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Prova COMPERVE - 2017 - IF-RN - Médico - Clínico Geral


ID
2794348
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

O propósito comunicativo dominante do texto está relacionado à

Alternativas
Comentários
  • Acredito que a chave para a resposta está neste parágrafo:

    A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governosmaus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

  • Última linha do texto: " Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes."

  • B: Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

  • O pessoal que conclui a resposta com apenas uma tirinha do texto... ¬¬ sei não em...

     

    O texto deve ser visto como um todo, não ficar procurando uma frase que encaixe na resposta. 

     

    Todo texto tem que convergir para uma alternativa, e pasmem... o nome disso é interpretação, não brincadeira de detetive procurando a pista escondida.

     

    Só um dica. Bons estudos.

  • B.

  • Essa banca coloca os textos auxiliares gigantes. Desnecessário demais.

  • Bruno Lima, concordo plenamente com sua observação.

    Eu marquei A mesmo já tendo percebido que a última linha do texto encaminhava a B.

    Isso porque o texto passa umas 40 linhas falando sobre a trajetória de vários cientistas.

    Por que isso não é dominante?

    Eu sei que o propósito central/ objetivo do texto geralmente se encontra no título, primeiro e último parágrafo.

    Só que geralmente o desenvolvimento do texto só aprofunda o que é dito no título/ 1º parágrafo...


ID
2794351
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considerando-se o padrão frasal do português escrito, uma vírgula poderá ser substituída por ponto em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "D".

     

  • Como ficaria então?

  • Iure Bezerra, eu respondi assim: "Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras. E ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial."

  • Meu entendimento:

     

    Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substâncias químicas, como a nitroglicerina.

    Vírgula um termo conclusivo (obrigatória), Oração adjetiva explicativa.

     

    O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares.

    Par de vírgulas isolando adjunto adverbial de tempo “recentemente” – como este é de pequena extensão, vírgula facultativa.

     

    Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

    Vírgula demarcando o deslocamento de adjunto adverbial de tempo (facultativa) – Adjunto adverbial com até 3 palavras.

    Vírgula 2 e 3 demarcando expressão conclusiva “com isso” (obrigatório).

    Vírgula 4 iniciar oração explicativa.

     

    Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

    Vírgula para separar elemento explicativo “Além disso”.

    A partir de “Auxiliando” até “Carreiras” trata-se de um termo intercalado que deve vir isolado, no caso, por duas vírgulas. Se substituíssemos a vírgula após carreiras por ponto final, o trecho continuaria isolado.

     

    Gab: D

  • A única resposta cabível é a alternativa D, pq é a única que apresenta orações coordenadas. Sendo, assim, posso separa-las pq isoladas continuarão a ter sentido completo.


ID
2794354
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

A ideia central do décimo parágrafo está explícita

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

  • Logo no segundo período, o parágrafo começa a desenvolver  partindo da ideia do 1º§.( ...problema é antigo - Há 20 séculos) Em seguida ele narra a trajetória de Arquimedes.

  • O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo ou intriga – o encadeamento, a sucessão dos fatos, o conflito que se desenvolve, podendo ser linear ou não.

    Características principais:

    • O tempo verbal predominante é o passado.

    • Alguns gêneros textuais narrativos: piada, fábula, parábola, epístola (carta com

    relatos), conto, novela, epopeia, crônica (mix de literatura com jornalismo),

    romance.

    • Quem conta (narrador), o que ocorreu (o enredo), com quem ocorreu (personagem),

    como ocorreu (conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço) são elementos

    presentes neste tipo de texto.

    • Foco narrativo com narrador de 1a pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3a

    pessoa (não participa da história – onisciente).

    Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.

    Exemplo:

    Numa noite brilhante do mês de fevereiro (tempo), Fernando e Juliana (personagens) caminhavam pela rua (espaço) que conduzia à praça, ao sabor das estrelas (foco narrativo de 3a pessoa). Como em um conto de fadas, ela estava totalmente apaixonada por mim, o Fernando da história (foco narrativo de 1a pessoa). Era o momento ideal para ser atrevido, surpreendendo-a. Foi nesse momento que o rapaz (infelizmente este sou eu de novo) tomou um tapa daqueles na cara! (clímax) (o todo é o enredo) Eita! Bendita autoestima.

    Observe que o texto está escrito em prosa e não em verso, afinal, não há rima, nem métrica, nem musicalidade.

    Observe também que os verbos estão no passado, quando o objetivo é simplesmente relatar: caminhavam, conduzia, estava, era, foi, tomou. Digo isso, pois, no trecho “infelizmente este sou eu de novo”, o verbo está no presente. “Por que isso ocorre, Pestana?” Simples: o presente do indicativo é o tempo do comentário e não do relato.

    Resumindo: quando se deseja contar, relatar algo, verbo no passado; quando se deseja comentar, opinar, verbo no presente.

    “Mas, Pestana, não é possível relatar algo com o verbo no presente?” Até é, mas não é comum. Quando se usa o presente no lugar do pretérito perfeito, por exemplo, a ideia é relatar a história imprimindo atualidade a ela, como ocorre nas narrações de futebol.

    Fonte: A gramática para Concursos Públicos

  • Gabarito: A.


ID
2794357
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período:


Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.


Nesse período,

Alternativas
Comentários
  • GAB : Letra B

  • B

     

    CONCESSIVA

    Por mais que

    Embora

    Mesmo que

    Ainda que

    Se bem que

  • GABARITO: B

    Conjunção adversativa

    Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.

    Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.

    A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. Veja:

    ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso. CORRETO

    ex²: Mas é preguiçoso, ele é inteligente. INCORRETO

    Exemplos de conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, todavia.

     

    Conjunção concessiva

    No caso das concessivas, a orientação argumentativa que sobressai é a do segmento que não é introduzido pela conjunção. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente.

    O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal. Perceba que o fato do jogo ter ocorrido é mais importante que o de ter chovido.

    A conjunção concessiva é utilizada para estabelecer uma relação de subordinação entre orações. Ela introduz um oração subordinada adverbial concessiva. em outras palavras, a oração terá função sintática de adjunto adverbial, podendo assim ter a ordem invertida sem perder o sentido. Veja:

    ex: Embora tenha chovido, o jogo ocorreu normalmente. CORRETO

    ex²: O jogo ocorreu normalmente, embora tenha chovido. CORRETO

    Exemplos de conjunções e locuções conjuntivas concessivas: embora, apesar de, ainda que, posto que.

    Fonte: https://clubedoportugues.com.br/conjuncoes-adversativas-e-concessivas-como-identificar/

     

  • Gente, é só observar que a presença de um verbo no subjuntivo (sejam) indica a presença de oração subordinada.


ID
2794360
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período:


Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras[1], o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães [2].


Nesse trecho, o entrecruzamento de vozes ocorre da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

  • Trata-se da citação indireta livre.

  • há citação indireta e observa-se a presença de duas vozes: em [1], a voz de Haber e, em [2], a voz do autor do texto.

  • Comentários mais completos seriam bem vindos.

  • DISCURSO INDIRETO

    É o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador se utiliza de suas próprias palavras para reproduzir a fala do outro.

    Marcas do discurso indireto

    -vem introduzido por um verbo de dizer- aquele usado para introduzir um diálogo;

    -a fala citada é introduzida por meio de uma partícula introdutória: que ou se

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Haber defendeu-se argumentando (verbo de dizer) que (partícula introdutória) os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras- [ citação indireta- marca a voz de Haber]

    o que se mostrou uma tolice [opinião do autor do texto- marca a voz do autor], porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães .

  • Gabarito: Letra C

    Há citação indireta livre.


ID
2794363
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o período


A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá-los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.


Em relação aos elementos linguísticos em destaque,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

  • Você mata a questão sabendo do segundo elemento, e é o único que está presente em uma das alternativas. " podem desorientá-los = podem desorientar os governos. GOVERNOS = OBJ. DIRETO = LOS

  • GABARITO: LETRA B

    Portanto e por isso são conjunções conclusivas.

    Los - equivale a GOVERNOS

    Conjunção "e" tem valor aditivo.

     

     

  • Gabarito: Letra B

    Portanto e por isso são conjunções conclusivas.

  • Dois pontos decisivos para marcar a assertiva correta.

    1° Todos funcionam como mecanismos de coesão.

    "portanto" e "e" estabelecem coesão sequencial

    "-los" estabelece coesão referencial

    2° direcionar é verbo transitivo direto, dessa forma, pede complemento formado por objeto direto.

    O pronome oblíquo átono "los" representa objeto direto. ==> Direcionar quem? ===> Eles

    Complementando...

    Portanto, por isso, então são conjunções conclusivas.

  • Alguém pode me explicar a relação entre parágrafos afimado na alternativa B, por favor?

  • O 1º elemento apresenta noção de conclusão com relação ao parágrafo anterior.


ID
2794366
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

O texto reproduzido nesta prova

Alternativas
Comentários
  • A. é uma crônica e faz uso da variante padrão do português escrito, mas com muitas marcas de oralidade e dominância da linguagem denotativa. ERRADO. O gênero não é crônica. B. é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem conotativa. ERRADO. A conotação não é predominante. C. é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa. CERTO. Não há coloquialidade e trata-se de texto em linguagem denotativa = igual ao dicionário. D. é uma crônica e faz uso da variante padrão do português escrito, com poucas marcas de oralidade e dominância da linguagem conotativa. ERRADO.


  • Denotativo = Dicionarizado Conotativo = figurativo

  • C

    é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa.

  • Denotativo = Dicionarizado 

    Conotativo = figurativo

    é um artigo e faz uso da variante padrão do português escrito, com dominância da linguagem denotativa.






  • Tem características de um artigo!!! Linguagem denotativa.

  • Sentido denotativo: é o uso de um termo em seu sentido primeiro, real, do dicionário. 

    Sentido conotativo: é o uso de um termo em seu sentido figurado. 

    Letra C

  • Na literatura e no jornalismo, uma crônica é uma narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio.

    Em jornalismo, artigo é um texto que expressa uma opinião, pode até informar, mas argumentar sobre algum posicionamento é o cerne do que deve ser apresentado neste tipo de texto. No artigo podemos encontrar críticas, confronto de ideias, análises e comentários sobre um determinado assunto, e até mesmo, humor e ironia.


ID
2794369
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere os trechos:


I – [...] mas deu início à corrida nuclear [...]

II – [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]


Nesses trechos, a ocorrência do acento grave justifica-se, também,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A.


    I) [...] mas deu início à corrida nuclear [...]. Quem DÁ INÍCIO, dá início a alguma coisa. O verbo DAR rege a preposição "a". Como o substantivo "corrida" pede o artigo definido "a", tem-se a crase.


    II) [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]. Quem CAÇA, caça A alguém. Como CAÇA, nessa frase, é um substantivo (observe o artigo "a" antes), a regência se dá pelo nome. Além disso, como o substantivo "bruxas" pede o artigo definido "as", tem-se a crase.

  • Triste ver como o comentário mais curtido está com um conceito equivocado.

  • Quanto a primeira alternativa,... Quem dá início, dá início a alguma coisa. Exige-se a preposição "a" pelo verbo DAR, seguindo com o artigo definido do substantivo feminino "corrida".

    Agora, corrigindo o equívoco do colega quanto a segunda alternativa, .... Quem caça, caça alguma coisa.

    Exemplo: "ele caçou o lobo"(CERTO)

    ; não se põe.. "ele caçou ao lobo"(INCORRETO)

    O único motivo da segunda alternativa ser regência nominal é porque "a caçada" ,como substantivo, exige preposição "a", então NUNCA que haveria a pergunta ao verbo como o amiguinho Jardel fez no comentário.

  • Triste ver como o comentário mais curtido está com um conceito equivocado ²

  • Onde DAR INÍCIO é um verbo?? CUIDADO GALERA!!!

    INÍCIO é um NOME e OBJETO DIRETO.

    Alternativa I

    No contexto, o verbo DAR é VTDI -> quem DÁ, DÁ ALGO [início] A ALGUÉM [à corrida nuclear], portanto a regência do verbo exigiu a preposição.

  • I – [...] mas deu início à corrida nuclear [...]

    II – [...] enfrentou corajosamente a caça às bruxas [...]

    Deu início = locução verbal

    Caça = nome (no sentido de tudo o que não é verbo)

  • Para tirar a dúvida com relação a "I":

    Deu à corrida nuclear, início.


ID
2794372
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

A opção em que a palavra em destaque possibilita a depreensão de uma informação implícita é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "D".

     

  • Gabarito: D

    [...] foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear [...]. 

  • Alguém poderia explicar o motivo da alternativa D estar correta?

  • foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear.

    Está implícito que apesar de Einstein ser um "cara da PAZ", foi ele quem deu o pontapé inicial para a GUERRA, escrevendo para o Presidente sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares.

  • Não tem nada implícito. É explícito.
  • A informação implícita é a carta ao presidente?

  • Confesso que fui por eliminação! Mas dps de ler o cometário de Micarla Soares entendi melhor

    !


ID
2794375
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Einstein e o papel dos cientistas na sociedade


                                                                                          José Goldemberg

                                     Professor Emérito da USP, é presidente da Fapesp


Albert Einstein foi, sem dúvida alguma, o cientista mais importante do século 20. No início do século passado, ele formulou a teoria da relatividade, que mudou a concepção do mundo em que vivemos, a qual havia sido estabelecida por Newton, no século 18, co nforme descrita com clareza por Kant: um espaço e tempo absolutos que não dependem da posição do observador, quer esteja em repouso ou em movimento.

O que Einstein mostrou é que isso só é verdade quando o observador se movimenta lentamente, como é o nosso caso. Se sua velocidade for muito grande, as dimensões mudam e o tempo passa mais devagar ou mais depressa, dependendo do local onde o observador se encontra.

Uma das consequências da teoria da relatividade é a constatação de que matéria pode transformar-se em energia. Essa é a base da construção das bombas atômicas, em que os átomos de urânio se desintegram em fragmentos velozes. Com base nessas ideias, foi possível construir armas com poder explosivo milhões de vezes maior que o das explosões de substân cias químicas, como a nitroglicerina.

Einstein formulou suas ideias quando trabalhava no Departamento de Patentes em Zurique, na Suíça, e seu propósito foi sempre satisfazer sua própria curiosidade e tentar entender o universo em que vivemos. Além disso, era um pacifista convicto que se recusou a participar do trabalho dos seus colegas em Berlim, na produção de armas durante a 1ª Guerra Mundial (1914 -18), chegando a renunciar à nacionalidade alemã por isso.

Cerca de 30 anos mais tarde, como judeu refugiado nos EUA, após a ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, escreveu uma carta dirigida ao presidente americano Franklin Roosevelt sugerindo a criação de um programa para produzir armas nucleares, a primeira das quais arrasou Hiroshima em 1945.

Einstein tentou impedir que essas armas fossem usadas contra o Japão, escrevendo novamente ao presidente. Com o falecimento de Roosevelt, o vice-presidente Harry Truman recusou os apelos de Einstein e de muitos outros dos cientistas que construíram as arm as, desqualificando-os como “tolos” e “ingênuos” que não entendiam a importância das explosões atômicas para vencer o Japão e evitar a perda de muitos milhares de soldados americanos.

Três anos depois, a União Soviética realizou explosões e, com isso, se iniciou a corrida nuclear, que marcou o resto do século 20 e até hoje nos assombra.

O canal de televisão National Geographic exibiu, recentemente, uma série de episódios sobre a vida de Einstein que ilustra bem os dilemas enfrentados por cientistas quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares. O que a série captou foi sua complexa vida sentimental e as sérias dificuldades com esposas, amantes e filhos. Captou também que, para Einstein, decifrar o comportamento do universo foi mais fácil do que compreender os sentimentos humanos.

Mais do que isso, a vida de Einstein demonstra que o avanço da ciência, que pode ocorrer nos lugares mais inesperados, como o Departamento de Patentes da Suíça, acaba sendo usado pelos governos segundo interesses muito diferentes daqueles que eram antecipados pelos cientistas.

Esse problema é antigo. Há 20 séculos, Arquimedes, que foi um grande cientista, ajudou o rei de Siracusa a defender a cidade de um ataque naval romano. Arquimedes constru iu espelhos que concentravam luz solar nos navios romanos para incendiá-los, o que não impediu a vitória dos atacantes. Arquimedes foi morto como um combatente. O comandante romano lamentou sua morte, provavelmente interessado em usar seus serviços. 

Outro exemplo é o de Fritz Haber, o grande químico, colega de Einstein na Academia Prussiana de Ciência, que descobriu como fazer amônia com o nitrogênio do ar, que é a base dos fertilizantes. Durante a 1ª Guerra Mundial, ele desenvolveu os gases venenosos que provocaram enorme morticínio e sofrimento nos exércitos francês e inglês, em guerra com a Alemanha. Haber defendeu-se argumentando que os gases eram uma arma tão terrível que eliminaria definitivamente as guerras, o que se mostrou uma tolice, porque os franceses logo desenvolveram gases que foram usados contra os soldados alemães.

Outros exemplos ainda são os de Trofim Lysenko, na União Soviética, e Werner Heisenberg, na Alemanha nazista. Lysenko convenceu Stalin a adotar suas ideias incorretas e arruinou a ciência da genética e a agricultura soviética. Heisenberg foi encarregado pelo governo nazista de produzir armas atômicas, à semelhança de Robert Oppenheimer, que dirigiu o programa americano proposto por Einstein, mas Hitler concentrou todo o esforço técnico-científico da Alemanha nos foguetes que atingiram Londres e não deu atenção suficiente ao projeto nuclear. Há também indícios de que Heisenberg e alguns de seus colegas não se esforçaram suficientemente na sua missão.

A interação de cientistas e governos é, portanto, complexa: bons cientistas, como Heisenberg, podem desapontar governos; maus cientistas, como Lysenko, podem desorientá -los; e excelentes cientistas, como Haber, Prêmio Nobel de Química, podem fazer coisas perversas.

Einstein tem um papel especial nesse espectro: foi pacifista toda a sua vida, mas deu início à corrida nuclear com a justificativa de que isso foi necessário para destruir um mal maior, que era o nazismo. Passou o resto de sua vida, após 1945, juntamente com Bertrand Russel e outros, promovendo movimentos antinucleares. Além disso, algo que fez a vida toda foi ajudar as vítimas do antissemitismo, auxiliando cientistas nas suas carreiras, e ainda enfrentou corajosamente a caça às bruxas promovida pela histeria anticomunista nos EUA após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Por mais talentosos e criativos que sejam os cientistas, eles não podem ter a ilusão de poder definir as políticas adotadas pelos governantes.

Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/> . Acesso em: 18 jul. 2017. [Adaptado]

Considere o trecho:


[...] os dilemas que cientistas enfrentam quando seu trabalho – muitas vezes contemplativo – é utilizado para fins militares.


A palavra em destaque qualifica o trabalho do cientista como sendo, muitas vezes,

Alternativas
Comentários
  •  contemplativo: Movimento de meditação e máxima atenção.

  • Medidativo: reflexivo, pensativo.

  • Contemplação: Meditação profunda.


ID
2794378
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O sistema operacional Linux oferece suporte a diversos sistemas de arquivos, o que garante flexibilidade na hora da instalação de alguma distribuição em um computador. Dentre as características presentes nos diversos sistemas de arquivos, talvez a principal seja a que permite recuperar um sistema afetado por após algum problema no disco, em velocidade muito maior do que aquela verificada em sistemas que carecem dessa propriedade. Essa característica é denominada

Alternativas
Comentários
  • O sistema de journaling grava qualquer operação que será feita no disco em uma área especial chamada "journal", assim se acontecer algum problema durante a operação de disco, ele pode voltar ao estado anterior do arquivo, ou finalizar a operação.

    Desta forma, o journal acrescenta ao sistema de arquivos o suporte a alta disponibilidade e maior tolerância a falhas. Após uma falha de energia, por exemplo, o journal é analisado durante a montagem do sistema de arquivos e todas as operações que estavam sendo feitas no disco são verificadas. Dependendo do estado da operação, elas podem ser desfeitas ou finalizadas. O retorno do servidor é praticamente imediato (sem precisar a enorme espera da execução do fsck em partições maiores que 10Gb), garantindo o rápido retorno dos serviços da máquina.

    Outra situação que pode ser evitada é com inconsistências no sistema de arquivos do servidor após a situação acima, fazendo o servidor ficar em estado 'single user' e esperando pela intervenção do administrador. Este capí­tulo do guia explica a utilização de journaling usando o sistema de arquivos ext3 (veja [#s-disc-ext3 Partição EXT3 (Linux Native), Seção 5.5] para detalhes).

     

    https://pt.wikibooks.org/wiki/Guia_do_Linux/Iniciante%2BIntermedi%C3%A1rio/Discos_e_Parti%C3%A7%C3%B5es/Journaling

  • Journaling


    É um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco


    GAB. C

  • Resposta -> Letra C


    DEFRAG -> Desfregmentador de disco;


    EXT3 - > Sistema de arquivo;

    JOURNALING -> Mantém um log (jornal) de todas as mudanças no sistema de arquivo antes de escrever os dados no disco -> possibilita a recuperação de informações;


    RECOVER (NÃO ENCONTREI A EXPLICAÇÃO)... Encontrei RECOVERY -> Uma espécie de "modo de segurança" onde você pode executar tarefas que podem corrigir um sistema que esteja quebrado.



    Bons estudos!

  • Journaling é um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco (ex.: quando um disco está sujo) em uma velocidade muito maior que nos sistemas de arquivos sem journaling. Tanto o Windows quanto o Linux podem desfrutar deste recurso.

    GAB: C

  • O journaling é é um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco (ex.: quando um disco está sujo) em uma velocidade muito maior que nos sistemas de arquivos sem journaling. 

    EXT3 é um sistema que arquivos que possui journaling.

    Resposta certa, alternativa c).

  • GABARITO C.

    Ext2: Sem journaling.

    Ext3: Com journaling.

    BONS ESTUDOS GALERINHA!!!

  • Resumindo e complementando os comentários dos colegas:

    Journaling: tolerância a falhas, recuperação e reparação de erros. A questão sempre virá nesse contexto.

    Bons estudos a todos!


ID
2794381
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A criação de tabelas no Microsoft Excel 2016, para Windows 10 em PT-BR, amplia a capacidade de gerenciamento e análise de dados, ao permitir referência às células e colunas de modo mais eficiente. Esse modo de referência é denominado Referência Estruturada, uma vez que usa o nome das colunas de uma tabela com cabeçalho para acessar os valores das células, além do uso de Especificadores que permitem aplicar filtro ou acessar partes específicas de uma tabela. Dentre os especificadores, o

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

     

  • díficil :/

  • Indiquem para comentário!

  • < > diferente de       [  ]  intervalo 

  • Essa banca é o DEMÔNIO. Deus me livre um dia ter que fazer uma prova deles.

  • D- não sei porque! kkkk

  • d)

    [ []:[] ] monta uma referência à tabela denominada nome1 com o intervalo entre as colunas nome2 e nome3.

  • Nunca vi isso


ID
2794393
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

José foi servidor efetivo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte e, no ano de 2016, após responder a processo administrativo disciplinar, foi demitido. Em março de 2017, uma decisão judicial invalidou o processo administrativo e determinou o retorno de José ao serviço público. Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei nº 8.112/90, o instituto aplicado ao caso de José foi a

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

     Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

     

    [Gab. B]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    bons estudos

  •  a) readaptação: LIMITAÇÃO

     b) reintegração: DEMISSÃO INVALIDADA

     c) reversão: APOSENTADO

     d) recondução: CARGO ANTERIOR

     

    As demais derivadas:

    Nomeação: ORIGINÁRIA: ÚNICA - POSSE

    Promoção: CARREIRA

    Aproveitamento: EM DISPONIBILIDADE

  • GABARITO: LETRA B

    Seção IX

    Da Reintegração

    Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

     § 1  Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

     § 2  Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990. 

  • GABARITO: LETRA B

    É o retorno do servidor estável ao seu cargo de origem quando INVALIDADA a sua DEMISSÃO por decisão ADMINISTRATIVA ou JUDICIAL.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 8º, Lei 8.112/90. São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    MACETE:

    Eu aproveito o disponível.

    Eu reintegro o servidor que sofreu demissão (Demissão de servidor estável invalidada por sentença judicial.

    Eu readapto o incapacitado.

    Eu reverto o aposentado.

    Eu reconduzo a inabilitado e o ocupante do cargo do reintegrado.

    Dito isso:

    A. ERRADO. Readaptação.

    Art. 24, Lei 8.112/90. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

    §1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

    §2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

    B. CERTO. Reintegração.

    Art. 28, Lei 8.112/90. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    C. ERRADO. Reversão.

    Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

    II - no interesse da administração, desde que: 

    a) tenha solicitado a reversão; 

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 

    c) estável quando na atividade; 

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;     

    e) haja cargo vago.  

    D. ERRADO. Recondução.

    Art. 29, Lei 8.112/90. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

    I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

    II - reintegração do anterior ocupante.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
2794396
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca dos afastamentos previstos na Lei nº. 8.112/1990, analise as seguintes afirmativas:


I Pode ser concedido afastamento para o servidor exercer cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.

II Quando investido em mandato de prefeito, o servidor pode optar pela remuneração do cargo eletivo, desde que exerça as atribuições do cargo efetivo.

III O afastamento de servidor para estudo ou missão no exterior não poderá exceder a quatro anos, e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período será permitida nova ausência.

IV O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.


Dentre as afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • I-   Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios. correta

    II- Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

            I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

            II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração Questão afirma erroneamente.

    III-  Art. 95.  O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.                        (Vide Decreto nº 1.387, de 1995)

            § 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. correta

    IV- Art. 96-A. 

    § 2o  Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. 

    Gab.C

  • Servidor em estágio probatório não tem direito a quase nada...

    Eu sei porque estou no estágio probatório... Faça seu trabalho bem feito e obedeça sua Chefia.

  • Letra C

  • Eu aqui doidinha pra afastar pra mestrado também.... kkkkk

  • Vereador -> opta por remuneração ou do mandato eletivo ou do serviço público Se compatível horário recebe os dois (!) Prefeito -> afastado do serviço público
  • Afastamentos permitidos ao servidor em EP:

    - Mandato eletivo;

    - Estudo/missão no exterior (nesse há suspensão do estágio probatório).

  • Urra, 4 anos é tempo demais

  • O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.

    O servidor para afastamento de:

    MESTRADO tem que estar na instituição a pelos menos 3 anos (já ser estável)

    DOUTORADO tem que estar na instituição a pelos menos 4 anos

  • GABARITO: C

    I - CERTO: Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios.

    II - ERRADO: Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

    III - CERTO:  Art. 95. § 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 

    IV - ERRADA: Art. 96-A. § 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Analisando os itens

    Item I) Este item está correto, pois dispõe o artigo 93, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

    I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

    II - em casos previstos em leis específicas."

    Item II) Este item está incorreto, pois dispõe o artigo 94, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

    b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração."

    Portanto, no caso de mandato eletivo de Prefeito, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    Item III) Este item está correto, pois dispõe o artigo 95, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência."

    Item IV) Este item está incorreto, pois, conforme o § 2º, do artigo 96-A, da citada lei, "os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento." Logo, o servidor em estágio probatório não tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país.

    Gabarito: letra "c".

  • GABARITO: LETRA C

    I Pode ser concedido afastamento para o servidor exercer cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios. CORRETO

    II Quando investido em mandato de prefeito, o servidor pode optar pela remuneração do cargo eletivo, desde que exerça as atribuições do cargo efetivo. ERRADO, ele será afastado do cargo.

    III O afastamento de servidor para estudo ou missão no exterior não poderá exceder a quatro anos, e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período será permitida nova ausência. CORRETO.

    IV O servidor em estágio probatório tem direito à concessão de afastamento para cursar mestrado em instituição de ensino superior no país. ERRADO, probatório não admite Afastamento pra Estudo.


ID
2794399
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Maria, servidora pública efetiva do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, foi eleita deputada estadual em seu estado de origem. De acordo com as disposições previstas no regime jurídico dos servidores civis da União (Lei nº 8.112/90), Maria

Alternativas
Comentários
  • Gab A.

    Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

            I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

  • Letra A

  • Vereador pode acumular o cargo de servidor público e de vereador, além de receber os dois salários (remuneração serviço público + subsídio do vereador), se houver compatibilidade de horários.

    Prefeito pode optar pela remuneração, mas não pode cumular os dois cargos.

    Deputados, governadores, senadores e toda a prole, não tem opção de acumular cargos, muito menos optar por um valor ou outro, independente se tiver compatibilidade de horários.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 94, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

    b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração."

    - No caso do inciso I elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e receberá o subsídio do mandato eletivo (não há a opção de optar pela remuneração). Alguns exemplos de mandato eletivo referentes ao item "1" são o de Senador, Deputado Federal e Estadual.

    - No caso do inciso II elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    - No caso do inciso III elencado acima, se houver compatibilidade de horários com o cargo de Vereador, o servidor perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Todavia, caso não haja compatibilidade de horários, aplica-se o mesmo caso do Prefeito (afasta-se do seu cargo e poderá optar pela remuneração).

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, por se tratar de um mandato eletivo estadual (deputada estadual), Maria deverá se afastar de seu cargo efetivo, mesmo se houver compatibilidade de horários, recebendo o subsídio referente ao mandato eletivo.

    Gabarito: letra "a". 


ID
2794402
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca do vencimento e da remuneração dos servidores, o regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90) dispõe que

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

    Art. 44.  O servidor perderá:

     

            I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 

     

            II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata

     

    [Gab.D]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    bons estudos

  • Titulo III

        Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

  • a) art 44

    Parágrafo único.  As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.


    b) Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.


    c) Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.


    d) GABARITO

  • Pode compensar a falta justificada, a critério da chefia imediata.

    As faltas injustificadas = perde a remuneração do dia.

     

    Remuneração = vencimento + vantagens (gratificações e adicionais)

    *as indenizações também são vantagens, mas não se incorporam ao vencimento

     

    Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

  • Uma dica para levar para vida:

    Servidor ativo recebe vencimentos + vantagens = REMUNERAÇÃO

    Servidor Aposentado não recebe remuneração, mas sim PROVENTOS

    Servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial recebe : RETRIBUIÇÃO

    Dependente de servidor falecido recebe: PENSÃO

    O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais recebem: SUBSÍDIO, em parcela única.

    Garanto a você, que se você gravar isso, a leitura da lei a partir de então ficará mais leve e clara.

    Fonte: Lei 8.112 e CF.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 44.  O servidor perderá:

    I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;   

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990. 

  • o servidor perderá a remuneração do dia em caso de falta injustificada.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o Parágrafo único, do artigo 44, da citada lei, "as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício."

    Letra b) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o caput, do artigo 41, da citada lei, "remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei."

    Letra c) Esta alternativa está incorreta, pois, conforme o caput, do artigo 40, da citada lei, "vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei."

    Letra d) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela. Dispõe o artigo 44, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 44. O servidor perderá:

    I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;

    II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

    Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício."

    Gabarito: letra "d".


ID
2794405
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz das normas previstas no regime jurídico dos servidores civis da União (Lei nº 8.112/90), a ação disciplinar prescreve em

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

    Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

     

            I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

     

            II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

     

            III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

     

    [Gab. C]

     

    bons estudos

  • DISK PRESCRIÇÃO( ação) = 18025 -  adv/sus/dem

  • Letra C

  • NÃO CONFUNDIR COM O PRAZO DE PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE PETIÇÃO


    Art. 110.  O direito de requerer prescreve:

            I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

            II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

            Parágrafo único.  O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

  • Lembrem-se do teclado do computador.


    O tempo de prescrição será de :


    180 Dias 2 Anos 5 Anos

    A S D

  • Resuminho



    --> Cancelamento dos registros:

    *Advertência - 3 anos (se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar)

    *Suspensão - 5 anos


    --> Prescrição da ação disciplinar: (a contar da data em que a adm. tomar ciência do ato)

    *Advertência - 180 dias

    *Suspensão - 2 anos

    *Demissão - 5 anos

  • Prescrição:

    180 dias / 2 anos / 5 anos (A/S/D)

     

    Cancelamento:

    3 anos / 5 anos / --- (A/S/D)

  • CINCO anos, quando for infração punida com demissão, CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE E DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO.

    cento e OITENTA dias, quando for infração punida com advertência.

    dois anos, quando for infração punida com suspensão.

    CINCO ANOS, quando for infração punida com demissão.

  • Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 142, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

    II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

    III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência."

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, conclui-se que apenas o contido na alternativa "c" corresponde a um prazo correto relativo à prescrição da ação disciplinar, qual seja: dois anos, quando for infração punida com suspensão.

    Gabarito: letra "c".


ID
2794408
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Conforme dispõe o regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/1990), durante a fase de instrução do inquérito administrativo, ocorre

Alternativas
Comentários
  • L8.112/90

     

     Art. 155.  Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos

     

    [Gab. B]

     

    FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm

  • PAD (60 dias+60 dias)

    03 Fases:

    I) INSTAURAÇÃO: fase em que é formada comissão composta por 03 servidores estáveis designados por autoridade competente;

    II) INQUÉRITO ADMINISTRATIVO:

         A- INSTRUÇÃO: depoimento, acareação e perícia;

         B- DEFESA DO ACUSADO INDICIADO: escrita no prazo de 10 dias (1 acusado) ou 20 dias (+ de 1 acusado);

         C- RELATÓRIO: resumo das provas, indicando a culpa ou inocência do servidor indiciado;

    III) JULGAMENTO: a autoridade competente terá 20 dias, contados a partir do recebimento do processo, para tomar decisão. 

     

  • Questão ótima para revisão!

  • Letra B

  • Instauração

    Inquérito (instrução, defesa, relatório)

    Julgamento

     

    a) a apresentação de defesa escrita pelo servidor no prazo de dez dias. Ocorre na fase de defesa e não de instrução.

    b) a coleta de provas, a inquirição de testemunhas e o interrogatório do servidor. Gabarito

    c) a elaboração de parecer conclusivo, opinando pela inocência ou responsabili dade do servidor. Relatório

    d) a decisão pela autoridade competente, no prazo de vinte dias a partir do recebimento do processo. Julgamento 

  • perícia é interrogatório?

  • GABARITO: B

     Art. 155.  Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

  • Algumas pessoas estao confundindo. A 8.112 dá diferentes nomenclaturas para a segunda fase do PAD Sumário (art. 133) e PAD Ordinário (art. 151).

    sumário - segunda fase eh INSTRUÇÃO formada pelo indiciamento, defesa e relatorio

    A defesa aqui é de 5 dias

    ordinário - segunda fase eh INQUÉRITO formada pela instrução, defesa e relatorio

    A defesa aqui é de 10 dias ( 2 ou mais indiciados sera 20 dias e se citado por edital o prazo eh de 15 dias)

    A questao fala na fase de INSTRUÇÃO , logo se refere ao pad sumário, o qual o prazo de defesa sao de 5 dias e nao de 10, como se refere a letra A.

  • Ótima questão. Parece fácil, mas não é. A letra A) está dentro do inquérito. Mas como a questão pediu Instrução do Inquérito, a resposta passa a ser a letra B. Quem não estiver atento erra bem bonito.

  • A presente questão trata de tema afeto aos servidores públicos, nos termos da Lei n. 8.112/1990.

     

    Passemos a analisar cada uma das assertivas.

     

    A – ERRADA – a apresentação de defesa escrita pelo servidor no prazo de dez dias.

     

    O erro da assertiva é referente ao prazo mencionado, sendo que, durante a fase de instrução do inquérito administrativo, a apresentação de defesa escrita pelo servidor é no prazo de cinco dias.

     

    B – CORRETA – a coleta de provas, a inquirição de testemunhas e o interrogatório do servidor.

     

    Conforme reza o art. 155 da referida lei, vejamos:  “Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.”


    C – ERRADA – a elaboração de parecer conclusivo, opinando pela inocência ou responsabilidade do servidor.

     

    O erro consta na palavra “parecer”, sendo que o correto seria “relatório”, vejamos:

     

    “Art. 133:  Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:  (...)


    § 3o  Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.”

     

    D – ERRADA – a decisão pela autoridade competente, no prazo de vinte dias a partir do recebimento do processo. 

     

    O erro consta na palavra “decisão”, eis que o prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo.

     




    Gabarito da banca e do professor: letra B. 

ID
2794411
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Nos termos do que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996), o dever do Estado com a educação pública será efetivado mediante a garantia de

Alternativas
Comentários
  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:


    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:            (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    a) pré-escola;             (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    b) ensino fundamental;           (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    c) ensino médio;           (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

    II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;           (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;            (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria;             (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

    VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;             (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

    IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

    X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.             (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

  • GABARITO LETRA "C"

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;             

  • Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    ----------

    B) atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas complementares (suplementares) de material didático, transporte e segurança. [errada]

    ----------

    c) oferta de educação escolar para jovens e adultos, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. [CORRETA]

    VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

  • muito bom

  • muito bom


ID
2794414
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A educação profissional e tecnológica integra-se aos diferentes níveis, às diferentes modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Nessa perspectiva e considerando o que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996),

Alternativas
Comentários
  • A resposta é a letra "A".

  • ai ai viuu

  • CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - Da Educação Profissional e Tecnológica


    A) CORRETA

    Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.


    B) INCORRETA


    Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.


    C) INCORRETA


    Art. 39

    § 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.


    D) INCORRETA


    Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.


ID
2794417
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme dispõe a lei que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Lei nº 11.892/2008), os Institutos Federais se definem, por sua natureza jurídica, como

Alternativas
Comentários
  • Letra - B


    Parágrafo único. As instituições mencionadas nos incisos I, II, III e V do caput possuem natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.677, de 2012)

  • Gab.: B

    autarquias, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático - pedagógica e disciplinar.

  • As instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, possuem natureza jurídica de AUTARQUIA, detentoras de AUTONOMIA administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, EXCETO as Escolas Técnicas VINCULADAS às Universidades Federais.


ID
2794420
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com o disposto na lei que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Lei nº 11.892/2008), é objetivo dos Institutos Federais

Alternativas
Comentários
  • (correta) estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional.


    (errada) desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação profissional e técnica, em articulação com o mundo do traba lho e a iniciativa privada, e com ênfase na produção, no desenvolvimento e na difusão de conhecimentos científicos e culturais.(e tecnológicos)


    (errada) estimular e apoiar processos econômicos e produtivos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento sociocultural nacional.


    (errada) desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação básica e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos econômicos e culturais.


  • correta: A


    b) Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação profissional e técnica, em articulação com o mundo do trabalho e a iniciativa privada (e os segmentos sociais), e com ênfase na produção, no desenvolvimento e na difusão de conhecimentos científicos e culturais (tecnológicos).


    c) Estimular e apoiar processos econômicos e produtivos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão, na perspectiva do desenvolvimento sociocultural nacional.( socioeconômico local e regional)

    D) Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão de acordo com os princípios e as finalidades da educação básica e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos econômicos e culturais científicos e tecnológicos)

  • Seção III

    Dos Objetivos dos Institutos Federais

    Art. 7o Observadas as finalidades e características definidas no art. 6o desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:

    V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; 

    Gab. A

  • Dos Objetivos dos Institutos Federais

    Art. 7 Observadas as finalidades e características definidas no art. 6 desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:

    I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos;

    II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;

    III - realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;

    IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos;

    V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e (Gabarito)

    VI - ministrar em nível de educação superior:

    a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia;

    b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional;

    c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento;

    d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e

    e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no processo de geração e inovação tecnológica.


ID
2843881
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um homem de 61 anos, hipertenso e diabético tipo 2, vai ao médico referindo dificuldade em controlar sua glicemia. O paciente faz uso de Metformina 850 mg 2x/dia, Glimepirida 6 mg em jejum e Losartan 50 mg 2x/dia. Refere ainda perda involuntária de peso de 9 kg nos últimos 60 dias e poliúria, principalmente à noite. Sua Hb glicada é 8,7%, e sua glicemia em jejum, 215 mg/dl. O paciente apresenta função renal normal e tem IMC (índice de massa corporal) de 24 kg/m2. A opção terapêutica mais indicada para esse paciente é:

Alternativas

ID
2843884
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma mulher de 63 anos, obesa (IMC 34 Kg/m2), sedentária, mas assintomática, vai ao médico mostrar exames de rotina. Os exames estão normais, exceto por apresentar um TSH de 6,6 mIU/L (VR 0,4 a 4,4 mIU/L). O médico então solicita novos exames que mostram T4 L 0,94 mIU/L (VR 0,7 a 1,7 mIU/L) e anticorpo anti-tireoperoxidase (anti-TPO) 4 mIU/dl (VR até 20 mIU/dl). A melhor conduta para essa paciente é

Alternativas

ID
2843887
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A anafilaxia é uma doença alérgica grave e prevalente em nossa população. Em relação a anafilaxia, analise as afirmativas a seguir:

I A anafilaxia é um processo alérgico, mediado por IgE, caracterizando o mecanismo de hipersensibilidade tipo II.
II As principais causas de anafilaxia e de reação anafilactóide são alimentos e medicamentos, sendo os hemoderivados e o exercício causas pouco frequente.
III A reação aguda da resposta imune surge de segundos a minutos após a exposição ao alérgeno e é decorrente da ação de mediadores preformados.
IV A reação tardia aparece horas depois, mesmo sem reexposição ao alérgeno e, em geral, quando as manifestações da fase aguda já diminuíram ou desapareceram.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Errando agora para acertar lá na frente.

  • Anafilaxia é uma forma extrema de reação do tipo I que ocorre devido a uma degranulação disseminada de mastócitos interagindo com IgEs ligadas ao antígeno


ID
2843890
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um homem de 58 anos dá entrada no pronto-socorro com dor precordial em aperto, há 40 minutos. O ECG mostra supra-desnivelamento do segmento ST de V1 a V6. Ao exame: PA 160x90 mmHg e FC 115 bpm, ritmo sinusal e discretos estertores crepitantes bilaterais n as bases pulmonares.

Durante o tratamento, o paciente deverá

Alternativas
Comentários
  • A. Pelo menos 1 ano

    B. Omeprazol interage com Clopidogrel, mas não com Ticagrelor

    C. Killip II não contra-indica

    D. Fondaparinux não inibe a formação de trombo no cateter, portanto deve ser substituído.


ID
2843893
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Uma mulher caucasiana de 25 anos vai ao médico por apresentar lesões pruriginosas no abdome e nas costas, há duas semanas. As lesões são avermelhadas e apresentam fina descamação com o centro mais claro. A paciente relata que, no início, havia apenas uma lesão única no abdome, mas que, após uma semana, as lesões aumentaram, passando também a aparecer nas costas e algumas na virília, e ficaram bastante pruriginosas. A paciente negava outros sintomas e não estava fazendo uso de nenhuma medicação. O diagnóstico e o tratamento para essa paciente são, respectivamente,

Alternativas

ID
2843896
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um homem de 55 anos, ex-etanolista, portador de sequela motora de acidente vascular cerebral, vai ao médico referindo dor no andar superior do abdome, de forte intensidade, recorrente, com irradiação para o dorso, associada à diarreia persistente e perda de peso há 30 dias. O paciente faz uso de Fenitoína e Losartan. Tem endoscopia digestiva alta recente que não evidenciou alterações relevantes e fez uma tomografia do abdome que mostrou calcificações e atrofia no pâncreas. Em relação a esse paciente, além do controle da dor, deve-se

Alternativas

ID
2843899
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um homem de 42 anos, diabético tipo 2, etilista de fim de semana, sedentário e obeso, vai ao médico levando exames de rotina para avaliação. Laboratório: Hb 12,5 g/dl, Glicemia de jejum 147 mg/dl, triglicerídeos 880 mg/dl, ferritina 1058 mg/dl (VR: 50 a 250 mg/dl), saturação da transferrina 38% (VR 20 a 50%), Hb glicada A1c 7,4%, creatinina 1,0 mg/dl, gama -GT 84 U/L (VR 15 a 45 U/L), ureia 38 mg/dl, TGO 109 U/L e TGP 122 U/L. Ultrassonografia do abdome: esteatose hepática difusa em grau acentuado com vias biliares sem alterações. O paciente havia abandonado o tratamento com Metformina seis meses antes , por intolerância intestinal. Para esse paciente, além da mudança de estilo de vida, a melhor conduta terapêutica é:

Alternativas

ID
2843902
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um rapaz de 36 anos vai ao hospital apresentando febre, palidez e sonolência há dois dias. Durante o exame clínico, o paciente apresenta uma convulsão tônico-clônica generalizada que cede após receber Diazepan endovenoso. Seus exames de laboratório mostram: Hb 6,4 g/dl com esquizócitos no sangue periférico, reticulócitos elevados, plaquetas 25.000/mm3, potássio 5,6 mEq/L, Cr 2,03 mg/dl e redução da atividade da ADAMTS-13. O diagnóstico e o melhor tratamento para esse paciente são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Resumos A púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) instala-se de modo abrupto e é caracterizada pela oclusão difusa de arteríolas e capilares da microcirculação, levando à isquemia de tecidos. A oclusão é causada por microtrombos compostos basicamente de plaquetas e fator von Willebrand (FvW). O FvW é uma glicoproteína de estrutura multimérica sintetizada exclusivamente por células endoteliais e megacariócitos. Este fator promove a adesão das plaquetas ao endotélio lesado, participa do processo de agregação plaquetária e é a proteína carreadora do fator VIII na circulação. Em condições fisiológicas, os grandes multímeros do FvW encontram-se dentro das células endoteliais e nas plaquetas e não estão presentes no plasma. Tão logo estes grandes multímeros são liberados da célula endotelial, são clivados e removidos da circulação pela enzima ADAMTS13 (A Desintegrin And Metalloprotease with eight Thrombo Spondin-1-like). A deficiência funcional ou quantitativa de ADAMTS13 resulta no acúmulo de grandes multímeros de FvW no plasma, propiciando a agregação das plaquetas e oclusão difusa das arteríolas e capilares. A maioria dos casos de PTT está associada à deficiência da ADAMTS13 e já estão disponíveis no mercado internacional conjuntos diagnósticos para a determinação dos níveis de antígenos desta enzima, da de sua atividade e dos anticorpos anti-ADAMTS13. A avaliação laboratorial da ADAMTS13 parece constituir um avanço para o diagnóstico precoce da PTT. No entanto, a interpretação dos resultados exige cautela e um conhecimento do princípio do método, bem como das etapas das reações envolvidas. Púrpura trombocitopênica trombótica; Fator von Willebrand; agregação plaquetária

ID
2843905
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um homem de 25 anos vai ao médico referindo o aparecimento de um nódulo na base do pênis, há 3 semanas. A lesão nodular evoluiu para uma úlcera indolor de base granulomatosa, cor vermelho vivo e de sangramento fácil. Após duas semanas, com o paciente usando apenas pomadas caseiras, a lesão aumentou de tamanho e apareceram outras três úlceras confluentes na região perineal ao redor do saco escrotal. Ao exame, não havia adenopatia regional inguinal. O agente etiológico e o melhor tratamento para esse paciente são, respectivamente,

Alternativas

ID
2843908
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A hemorragia uterina disfuncional (HUD) é um diagnóstico de exclusão. Caracteriza -se por um sangramento uterino anormal não decorrente de causas orgânicas. A anovulação é uma das principais causas de HUD. É mais comum na adolescência e na perimenopausa. A causa mais comum de anovulação levando a HUD durante o menacme é

Alternativas

ID
2843911
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

As artrites são enfermidades de natureza inflamatória que incidem especificamente nas articulações. A artrite psoriática

Alternativas

ID
2843914
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O lúpus eritematoso sistêmico é uma colagenose mediada por anticorpos que acomete preferencialmente o sexo feminino. Nessa doença multissistêmica,

Alternativas

ID
2843917
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A fibromialgia tem sido definida como um quadro de ampliação da sensibilidade a estímulos sensitivos periféricos levando a sensações desagradáveis e dor. Uma das características típicas da fibromialgia é

Alternativas

ID
2843920
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

As doenças reumáticas afetam o aparelho osteoarticular e têm implicações sistêmicas. No grupo das doenças reumáticas:

Alternativas

ID
2843923
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

As osteocondrites são patologias ortopédicas que acometem o entorno das articulações em crianças, adolescentes e adultos jovens, definindo-se cada patologia de acordo com a localização. Entre as patologias ortopédicas,

Alternativas

ID
2843926
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Mulher, 25 anos, vem ao consultório com queixa de tosse seca esporádica , sensação de aperto no peito e dificuldade para respirar no periodo noturno. A terapia medicamentosa correta é

Alternativas

ID
2843929
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Homem, 25 anos, com queixa de dor craniana periorbitária à direita, associado à lacrimejamento e rinorréia ipsilateral, em crises repetidas, tendo pouca melhora com analgésicos simples. A crise aguda deve ser tratada com o uso de

Alternativas

ID
2843932
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Homem, 30 anos, admitido no pronto atendimento com crise convulsiva tônico-clônica generalizada ao despertar. Tem antecedentes de epilepsia mioclônica juvenil e abandonou tratamento na idade adulta. Após estabilização clínica e após afastar causas estruturais e infecciosas, foi liberado com orientação medicamentosa e acompanhamento com especialista. A orientação medicamentosa é

Alternativas

ID
2843935
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psiquiatria
Assuntos

O sono constitui função restaurativa, de conservação de energia e de proteção . Em relação ao tratamento medicamentoso dos distúrbios do sono, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2843938
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Adolescente, sexo feminino, admitida no pronto atendimento com quadro de edema generalizado progressivo e oligúria com urina escurecida. Tratou, há 3 semanas, faringoamigdalite com sintomáticos e, no exame físico, apresenta edema de face e pernas e pressão arterial de 150x100 mmhg. Exame de urina com proteinúria e numerosas hemáceas e leucócitos. Creatinina 0,5 mg/dl, anticorpo anti estreptolisina O (ASLO) positivo e complemento c3 consumido. Em relação a essa síndrome clínica,

Alternativas

ID
2843941
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Adolescente, sexo masculino, admitido no pronto atendimento com quadro de oligúria e anasarca. Exames laboratoriais mostram exame de urina com proteinúria, hipoalbuminemia sérica e hipercolesterolemia. Para realizar o tratamento dessa síndrome clínica, deve-se

Alternativas

ID
2843944
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Paciente apresenta-se com dor ocular, fotofobia e visão turva há 3 dias. Avaliação oftalmológica sugeriu inflamação da córnea. Em relação a essa patologia

Alternativas
Comentários
  • A) O clima quente e úmido pode causar piora da blefaroconjuntivite, e por consequência, de desenvolver ceratites, além do risco da fotoceratite por exposição solar. CORRETO

    B) O uso de corticosteroides dificulta a re-epitelização da córnea, além de conferir fator de risco para infecções secundárias. ERRADO

    C) Indivíduos imunocomprometidos podem ter maior risco para ceratite infecciosa. ERRADO

    D) Apesar de em casos de ceratite não infecciosas usarmos lentes de contato terapêuticas, o uso regular das lentes com função óptica pode ser fator de risco para desenvolvimento de ceratites. ERRADO


ID
2843947
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Mulher, 70 anos, apresenta tontura rotatória, sudorese e mal estar quando da movi mentação súbita da cabeça, e a manobra de dix-hallpike desencadeia nistagmo e vertigem que são fatigáveis. A patologia clínica dessa paciente e seu tratamento são, respectivamente,

Alternativas

ID
2843950
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Homem, 70 anos, tabagista de longa data, admitido com quadro de tosse persistente há 3 meses , falta de ar , escarro com sangue e dor pleurítica em base pulmonar direita tem diagnóstico clínico de câncer de pulmão. Em relação a esse caso,

Alternativas

ID
2843953
Banca
COMPERVE
Órgão
IF-RN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Homem, 30 anos, procura atendimento médico por aumento no tamanho do testículo direito onde se palpa lesão endurecida. O diagnóstico clínico indica neoplasia testicular. Em relação a essa patologia,

Alternativas