SóProvas



Prova UNIRIO - 2012 - UNIRIO - Enfermeiro


ID
1101094
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Para os efeitos da Lei 8.112/1990, servidor é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

  • Gabarito. C.
    Art.2º. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

  • GABARITO: LETRA C

    Das Disposições Preliminares

    Art. 2  Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.


ID
1102078
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis.

No período acima, retirado do Texto 1, a correta correlação entre classe gramatical e função sintática é apresentada em:

Alternativas
Comentários
  • Alguem poderia me explicar por que essa letra A esta errada?
    a) "quantos – advérbio interrogativo – sujeito"

  • "quantos lugares o reverendo terá visitado? "

    Faça sempre a pergunta ao verbo para descobrir o sujeito:

    Quem ou o que terá visitado ? R: o reverendo(sujeito)


    Frase na ordem direta: O reverendo terá visitado quantos lugares?



ID
1102087
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Na linguagem, o silêncio, tanto quanto as palavras, pode ter enorme carga expressiva


. No texto 2, o fragmento em que as reticências expressam hesitação é:

Alternativas
Comentários
  • a única alternativa que apresenta hesitação, ou seja, indecisão é a  E

  • Gabarito (E)

     

     

    - Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

    Exemplos:

    "Vamos jantar amanhã?
    – Vamos...Não...Pois vamos."
    Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

     

    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono33.php

     

    Tudo posso naquele que me fortalece!


ID
1102090
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
[Texto 2]

No fragmento destacado, a pontuação parcimoniosa provoca um efeito estético. Considerando as exigências sintáticas, o período estaria corretamente pontuado da seguinte maneira:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode socorrer ???


ID
1102093
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido.
[Texto 2]

A regência do verbo recomendar, a exemplo de como foi empregado no fragmento do Texto 2, em destaque, está corretamente apresentada em:

Alternativas
Comentários
  • A- Faltou crase (àqueles)
    B-
    RECOMENDAR

    1. algo A alguém (aconselhar, indicar)

    _ O psiquiatra recomendou descanso ao paciente estressado.

    2. alguém A, PARA alguém (indicar pedindo atenção) (Este foi o sentido utilizado)

    _ O professor recomendou Juliana ao (para o) diretor da universidade.

    C- Pronome demonstrativo (essas) Não permite crase

    D- Pronome possessivo (nossas) Não permite crase

    E- Pronome Tratamento (você) Não permite crase

     

  • No caso de nomes próprios femininos, pronome possessivo feminino e depois da preposição "até", o uso da crasé é facultativo, e não proibido.

     

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint81.php


ID
1102099
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano.
[Texto 2]

A fala de Malvina expressa a reprovável mentalidade da época, que parte de um ponto de vista branco e europeu, repleta, portanto, de um preconceito.

O resultado histórico desse preconceito pode ser visto no seguinte fragmento do Texto 3:

Alternativas

ID
1102111
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa
[Texto 1]

O fragmento acima guarda uma coerência interna entre as partes da sentença. Essa coerência é preservada em:

Alternativas

ID
1102114
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão
José Roberto Pinto de Góes

Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.
Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.
Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.
O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.



Texto 2

A escrava Isaura
Bernardo Guimarães

Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.
-- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
-- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
-- Não sabia que estava aí me escutando.
-- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
-- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
-- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
-- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.
-- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
-- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...
-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro .
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012




Texto 3
Cotas: continuidade da Abolição
Eloi Ferreira de Araújo


Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.
A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.
O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)
O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.


Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares.
Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/.
Acesso em ago. 201

-- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.
[Texto 2]

No fragmento acima, o uso de vírgulas limitando a oração adjetiva produz um efeito semântico que pode ser descrito da seguinte maneira.

Alternativas
Comentários
  • o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

    REESCREVENDO :o que quero dizer com isto é ISSO(conjunção integrante) ,apesar de todos esses dotes e vantagens(aposto isolado por vírgulas), O QUAL (pronome relativo-retoma o QUE conjunção integrante)....

    oração subordinada adjetiva restritiva oque se encontra na Letra D...

  • Eu considero mais correta a letra A

     

    Em nenhum momento na frase ela deu a entender que não concordava com a opinião dos outros sobre os dotes dela. 

  • O Amigo Wagner da Cruz, esta equivocado ao afirma que trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Na verdade, trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa.

    Como diferenciar? Se a conjunção QUE estiver entre virgulas, sera explicativa. Se a conjunção QUE não estiver entre virgulas sera restritiva.

    Ex: O time que não treina não ganha campeonato.

    O time, que não treina, não ganha campeonato.

    Observação: Algumas palavras estão faltando o acento agudo, porque o teclado do PC esta quebrado.


ID
1858000
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Título II da Lei 8.112/1990 e suas alterações tratam do provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição dos cargos públicos. Nesses termos, são requisitos básicos para investidura em cargo público:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E - Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

  • Gabarito E.

    São requisitos para a investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    II - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.


ID
1983973
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação ao preparo e à administração de medicamentos, analise as proposições abaixo:

1) A terapia endovenosa tem a finalidade de fornecer ao organismo quantidades adicionais de glicose, eletrólitos e medicações.

2) Medicação parenteral é aquela administrada por qualquer via que não seja oral.

3) Na administração da medicação por via intramuscular, a agulha é inserida num ângulo de 90º.

4) Para administrar supositórios, deve-se colocar o paciente em posição de Sims.

5) O medicamento deve ser checado antes de administrado ao paciente.

As proposições CORRETAS, são, apenas,

Alternativas

ID
1983976
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre a necessidade de eliminação vesical, analise as proposições abaixo:

1) O adulto urina cerca 1.500 a 2.000ml ao dia e sua urina tem, naturalmente, a cor âmbar.

2) Dentre os fatores que influenciam na micção, encontram-se o envelhecimento, o tônus muscular, os hábitos pessoais e os fatores socioculturais.

3) A retenção urinária causa sensação de pressão, desconforto, sensibilidade sobre a sínfise pubiana, inquietação,aumento da pressão arterial e diaforese.

4) As mulheres são mais sensíveis à ITU (Infecção do Trato Urinário), pela proximidade do meato ao ânus e por terem uretra mais longa do que o homem.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

Alternativas
Comentários
  • A urina tem como padrão de normalidade a cor amarelo claro. A coloração âmbar é indicativo de desidratação! :(

  • coloraçao âmbar e sinal de desidrataçao

  • coloraçao âmbar e sinal de desidrataçao

  • disfarça a 4 tá só meio certa

ID
1983979
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo o Ministério da Saúde, no Caderno de Atenção Básica n19 sobre envelhecimento e saúde da pessoa idosa, constituem-se alterações benignas da pele, e na absorção, metabolismo e excreção de medicamentos,

Alternativas
Comentários
  • máculas hipoestésicas, diminuição do fluxo sanguíneo renal.


ID
1983982
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A administração de dieta e de medicações por via de sonda nasoenteral e nasogástrica vem aumentando com o aparecimento de doenças degenerativas do envelhecimento. Sobre o procedimento de sondagem, analise as proposições a seguir:

1) Para a sondagem nasogástrica, utiliza-se a sonda de LEVINE (calibre médio: mulher 14 a 16Fr; homem 16 a 18Fr).

2) A sonda nasoenteral somente estará aberta, se estiver infundindo.

3) A sonda nasoenteral pode ser utilizada tanto para alimentação quanto para drenagem.

4) A sonda nasoenteral possui um fio guia (mandril),que deve permanecer instalado para conduzir a dieta até o intestino.

5) Toda vez que a sonda enteral ou gástrica for aberta, para algum procedimento, deve-se dobrá-la, para evitar a entrada de ar.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

Alternativas
Comentários
  • VALE LEMBRAR QUE A SONDA NASOGÁSTRICA É LEVINE - MULHER 14 A 16 / HOMEM 16 A 18

    TODA VEZ QUE FOR ABERTA A SONDA  NASO OU ENTERAL DEVE SER DOBRADA PARA NÃO TER ENTRADA DE AR.

     

  • Ótimo comentário !

  • VALE LEMBRAR QUE A SONDA NASOGÁSTRICA É LEVINE - MULHER 14 A 16 / HOMEM 16 A 18

    TODA VEZ QUE FOR ABERTA A SONDA NASO OU ENTERAL DEVE SER DOBRADA PARA NÃO TER ENTRADA DE AR.


ID
1983985
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A CORRETA assertiva em relação à oximetria de pulso é a seguinte:

Alternativas

ID
1983988
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Para cumprimento da portaria 2616 da ANVISA sobre o controle de infecções hospitalares, nos hospitais com leitos destinados a paciente críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração.

Para fins desta Portaria, o conceito INADEQUADO para pacientes críticos é

Alternativas
Comentários
  • Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos:

    -pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal);

    -pacientes de berçário de alto risco;

    -pacientes queimados;

    -pacientes submetidos a transplantes de órgãos;

    -pacientes hemato-oncológicos;

    -pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

    Fonte: Portaria 2616/98

  • Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos:

    -pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal);

    -pacientes de berçário de alto risco;

    -pacientes queimados;

    -pacientes submetidos a transplantes de órgãos;

    -pacientes hemato-oncológicos;

    -pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

    Fonte: Portaria 2616/98


ID
1983991
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Infecção comunitária: É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.

De acordo com essa afirmativa, analise as proposições abaixo como verdadeiras ou falsas

I) É considerada comunitária a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção.

II) É considerada comunitária a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que se tornou evidente, logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS).

III) São consideradas comunitárias as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.

IV) É considerada comunitária quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas, após a admissão.

Em relação às assertivas, é correto afirmar que é(são) falsa(s), apenas, a(s) assertiva(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D ( IV está errado ).

    Excelente Pegadinha !!!!

    Notem que o enunciado do que a questão pede " é correto afirmar que é(são) falsa(s), apenas, a(s) assertiva(s) " tenta confundir o entendimento do leitor sobre o que se pede e notamos que isso ocorreu nas estatísticas da questão.

     

     

    De acordo com PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998

     

    1.1 - Infecção comunitária (IC):

    1.1.1 - é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.

    1.1.2 São também comunitárias:

    1.1.2.1 - a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;

    1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);

    1.1.2.3 as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.

     

    2. Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar, previamente estabelecidos e descritos.

    2.2.2 quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;

  • Programa de Controle de Infecção Hospitalar

    ANEXO II

    CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNOSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES

    1. Conceitos básicos.

    1.1 - Infecção comunitária (IC):

    1.1.1 - é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.

    1.1.2 São também comunitárias:

    1.1.2.1 - a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;

    1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);

    1.1.2.3 as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.

    1.2 infecção hospitalar (IH):

    1.2.1 é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.


ID
1983994
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise a proposição abaixo:

“As infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas, conforme o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendida como o número de microrganismos presentes no tecido a ser operado. A classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo cirurgião, de acordo com as seguintes indicações”.

Considerando o conceito de cirurgia, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D.

     

     

    d) Errada.

     

    Cirurgias Limpas: São cirurgias que apresentam as seguintes características:

     

    1 - Realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação;

     

    2 - Ausência de qualquer processo infeccioso no tecido que irá receber o ato cirúrgico;

     

    3 - Cirurgias que não penetram nos tratos digestórios, urinário ou respiratório;

     

  • 1-CIRURGIAS LIMPAS

    São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo-esquelético, nervoso e cardiovascular.

    2-CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS

    São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com comunicação com o meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

    Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e inferior, genito-urinário, cirurgias oculares e de vias biliares.

    3-CIRURGIAS CONTAMINADAS

    São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

    Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos.

    4-CIRURGIAS INFECTADAS

    São as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo infeccioso local.

    FONTE:http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/cirur.htm


ID
1983997
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à precaução de contato, a sequência CORRETA do uso dos equipamentos de proteção individual é

Alternativas

ID
1984000
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à precaução por aerossol, a assertiva INCORRETA é

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, lembrem-se, paciente nunca usa máscara N95, só usa a máscara cirúrgica.

    A N95 deverá ser utilizada pelo profissional nos caso de precaução por aerossol.


ID
1984003
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O exame físico do sistema respiratório é de extrema importância na rotina do enfermeiro. Correlacione, nas colunas I e II, os termos referentes à função respiratória com suas respectivas definições:

Coluna I                                                                                                       

1) Estridor.                                                         

2) Roncos.                                                          

3) Sibilos.                                                          

4) Murmúrios vesiculares.                                 

Coluna II

( ) Sons respiratórios ouvidos na maior parte do tórax. São produzidos pela turbulência do ar circulante, ao se chocar contra as saliências das bifurcações brônquicas e cavidades de tamanhos diferentes.

( ) Sons respiratórios anormais contínuos e agudos que se originam de vibrações das paredes bronquiolares, aparecendo na inspiração e na expiração. São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando são provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica.

( ) Sons respiratórios anormais contínuos e graves que se originam de vibrações das paredes brônquicas quando há estreitamento desses dutos, seja por espasmo ou edema da parede ou pela presença de secreção aderida a ela.

( ) Ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia. 

A sequência CORRETA é:

Alternativas
Comentários
  • D) 4, 3, 2, 1.


ID
1984006
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No que se refere ao procedimento de infusão intra-óssea, é INCORRETO afirmar que

Alternativas

ID
1984009
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A extubação é um procedimento que requer muita atenção por parte da enfermagem, pois, durante e após a realização do mesmo, existe o risco iminente de parada cardiorespiratória.

Quanto aos procedimentos a serem adotados na remoção do tubo endotraqueal, é CORRETO o seguinte procedimento:

Alternativas

ID
1984012
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à biopsia renal, é INCORRETA a seguinte afirmativa:

Alternativas
Comentários
  • A hemorragia tardia pode acontecer vários dias depois da biópsia. O paciente deve evitar atividade extenuante, esportes e levantamento de peso, por um mínimo 2 SEMANAS

  • Para receitas: regime contábil de caixa.

    Para despesas: regime contábil de competência.

    Portanto, regime misto (caixa e competência).


ID
1984015
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à classificação das cirurgias quanto à finalidade, é INCORRETA a seguinte definição:

Alternativas
Comentários
  • Letra a) Errada - GABARITO

    Cirurgias Limpas: São cirurgias que apresentam as seguintes características:

    1 - Realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação;

    2 - Ausência de qualquer processo infeccioso no tecido que irá receber o ato cirúrgico;

    3 - Cirurgias que não penetram nos tratos digestórios, urinário ou respiratório;

     

    Letra b) Correto

    Cirurgias curativas são procedimentos cirúrgicos que tem a finalidade de por fim a determinado diagnóstico. Exemplos:Cirurgias de Ovários, retirada das amígdalas.

     

    Letra c) Correto

    Cirurgia Reparadora são tem finalidade de reconstruir tecidos. Ex.: Enxerto de pele em feridas de pressão

     

    Letra d) Correto

    As cirurgias reconstrutoras ou cosméticas são destinadass á reconstrução de uma área anatômica corporal, tecido ou orgãos.
    Ex.: Mamosplastia após mastectomia total devido ao câncer de mama;
    Colocação de prótese mamária para fins estéticos.

     

    Letra e) Correto

    Procedimentos cirúrgicos que não tem a capacidade de corrigir o problema de saúde do paciente mas sim de aliviar possibilitando maior conforto.
    Ex.: Gastrostomia para compensar a incapacidade de deglutir alimentos

     

    Referência Bibliográfica: http://www.enfermagemesquematizada.com.br/classificacao-das-cirurgias/

  • Gabarito: Letra A.

     

    Compleme​ntando

     

     

    a) Errada.

     

    As cirúrgias diagnósticas não são exclusivas para biópsias.Cautela com os termos restritivos.

     

    Diagnóstica ou exploratória- tem como finalidade visualizar partes internas E/OU realizar biópsias (laparatomia exploratória).

     

  • Letra A é incorreta pois exploratória (laparotomia exploradora, cateterismo cardíaco) nao retira nada, somente diagnostica (biopsia)


ID
1984018
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação aos fatores de risco perioperatórios, analise as assertativas:

I) desnutrição: qualquer deficiência nutricional deve ser corrigida antes da cirurgia para proporcionar proteínas suficientes para o reparo do tecido.

II) obesidade: os tecidos adiposos são especialmente suscetíveis à infecção. Além disso, o paciente respira precariamente quando deitado de lado, estando assim, sujeito à hiperventilação e às complicações pulmonares pós-operatórias.

III) tabagismo: a todos os paciente é pedido que parem o tabagismo quatro a seis horas antes da cirurgia.

IV) doenças pulmonares: os problemas respiratórios aumentam a possibilidade de atelectasia, broncopneumonia e insuficiência respiratória quando os anestésicos são administrados sobre uma ventilação inadequada.

V) uso de álcool: geralmente a pessoa com história de alcoolismo crônico sofre de má nutrição.

Estão CORRETAS, somente, as assertivas

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra C

    I- V

    II- F Os tecidos adiposos são especialmente suscetíveis à infecção NÃO HÁ UM TECIDO MAIS SUSCEPTÍVEL DO QUE O OUTRO PARA CONTRAIR INFECÇÕES.

    III- F Tabagismo: cirurgias mais simples suspender no mínimo 1 mês antes. Cirurgias mais complexas 6 meses antes.

    IV- V

    V- V


ID
1984021
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A posição do paciente na mesa cirúrgica depende do procedimento cirúrgico a ser realizado. O paciente deve permanecer na posição mais confortável possível. A área operatória deve ser adequadamente exposta.

Em relação aos diferentes tipos de posição, a definição CORRETA é

Alternativas
Comentários
  • Decúbito Proclive - o paciente está em decúbito dorsal com a cabeça em nível superior aos pés. Como exemplo, alguns tempos cirúrgicos em mamoplastia.

    Posição de prona - o paciente encontra-se deitado horizontalmente sobre o ventre. Como por exemplo, em cirurgias de coluna vertebral.

  • Posição de Trendelemburg reverso ou proclive- Usada frequentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente.

    Posição Canivete, depage, Kraske) - É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.

    Posição prona ou decúbito ventral - Indicada para cirurgias da região dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital. Há necessidade de expansão pulmonar – liberação das mamas no sexo feminino – uso de coxins e travesseiros, a cabeça lateralizada e braços no suporte.

    Posição decúbito lateral ou de Sims - Indicada para toracotomias e cirurgias renais. Nessa posição o paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter seu equilíbrio pela flexão da perna inferiormente colocada a extensão da superior, fixando-o transversalmente pelo quadril a mesa operatória O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo acesso a parte superior do tórax, na região dos rins, na seção superior do ureter. O posicionamento das extremidades e do tronco facilita a exposição desejada Essa posição também permite visualizar a região dos rins, a ponte da mesa de operação é levantada (Pilet) e a mesa é flexionada, de modo que a áreas entre a 12o costela e a crista ilíaca seja elevada.

    Resposta B

    Bibliografia

    Brunner e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Guanabara Koogan, 12 edição, Rio de Janeiro, 2011.

  • Letra C é a descrição da posição de Trendelenburg 

  • As posições:

    Posição dorsal (ou supina): é aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas estendidas e os braços estendidos e apoiados em talas. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousando na superfície do colchão da mesa cirúrgica. Ex: cesariana.

     

    Posição ventral (ou prona): o paciente fica deitado de abdome para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. O sistema respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral. Ex: cirurgias da coluna, hérnia de disco.

     

    Posição lateral (ou de Sims): o paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Ex: cirurgias renais, de reto, lobotomia.

     

    Posição de litotomia (ou ginecológica): o paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados. Ex: histerectomia.

     

    Posição de Trendelemburg: é uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Ex: cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de abdome inferior.

     

    Posição de Fowler (ou sentada): o paciente permanece semi-sentado na mesa de operação. Posição utilizada para conforto do paciente quando há dispneiaEx: dreno de tórax.

     

    Posição de canivete (ou de Kraske): o paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. Ex: hemorroidectomia.


ID
1984024
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A equipe de enfermagem pode prevenir a infecção através de um preparo pré-operatório adequado, utilização de técnicas assépticas, observação dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam a infecção. A infecção da ferida cirúrgica manifesta-se por

Alternativas

ID
1984027
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A hipertermia maligna tem como quadro sintomatológico a elevação acentuada da temperatura central (até 42ºC), alcalose metabólica, hipercalemia e hipotensão grave. A cirurgia e a anestesia devem ser interrompidas, e iniciada a administração de Dantrolene, além de resfriamento ativo do paciente e correção dos distúrbios eletrolíticos. Como causa principal da hipertermia maligna, tem-se a reação a algumas drogas, tais como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    O suxametónio (DCI/DCB) ou succinilcolina, na forma de cloreto de suxametónio, é um fármaco, estruturalmente formado por duas moléculas de acetilcolina, utilizado pela medicina como relaxante do músculo esquelético, nas entubações, tratamento de convulsões induzidas e cirurgias.

    O seu uso médico está limitado ao relaxamento muscular durante a anestesia e no tratamento intensivo, normalmente para facilitar a intubação endotraqueal. Apesar de apresentar perigosos efeitos colaterais como hipertermia maligna, hipercaliemia e choque anafilático é bem popular em emergências médicas, porque de forma argumental possui ação rápida após a absorção e seus efeitos duram pouco em relação aos outros relaxantes musculares.

  • Fármacos: halotano e suxametônio


ID
1984030
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

JFW, 64 anos, foi submetida a uma laparotomia exploradora, apresentando choque hipovolêmico no seu pós operatório imediato. Os sintomas indicativos desta anormalidade são

Alternativas

ID
1984033
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à infecção da ferida cirúrgica, avalie as proposições abaixo:

I) ISC incisional superficial: acomete somente a pele e/ou o tecido celular subcutâneo. Era anteriormente denominada de infecção de ferida cirúrgica.

II) ISC incisional profunda: envolve as camadas mais profundas, como a fáscia e os músculos. São poupados os órgãos.

III) ISC de órgão ou cavidades: acomete qualquer região ou órgão manipulado durante a operação.

IV) Quando ocorre um processo inflamatório, normalmente os sintomas se manifestam entre 48 e 72 horas, após a cirurgia, mas podem passar despercebidos devido à antibioticoterapia.

Estão CORRETAS, somente, as proposições

Alternativas
Comentários
  • Os sintomas se manifestam entre 36 e 48 horas, após a cirurgia.


ID
1984036
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Para a efetiva humanização da assistência à mulher em seu ciclo gravídico puerperal são necessárias adequações da estrutura física das unidades de saúde, aquisição e manutenção de equipamentos, mudança da postura/atitude dos profissionais e das gestantes diante do fenômeno do parto e do controle da dor. É considerado um instrumento de importância fundamental no diagnóstico dos desvios da normalidade, durante o trabalho de parto,

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Indicações de Partogama (r)

    Partos e abortos de mães Rh-negativas, quando o feto é comprovadamente ou suspeito Rh-positivo.

    Cristeler - manobra utilizada com objetivo ajudar o bebé a nascer, comprimindo a barriga da mãe, contra indicada na atualidade.


ID
1984039
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação aos cuidados imediatos prestados aos recém-nascidos, analise as proposições a seguir.

1) Logo após o nascimento, deve-se segurar o recém-nascido pelos pés, com a cabeça para baixo, para facilitar a drenagem das secreções.

2) Na aspiração das mucosidades, deve-se começar pelas narinas, evitando o risco de aspiração e broncoespasmo.

3) O uso do álcool a 100% no curativo do coto umbilical tem efeito bactericida e desnatura proteínas.

4) Ao pesar o recém-nascido, deve-se proteger a balança para evitar perda de calor, através do mecanismo de condução.

5) A pesagem do recém-nascido deve ser feita na primeira hora de vida, porque a partir desta hora, iniciam-se as perdas fisiológicas.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

Alternativas
Comentários
  • A assistência imediata ao RN é o único momento em que se aspira primeiramente a cavidade oral.


ID
1984042
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Durante a consulta de enfermagem em puericultura, faz-se necessária a aferição das medidas antropométricas e outras medidas, dentre elas, o perímetro torácico. A técnica para verificação do perímetro torácico consiste em colocar

Alternativas

ID
1984045
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A assistência à saúde da mulher cada vez mais ganha espaço nas mídias, principalmente, no enfoque de prevenção de doenças. Em relação ao exame de colpocitopatologia oncótica, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
1984048
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise o quadro abaixo:

“A ocorrência de Iacerações perineais é frequente, especialmente em primíparas. Lacerações de primeiro grau, às vezes, não necessitam sutura; as de segundo grau, em geral, podem ser suturadas com facilidade sob analgesia local e, em regra geral, cicatrizam sem complicações. As Iacerações de terceiro grau podem ter consequências mais sérias e sempre devem ser suturadas para prevenir problemas de fístula ou incontinência fecal”

Segundo o Manual de Parto, aborto e puerpério, é CORRETO afirmar em relação à episiotomia, como cuidado de enfermagem, deve(m)-se aplicar

Alternativas

ID
1984051
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Várias modificações ocorrem no organismo da mulher durante a gestação. A assertiva adequada é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • A anemia é definida por valores de hemoglobina (Hb) no sangue abaixo do normal, neste sentido a anemia reduz a resistência da grávida a infecções, aumenta as taxas de hemorragias ante e pós-parto e de parto pré-termo e eleva o risco de mortalidade materna. Além disso, a deficiência de ferro e a anemia ferropriva que não são tratadas no terceiro trimestre levam a repetição do quadro no pós-parto. Nessa fase, a deficiência de ferro e a anemia estão associadas à diminuição das habilidades físicas, à instabilidade emocional, ao estresse e à redução dos níveis cognitivos quando testados.

  • eu acertei porque foi a que me pareceu mais certa. alguem poderia dizer aonde esta o erro de cada alternativa? elas me parecem certas


ID
1984054
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A hemorragia puerperal, ainda, é uma causa que contribui para o agravamento das condições clínicas da mulher no puerpério imediato, podendo, inclusive, levar à morte.

São cuidados que evitam a hemorragia e suas complicações:

Alternativas
Comentários
  • Acompanhar a involução uterina: palpar o globo de segurança de Pinard (fundo do útero), observando a consistência (contraído ou amolecido) e a altura (acima ou abaixo da cicatriz umbilical). Se caso o útero permanecer amolecido (hipotonia) e/ou acima da cicatriz umbilical chamar o médico ou enfermeira obstétrica para avaliação imediata.

    http://enfermagemcontinuada.blogspot.com.br/2012/12/puerperio-imediato.html

  • Primeiras horas após o parto, deve-se avaliar:

    Avaliação dos parâmetros vitais (temperatura, pulso e pressão arterial);

    Avaliação do globo de segurança de Pinard (importante sinal de contração uterina após a expulsão da placenta na terceira fase do parto e que assegura a retração uterina e evita hemorragias);

    Avaliação do risco de hemorragia (palidez acentuada, transpiração excessiva, agitação, tensão baixa, taquicardia, inconsciência);

    Sutura do corte da episiotmia;

    Avaliação do períneo;

    Medidas de controlo da dor;

    Vigilância da evolução de eventuais problemas de saúde crônicos e ajuste de medicação.


ID
1984057
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O enfermeiro que atua em um Centro Obstétrico deve reconhecer as características, a evolução do trabalho de parto e quais são as condutas e os procedimentos a serem adotados frente a elas.

Leia as proposições a seguir:

1- Respiração mais facilitada, o aumento da lordose e das secreções das glândulas cervicais caracterizam o período premonitório do parto.

2- O diagnóstico do trabalho de parto em primíparas é feito quando o colo encontra-se semi-apagado, dilatado para 3cm e, no mínimo, quatro contrações em 60 segundos.

3- O 3º período clínico do parto inicia-se com a dilatação completa do colo e encerra-se com a saída do feto.

4- A amniotomia está contra-indicada em caso de parturiente HIV positivo.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições:

Alternativas

ID
1984060
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O aleitamento materno é, atualmente, considerado peça fundamental para a saúde materna e perinatal e, portanto, faz parte das estratégias de todos os programas relacionados com estes objetivos, além de representar, ainda, um elemento importante em todo processo de humanização do nascimento. Para que se tenha sucesso, as orientações sobre o aleitamento devem iniciar ainda durante o pré natal. Sobre a orientação para o aleitamento materno, analise as afirmativas abaixo:

1. A mãe deve amamentar em local tranquilo e confortável, isento de interrupção.

2. Vestir, adequadamente, a criança, de modo que não fique muito aquecida ou muito fria durante a amamentação.

3. Quando amamentar, não deixar que a mama toque a bochecha da criança.

4. Os lábios da criança devem ficar sobre a aréola, e não, apenas, ao redor do mamilo, antes de começar a sugar.

5. Uma, ou ambas as mamas, pode(m) ser usada(s) em cada aleitamento.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Procure amamentar em locais tranquilos. Gente demais, barulho e movimento podem agitar o bebê e você mesma. E está provado: mães nervosas, com a adrenalina em alta, tendem a ter a produção do leite inibida. Prefira roupas que não restrinjam os seus movimentos e deixe o bebê com os braços livres. Uma banqueta ou apoio para os pés pode ser útil.

    http://www.ibfan.org.br/documentos/outras/doc-332.pdf

     

  • nao entendi a questao

  • Questão que cabe recurso, pois o item I está correto.

  • Itens 1, 2, 4, 5 estão corretos!


ID
1984063
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É importante o rastreamento do Diabetes do tipo 2 em pacientes que possuam critérios de risco aumentado. A única opção que NÃO apresenta um critério de risco é

Alternativas

ID
1984066
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação ao programa nacional de hipertensão, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LETRA C: [ERRADA] A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os 3 anos de idade, pelo menos anualmente, como parte do seu atendimento pediátrico primário

  • A prevalência de hipertensão arterial em crianças e adolescentes pode variar de 2% a 13%, sendo obrigatória a medida anual da pressão arterial a partir de três anos de idade. Além da avaliação habitual em consultório, recomenda-se a medida rotineira da PA no ambiente escolar.

    Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/4031/x_hipertensao_em_populacoes_especiais.htm


ID
1984069
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação ao manual de Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-Retroviral em Gestantes é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Não se faz ordenha.

  • A ligadura do cordão umbilical deverá ser feita, imediatamente, após a expulsão do recém-nascido, não devendo ser executada, sob nenhuma hipótes, a ordenha do cordão.

     

  • INCORRETA

     a) a ligadura do cordão umbilical, sem ordenha, deverá ser feita, imediatamente, após a expulsão do recém-nascido.

     

     


ID
1984072
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As lesões da hanseníase, geralmente, iniciam com hiperestesia - sensação de queimação, formigamento e/ou coceira - no local, que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, não coçam e o paciente refere dormência - diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato - em qualquer parte do corpo.

Dos sintomas e dos sinais abaixo, aquele NÃO observado é

Alternativas

ID
1984075
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em relação à Classificação do Grau de Incapacidade gerada pela hanseníase, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Grau 0 --> nenhum comprometimento nos olhos, pés e mãos.

    Grau 1 --> diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, pés e mãos.

    Grau 2 --> lesões atróficas na mãos e pés, olhos logoftalmos, triquíase, madarose, etc.

  •  

    Grau 2 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída.

  • Grau Características

    0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase

    1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos, diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e ou pés

    2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m de distância

    Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do tornozelo


ID
1984078
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Quanto maior o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o início do tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a quebra da cadeia de transmissão.

A opção que apresenta, de forma INADEQUADA, as buscas de casos que devem ser feitas, principalmente, em todas as categorias sugeridas é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • O controle da tuberculose requer ação permanente, sustentada e organizada, com sistema de porta de entrada capaz de assegurar o diagnóstico precoce dos casos e assistência qualificada.

    O rastreamento dos casos dos Sintomáticos Respiratórios - SR é uma das ações mais importantes para a interrupção da cadeia de transmissão e redução da incidência da TB.

    A busca ativa de tuberculose em populações com risco aumentado é a estratégia mais efetiva para reduzir custos e aumentar a detecção de casos. As ações de procura de ocorrências devem estar voltadas para os grupos com maior probabilidade de apresentar tuberculose. Deve-se realizar busca ativa especialmente entre: - Sintomáticos respiratórios - contatos de pessoa com tuberculose; - populações de maior risco de adoecimento, como os residentes em comunidades fechadas (asilos, presídios), etilistas, usuários de drogas, mendigos/moradores de rua, imunodeprimidos, trabalhadores que mantêm contato próximo ao paciente com TB pulmonar; e - suspeitos radiológicos

    As fontes de infecção encontram-se, principalmente, entre os doentes bacilíferos, responsáveis pela cadeia epidemiológica de transmissão, que ocorre, na grande maioria das vezes, por via aerógena, em ambientes fechados por meio de contatos íntimos e prolongados.

    Esses pacientes apresentam habitualmente tosse e expectoração por mais de três semanas e são chamados de sintomáticos respiratórios. Ou seja, os sintomáticos respiratórios apresentam tosse com expectoração e não sem como descrito na alternativa B.

    Gabarito do professor: Letra B

    Bibliografia Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Tuberculose na Atenção Primária à Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2.ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
  • Gabarito: Letra B.


    De acordo com o Guia de Vigilância em Saúde.Brasília-DF.2016


    b) Errada.

    Tuberculose pulmonar

    Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucoide, com ou sem sangue).

    Recomenda-se que todo sintomático respiratório – pessoa com tosse por 3 semanas ou mais – seja investigado para a tuberculose.

  • TOSSE SECA PODE TER MUCO SE É SECA? 

    NA QUESTÃO ELE FALA TOSSE SECA. SECO É SECO.

  • O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:

     https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose


ID
1984084
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O exame de Cultura do Bacilo de Koch (BK) NÃO está indicado na seguinte situação:

Alternativas
Comentários
  • GAB: A

  • Questão mal elaborada. 

    "A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da
    TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar
    em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença."

     

    fonte: Manual de recomendações para controle  de tuberculose


ID
1984090
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com o caderno de atenção básica nº 21 de vigilância em saúde do ano de 2007, a assertiva que NÃO é verdadeira, em relação à Prova Tuberculínica, é a seguinte:.

Alternativas

ID
1984096
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Lei nº 8.080, de 1990, discorre em seu artigo 7º sobre os princípios e as diretrizes das ações e serviços de saúde.

Analise os princípios abaixo:

1) participação da comunidade

2) universalidade de acessos aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência

3) direito à informação, desde que autorizada no âmbito da gestão local

4) preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integralidade física e moral

5) igualdade da assistência à saúde, com diferenciação apenas no nível terciário

São INCORRETOS, apenas, os princípios

Alternativas

ID
1984102
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:

I) Advertência verbal

II) Multa

III) Censura

IV) Suspensão do exercício profissional

V) Cassação do direito ao exercício profissional

Considerando as penalidades, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Incorreta E

    A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas

  • Art. 108 - 4

    A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem por um período de até 90 dias....

    Com isso, a Letra C também está incorreta.


ID
1984108
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. [Texto 1]

De acordo com o autor do Texto 1, a justificativa para o espanto a que se refere no trecho destacado está apresentada em:

Alternativas

ID
1984114
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. [Texto 1]

O fragmento destacado acima, retirado do Texto 1, encerra uma aparente falta de coerência do autor, já que a ideia presente no segundo período contradiz, de certa forma, o que é dito no primeiro.

Essa aparente incoerência revela o percurso do raciocínio do autor.

Assim, nesse percurso, o raciocínio se movimenta

Alternativas

ID
1984120
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes


      Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

     Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

        Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

      O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.


Texto 3

Cotas: continuidade da Abolição

Eloi Ferreira de Araújo


      Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.

       A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.

       O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni.(...)

      O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.

Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 2012 

Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. [Texto 1]

Neste fragmento do Texto 1, o autor estabelece um vínculo entre o ponto de vista do viajante do século XIX e o nosso ponto de vista, hoje.

O fragmento do Texto 3 que corrobora a veracidade desse ponto de vista é:

Alternativas

ID
1984126
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável [Texto 1]

No período acima, a função sintática do adjetivo grifado é:

Alternativas
Comentários
  • Como identificar o predicativo do objeto?

     

    A função de predicativo do objeto pode ser desempenhada:

    Por um adjetivo ou uma locução adjetiva:

    Ele a viu sorridente.

    Todos acusaram-no de desmotivado

     

    Por um substantivo:

    A direção elegeu-o presidente.

    Todos chamam-lhe mãe.

  • GABARITO: LETRA E

    tráfico tornava [ISSO] muito difícil

    ISSO= "que os limites estabelecidos..." - ( Oração subordinativa Substantiva Objetiva Direta) + " muito difícil " -(Predicativo do objeto Direto).

    Força, guerreiros(as)!!


ID
1984132
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. [Texto 1]

Os períodos do fragmento acima guardam entre si correlações semânticas, mesmo que não estejam explícitas.

De modo a explicitar correlações semânticas de condição, causa, comparação e concessão, o fragmento pode ser reescrito da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade, porque, embora fossem tratados realmente como animais de carga, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia, é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos.


ID
1984138
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

A um cavalo, se o adestra. [Texto 1]

O fragmento em destaque, retirado do Texto 1, apresenta, em sua estrutura sintática, um pleonasmo. O mesmo procedimento se verifica em:

Alternativas

ID
1984150
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Escravidão

José Roberto Pinto de Góes

     Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”.

    Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história.

     Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo.

    O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável.

Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível emhttp://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012.

Dentre os períodos extraídos do Texto 1, observa-se a presença de uma oração subordinada substantiva completiva nominal em:

Alternativas

ID
1984156
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

A escrava Isaura

Bernardo Guimarães

    Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.

    -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.

    -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.

    -- Não sabia que estava aí me escutando.

    -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...

    -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...

    -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...

    -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.

    -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.

    -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...

    -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012

Porque me faz lembrar de minha mãe. [Texto 2]

Considerando o verbo lembrar, utilizado no fragmento em destaque, extraído do Texto 2, a construção que, embora frequente na linguagem coloquial, contraria a norma culta da Língua Portuguesa é:

Alternativas

ID
1984162
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

A escrava Isaura

Bernardo Guimarães

    Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.

    -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.

    -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.

    -- Não sabia que estava aí me escutando.

    -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...

    -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...

    -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...

    -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.

    -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.

    -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...

    -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012

Ao contrário da linguagem jornalística, a literatura é o espaço privilegiado da conotação.

O fragmento do Texto 2 em que se verifica a presença da linguagem conotativa é:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C - Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar.


ID
1984186
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

A escrava Isaura

Bernardo Guimarães

    Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.

    -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.

    -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.

    -- Não sabia que estava aí me escutando.

    -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...

    -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...

    -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...

    -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano.

    -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.

    -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?...

    -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.

Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012

Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. [fala de Malvina, Texto 2]

Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. [fala de Isaura, Texto 2]

A dicotomia existente entre as falas de Malvina e a de Isaura expressa uma tensão que se estabelece, sinteticamente, entre:

Alternativas

ID
1984198
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

Cotas: continuidade da Abolição

Eloi Ferreira de Araújo

    Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.

     A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.

    O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)

    O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.

Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 2012

A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras. [Texto 3]

A figura de linguagem que dá sustentação à ideia principal do período acima, extraído do Texto 3, é:

Alternativas
Comentários
  • Porque metáfora?

  • Não entendi o porquê da METÁFORA...

  • pq na dúvida vc vai de metáfora. simples assim.

  • Metáfora porque faz uma comparação implícita. Estabeleceu uma espécie de segundo artigo da Lei Áurea com as ações afirmativas ditas constitucionais.

    Gabarito: C

  • o porquê da metáfora?


ID
1984204
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

Cotas: continuidade da Abolição

Eloi Ferreira de Araújo

    Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.

     A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.

    O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)

    O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.

Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 2012

No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes (...) [Texto 3]

As alterações realizadas no período em destaque estão de acordo com o preconizado pela variedade culta da língua em:

Alternativas

ID
1984210
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

Cotas: continuidade da Abolição

Eloi Ferreira de Araújo

    Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira.

     A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País.

    O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...)

    O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.

Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 2012

O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas (...) [Texto 3]

A substituição do termo grifado por um sinônimo permite reescrever da seguinte maneira:

Alternativas
Comentários
  • Finalidade específica (dolo específico)


ID
1984228
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O termo utilizado para designar o conjunto de componentes que formam a parte física dos computadores é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B


ID
1984234
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O software utilizado para acessar uma página web na Internet é

Alternativas
Comentários
  •  c) Um navegador - Browser - Tipos; Firefox, IE, Google Chrome, Safari, Opera entre outros

  • Excelente!

  • SHow!

  • Excelente explicação!

  • não erro mais.

  • Acho que estou aprendendo porque respondi com essa mesma linha de pensamento rs.

  • Lembrando que a vírgula antes da segunda conjução alternativa é facultativa.

  • Perfeito


ID
1984240
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os chats podem ser caracterizados com o seguinte tipo de mecanismo de comunicação:

Alternativas
Comentários
  • GAB: LETRA B

     

    Comunicação síncrona é todo aquele que exige que os interlocutores estejam conectados ao serviço no mesmo momento para que haja a troca de mensagens. Está comunicação é interativa e está relacionada ao uso de mecanismos de comunicação síncronos à semelhança do telefone, entre outras tecnologias que permitam a interação de forma "on line".

     

    FONTE: http://ensinoadistancia.wikidot.com/comunicacao-e-assistencia-nas-eads

  • bate papo é sincrono

    email é assincrono


ID
1984246
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em relação à Internet, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • HTML (abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup Language, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto) é uma linguagem de marcação utilizada para produzir páginas na Web. Documentos HTML podem ser interpretados por navegadores. A tecnologia é fruto do "casamento" dos padrões HyTime e SGML.


ID
1984252
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Faça a correlação entre a 1ª e a 2ª colunas.

1ª Coluna 

1. É um software que permite cálculos automáticos através de fórmulas em tabelas.

2. Copiar o conteúdo de um arquivo residente em outro computador para o seu, independente da distância.

3. Página introdutória de um site.

4. Browser da Microsoft. 

5. Processo de conexão à rede que inclui a identificação e senha de controle. 

2ª Coluna

( ) Internet Explorer

( ) Planilhas Eletrônicas

( ) Download 

( ) Login

( ) Homepage 


A sequência CORRETA da correlação entre colunas é 


Alternativas
Comentários
  • GABARITO ITEM C

     

     


ID
1984258
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei 8.112/1990 e suas alterações dispõem sobre o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: letra A

     

    Art. 1°  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.


ID
1984270
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As três formas, simultâneas, de provimento de cargo público, conforme a Lei 8.112/1990 e suas alterações são

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: letra D

     

    Art. 8° São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

  • Lei 8.112/90:

    Art. 8° São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    Gabarito: D.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 8º, Lei 8.112/90. São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    Agora, vejamos cada uma das alternativas:

    A. ERRADO. Recondução, promoção e concurso público. Erro em negrito.

    B. ERRADO. Concurso público, reintegração e comissionamento. Erros em negrito.

    C. ERRADO. Comissionamento, readaptação e reversão. Erro em negrito.

    D. CERTO. Nomeação, aproveitamento e recondução.

    E. ERRADO. Reversão, concurso público e transferência. Erros em negrito.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Atualizando:

    Com a entrada em vigor da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) a pena do crime de concusão passou a ser:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.


ID
1984282
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação ao prazo de validade dos Concursos Públicos, a afirmativa que está em perfeita consonância com os termos da Lei 8.112/1990 e suas alterações é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: b) O concurso público terá validade de até 02 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

    Bons estudos!

  • GABARITO: LETRA B

    Do concurso público

    Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.