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Prova VUNESP - 2017 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
2608678
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

No primeiro parágrafo, Antônio Vieira caracteriza a resposta do pirata a Alexandre Magno como

Alternativas
Comentários
  • Significado da palavra ousado:
    adj. (adjetivo)
    Arrojado; que tem ousadia ou inovação: argumento ousado.
    [Por Extensão] Atrevido; que expressa audácia, atrevimento: vestido ousado.
    Insolente; que não tem respeito por outras pessoas.
    Valente; característica do que ou de quem é corajoso; que tem valentia.


    s.m. (substantivo masculino)
    Indivíduo que é corajoso ou valente.
    (Etm. Part. de ousar)


ID
2608681
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.” (1° parágrafo)


Em relação ao trecho que o sucede, o trecho destacado tem sentido de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

     

    Comentário: O trecho destacado traz um sentido de CONDIÇÃO. Observe o emprego da conjunção SE (idem a CASO, SEM QUE (COM O VERBO NO SUBJUNTIVO), CONTANTO QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE...), característico de uma ideia condicional.

  • "SE" Condicional


ID
2608684
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

No segundo parágrafo, Antônio Vieira torna explícito seu descontentamento com

Alternativas
Comentários
  • o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina.

     

    Letra E


ID
2608687
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

Verifica-se o emprego de vírgula para indicar a elipse (supressão) do verbo em:

Alternativas
Comentários
  • gabarito C

    “O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, (FAZ) os Alexandres.” (1° parágrafo) 

  • “Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.” (1° parágrafo)

    “Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro REI fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.” (1° parágrafo)

    Por que nã0


ID
2608690
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

Em um trecho do “Sermão da Sexagésima”, Antônio Vieira critica o chamado estilo cultista de alguns oradores sacros de sua época nos seguintes termos: “Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário?”


Palavras “em fronteira com o seu contrário”, contudo, também foram empregadas por Vieira, conforme se verifica na expressão destacada em:

Alternativas
Comentários

ID
2608693
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

Assinale a alternativa cuja citação se aproxima tematicamente do “Sermão do bom ladrão” de Antônio Vieira.

Alternativas
Comentários
  • Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é.

    letra A


ID
2608696
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

“[...] os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida [...].” (3° parágrafo)


Os termos destacados constituem, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Morfologicamente, o primeiro "a" é classificado como preposição que acompanha o pronome relativo "quem". O segundo "a" é um artigo, acompanhando o substantivo "pobreza". Já o terceiro é novamente uma preposição, resultante da regência do verbo "condenar".


ID
2608699
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

A poesia dos antigos era a da posse, a dos novos é a da saudade (e anseio); aquela se ergue, firme, no chão do presente; esta oscila entre recordação e pressentimento. O ideal grego era a concórdia e o equilíbrio perfeitos de todas as forças; a harmonia natural. Os novos, porém, adquiriram a consciência da fragmentação interna que torna impossível este ideal; por isso, a sua poesia aspira a reconciliar os dois mundos em que se sentem divididos, o espiritual e o sensível, fundindo-os de um modo indissolúvel. Os antigos solucionam a sua tarefa, chegando à perfeição; os novos só pela aproximação podem satisfazer o seu anseio do infinito.

(August Schlegel apud Anatol Rosenfeld. Texto/Contexto I, 1996. Adaptado.)


Os “novos” a que se refere o escritor alemão August Schlegel são os poetas

Alternativas
Comentários
  • O texto está baseado na ideia de oposição entre a poesia clássica e a romântica. Aquela, marcada pela retomada do ideal grego de equilíbrio, e esta, pela consciência da fragmentação interna que inviabiliza a harmonia almejada pelos clássicos. A fusão entre o espiritual e o sensível também é um elemento destacado na produção poética romântica. 

     

    http://simulado-x.blogspot.com.br/2017/12/unesp-2017-questao_89.html

  • Por eliminação já tinha como responder esta questão. Mas isso, tem que saber as características dos períodos apresentados. Muito bom!

  • >Os românticos queriam romper com os ideais gregos ( antiguidade)

    >O entendimento do eu subjetivo e a valorização do sentimentalismo são características do Romantismo.

    LETRA A

    APMBB


ID
2608702
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

A perspectiva do narrador diante das situações e dos fatos relacionados à escravidão é marcada, sobretudo,

Alternativas
Comentários

ID
2608705
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

O leitor é figura recorrente e fundamental na prosa machadiana. Verifica-se a inclusão do leitor na narrativa no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • gabrito D

    ..."Imaginai uma coleira grossa...,

    momento em que o autor chama o leitor para imaginar, inserindo-o no texto.


ID
2608708
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

Em “o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói.” (3° parágrafo), a “ação” a que se refere o narrador diz respeito

Alternativas
Comentários

ID
2608711
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

Embora não participe da ação, o narrador intromete-se de forma explícita na narrativa em:

Alternativas
Comentários
  • nao entendi

  • Ao longo do trecho, o narrador expressa opiniões e posicionamentos de caráter pessoal. Quase sempre, tais posturas são demarcadas pelo uso da primeira pessoa (como em “não cito alguns aparelhos”). Entre as alternativas oferecidas, apenas a “D” traz esta marca, contemplando a primeira pessoa do plural (“não cuidemos”).


ID
2608714
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

“Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse.” (4° parágrafo)


Na oração em que está inserido, o termo destacado é um verbo que pede

Alternativas
Comentários
  • B) Objeto direto e objeto indireto, ambos representados pelo vocábulo “lho”

    Quem leva, leva alguma coisa "a" alguém. = logo, usa-se o LHO (Por ser objeto indireto). Ocorre também a próclise por causa do atrativo QUEM. 

     

    BASTA ACREDITAR QUE UM NOVO DIA VAI RAIAR. SUA HORA VAI CHEGAR!

  • GABARITO: LETRA B

    >>> Complementando o comentário da nossa colega, Íris. O pronome "lho" é uma contração de "lhe" + "o", formando o "lho", logo temos um objeto direto e um objeto indireto embutido no mesmo termo.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Quem leva, leva algo a alguém

    Objeto direto e indireto


ID
2608717
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

Em “Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.” (4°parágrafo), o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido para o texto, por:

Alternativas
Comentários
  • GAB. A

    o termo "acoitasse", refere-se a esconder, acoitar, auxiliar.


ID
2608720
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

No último parágrafo, “pôr ordem à desordem” significa

Alternativas
Comentários

ID
2608723
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

De fato, este romance constitui um dos poucos romances cômicos do romantismo nacional, afastando-se dos traços idealizantes que caracterizam boa parte das obras “sérias” dos autores de então. O modo pelo qual este romance pinta a sociedade, representado-a a partir de um ângulo abertamente cômico e satírico, também era relativamente novo nas letras brasileiras do século XIX.

(Mamede Mustafa Jarouche. “Galhofa sem melancolia”, 2003. Adaptado.)


O comentário refere-se ao romance

Alternativas
Comentários
  • O cortiço naturalismo

    macumaina modernismo

    os outros 3 sao romances, mas o unico cômico é o memória de um sargento de milicias

  • gab C

    Romance malandro, 

    Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, retrata de forma inusitada, afastando da regra romancista idealista, o personagem LEONARDO.

    boa leitura! 


ID
2608726
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder à questão.


   Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.

                                                              (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)

A “introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada” constitui um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • meu deus, essa questão é um 7x1 ou estupro coletivo todos os dias; sempre que você achar que a entendeu, repense.


ID
2608729
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder à questão.


   Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.

                                                              (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)

“Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul [...].”


Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul [...].”

    >>> Uma carta escrita em tinta azul É RECEBIDA pelos amigos.

    Força, guerreiros(as)!!


ID
2608732
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traçados pelos primeiros pintores abstratos. Mas a abstração desses artistas não é geométrica: sua pintura não representa nenhuma realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas. Cada artista inventa sua própria linguagem. Cores, formas e luz são exploradas, desenvolvidas e invadem as telas. Traços vivos e dinâmicos... Para cada um, uma abstração, um lirismo.

(Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do século XX, 2016. Adaptado.)


O comentário do historiador Christian Demilly aplica-se à obra reproduzida em:

Alternativas
Comentários
  • a E possui formas precisas ,isto é, um circunferência.....


ID
2608768
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A migração de Maomé e seus seguidores, em 622, de Meca para Medina permitiu a consolidação da religião muçulmana que incluía, entre outros princípios,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa escolhida por eliminação, pois as demais opções contrariam frontalmente fatos relativos ao Islão. Entretanto, é preciso esclarecer que, por se tratar de mera recomendação, a condenação da escravização de muçulmanos foi frequentemente desrespeitada no mundo islâmico, já que não possuía a força impositiva dos princípios fundamentais do islamismo. Resposta: A

    Créditos: Objetivo

  • O que esta questão sobre Islamismo está no filtro sobre Grécia e Roma antiga?

  • todas as alternativas são contrárias aos preceitos do Islamismo, salvo a LETRA A

    LETRA A

    APMBB


ID
2608771
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.

      A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)

A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na América foram “o prelúdio da ocidentalização” e “uma das primeiras etapas da globalização” é correta porque a conquista do continente americano representou

Alternativas
Comentários
  • Resposta: D

    A expansão ultramarina europeia e a consequente presença na América trouxeram inúmeras consequências, dentre elas, o encontro e o embate cultural, como a imposição da fé cristã - o que evidencia a ocidentalização mencionada no texto. Além disso, ocorreu a mudança no eixo comercial do Mediterrâneo para o Atlântico, com uma nova estrutura organizacional e novos produtos.

    Fonte: Anglo Resolve


ID
2608774
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.

      A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)

Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram

Alternativas
Comentários
  • Resposta: B

    • A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos;
    • Obs.: Nesse momento, os autóctones não aceitaram a hegemonia dos conquistadores, mas apenas ficaram pasmos e com temor deles, tanto que depois houveram conflitos entre nativos e colonizadores;

ID
2608777
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.

      A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)

As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones da América

Alternativas
Comentários

ID
2608780
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.

      A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)

“A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os religiosos

Alternativas
Comentários
  • Por que a A esta errada?

  • A- ERRADA,não houve relações amistosas! D - CORRETA
  • O principal intuito da Igreja era conquistar novos fiéis, uma vez que na Europa a mesma já havia perdido seu poder e fiéis, então ela veio juntamente com os colonizadores com o intuito de disseminar a fé cristã e a igreja católica defendia muito a não escravização dos indígenas. Deixarei ao lado um pequeno trecho retirado do site Núcleo do conhecimento, cujo título é A Igreja Católica e a Escravidão negra no Brasil a Partir do século XVI :

    Assim, segundo Hornaert et al. (2008, p.41), “eram poucos os defensores da liberdade dos africanos e muitos os que apoiavam a escravidão”, dentre eles “os jesuítas, intransigentes propugnadores do índio livre, porém, condescendentes com a escravidão negra institucionalizada, utilizando-a nos serviços de suas fazendas”. Seria mais lógico, segundo Hornaert et al. (2008, p.258), “defender os africanos tanto quanto se defendiam os indígenas”.

    Lembrando que não estou aqui para julgar a religião de ninguém, apenas estou passando um conteúdo que conheci.

  • O principal intuito da Igreja era conquistar novos fiéis, uma vez que na Europa a mesma já havia perdido seu poder e fiéis, então ela veio juntamente com os colonizadores com o intuito de disseminar a fé cristã e a igreja católica defendia muito a não escravização dos indígenas. Deixarei ao lado um pequeno trecho retirado do site Núcleo do conhecimento, cujo título é A Igreja Católica e a Escravidão negra no Brasil a Partir do século XVI :

    Assim, segundo Hornaert et al. (2008, p.41), “eram poucos os defensores da liberdade dos africanos e muitos os que apoiavam a escravidão”, dentre eles “os jesuítas, intransigentes propugnadores do índio livre, porém, condescendentes com a escravidão negra institucionalizada, utilizando-a nos serviços de suas fazendas”. Seria mais lógico, segundo Hornaert et al. (2008, p.258), “defender os africanos tanto quanto se defendiam os indígenas”.

    Lembrando que não estou aqui para julgar a religião de ninguém, apenas estou passando um conteúdo que conheci.


ID
2608786
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas primeiras décadas da República, identificam-se

Alternativas
Comentários
  • a liderança do Padre Cícero, vinculada à dinâmica política tradicional da região, e o movimento de Canudos, com características de contestação social.

  • Padre Cícero Romão Batista (1844-1934), popularmente chamado de “Padim Ciço”, nasceu no Ceará e foi um dos mais importantes líderes da Revolta do Juazeiro. Figura mística, muito respeitado e querido, ao lado da família tradicional Acyoli, liderada pelo coronel Antônio Pinto Nogueira Accioly, então presidente do Ceará, que possuía grande poder na época, Cícero convocou a população para lutar contra o Estado e reivindicar o poder, que estava anteriormente, dominado pelas oligarquias do Ceará

ID
2608789
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      A Nação terá em qualquer tempo o direito de impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público [...]. Com esse objetivo serão determinadas as medidas necessárias ao fracionamento dos latifúndios [...]. Os povoados, vilarejos e comunidades que careçam de terras e águas ou não as tenham em quantidades suficientes para as necessidades de sua população terão direito a elas, tomando-as das propriedades vizinhas, porém respeitando, sempre, a pequena propriedade.

(Artigo 27 da Constituição mexicana de 1917. Apud Héctor H. Bruit. Revoluções na América Latina, 1988.)


O artigo 27 da Constituição elaborada ao final da Revolução Mexicana dispõe sobre a propriedade de terra e

Alternativas
Comentários
  • A Constituição mexicana de 1917 pode ser considerada uma herança da Revolução (1910- 1911), que contou com a participação de camponeses indígenas sob a liderança de Emiliano Zapata, tendo contemplado uma reforma agrária, entre outras reivindicações populares.

  • Por que parcialmente?


ID
2608792
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A corporação tem como objetivo aumentar sempre o poder global da Nação em vista de sua extensão no mundo. É justo afirmar o valor internacional da nossa organização, pois é no campo internacional somente que serão avaliadas as raças e as nações, quando a Europa, daqui a alguns tempos, apesar do nosso firme e sincero desejo de colaboração e de paz, tiver novamente chegado a outra encruzilhada dos destinos.

(Apud Katia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea: 1789-1963, 1977.)


O texto apresenta características do movimento

Alternativas
Comentários
  • d) fascista.

  • GABARITO D - O texto faz referência às características do movimento fascista, como a necessidade de união da nação e da raça em um só corpo, o que fortaleceria a Itália para o conflito iminente.

    Fonte: http://angloresolve.plurall.net/press/question/2220275

  • O texto menciona ao menos dois aspectos do fascismo italiano: a organização dos trabalhadores e patrões em corporações mediadas pelo Estado autoritário, como forma de promover a unidade nacional e evitar a luta de classes; e o militarismo e expansionismo do país, levando ao confronto com outros Estados na luta pela hegemonia internacional. Resposta: D

    Créditos: Objetivo


ID
2608795
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre 1961 e 1973, pode ser interpretada como

Alternativas
Comentários
  • Resposta: E

    O envio de tropas estadunidenses para o Vietnã visava a conter o avanço socialista no contexto da Guerra Fria. A Guerra do Vietnã terminou com a derrota militar dos EUA e a consequente unificação do Vietnã do Norte e do Sul em um único Estado socialista.

    Fonte: Etapa


ID
2608798
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.

(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)


As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • MILAGRE ECONÔMICO.

    O QUE FOI?

     

    O período da História do Brasil entre os anos de 1969 e 1973 foi marcado por forte crescimento da economia. Nesta época o Brasil era uma Ditadura Militar, governado pelo general Médici. O termo “milagre” está relacionado com este rápido e excepcional crescimento econômico pelo qual passou o Brasil neste período. Este crescimento foi alavancado pelo PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) implantado em 1964, durante o governo de Castelo Branco. 

     

    Principais características deste período:

     Aspectos positivos:

     - Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 7% e 13% ao ano;

     - Melhorais significativas na infraestrutura do país;

    - Aumento do nível de emprego proporcionado, principalmente, pelos investimentos nos setores de infraestrutura e indústria.

     - Significativo desenvolvimento industrial, alavancado pelos investimentos nos setores de siderurgia, geração de eletricidade e indústria petroquímica. O setor foi puxado, principalmente, pelo crescimento e fortalecimento das empresas estatais.

     

    Aspectos negativos:

     

    - Inflação elevada. No período, a inflação ficou entre 15% e 20% ao ano.

     

    - Aumento da dívida externa. O desenvolvimento econômico foi bancado, principalmente, com empréstimos no exterior. Esta dívida prejudicou o desenvolvimento do Brasil nos anos futuros, pois criou uma dependência com relação aos credores e ao FMI (Fundo Monetário Internacional), além de comprometer uma significativa fatia do orçamento para pagamento de juros da dívida.

     - Embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda e, portanto, aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país com o aumento da concentração de renda nas mãos dos mais ricos.

    O fim do milagre

     O crescimento econômico brasileiro começou a diminuir a partir de 1974 com uma crise mundial provocada pelo “choque do petróleo”. O elevado aumento do petróleo no mercado mundial afetou diretamente a economia brasileira. Os combustíveis derivados do petróleo aumentaram muito, elevando ainda mais a inflação.

     A balança comercial brasileira ficou com déficit elevado em função da importação de petróleo a preços exorbitantes.

     

    Os investimentos externos e internos diminuíram significativamente, prejudicando o avanço da economia nos níveis anteriores. Entre os anos de 1974 e 1979, o PIB brasileiro passou a crescer na média de 6,5%, diminuindo a geração de empregos e a massa salarial. Este fato fez com que houvesse uma significativa diminuição do consumo interno, prejudicando as empresas nacionais voltadas para o mercado nacional.

    FONTE: SUAPESQUISA


ID
2608801
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode ser assim resumida:


Os países ________ não têm poder político sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do Tratado de Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicação da cláusula democrática do bloco sobre a ___________, em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e econômica que atravessa o país.


As lacunas do excerto devem ser preenchidas por

Alternativas
Comentários
  • Gab: E) do Mercosul – Venezuela.

    Um dos requisitos necessários para a participação no Mercosul, de acordo com o Tratado de Assunção, é a efetiva existência da democracia no país que se pretende ser sócio do bloco.

  • GABARITO LETRA E

    • 2012, Paraguai é suspenso do bloco por causa da destituição do presidente Fernando Lugo (voltou em 2013 ao bloco). 
    • 2012, Venezuela de Hugo Chaves entra (Paraguai a impedia), 05/08/2017 é suspensa por ser antidemocrática (protocolo Ushuaya ou Montevidéu). 

  • O tratado de Assunção estabeleceu a zona de livre comércio e, posteriormente, o tratado e Ouro Preto estabeleceu o Mercosul como uma união aduaneira.


ID
2608807
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade.

(Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.)


O excerto refere-se à produção do espaço brasileiro relacionada ao ciclo econômico

Alternativas
Comentários
  • A principal atividade econômica do Brasil no Séc. XIX era a plantação e a produção de café ➠ que foi uma das atividades responsáveis para a criação de uma futura industrialização nessa região (sudeste) do país.

    Resposta: Letra C


ID
2608810
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia a letra da canção “Chão”, de Lenine e Lula Queiroga, para responder à questão.


Chão chega perto do céu,

Quando você levanta a cabeça e tira o chapéu.


Chão cabe na minha mão,

O pequeno latifúndio do seu coração.


Chão quando quer descer,

Faz uma ladeira.


Chão quando quer crescer,

Vira cordilheira.


Chão segue debaixo do mar,

O assoalho do planeta e do terceiro andar.


Chão onde a vista alcançar,

Todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar.


Chão quando quer sumir,

Se esconde num buraco.


Chão se quer sacudir,

Vira um terremoto.


O chão quando foge dos pés,

Tudo perde a gravidade,

Então ficaremos só nós,

A um palmo do chão da cidade.

                                                           (www.lenine.com.br. Adaptado.)

A quarta estrofe da canção faz alusão ao processo tectônico denominado

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Formação de montanhas
    Além de fatores da geodinâmica externa, também há
    fatores geodinâmicos internos.
    Orogênese: a partir da tectônica de placas.
    Epirogênese: vertical, a partir de movimentos de choque entre massas continentais.
     

  • Orogênese é o movimento horizontal das placas tectônicas.

  • Existem dois tipos de deslocamento das placas tectônicas, podendo eles serem verticais ou horizontais.

    Sendo eles: Orogênese (horizontal) e Epirogênese (vertical).

    Apesar da epirogênese representar o deslocamento vertical da placa em questão, esse processo é muito lento, e não é um grande agente modelador do meio externo.

    Já a orogênese, que representa o movimento horizontal das placas, faz com que elas se afastem (divergência), entrem em contato umas com as outras (convergência) ou sobreponham-se umas às outras (tangencial). E são esses movimentos que causam maiores modificações do relevo.

    O movimento da questão é o Orogênese, representando o movimento horizontal tangencial das placas, onde uma sobrepõe a outra formando cordilheiras. Um exemplo é a cordilheira dos andes.

  • Diagênese refere-se aos processos geológicos (físicos, químicos, biológicos,..) de baixa temperatura, como desidratação, cimentação, compactação, dissolução, reações minerais e outros que sucedem à deposição de sedimentos, levando, geralmente, a transformação destes em rochas sedimentares (litificação).

    ---------------

    Ablação em geologia são todos os processos pelos quais a neve, o gelo ou a água são perdidos por uma geleira, pelo gelo flutuante ou pela cobertura de neve sazonal. ... Área de ablação é a parte menos elevada de uma geleira onde anualmente ocorre a perda de massa.

  • Resolução:

    A música de Lenine aborda a temática sobre o chão. Na quarta estrofe, “vira cordilheira” indica um fenômeno relacionado com a orogênese (do grego: oros, montanha; genesis, formação), processo que leva à formação das montanhas ou cadeias de montanhas.

    Resposta:

    B) orogênese.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2017/11/unesp-2017-questao-46-e-questao-47.html


ID
2608813
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia a letra da canção “Chão”, de Lenine e Lula Queiroga, para responder à questão.


Chão chega perto do céu,

Quando você levanta a cabeça e tira o chapéu.


Chão cabe na minha mão,

O pequeno latifúndio do seu coração.


Chão quando quer descer,

Faz uma ladeira.


Chão quando quer crescer,

Vira cordilheira.


Chão segue debaixo do mar,

O assoalho do planeta e do terceiro andar.


Chão onde a vista alcançar,

Todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar.


Chão quando quer sumir,

Se esconde num buraco.


Chão se quer sacudir,

Vira um terremoto.


O chão quando foge dos pés,

Tudo perde a gravidade,

Então ficaremos só nós,

A um palmo do chão da cidade.

                                                           (www.lenine.com.br. Adaptado.)

O termo “terremoto”, presente na oitava estrofe da canção, é definido como

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    O termo “terremoto” mencionado na oitava estrofe da canção se relaciona à súbita liberação de energia sísmica acumulada no interior das placas tectônicas durante a sua movimentação. O atrito entre as placas que se tocam produz a energia sísmica eu será liberada quando houver uma ruptura da placa, gerando um ponto inicial de liberação desta força destrutiva, chamado hipocentro, o qual se localiza no interior da placa e é onde “nasce“ o terremoto. A partir deste hipocentro, a energia sísmica se propaga na forma de ondas, em todas as direções, até alcançar a superfície da crosta. O primeiro ponto superficial onde a energia chega é denominado epicentro. A partir dali as ondas se afastam horizontalmente deste epicentro, perdendo força destrutiva.

  • erro da alternativa A:

    liberação de energia na crosta produzida pelo atrito entre placas tectônicas identificadas em margens continentais passivas.

    passivas não, ativas sismologicamente...

  • • Sismicidade»» Os abalos sísmicos são comumente chamados de terremotos (continente) ou maremotos (assoalho oceânico). São decorrentes do alívio de tensão de uma falha tectônica ou do choque de placas. É liberada uma enorme quantidade de energia em forma de ondas que, ao atingir a superfície, provoca grandes tremores. Nesse sentido, é importante diferenciar o epicentro, local na superfície terrestre em que a energia é liberada, do hipocentro, local no interior da litosfera onde ocorre a falha ou o choque e posterior liberação de energia.

  • Só não entendi essa “ruptura”

  • Resolução:

    A oitava estrofe, “vira um terremoto”, indica um fenômeno natural caracterizado por forte tremor de terra, sendo resultante do encontro de placas tectônicas. Isso acontece devido à dinâmica interna da Terra, liberando grande quantidade de energia.

    Resolução:

    D) propagação de ondas mecânicas na crosta derivadas da ruptura de rochas submetidas a esforços tectônicos.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2017/11/unesp-2017-questao-46-e-questao-47.html

  • qual é o erro da e?


ID
2608825
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Texto 1

A água sai de Cabrobó

Parnamirim, Salgueiro

Até Jati

Deixe o rio desaguar doutor

Pra acabar

Com o sofrimento daqui

O São Francisco

Com sua transposição

No meu Nordeste

O progresso vai chegar

[...]

Na contramão

O meu sertão não vai ficar

(Aracílio Araújo. “Deixe o rio desaguar”. www.letras.mus.br.)


Texto 2


Os vazanteiros, que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano, serão os primeiros a serem totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “a cultura de vazante já era”, postergando a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade em relação aos espaços irrigáveis a serem implantados com a transposição. De imediato, porém, serão os proprietários absenteístas1 da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, o que agregará ainda mais valor às suas terras.

(Aziz N. Ab’Sáber. “A quem serve a transposição das águas do São Francisco?”. CartaCapital, 22.03.2011. Adaptado.)

1absenteísmo: sistema de exploração da terra em que o proprietário confia sua administração a intermediários, empreiteiros, rendeiros ou feitores.


As perspectivas expressas nos textos 1 e 2 podem ser associadas, respectivamente, aos seguintes impactos ambientais provenientes da transposição das águas do Rio São Francisco:

Alternativas
Comentários
  • Questão mal elaborada. A dinamização da economia regional não é um impacto ambiental...


ID
2608828
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Chancelado na cidade de mesmo nome no Canadá em 1987, o Protocolo de Montreal completa 30 anos em 2017. Esse tratado é considerado um dos mais bem sucedidos da história, prescrevendo obrigações aos 197 países signatários em conformidade com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas à luz das diversas circunstâncias nacionais.

(https://nacoesunidas.org. Adaptado.)


O protocolo evidenciado no excerto estabelece metas para

Alternativas
Comentários
  • -Protocolo Montreal (1987): redução da emissão de gases CFC's, que estão associados na destruição da camada de ozônio.

    -Protocolo de Kyoto (1997): objetiva a redução dos gases do efeito estufa por meio de investimento em fontes alternativas e, também, na redução de combustíveis fósseis.


ID
2608831
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

No encerramento da temporada regular 2015-2016 da liga americana de basquete, o ídolo do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, despediu-se das quadras numa partida diante do Utah Jazz. O jogo foi realizado na Califórnia, que fica no fuso horário 120º oeste, no dia 13.04.2016 às 19h30 (horário local).

(http://sportv.globo.com. Adaptado.)


Ciente de que os EUA utilizavam o horário de verão, a última atuação do atleta foi transmitida ao vivo às

Alternativas
Comentários
  • Questão muito estranha!

  • Deve-se considerar o HORÁRIO DE VERÃO nos States! : )

  • Teria que considerar Horário de verão apenas para os EUA? 

  • vish nao entendi nada alguém explica aiiiiii

  • OBS.: para o LESTE o horário aumenta e OESTE o horário diminui.

    ____________________________________________________________________________________________________

    .......120° .....| -.........105° ......|.. 90°.. | ...75°. |.... 60 ° .....| ................45° ..........................| .............30° ........| 15°|0°

    (Califórnia)....|.........................|............|.(Acre)..|..(Norte)...|..(grande parte do Brasil)...|..(F. Noronha)....... |

    .....-8..............|........- 7..............|.....- 6...|...-5......|.....-4........|...............-3...........................|.......-2......................|

    .....19:30.......|.........20:30.........|..21:30.|..22:30.|....23:30.|.............00:30........................|.......01:30................|

    Lembrando que em Califórnia está com horário de verão, ficando com 1 hora a mais que no Brasil.

    A) 22h30 do dia 13.04.2016 para o estado do Acre. ( no Acre(-5) será 22:30 - 1 hora = 21:30 horário local)

    B) 21h30 do dia 13.04.2016 para a capital do Amazonas. ( Amazonas(-4) será 23:30 - 1 hora = 22:30 horário local)

    C) 00h30 do dia 14.04.2016 para o Distrito Federal. (DF(-3) será 00:30 - 1 horas = 23:30 horário local)

    D) 23h30 do dia 13.04.2016 para a cidade de São Paulo. CORRETA ( SP(-3) será 00:30 - 1 hora = 23:30 horário local)

    E) 01h30 do dia 14.04.2016 para o arquipélago Fernando de Noronha. ( F.Noronha(-2) será 01:30 - 1 hora = 00:30 horário local)

  • questão bem trabalhosa e difícil para fuso horário.

  • Resolução:

    O jogo foi realizado na Califórnia, 120°oeste, no dia 13 de abril, as 19h30. Naquele momento eram 22h30 na Amazônia, 23h30 em São Paulo e Distrito Federal e 0h30, do dia 14 de abril, em Fernando de Noronha.

    Resposta:

    D) 23h30 do dia 13.04.2016 para a cidade de São Paulo.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2017/11/unesp-2017-questao-53.html

  • EUA -------BRA

    LESTE----OESTE

    120º--------45º

    19h30 ------x

    120-45= 75º= 5h, com horário de verão= 5-1h= 4h

    19h30+4h= 23h30 em São Paulo.

    LETRA D

    APMBB


ID
2608834
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Hajime Narukawa, arquiteto japonês, desenvolveu uma projeção cartográfica mediante a modelagem de poliedros. Denominada de Authagraph, a sua proposta permite a representação da superfície terrestre em um plano retangular sem lacunas, mantendo de modo substancial a área e a forma de todos os oceanos e continentes, incluindo a Antártida, que foi negligenciada em muitos mapas.

(www.authagraph.com. Adaptado.)


Considerando conhecimentos sobre cartografia, assinale a alternativa que apresenta o planisfério elaborado com base na projeção descrita no excerto.

Alternativas
Comentários
  •  desenvolveu uma projeção cartográfica mediante a modelagem de poliedros. Alternativa B

  • "... incluindo a Antártida, que foi negligenciada em muitos mapas" é só ver no qual mapa a Antártida está com forma "mais correta".

  • Resolução:

    O mapa a qual o texto se refere e denominado AuthaGraph elaborado por, Hajime Narukawa artista e arquiteto japonês, e que propõe-se mostrar com precisão as proporções reais entre as áreas representadas. Trata-se, portanto, de um projeção equivalente.

    Nela o globo terrestre é representado por 96 (noventa e seis) triângulos, que logo foram transformados em tetraedros, poliedros com quatro faces. Esta técnica, possibilitou representar as informações da esfera terrestre em um retângulo, mantendo as proporções entre as áreas

    Resposta:

    (B)

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2017/11/unesp-2017-questao-54.html


ID
2608837
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é carência ou não é nada. Sustento que uma pessoa com deficiência intelectual é um ser com carências e imperfeições. Sustento que eu, você e ele somos seres com carências e imperfeições. Portanto, concluo que nós, os seres humanos, pelo fato de existir, somos – TODOS – incapazes e capazes intelectualmente. A diferença entre um autista severo e eu é o grau de carência, não a diferença entre o que somos. A “razão alterada” é um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres únicos e não categorizados em padrões sociais que agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.

(Chema Sánchez Alcón. “Crítica de la razón alterada”. http://losojosdehipatia.com.es, 30.10.2016. Adaptado.)


De acordo com o texto, “razão alterada” é

Alternativas
Comentários
  • A “razão alterada” é um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres únicos e não categorizados em padrões sociais que agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.

  • Assistam a explicação do professor! É um verdadeiro canhão de luz sobre a questão.


ID
2608840
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo material ou físico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as visões não materialistas, a mente é algo diferente do cérebro, podendo existir além dele. Ambas as posições estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de átomos e todo pensamento é causado por seus movimentos físicos, Platão insistia que o intelecto humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do corpo.

(Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro produz a mente?: um levantamento da opinião de psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.)


A partir das informações e das relações presentes no texto, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • Erro da a): indepêndencia da mente tem origem nas variações filosóficas do pensamento platônico.

    Erro da c): Agostinho se baseia em ideias platônicas.

    Erro da d): o materialismo nega a metafísica platônica.

    Erro da e): incoerente, a neurociência não resolveu este debate objetivamente.

    Gab: LETRA-B

    PARA DESCARTES, HAVIA UMA DIFERENÇA ENTRE MENTE E CORPO. O CORPO SERIA O MATERIALISMO QUE REAGE À MENTE HUMANA, MAS ESTA ESTARIA ALÉM DO ELO FÍSICO, SENDO ASSIM DUALIDADES DIFERENTES.

  • descartes propôs o dualismo, ele dizia que o espírito e o corpo são duas coisas distintas, como duas substâncias.


ID
2608843
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Ciência Política
Assuntos

Texto 1


Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da própria individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. “Individualidade” é a combinação singular de fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e insubstituível. O que o fanático nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos. Só valem os termos dele. Para ele, em suma, você não existe como indivíduo real e independente. Só existe como tipo: “amigo” ou “inimigo”. Uma vez definido como “inimigo”, você se torna, para todos os fins, idêntico e indiscernível de todos os demais “inimigos”, por mais estranhos e repelentes que você próprio os julgue.

(Olavo de Carvalho. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, 2013. Adaptado.)


Texto 2


É necessário questionar a função de amparo identitário de todas as formas de organização de massas – partidos, igrejas, sindicatos – independente de seu objetivo político manifesto, de esquerda ou de direita. Não é descabido supor que qualquer organização de massas tenha o potencial de favorecer em seus membros a adesão à identidade de vítimas, sendo um sério obstáculo à luta pela autonomia e pela liberdade de seus membros.

(Maria Rita Kehl. Ressentimento, 2015. Adaptado.)


Os dois textos

Alternativas

ID
2608846
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Ciência Política
Assuntos

A mídia é estética porque o seu poder de convencimento, a sua força de verdade e autoridade, passa por categorias do entendimento humano que estão pautadas na sensibilidade, e não na racionalidade. A mídia nos influencia por imagens, e não por argumentos. Se a propaganda de um carro nos promete o dom da liberdade absoluta e não o entrega, a propaganda política não vai ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas simbólicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas categorias de discurso messiânico que a religião, outra grande área de venda de castelos no ar.

(Francisco Fianco. “O desespero de pensar a política na sociedade do espetáculo”. http://revistacult.uol.com.br, 11.01.2017. Adaptado.)


Considerando o texto, a integração entre os meios de comunicação de massa e o universo da política apresenta como implicação

Alternativas

ID
2608849
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Os homens, diz antigo ditado grego, atormentam-se com a ideia que têm das coisas e não com as coisas em si. Seria grande passo, em alívio da nossa miserável condição, se se provasse que isso é uma verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço. Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos.

(Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.)


De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o mal

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E "Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos."
  • GABARITO - E

    "Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos."

    O trecho em destaque mostra claramente o que é afirmado na alternativa "E" e se encontra de acordo com a alternativa correta!

    CAVEIRA!


ID
2608852
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons.

(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.)


De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se

Alternativas
Comentários
  • Síntese do comentário do Professor:

    A - Platão

    B - Como se juntasse Platão (metafísica) e Aristóteles (conhecimento empírico)

    C - Kant

    D - Locke (Correta)

    E - Hegel

  • Lock- nascemos como uma tabula essa é adquirimos conhecimento baseado nas experiências


ID
2608870
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Ao longo da evolução dos vertebrados, alguns grupos passaram a explorar o ambiente terrestre, o que demandou adaptações que permitissem o desenvolvimento do embrião nesse novo ambiente. A mais emblemática dessas adaptações talvez seja o âmnio, razão pela qual os répteis (incluindo as aves) e os mamíferos são chamados de amniotas.


A importância do âmnio está em

Alternativas
Comentários
  • O âmnio ou a bolsa amniótica tem uma grande importância no quesito da evolução. Ela é um anexo embrionário preenchido pelo liquido amniotico, que tem como unções evitar a dessecação e poteger o embriao de impactos já que esse se desenvolve no interior do ovo com casca.

    Alternativa correta: Letra D


  • Lembrei do líquido amniótico. 

  • A: função do saco vitelínico;

    B: Alantoide;

    C: Alantoide;

    D: âmnion.


ID
2608873
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Uma professora explicava a seus alunos que a transpiração contribui para o controle da temperatura corporal e que os desodorantes antitranspirantes apresentam em sua composição sal de alumínio, o qual obstrui os ductos sudoríparos, impedindo a saída do suor.

Um dos alunos perguntou à professora o que aconteceria se uma generosa dose de desodorante antitranspirante fosse borrifada no corpo de uma barata e no corpo de uma lagartixa.

A professora desaconselhou o experimento em razão dos maus tratos aos animais e explicou que, caso fosse realizado, considerando os sistemas respiratórios desses animais, provavelmente

Alternativas
Comentários
  • Mesmo desaconselhando o experimento devido aos maus tratos com os animais, se esse ensaio fosse realizado, a aplicação excessiva de desodorante antitranspirante na barata iria obstruir os espiráculos, porções iniciais das traqueias, impedindo a chegada do gás oxigênio às celulas levando o inseto a morte. Já nas lagartixa, por ela apresentar uma respiração exclusivamente pulmonar, a aplicação do desodorante não implicaria em nenhum dano respiratório no animal.

    Alternativa correta: Letra D
  • A barata é um inseto que realiza respiração branquial . Com um substrato obstruindo a entrada de ar nas brânquias , a barata morreria pois não conseguiria respirar.


ID
2608879
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Considere os elementos K, Co, As e Br, todos localizados no quarto período da Classificação Periódica. O elemento de maior densidade e o elemento mais eletronegativo são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • A densidade dos elementos da tabela periódica cresce das bordas para o centro, portanto o cobalto (Co) é o elemento mais denso dentre esses. Já a eletronegatividade cresce na tabela da esquerda para a direita, portanto o bromo (Br) é o elemento mais eletronegativo.

    Resposta: letra B.

  • P/ lembrar da tabela de eletronegatividade, vale a pena decorar um macete

    Fui Ontem No Clube Brasil I Só Comi Pizza Hut Temperada

    F>O>N>CL>BR>I>S>C>P>H>TE

    Lembrando que os eletronegativos são todos aqueles que têm a capacidade de atrair elétrons.


ID
2608885
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp, a concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L, limite mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja igual à da água pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por milhão, seja

Alternativas
Comentários
  • Densidade da água é 1g em 1 cm3 (que é 1ml). Por regra de três:

    1g-------1.10-3L (1ml)

    x---------1L

    x: 1.103g, que é igual a 1.106mg

    Logo, sabendo a média aritmética de 0,2 e 5,0, tem-se:

    2,6mg-------1.106mg( 1L)

    y partes----- 1. 106partes( por milhão)

    y: 2,6 partes por milhão.


ID
2608888
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Sob temperatura constante, acrescentou-se cloreto de sódio em água até sobrar sal sem se dissolver, como corpo de fundo. Estabeleceu-se assim o seguinte equilíbrio:


NaCℓ (s) ⇌ Na+ (aq) + Cℓ (aq)


Mantendo a temperatura constante, foi acrescentada mais uma porção de NaCℓ (s). Com isso, observa-se que a condutibilidade elétrica da solução sobrenadante ________ , a quantidade de corpo de fundo _______________ e a concentração de íons em solução ________ .


As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • A solução já estava saturada, não formará mais íons.


ID
2608900
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio é participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é uma distância maior do que a que está acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua velocidade média habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará a corrida de São Silvestre em

Alternativas
Comentários
  • Dados  da corrida normal: 

    Distância = 5 km 
    Tempo = 30 minutos (ou 0,5h). 
    Velocidade = ? 

    Passo 1 - descobrir a velocidade 1 

    V1 = Delta S / Delta T 
    V1 = 5 km / 0,5 h 
    V1 = 10km/h 

    Ou seja, correndo numa velocidade de 10km/h ela faz 5km em 30 minutos. 

    Para correr a São Silvestre o personal indicou redução de 40% da velocidade1.

    Ou seja -> 40/100 x V1 
    0,4 x 10 
    4km/h 

    Então ela deverá reduzir 4km/h da sua velocidade, ou seja: 
     
    10km/h - 4km/h = 6km/h (essa é a velocidade em que ela correrá a Maratona)

    Agora é só fazer uma regra de três simples 

    6 km  ---- 1 hora


    15 km ---- x 

    X = 15 / 6 


    X = 2,5 horas


    ou 2 horas e 30 minutos 

    Gabarito D

  • v1=d1/t1
    v2=d2/t2

     

    Precisa-se de uma redução na velocidade de 40%

    v2=v1.(1-0,4)

    v2=v1.0,6

    Sabe-se que a distância percorrida é 3 vezes maior que a habitual

    d2=3d1

    Logo
    v2=d2/t2

    v1.0,6=3d1/t2
    t2=3.d1/0,6.v1

    t2=5.d1/v1

    d1/v1=t1

    t2=5.t1

    t2=5.1/2(meia hora)

    t2=5/2

    t2=2 horas e meia

  • V1= 5,0 / 0,5 = 10m/s

    xxxxxxxxxxxxxxx

    40/100 = 0,4

    0,40 x 10 = 4

    10 - 4 = 6 m/s

    ********************

    V2 = 15 /6

    V2 = 2,5 ou 2h 30 min.

    Gabarito D


ID
2608921
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O ibuprofeno é uma medicação prescrita para dor e febre, com meia-vida de aproximadamente 2 horas. Isso significa que, por exemplo, depois de 2 horas da ingestão de 200 mg de ibuprofeno, permanecerão na corrente sanguínea do paciente apenas 100 mg da medicação. Após mais 2 horas (4 horas no total), apenas 50 mg permanecerão na corrente sanguínea e, assim, sucessivamente.


Se um paciente recebe 800 mg de ibuprofeno a cada 6 horas, a quantidade dessa medicação que permanecerá na corrente sanguínea na 14ª hora após a ingestão da primeira dose será

Alternativas
Comentários
  • 1 dose: 800mg

    2horas, 2 dose: 400mg

    4horas, 3 dose: 200mg

    6horas, 4 dose: 100mg + 800mg = 900mg

    8horas, 5 dose: 50mg+ 400mg

    10horas, 6 dose: 25mg+200mg

    12horas, 7 dose: 12,5mg+100mg + 800mg

    14horas, 8 dose: 6,25+ 50mg + 400mg

    14 horas permanecerá: 456,25mg 

     

  • A INTERPRETAÇÃO MALTRATA!!

  • Uma questão mais a cara do enem que o próprio enem