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Prova VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor de Educação Básica III - Geografia


ID
3831895
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Vista Cansada
          Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
          Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.                           
            Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
           Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
          Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
              Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
          Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Com base no texto, é correto concluir que o autor

Alternativas
Comentários
  • B)Se inclui entre aqueles que banalizam o olhar, compartilhando suas reflexões com os leitores. Correto, vide segundo parágrafo: O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê. O autor se inclui ao usar pronomes oblíquos (nos) e pronome possessivo (nossa).

    GABARITO. B

  • Gabarito: B

    ✓ Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo

    ➥ Ou seja, o autor usa o termo de valor pronominal "a gente" para se incluir na ideia apresentada.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva B

    O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. 

    se inclui entre aqueles que banalizam o olhar, compartilhando suas reflexões com os leitores.

  • ...a gente banaliza o olhar...E vemos? Não, não vemos...

  • A Vunesp além de banca examinadora tem prestado um trabalho emocional, pois tenho aprendido muito com seus textos.

    Continue assim examinador!


ID
3831919
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

André vendeu seu notebook por R$ 1.240,00, tendo um prejuízo de 20% sobre o preço que pagou. Para que seu prejuízo fosse apenas de 10%, ele deveria ter vendido o notebook por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

    RESOLUÇÃO

    0,20X - X =1240,00

    0,80X = 1240

    X =1240/0,80

    X =1550

    1550 - 10% =1395

  • Se o computador foi vendido por 1240,00 e isso sabemos que representa um prejuízo de 20%, percebemos que esse valor representa 80%.

    Logo temos que 1240-----80%

    x-----------100%

    Valor original do produto custou 1550,00.

    Fazendo a diferença de 1550 pra 1240 temos um valor de 310,00.

    Já que 310,00 são os 20% restantes, basta dividir os 310,00 por 2 pra saber o valor de 10%

    Que dica 155,00. Agora basta somar com os 1240 pra termos um valor de 1395,00

  • 1240 - 80

    x - 90

    Regra de três : X = 1395 (90%), ou seja, perdendo apenas 10%.

  • Resolvo essa e outras questões da VUNESP aqui nesse vídeo

    https://youtu.be/wjM9nFPYap0

    Ou procure por "Professor em Casa - Felipe Cardoso" no YouTube =D

  • Gabarito:D

    Principais Regras:

    • Representações: 25% = 0,25 = 25/100
    • Não existe um método para você realizar essas questões, por exemplo, a maioria das questões você consegue realizar tudo por regra de três. Exemplp:

    25 - 100%

    10 - X

    FICA A DICA: Pessoal, querem gabaritar todas as questões de RLM? Acessem tinyurl.com/DuarteRLM .Lá vocês encontraram materiais produzidos por mim para auxiliar nos seus estudos. Inclusive, acessem meu perfil e me sigam lá pois tem diversos cadernos de questões para outras matérias. Vamos em busca juntos da nossa aprovação juntos !!


ID
3831922
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os setores I e II de uma grande empresa tinham o mesmo número de funcionários. No entanto, a empresa precisou demitir funcionários desses dois setores. Do setor I foram dispensados 2/5 dos empregados, e do setor II, foram dispensados 1/8 dos empregados. Sabe-se que um dos setores ficou com 11 empregados a mais do que o outro. É correto afirmar que a soma das quantidades de empregados dos dois setores após as demissões é igual a

Alternativas
Comentários
  • Setor 1 foram demitidos 2/5 = 40%

    Setor 2 foram demitidos 1/8 = 12,5%

    Como antes os setores tinham o mesmo número de funcionários e após as demissões a diferença entra eles ficaram 11, temos:

    40 - 12,5 = 27,5% é a diferença que é 11.

    Para chegar no total divide 11 por 27,5%

    11/0,275 = 40 esse é o número por setor de funcionários.

    Setor 1 = 40 funcionários foram demitidos 40%, então sobra 60% no setor = 24

    Setor 2 = 40 funcionários foram demitidos 12,5%, então sobra 87,5% no setor = 35

    Sobram na empresa = 24 + 35 = 59

  • TOTAL DE DEMITIDOS = setor I + setor II

    TOTAL DE DEMITIDOS = 2/5 + 1/8 (tire o mmc)

    TOTAL DE DEMITIDOS = 40 funcionários

    Destes 40 funcionários demitidos, quantos eram do Setor I e quantos eram dom Setor II?

    Setor I: 40x2/5 (simplifique) = 16

    Setor II: 40x1/8 (simplifique) = 5

    Podemos observar que o setor I é que ficou com os 11 funcionários a mais.

    Sendo assim, restou 24 funcionários no Setor I (40-16) e 35 funcionários no Setor II (40-5)

    TOTAL após a demissão= 24 +35= 59

  • Como a questão não deu o valor exato de quantos funcionários tinham 1 e 2 então usei a técnica do chute:

    Pensei em um número que fosse múltiplo de 5 e 8 ao mesmo tempo (40), já que ele disse que os 2 setores tinham a mesma quantidade de funcionários antes das demissões.

    A partir daí ficam mais fáceis os cálculos

    Setor 1: 40 funcionários inicialmente Setor 2: 40 funcionários inicialmente

    Foram demitidos 2/5, ou seja, 16 funcionários. Foram demitidos 1/5, ou seja, 5 funcionários

    Restando: 24 funcionários Restando: 35 funcionários

    Diferença de 1 para 2: 24 - 35 = - 11 (como disse o enunciado seria a diferença de um setor para outro após as demissões).

    Soma de 1 e 2: 24 + 35 = 59. GABARITO: C

  • SETOR I = DISPENSADOS 2/5; SOBRARAM 3/5

    SETOR II = DISPENSADOS 1/8; SOBRARAM 7/8

    DIMINUINDO AS DUAS FRAÇÕES PARA SABER A FRAÇÃO EQUIVALENTE AOS 11 FUNCIONÁRIOS:

    7/8 - 3/5 (TIRANDO MMC)

    35/40 - 24/40 = 11/40

    OS 11 FUNCIONÁRIOS EQUIVALEM A 11/40.

    AGORA, AO INVÉS DE DIMINUIR, EU SOMO AS DUAS FRAÇÕES PARA SABER A FRAÇÃO EQUIVALENTE AO TOTAL DE FUNCIONÁRIOS DE AMBOS OS SETORES:

    7/8 + 3/5

    35/40 + 24/40 = 59/40

    FAZENDO UMA REGRA DE TRÊS COM A FRAÇÃO EQUIVALENTE AOS 11 FUNCIONÁRIOS E A FRAÇÃO EQUIVALENTE AO TOTAL DE FUNCIONÁRIOS:

    11-----------11/40

    X------------59/40

    11/40X = 649/40

    11X = 649/40*40 (CORTANDO OS "40")

    11X = 649

    X = 649/11

    X = 59 FUNCIONÁRIOS.

  • X = Número Total de Funcionários ANTES da demissão em cada setor

    Setor I - x.2/5 (demitidos)

    Setor II - x.1/8 (demitidos)

    Constante dada pela questão = 11 (diferença entre eles)

    Setor I - Setor II = 11

    x.2/5 - x.1/8 = 11

    x = 40

    Substituindo:

    Setor I - x.2/5 = 40.2/5 = 16 (demitidos), logo 24 continuam empregados (40 - 16 = 24)

    Setor II - x.1/8 = 40.1/8 = 5 (demitidos), logo 35 continuam empregados (40 - 5 = 35)

    Funcionários empregados no Setor I + Setor II --> 24 + 35 = 59

  • Setor I: Demitidos 2/5, sobrando 3/5.

    Setor II: Demitidos 1/8, sobrando 7/8.

    .

    Agora basta fazer a soma de 3/5 + 7/8.

    MMC de 5 e 8 = 40.

    Divide pelo debaixo e multiplica pelo de cima.

    Resultado: 24 + 35 = 59.

  • Um número que seja divisivel por 5 e 8 é 40, ou seja, 40 para cada setor, 2/5 de 40 = 16, 1/8 de 40 = 5

    16 + 5 = 21

    21 - 40 + 40

    59


ID
3831931
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Analise as afirmações que apresentam transformações entre unidades de medida de tempo, área, massa e capacidade.


I. 8,55 h = 8 h 33 min.

II. 75,8 m2 = 75 m2 e 80 dm2 .

III. 0,8 kg = 8 000 g.

IV. 600 L = 6 m3 .



As duas únicas afirmações corretas são

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    I. 8,55H = 8H + 0,55H --> 0,55 x 60 = 33 Minutos, ou seja, 8H 33 minutos

    II. 75,8 m2 = 75 m2 + 0,8 m2 --> 0,8 x 100 = 80 dm2, ou seja, 75 m2 e 80 dm2

    III. 0,8 kg = 0,8 x 1000 --> 800 g

    IV. 1 L = 0,001 m3, ou seja 600 L = 0,6 m3

    Gabarito: A

  • PARTINDO DE UMA DAS AFIRMAÇÕES MAIS SIMPLES PRA CALCULAR III. 0,8 kg = 8 000 g.

    10 . 10 . 10 = 1000

    0,8 . 1000 = 800g

    Com isso, já eliminamos 3 alternativas.

    II. 75,8 m2 = 75 m2 e 80 dm2 .

    75,8 m2= 75,0 m2

    0,8 . 100 = 80 dm2

    Com isso, eliminamos a alternativa D e não precisaremos calcular IV. 600 L = 6 m3 .

    Resta-nos a alternativa A)


ID
3831937
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere a equação 8x2 + 2x – 3 = 0. A metade da diferença entre a maior e a menor raiz é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    a = 8 ; b = 2 ; c = - 3

    Soma das raízes = - b

    Produto das raízes = a x c

    ___ + ___ = - 2

    ___ x ___ = - 24

    4 + (-6) = - 2

    4 x (-6) = - 24

    Dividir as raízes encontradas por a.

    x1 = 4/8

    x2 = - 6/8

    Enunciado: (x1 - x2) / 2

    ( 4/8 - ( - 6/8 ) ) / 2

    ( 10/8 ) / 2 = 5/8

    Bons estudos.

  • Letra A

    Encontrei as raízes pelo meio tradicional: bhaskara.

    Delta = 100

    x¹= 8/16

    x²= -12/16

    A questão pede a metade da diferença entre a maior e a menor raiz, logo:

    8/16 - (-12/16)= 20/16, simplificando por 4: 5/4, agora dividindo por 2 (metade): 5/8.


ID
3831940
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Júlia comprou um livro pela internet e pagou R$ 144,40 com o frete incluso. O valor do frete é diretamente proporcional ao peso do livro. Se Júlia comprasse outro livro com o mesmo preço, mas com o peso igual a 2/3 do primeiro, ela pagaria R$ 136,60.


É correto afirmar que o preço do livro é, em reais,

Alternativas
Comentários
  • Preço livro 1 - R$ 144,40 (com frete)

    Preço livro 2 - R$ 136,60 (com frete) - peso equivale a 2/3 do primeiro.

    R$ 144,60 - R$ 136,60 = R$ 7,80 - essa é a diferença o 1/3.

    3 x R$ 7,80 = R$ 23,40 - esse é o valor do frete do primeiro livro.

    R$ 144,40 - R$ 23,40 = R$ 121,00

    Gabarito: E.

  • Eu fiz o seguinte

    X= Valor do Livro

    Y= Valor do Frete

    144,40 = X+Y (valor do livro mais o valor do frete).

    Ou Seja, X = 144,40 - Y

    Agora vamos achar o valor do frete usando a segunda equação:

    136,60 = X+Y

    Substituindo o X... pois a questão diz que o valor do livro não mudou e utilizando a informação de que o valor do frete foi 2/3 do primeiro frete.

    136,60 = 144,40 - Y + 2/3 Y

    Fazendo o MMC entre 1, 1 e 3 = 3

    Resolve a conta:

    136,60 = 433,2/3 - 3Y/3 + 2Y/3 (dividido por 3 pois tiramos o MMC)

    Agora passa o 3 Multiplicando pro outro lado:

    409,8 = 433,2 - Y

    Isola o Y:

    409,8 - 433,2 = -Y

    Y = 23,4

    Agora que achamos o valor de Y inteiro só subtrair do valor total do primeiro livro:

    144,40 - 23,40 = 121,00

    GABARITO: E.

    Fiz assim pra ajudar quem vai por partes como eu...

  • ALTERNATIVA E

    Eu subtrai o primeiro livro com o segundo R$ 144,40 - R$ 136,60 = R$ 7,80 (diferença do preço do frete);

    como a questão diz que a diferença do frete é de 2/3 ou seja o R$ 7,80 é 1/3 da diferença;

    Multiplica pra achar o valor total do frete R$ 7,80 X 3 = R$ 23,40 (o frete total);

    Então só subtrair do valor total do livro R$ 144,40 - R$ 23,40 = R$ 121,00 (Total do livro sem frete).


ID
3831943
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Uma coordenadora pedagógica foi informada de que no bairro da escola pública em que trabalha, um grupo de moradores organizou um projeto de atividades esportivas, cuja participação de crianças e adolescentes era condicionada à frequência e ao desempenho escolar. O documento “Conselho escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento com igualdade social” (Aguiar et al., 2006) traz recomendações para a interação da escola com a comunidade em que se insere.

Adotando uma conduta compatível a essas recomendações, a coordenadora

Alternativas
Comentários
  • Assertiva c

    interage com a organização do projeto de natureza socioeducativa, buscando estabelecer um diálogo entre o trabalho do grupo comunitário e a organização político-pedagógica da escola.


ID
3831964
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O fracasso escolar é um tema de crucial importância para a reflexão pedagógica, tendo inclusive implicações sociopolíticas. Para Libâneo (2013), a escola pública democrática deve considerar as características de sua clientela, porque

Alternativas
Comentários
  • a qualidade de ensino é inseparável das características econômicas, socioculturais e psicológicas, ou seja, das condições reais dos alunos


ID
3831970
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

      Marcos é professor do Ensino Fundamental II há 20 anos. Preocupado com a pressão que os alunos sentem diante de provas, que parece ter se intensificado mais recentemente, suspendeu as avaliações quantitativas em suas aulas. O professor tem considerado as provas prejudiciais ao desenvolvimento autônomo da criatividade e das potencialidades dos alunos. Como é muito experiente e afirma ter “olho clínico”, Marcos conta que consegue cedo no ano letivo identificar os bons alunos e aqueles que terão problemas. 

Como vimos no caso, a ação docente partiu de um problema comum, que envolve a ansiedade dos estudantes nas situações de provas. Luckesi (2006) trata do uso da avaliação como disciplinamento social dos alunos em uma pedagogia do exame. A esse respeito, de acordo com o autor, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO✅

    A) o medo é um instrumento poderoso de controle social, que força a adequação a comportamentos tidos como desejáveis e torna sujeitos submissos.


ID
3831973
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Uma estudante com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista foi matriculada em uma sala regular de ensino. Segundo relatos da professora, é a primeira vez que a docente trabalha com uma aluna autista e, por isso, realizou leituras e buscou informações sobre o distúrbio. A estagiária se encontra nessa mesma situação, sendo seu primeiro contato. A aluna fica a cargo da estagiária para que a professora possa trabalhar com o restante da sala. Assim, a estagiária já construiu um vínculo com a menina, realizando os contatos pedagógicos e intervenções. Foi colocado um colchão no fundo da sala para que a aluna possa se deitar e dormir, o que costuma fazer por duas horas diariamente. Ela também se dirige para lá quando está irritada. Seu ensino na escola é adaptado, específico para seu transtorno, com atividades facilitadas, cujo nível de profundidade foi previamente determinado pela professora (caso adaptado de Ferreira e Bezerra, 2016).


De acordo com a discussão de Mantoan (2001) a respeito da inclusão escolar, é possível afirmar que o caso descrito

Alternativas
Comentários
  • B - representa a prática de segregar os atendimentos e individualizar o trabalho com a aluna de modo a mantê-la excluída, ainda que dentro de sala regular.


ID
3831976
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre as relações entre tecnologia e educação, Moran (2004) observa que

Alternativas
Comentários
  • as novas tecnologias trazem novos desafios pedagógicos e podem ser utilizadas em momentos de organização ou de provocação dos alunos.


ID
3831985
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considerando a discussão de Ropoli (2010) sobre inclusão, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o trecho a seguir.



“A ___________ é tida sempre como ____________ , generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. [...]

Na perspectiva da _______________ , as identidades são transitórias, instáveis, inacabadas e, portanto, os alunos não são categorizáveis, não podem ser reunidos e fixados em categorias, grupos, conjuntos, que se definem por certas características arbitrariamente escolhidas”.

Alternativas
Comentários
  • E) Identidade normal … natural … inclusão escolar


ID
3831991
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna, de acordo com Veiga (1996):


_____________, ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza poderes de decisão.

Alternativas
Comentários
  • Ilma Passos Veiga, só pode ser o PPP.

    GAB D

  • ...O projeto político-pedagógico, ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão. .....

    PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA

    Ilma Passos Alencastro Veiga


ID
3832000
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei nº 11.645, de 10.03.2008, estabelece:

Alternativas

ID
3832018
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

Assinale a alternativa correta a respeito das informações do texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    ✓ Segundo o texto: Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.

    ➥ Ou seja, para o autor, dar significação à própria existência será um antídoto para o tédio da imortalidade, ao qual se refere Regina Rini.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    Para o autor, dar significação à própria existência será um antídoto para o tédio da imortalidade, ao qual se refere Regina Rini.


ID
3832021
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

Considere o trecho do décimo primeiro parágrafo.

Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais...

Esse trecho está reescrito, sem alteração do sentido original do texto, na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Foi a primeira que eliminei por achar fora do contexto, mas vida que segue o texto é ótimo a pergunta que foi sem sentido mesmo kkkk

  • ✅Gabarito(E)

    Sinônimos de metáfora: imagem, comparação, figura, símbolo, alegoria, representação, tropo, translação.

    Porventura = advérbio que indica algo hipotético, uma hipótese.

    Quem ficou entre D e E, a D está incorreta pois ''indubitavelmente'' é algo certo, que não há dúvidas, então não poderia ser pois na frase original foi usado verbo que indica hipótese ''pode acometer''.

  • O verdadeiro sentido está no propósito de Deus em nossas vidas !!

    Deus os abençoe,

    ótimos estudos!!

  • procure os sinônimos das palavras destacadas.


ID
3832024
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

Leia os trechos do texto.

•  Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou... (12º parágrafo)
•  Desde que essa vida seja dotada de sentido. (último parágrafo)

Considerando o contexto, as expressões destacadas estabelecem entre as ideias, respectivamente, as relações de 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    • Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou ➥ Temos, em destaque, uma conjunção coordenativa adversativa, ela expressa matiz semântica de adversidade, oposição, contradição, ressalva. Outras conjunções com essa mesma classificação: não obstante, porém, só que, contudo, senão (=mas sim), todavia, entretanto, no entanto, ainda assim, etc.

    •  Desde que essa vida seja dotada de sentido ➥ Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa condicional, ela expressa matiz semântica de condição, hipótese, conjectura. Outras conjunções com essa mesma classificação: caso, se, contanto que, a não ser que, etc.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    oposição e condição, podendo ser substituídas, também respectivamente, por Entretanto Contanto que.

  • oposição e condição, podendo ser substituídas, também respectivamente, por Entretanto Contanto que.


ID
3832027
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

Os travessões empregados no segundo e no décimo terceiro parágrafo marcam trechos em que o autor, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ➥ Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio? → Os travessões estão marcando uma ideia adcional, refere-se à visão sobre a sociedade atual.

    ➥ Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?  → Os travessões estão marcando uma ideia relacionada ao pronome demonstrativo "isso", fazendo-lhe alusão.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    expressa um ponto de vista sobre a sociedade atual; explicita a ideia a que o pronome “isso” faz alusão.

  • Texto sensacional!

  • Alguém explica o erro da A pelo amor.... porque até agora eu não entendi.

  • Alguém pode explicar pq a letra B estaria errada?

  • Discordo do Gabarito! ...

  • Não consigo ver a (D) mais coerente do que a (A).


ID
3832030
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

De acordo com a concordância verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

     a) A medicina e outras áreas da ciência vem se empenhando para superar a nossa condição de seres mortais → INCORRETO. Temos um sujeito composto, ele é formado por dois núcleos. O verbo deve ser flexionado no plural para que a concordância verbal esteja correta (=vêm).
     b) Pode haver aspectos negativos para os que viverem eternamente, um deles é não sentir urgência para agir → CORRETO. Temos o verbo "haver" com sentido de "existir". Ele é um verbo impessoal e deve ser mantido no singular bem como qualquer verbo que o acompanhar. 
     c) Filmes como “Feitiço do tempo”, muito apreciados pelo autor, questiona a relação entre o ser humano e a passagem do tempo → INCORRETO. Temos um sujeito simples com seu núcleo no plural. O verbo deve ser flexionado no plural para que a concordância verbal esteja correta (=questionam).
     d) A estimativa de 47 anos de vida para os americanos do início do século XX, há muito foi superado → INCORRETO. O correto é "superada", concorda com o substantivo no feminino "estimativa".
     e) Uma vida longa e dotada de sentido representam a maior conquista que o autor espera que seu filho concretize → INCORRETO. Temos um sujeito simples com seu núcleo no singular. O verbo deve-se manter no singular para que a concordância verbal esteja correta (=representa).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    Pode haver aspectos negativos para os que viverem eternamente, um deles é não sentir urgência para agir.

  • A medicina e outras áreas da ciência vem se empenhando para superar a nossa condição de seres mortais

    Vêm, para concordar com o sujeito composto.

    Filmes como “Feitiço do tempo”, muito apreciados pelo autor, questiona a relação entre o ser humano e a passagem do tempo.

    Questionam, para concordar com o sujeito simples no plural "filmes".

    A estimativa de 47 anos de vida para os americanos do início do século XX, há muito foi superado.

    A estimativa é superada.

    Uma vida longa e dotada de sentido representam a maior conquista que o autor espera que seu filho concretize.

    Representa, para concordar com o sujeito simples no singular.

  • O verbo que auxilia o verbo haver (no sentido de existir) também se torna impessoal "por tabela".

    Pode haver ....

    Deve haver ....

  • Depois de errar muito, acertei uma questão!

    Agora que começamos não podemos parar!

  • A medicina e outras áreas da ciência vem se empenhando para superar a nossa condição de seres mortais : ✖️

    Nota-se o (E) dando ideia de Sujeito composto , ou seja ,

    A MEDICINA E OUTRAS ÁREAS DA CIÊNCIA (VÊM)

    B: Pode haver aspectos negativos para os que viverem eternamente, um deles é não sentir urgência para agir : ✅

    C: Filmes como “Feitiço do tempo”, muito apreciados pelo autor, questiona a relação entre o ser humano e a passagem do tempo :✖️

    Questionam a relação entre o ser humano e a passagem do tempo

    D:A estimativa de 47 anos de vida para os americanos do início do século XX, há muito foi superado. :✖️

    Há muito foi SUPERADA

    E:Uma vida longa e dotada de sentido representam a maior conquista que o autor espera que seu filho concretize :✖️

    Uma vida longa : representa


ID
3832033
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     a) O autor pergunta à si mesmo qual será a longevidade de seu filho → INCORRETO. Crase empregada incorretamente antes do pronome "si", o correto é somente a presença da preposição "a" (=a si mesmo).
     b) Nascido em 2015, o garoto está apto à chegar ao próximo século → INCORRETO. Não há crase antes de verbo.
     c) Será que nós, mortais, seremos indiferentes à uma geração de humanos imortais?  → INCORRETO. Crase empregada incorretamente antes do pronome indefinido "uma", o correto é somente a presença da preposição "a" regida pelo adjetivo "indiferentes" (=indiferentes a uma).
     d) Devido a um feitiço, o personagem de Bill Murray fica, à princípio, preso no tempo → INCORRETO. Crase empregada incorretamente antes do substantivo masculino "princípio", o correto é somente o uso da preposição "a", trata-se de uma locução adverbial com base masculina (=sem crase).
     e) Para Viktor Frankl, as razões para viver é que agregam valor à trajetória humana → CORRETO. Agregar valor a alguma coisa (=preposição "a" regida pelo verbo + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "trajetória"= crase= à trajetória).

    ➥ O que é crase? Em resumo, é um “fenômeno” da língua portuguesa que indica a fusão/união de duas vogais idênticas, o acento em “ à  chama-se  ⇒ acento grave. Basicamente: há “vocábulo exigindo” preposição “A” + artigo “A” = à.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    Para Viktor Frankl, as razões para viver é que agregam valor à trajetória humana.

  • "AGREGAM VALOR AO PERCURSO HUMANO." COMBINAÇÃO DA PREPOSIÇÃO "A", COM O ARTIGO "O", TEM CRASE.

  • Na alternativa D: "Para Viktor Frankl, as razões para viver é que agregam valor à trajetória humana." O verbo não deveria estar no plural? "as razões para viver" eu troco por "elas" e o verbo deveria concordar com o sujeito, ficaria: "elas são as que agregam valor à trajetoria humana". Por favor se alguém consegue explicar-me, desde já agradeço. Bons estudos!


ID
3832039
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
   Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
   Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
    Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

No quinto parágrafo, a frase – O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. – está em sentido

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.

    ➥ A frase está empregada em sentido irreal, figurado, conotativo (=dos contos de fadas). Refere-se à ideia de a rotina nos torna insensíveis e alheios ao mundo que nos cerca.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    figurado, indicando que a rotina nos torna insensíveis e alheios ao mundo que nos cerca.

  • Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.

  • conotativo= conto de fadas

ID
3832042
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
   Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
   Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
    Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Considere os trechos do texto.

•  Um poeta é isto: um certo modo de ver.
•  Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.
•  Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas.

As expressões destacadas indicam, correta e respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    •  Um poeta é isto: um certo modo de ver → Temos uma palavra denotativa de exclusão, equivale a "somente" (=marca valor semântico restritivo).
    •  Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório → A expressão em destaque marca a ideia de continuidade, refere-se a uma ação que se prolongou no decorrer do tempo.
    •  Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas → A expressão adverbial em destaque denota valor intensificativo, isso existe de forma demasiada (muito/bastante).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    restrição; continuidade; intensidade.


ID
3832045
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
   Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
   Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
    Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Respeitando-se a norma-padrão da língua portuguesa, a colocação do pronome destacado pode ser alterada em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    ✓ O hábito suja os olhos e baixa-lhes a voltagem. (5º parágrafo)

    ➥ Temos a presença de um sujeito explícito e não há qualquer palavra atrativa, pode ocorrer tanto a colocação pronominal em próclise (=antes do verbo: lhes baixa) quanto a colocação pronominal em ênclise (=após o verbo: baixa-lhes).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva D

    O hábito suja os olhos e baixa-lhes a voltagem. (5º parágrafo)

  • Não entendi. O verbo baixar é transitivo indireto ? alguem pode me dar outro exemplo empregando overbo em outra frase ? E qual o errro da letra a ?

  • A questão pergunta as regras de colocação e não se está correto.

  • Próclise facultativa depois de conjunções coordenativas

  • SHOW DE BOLA!

  • Alguém por gentileza me diz qual o erro da "A"?

    Quem compartilha com minha dúvida peço que indique ao comentário do professor. Obrigada.

    É preciso ter disciplina pois nem sempre estaremos motivados.

  • O NÃO na letra b não seria uma palavra atrativa?

  • Alguém pode me explicar a letra C sendo que até no texto está empregado dessa forma ( Nunca o viu).

  • O erro da letra A: o "se" é uma palavra atrativa!!! Atrai a próclise.

  • Entendo todas as outras devido às palavras atrativas, mas não entendi por que o lhes está complementando baixar, lhe não complementa apenas VTI?

  • O lhe não faz papel apenas de Objeto Indireto. Pode também fazer papel de pronome possessivo, embora não seja classificado assim. É o caso da letra D. Perceba que é possível dizer: "Baixa a voltagem deles" ou "baixa suas voltagens". Outro exemplo: "Roubou-lhe a carteira". Perceba que você pode dizer: "Roubou a carteira dele" ou "Roubou a sua carteira". Ou seja, o lhe nesses exemplos indica posse. A função sintática do lhe nesses exemplos é de Adjunto Adnominal.

    Na letra A, o "se" é palavra atrativa

    Na letra B, o "não" é palavra atrativa

    Na letra C, o "nunca" é palavra atrativa

    Na letra E, o "que" é palavra atrativa

  • D

    Explicação Arthur Carvalho:

    ''✓ O hábito suja os olhos e baixa-lhes a voltagem. (5º parágrafo)

    ➥ Temos a presença de um sujeito explícito e não há qualquer palavra atrativa, pode ocorrer tanto a colocação pronominal em próclise (=antes do verbo: lhes baixa) quanto a colocação pronominal em ênclise (=após o verbo: baixa-lhes).''

  • Somente eu que errei por não entender o enunciado da questão? Li 10x e buguei! Ahhhhhhhhh que ódiooooo!!!

  • " a colocação do pronome destacado pode ser alterada em"

    PODE e não, deve. Ou seja, nas alternativas em que o pronome está colocado de forma incorreta, o pronome DEVE ser alterado. Logo,a questão quer aquela que o pronome está colocado de forma correta, mas também PODE ser alterada sua ordem.

  • Enunciado bugado

  • Gabarito D

    Para quem errou/ou não tem assinatura (explicação da Prof.Isabel)

    Como o enunciado está confuso, a alternativa indicada pela prof. foi com a colocação pronominal correta, que é o gabarito.

    A... quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se visse-a pela última vez. (1º parágrafo) 

    errado- como se (atrai o pronome, é conjunção de comparação) correto seria: como se a visse.

    B O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta-nos curiosidade. (3º parágrafo)

    errado- não (atrai o pronome, palavra negativa) correto seria: já não nos desperta.

    C Em 32 anos, esse profissional nunca viu-o. (5º parágrafo)

    errado-nunca (atrai o pronome, palavra negativa) correto seria: nunca o viu.

    D O hábito suja os olhos e baixa-lhes a voltagem. (5º parágrafo)

    Gabarito! Quem baixa, baixa algo/alguma coisa de alguém (uso do lhe – é o correto – oração coordenada)

    E É por aí que instala-se no coração o monstro da indiferença. (último parágrafo)

    errado- que (atrai o pronome, palavra que - oração subordinada ) correto seria: que se instala.

  • GAB. D)

    O hábito suja os olhos e baixa-lhes a voltagem. (5º parágrafo

  • Questão passível de anulação! Enunciado mal formulado.

  • a única alternativa que tem conjunção coordenativa é a D todas as outras ou tem com conjunção subordinada ou palavra negação ou pronome relativo.

    A B C E = colocação errada

    D = Colocação facultativa

  • Ao responder questões sobre colocação pronominal (acontece na maioria das bancas), procure por eliminar alternativas.

    E aí vão as dicas:

    CASOS PROIBIDOS

    1. NUNCA no início - ME chame mais tarde
    2. Depois de ponto e vírgula - Lembrou-se de mim; SE esqueceu dela
    3. Depois de particípio - Havia perdIDO-SE no mundo
    4. Depois de futuro de indicativo (presente/pretérito) - ContarIA-ME a verdade . Correto -> Contar-me-ia

    CASOS ESPECIAIS

    1. Evitar depois de vírgula - Havia, no momento, se dedicado mais
    2. Apossínclise/Interpolação (antes da palavra atrativa) - A menina me não respondeu a pergunta / A menina não me respondeu a pergunta

    CASO FACULTATIVO

    1.  Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa
    2.  Conjunções coordenativas 
    3. Sujeito explícito com núcleo pronominal
    4.  Sujeito explícito com núcleo substantivo, numeral ou oracional 
    5.  Quando há verbo no infinitivo  

    Fique firme! Bons estudos!


ID
3832057
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Dantas (1992) descreve um “circuito perverso” da emoção, que é caracterizado em várias teorias como desorganizador do comportamento. No contexto escolar, que alternativa é condizente com a perspectiva de Wallon acerca desse problema?

Alternativas
Comentários
  • D

    O “circuito perverso” da emoção tem caráter contagioso, de modo que a ansiedade infantil pode gerar no professor sentimentos de angústia e irritação.


ID
3832060
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

É notória na reflexão de Vygotsky a articulação entre pensamento e linguagem. A partir da leitura de Fontana (1996), a afirmação a seguir que expressa corretamente essa conexão é:

Alternativas
Comentários
  • a cognição tem natureza mediada, ou seja, as funções psicológicas são desenvolvidas pelo contato com o outro por meio da linguagem.

  • Palavras chaves de Vygotsky :

    Mediação e interação social.

    GAB C

  • Letra C

    A) mesmo antes de dominar a fala, uma criança pensa em conceitos para os quais encontrará as palavras mais tarde em seu desenvolvimento. Errado a criança para Vygotsly aprende para desenvolver

    B) a internalização consiste na imposição de saberes alheios à criança, o que a impede de pensar por si própria nas palavras que deve usar em cada contexto. Errados a internalização ocorre na mediação com o outro e com a cultura e não deve ser imposto e nem alheios estranhos para a criança.

    C) a cognição tem natureza mediada, ou seja, as funções psicológicas são desenvolvidas pelo contato com o outro por meio da linguagem. Correto vide assertiva B

    D) uma vez aprendida a abstração de conceitos, a criança passa a pensar de modo racional e torna dispensável a sensorialidade na relação com o real. Errado a criança sempre será mediada

    E) só faz sentido apresentar conhecimentos científicos à criança depois que ela tenha dominado o conceito como estrutura de generalização. Errado a criança aprende para desenvolver, tal conceito é de Piaget por meio dos estágios de desenvolvimento.

  • Signo e pares.


ID
3832066
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Frequentemente, o ensino da leitura é realizado com base em textos desenvolvidos especificamente para essa situação, designados por Lerner (2002) como “textos escolares”. A respeito desse tipo de texto, Lerner (2002) defende que

Alternativas
Comentários
  • o uso quase exclusivo de textos escolares representa um problema na aprendizagem, pois restringe as modalidades de leitura praticadas


ID
3832072
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considere o caso a seguir para responder a questão.

Marcos é professor do Ensino Fundamental II há 20 anos. Preocupado com a pressão que os alunos sentem diante de provas, que parece ter se intensificado mais recentemente, suspendeu as avaliações quantitativas em suas aulas. O professor tem considerado as provas prejudiciais ao desenvolvimento autônomo da criatividade e das potencialidades dos alunos. Como é muito experiente e afirma ter “olho clínico”, Marcos conta que consegue cedo no ano letivo identificar os bons alunos e aqueles que terão problemas.

Considerando o caso e a discussão levantada por Libâneo (2013) a respeito da avaliação escolar, a atitude do professor está

Alternativas
Comentários
  • D

    incorreta, porque excede na subjetividade e ignora as possibilidades de articulação entre a apreciação qualitativa e a sistematização quantitativa.


ID
3832084
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Terezinha Rios (2001) ressalta a articulação entre a Didática, a Filosofia e as Ciências da Educação. Entretanto, define com clareza o objeto específico da Didática, que é

Alternativas
Comentários
  • o ensino como prática social formal e escolar, pois interessa à discussão seu caráter sistemático, intencional e organizado


ID
3832087
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Rios (2001) entende ser fundamental atentar-se para algumas dimensões da docência que contribuem para a promoção de uma educação de qualidade. Dentre essas dimensões estão

Alternativas
Comentários
  • dimensão técnica, que articula os conteúdos com a habilidade de construí-los com os alunos; a dimensão estética, que incorpora a sensibilidade e a perspectiva criadora; a dimensão política, que trata da participação na vida social e dos direitos e deveres implicados; e a dimensão ética, que se orienta para o respeito, a solidariedade e o bem coletivo.


ID
3832093
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao discutir currículo, Tomaz Tadeu da Silva (1999) entende que as teorias críticas e pós-críticas

Alternativas
Comentários
  • E

    articulam a seleção dos saberes e conteúdos com a promoção de certas identidades, que, por sua vez, revelam relações de poder em jogo na sociedade.


ID
3832099
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 206 da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que a referida lei

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    define como princípios a liberdade de aprender e ensinar e o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.

    Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

            I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

            II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

            III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

            IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

            V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

            VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

            VII - garantia de padrão de qualidade

  • Na D, a palavra exclusivamente que faz a opção tá errada.


ID
3832102
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em relação às ações de educação e disciplina, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990) estabelece nos artigos 18, 18-A e 18-B que

Alternativas

ID
3832108
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A respeito da Educação Escolar Indígena, é correto afirmar, pelos artigos 38, 39 e 40 da Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que

Alternativas
Comentários
  • é oferecida em unidades educacionais inscritas em suas terras, com vistas à manutenção da diversidade étnica e linguística.


ID
3832111
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A publicação dos cadernos Indagações sobre currículo (BRASIL/MEC/SEB) evidencia a necessidade de se refletir a respeito das concepções de currículos e seus desdobramentos.

De acordo com esse documento, qual um primeiro significado dessas indagações? 

Alternativas

ID
3832114
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Assinale a alternativa coerente com a perspectiva da avaliação formativa, conforme definida no documento Indagações sobre o currículo: currículo e avaliação (BRASIL/MEC/SEB, caderno 5).

Alternativas

ID
3832117
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O documento Indagações sobre o currículo: currículo, conhecimento e cultura (BRASIL/MEC/SEB, caderno 3) afirma que há uma íntima relação entre currículo e cultura.

De acordo com essa obra, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • C

    o currículo é um espaço em disputa, onde situações de opressão se evidenciam, por vezes sendo reproduzidas e por outras questionadas.

  • Letra C

    De acordo com Moreira e Candau - pg. 28 O currículo é um território em que se travam ferozes competições em torno de significados .


ID
3832120
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Resolução CNE/CP nº 2/2017 afirma, em seu artigo 5º, que a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deve

Alternativas
Comentários
  • ✅RESPOSTA B

    Art. 5º A BNCC é referência nacional para os sistemas de ensino e para as instituições ou redes escolares públicas e privadas da Educação Básica, dos sistemas federal, estaduais, distrital e municipais, para construírem ou revisarem os seus currículos.

    §1º A BNCC deve fundamentar a concepção, formulação, implementação, avaliação e revisão dos currículos, e consequentemente das propostas pedagógicas das instituições 

    escolares, contribuindo, desse modo, para a articulação e coordenação de políticas e ações educacionais desenvolvidas em âmbito federal, estadual, distrital e municipal, especialmente 

    em relação à formação de professores, à avaliação da aprendizagem, à definição de recursos didáticos e aos critérios definidores de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da oferta de educação de qualidade.

    §2º A implementação da BNCC deve superar a fragmentação das políticas educacionais, ensejando o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e balizando a qualidade da educação ofertada.


ID
3832171
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão..

Os imortais

   De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
  Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
   Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
   Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
   O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
     Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
   Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
   Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.

(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)

No texto, o autor faz várias indagações que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    ✓ Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?

    ➥ Temos a presença de perguntas retóricas. A pergunta retórica é aquela que não exige uma resposta imediata, pois seu objetivo é provocar a reflexão. Muitas vezes a resposta à pergunta retórica vem embutida.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    contribuem para envolver os interlocutores na discussão do assunto.

     Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.

      Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.

  • Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?

  • Vce vê que seu QI tá aumentando quando você faz questões de interpretação sem ler


ID
3832183
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão..

Os imortais

   De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
  Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
   Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
   Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
   O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
     Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
   Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
   Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.

(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, entre parênteses, a reescrita do trecho destacado segue a norma-padrão de emprego dos pronomes.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     a) Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. (conhecer-lhe) → INCORRETO. Conhecer alguma coisa ou alguém (=pronome oblíquo átono "lhe" sendo usado incorretamente como um objeto direto).
     b) Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte... (conquistar-lhes) → INCORRETO. Conquistar alguma coisa (=pronome oblíquo átono "lhes" sendo usado incorretamente como um objeto direto).
     c) ... se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros... (lhes deixamos) → CORRETO. Deixamos a alguém (=aos outros/lhes → pronome oblíquo átono "lhes" sendo usado corretamente com a função sintática de objeto indireto). 
     d) A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos... (cita-lhe) → INCORRETO. Cita alguma coisa (=pronome oblíquo átono "lhe" sendo usado incorretamente como um objeto direto).
     e) ... ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. (quebrar-lhe) → INCORRETO. Quebrar alguma coisa (=pronome oblíquo átono "lhe" sendo usado incorretamente como um objeto direto).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva C

    ... se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros... (lhes deixamos)

  • Complementando ...

    lhe, lhe(s) - podem funcionar como objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adnominal.

    o(s), a(s) - podem funcionar como objeto direto ou sujeito.

    Dessa forma, apenas a letra C está correta.

    .

    .

    At.te

    Foco na missão

  • Substituem objetos diretos:

    Lo (s) , la(s) --- Substituem R, S , Z

    No (s) Na (s) ------Substituem verbos terminados com som nasal

    O (s) A (s)

    Lhe (s) - Objetos indiretos

    A) conhecer algo = VTD

    o próximo século. (conhecer-LO

    B) Mas se a medicina conseguir conquistar

    CONQUISTAR ALGO - VTD

    o envelhecimento e a morte... (conquistar-LOS )

    D) A páginas tantas, Rini cita

    Cita algo = VTD

    um dos meus filmes favoritos... (cita-O)

    E) ... ele consegue finalmente quebrar

    Quebrar algo = VTD

    o feitiço e despertar na manhã seguinte. (quebrar-LO)

  • Na alternativa E, não seria usado a próclise pelo fato de ter um atrativo (finalmente)?

  • Correta, C

    "se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros..(lhes deixamos)

    Quem deixa, deixa algo (legado = objeto direto) a alguém (aos outros = objeto indireto).

    Obs: nesse caso, destaca-se que o pronome "QUE" é fator atrativo de próclise.

    Complementando:

    São substitutos de objetos diretos:

    Lo (s) , la(s), os quais substituem palavras terminadas em R, S , Z;

    No (s) Na (s), os quais substituem verbos terminados com som nasal, e;

    O (s) A (s).

    Substitui objetos indiretos: Lhe (s).

  • Olá guerreiros!

    Questão cobra além de colocação pronominal, mas sim transitividade verbal.

    Entenda que o pronome oblíquo "LHE" é complemento de VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS.

    Sendo assim, os verbos CONHECER,CONQUISTAR,CITAR E QUEBRAR são transitivos diretos.

    Na alternativa "C", justifica-se a próclise devido a atratividade do pronome "que".

    Foco, força e fé!

  • ... se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros... (lhes deixamos)

    -----> Pronome usado corretamente, pois o pronome relativo ( que ) e fator atrativo e o verbo deixar e O.I , exigindo o pronome LHE .

    Bons estudos.

  • Gabarito C

    A) ele pôde-o conhecer/ ele pode conhecê-lo OBS: Locução Verbal Gerúndio/Infinitivo= caso não haja palavra atrativa que exija próclise o pronome poderá ficar após o verbo principal ou após o verbo auxiliar

    OBS: pode e conhecer são VTD

    B) mesma regra da Locução Verbal imposta ma acima= consegui-las conquistar/ conseguir conquistá-las

    D) Rini cita-o

    E) ele consegue finalmente o quebrar e despertar na manhã seguinte OBS: finalmente=advérbio (advérbio fator atrativo de próclise)

  • C

    marquei a C e depois mudei para D!!!

    NUNCA esquecer pronome relativo QUE atrai próclise!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • deixamos a alguem

  • GABARITO - C

    Apresenta necessidade de um complemento com preposição, o que é desempenhado pelos oblíquos.

    “lhe, lhes”. (Deixar algo a alguém = aos outros = LHES). 

  • O pronome lhe só funciona quando está atrelado a pessoas

    A única alternativa que menciona alguém é a alternativa C (outros).

    Na guerra usamos as armas que temos.

    Tudo posso naquele que me fortalece.


ID
3832192
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

 Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
     Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
     Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
      Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Assinale a alternativa em que o autor expõe, respectivamente, ideias aparentemente contraditórias e a consequência de um fato.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ✓ De tanto ver, você não vê (=ideia contrária, contraditória) / O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar (=ideia relacionada a uma consequênica, depois do Tesão vem a consequência → tanto... que (=conjunção subordinativa consecutiva)).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    De tanto ver, você não vê. / O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.

  • texto top

  • Dica:

    A Vunesp constantemente cobra na mesma questão dois assuntos a exemplo dessa, sendo assim é aconselhável ir ao assunto de maior dominio eliminando algumas alternativas.

    #EsmagaVunesp!


ID
3832201
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

 Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
     Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
     Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
      Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Considere os trechos do texto.

•  Acho que foi o Ernest Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. (1º parágrafo)
•  Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. (5º parágrafo)

O emprego das formas verbais destacadas permite ao autor, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    •  Acho que foi o Ernest Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez → Verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo, ele marca a regularidade de uma ação executada no passado.

    •  Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência → Verbo conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo, ele se liga à conjunção subordinativa condicional "se" e marca um valor de hipótese, suposição. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    mencionar a regularidade de uma ação executada no passado; fazer uma suposição.

  • Fique entre a A e a B.

    O verbo "olhava" está no pretérito imperfeito do indicativo.

    O Bechara diz que:

    “O pretérito imperfeito é o tempo da ação prolongada ou repetida com limites imprecisos; ou não nos esclarece sobre a ocasião em que a ação terminaria ou nada nos informa quanto ao momento do início."

    Na alternativa B ele indica que a ação perdura até o presente. O que é estranho porque no final do texto diz que o Ernest Hemingway morreu em 1961, não há como ele continuar olhando cada coisa à sua volta mesmo depois da sua morte. Então a alternativa A está mais apropriada: mencionar a regularidade de uma ação executada no passado (ou seja, olhava cada coisa à sua volta... - ocorrências do passado). .

  • Somente Pretérito Imperfeito que traz ação contínua, no passado!

  • Por que não poderia ser a alternativa D?

  • SOBRE A B

    O uso do tempo verbal, feito pelo autor, apenas reporta o comportamento de Hemingway, que é quem olhava: "foi o Ernest Hemingway quem disse que olhava".

    Não era o autor do texto quem olhava, logo não poderia ele ser quem recorda, independentemente de Hemingway estar vivo ou não.

    A questão quer saber do uso em relação ao autor do texto, e está, além de tudo, brincando com "autor" (do texto) e "autor" (escritor estadunidense).

  • QUESTÃO REPETIDA

    Q1305293 = Q1277398

  • Pretérito imperfeito do indicativo= ação que ocorreu mais de uma vez no passado

    Eu estudava muito antigamente

    Nós cantávamos quando éramos crianças

    Segunda é o famoso SE+SSE pretérito imperfeito do subjuntivo, traz ideia de possibilidade

    GAB A

    APMBB


ID
3832204
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

 Vista Cansada

    Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
    Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
     Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
     Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
      Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
    Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.

Uma criança vê o que o adulto não vê, ______________ olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

Para que as ideias se associem por meio da relação de causa, a lacuna da frase deve ser preenchida por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     a) contanto que tenha → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa condicional.
     b) conforme tenha → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa conformativa.
     c) tanto que tem → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa consecutiva.
     d) portanto tem → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção coordenativa conclusiva.
     e) uma vez que tem → CORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa causal.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    Uma criança vê o que o adulto não vê, __uma vez que tem____ olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

    uma vez que tem = sentido de causa

  • Pra quem tem dificuldade, estude conjunções, decore as principais: causal, condicional, adversativa, concessiva, etc. Esse assunto é bem recorrente.

    Causais: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que.

    gab: E

  • O fato de (causa) faz com que (consequência)

  • uma vez que tem


ID
3915931
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A garantia da autonomia docente é uma luta histórica dos professores, enquanto princípio necessário à educação de qualidade. Porém, é um tópico cercado de tensões e polêmicas. Assinale a alternativa a seguir que apresenta a perspectiva de Contreras (2002) acerca do tema.

Alternativas
Comentários
  • LETRA E.


ID
3915934
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao propor sua teoria do desenvolvimento do juízo moral das crianças, Piaget se volta para o estudo do jogo coletivo de regras, como a amarelinha e a bola de gude. De acordo com La Taille (1992), “Para Piaget, os jogos coletivos de regras são paradigmáticos para a moralidade humana”, porque

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    A) suas regras são necessárias e mutuamente acordadas para o funcionamento da brincadeira, garantindo princípios de justiça e honestidade à atividade. Certo segundo Piaget é através do jogo de regras que a criança alcança a moral, pois as regras como inquestionáveis e com isso ela aprende a não mentir, não pegar as coisas dos outros.

    B) a ética meritocrática piagetiana se desenvolve a partir da valorização da alta performance e da competitividade presente nos jogos. Errado o intuito do jogo de regras é importante para construir a moral, justiça, honestidade, em que há mútuos acordos não em um aspecto competitivo.

    C) são jogos culturalmente datados, revelando que não existem estruturas universais de desenvolvimento psíquico e moral. Errado os jogos coletivos desenvolvem a moral e a importância das regras.

    D) Piaget prioriza o lúdico e o emocional como finalidade do juízo moral, em oposição a componentes cognitivos ou racionais. Errado os dois são importantes,os jogos desenvolvem o raciocínio e a ludicidade

    E) revelam no brincar que a criança pequena é autônoma,(criança pequena é heterônoma, ou seja as regras não são acordadas, mas sim obedecidas por vir de alguém com autoridade) comprovando que a autonomia é condição de partida do ser humano.


ID
3915943
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Delia Lerner (2002) reflete que “[...] a decisão acerca de quais são os conteúdos a ensinar e quais serão considerados prioritários supõe, na realidade, uma verdadeira reconstrução do objeto. Trata-se de um primeiro nível da transposição didática: a passagem dos saberes cientificamente produzidos ou das práticas socialmente realizadas para os objetos ou práticas a ensinar”. Como essa noção afeta o ensino do ler e escrever?

Alternativas
Comentários
  • Atividades centradas em projetos favorecem o ensino da escrita e da leitura ao inserirem seu conteúdo em um contexto significativo, condizente aos usos sociais da língua.