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Prova IBADE - 2019 - SAAE de Vilhena - RO - Engenheiro Civil


ID
3411622
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


Pode-se inferir, a partir do título dado ao texto, que ele:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899] ? observa-se uma forma inusitada de se referir ao Rio de Janeiro, pois, na maioria das vezes, é tratado como "Cidade Maravilhosa".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  •  O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos

    D refere-se de forma inusitada à cidade do Rio de Janeiro.


ID
3411625
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


O texto começa por uma comparação entre uma casa aberta e uma casa fechada. NÃO pertence ao campo semântico de casa fechada/cidade do Rio, segundo o texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Voltando ao texto: Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

    ? O termo em destaque está se referindo ao substantivo "crianças" e não a uma comparação entre casa fechada e aberta.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Inserir um texto de Olavo Bilac talvez seja a mais cobarde forma de auferir os conhecimentos de Língua Portuguesa de um candidato. O autor é parnasiano, da mesma estirpe de Augusto dos Anjos e Coelho Neto. Todos esses autores recorrem a vocábulos inusuais, ao preciosismo linguístico.


ID
3411628
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


O autor diz que há coisas compreensíveis de acontecerem no Norte da Europa. No Rio de Janeiro, não. Em todas as opções fala-se de coisas inaceitáveis no Rio de Janeiro, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Segundo o texto: Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

    ? A ideia apresentada é de algo positivo e não "inaceitável".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • QUESTÃO CANSATIVA E MEIO SEM NEXO.

  • GABARITO: LETRA D

    Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol


ID
3411631
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


A primeira relação entre a casa fechada e a cidade do Rio de Janeiro é marcada por um elemento linguístico que aparece no trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Voltando ao texto: [...] a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo. O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim...

    ? O termo em destaque equivale a "desse modo" (=fechado como fica a casa vazia).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: LETRA B

    A questão pede a "primeira relação" -> Logo na linha 4, nos deparamos com o seguinte... " O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim..."


ID
3411634
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


O vocábulo Sebastianópolis é formado pelo processo de:  

Alternativas
Comentários
  • Hibridismo é quando, no processo de formação de uma palavra, se utiliza elementos de línguas diferentes. Ou seja, uma parte da palavra provém de um termo de uma determinada língua, enquanto a outra parte da palavra vem de outra língua.

    exemplos:

    Bicicleta – Bi (latim) + ciclo (grego) + eta (-ette, francês)]

    Romanista – Romano (latim) + -ista (grego)

    Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego)

  • Letra A.

    Hibridismo é a formação de palavras com morfemas de línguas diferentes: socio/lógica ( latim e grego) , auto/móvel ( grego e latim) , micro-ônibus ( grego + latim).

    Fonte: A Gramática para Concursos Públicos do autor Fernando Pestana.

  • Em Sebastianópolis, parece haver composição por aglutinação: Sebastiano + Polis = Sebastianópolis. Há alteração estrutural nesse processo.

  • Quando você se arrepende de ter faltado às aulas de latim, grego, francês... é cada uma dessas bancas.

  • Sebastian deriva de qual idioma? E se for um nome grego, como fica?

  • Complementando..

    A)  Hibridismo Consiste na formação de palavras compostas por elementos provenientes de idiomas diferentes. Exemplos: automóvel (grego e latim) burocracia (francês e grego) sociologia (latim e grego)

    B) Consiste em formar compostos que ficam lado a lado, ou seja, justapostos, sem que nenhum dos agregados sofra alteração em sua forma original. Exemplos: passatempo (passa + tempo), girassol (gira + sol), couve-flor (couve + flor)

    C) Consiste em formar compostos em que ao menos um dos elementos agregados sofre alteração em sua forma original Exemplos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora)

    D)  Derivação Sufixal Exemplos: lealdade, deslocamento, felizmente, idiotismo, etc. 

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Continuo achando que deveria ser composição por Aglutinação. Essas bancas só Jesus

  • LETRA A

    HIBRIDISMO cria palavras através de dois radicais de origens diferentes.

    Exemplo: SOCIOLOGIA - Socio = sociedade / Logia = estudo, ou seja, estudo da sociedade.

    POLIS vem do grego e significa CIDADE.

    SEBASTIANO (talvez) derive do latino.

  • Deram exemplos, mas ñ falaram da palavra em questão.

  • Sem comentários....ninguém conseguiu dar uma explicação pra questão.

  • HIBIDRISMO USO DE DUAS PALAVRAS DE LÍNGUAS DIFERENTES PARA FORMAÇÃO DE UMA PALAVRA.

    SEBASTIANÓ : SÃO SEBASTIÃO ( PADROEIRO DA CIDADE)

    POLIS: CIDADE, em grego.

  • Hibridismo...Não sabia que nome próprio é palavra originária de uma língua específica, brincadeira dessas bancas.

  • há nessa palavra dois processos: hibridismo e aglutinação. Qual resposta levar em consideração e porquê?
  • Onde estão os professores do QC???

  • ABSURDO COLOCAR UMA QUESTÃO QUE NÃO VAI MEDIR O CONHECIMENTO COBRADO NO EDITAL. EDITAL COBRA FORMAÇÃO DE PALAVRAS E NÃO CONHECIMENTOS DE GREGO E LATIM .

  • Cadê os comentários dos professores?

  • Essa banca gosta de hibridismo.

  • os comentários adoram confirmar a bobagem da banca. kkkkk vcs realmente aprendem alguma coisa assim? O gabarito está errado, a palavra é formada por aglutinação.

  • Se não for hibridismo não sei Mais o que é


ID
3411637
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade?” A análise dos termos está correta em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade?

    ? Adjetivo "sujeito" pedindo um complemento preposicionado, um complemento nominal (=sujeito a alguma coisa, preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "melancolia"= crase; o termo "à melancolia" completa o sentido de um nome, ele é um complemento nominal).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • qual é o núcleo do predicado?

  • Os possíveis núcleos do predicado verbal são verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo transitivo direto e indireto ou verbo intransitivo.

    Verbo de ligação não é núcleo de predicado verbal.

    O verbo da oração é "seja" e é verbo de ligação.

  • Emiliane Faria, o verbo de ligação (ser) nos aponta a existência de um predicado nominal, que compreende o verbo e tudo que se lhe segue: "(...) seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade?". Toda a estrutura entre aspas ilustra o predicado nominal. Em contrapartida, o núcleo do predicado nominal repele o verbo e será sempre um adjetivo ou um substantivo. No caso em tela, o adjetivo "sujeito" é o núcleo, o elemento central.

  • queri tanto saber responder uma questao dessa.

  • talvez – é um adjunto adverbial de dúvida

    à jovialidade – complemento nominal

    seja – verbo de ligação

    à melancolia – complemento nominal. CORRETO

    temperamento – substantivo (núcleo dos termos)

  • Eu não entendi porque estamos diante de um complemento nominal. Alguem pode me explicar?

  • Maycon, eu acho que é pq o Adjunto Abdominal é um termo que vai caracterizar, determinar, modificar, especificar ou restringir apenas um substantivo, já o complemento nominal é sempre precedido de preposição e completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios que apresentam transitividade.

    No caso da questão temos o adjetivo "sujeito" que é transitivo e pede a preposição "a", logo tanto jovialidade e melancolia são complementos nominais.

    Não tenho ctz, caso esteja errado me corrigem pfv

  • Maycon,

    Complemento nominal (completa o nome). Neste caso, completa o sentido de "sujeito". Estar sujeito à (...)-- precisa-se de uma preposição para complementar: à melancolia.

  • "à melancolia" substantivo abstrato de forma passiva, ou seja recebe a ação. complemento nominal

    fonte: Elias Santana

  • Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia - sofre a ação

    complemento nominal

  • Vocês não tem noção do quanto me ajudam com esses ótimos comentários! Gratidão!!

  • Assertiva D

    à melancolia – complemento nominal.

  • Complemento Nominal: relação com adjetivo, advérbio e substantivo abstrato (paciente).

    Ex: A construção do prédio terminou.

    Construção: substantivo abstrato

    Do prédio: complemento nominal (paciente: o prédio sobre a ação de construir)

    Adjunto Adnominal: relação com substantivo concreto e substantivo abstrato (agente).

    Ex: A construção do engenheiro terminou.

    Construção: substantivo abstrato

    Do engenheiro: adjunto adnominal (agente: o engenheiro pratica a ação de construir)

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    A palavra SUJEITO é um adjetivo (troque por outro para identificar melhor, eu troquei por propício).

    Logo, "à melancolia" está relacionada com um adjetivo, então é um complemento nominal.

    (Lembrando: a única ligação que pode complicar seria em relação ao substantivo abstrato, que existe tanto no complemento quanto no adjunto, então quando ocorrer deve-se verificar se é paciente ou agente. Nos demais casos, não há porque ter dúvida.)

    CORRETA: D

  • Sujeito à melancolia.....

    melancolia está como agente passivo?  jurava que esta´como ativo. Algém está suleito a ela.

    ??

  • falando em sentimentos

    quando gera, causa e provoca, é CN

    quando posse, é A.ADN

  • Quem está respondendo questões na quarentena dá um like aqui.

    #laveasmãos

    #FIK_IN_HOUSE.

  • GABARITO D

    Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia.

    Sujeitar-se a algo... à melancolia. A palavra é seguida de preposição e "sujeito" é uma ação abstrata.

    Complemento nominal.

  • GABARITO D

    Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia.

    Sujeitar-se a algo... à melancolia. A palavra é seguida de preposição e "sujeito" é uma ação abstrata.

    Complemento nominal.

  • Temperamento sujeito à melancolia. ou seja se sujeitava a ela que era o alvo! sujeito paciente.portanto complemento !

  • mais sujeito à melancolia do que à jovialidade...

    Letra D

  • O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito.

    O núcleo do predicado verbal é o próprio verbo.

  • Gente "sujeito" no caso dessa questão não é adjetivo...de onde vocês estão tirando essa ideia? Estar sujeito a alguma coisa, verbo sujeitar-se, ser propício a alguma coisa...é tudo verbo povo!! Essa questão deveria ter sido anulada!


ID
3411640
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro?”. Em todas as opções há pelo menos uma palavra com a mesma classe gramatical da palavra destacada, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? ?Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro?? ? o termo em destaque é um advérbio (=liga-se ao verbo "viver", queremos uma alternativa que não contenha um advérbio):

    a) ?Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão...? ? advérbio de modo.

    b) ?Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado?? ? advérbio de intensidade (=liga-se ao adjetivo "triste").

    c) ?Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.? ? advérbio de modo.

    d) ?...de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas...? ? advérbio de tempo.

    e) ?Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas.? ? não temos advérbio, o termo "longo" é um adjetivo e se liga ao substantivo "tempo".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Me perdi todo quando achei que "longo tempo" fosse advérbio de tempo. Mas que idioma desgraçado memo!

  • Quanto à E

    Longo tempo não é advérbio, ná dúvida tenta passar para o plural.

    Ex: “Há casas vastas e belas que ficam longos tempos fechadas.”

    Se fosse advérbio não iria para o plural:

    Ex: Ela estava muito triste / Elas estavam muito tristes

  • Assertiva E

    “Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas.”

  • A questão é sobre o assunto classe de palavras e exige que faça uma análise morfológica.

    O comando da questão nos apresenta uma palavra em destaque com a função de advérbio e pede para que achemos uma igual nas alternativas. Para ficar claro que se trata de um advérbio, deixarei uma breve explicação:

    “..quem poderá viver bastante.”

    Eles poderão viver bastante.( Veja que mesmo passando a frase inteira para o plural a palavra ainda permanece no singular, isso porque o advérbio é invariável). Advérbio é a classe que impõe circunstância ao verbo, adjetivo e ao próprio advérbio.

    Analisemos as assertivas:

    a) Incorreta.

    “Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão...”

    Aqui temos dois advérbios (já e sempre), pois o primeiro impõe circunstância temporal ao verbo notar e o segundo impõe circunstância temporal ao verbo andar.

    b) Incorreta.

    “Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado?”

    Aqui temos um advérbio ( mais), porque impõe circunstância de intensidade ao adjetivo triste.

    c) Incorreta.

    “Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.”

    Temos o advérbio ( exclusivamente), porque impõe circunstância de modo ao verbo depender.

    d) Incorreta.

    “...de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas...”

    Temos uma locução adverbial. ( de repente), porque impõe circunstância de modo ao verbo crescer.

    e) Correta.

    Aqui não temos nenhum advérbio. Vejam:

    Há (VERBO) casas (SUBSTANTIVO) vastas (ADJETIVO) e (CONJUNÇÃO) belas(ADJETIVO) que (PRONOME) ficam (VERBO) longo (ADJETIVO) tempo (SUBSTANTIVO) fechadas(ADJETIVO).

    GABARITO: E

  • A R T H U R

    SEMPRE É ADVÉRBIO DE TEMPO NÃO DE MODO, MEU CHAPA!

  • Em a letra "C" “Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.”

    têm dois advérbios: o "NÃO" e "EXCLUSIVAMENTE".

    O 'não" é advérbio de negação.

    Exclusivamente é advérbio de modo.

    só que são advérbios que sozinhos têm significados.

    o advérbio pode modificar o verbo, o adjetivo e próprio advérbio, talvez por isso que o Artur não falou do "Não". No enunciado o advérbio bastante está modificando o verbo viver.

    A) o advérbio está modificando o verbo andar.

    B) o advérbio está modificando o adjetivo triste.

    C) o advérbio está modificando o verbo depender.

    D) é uma locução adverbial- preposição mais advérbio.

    E) longo é adjetivo e tempo é substantivo. (tempo longo). (((Advérbio não modifica o sustatantivo)))


ID
3411643
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo!”. A palavra destacada é uma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo!?

    ? O termo "mas" é uma conjunção coordenativa adversativa, na questão, ocorreu uma derivação imprópria (=mudança de classe gramatical ? passou de conjunção para um substantivo, o pronome demonstrativo "este" substantivou o termo).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Substantivou-se a conjunção "mas", isto é, houve alteração de sua classe gramatical, fenômeno inerente ao processo de formação de palavras denominado derivação imprópria.

    Letra A

  • Complementando a resposta dos colegas:

    B) Derivação Regressiva: Ocorre a supressão da palavra primitiva, gerando uma derivada com classe gramatical diferente. Ex: Crítico (Substantivo) > Criticar (Verbo)

    C) Neologismo (Nova Palavra): É uma palavra utilizada normalmente para suprir a necessidade vocabular momentânea, transitória ou permanente. Ex: deletar, printar, site, etc.

    D) Gíria: Linguagem informal com vocabulário rico em expressões metafóricas, jocosas, elípticas e mais efêmeras que as da língua tradicional.

    E) Parassíntese: A derivação parassintética ou parassíntese é um tipo de derivação em que ocorre o acréscimo de afixos (prefixo e sufixo) à palavra primitiva. Mas diferentemente da derivação prefixal e sufixal que ao retirar o prefixo ou sufixo a palavra não perde o sentido, na parassíntese ao retirar algum destes termos, a palavra perde o sentido.

    Ex: Entardecer - tardecer - entard

    Avante!

  • Gabarito: Letra A O "MAS" é uma conjunção adversativa e foi substantivada pelo pronome: Este, e o adjetivo: Cruel
  • Derivação Imprópria - Se dá pela mudança de classificação morfológica de uma palavra, a depender do contexto. 

    O "mas" é tradicionalmente uma conjunção, na questão ela é um substantivo. Mudou-se a classificação morfológica.


ID
3411646
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido,(...)”. Em todas as opçoes o fenômeno da crase se dá pela mesma razão, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido,(...)? ? temos uma locução adverbial com núcleo feminino, na letra "d" não ocorre isso:

    ? ?...assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ...? ? acostumadas a alguma coisa (=preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "limpeza"= crase).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Trata-se aqui da aplicação da crase de acordo com os casos especiais, quando da ocorrência de locuções com núcleos substantivos femininos:

    Ex.: à caneta / à gasolina / à tinta / à medida que.

    https://www.qconcursos.com/artigos/uso-da-crase-entenda-o-que-e-como-usar-e-suas-regras?gclid=Cj0KCQjwx7zzBRCcARIsABPRscPvWWKwERjKiZkkrM9A9AcdKr1YJ0gK-pV1o7tcthGzGK-CxqM0xNYaApQLEALw_wcB

  • Existe um obscurantismo nessa questão que me embaça as vistas e não me permite ver esse gabarito como o único válido. "À cabeceira" é locução adverbial e a justificativa para a crase aqui assinalada difere da que a justifica em "voltemos à imagem" e "se recolhiam à casa de amigos", visto que, nesses dois casos expostos, há objeto indireto. Sendo assim, as alternativas A ou B, sem nenhum desrespeito ao pedido do enunciado, poderiam, indiferentemente, ser o gabarito. Ou não compreendi o que a banca queria ou incorreram em erro quanto ao gabarito.

  • a,b,c,e -substantivos D-verbo

  • Concordo @ Shelking!

    Tranquilo que queremos uma locução de base feminina, mas acredito, assim como exposto, que as assertivas A e B trazem motivos diversos..

    A) “... se recolhiam à casa de amigos cantando um coro...”

    Se recolhiam a algum lugar .... ao habitat dos amigos.

    quando "casa" está determinada = crase.

    B) “Voltemos à imagem da casa desabitada.”

    Voltemos ao retrato da casa desabitada..

    Sucesso!

  • COMPLEMENTANDO:

    Principais casos em que não ocorre a crase:

    * Antes de palavra masculina

    * Em locução feminina que indique instrumento (ex: Ela escreveu o texto a caneta)

    * Antes de verbo

    * Entre palavras repetidas que formem uma expressão (ex: cara a cara)

    * Antes de artigo indefinido

    * Quando o A estiver no singular e a palavra posterior estiver no plural

    * Antes dos seguintes pronomes: 

       a) De tratamento (exceções: senhora, senhorita, dona e madame)

       b) Relativos (exceção: à qual, às quais)

       c) Indefinidos (exceção: outra(as))

       d) Demonstrativos (exceções: àquele, àquela, àquilo)

       e) Pessoais

    FONTE: QC

  • resposta da banca ao recurso:

    A questão sobre crase trata da sintaxe do termo: adjuntos adverbiais femininos. Havia um único termo que não era. Por isso a banca resolve INDEFERIR os recursos.  

  • Bem, eu resolvi substituindo a crase por "para".

    “... se recolhiam para a casa de amigos cantando um coro...”

    “Voltemos para a imagem da casa desabitada.”

    "...abrem-se as janelas do prédio para a luz e ao ar...”

    “...assim que, saneadas e acostumadas com a limpeza, elas deixaram de oferecer ...”

    “...abrem o seio, durante o dia, para o sol, e para a noite...”

    Gabarito D

  •  Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas

    (onde há tão ásperas lutas??? --- à cabeceira..) 

    Adjunto adverbial feminino de lugar.

     

     a)“... se recolhiam à casa de amigos cantando um coro...”   

    se recolhiam onde? Adjunto Adverbial feminino de lugar.

     

     b)“Voltemos à imagem da casa desabitada.”

     voltemos onde? Adjunto Adverbial feminino de lugar.

     

     c)“...abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar...”

     abrem -as como ? Adjunto Adverbial feminino de modo

     

     d)“...assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ...”

     acostumadas a alguma coisa: Complemento feminino exigido pelo verbo VTI

     

     e)“...abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite...”

     abrem o seio quando? Adjunto Adverbial feminino de tempo

  • Questão super mal-elaborada

  • questão tranquila

    basta buscar a unica que funciona como complemento nominal


ID
3411649
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra.”. Pode-se reconhecer nesse trecho o recurso semântico conhecido por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos ? desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra.?

    ? A intertextualidade refere-se à influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado (=faz referência a Molière e Bocage).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Parônimos: exemplos de palavras parônimas. Parônimos ou palavras parônimas são palavras que são escritas de forma parecida e são pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. 

    A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos), com grafia diferente.

    Sinonímia é a relação entre palavras de significado semelhante, como por exemplo entre bonito e lindo, entre alfabeto e abecedário, entre preto e negro. Estas palavras de significado semelhante chamam-se palavras sinónimas ou simplesmente sinónimos.

  • Questão anulável, pois também há sinônimo: desaforada = atrevida

  • Gabarito letra 'B'

    A polissemia.

    Caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui vários significados.

    B intertextualidade.

    Um texto que influencia outro, sendo aquele citado como exemplo.

    (no texto da questão faz referência a Molière e Bocage)

    C paronímia.

    Parecidas. Vocábulos semelhantes na pronúncia e grafia, mas sentidos diferentes.

    D homonímia.

    Vocábulos iguais (pronúncia, grafia ou ambos), mas sentidos diferentes.

    E sinonímia.

    Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais dentro de um contexto. Uso dos SINÔNIMOS.

  • O texto de Olavo Bilac, um dos grandes expoentes do parnasianismo brasileiro, essencialmente não versa sobre Molière (dramaturgo francês), tampouco sobre Bocage (poeta português). Quando se refere a eles, a elementos além do texto, atesta-se a intertextualidade.

    Letra B


ID
3411652
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Agora, parece/ que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África,/ pedindo ao conselho/ que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia/.” A respeito desse período, pode-se dizer que:


I- a segunda oração é subordinada substantiva é objetiva direta.

II- a terceira oração é subordinada reduzida de gerúndio.

III- a quarta oração é subordinada substantiva objetiva direta.


Está(ão) correta(s), apenas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Agora, parece/ que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África,/ pedindo ao conselho/ que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia/.?

    I- a segunda oração é subordinada substantiva é objetiva direta ? incorreto, é subordinada substantiva subjetiva (=ISSO parece ? função de sujeito).

    II- a terceira oração é subordinada reduzida de gerúndio ? correto, terminação -ndo (=pedindo).

    III- a quarta oração é subordinada substantiva objetiva direta ? correto, pedindo alguma coisa (=ISSO ? oração subordinada substantiva objetiva direta).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito B

    I- a segunda oração é subordinada substantiva é objetiva direta. ⇢ Temos uma (oração subordinada substantiva subjetiva) = isso [parece].

  •  2ª oração: "que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África."

    A oração exerce função sintática de sujeito - especificamente é um sujeito oracional. Note que antes dela há um verbo de ligação (parecer).

    3ª oração: "pedindo ao conselho".

    A desinência verbo-nominal (-ndo) corrobora o exposto no item II, que afirma a redução de gerúndio.

    4ª oração: "que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia."

    O verbo anterior a essa oração é o "pedir", cuja transitividade demanda dois complementos verbais: um objeto indireto e um objeto direto, este último exercido pela oração "que o autorize (...) em favor da ideia".

    Letra B

  • Corroborando...

    Agora, parece/ que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África,/ pedindo ao conselho/ que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia/.

    I)Como identificar se é objetiva direta x subjetiva..

    No pulo do gato.. olhe se tem sujeito antes do "que" ou "se"

    se tiver= subordinada substantiva objetiva direta.

    exemplo: Não sei se estarei aqui.

    (eu) não sei / isso/....

    se não tiver= subjetiva

    é necessário que vc venha.

    é necessário/ isso/..

    II) Como identificar as reduzidas de gerúndio (Terminação "NDO") e de infinitivo (Terminação "AR").

    É possível encaixar um "isso".

    Não é vergonhoso errar.

    Não é vergonhoso/ isso (Spadoto, 334)

    III) pedindo ao conselho/ isso/ que o autorize a abrir Que o autorize a abrir...

    segue o mesmo raciocínio da I).

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A divisão das orações está incorreta, há cinco orações e não três.


ID
3411655
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


A inversão das palavras provoca alteração semântica em:


I- “...há casas vastas e belas...”.

II- “...o luto de uma grande catástrofe...”.

III- “...um coro de uma opereta qualquer.”

IV- “...há de cavar a própria sepultura.”


Está(ão) correta(s):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

     

    I- ?...há casas vastas e belas...? ? a inversão aqui mantém o mesmo sentido (=vastas e belas casas).

    II- ?...o luto de uma grande catástrofe...? ? "catástrofe grande" (=sentido de uma maior dimensão em ambos os casos).

    III- ?...um coro de uma opereta qualquer.? ? a troca modifica o sentido (=qualquer opereta ? sentido de diminuição, desdenho).

    IV- ?...há de cavar a própria sepultura.? ? passa de um valor de algo pessoal para algo real, verdadeiro (=sentido alterado).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • “Opereta qualquer” = denota desdém, insignificância.

    “Qualquer opereta” = qualquer uma, de qualquer espécie.

    “Própria sepultura” = a sepultura em que será sepultado.

    “Sepultura própria” = uma sepultura adequada.

    Conforme se vê, a ordem inversa acarreta alteração semântica.

    Letra C

  • Só eu noto que os comentários das questões de interpretação dessa banda estão tentando justificar o gabarito e não mostrar o motivo de estar certa a questão?


ID
3411658
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“ Casas vastas” e “Palácios desabitados”. Unindo os dois pares de palavras, a concordância estará correta em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? casas e palácios vastos e desabitados (=temos dois adjetivos referindo-se aos dois substantivos que aparecem anteriormente, um masculino e outro feminino, a concordância está sendo feita como os dois termos).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • vastos e desabitados (concorda tanto com palácios quanto com casas e palácios)

  • Letra A

    Temos um caso de concordância atrativa:

    Concordância atrativa = Se forem de gêneros diferentes, concordará com o núcleo mais próximo.

    Fonte: Elias Santana, grancursos.

  • Letra A

    Temos um caso de concordância NOMINAL. Dessa forma os adjetivos concordam com o substantivo mais próximo.

  • Para responder esta questão pasta lembrar da regra do Adjetivo/ Concordância Nominal:

    Adjetivo posposto ao substantivo concorda com mais próximo ou com todos os substantivos, sendo nesse ultimo caso assumindo forma no plural.

    CASAS E PALÁCIOS = SUBSTANTIVOS

    VASTOS E DESABITADOS = ADJETIVOS

    "Casas e palácios vastos e desabitados"

    Adjetivo Vastos concordando com palácios e desabitados concordando com os substantivos.

    GAB: LETRA A

  • A questão é sobre concordância dos adjetivos com os substantivos e para acertar a questão é preciso fazer analise e marcar a que faz a concordância adequada.

    a)casas e palácios vastos e desabitados.

    Está perfeito concordando com o mais próximo ou em geral. CORRETO.

    b) casas e palácios vastas e desabitados.

    O adjetivo deveria está concordando no masculino plural por ser o termo mais próximo e ainda por concordar com todos também seria masculino. INCORRETA.

    c) casas e palácios vastas e desabitadas.

    Deveria está concordando com o mais próximo ou com todos que no caso em tela seria no masculino plural. INCORRETA

    d) vastas e desabitadas casa e palácios.

    Deveria está no singular concordando com o sujeito mais próximo ( casa). INCORRETA.

    e) vastos e desabitados casas e palácios.

    Deveria está concordando no feminino com casa que é o mais próximo. INCORRETA.

    GABARITO A

  • Assertiva A

    casas e palácios vastos e desabitados.

  • GABARITO - A

    Adjetivo posposto ao substantivo

    A concordância pode ser com o mais próximo ou masculino plural.

    Casas e palácios vastos e desabitados.

    Bons estudos!


ID
3411661
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


“Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.”. Infere-se desse trecho que a alegria do carioca seria a limpeza. Para unir essa oração ao período anterior destacado do texto, mantendo a ordem apresentada, deve-se usar o conector:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    O uso mas adequado é a conclusão. Sendo equivalente a logo, pois, portanto, por conseguinte.

  • Pergunto, mas aqui, após uma afirmação (Não) não caberia uma explicação é daí o porque com função explicativa?

ID
3411664
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]


      Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.

        Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.

      O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!

       Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!

       Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.

       Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!

      Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...

       Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!

        Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!

      E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.

       Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.

       O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...

        Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro? 

      A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.

      Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.

        Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.

       Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?

      Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte. 

      Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.

       Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?

       Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro. 

                                                                         (Gazeta de Notícias, 30/7/1899)


Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas.”. O uso dessa voz passiva prepara o leitor para ler uma história:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas.?

    ? Temos uma voz passiva sintética que caracteriza um sujeito indeterminado (=alguém contava isso, não se sabe quem, marca uma história folclórica, um mito).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Folclore é o conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, contos, mitos, lendas, músicas, danças e festas populares de uma cultura e de uma região. ... Religiosidade, crenças e fé, contos, poemas e poesias também são ingredientes do nosso folclore, que reflete ainda aspectos das culturas indígena, africana e europeia.

  • "Diz-se" possui a mesma ideia de "Diz a Lenda que", "Dizem as línguas", "Reza a lenda", "Era uma vez";

    Dá esse cárater mítico e folclórico ao texto.

  • Diz-se ISSO. / ISSO é dito.

    Voz passiva sintética.

  • Corrigindo nosso colega Arthur, a oração possui um sujeito oracional, o que se omite é o agente da passiva na voz sintética.

  • Ufa! Obrigada, Braulio!

    Só seria sujeito indeterminado se o "se" fosse índice de indeterminação do sujeito e pra isso seria necessário um verbo intransitivo ou de ligação. "Dizer" nessa frase é VTD, portanto o sujeito é oracional e também paciente.

  • Quem está respondendo questões na quarentena dá um like aqui.

    #laveasmãos

    #FIK_IN_HOUSE.

  • Nunca vou perdoar o IBADE por me fazer ler Olavo Bilac.

  • acertei e, pera acertei?

  • que belo chute meu amigo


ID
3411667
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em uma rede de computadores podemos instalar um dispositivo que otimiza o trafego de pacotes de dados. Ao receber uma informação, esse dispositivo analisa seu endereçamento e o envia apenas ao destinatário. Esse equipamento chama-se:

Alternativas
Comentários
  • Switch: é uma versão mais sofisticada do hub. Esse tipo de equipamento também interconecta computadores e outros dispositivos em uma rede, mas cria canais de comunicação do tipo "origem e destino" dentro dela.

    Isso significa que os dados saem do dispositivo de origem e são encaminhados pelo switch apenas para o dispositivo de destino, sem que essas informações tenham que ser retransmitidas para todos os nós da rede.

  • Bizu pra ajudar na compreensão da distinção entre HUB e SWITCH:

    Imaginem o HUB como um amigo fofoqueiro, ele recebe a informação e espalha para todo mundo. Já o SWITCH é o amigo leal, ele recebe a informação e "só conta" para o destinatário daquela informação.

  • Equipamentos de Redes 

    Hub(Concentrador) - Dispositivo para interligação de computadores que tem o objetivo de aumentar o alcance de uma rede local por meio da regeneração de sinais, porém recebe em uma única porta e retransmite para todas as outras. Este equipamento disponibiliza várias portas físicas para que os nós sejam interligados, por exemplo, através de cabos par trançado com conectores RJ-45. Ele recebe o pacote e distribui para todas as outras máquinas, sem ser capaz de transmitir somente para a máquina de destino, implica que apenas uma máquina transmita de cada vez. A transmissão em difusão (broadcast) faz com que uma rede Hub possua uma topologia física Estrela e uma topologia lógica de Barramento. Atualmente, está obsoleto.

    Bridge(Ponte) - Permitem separar redes de computadores em segmentos menores; com a separação nesses segmentos, temos menos chances de colisões; permite uma redução no tráfego de dados da rede em comparação com o HUB, pois os dados transmitidos para um segmento são enviados apenas para os computadores do segmento específico e, não, para todos os computadores da rede - como ocorria com o HUB. Informações manipuladas por uma Ponte são chamadas de quadros ou frames - assim como no SWITCH. Uma desvantagem das Pontes é que elas só possuem duas portas. Diferente do SWITCH que é conhecido como Ponte Multiporta por ter várias portas e suportar várias segmentações.

    SWITCH - Evolução do HUB's; diferente do HUB ele é capaz de receber uma informação de fora e enviá-la apenas ao destinatário (e não a todos como no HUB). O HUB funciona numa única via(simplex), o SWITCH funciona em duas vias(duplex). Uma rede com SWITCH possui topologia física e lógica em estrela. Um SWITCH possui mais portas disponíveis que um hub ou ponte, o que - em uma rede com muitos computadores - faz a diferença na hora de distribuir o sinal de internet via cabo.

    Router(Roteador) - equipamentos que permitem interligar várias redes e escolher a melhor rota para que as informações chegue ao destino. Por vezes, por não possuir portas suficientes, se pode conectar a um roteador um SWITCH, que geralmente possui várias portas. Pode o roteador também ser utilizado no modo Access Point, caso queira utilizá-lo somente para aumentar o sinal da rede wireless. Algumas vezes, já possuem firewall embutido.

    Access Point (Ponto de Acesso) - Ele é um dispositivo utilizado para estender a cobertura de redes de internet sem fio. Um roteador pode trabalhar no modo access point, mas um access point não pode trabalhar no modo roteador.

  • Diferenças importantes entre estes equipamentos:

    Hub:

    I) Mais antigo e, consequentemente, com menos recursos.

    II) Justamente por sua forma de transmitir dados, o hub não é o modelo mais seguro - embora apresente segurança em relação aos computadores ligados à rede e aqueles não ligados a ela. No entanto, todas as máquinas dessa rede têm acesso aos dados transmitidos.

    III) Os hubs são mais indicados para redes simples, sem grande volume de transferência de dados e que não necessitam de segurança extrema.

    Swich:

    I) O switch conta com funcionalidades para evitar que os dados sejam compartilhados involuntariamente até mesmo entre as máquinas que compõem a rede. Isso traz mais segurança e tranquilidade, especialmente nos casos em que esses são elementos fundamentais, como em grandes empresas, por exemplo.

    II) os switchs trazem mais agilidade e segurança, por isso são perfeitos para redes profissionais e com um tamanho maior.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • HUBurro - Envia para todos

    SWInteligenteTCH - Envia apenas para o destinatário correto.

  • HUB é Burro: não sabe o endereço de ninguém

  • Os switches realizam a conexão de hosts de uma rede local de forma otimizada, estabelecendo a relação entre hosts e as respectivas portas a eles conectadas. Assim, um quadro endereçado a um determinado host será enviado apenas a ele, excluindo o domínio de colisão presente em redes formadas por hubs.

    E como ele faz isso?

    Cada placa de rede possui uma identificação física denominada Endereço MAC.

    Um switch é capaz de identificar o endereço MAC de cada dispositivo com o qual se

    conecta diretamente.

    Assim, ele cria uma tabela que relaciona o número da porta do switch com o número MAC do computador a ela conectado.

    Pronto! Agora o switch sabe a localização de cada destino de rede e pode entregar um

    quadro diretamente ao seu destinatário.

    JÁ O HUB

    Um hub conecta computadores em uma rede local através de várias linhas de entrada conectadas eletricamente. Os quadros que chegam a quaisquer dessas linhas são enviados a todas as outras. Esse é o cerne das características do hub. Ele não conhece ninguém, não sabe qual computador está conectado a qual de suas portas. Então, quando o computador A envia um quadro para o computador B o hub replica esse quadro para todas os computadores. É tarefa do computador verificar se o quadro é para ele ou não. Se for, aceita. Se não for, descarta. Isso traz 2 problemas:

    - Falta de Segurança: um computador pode aceitar quadros de outro.

    - Impacto no Desempenho: as colisões ocorrem com maior frequência, uma vez que o tráfego que deveria sair de uma porta a ir para outra, vai para todas. Esses foram os principais motivos para que não se utilizasse mais hubs.

    O equipamento para o mesmo fim utilizado atualmente é o switch.

    FONTE: Professor César Vianna, Curso APROVADORES, TJ-RS

  • ⚉ HUB --> Envia para TODOS

    ⚉SWITCH --> Envia SOMENTE PARA O DESTINO


ID
3411670
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em uma planilha do Excel temos os seguintes valores nas células: A1=4, B1=5, C1=10. Considere que a célula D1 contém a seguinte fórmula: =ÍMPAR(B1)+(C1+A1)/2+6


Qual o valor da célula D1?

Alternativas
Comentários
  • ímpar(num) = Arredonda um número positivo para cima e um número negativo para baixo até o número ímpar inteiro mais próximo.

    o.b.s: Só é arredondado o primeiro número no parenteses. Quando o número já for ímpar, mantém.

    =ímpar(4) --> 5

    =ímpar(-4) --> -5

    =ímpar(4)+2 --> 7

    A1=4, B1=5, C1=10  =ÍMPAR(B1)+(C1+A1)/2+6

    =ímpar(5)+(10+4)/2+6 --> 5+14/2+6 -->5+7+6 --> 18

    respota letra D

  • Toda vida que cai expressões matemáticas por extenso tem que haver um extremo cuidado na hora de interpretá-las

  • Não entendi foi nada, da onde saiu esse >>>> 5 mais 7 mais 6

  • =ÍMPAR(5)+(10+4)/2+6

    5+14/2+6

    5+7+6

    18

    Atenção com a sequência de resolução Porcentag → Expon → Multp/ Divisão → Soma/ Subtr

  • A função PAR>> arredonda o número para o primeiro PAR acima dele. Se o número já for par, permanece-o.

    =PAR(11) >> 12

    A função ÍMPAR>> Arredonda o número para o primeiro ÍMPAR acima dele. Se o número já for ímpar, permanece-o.

    =ÍMPAR(11) >> 11

  • Ímpar de 5 = 5

    5+ 14/2 +6

    18

  • A questão aborda conhecimentos acerca da funcionalidade da função “ÍMPAR”, bem como da ordem de execução dos operadores matemáticos.

     

    Antes de analisarmos a expressão apresentada, vale destacar a funcionalidade da função ímpar e a ordem de execução dos operadores matemáticos.

     

    A função “ÍMPAR” é utilizada para arredondar um número para o próximo número ímpar. Porém, vale destacar que a função não arredondará o número selecionado caso esse já seja ímpar. Portanto, a função "=ÍMPAR (34)” arredondará o número 34 para o próximo número ímpar superior, resultando no valor 35

    Já a ordem de execução dos operadores matemáticos é a seguinte:        

    1º - Calculam-se os termos em parênteses. 

    2º - Calculam-se os expoentes.     

    3º - Calculam-se as multiplicações e divisões.      

    4º - Calculam-se as somas e subtrações.  

     

    Dessa forma, a expressão, já com os valores aplicados, “=ÍMPAR(5)+(10+4)/2+6” começará pelos termos em parênteses:

    ÍMPAR(5)+(10+4)/2+6 = 5+14/2+6.

     

    Em seguida, calculará a divisão:

    5+14/2+6 = 5+7+6.

     

    Para finalizar, calculará a soma:

    5+7+6 = 12+6 = 18.

     

    Gabarito – Alternativa D.


ID
3411673
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual dos softwares abaixo possui versões que são enquadradas na categoria de Software Livre ?

Alternativas
Comentários
  • c) Linux.

  • Gabarito: Letra C

    O que é software livre ? Software livre é um a expressão utilizada para designar qualquer programa de computador que pode ser executado, copiado, modificado e redistribuído pelos usuários gratuitamente. Os usuários possuem livre acesso ao código-fonte do software e fazem alterações conforme as suas necessidades.

    A liberdade de usar um software livre abrange qualquer tipo de pessoa ou organização, em qualquer sistema computacional, ou em qualquer tipo de trabalho, não sendo necessário comunicar o uso a nenhuma entidade específica.

    As licenças de utilização foram criadas para garantir a equidade de direitos entre os usuários. A GPL - General Public License (Licença Pública de Uso Geral) é a licença com maior utilização.

    Alguns exemplos de software livre para uso pessoal com grande distribuição são: Linux (sistema operacional GNU/Linux), The GIMP (editor de imagens), Mozilla Firefox (navegador web), entre outros.

    Fonte: www.significados.com.br/software-livre/

  • Linux = software livre

    Windows = software proprietário

  • Assertiva c

    a categoria de Software Livre "Linux.|"

  • Gente lembrando que o LINUX não é um S.O, ele é um KERNEL ( cérebro do S.O). É o kernel que vai distribuir o que deseja . EX: Ubuntu, Fedora etc.

    Ser um software livre , ou seja, código aberto, não quer dizer que seja tudo gratuito , o que pode ser feito é a distribuição para várias pessoas e tantos outros recursos. Por isso o livre , porém , muita coisa no LINUX é pago .

  • Linux = software livre.

    Windows = software proprietário.

    .

    .

    FOCODE_CONCURSEIRO

  • uma dessa não vem na minha prova rsrs (C) de concursado.

  • Linux software livre

    Windows propietario


ID
3411676
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Uma rede de dados fechada (sem acesso à internet) , sem fio e restrita a um único prédio, é denominada:

Alternativas
Comentários
  • SÓ PARA ACRESCENTAR GALERA;

    WLAN = REDE LOCAL SEM FIO

    WMAN = REDE METROPOLITANA SEM FIO

    WWAN = REDE DE LONGA DISTANCIA SEM FIO

    SAN = REDE DE AREA DE ARMAZENAMENTO

    GAB: D

  • Classificação das redes quanto à abrangência geográfica: PAN (REDE DE ÁREA PESSOAL) -> é a menor rede que existe. Ela tem vários dispositivos e um único usuário; é uma rede pessoal, quando utiliza-se o fone de ouvido, o celular, o WIFI, tudo conectado, faz-se uma PAN. LAN (Rede de área local) -> é uma rede que ocupa uma residência, um edifício ou uma fábrica; é uma rede mensurada em poucos metros de distância; podemos falar da WLAN(Wireless Lan), que é uma rede local sem fio, por exemplo, quem tem internet em casa e se conecta no WIFI. MAN(metropolitan area network - rede metropolitana) -> por exemplo, uma operadora de internet/tv que interliga uma cidade inteira; uma MAN ocupa quilômetros, cidades inteiras, regiões metropolitanas. WAN (Wide Area Network - rede de área ampla) -> Backbones que interligam as principais cidades do mundo, que, por seu turno, conectam-se com outras cidades de outros países; temos, assim, a maior WAN do mundo, a INTERNET.  

    Direção Concursos

  • Qual a diferença de Lan e WLan, pessoal?

  • LAN é termo genérico para rede local

    WLAN é rede local sem fio.

    PAN é rede de um único usuário, como pareamentos por bluetooth.

  • Só pra lembrar que a letra "W", de WLAN, refere-se ao termo "wireless".

  • Gabarito letra D para os não assinantes.

    LAN – Rede Local: As chamadas Local Area Networks, ou Redes Locais, interligam computadores presentes dentro de um mesmo espaço físico. Isso pode acontecer dentro de uma empresa, de uma escola ou dentro da sua própria casa, sendo possível a troca de informações e recursos entre os dispositivos participantes.

    WLAN – Rede Local Sem Fio - Para quem quer acabar com os cabos, a WLAN, ou Rede Local Sem Fio, pode ser uma opção. Esse tipo de rede conecta-se à internet e é bastante usado tanto em ambientes residenciais quanto em empresas e em lugares públicos.

    WMAN – Rede Metropolitana Sem Fio- Esta é a versão sem fio da MAN, com um alcance de dezenas de quilômetros, sendo possível conectar redes de escritórios de uma mesma empresa ou de campus de universidades.

    WWAN – Rede de Longa Distância Sem Fio - Com um alcance ainda maior, a WWAN, ou Rede de Longa Distância Sem Fio, alcança diversas partes do mundo. Justamente por isso, a WWAN está mais sujeita a ruídos.

    SAN – Rede de Área de Armazenamento (nunca tinha lido sobre)

    As SANs, ou Redes de Área de Armazenamento, são utilizadas para fazer a comunicação de um servidor e outros computadores, ficando restritas a isso.

    Fonte: https://canaltech.com.br/infra/lan-wlan-man-wan-pan-conheca-os-principais-tipos-de-redes/

  • Na Lan o acesso se dá via cabo, enquanto que na WLan, via Wireless.

  • Assertiva D

    Uma rede de dados fechada (sem acesso à internet) , sem fio e restrita a um único prédio, é denominada:WLAN

  • O W antes de LAN, MAN, WAN, Ex. (WLAN, WMAN, WWAN ) significa que é uma rede Wireless.

  • ü PAN = REDE PESSOAL.

    ü LAN = REDE LOCAL

    ü MAN = REDE METROPOLITANA

    ü WLAN = REDE DE ALCANCE MUNDIAL, GLOBAL.

  • ü PAN = REDE PESSOAL.

    ü LAN = REDE LOCAL

    ü MAN = REDE METROPOLITANA

    ü WLAN = REDE DE ALCANCE MUNDIAL, GLOBAL.

  • Os temos LAN e WAN são comumente encontrados nas telas de configurações de . O termo LAN se refere à configuração da rede local provida pelo roteador enquanto WAN se refere à configuração da rede externa, da internet, que não faz parte da rede interna.

    LAN é Local Área Network. Este termo geralmente se refere a redes de computadores restritas a um local físico definido como uma casa, escritório ou empresa em um mesmo prédio. Uma rede sem fio de uma empresa também faz parte da LAN. O que realmente limita a rede LAN é uma faixa de IP restrita à mesma, com uma máscara de rede comum.

    WAN é Wide Área Network. Significa uma rede que cobre uma área física maior, como o campus de uma universidade, uma cidade, um estado ou mesmo um país. É usado freqüentemente nas configurações dos roteadores para se referir à rede externa à empresa, que não é considerada parte da LAN, como foi dito acima. WAN também é usado para se referir à rede da internet em geral, apesar desta ser uma designação genérica demais. As redes WAN se tornaram necessárias pois grandes empresas com milhares de computadores precisavam trafegar grande quantidade de informações entre filiais em diferentes localidades geográficas. Este nova demanda não podia ser satisfeita dentro das capacidades de uma rede LAN e novos protocolos para atender aos exigências de velocidade e qualidade das redes WAN foram criados.

  • LAN= UTILIZADO EM CAS, PRÉDIOS, (PERÍMETRO CURTO)

    WLAN= LAN COM INTERNET SEM FIO

    GABARITO: D

  • WAN: WORLD AREA NETWORK (Conecta continentes)

    MAN: METROPOLITAN AREA NETWORK (Conecta grandes area metropolitanas)

    LAN: LOCAL AREA NETWORK (Conecta pequena área. Ex: a internet de sua casa)

    PAN: PERSONAL AREA NETWORK (Conecta curto espaço. Ex: conexão bluethooth)

  • Gabarito D

    LAN: com fio

    Wireles LAN: sem fio

    "Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço" 

  • PARA NÃO ERRAR NUNCA MAIS:

    PAN- PERTO

    LAN - LONGE

    MAN - MUITO LONGE

    WAN: NO MUNDO, POR TUDO

  • Nunca mais esqueço!

  • Uma rede de dados fechada (sem acesso à internet) , sem fio e restrita a um único prédio

    WLAN

  • só acrescentando !

    Existem também as VLAN's, são LAN's distribuidas ou divididas em vários pontos de um determinado prédio. são chamadas de redes Lan's virtuais.

  • Fiquei na dúvida da expressão "sem acesso à internet"

  • PAN - Rede pessoal

    LAN - Rede Residencial (Intranet)

    MAN - Rede Metropolitana

    WAN - Rede Global (Internet), (Extranet)

  • PARA NÃO ERRAR NUNCA MAIS:

    PAN- PERTO

    LAN - LONGE

    MAN - MUITO LONGE

    WAN: WORLD > MUNDO Já treina o inglês, pravavelmente virá em outros conc.


ID
3411679
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Durante uma edição, em MS Word, voce deseja sublinhar uma palavra, utilizando-se do item “Início” da barra de ferramentas. Qual atitude a tomar ?

Alternativas
Comentários
  • Gaba: Letra C

    N: Negrito

    I: Itálico

    S: Sublinado

  • a) aplica itálico ao texto selecionado.

    b) apaga o texto selecionado.

    c) aplica sublinhado ao texto selecionado.

    d) aplica subscrito ao texto selecionado.

    e) aplica negrito ao texto selecionado.

  • Assertiva C

    C

    Seleciona a palavra e clica no S na barra de ferramentas

  • Ou se vc pode fazer isso por meio do Ctrl + S.

    Não esquecer: No Wirter= Ctrl = U.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • 1. CTRL+N: aplicar negrito ao texto selecionado

    2. CTRL+I: aplicar itálico ao texto selecionado

    3. CTRL+S: aplicar sublinhar ao texto selecionado

    fonte: techtudo

    GAB - C

  • Em regra, não precisa selecionar a palavra para colocá-la em negrito, sublinhado, etc.

    Basta deixar o cursor sobre ela. No entanto, não está errado selecionar a palavra também, já que fará a mesma coisa.

  • A questão aborda conhecimentos acerca da identificação dos ícones de comandos e uso dos atalhos de teclado no Word, mais especificamente quanto à forma de se aplicar o efeito itálico no texto.

     

    A)   Incorreta – O ícone da letra “I” levemente inclinada à direita representa o comando “Itálico”, ut­­­­­­ilizado para aplicar o efeito itálico ao texto.

    B)      Incorreta – ­Não há função para a combinação CTRL + _.

    C)      Correta – O ícone da letra “S”, na barra de ferramentas, representa o comando “Sublinhado”, que é utilizado para aplicar o efeito sublinhado no texto.

    D)      Incorreta – O atalho CTRL + = tem como função aplicar o efeito “subscrito”, que deixa o tamanho da fonte pequena e abaixo da linha de base do texto.

    E)      Incorreta - O ícone da letra “N”, na barra de ferramentas, representa o comando “negrito”, que é utilizado para aplicar o efeito negrito no texto.

     

    Gabarito – Alternativa C.


ID
3411682
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Observe o texto.


“Seringueiros: Dediquei todas as energias a essa luta. Precisamos de mais extração desse produto, pois é sobre ele que se encontra a guerra moderna, pois são grandes os equipamentos que necessitam da goma elástica, produzidos sem repouso, colhendo o látex abundante das seringueiras do Vale Amazônico. Nas guerras modernas não fazem parte somente os soldados que estão nos campos de batalha, mas toda a nação: homens e mulheres, velhos e crianças. Vos, desbravadores da Amazônia, sois os mais importantes soldados. Unidos veremos sibilar a bandeira do Brasil”.

(adaptação Jornal O Acre n. 742 de 20.05.43- Rio Branco-Acre.)


Em decorrência do envolvimento do Brasil na II Guerra Mundial em 1942, o governo brasileiro passou a incentivar a população brasileira para se engajar no movimento migratório rumo à região amazônica, que ficou conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • correntes migratórias para Amazônia, foi chamada de "Batalha da Borracha" criada pelo governo Vargas em 1943, que tinha como objetivo recrutar homens de todas as regiões para o corte da seringa. Migrantes que, na maioria, vieram da região Nordeste, sem, todavia, terem migrado em conseqüência das secas, pois muitos deles trabalhavam nas cidades já exercendo alguma profissão, não tendo nenhuma ligação com a terra.

  • Nunca tinha ouvido falar desse movimento. Mas acertei no raciocínio:

    - Guerra dos Tamoios: única que conhecia. Ocorreu por volta de 1560 a 1570, se não me engano, envolveu franceses e indígenas de um lado e portugueses do outro. Nada a ver com o enunciado.

    - Guerra da Lagosta: não faz o menor sentido, seria muita imaginação dar um nome desses a esse movimento.

    - Revolta Mineira de 1935: também não faz muito sentido. Mas até poderia ser... A dúvida maior fica com a D.

    Mas aí analisamos: trata-se de um movimento incentivado pelo governo varguista em pleno Estado Novo. "Revolta" e "Levante" são termos muito próprios de movimentos sociais de oposição ou mesmo revolução. Por sua vez, "Batalha" é um termo utilizado justamente no meio militar, próximo da ideologia varguista e do contexto de guerra mundial.

    Reparem que o próprio trecho nos traz indicativo nesse sentido: "Nas guerras modernas não fazem parte somente os soldados que estão nos campos de batalha, mas toda a nação". Isto é, os seringueiros também estariam lutando sua batalha pelo país ao trabalhar na extração de látex.

    Gab: A

  • gabarito letra A

    Batalha da borracha: 1942-1945

    O período da Batalha da Borracha, alguns também chamam este período de Segundo Ciclo da Borracha, no período de 1942 a 1945 no contexto da Segunda Guerra Mundial,quando a Amazônia teve novamente, embora por pouco tempo, um aumento na procura e produção da borracha financiado pelos Estados Unidos. Quando as forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% da produção da borracha asiática.

    bons estudos

  • Soldados da Borracha foi o nome dados aos brasileiros que entre 1943 e 1945 foram alistados e transportados para a Amazônia pelo Semta, com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos da América na II Guerra Mundial. Estes foram os peões do Segundo Ciclo da Borracha e da expansão demográfica da Amazônia..


ID
3411685
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A economia do estado de Rondônia tem como principais atividades:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO-A

    NO ENTANTO, SE FOSSE OLHAR NA ATUALIDADE, ESSA QUESTÃO SERIA ANULADA, POIS A MINERAÇÃO NÃO PREDOMINA MAIS NO ESTADO DE RONDÔNIA

  • Claro que o minério predomina em Rondônia nos dias atuais, seus comentários são subjetivos. Isso prejudica os candidatos.

    http://www.rondonia.ro.gov.br/usina-de-calcario-produz-400-mil-toneladas-de-minerio-por-ano-em-rondonia/

  • JAIRO RODRIGO ( VOCÊ ESTA EM TODAS AS QUESTÕES EM KKKKKKK)

  • Pegaram as informações de baseado em referências de 2010.

    https://www.infoescola.com/economia/economia-de-rondonia/

    A questão seria facilmente anulada.

    A composição do PIB de Rondônia é a seguinte:

    Agropecuária: 20,4%.

    Indústria: 14,6%.

    Serviços: 65%.

    https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-rondonia.htm


ID
3411688
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A vegetação típica e predominante no estado de Rondônia, bem como nos outros estados que compõem a região Norte, é denominada (o):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -D

    CUIDADO, POIS PERGUNTOU A VEGETAÇÃO, SENDO ASSIM É FLORESTA AMAZÔNICA, SE TIVESSE PERGUNTADO O CLIMA SERIA CERRADO

  • clima prenominante na nossa região é equatorial

    O clima de Rondônia é equatorial, como em toda região úmida da

    Amazônia, garantindo chuvas e umidade em qualquer estação no ano.

    e a FLORESTA de fato é amazônica, na região norte.

    fonte: estratégia concursos.

    seu comentário está equivocado deyvid

  • Até porque não existe o termo "clima cerrado", e sim Clima Tropical, Subtropical, Equatorial, etc.


ID
3411691
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

De acordo com publicação do G1 em 29 de agosto de 2018, no estado de Rondônia o município mais populoso e o menos populoso eram (e são ainda hoje), respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • link da notícia

  • gabarito d)

    Mais populoso - Porto Velho

    Menos populoso - Pimenteira do Oeste

  • Pimenteiras do Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia. 

    6.015 km²

    185 m

    2.148 (2020)

    2 191 hab

    610 km

    Valéria Aparecida Marcelino Garcia (, 2021 – 2024)

    27 de dezembro


ID
3411697
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O princípio administrativo constitucional que determina que a Administração deve conceder igualdade de tratamento aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica, voltando-se a Administração exclusivamente para o interesse público, é o princípio da(o):

Alternativas
Comentários
  • Letra: B.

    Tratar todos os administrados de forma impessoal.

  • barbaridade.rs

  • BOA #MARCIEL

  • Barbaridade, TCHÊ!!!!!

  • O Princípio da Impessoalidade que pode também ser interpretado como Principio da ISONOMIA / IGUALDADE versa que o tratamento deve ser igual; só pode dar tratamento diferenciado quando houver fundamento para isso.

    FONTE: RESUMO PROF: HERBERT ALMEIDA DO ESTRATÉGIA CURSOS

  • Princípio da Impessoalidade.

    Podemos analisar o princípio da impessoalidade, como desdobramento do princípio da igualdade (, artigo , ), no qual se estabelece que o administrador público deve objetivar o interesse público, sendo, em consequência, inadmitido tratamento privilegiado aos inimigos, não devendo imperar na Administração Pública a vigência do dito popular de que aos inimigos ofertaremos a lei e aos amigos as benesses da lei.

  • o   Gabarito: B.

    .

    Impessoalidade

    o   Determina que a Administração Pública deve ser impessoal, havendo separação completa entre a pessoa que ocupa o cargo público e o agente público que essa pessoa representa, sendo a ADMP exercida com imparcialidade.

    o   Validade dos atos: como decorrência da separação mencionada, consideram-se válidos os atos praticados por um agente público, no exercício de suas atribuições, após a saída de seu cargo, posto que o importante não é a pessoa que exerce a função, mas se o agente, à época, possuía competência para produzi-los.

    o   Representa acima de tudo a busca pela finalidade pública e a vedação à promoção pessoal, abrangendo também o tratamento isonômico aos administrados, a proibição de utilização da posição pública para lograr proveito pessoal e a necessidade de declaração de impedimento ou suspeição de autoridade que não possua condições de julgar de forma igualitária. Desta forma, subdivide-se em 2 outros princípios:

    -  Princípio da Finalidade: é referente à Administração Pública consigo mesma, e determina que todas as ações da Administração Pública devam ser revestidas de finalidade pública.

    -  Princípio da Proibição da Promoção Pessoal: diz respeito à relação entre a Administração Pública e seus administrados, prevendo a vedação, estudada em Constitucional e constante no art. 37, §1º, à promoção pessoal do agente público às custas da Administração, por meio da publicidade oficial destinada a programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.

  • Princípio da BARBARIDADE hahahahahaha

  • GABARITO: LETRA B

    PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:

    → Isonomia: tratar igualmente a todos os que estejam na mesma situação fática e jurídica.

    → Finalidade: administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente ou de terceiros.

    → Vedação à promoção pessoal: proibir a vinculação de atividades da administração à pessoa dos administradores, evitando que estes utilizem a propaganda oficial para sua promoção pessoal.

    FONTE: MEIRELLES, Hely Lopes, et. al. Direito administrativo brasileiro. 42ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2016.

  • GABARITO: B

    PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:

    > Se desdobra em outros 4 princípios/sentidos:

    > Princípio da finalidade - todos atos da administração devem ser praticados visando à satisfação do interesse público.

    Princípio da igualdade ou isonomia - a administração deve atender todos administrados sem discriminações. Não se pode favorecer pessoas ou se utilizar de perseguições indevidas.

    > Vedação de promoção pessoal - não pode haver promoção pessoal do agente público.

    > Impedimento e suspeição - afasta as pessoas que não possuem condições de aplicar a lei de forma imparcial.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • errei, fui de barbaridade e se dei mal

  • A questão indicada está relacionada com os princípios da Administração Pública.

    Vejamos o diploma constitucional requerido:

    A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (art. 37).

    Para guardar esses princípios, utilize o mnemônico L I M P E:

    Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 

    O enunciado da questão diz “O princípio administrativo constitucional que determina que a Administração deve conceder igualdade de tratamento aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica, voltando-se a Administração exclusivamente para o interesse público...”.

    O enunciado sobredito amolda-se ao princípio da impessoalidade. Endossando esse entendimento, conforme exposto por Marinela (2015) "o princípio da impessoalidade estabelece que a atuação do agente público deve basear-se na ausência de subjetividade, ficando esse impedido de considerar quaisquer inclinações e interesses pessoais, próprios ou de terceiros".

    Assim, concluímos que a alternativa correta é a “B”.

    Vamos a analise das demais alternativas:

    A) Não condiz com o enunciado, tendo em vista que "O princípio da publicidade nada mais é do que a divulgação, tendo como finalidade o conhecimento público" (MARINELA, 2015).

    C) Temos, no art. 37 da CF88, o princípio da legalidade, não ilegalidade.

    D) Não é um dos princípios arrolados no art. 37 da CF 88.

    E) Não é um dos princípios arrolados no art. 37 da CF 88.

    Gabarito da questão: B.

    CRFB/88

    MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 

  • Barbaridade e Racionalidade... rs desconheço!


ID
3411700
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

O servidor público X, integrante do Poder Executivo Municipal, deixou diversas pessoas à espera de solução para um problema que compete a ele próprio resolver, já que exerce suas funções no setor específico para a resolução daquele problema. Como consequência, formaram-se longas filas, ficando atrasada a prestação do serviço. Diante dessa situação, é certo que o servidor X demonstrou:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    Das Regras Deontológicas

    X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

    DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

  • GABARITO: LETRA A

    CAPÍTULO I

    Seção I

    Das Regras Deontológicas

    X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

    FONTE: DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.

  • A CESPE ama por questões como essa seja em certo-errado ou múltipla escolha e também em níveis médios e superiores.

    Dica; falou em servidor deixar o cidadão a espera, ele está cometendo dano moral ao cidadão


ID
3411703
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Na hipótese de o agente público praticar ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito, estará sujeito, dentre outras, à penalidade de:

Alternativas
Comentários
  • Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:        

    I - na hipótese do art. 9°(enriquecimento ilícito), perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

    II - na hipótese do art. 10(causa lesão ao erário), ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

    III - na hipótese do art. 11(atenta contra os príncípios), ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

    IV - na hipótese prevista no art. 10-A[concessão indevida de benefício financeiro ou tributário], perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 

     

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm

    *https://drive.google.com/file/d/1UbljBYjL2F7iH85OHAdVDV3GdCHfv8po/view esquematizada página 33

  • A) pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração recebida pelo agente.

    Essa multa de até cem x da remuneração é para atos de Improbidade contra princípios.

    B) pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano.

    Multa de até 2x é para atos que causem prejuízo ao erário

    C) suspensão dos direitos políticos de dois a quatro anos.

    Não há esse prazo de suspensão de direitos políticos na LIA. No enriquecimento ilícito é de 8 a 10 anos; Prejuizo ao erário 5 a oito anos; contra princípios de 3 a 5 anos e no caso de aplicação ou concessão indevida de benefício financeiro ou tributário é de 05 a oito anos.

    D) suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos. :

    Na hipótese de enriquecimento ilícito suspende-se de 8 a 10 anos.

    E) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

    É o que consta no artigo 12, I. LIA

  • Enriquecimento ilícito.

    Multa 3x.

    Suspensão 8 a 10.

    Proibição contratar 10

  • As sanções para os atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito estão previstas no art. 12, I, da Lei 8.429/92. Vejamos:

    Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:       

    I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;


    A partir da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se que a alternativa E está correta.

    Gabarito do Professor: E
  • No enriquecimento ilícito é aplicado as penalidades mais graves:

    Multa civil 3x o valor do enriquecimento

    Proibição de contratar: 10 anos

    Suspensão dos direitos políticos 8 a 10 anos

    Perda da função pública

    Transfere-se aos herdeiros até o limite da herança

    DOLO ESPECÍFICO

    Somente AÇÃO

  • GABARITO: LETRA E

    COMPLEMENTANDO:

    ✓ Enriquecimento ilícito:

      ⮩ Conduta dolosa.

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Deve perder os bens ilícitos.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos.

      ⮩ Multa de até 3X o valor do acréscimo patrimonial.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 10 anos.

     

    ✓ Prejuízo ao erário:

      ⮩ Conduta dolosa ou culposa.

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Pode perder os bens ilícitos.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

      ⮩ Multa de até 2X o valor do dano.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos.

     

    ✓ Atentam contra os princípios administração da Administração Pública:

      ⮩ Conduta dolosa.   

      ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos.

      ⮩ Multa de até 100X a remuneração do agente.

      ⮩ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 3 anos.

     

    Concessão ou Aplicação Indevida de BFT (Benefício Financeiro ou Tributário) (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016):  

      ⮩ Conduta dolosa (http://www.conjur.com.br/2017-jan-04/lei-cria-tipo-improbidade-administrativa-relacionado-issn).

       ⮩ Perda da função pública.

      ⮩ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

      ⮩ Multa de até 3X o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.

    FONTE: Esquema elaborado pelo usuário HeiDePassar

  • A) INCORRETA. Esta penalidade se dá no caso de atos que atentam contra os princípios da Administração Pública.

     

    Art. 12, III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

     

    B) INCORRETA. Esta penalidade se dá no caso de atos de improbidade que causam prejuízo ao erário.

     

    Art. 12, II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

     

    C) INCORRETA. Não existe suspensão de direitos políticos por 2 a 4 anos na Lei de Improbidade.

     

    D) INCORRETA. Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos se configura no caso de atos que atentam contra os princípios da Administração Pública.

     

    Art. 12, III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

     

    E) CORRETA. Enriquecimento ilícito enseja a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, conforme art. 12, I.

     

    Art. 12, I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

  • Consequências

    Art.12, I- na hipóteses do enriquecimento ilícito, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, pagamento de multa civil até 3x o valor do acréscimo patrimonial , proibição de contratar e receber outros benefícios do poder público pelo prazo de 10anos

    Art.12, II- Na lesão ao erário ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente

    ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos, pagamento de multa civil até 2x o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 Anos

    Art.12, III - na hipótese do princípio da administração pública ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão do direito político de 3 a 5 anos e multa até100x da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos.

    .....


ID
3411706
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O funcionário público que revela fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, pode ser processado pela prática do crime de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Violação de sigilo funcional

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

  • (D)

    Outra igual que ajuda a responder:

    Pedro, psicólogo do CRP de Natal, contou a alguém fato de que tinha ciência em razão de seu cargo e que devia permanecer em segredo, o que resultou em dano à Administração Pública.

    Com base nesse caso hipotético, a conduta de Pedro poderá ser tipificada como

    (A)advocacia administrativa.

    (B)violação de sigilo funcional.

    (C)desobediência.

    (D)tráfico de influência.

    (E)favorecimento pessoal.

  • Só complementando: Leciona Damásio E. de Jesus:

     “Delito próprio, só pode ser cometido por funcionário público. Se, ao tempo do fato, já estava demitido, inexiste o crime. Quanto ao aposentado ou posto em disponibilidade, pode ser sujeito ativo, uma vez que continua a ser funcionário. Apesar de inativo, frui vantagens do cargo e não fica desvinculado totalmente das obrigações que a lei lhe impõe”.

  • Principais crimes contra a Administração Pública e suas palavras chave.

    PECULATO APROPRIAÇÃO Apropriar-se de algo que tenha a posse em razão do cargo

    PECULATO DESVIO Desviar em proveito próprio ou de 3o

    PECULATO FURTO Subtrair ou concorrer valendo-se do cargo

    PECULATO CULPOSO Concorre culposamente

    PECULATO ESTELIONATO Recebeu por erro de 3o

    PECULATO ELETRÔNICO Insere/ facilita a inserção de dado falso OU altera/ exclui dado verdadeiro

    CONCUSSÃO Exigir vantagem indevida em razão da função 

    EXCESSO DE EXAÇÃO Exigir tributo indevido de forma vexatória 

    CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA Exigir vantagem indevida para não lançar ou cobrar tributo ou cobrá-lo parcialmente

    CORRUPÇÃO PASSIVA Solicitar/ receber/ aceitar vantagem ou promessa de vantagem

    CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA Deixar de praticar ato de oficio cedendo a pedido de 3o

    PREVARICAÇÃO Retardar ou não praticar ato de oficio por interesse pessoal 

    PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA Diretor de penitenciária ou agente dolosamente não impede o acesso a celulares e rádios CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Não pune subordinado por indulgência

    ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Patrocina interesse privado em detrimento do interesse público

    TRÁFICO DE INFLUENCIA Solicitar vantagem para influir em ato de funcionário público 

    CORRUPÇÃO ATIVA Oferece/ promete vantagem indevida

    DESCAMINHO Não paga o imposto devido

    CONTRABANDO Importa/ exporta mercadoria proibida

    DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA Imputa falso a quem sabe ser inocente

    FRAUDE PROCESSUAL Cria provas falsas para induzir o juiz a erro

    FAVORECIMENTO PESSOAL Guarda a pessoa que cometeu o crime

    FAVORECIMENTO REAL Guarda o produto do crime por ter relação (afeto, parentesco, amizade) com o autor do fato. FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO Particular que entra com aparelho telefônico em presídio

    EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO Influir em decisão de judicial ou de quem tem a competência 

    FONTE: Adelante91

  • GABARITO D

    Violação de sigilo funcional

           Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

           Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

           § 1 Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 

           I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;

           II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 

           § 2 Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: 

           Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

  • Violação de sigilo funcional

           Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

           Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

  • Não esqueça de uma diferença elementar entre o crime de violação de segredo x Violação de sigilo. Na violação de sigilo o funcionário sabe de informações em razão do seu cargo se não for em razão do seu cargo , leia-se ; sabe através de terceiros e divulga= Violação de segredo .

    Ex: Policial que trabalha no setor de inteligência divulga informações sobre as operações da polícia _ Violação de sigilo.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A conduta descrita no enunciado da questão subsome-se ao tipo penal que prescreve o crime de violação de sigilo funcional, nos termos do artigo 325, do Código Penal, que conta com a seguinte redação. Vejamos: "revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação". Assim, do cotejo entre o dispositivo narrado e os crimes descritos na questão, conclui-se que a alternativa correta é a constante do item (D).
    Gabarito do professor: (D)
  • O examinador deveria ter colocado entre as alternativas a Violação de segredo profissional pra dar uma complicadinha.

  • GABARITO: D

    Violação de sigilo funcional: Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação (art. 325 do CP).

  • #PMMINAS


ID
3411709
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento. No entanto, sobre o tema é importante ressaltar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: alternativa a

     

    Art. 5°, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

     

    Alternativa b - decisão juldicial transitada em julgado

    Alternativa c - Não pode ter associação de caráter paramilitar

    Alternativa d - homens e mulheres são iguais perante a lei

    Alternativa e - está errada porque restringiu a tortura e o tratamento degradante a humanos

    Art. 5°, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

  • Acredito que a letra E esteja errada porque a questão pede algo relacionado ao tema associação, portanto a única que se encaixa é a letra A.

  • o   Gabarito: A.

    .

    A: CORRETA: Art. 5º. XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    B: ERRADA: Art. 5º. XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

    C: ERRADA: Art. 5º. XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    D: ERRADA: Art. 5º. I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

    E: ERRADA: no meu entendimento, o erro é por não se tratar do tema "associações".

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    FONTE: CF 1988

  • GABARITO A

    De acordo com a Constituição Federal, a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento. No entanto, sobre o tema é importante ressaltar que:

    Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

  • XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

    XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

    Associações

    *compulsoriamente dissolvidas (decisão judicial) trânsito em julgado

    *atividades suspensas(decisão judicial)

    XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

  • homens e mulheres não são iguais perante a lei, cabendo a cada gênero um papel social pré-definido.

    I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

  • ART 5*,NINGUEM PODERA SER COMPELIDO A ASSOCIAR-SE OU A PERMANECER ASSOCIADO

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre os Direitos e Garantias Fundamentais, preconizados na Constituição Federal de 1988 (CF 88).

    Passemos a analise das afirmativas:

    A) CORRETA. 

    Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado (art. 5º, XX, CF/88).

    A alternativa reproduz os exatos termos do diploma constitucional. Cuidado: o examinador sempre irá criar uma situação e dizer que nela será possível alguém ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. Não caia nessa!

    B) INCORRETA. 

    As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado (art. 5º, XIX, CF/88).

    Alternativa errada, a decisão é no âmbito judicial.

    CUIDADO: as bancas adoram dizer “exigindo-se, em ambos os casos, o trânsito em julgado”. Isso chove em questões.

    ESQUEMATIZANDO:

    DISSOLUÇÃO >>>Decisão judicial definitiva (transitada em julgado).

    SUSPENSÃO >>> Decisão judicial recorrível.

    C) INCORRETA. 

    É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (art. 5º, XXII, CF/88).

    Alternativa se equivoca ao dizer que a liberdade de associação é plena, mesmo para associação de caráter paramilitar.

    D) INCORRETA. 

    Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição (art. 5º, I, CF/88).

    Alternativa equivocada, sendo incompatível com os Direitos e Garantias Fundamentais da CF 88.

    E) INCORRETA. 

    Alternativa dissonante do exigido no enunciado (embora esteja certa).

    Fonte: CF 88.

    GABARITO DA QUESTÃO: A.

  • Art. 5º:

    XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

  • art. 5°

    (...)

    XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    c) é livre a manifestação do pensamento, sendo permitido, em regra, o anonimato, como forma de proteção à pessoa humana.

  • art. 5°

    (...)

    XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    c) é livre a manifestação do pensamento, sendo permitido, em regra, o anonimato, como forma de proteção à pessoa humana.

  • QC DIZ: As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado (art. 5º, XIX, CF/88).

    Alternativa errada, a decisão é no âmbito judicial.

    CUIDADO: as bancas adoram dizer “exigindo-se, em ambos os casos, o trânsito em julgado”. Isso chove em questões.

    ESQUEMATIZANDO:

    DISSOLUÇÃO >>>Decisão judicial definitiva (transitada em julgado).

    SUSPENSÃO >>> Decisão judicial recorrível.

  • "sobre o tema é importante ressaltar que."

  • Nosso gabarito encontra-se na alternativa ‘a’, que reproduz, na íntegra, o disposto no art. 5º, XX, CF/88. Quanto às demais assertivas, vejamos o porquê de estarem incorretas:

    - letra ‘b’: “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado” – art. 5º, XIX, CF/88;

    - letra ‘c’: “é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar” – art. 5º, XVII, CF/88;

    - letra ‘d’: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição” – art. 5º, I, CF/88;

    - letra ‘e’: “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” – art. 5º, III, CF/88.


ID
3411712
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Suponha que o Município deseje contratar o serviço técnico profissional de auditoria tributária, com o fim de aprimorar a cobrança dos tributos municipais. O referido serviço tem natureza singular e deverá ser prestado por profissionais ou empresas de notória especialização. Diante dessa hipótese, é correto afirmar que a licitação é:

Alternativas
Comentários
  • Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2018/11/19183440/Lei-8666-atualizada-e-esquematizada2.pdf

  • Art.25 - Licitação inexigível (inviabilidade de competição)

    I - Fornecedor exclusivo;

    II - Profissional de notória especialização;

    III - Artista consagrado.

  • Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

  • Gab: D

    Lei 8.666/93

    Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    Art. 13.  Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

    III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; 

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

    FONTE: LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.  

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

  • GABARITO: D

    Inexigibilidade de licitação: FAS

    Fornecedor exclusivo

    Atividades artísticas

    Serviços técnicos especializados

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993.

    Observa-se que apesar de a regra geral que disciplina as contratações públicas possuir como premissa a exigência da realização de licitação para a obtenção de bens e para a execução de serviços e obras, há, na própria Lei de Licitações exceções.

    Na licitação dispensável, rol taxativo presente no art. 24 da Lei 8.666/93, há para o administrador uma faculdade, que poderá realizar o processo licitatório ou não, dependendo das particularidades do caso concreto (ato discricionário).

    A licitação dispensada, rol taxativo presente no art. 17 da Lei 8.666/93, por sua vez, está relacionada às alienações de bens públicos tanto móveis quanto imóveis, não cabendo ao administrador nenhum tipo de juízo de valor, pois há na lei uma imposição (ato vinculado) da contratação direta.

    Por fim, a inexigibilidade de licitação, rol exemplificativo presente no art. 25 da Lei 8.666/93, faz referência aos casos em que o administrador também não tem a faculdade para licitar, porém, aqui o motivo é a ausência/inviabilidade de competição em relação ao objeto a ser contratado, condição indispensável para um procedimento licitatório. Tornando, assim, a licitação impossível.

    Agora, vejamos:

    Art. 25, Lei 8.666/93. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação.

    Art. 13, Lei 8.112/90. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

    III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias.

    Dito isso:

    A. ERRADO. Obrigatória e será na modalidade concorrência.

    Trata-se de licitação inexigível, conforme art. 25, II, Lei 8.666/93.

    B. ERRADO. Obrigatória e será na modalidade tomada de preços.

    Trata-se de licitação inexigível, conforme art. 25, II, Lei 8.666/93.

    C. ERRADO. Obrigatória e será na modalidade convite.

    Trata-se de licitação inexigível, conforme art. 25, II, Lei 8.666/93.

    D. CERTO. Inexigível.

    Trata-se de licitação inexigível, conforme art. 25, II, Lei 8.666/93.

    E. ERRRADO. Dispensável.

    Trata-se de licitação inexigível, conforme art. 25, II, Lei 8.666/93.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Seguinte, como a calçada tem 1,2m de largura em toda sua extensão, ficaria em cada lado do retangulo 2 pedaços da calçada de largura 1,2m = 2 * 1,2


ID
3411715
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

São penalidades disciplinares, aplicáveis ao servidor público faltoso, previstas no Estatuto do Servidor Público do Município de Vilhena:

Alternativas

ID
3411718
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo o Estatuto do Servidor Público do Município de Vilhena, a autoridade que tiver ciência de irregularidades no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante:

Alternativas

ID
3411721
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

São representantes dos poderes Executivo e Legislativo municipais, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Município não tem Judiciário.

  • Gabarito: A

    Prefeitos e vereadores!

  • Ignorem o comentário do Rick Concurseiro.

    NUNCA desistam! Perseverança sempre! Vocês vão conseguir vencer essa batalha.

  • LEMBRANDO QUE É RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, E NÃO DO PREFEITO, TER O LIMITE DE 70% DE SUA RECEITA, INCLUINDO NESSA O GASTO COM O SUBSÍDIO DE SEUS VEREADORES, CONSTITUINDO CRIME DE RESPONSABILIDADE CASO CONTRÁRIO.

    FORÇA E HONRA!

  • município não possui poder judiciário.

  • Mal formulada, quem representa o Legislativo municipal são os vereadores e não a Câmara de vereadores.

  • O rick calado é um poeta, portanto, ignorem aquilo que não impulsiona sua aprovação.

  • Letra A.

    No âmbito estadual:

    Poder Executivo: Governador e Vice

    Poder Legislativo: Deputados Estaduais (Assembleia Legislativa)

    Poder Judiciário: TJ

    No âmbito municipal:

    Poder Executivo: Prefeito e Vice

    Poder Legislativo: Vereadores (Câmara dos Vereadores)

    Município não possui Poder Judiciário.

  • A questão exige conhecimento sobre organização do Município e pede ao candidato que responda, respectivamente, quem são os representantes dos Poderes Executivo e Legislativo municipais. Vejamos:

    a) Prefeito e Câmara de Vereadores.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. O Prefeito exerce o Poder Executivo municipal e os Vereadores o Poder Legislativo municipal.

    b) Prefeito e Câmara dos Deputados.

    Errado. A Câmara dos Deputados junto do Senado Federal compõe o Congresso Nacional que exerce o Poder Legislativo, em âmbito federal,  nos termos do art. 44, CF: Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    c) Presidente da República e Câmara de Vereadores.

    Errado. O Presidente da República exerce o Poder Executivo em âmbito federal. Aplicação do art. 76, CF: Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

    d) Governador e Assembleia Legislativa.

    Errado. O Governado exerce o Poder Executivo em âmbito estadual. A Assembleia Legislativa exerce o Poder Legislativo em âmbito estadual.

    e) Governador e Congresso Nacional.

    Errado. O Governado exerce o Poder Executivo em âmbito estadual. O Congresso Nacional exerce o Poder Legislativo em âmbito federal, nos termos do art. 44, CF: Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Gabarito: A


ID
3411724
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Vilhena, o Código Tributário do Município e o Estatuto dos Servidores Municipais são necessariamente:

Alternativas

ID
3411727
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em um solo, a relação entre o peso das partículas sólidas e o seu volume total é denominada peso específico:

Alternativas
Comentários
  • Peso específico das partículas sólidas (ou dos grãos): é uma característica dos sólidos e é calculado pela relação entre o peso das partículas sólidas (não considerando-se o peso da água) pelo volume ocupado pelas partículas sólidas (sem a consideração do volume ocupado pelos vazios do solo).

  • Peso específico aparente seco

  • Eu conheço essa relação como "peso específico aparente", ou seja, Ms/Vt

    Caberia recurso, não???


ID
3411730
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A umidade correspondente ao volume de água necessário para preencher os vazios do solo quando seco ao ar define a propriedade do solo denominada limite de:

Alternativas
Comentários
  • A.

    Plasticidade é a propriedade de um corpo mudar de forma de modo irreversível, ao ser submetido a uma tensão.

     

  • Limite de Contração (LC): é o valor de umidade no qual o solo passa do estado semi-sólido para o estado sólido. Ou seja, é o teor no qual qualquer perda de umidade não provocará uma diminuição de volume


ID
3411733
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Com relação à segurança das fundações, os estados-limite que correspondem à situações em que a estrutura deixa de satisfazer requisitos funcionais ou de durabilidade (por exemplo, recalques excessivos), são denominados estados-limite:

Alternativas
Comentários
  • ELS - DURABILIDADE, APARÊNCIA, CONFORTO, BOA UTILIZAÇÃO

    ELU - COLAPSO, RUPTURA

  • Trocar Serviço por Utilização dificultou...

  • Letra d

    NBR 6122:2019 - Projeto e execução de fundações:

    6.2 Estados limites

    O projeto deve assegurar que as fundações apresentem segurança contra:

    a) estados limites Últimos: associados a colapso parcial ou total da obra;

    b) estados limites de serviço: associados a deformações, fissuras e vibrações que comprometem o uso da obra 

    6.2.2.2.1 Limites de serviço a serem considerados

    Devem ser considerados:

    a) recalques excessivos;

    b) levantamentos excessivos decorrentes, por exemplo, de expansão do solo ou outras causas;

    c) vibrações inaceitáveis.

    OBS: nas alternativas, sugem outros nomes associados aos Estados limites que podem ajudar na eliminação

    • Estado Limite Último (Ruptura/Colapso)
    • Estado Limite de Serviço (Utilização)

ID
3411736
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Quanto aos tipos de fundações superficiais, existe um tipo que é um elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares, denominado:

Alternativas
Comentários
  • B.

     Uma sapata é dita associada, quando suporta dois ou mais pilares.

    Baldrame ou viga de fundação, é um tipo comum de fundação para pequenas edificações, considerada um tipo de fundação rasa.

  • Viga de fundação: é um elemento que recebe pilares alinhados, geralmente de concreto armado; pode ter seção transversal tipo bloco, sem armadura transversal, sendo chamada de baldrame.

    Grelha: elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares.

    Fonte: http://redefederal.mec.gov.br/images/pdf/setec_orientacoes_sobre_escolha_de_fundacoes.pdf

  • Importa destacar que o termo "viga de fundação", popular baldrame, não mais aparece na atual NBR 6122, de 2019.

  • importante pessoal...

    NBR 6122 ATUALIZOU E NÃO EXISTE O TERMO "GRELHA"


ID
3411739
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Segundo NBR 6122/2010, recomenda-se que os tubulões devem ser dimensionados de maneira que a base não tenha alturas superiores a:

Alternativas
Comentários
  • 8.2.3.6.1 Dimensionamento da base

    Os tubulões devem ser dimensionados de maneira que as bases não tenham alturas superiores a 1,8 m. Para tubulões a ar comprimido, as bases podem ter alturas de até 3,0 m

  • ● A altura da base do tubulão deve ser de no máximo 1,8 m para tubulões a céu aberto e de no máximo 3 m para tubulões a ar comprimido.

    ●Rodapé = 20 cm

    ●Ângulo Beta maior ou igual a 60


ID
3411742
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No trecho livre, o aço deve estar livre de cimento, ou seja, não deve haver aderência do aço à calda. Para tanto é prática usual se revestir o aço com material que o isole da calda, tal como graxa, tubo ou mangueira de plástico, bandagem de material flexível, etc. Conforme NBR 5629, o tirante não pode ter um trecho livre com comprimento inferior a:

Alternativas
Comentários
  • A.

    https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/tirantes


ID
3411745
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Os esforços calculados a partir da geometria inicial da estrutura, sem deformação, são chamados:

Alternativas
Comentários
  • Efeitos primeira ordem: É simplesmente a análise de uma estrutura em equilíbrio na sua posição inicial, ou seja, sem se deformar

     →Efeitos segunda ordem: são definidos como sendo aqueles que se somam aos efeitos de uma análise de primeira ordem, ocorrendo quando a análise de equilíbrio passa a considerar o corpo já deformado.


ID
3411748
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Na estrutura, a fissuração e fluência do concreto levam a uma não-linearidade (entre ações e deformações) chamada, neste caso, de não-linearidade:

Alternativas
Comentários
  • B.

    A fluência é o aumento de uma deformação com o tempo sob a ação de cargas permanentes; já a retração advém principalmente pela evaporação da água não utilizada nas reações químicas de hidratação do cimento.

  • Gabarito Letra B

    Não-linearidade Física.

    Decorre do fato do material não apresentar uma relação tensão-deformação linear (não segue a lei de Hooke), isto é, o comportamento do material não é elástico linear.


ID
3411751
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para uma sapata sob uma carga N, com uma excentricidade e (distância entre o ponto de aplicação da carga e o centro de gravidade da seção), em uma direção e de pequeno valor, a distribuição de tensões no solo é somente de compressão e tem a forma:

Alternativas
Comentários
  • alguém??

  • No caso de uma sapata carregada excentricamente com uma carga P, as tensões aplicadas ao solo não serão uniformes, variando ao longo da base da sapata. No caso de a carga P estar dentro do núcleo central da base, as tensões aplicadas serão obtidas considerando-se a superposição dos efeitos de uma carga centrada mais um momento, formando portanto uma distribuição trapezoidal das tensões no solo.

    fonte: https://pdfslide.net/documents/106142756-apostila-fundacoes-ii-2010-geralpdf.html]

    @engciv.concurseira


ID
3411754
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Existe um tipo de esforço que é a soma algébrica das projeções das forças atuantes de um dos lados da seção na direção perpendicular ao eixo da estrutura, denominado esforço:

Alternativas
Comentários
  • E.

    Esforço cortante é um esforço que tende a “cisalhar” o objeto, quando se é colocado um esforço e a tendencia é partir sem rotação e/ou curvatura (momento fletor), se dá o nome de esforço cortante.


ID
3411757
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sob carga uniformemente distribuída, o diagrama de momentos fletores é parabólico do 2º grau e o diagrama de esforços cortantes é:

Alternativas
Comentários
  • C.

    Diagrama de esforço cortante

    É um gráfico que relaciona no eixo das ordenadas o a intensidade do esforço cortante, e no eixo das abicissas a distância em relação a um ponto do corpo (normalmente um dos pontos extremos).

     


ID
3411760
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A deformação decorrente de uma carga unitária em uma barra é denominada:

Alternativas
Comentários
  • A flexibilidade da barra é definida como a deformação decorrente de uma carga unitária.

    Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/338/material/apostila_resmatIX%20fuminense.pdf

  • Matriz de Rigidez (K) = Forças associadas a deslocamentos unitários

    Matriz de Flexibilidade (F) = Deslocamentos associados à forças unitárias.


ID
3411763
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Quando uma barra é tracionada, o alongamento axial é acompanhado por uma contração lateral, isto é, a largura da barra torna-se menor e seu comprimento cresce. A relação entre as deformações transversal e longitudinal é constante, dentro da região elástica. Este conceito é denominado relação de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Coeficiente de Poisson (v) à relação entre a deformação transversal relativa e a deformação longitudinal relativa. É uma grandeza sem dimensões.


ID
3411766
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
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Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O maior valor de energia de deformação, por unidade de volume, que pode ser armazenado numa barra, sem exceder o limite de proporcionalidade, é denominado módulo de:

Alternativas
Comentários
  • C.

    Resiliência propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.

  • Resiliência = capacidade do material em absorver energia na região elástica.

    Gabarito: Letra C

  • Resiliência - Capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico, ou, o que é equivalente, a capacidade de restituir energia mecânica absorvida.


ID
3411769
Banca
IBADE
Órgão
SAAE de Vilhena - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A análise das tensões em várias seções transversais da viga apresenta um quadro completo, mostrando como as tensões principais variam. Com estes dados, é possível construir dois sistemas de curvas ortogonais, denominadas:

Alternativas
Comentários
  • http://sketchtoy.com/69397761

    É bastante empregado na análise de solos.

  • Gabarito: letra A

    Comentário do professor Thibério Leitão

    A análise da trajetória das tensões permite identificar como as tensões principais se distribuem ao longo da viga, identificando as linhas de tração e compressão

    Conforme o autor Fusco (Tecnica de armar as estruturas de concreto, 1995):

    A Fig. (2.2-c) ilustra o andamento das trajetórias das tensões principais σI e σII correspondentes à família de planos perpendiculares ao plano de tensão nula, no caso particular de uma viga de seção transversal retangular uniformemente carregada na face superior.

  • O documento abaixo mostra, na figura 4, o sistema de curvas ortogonais que são as trajetórias de tensões para compressão e tração de uma viga.

    https://docplayer.com.br/60792502-Obtencao-de-trajetorias-de-tensoes-em-vigas-de-concreto-armado.html

    OBTENÇÃO DE TRAJETÓRIAS DE TENSÕES EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO

    Bruno Bandeira Brandão et al.