Leia um trecho do conto “Moto de mulher”, de Jarid Arraes, para responder à questão.
Comprei uma Honda que tava na promoção e saí da loja dirigindo. Feliz demais, me sentindo que nem uma passarinha em cima da moto. O vento vem direto na cara, até arde o olho, mas é um sentimento gostoso de quase voar.
Primeiro eu vesti o colete de mototáxi que guardei por três meses enquanto esperava a oportunidade da moto. Saí pilotando pelo bairro, não andei nem três quarteirões e uma mulher fez sinal com a mão.
Para aí, mototáxi.
Parei e ela me olhou assustada quando chegou perto.
Oxe, e é mulher, é?
Eu dei um sorrisinho meio troncho. Disse que pois é. Ela montou na garupa e falou que pelo menos ficava mais à vontade pra segurar na minha cintura. Não segurava na cintura de mototáxi homem que era pra não dar liberdade. Eu disse que pois é de novo.
Fui deixar essa mulher tão longe que eu nem sabia onde era aquilo. Ela foi me ensinando. Parecia que não ia chegar nunca. O sol rachando.
Quando a gente chegou lá, na frente de uma casa de taipa toda se desmontando, ela perguntou quanto tinha dado a corrida. Eu fiquei pensando por um tempo e ela me olhando impaciente, mas eu tava juntando a cara pra falar que era dez reais. Achando que ela ia reclamar do preço, falei oito, mas ela me entregou o dinheiro e sumiu pra dentro da casa.
Fiquei tomando coragem pra voltar. Não sabia voltar, na verdade. Fiquei olhando pra todo lado, o celular quase sem sinal. Longe demais, longe de um jeito que nem dez conto pagava. O resumo era, então, a minha burrice. Otária demais, só oito reais. Dirigindo na chinelada, com medo de qualquer cara de macho que aparecia nas calçadas. Eu só achava que iam me roubar. Imagina se levam minha moto zerada…
Fiquei nessa angústia, duas horas perdida. Até que avistei a estrada de volta pra Matriz. Depois, comecei a reconhecer melhor as casinhas, as cercas, as placas. Entrei de novo na cidade com a maior alegria. Mais feliz do que quando peguei a moto pela primeira vez.
(Redemoinho em dia quente. Alfaguara, 2019. Adaptado)
Leia o texto para responder a questão.
Qual é o papel de um museu que conta histórias de vida?
O Museu da Pessoa foi criado em 1991 com o objetivo de registrar e preservar histórias de vida de todo e qualquer indivíduo. A ideia é valorizar essas memórias e torná-las uma fonte de compreensão, conhecimento e conexão entre as pessoas, dos narradores aos visitantes que a instituição atrai.
O Museu da Pessoa é colaborativo, ou seja, qualquer pessoa pode se voluntariar para contar sua história. Todas as pessoas que se dispõem a falar são entrevistadas por colaboradores da instituição, que durante longas conversas buscam estimular os participantes a lembrar os detalhes de sua trajetória. É possível encontrar nos arquivos histórias de professores, poetas, comerciantes e trabalhadores rurais, de variadas idades e regiões do país.
A curadora e fundadora do Museu da Pessoa, Karen Worcman, teve a ideia de criar a instituição no fim dos anos 1980, quando participou de um projeto de entrevistas com imigrantes no Rio e percebeu que os depoimentos ouvidos ajudavam a contar a história mais ampla do país. Mais de 25 anos depois da fundação do museu, Worcman pensa o mesmo. “A história de cada pessoa é uma perspectiva única sobre a história comum que todos nós vivemos como sociedade”, disse a curadora ao jornal Nexo.
Para Worcman, as narrativas do acervo podem fazer o público do museu não só conhecer a vida de outras pessoas mas também “aprender sobre o mundo e a sociedade com o olhar do outro”. Abertas a outros pontos de vista, as pessoas transformam seu modo de ver o mundo e criam uma sociedade mais justa e igualitária.
(Mariana Vick, Nexo Jornal, 29 de junho de 2020. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
A ‘dificuldade’ de um texto não se mede pelo tipo de oração ou complexidade sintática que ele contém. Não há texto fácil ou difícil do ponto de vista linguístico, simplesmente. Na sala de aula, o sucesso de um texto como parte de uma atividade depende do que se vai fazer com ele.
Um texto autêntico oferece mais oportunidades para o aluno e o professor tomarem contato com o inglês “de verdade”, aquele usado em comunicação real, no mundo real. Um texto real possui todos os defeitos e as virtudes da vida real: é complexo, rico, imprevisível, interessante e arriscado. As sequências de palavras de um texto autêntico ecoam nas vozes dos milhões de falantes de inglês no mundo. Um texto artificial, por sua vez, ecoa apenas parcialmente e não exibe o encanto e o desafio do texto autêntico.
(Tony B. Sardinha. “The book is not on the table: autenticidade e idiomaticidade do texto para ensino de inglês na perspectiva da linguística de corpus”. IN: Maria Cristina Damianovic (org). Material Didático: Elaboração e Avaliação. Adaptado)
Read the following extract to answer question.
Innovation in the language teaching field in the late 1980s and 1990s has been stimulated by a special concern for the language learning process. New methods propose that language learning is best served when students are interacting – completing a task or learning content or resolving real-life issues – where linguistic structures are not taught one by one, but where attention to linguistic form is given as necessary. These views of language learning have been informed by research in second language acquisition. Also giving learning a special focus are methodological innovations of the late 1980s and 1990s. These include teaching learning strategies, using cooperative learning, and planning lessons in such a way that different intelligences are addressed.
(Larsen-Freeman, D. 2000)
Read the following extract to answer question.
Innovation in the language teaching field in the late 1980s and 1990s has been stimulated by a special concern for the language learning process. New methods propose that language learning is best served when students are interacting – completing a task or learning content or resolving real-life issues – where linguistic structures are not taught one by one, but where attention to linguistic form is given as necessary. These views of language learning have been informed by research in second language acquisition. Also giving learning a special focus are methodological innovations of the late 1980s and 1990s. These include teaching learning strategies, using cooperative learning, and planning lessons in such a way that different intelligences are addressed.
(Larsen-Freeman, D. 2000)
Read the following extract to answer question.
Innovation in the language teaching field in the late 1980s and 1990s has been stimulated by a special concern for the language learning process. New methods propose that language learning is best served when students are interacting – completing a task or learning content or resolving real-life issues – where linguistic structures are not taught one by one, but where attention to linguistic form is given as necessary. These views of language learning have been informed by research in second language acquisition. Also giving learning a special focus are methodological innovations of the late 1980s and 1990s. These include teaching learning strategies, using cooperative learning, and planning lessons in such a way that different intelligences are addressed.
(Larsen-Freeman, D. 2000)
Leia os dois parágrafos a seguir para responder à questão.
An international student who majors in engineering drops by the engineering department office and asks the secretary, “Can you tell me where the English department is?” The secretary smiles and responds, “I don’t know, actually. It’s probably somewhere in the Humanities Building. Do you have a campus map?” The student turns around and leaves. The secretary is taken aback and feels slightly uncomfortable. She wonders why the student left so abruptly.
(...)
People who interact with ESL students have commented that some seem to express gratitude excessively for small considerations, even to the point of embarrassing the person they are speaking. Others seem downright rude because they do not say thank you when they are expected to.
(Celce-Murcia, M. 2001.)
De acordo com as informações do texto, a narradora
Leia um trecho do conto “Moto de mulher”, de Jarid Arraes, para responder à questão.
Comprei uma Honda que tava na promoção e saí da loja dirigindo. Feliz demais, me sentindo que nem uma passarinha em cima da moto. O vento vem direto na cara, até arde o olho, mas é um sentimento gostoso de quase voar.
Primeiro eu vesti o colete de mototáxi que guardei por três meses enquanto esperava a oportunidade da moto. Saí pilotando pelo bairro, não andei nem três quarteirões e uma mulher fez sinal com a mão.
Para aí, mototáxi.
Parei e ela me olhou assustada quando chegou perto.
Oxe, e é mulher, é?
Eu dei um sorrisinho meio troncho. Disse que pois é. Ela montou na garupa e falou que pelo menos ficava mais à vontade pra segurar na minha cintura. Não segurava na cintura de mototáxi homem que era pra não dar liberdade. Eu disse que pois é de novo.
Fui deixar essa mulher tão longe que eu nem sabia onde
era aquilo. Ela foi me ensinando. Parecia que não ia chegar
nunca. O sol rachando.
Quando a gente chegou lá, na frente de uma casa de taipa toda se desmontando, ela perguntou quanto tinha dado a corrida. Eu fiquei pensando por um tempo e ela me olhando impaciente, mas eu tava juntando a cara pra falar que era dez reais. Achando que ela ia reclamar do preço, falei oito, mas ela me entregou o dinheiro e sumiu pra dentro da casa.
Fiquei tomando coragem pra voltar. Não sabia voltar, na verdade. Fiquei olhando pra todo lado, o celular quase sem sinal. Longe demais, longe de um jeito que nem dez conto pagava. O resumo era, então, a minha burrice. Otária demais, só oito reais. Dirigindo na chinelada, com medo de qualquer cara de macho que aparecia nas calçadas. Eu só achava que iam me roubar. Imagina se levam minha moto zerada…
Fiquei nessa angústia, duas horas perdida. Até que avistei a estrada de volta pra Matriz. Depois, comecei a reconhecer melhor as casinhas, as cercas, as placas. Entrei de novo na cidade com a maior alegria. Mais feliz do que quando peguei a moto pela primeira vez.
(Redemoinho em dia quente. Alfaguara, 2019. Adaptado)
Leia um trecho do conto “Moto de mulher”, de Jarid Arraes, para responder à questão.
Comprei uma Honda que tava na promoção e saí da loja dirigindo. Feliz demais, me sentindo que nem uma passarinha em cima da moto. O vento vem direto na cara, até arde o olho, mas é um sentimento gostoso de quase voar.
Primeiro eu vesti o colete de mototáxi que guardei por três meses enquanto esperava a oportunidade da moto. Saí pilotando pelo bairro, não andei nem três quarteirões e uma mulher fez sinal com a mão.
Para aí, mototáxi.
Parei e ela me olhou assustada quando chegou perto.
Oxe, e é mulher, é?
Eu dei um sorrisinho meio troncho. Disse que pois é. Ela montou na garupa e falou que pelo menos ficava mais à vontade pra segurar na minha cintura. Não segurava na cintura de mototáxi homem que era pra não dar liberdade. Eu disse que pois é de novo.
Fui deixar essa mulher tão longe que eu nem sabia onde
era aquilo. Ela foi me ensinando. Parecia que não ia chegar
nunca. O sol rachando.
Quando a gente chegou lá, na frente de uma casa de taipa toda se desmontando, ela perguntou quanto tinha dado a corrida. Eu fiquei pensando por um tempo e ela me olhando impaciente, mas eu tava juntando a cara pra falar que era dez reais. Achando que ela ia reclamar do preço, falei oito, mas ela me entregou o dinheiro e sumiu pra dentro da casa.
Fiquei tomando coragem pra voltar. Não sabia voltar, na verdade. Fiquei olhando pra todo lado, o celular quase sem sinal. Longe demais, longe de um jeito que nem dez conto pagava. O resumo era, então, a minha burrice. Otária demais, só oito reais. Dirigindo na chinelada, com medo de qualquer cara de macho que aparecia nas calçadas. Eu só achava que iam me roubar. Imagina se levam minha moto zerada…
Fiquei nessa angústia, duas horas perdida. Até que avistei a estrada de volta pra Matriz. Depois, comecei a reconhecer melhor as casinhas, as cercas, as placas. Entrei de novo na cidade com a maior alegria. Mais feliz do que quando peguei a moto pela primeira vez.
(Redemoinho em dia quente. Alfaguara, 2019. Adaptado)
Considering the excerpt above, it is fair to say that the writer argues for the
Um plano de curso para o ensino de língua inglesa
que siga os pressupostos discutidos por Pennycook no
excerto deveria levar em consideração
Sobre os gêneros do discurso, pode-se afirmar que
A expressão tipologia textual se refere a
Increasing of redundancy by adding prepositions (We have to study about... and Can we discuss about...?).
Large use of certain verbs of high semantic generality, such as do, have, make, put, take.
Pluralisation of nouns which are considered uncountable in native-speaker English (advices, staffs).
The evidence suggests that non-native speakers are not conforming to a native English standard. Indeed they seem to get along perfectly well despite the fact that they miss things out and put things in which they ‘should not do’. Not only this, but they are actually better at ‘accommodating’ than native speakers are when talking to second language speakers.
(Jeremy Harmer. The practice of English language
teaching. Adaptado)
The expression lingua franca refers to
Increasing of redundancy by adding prepositions (We have to study about... and Can we discuss about...?).
Large use of certain verbs of high semantic generality, such as do, have, make, put, take.
Pluralisation of nouns which are considered uncountable in native-speaker English (advices, staffs).
The evidence suggests that non-native speakers are not conforming to a native English standard. Indeed they seem to get along perfectly well despite the fact that they miss things out and put things in which they ‘should not do’. Not only this, but they are actually better at ‘accommodating’ than native speakers are when talking to second language speakers.
(Jeremy Harmer. The practice of English language
teaching. Adaptado)
Increasing of redundancy by adding prepositions (We have to study about... and Can we discuss about...?).
Large use of certain verbs of high semantic generality, such as do, have, make, put, take.
Pluralisation of nouns which are considered uncountable in native-speaker English (advices, staffs).
The evidence suggests that non-native speakers are not conforming to a native English standard. Indeed they seem to get along perfectly well despite the fact that they miss things out and put things in which they ‘should not do’. Not only this, but they are actually better at ‘accommodating’ than native speakers are when talking to second language speakers.
(Jeremy Harmer. The practice of English language
teaching. Adaptado)
Increasing of redundancy by adding prepositions (We have to study about... and Can we discuss about...?).
Large use of certain verbs of high semantic generality, such as do, have, make, put, take.
Pluralisation of nouns which are considered uncountable in native-speaker English (advices, staffs).
The evidence suggests that non-native speakers are not conforming to a native English standard. Indeed they seem to get along perfectly well despite the fact that they miss things out and put things in which they ‘should not do’. Not only this, but they are actually better at ‘accommodating’ than native speakers are when talking to second language speakers.
(Jeremy Harmer. The practice of English language
teaching. Adaptado)
Heather might have improved the classroom situation if she had
O parágrafo descreve possibilidades para a sala de aula que remetem à aplicação de
In the context of the first paragraph, the expression “taken aback” means the secretary was