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Prova INSTITUTO AOCP - 2017 - EBSERH - Engenheiro Civil (HRL - UFS)


ID
2363254
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito do texto e o que o envolve.

Alternativas
Comentários
  • a) O autor relaciona as informações do seu texto a outro(s) com o tema “a cultura do estupro”. Ao dizer “Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém [...]”, está tratando da cultura do estupro. Correta!

     

    1º e 2º parágrafo. 

     

    b) A cultura do estupor é a mesma que a cultura da indiferença, mas diferente da cultura do estupro. Errado!!

     

    Na verdade ele diz que QUASE a mesma coisa e ainda trata de outra diferença mais adiante: "A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente..."

     

    c) O autor do texto compara a cultura do estupro e a cultura do estupor para, ao final, chegar à conclusão de que as duas manifestam as mesmas características. Errado!

     

    Ele não conclui que tem as mesmas características. Ainda fala sobre uma semelhança..."Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo."

     

    d) O autor expõe as informações sem, em momento algum, apresentar a sua opinião ou o seu posicionamento. Errado!

     

    Essa é a mais gritante. O tempo todo ele apresenta algumas opiniões.

     

    e) O autor, desacreditado nas políticas públicas do país, trata desse tema: a cultura do estupor. Portanto, acredita que de nada serviu a repercussão e as tantas denúncias em função do crime de estupro coletivo que aconteceu no Rio de Janeiro. Errado!

     

    O autor não está desacretidado de política pública. Observe abaixo.

     

    Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.

     

  • É sério esse texto? Q bosta de banca, vale a pena perder um ponto dela e ganhar no estudo de caso ou nas específicas. Se sobrar tempo, voltar e ler essa bosta.

  • Minha dica para quem vai fazer concurso com a banca AOCP: deixe o texto por último e sempre leia as questões antes.

    Essa banca sempre coloca textos enorme, mas costuma cobrar apenas uma ou duas questões sobre interpretação o resto, na maioria das vezes, é possível resolver sem a leitura do texto.

  • Só de ler o texto, já acabou o tempo de prova

  • só eu que quando cheguei no ultimo paragrafo esqueci o que li no primeiro kkkkkk


ID
2363257
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses a respeito da palavra em destaque.

Alternativas
Comentários
  •  

    GABARITO: B

     

    a) platitude: qualidade do que é uniforme, regular, monótono.; qualidade do que é banal, trivial.

    c) Embasbacado:Que foi surpreendido por (algo ou alguém); que expressa admiração diante de alguma coisa inesperada; pasmado.

    d) Misantropia é a aversão e repulsa aos seres humanos ou à humanidade. 

    e) acachapante: Que não deixa espaço para dúvidas

  • GABARITO B

     

    Negacionismo (do francês négationnisme) é a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Trata-se da recusa em aceitar uma realidade empiricamente verificável, sendo essencialmente uma ação que não possui validação de um evento ou experiência histórica.

     

    Bons estudos.

  • Platitude - trivialidade, banalidade.

    Acachapante - indiscutível, inquestionável, esmagador.

  • A única que me trouxe dúvida foi a tal "Platitude". Apesar de saber bem qual era a alternativa correta. Mas fiquei tentando saber se Platitude era derivada do Platô ou de Platão. Pelo o que pesquisei, é realmente algo derivado de Platô, Plano, puxando já pro monótono, sem alteração, e por ai vai.


ID
2363260
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Em “[...] embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social.”, há, entre as orações, uma relação de

Alternativas
Comentários
  • Principais conjunções subordinativas concessivas:

    embora

    mesmo que

    ainda que

    apesar de

    se bem que

    Gab: D

  • D. Oração subordinativa adverbial concessiva (estabelece oposição/resalva entre orações)

  • CONcessão= CONtrário:

    Embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto que...

  • Dica: gravem as conjuções. as bancas simplesmente as adoram. Gravou, questão acertou!! :)

    subordinativas concessivas:

    embora, aida que, dado que, posto que, apesar de que, mesmo que

    gabarito letra D

    não desistam!! vai da certo!!

    abraços,

  • Concessiva: Indica concessão em relação oração principal, contraste, ideias opostas. 

    Dica: Encaixe embora e a apesar de.

    Gab> D

  • Concessão

       As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. 

    Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções embora, ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

     

    Observe este exemplo: Só irei se ele for.

    A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita.

    Compare agora com: Irei mesmo que ele não vá.

    A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.

    Vale lembrar que a banca AOCP adora as conjunções!

    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint42.php

  • Gab: d

    Bizu!

    concessivas= ideias contrárias. 

  • Gabarito resposta D

    Concessivas: exprimem um obstáculo ao fato expresso na oração principal, porém sem impedi-lo.

    Principais conjunções: embora, se bem que, por mais que, ainda que, mesmo que, conquanto…

    Por mais que falasse, eu não aprendia nada.

    Ainda que chova, iremos ao teatro no próximo domingo.

  • GABARITO D

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

     

  • Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

  • GABARITO: D

  • Embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social.

    Concessiva – introduzem uma oração que expressa ideia contraria a da principal sem no entanto impedir sua realização .

    São elas : AINDA QUE , APESAR DE QUE , EMBOA , MESMO QUE , CONQUANTO , SE BEM QUE , POR MAIS QUE , QUE , POSTO QUE , ETC ,,,

    Ex : Embora fosse tarde , fomos visita-lo ( ação de ser tarde não impede de visita-lo )

    EX Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem . ( ação não impede que outro ocorra )

    Obs : Está no campo semântico da exceção , algo que não se espera .

             É a ação que não impede que a outra ocorra

    Dicas importante : Concessiva verbo vem no subjuntivo , se não tiver no subjuntivo estará errada .

  • Gabarito letra D para os não assinantes.

    Muitas coisas precisamos entender para acertar questões. Outras basta você decorar. Conjunção é um exemplo, se você as souber, poupa tempo e acerta a questão. Porém não é tão fácil assim, tem conjunções muito parecidas que podem te confundir. Eu criei um bizu que me ajuda. segue. 

     

    CONcessiva ----> CONquanto

     Explicativa (pense no PORQUe)------> PORQUanto 

    Consecutivas ----> (Pense em POR CONSEquência ) POR CONSEguinte 

     

    "Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito."  Aristóteles.

  • LETRA D

    CONcessão = CONtrário

  • CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS

     

    embora, malgrado, conquanto, ainda que, mesmo que, apesar de que, se bem que.

  • Principais conjunções subordinativas concessivas:

    embora

    mesmo que

    ainda que

    apesar de

    se bem que

    Gab: D

  • concessão é exceção - embora, ainda que, mesmo que

    consecutivo é consequência - [tanto, tal, tão] que

    ERA PARA SER UMA ANOTAÇÃO INDIVIDUAL/PARTICULAR, MAS O QC NÃO CONSEGUE RESOLVER MEU PROBLEMA COM AS ANOTAÇÕES (NUNCA SALVAM). QUEM SABE AGORA NÃO DÃO JEITO NISSO NÉ?

  • Gabarito: D

    “[...] embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos,(mas) é preciso vencer o estupor social.”

    É como se o "mas" tivesse implícito.


ID
2363263
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Existem alguns verbos que apresentam mais de um sentindo e, muitas vezes, diferentes regências. Em alguns casos, atualmente, o dicionário Houaiss e até alguns gramáticos já consideram uma regência pela outra. No entanto, de forma geral, nas gramáticas, o que se prescrevia como língua-padrão-culta eram as diferentes regências. Assinale a alternativa que apresenta uma inadequação quanto a esse padrão conservador da língua a respeito da regência verbal.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Visar no sentido de "almejar" é transitivo indireto.

     

    ...resultados não visem meramente AO sucesso econômico...

  • “[...] cujos resultados não visem meramente ao sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano.”.

  • Alguém pode analisar caso por caso?

  • VISAR no sentido de ALMEJAR - VTI.

  • VISAR


    VTD – quando significa “mirar”

    VTD – quando significa “assinar”

    VTI – quando significar “ almejar, ter por objetivo”
     

  • Qualquer verbo do mundo que tenha sentido de ALMEJAR será V.T.I

  •  a)“É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar.”. Correto

     

     b)“Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência [...]”.Correto

     

     c)“É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo [...]”.Correto

     

     d)“[...] serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos [...]”.Correto

    ter de viver = locução verbal --> de=que=preposição (unico caso que o "que" vai ser preposição)

    Poderia ser também "ter que viver"

     

     e) “[...] cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano.”.

    quem visa/almeja, visa a algo

    Correto seria: não visem meramente ao sucesso..., mas ao aprendizado...

     

  • Acertei a questão, mas alguem explica letra A ? Esse "como".

  • quem visa/almeja, visa a algo ---------  VTI

     

    Ao sucesso.....  

  • VISAR E ALMEJAR: no sentido de DESEJAR : VTI e pede A

  • visem a algo

  • à colega abaixo, Almejar pede "a" ou "por"? certeza que pede "a"?

  • cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social,mas o aprendizado humano

    cujos resultados não visem meramente ao sucesso econômico e social,mas o aprendizado do humano

    com sentido de ambicionar,com preposição

  • Gabarito: letra e

    O verbo "visar", quando traz o sentido de almejar é VTI e pede a preposição "a". Logo, o trecho deveria estar escrito da seguinte forma: não visem meramente ao sucesso econômico e social.


ID
2363266
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses sobre o excerto.

Alternativas
Comentários
  • Acho que é: diz respeito às mentalidades CRASEADO
  •  Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (respeito) e os termos regidos por esse nome (mentalidades).

    O substantivo respeito, pode ser empregado com as preposições: acomdepor e com a locução prepositiva para com. Na alternativa, houve uma inadequação por que o "as" em  "diz respeito as mentalidades" deveria estar craseado devido a soma da preposição "a" com o artigo "a". O certo seria "pelo menos no que diz respeito às mentalidades".

  •  c) “[...] há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades.” (há uma inadequação quanto à regência nominal).

    CORRETO SERIA: diz respeito às mentalidades, na dúvida substitua "mentalidades" por  "pensamentos" ou qualquer outro sinônimo, ficaria >  diz respeito aos pensamentos.

     

    Então está corretamente indagado o ERRO GRAMATICAL DA QUESTÃO.

     

     

     

    Ademais:

     

     a) A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo [...]” (há uma inadequação quanto à concordância verbal). ERRADO, HÁ DESVIDO QUANTO A REGÊNCIA VERBAL. 

    VERBO IMPLICAR:

    SENTIDO DE ACARRETAR, TRAZER CONSEQUÊNCIAS, OCASIONAR > VTD, etnão a preposição de está empregada erroneamente.

     

     b) “Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem.” (há uma inadequação quanto à concordância verbal).

    A FRASE CORRETA SERIA >"Não dou legitimidade , nem por hipótese, a preconceitos, seja de que espécie forem.” HÁ ERRO DE PONTUAÇÃO, NÃO DE CONCORDÂNCIA

     

    d) “[...] na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários.” (há uma inadequação quanto à concordância verbal).

    O verbo restar está anteposto ao verbo, sendo assim não há que se falar em erro, pois pode concordar com o núcleo mais próximo ou com todo o sujeito composto.

     

     e) “[...] mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra.” (há uma inadequação quanto à colocação pronominal).  NÃO HÁ ERRO

  • Implica numa? com preposição em?

  • A alternativa A estaria certa se o erro descrito fosse de regência verbal e não concordância verbal.

  • Qual o erro da E?

  • Elly, na letra E o "se" não é pronome, é conjunção. A frase está toda correta.

  • Quanto ao resta na alternativa D não deveria estar no plural? RESTAM?!??? 

     

  • Leonardo, vc precisa entender o sentido. Não seria: As vítimas resta”M”.... e sim: Resta a elas. Entende? Vítimas não seria sujeito de “Restar”. Por isso ao substituir o pronome pelo substantivo e ao restringi-lo mediante colocação de artigo, houve a fusão que culminou no acento grave.
  • Acredito haver erro de concordância na "B" sim:

     

    “Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem.”

     

    Na minha opinião deveria ser:

     

    “Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, sejam de que espécie forem.”

     

    Alguém poderia me esclarecer?

     

     

  • Letra C.

    "(...) pelo menos no que diz respeito as mentalidades.” (há uma inadequação quanto à regência nominal)."

    "(...) pelo menos ao que diz respeito as mentalidades.”

    O que diz respeito, diz respeito a algo, e não em algo.

    Vai Corinthians.

  • Não é implica numa. É implica uma...implicar no sentido de acarretar é VTD.

  • Marquei para correção do professor.

  • Apesar de o comentário do João ter 9 curtidas, eu discordo, pois na minha opinião "no que diz respeito" está correto, pq significa NAQUILO que diz respeito, é caso de pronome demonstrativo.  

     

    Como os colegas disseram, o erro é a falta a crase. Respeito é nome, logo há problema de regência nominal.

     

    A Professora Flávia Rita explica em suas aulas:

    Pronome relativo:

    Introduz oração adjetiva

    Retoma termo antecedente

    E ainda sempre menciona: não se esqueçam do caso DR(demonstrativo seguido de pronome).

    Exemplo dela: Pensou no que aconteceu.

    Pensou NAQUILO que aconteceu.

     

    Em relaçao ao comentário do Alquimista, eu discordo da letra A, pois conforme o colega Paulo mencionou, o verbo implicar é transitivo direto, ou seja, está errado a contração de em + um.  A expressão "implica numa espécie" então está errada.

    Segundo a  Flávia Rita:

    Implicar com sentido de acarretar------> Verbo transitivo direto----> NÃO USA EM.

    Ex: Mudança implica esforço.

     

    Implicar com sentido de ser implicante-------> Verbo transitivo indireto

    Ex: Ela implicava com a irmã.

     

    Implicar com sentido de envolver-se--------> Verbo transitivo indireto

    Ex: Isso implica problema

     

    Fonte: minhas anotações da aula da querida Flávia Rita.

     

  • Tá bom, não reclamo mais ...

    #voltaFCC :)

     

    Indiquem a questão para comentário, plis!

  • a palavra "respeito" pede a preposição "a", logo deveria vir "diz respeito às mentalidades"

    ...diz respeito aos acontecimentos, aos fatos, à iniciativa...

  • A) Erro de regência nominal. (A cultura do estupor é quase A MESMA (cultura) que a cultura da indiferença).

    -

    B) Erro de regência (QUAIS).

    -

    C) Erro de regência nominal (ÀS MENTALIDADES). - Gabarito. - 

    -

    D) Erro de pontuação, deveríamos ter uma vírgula após "estupor" (Adjunto adverbial de grande extensão).

    -

    E) Não há erro de colocação pronominal.

  • D O SUJEITO DE RESTA É SUJEITO ORACIONAL, LOGO NÃO HA POSSIBILIDADE DE IR PARA O PLURAL.

    RESTA O QUE? TROCAR A FONTE....

  • O erro da alternativa a) é a regência do verbo implicar: "implica numa", no sentido usado no texto o verbo não exige preposição, correto: "implica uma"

  • O ARTHUR HENRIQUE arrebentou no comentario e matou a charada! A alternativa A tem erro de REGÊNCIA e não de CONCORDANCIA.

  • Justificativas

    a) Não há erro de concordância verbal mas há erro de regência

    b) Há erro de regência em quais (deveria estar escrito "quais espécies forem")

    c) Gabarito. O que diz respeito, diz respeito a alguma coisa

    d) Errada. Há erro de pontuação, visto que deveria haver uma vírgula antes do adjunto adverbial deslocado "na cultura do estupor"

    e) Errada. Não há o erro indicado.


ID
2363269
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses a respeito dos elementos coesivos em destaque.

Alternativas
Comentários
  • Pronome Relativo sempre retoma o seu antecessor.

  • GABARITO: LETRA B. 

  • Segue uma relacionada:

     

    QUESTÃO CERTA: Em relação ao excerto “Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.”, assinale a alternativa correta:  O “que” tem função anafórica e retoma “leitura do jornal”, funcionando como sujeito.

     

    Fonte: Qconcursos 

     

    Resposta: Letra B. 

  • Por que eu deixei de marcar um pronome relativo claramente retomando o antecessor para marcar outra qualquer?

  • Pronome Relativo retoma pessoa ou coisa, nesse caso esta retomando "mulheres".


ID
2363272
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

O autor do texto utilizou um recurso da linguagem aproximando a grafia das palavras (estupro e estupor), o que criou o efeito de sentido na temática do texto. Assinale a alternativa que apresenta esse recurso.

Alternativas
Comentários
  • eufonia caracteriza-se por um som agradável, especialmente pela combinação de certas palavras; contrapondo-se, portanto, à cacofonia (esta identifica sons desagradáveis). A eufonia é definida como "Efeito acústico agradável", ou "Sucessão de sons agradáveis (no dizer).

    Igualmente, pode se notar termos fiéis subentendidos em uma frase. Exemplos: "Fico com a Juliana talvez" ("Natal") "Ao menos que alguém se preste para nos ajudar" ("cipreste")

     

    Gabarito letra C

  • A Aliteração é uma figura de sintáticas que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em palavras de uma frase ou de versos de uma poesia para criar sonoridade.

    A anástrofe se refere a uma inversão leve da ordem normal das palavras numa frase, ocorrendo essa inversão predominantemente por antecipação de uma palavra que complementa outra palavra, ou seja, em palavras correlativas. 

    torcadilho Jogo de palavras parecidas no som e diferentes no significado, e que dão margem a equívocos; 

  • - Na anástrofe ocorre uma inversão suave que cria apenas um ligeiro efeito surpresa e enfático na frase.

    Ao filho, a mãe deu um sorvete.

    Correto, eu acho que é!
     

    - No hipérbato ocorre uma inversão brusca que, embora possa prejudicar a clareza da mensagem, não compromete o entendimento e sentido da mesma.

    Brincavam antigamente na rua as crianças.

    Desilusão em mim, a maior de todas, sua atitude provocou.


    - Na sínquise ocorre uma inversão tão intensa e excessiva que compromete a clareza e sentido da mensagem, tornando-a obscura e ininteligível.

    piscina mergulhou na gelada ele.

    Cobertor fofinho quente bebê dormia no.

  • Vou tentar ajudar:

     

    Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia (p.ex.: rápido, o raio risca o céu e ribomba; O rato roeu a roupa do rei de Roma. );

    Trocadilho: jogo de palavras que apresentam sons semelhantes ou iguais, mas que possuem significados diferentes "Ao menos que alguém se preste para nos ajudar" ("cipreste")

    Anástrofe: A anástrofe (ou inversão) é uma figura de linguagem, ou seja, um recurso utilizado na linguagem oral e escrita que aumenta a expressividade da mensagem. A anástrofe se refere a uma inversão leve da ordem normal das palavras numa frase, ocorrendo essa inversão predominantemente por antecipação de uma palavra que complementa outra palavra, ou seja, em palavras correlativas. Vários autores defendem que na anástrofe ocorre também a inversão entre o sujeito e o predicado.

    Através da utilização de anástrofes, é possível realçar uma palavra ou ideia, bem como criar um efeito surpresa na frase. Na poesia, esta figura de linguagem é muitas vezes utilizada para cumprir as exigências do verso relativamente à métrica e às rimas.

    Exemplos de anástrofe:

    Ao filho, a mãe deu um sorvete.

    Para todos os familiares mandou lembranças.

    Correto, eu acho que é!

    Exemplos de anástrofe na literatura:
    “Tão leve estou, que nem sombra tenho.” (Mário Quintana)
    “Sabe mortos enterrar?” (J.C. Melo Neto)
    “Passarinho, desisti de ter.” (Rubem Braga)
     

     

  • Aliteralidade: 

     

    Morena de Angola
    Que leva o chocalho
    Amarrado na canela
    Será que ela mexe o chocalho
    Ou chocalho é que mexe com ela?

     

    As palavras são usadas de forma a nos lembrar do som do instrumento chocalho.

     

    Resposta: Letra C. 

  • Gabarito letra C)

    É um Trocadilho, que por sua vez é um parônimo como as palavras: eminente, iminente. Ou seja, palavras parecidas, mas com som e grafia diferentes. É um trocadilho por conta do contexto onde se encontra.

     

    Caso esteja me confundindo, corrijam-me!

  • Gab: letra C

    Trocadilho: jogo de palavras que apresentam sons semelhantes ou iguais, mas que possuem significados diferentes "Ao menos que alguém se preste para nos ajudar" ("cipreste")

  • Não tem fim essas figuras de linguagem? já vou estudando com essa 48.

  • GAB C

    Aceitei a questão, mas se houvesse um item com PARANOMÁSIA eu marcaria :(

    A gramática para conc. púb. - Pestana - Pág.919:

    Paranomásia: É a aproximação de palavras de um texto pela sua semelhança na forma ou pronúncia (parônimos).

    Ex: Exportar é o que importa.

    Ex: Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias.

  • Anástrofe x hipérbato x sínquise

     

    Anástrofe, hipérbato e sínquise são figuras de construção ou de sintaxe, estando relacionadas com a estrutura das frases. Estas três figuras se caracterizam pela inversão da ordem normal das palavras numa frase. São apenas diferenciadas pela intensidade com que essa inversão ocorre.

    - Na anástrofe ocorre uma inversão suave que cria apenas um ligeiro efeito surpresa e enfático na frase.
    - No hipérbato ocorre uma inversão brusca que, embora possa prejudicar a clareza da mensagem, não compromete o entendimento e sentido da mesma.
    - Na sínquise ocorre uma inversão tão intensa e excessiva que compromete a clareza e sentido da mensagem, tornando-a obscura e ininteligível.

     

    Gabarito C

     

    De nada. Não desistam!

  • Trocadilho:

    (estupro e estupor) = (violação sexual sem consentimento e imobilidade súbita diante de algo que não se espera)

  • Paranomásia (trocadilho) : é o emprego de palavras com sonoridade semelhante numa mesma frase.

  • GABARITO C

    Aliteração: É uma figura de sintáticas que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em palavras de uma frase ou de versos de uma poesia para criar sonoridade.

    Anástrofe: Se refere a uma inversão leve da ordem normal das palavras numa frase, ocorrendo essa inversão predominantemente por antecipação de uma palavra que complementa outra palavra, ou seja, em palavras correlativas. 

    Paranomásia (trocadilho): Jogo de palavras parecidas no som e diferentes no significado, e que dão margem a equívocos; 

  • Imaginei que as bancas usariam a palavra paranomasia para trocadilhos.

ID
2363275
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses a respeito do que estiver em destaque na estrutura sintática.

Alternativas
Comentários
  • c) Existir é VERBO INTRANSITIVO. Não tem objeto direito!

  • “Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira” (sujeito).

    Assuma - VTD

    Se - Partícula apassivadora

    a atribuição de culpabilização social - SUJEITO PACIENTE

  • Acertei a questão, mas não entendir a letra B, algumém sabe explicar ?

     

  •  a)“Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.” (Adjunto adverbial que indica modo).

    Adj. Adv. de tempo

     

     b)“ que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte [...]” (adjetivo de dois gêneros que, no caso, tem o mesmo sentido de: desacompanhado, unicamente, somente).

    O só, nesta frase, tem sentido de oposição --> No entanto, na cultura do estupor às vítimas.....

     

     c)“Existem sociedades brasileiras.” (objeto direto).

    Existir = VI  

    Sociedades brasileiras existem.

    sociedades brasileiras= sujeito

     

     d)“É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo [...]” (objeto direto).

    Quem precisa, precisa de algo.... =  casos tão extremados é objeto indireto

     

     e)“Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira” (sujeito). Correto

     

     

    Erros, avisem-me.

  • Henrique Albuquerque.

    O erro da letra b é dizer que a palavra "só" está empregada no contexto como adjetivo - sozinho, desacompanhado.

    "SÓ" pode assumir dois sentidos: adjetivo e advérbio.

    No caso do trecho acima ele assume a função de advérbio - somente.

    É esse o erro.

     

  • a) A  primeira está errada, pois trata-se de uma ORÇÂO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL.

    b)  "Só" = Somente, logo ADJ. ADVERBIAL.

    c) Verbo existir. INTRANSITIVO. o que é que existe? Sociedades brasileira, logo SUJEITO DA AÇÂO VERBAL 

    d) ... Precisemos....  Quem precisa, precisa de alguma coisa? Logo OBJETO INDIRETO.

    e) O que é que é assumido? SUJEITO

     

  • Acredito que na letra A temos uma ORAÇÂO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL.

  • Embora a atribuição de culpabilização social seja rápida e repetidamente assumida e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira....

     

    Resposta: Letra E. 

     

  • A) Oração subordinada adverbial temporal [Enquanto - - - Se vê]

    -

    B) Acho que é uma partícula expletiva (Ser+que).

    -

    C) Sujeito.

    -

    D) "DE" é uma preposição, logo, não temos objeto direto.

    -

    E) Sujeito. Gabarito.


  • C)VERBO EXISTIR É INTRANSITIVO PORTANTO NAO EXIGE COMPLEMENTO

    SOCIEDADES BRASILEIRAS = É O SUJEITO!! =)


    e)o que é que é assumido ? a atribuição de culpabilização social...

  • Eu pensei que o sujeito da E seria "na sociedade brasileira".

  • A alternativa "E" apresenta um sujeito paciente.

    assuma-se a atribuição de culpabilização social 

    A atribuição de culpabilização é assumida...

  • B) PALAVRA DENOTATIVA DE OPOSIÇÃO.

    No texto, ela insere uma ideia oposta ao que foi dito no trecho anterior.

  • Embora a atribuição de culpabilização social seja assumida ... (voz passiva analítica)

    A alternativa está na v. p. sintética

  • letra E

    pergunte ao verbo "embora se assuma rápido e repetidamente o que? R- a atribuição de culpabilização social (este é o sujeito, a resposta! )

    atribuição de culpabilização não é o sujeito pois ja está inserida em outra oração "e se deseje fazer crer que esta seria..."

    Porque outra oração? por causa do verbo deseje (dois verbos, 2 orações) oração subordinada

  • letra C

    verbo EXISTIR é intransitivo e pessoal (possui sujeito). - O verbo HAVER, no sentido de EXISTIR, é transitivo direto e impessoal (não possui sujeito). ... Vale o mesmo para as locuções verbais nas quais esses verbos sejam principais.

    alternativa correta: letra E

  • Quando o sentido se referir a “somente” ou “apenas”, constatamos estar diante de um advérbio – o que significa afirmar que essa flexão não é permitida. Como exemplo, citamos:

    Eles  queriam saber os resultados.(somente)

    As crianças ficaram sós, enquanto todos saíram.

    Atesta-se que por se tratar da palavra só, ora situada na condição de adjetivo, a flexão se torna evidente, concordando, portanto, com o substantivo a que se refere: ela= só / as crianças = sós.

    Não pare agora...

    RUMO A GLORIOSA PMCE DO CEARÁ.

  • Gabarito: E

    Identificando as vozes verbais!

    A) Analítica ou Verbal: [ verbo auxiliar+ particípio( do, rto, sto, ado, odo...)]

    B) Sintética ou pronominal [verbo transitivo direto +/ou verbo indireto + SE (PARTICULA APASSIVADORA)]= o objeto direto transforma-se em SUJEITO. ( é o caso da questão)

    Temos voz PASSIVA, ou seja, o sujeito sofre a ação:

    “Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira” (sujeito).

    Assuma - VTD

    Se - Partícula apassivadora

    a atribuição de culpabilização social - SUJEITO PACIENTE

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento em sintaxe. O candidato deve indicar a assertiva corretamente avaliada sintaticamente. Vejamos:

    a) Incorreta.

    “Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.”

    Não há adjunto adverbial de modo, mas sim duas orações, uma marcada pelo verbo "vê" e a outra reduzida pelo infinito "reivindicar". No entanto, a parte destacada é iniciada por uma conjunção temporal.

    b) Incorreta.

    que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte [...]”

    A palavra "só" é apenas de realce, e não adjetivo, visto que não há qualquer relação com substantivo.

    c) Incorreta.

    “Existem sociedades brasileiras.”

    A frase está invertida. A ordem direta é assim: "Sociedades brasileiras existem.". Assim, podemos ver que se trata do sujeito, e não do objeto direto.

    d) Incorreta.

    “É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo [...]”

    A expressão em destaque completa o verbo "precisar" por meio de uma preposição "de", dessa forma, não se trata de um objeto direto, mas sim objeto indireto.

    e) Correta.

    “Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira” (sujeito).

    A oração encontra-se na voz passiva sintética. Podendo ser lida assim com alguns ajustes: Embora se assuma a atribuição de culpabilização social. Na voz passiva analítica: Embora seja assumida a atribuição de culpabilização social.

    O que é assumida? A atribuição de culpabilização social. Ou seja, de fato temos um sujeito em destaque nesta assertiva.

    Gabarito: E


ID
2363278
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa em que a crase se justifica pela regência nominal.

Alternativas
Comentários
  • "ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.”

    Na assertiva "D", o substantivo respeito pede a preposição "a"

    Quem tem respeito, tem respeito a, com, para com, por.

     

    gabarito: D

  • "o respeito ao sujeito e às individualidades.”

     

    Respeito nesta situação não é verbo. Ou seja, neste caso, é substântivo evidênciado pelo artigo determinante o.

    "o respeito" rege a preposição a.

  • essa questão é de paralelismo sintático: gab d; tratamento igualitário aos termos

  • Complicado essas bancas que não enumeram as linhas, fica muito dificil de na hora da prova conseguir encontram o trecho citado nas alternativas, aqui no site, porém, não é o dia da prova, através do famoso CTRL + F localizei esses trechos textos:

     

    Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.

    Perceba que a alternativa "A",  "B" e "E" são craseadas pelo fenômeno do parelismo sintático, em que ambos os casos são regidos pelo verbo "IR".

     

    Ocorre o mesmo fenômeno no trecho:  "na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários".

    Porém, neste caso, não é um paralelismo uniforme cuja todas as sentenças são regidas com a preposição "a".  Mesmo assim, torna a alternativa "C" também errada.

     

    Já a alternativa "D" está correta! Visto que ela se encontra completamente de acordo com a indação proposta pelo enunciado; promover respeito ao sujeito e às individualidades.”

     

     

  • A letra C está gramaticalmente correta?
    "na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte."

  • Algum concurseiro.

     

    NA ordem direta, tem-se:

    Apenas trocar a fonte resta às vítimas.

    Trocar a fonte [sujeito] resta [VTI] às vítimas [OI]

  • A presente questão pode ser resolvida usando o paralelismo sintático entre os termos da oração.

    Concrodo com o colega, esta banca dificulta a resolução da questão, tendo em vista não fazer referência ao parágrafo que as frases do texto estão, ou seja, uma banca dessas pode lhe ganhar pelo cansaço.

  • Sobre a C

     

     

    “[...] na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte.”.

                                         

                                                         Organizando a frase fica:

     

      ''[...] na cultura do estupor, resta às vítimas apenas trocar a fonte.'' 

     

               

    RESPOSTA: Ou seja, perceberam que a ocorrência da crase é por causa do verbo ''restar'' e não por ''regência nominal '' como pedia a questão?

     

     

    Bons estudos, divirtam-se.

  • VERBO RESPEITAR REGE PREPOSIÇÃO

     

    respeito ao sujeito e às individualidades

  • Boa Alan Spier!!!

  • Faltar,  bastar, restar são verbos intrasitivos.

    Fonte: https://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/falta-o-governo-definir-se-quer-ou-nao-proibir-o-comercio-de-armas.htm

  • Restar - VTDI - resta algo à alguém

     "na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte"

    "na cultura do estupor, resta às vítimas apenas trocar a fonte"

  • Essa foi tensa.

  • Galera falando que respeito é verbo... A questão pede regência NOMINAL, na alternativa "O respeito..."... Quem respeita, respeita A alguém.

  • Gabarito D

    Sobre a C)

    "na cultura do estupor, resta às vítimas apenas trocar a fonte". = Regencia Verbal

  • A “Pode ir do embasbacamento à inconsciência.”

    B Da empatia seletiva à misantropia.”

    E Da surpresa à alienação.”

    Alternativas A, B e E são termos preposicionados e craseados pelo paralelismo sintático do verbo "IR".

    C “[...] na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte.”

    Na cultura do estupor, resta apenas trocar (VTDI) a fonte às vítimas.

    D “[...] ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.”

    O termo respeito está substantivado pelo artigo definido "o".

    Logo, é o gabarito.

  • Questão do capiroto kkkk


ID
2363281
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A CULTURA DO ESTUPOR

Por Lucio Carvalho

  Pelo menos que eu saiba, felizmente não vivo nem perto da cultura do estupro, mas vivo, sim, dentro da cultura do estupor. Vivemos todos.
  Não ouço piadas machistas. Não consumo nem ouço músicas apelativas ou com conteúdo violento nem sobre a mulher nem sobre ninguém. Não dou legitimidade nem por hipótese a preconceitos, seja de que espécie forem. Entretanto, porque não viva em contato direto com ela, a tal cultura do estupro, não é por isso que vou dizer que não exista. E isso porque esse é o mesmo comportamento negacionista de quem vive na cultura do estupor e não percebe.
  A cultura do estupor é quase o mesmo que a cultura da indiferença, com a diferença de que ela implica numa espécie de assombro perpétuo perpetuamente sem ação, estéril, de quem não age, de quem não toma qualquer atitude, de quem tem toneladas de informação, mas ação que é bom, quase nenhuma. Na cultura da indiferença, por outro lado, há uma escolha prévia, o que a torna ainda mais comprometedora, pelo menos no que diz respeito as mentalidades. Dessa eu não vivo dentro, mas fatalmente vivo perto, porque em alguma medida todo mundo vive. Uns mais, outros menos.
  Não estou querendo dizer que a cultura do estupor é mais grave que a do estupro porque não é, mas elas têm entre si um alto grau de parentesco, se é que uma não está contida na outra. Só que, enquanto uma vítima de estupro se vê forçada a reinventar a própria vida, na cultura do estupor às vítimas resta apenas trocar a fonte, o canal ou o link dos terrores diários. Sair e voltar a entrar no Facebook, por exemplo.
  Mesmo dentro disso que chamo de cultura do estupor parece haver graus variados de acometimento. Pode ir do embasbacamento à inconsciência. Da surpresa à alienação. Da imobilidade à dessensibilização completa. Da empatia seletiva à misantropia, essa que parece ser sua forma mais extremada.
  Confesso que tive de ler bastante sobre tudo o que se divulgou sobre a cultura do estupro após o trágico evento do RJ para entender como é que isso me afetava e a resposta que encontrei é que, como a maioria dos homens, pelo menos os que não tiveram a sombra do estupro rondando sua vida, é um assunto quase extraterreno. É como uma hipótese sobre a qual não se quer nem pensar. Mas isso é assim porque não estamos no lugar de ser sem mais nem menos uma vítima ocasional da situação e por isso minimizamos o horror alheio, submersos na cultura do estupor.
  De certa maneira, eu penso que o bombardeio dos últimos dias, em sua extensa maioria feita por mulheres, foi providencial e embora acredite na necessidade de uma política penal eficiente contra os criminosos, é preciso vencer o estupor social. Denunciar e não só denunciar, não permitir a impunidade, desnormalizar a violência de gênero. Não se trata apenas de empatia, mas de um compromisso do laço humano em não fechar-se em si mesmo e na sua perspectiva individual. Nesse ponto de vista, a questão de violência de gênero é até primária e simples demais, mas é justamente (e não coincidentemente) dela, da integridade do corpo feminino, que viemos todos.
  Lembro ainda que, assim como o estupro, violências sexuais acontecem diariamente – quase sempre na invisibilidade – contra pessoas com deficiência (especialmente a intelectual), crianças de qualquer sexo, gays, travestis, transgêneros, idosos e quaisquer pessoas em situação de vulnerabilidade. A violência é uma excrescência do convívio social e deve ser punida e combatida em sua origem, sob pena de sua permanente reprodução.
  A questão é bem mais complexa que um meme. Embora se assuma rápida e repetidamente a atribuição de culpabilização social e se deseje fazer crer que esta seria uma característica encruada na sociedade brasileira, eu discordo dessa ideia. Penso que não existe este ente coletivo: a sociedade brasileira. Existem sociedades brasileiras. No plural. E a exacerbação da violência costuma acontecer em territórios conflagrados, não necessariamente os periféricos.
  Discordo que a violência seja um traço cultural da sociedade brasileira, população acostumada a enfrentar violências e privações seculares sem maiores registros de levantes e revoltas populares. A violência extremada implica um complexo dinâmico envolvendo tanto a expressão do ódio quanto ao escasso cerceamento moral. Não por acaso costuma ocorrer contra segmentos vulneráveis, como os indígenas e moradores de rua eventualmente incinerados em espaços públicos, contra prostitutas e contra pessoas sem qualquer defesa. 
  Não se trata de invocar aqui mais uma vez a platitude da necessidade de investimento em educação, mas na de uma educação humanizante, cujos resultados não visem meramente o sucesso econômico e social, mas o aprendizado do humano, suas pulsões e de uma ética capaz de garantir, ou pelo menos promover, a integridade de todos e o respeito ao sujeito e às individualidades.
  Ainda assim, apenas o investimento em educação pública poderia de fato reverter a banalização da violência e substituí-la por acesso a outros e mais complexos elementos culturais. É bem pouco simples, porque a cultura da violência parece também ser uma mimese de uma cultura de poder. Ou seja, reproduz-se com argumentos precários e de dominação violenta aquilo que em outras esferas econômicas e culturais está dito e representado de outra maneira, mas de uma forma essencialmente idêntica, que é a preponderância do poder econômico e sua simbologia.
  Seja como for, é preciso seguir o exemplo das mulheres que, diante do horror de uma situação inadmissível como a que se repetiu recentemente no RJ, romperam justamente a acachapante cultura do estupor, como se irrompendo de dentro de uma bolha estourada. É absolutamente triste que precisemos de casos tão extremados para fazê-lo, mas esse é justamente o indicativo do alto grau de naturalização cultural da violência social em que vivemos todos.
  A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha, abrigando em seu interior diversos tipos de violência, entre as quais a de gênero e a própria cultura do estupro. Se regularmente é possível viver em seu interior longe de uma ou de outra, mais ou menos repugnante, é de perguntar como podemos nos abrigar dentro disso e com estes mesmos valores. E como e por que razões, uma vez saídos dali, desejaríamos voltar. A multiplicação de denúncias e o expurgo coletivo em função do crime de estupro coletivo, dessa vez no RJ, que não deveria ter existido nem sequer ter nenhuma função social, eu quero crer que pelo menos serviu para nos mostrar o quão hediondo é ter de viver sob a cultura do estupor e o quanto nos habituamos e dessensibilizamos em suas muitas derivações violentas.

Texto adaptado. Fonte: http://www.inclusive.org.br/arquivos/29417

Assinale a alternativa cujo item em destaque NÃO esteja funcionando como pronome relativo no caso.

Alternativas
Comentários
  • gab a 

     

    como = conforme= conjunção conformativa

  • NEGATIVO!

    EXELENTÍSSIMO SENHOR RODRIGO JANOT!

     

    ESSE COMO NA FRASE É UMA CONJUNÇÃO COMPARATIVA!

    A cultura do estupor funciona como a película dessa bolha (FUNCIONA)

  • O pronome relativo 'COMO' para ser considerado pronome relativo deverá ser PRECEDIDO das palavras: modo, maneira, forma e jeito e equivale a "pelo qual", normalmente.

     

     

  • COMPLEMENTANDO


    Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos "o", "a", "os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)", "aquilo".). 

     

    Pronome Relativos Variáveis 
    Masculino: o qual / os quais ;  cujo / cujos ; quanto / quantos

    Feminino: a qual / as quais ; cuja / cujas ; quanta / quantas

     

    Pronome Relativos Invariáveis

    quem ; que ; onde

  • A) A palavra COMO  funciona como conjunção comparativa, pois exerce a função de comparar a cultura do estupro a uma película de bolha.

    B) A palavra "QUE" funciona como pronome indefinido, análogo a " De qual espécie". Por conseguinte, esse termo destacado também não funciona como pronome relativo.

    QUESTÃO DEVERIA TER SIDO ANULADA POR POSSUIR DUAS POSSIBILIDADES DE RESPOSTA.

    Prof. Pestana

  • O pronome relativo 'COMO' para ser considerado pronome relativo deverá ser PRECEDIDO das palavras: modo, maneira, forma e jeito e equivale a "pelo qual", normalmente.

     

  • GABARITO

    A) A palavra COMO funciona como conjunção comparativa, pois exerce a função de comparar a cultura do estupor a uma película de bolha.

  • Quando a questão é fácil, o professor comenta, quando a questão gera +50 comentários, com alunos desesperados tentando entender, o professor finge demência e não faz um vídeo explicando. Vai entender isso.


ID
2363284
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Certo produto tem validade máxima determinada a partir das condições de armazenamento enquanto a embalagem se mantém intacta. A partir do momento em que esse produto é aberto, a validade cai para 10% do tempo registrado como validade máxima. Suponha que, em condições normais de vedação, um vidro de palmito tenha validade máxima de 120 dias e que, por um problema na linha de produção, a embalagem não tenha sido fechada corretamente. Tal defeito fez com que a validade fosse reduzida por deixar o produto em situação idêntica à do produto aberto. Dessa forma,

Alternativas
Comentários
  • a validade cai para 10% do tempo registrado como validade máxima, ou seja, se a validade máxima é de 120 dias, 10% de 120, são 12 dias, então ele perde 108 dias.

  • Como só restam 10% de 120 ele perde 90%

    90% de 120d = 108 dias perdidos

     

    Gabarito leltra A.

  • 10 % = 1/10

    120.1/10= 12

    120 (total de validade)- 12(-10% desde o momento da fabricação) = 108 dias 

    Obrigado Senhor , por  eu ter largado o sistema maldito (da Tv , da novela, do futebol, do UFC, das baladas). Menos um gado alienado.

     

  • kkkkkkkkkk interpretação de texto

  • Pura interpretação: A validade cai "para" 10%.

  • MAIOR PEGA RATÃO !

  • 10/100 x 120 = 12 dias (RESTANTES)

    Assim, foram perdidos 108 dias de validade.

    ATENCAO AO ENUNCIADOOO!!

  • a validade cai para 10% do tempo registrado

    um vidro de palmito tenha validade máxima de 120 dias e que, por um problema na linha de produção, a embalagem não tenha sido fechada corretamente.

    enunciado errar aqui não tem problema só não pode errar na prova oque confundi e a porcentagem e a leitura de validade prestar atenção no texto

  • Caí na besteira do enunciado! :(


ID
2363287
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere os conjuntos A e B dados por A = {2, 5, 13, 17} e B = {3, 7, 11}. Ao selecionar um elemento “a” de A e um elemento “b” de B e escolhermos uma operação hipotética “&”, é correto afirmar que a & b pode ser

Alternativas
Comentários
  • Basta verificar os valores pelo menor e maior número:

    A) o máx se aoperação for subtração será: 06; pois 17-11=06,  13-07=06, 2-3=-1, 5-3=2.

    B) o mín se a operação for subtração será - 1; uma vez que 2-3=-1

    C) o máx se a oper. for divisão será  de 5,6 ; 17/11=5,6

    D) o mín se a oper. for adição será 5; 2+3=5

    E) RESPOSTA CORRETA, o máx se a oper. for multiplicação será 187; 17*11=187

  • Apenas revisando a alternativa A) da colega Amanda:

    Basta verificar os valores pelo menor e maior número:

    A) o máx se a operação for subtração será: 14; pois 17-3=14.

    B) o mín se a operação for subtração será: - 1; uma vez que 2-3=-1

    C) o máx se a oper. for divisão será: 5,6; 17/11=5,6

    D) o mín se a oper. for adição será: 5; 2+3=5

    E) RESPOSTA CORRETA, o máx se a oper. for multiplicação será: 187; 17*11=187


ID
2363290
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere a sequência a seguir na qual as sílabas PI, PA, PA, PA, RA, PO se repetem incessantemente, reiniciando a partir da última, sempre na mesma ordem:

(PI, PA, PA, PA, RA, PO, PI, PA, PA, PA, RA, PO, PI, PA, PA, PA, RA, PO, ...)

É correto afirmar que o trigésimo termo dessa sequência é

Alternativas
Comentários
  • Tem-se uma sequência com 6 termos, então, só é dividir o termo que a questão pede, (trigésimo) por 6, tem-se então que o último termo da sequência, equivale ao 30º termo. PO, no caso.

  • Resp: D, ou PO

    Dica: ***Nesse tipo de questão, que envolve figuras, letras e números, toda vez que o resto for ZERO, então a resposta será o último elemento da sequência.***

    30/6=5 C/ resto “0”

     

  • NEM DA PARA ACREDITAR EM UMA QUESTÃO DESSA. QUEM DERA ISSO NA MINHA PROVA.

  • 6x5 = 30, o ultimo vai ser o 30 de todo jeito.

  • Alguem percebeu que essa é a música dos anos 90 mais tocada nas rádios?

    Scatman John - pi pa pa para po 

  • kkkkkkkkkkk, verdade Tulio!

  • Scatman John - pi pa pa para po 

    Ba-da-ba-da-ba-be bop ba bodda bope

    Bop ba bodda bope

    Be bop ba bodda bope

    Bop ba bodda bope

    Ski-bi dibby dib yo da dub dub

    Yo da dub dub

    Ski-bi dibby dib yo da dub dub

    Yo da dub dub

  • PI, PA, PA, PA, RA, PO,

    PI, PA, PA, PA, RA, PO,

    PI, PA, PA, PA, RA, PO,

    PI, PA, PA, PA, RA, PO,

    PI, PA, PA, PA, RA, PO

     

    .

  • 30/6= 5 conjuntos completos... Cujo último é PO.

  • como eu pude:ter o raciocínio correto, 6x5, e errei a resposta? kkkkkk

  • Não precisa de calculo nem nada! Só continuar contando a mesma sequência até chegar no número 30.


ID
2363293
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Para que uma proposição composta “P ou Q ou R” seja falsa, devemos ter

Alternativas
Comentários
  • Se a banca pedir a falsa, então ela quer a negação: para negar A ou B é só negar "A" e trocar o ou pelo e e negar o "B" tb. 

    Como no caso são três, deve-se negar as três. 

  • Gabarito B

     

    Na disjunção inclusiva, caso apenas uma premissa seja verdade, será, por conseguinte, verdadeira.

     

    Como a banca deseja um valor falso, necessita, então, que todos os valores sejam falsos.

  • BIZÚ DO CONECTIVO OU - Tudo Falso dá Falso.

  • Basta fazer a tabela verdade desse satanás aqui " (PvQ)vR " que vcs vão ver que, somente da FALSO quando TUDO É FALSO.

  • Sou assinante e não  vejo diferença nenhuma em não ser... as video aulas de raciocínio é generazida, o professor não explica sobre a questão, e sim coloca um vide do assunto..e começa ensinar..mas não entra afinco na questão, sou mais olhar um video no youtube sobre a questão 

     

  • Pensei que a letra C) estivesse errada. Professor ou algum colega explica o poderia por gentileza explicar a razão da letra B) esta correta e não a letra C)?

  • Pensei que a letra C) estivesse errada. Professor ou algum colega explica o poderia por gentileza explicar a razão da letra B) esta correta e não a letra C)?

  • ou ou-->tudo F da F

  • disjunção exclusiva

    f ou f ou f - v ou v ou v (iguais é falso)

    f ou v ou f - v ou f ou v (diferentes é verdadeiro)

    obs: na bicondicional "se e somente se" é exatamente o contrário

  • Então essa questão representa ou ...ou, a tabela verdade fala que iguais da F e diferentes dá V

    então olha só: P ou Q ou R = F então todas as 3 tem que ser falsas para o resultado ser F

    Foi o que eu entendi

  • P ou Q ou R

    | P | Q | R | P^Q | ( P^Q) ^R |

    | V | V | V | V | V |

    | V | V | F | V | V |

    | V | F | V | V | V |

    | V | F | F | V | V |

    | F | V | V | V | V |

    | F | V | F | V | V |

    | F | F | V | V | V |

    | F | F | F | F | F | ------------> B) Exatamente as três falsas.

  • Se é tudo "ou" só é falsa se todas forem falsas, se tudo for "e" só é verdadeira se todas forem verdadeiras. Não precisa fazer tabela verdade e muito menos usar técnica de "troca".

  • No OU, para dar F, tem que ser tudo F.


ID
2363296
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Em um jogo de futebol, os times A e B se enfrentam. Se o time A vence, Ana fica feliz. Se o time B vence, Bia fica feliz. Se os times A e B empatam, Ana e Bia ficam felizes. É correto afirmar logicamente que

Alternativas
Comentários
  • Resposta

    O parecer da banca foi o seguinte:

     

    JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta ao recurso interposto, temos a esclarecer que o gabarito será alterado de “C” para “E”, tendo em vista que, em uma partida de futebol, em que jogam o time A e B, só existem três possibilidades de resultados: A ganha a partida, B ganha a partida ou há empate. Se o time A ganha, Ana fica feliz, se o time B ganha, Bia fica feliz e, se há um empate, ambas ficam felizes, logo, ao menos uma ficará feliz, não existindo nenhuma forma de ambas ficarem tristes. Portanto recurso deferido.

     

    *** Caso os 2 percam tb é empate, ficando elas felizes,  então não existe forma de ambas ficarem tristes.  Então ao menos uma vai ficar feliz. Logo, letras A e C não podem ser corretas. 

     

    Não pode ser a letra B e D pelos mesmos motivos, existe a possibilidade de empate, logo, as duas podem ficar felizes ao mesmo tempo.

  • Gostaria de saber qual técnica se usa para responder essa questão...

  • "*** Caso os 2 percam tb é empate..." 

    Não tem como os 2 perderem, pois em um jogo há necessariamente 3 possibilidades:

    1- A GANHA (Ana Feliz)

    2- B GANHA (Bia Feliz)

    3- A e B EMPATAM (Ana e Bia Feliz)

     

     

     a) há apenas uma maneira de ambas ficarem tristes. AO MENOS 1 SEMPRE ESTARÁ FELIZ

     b)se Bia está feliz, Ana está triste. ELES PODEM TER EMPATADO, LOGO, AMBAS FELIZES

     c) há mais de uma forma de ambas ficarem tristes. AO MENOS 1 SEMPRE ESTARÁ FELIZ

     d)se Ana está feliz, Bia está triste. ELES PODEM TER EMPATADO, LOGO, AMBAS FELIZES

     e)ao menos uma fica feliz.  GABARITO

  • Gab. E


    De duas uma: ou uma só ficará feliz (se venceu) ou ambas ficarão felizes (se houver empate).


    Ora, ao menos uma ficará feliz (situação em que uma venceu).

  • Só eu que achei essa questão esdrúxula?

  • QUESTÃO DA DILMA KKKKKKKK

  • "Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder." ROUSSEF, Dilma

  • Não sei qual a utilidade para o entendimento e resolução da questão, comentar que é uma questão da Dilma.

  • Outra coisa que eu achei errado e que sera passível de recurso: em nenhum momento do enunciado foi informado que neste campeonato só jogam os times A e B. Podem ter outros times

  • Outra coisa que eu achei errado e que sera passível de recurso: em nenhum momento do enunciado foi informado que neste campeonato só jogam os times A e B. Podem ter outros times

  • Gabarito E)

    Errei a questão, mas realmente pelo uma ficará feliz.

    OBS: Se A e B perdem ou ganham= a empate e ninguém ficará triste

    Se A ou B ganhar = Pelo menos uma ficará feliz

  • Gabarito E)

    Errei a questão, mas realmente pelo uma ficará feliz.

    OBS: Se A e B perdem ou ganham= a empate e ninguém ficará triste

    Se A ou B ganhar = Pelo menos uma ficará feliz

  • O "X" dessa questão é a interpretação de texto. Em NENHUM lugar do enunciado é mencionado tristeza, tão pouco o que ocorre quando o time da menina perde. A jogada da banca é abusar do nosso senso comum, de que se meu time perde fico triste, ou que se não recebi a "motivação" da felicidade, estou triste.

    Portanto a ÚNICA coisa que se pode inferir na questão e que independente do resultado da partida entre A e B, que só podem ser 3... Vitória de A, vitória de B ou EMPATE, é que AO MENOS, uma delas SEMPRE ficará feliz.

    Gabarito E

  • Quanto ao comentário da Amanda, não tem nenhuma possibilidade de recurso aí. Não há necessidade de citar outros times ou campeonato, sendo que o comando da questão é para UMA PARTIDA ESPECÍFICA entre A e B.

  • Não tem como os 2 perderem, pois em um jogo há necessariamente 3 possibilidades:

    1- A GANHA (Ana Feliz)

    2- B GANHA (Bia Feliz)

    3- A B EMPATAM (Ana e Bia Feliz)

     

     

     a) há apenas uma maneira de ambas ficarem tristes. AO MENOS 1 SEMPRE ESTARÁ FELIZ

     b)se Bia está feliz, Ana está triste. ELES PODEM TER EMPATADO, LOGO, AMBAS FELIZES

     c) há mais de uma forma de ambas ficarem tristes. AO MENOS 1 SEMPRE ESTARÁ FELIZ

     d)se Ana está feliz, Bia está triste. ELES PODEM TER EMPATADO, LOGO, AMBAS FELIZES

     e)ao menos uma fica feliz. GABARITO

  • interpretação de texto e tabela verdade, conectivo SE

  • realmente no enunciado não se menciona a palavra "triste" e em todas as alternativas com exceção da E fazem essa menção de tristeza.

  • Carlos Augusto melhor comentário kkkkk

ID
2363299
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Em relação ao que estabelece a Lei Federal nº 12.550/2011, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) VERDADEIRA

    Art. 15.  A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente. 

    B) FALSA E C) FALSA

    Parágrafo único.  O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente.

    A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade aberta de previdência privada, nos termos da legislação vigente. O patrocínio deverá ser feito mediante contrato administrativo, precedido de licitação, com empresa privada, que instituirá a entidade de previdência após a assinatura do contrato

    D) FALSA

    Art. 15.  A EBSERH fica autorizada ....

     A EBSERH fica proibida de patrocinar entidade fechada de previdência privada, ressalvada a possibilidade de adesão à entidade pública de previdência privada já existente, nos termos da legislação vigente.

    E) FALSA

    A EBSERH fica proibida de patrocinar entidade fechada de previdência privada, inclusive, mediante adesão à entidade fechada de previdência privada já existente.

  • Nada precedido de Licitação...completamente errada "A" e "C"

  • Lais, a alternativa A está correta sim, é só você lê a lei

    Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente.

    Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente.

  • Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente.

    Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente.

    GABARITO- A

    Com fé em Deus vou conseguir passar neste concurso :)

  • Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente

    Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente.

    LEI Nº 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente.

    Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente.

    FONTE: LEI Nº 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.

  • Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da

    legislação vigente.

    Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de

    previdência privada já existente.


ID
2363302
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Com base no que estabelece o Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011, que aprova o Estatuto Social da EBSERH, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 2o A constituição inicial do capital social da EBSERH será de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), a ser integralizado pela União. 
    O capital social poderá ser aumentado e integralizado com recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro.

    Boa sorte a todos.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 6o O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), integralmente sob a
    propriedade da União.
    Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser aumentado e integralizado com recursos oriundos de
    dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e direitos
    suscetíveis de avaliação em dinheiro.

  • GABARITO: LETRA D CAPÍTULO II DO CAPITAL SOCIAL E DOS RECURSOS Art. 6º O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), integralmente sob a propriedade da União. Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser aumentado e integralizado com recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro. DECRETO 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011.
  • GABARITO: LETRA D

    DO CAPITAL SOCIAL E DOS RECURSOS

    Art. 6º O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), integralmente sob a propriedade da União.

    Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser aumentado e integralizado com recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro.

    FONTE: DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011.


ID
2363305
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme a estrutura organizacional fixada no Regimento Interno da EBSERH - 3ª revisão, assinale a alternativa correta

Alternativas
Comentários
  •  c)

    São órgãos de administração: o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva e o Conselho Consultivo.

    São órgãos de fiscalização: o Conselho Fiscal e Auditoria Interna.

  • Artigo 3º. Para cumprimento das suas competências legais, a Ebserh apresenta a seguinte estrutura de governança:

    § 1º Órgãos de administração: I – Conselho de Administração; II – Diretoria Executiva; III – Conselho Consultivo.

    § 2º Órgãos de fiscalização: I – Conselho Fiscal; II – Auditoria Interna.

     

     

    Boa sorte e todos.

  • ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO CONSULTIVO, CONSELHO ADMINISTRATIVO E DIRETORIA EXECUTIVA

    ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL E AUDITORIA INTERNA

  • GABARITO: LETRA C

    Artigo 3º. Para cumprimento das suas competências legais, a Ebserh apresenta a seguinte estrutura de governança:

    § 1º Órgãos de administração:

    I – Conselho de Administração;

    II – Diretoria Executiva;

    III – Conselho Consultivo.

    § 2º Órgãos de fiscalização:

    I – Conselho Fiscal;

    II – Auditoria Interna.

    FONTE: REGIMENTO INTERNO DA EBSERH - 3ª REVISÃO (2016).


ID
2363308
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Com base no que estabelece o Regimento Interno da EBSERH - 3ª revisão, acerca do Conselho de Administração, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Artigo 6º

    3º  O representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesses, sendo estes assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva para tais fins.

  • GABARITO "E"

    A) três membros indicados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo que um será o Presidente do Conselho e outro será seu substituto, nas suas ausências e impedimentos;

    B)Prazo de Gestão do Conselho de Administração é 2 anos, podendo ser reconduzido por igual período.

    C) No caso de vacância do cargo de Conselheiro, o substituto será nomeado pelos Conselheiros remanescentes e servirá até a designação do novo representante, exceto no caso do representante dos empregados.

    D) Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de Administração farão jus a honorários mensais correspondentes a dez por cento da remuneração média mensal dos Diretores da Ebserh, além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estada

  • GABARITO:E

    A)O Conselho de Administração é órgão de orientação superior da EBSERH e é composto por nove membros, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, dentre os quais dois membros são indicados pelo Ministro de Estado da Saúde, sendo que um será o Presidente do Conselho e outro será seu substituto, nas suas ausências e impedimentos. ERRDA! Ministro de Estado da Educação

    B)O prazo de gestão dos membros do Conselho de Administração será de um ano, contado a partir da data de publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzido por igual período. ERRADA! dois anos

    C)No caso de vacância do cargo de Conselheiro, o substituto será nomeado pelos Conselheiros remanescentes e servirá até a designação do novo representante, inclusive no caso do representante dos empregados. ERRADA! exceto no caso do representante dos empregados.

    D)Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de Administração farão jus a honorários mensais correspondentes a cinquenta por cento da remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estada necessárias ao desempenho da função. ERRADA! dez por cento

    REGIMENTO INTERNO (3ª Revisão)

    Artigo 6º. O órgão de orientação superior da Ebserh é o Conselho de Administração, composto por nove membros, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, obedecendo a seguinte composição:

    I – três membros indicados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo que um será o Presidente do Conselho e outro será seu substituto, nas suas ausências e impedimentos;

    II – o Presidente da Ebserh, que não poderá exercer a Presidência do Conselho, ainda que interinamente;

    § 1º O prazo de gestão dos membros do Conselho de Administração será de dois anos, contados a partir da data de publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período. 

    § 3º O representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesses, sendo estes assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva para tais fins. 

    § 7º No caso de vacância do cargo de Conselheiro, o substituto será nomeado pelos Conselheiros remanescentes e servirá até a designação do novo representante, exceto no caso do representante dos empregados. 

    § 9º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de Administração farão jus a honorários mensais correspondentes a dez por cento da remuneração média mensal dos Diretores da Ebserh, além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estada necessárias ao 6 desempenho da função. 

  • GABARITO: LETRA E § 3º O representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse, sendo tais assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva para tal fim. LEI 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.
  • GABARITO: LETRA E

    Subseção I - Do Conselho de Administração

    Artigo 6º. § 3º O representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesses, sendo estes assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva para tais fins. 

    FONTE: REGIMENTO INTERNO DA EBSERH - 3ª REVISÃO (2016).


ID
2363311
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Segundo o que estabelece o Regimento Interno da EBSERH - 3ª revisão, acerca do Conselho Fiscal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Artigo 17. Compete ao Conselho Fiscal:

    III – analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras, elaboradas periodicamente pela Ebserh;

  •  

    REGIMENTO INTERNO DA EBSERH 3ª REVISÃO

     

     

     

    Artigo 17. Compete ao CONSELHO FISCAL:

     

    [....]

     

    III – ANALISAR, ao menos TRIMESTRALMENTE, o balancete e demais demonstrações financeiras, elaboradas periodicamente pela EBSERH;

     

     

    [....]

     

     

    FONTE : http://www.ebserh.gov.br/documents/15796/112576/Regimento+Interno+Aprovado+CA+12052016.pdf/fda5583a-4f34-44ed-b75b-ea96c1332b4b

     

     

    "Descanse na fidelidade de Deus, ele nunca falha."

  • Decreto 7.661, de 20 de dezembro de 2011:

    a) Art 21. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da EBSERH, compõe-se de três membros efetivos e respectivos suplentes, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo:

    I - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Educação, que exercerá sua presidência;

    II - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Saúde;

    III - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Fazenda como representante do Tesouro Nacional.]

    b) Art 21.

    2º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de dois anos contados a partir da data de publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.

    c) Art 21

    3º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho Fiscal farão jus a honorários mensais correspondentes a dez por cento da remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das despesas de locomoção e estada necessárias ao desempenho da função.

    d) certa.

    e) Art. 22

    2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a cada mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente.

  • GABARITO: LETRA D

    Subseção I - Do Conselho Fiscal

    Artigo 17. Compete ao Conselho Fiscal:

    I – fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores da Ebserh e verificar o cumprimento de seus deveres legais, estatutários e regimentais;

    II – denunciar, por qualquer de seus membros, erros, fraudes ou crimes que identificarem no âmbito da Ebserh, e propor providências corretivas e saneadoras para o que for identificado;

    III – analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras, elaboradas periodicamente pela Ebserh;

    REGIMENTO INTERNO (3ª Revisão).

  • GABARITO: LETRA D

    Artigo 17. Compete ao Conselho Fiscal:

    III – analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras, elaboradas periodicamente pela Ebserh;

    FONTE: REGIMENTO INTERNO DA EBSERH - 3ª REVISÃO (2016).


ID
2363314
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

A respeito do financiamento da seguridade social, de acordo com as disposições contidas na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Olá amigos do QC,

    Dispõe o artigo 195, incisos I a IV e § 4º, da Constituição Federal:

    “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

    III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

    IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (...)

    § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I”.

    FONTE:

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10646

     

    Grande abraço e Deus é bom

  • Gabarito letra E.

     

    a) INCORRETA. CF/88: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

     

    b) INCORRETA. CF/88: Art. 195: A seguridade social será financiada por toda a sociedade (...) e das seguintes contribuições sociais: III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

     

    c) INCORRETA. CF/88: Art. 195: II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

     

    d) INCORRETA. CF/88: Art. 195: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: c) o lucro;

     

    e) GABARITO. CF/88: Art. 195: IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

  • Atenção:

    No que tange ao RPPS, haverá, sim, incidência de contribuição previdenciária para os aposentados e pensionistas, conforme artigo 40 da CF, sobre o valor que ultrapassar o teto do RGPS:

    "§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)"

  • LETRA E CORRETA 

    CF/88

    ART 195 IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 

  • A Contribuição Social será relativa a:

    1. Empregador/Empresa/Entidade a ela equiparada:

                   1.1. Sobre a Folha de Pagto. (20% sobre a folha de pagto às pessoas físicas q. lhes preste serviços, ainda q sem vínculo empregatício - ex: Avulso)

                   1.2. Sobre Faturamente e Receitas

                   1.3. Sobre o Lucro.

    2. Trabalhador/Demais Segurados:

                   -EXCEÇÃO: Pensionista e Aposentados. 

                   -Ficar ligado q no RPPS incidirá cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor q. ultrapassar o teto do RGPS, para pensionistas e aposentados.

    3. Concurso de Prognósticos (Mega-sena, Quina e etc...):

                    -Sobre a Receita

    4. Importador/Equiparados por Lei:

                  - De bens e serviços do exterior.

  •         Empresa
    DS do Empregado.
    DS do Trabalhador Avulso.
    DS do Contribuinte Individual.
    Cota Patronal de 20%, em regra.


    Contribuição de 15% - Coop. Trab. (execução suspensa RESOLUÇÃO SF - ADIN STF)


    Retenção de 11%. Sobre a Aquisição de Produção de PRPF

     

    ENTIDADE  BENEFICENTE ASSISTÊNCIA SOCIAL
    DS do Empregado. 
    DS do Trabalhador Avulso

     

    O PRÓPRIO CONTRIB INDIVIDUAL FAZ O RECOLHIMENTO SE TRANALHA:
    - por conta própria.
    - trabalha para outro CI.
    - trabalha para PRPF ou Missão Diplomática.

     

    EMPREGADOR DOMÉSTICO
    Cota Patronal de 8,0% + 0,8% (SAT-GILRAT ). dia 7  ou Antecipado
    DS do Empregado Doméstico (8%, 9% OU 11%)

     

    Cooperativa de Trabalho RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO DOS COOPERADOS
    11% - serviços prestados as empresas
    20% - serviços prestados à PF.

     

    Gratificação Natalina (13.º Salário) dia 20 de   Dezembro

    Rescisão de Contrato dia 20   mês subsequente

     

     contribuinte individual e facultativo será de 20,0% sobre SC


    No caso de opção pela EXCLUSÃO do direito a aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre SM

    11,0%, no caso do segurado contribuinte individual  que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa

                      e do segurado facultativo, observado o disposto ABAIXO:


    5,0%:   

    p/   MEI -  aufere no máximo R$ 81.000,00/ano e é optante do Simples Nacional 

    Do segurado facultativo, sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,  desde que pertencente à família de baixa renda ( inscrita no CCadÚnico - Gov Fed cuja renda mensal seja de no máximo 2 SM

     

     PRPF, em substituição à Contribuição patronal, incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, é de:
              1,2 % para a seguridade social   +   0,1%  financiamento do acidente  do trabalho

     

    BANCO  e   IF

    20,0% x Folha de Salários (empregados, avulsos e contribuintes individuais),

    + adicional de   2,5% sobre a folha de salários (empregados, avulsos e CI)

     

    AGROINDÚSTRIA 

    2,5% destinados à Seguridade Social +  0,1% SAT - GILRAT de

     

    Empresa:          


    RISCO      SAT/GILRAT       Apos. Especial       Adicional GILRAT
    Leve           1,0%                  15 anos                  12,0%
    Médio           2,0%                20 anos                   9,0%
    Grave          3,0%                25 anos                    6,0%


    PRPJ:   recolhe 2,5%    0,1%   x RBC.


    Cooperativa de Produção: equiparada a empresa, não recolhe SAT- GILRAT

     recolhe apenas Adicional GILRAT em relação aos seus cooperados (contribuintes individuais):
     Apos. Especial:   Adicional GILRAT
      15 anos              12,0%
      20 anos                9,0%
      25 anos             6,0%

     

    cooperativa de trabalho  -  quem contrata recolhe adicional GILRAT 

    Apos. Especial:   Adicional GILRAT
    15 anos                9,0%
    20 anos                 7,0%
    25 anos                  5,0%

  • Constituição Federal:

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

    a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 

    b) a receita ou o faturamento;

    c) o lucro; 

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

    III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

    IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Que redação ruim... Um dos contribuintes da contribuição social...

  • Gabarito''E''.

    A respeito do financiamento da seguridade social, art 195 IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • GABARITO: LETRA E

    Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

    IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

    FONTE: CF 1988

  • Questão trata do financiamento da Seguridade Social, sob o ângulo constitucional. Analisemos as afirmativas, em busca da correta:

    Alternativa “a” incorreta. Ao contrário do afirmado, o art. 195, da CF/88, assim estabelece: “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais” (...). 

    Alternativa “b” incorreta. A receita de concursos de prognósticos consubstancia uma das contribuições sociais voltadas para a manutenção da Seguridade Social, por determinação do art. 195, III, da CF/88. No ponto, assim leciona o Mestre Frederico Amado (2015, p. 88): “A receita dos concursos de prognósticos oriunda dos apostadores de jogos e loterias oficiais também será analisada, conquanto não goze de natureza tributária em razão da sua facultatividade”.

    Alternativa “c” incorreta. Ao contrário do aqui afirmado, o art. 195, II, da CF/88 veda tal contribuição, litteris: “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei (...) e das seguintes contribuições sociais: (...) II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social”.

    Alternativa “d” incorreta. Haverá incidência da contribuição social sobre o lucro, por expressa determinação do art. art. 195, I, “c”, da CF/88, que assim estatui: “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei (...) e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (...) c) o lucro”. DICA: cuida- se da CSLL - contribuição social sobre o lucro líquido.

    Alternativa “e” correta. Conforme determinado no art. 195, IV, da CF/88, verbis: “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei (...) e das seguintes contribuições sociais: (...) IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar”.

    GABARITO: E.

    Referência:

    AMADO, Frederico. Direito Previdenciário - Col. Sinopses Para Concursos. 5ª ed. Salvador: JusPODIVM, 2015, p. 88.  

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos sobre o financiamento da seguridade social, especialmente previsão Constitucional.

    A) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e de contribuições sociais, nos termos do art. 195, caput e incisos da Constituição Federal.

    B) Dentre as contribuições sociais que financiam a seguridade social está a receita de concursos de prognósticos, inteligência do art. 195, caput e inciso III da Constituição Federal.

    C) Não incide contribuição social sobre a aposentadoria e a pensão concedidas pelo regime geral de previdência social, de acordo com art. 195, caput e inciso II da Constituição Federal.

    D) Haverá incidência da contribuição social o lucro, nos termos do art. 195, caput e inciso I da Constituição Federal.

    E) Correta, conforme art. 195, caput e inciso IV da Constituição Federal.



    Gabarito do Professor: E

ID
2363317
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Para receberem recursos do Fundo Nacional de Saúde, a Lei nº 8.080/1990 impõe aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal que contem com certos requisitos. Assinale a alternativa que NÃO representa um desses requisitos.

Alternativas

ID
2363320
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um dos princípios aos quais as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) devem obedecer, previstos expressamente na Lei nº 8.080/1990.

Alternativas

ID
2363323
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O acordo de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde. De acordo com as disposições contidas no Decreto Presidencial nº 7.508/2011, assinale a alternativa correta acerca do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETA

    Art. 38.  A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.

     

    B) Art. 34, par. único

    O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resultará da integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT. 

     

    C)Art. 34.  O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários. 

     

    D) Art. 39.  As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação. 

     

    E) Art. 40.  O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde. 

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.

    FONTE: DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

  • GABARITO: LETRA A

    Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.  

    DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.


ID
2363326
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal determina que a União aplique, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    CF
    Art. 198 § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre
    I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);

    bons estudos

  • Mais uma milenar técnica de memorização egípcia = S>U-UC (UNIÃO-UM-CINCO)

  • 15% a união será obrigada.

  • Atenção aos percentuais previstos na CF:

    Art. 198. § 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:  I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);  

    Art. 204. Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:  

    Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

    Art. 216. § 6 o É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:  

  • GABARITO: B

    Art. 198, § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre

    I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre saúde.

    Análise das alternativas:

    Alternativa A - Incorreta. Não se trata do percentual previsto na Constituição.

    Alternativa B - Correta! É exatamente o que dispõe a Constituição. Art. 198, § 2º, CRFB/88: "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento).

    Alternativa C - Incorreta. Não se trata do percentual previsto na Constituição.

    Alternativa D - Incorreta. Não se trata do percentual previsto na Constituição.

    Alternativa E - Incorreta. Não se trata do percentual previsto na Constituição.

    Gabarito:

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.


ID
2363329
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em projetos de instalações prediais hidráulicas, é necessário atentar-se à pressão da água nos pontos de utilização. De modo geral e em condições dinâmicas, conforme normas técnicas brasileiras, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa. Em especial, para os pontos da caixa de descarga e da bacia sanitária, em condições dinâmicas, é correto afirmar que no ponto da caixa de descarga

Alternativas
Comentários
  • RETIFICANDO:

    NBR 5626:2020

    6.9 Pressões mínima e máxima no sistema de distribuição

    6.9.1 A pressão dinâmica mínima da água atuante nos pontos de utilização deve ser aquela necessária para assegurar a vazão de projeto. Em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não pode ser inferior a 10 kPa (1 mca).

    COMENTÁRIO ABAIXO DESATUALIZADO

    5.3.5.1 [... Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa]

     

    fonte: NBR 5626 /98

     

     

     

                                            Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • Algumas considerações:

     

    - Sobrepressão máxima devido ao golpe de ariete: 200 kPa;

     

    - Pressão estática máxima: 400 kPa;

     

    - Pressão dinâmica mínima em qualquer ponto: 5 kPa;

     

    - Pressão dinâmica mínima nos pontos de utilização:

    - Regra: 10 kPa;

    - Exceções:

    - Caixa de descarga: 5 kPa;

    - Válvula de descarga: 15 kPa;

     

    - Velocidade máxima em qualquer trecho: 3 m/s.

  • ++++++ CAI MUITO +++++++

     

    5.3.4 Velocidade máxima da água


    As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s.


    5.3.5 Pressões mínimas e máximas


    5.3.5.1 Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto indicada na tabela 1 e o bom funcionamento da peça de utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.

     

    Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa

    caixa de descarga  até um mínimo de 5 kPa

    ponto da válvula de descarga não deve ser inferior a 15 kPa.

     


    5.3.5.2 Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas (com escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa.

     


    5.3.5.3 Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa.

     


    5.3.5.4 A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem o valor de 200 kPa.

  • Pressões 

    --> Sobrepressoes devidas a transientes hidráulicos são admitidas desde 

    que não superem o valor de = 20 mca.

    --> Pressão estática Máxima= 40 mca = 400Kpa

    --> Pressão dinâmica Mínima= 1mca = 10Kpa*

     *(Exceto Cx descarga: 5Kpa; 0,5mca e Válvula de descarga 15Kpa; 1,5 mca).


    As Tubulações devem ser dimensionadas de forma

     que a velocidade da água não ultrapasse 3,0 m/s².


    Edificações de pequenos reservatórios individualizados,

     o tempo de enchimento deve ser menor que 6h.


  • PRESSÃO

    CONDIÇÕES: DINÂMICAS: EM REGRA: Mín 10 kPa = 1 mca EXCEÇÃO: PONTO CX DESCARGA: Mín 5 kPa PONTO VÁLVULA DESCARGA P/ BACIA SANITÁRIA: Mín 15kpa

    ESTÁTICAS: 400 kpa

    EM QLQR PONTO REDE: Min 5 kpa

    SOBREPRESSÕES: Ñ > 200 Kpa

    VELOCIDADE MÁX: 3 m/s

    Estou comercializando meus mapas mentais de Engenharia Civil! São materiais feitos com os melhores materiais do Estratégia + lei seca + 29 mil questões resolvidas.

    Tenho sobre diversas matérias como:

    ·        Instalações hidráulicas

    ·        Abastecimento e saneamento

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    ·        Empuxo e Contenção de taludes

    ·        Estrutura metálica

    ·        Hidrologia

    ·        Hidráulica

    ·        Instalações elétricas

    ·        Instalações especiais (gás, rede lógica, água quente, Telefone)

    ·        Lei 5.194/1996 (Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências)

    ·        Lei 6.496/1977 (Institui a " Anotação de Responsabilidade Técnica ")

    ·        Sistema nacional de viação

    ·        Fundações

    ·        Alvenaria

    ·        Tratamento de água

    ·        Estrutura de madeira

    ·        Segurança e saúde

    ·        Concreto Armado

    ·        Revestimento

    ·        Canteiro de obras

    ·        Cobertura

    ·        Terraplenagem

    ·        Sondagens

    ·        Pavimentação

    ·        Drenagem

    ·        OAE

    ·        Meio ambiente

    ·        Conservação rodoviária

    ·        Obras portuárias

    ·        Impermeabilização

    ·        Característica dos materiais

    ·        Análise orçamentária

    ·        Planejamento e gerenciamento obras

    ·        Ensaios

    ·        Fiscalização

    ·        Sinalização rodoviária

    ·        Ferrovia

    ·        Análise estrutura

    ·        Pisos

    ·        Esquadrias

    ·        Controle tecnológico

    ·        Argamassa

    ·        Lei 8.666/93

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  • QUESTÃO DESATUALIZADA

    A NORMA 5626:1998 foi atualizada e essa exceção da pressão dinâmica no ponto de utilização para caixa de descarga e válvula de descarga não existe mais. Atualmente é requerida uma pressão dinâmica de no mínimo 10kPa em qualquer ponto de utilização, sem exceções.

    NBR 5626:2020

    6.9 Pressões mínima e máxima no sistema de distribuição

    6.9.1 A pressão dinâmica mínima da água atuante nos pontos de utilização deve ser aquela necessária para assegurar a vazão de projeto.

    Em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não pode ser inferior a 10 kPa (1 mca).


ID
2363332
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Nas instalações hidráulicas, existe uma tubulação que é destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios quando for superado o nível de transbordamento. O termo técnico utilizado para definir essa tubulação é

Alternativas
Comentários
  • NBR 5626

     

    Instalação predial de água fria

     

    3 Definições

     

    3.45 tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento.

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • 3.42 tubulação: Conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e registros, destinado a conduzir água fria.


    3.43 tubulação aparente: Tubulação disposta externamente a uma parede, piso, teto ou qualquer outro elemento construtivo. Permite total acesso para manutenção. Pode estar instalada em galerias de serviço.


    3.44 tubulação de aviso: Tubulação destinada a alertar os usuários que o nível da água no interior do reservatório alcançou um nível superior ao máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar em local habitualmente observável.


    3.45 tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento.


    3.46 tubulação de limpeza: Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção.


    3.47 tubulação embutida: Tubulação disposta internamente a uma parede ou piso, geralmente em um sulco, podendo também estar envelopada. Não permite acesso sem a destruição da cobertura.


    3.48 tubulação recoberta: Tubulação disposta em espaço projetado para tal fim. Permite o acesso mediante simples remoção da cobertura, somente implicando destruição da mesma em casos de cobertura de baixo custo.

  • Extravasor ( ou aviso )– Vulgarmente chamado “ladrão”, serve para regularização do nível máximo e aviso de não funcionamento da válvula de bóia. Tem que desaguar em locais visíveis e que chamem a atenção, pois esta é mesmo sua maior finalidade.

  • Cuidado...extravasor é diferente de aviso.

    Extravasor - superado o nível de transbordamento

    Aviso.- conectada à extravasão - nível menor do que o nível de transbordamento


ID
2363335
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em uma dada tubulação, com diâmetro interno de 5,00 cm, a vazão máxima prevista de projeto é de 3,93 l/s. Nessas condições, a velocidade média para a vazão máxima na tubulação é de aproximadamente Obs.: Adote π = 3,14

Alternativas
Comentários
  •  

    Q=V.A=VOL/TEMPO

    V = Q/A

    V = ((3,93*10^-3) m³/s)/((3,14*0,05²/4 (m²))

    V=  2,00 m/s

     

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • quero ver fazer essas contas à mão na hora da prova

  • easy easy


ID
2363341
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Uma caixa coletora de esgoto possui uma profundidade de 1,20 m e base de área de 2,00 m² (2,00 m x 1,00 m). Sabendo-se que a vazão média de esgoto afluente é 160 litros por minuto, então o tempo de detenção é de

Alternativas
Comentários
  • VOLUME = ÁREA DA BASE*ALTURA

    VOL = (2)*1,20 = 2,4 m³ = 2400 litros 

    Se a detenção é de 160 litros em 1 minuto, temos:


    160 litros ------- 1 minuto

    2400 litros ------ x

     

    Logo, X = 2400/160 = 15 minutos

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • Multiplicação

    Conversão de unidades

    Regra de 3

  • Outra questão parecida - banca UFPR  = Q906681

     

    * Só vi essas duas questões cobrando isso !


ID
2363344
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

As tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário podem ser dimensionadas pelo método hidráulico ou pelo método que atribui a cada tipo de aparelho sanitário uma quantidade de unidades de contribuição. Nesse último caso, as unidades de contribuição denominam-se

Alternativas
Comentários
  • Unidade Hunter de Contribuição (UHC) -> é o fator probabilístico que relaciona a frequência de utilização e a vazão de um conjunto de aparelhos heterogêneos em funcionamento simultâneo.

     

    1 UHC = 28 l/min 

     

    fonte: http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/aulas/es-tr.pdf

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

     

     

  • Queria essa questão na minha prova kkk

  • Não quero essa questão na minha prova: todo mundo vai acertar...


ID
2363347
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Ao realizar uma vistoria ao sistema sanitário de uma edificação, um engenheiro percebeu a ausência de camada líquida de água em um desconector sanitário, o que estava permitindo a passagem de gases e a geração de um odor desagradável. Essa referida camada líquida de água é denominada

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    Fecho Hídrico: É a camada de água que impede a passagem dos gases e de insetos provenientes das instalações de esgoto, os dispositivos mais comuns a utilizar este fecho hídrico são: as caixas sifonadas, os sifões e os vasos sanitários.

  • 3.22 fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.

     

    Fonte: NBR 8160/99 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

     

     

  • ALTURA FECHO HÍDRICO

    DEFINIÇÃO: Profundidade da camada líquida Medida entre Nível saída Ponto + baixo parede

    QUANTO? Min 0,05m

    Estou comercializando meus mapas mentais de Engenharia Civil! São materiais feitos com os melhores materiais do Estratégia + lei seca + 29 mil questões resolvidas.

    Tenho sobre diversas matérias como:

    ·        Instalações hidráulicas

    ·        Abastecimento e saneamento

    ·        Concreto pré-moldado

    ·        Empuxo e Contenção de taludes

    ·        Estrutura metálica

    ·        Hidrologia

    ·        Hidráulica

    ·        Instalações elétricas

    ·        Instalações especiais (gás, rede lógica, água quente, Telefone)

    ·        Lei 5.194/1996 (Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências)

    ·        Lei 6.496/1977 (Institui a " Anotação de Responsabilidade Técnica ")

    ·        Sistema nacional de viação

    ·        Fundações

    ·        Alvenaria

    ·        Tratamento de água

    ·        Estrutura de madeira

    ·        Segurança e saúde

    ·        Concreto Armado

    ·        Revestimento

    ·        Canteiro de obras

    ·        Cobertura

    ·        Terraplenagem

    ·        Sondagens

    ·        Pavimentação

    ·        Drenagem

    ·        OAE

    ·        Meio ambiente

    ·        Conservação rodoviária

    ·        Obras portuárias

    ·        Impermeabilização

    ·        Característica dos materiais

    ·        Análise orçamentária

    ·        Planejamento e gerenciamento obras

    ·        Ensaios

    ·        Fiscalização

    ·        Sinalização rodoviária

    ·        Ferrovia

    ·        Análise estrutura

    ·        Pisos

    ·        Esquadrias

    ·        Controle tecnológico

    ·        Argamassa

    ·        Lei 8.666/93

    ·        Entre outros

    O preço é camarada, apenas R$20 por matéria.

    Interessados entrem em contato por e-mail:consultoriaconcursos.wesley@gmail.com ou pelo bate-papo do qconcursos.

    Os arquivos estão em PDF, caso haja interesse na compra, eu disponibilizo o programa que realiza a criação e edição. Vc poderá alterar da forma que quiser e até mesmo fazer os seus próprios.

    Dou consultoria de estudo focada no concurso que estão estudando.

     


ID
2363350
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Nos sistemas sanitários, existe uma tubulação que fica compreendida entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular. Considerando as normas técnicas brasileiras, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Complementando...

     

    4.2.5 Subcoletores e coletor predial
    4.2.5.2 Todos os trechos horizontais devem possibilitar o
    escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para
    isso, apresentar uma declividade constante, respeitandose
    os valores mínimos previstos em 4.2.3.2.
    A declividade máxima a ser considerada é de 5%.

     

    4.2.6.2 Caixas e dispositivos de inspeção
    a) ...
    b) a distância entre a ligação do coletor predial com
    o público e o dispositivo de inspeção mais próximo
    não deve ser superior a 15,00 m; e

     

    5.1.4 Coletor predial e subcoletores
    5.1.4.1 O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados
    pela somatória das UHC conforme os
    valores da tabela 7. O coletor predial deve ter diâmetro
    nominal mínimo DN 100.

     

  • Segundo NBR 8160/99 no item 5.4.1.1:

     

    O Coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme os valores das tabelas 7.

     

    O coletor predial deve ter diâmetro nominal  mínimo de DN 100

     

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

     


ID
2363353
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Na construção civil, é usual classificar os agregados em função de sua dimensão máxima característica, grandeza essa que é associada à distribuição granulométrica. Assinale a alternativa que descreve corretamente o significado da dimensão máxima característica do agregado.

Alternativas
Comentários
  • DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA -> Grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação

     

    3.1 agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1.

     

    3.2 agregado graúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1.

     

    3.4 dimensão máxima característica: Grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.

     

    3.5 módulo de finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.

     

    3.6 agregado total: Agregado resultante da britagem de rochas cujo beneficiamento resulta numa distribuição granulométrica constituída por agregados graúdos e miúdos ou por mistura intencional de agregados britados e areia natural ou britada, possibilitando o ajuste da curva granulométrica em função das características do agregado e do concreto a ser preparado com esse material. Os limites desta norma referentes ao agregado total devem atender aos critérios de ponderabilidade em massa entre os agregados graúdos e miúdos que o compõem.


ID
2363356
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em um ensaio de laboratório, para a determinação da massa específica do agregado seco, obtiveram-se os seguintes dados:

m = massa ao ar da amostra seca = 630,00 g.
ms = massa ao ar da amostra na condição saturada superfície seca = 640,00 g.
ma = massa em água (submersa) da amostra = 420,00 g.

Para esses dados, a massa específica do agregado seco é

Alternativas
Comentários
  • Quem puder comentar, ficarei grato. Não encontrei nenhum cálculo plausível. 

     

    Abraço 

  • Encontrei referência na Norma Mercosul 53:2003 onde diz:

    d = m/(ms-ma)

    Com esta equação obtém-se o resultado

     

  • Ué, faz nem sentido com as unidades de medida da resposta.

  • Tem uma explicaçãdo melhor do passo a passo do ensaio ( Norma Mercosul 53:2003)  nesse link:

    http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/passo-passo-massa-especifica-aparente-e.html

  • A meu vê a questão calculou a "massa específica aparente" e não só a "massa específica" pois levou em consideração o volume ocupado pela água. mas enfim... o cálculo é o seguinte: 

    No ensaio, foi pesado o agregado fora (ms) e dentro (ma) da água, e a diferença é o empuxo que a água faz no agregado tudo isso pra achar o volume do agregado. 

    O valor do empuxo é igual ao peso de água ocupado pelo volume de agregado submerso (220g), dessa forma vc tira o volume de água que é igual ao volume do agregado, sabendo que o peso específico da água é 1 kg/L=1g/cm³ o que da 220cm³. 

    Logo, a massa específica (massa/Volume) = 630g/220cm³ = 2,86g/cm³.

     

  • Eu fiz da seguinte forma:

    Encontrei a massa de água deslocada: 640g (superfície seca) - 420g (submersa)

    220g de água ocupam 220 cm³

    630g (massa seca) / 220 cm³ = 2,86 g/cm³

  • Questão mal formulada. A que se diferenciar:

    Massa especifica do agregado seco

    Massa específica do agregado saturado de superficie seca

    Massa especifica aparente.

    No gabarito foi calculada a massa especifica aparente e nao a do agregado seco.

  • Massa especifica = massa seca / volume seco

    Massa unitária = massa seca / volume total

    Dica: Os valores de massa especifica giram torno de 2,6 g/cm3, para agregados normais.

  • Massa específica considera o volume de vazios no Volume do denominador.

    Massa unitária desconsidera o volume de vazios no Volume do denominador.


ID
2363359
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No concreto, pode ocorrer a incorporação de ar, como resultado do adensamento inadequado ou pelo uso de aditivos incorporados de ar, o que pode gerar alguns efeitos sobre esse aglomerado. Dentre os efeitos, é correto afirmar que ocorre

Alternativas
Comentários
  • INCORPORADORES DE AR - IAR

    ->  Reduzem a tensão superficial da água e incorporam ou adicionam ar ao concreto, prendendo-o em bolhas de 0,1 a 0,8mm. Grau eficiência depende da presença de finos, quanto mais finos (também alto consumo de cimento), menos ar é incorporado.

     

    -> Excesso de ar incorporado diminui a resistência mecânica do concreto.

     

    -> Finalidades: - Aumentar a plasticidade por diminuir o atrito entre os sólidos. - Diminuem a permeabilidade e aumentam a durabilidade (menor a/c). - Reduzem também a segregação e exsudação. - Aumentar a resistência do concreto ao fenômeno gelo-degelo. As bolhas deixam espaço para a formação dos cristais de gelo.

     

    fonte: http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/1/15/TC031_Aditivos_.pdf

  • Não Rafael,

    Se você não adensar o concreto do modo correto, ele pode criar vazios dentro dele, ficando mais poroso (++ cheio de buraquinhos)

  • ADITIVOS

     

    ~> Hidrofugante:

     

    Aditivo que reduz a absorção de água da argamassa por capilaridade.

     

    ~> ++++ Incorporador de ar  ++++++ 

     

    - Aditivo capaz de formar microbolhas de ar, homogeneamente distribuídas na argamassa, reduzindo sua densidade e conferindo-lhe melhor trabalhabilidade.

    - É um aditivo tensoativo que torna a superfície do cimento hidrofóbica de modo que o ar pode deslocar a água e permanecer ligado às partículas sólidas na forma de bolha.

    -  São utilizados para a dosagem de concreto leve, concreto em contato com água do mar e concreto pobre em finos.

     

    ~> Retentor de água:


    - Aditivo que reduz a evaporação e exsudação de água da argamassa no estado fresco, evitando ainda a perda de água frente à sucção por bases absorventes.

     

     

    ~> Espessante:

     

     Aditivo que aumenta a viscosidade das argamassas.

     

    ~> Plastificante: 

     

    - usado para tornar o concreto mais fluído.

     

    - Produto que aumenta o índice de consistência do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução de, no mínimo, 6% da quantidade de água de amassamento para produzir um concreto com determinada consistência.

     

     

    ~> Aditivo retardador de pega:

     

    É uma espécie de aditivo modificador de pega, que impede a dissolução de cátions e ânions do cimento, principalmente daqueles que tem maior velocidade de dissolução durante o período inicial de hidratação.

     

     

    ~> Aditivos modificadores de pega:

     

    - são aqueles que, a partir da adição de certas substâncias volúveis ao sistema cimento-água, podem influenciar a velocidade de ionização, seja retardando ou acelerando.

     

    ~> Aditivo acelerador de pega: 

     

    - é uma espécie de aditivo modificador de pega, que promove a dissolução dos ânions que possuem menor velocidade de dissolução durante o período inicial de hidratação.

     

     

    ~> Aditivos impermeabilizantes:

    - possuem propriedades hidrófugas evitando a absorção de água para dentro do concreto, aumentado assim a vida útil do material.

     

     

    -> Obs:

     

    O Concreto de Alto Desempenho (CAD):

     

    é um concreto que atinge altas resistências, proporcionando redução nos tamanhos de peças, redução no peso próprio da estrutura, aumento da vida útil da estrutura, entre outros benefícios.

     

    - Para sua obtenção é necessária a utilização de adições como sílica ativa e aditivos como os superplastificantes, que permitem grandes reduções do teor de água no concreto (por isso podem ser chamados também de aditivos redutores de água).

     

     

     

  • Aditivo incorporador de ar: Este tipo de aditivo é utilizado para obter um sistema de bolha de ar microscópico estável e uniforme. O uso deste aditivo é fundamental em países de clima muito frio, pois aumenta a resistência do concreto em ciclos de gelo e degelo.


ID
2363362
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No meio técnico, existe um produto que diminui os tempos de início e fim de pega do concreto. Assinale a alternativa que apresenta o produto a que o enunciado se refere.

Alternativas
Comentários
  • Aceleradores de Pega

    Função: acelerar pega do concreto ou argamassa, com aumento reativo da resistência inicial (podendo diminuir a final se dosados em excesso) para serviço de concretagens, reparos estruturais, apoios de máquinas e serviços afins. Aceleradores a base de cloretos não são recomendados para utilização em contato com aço, pois ocorrerá oxidação. Aceleradores a base de aluminatos podem ter qualquer aplicação.

     

     

    Complementando:

     

    Aditivos são produtos que adicionados ao concreto ou argamassas, têm a função de modificar as propriedades físicas dos mesmos, de modo a facilitar seu manuseio e emprego, oferecendo dessa maneira vantagens que naturalmente não são obtidas confeccionando-se traços normais.

     

    Os principais tipos de aditivos, suas funções e denominações são:

     

    Plastificantes Redutores de Água

     

    Função: plastificar o concreto aumentando o Slump sem adição de água, ou reduzir a água mantendo o Slump com conseqüente aumento de resistência inicial e final, sem alteração do tempo de pega.

     

    Super Plastificantes Redutores de Água

     

    Função: Idem a dos plastificantes, porém consegue-se os mesmos efeitos com menores dosagens e também a confecção de concretos de alta performance.

     

    Incorporadores de Ar

     

    Função: incorporar ao concreto ou argamassa, tornando-as mais coesivas, untuosas, aumentam resistências mecânicas, diminuem segregação, melhora o acabamento das faces nas desenformas e deixam as arestas das peças melhores acabadas.

     

    Retardadores de Pega

     

    Função: retardar a pega do concreto para facilitar sua aplicação em longas distâncias, lançamento de concreto em climas frios, etc.; geralmente estão associados a um aditivo plastificante.

     

    Microssílica

     

    Função: produção de concreto de alta performace – alta resistência mecânica e impermeabilidade – sempre utilizando com auxílio de super plastificantes.

     

    Lubrificante e aglutinante

     

    Função: aglutinar o concreto aumentando sua coesão e lubrifica-lo, sem mudar plasticidade e tempo de pega, possibilitando também o bomeamento do mesmo.

     

    Expansor / Estabilizantes Plastificantes/ Adesivos – Polímeros

     

    Função: plastificar e expandir argamassas, para injeções, tratamentos e encunhamento de alvenaria / Produção de argamassas para assentamento de tijolos e revestimentos de paredes e tetos em geral. / Aumentar a aderência e resistência das argamassas e produção de concretos poliméricos “elásticos”.

     

    fonte: http://www.casadagua.com/dicas/aditivos-para-concreto-e-argamassa/

     

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

     

  • ADITIVOS

     

    ~> Hidrofugante:

     

    Aditivo que reduz a absorção de água da argamassa por capilaridade.

     

    ~> ++++ Incorporador de ar  ++++++ 

     

    - Aditivo capaz de formar microbolhas de ar, homogeneamente distribuídas na argamassa, reduzindo sua densidade e conferindo-lhe melhor trabalhabilidade.

    - É um aditivo tensoativo que torna a superfície do cimento hidrofóbica de modo que o ar pode deslocar a água e permanecer ligado às partículas sólidas na forma de bolha.

    -  São utilizados para a dosagem de concreto leve, concreto em contato com água do mar e concreto pobre em finos.

     

    ~> Retentor de água:


    - Aditivo que reduz a evaporação e exsudação de água da argamassa no estado fresco, evitando ainda a perda de água frente à sucção por bases absorventes.

     

     

    ~> Espessante:

     

     Aditivo que aumenta a viscosidade das argamassas.

     

    ~> Plastificante: 

     

    - usado para tornar o concreto mais fluído.

     

    - Produto que aumenta o índice de consistência do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução de, no mínimo, 6% da quantidade de água de amassamento para produzir um concreto com determinada consistência.

     

     

    ~> Aditivo retardador de pega:

     

    É uma espécie de aditivo modificador de pega, que impede a dissolução de cátions e ânions do cimento, principalmente daqueles que tem maior velocidade de dissolução durante o período inicial de hidratação.

     

     

    ~> Aditivos modificadores de pega:

     

    - são aqueles que, a partir da adição de certas substâncias volúveis ao sistema cimento-água, podem influenciar a velocidade de ionização, seja retardando ou acelerando.

     

    ~> Aditivo acelerador de pega: 

     

    - é uma espécie de aditivo modificador de pega, que promove a dissolução dos ânions que possuem menor velocidade de dissolução durante o período inicial de hidratação.

     

     

    ~> Aditivos impermeabilizantes:

    - possuem propriedades hidrófugas evitando a absorção de água para dentro do concretoaumentado assim a vida útil do material.

     

     

    -> Obs:

     

    Concreto de Alto Desempenho (CAD):

     

    é um concreto que atinge altas resistências, proporcionando redução nos tamanhos de peças, redução no peso próprio da estrutura, aumento da vida útil da estrutura, entre outros benefícios.

     

    - Para sua obtenção é necessária a utilização de adições como sílica ativa e aditivos como os superplastificantes, que permitem grandes reduções do teor de água no concreto (por isso podem ser chamados também de aditivos redutores de água).

     


ID
2363365
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em um laboratório, estava-se realizando um ensaio em que um corpo-de-prova cilíndrico de concreto era submetido a cargas de compressão ao longo de duas linhas axiais que são diametralmente opostas, procedimento conhecido por compressão diametral. É correto afirmar que, nesse ensaio, buscava-se determinar a resistência à

Alternativas
Comentários
  • A resistência à tração do concreto pode ser determinada em três ensaios diferentes: ensaio de tração axial, ensaio de compressão diametral ou ensaio de flexão de vigas.

  • A resistência à tração de um concreto pode ser obtida através de três tipos de ensaio:

    - tração direta,

    - tração por compressão diametral e

    - tração na flexão.

     

    fonte: http://www.mfap.com.br/pesquisa/arquivos/20081127104112-209.pdf

     

     

     

                                                                                                  Vá e vença, que por vencido não os conheça.

     

  • Ensaio de tração indireta ou compressão diametral. Famoso Lobo Carneiro.

  • É a questão que se você ler na pressa, está ferrado!

    Ele diz em DIREÇÃO OPOSTAS.

    Logo é Tração...


ID
2363368
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Conforme a ABNT NBR 6118:2014, a capacidade de aderência entre o aço e o concreto está relacionada com o tipo de superfície da barra de aço. Assinale a alternativa que apresenta na ordem correta a superfície de barra de aço menos aderente para a mais aderente.

Alternativas
Comentários
  • Lisa : η1 = 1,00

    Entalha: η;1 = 1,4

    Nervurada: η1 = 2,25

     

    Letra - B

  • RESPOSTA: b) Lisa, entalhada e nervurada.


ID
2363371
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Uma das formas de contrato em obras públicas é aquela em que se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada. Esse tipo de contrato é denominado

Alternativas
Comentários
  • a própria questão dis no início: contrata um empreendimento em sua integralidade, 

  • Art. 6º Para fins desta lei, considera-se

     

    VIII - Execução Indireta -  a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:

     

    a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

     

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

     

  • Gabarito C

     

    LEI 8.666/93

    As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas:                 

     

    II - execução indireta, nos seguintes regimes:                  

    a) empreitada por preço global; -quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário- quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    d) tarefa; quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    e) empreitada integral.- quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

     

     

  • Empreitada por preço globAL- execução da obra ou do serviço por preço certo e totAL

    Empreitada por preço UNItário - execução da obra ou do serviço por preço certo de UNIdades determinadas;

    Empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade.

  • Atenção colegas concurseiros que farão prova da banca: eis aqui um assunto adorado, tipos de empreitada.

  • GABARITO: C

    Empreitada integral: Contrata um empreendimento em sua integralidade (art. 6º, VIII, e)

  • GABARITO: LETRA C

    Seção II
    Das Definições

    Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:

    VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:               

    a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

    FONTE: LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

  • Gabarito: c

    Empreitada por preço global:

    Execução da obra ou do serviço por preço certo e total

    Empreitada por preço unitário:

    Execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas

    Empreitada integral:

    Quando se contrata um empreendimento em sua integralidade

  • A RESPOSTA ESTÁ NA PERGUNTA (SE CONTRATA UM EMPREENDIMENTO EM SUA INTEGRIDADE)

  • Trata-se de questão a ser solucionada tendo por base a disposição contida no art. 6º,

    "Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:

    (...)

    VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:

    (...)

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;"

    Logo, resta claro que o conceito lançado pela Banca, no enunciado da questão, corresponde precisamente à noção de empreitada integral, de sorte que a única opção correta encontra-se na letra C.


    Gabarito do professor: C


ID
2363374
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As modalidades de licitação na administração pública, para obras e serviços de engenharia, são determinadas em função de limites de valores estimados para a contratação. Assinale a alternativa que apresenta as modalidades de licitação na ordem do menor valor de contrato estimado para a que tem o maior valor de contrato estimado.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

    I - para obras e serviços de engenharia:        Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);        (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);  (       Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);          (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:         (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);        (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);          (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

    c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).          (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

  • É tão fácil que dá medo de responder.

  • http://esquemaria.com.br/wp-content/uploads/2014/03/grafico-concorrencia-tomada-de-precos-convite.jpg

  • Lembrando que houve mudança nos valores:

    7https://www.dizerodireito.com.br/2018/06/breves-comentarios-ao-decreto-94122018.html

  • ANTES X HOJE --> LIMITES -> VALORES -> MODALIDADES

     

    Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

     

    I - para obras e serviços de engenharia:       

     

    a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);      

    b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

    c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);         

     

    II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:   

     

    a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);      

    b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);        

    c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). 

     

     

    Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:

     

    I - para obras e serviços de engenharia:

    a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);

    b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

    c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

     

    II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:

     

    a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);

    b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e

    c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

     

    BASTA MULTIPLICAR POR 2,2

     

    OBRAS SERVIÇOS E COMPRAS DE GRANDE VULTO: 82,5 MILHÕES (25X CONCORRENCIA)

    LIMITE PARA LEILÃO PARA VENDA DE BEM MÓVEIS: 1,43 MILHÕES

    DISPENSA DE LICITAÇÃO PARA PRODUTO PARA PESQUISA E DESENVOVIMENTO: 660 MIL REAIS (20% DO VALOR DA TOMADA DE PREÇOS PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA)

    LIMITE PARA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA – IMENSO VULTO – 330 MILHÕES DE REAIS (=100 * VALOR DA CONCORRÊNCIA PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA)

    LIMITE PARA CELEBRAÇÃO DE CONTRATO VERBAL -> PEQUENAS COMPRAS DE PRONTO PAGAMENTO = 8.800 RS

    LIMITES PARA DISPENSA DO RECEBIMENTO PROVISÓRIO DE OBRAS E SERVIÇOS = 176 MIL REAIS

     

     

     

  • Obras e serviços de engenharia:

    Concorrência: acima de R$ 3,3 milhões

    Tomada de preços: R$ até R$ 3,3 milhões

    Convite: até R$ 330 mil

    Dispensa de licitação: até R$ 33 mil


    Demais compras e serviços:

    Concorrência: acima de R$ 1,43 milhões

    Tomada de preços: até R$ 1,43 milhões

    Convite: até R$ 176 mil

    Dispensa de licitação: até R$ 17,6 mil


    Decreto 9.412/2018, que atualiza os valores das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666/1993.



    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/novos-limites-para-modalidades-de-licitacao/

  • VALORES ATUALIZADOS!!!! DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018



    OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA


    CONVITE ==> ATÉ 330 MIL


    TOMADA DE PREÇOS ==> ATÉ 3.300.000


    CONCORRÊNCIA ==> ACIMA DE 3.300.000




    COMPRAS E SERVIÇOS NÃO ESPECIFICADOS



    CONVITE ==> ATÉ 176 MIL


    TOMADA DE PREÇOS ==> ATÉ 1.430.000


    CONCORRÊNCIA ==> ACIMA DE 1.430.000

  • Atualizando o quadro de Valores de acordo com o DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018:


    Obras e serviço de engenharia | Compras e serviços


    Concorrência: Acima de R$ 3,3 Milhões | Acima de R$ 1,43 milhões


    Tomada de Preço: Até R$ 3,3 Milhões | Até R$ 1,43 milhões


    Convite: Até R$ 330 mil | Até R$ 176 mil


    Dispensa: Até R$ 33 mil | Até R$ 17,6


  • nossa...questão dada...rs

  • A questão em tela versa sobre a lei de licitações e os limites de valores existentes nas modalidades de licitação convite, tomada de preços e concorrência.

    Conforme a citada lei e o Decreto 9.412 de 2018, pode-se esquematizar os limites de valores da seguinte forma:

    Compras e Serviços (NÃO SEJAM DE ENGENHARIA)

    Convite = até R$ 176.000,00

    Tomada de preços = até R$ 1.430.000,00

    Concorrência = acima de R$ 1.430.000,00

    Dispensa de licitação = Até R$ 17.600 (10 % do valor do convite).

    Obras e Serviços de engenharia:

    Convite = até R$ 330.000,00

    Tomada de preços = até R$ 3.300.000,00

    Concorrência = acima de R$ 3.300.000,00

    Dispensa de licitação = Até R$ 33.000 (10 % do valor do convite).

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

    Levando em consideração as explicações acima, percebe-se que a única alternativa em que consta as modalidades de licitação na ordem do menor valor de contrato estimado para a que tem o maior valor de contrato estimado é a letra "c", qual seja, convite, tomada de preços e concorrência.

    GABARITO: LETRA "C".

  • GABARITO: C

    Art. 23, § 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.


ID
2363377
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A resistência do concreto é estudada por meio da análise estatística de dados obtidos em ensaios. A equação que relaciona a resistência média à compressão do concreto para a idade de j dias (fcmj) e a resistência característica à compressão do concreto para a idade de j dias (fckj) é:

fcmj= fckj + 1,65 .Sd

fcmj: resistência média à compressão do concreto para a idade de j dias;
fckj: resistência característica à compressão do concreto para a idade de j dias;
Sd: desvio padrão expresso em MPa.

Sabendo-se que em um ensaio, para j dias, foi obtido fcmj igual a 30,00 MPa e variância de 4,00 MPa, determine, então, o valor do fckj correspondente.

Alternativas
Comentários
  • fcmj= fckj + 1,65 .Sd

    fckj= fcmj - 1,65 .Sd

    onde: Sd = (Variância)^(1/2) 

    Sd = (4)^(1/2) = 2

    Destarte, 


    fckj= 30 - 1,65.2


    fckj = 26,7 MPa

     

    A pergunta é: Pq a questão foi anulada? Talvez por envolver conceitos de estatística. 

     

    Sigamos. 

  • Motivo da anulação da questão foi a unidade usada no "Sd". A unidade MPa seria usada para a variância e não para o desvio padrão.

     

    Correto seria:

     

    Sd: desvio padrão expresso em MPa²

  • Rodrigo Nascimento,

    Acho que você entendeu o motivo, mas explicou de forma "invertida".

    A unidade do desvio é MPa. Veja NBR 12655 e também a equação do desvio (link abaixo). Variância é MPa²

    https://image.slidesharecdn.com/medidas-de-dispersao-e-variabilidade-141209155530-conversion-gate02/95/medidas-dedispersaoevariabilidade-12-638.jpg?cb=1418140591

     

    Tanto é que o valor da resistência de dosagem (fcj ou fcm) é obtida pela soma: fcj = fck + 1,65 x (desvio)

     

     

  • Correto L. 

     

    Realmente me confundi. A anulação se deu pela assertiva "... variância de 4 MPa...", sendo o correto 4 MPa²

  • Banca quis fazer uma pegadinha pra muita gente ir direto com o 4 MPa pra fórmula, mas esqueceu do índice na unidade que entregaria a pegadinha de bandeja.

  • A justificativa dada pela banca:

    "QUESTÃO Nº 42

    RESULTADO DA ANÁLISE: Questão Anulada.

    JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista um equívoco na formulação do enunciado da questão, pois, onde se lê 4,00 MPa, deveria ser 4,00 MPa2 . Portanto recurso deferido"


ID
2363380
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Nas estruturas de concreto, existe um procedimento conhecido por protensão, que consiste basicamente em aplicar um pré-alongamento inicial em armaduras constituídas por barras, fios isolados ou cordoalhas, para cumprir uma dada finalidade estrutural. Assinale a alternativa que apresenta um termo técnico que se refere à armadura de protensão mencionada no enunciado.

Alternativas
Comentários
  • 8.3 Aço de armadura passiva


    8.3.1 Categoria


    Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela
    ABNT NBR 7480, com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias
    CA-25, CA-50 e CA-60. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos
    na ABNT NBR 7480.
     

     

    8.4 Aço de armadura ativa

     


    8.4.1 Classificação


    Os valores de resistência característica à tração, diâmetro e área dos fios e das cordoalhas, bem
    como a classificação quanto à relaxação, a serem adotados em projeto, são os nominais indicados na
    ABNT NBR 7482 e na ABNT NBR 7483, respectivamente.

     

    Fonte: NBR 6118/2014 

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!


     

  • AÇO

     

    8.3 Aço de armadura passiva


    8.3.1 Categoria


    Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480, com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos na ABNT NBR 7480.

     


    8.3.2 Tipo de superfície aderente

     


    Os fios e barras podem ser lisos, entalhados ou providos de saliências ou mossas. A configuração e a geometria das saliências ou mossas devem satisfazer também o que é especificado nesta Norma, nas Seções 9 e 23.


    Para os efeitos desta Norma, a capacidade aderente entre o aço e o concreto está relacionada ao coeficiente N1, cujo valor está estabelecido na Tabela 8.3.

     

     

    Tipo de superfície     N1


    Lisa                       1,0
    Entalhada               1,4
    Nervurada               2,25

     

    8.3.3 Massa específica


    Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7 850 kg/m3.

     


    8.3.4 Coeficiente de dilatação térmica


    O valor de 10^-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre - 20 °C e 150 °C.

     


    8.3.5 Módulo de elasticidade


    Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa.

     

     

    8.4 Aço de armadura ativa


    8.4.1 Classificação

     


    Os valores de resistência característica à tração, diâmetro e área dos fios e das cordoalhas, bem como a classificação quanto à relaxação, a serem adotados em projeto, são os nominais indicados na ABNT NBR 7482 e na ABNT NBR 7483, respectivamente.

     


    8.4.2 Massa específica


    Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura ativa o valor 7 850 kg/m3.

     


    8.4.3 Coeficiente de dilatação térmica


    O valor de 10^ -5 / °C pode ser considerado para coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre - 20 °C e 100 °C.

     


    8.4.4 Módulo de elasticidade


    O valor do módulo de elasticidade deve ser obtido em ensaios ou fornecido pelo fabricante.

     

    Na falta de dados específicos, pode-se considerar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas.

     

     

     


ID
2363383
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O canteiro de obra pode ser definido como uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com as recomendações técnicas.

Alternativas
Comentários
  • 18.4.2.10.8 É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento.

    NR 18 

  • NR 18

    18.4.2.11.3. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento.

  • é obrigatório local para aquecimento de refeiçoes, no entante este local nao poderá estar dentro do alojamento

  • NR 18

    18.26.5 Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo. 

  • Na NR 18 - 2020 não encontrei nada a respeito de haver local para aquecimento de refeição.

    Acredito que a questão está desatualizada!


ID
2363386
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

É usual utilizar, nas estruturas de edifícios, um elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Assinale a alternativa que apresenta o elemento ao qual o enunciado se refere.

Alternativas
Comentários
  • 3.35 Viga alavanca ou de equilíbrio


    Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga)e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes.

     

    Fonte: NBR 6122

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • Viga de transferência é usada para transferir a carga para os apoios verticais (pilares).

  • aquela famosa viga para sapatas de divisas


  • Viga Gerber: vigas formadas pela associação de vigas simples isostáticas com alguma delas apoiadas em outras que lhes dão apoio. As ligações entre as partes se dá por meio de articulações (fixas ou móveis), denominadas rótulas Gerber.

    Viga faixa:  trata-se de vigas com largura maior que a espessura, também conhecidas como vigas chatas. Geralmente é utilizada para ocultar o vigamento quando ele não pode ficar aparente.

    Viga Balcão: projetada para fora do plano, por motivos estéticos, exigências arquitetônicas ou de projeto, em forma de arco ou poligonal, apoiada em seus extremos.



ID
2363389
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Quando o solo está em processo de adensamento, pode ocorrer de o recalque do solo ser maior que o recalque da estaca ou tubulão. A esse processo, é dado o nome de

Alternativas
Comentários
  • Se, no entanto, por qualquer motivo (por exemplo: adensamento de uma camada compressível), o movimento relativo solo-estaca é tal que o solo se desloca mais que a estaca, ocorre o chamado atrito negativo (solo sobre a estaca), o qual sobrecarrega a estaca. Isto pode ocorrer quando proveniente da carga do aterro ou ocasionado pelo aumento das pressões efetivas devidas a um rebaixamento do nível do lençol d'àgua.

     

     

     

    *REPIQUE (item 3.26): parcela elástica do deslocamento máximo de uma estaca decorrente da aplicação de um golpe de martelo ou pilão


    *NEGA ( item 3.25): medida de penetração permanente de uma estaca decorrente da aplicação de um golpe de martelo ou pilão, sempre relacionada com a energia de cravação. Dada sua pequena grandeza, em geral é medida para uma série de dez golpes.



    NBR 6122:2010

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

  • NBR 6122 

    3.48 atrito negativo: o atrito lateral é considerado negativo quando o recalque do solo é maior que o recalque da estaca ou tubulão. Esse fenômeno ocorre no caso de o solo estar em processo de adensamento, provocado pelo seu peso próprio, por sobrecargas lançadas na superfície, por rebaixamento do lençol freático, pelo amolgamento da camada mole compressível decorrente de execução de estaqueamento etc.

    3.24 cota de arrasamento: nível em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubulão, de modo a possibilitar que o elemento de fundação e a sua armadura penetrem no bloco de coroamento.

    3.25 nega: medida da penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe de martelo ou pilão, sempre relacionada com a energia de cravação. Dada a sua pequena grandeza, em geral medida para urna série de dez golpes.

    3.26 repique: parcela elástica do deslocamento máximo de uma estaca decorrente da aplicação de um golpe do martelo ou pilão.

    3.43 solos compressíveis: solos que apresentam deformações elevadas quando solicitados por sobrecargas pouco significativas ou mesmo por efeito de carregamento devido ao seu peso próprio.

    3.44 solos expansivos: solos que, por sua composição mineralógica, aumentam de volume quando há acréscimo do teor de umidade.

    3.45 solos colapsíveis: solos que apresentam brusca redução de volume quando submetidos a acréscimos de umidade, sob a ação de carga externa

    QÉS!


ID
2363392
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Estacas são elementos de fundação executados inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase da execução, haja descida de pessoas. Existe uma série de tipos de estacas, cada qual adequada para um caso em particular. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma característica da estaca Franki.

Alternativas
Comentários
  • ESTACA FRANKI - Estaca moldada in loco executada pela cravação, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituída de pedra e areia previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Essa estaca possui base alargada e é integralmente armada.

  • Estaca tipo Franki

    ESTACA FRANKI 

     

    -> moldada in loco

    ->  cravação

    -> sucessivos golpes de um pilão (percussão)

    -> tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituída de pedra e areia previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito

    -> Atingida a cota de apoio, procede-se à expulsão da bucha e à execução da base alargada.

    -> Alargamento da base é obtido apiloando-se fortemente pequenas e sucessivas quantidades de concreto quase seco (slump zero)

     

     

     

                                                                                   Vá e vença, que por vencido não os conheça!

     


ID
2363395
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Com relação aos telhados com telhas cerâmicas e em vista das recomendações previstas em norma técnica da ABNT, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s)

I. Os telhados devem ser executados com declividade compreendida entre 32% e 40%.

II. A declividade pode ser maior que 40% se as telhas forem fixadas com arame, através da orelha de aramar, à estrutura de apoio do telhado.

III. A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pela cumeeira e prosseguindo-se em direção ao beiral.

IV. Rufo é uma peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede.

Alternativas
Comentários
  • JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista um equívoco na formulação do enunciado da questão, pois faltou especificar que a telha cerâmica era do tipo francesa. Portanto recurso deferido.

     

    Caso contivesse a especificaçao da telha francesa o gabarito seria letra E:

     

    Assertiva I: CORRETA, 4.3.1 Os telhados devem ser executados com declividade compreendida entre 32% e 40%.

    Assertiva II: CORRETA: 4.3.2 A declividade pode ser maior, se as telhas forem fixadas com arame, através da orelha de aramar, à estrutura de apoio do telhado.

    Assertiva III: ERRADA: 4.4.1 A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo beiral e prosseguindo-se em direção à cumeeira

    Assertiva IV: CORRETA: 3.7 Rufo Peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede

     

    Fonte: NBR 8039


ID
2363401
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Conforme recomendações técnicas da ABNT, para os tipos de impermeabilização que requeiram substrato seco, a argamassa de regularização que receberá a impermeabilização deve ter idade mínima de

Alternativas
Comentários
  • NBR 9574/2008 - Execução de Impermeabilização

    4.1.2 Para os tipos de impermeabilização que requeiram substrato seco, a argamassa de regularização deve ter idade mínima de 7 dias.

  • @Damiao, perfeito seu comentário

  • 7 dias para impermeabilização

    14 dias para assentamento de azulejos

    21 dias para pintura

  • De acordo com a 9574

    Requer substrato úmido -----> impermeabilização rígida

    Exceções: membrana epoxi, que requer substrato seco se a água estiver sob pressão negativa; cimento cristalizante para pressão negativa, que requer que esteja saturado (não apenas úmido),

    Requer substrato seco -----> impermeabilização flexível (via de regra)