a) INCORRETA. Homicídio, crime previsto no Código Penal.

    b) INCORRETA. Peculato, crime previsto no Código Penal.

    c) INCORRETA. Peculato, crime previsto no Código Penal.

    d) CORRETA. Crime previsto no art. 90 da Lei 8.666/1993.

    e) INCORRETA. Roubo, crime previsto no Código Penal.

    FONTE:  Patrícia Riani , Assistente Legislativa na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Especialista em Direito Público e Direito Constitucional Aplicado.


ID
1448482
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Felix, oficial de justiça, foi à casa de André para dar cumprimento a mandado de citação em ação penal em que este figurava como réu. No local, encontrou o denunciado, que arrumava suas malas para fugir do país. Diante da situação, resolveu solicitar R$ 2.000,00 (dois mil reais) para certificar que o acusado não foi localizado na diligência, o que foi efetivamente realizado mediante pagamento da quantia.

O crime praticado por Felix foi de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO "A".

    Corrupção passiva

      Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

      Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

      § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    Corrupção Passiva Privilegiada

      § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

      Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    Elementos objetivos do tipo

    Solicitar (pedir ou requerer) ou receber (aceitar em pagamento ou simplesmente aceitar algo), para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa (consentir em receber dádiva futura) de tal vantagem (pode ser qualquer lucro, ganho, privilégio ou benefício ilícito, ou seja, contrário ao direito, ainda que ofensivo apenas aos bons costumes). A pena é de reclusão, de dois a doze anos, e multa. Classifica a doutrina como corrupção própria a solicitação, recebimento ou aceitação de promessa de vantagem indevida para a prática de ato ilícito, contrário aos deveres funcionais, bem como de corrupção imprópria, quando a prática se refere a ato lícito, inerente aos deveres impostos pelo cargo ou função. Ressalte-se, ainda, que a modalidade “receber” implica num delito necessariamente bilateral, isto é, demanda a presença de um corruptor (autor de corrupção ativa) para que o corrupto também seja punido. É natural que a não identificação do corruptor não impede a punição do corrupto, embora a absolvição do primeiro, conforme o caso (fato inexistente, por exemplo), deva implicar na absolvição do segundo. Classifica-se, ainda, a corrupção em antecedente, quando a retribuição é pedida ou aceita antes da realização do ato, e subsequente, quando o funcionário a solicita ou aceita somente após o cumprimento do ato.

    Momento consumativo

    Quando houver a prática de qualquer das condutas típicas, independentemente de efetivo prejuízo para a Administração.


    Fonte: Nucci.

  • Letra (a)

    Corrupção passiva - É a atitude do funcionário público em solicitar ou receber vantagem ou promessa de vantagem em troca de algum tipo de favor ou beneficio ao particular. Ao contrario da corrupção ativa, esse crime só pode ser praticado por funcionário publico. Não é necessário que o particular aceite a proposta, basta o simples ato de oferecer é suficiente para que o crime seja configurado. Esse crime esta previsto no Capitulo I do Código Penal que trata dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração. O funcionário publico ainda pode ser punido em caso de ceder a pedido ou influencia de terceiro, mesmo não recebendo vantagem.  


    A pena pode ser aumentada em ate 1/3 se o funcionário publico realizar o favor ou ato que beneficie o particular. Corrupção passiva


    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:


    Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)


    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.


    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:


    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.


  • Lava Jato: MPF obtém prisão preventiva de Nestor Cerveró - Para MPF, há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça

    O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró foi preso preventivamente, na madrugada desta quarta-feira, 14 de janeiro, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, quando chegava de viagem de Londres. Além disso, no dia 13 de janeiro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Cerveró e de seus familiares, em função de seu envolvimento em novos fatos ilícitos relacionados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que foram denunciados recentemente pelo Ministério Público Federal (Ação Penal nº 5083838-59.2014.404.7000).

    A prisão e as buscas foram obtidas pelo MPF durante o recesso judiciário. A prisão preventiva foi requerida porque há fortes indícios de que Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares. Além disso, há evidências de que ele buscará frustrar o cumprimento de penalidades futuras.

    De acordo com informações fornecidas pelo Coaf logo após o recebimento da denúncia e durante o recesso forense, o ex-diretor tentou transferir para sua filha meio milhão de reais - mesmo considerando que com tal operação haveria uma perda de mais de 20% da aplicação financeira. Cerveró também transferiu recentemente três apartamentos adquiridos com recursos de origem duvidosa, em valores nitidamente subfaturados: há evidências de que os imóveis possuem valor de mais de R$ 7 milhões, sendo que a operação foi declarada por apenas R$ 560 mil. Para o MPF, a custódia cautelar é necessária, também, para resguardar as ordens pública e econômica, diante da dimensão dos crimes e de sua continuidade até o presente momento, o que tem amparo em circunstâncias e provas concretas do caso.

  • Resumo Atualizado dos comentários, para consolidar e melhorar o entedimento:


    Corrupção passiva - É a atitude do funcionário público em solicitar ou receber vantagem ou promessa de vantagem em troca de algum tipo de favor ou beneficio ao particular.


    Ao contrario da corrupção ativa, esse crime só pode ser praticado por funcionário publico.


    Não é necessário que o particular aceite a proposta, basta o simples ato de oferecer é suficiente para que o crime seja configurado.


    O funcionário publico ainda pode ser punido em caso de ceder a pedido ou influencia de terceiro, mesmo não recebendo vantagem. 


    Exemplo: O funcionário que pratica ato de ofício com infração de dever funcional, cedendo a pedido de outrem, comete o crime de corrupção passiva, ao passo que o particular que, apenas, pediu, não comete crime de corrupção ativa. A conduta descrita neste item contém implicitamente o recebimento de vantagem indevida para a prática de ato de ofício ou com infração de dever funcional. Pode-se concluir que apenas o funcionário praticou fato típico. Se o particular não ofereceu nem prometeu vantagem, não praticou fato tipificado no código penal.


    Elementos objetivos do tipo: É natural que a não identificação do corruptor não impede a punição do corrupto, embora a absolvição do primeiro, conforme o caso (fato inexistente, por exemplo), deva implicar na absolvição do segundo. Classifica-se, ainda, a corrupção em antecedente, quando a retribuição é pedida ou aceita antes da realização do ato, e subsequente, quando o funcionário a solicita ou aceita somente após o cumprimento do ato.


    Momento consumativo: Quando houver a prática de qualquer das condutas típicas, independentemente de efetivo prejuízo para a Administração.


  • Se SOLICITOU é corrupção passiva (corrupção ativa só pode ser praticada por particular). Se EXIGIU é concussão. Simples assim.

  • Não É minha praia penal, mas preciso estudar a matéria para o concurso almejado.

    Breve introdução... Rsrsrsrs

     

    Pergunta, qual a diferença lógica de exigir ou solicitar. Vc agente corrupto solícita 10mil, diante da negativa do outra, então: -Ah! Já que não quiz pagar vou ter que fazer então!!! :/ Meu Deus, desculpem minha santa ignorância, mas solicitar ou exigir no fim se equiparam. 

  • Mas como já ouvi, antes a lei burra, no caso redundante, que a doutrina inteligente. Não estou brigando com a Banca, mas querendo entender o legislador.... 

  • GABARITO:A

     

    Corrupção passiva

     

    É o crime cometido por funcionário público que, em razão de sua função, ainda que fora dela ou antes de assumi-la, solicita ou recebe, para si ou para outrem, vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem. O agente público que cometer este delito estará sujeito a uma pena de reclusão que pode variar de 2 (dois) a 12 (doze) anos, além de ter que pagar multa.

     

    Fundamentação:


    Art. 317 e parágrafos do CP

  • Concussão tem que ter a palavra exigir, corrupção passiva solicitar. Decoreba ridícula mas pelo visto é isso.

  • GAB.  A

     

    Corrupção passiva  →  Solicitar / Receber

     

    Corrupção ativa  →  Oferecer / Prometer

     

    Peculato  →  Apropriar-se do bem, em função do cargo

     

    Concussão  →  Exigir

     

    Condescência  →  Não cabuetar criminoso OU deixar de responsabilizar

     

    Prevaricação  →  Retardar ou deixar de fazer, ato de OFÍCIO

  • Gabarito: "A"

     

     a) corrupção passiva;

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Felix, oficial de justiça, foi à casa de André para dar cumprimento a mandado de citação em ação penal em que este figurava como réu. No local, encontrou o denunciado, que arrumava suas malas para fugir do país. Diante da situação, resolveu solicitar R$ 2.000,00 (dois mil reais) para certificar que o acusado não foi localizado na diligência, o que foi efetivamente realizado mediante pagamento da quantia." Nos termos do art. 317, CP: "Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:"

     

    b) prevaricação;

    Errado. Não houve sentimento ou interesse pessoal por parte de Felix, portanto, não se configura o crime de prevariação, previsto no art. 319, CP: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal."

     

     c) corrupção ativa;

    Errado. Ocorre quando o particular oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício, nos termos do art. 333, CP. 

     

     d) modificação ou alteração não autorizada no sistema de informações;

    Errado. Não se configura o crime previsto no Art. 313-A, CP: "Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano."

     

     e) concussão.

    Errado. Para a configuração do crime de concussão é necessário que o funcionário público exija vantagem indevida, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, nos termos do art. 316, CP.  

  • O crime cometido em tela foi o de CORRUPÇÃO PASSIVA.

    Que assim está tipificada no CP: ART. 317  Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Na situação hipotética, servidor público, ao solicitar a vantagem indevida, já comete o crime em sua forma consumada. Por quê?

    O crime de corrupção passiva é considerado na doutrina como crime formal nas modalidades: SOLICITAR ou ACEITAR PROMESSA DE TAL VANTAGEM. Em que, o simples recebimento da vantagem indevida é mero exaurimento o crime, pouco importando se o agente recebe ou não.

  • ------------------------------

    C) corrupção ativa;

    Corrupção Ativa

    CP Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

    ------------------------------

    D) modificação ou alteração não autorizada no sistema de informações;

    Modificação ou Alteração não autorizada de sistema de informações

    CP Art. 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: 

    Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 

    Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. 

    Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações

    CP Art. 313-A - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    ------------------------------

    E) concussão.

    Concussão

    CP Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    Excesso de exação

    § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 

    Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 

    § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

  • Felix, oficial de justiça, foi à casa de André para dar cumprimento a mandado de citação em ação penal em que este figurava como réu. No local, encontrou o denunciado, que arrumava suas malas para fugir do país. Diante da situação, resolveu solicitar R$ 2.000,00 (dois mil reais) para certificar que o acusado não foi localizado na diligência, o que foi efetivamente realizado mediante pagamento da quantia.

    O crime praticado por Felix foi de:

    A) corrupção passiva;

    CP Art 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. [Gabarito]

    § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

    ------------------------------

    B) prevaricação;

    Prevaricação

    CP Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

    Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • RUMO A PMCE.

    Corrupção Ativa=OFERECER

    Corrupção Passiva=Solicitar,Receber


ID
1448485
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O Art. 359-D do Código Penal prevê o crime de Ordenação de despesa não autorizada, prevendo o preceito primário “ordenar despesa não autorizada por lei”.

Sobre tal delito, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: 

    Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.


    - lei penal em branco homogênea, pois depende da

    análise da legislação orçamentário-financeira

    - O crime é próprio ou especial

    - consuma-se no momento em que o funcionário público ordena a realização da despesa sem autorização legal,

    independentemente da comprovação de efetiva lesão ao erário

    - É cabível a Tentativa

    - Nao admite modalidade culposa


    Classificação doutrinária

    A ordenação de despesa não autorizada é crime simples (ofende um único bem jurídico); próprio

    (somente pode ser praticado pelo funcionário público dotado da atribuição de ordenar despesas);

    formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a realização da

    conduta legalmente descrita, independentemente da superveniência do resultado naturalístico); de

    perigo abstrato (a prática da conduta importa na presunção absoluta de perigo às finanças públicas);

    de forma vinculada (os meios de execução devem ser compatíveis com os atos administrativos

    inerentes à ordenação de despesas públicas); em regra comissivo; instantâneo (consuma-se em um

    momento determinado, sem continuidade no tempo); unissubjetivo, unilateral ou de concurso

    eventual (praticado por um só agente, mas admite concurso); e normalmente plurissubsistente (a

    conduta pode ser fracionada em diversos atos).


    Direito Penal esquematizado - Cleber Masson





  • GAB. "E".

    Ordenação de despesa não autorizada

       Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei:

      Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.


    Elementos objetivos do tipo

    Ordenar (mandar que se faça ou determinar, constituindo ato mandamental) despesa (“todo emprego ou dispêndio de dinheiro para aquisição de alguma coisa ou execução de um serviço”, cf. Carlos Valder do Nascimento. Comentários à lei de responsabilidade fiscal, p. 107) não autorizada por lei (trata-se de norma penal em branco, devendo consultar a Lei Complementar 101/2000 e outras regras). A pena é de reclusão, de um a quatro anos. Conferir o capítulo XIII, item 2.1, da Parte Geral.

    Elemento subjetivo do tipo específico

    Não há.

    Elemento subjetivo do crime

    É o dolo 

    Classificação

    Próprio; formal; de forma vinculada; comissivo; instantâneo; de perigo abstrato; unissubjetivo; unissubsistente ou plurissubsistente, conforme o caso

    FONTE: Nucci.

  • Letra (e)


    AÇÃO PENAL. ART. 359-D DO CP.

    Os três denunciados exerceram, sucessivamente, de 1998 a 2003, o cargo de presidente do Tribunal de Justiça e foram incursos no art. 359-D do CP, ao procederem à contratação de pessoas sem concurso público para ocupar cargos de provimento efetivo em substituição aos titulares, ou para ocupar cargos vagos, confirmando que pelo menos 1/5 dos cargos efetivos do Poder Judiciário no Estado eram providos sem concurso e em desobediência à decisão do STF, que desautorizou tal prática. O Min. Relator entendeu que o pedido ministerial, quando do oferecimento da denúncia contra o primeiro denunciado, era até juridicamente impossível, porque o fato narrado na denúncia, já naquele momento, não constituía crime. Valeu-se do art. 43, I, do CPP e, a teor do art. 359-D do CP, trata-se de uma norma penal em branco faltando-lhe, no caso, a norma integradora. A denúncia não fez referência a nenhuma proposição integradora. Admitindo que a norma integradora seja o art. 15 da LC n. 101/2000: “serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesas ou assunção de obrigação que não atendam ao disposto nos arts. 16 e 17” e, como a ação atribuída ao respondente não fere nem as regras do art. 16 nem tampouco as disposições do art. 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, não há violação do disposto no art. 15 da mencionada lei, donde resulta a atipicidade da conduta. Assim, concluiu que o fato narrado não constitui crime. Com esse entendimento, a Corte Especial rejeitou a denúncia. APn 389-ES, Rel. Min. Nilson Naves, julgada em 15/3/2006. 


  • Comparadas com outras questões elaboradas pela FGV, essa foi muito fácil.

  • haha concordo com Yuri não basta a pessoa estudar anos para ser médico ainda tem que saber normas de DIREITO.

  • alguém sabe explicar letra A e C? por enquanto só estou estudando pelo código então essas teorias não sei.

  • Gabarito E

     

    Dúvida da Ana Carolina. Vou apenas explicitar os erros, o comentário da Juliana-Missão está perfeito.

     

    A) Normal Penal em Branco.

    B) Não admite modalidade Culposa.

    C) Conduta Comissiva.

    D) Consuma-se bastando a simples ordenação. Não precisa ter resultado, basta ordenar.

  • Norma penal em preto é uma das melhores que já ouvi kkkkkkkkkk

  • Norma penal em preto é aquela que não precisa de complemento. Diferente da norma penal em branco. 

     

  • GABARITO:E

     

    Crime próprio

     

    Os crimes próprios são aqueles que só podem ser cometidos por determinadas pessoas, tendo em vista que o tipo penal exige certa característica do sujeito ativo. Podemos citar como exemplo o crime de infanticídio, que só pode ser cometido pela mãe, sob influência do estado puerperal (art. 123 do CP); e o crime de corrupção passiva, que só pode ser cometido por funcionário público (art. 317 do CP).


    Fundamentação:


    Arts. 123 e 317 do CP


    NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 2ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006.

  • E as questões começam a ficar manjadas...

  • Complementando...

     

     

    Se tratando de CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS sempre será crime próprio, pois o sujeito ATIVO, é o funcionário PÚBLICO!

  • Eu nunca tinha ouvido falar de norma penal em preto hahahahaha

  • FGV tem cobrado MUITO esses crimes contra finanças públicas. Se liguem!

     
  • GABARITO E

     

    Os crimes contra as finanças públicas exigem o elemento subjetivo do tipo, DOLO.

  • Gabarito: "E" 

     

    a) é norma penal em preto, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal é utilizada para complementar o tipo;

    Errado. Não existe norma penal em preto. Somente, norma penal em branco que "existem fisicamente no universo jurídico, mas não podem ser aplicadas em razão de sua incompletude." (MASSON, 2016. p. 126). Ademais, não é uma norma penal em branco o art. 359-D pois é possível aplicá-la eis que é completa.

     

     b) admite a modalidade culposa de acordo com o Código Penal;

    Errado. Guardem isso no seus corações: os únicos crimes contra a Administração Pública culposos são o peculato (nos termos do art. 312, §2º, CP) e a fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança (art. 351, §4º, CP)

     

     c) é classificado como crime de conduta omissiva;

    Errado. Trata de crime comissivo ou de ação. Ou seja, são crimes "praticados mediante uma conduta positiva, um fazer." (MASSON, 2016. p. 222)

     

     d) consuma-se apenas quando é efetivada a despesa não autorizada por lei, não bastando a simples ordenação;

    Errado. É crime formal, isto é, é o crime no qual "o tipo penal contém em seu bojo uma conduta e um resultado naturalístico, mas este último é desnecessário para a consumação." (MASSON, 2016. p. 218)

     

     e) é crime próprio, pois o sujeito ativo é o funcionário público competente para ordenar despesa.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Os crimes próprios "são aqueles em que o tipo penal exige uma situação fática ou juríidca diferenciada por parte do sujeito ativo." (MASSON, 2016. p. 216)

  • É a segunda vez que vejo aparecer "norma penal em preto" nas questões da FGV. 

  • Cobrar norma penal em branco (e preto também) para cirurgião dentista...

  • Letra E

    e) Certo. Assim como os demais delitos do capítulo, o delito do art. 359-D é sim crime próprio, praticável apenas pelo funcionário público com atribuição legal para ordenar a despesa em questão.

    Questão comentada pelo Prof. Douglas Vargas 

  • Já há algum tempo estudando direito penal e eis que me deparo com uma "norma penal em preto".

  • Norma penal em preto/perfeita/completa possui os preceitos completos, primário e secundário. (Cleber Masson).

  • Aquela duvida dos médico juristas, se se aprofundam em "pontes de obturação" ou "pontos de ouro"

  • Gabarito E

    a) é norma penal em preto, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal é utilizada para complementar o tipo;

    Norma penal do tipo em branco, necessita de complemento, despesa não autorizada em que? Na lei orçamentária vigente

    b) admite a modalidade culposa de acordo com o Código Penal;

    Todos os crimes contra as finanças necessitam de dolo

    c) é classificado como crime de conduta omissiva;

    Conduta é comissiva (fazer), perceba “ordenar...”; omissivo seria por exemplo do art. 359-F, deixar de...

    d) consuma-se apenas quando é efetivada a despesa não autorizada por lei, não bastando a simples ordenação;

    A mera conduta de ordenar já tipifica, prescinde a efetividade da despesa  

    e) é crime próprio, pois o sujeito ativo é o funcionário público competente para ordenar despesa

         

    Crime próprio só pode ser praticado por funcionário público, e ainda aquele que tenha essa atribuição de ordenar. 

  • Gente, pelo amor de deus. Existe normal penal em PRETO? ou eles realmente viajaram na maionese e inventaram isso?

  • GENTE, ACHO QUE ESSES COMENTÁRIOS QUE DEFINEM A NORMA PENAL EM PRETO ESTÃO EQUIVOCADOS!

    Nunca ouvi falar disso - nem mesmo na graduação - como também pesquisei em livro e no google e não achei. Se alguém souber se realmente existe, por favor me avise!!

    Obrigadaa


ID
1448488
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Na relação entre o funcionário ocupante de cargo público e a Administração Pública existe um especial dever de lealdade e confiança, pois aquele passa a ter conhecimento sobre determinados fatos apenas em razão de sua função, fatos estes que muitas vezes são sigilosos e não podem ser revelados. Considerando isso, analise os itens a seguir:

I – revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo;

II – modificar ou alterar sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação da autoridade competente;

III – facilitar revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

Pratica o crime de Violação de Sigilo Funcional, previsto no Art. 325 do Código Penal, aquele que realiza as condutas previstas nos seguintes itens:

Alternativas
Comentários
  • Violação de sigilo funcional

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

    § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:

    I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;

    II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 

    § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.


  • Letra (d)


    Violação de sigilo funcional - É crime contra a Administração Pública que ocorre quando um funcionário revela fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilita a sua revelação. A conduta caracteriza-se quando o funcionário público revela o sigilo funcional de forma intencional, dando ciência de seu teor a terceiro, por escrito, verbalmente, mostrando documentos etc. 


    A conduta de facilitar a divulgação do segredo, também denominada divulgação indireta, dá-se quando o funcionário, querendo que o fato chegue a conhecimento de terceiro, adota determinado procedimento que torna a descoberta acessível a outras pessoas. O delito não admite a forma culposa.


     A Lei nº 9.983/2000 criou no § 1º do artigo 325 algumas infrações penais equiparadas, punindo com as mesmas penas do “caput” quem: I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. O § 2º estabelece uma qualificadora, prevendo pena de reclusão, de dois a seis anos, e multa, se da ação ou omissão resultar dano à Administração ou a terceiro. A ação penal é pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal.

  • Quem passar vai ser um Odonto-jurista. Vai saber mais sobre direito penal que sobre obturações.

  • Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

     Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

      Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

      Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

  • BRUNO SANTOS DISSE:
    .
    "Quem passar vai ser um Odonto-jurista. Vai saber mais sobre direito penal que sobre obturações."
    .
    EU RI kkkkkkkkk Realmente, já é a terceira questão de Dir. Penal que respondo dessa prova da FGV.

  • adriano,

    geralmente para essas áreas especializadas só caem os crimes contra a adm. (é o critério de desempate)!

     

  • Gabarito: "D" >>> Somente I e III. 

     

    I – revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo; 

    Correto, nos termos do art. 325, CP: " Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave."


    II – modificar ou alterar sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação da autoridade competente; 

    Errado. Aplicação do art. 313-B, CP: "Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa."

     

    III – facilitar revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo. 
    Correto, nos termos do art. 325, §1º, CP: "Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública."

  • Importante: Lei Organização Criminosa 12.850/13 possui tipo específico

    Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a ação controlada e a infiltração de agentes:

    Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

  • Na relação entre o funcionário ocupante de cargo público e a Administração Pública existe um especial dever de lealdade e confiança, pois aquele passa a ter conhecimento sobre determinados fatos apenas em razão de sua função, fatos estes que muitas vezes são sigilosos e não podem ser revelados. Considerando isso, analise os itens a seguir:

    I – revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo;

    Violação de Sigilo Funcional

    CP Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

    § 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 

    I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; 

    II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 

    § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: 

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 

    -------------------------

    II – modificar ou alterar sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação da autoridade competente;

    Modificação ou Alteração não autorizada de sistema de informações

    CP Art. 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: 

    Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 

    Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. 

    Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações

    CP Art. 313-A - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 

    -------------------------

    III – facilitar revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

    Violação de Sigilo Funcional

    CP Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    [...]

    Pratica o crime de Violação de Sigilo Funcional, previsto no Art. 325 do Código Penal, aquele que realiza as condutas previstas nos seguintes itens:

    D) somente I e III; [Gabarito]

  • O motivo da segunda opção estar errada é que ela consta no art 313-B do CP, não no 325.


ID
1455292
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Uma funcionária recém-contratada gostaria de conhecer melhor a cultura da empresa em que começou a trabalhar. Para isso, ela poderia observar:

Alternativas
Comentários
  • A cultura organizacional tem como função apoiar na gestão do capital humano, na dissolução de problemas interpessoais, além de mostrar para a sociedade quais são os valores, as visões e crenças seguidos pela organização.

  • Pessoal, quando vocês forem comentar, coloquem a alternativa certa pfvr.

  • GABARITO: C

    Ao observar os critérios para selecionar e promover funcionários percebemos os VALORES que a empresa busca em seu pessoal. Os valores - assim como os rituais, tradições, mitos, símbolos -  compõem a cultura organizacional.

  • Alguém poderia explicar melhor pq é a alternativa C?

  • Não sei se ajuda, mas foi meu critério para acertar a questão:

    Cultura organizacional vem sempre do interior da empresa,portanto, mercado, números de sócios, clientes...são aspectos ligados à cultura, porém, não a define.

    A única assertiva que retrata EM TUDO os itens que dizem sobre a cultura é a C.

    Abraços.

     

  • Clima organizacional é importante, pois influencia o desempenho dos indivíduos e das organizações. Existem diversos elementos da ambiente organizacional que influenciam no clima organizacional. Entre eles temos:

    - A forma como a comunicação funciona na empresa, pois pode ser mais formalou mais informal;

    - A integração entre as diferentes áreas funcionais;

    - O estilo de gerência ou liderança das chefias;

    - As políticas de recursos humanos (principalmente salários, benefícios e carreira);

    - O  modelo de gestão adotado pela organização; a natureza do trabalho que é executado;
    - O  relacionamento interpessoal;

    - O grau de identificação com a organização e a clareza de objetivos.
     

     

    Rodrigo Renno - Pg 52

  • Alguém pode comentar a letra E ?

  • Kauê, o grau de satisfação dos clientes nao me permite conhecer a cultura de uma organização. O resto da E está certo

  • Gabarito: c

    --

    A) o clima organizacional, os critérios de avaliação de desempenho e o grau de satisfação dos clientes;

    B) a linguagem utilizada, os critérios de seleção de funcionários e o mercado em que a empresa atua;

    C) os critérios de seleção dos funcionários, os critérios de promoção e os rituais;

    D) o número de sócios da empresa, os rituais e o comportamento dos colegas de trabalho;

    E) o grau de satisfação dos clientes, o clima organizacional e o comportamento dos colegas de trabalho.

    Sigam as cores:

    Faz parte da cultura organizacional;

    Não faz parte da cultura organizacional.

    Vejam uma questão parecida Q550210.

  • a) Os critérios de avaliação de desempenho não são elementos da cultura, já que são uma simples escolha de métodos, critérios técnicos que não retratam a personalidade da empresa. O grau de satisfação do cliente também não é elemento da cultura, é resultado obtido.

    b) O mercado em que a empresa atua não é elemento da cultura, já que esta é essencialmente um fenômeno interno à empresa.

    c) Nosso gabarito. Rituais são atividades organizadas e planejadas com um fim específico, de forma a confirmar os valores organizacionais. Fazem parte da cultura. Já os critérios de promoção e seleção demonstram a cultura de forma a evidenciar o que a organização deseja do comportamento dos funcionários.

    d) Errada. O número de sócios não diz nada sobre a cultura.

    e) Errada. O grau de satisfação dos clientes não faz parte da cultura organizacional, é resultado.

    Gabarito: C


ID
1455295
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Uma empresa iniciou um processo de desenvolvimento organizacional como forma de suporte a uma mudança em sua estratégia de negócio. A fase de diagnóstico apontou a necessidade de atenção especial ao desenvolvimento das habilidades de relacionamento interpessoal dos colaboradores, especialmente os de média e alta gerência, a fim de favorecer o trabalho em equipe, a flexibilidade, a criatividade e mitigar eventuais hostilidades. Para tal objetivo, são mais adequadas as seguintes técnicas de desenvolvimento organizacional:

Alternativas
Comentários
  • 1 . Treinamento da sensitividade:ou treinamento da sensibilidade, constitui a técnica mais antiga e ampla de DO. Consiste em reunir grupos chamados T-groups (grupos de treinamento) e que são orientados por um líder treinado para aumentar a sua sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento interpessoal. O resultado consiste em maior criatividade (menos temor dos outros e menos posição de defesa), menor hostilidade quanto aos outros (devido à melhor compreensão dos outros) e maior sensitividade às influências sociais e psicológicas sobre o comportamento no trabalho.Isto favorece a flexibilidade do comportamento das pessoas em relação aos outros. Geralmente é aplicado de cima para baixo, começando na cúpula da organização e descendo até os níveis mais baixos.

     

     

    3. Desenvolvimento de equipes: é uma técnica de alteração comportamental na qual várias pessoas de vários níveis e áreas da organização se reúnem sob a coordenação de um consultor ou líder e criticam-se mutuamente, procurando um ponto de encontro em que a colaboração seja mais frutífera, eliminando-se as barreiras interpessoais de comunicação pelo esclarecimento e compreensão de suas causas. Ao final, a equipe auto-avalia o seu comportamento através de determinadas variáveis descritas na Figura abaixo. A idéia básica é construir equipes através da abertura de mentalidade e de ação das pessoas. No trabalho em equipe são eliminadas as diferenças hierárquicas e os interesses específicos de cada departamento ou especialidade, proporcionando uma predisposição sadia para a interação e, conseqüentemente, para a criatividade e inovação.

  • As técnicas que estão presentes na questão e que permitem melhorar o trabalho em equipe dos indivíduos e diminuir eventuais hostilidades são o treinamento de sensitividade e o desenvolvimento de equipes. As reuniões de confrontação são mais apropriadas aos grupos entre si, e as outras técnicas não fazem nenhum sentido nesse contexto.

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Questão idêntica a Q629791 (prova de 2016 do IBGE para analista)

    Esse assunto é recorrente, e formato de pergunta é mesmo


ID
1455298
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Um grupo em uma fábrica executa tarefas repetitivas, desagradáveis e estressantes. Como forma de compensar essa situação, o comportamento de liderança mais adequado seria:

Alternativas
Comentários
  • A FGV considera como gabarito a letra D sem mencionar autores e abordagens. Eu considero que o Democrático e Participativo também sejam formas de compensação.  Vai entender a banca.
  • Na Teoria de House o tipo de liderança apoiador é indicado para tarefas repetitivas, desagradáveis, estressantes ou frustrantes. E nesse caso, o líder tem compromisso com a cordialidade e o bem-estar dos subordinados. É aberto e trata os subordinados como iguais.

    A questão, então, traz os tipos de lideranças da Teoria de House (Teoria Trajetória-Meta ou Caminho-Meta). Nela são definidos quatro estilos do líder, no qual é função deste auxiliar os liderados na consecução de suas metas, assegurando que elas estejam compatíveis com os objetivos organizacionais. Nessa teoria os liderados são motivados pelo comportamento do líder ou estilo do líder na medida em que este influência nas expectativas e valências. Dentre os estilos são:

    1 - Líder Diretivo: É indicado para realização de tarefas ambíguas, pois o líder explica o que se deve fazer e como devem ser realizadas as tarefas pelos subordinados.

    2 - Líder Apoiado: Indicado para tarefas repetitivas, estressantes e desagradáveis, pois o líder atuará de forma aberta, tratando os subordinados de forma igualitária.

    3 - Líder Orientado para os Resultados: O comportamento do líder é de confiança no grupo, ou seja, confia que o grupo irá atingir o desempenho elevado. Ele enfatiza a definição de objetivos claros e desafiadores aos subordinados.

    4 - Líder Participativo:  O comportamento do líder é de consulta aos subordinados no processo decisório, pois esses, geralmente, têm maior crença em sua capacidade de cumprir a tarefa e costumam conhecê-la bem. Desse modo, os subordinados possuem certa autonomia diante do domínio claro de suas atividades.

    Fonte: Spector(2012).


  • House e Dessler propõem 4 tipos de liderança:

    .

    Lider Apoiador - se preocupa com os assuntos e necessidades das pessoas. Trata subordinados como iguais.

    .

    Lider Diretivo - Conta aos subordinados exatamente o que pretende fazer.

    .

    Lider Participativo - consulta os subordinados a respeito das decisões. O lider pergunta opiniões e sugestões.

    .

    Lider orientado para resultados - formula objetivos claros e desafiadores aos subordinados visando melhoria de desempenho.

  • por que o democratico nao seria?

  • Só pensar, vc concurseiro ferrado. Tarefas estressantes (estudar), tarefas repetitivas (resolver questões) e tarefas desagradáveis (revisões). Certamente, vc precisa de APOIO.

    Brincadeiras à parte, nas situações da questão, um líder apoirador seria muito bem vindo.

    Bons Estudos !!

  • INTERPRETATIVA!

    A) Ser democrático, significa dar abertura para os subordinados darem suas opiniões nas decisões. Agora pense: que decisões? Como a questão diz, o grupo exerce atividades repetitivas, desagradáveis e estressantes, então em que esses subordinados poderiam ajudar a decidir? por que um administrador daria poder de decisão a um grupo que simplesmente executa tarefas? Não dá!!

    B)Diretivo não motiva

    C) Participativo - consulta os subordinados a respeito das decisões. De novo, mesmo motivo da A

    D) Apoiador.Ótimo! se preocupa com os assuntos e necessidades das pessoas. Trata subordinados como iguais. Trabalhos repetitivos, desagradáveis e estressantes, associados a tarefas estruturadas demais, pedem um líder do tipo "apoiador".

    E) Orientado p resultados: formula objetivos claros e desafiadores aos subordinados visando melhoria de desempenho. Nesse, o líder incentiva aprendizado contínuo, define metas arrojadoras e busca atingir um alto desempenho. De novo! Como isso seria possível com um grupo que só executa tarefas repetitivas? que meta? que aprendizado?

  • Vimos que a liderança apoiadora é mais voltada para tarefas estruturadas e repetitivas. Observe o tipo de liderança ideal para cada tipo:

    ·     Líder diretivo: tarefas ambíguas e estressantes.

    ·     Líder apoiador: tarefas estruturadas e repetitivas.

    ·     Líder participativo: subordinado com centro de controle interno.

    ·     Líder orientado para resultados: tarefas estruturadas de maneira ambígua.

    Gabarito: D


ID
1455301
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Uma pesquisa sobre valores e expectativas de recompensa no trabalho realizada junto a uma equipe apresentou os seguintes resultados: a maioria dos membros da equipe valoriza as relações pessoais, o bom clima organizacional e a cooperação; a maioria está satisfeita com o salário; a maioria percebe que seus esforços são menos recompensados que os esforços dos colegas. De acordo com as teorias de motivação, a maioria dos membros do grupo apresenta:

Alternativas
Comentários
  • a maioria dos membros da equipe valoriza as relações pessoais, o bom clima organizacional e a cooperação (= necessidade de afiliação, união)

    a maioria percebe que seus esforços são menos recompensados que os esforços dos colegas (= percepção de iniquidade, injustiça).

  • A questão abordou a Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland e, de maneira mais discreta, a Teoria da Equidade de Adams.


    A Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland diz que os indivíduos tem suas necessidades geradas a partir das experiências de vida. Ele dividiu as necessidades em: de afiliação, de poder e de realização.


    Os indivíduos que possuem uma alta necessidade de afiliação desejam ter bons relacionamentos e amizades


    O estudo mostrou que pessoas com alta necessidade de realização são melhor aproveitadas em tarefas mais difíceis, enquanto os indivíduos com alta necessidade de poder são melhores gerentes.


  • o que me deixou em dúvida foi o fato de haver um bom clima organizacional e existir mesmo assim  a NECESSIDADE DE AFILIAÇÃO.

  • LETRA E

     

    Teoria das necessidades adquiridas de McClelland

     

    Macete : RAP do MC Clelland

     

    Segundo McClelland existem 3 tipos de motivação:

     

     

    a) Necessidade de Realização: [...]" Realizar algo difícil. Dominar, manipular ou organizar objetos  físicos , seres humanos ou ideias. Fazer isto o mais rápido e independentemente possível.  Superar obstáculos e atingir um alto padrão. Exceder a si mesmo.[...];

    b) Necessidade de Afiliação: [...] Preferem atividades que envolvam contatos com outras  pessoas e investem mais tempo mantendo relações sociais, juntando-se a grupos e querendo ser aceitas. Possuem, portanto, relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis.[...];

    c) Necessidade de Poder: Refletem o desejo de influenciar, treinar, ensinar ou encorajar os outros a concretizarem suas realizações. É uma necessidade expressa na vontade de controlar ou influenciar direta ou indiretamente outras pessoas, fazendo com que ajam de uma maneira que não fariam naturalmente.[...];

    FONTE:  DURAN, Cristiana. Gestão de Pessoas – Coleção Concursos Públicos. 1º edição. Salvador: JusPODIVM, 2016.

     

     

    Teoria da Equidade de Stacy Adams

    Essa teoria afirma que a equidade, ou seja, a percepção de que o que ganhamos está em linha com o que oferecemos em troca (e em relação aos outros), é um aspecto motivador. Assim, há a noção de que essa relação de justiça teria um impacto significativo na motivação.


     

    Ex: esforços são recompensados da mesma forma que os esforços dos colegas = equidade

    Ex: seus esforços são menos recompensados que os esforços dos colegas = iniquidade

     

  • David McClelland, enfoca três necessidades importantes

    que ajudam a explicar a motivação:

    • Necessidade de Realização (Competir) – busca da excelência, de

    realização com relação a determinados padrões, ímpeto para alcançar

    sucesso.

    • Necessidade de poder (Exercer influência) – necessidade de fazer que

    os outros se comportem de um modo que não o fariam naturalmente.

    • Necessidade de afiliação (Relacionar-se)– desejo de relacionamentos

    interpessoais próximos e amigáveis.

  • mesma dúvida do colega Joao Vitor...

    Só definição das teorias não ajuda a compreender a questão...

    Por que Afiliação se já existe um bom clima organizacional?

  • Comentário:

    De acordo com a Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland, as necessidades superiores são divididas em 3 (três) categorias: afiliação (quem deseja se relacionar, fazer parte de um grupo, ter boas relações no trabalho, etc), poder (desejo de influenciar pessoas e ter poder de mando) e realização (necessidade de obter sucesso, formular metas desafiadoras, desenvolver-se profissionalmente, etc). Observe a imagem abaixo para relembrar um pouco dessa teoria: 

     

    Aproveitando a oportunidade para revisar também a Teoria da Equidade, temos que, ao realizar uma comparação com outros trabalhadores em situação semelhante, está implícita a busca por um tratamento justo, motivando os indivíduos a agirem na direção da equidade, quando há injustiça. Então as seguintes situações podem ocorrer:

    a)           INIQUIDADE NEGATIVA: As compensações pagas são injustas quando comparadas com outros indivíduos e em relação ao esforço despendido. O trabalhador tende a se esforçar menos ou até sair da organização em busca da equidade. Sentimento de insatisfação;

    b)           EQUIDADE: A relação retribuição-esforço é justa. Não necessariamente o indivíduo recebe exatamente os mesmo benefícios, mas, se recebe mais, trabalha mais, ou, se recebe menos, trabalha menos. Nesse caso o trabalhador tende a permanecer no estado atual de contribuição à organização;

    c)           INIQUIDADE POSITIVA: O indivíduo é mais bem compensado do que as pessoas com as quais se comparou. Tende a se motivar mais a aumentar seus esforços na busca pelos objetivos da organização;

    Analisando a questão:

    ·  Valorização de relações pessoais e bom clima organizacional:   

                                                                NECESSIDADES DE AFILIAÇÃO;

    ·  

    Além disso, de acordo com a Teoria da Equidade de Adams, o grupo percebe que não possui uma relação esforço-desempenho justa, em comparação com os outros colegas de trabalho. Assim, há iniquidade (ausência de igualdade ou justiça) no trabalho:

                                                               PERCEPÇÃO DE EQUIDADE OU IGUALDADE;

    Logo, nosso item correto é a letra e).

    Gabarito: E

  • Eu aprendi a diferença entre a Percepção de Equidade e Percepção de Iniquidade nessas duas questões no entendimento da FGV:

    Q519309 - Percepção de Equidade - percebem que seus esforços são recompensados da mesma forma que os esforços dos colegas.

    Q485098 - Percepção de Iniquidade - a maioria percebe que seus esforços são menos recompensados que os esforços dos colegas.


ID
1455304
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O gerente de uma empresa recebeu os resultados das avaliações de desempenho de seus subordinados. A empresa em que trabalham é familiar e tradicional, preza-se a hierarquia e o tempo de casa, e esta foi a primeira vez em que houve uma avaliação de desempenho do tipo 360 graus. Os resultados das avaliações não foram bons e o gerente reuniu-se com os subordinados para falar sobre o assunto. Na reunião, o gerente manteve-se de pé e declarou que os resultados do grupo eram “uma vergonha, depois de tantos anos de dedicação à empresa” e que todos deveriam ler os relatórios de avaliação de cada colega do grupo, “como forma de encontrarmos onde falhamos e quem deveria ter trabalhado melhor”. Decorrido certo tempo depois da reunião, o clima no grupo era de desânimo e desmotivação e o absenteísmo aumentou. Os seguintes aspectos do processo de comunicação podem ter contribuído para o efeito observado:

Alternativas
Comentários
  • D) mensagem mal codificada e aspectos emocionais;
  • O canal de comunicação que foi a reunião não foi inadequado.

    Feedback é algo positivo então não seria um processo ruím de comunicação, muito pelo contrário. Nada como um feedback para corrigir falhas na comunicação.

    Não houve sobrecarga de informação.

    O problema foi a mensagem enviada pelo o emissor O chefe, muito mal codificada por ele influenciando assim nos aspectos emocionais da equipe, que mexeu com a motivação dos mesmos.

  • Pelo enunciado da questão:

    1- O canal de comunicação: foi adequado, pois a reunião é um canal rico de comunicação;

    2- Aspectos emocionais: sim contribuiu - foi inadequado -, pois o gerente estava frustrado com a avaliação de desempenho ruim .

    3- Feedback: sim contribuiu - foi inadequado  -,pois o gerente devia focar no motivo do baixo desempenho do trabalho (SER IMPESSOAL E DESCRITIVO) e não levar para o lado emocional (PESSOAL);

    4- Sobrecarga de informação: pela leitura do enunciado, NÃO HOUVE .

    5- Mesagem mal codificada: sim contribuiu - foi inadequado -, pois o gerente transmite a mensagem (o canal usado para transmitir a mensagem foi a FALA) e mostra sua frustração e indignação; a entonação de voz, sua postura ,já que ele ficou de pé , mostrando  aos subordinados seu desapontamento.

  • Para mim está tudo certo..afs

     

  • GAB D

    Dizer que a mensagem foi mal codificada, significa que o chefe não escolheu bem as palavras, deixando transparecer seus aspectos emocionais.


ID
1455307
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Na reunião de trabalho de uma equipe, os funcionários A e B entraram em conflito sobre a melhor forma de abordar determinado problema. Como não houve consenso, a reunião foi suspensa pelo gerente. Outra reunião foi marcada, mas, desta vez, A enviou uma mensagem a toda a equipe, informando que não iria participar da nova reunião e declarando abertamente sua hostilidade em relação a B. Os conflitos descritos são, respectivamente, de:

Alternativas
Comentários
  • Tipos de conflito
    Segundo Robbins (2002), o conflito ainda pode ser dividido em conflito de tarefa, de processo e de relacionamento.
    Conflito de tarefa: está relacionado ao conteúdo e às metas estipuladas para o trabalho.
    Conflito de relacionamento/interpessoais: envolve situações complexas, movidas pelo relacionamento entre duas pessoas ou mais.
    Conflito de processo: relaciona-se ao fato de como o trabalho é executado.

  • Gabarito A

    Conflito de tarefa: Qual o problema?

    Conflito de processo: Como resolver o problema?


ID
1455310
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Um gerente identificou em sua equipe um funcionário com grande potencial para crescer na empresa. O funcionário tem boa formação técnica, capacidades conceituais e analíticas bem desenvolvidas, bom relacionamento interpessoal e atitude proativa. No entanto, o gerente considera que o funcionário precisa “conhecer melhor a interação entre as diversas áreas e os projetos mais complexos que a empresa desenvolve”. Para atender a esse objetivo, seriam adequados os seguintes métodos de desenvolvimento de pessoas:

Alternativas
Comentários
  • são dez métodos de desenvolvimento de pessoas: Rotação de cargos; posições de assessoria; atribuições de comissões; aprendizagem técnica; estudo de casos; treinamento; jogos de empresas; centros de desenvolvimento internos; exercícios de simulação e participação em cursos e seminários externos.

    os que se aplicam: atribuições de comissões e posições de assessoria.

  • Se cabe responder por eliminação...

    - seminários externos divergem da proposta de conhcer melhor os projetos da empresa: tornam erradas as opções C e E.

    - treinamento comportamental não converge ao perfil do profissional apresentado: tornam erradas as opções  A e D.

    - Sobra a B como correta.

  • a) tutoria (mentoring - treinamento para o cargo) e treinamento comportamental (técnica de Desenvolvimento Organizacional - Treinamento de sensitividade)
    b) atribuição de comissões e posições de assessoria;
    c) participação em seminários externos (fora da organização) e rotação de cargos (ideal para o exemplo da questão)
    d) posições de assessoria e treinamento comportamental;
    e) atribuição de comissões e participação em seminários
    externos (fora da organização)

  • A questão, de cunho interpretativo, pede que você procure técnicas que permitam o funcionário ter a visão de outras áreas na organização,
    entendendo como as várias partes se conectam. A técnica que me veio à cabeça imediatamente foi a rotação de cargos, que não está presente nas alternativas. Apesar disso, ocupar posições em comissões e assessorias também permitem ganhar uma visão mais ampla sobre outras coisas que acontecem na organização, sendo a mais apropriada como resposta à esta questão.

     

    Gabarito: B

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Quando falamos de conhecimento da empresa como um todo e da dinâmica de suas diversas áreas, a primeira opção de aprendizagem que vem à minha cabeça é a rotação de cargos, técnica em que o treinamento passar por vários departamentos da empresa, “vivendo” a realidade e o trabalho de cada setor por um período. Mas esta opção não se encontra entre as alternativas, exceto na letra c), que não está correta, pois seminários externos são aqueles realizados fora da empresa, portanto não se traduz em contato com as diferentes áreas da organização. Assim, apontamos como alternativa correta a letra b), pois ao participar de comissões dentro da empresa e posições de apoio de outros profissionais (assessoria), conhece-se a realidade e se tem contato com outras pessoas e, consequentemente, outras áreas dentro da organização e suas atribuições.

    Gabarito: B

  • Alternativa A: Errado. A tutoria consiste na assistência que executivos da cúpula oferecem a pessoas que aspiram subir a níveis mais elevados na organização. É uma técnica que poderia auxiliar nos objetivos de treinamento abordados no enunciado. Porém, o treinamento comportamental é adequado para solucionar problemas das interrelações no contexto do trabalho por meio da modificação de atitudes. De acordo com o enunciado, o funcionário já possui bom relacionamento interpessoal e atitude proativa, ou seja, já apresenta bom comportamento. Dessa forma, a alternativa está incorreta.

    Alternativa B: Certo. A atribuição de comissões é uma oportunidade para a pessoa compartilhar da tomada de decisões, aprender pela observação e pesquisar problemas específicos da organização. Atribuições temporárias são interessantes e desafiadoras, pois aumentam a exposição da pessoa aos outros membros da organização, amplia a compreensão e proporciona oportunidades de crescimento. Posições de assessoria, por sua vez, significa dar a oportunidade para que a pessoa, com elevado potencial, trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem-sucedido em diferentes áreas da organização. Ambas as técnicas se mostram adequadas aos objetivos de desenvolvimento do funcionário em questão, que apresenta grande potencial, mas limitada visão da empresa.  

    Alternativa C: Errado. A participação em seminários externos consiste em uma forma tradicional de desenvolvimento por meio de cursos formais de leitura e seminários. Não seria adequada aos objetivos estabelecidos. A rotação de cargos, por sua vez, seria adequada para ampliar a visão do funcionário sobre a empresa, pois nessa técnica, o colaborador é movimentado para aprender as funções desempenhadas por seus colegas e obtém assim uma compreensão maior da organização.

    Alternativa D: Errado. Como mencionado anteriormente, posições de assessoria é uma técnica adequado aos objetivos estabelecidos. Porém, o treinamento comportamental não seria necessário pois o funcionário já apresenta atitudes proativas.  

    Alternativa E: Errado. A atribuição em comissões de adéqua aos objetivos do enunciado. A participação em seminários externos, por sua vez, por ser uma técnica tradicional de desenvolvimento por meio de cursos formais de leitura e seminários, não possibilita a ampliação da visão do funcionário acerca da sua organização. Por esse motivo, a alternativa está incorreta. 

    Gabarito: B

  • Posições de assessoria: Oferece oportunidade para que a pessoa com elevado potencial trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem-sucedido, em diferentes áreas da organização. Trabalhando como assistente de staff ou em equipes de assessoria direta, a pessoa pode desempenhar diferentes tarefas sob a condução apoiadora de um gerente.

    Atribuição em Comissões: Oferece oportunidade para o funcionário participar de comissões de trabalho - compartilhar da tomada de decisões, aprender pela observação dos outros e pesquisar problemas específicos da organização.

    Fonte: Gestão de Pessoas para concursos - Andréia Lins Ribas e Cassiano Ramalho Salim


ID
1455313
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Uma empresa atua em um ambiente de forte concorrência, adotando estratégia de negócio prospectiva e ofensiva. Nesse contexto, a estratégia de recursos humanos relativa ao treinamento e desenvolvimento de pessoas deve estar voltada para:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E, mas fiquei em dúvida e acabei marcando a D. Alguém poderia elucidar o item?

  • Alguém? 

  • "CAPACIDADE OFENSIVA = representa que a empresa possui maior capacidade e competência classificadas em força para capturar as oportunidades mapeadas no ambiente externo

    CAPACIDADE DEFENSIVA = representa que o ambiente externo é mais hostil, com maior quantidade de ameaças do que oportunidades. Entretanto a empresa possui capacidade e competência para combater os fatores externos negativos" (MARSHALL JR. et alii)

  • De acordo com Chiavenato, o treinamento numa Estratégia Conservadora e Defensiva é pautado por:

    Treinamento Individual, Treinamento no Cargo, Treinamento Específico, Comparação de Habilidades

    Já o treinamento numa Estratégia Prospectiva e Ofensiva é pautado por:

    Treinamento em equipe, Treinamento Externo, Treinamento Genérico para Flexibilidade e Construção de Habilidades.

  • ....adotando estratégia de negócio prospectiva e ofensiva. 

    Ninguém tem bola de cristal! Se a estratégia é prospectiva  então ela é  voltada para um conjunto de pesquisas a respeito de fenômenos técnicos, tecnológicos, científicos, econômicos, sociais etc., que procura prever a evolução de mercado..


  •              

                                                             Estratégia Conservadora e Defensiva             x          Estratégia Prospectiva e Ofensiva

    Na área estratégica de                                Treinamento individual                                               Treinamento em equipe

          Treinamento                                         Treinamento no cargo ·                                              Treinamento externo ·

                                                                         Treinamento específico                                           Treinamento genérico para flexibilidade 

                                                                       Comparar Habilidades                                                Construir habilidades

         

     

    Fonte: http://www.ceap.br/material/MAT2904201031842.pdf

    P.S.: Esse link dá numa apostila bastante esclarecedora sobre Planejamento Estratégico de Pessoas ;-)

     

  • a gente estuda todo o amteiral do estrategia e quando vem para as questões não sabe de onde brota

     

  • o treinamento genérico é voltado para a flexibilidade, uma estratégia ofensiva/prospectiva, por isso não pode ser a E.


ID
1455316
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Um estagiário foi contratado pela empresa em que trabalhava, assumindo o cargo de analista, mas desempenhando as mesmas atribuições de antes. A partir do momento em que assumiu o cargo, tornou-se mais sério e contido em sua expressão verbal, passou a usar roupas de cor sóbria e se afastou dos demais estagiários com quem costumava almoçar. Seu chefe perguntou a razão dessas mudanças, e o estagiário respondeu “- Não sou mais um estagiário, devo me comportar de acordo com o meu cargo e minha responsabilidade”. Isso sugere que houve, por parte do estagiário, uma mudança de:

Alternativas
Comentários
  • Para Chiavenato (2010) a expectativa de papel  refere-se ao modo como os outros esperam que a pessoa reaja em determinada situação e se comporte ao assumir um papel que lhe foi designado. Enquanto, que a percepção de papel  refere-se à visão da pessoa, que recebeu uma atribuição nova, um novo papel, de como ela percebe que deve se comportar nesse papel que lhe foi atribuído. E ambos, expectativa e percepção de papel, fazem parte da identidade de papel.

  • GAB. C

     

    Expectativa de papel: como os OUTROS esperam que a pessoa reaja;

    Percepçao de Papel: visão DA PESSOA que recebeu uma nova atribuição.


ID
1455319
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Uma equipe de cinco pessoas é responsável por projetos de grande complexidade. Cada um é especialista em sua área de atuação e as decisões acerca do trabalho a ser realizado exigem interação e troca de ideias, e muitas vezes surgem conflitos entre os membros da equipe. Nas situações de conflito, observa-se que o gerente intervém buscando fazer com que cada um “ceda um pouco”, de forma a construir um compromisso para as ações futuras. A abordagem de administração de conflitos utilizada pelo gerente é:

Alternativas
Comentários
  • Técnicas de resolução de conflito
    Existem inúmeras técnicas de resolução de conflitos. As principais são:
    Técnica
    Descrição
    Resolução de problemas
    Discussão aberta.
    Metas superordenadas
    Criação de uma meta compartilhada que não possa ser atingida sem a cooperação entre as partes conflitantes.
    Expansão de recursos
    Quando o conflito é causado pela escassez de um recurso, a expansão do recurso pode criar uma solução ganha-ganha.
    Não enfrentamento
    Suprimir o conflito ou evadir-se dele.
    Suavização
    Minimizar as diferenças entre as partes conflitantes, enfatizando os interesses comuns.
    Concessão
    Cada uma das partes abre mão de algo valioso.

    Comando autoritário
    A administração usa a autoridade formal para resolver o conflito e, depois, comunica o desejo às partes envolvidas.
    Alteração de variáveis humanas
    Técnicas de mudança comportamental, tal como treinamento em relações humanas, para alterar atitudes e comportamentos que causem conflitos.
    Alteração de variáveis estruturais
    Mudanças na estrutura formal da organização e nos padrões de interação entre as partes conflitantes, por meio de redesenho de atribuições, transferências, criação de posições coordenadas etc.

  • concessão - cada uma das partes abre mão de algo valioso (Robbins)

    colaboração e acomodação - estilo de gestão de conflitos (Chiavenato)

    não enfrentamento - técnica de administração de conflito (Robbins)

    competição - tática de gestão de conflitos (Gilberto Teixeira)

  • concessão?? de onde surgiu essa??? eu conhecia como compromisso.

  • Complementando...

     

    Olá Ana Carolina, o estilo de compromisso, compromisso negociado ou concessão; 

    Envolve assertividade e cooperação em porções moderadas e é apropriado quando os objetivos das partes são igualmente importantes, quando têm igual poder, quando se quer reduzir as diferenças ou quando precisam chegar a alguma solução temporária sem pressão de tempo. É utilizado quando uma parte aceita ganhos e perdas na solução, podendo-se chegar a um resultado de compromisso. [...]

     

    FONTE:  DURAN, Cristiana. Gestão de Pessoas – Coleção Concursos Públicos. 1º edição. Salvador: JusPODIVM, 2016.

     

    [Gab. C]

     

    bons estudos

  • CONCESSÃO: Também chamada de COMPROMISSO ou TRANSIGÊNCIA. Cada indivíduo ou grupo de pessoas percebe que "ceder um pouco é o melhor caminho". O resultado seria uma relação intermediária que seja aceitável para ambas as partes. Ambas estão ganhando alguma coisa, mas também abrindo mão de algo que valorizam e não ficam muito satisfeitas com o resultado. Muitas vezes, acaba reabrindo um conflito futuro.

     

    RODRIGO RENNÓ - Estratégia Concursos

  • Importante diferenciar:

    1 - Compromisso ou concessão ou Transigência = "cada um cede um pouco"

    2- Colaboração = ganha-ganha / todos colaborando. 

  • Para Berg (2012) existem várias maneiras de abordar e administrar conflitos, porém uma das mais eficazes é denominada de “Estilos de administração de Conflitos”, método criado por Kenneth Thomas e Ralph Kilmann, que propõem cinco formas de administrar conflitos, conforme a seguir:

     

    a) Competição: é uma atitude assertiva e não cooperativa, onde prevalece o uso do poder. Ao competir o individuo procura atingir seus próprios interesses em detrimento dos da outra pessoa, é um estilo agressivo onde o individuo faz uso do poder para vencer.

    b) Acomodação: é uma atitude inassertiva, cooperativa e autossacrificante, o posto da competição, onde ao acomodar-se a pessoa renuncia aos seus próprios interesses para satisfazer os interesses de outra parte. É identificada como um comportamento generoso, altruísta, e dócil.

    c) Afastamento: é uma atitude inassertiva e não cooperativa, pois ao afastar-se a pessoa não se empenha em satisfazer os seus interesses e nem tampouco coopera com a outra pessoa. O indivíduo se coloca à margem do conflito, adiando-o ou recuando perante situações de ameaça.

    d) Acordo: é uma posição intermediária entre a assertividade e cooperação, onde o individuo procura soluções mutuamente aceitáveis, que satisfaçam parcialmente os dois lados. O acordo significa trocar concessões, ou então procurar por uma rápida solução de meio termo.

    e) Colaboração: é uma atitude tanto assertiva quanto cooperativa, onde ao colaborar o indivíduo procura trabalhar com a outra pessoa tendo em vista encontrar uma solução que satisfaça plenamente os interesses das duas partes.

     

    Berg (2012) afirma ainda que não existe estilo certo ou errado para gerir conflitos, e que cada um pode ser apropriado e efetivo dependendo da situação, do assunto a ser resolvido e dos personagens envolvidos. O importante é conhecer e servir-se das várias opções a nossa disposição para manejar conflitos e aprender a utilizar suas técnicas.

     

    Nem todo conflito é igual e nem todo conflito deve ser abordado da mesma forma, conforme Burbridge e Burbridge (2012), por esta razão o gestor precisa saber como e quando usar cada ferramenta a sua disposição, como: negociação, poder, litígio, arbitragem, ouvidoria, conciliação, e diversas ouras ferramentas disponíveis. Portanto o desafio está em saber o que aplicar em cada ocasião, procurando escolher e aplicar as técnicas de forma inteligente.

     

    https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/conflitos-transformando-em-oportunidades/

  • Estilos de administração de Conflitos

    Para Berg (2012) existem várias maneiras de abordar e administrar conflitos, porém uma das mais eficazes é denominada de “Estilos de administração de Conflitos”, método criado por Kenneth Thomas e Ralph Kilmann, que propõem cinco formas de administrar conflitos, conforme a seguir:


    1. Cooperatividade (o grau em que uma parte tenta satisfazer os interesses da outra parte).

    2. Assertividade (o grau em que uma parte tenta satisfazer seus próprios interesses).


    ● Evitação – É a fuga do conflito! A pessoa, portanto, nem é assertiva nem colaborativa.

    ● Acomodação – Reflete um alto grau de cooperação, sem assertividade. É a busca pela harmonia! Nesse estilo buscamos somente satisfazer o outro, sem buscar nossos interesses!

    ● Competição – Nesse estilo somos assertivos, ou seja, queremos a todo custo satisfazer nossos interesses, pouco importando os do outro. Ocorre quando queremos impor nossa posição!

    ● Compromisso – Nesse estilo, cada pessoa ou grupo cede um pouco para que uma solução intermediária ou “aceitável” aconteça. Dessa forma, cada parte cede e ganha algo de “valor”. Entretanto, como cada parte “perde” algo, pode-se semear outro conflito futuro (ou seja, o conflito seria somente “empurrado com a barriga”). O importante nesse caso é um ―jogo de cintura‖ e uma busca por uma situação aceitável para as duas partes.

    ● Colaboração – Necessita tanto de cooperação quanto de assertividade para funcionar. O objetivo é que todas as partes saiam ganhando, e é baseado na negociação e no comprometimento das partes.


    Apostila de Administração – Prof. Heron Lemos – Tiradentes Online

  • COMPROMISSO/CONCESSÃO => cada parte aceita ganhos e perdas

    COLABORAÇÃO => ambas as partes ganham


ID
1455322
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O depoimento judicial de crianças e adolescentes, especialmente no caso de violência sexual, é assunto polêmico, rebatido em diversas oportunidades por vários especialistas, assim como pelo Conselho Federal de Psicologia. Entre os argumentos mais conhecidos contrários ao chamado depoimento sem dano ou depoimento especial de crianças, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O excesso de intervenções e/ou avaliações técnicas é prejudicial e pode causar dano psíquico. Todavia, há igual desrespeito ao sujeito quando ele é obrigado a falar de um acontecimento traumático, como é o caso do Depoimento sem Dano. Mais grave ainda quando este momento é gravado, passando a constituir prova de um processo judicial. “Reconhecer a palavra da criança e do adolescente, ou o direito de se expressarem, é diferente de sacralizar a palavra destes” (MARLENE IUCKSH, 2007). O discurso de uma criança ou de um adolescente, quer em uma inquirição, quer em uma avaliação psicológica, precisa ser contextualizado e tratado conforme as vicissitudes de cada caso, jamais analisado isoladamente. Esse assunto merece amplo debate com todos os setores envolvidos, principalmente com os técnicos responsáveis pelo atendimento de tais situações. Todo o esforço deve ser feito no sentido de não expor crianças e adolescentes em situações de evidente constrangimento e sofrimento. Não acreditamos que uma sala “especialmente projetada para esse fim, a qual conterá os equipamentos próprios e adequados à idade e à etapa evolutiva do depoente”, possa garantir a “diminuição de sofrimento e não causar danos”. Questionamos: “em uma situação traumática, inúmeros sintomas podem se colocar no universo infantil, dentre eles, o silêncio. Se a criança se cala, é preciso respeitar o seu silêncio, pois é sinal que ainda não tem como falar sobre isto.” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007). http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/08/livro_escuta_FINAL.pdf

    Falando sério sobre a escuta de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência e a rede de proteção – Propostas do Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2009.

  • "Não acreditamos que uma sala “especialmente projetada para esse fim, a qual conterá os equipamentos próprios e adequados à idade e à etapa evolutiva do depoente”, possa garantir a “diminuição de sofrimento e não causar danos”.(...) “em uma situação traumática, inúmeros sintomas podem se colocar no universo infantil, dentre eles, o silêncio. Se a criança se cala, é preciso respeitar o seu silêncio, pois é sinal que ainda não tem como falar sobre isto.” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007)"

    Essa é a posição do Conselho Federal de Psicologia. Alegando que o depoimento especial não garante o respeito com a criança vítima de violência.

  • Gab B

    o depoimento judicial desrespeita a vontade da criança em manter o silêncio, confundindo o direito de expressão com a obrigação de depor;


ID
1455325
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

As consequências da violência doméstica contra a criança podem assumir várias formas, tanto em quantidade quanto em intensidade, embora seja difícil determinar precisamente o impacto produzido sobre ela. A esse respeito, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão de imediato pensei a errada era alternativa A, mas ao longo da análise vemos que as alternativas B e C trazem de forma dosada as possibilidades de meno prejuízo quanto ao suporte e apoio na situação de violência com a criança. Dessa forma, ao deparar com a alternativa D, é impossível pensar em violência e eliminação na mesma frase.

  • Penso que a violência de um desconhecido tende a produzir o dano da violência, no segundo caso, persiste o dano da violência incluindo a dor da perda de confiança, o rompimento de uma relação importante para a criança. Afirmação a) verdadeira

    A intervenção e o auxilio dos profissionais e da justiça tende a reparar o dano, se bem realizados. b) verdadeira
    O apoio de pessoas significativas tende a ser reparador. c) verdadeira
     O afastamento do lar é mais uma violência à criança e deve ocorrer apenas em casos excepcionais, quando esse realmente é o único recurso para criança. d) questão errada.
    um elevado grau de autoestima é um fator que promove a resiliência. e) correta.


  • D

    o afastamento da criança do lar doméstico elimina o prejuízo emocional decorrente da violência;

    Sendo afastada do lar, ela sofre violência duas vezes, ou seja, a pessoa agride e "quem tem quem sair é a vítima".

  • Gab D

    o afastamento da criança do lar doméstico elimina o prejuízo emocional decorrente da violência; Errado


ID
1455328
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Ao desenvolver o complexo de Édipo e situar a bissexualidade nos fundamentos da libido, Freud organiza a posição sexuada, homem e mulher, de acordo com a dialética daquilo que Lacan chama de significante da falta, a saber:

Alternativas
Comentários
  • A questão assusta porque menciona LACAN. Mas é tranquila de resolver: falo!

  • "Segundo Freud, o elemento organizador da sexualidade é o falo. Não podemos esquecer que ele não o confunde com o órgão sexual masculino, mas sim com a representação que se constitui com base nesta parte anatômica."


    Ao descrever as principais teorias sexuais formuladas pelas crianças, Freud afirma que a primeira teoria sexual elaborada pelas crianças decorre do desconhecimento da diferença entre os sexos. As crianças atribuem um pênis a todas as pessoas, inclusive à sua mãe. Ao se depararem com os órgãos genitais femininos, o menino conclui que o pênis da menina ainda é pequeno já que ela também é pequena, mas quando ela crescer, seu órgão também será grande. Freud esclarece que a ideia da universalidade do pênis leva ao desconhecimento da existência da vagina.

    Como a vagina ainda não foi descoberta por ambos os sexos, não existe, portanto, a antítese masculino-feminino. Não sendo ainda considerado o sexo feminino, o que existe é a antítese castrado – não castrado. O menino compreende o sexo feminino como falta de pênis, pois a anatomia feminina nada dá a perceber (Freud, 1923, p. 161).

    É importante ressaltar que a formulação freudiana sobre a primazia do falo é essencial para compreender o feminino, visto que permite compreender o falo de duas maneiras: como presença (nos meninos) ou ausência (nas meninas). Assim, ao atentar para aquilo que indica a diferença do feminino frente ao masculino, o feminino seria remetido a uma falta. Não se trata da falta de um órgão, o pênis, mas de um símbolo do sexo feminino.

    É importante ter em mente que a teoria da sexualidade em Freud não tem nada de desenvolvimentista, ao contrário, ele rompeu com qualquer perspectiva de desenvolvimento. A noção de sexualidade proposta por ele é articulada no inconsciente e, portanto, não é fundamentada pela biologia ou tampouco pelo instinto, mas pela pulsão (Elia, 2004, p. 62). 

  • A criança irá construir imaginariamente sua realidade psíquica que pressupõe que ali onde não tem, falta alguma coisa. A noção de falta de um objeto é, pois, fruto de uma elaboração psíquica da criança diante da diferença anatômica entre os sexos. O falo é, portanto, o objeto que falta.

    A leitura lacaniana deixa claro que o falo não designa uma fase, e sim um ponto de articulação. Trata-se de um significante ordenador. O falo é um significante2 (Lacan, 1958, p, 693). Ele permite ao sujeito o acesso a um ponto para o qual não há qualquer significante, ponto este em que o sexual como tal é representado no inconsciente. Não foi à toa que “Freud chamou de castração, o ponto em que o próprio falo, como significante, incide como faltoso” (Elia, 2004, p. 66).

    Segundo Lacan, o complexo da castração inconsciente, em sua vinculação fundamental com o falo, tem uma função de nó. Esta está ligada na estruturação dos sintomas quanto ao que é analisável nas neuroses, perversões e psicoses, e na regulação que “instala no sujeito uma posição no inconsciente sem a qual ele não poderia identificar-se com o tipo ideal de seu sexo, nem como responder às necessidades de seu parceiro na relação sexual” (1958, p. 692).

    Lacan esclarece essa questão justamente por situar o falo não como um mero órgão do corpo, tampouco como um objeto imaginário, nem mesmo como uma fantasia, mas como um significante, um operador simbólico que possibilita o sujeito se situar frente a seu desejo. “E de saída, porque falar de falo e não de pênis? É que não se trata de uma forma ou de uma imagem ou de uma fantasia, mas de um significante, o significante do desejo” (Lacan, 1958, p. 696). 

  • De maneira objetiva:

     

    Se a falta é a castração, logo o significante da falta é o falo.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: E


ID
1455331
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Ricardo está separado há cerca de dois anos de Patrícia, que possui a guarda exclusiva de seus dois filhos. Ele possui o ‘direito de visita’ em finais de semana quinzenais. Mas, ultimamente, o filho mais velho vem manifestando vontade de permanecer mais tempo em sua companhia. Com efeito, Ricardo ajuizou uma ação de guarda compartilhada, cujo pedido foi contestado pela outra parte, alegando que seu interesse era tão somente diminuir a pensão alimentícia. Patrícia também argumenta que Ricardo não possui carteira assinada, portanto, sem estabilidade financeira. Por fim, ela ressalta que a vontade de conviver por mais tempo com o pai é de apenas um dos filhos e não do outro. O caso foi encaminhado para avaliação psicológica.

Considerando que ao psicólogo cabe não apenas avaliar, mas também mediar, encaminhar, orientar e prestar esclarecimentos, o correto seria o profissional esclarecer às partes que:

Alternativas
Comentários
  • A questão de guarda é atribuição exclusiva dos magistrados, o psicólogo deve orientar para as questões de relacionamento familiar.

  • RESPOSTA "E"

    Vejamos, 

    "Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor."

    LEI Nº 13.058, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13058.htm

  • E- Mesmo que os irmãos manifestem vontades distintas, o ideal é que eles estejam sempre juntos e não haja diferenciação entre eles.


ID
1455334
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Francisco e Ruth estão separados há três anos e possuem uma filha em comum, com atuais seis anos de idade. Nunca definiram judicialmente a guarda da criança. Porém, desde que Francisco iniciou novo relacionamento, Ruth não permite que ele fale com a filha ao telefone, nega-se a dar informações sobre o rendimento escolar e, mais recentemente, mudou de endereço de forma imotivada e sem comunicar o novo local de residência. Com efeito, Francisco ajuizou uma ação de alienação parental que, por sua vez, foi encaminhada pelo juiz para avaliação psicológica.

Com respeito à Lei nº 12.318/2010, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 

    b) Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 

    c) Art. 5º § 1o  O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 

    D) Art. 4º Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 

    e) Art 5º § 2o  A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. 
  • RESPOSTA "D"

    Vejamos o que diz a lei  Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010 que dispõe sobre a alienação parental,

    Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. 

    Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 

    Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  

    I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 

    II - dificultar o exercício da autoridade parental; 

    III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 

    IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 

    V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 

    VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 

    VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 

    Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 

    Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 

    Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm

  • LEI Nº 12.318/2010

    • a) também pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância (Art. 2º);

    • b) interferência somente na formação psicológica da criança ou do adolescente (Art. 2º);

    • c) inclusive o exame dos documentos dos autos (Art. 5º, §1º);

    • e) exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental (Art. 5º, §2º);

    Gabarito: D


ID
1455337
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi o termo proposto por Richard Gardner, na década de 80, para descrever os casos em que a criança ou o adolescente são programados a repudiar o genitor alvo da alienação por sentimento de mágoa, ressentimento ou vingança do genitor dito alienador. Sobre a SAP, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Não achei nenhum literatura sobre isso, pois se o alienador é a figura que sugere tal denuncia falsa, como ele pode se desapontar por não ser verdadeira? A denuncia já não é de antemão falsa? Se alguém puder ajudar...

  • juliana murad, como a questão está falando da SAP, quem a tem é a criança/adolescente, a qual teria feito a denúncia ao genitor dito alienador.

  • Considerei esta questao um pouco confusa.

  • Questão meio confusa, mas ela fala do SAP e não da AP. A criança já tem a síndrome, então ela faz a denúncia ao genitor (alienador), que consequentemente denuncia e após investigação percebe-se a falsa notícia a deixando desapontada. 

    Acho que deu pra explicar. 

  • Essa questão é a cara da polêmica FGV, ao analisarmos a teoria da Alienação Parental a alternativa menos errada acaba sendo a A, embora o termo emocionalmente FORTE não ajuda. A alternativa B não encontrei fundamentação teórica principalmente porque o foco da teoria é a manipuação psicológica e isso não é visto na alternativa B.

  • Analícia Martins de Sousa escreveu o livro Síndrome da Alienação Parental, onde ela inclusive questiona o próprio termo síndrome, e o coloca no título numa espécie de provocação. Afirma que nem toda alienação parental é uma síndrome.

    A SAP foi definida pelo psiquiatra Richard Gardner na década de 1980, que propunha consequencias polêmicas aos alienadores, como a prisão.

     

    Falsas alegações de abuso sexual são muito comuns em ex- casais em situação de litígio, onde se configura alienação parental. É uma forma que o alienador encontra para afastar o genitor alienado do filho - Já que diante da gravidade da denúncia, a justiça tende a suspender as visitações até a ocorrência de um estudo psicológico/social ( e até tudo isso ocorrer, passam meses ou anos).

     

    Esse afastamento da criança de seu genitor alienado, associado ou não a campanha denegritória do genitor alienador causam prejuizos no vínculo afetivo da criança com o alienado. Prejuízo que muitas vezes se mostra irreparável.

     

    Toda essa dinâmica implementada pelo genitor alienador consitutui um abuso moral e emocional contra o filho que se encontra em desenvolvimento psicológico, fisico e social. Ressalto ainda que é um direito da criança conviver com ambos os pais.

     

    Essa conduta é uma das formas de "manipulação psicológica" possíveis em alienação parental - conforme citado por Edson aqui nos comentários. Muitas vezes o genitor alienador orienta o filho a descrever situações que não são reais, para justificar a denúncia de abuso sexual. Esta prática pode inclusive gerar a criação de falsas memórias, deixando a criança ainda mais confusa sobre o que é real ou fantasia.

    Afinal, se a mãe/pai estão lhe dizendo que aconteceu com ele, mas ele não sabe/não lembra, realmente é bem confuso!!! Lembrando que, tanto o pai quanto a mãe costumam ser as figuras de confiança de um filho.

     

    "Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito." Henry Ford
     

  • De acordo com Motta (2007), "os genitores ‘normais’ não apenas permitem a si mesmos estarem errados eventualmente, mas apresentam também clara ambivalência quanto a estarem corretos nas suas acusações. Eles não desejam acreditar que seus filhos foram feridos. Preferem estar enganados em suas suspeitas ou percepções, mesmo quando eles possuem dados confiáveis e ficam aliviados quando esses dados indicam que a criança não foi atingida. O genitor alienador não fica aliviado ao saber que a criança não foi atingida, fica sim, desapontado. Busca mais informações ou mais opiniões profissionais no sentido de provar que sua convicção pré-formada é verdadeira" (p. 45-46)

    Gabarito: B

  • Tb não gostei dessa questão!

  • Gab B

    nas situações de falsa denúncia de abuso sexual, o alienador tende a ficar desapontado ao saber que a criança não foi violentada;

    Se a denuncia já é falsa, como o alienador fica desapontado? Só pode acontecer se for outra pessoa que denunciar.


ID
1455340
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em Homossexualidade e Adoção (2007), Uziel destaca que os novos modelos de família não são absorvidos pelos profissionais da justiça, que ainda fazem referência ao modelo biológico. Daí decorre o medo em relação à adoção por homossexuais ou lésbicas que, por sua vez, põem em questão a adequação ilusória entre procriação e parentesco. A reticência de tais profissionais deve-se a diversos preconceitos, já derrubados por pesquisas. Ao contrário dos preconceitos predominantes na área, os estudos comparativos atestam que:

I - Não existem diferenças significativas na escolha de objeto sexual tanto por parte de filhos de casais homossexuais quanto de heterossexuais.

II - Existem outros elementos importantes na vida das crianças, entre os quais, a tranquilidade, que varia em função do tipo e do grau de atrito entre os pais, sejam homossexuais ou heterossexuais.

III - Não há tendência a se reconhecer na parceira da mãe a figura do “pai”, mas outra mãe ou uma irmã mais velha.

IV - Mães homossexuais se empenham para que seus filhos tenham contatos sociais variados.

V - Entre gays e lésbicas é mais costumeiro contar com o apoio de amigos que entre heterossexuais.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Todas estão certas

  • Quando eu acho que estou entendendo alguma coisa, eu descubro que eu estou redondamente enganada.

  • Gab E

    I - Não existem diferenças significativas na escolha de objeto sexual tanto por parte de filhos de casais homossexuais quanto de heterossexuais.

    II - Existem outros elementos importantes na vida das crianças, entre os quais, a tranquilidade, que varia em função do tipo e do grau de atrito entre os pais, sejam homossexuais ou heterossexuais.

    III - Não há tendência a se reconhecer na parceira da mãe a figura do “pai”, mas outra mãe ou uma irmã mais velha.

    IV - Mães homossexuais se empenham para que seus filhos tenham contatos sociais variados.

    V - Entre gays e lésbicas é mais costumeiro contar com o apoio de amigos que entre heterossexuais.


ID
1455343
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Assuntos

Através da Resolução nº 11/2001, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina instituiu o Serviço de Mediação Familiar, promovendo a participação efetiva de profissionais, entre os quais psicólogos, interessados em cooperar em sua implantação e execução. Nesse contexto, são tarefas do mediador:

I - estabelecer sua credibilidade como terceira pessoa imparcial e explicar o processo e as etapas da mediação;

II - acompanhar os pais na busca de um entendimento satisfatório a ambos, visando aos interesses comuns e de seus filhos;

III - encorajar a manutenção de contato entre pais e filhos e equilibrar o poder entre os cônjuges, favorecendo a troca de informações;

IV - buscar as causas dos problemas dos desentendimentos conjugais a fim de provocar mudanças mais profundas nos indivíduos;

V - redigir ao final dos encontros as decisões tomadas durante a mediação, em linguagem simples, clara, coerente e adequada. Está correto somente o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • A res. 11/2001 a que se refere a questão encontra-se em vigor?


ID
1455346
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

O adolescente Francisco, 12 anos, foi apreendido tomando para si um frasco de óleo de bronzear na loja Compre Bem. O adolescente é primário e alegou que assim procedeu porque queria ir à praia com amigos. Em referência à prática desse ato infracional, de acordo com o ECA, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - ECA. Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério Público poderá:

    I - promover o arquivamento dos autos;

    II - conceder a remissão;

    III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.

    Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

    Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.


  • Resumo:


    Ministério Público -------> Exclusão do processo ---------> Antes de iniciado o procedimento judicial
    Autoridade Judiciária ---------> Suspensão ou extinção do processo ---------> Após iniciado o procedimento judicial
    Bons estudos!
  • Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.


    Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.

  • a) ERRADA - a autoridade judicial deverá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional;

    -  Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo. (Art 126)

     

    b) ERRADA - o Ministério Público deverá conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional;

    -  O representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo

     

    c) CORRETA - o Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional;

     

    d) ERRADA - a Defensoria Pública poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional;

    - o Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional;

     

    e) ERRADA - o Ministério Público deverá apresentar acusação em face do adolescente pelo ato infracional por ele praticado

    - o representante do Ministério Público poderá representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa. (Art 180)

  • A – Errada. A remissão, como forma de exclusão do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional, é concedida pelo MP, e não pela autoridade judicial.

    B – Errada. A remissão concedida pelo MP diz respeito à extinção do processo, não abrangendo a suspensão – esta pode ser concedida pela autoridade judicial.

    C – Correta. O Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, antes de iniciado o procedimento judicial para apuração do ato infracional.

    Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional. Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.

    Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério Público poderá: I - promover o arquivamento dos autos; II - conceder a remissão; III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.

    D – Errada. A Defensoria Pública não tem a prerrogativa de conceder remissão.

    E – Errada. O Ministério Público não apresenta “acusação”, mas sim “representação”, quando entender cabível.

    Gabarito: C

  • Cabe, ademais, aplicação do princípio da insignificância, conforme já decidido pelo STJ.

    Neste caso, exclui-se a tipicidade material e o adolescente não recebe nenhum tipo de punição.

  • Na fase pré-processual de responsabilidade juvenil, a corrente majoritário entende que a remissão não se trata de um direito subjetivo fundamental do adolescente em conflito com a lei, mas de uma disponibilidade do Ministério Público.


ID
1455349
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

A entidade Esperança e Amor, que atende meninos entre 6 e 15 anos, foi procurada espontaneamente por João, 10 anos, às 20 h de uma terça-feira. O infante solicitou acolhimento emergencial, dizendo ter sido agredido e expulso de casa pelo pai alcoolizado. O dirigente da instituição alegou que não poderia acolher o menino sem que houvesse determinação judicial para tanto.

Segundo as disposições contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069/90), o dirigente da instituição:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A - ECA. Art. 93.  As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade

  • Art. 93.  As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade. 

    CONCURSEIRO DE PLANTÃO DF

  • LEI Nº 8.069/1990

     

    Art. 93 – As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: A


ID
1455352
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

O Estatuto da Criança e do Adolescente considera, no tocante à adoção, que:

I – É medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.

II – Atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

III – Podem adotar os maiores de 21 (vinte e um) anos, independentemente do estado civil.

Está correto somente o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D - Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.

     § 1o  A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.  

    Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

    Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.  

  • A adoção constitui negócio jurídico e necessita da convergência de vontades do adotante e adotado, “[...] não podendo operar-se pela vontade de uma só pessoa” (GONÇALVES, 2010, p. 383). Nestes moldes, estabelece o CC/2002 em seu artigo 1.618 que só a pessoa maior de dezoito anos pode adotar (BRASIL, 2002). Tal

    [...] modificação da idade mínima para se adotar instituída pelo ECA, onde para ser adotante era necessária a idade de 21 anos, independente do seu estado civil. Com o advento do atual Código Civil, segundo o artigo 1.618, caput, a pessoa maior de 18 anos pode adotar. Esse fato se explica pela mudança da maioridade civil ocorrida com a promulgação de tal legislação (CIPRIANO, 2012).

    Deste modo, quanto à idade para adotar, o ECA previa a necessidade que pelo menos um dos adotantes fosse maior de 21 anos, sendo irrelevante o estado civil dos mesmos. “O Código Civil em 2002 modificou a idade para 18 anos, pelo fato de ter a maioridade civil decaído de 21 para 18 anos. A Lei 12.010, veio reforçando ainda mais tal determinação, modificando tanto o caput do artigo 42 quanto os §§ 2º, 4º, 5º e 6º” (CIPRIANO, 2012).



    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/24570/as-inovacoes-promovidas-no-instituto-da-adocao-pela-lei-n-12-010-2009/3#ixzz3VbErAhBv




  • A lei exige a idade mínima de 18 anos do adotante. Logo a afirmação "podem adotar os maiores de 21 anos" está correta.

    Não significa que os menores de 21 anos e acima de 18 anos não podem adotar.


    É a típica questão que o espertão do examinador altera um dado achando que está tornado a alternativa incorreta. Lastimável!!!!


ID
1455355
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741 de 2003
Assuntos

Com relação à Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 36.O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais. 

  • Alternativa "a" - ERRADA: "Art. 34.Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas". 


    Alternativa "b" - ERRADA: "Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores". 

    Alternativa "c" - ERRADA: "Art. 1oÉ instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos". 

    Alternativa "d" - ERRADA: "Art. 25.O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual". Esse dever cabe somente ao poder público, e não à iniciativa privada.

  • GABARITO LETRA - E

    Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.

  • Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.     (Vigência)

    GABA E

  • Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais. (Vigência)

    GAB = E

  • IDOSO -- igual ou superior a 60 anos.

    LOAS -- a partir de 65 anos - medida supletiva - família não tem condições de manter o idoso. 

    TRANSPORTE-- = ou superior a 65 anos.

    *leis locais vão regular a gratuidade entre 60 - 65 anos. 

    PRIORIDADE PROCESSUAL - igual ou superior a 60 anos. 

    DENTRE OS IDOSOS - preferência àqueles maior de 80 anos

  • 65 anos aparece 3 vezes na lei: arts. 34, 39 cabeça e 39, 3°

  • --> Em relação a alternativa "D" vale lembrar que o Art. 25 está com uma nova redação!

    Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância, constituídos por atividades formais e não formais. 

    (Redação dada pela Lei 13.535 de 2017)

  • A questão trata do Estatuto do Idoso.

    A) aos idosos a partir de 70 (setenta) anos que não possuam meios para prover a sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de meio salário mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS);

    Estatuto do Idoso:

    Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.       (Vide Decreto nº 6.214, de 2007)

    Aos idosos a partir de 65 (sessenta e cinco) anos que não possuam meios para prover a sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de meio salário mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

    Incorreta letra A.

    B) a obrigação alimentar segue ordem sucessiva, sendo os descendentes diretos os prestadores preferenciais;

    Estatuto do Idoso:

    Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.

    A obrigação alimentar é solidária, e o idoso pode optar entre os prestadores.

    Incorreta letra B.

    C) o Estatuto do Idoso destina-se a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos;

    Estatuto do Idoso:

    Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

    O Estatuto do Idoso destina-se a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

    Incorreta letra C.

    D) é dever da iniciativa particular e do poder público o apoio à criação de universidade aberta para as pessoas idosas;

    Estatuto do Idoso:

    Art. 25. Parágrafo único.  O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.    (Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)

    O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas.

    Incorreta letra D.

    E) o acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica para efeitos legais.

    Estatuto do Idoso:

    Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.      (Vigência)

    O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.     

    Correta letra E. Gabarito da questão.

    Gabarito do Professor letra E.

  • a) a partir de 65 anos

    b) Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.

    c) igual ou superior a 60 anos

    d) essa previsão foi retirada do estatuto, no entanto ela previa iniciativa apenas do poder público

    e) ok; conforme art. 36

  • A - LOAS Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.                         

    B - Estatuto do Idoso Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.

    C - Estatuto do Idosos Art. 1 É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

    D - Estatuto do Idoso Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância, constituídos por atividades formais e não formais. 

    Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.   

    E - Estatuto do Idoso Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.   


ID
1455358
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Os conhecimentos que construímos estão embebidos no contexto temporal, cultural, espacial em que são criados e, assim, considera-se que as formações da subjetividade não podem ser compreendidas desligadas da formação social na qual se constituem." (MANCEBO, D. Indivíduo e Psicologia. In JACÓ- VILELA, A. (org.) Psicologia Social: abordagens sócio-históricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999).

Na perspectiva histórica, a Psicologia Jurídica constituiu-se como:

Alternativas
Comentários
  • O ponto chave da questão se dá justamente na solicitação feita. Não está diretamente relacionado ao texto e ao livro. Mas é necessário lembrar a atuação do perito no âmbito jurídico e o psicodiagnóstico.

    "considera-se que as formações da subjetividade não podem ser compreendidas desligadas da formação social na qual se constituem"

  • Gabarito: A

    "Ao analisar os campos de atuação do psicólogo jurídico, percebe-se um predomínio da atuação desses profissionais enquanto avaliadores. A elaboração de psicodiagnósticos, presente desde o surgimento da Psicologia Jurídica, permanece como um forte campo de exercício profissional".

    LAGO, V. et al. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estudos de Psicologia I Campinas I 26(4) I 483-491 I outubro - dezembro 2009.

  • Foi-se o tempo que a prática da psicologia jurídica era um saber centrado principalmente no psicodiagnóstico. Está precisando se atualizar banca FGV. 

  • Assim, tá meio desatualizada a questão e restrita, mas se acerta por eliminação..

     

  • Galera, também errei a questão, mas por falta de atenção. Observem a pergunta:

     

    Na perspectiva histórica, a Psicologia Jurídica constituiu-se como:

     

    Ou seja a perspectiva histórica remete ao passado da psicologia jurídica!

     

    Bons estudos!

  • Gabarito A

    A questão pede a resposta em relação ao contexto histórico, e a Psicologia Jurídica constituiu-se como:

    um saber centrado principalmente na práxis do psicodiagnóstico


ID
1455361
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“As primeiras referências à utilização do discurso “psi" na sociedade brasileira datam das primeiras décadas do século XX, pouco após a criação do Juízo de Menores, em 1923, e da promulgação do Código de menores de 1927. (...) É digno de nota que (...) estivesse representada a nata da sociedade brasileira (...), por seu intermédio a sociedade foi apresentada às teorias mais avançadas da época." (SANTOS, E. P. S. Desconstruindo a menoridade: a psicologia e a produção da categoria menor. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011).

Naquele contexto social, a psicanálise foi valorizada como um saber:


Alternativas
Comentários
  • "Entre outros saberes, “a psicanálise (era)”, nas palavras de Nunes (1992: 72), "valorizada enquanto  um saber que poderia se tornar instrumento útil para os programas de eugenia (...), O que interessava era a possibilidade que alguns de seus postulados abririam para o projeto de controle e transformação dos indivíduos" In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S.Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011).

    Questãozinha ein.....

    letra B

  • questão horrível!!

  • questãozinha bem ruim, ein...

  • Sobre a fundação da Eugenia, a título de informação:

    "O objetivo último de Galton era encorajar o nascimento de indivíduos mais eminentes ou capazes e desencorajar o nascimento dos incapazes. Para ajudar a atingir essa meta, ele fundou a ciência da eugenia (a ciência que trata dos fatores capazes de aprimorar as qualidades hereditárias da raça humana), afirmando que os seres humanos, assim como os animais, podiam ser aperfeiçoados por seleção artificial. Ele acreditava que, se homens e mulheres de talento considerável fossem selecionados e acasalados por sucessivas gerações, seria produzida uma raça de pessoas altamente dotadas. Propunha Galton que se desenvolvessem testes de inteligência a ser usados na escolha dos homens e mulheres mais brilhantes para o acasalamen to seletivo, recomendando que quem alcançasse os níveis mais altos nos testes devia receber incentivos financeiros para se casar e ter filhos. (É interessante o fato de Galton, que fundou a eugenia e acreditava que só as pessoas muito inteligentes deviam se reproduzir, não ter tido filhos. Ao que parece, o problema era genético; nenhum dos seus irmãos os teve.)"

    Fonte: História da Psicologia Moderna - Shultz


ID
1455364
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Carlos e Renata estiveram casados por 5 anos, durante os quais Renata buscou ajuda psicoterápica em função de ser constantemente agredida fisicamente pelo marido. Em meio à separação conjugal, na disputa pela guarda da única filha do casal, Renata contratou a sua psicoterapeuta, Marília, como assistente técnica no processo litigioso pela guarda da menina.

Segundo a Resolução nº 008/2010, do CFP, Marília:

Alternativas
Comentários
  • Art. 10 - Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições, é vedado ao psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio:

     I - Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa; 

  • RESOLUÇÃO CFP Nº 008/2010

    Art. 10 - Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições, é vedado ao psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio:

    • I - Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa;

    Gabarito: A

  • Gab A

    Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições, é vedado ao psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio:

    • I - Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa;


ID
1455367
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Em 1984, com a edição da LEP (Lei de Execuções Penais), instituiu-se a avaliação criminológica como requisito para que o condenado atingisse a última fase da individualização da pena. (...) Após a aplicação da sanção caberia aos técnicos do sistema carcerário classificar os condenados com o intuito de definir programa ressocializador e avaliar seu comportamento durante a execução de forma a orientar a decisão do magistrado." (CARVALHO, S. O papel da perícia psicológica na execução penal. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011).

Com o advento da Lei nº 10.792/03, que deu nova redação à LEP e estabeleceu a não obrigatoriedade do laudo, espera-se dos psicólogos, na seara da execução penal, que:

Alternativas
Comentários
  • Diretrizes para atuação e formação dos psicólogos do sistema prisional brasileiro - http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/depen_cartilha.pdf

  •  CFP 012/2011 Regulamenta a atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional  Art. 1º. Em todas as práticas no âmbito do sistema prisional, a(o) psicóloga(o) deverá respeitar e promover: a) Os direitos humanos dos sujeitos em privação de liberdade, atuando em âmbito institucional e interdisciplinar; b) Os processos de construção da cidadania, em contraposição à cultura de primazia da segurança, de vingança social e de disciplinarização do indivíduo; c) A desconstrução do conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à história individual, enfatizando os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização; d) A construção de estratégias que visem ao fortalecimento dos laços sociais e uma participação maior dos sujeitos por meio de projetos interdisciplinares que tenham por objetivo o resgate da cidadania e a inserção na sociedade extramuros. (...)

  • GABARITO B 

    CFP 012/2011 Regulamenta a atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional  Art. 1º. Em todas as práticas no âmbito do sistema prisional, a(o) psicóloga(o) deverá respeitar e promover: a) Os direitos humanos dos sujeitos em privação de liberdade, atuando em âmbito institucional e interdisciplinar; b) Os processos de construção da cidadania, em contraposição à cultura de primazia da segurança, de vingança social e de disciplinarização do indivíduo; c) A desconstrução do conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à história individual, enfatizando os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização; d) A construção de estratégias que visem ao fortalecimento dos laços sociais e uma participação maior dos sujeitos por meio de projetos interdisciplinares que tenham por objetivo o resgate da cidadania e a inserção na sociedade extramuros. (...)

  • "A hipótese que orienta essa pesquisa é a de que, na atualidade, existem condições legais de superação do antigo modelo, com a incorporação, por parte dos criminólogos que atuam nas instituições carcerárias, de práticas voltadas à redução dos danos causados pelo processo de prisionalização" (CARVALHO, S. O papel da perícia psicológica na execução penal. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011, p. 175).

  • GABARITO B 

     

    O TRABALHO PRECÍPUO DO PSICÓLOGO COM O APENADO SERÁ FEITO POR MEIO DA FISCALIZAÇÃO DAS IMPOSIÇÕES JUDICIAIS E REINCLUSÃO SOCIAL DO SENTENCIADO. AS DEMAIS ALTERNATIVAS DA QUESTÃO REPRODUZEM O QUE ESTÁ PRESCRITO NO ART. 9º DA LEI 7.210/84. LEMBRANDO QUE NÃO HÁ MAIS A OBRIGATORIEDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO. ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ELE NÃO PODERÁ SER FEITO EM CASOS ESPECÍFICOS E DE FORMA MOTIVADA PELO JUIZ.  Súm. STJ – 435/Súm. 439/STJ.  

    Os programas de tratamento penal

    Além da fiscalização das imposições judiciais, são desenvolvidas várias atividades, objetivando, sempre, a reinclusão social do sentenciado: • grupo de orientação aos sentenciados, iniciantes no Programa Pró-Egresso, com a finalidade de se obter maior aderência ao benefício; • realização de reuniões periódicas nas dependências do Patronato, com as instituições receptoras de prestadores de serviços, com a finalidade de orientar o trato com os prestadores para a eficácia da medida, que visa incutir novos valores, além de facilitar o exercício à reinclusão social;

    parcerias com outros equipamentos sociais (universidades, associação de moradores, conselhos da comunidade, prefeituras etc.), no desenvolvimento de trabalho psicossocial em grupo, proporcionando a oportunidade de reflexões na busca de alternativas para a melhoria da qualidade de vida e da inclusão social, mediante as dificuldades apresentadas pelos participantes; • parcerias com órgãos públicos credenciados para a emissão de documentação civil pessoal, com isenção da taxa obrigatória (Instituto de Identificação-CI, Banco do Brasil-CPF); • utilização do programa para cadastramento na Agência do Trabalhador, instalado no sistema do Patronato, bem como encaminhamento a vagas no mercado de trabalho; • sensibilização da iniciativa privada a fim de quebrar preconceitos e criar oportunidades de emprego aos sentenciados; • orientação e encaminhamento dos sentenciados e egressos aos programas de governo (estadual/federal) e escolas profissionalizantes para a população de baixa renda; • orientação ou solicitação de histórico escolar a fim de que o sentenciado e egresso dê continuidade à instrução formal; • intermediação junto ao judiciário a fim de sugerir mudanças nas imposições judiciais, objetivando facilitar a reinserção social e profissional do sentenciado; • contribuição com informações para a efetivação e ampliação de políticas públicas.

    http://www.espen.pr.gov.br/arquivos/File/caderno_tratamento_penal.pdf

     

  • "O mundo do recluso é marcado por violências e agressões, não apenas de ordem física como também moral. A submissão do preso a essas experiências tem, como uma das suas conseqüências, a assimilação da cultura prisional pelo interno por meio de um processo descrito como "prisionalização", "prisonização" ou institucionalização."

    Esse processo tem efeito direto na saúde de mental das pessoas privadas de liberdade, podendo o psicólogo, como componente de uma equipe multidisciplinar, contribuir para a redução dos danos causados pelo encarceramento.


ID
1455370
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Durante uma operação da Polícia Civil que fiscalizava a prostituição infantil, duas adolescentes de 16 e 17 anos foram flagradas em uma boate e levadas para a delegacia especializada, onde prestaram depoimento para um inquérito que investiga prostituição infantil e turismo sexual. Sobre essa situação, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D - ECA. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

    Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras: I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes;

    Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:

    I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;

    II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;

    III - defesa técnica por advogado;

    IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;

    V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;

    VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento.



  • As adolescentes são vitimas de exploração sexual e não devem ser responsabilizadas por isso. Portanto, devem ser encaminhadas para o Sistema de Garantias de Direitos. Alternativa: d
    Observação: A questão nao tem nada haver com unidade de internação, sendo o comentário anterior uma justificativa errônea para essa questão. 






  • Questão vaga cujo enunciado não descreve com clareza a ocorrência da situação.


    Pela questão não ficou subentendido se as adolescente são vítimas ou são as pessoas que comandam o esquema de prostituição, pois ela apenas afirma que "duas adolescentes de 16 e 17 anos foram flagradas em uma boate e levadas para a delegacia especializada". Não dá para saber se elas são as prostitutas ou se elas são as "cafetonas".


    Se colocarmos sob o prisma de que elas são as criminosas (na verdade infratoras), a alternativa "A" se faz correta.

  • Art. 13, § 2º, da Lei 8.069/90.

  • Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

     

    § 2o  Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar.          (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

  • A resposta (b) responde melhor a pergunta. Se foi constatado; feita a confirmação pelos órgãos da rede básica de saúde, os casos de exploração sexual de crianças e adolescentes serão notificados ao Conselho Tutelar; visto que o Conselho Tutelar, que tem a atribuição de encaminhar as vitimas ao serviço de proteção.... A letra (d) será uma consequência para responder a (b). certo

  • Por que a B está errada?

  • Cuidado com a letra b)

    Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. 

  • O Código Penal informa que a ''C'' está certa.

    Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:

           I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;

           II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;

           III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;

           IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:

           Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

  • Enunciado insuficiente.

  • Poderia ser a B ou a C também... Alguém sabe explicar?


ID
1455373
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Em 2011, uma juíza de Infância e Juventude determinou a internação compulsória de crianças e adolescentes usuários de crack que viviam nas ruas da cidade e, em 2012, determinou a internação compulsória de um adulto usuário de crack: uma mulher de 22 anos, grávida de oito meses.

De acordo com o que dispõe a Lei nº 10.216/2001, que trata dos direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais:

Alternativas
Comentários
  • gabarito D

    a) a internação psiquiátrica de crianças e adolescentes dependerá de prévia autorização do juiz com competência menoril;                    Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

    d) a internação involuntária se dá a pedido de cônjuge, pais, descendentes do paciente ou de seu responsável legal;                                  II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro;

    e) o atendimento extra-hospitalar só será indicado quando a internação, em qualquer de suas modalidades, mostrar-se insuficiente.       Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

  • A questão pede "De acordo com o que dispõe a Lei nº 10.216/2001",

     

    Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

    Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

    II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro

     

     

    E a resposta correta: 

    letra d) a internação involuntária se dá a pedido de cônjuge, pais, descendentes do paciente ou de seu responsável legal;

  • Observe que a questão pede detalhes estabelecidos na Lei n. 10.216/01. Considerando as opções e o disposto na lei, temos que a única opção correta é a letra D, pois coincide com o disposto no art. 6º da Lei:  "a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça".

    Gabarito: letra D. 

  • Art. 6 A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. ... 8 A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.


ID
1455376
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

A triste história dos orfanatos romenos criados no regime comunista no país mostra de maneira dramática as consequências da privação social e afetiva no desenvolvimento físico e psicológico de bebês. Atualmente, no Brasil, a inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar tornou-se preferencial à institucionalização. Sobre a medida judicial de acolhimento familiar, é correto apontar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B - ECA. Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

     § 1o  Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

    § 4o  Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.   

  • O acolhimento familiar permite o tratamento individualizado da criança e do adolescente, alem de possibilitar a convivência familiar e a formação de vinculos afetivos com os seus guardiões. 

  • A medida de Acolhimento Familiar  O acolhimento familiar tem como objetivo proteger a criança e o adolescente que esteja em situação de risco e que, por algum motivo, precise se afastar do convívio familiar. Várias razões podem motivar o acolhimento: os pais podem estar cumprindo pena, hospitalizados ou serem autores de violência doméstica, por exemplo. Esta última modalidade, no Brasil, é a mais comum. Neste caso, o objetivo é interromper o processo de violência pelo qual crianças e adolescentes passam dentro de casa. São situações nas quais essas crianças e adolescentes se defrontam com diversos tipos de violência doméstica: física, sexual, psicológica ou com situações de negligência.  A família acolhe, em sua casa, por um período de tempo determinado, uma criança ou adolescente que vem sofrendo algum tipo de violência em sua própria família. Isto não significa que a criança vai passar a ser filho da família acolhedora, mas que vai receber afeto e convivência desta outra família até que possa ser reintegrado à sua família de origem ou, em alguns casos, ser encaminhado para a adoção. Daí a importância dessa modalidade que se insere como uma alternativa ao abrigamento no Brasil. Ao invés do encaminhamento para abrigos, onde as crianças e adolescentes serão tratados numa abordagem coletiva, a família acolhedora consegue respeitar a individualidade dessas crianças e adolescentes, dedicando um olhar responsável e cuidadoso para a resolução de cada problemática em particular.  

  • Complementando o comentário da Liliane, o termo "abrigo" está em desuso. Foi substituído por acolhimento institucional ou instituição acolhedora.

  • ECA, Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.

    § 1o O estágio de convivência PODERÁ ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)

    § 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)


  • Atentar para a nova redação do art. 19 do ECA:

    Art. 19.  É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

  • É necessário apontar que a suspensão de visitas não é determinada pela família que encontra-se no Programa de Famílias Acolhedoras, mas sim pela autoridade judiciária competente.

  • LEI Nº 8.069/1990

     

    Art. 34 – ...

     

    § 1º A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.

    § 2º Na hipótese do § 1º deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei;

     

    a) as famílias acolhedoras não podem estar no cadastro de adoção, são temporárias (Art. 34, §3º);

    c) o acolhimento familiar é medida protetiva, não socioeducativa (Art. 101, inciso VIII);

    d) a intenção é justamente o estabelecimento de vínculos e a possibilidade de convivência familiar e comunitária;

    e) a família acolhedora detém a guarda, contudo, o deferimento da guarda não impede o exercício do direito de visitas pelos pais (Art. 33, §4º)

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B


ID
1455379
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um dos problemas de saúde mental mais associados à vitimização por violência. Ele atinge crianças, adolescentes e adultos após experiência pessoal, testemunho ou conhecimento de eventos que põem em risco a vida ou a integridade física, própria ou de outros. Apesar da alta prevalência do TEPT na população geral, nem todas as pessoas que experienciam um mesmo evento traumático desenvolvem o transtorno.

Estudos sobre os fatores de risco e de proteção para o desenvolvimento do TEPT revelam que:

Alternativas
Comentários
  • A atenção é para compreensão da questão: concorrer não é disputar, e sim, ter a mesma pretensão, ou seja, as intervenções psicoterápicas e prevenção do desenvolvimento do TEPT tem a mesma finalidade.

  • Questão capciosa, pois na alternativa "A" há o emprego de dois termos que levam a crer que seria uma alternativa falsa, são eles: concorrem e prevenção.Acredito que há dois erros lógicos na cosntrução da afirmativa.Primeiramente se há concorrência no sentido de afluir em uma mesma direção(ter a mesma pretensão, como a colega falou) deveria fazer referência a um outro termo que tem a mesma intenção, pois nõa há resposta, nem no enunciado e nem na alternativa, a pergunta, concorre com quem???Pois, a prevenção é a finalidade(resultado) e não agente que faz a ação.

    Segundo, se há um TEPT em curso a intervenção não seria preventiva (profilática), pois em termos lógicos o evento desencadeante já ocorreu.Além do mais não há prevenção de TEPT, como seria isso???Como é a prevenção de algo que já está em curso.Aliás,não falamos em prevençaõ, mas estratégias de enfrentamento de situações problemas ou sintomas, e não do transtorno em si.

    Alternativa "B", relamnete está errada, pois no livro do Aaron BEck, Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade, há a instrução de não ser empregado qualquer tipo de evitação(esforços de supressão) cognitiva ou comportamental dos sintomas intrusivos levaria a um aumento da frequencia destes.Pg 513

    Fonte: https://books.google.com.br/books?id=_k9CDQAAQBAJ&pg=PA513&lpg=PA513&dq=estrat%C3%A9gias+cognitivas+e+comportamentais+de+evita%C3%A7%C3%A3o+das+lembran%C3%A7as&source=bl&ots=5uVrNqlvch&sig=nVazzp0YRurbgtlodg9FMQsP940&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwi-stPC55LUAhUJl5AKHZK3DfcQ6AEIMjAB#v=onepage&q=estrat%C3%A9gias%20cognitivas%20e%20comportamentais%20de%20evita%C3%A7%C3%A3o%20das%20lembran%C3%A7as&f=false

     

  • Queria entender o por quê da alternativa C estar errada. `/

  • A alternativa C está errada, pois resilência não é um fator de risco, mas um fator protetivo.

     

  • a ( V )intervenções psicoterápicas após o evento estressor concorrem (contribuiem) para a prevenção do desenvolvimento do TEPT;

    b ( F ) estratégias cognitivas e comportamentais de evitação das lembranças constituem fatores de proteção ;

    c ( F  )a resiliência (pelo contrário) e o precário apoio social após o trauma são fatores de risco no desenvolvimento dos sintomas desadaptativos;

    d (F  )a exposição a situações traumáticas prévias diminui  (aumenta) o impacto do trauma e é um fator de proteção para o TEPT;

    e ( F ) existe um risco maior de desenvolvimento do TEPT na população vítima de desastres naturais na comparação com a violência urbana. (sem base cientifica essa informacao, dado relativo)

  • Marquei a letra A, por ser a mais provável, porém concordo com o que o Cléber pontuou. Achei a questão muito mal formulada e propicia a erros.

  • Sobre a dúvida que circula o fato da intervenção psicoterápica ser considerada preventiva ao desenvolvimento do TEPT quando realizada após ocorrência do evento estressor: há de se considerar que os critérios têm que permanecerem por mais de um mês para serem classificados como TEPT.

    Assim, se houve exposição ao evento estressor e logo se deu a intervenção psicoterápica, a chance de não se desenvolver para TEPT é maior (critérios durando menos de um mês NÃO configura TEPT).

    Dessa forma, a psicoterapia funciona como mecanismo de prevenção ao TEPT.

  • Gab A

    intervenções psicoterápicas após o evento estressor concorrem (contribuem) para a prevenção do desenvolvimento do TEPT;


ID
1455382
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A juíza Adriana Ramos de Mello, titular do Iº Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher, foi a vencedora da 11ª edição do Prêmio Innovare, na categoria juiz. A magistrada concorreu com o Projeto Violeta, em vigor no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que tem como objetivo garantir a segurança e a proteção máxima das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, acelerando o acesso à Justiça daquelas que estão com sua integridade física e até mesmo com a vida em risco.

Considerando o disposto na Lei Maria da Penha no tocante à atuação da equipe multidisciplinar nesses Juizados, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Lei 11.340/2006  - Violência Doméstica

    Conforme dispõe o art. 30 da mencionada lei.

    Art. 30 - Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e os adolescentes.

     

    Bons estudos!!!

  • A questão falou da juíza, do prêmio Innovare, do nome do projeto e pergunta o texto expresso no art. 30 da lei. kkkkkkk

  • Será que o examinador era amigo da juíza citada? rsrs

  • Gabarito: "E"

     

     a) na comprovação da prática de traição conjugal pela agredida, a equipe multidisciplinar atuará no sentido da justiça restaurativa, estimulando o perdão do agressor e a retirada da queixa pela ofendida;

    Errado.  Nos termos do art. 3º, §1º, da Lei 11.340: "O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão." Ou seja, não tem nada a ver com traição.

     

     b) a equipe multidisciplinar do Juizado indicará as entidades governamentais ou não governamentais que serão beneficiadas com as cestas básicas ou multas aplicadas ao agressor e fiscalizará sua entrega;

    Errado. É expressamente proibido a aplicação de pena com cestas básicas, nos termos do art. 17, da Lei 11.340: "É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa."

     

     c) as hipóteses de violência psicológica e moral deverão ser submetidas à perícia prévia pela equipe multidisciplinar, podendo o juiz, em caso de confirmação, aplicar a pena de advertência ao agressor;

    Errado. Não há pena de advertência na Lei Maria da Penha.  

     

     d) confirmada a violência familiar contra a mulher, caberá ao Juiz de Família aplicar ao agressor a medida de suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar;

    Errado. Não cabe ao Juiz de Família e sim ao Juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar, nos termos do art. 14, da Lei 11.340: "Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher."

     

     e)  a equipe de atendimento multidisciplinar poderá desenvolver trabalhos de orientação voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.

    Correto e, portanto, gabarito da questão, nos termos do art. 30 da Lei 11.340: "Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes."

  • O tema da questão é a Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha – especialmente no que tange à atuação da equipe multidisciplinar nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições sobre o tema.


    A) ERRADA. A Lei 11.343/2006 não tem nenhuma previsão de atuação da equipe técnica em relações afetivas, familiares ou domésticas em função da ocorrência de traição entre as pessoas. O propósito da referida lei é criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do que dispõe o artigo 1º do referido diploma normativo.  


    B) ERRADA. Não é atribuição da equipe multidisciplinar a indicação das entidades a serem beneficiadas com multas eventualmente pagas pelo agressor, valendo salientar que o artigo 17 da Lei 11.340/2006 veda a aplicação, nos casos de violência doméstica ou familiar contra a mulher, de penas de cestas básicas ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.


    C) ERRADA. A violência psicológica e a moral estão previstas no artigo 7º da Lei 11.340/2006, mas não há previsão de aplicação de advertência ao agressor em função delas. A Lei prevê as medidas protetivas de urgência, a partir do seu artigo 18, sendo certo que os crimes eventualmente praticados, no contexto da referida lei, são sancionados em conformidade com as respectivas penas cominadas.


    D) ERRADA. Não é o Juiz de Família o competente para a aplicação da medida de suspensão de visitas aos filhos, nos casos de violência doméstica ou familiar contra a mulher, pois esta consiste em uma das medidas protetivas de urgência, da competência do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos termos do artigo 14 da Lei 11.340/2006. Enquanto não for estruturado o mencionado Juizado, as Varas Criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática e violência doméstica e familiar contra a mulher, em conformidade com o que determina o artigo 33 do referido diploma legal.


    E) CERTA. É exatamente o que dispõe o artigo 30 da Lei 11.340/2006, no que tange às atribuições da equipe de atendimento multidisciplinar.


    GABARITO: Letra E.


ID
1455385
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Entende-se que o vínculo emocional entre pais e filhos não decorre do modo de filiação e que as famílias adotivas também estabelecem vínculos com seus filhos tanto quanto as famílias biológicas. Entretanto (há) situações em que tal premissa não pôde ser confirmada, pois, apesar da convivência estabelecida, as crianças não foram acolhidas como filhos, ocorrendo uma desistência dos requerentes no processo de adoção em curso. Esses casos têm sido classificados como devolução de crianças.” (Pinho, P. G. R. Devolução: Quando as Crianças Não se Tornam Filhos. Guia de Adoção. São Paulo: Roca. 2014).

Sobre a devolução de crianças em processos de adoção, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O texto do enunciado é igual ao livro. Guia de Adoção, São Paulo: Roca. 2014, sendo cobrado em todas as ultimas provas da FGV. 

  • Gab D

    os pretendentes podem ter dificuldades em se implicar nos problemas de adaptação da criança real, culpabilizando-a pelo fracasso da relação;


ID
1455388
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicodrama criado por Jacob Levy Moreno pode ser definido como um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. As diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação foram pensadas por Moreno em relação com sua Teoria do Desenvolvimento dos Papéis. Cada uma delas cumpre uma função que corresponde também a uma etapa do desenvolvimento psíquico. A etapa em que há o Reconhecimento do Tu corresponde à técnica:

Alternativas
Comentários
  • O reconhecimento do tu, que corresponde à técnica da inversão de papéis, pois só é possível conhecer o outro, colocando-se no lugar dele. 


  • As diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação foram pensadas por Moreno em relação com sua Teoria do Desenvolvimento dos Papéis. Cada uma delas cumpre uma função que corresponde também a uma etapa do desenvolvimento psíquico. O diretor do Psicodrama instrumentará, em cada situação, as técnicas que lhe pareçam mais adequadas e correspondentes ao momento do drama, segundo o tipo de vinculação que nele se expressa.

    A primeira etapa, em que há a indiferenciação do Eu e do Tu, corresponde à técnica do duplo. A segunda, do Reconhecimento do Eu, à técnica do espelho. A terceira etapa, do Reconhecimento do Tu, à técnica da inversão de papéis.

  • Técnica da Inversão de Papéis: nessa técnica, um indivíduo concretamente toma o lugar do outro, sente, age, pensa e fala como este. Para Gonçalves24 (1993), quando a criança se torna capaz de reconhecer o outro, ela também se torna capaz de começar a desempenhar os papéis que observa e, posteriormente, mostra-se capaz de compreender o desempenho de seu papel por outro. Acredita-se que as condições para estabelecer e de compreender a troca, indicam que se está na etapa de inversão de papéis ou de reconhecimento do tu. No Psicodrama, a técnica de inversão de papéis é utilizada para oferecer ao protagonista condição de atingir a perspectiva do outro, de captar o ponto de vista do outro sobre ele e sobre si mesmo


ID
1455391
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No ano de 2014, o país assistiu estarrecido às revelações sobre a trama que resultou na morte do menino Bernardo Boldrini.

“A promotora de justiça Dinamárcia Maciel relembrou o momento em que Bernardo foi até o Ministério Público pedir para que tirassem sua guarda do pai. (...) Em audiência em 31 de janeiro, no entanto, o pai Leandro entrou em consenso com a Justiça e prometeu dar a Bernardo a chave de casa, um cachorro e outros pedidos, além da promessa de melhorar o ambiente familiar. “Ele disse que ia tentar se reconciliar com o filho. Mas contra psicopatas não há rede de prevenção imune”, salientou Dinamárcia.” (Fonte: g1.globo.com)

São características do transtorno de personalidade antissocial:

Alternativas
Comentários
  • Transtorno da Personalidade Anti-Social é um padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros .

    Inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta.

    Também conhecido como psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial.

    Diagnóstico: o indivíduo deve ter pelo menos 18 anos e ter tido uma história de alguns sintomas de Transtorno da Conduta antes dos 15 anos.

    Os indivíduos portadores deste transtorno não se conformam às normas pertinentes a um comportamento dentro de parâmetros normais.

  • Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Antissocial frequentemente não possuem empatia e tendem a ser insensíveis e cínicos e a desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Eles podem ter uma auto-estima enfatuada e arrogante (por ex., achar que um trabalho comum não está à sua altura, ou não ter uma preocupação realista com seus problemas atuais ou seu futuro) e podem ser excessivamente opiniáticos, auto-suficientes ou vaidosos. Eles podem exibir um encanto superficial e não-sincero, ser bastante volúveis e ter facilidade com as palavras (por ex., usar termos técnicos ou jargão capazes de impressionar alguém não familiarizado com o assunto). Falta de empatia, auto-estima enfatuada e encanto superficial são aspectos habitualmente incluídos nos conceitos tradicionais de psicopatia e podem ser particularmente distintivos do Transtorno da Personalidade Antissocial em contextos forenses ou penitenciários, onde atos criminosos, delinquentes ou agressivos tendem a ser inespecíficos. Esses indivíduos podem também ser irresponsáveis e exploradores em seus relacionamentos sexuais. Eles podem ter uma história de múltiplos parceiros sexuais, sem jamais ter mantido um relacionamento monogâmico. Essas pessoas podem ser irresponsáveis na condição de pai ou mãe, o que se evidencia por desnutrição ou doença em um filho, resultante da falta de cuidados mínimos de higiene, filhos dependendo de vizinhos ou parentes para obter alimento e abrigo, deixar de conseguir alguém para cuidar de um filho pequeno quando o indivíduo está fora de casa, ou repetido esbanjamento do dinheiro necessário para as necessidades domésticas. Esses indivíduos podem dar baixa com desonra das forças armadas, podem não conseguir se sustentar, podem empobrecer a ponto de não ter onde morar, ou passar muitos anos em instituições penais. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Antissocial estão mais propensos do que as outras pessoas na população geral a morrer prematuramente por meios violentos (por ex., suicídio, acidentes e homicídios).Os indivíduos com este transtorno também podem experimentar disforia, incluindo queixas de tensão, incapacidade de tolerar o tédio e humor deprimido. Eles podem ter, em associação, Transtornos de Ansiedade, Transtornos Depressivos, Transtornos Relacionados a Substâncias, Transtorno de Somatização, Jogo Patológico e outros transtornos do controle dos impulsos. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Antissocial também têm, frequentemente, características de personalidade que satisfazem os critérios para outros Transtornos da Personalidade, particularmente Transtorno da Personalidade Borderline, Histriônica e Narcisista. 
  • F60.2 Personalidade dissocial

    Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.

    Personalidade (transtorno da):

    ·amoral

    ·anti-social

    ·associal

    ·psicopática

    ·sociopática

    http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/f60_f69.htm

  •  a) a teatralidade nas emoções e a hipersensibilidade às críticas; Histriônica

     b) a falta de empatia e a superficialidade emocional; Antissocial

     c)a tendência ao isolamento e a afetividade limitada; Esquizoide

     d) os sentimentos crônicos de vazio e a impulsividade; Borderline

     e) as desconfianças infundadas e a falta de remorso. Paranoide

     

    "É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota. "
    ( Theodore Roosevelt ) 


ID
1455394
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sidney Shine no livro Avaliação Psicológica e Lei escreve que “A avaliação psicológica em contexto forense ou jurídico precisa ser reconhecida pelo que ela é: uma modalidade específica de avaliação com características intrínsecas ao seu objeto e objetivo”. Em comparação com a avaliação psicológica no contexto clínico, a especificidade da avaliação psicológica no contexto jurídico é determinada pelo (a):

Alternativas
Comentários
  • O juiz.

  • Origem da demanda: na clínica, geralmente é a pessoa ou familiar que procura a avaliação psicológica e, na forense é, usualmente, o advogado ou o Tribunal.

    Em comparação com a avaliação psicológica no contexto clínico, a especificidade da avaliação psicológica no contexto jurídico é determinada pelo (a):

  • c) implicação de um terceiro na relação de trabalho entre o psicólogo e o sujeito;


  • Alternativa C. Quando a resposta menciona um terceiro na relação é a Justiça, a figura do Juiz.

  • O uso dos testes psicológicos, entrevistas e o registro documental são características da avaliação psicológica, independentemente do contexto, apenas a ESCOLHA de QUAL material utilizado no processo depende do contexto.


    A busca voluntária pela avaliação psicodiagnóstica pode ocorrer na área clínica, nunca na jurídica, e o sujeito é o mais interessado, restando assim, a alternativa C, onde o terceiro é o sistema judiciário.

  • A terceira pessoa implicada no processo é o JUIZ.

    ITEM C


ID
1455397
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Maria foi casada com João e com ele teve três filhos, hoje com idades entre três e seis anos. No acordo celebrado pelo casal por ocasião do divórcio, ajustou-se que manteriam a guarda compartilhada dos filhos, pactuando, ainda, que as crianças pernoitariam com o pai duas vezes por semana. Um ano após o divórcio, João contrai novas núpcias com Vera.

Diante do novo casamento do ex-cônjuge, Maria decide não mais permitir o pernoite das crianças com o genitor, com o argumento de que o acordo antes celebrado foi dissolvido na parte referente aos direitos e deveres a eles relativos. Nesse caso:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “A”.

    Segundo a nova redação do art. 1.634, II, CC (de acordo com a Lei n° 13.058, de 22 de dezembro de 2014): “Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (...) II. exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584”. Portanto, pouco importa o novo casamento de João. Ele continua com todos os direitos e deveres da guarda compartilhada.


  • Art. 1.588, CC. O pai ou a mãe que contrair novas núpcias não perde o direito de ter consigo os filhos, que só lhe poderão ser retirados por mandado judicial, provado que não são tratados convenientemente.


    Art 1.636, CC. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro.


    GABARITO: A

  • Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.

  • Na situação hipotética apresentada, Maria e João possuem três filhos menores impúberes, frutos do casamento deles. Quando o casal se divorciou, ficou acordado que a guarda dos filhos seria compartilhada.

    Um ano após o divórcio, João contraiu núpcias com Vera. Assim, Maria decidiu não mais permitir que os filhos pernoitassem com o pai, conforme acordado anteriormente, alegando que o acordo antes celebrado foi dissolvido na parte referente aos direitos e deveres a eles relativos. 

    Diante disso, a questão requer a alternativa correta a ser aplicada ao caso. 

    Pois bem.  Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. Tal situação poderá ser alterada caso haja a violação de direitos dos filho; quando ocorrer a extinção, perda ou suspensão do poder familiar por parte de um ou ambos os genitores; ou quando incidir em casos que o juiz julgar necessária a mudança. 

    Todavia, na situação de João e Maria, esta não pode restringir o contato do pai com os filho pelo simples motivo de o mesmo ter contraído núpcias. Ora, o próprio artigo 1.588 do Código Civil garante ao pai ou a mãe que contrair núpcias, a manutenção de seu direito de ter consigo os filhos. 

    Art. 1.588. O pai ou a mãe que contrair novas núpcias não perde o direito de ter consigo os filhos, que só lhe poderão ser retirados por mandado judicial, provado que não são tratados convenientemente.

    Neste mesmo sentido é o artigo 1.636:

    Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro.

    Diante de todo o exposto, passemos à análise das alternativas, buscando a correta: 

    A) CORRETA.  o novo casamento de qualquer dos ex-cônjuges não implicará restrições aos direitos dos pais em relação aos filhos.

    É a alternativa a ser assinalada. Conforme visto acima, o casamento não é capaz de restringir os direitos dos pais em relação aos filhos. 


    B) INCORRETA. o novo casamento de qualquer dos ex-cônjuges implicará a revogação do direito ao pernoite com os filhos até que se comprove o bom relacionamento entre os filhos e o novo cônjuge; 

    O novo casamento não significa revogação dos direitos dos pais, não havendo previsão de comprovação de bom relacionamento dos filhos com o novo cônjuge. 


    C) INCORRETA. o novo casamento do cônjuge implicará a revisão automática do dever alimentar para com os filhos menores, o qual deverá ser adaptado à nova realidade econômica daquele que constituiu nova família; 

    Os alimentos serão revistos quando as partes entenderem ser necessário, de acordo com o binômio necessidade/possibilidade tanto dos pais quanto dos filhos.

    Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
    § 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
    § 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

    Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.


    D) INCORRETA. o novo casamento de qualquer dos cônjuges implicará a modificação completa do acordo celebrado por ocasião do divórcio; 

    Não existe qualquer previsão de que o novo casamento interfira no acordo realizado quando do divórcio. Para que haja alteração, as partes devem demonstrar a necessidade de modificação, seja com relação a guarda, alimentos, etc. 

    Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença de divórcio.

    E) INCORRETA. a modificação do pacto celebrado por ocasião do divórcio em relação ao dever de contribuir para o sustento dos filhos menores ocorrerá automaticamente com o nascimento de filho havido em nova união por qualquer dos cônjuges. 

    Tais mudanças como a revisão de alimentos ou guarda deverão ser intentadas pelas partes quando sobrevier modificação em sua capacidade ou necessidade, não havendo a mudança automática em razão do casamento e nascimento de novo filho. 

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA A.
  • De fato, quanto à obrigação alimentar, a modificação na realidade econômica do alimentante pode ensejar a revisão, mas não de forma automática como afirmado nas alternativas C e E. A mudança da capacidade econômica não se presume apenas pelo novo matrimônio ou nascimento de outros filhos, mas deve ser devidamente provada no caso concreto.

  • a) o novo casamento de qualquer dos ex-cônjuges não implicará restrições aos direitos dos pais em relação aos filhos; à CORRETA!

    b) o novo casamento de qualquer dos ex-cônjuges implicará a revogação do direito ao pernoite com os filhos até que se comprove o bom relacionamento entre os filhos e o novo cônjuge; à INCORRETA: não há essa revogação do direito ao pernoite pelo mero casamento novo de um dos ex-cônjuges.

    c) o novo casamento do cônjuge implicará a revisão automática do dever alimentar para com os filhos menores, o qual deverá ser adaptado à nova realidade econômica daquele que constituiu nova família; à INCORRETA: não há revogação automática do direito aos alimentos em razão de novo casamento do cônjuge. A revisão do valor, inclusive, deve ser demandada em juízo e só ocorre se for provada a sua necessidade.

    d) o novo casamento de qualquer dos cônjuges implicará a modificação completa do acordo celebrado por ocasião do divórcio; à INCORRETA: o novo casamento do cônjuge que recebe os alimentos para si mesmo implica a cessação do dever de prestar alimentos para ele, mas não para os filhos. (CC, Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos. Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.)

    e) a modificação do pacto celebrado por ocasião do divórcio em relação ao dever de contribuir para o sustento dos filhos menores ocorrerá automaticamente com o nascimento de filho havido em nova união por qualquer dos cônjuges. à INCORRETA: A revisão do valor não é automática, deve ser demandada em juízo e só ocorre se for provada a sua necessidade.

    Resposta: A


ID
1455400
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Ana, casada com Roberto há dez anos, descobre que seu marido mantém relacionamento extraconjugal com Julia.

Depois de muita discussão, Roberto decide divorciar-se de Ana, deixando seus três filhos menores impúberes residindo em companhia materna.

Diante da ruptura da vida em comum, antes da concretização do divórcio, Ana decide ajuizar ação de alimentos em face do ex- cônjuge, buscando fossem concedidos para si e para os filhos.

Sobre o tema “Alimentos”, tratado na questão, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "D".

    Alimentos são prestações para a satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si, de modo a propiciar-lhe uma vida digna. O direito aos alimentos pode resultar do vínculo de parentesco,do casamento e da união estável. O direito se transforma em obrigação legal diante do binômio necessidade/possibilidade.

    A letra "a" está errada, pois não basta a condição econômica de quem presta os alimentos. Exige-se também que se prove a necessidade de quem pede os alimentos.

    A letra “b” está errada. Mesmo residindo com os filhos o cônjuge pode abrir mão dos alimentos, desde que essa pessoa não necessite dos alimentos e/ou a outra parte não possa fornecê-los (necessidade/possibilidade).

    A letra “c” está errada. Não há obrigatoriedade do cônjuge culpado na separação em reparar o dano. Em alguns casos, ainda que seja considerado culpado, pode até receber os alimentos, como disposto no parágrafo único do art. 1.704, CC: Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência.

    A letra "d" está certa. Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. §1° Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

    A letra “e” está errada. A revisão não é automática; é necessário um pedido ao Juiz. Art. 1.699, CC: Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.


  • Lauro, seus comentários são ótimos, parabéns!

  • Parabéns! 

  • e) o novo casamento do divorciado, advindo filhos da nova união, implica automática revisão da obrigação alimentar relativa ao primeiro casamento.

    ERRADA.  Informativo 557 STJ: A constituição de nova família pelo devedor de alimentos NÃO acarreta, por si só, revisão da quantia estabelecida a título de alimentos em favor dos filhos advindos de anterior unidade familiar formada pelo alimentante, sobretudo se não houver prova da diminuição da capacidade financeira do devedor em decorrência da formação do novo núcleo familiar.

     

    Ex: João, rico empresário, paga R$ 4 mil de pensão alimentícia para seu filho, que teve com sua ex-esposa. Determinado dia, João se casa e dessa união nasce uma filha. Com base unicamente nesta nova circunstância, João ajuíza ação revisional de alimentos pedindo que o valor pago de pensão a seu filho seja reduzido. Para que o devedor consiga reduzir a prestação paga, além de alegar que suas despesas aumentaram por conta da nova família, ele deverá provar também que o valor fixado anteriormente está acima das suas possibilidades, ou seja, que ele não tem mais condições de pagar aquela quantia.

    STJ. 3ª Turma. REsp 1.496.948-SP, Rel. Ministro Moura Ribeiro, julgado em 3/3/2015 (Info 557).

     

    Fonte: Dizer o direito.

  • Binônimo "Necessidade x Possibilidade".

  • A presente questão traz uma situação hipotética onde Ana, após se separar de fato de Roberto, mas ainda antes da concretização do divórcio, ajuizou ação de alimentos em face do ex-cônjuge, buscando fossem concedidos para si e para os filhos. Neste sentido, a questão requer a alternativa correta de acordo com o caso. Vejamos:

    A) INCORRETA. o dever de prestar alimentos existe sempre para aquele que tem condições econômica de prestá-los, seja na hipótese de casamento ou união estável, independentemente de qualquer outro requisito.

    Primeiramente, cumpre dizer que podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social. Para tanto, os alimentos são devidos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 

    Trata-se do binômio necessidade/possibilidade, que determina o valor a ser pago mediante uma análise da necessidade de quem pede e das condições de quem fornecerá, visando suprir a carência do que precisa, sem prejudicar aquele que os paga.

    Assim, embora sejam possíveis na hipótese de casamento ou união estável, não se pode dizer que os alimentos serão sempre devidos por aquele que tem condições, independentemente de qualquer outro requisito. Conforme visto acima, os alimentos são devidos quando quem os recebe não tem bens suficientes, nem pode prover sua própria mantença. 


    B) INCORRETA. o direito aos alimentos do cônjuge é indiscutível quando lhe couber residir com os filhos após o rompimento da vida conjugal.

    O direito aos alimentos é garantido, todavia, um dos requisitos para sua concessão é a demonstração de necessidade de quem os pede. Assim, após o rompimento, quando os cônjuges tiverem condições de se manter, não haverá estipulação de valor referente aos alimentos em favor daquele que residir com os filhos, visto que os alimentos devidos a estes são tratados de forma diversa. 


    C) INCORRETA. o cônjuge culpado pela dissolução do casamento tem o dever de prestar alimentos ao cônjuge prejudicado como forma de reparar o dano.

    Não há previsão de obrigatoriedade na prestação de alimentos em caso de culpa do cônjuge pela dissolução do casamento. Por outro lado, o Código Civil garante que, na separação judicial litigiosa, sendo um dos cônjuges inocente e desprovido de recursos, o outro deverá prestar-lhe a pensão alimentícia que o juiz fixar. 

    Além disso, dispõe também que se um dos cônjuges separados vier a necessitar de alimentos, o outro será obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.

    Art. 1.702. Na separação judicial litigiosa, sendo um dos cônjuges inocente e desprovido de recursos, prestar-lhe-á o outro a pensão alimentícia que o juiz fixar, obedecidos os critérios estabelecidos no art. 1.694.

    Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
    Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência.


    D) CORRETA. a obrigação alimentar em relação ao cônjuge existe em havendo necessidade de quem pede e possibilidade de quem deve pagar.

    É a alternativa correta a ser assinalada. A obrigação de prestar alimentos persiste enquanto houver a necessidade daquele que os pediu, bem como se houver possibilidade daquele que os paga. 

    Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

    Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.


    E) INCORRETA. o novo casamento do divorciado, advindo filhos da nova união, implica automática revisão da obrigação alimentar relativa ao primeiro casamento.

    Não existe qualquer previsão de revisão automática da obrigação alimentar no caso de novo casamento de um dos cônjuges separados. Caso haja mudança em sua situação financeira, deverá reclamar ao juiz, para que este analise a situação.  

    Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA D. 
  • a) o dever de prestar alimentos existe sempre para aquele que tem condições econômica de prestá-los, seja na hipótese de casamento ou união estável, independentemente de qualquer outro requisito; à INCORRETA: O dever de prestar alimentos tem em vista o binômio necessidade-possibilidade

    b) o direito aos alimentos do cônjuge é indiscutível quando lhe couber residir com os filhos após o rompimento da vida conjugal; à INCORRETA: os alimentos são devidos quando há necessidade, não bastando ao ex-cônjuge alegar que reside com os filhos.

    c) o cônjuge culpado pela dissolução do casamento tem o dever de prestar alimentos ao cônjuge prejudicado como forma de reparar o dano; à INCORRETA: não há dever de prestação de alimentos em razão de culpa pela dissolução do casamento.

    d) a obrigação alimentar em relação ao cônjuge existe em havendo necessidade de quem pede e possibilidade de quem deve pagar; à CORRETA!

    e) o novo casamento do divorciado, advindo filhos da nova união, implica automática revisão da obrigação alimentar relativa ao primeiro casamento. à INCORRETA: não há essa revisão automática em razão de filhos advindos de nova união. A revisão é sempre requerida, nunca automática.

    Resposta: D


ID
1455403
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

José e Dalva, casados sob o regime da comunhão parcial de bens, falecem deixando dois filhos menores impúberes, vasto patrimônio, mas sem deixar testamento.

Diante da grave situação dos menores, os avós maternos, o avô paterno e um tio passam a disputar o exercício da tutela das crianças, ajuizando, todos, medida judicial competente.

No curso do processo onde se decidirá sobre quem exercerá a tutela dos menores, constata-se que o avô paterno não tem a livre administração de seus bens, em razão de interdição judicial.

Verifica-se também que os avós maternos são pessoas de pouca instrução e de poucos recursos financeiros, apesar de manterem a vida econômica equilibrada e o casamento estável.

O tio dos menores, por sua vez, tem vasto patrimônio e uma família equilibrada.

Considerando os dados fornecidos pelo problema, é correto afirmar que a tutela dos menores deverá:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “E”.

    Tutela é um instituto de caráter assistencial que tem por finalidade substituir o poder familiar. Protege não só o menor não emancipado como também seus bens, se seus pais faleceram, se tornaram ausentes, ou se foram suspensos ou destituídos do poder familiar, dando-lhe, conforme o caso, representação ou assistência jurídica. A tutela é um múnus, ou seja, um encargo.

    No caso concreto, inicialmente, devemos excluir o avô paterno. Isso porque prevê o art. 1.735, I, CC: Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam (...) aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens.

    Entre os avós maternos e o tio, dá-se preferência aos avós. Estabelece o art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor, por esta ordem: I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto; II - aos colaterais até o terceiro grau (..). É interessante acrescentar que a própria lei determina que “em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor”. Ou seja, as regras da tutela devem ser interpretadas de acordo com o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente.

    Concluindo: no caso concreto a tutela deve ser concedida aos avós maternos, ainda que sejam pessoas de pouca instrução e de poucos recursos financeiros, pois mantêm uma vida conjugal e econômica estável. Assim, além de estarem em uma posição preferencial em relação aos demais parentes, também possuem um família estável e equilibrada, demonstrando que realmente será atendido o melhor interesse dos menores.




  • Art. 1.728, CC. Os filhos menores são postos em tutela:

    I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

    II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.


    Art. 1.731, CC. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor, por esta ordem:

    I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;

    II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.


    Art. 1.735, CC. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:

    I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

    II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor;

    III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;

    IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;

    V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores;

    VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.


    GABARITO: E

  • Lauro sempre surpreendendo nas explicações. 

    Lauro, vc comenta alguma outra matéria além de Civil?????

  • Sobre a alternativa “B” (INCORRETA):  “Considerando os dados fornecidos pelo problema, é correto afirmar que a tutela dos menores deverá ser deferida a mais de um requerente, pois, havendo mais de um menor, ainda que irmãos, dar-se-á um tutor a cada um.”


    Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor.

  • O que é bem curioso do código civil essa questão de preferir os avós, mais pobres, no lugar do tio rico, já que é um código bem mais patrimonialista do que qualquer outro.

  • Na situação hipotética apresentada, José e Dalva, casados sob o regime da comunhão parcial de bens, falecem deixando dois filhos menores impúberes e um vasto patrimônio, mas sem deixar testamento. Diante do ocorrido, os avós maternos, o avô paterno e um tio passaram a disputar o exercício da tutela das crianças, cada qual com suas peculiaridades. 

    Conforme conceitua Pablo Stolze Gagliano e Rodrigo Pamplona Filho, a tutela consiste na “representação legal de um menor, relativa ou absolutamente incapaz, cujos pais tenham sido declarados ausentes, falecidos ou hajam decaído do poder familiar" 

    A nomeação do tutor compete aos pais, todavia, na falta de nomeação, incumbe a tutela aos parentes consanguíneos do menor, por esta ordem:
    I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;
    II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.

    Caso não haja nomeação em testamento, nem tampouco a existência de parentes legítimos, compete ao juiz nomear tutor idôneo e residente no domicílio do menor. Além desses casos, o juiz também deverá nomear quando os nomeados forem excluídos ou escusados da tutela ou quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.

    Após breve relato acerca da tutela, considerando que a presente questão requer a alternativa que afirme corretamente com quem ficará a tutela dos menores, passemos à sua análise. Vejamos:

    A) INCORRETA. ser deferida ao tio, porque reúne todas as qualidades essenciais: é jovem, bem situado financeiramente e com vida familiar estável.

    Por ser tio, se encontra na linha colateral de parentesco, no terceiro grau, ou seja, se enquadra no inciso II do artigo 1.731. Todavia, mesmo que com circunstâncias favoráveis, a tutela não será deferida ao tio, visto que o Código Civil prevê que, na falta de nomeação de tutor pelos pais, o encargo será atribuído aos parentes consanguíneos do menor, na ordem constante do artigo supramencionado. Desta forma, em regra, a tutela seria deferida os avós, por estarem em primeiro lugar na ordem de nomeação.


    B) INCORRETA. ser deferida a mais de um requerente, pois, havendo mais de um menor, ainda que irmãos, dar-se-á um tutor a cada um.

    O artigo 1.733 é claro ao afirmar que, no caso de irmãos órfãos, dar-se-á um só tutor.


    C) INCORRETA. ser exercida por pessoa idônea, próxima às crianças e com formação intelectual capaz de bem gerir o patrimônio, considerando que os menores possuem vastos recursos financeiros.

    Não há essa previsão no Código Civil. O ordenamento jurídico prevê uma ordem para nomeação do tutor, que deve ser seguida. 


    D) INCORRETA. ser deferida ao avô paterno, porque a família paterna tem preferência no exercício da tutela, em falecendo os pais sem deixar testamento indicando o tutor ou curador.

    Quando falecidos os pais do menor, os avós são os primeiros na ordem de nomeação, porquanto ascendentes de grau mais próximo. Entretanto, no caso em tela o avô paterno não poderá assumir a tutela dos netos pois não possui livre administração de seus bens, em razão de interdição judicial, o que é uma incapacidade ao exercício da tutela, previsto no artigo 1.735, inciso I. 

    Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
    I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

    Cumpre ressaltar que não existe preferência entre família paterna ou materna no exercício da tutela, devendo observar a ordem do artigo 1.731 e as incapacidades constantes do artigo 1.735.


    E) CORRETA. caber aos avós maternos, porque são ascendentes, mais próximos, destacando-se que a tutela não pode ser deferida a quem não tem a livre administração de seus bens. 

    É a alternativa correta a ser assinalada. Conforme dito acima, neste caso os avós maternos e o avô paterno seriam os primeiros na ordem de nomeação, todavia, por ser o avô paterno incapaz de exercer tal encargo, a tutela caberá aos avós maternos. 


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA E.
  • LEI Nº 10.406/2002 (CC)

     

    Vamos por partes. O avô paterno não poderá ser o tutor, pois segundo o CC:

     

    Art. 1.735 –  Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:

    I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

     

    Agora, ficamos entre os avós maternos e o tio. Em nenhum dos casos há quaisquer restrições no que tange às limitações do referido dispostivo. Estando tanto os avós e o tio aptos a exercerem a tutela, o CC prevê que os ascendentes têm preferência aos colaterais.

     

    Art. 1.731 –   Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor, por esta ordem:

    I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;

     

    Lembrando que, em qualquer caso, deverá prevalecer o melhor interesse das crianças/adolescentes;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: E

  • a) ser deferida ao tio, porque reúne todas as qualidades essenciais: é jovem, bem situado financeiramente e com vida familiar estável; à INCORRETA: Não será deferida ao tio, pois a preferência legal é pelos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto.

    b) ser deferida a mais de um requerente, pois, havendo mais de um menor, ainda que irmãos, dar-se-á um tutor a cada um; à INCORRETA: pelo contrário, “aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor” (CC, Art. 1.733).

    c) ser exercida por pessoa idônea, próxima às crianças e com formação intelectual capaz de bem gerir o patrimônio, considerando que os menores possuem vastos recursos financeiros; à INCORRETA: o critério legal não é de formação intelectual ou patrimônio, mas de grau de parentesco.

    d) ser deferida ao avô paterno, porque a família paterna tem preferência no exercício da tutela, em falecendo os pais sem deixar testamento indicando o tutor ou curador; à INCORRETA: Não será deferida tutela àqueles que não tiverem a livre administração de seus bens, como é o avô paterno.

    e) caber aos avós maternos, porque são ascendentes, mais próximos, destacando-se que a tutela não pode ser deferida a quem não tem a livre administração de seus bens. à CORRETA!

    Resposta: E

  • Tutela - ascendente.

    Curatela - descendente.

  • GABARITO LETRA E

    Apenas complementando...

    Deve-se atentar, entretanto, que segundo o STJ, o juiz deve avaliar o melhor interesse da criança ou adolescente e sua proteção integral, sendo possível uma nomeação fora do ordem legal. A ordem de nomeação não é inflexível e na falta de tutor nomeado pelos pais, podem os tios, por exemplo, ser nomeados tutores, se forem os mais aptos a exercer a tutela.

  • letra E ordem preferencial..Mas doutrina aponta ainda q nao deve seguir a lista mas sim o interesse do menor

ID
1455406
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Joana, com dezesseis anos de idade, obtém o consentimento de seus pais e se casa, sob o regime da comunhão parcial de bens, com Vinicius.

Um ano após o casamento, o casal se divorcia.

Decidida a vender o imóvel recebido de seus pais por doação antes do casamento, Joana tem o registro da venda do imóvel obstado, ao argumento de que, sendo menor de dezoito anos, somente pode praticar os atos da vida civil devidamente assistida por seus responsáveis legais.

Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: “B”.

    Segundoo art. 5°, parágrafo único, inciso II, CC, cessará, para osmenores, a incapacidade pelo casamento. Assim, embora com 16 anos, com ocasamento Joana foi emancipada. É certo que um ano depois (Joana estaria com 17anos) houve o divórcio. No entanto, mesmo havendo a dissoluçãoda sociedade conjugal, Joana não retorna à anterior situação de incapacidadecivil.


  • Art. 5o do CC. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    II - pelo casamento;

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.


    GABARITO: B

  • Gabarito: letra B

    Não importa que houve a separação após o casamento, pois este já se consumou, tendo havido, assim, a emancipação. No caso em tela, Joana estará plenamente apta ao exercício de seus direitos.

    Bons Estudos!

  • Letra B correta, mas onde está o erro da letra c? Alguém sabe me dizer? 

  • O erro da C estaria na ausencia da palavra EFETIVO após "emprego publico "?

    c)a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;

    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;
  • Gabarito: Alternativa B

    B) A incapacidade para os menores cessa pelo casamento. CORRETO – Art. 5º, Parágrafo Único. Cessará para os menores a incapacidade: II- PELO CASAMENTO.


    OBS.: De acordo com Wader Garcia: “ Não faz sentido que uma pessoa que constitui família continue sob a autoridade de outrem. A emancipação não é afetada pelo fim do casamento, salvo em caso de invalidação deste quanto ao que estiver de má-fé, segundo corrente majoritária” (Super-revisão OAB: doutrina completa/ Wander Garcia, coordenador. 3ª ed., Indaiatuba-SP: Editora Foco Jurídico, 2014).


    a) Os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los. ERRADO – Art. 3º, I, CC – São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I- OS MENORES DE 16 ANOS.


    c) A incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior. ERRADO – Essa alternativa além de não ter dito que o EMPREGO PÚBLICO DEVE SER EFETIVO, também não fez menção ao casamento como uma das formas de se obter a emancipação.

    Wader Garcia assevera que qualquer outra hipótese que não seja o exercício de emprego efetivo, não será causa de emancipação. Logo, para ele “estão excluídas situações temporárias, tais como estágios, contratações temporárias e investidura em cargo de comissão”.


    d) a alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído matrimônio. ERRADO - Neste caso em específico a pessoa é emancipada e não necessitará de assistência, pois possui capacidade plena para os atos da vida civil.


    e) a menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil. ERRADO – Art. 5º, CC. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

  • QUESTÃO MAL FEITA

  • Patrícia Rocha, após os 18 anos não precisa de emancipação. Art. 5º, CC.

  • e caso um menor com 15 anos se case?


  • Caro Antônio Filho,


    Trarei o entendimento do prof. Wander Garcia acerca da sua dúvida (espero que ajude).


    No caso em tela, verificamos uma hipótese de emancipação legal, prevista no art. 5º, parágrafo único, II, do Código Civil de 2002.


    Sobre o assunto, Wander Garcia aduz:


    "O casamento é uma das causas de emancipação legal, seja qual for a idade do nubente. Pode acontecer de ocorrer emancipação até de alguém que se casou antes da idade núbil, por suprimento judicial. Não faz sentido que uma pessoa que constituiu família continue sob a autoridade de outrem. A emancipação não é afetada pelo fim do casamento, salvo em caso de invalidação deste quanto ao que estiver de má-fé, segundo corrente majoritária".


    Fonte: GARCIA Wander. Direito Civil. In.: GARCIA, Wander, coordenador. Super Revisão OAB: doutrina completa. 3º ed. Indaiatuba, SP: Editora Foco Jurídico, 2014, p. 351.

  • obrigado Érica, ajudou muito!

  • Concordo com o gabarito, mas que a questão está mal formulada, isso está. E muito! 

  • Até entendi o erro da letra C, mas creio que ficou ambígua a alternativa C.

  • Não consegui vislumbrar o erro da alternativa C...

  • O problema da letra "C" é que a emancipação não é causa de cessão da incapacidade e, sim, consequência das situações elencadas no art. 5º do Código Civil, quais sejam: 

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    II - pelo casamento;

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.


  • Considerar também que a questão pede a resposta em conformidade com o caso concreto, e apesar da alternativa "C" parecer correta, se ler com atenção em nada tem a ver a questão com emprego público ou colação de grau superior é tão somente com casamento.

  • Questão malandra. Errei pois marquei letra C. Querendo ou não, o negócio é responder questões para pegar as malandragens das bancas, não adianta ficar chorando, pois não resolve. Vamos estudar e aprender as pegadinhas das provas.

  • Érica, seus comentários foram perfeitos. Muito esclarecedores. Obrigado. E obrigado pela citação desse autor Wader Garcia. Muito bom. 

  • Pergunta de concurso → O casamento emancipa, mas, em caso de divórcio, o ato emancipatório é prejudicado?

    R: Não. O divórcio, por projetar efeitos para o futuro, não retorna a situação de incapacidade. Diferente é a hipótese de o casamento ser invalidado, caso em que, ressalvada a hipótese de putatividade, a sentença opera efeitos retroativos, restituindo o estado anterior de coisas (Zeno Veloso, Tartuce, Simão). Então, no caso de invalidação do casamento (nulidade ou anulabilidade) a sentença retroage seus efeitos para atingir o casamento na origem, retornando ao estado anterior ao casamento. A pessoa que se divorcia passa a ser divorciada. A pessoa que tem o casamento invalidado volta a ser solteiro.

    Obs: Ressalva da putatividade – o casamento putativo (o casamento ocorre ilegalmente, mas com boa-fé de ambos os contraentes ou de apenas um deles) preserva seus efeitos mesmo que o casamento seja inválido.

  • O emprego público para cessar a incapacidade necessita ser EFETIVO. 

  • Então emprego publico em comissão ou terceirizado não admite emancipação. Muito estranho rsrsrs


  • A questão deu a entender que "qualquer" menor que se case será emancipado...

  • O erro da "C" amigos é que consta como cessação da menor idade 18 anos COMPLETOS, nesse caso não será pela emancipação e a outras hipóteses, mas por ter completado 18 anos.

  • Palavras de Pablo Stolze, em suas aulas: O casamento emancipa.


    Parece simplório, mas só sabendo isso já dá para matar muitas questões

  • Na minha singela opinião, o enunciado da letra "c" está certo, porém a letra "b" é mais adequada à questão.


    O art. 5° diz que a menoridade cessa aos dezoito anos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Já o parágrafo único afirma que cessará, para os menores, a incapacidade por tais e tais motivos.

    Assim, partindo-se da ideia de que os parágrafos devem ser interpretados à luz do caput, bem como que pelos art. 3° e 4° a menoridade é causa de incapacidade (absoluta ou relativa), significa dizer que aos 18 anos cessa a incapacidade.


    Logo, parece-me que a afirmação da letra "c" de que a  incapacidade para os menores cessa aos 18 está correta.


    No entanto, a questão exigia: Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que: 


    Ou seja, à luz da situação trazida no problema, a resposta seria de que casada estaria emancipada.


    Era isso,


  • Gabarito: B


    Alternativa “a” – Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; 


    Alternativa “b” – Mesmo com o divórcio Joana não retorna a condição de incapaz. Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: II - pelo casamento; 


    Alternativa “c” – Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 


    Alternativa “d” – A incapacidade cessa com o casamento, e a pessoa passa a ter capacidade plena para os atos da vida civil, não necessitando de assistência de representantes legais. 


    Alternativa “e” – Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 


  • Questão muito estranha!! Pois quando a assertiva B afirma: "a incapacidade para os menores cessa pelo casamento". Dá para subentender-se que todos os menores que casam cessa a incapacidade, mas nem todos os menores podem casar, apenas os menores com 16 anos completos, foi isso que me confundiu. Me corrijam se eu estiver errado.

  • Analisando as alternativas:

    A) os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los; 

    Código Civil:

    Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.  (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)

    Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes.

    Incorreta letra “A".


    B) a incapacidade para os menores cessa pelo casamento; 


    Código Civil:

    Art. 5o Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    II - pelo casamento;

    A incapacidade para os menores cessa pelo casamento.

    Correta letra “B". Gabarito da questão.


    C) a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;

    Código Civil:


    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
    II - pelo casamento;
    III - pelo exercício de emprego público efetivo;
    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

    A incapacidade para os menores cessa aos dezesseis anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior.


    Incorreta letra “C". 


    D) a alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído matrimônio; 

    Código Civil:

    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    II - pelo casamento;

    A alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, salvo se o menor tenha contraído matrimônio.


    Incorreta letra “D".



    E) a menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil. 


    Código Civil:

    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil. 


    Incorreta letra “E".


    Gabarito B.
  • Simplesmente a banca quis a "mais correta".

    Uma lástima quando isto ocorre...

  • bah, FGV elaborando questões de direito civil tá dificil hein?

    quer dizer que a C tá errada? tudo bem que a B é a mais próxima à questão

    pra mim é passivel de anulação

  • Eis uma dúvida, mesmo que a pessoa, menor de 18 anos, se divorcie, ela ainda terá capacidade civil plena?

  • Sim, Lucas Andrade! Em regra, a emancipação é definitiva, irretratável e irrevogável. Extingue o poder familiar: legal e judicial. Não extingue o poder familiar: voluntária

  • JULIO 

    A letra C também está correta, mas a questão diz "Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que:" , por isso, de acordo com a QUESTÃO o gabarito é o B e nao o C. 

  • Típica questão da FGV. Começa falando de alhos e no final termina com bugalhos!!! é preciso estar atento somente aos "alhos" nas alternativas.

  • Sem choro nem vela: a incapacidade para os menores cessa pelo casamento;

    Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    (...)

    II - pelo casamento;

  • Pessoal, vi que muitos ficaram na dúvida entre as alternativas "b" e "c", mas, ao analisar direitinho a alternativa "c", vi que ela cita a emancipação como uma das formas de cessação da incapacidade, bem como o exercício de um emprego público e a colação de grau de em curso superior, dando a falsa impressão de que estas duas últimas condições são diversas da emancipação, o que não é verdade. Então acredito que o erro da "c" foi colocar as duas últimas hipóteses como diversas da emancipação, já que ela também está citada na alternativa.

  • A letra C está ERRADA pois cita que a incapacidade cessa APENAS pelo exercício de emprego público, quando na verdade cessa pelo exercício de emprego público EFETIVO (Art. 5º, III, CF), eis o erro que identifiquei na alternativa.

  • Art. 5º

    A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    II - pelo casamento;

    III - pelo exercício de emprego público efetivo;

    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

  • AAAAAF

    Em 20/02/2018, às 15:17:28, você respondeu a opção C.Errada!

     Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: (...)

    III - pelo exercício de emprego público EFETIVO;

    Em 29/12/2017, às 14:18:53, você respondeu a opção D.Errada! 

    Art. 5º (...) Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: (...)

    II - pelo CASAMENTO;

  • A letra C tá errada porque na questão está explícito que a menor casou e o enunciado tem "considerando a situação..." pronto, minha gente, só por isso. Não tem sentindo marcar a letra C quando a questão fala EM CASAMENTO e pede de acordo com o que foi falado. 

  • RESPOSTA: B

  • a) os menores de 16 anos são absolutamente incapazes;

    b) CORRETA. art. 5º.Parágrafo único: Cessará para os menores a incapacidade: II. Pelo casamento;

    c) Incompleta, pois, além dessas hipóteses explicitadas na assertiva, a incapacidade do menor também cessa pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro (emancipação voluntária), bem como, por ato do juiz (judicial); 

    d) vide comentário da alternativa "b";

    e) art. 5º. A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada a prática de todos os atos da vida civil.

  • Explicando porque ser a letra B a certa em vez da letra C

    A letra C diz: "

    c)

    a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;"

    Agora observem o que diz o CC:

    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

    Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

    I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
    II - pelo casamento;
    III - pelo exercício de emprego público efetivo;
    IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

     

    Assim, observa-se que o que cessa aos 18 anos é a menoridade e não a incapacidade.

     

  • c) a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior; ERRADA

     

    Exercício de emprego público efetivo e colação de grau em curso de ensino superior são maneiras de se conseguir a emancipação.

    Emancipação é gênero cujas espécies são aquelas elencadas no parágrafo único do artigo 5º do Código Civil:

    Menores de 18 anos

    * Casamento (excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (16 anos), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez)

    * Colação de grau em curso de nível superior

    Menores com 16 anos completos e menores 18:

    *  Emprego público efetivo (ao menor de 16 anos é vedado qualquer trabalho, salvo aos 14 anos na condição de aprendiz).

    * Concessão dos pais por instrumento público

    * Se é o menor é tutelado, por sentença do juiz, após a oitiva do tutor.

    * pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

     

  • cuidado pessoal, a questão fala:

    Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que: Joana casou-se aos 17 anos, portanto houve a emancipação pelo casamento (prevista no art. 5, II, CC).

    Quanto a letra c: a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos (ART. 5, CAPUT), pela emancipação, pelo exercício de emprego público EFETIVO e pela colação de grau em curso de ensino superior;  FALTOU PELO CASAMENTO E ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL OU RELAÇÃO DE EMPREGO... portanto alternativa incompleta e que não traz a situação narrado pelo problema. dois erros portanto

  • C - a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;”

    O primeiro erro da alternativa C é dizer que a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos (logicamente e juridicamente é impossível isso acontecer).

    É que, atingida a idade de 18 anos, deixa de existir a menoridade e passa a existir a maioridade (extinção da menoridade). A capacidade civil plena é alcançada no tempo regular. Aqui a pessoa passa a ter capacidade civil plena e deixa de ser menor.

    A emancipação, por outro lado, é a antecipação da capacidade civil plena, de modo que a pessoa passa a ter capacidade plena mas continua sendo menor.

    Portanto, é impossível uma pessoa possuir 18 anos e ainda assim continuar sendo menor, porque a maioridade extingue a menoridade.


    O segundo erro é não mencionar emprego público efetivo (5,§u,III,CC).

    Com exceção a isso, o restante da alternativa C está correto: emancipação 5,§u,I,II,III,IV,V,CC) e colação de grau em curso superior (5,§u,IV,CC) são suficientes para a extinção da incapacidade.


    Gabarito B

  • C - a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;”


    O primeiro erro da alternativa C é dizer que a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos (logicamente e juridicamente é impossível isso acontecer).


    O segundo erro é não mencionar emprego público efetivo (5,§u,III,CC).


    Com exceção a isso, o restante da alternativa C está correto: emancipação 5,§u,I,II,III,IV,V,CC) e colação de grau em curso superior (5,§u,IV,CC) são suficientes para a extinção da incapacidade.


    É que, atingida a idade de 18 anos, deixa de existir a menoridade e passa a existir a maioridade (extinção da menoridade). A capacidade civil plena é alcançada no tempo regular.


    A emancipação, por outro lado, é a antecipação da capacidade civil plena, de modo que a pessoa passa a ter capacidade plena mas continua sendo menor.


    Portanto, é impossível uma pessoa possuir 18 anos e ainda assim continuar sendo menor, porque a maioridade extingue a menoridade.


    Gabarito B


  • B. a incapacidade para os menores cessa pelo casamento; correta

  • a) os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los; --> INCORRETA: os menores de 16 anos são absolutamente incapazes.

    b) a incapacidade para os menores cessa pelo casamento; --> CORRETA: exato! É um caso de emancipação legal. Ainda que divorciada, Joana não volta a ser incapaz.

    c) a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior; --> INCORRETA: a assertiva não menciona todos os casos de emancipação legal e a emancipação voluntária e judicial. Ademais, a emancipação exige o exercício de emprego público efetivo.

    d) a alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído matrimônio; --> INCORRETA: Se o menor contraiu casamento, já é plenamente capaz na ordem civil, podendo alienar imóveis sem necessidade de assistência.

    e) a menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil. --> INCORRETA: a menoridade cessa aos 18 anos, em regra.

    Resposta: B

  • Gab B

    Joana já emancipada, pois mesmo com divórcio não retornará ser incapaz, uma vez que vez que se casou.

  • Repetindo o comentário da colega Juliana Piva no referente a alternativa "C":

    "Quanto a letra c: a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos (ART. 5, CAPUT), pela emancipação, pelo exercício de emprego público EFETIVO e pela colação de grau em curso de ensino superior; FALTOU PELO CASAMENTO E ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL OU RELAÇÃO DE EMPREGO... portanto alternativa incompleta e que não traz a situação narrado pelo problema. dois erros portanto."

  • cessa a menoridade aos 18 anos

    cessa a incapacidade nas hipóteses do art. 5, p.u.

  • Concordo. Faz sentido.

  • Questão mal elaborada.

  • O ART 5° DO CÓDIGO CIVIL TRÁS A EMANCIPAÇÃO POR CASAMENTO RESPOSTA CORRETA B

  • Mas a pergunta se refere expressamente ao Servidor e não ao beneficiado.

  • Mas a pergunta se refere expressamente ao Servidor e não ao beneficiado.

  • E eu vou ter q adivinhar q não é o servidor e sim o terceiro? Isso é tentar justificar o gabarito à força. Continuo discordando, o q tb não vai mudar nada kkkkk

  • Erros da alternativa C:

    -Não mencionou o casamento.

    -Não citou que o emprego público deve ser EFETIVO.

  • A incapacidade não retorna com o divorcio, uma vez que se adquire a capacidade através do casamento esta permanecerá. SALVO, em caso de INVALIDAÇÃO deste quanto ao que estiver de má-fé, segundo corrente majoritária.

    Deste modo, Joana tem capacidade civil para pratica de todos atos da vida civil, como a alienação, não necessitando de assistência.

  • no meu ver, a alternativa B errou ao não dizer que o casamenta cessa a incapacidade aos menores de 18 anos e maiores de 16, a letra C estaria certa, pq ela não restringiu somente por aquelas hipóteses.

  • GABARITO B

    A incapacidade não retorna após o divórcio, somente poderia retornar se houvesse anulação do casamento.

  • Uma boa explicação, porém extrapola muuito as informações fornecidas pela assertiva.

    Tem questões absurdas do cespe que a gente só aceita, mas tem outras que fogem totalmente de todos os limites de bom senso.

  • gente que absurdo!!

  • Pior que eu fiz essa prova em 2012 e nem sei se acertei kkkkkk sei que agora errei

  • Só registrando que parte dos comentários da estão desatualizados Erica Moreira estão desatualizados. A lei 13.811/2019, proíbe o casamento de menor de 16 anos

  • A emancipação uma vez adquirida não se dissolve. Assim, ainda que haja divórcio a emancipação já aconteceu e ela continua apta a exercer todos os atos da vida civil

ID
1455409
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Sobre o tema “Relação de Parentesco”, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

    B) Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.

    C) Art. 1595, § 1o. O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

    D) Art. 1595, § 2o. Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

    E) Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.


    GABARITO: D

  • Gabarito: “D”.

    A letra “a” está errada, pois prevê o art. 1.595,CC: Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

    A letra “b” está errada. Dispõe o art. 1.592, CC. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau,as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

    A letra “c” está errada. É o parentesco colateral que fica limitado ao 4° grau. Nos termos do art. 1.595, §1°, CC O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

    A letra “d” está correta. É o que determinada o art. 1.595, §2°, CC: Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

    A letra “e” está errada. Linha transversal é sinônimo de linha obliqua ou colateral. Portanto aplica-se também o disposto no art. 1.592, CC (vide letra “b”).



  • a letra B entendo que está mal redigida; o parentesco em linha colateral a princípio pressupõe um tronco comum; no caso de afinidade recomenda-se a adoção da regra da simetria. 

  • Lucas, vejo que a letra B não está mal redigida, pois cunhado é parente colateral de 2º grau, logo não provém de descendência comum. Veja-se:


    Parente por afinidade:

    Em linha reta: Inexiste limite. São: sogro, genro, nora.

    Em linha colateral: restringe-se aos cunhados, não passando a afinidade do segundo grau.

    Fonte: . Acesso em: 16 jul. 2015.

  • A letra “B” está errada porque o art. 1594 do CC fala em “ascendência comum” e não em descendência comum:

    Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.

  • Olha a Sogra de Novo! ou melhor, sempre!

  • na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento!!!

    Não pode casar com o sogro ou com o enteado, por exemplo.

  • O erro da letra E. e) são parentes em linha transversal as pessoas que estão uma com as outras na relação de ascendentes e descendentes. Art. 1.591, do Código Civil: São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.


  • Então não existe ex-sogra... É isso?

  • Não sei. Acho que há duas alternativas corretas. Não encontro o erro da alternativa A. O artigo 1.595 diz que Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. Todavia a alternativa A diz que os parentes do cônjuge ou companheiro não possuem, para fins legais, relação de parentesco com os parentes do outro. Na minha humilde opinião também está certa, pois o parentesco por afinidade se dá entre o cônjuge e o parente do outro cônjuge. Entre os parentes de um cônjuge e os parentes do outro não há parentesco, de acordo com a lei. (ex. o irmão da esposa não tem parentesco com o irmão do esposo. O parentesco por afinidade acontece apenas entre a esposa e o irmão do esposo e vice-versa). Não vejo erro na letra A. Se alguém vir, por favor poste.

  • Também pensei da mesma forma que a Nil Ramos.

    Acho que a alternativa A foi bem mal redigida, de modo que leva a entender que os parentes de um conjuge possuem relação de parentesco com os parentes de outro conjuge. De qualquer forma, não marquei a alternativa A pois ela limita a situação "para fins legais", sendo que em nenhuma ocasião os parentes de um conjuge poderiam ser considerados parentes dos parentes do outro conjuge... Que confusão!

    Na dúvida só lembrar que "Sogra é pra sempre"!!!

  • A alternativa A está também correta. Observação perfeita de Nil Ramos. Faço das palavras dela as minhas: parentesco por afinidade se dá apenas entre o cônjuge e os parentes do outro. Jamais entre os parentes do cônjuge e os do outro. Falta de cuidado da Banca.

  • GABARITO D

     

    Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

     

    § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

     

    § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

     

    Lembrem-se: Ex sogra será para sempre. ;)

  • A questão trata da relação de parentesco.

    A) os parentes do cônjuge ou companheiro não possuem, para fins legais, relação de parentesco com os parentes do outro;

    Código Civil:

    Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

    Os parentes do cônjuge ou companheiro são aliados aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

    Incorreta letra “A".


    B) o parentesco em linha colateral provém de descendência comum;

    Código Civil:

    Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

    O parentesco em linha colateral provém de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

    Incorreta letra “A".


    C) o parentesco por afinidade alcança até o 4º grau na linha colateral;

    Art. 1.595. § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

    O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

    Incorreta letra “C".


    D) na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento;

    Código Civil:

    Art. 1.595. § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

    Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento.

    Correta letra “D". Gabarito da questão.


    E) são parentes em linha transversal as pessoas que estão uma com as outras na relação de ascendentes e descendentes.

    Código Civil:

    Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

    São parentes em linha transversal (ou colateral), as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

    Incorreta letra “E".

    Resposta: D

    Gabarito do Professor letra D.

  • PARABÉNS AOS COMENTÁRIOS DA NIL RAMOS e outros colegas seguidores da mesma opinião.

    "Os parentes do cônjuge ou companheiro são aliados aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. Incorreto letra A." Comentário da Profa Neyse Fonseca. Entendo que ela está equivocada. SE A AFINIDADE SE LIMITA, por exemplo, NA LINHA COLATERAL AO IRMÃO DO OUTRO CÔNJUGE, NÃO HÁ Q SE FALAR EM AFINIDADE ENTRE OS PARENTES DOS CÔNJUGES. ATÉ PORQUE:

    Conforme art. 1595§1ºCC,  Parentesco por afinidade limita-se ao Ascendente, Descendente, Irmão. Portanto, quanto aos colaterais  apenas --> IRMÃO.  Nem sequer existe CONCUNHADO (que está mais próximo do cônjuge) para fins legais.

    Há vários julgados neste sentido: 

    https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=CONCUNHADO+NAO+E+PARENTE,+NEM+POR+AFINIDADE

     

  • LEI Nº 10.406/2002 (CC)

     

    Art. 1.595 – ...

    §2º. Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.

     

    Concordo com os demais colegas quanto à assertiva "a", pois o CC é muito claro ao dispor que o parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, descendentes e irmãos do cônjuge ou companheiro, de modo que os parentes de um não possuem relação de parentesco com os parentes do outro.

     

    b) o parentesco em linha reta provém de descendência comum;

    c) o parentesco por afinidade alcança até o 2º grau na linha colateral;

    e) são parentes em linha reta as pessoas que estão uma com as outras na relação de ascendentes e descendentes;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: A/D

  • a) os parentes do cônjuge ou companheiro não possuem, para fins legais, relação de parentesco com os parentes do outro; à INCORRETA:  Os parentes do cônjuge ou companheiro são parentes por afinidade do consorte (CC, Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.)

    b) o parentesco em linha colateral provém de descendência comum; à INCORRETA: o parentesco na linha colateral não provém de descendência comum, mas de um só tronco. Primos, por exemplo, são parentes colaterais, unidos, portanto, por um tronco (os avós). Já irmãos tem descendência comum, filhos dos mesmos pais. (CC, Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.)

    c) o parentesco por afinidade alcança até o 4º grau na linha colateral; à INCORRETA: O parentesco por afinidade abarca apenas ascendentes, descendentes e irmãos do cônjuge ou companheiro. (CC, Art. 1.595. § 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro)

    d) na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento; à CORRETA!

    e) são parentes em linha transversal as pessoas que estão uma com as outras na relação de ascendentes e descendentes. à INCORRETA: São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes. (CC, art. 1591).

    Resposta: D

  • uma vez sogra sempre sogra kkkkk

  • Não há relação de parentesco entre os parentes de um cônjuge e os parentes do outro, por isso a alternativa A foi redigida de forma infeliz.

    A despeito disso, sempre devemos marcar a mais correta, que nesta questão é a alternativa D, uma vez que exprime o exato texto da lei (art.1.595, §2°, CC).