ITEM 4.3.3 - CONTROLE EM HOSPITAIS PÚBLICOS.
Uma das variações da metodologia acima é o estabelecido pela Secretaria da Presidência da
República (SEDAP), publicada no DOU em 08 de abril de 1988.
Nestas normas, é determinado que o acompanhamento dos níveis de estoque e as decisões de
compra deverão ocorrer em função das fórmulas abaixo:
Fatores de Ressuprimento:
CMM - consumo médio mensal - média aritmética do consumo nos últimos 12 meses (CMM =
Consumo anual/12)
T - tempo de aquisição - período decorrido entre a emissão do pedido de compra e o
recebimento do material no almoxarifado.
I - intervalo de aquisição - período compreendido entre duas aquisições normais e sucessivas.
Em - estoque mínimo ou estoque de segurança - é a menor quantidade de material a ser mantida
em estoque capaz de atender a um consumo superior ao estimado para um certo período de
tempo ou para atender a demanda normal em caso de atraso de entrega da nova aquisição. É
aplicável tão somente aos itens indispensáveis ao serviço do órgão ou entidade. Obtém-se pela
multiplicação do consumo médio mensal por uma fração (f) do tempo de aquisição que deve,
em princípio, variar de 0,25 de T a 0,5 de T (Em = CMM x f).
EM - estoque máximo - A maior quantidade de material admissível em estoque, suficiente para
o consumo em certo período, devendo-se considerar a área de armazenagem, disponibilidade
financeira, imobilização de recursos, intervalo de tempo de aquisição, perecimento e
obsoletismo, entre outros. Obtém-se pela soma do estoque mínimo ao produto do consumo
médio mensal pelo intervalo de aquisição (EM = CMM x I)
PP - ponto de pedido - Nível de estoque que, ao ser atingido, determina imediata emissão de
um pedido de compra, para repor o estoque mínimo. Obtém-se somando ao estoque mínimo o
produto do consumo médio mensal pelo tempo de aquisição (PP = Em + CMM x T).
Q - quantidade a ressuprir - número de unidades a adquirir para recompor o estoque máximo. É
a multiplicação do consumo médio mensal pelo intervalo de aquisição (Q = CMM x I).
A metodologia apresenta, sem dúvida, um progresso nos sistemas de administração de estoques
a nível federal porém, não prevê, por exemplo, as variações de consumo. Outro fator limitante
do sistema é a regulamentação dos processos licitatórios, que não permite a compra de itens
isoladamente, impondo a compra por blocos em regime de Tomadas de Preços ou
Concorrências Públicas.
Uma das maneiras de administrar níveis baixos de estoque é a adoção de sistemas de licitação
para fornecimento de forma parcelada, através de contrato de fornecimento periódico com o
vencedor da licitação, sendo a reposição feita a intervalos mais curtos. Desta forma, pode-se
trabalhar com níveis baixos de estoque e obter as vantagens operacionais que este
procedimento oferece.