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Prova Itame - 2020 - Prefeitura de Edéia - GO - Engenheiro Civil


ID
3956602
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Qual é o tema principal do texto?

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo [...].

    ➥ O poema apresenta uma reflexão sobre aquilo que o eu-lírico sonhou, sobre tudo que ele planejou (esse é o tema do texto, parte principal).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • "Tenho em mim todos os sonhos do mundo"

    O texto fala sobre sonhos não "realizados" e sobre as frustrações do eu-lirico.


ID
3956605
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Em conformidade com o texto, os milhões de quartos espalhados pelo mundo, metaforicamente, representam

Alternativas
Comentários
  • das Janelas do meu quarto,

    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),

    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,

    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,

    B as diversas pessoas que vivem distantes por todo o mundo.

  • Gab: B

  • qual o erro da C)?

  • Caramba! Que banca lixo!!!! Questão imunda e covarde.


ID
3956608
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Considerando o contexto, na quinta estrofe, o eu lírico predominantemente,

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    5ª estrofe: Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa, Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar? Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Génio? Neste momento [...].

    ➥ O eu-lírico explica o seu fracasso de vida atribuindo ao fato de nunca ter estabelecido objetivos para si mesmo.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A questão é de interpretação e compreensão textual e teremos que indicar qual questão informa o que nos passa melhor como informação o eu lírico na estrofe.

    Estrofe representa um conjunto de versos, que por sua vez, correspondem a uma linha do texto poético.

    Eu lírico é um termo usado dentro da literatura para designar o pensamento geral daquele que está narrando um poema.

    a) agradece as oportunidades que foram oferecidas a ele e que mudaram a sua vida.

    Incorreta. Não, na verdade ele até diz que não o serviu de nada a aprendizagem "Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada./ A aprendizagem que me deram,/Desci dela pela janela das traseiras da casa,/ Fui até ao campo com grandes propósitos.

    b) descreve todos os seus pensamentos positivos mostrando que se tornou o que sonhava ser.

    Incorreta. Na verdade ele diz que sonha mais que fez. "O mundo é para quem nasce para o conquistar/

    E não para quem sonha que pode conquistá-lo,/ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.

    c) explica o seu fracasso de vida atribuindo ao fato de nunca ter estabelecido objetivos para si mesmo.

    Correta. Sim, é explicado pelo eu lírico que ele sonhou com muitas coisas e realizou poucas por não ter corrido atrás dos objetivos. "O mundo é para quem nasce para o conquistar/

    E não para quem sonha que pode conquistá-lo,/ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.

    d) relata a sua marcante história de vida, lutas, sonhos, suas aspirações altas e conquistas realizadas.

    Incorreta. Relata uma vida que não conquistou e sim sonhou. "Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez."

    GABARITO C

  • A estrofe inicia dizendo que o Eu lírico falhou em tudo:

    Falhei em tudo.

    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.

    Depois ele afirma que:

    O mundo é para quem nasce para o conquistar

    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.

    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.

    C explica o seu fracasso de vida atribuindo ao fato de nunca ter estabelecido objetivos para si mesmo.

  • deu trabalho lembrar o que era estrofe kkk


ID
3956611
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


De acordo com o contexto, para os versos: “O mundo é para quem nasce para o conquistar” / “E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão”, a melhor interpretação é:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    “O mundo é para quem nasce para o conquistar” / “E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão”.

    ➥ Podemos interpretar o trecho da seguinte forma: o eu poético subestima quem sonha como ele (não dá o devido valor ou apreço) e aprecia quem faz. Para ele, é melhor ter bons propósitos e praticá-los (as pessoas já nascem com isso).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A questão é de interpretação textual e quer que indiquemos por meio das alternativas o que a frase abaixo informa.

    “O mundo é para quem nasce para o conquistar” / “E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão”,

    a) O eu poético subestima quem sonha como ele e aprecia quem faz. Para ele, é melhor ter bons propósitos e praticá-los;

    Correta. Ao dizer que "o mundo é para quem nasce para conquistar" está apreciando quem faz e ao dizer: "não para quem sonha que pode conquistá-lo" está subestimando quem sonha. Portanto gabarito da questão.

    b) O eu poético sobrestima os sonhadores e valoriza os corajosos. Para ele, é essencial ter inspiração e boas práticas;

    Incorreta. O eu poético não sobrestima (gostar, adorar, ter apreço) aqueles que sonham, muito pelo contrário ele subestimava-os.

    c) O eu lírico reverencia quem sonha como ele e deprecia quem realiza. Para ele, é importante planejar as ações;

    Incorreta. O eu lírico não reverencia quem sonha é o contrário disso, ele reverencia quem faz.

    d) O eu lírico preza os sonhadores e supervaloriza os sonhos e as conquistas intrêmulas dos indivíduos que têm razão.

    Incorreta. O eu lírico despreza os sonhadores e não preza.

    GABARITO A

  • CUIDADO!!!

    Não seja afobado!

    Esse tipo de questão é daquelas que nos vence pelo cansaço ao fazer uma leitura apressada.

    Subestimar = não dar o devido valor ou apreço

    Sobrestimar = ter um apreço exagerado.


ID
3956614
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Considerando os aspectos de coesão e coerência, marque a alternativa em que as substituições, respectivamente, estejam em conformidade com os elementos destacados nos versos:
“Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.” / “Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,” / “Ainda que não more nela...”

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    “Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.” / “Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,” / “Ainda que não more nela...”

    ➥ QUE (pronome relativo; retoma o substantivo "filosofias"; equivale a "as quais");

    ➥ MAS (conjunção coordenativa adversativa; outras com essa mesma classificação: não obstante, porém, só que, contudo, senão (=mas sim), todavia, entretanto, no entanto, ainda assim);

    ➥ TALVEZ (advérbio de dúvida; equivale a "acaso, quiçá, porventura");

    ➥ AINDA QUE (conjunção subordinativa adverbial concessiva; outras com essa mesma classificação: embora, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A questão quer que marquemos a alternativa em que as substituições estejam em conformidade com os elementos destacados nos versos “Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.” / “Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,” / “Ainda que não more nela...”. Vejamos:

     

    "que" nesse caso é pronome relativo e equivale a "as quais", já que retoma o substantivo "filosofias".

    "QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)

    "QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)

    "mas" é conjunção coordenativa adversativa com valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva e equivale a "porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...".

    "talvez" é advérbio de dúvida e é sinônimo de "quem sabe, quiçá, porventura, possivelmente, provavelmente, acaso, decerto".

    "ainda que" é conjunção subordinativa adverbial concessiva com valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa, e pode substituída por "embora, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante..."

    A) as quais / Porém / quiçá / Mesmo que.

    Certo! Explicado acima.

    B) em que / Entretanto / sem dúvida / assim que.

     Errado: o certo é "que" e não "em que". "Assim que" é conjunção subordinativa temporal.

    C) nas quais / Mais / provavelmente / Posto que.

    Errado: o certo é substituir por "as quais" e não por "nas quais". O certo é usar a conjunção "mas" e não o advérbio "mais". "Posto que" pode ser conjunção subordinativa causal ou concessiva.

    D) quais / Todavia / possivelmente / Á medida que.

    Errado: o certo é substituir por "as quais" e não por "quais". "À medida que" é conjunção subordinativa proporcional.

    Gabarito: Letra A

  • Importante:

    i) filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.”

    ( As) Filosofias as quais

    II)/ “Mas sou,

    São adversativos:

    mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 

    III) e talvez serei sempre, o da mansarda,”

    talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.

    IV) / “Ainda que não more nela...”

    São concessivos: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto

  • Vamos resolver a questão de forma resumida:

    ✅ "Nenhum Kant escreveu as filosofias" = as quais; (so aí já sei que o gabarito é a alternativa "A". Sigamos em frente!!!

    ✅ Mas = Conjunção adversativa = porém;

    ✅ Talvez = advérbio que expressa DÚVIDA; Logo não pode ser "sem dúvida". = quiçá (dúvida);

    ✅ Ainda que = conjunção concessiva = mesmo que.

    GABARITO: A

    "DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."

  • Assertiva A

    as quais / Porém / quiçá / Mesmo que.

  • Quiçá, voltando a aparecer nos concursos.

  • LEMBREI DO PROF SIDNEY QUIÇA O MELHOR DAS AMERICAS


ID
3956617
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Nos versos: “Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? “/ “Ser o que penso?” /Mas penso ser tanta coisa!”, o emprego insistente do ponto de interrogação e do ponto de exclamação criam um efeito de sentido. Nesse contexto, esses pontos foram usados para

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ “Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? “/ “Ser o que penso?” /Mas penso ser tanta coisa!

    ➥ O eu-lírico se questiona sobre várias coisas (interrogações "?") e também ressalta um valor subjetivo/pessoal (através do uso de exclamações "!").

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • podia ser qualquer uma alternativa
  • Eu vejo subjetividade nas alternativas isso sim!

  • Faltam adjetivos para descrever tamanha subjetividade.

  • Em geral, quando há essa sinalização, existe uma tentativa de interação com o leitor. Mas, só que não.

  • Que banca mais "infame"!

  • Questão bem subjetiva, não?

    Então vou marcar aquela que EU mais gostei, só para não sair dessa levada de subjetividade!

  • O relativismo no texto dependente da perspectiva subjetiva do pragmatismo possível de ser aplicado. daí nota-se o caráter subjetivo.
  • Pessoal, eu posso até estar errado, mas numa discussão, por exemplo, quando o emissor faz uma pergunta de ordem direta, isto expressa o sentimento dele.

    1) Quem você pensa que eu sou? - raiva;

    2) Será que as coisas devem ser assim mesmo? - expectativa, ansiedade;

    3) Que isso, meu irmão? Surpresa, admiração

    Por este motivo, acho a alternativa (D) a mais correta.

    Erros, por favor, me corrijam

    INSTAGRAN

    @simplificandoquestoescombizus (Jefferson Lima)

  • Isso é um absurdo.

    Gostaria que o examinador explicasse o que seria exatamente "enfatizar a subjetividade do eu lírico" e o que isso tem a ver com o trecho. Aposto que faria qualquer especialista em Fernando Pessoa se contorcer de constrangimento.


ID
3956620
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão 

TABACARIA
Fernando Pessoa
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo não estão nesta hora génios-para-si-mesmo sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
[...]

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
[...]

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.
(Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Atica, 1944-252)


Em “Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é...” Por que a palavra ninguém é acentuada?

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    ➥ NINGUÉM - NIN-GUÉM → última sílaba tônica; trata-se de uma oxítona terminada em -em (ens).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Dica

    Acentuam-se as oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em e -ens.

    "Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" Js 1:9

  • A questão quer saber por que a palavra ninguém é acentuada. Vejamos:

    nin-guém é uma oxítona terminada em "em", por isso deve ser acentuada.

    Oxítona: a sílaba tônica é a última. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O (S), mesmo quando seguidas de LO(S), LA(S); e as terminadas em EM, ENS (com duas ou mais sílabas).

     . 

    A) A palavra é acentuada por se tratar de uma proparoxítona.

    Errado. Não é proparoxítona, mas, sim, oxítona.

    Proparoxítonas são palavras que têm a antepenúltima sílaba como sílaba tônica. TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, segundo as regras de acentuação.

     . 

    B) A palavra é acentuada por ser uma oxítona terminada “em”.

    Certo.

     . 

    C) A palavra é acentuada por ser uma dissílaba terminada em ditongo.

    Errado. Não é dissílaba terminada em ditongo, mas, sim, oxítona.

    Dissílaba: palavras compostas por duas sílabas. Exemplos: Livro (li-vro)

    Ditongo: é o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.

     . 

    D) A palavra é acentuada por ser uma paroxítona e, portanto, todas recebem acento gráfico.

    Errado. Não é paroxítona, mas, sim, oxítona.

    Paroxítona: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

     . 

    Gabarito: Letra B

  • Tome cuidado:

    Não acentuamos as paroxítonas terminadas em ens.

  • A famosa regra da oxítona terminada com:

    a (s) e (s) o (s) em éns

  • Eu utilizo o mnemônico "paletó".

    Acentuam-se as oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em e -ens.

  • Acentuam-se as oxítonas terminadas em: a(s), e(s), o(s), em e ens.

  • Oxítona é uma palavra que tem a última sílaba como sílaba tônica, ou seja, a sua última sílaba é aquela que é pronunciada com mais força. As restantes sílabas da palavra são átonas, sendo pronunciadas com menor intensidade.

  • GABARITO: LETRA B

    A questão pergunta a razão da palavra NINGUÉM ser acentuada.

    Ninguém é terminada em EM e é acentuada por ser uma OXÍTONA!

    Oxítonas: Última sílaba tônica.

    Paroxítonas: Penúltima sílaba tônica.

    Proparoxítonas: Antepenúltima sílaba tônica.

    Monossílabos ↳ Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em "A, E, O com ou sem S".

    Oxítonas ↳ Acentuam-se as oxítonas terminadas em "A, E, EM, ENS e DITONGO".

    Paroxítonas ↳ Acentuam-se as paroxítonas terminadas em " L, I(s), N, US, PS, Ã, R, UM, UNS, ON, X, ÃO e DITONGO".

    Proparoxítonas ↳ Todas as paroxítonas são acentuadas.

    Hiatos

    Acentuam-se o "I e o U", quando são a segunda vogal tônica de hiato, quando essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba.

    Obs:

    Se junto ao I e U vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento.

    Se o I for seguido de nh, não haverá acento.

    Também não haverá acento se a vogal se repetir, como, por exemplo, em xiita.

    MEUS RESUMOS DE AULAS ASSISTIDAS.


ID
3956623
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual é a Figura de Linguagem predominante nos versos de Carlos Queiroz Telles?


Que tarde!
Além do calor e da prova.
aquela minissaia
sentada bem ao meu lado!
Assim não há memória
que resista...

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: D

    Que tarde! Além do calor e da prova aquela minissaia sentada bem ao meu lado! Assim não há memória que resista...

    ➥ A expressão em destaque denota a presença da figura de linguagem denominada metonímia (trocar o todo pela parte ou vice-versa). Usou-se o termo "minissaia" (parte) para se referir a uma mulher (todo).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Em palavras breves, as figuras de linguagem são recursos expressivos utilizados com objetivo de gerar efeitos no discurso. Dentro do extenso grupo em que se arrolam esses recursos, existem quatro subdivisões: figura de palavra, figura de construção, figura de sintaxe e figura de som.

    "Que tarde! Além do calor e da prova, aquela minissaia sentada bem ao meu lado! Assim não há memória que resista..."

    Da leitura do fragmento textual, observa-se que a palavra "minissaia" fora utilizada para referir-se a uma mulher. Essa característica de empregar uma palavra por outra, a designar uma coisa com o nome de outra diz respeito à metonímia. Há emprego desta figura de linguagem quando se troca obra pelo autor (ler Machado de Assis), conteúdo pelo continente (beber um copo de cachaça), parte pelo todo (comprar uma cabeça de gado), etc.

    a) Perífrase.

    Incorreto. Define-se a perífrase como o uso de palavras para referir-se a alguma coisa por sua característica. Exs.: Cidade da Luz (Paris), Rei das Selvas (Leão), Planeta Água (Terra), etc. Quando diz respeito a pessoas, dá-se o nome de antonomásia. Exs.: Poeta dos Escravos (Castro Alves), A Redentora (Princesa Isabel), etc.;

    b) Gradação.

    Incorreto. É a disposição das ideias em ordem crescente ou decrescente. Ex.:

    “Ó não guardes, que a madura idade

    te converte essa flor, essa beleza,

    em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório de Matos)

    c) Hipérbole.

    Incorreto. É a figura do exagero, do excesso. Servem-se dela para deformar a realidade. Exs.:

    “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac)

    “Os autos voam pela via central, e cruzam-se pedestres em todas as direções.” (Monteiro Lobato)

    d) Metonímia.

    Correto. Vide detalhamento acima.

    Letra D

  • Direto: Na metonímia fazemos uma troca ou substituição de palavras.

    Ex: Vou comer um mcdonald´s

    Ela comeu três pratos de feijoada.

    Ele leu Machado de Assis.

    Na metonímia vc troca o autor pela obra...a obra pelo conteúdo...

  • Metonímia acontece quando ocorre a substituição de um nome pelo outro em virtude de haver uma associação de significado.

    Aquela minissaia sentada bem no meu lado! -> aquela garota sentada bem no meu lado!

    Assim não há memória que resista -> assim não há pessoa que resista

    Gabarito D

  • LETRA - D

    Metonímia

    Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.

  • trocou o produto pelo conteúdo

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA


ID
3956626
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa em que a concordância verbal está correta, considerando o contexto das frases.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    A) O professor com o aluno montou o brinquedo → CORRETO. Temos um sujeito simples; concordância realizada corretamente no singular. Vale ressaltar que o termo "com o aluno" é um adjunto adverbial de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem, na ordem direta: "O pai montou o brinquedo com o filho."

    B) O governador e seus secretários traçou planos para o novo ano → INCORRETO. O correto é TRAÇARAM. Trata-se de um sujeito composto (formado por dois núcleos); a concordância deve ser realizada no plural.

    C) Tanto a mãe quanto o pai ficara surpresos com a notícia → INCORRETO. O correto é FICARAM. Trata-se de um sujeito composto (formado por dois núcleos); a concordância deve ser realizada no plural.

    D) Novelas, filmes, boas conversas, nada o tiraram da concentração → INCORRETO. O correto é TIROU. A concordância deve ser realizada no singular; concorda com o aposto resumitivo NADA.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • A

    - Em (a), está correto: “O professor com o aluno MONTOU o brinquedo” sujeito ligado pela preposição “com” o singular é mais adequado. (Bechara diz ser possível pluralizar o quesito, outros gramáticos só admitem o plural se a expressão adverbial de companhia “com o aluno” estivesse entre vírgulas);

    - Em (b), está errada: “O governador E seus secretários traçou planos para o novo ano” sujeitos ligados pela conjunção aditiva “e” o plural é obrigatório;

    - Em (c), está errada: “TANTO a mãe QUANTO o pai ficara surpresos com a notícia”, com conectores correlatos “tanto...quanto...” o plural é obrigatório;

    - Em (d), está errada: “Novelas, filmes, boas conversas, NADA o tiraram da concentração” com aposto resumitivo, o verbo concorda com ele.

  • Sem entrar em pormenores, a concordância verbal diz respeito à correta flexão do verbo a fim de concordar com o sujeito. Esporadicamente, no entanto, foge-se à regra geral e faz-se a concordância de modo distinto, conforme se verá a seguir.

    a) O professor com o aluno montou o brinquedo.

    Correto, mas com observações a serem feitas. Se dois núcleos estiverem ligados pela preposição "com", a concordância flutua: pode-se dar no singular ou no plural — preferencialmente neste, tendo em vista que o "com" equivale ao conectivo aditivo "e", consoante lição de Rocha Lima em Gramática Normativa da Língua Portuguesa, p.482. O mesmo gramático discorre que o uso do singular é raríssimo e a ele se recorre quando o segundo sujeito é posto em plano muito inferior

    Por seu turno, outro gramático de vulto, Evanildo Bechara, em Lições de Português Pela Análise Sintática, p.96, chancela o ponto de vista acima e alerta que o emprego do plural ou singular é livre, mas não indiferente e, na preferência pelo singular, costuma-se isolar por vírgulas o valor secundário do adjunto adverbial de companhia — a que Rocha Lima chama de sujeito. Vide exemplo:

    "El-rei, com a corte e toda nobreza, estava fora da cidade..." (Alexandre Herculano)

    b) O governador e seus secretários traçou planos para o novo ano.

    Incorreto. Há dois núcleos (governador e secretários). Deve o verbo flexionar-se no plural. Correção: "O governador e seus secretários traçaram (...)";

    c) Tanto a mãe quanto o pai ficara surpresos com a notícia.

    Incorreto, mas com observações a serem feitas. Se o sujeito é constituído com a presença de uma fórmula correlativa (a exemplo de "tanto...quanto", "assim...como", "tanto...como", "não só...mas também”, etc.), deve preferir-se o verbo no plural. Vide exemplos literários:

    I - "Assim Saul como Davi, debaixo do saial, eram homens de tão grandes espíritos, como logo mostraram suas obras." (Antônio Vieira)

    II - "Não só a nação, mas também o príncipe, estariam pobres." (Alexandre Herculano)

    Conquanto excepcional, o singular não é prática viciosa e está ancorado no cânone literário brasileiro:

    III - "(...) tanto uma, como a outra, suplicava-lhe que esperasse até passar a maior correnteza." (José de Alencar)

    No caso em apreço, contudo, o predicativo do sujeito (surpresos) está no plural, de modo que o verbo também deverá se achar no plural. Correção: “Tanto a mãe quanto o pai ficaram surpresos com a notícia”.

    d) Novelas, filmes, boas conversas, nada tiraram da concentração.

    Incorreto. Se vários sujeitos são resumidos por um aposto resumidor, dá-se a concordância com este último. Correção: "Novelas, filmes, boas conversas, nada o tirava da concentração".

    Letra A

  • Não tem nada de errado no comentário do Artur Carvalho, essa "SYd B." não sabe de nada, fica tentando bagunçar, e se o cara errar faz parte, pois só não erra quem não faz, portanto se você não erra é porque você não faz ou não tem coragem de fazer! Resumindo, isso se chama "inveja".

  • Ainda não entendi o motivo desse complô contra o Arthur que existe aqui, sinceramente.

  • Favor, veja comigo essa joça!

    A) O professor com o aluno montou o brinquedo.

    Na concordância com o "com" eu posso pôr no plural caso queria valorizar o primeiro agente.

    Cesar com o pintor terminaram a pintura

    Cesar com o pintor terminou a pintura

    Ver ref: Spadoto, 320.

    ________________________________________________________

    B) O governador e seus secretários traçou planos para o novo ano.

    Sujeito composto antes do verbo (em regra ) plural.

    O governador e seus secretários traçaram.

    ______________________________________________________

    C) Tanto a mãe quanto o pai ficara surpresos com a notícia.

    Tanto a mãe quanto o pai ficaram surpresos

    ____________________________________________________

    D) Novelas, filmes, boas conversas, nada o tiraram da concentração.

    Na concordância com o aposto resumidor o verbo fica no singular.

    DICA: Geralmente vc o encontra resumido por tudo, nada, ninguém..

    O céu , a terra e o mar Tudo conspirou ao seu favor.

    O homem , a mulher, a criança Ninguém parou para ajudá-lo.

    ________________________________________________________

    Bons estudos!

  • Não teria que estar entre vírgulas para o verbo ficar no singular?

    O professor, com o aluno, montou o brinquedo.

  • Para ficar mais fácil, tentem imaginar a seguinte situação: Há um professor, o qual está na companhia de um aluno. O aluno observa o professor montando o brinquedo.

    "O professor com o aluno montou o brinquedo."

    Nessas questões de concordância, além das regras, ajuda demais quando montamos o cenário e checamos pra ver se faz algum sentido. Ajuda demais. Com a prática a gente chega lá.

  • Creio que cabe recurso, pois em vias de regras quando o "com" não vem separado por virgulo ele tem o sentido de aditivo, logo o verbo vai para o plural.

    Se o "com" vier separado por virgulas ele passa a ter o sentido de companhia, consequentemente o verbo fica no singular.

  • Assertiva A

    O professor com o aluno montou o brinquedo.

  • Analizando a sintaxe!

    O professor com o aluno  montou  o brinquedo.

    (adj.adn) (sujeito) (prep.) (obj. indi) (verbo) (Obj. direto)

    Quando observamos assim por partes, e fazemos pergunta ao verbo, percebemos que fica mais fácil identificar, 'quem' concorda com 'quem' .

    Neste caso o verbo no singunlar porque concorda com professor.

  • Assertiva A

    O professor com o aluno montou o brinquedo.

    Pode tanto o verbo ficar no singular combinando com o elemento destacado "pai", ou com ambos os núcleos no plural, mas ficaria no obrigatoriamente no plural se fosse: O professor "E O" aluno montaram o brinquedo.

    E por isso tb que a letra b está errada!

    Ex

    • O pai com o filho brincaram na praça.

    • O prefeito com o secretário traçaram os planos para o próximo semestre.

    Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.

    • O pai com o filho brincou na praça

    • O prefeito com o secretário traçou os planos para o próximo semestre.

  • COMENTÁRIO DO PROFESSOR

    Sem entrar em pormenores, a concordância verbal diz respeito à correta flexão do verbo a fim de concordar com o sujeito. Esporadicamente, no entanto, foge-se à regra geral e faz-se a concordância de modo distinto, conforme se verá a seguir.

    a) O professor com o aluno montou o brinquedo.

    Correto, mas com observações a serem feitas. Se dois núcleos estiverem ligados pela preposição "com", a concordância flutua: pode-se dar no singular ou no plural — preferencialmente neste, tendo em vista que o "com" equivale ao conectivo aditivo "e", consoante lição de Rocha Lima em Gramática Normativa da Língua Portuguesa, p.482. O mesmo gramático discorre que o uso do singular é raríssimo e a ele se recorre quando o segundo sujeito é posto em plano muito inferior

    Por seu turno, outro gramático de vulto, Evanildo Bechara, em Lições de Português Pela Análise Sintática, p.96, chancela o ponto de vista acima e alerta que o emprego do plural ou singular é livre, mas não indiferente e, na preferência pelo singular, costuma-se isolar por vírgulas o valor secundário do adjunto adverbial de companhia — a que Rocha Lima chama de sujeito. Vide exemplo:

    "El-rei, com a corte e toda nobrezaestava fora da cidade..." (Alexandre Herculano)

    b) O governador e seus secretários traçou planos para o novo ano.

    Incorreto. Há dois núcleos (governador e secretários). Deve o verbo flexionar-se no plural. Correção: "O governador e seus secretários traçaram (...)";

    c) Tanto a mãe quanto o pai ficara surpresos com a notícia.

    Incorreto, mas com observações a serem feitas. Se o sujeito é constituído com a presença de uma fórmula correlativa (a exemplo de "tanto...quanto", "assim...como", "tanto...como", "não só...mas também”, etc.), deve preferir-se o verbo no plural. Vide exemplos literários:

    I - "Assim Saul como Davi, debaixo do saial, eram homens de tão grandes espíritos, como logo mostraram suas obras." (Antônio Vieira)

    II - "Não só a nação, mas também o príncipe, estariam pobres." (Alexandre Herculano)

    Conquanto excepcional, o singular não é prática viciosa e está ancorado no cânone literário brasileiro:

    III - "(...) tanto uma, como a outra, suplicava-lhe que esperasse até passar a maior correnteza." (José de Alencar)

    No caso em apreço, contudo, o predicativo do sujeito (surpresos) está no plural, de modo que o verbo também deverá se achar no plural. Correção: “Tanto a mãe quanto o pai ficaram surpresos com a notícia”.

    d) Novelas, filmes, boas conversas, nada tiraram da concentração.

    Incorreto. Se vários sujeitos são resumidos por um aposto resumidor, dá-se a concordância com este último. Correção: "Novelas, filmes, boas conversas, nada o tirava da concentração".

    Letra A


ID
3956629
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em Pra mim ir no supermercado. O nível de linguagem, é considerada:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    ✓ Pra mim ir no supermercado

    ➥ Temos a presença de linguagem vulgar ou coloquial.Trata-se daquela que é usada de forma espontânea e fluente pelas pessoas. Abreviou-se a preposição "para" e uso "no" no lugar de "ao", frase conforme a norma culta: para mim ir ao supermercado.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Mim não conjunga Verbo.

    usa-se "Eu" nesses casos.

  • A questão é sobre tipos de linguagem e quer saber o nível de linguagem utilizada em "Pra mim ir no supermercado". Vejamos:

    A regência do verbo "ir" na frase acima está incorreta, pois "quem vai, vai A algum lugar e não 'em' algum lugar". Logo, de acordo com a linguagem culta o certo seria: "Pra mim ir AO supermercado".

    A) Gíria.

    A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais. as palavras ou expressões provenientes das gírias são utilizadas durante um tempo por um certo grupo de usuários e depois são substituídas por outras por outros usuários de outras gerações.

    B) Culta.

    A linguagem formal (linguagem culta) é a que segue as regras gramaticais, a que emprega corretamente as palavras e sua pronúncia. É usada, por exemplo, em palestras, entrevistas de emprego, concursos públicos, reuniões de trabalho...

    C) Vulgar.

    A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/formal. Nessa linguagem as estruturas gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento.

    D) Regional.

    A linguagem regional refere-se aos falares locais, variações na fala que ocorrem de acordo com o local geográfico onde os falantes estão ou são naturais.

    Gabarito: Letra C

  • do jeito que esta no contexto é linguagem dos "Mano" !!! o certo, o culto é: para eu ir ao supermercado!!!

  • DEPOIS DA PREPOSIÇÃO "PARA", USA-SE: "EU"

    PARA EU IR...

  • tia Teresa já dizia no primário "mim índio não conjuga verbo"
  • Para eu ir ao supermercado.

    No original, temos uma redução informal da conjunção "para"; "mim" é pronome oblíquo tônico e só aparece seguido de preposição: "Trás isso pra mim"; Ir no supermercado implica que a pessoa vai montada no supermercado. Ela quer ir AO supermercado.

    Qualquer coisa, apontem se há algum equívoco.

    OBS: Achei que fosse um regionalismo, porque aqui no Nordeste essa forma informal é exatamente a maneira com a qual falamos na linguagem falada aqui.

  • VULGAR,BAIXA,RASTAQUERA,RASTEIRA,BÁRBARA,ESDRÚXULA.......

  • Muitos comentários falando que "Para mim ir" está correto. NÃO ESTÁ.

    Frequentemente as pessoas têm dúvidas em relação a essa frase. Mas com uma breve explicação fica mais fácil de compreender.

    O 'para eu' e 'para mim' existem na Língua Portuguesa, porém devem ser usados em contextos diferentes.

    Quando utilizar 'para eu': Deve ser usado quando for o sujeito da oração e quando possui um verbo no infinitivo (ar-, er e ir).

    Ex: É para eu ir ao supermercado?

    É para eu comer agora?

  • Entre preposição e verbo no infinitivo usa-se pronome reto (eu).

  • Mim não conjuga verbo. Logo, correto seria: "Para eu ir ao supermercado."


ID
3956632
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Dos 250 alunos que concluíram o curso de línguas de uma escola, 142 concluiu o curso de inglês e 125 o de espanhol. Somente 12 deles não concluíram nenhuma dessas duas línguas. Sobre esses alunos, é correto o que se afirma em:

Alternativas

ID
3956635
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dois advogados deverão analisar 45 processos, e resolveram dividir essa quantidade em partes inversamente proporcional ao respectivo tempo de trabalho de ambos na empresa. Se o primeiro que trabalha na empresa há 28 anos analisar 25 dos processos. Quantos anos de trabalho o segundo tem na empresa?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(D)

    Temos um total de 45 processos. Se 25 já foram analisados pelo advogado que tem 28 anos de serviço, sobrarão para o segundo advogado 45 - 25 = 20 processos.

    Agora basta fazer uma regra de três INVERSA, como dito pelo enunciado. INVERSAMENTE PROPORCIONAL quer dizer que uma grandeza aumenta e a outra diminui, por isso faz-se necessário inverter uma das grandezas antes de resolver.

    28 ------------------- 25

    x ---------------------- 20

    28/x = 20/25 (simplifica 20 e 25 por 5)

    28/x = 4/5 (simplifica 4 e 28 por 4)

    7/x = 1/5

    x = 7 * 5

    x = 35 anos

  • 1° ADVOGADO: X (trabalha há mais tempo na empresa)

    2° ADVOGADO: Y

    45 processos no total: X + Y = 45

    Tx = 28 anos;

    Ty = ?

    X + Y = 45

    X / 1/28 = Y/ 1/Ty = K (constante de proporcionalidade)

    X = (1/28) * K

    Y = (1/Ty) * K

    Como os processos foram divididos em partes inversamente proporcionais ao tempo de trabalho na empresa, e que o advogado X que trabalha há 28 anos na empresa vai analisar 25 processos, teremos:

    X = (1/28) K

    25 = 1/28K; K = 700

    Y = (1 / Ty) * K;

    20 = (1 / Ty) * 700 ; Ty = 700/20; Ty = 35 anos

    GABARITO: D

    " DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."


ID
3956638
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma escola de música oferece cinco cursos de instrumentos musicais. Sabe-se que cada professor dessa escola ministra aulas de exatamente dois instrumentos e que, para cada dois instrumentos, há um único professor que ministra aulas desses dois instrumentos. Então, o número de professores nessa escola é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(D)

    O enunciado só está ''enchendo linguiça''. O que deve ser feito é a combinação de 5 instrumentos 2 a 2, pois sabemos que a ordem não importa, ou seja, se eu escolher os instrumentos A e B ou B e A será a mesma coisa.

    C5'2 = 5! / 2! (5-2!)

    5 * 4 * 3! / 2! 3! (corta 3! com 3! e simplifica 2! com 4)

    5 * 2 = 10

    Portanto teremos 10 combinações de dois instrumentos. Se cada professor da aulas exatamente de dois instrumentos, o número de professores também será 10.

  • Macete : Se a ordem não influencia = combinação

    C 5 ,2 / 2 ! = 5 * 4 / 2 * 1 = 10 professores.

  • Quando você se perder na questão, testa a COMBINAÇÃO :D

  • Trata-se de Arranjo.

    Atalho para resolução.

    A (n5 p2) A= 5.4 / 2.1 A= 10

    O atalho consiste em o nº de escolhidos (denominador) manda quantos nºs serão abertos do total (numerador) na fatoração. E ele próprio também deve ser fatorado, divide e terás o resultado, só fazer e assim e correr pro abraço, sem formulas, sem cabelos brancos !

  • LEIA 5X , DEVAGAR,QUE VC ENTENDE SEM CONTA.

  • fala pra voce

    passei por esta questão ontem e fiquei com raiva

    fui trabalhar no outro dia pensando na questão, trabalhei pensando, voltei nela hoje e continuo com raiva , porem com uma intensidade maior

  • Cada curso ministrado ( por um professor apenas ) dos 5 existentes, utiliza-se 2 instrumentos.

    Sendo assim, será uma Combinação de 5 por 2 , pois a ordem não importa - já que pode ser violão e piano OU piano e violão.

    C 5,2 = 5.4 / 2.1 = 10 professores

    Obs: usamos o 2 como referência para a quantidade de algarismos do num. e denom. quando for combinação - Arranjo é outra situação.

  • Violão, Cavaquinho, Piano, Flauta e Tabaquinho , eis os 5 instrumentos.

    VC, VP, VF, VT, CP, CF, CT, PF, PT e FT são todas as combinações possíveis dos instrumentos. São 10 combinações, cada professor ensina uma dessas combinações.

    _______________

    mas eu admito que há ambiguidades no enunciado dessa questão.


ID
3956641
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Ao longo de uma reunião ministerial, da qual participaram o presidente da República e alguns ministros, foram servidos 37 copos com água. Sabe-se que:
todos os participantes da reunião sentaram-se em uma mesa circular;
o primeiro a ser servido foi o presidente e, após ele, sucessivamente, todos os demais o foram, um a um, a partir da esquerda do presidente;
a cada passagem da bandeja com os copos com água, todas as pessoas se serviram, cada qual de apenas um copo;
coube o presidente ser servido do último copo da bandeja.
Considerando que as pessoas podem ter servido mais de um copo com água, o total de participantes dessa reunião ministerial poder ser:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito(B)

    Temos 37 copos de água que foram servidos, sendo que o presidente foi o primeiro e o que ficou com o copo de número 37.

    Testando 18 pessoas na mesa, se o copo de número 37 cair no presidente será a nossa resposta.

    18 / 2 = 9

    Temos 9 pessoas em cada metade de um círculo. O presidente será servido do primeiro copo, depois do copo 19, pois se temos 18 ministros, no 19 começará uma nova rodada.

    Depois, 19 + 18(que é mais uma rodada completa) = 37, então o último copo será do presidente, portanto nosso gabarito é 18.

  • 37 copos - 1 copo do presidente = 36, a partir daí divide por 2 até chegar ao presidente.

    36/2 = 18 pessoas.

    Qualquer erro avisem.

  • 1° e 37 ° -> Presidente

    37/2 = 18 e resto 1, o resto equivale ao 37° entregue ao presidente.

    18 -> número de pessoas presentes.

  • GABARITO: LETRA B

    TOTAL = 37 COPOS

    Supondo que as pessoas repetiram, além do Presidente, vejamos.

    37 - 1 do presidente = 36

    36/2 = 18

  • GAB B

    Pensei assim:

    2 * 18 = 36 + 1 do presidente 37 copos

    Espero ajudar alguém


ID
3956644
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um carro de corrida leva 3 minutos para percorrer o trajeto da pista. Sendo assim, um carro que passou na velocidade média de 90% da velocidade do primeiro, percorra a mesma pista em:

Alternativas
Comentários
  • 3 minutos  = 180 segundos

    10 → 180 segundos

    9 → x

    Regra de 3 simples, são grandezas inversamente proporcionais, visto que se a velocidade diminuir, como no caso, o tempo aumenta, logo multiplicamos 10 . 180 = 9x

    x = 200 segundos = 3 minutos e 20 segundos

  • 3 minutos = 180 segundos

    180 ------90% do segundo carro

    x---------100% 180 vezes 100= 18.000 vezes 90= 200 ou seja 3 minutos e 20

  • VELOCIDADE E TEMPO SÃO GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS.

    Um carro de corrida percorre uma pista em 3 minutos. Outro carro percorre esta pista com velocidade média igual a 90% da velocidade do primeiro

    V1 = V

    V2 = 90% V

    REGRA DE TRÊS SIMPLES

    VELOCIDADE (V) TEMPO (T)

    V ---‐‐--------------------3 min

    90% V-------------------------X

    Por serem velociade e tempo grandezas inversamente proporcionais, inverteremos a coluna VELOCIDADE, ou seja, 90%V passará a ser o numerador e V o denominador

    90%V / V = 3 / X;

    9 / 10 X = 3;

    3X = 10;

    X = 3,3 minutos

    X = 3 minutos + 0,3 minutos (vamos transformar 0,3 minutos em segundos multiplicando por 60). Logo 0,3 minutos = 0,3 x 60 = 18 segundos

    Portanto X = 3 minutos e 18 segundos que é aproximadamente igual a 3 minutos e 20 segundos

    GABARITO: A

    "DESISTIR NUNCA; RETROCEDER JAMAIS. FOCO NO OBJETIVO SEMPRE."

  • Imaginemos que o 1º corredor faça o trajeto com uma velocidade de 100 metros por minuto ( 100m\M). Assim se o 2º corredor faz 90% da velocidade do primeiro, então sua velocidade será de 90 metros por minuto (90m\M).

    Fazendo a regra das grandezas inversamente proporcionais, teremos

    Velocidade ...............Tempos 100m\M --------- 3minutos

    90m\M ----------- x minutos

    invertendo

    100 ---------- x

    90------------ 3

    x= 100 x 3 \ 90

    x = 300 minutos \ 90

    x= 3 minutos e 20 segundos

  • Imaginemos que o 1º corredor faça o trajeto com uma velocidade de 100 metros por minuto ( 100m\M). Assim se o 2º corredor faz 90% da velocidade do primeiro, então sua velocidade será de 90 metros por minuto (90m\M).

    Fazendo a regra das grandezas inversamente proporcionais, teremos

    Velocidade ...............Tempos

    100m\M --------- 3 minutos

    90m\M ----------- x minutos

    invertendo

    100 ---------- x

    90------------ 3

    x= 100 x 3 \ 90

    x = 300 minutos \ 90

    x= 3 minutos e 20 segundos

  • Velocidade é igual distância sobre o tempo: V = D/t. 3 minutos são 180 segundos.

    V1 = D/180.

    A velocidade do segundo é igual a 90% da do primeiro: V2 = 0.9V1

    0.9V1 = D/t

    A distância é a mesma, logo D = v1x180; D = 0.9v1/t

    corta o v1, t = 180/0.9

    200 segundos que é 3 minutos e 20 segundos


ID
3963475
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos de Edéia, o servidor gozará trinta dias consecutivos de férias por ano, concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia imediata. Sobre o assunto, analise as afirmativas abaixo e assinale V se (verdadeiro) e F para (falso)

(__) É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de dois períodos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do servidor.
(__) Em caso de verdadeira necessidade do serviço ou em se tratando de interesse do servidor, o gozo das férias poderá ser fracionada, desde que o período não seja inferior a 10 (dez) dias consecutivos.
(__) A escala de férias não poderá ser alterada pela autoridade superior.
(__) O servidor poderá converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário, desde que o requeira com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência e que haja interesse do Chefe do respectivo Poder.
(__) Perderá o direito de férias o servidor que no período aquisitivo, houver gozado licença-prêmio por assiduidade.

Alternativas

ID
3963478
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Com base na Lei Orgânica Municipal de Edéia, analise as proposições a seguir

(I) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente a brasileiros, desde que estes, preencham os requisitos estabelecidos em lei.
(II) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
(III) não é permitido ao servidor público civil participar de associação sindical.
(IV) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    (I) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis somente a brasileiros(estrangeiros também) desde que estes, preencham os requisitos estabelecidos em lei.

     (III) não é permitido ao servidor público civil participar de associação sindical.

  • gad d

    i- alguns cargos podem estrangeiros tbm

    ii- ok

    iii-errado, pode sim

    iv-ok

    fonte: CF


ID
3963487
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Atualmente a Câmara norte-americana e a maioria do partido democrata aprovaram o impeachment do presidente Donald Trump. De acordo com as leis americanas o processo tem que passar pelas duas casas: Câmara e Senado. Ao analisar esse contexto democrático, percebe-se que a democracia moderna toma como base:

Alternativas
Comentários
  • GRÉCIA É O "BERÇO DA DEMOCRACIA"

    GAB - LETRA B


ID
3971839
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sobre estados-limites últimos (ELU) e estadoslimites de serviço (ELS) do concreto, podemos afirmar corretamente que

Alternativas
Comentários
  • Estado limites e durabilidade (ELS): Relacionadas com a durabilidade e a boa utilização funcional das estruturas, sua aparência e o conforto dos usuários.

    Estado-Limite Último (ELU): Estado-limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre o dimensionamento de estruturas em concreto armado.


    Primeiramente é importante definir que os estados limites consistem em situações (limites) a partir dos quais a estrutura não atende a uma de suas finalidades.


    Nesse contexto, o estado limite último (ELU) está relacionado diretamente com a segurança estrutural.


    Especificamente o ELU está associado “ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura" (ABNT NBR 6118, 2014). Como exemplo de situação em que o ELU é atingido, cita-se uma laje dimensionada incorretamente que desaba após a retida do escoramento.

    Por sua vez, o estado limite de serviço (ELS) está relacionado à durabilidade, à aparência, ao conforto do usuário e à utilização funcional da estrutura (ABNT NBR 6118, 2014). Como exemplo de situação em que o ELS é atingido, cita-se o surgimento de fissuras e numa viga, causando desconforto ao usuário.


    Vale ressaltar que um projeto deve atender, simultaneamente, a todos os estados limites últimos e de serviço.


    Tendo em vista o apresentado, conclui-se que a alternativa C está correta, visto que os ELS estão relacionados à durabilidade, à funcionalidade e ao conforto do usuário.


    Gabarito do professor: Letra C.

    Quanto às demais alternativas:

    A alternativa A está errada, pois os ELU estão associados ao colapso ou qualquer outra forma de ruína estrutural.

    A alternativa B está errada, visto que solicitações dinâmicas também ocasionam os ELU.

    A alternativa D está errada, pois há coeficientes de ponderação de ações diferenciados para o ELU do ato da protensão e para o concreto armado normal.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

  • os ELU estão relacionados, exclusivamente, ao colapso estrutural; ERRADO colapso ou qualquer outra forma de ruína estrutural

    solicitações dinâmicas não provocam ELU; ERRADO

    os ELS estão relacionados à durabilidade e aparência das estruturas, funcionalidade e conforto do usuário; CERTO

    os coeficientes de ponderação das ações para verificação do estado limite último no ato protensão são os mesmos do concreto armado normal. ERRADO 


ID
3971845
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em uma cortina vertical, com 3 metros de altura e 5 metros de largura, contém um solo com peso específico de 18kN/m³, com ângulo de atrito interno de 30 graus e coesão nula. Considerando que não haja atrito entre o solo e a cortina e que o terrapleno é horizontal, o empuxo de terra total atuante na estrutura, de acordo com a Teoria de Rankine, é:

Alternativas
Comentários
  • ÁREA DO TRIÂNGULO = EMPUXO

  • O Empuxo em kN/m é dado por:

    Empuxo = 0,5*Peso Especifico*H²*Ka

    Empuxo = 0,5*18*3²*((1-0,5)/(1+0,5))

    Empuxo = 27 kN/m

    Considerando a largura de 5m,

    Resultante do empuxo = 5*27 = 135 kN

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Mecânica dos Solos.

    O empuxo de terra trata-se de uma ação ocasionada pelo maciço terroso com os elementos estruturais em contato com o mesmo. Nesse contexto, diz-se que o empuxo é ativo quando o parâmetro se afasta do solo; e passivo quando há aproximação entre o paramento e o solo.


    O empuxo ativo (Ea) por metro de muro, segundo a Teoria de Rankine, é dada pela equação a seguir:




    Em que Ea é o empuxo ativo; γ o peso específico do solo; H a altura do muro e Ka o coeficiente de empuxo ativo.

    O coeficiente de empuxo ativo é calculado pela seguinte expressão:




    Em que φ é o ângulo de atrito interno do solo em graus.


    Tendo em vista as equações apresentadas e substituindo os dados do enunciado, resulta que:




    Por fim, o empuxo de terra ativo resultante (Ea,Resultante) consiste no produto entre o empuxo ativo e a largura do muro:



    Portanto, o empuxo de terra total atuante na estrutura é de 135 kN e, desse modo, a alternativa C está correta.



    Gabarito do professor: Letra C.

  • Empuxo ativo: Ea=Ka*γ*h²/2

    -Ea_kN/m: Empuxo ativo

    -Ka: Coeficiente de Empuxo Ativo

    _kN/m³: peso específico do solo

    -h_m: Altura da coluna de solo

    -w_m : Largura muro

    -α_°: ângulo de atrito interno

    Ka=tg²(45°-α/2)

    ka=tg²(45°-30/2)

    ka=tg²(45°-30°/2)

    ka=0,3333

    Ea=0,3333*18*3²/2

    Ea≅27_kN/m

    empuxo de terra total= Ea*w

    empuxo de terra total= 27*5

    empuxo de terra total= 135_kN


ID
3971848
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em relação aos conceitos básicos de hidrologia, assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • - Obtenção da curva de permanência de vazões a partir da curva de permanência de nível d’água e da curva chave.

     

    curva de permanência ou de duração de vazões relaciona a vazão (geralmente no eixo das ordenadas) e a porcentagem do tempo em que ela é superada ou igualada sobre todo o período histórico utilizado para sua construção (geralmente no eixo das abscissas).

  • Conforme Tucci (1993), a curva de permanência relaciona a vazão ou nível de um rio e a probabilidade de ocorrerem vazões maiores ao valor da ordenada.

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Hidrologia.

    De acordo com as definições do livro Hidrologia Aplicada, de Villela e Matos (1975):

    ·         Curva hipsométrica: é a representação gráfica do relevo médio de uma bacia e representa a variação da elevação dos terrenos com referência ao nível médio do mar. O gráfico mostra a porcentagem de área de drenagem que existe acima ou abaixo de várias elevações (cotas). Podemos determinar essa curva pelo método das quadrículas ou calculando a área entre as curvas de nível;

    ·         Curvas I-D-F (Intensidade, Duração e Frequência): essas curvas representam a distribuição das chuvas máximas por meio da relação entre a intensidade máxima da chuva, sua duração no tempo e a probabilidade de ocorrência (ou tempo de retorno). São empregadas equações que descrevem a relação entre essas variáveis, que são características de um determinado local, por isso as curvas I-D-F precisam ser determinadas para cada localidade;

    ·         Curva-chave: representa a relação entre o nível e a vazão de uma dada seção transversal. Assim, para determinada cota é possível calcular a vazão correspondente. Vale ressaltar que a curva-chave de uma seção pode variar ao longo do tempo em razão das modificações naturais do leito do rio;

    ·         Curva de permanência: consiste na relação entre a vazão e a frequência em que ela é superada ou igualada no período histórico considerado. É uma curva usada para avaliar a disponibilidade hídrica.

    Portanto, a alternativa A apresenta a definição incorreta.



    Gabarito do professor: Letra A.



    VILLELA, S. M.; MATTOS, A. Hidrologia Aplicada. São Paulo, McGraw-Hill, 1975. 245pp.

  • Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCM-BA Prova: CESPE - 2018 - TCM-BA - Auditor Estadual de Infraestrutura

    Visando realizar o estudo de disponibilidade hídrica, para verificar se haverá água suficiente para o empreendimento, os técnicos da indústria elaboraram uma curva que indica a percentagem de tempo em que determinado valor de vazão foi igualado ou ultrapassado durante o período de observação.

    a) curva de permanência

  • O HIDROGRAMA relaciona a duração da chuva com a duração do escoamento superficial;


ID
3971851
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Uma rede de esgoto sanitário com 40 quilômetros de extensão, projetada para atender uma população de 21.600 habitantes, que apresenta consumo médio de água de 240 litros/(habitante.dia), sabendo ainda, que nessa rede existem apenas contribuições de esgoto doméstico, é correto afirmar que a vazão final de projeto a jusante da rede é:
Informações:
Relação água/esgoto: 0,80
Taxa de infiltração da rede: 0,0004l/(s.m)
K1: 1,25 – coeficiente do dia de maior consumo
K2: 1,40 – coeficiente da hora de maior consumo

Alternativas
Comentários
  • Conforme o anexo da NBR 9649/1986, quando inexistindo medições de vazão utilizáveis no projeto a vazão final de um trecho da rede será dada pela seguinte equação.

    Qf = (k1 . k2 .|Qf) + I + ∑Qcf

    Onde:

    Qf - Vazão final

    k1 - Coeficiente de máxima vazão diária

    k2 - Coeficiente de máxima vazão horária

    |Qf - Contribuição média final de esgoto doméstico, que será igual a |Qf = P*q*C

    I - Contribuição de infiltração

    ∑Qcf - Somatório das contribuições singulares finais

    Logo,

    Qf = (1,25*1,4 .21600 hab.*240 l/(hab.dia)*0,8) +40000 m*0,0004 l/(s*m) + 0

    Não podemos esquecer de transformar o consumo para l/(hab.s)

    Qf = 1,4*(21600*240/60*60*24) + 16

    Qf = 100 l/s

  • A rede coletora de esgoto consiste no conjunto de tubulações e dispositivos responsáveis por, como o próprio nome sugere, coletar os efluentes domésticos e industriais e conduzi-los para estações de tratamento, onde o esgoto é tratado.

    O projeto hidráulico-sanitário de redes coletoras de esgoto sanitário é norteado pela ABNT NBR 9649 (1986). Em seu anexo, seção A-4.7, tal código normativo estabelece que a vazão final de um trecho de rede, quando não existe medições de vazão utilizáveis no projeto, pode ser calculado pela seguinte equação:





    Em que Qf é a vazão final de projeto da rede; k1 é o coeficiente de máxima vazão diária; k2 é o coeficiente de máxima vazão horária; é a contribuição média final de esgoto doméstico, sendo calculada pelo produto entre a quantidade de habitantes (P), o consumo médio per capita (q) e a relação água/esgoto (C); I é a contribuição de infiltração, calculada pelo produto entre o comprimento da rede (L) e a taxa de infiltração da rede (i); e ΣQcf é o somatório das contribuições singulares finais, sendo igual a zero no presente problema.

    Visto isso, de acordo com o enunciado, temos os seguintes valores para cada variável da fórmula citada:





    Substituindo tais dados na equação, encontra-se a vazão final da rede:





    Logo, a vazão final da rede é de 100 L/s e, portanto, a alternativa A está correta.



    Gabarito da banca: Letra A.



    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 9649: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1986.

  • Essa banca está se sentindo a própria FGV kkkkk


ID
3971854
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O rumo 49°28’23” NE e o azimute 197°15’55” podem ser convertidos em azimute e rumo, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • Conversão de Rumo para Az

    0 a 90 -> Az = R

    90 a 180 -> Az = 180º - R

    180 a 270 -> Az = 180º + R

    270 a 360 -> Az = 360º - R

    Conversão de Az para Rumo

    0 a 90 -> R = Az

    90 a 180 -> R = 180º - Az

    180 a 270 -> R = Az - 180º

    270 a 360 -> R = 360º - Az

  • Não precisa fazer nem conta. Como o rumo está no primeiro quadrante NE, ele vai ser igual ao azimute. E a únicaresposta em que o rumo é igual ao azimute é a Letra A.

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos Topografia.


    A Topografia trata-se de uma área responsável por estudar as características naturais e/ou artificiais de um terreno, no contexto altimétrico e planimétrico. Nesse contexto, dois conceitos importantíssimos são o de azimute e de rumo. Com base na norma citada, tem-se que:


    ·         Azimute: ângulo formado entre o Norte e o alinhamento. Varia entre 0° e 360° e é medido no sentido horário. A Figura 1 apresenta um esquema de mensuração de dois azimutes;

    ·         Rumo: menor ângulo formado entre a direção Norte-Sul e o alinhamento. Medido a partir do Norte ou do Sul, no sentido horário (à direita) ou no sentido anti-horário (à esquerda), variando de 0° até 90º. Em outras palavras, o rumo é o menor ângulo formado entre a direção Norte-Sul e o alinhamento. Para informar o rumo adequadamente, além do ângulo, deve ser informada a direção da medição com base nos pontos cardeais. A Figura 1 apresenta os quadrantes para indicação da direção do rumo, sendo NE = nordeste; SE = sudeste; SW = sudoeste; e NW = noroeste.


    Figura 1: Exemplificação de como medir azimutes.




    Fonte: Portal Métrica.


    Figura 2: Direções para indicação do rumo.


    Fonte: Portal Métrica.


    Tendo em vista a definição dos conceitos, o rumo 49°28'23" NE é a medida de um alinhamento situado entre a direção Norte e a Oeste e, por essa razão, o valor do azimute será igual ao do rumo: 49°28'23".


    Por sua vez, o azimute 197°15'55" representa um alinhamento situado entre as direções Sul (S) e Leste (W). Logo, subtraindo 180° do azimute (pois o quadrante SW começa a partir daí considerando todo o círculo trigonométrico), tem-se o seguinte rumo:




    Portanto, o rumo 49°28'23" NE e o azimute 197°15'55" convertidos em azimute e rumo são, respectivamente, 49°28'23" E 17°15'55" SW. Logo, a alternativa A está correta.


    Gabarito do professor: Letra A.


ID
3971857
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Acerca das propriedades das tintas, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito LETRA D

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre o serviço de pintura, especificamente sobre tintas.

    As tintas se tratam de produtos empregados utilizados na pintura, aplicados em finas camadas, cujos principais intuitos são proteger superfícies e conferir cor e acabamento às mesmas. As tintas são constituídas por quatro componentes básicos:

    ·         Pigmento: são materiais insolúveis, de elevada finura, cuja função é conferirem cor e proporcionam maior poder de cobertura;

    ·         Resina: material ligante ou aglomerante, responsável por garantir a integridade das partículas de pigmento;

    ·         Solvente: trata-se da porção líquida, responsável por dissolver o pigmento e a resina, além de tornar a tinta aplicável;

    ·         Aditivos: responsáveis por melhorarem a performance da tinta, alterando suas propriedades.

    Visto isso e analisando as alternativas individualmente, tem-se que:

    A alternativa A está errada. A volatilidade é uma propriedade que mensura a facilidade de uma substância passar do estado líquido para o gasoso. Logo, o tempo de secagem está diretamente relacionado com a sua volatilidade. Além disso, quanto maior a espessura da película de tinta, maior será o tempo de secagem.

    A alternativa B está errada. O poder de cobertura, como o próprio nome sugere, trata-se da capacidade de o pigmento cobrir o substrato em que ele está sendo aplicado. O poder de cobertura é proporcional ao rendimento da tinta.

    A alternativa C está errada, visto o pigmento contribui para melhorar a dureza das tintas.

    A alternativa D está correta. A viscosidade/poder de escoamento é uma propriedade física que mede a resistência de um fluido ao escoamento. Sendo assim, quando menor a viscosidade, melhor será a aplicabilidade da tinta.



    Gabarito do professor: Letra D.


ID
3971860
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

São caracterizadas como unidades de tratamento de esgoto do tipo preliminar:

Alternativas
Comentários
  • Decantador pode ser no tratamento primário ou secundário.

  • Conforme a NBR 12209/2011, tratamento preliminar é o conjunto de operações e processos unitários que visam à remoção de sólidos grosseiros, areia e matéria oleosa, ocorrendo na parte inicial do tratamento.

    As unidades utilizadas nesta etapa do tratamento são grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente.

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Saneamento, especificamente sobre unidades de tratamento de esgoto.


    A etapa preliminar de tratamento de esgotos tem o objetivo de proteger as bombas, tubulações e outras unidades do sistema de tratamento, reduzindo a possibilidade de abrasão e de obstruções que comprometam o funcionamento do sistema.


    As operações e processos o tratamento preliminar visam remover sólidos em suspensão grosseiros. Consistem nas fases de gradeamento e desarenação. O gradeamento é feito por meio de grades com diferentes aberturas e peneiras (e.g., rotativas, estáticas), com o objetivo de remover sólidos de maiores tamanhos. O desarenador ou caixa de areia é uma unidade que possui como objetivo remover areia.


    Portanto, está correta a alternativa D. As demais alternativas estão incorretas porque citam unidades que não possuem como função a remoção de sólidos grosseiros e, portanto, não fazem tratamento preliminar.



    Gabarito do professor: Letra D.


ID
3971863
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em terreno arenoso, cujo peso específico natural é 19,0 kN/m³ e o nível de água se encontra a 2 metros de profundidade, para analisar o estado das tensões a 6 metros de profundidade, sabendo que esta areia possui ângulo de atrito interno de 35°, as tensões horizontais totais e efetivas, respectivamente, são:

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

  • Tv = tensão vertical

    T'v= tensão vertical efetiva

    u=poropressão

    Th= tensão horizontal total

    T'h= tensão horizontal efetiva

    k0 = coef. de empuxo no repouso (só usado para tensões efetivas)

    1) Tv= somatório do peso específico x profundidade = 19x6= 114kN/m²

    2) u= peso da água x profundidade da água = 10x4 = 40kN/m²

    3) T'v= Tv-u = 114-40= 74 kN/m²

    4) T'h= k0xT'v = 0,4264x74 = 32 kN/m²

    k0= (1-sen35) = 0,4264

    5) Th= T'h + u

    Th= 32 +40 = 72 kN/m²

  • Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Mecânica dos Solos.


    Para solos saturados, a tensão efetiva vertical (σv,ef) é definida como a diferença entre a tensão total vertical (σv) e a pressão neutra (u) exercida pela água, também chamada de poropressão. Matematicamente, escreve-se que:




    A tensão total vertical em um ponto X é calculada por meio da soma dos produtos entre a altura de camada de solo acima de X e o respectivo peso específico do material; e que a poropressão em um ponto X é calculada pelo produto entre a diferença de cota do ponto X e a cota do nível de água, e o peso específico da água (10 kN/m³). Logo, na cota - 6 m, tem-se que:




    Portanto, a tensão efetiva vertical total é de 74 kPa.


    Por sua vez, a tensão horizontal total efetiva (σh,ef)  é calculada por meio da equação abaixo:




    Em que θ é o ângulo de atrito interno do solo. Logo, para o problema em questão:




    Por fim, analogamente ao calculado para a tensão vertical, a tensão horizontal totalh) é a soma da tensão horizontal efetiva com a poropressão. Desse modo:




    Logo, as tensões horizontais totais e efetivas na cota - 6m são, respectivamente, 72 kPa e 32 kPa. Com isso, tem-se que a alternativa A está correta.


    Gabarito do professor: Letra A.

  • quer dizer que agora precisa saber o valor de sen 35 de cabeça? brabo...

  • Sem noção!


ID
3971866
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para definir a relação água/cimento em uma dosagem de concreto, é importante considerar:

Alternativas
Comentários
  • NBR 6118

    7.4.2- Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de

    agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta

    destes e devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à

    compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos na tabela 7.1.

  • Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre materiais de construção, especificamente sobre o concreto.


    O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições. Sua característica predominante é a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado.


    Nesse contexto, a relação água/cimento consiste na quantidade de água da mistura de concreto em relação à quantidade de cimento. Este parâmetro possui grande importância no controle de tecnológico do concreto, visto que sua variação provoca alterações na estrutura interna da mistura.


    O excesso de água (isto é, valores elevados de relação água/cimento) acarreta na formação de poros capilares no concreto. Estes poros, além de ocasionarem a redução da resistência mecânica do concreto, aumentam sua permeabilidade e, em consequência, a durabilidade do concreto é prejudicada.


    A falta de água (valores baixos de relação água/cimento), por sua vez, fazem com que a reação de hidratação não ocorra de forma completa, produzindo um concreto com baixa qualidade.

    Vale ressaltar que a ABNT NBR 12655 (2015) estabelece, para concretos convencionais, valores de relação água/cimento, em massa, variando entre 0,45 e 0,65. No entanto, quanto maior a relação água/cimento (desde que não haja falta de água), menor será a resistência mecânica do concreto (isso pode ser averiguado pela Lei de Abrams).


    Portanto, a alternativa B está correta, pois os principais parâmetros influenciados pela variação da relação água/cimento são a resistência mecânica e a durabilidade do concreto.



    Gabarito do professor: Letra B.



    Os agregados e a produção de concreto não possuem influência considerável na relação água/cimento. Quanto ao tipo de cimento, vale ressaltar que concretos especiais demandam relações água/cimento diferentes da faixa citada.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 12655: Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.


ID
3971869
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para serem considerados acessíveis, a largura mínima recomendável pela NBR 9050:2015 para rampas em rotas é de

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    rampas (largura mínima):

    recomendável: 1,50m

    admissível: 1,20m

    9050/2020

    6.6.2.5 A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. 

     A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m. 

    Cuidado ao fazererem questões da 9050. a nova ABNT NBR 9050/2020 foi divulgada em agosto de 2020.

  • "Em edificações existentes, quanto a construção de rampas nas larguras indicadas ou a

    adaptação da largura das rampas for impraticavel, as rampas podem ser executadas com largura

    mínima de 0,90 m e com segmentos de no máximo 4,00 m de comprimento, medidos na sua projeção

    horizontal, desde que respeitadas as Tabelas 4 e 5." (NBR 9050/2020)

    Não deveriam ter pedido a mínima e sim apenas recomedável. Muito fácil de confundir...

  • Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre acessibilidade em edificações, especificamente sobre rotas acessíveis.


    No contexto da engenharia civil e da arquitetura e urbanismo, a acessibilidade é um tema frequente, estando diretamente relacionada ao provimento de condições de utilização, com segurança e autonomia, dos espaços públicos e coletivos por parte de pessoas com deficiência ou alguma redução em sua mobilidade. Nesse contexto, a rota acessível trata-se de um trajeto contínuo, livre e com adequada sinalização, que interligue ambientes externos e/ou internos de espaços ou edificações com segurança.


    A ABNT NBR 9050 (2015), intitulada "Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos", trata-se da norma brasileira que estabelece critérios e parâmetros técnicos relacionadas à acessibilidade em edificações e espaços urbanos. A norma em questão trata sobre rampas em sua seção 6.6, estabelecendo quanto à largura que:

    “6.6.2.5 A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m."

    Logo, a largura livre mínima recomendável é de 1,50 m e, portanto, a alternativa C está correta.



    Gabarito do professor: Letra C.



    Vale ressaltar que a largura mínima admissível é de 1,20 m.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.


ID
3971872
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo:

I - curva de nível numa planta topográfica representa linha sobre o terreno com mesma cota altimétrica;
II - as curvas de nível se cruzam na cota mais elevada do terreno;
III - o erro angular no levantamento planimétrico de uma linha aberta, com o emprego de teodolito, é sempre inferior ou igual à precisão desse aparelho;
IV - a diferença de cota entre as sucessivas curvas de nível apresentadas na prancha de representação planialtimétrica do terreno depende da dimensão da área levantada, bem como dos objetivos desse levantamento;
V - um terreno plano e inclinado pode ser representado por curvas de nível paralelas e uniformemente espaçadas.

Pode-se afirmar que estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • I - curva de nível numa planta topográfica representa linha sobre o terreno com mesma cota altimétrica;

    II - as curvas de nível se cruzam na cota mais elevada do terreno;

    Curvas de nível não se cruzam por uma razão simples: um mesmo ponto do terreno não pode ter duas cotas distintas. No caso de saltos d’água ou despenhadeiros, as curvas de nível podem-se tocar, porém não se cruzam.

    III - o erro angular no levantamento planimétrico de uma linha aberta, com o emprego de teodolito, é sempre inferior ou igual à precisão desse aparelho;

    O resultado de um trabalho com o uso de aparelho de medida embute erro, no mínimo, igual à precisão desse aparelho. Além dos equipamentos utilizados (nível, mira etc.), constituem fontes de erro o observador e fatores externos, como a refração.

    IV - a diferença de cota entre as sucessivas curvas de nível apresentadas na prancha de representação planialtimétrica do terreno depende da dimensão da área levantada, bem como dos objetivos desse levantamento;

    V - um terreno plano e inclinado pode ser representado por curvas de nível paralelas e uniformemente espaçadas.

    fonte: https://www.engenheiroseviu.com.br/questoes-topografia/

    @engciv.concurseira

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos Topografia. 

    A Topografia trata-se de uma área responsável por estudar as características naturais e/ou artificiais de um terreno, no contexto altimétrico e planimétrico. Nesse contexto, analisando as afirmativas da questão individualmente, tem-se que: 

    ·         A afirmativa I está correta. Numa planta topográfica, as curvas de nível são linhas imaginárias (representativas) que unem todos os pontos que possuem a mesma cota altimétrica (altitude) em uma região.

     

    ·         A afirmativa II está incorreta. Tendo em vista a definição de curva de nível, apresentada acima, duas cotas de nível não podem se cruzar, visto que um determinado ponto não pode ter cotas altimétricas distintas.

     

    ·         A afirmativa III está incorreta. O erro ângulo no levantamento planimétrico, feito com um teodolito, é sempre superior ou igual à precisão do aparelho. Além do erro do teodolito, os levantamentos estão sujeitos à erros causados pelo operador e por fatores externos. Além disso, os erros são cumulativos.

     

    ·         A afirmativa IV está correta. Para melhor representação, a diferença de cota entre sucessivas curvas de nível depende da região do levantamento. Regiões com elevada declividade possuirão curvas de níveis sucessivas com diferença maior do que regiões planas, por exemplo.

     

    ·         A afirmativa V está correta. Tendo em vista a definição de curvas de nível, as linhas de curva de nível são uniformemente espaçadas quando a superfície do terreno é uniformemente inclinada ou plana. 

    Logo, apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas e, portanto, a alternativa B deve ser assinalada. 

    Gabarito do professor: Letra B.


ID
3971875
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

De acordo com o artigo 39 da Lei 10.257/01, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando

(I) o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida e justiça social;
(II) o desenvolvimento das atividades econômicas;
(III) a atuação da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural.

Alternativas
Comentários
  • (I) o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida e justiça social;

    (II) o desenvolvimento das atividades econômicas;

    (III) a atuação da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural. (errada)

  • Lei 10.257/01 => Art. 39

    Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social (enunciado I) e ao desenvolvimento das atividades econômicas (enunciado II), respeitadas as diretrizes previstas no art. 2 desta Lei.

  • complementando...

    único trecho em que aparece o termo iniciativa privada é este:

    III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;

    ~~

    ~~

    fiz um mnemônico sobre o Art. 39:

    DE/JU/VI (lembra a palavra dejavu)

    DE - DEsenvolvimento das atividades econômicas,

    JU - JUstiça social

    VI - qualidade de VIda

  • O enunciado da questão abordou o tema da função social da propriedade urbana, nos termos estritos do art. 39 do Estatuto da Cidade, que diz:





    Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.





    Analisando as proposições veremos que I e II são ações necessárias ao atendimento da função social da propriedade, e estão presentes na redação do art. 39.





    Sobre o item III, que está incorreto, pode-se dizer que, de fato, a Lei 10.257/2001 privilegiou a gestão democrática das cidades e a cooperação entre Poder Público, iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, visando ao interesse social (art.2º, III), contudo, as diretrizes do Estatuto da Cidade direcionam-se apenas ao âmbito urbano. Por último, o comando do enunciado exigia estritamente as previsões contidas no art.39.





    Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:


    III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;





    Podemos afirmar, portanto, que apenas os itens I e II estão certos, logo, a alternativa que contém a afirmação correta está na letra C.





    Gabarito do Professor: C







ID
3971878
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

A Lei 10.257/01 estabelece as diretrizes gerais da política urbana. Sobre o disposto nesta lei não é correto que se afirma.

Alternativas
Comentários
  • A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

  • GABARITO LETRA B

    A questão pede a alternativa ERRADA.

    Assim, o art. 40, §3º do Estatuto da cidade dispõe que: "A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos a cada dez anos."

    Portanto, é ERRADO que o plano diretor deve ser revisto a cada 5 anos.

    As demais alternativas estão todas corretas.

    Bons estudos!

  • Gab. B

    a) O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.✅

    b) A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada cinco anos.❌

    a cada 10 anos

    plANO Diretor =>Dez ANOs

    c) No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos✅

    d) O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.✅


ID
3971881
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Urbanístico
Assuntos

Segundo a Lei 10.257/01 para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos

(I) iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
(II) debates, audiências e consultas públicas;
(III) conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
(IV) órgãos colegiados de política urbana, exclusivamente de níveis estadual e municipal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

    Art. 43 do Estatuto da Cidade: Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:

    I - órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; (item IV - ERRADO, excluiu a participação nacional);

    II - debates, audiências e consultas públicas (item II - CORRETO);

    III - conferência sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal (item III - CORRETO);

    IV - iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano (item I - CORRETO);

    Bons estudos!

  • Gab. C

    (I) iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; ✅

    (II) debates, audiências e consultas públicas; ✅

    (III) conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; ✅

    (IV) órgãos colegiados de política urbana, exclusivamente de níveis estadual e municipal.

    órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; níveis nacional, estadual e municipal;

    complementando...

    mnemônico: A gestão democrática é D/O/C/IN:

    Debates, audiências e consultas públicas; ✅

    Orgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;

    Conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;

    INiciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

  • Da Gestão Democrática da Cidade
    Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
    outros, os seguintes instrumentos:
    I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
    II – debates, audiências e consultas públicas;
    III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional,
    estadual e municipal;
    IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
    desenvolvimento urbano;

  • ) iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; ✅

    (II) debates, audiências e consultas públicas; ✅

    (III) conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; ✅

    (IV) órgãos colegiados de política urbana, exclusivamente de níveis estadual e municipal.

    órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; níveis nacional, estadual e municipal;

    complementando...

    mnemônico: A gestão democrática é D/O/C/IN:

    Debates, audiências e consultas públicas; ✅

    Orgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;

    Conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;

    INiciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;


ID
3971884
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo as Classificações da Edificações Públicas, estabelecidas no Código Municipal de Posturas. As edificações destinadas ao “fornecimento de determinada utilidade” é classificada como sendo

Alternativas

ID
3971887
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o artigo 150 do Código Municipal de Posturas, os materiais e acessórios empregados nas instalações de gás devem satisfazer ao que estabelece na norma da ABNT

Alternativas

ID
3971890
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Acerca do que estabelece o Código Municipal de Posturas em relação as habitações de Interesse Social. Analise as afirmações abaixo e assinale V para (verdadeiro) e F para (Falso):

(__) Considera-se habitação de interesse social a edificação residencial unifamiliar com área construída de até 40m² (quarenta metros quadrados).
(__) A Prefeitura Municipal fornecerá projetos de habitações econômicas com área de construção até 50 m² (cinquenta metros quadrados) a pessoas sem habitação própria e que as requeiram para sua moradia, ficando a construção executada com recursos próprios do requerente.
(__) As Leis Municipais instituídas após a vigência do Código Municipal de Posturas, não podem integrar à este, ainda que, destinadas a incentivar a construção de habitações de interesse social.
(__) As habitações de interesse social devem atender as disposições do Código Municipal de Posturas, cabendo ao Executivo proporcionar o projeto e a documentação necessária, com rápida tramitação e solução do pedido de licença.

Alternativas

ID
3971908
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Edéia - GO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A palavra terrorismo têm vários significados ao longo da História. Laqueur, por exemplo, considera que, pelo terrorismo ser um fenômeno histórico, do qual existem inúmeras formas e definições, apenas pode-se dizer dele que é: "[…] o uso da violência por parte de um grupo para fins políticos, normalmente dirigido contra um governo, mas por vezes contra outro grupo étnico, classe, raça, religião ou movimento político. Qualquer tentativa de ser mais específico está voltada ao fracasso, pela simples razão de que não há um, mas muitos terrorismos diferentes" (LAQUEUR, 1999, p. 46). Sobre terrorismo, analise os itens abaixo e escolha a alternativa correta.

I- O Dicionário de Política, que foi organizado por Bobbio, Matteuci e Parquino, traz a abordagem de Bonanate, que discute o terrorismo político como “instrumento ao qual recorrem determinados grupos para derrubar um governo acusado de manter-se por meio de terror” (BONANATE, 1986, p. 242)
II- Embora o terrorismo apresenta-se sob a forma ampliada a uma escala global e promova-se o discurso de que todas as nações estejam sujeitas à "irracionalidade terrorista", determinados países continuam a ter mais probabilidades de sofrer atentados terroristas do que outros, a determinação advém da geopolítica global que se vai construindo.
III- Com a globalização, o terrorismo adquire o contorno da territorialidade, vinculando a identidade daquela região, esse terrorismo é conhecido com “terrorismo transnacional”.
(NYE JR. 2005, p. 229)

Alternativas