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Prova FUNCAB - 2014 - INCA - Técnico de Radioterapia


ID
2137069
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

A respeito do texto, são feitas as seguintes afirmações:
I. A decisão do enunciador de engraxar os sapatos decorreu de atraso em voo que tomaria no aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, atraso que aconteceu em consequência do calor de quase 41 graus.
II. Acadeira do engraxate tinha a aparência tanto de cadeira de igreja de monges que vivem na simplicidade, quanto de assento de soberano abatido pela tristeza.
III. Como o engraxate fosse gordo, obviamente sentia muito calor, mas não deixou de elogiar os sapatos do freguês, sabendo que se tratava de cromo italiano, fabricado pelo ilustre Rosseti.
IV. Após oferecer o jornal ao freguês, o engraxate iniciou seu trabalho, mas, conquanto fizesse muito esforço, começou a transpirar, fato que o levou a usar o pano, com que dava o brilho final, para enxugar o suor abundante na testa e na calva.
V. Por estar o engraxate usando o mesmo pano para limpar o suor e dar brilho ao sapato, não só a testa e a calva dele ficaram manchadas de graxa, como também o sapato do freguês adquiriu um brilho de espelho.
VI. Como o engraxate alegasse não ter nota menor para dar o troco, o freguês deixou-lhe uma gorjeta abundante, fato que levou aquele a surpreender-se e desejar que este recebesse em dobro tudo aquilo de que viesse a precisar enquanto fosse vivo.
VII. A circunstância de ter obtido o brilho dos sapatos com o sacrifício do suor do engraxate levou o enunciador a levantar-se da cadeira com sentimento de culpa, a ponto de ter vergonha do brilho dos sapatos.
Das afirmações acima, estão de acordo com o texto apenas:

Alternativas

ID
2137072
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“... caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.” (§ 5)
No fragmento acima ocorre a seguinte figura de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • “... caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.” (§ 5)

     

    Claramente um exagero; Hipérbole

    Gaba A

  • Haja suor, hein pae. kkk


ID
2137075
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira...” (§ 5)
A vírgula empregada no período acima justifica-se pela mesma regra que justifica a vírgula empregada em:

Alternativas
Comentários
  • Adjunto adverbial deslocado

  • Errado Pâmella ,apartir de 3 palavras é obrigatório,esse entendimento é universal entre os gramáticos

  • GABARITO = E

    ... por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão.” (§ 8)

    PM/SC

    DEUS

  • são usadas as virgulas para separar adj. adverbais deslocados...contudo, no caso do adjunto do enunciado é adj. de instrumento e no caso do adj. da letra "e" é de causa.


ID
2137078
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa...” (§ 6)
A concordância do verbo com o sujeito composto, em regra, é feita com o verbo no plural, como na oração acima. Das orações a seguir, aquela em que há erro de concordância, pois o verbo destacado só pode ser expresso no singular, é:

Alternativas
Comentários
  • Locução verbal com o verbo Haver (sentido de existir ou ocorrer), transfere sua impessoalidade para o verbo auxiliar, assim o correto seria:

    c) "Deve haver", nos outros aeroportos......

    Fonte: professor Arenildo, do Qconcurso

  • Já sabemos que HAVER no sentido de EXISTIR permanece no singular. Na junção DEVE+ HAVER , o deve é verbo auxiliar e o haver é o verbo principal. E o principal CONTAMINA o auxiliar, mantendo-o no singular também.

    ALTERNATIVA C

  • MUITO FÁCIL.

  • Obrigado Isaias, aprendi demais com teu comentário!

  • essa banca gosta do "haver" no sentido de existir

  • Sendo Haver verbo impessoal, o verbo auxiliar deverá estar obrigatoriamente na forma impessoal também, ou seja, na terceira pessoa do singular.

  • Sem entrar em pormenores, a concordância verbal diz respeito à correta flexão do verbo a fim de concordar com o sujeito, ao passo que a nominal se refere à adequada flexão entre substantivo e seus modificadores (pronome, numeral, adjetivo) em matéria de gênero (masculino e feminino) e/ou número (plural e singular). Nesta questão, deve-se reconhecer incorreta flexão verbal. Inspecionemos:

    a) Tanto o jornal quanto a revista, talvez por serem da mesma empresa, FAZIAM uma previsão pessimista sobre a economia.

    Correto. Há dois núcleos: jornal e revista. O verbo se flexiona no plural;

    b) PASSARÃO, na história da humanidade, não apenas séculos, mas também milênios, para ocorrer outro acidente como este.

    Correto. Há mais de um núcleo: séculos e milênios. Flexiona-se o verbo no plural;

    c) DEVEM HAVER, nos outros aeroportos, engraxates e capelas para orações.

    Incorreto. Em locuções verbais em que o "haver" for o verbo principal, mantém-se no singular o verbo auxiliar, visto que a inflexibilidade do "haver" é emanada para o verbo próximo;

    d) Considera-se que um rei desolado e um reino desolante só TRAZEM problemas para o povo.

    Correto. Há dois núcleos: rei e reino. Flexiona-se o verbo no plural;

    e) OCORRERAM naquele dia um atraso e cinco cancelamentos de voos.

    Correto. O verbo apresenta-se deslocado para antes do sujeito composto. Nessa ocorrência, flexiona-se no singular a fim de concordar com o núcleo mais próximo (atraso) ou no plural para concordar com ambos (atraso e cancelamentos).

    Letra C


ID
2137081
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.” (§ 1)
O período acima foi reescrito de cinco formas distintas nas opções seguintes. A opção em que se alterou substancialmente o sentido original é:

Alternativas
Comentários
  • Todas as questões possuem conjunções explicativas, a exceção é da letra C, o uso do "pois" entre vírgulas dá ideia de conjunção CONCLUSIVA.


ID
2137084
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“... e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio.” (§ 6)
O acento indicativo da crase no fragmento acima foi empregado corretamente. Das alterações feitas na redação do fragmento, é facultativo empregar o acento indicativo da crase em:

Alternativas
Comentários
  • A crase é facultativa antes de pronomes possessivos no singula( SUA, NOSSA...)

  • Diante de pronomes POSSESSIVOS a crase será facultativa

  • Cuidado com esses comentários, pois os mesmos estão incompletos.

     

    A crase é facultativa antes de pronomes possesivos ADJETIVOS  (FEMININOS NO SINGULAR)

     

    * SE O PRONOME POSSESIVO FEMININO ESTIVER NO PLURAL A CRASE É OBRIGATORIA.

     

    * SE O PRONOME POSSESIVO FOR SUBSTANTIVO ( ou seja, aquele que substitutui um substantivo), Crase OBRGATÓRIA)

     

    Ex: Enviaram uma encomenda a/á nossa (crase facultativa, agora se fosse nossas, crase obrigatória) resindecia não á sua. ( nesse caso o pronome possesivo sua tem função de susbstantivo, por isso crase obrigatória).

     

  • CRASE FACULTATIVA

    ATÉ SUA MARIA

    ATÉ - depois de até

    SUA - pronomes possessivos femininos

    MARIA - nomes próprios femininos

    #Se estiver errado me avisem, obrigado.

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
2137087
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Uso-o pouco, em parte para poupá-lo...” (§ 3)
Quanto à colocação, os pronomes pessoais oblíquos átonos do fragmento acima estão corretamente empregados. Nos itens a seguir, considerando-se as alterações feitas nos fragmentos extraídos do texto, aquele em que a colocação do pronome está em desacordo com as normas da língua culta é:

Alternativas
Comentários
  • alguém?

  • Letra A está correta razão pela qual o QUE é um termo atrativo, ou seja é uma próclise. 

  • NAO SE INICIA UM FRASE COM PRONOME OBLIQUO ATONO

  • Que é pronome relativo, logo é uma palavra atratativa e neste caso devemos usar a próclise. 

  • Pronome relativo sempre é atrativo

  • Milagre, uma questão da FUNCAB correta!


ID
2137090
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício.” (§ 4)
Das alterações feitas na redação do período acima, aquela em que a oração adjetiva está expressa na voz passiva analítica que lhe corresponde quanto ao tempo e ao modo é:

Alternativas
Comentários
  • Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício

      

    Ofereceu-me o jornal que já havia sido lido por mim e começou seu ofício

     

    HAVIA: pretérito imperfeito do indicativo

    permanece esse tempo na mudança de voz

     

    SIDO: verbo auxiliar é acrescentado a oração.

     

    LIDO: verbo principal permanece no particípio

     

    resposta: letra B

  • Na minha opnião, a oração dada já se encontra na passiva analítica. Dessa forma, quando a questão pede a alternativa que seja tbm passiva, pq acrescentar mais um verbo, como no item b?


ID
2137093
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.” (§ 3)
Acerca da estrutura do período transcrito acima, são feitas as seguintes afirmativas:
I. O período é composto por subordinação e coordenação, constituído de 4 orações.
II. A primeira oração “Uso-o pouco” é principal.
III. A segunda oração “em parte para poupá-lo” é subordinada adverbial final.
IV. A terceira oração “em parte porque [...] estou sempre de tênis” é coordenada assindética.
V. A quarta oração “quando posso” é subordinada adverbial temporal.
Das afirmativas acima, estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:

    Letra E

  • Gab.: letra E

    II- A primeira oração “Uso-o pouco” é principal.

    III- A segunda oração “em parte para poupá-lo” é subordinada adverbial final.

    Expressa ideia de finalidade, objetivo; Para que, a fim de que, que.

    V- A quarta oração “quando posso” é subordinada adverbial temporal.

    Expressa ideia de tempo; Quando, enquanto, antes que, depois que, assim que, logo que, desde que.

    "só o AMOR constrói."

  • Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

    Não é possível que alguém fale assim, ou que tenha alguém que aguente um cara que fale assim.


ID
2137096
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“... tudo o que eu VIESSE a precisar nos restos dos meus dias.” (§ 7)
O verbo em maiúsculas no fragmento acima se flexiona em português por um padrão especial, padrão que também se aplica a todos os seus derivados. Assim, pode-se afirmar que constitui um desvio em relação à norma culta da língua o verbo flexionado em:

Alternativas
Comentários
  • "CONVÊM" ESTÁ FAZENDO REFERÊNCIA À "BOA CAMARADAGEM", QUE ESTÁ NO [SINGULAR]. PORTANTO, O VERBO DEVERIA ESTAR ESCRITO ASSIM: CONVÉM.

  • Verbo no Presente do subjuntivo: expressa um desejo ou acontecimento provável.

    A frase que mais se adequa é a do item D.

  • Na alternativa C), a parte "tua opinião" nos permite concluir que o sujeito desinencial é "tu", e o verbo "intervém" está no imperativo afirmativo. Caso tivesse na frase "sua opinião", então teríamos o sujeito desinencial "você" com o verbo no mesmo tempo.


ID
2137099
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Os direitos e garantias fundamentais assegurados pela Constituição Federal em vigor:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C.

     

    De acordo com a doutrina, a expressão RESIDENTES NO BRASIL, segundo o autor Alexandre Moraes, deve ser interpretada no sentido de que a Carta Federal só pode assegurar a validade e gozo de direitos fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, assim, os estrangeiros em trânsito pelo território nacional. As pessoas jurídicas também são beneficiárias dos direitos e das garantias individuais, porque reconhece-se às associações o direito à existência.

     

    Ou seja, a proteção dos direitos fundamentais é reservada a todos os indivíduos, independente de sua nacionalidade ou situação no Brasil.

     

    FONTE: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direitos-individuais-e-coletivos-destinat%C3%A1rios-da-prote%C3%A7%C3%A3o-direito-%C3%A0-vida-princ%C3%ADpio-da-igua

  • O STF, em 2008, já se manifestou sobre o tema, quando do julgamento do HC 94.016 (informativo n.º 502), de relatoria do Min. Celso de Mello, onde se afirmou que uma interpretação literal do art. 5º, caput da CF não pode ser aceita, há que se desenvolver uma interpretação sistemática da Constituição, respeitando a sua força normativa, no sentido de incluir os apátridas, as pessoas jurídicas e os estrangeiros não residentes (turistas, em trânsito pelo Brasil).

     

     

    EMENTA: "HABEAS CORPUS". ESTRANGEIRO NÃO DOMICILIADO NO BRASIL. CONDIÇÃO JURÍDICA QUE NÃO O DESQUALIFICA COMO SUJEITO DE DIREITOS. PLENITUDE DE ACESSO, EM CONSEQÜÊNCIA, AOS INSTRUMENTOS PROCESSUAIS DE TUTELA DA LIBERDADE. RESPEITO, PELO PODER PÚBLICO, ÀS PRERROGATIVAS JURÍDICAS QUE COMPÕEM O PRÓPRIO ESTATUTO CONSTITUCIONAL DO DIREITO DE DEFESA. A GARANTIA CONSTITUCIONAL DO "DUE PROCESS OF LAW" COMO EXPRESSIVA LIMITAÇÃO À ATIVIDADE PERSECUTÓRIA DO ESTADO (INVESTIGAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL). O CONTEÚDO MATERIAL DA CLÁUSULA DE GARANTIA DO "DUE PROCESS". INTERROGATÓRIO JUDICIAL. NATUREZA JURÍDICA. POSSIBILIDADE DE QUALQUER DOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS FORMULAR REPERGUNTAS AOS DEMAIS CO-RÉUS, NOTADAMENTE SE AS DEFESAS DE TAIS ACUSADOS SE MOSTRAREM COLIDENTES. PRERROGATIVA JURÍDICA CUJA LEGITIMAÇÃO DECORRE DO POSTULADO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. PRECEDENTE DO STF (PLENO). MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.

     

     

    http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo502.htm#transcricao1

  • Conheço a jurisprudência do STF sobre o fato, mas a questão não fez referência a ela, fez em relação á CF88.
  • Óla pessoal, seria bom comentários bem mais detalhados sobre cada alternativa, assim ajudaremos os mais proximos, valeu..

    Rumo a aprovação..

    Tenhamos fé e a aprovação vira.

  • Basta lembrar que para os direitos entrem em vigor, necessita apenas que a pessoa esteja em território nacional, independente se é brasileiro nato ou naturalizado, estrangeiro ou não. Letra C. Bons estudos!!! :)

  • Alternativa C (embora a questão tenha perguntado sobre o texto da CF e não sobre a jurisprudência).

  • A questão faz referencia a CF e não ao o que o STF diz ou pensa a respeito. Questão totalmente passiva de anulação.

  •  a) conferem proteção tão somente a pessoas de nacionalidade brasileira residentes no país.
    Errado, no artº 5 "...aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida..."

    b) oferecem proteção a pessoas naturais brasileiras e estrangeiras, desde que residentes no país.
    Errado, o STF diz que a todos é garantido direitos fundamentais.

    c) garantem proteção a pessoas estrangeiras em trânsito pelo território nacional.
    Gabarito, polêmicas à parte, porém essa alternativa é a "mais correta" dentre todas, porém se trata de jurisprudência do STF.

    d) não se prestam a proteger pessoas jurídicas, dado que têm como objetivo a tutela da pessoa humana.
    Errado, pessoas jurídicas também possuem direitos constitucionais, o mandado de segurança é um exemplo.

     

    e) conferem proteção apenas a brasileiros natos e naturalizados com domicílio no país.
    Errado, na verdade não há erro, este é o Artº 5 em sua literalidade, porém foi cobrado o entendimento já consolidado do STF. Como disse acima, apesar desta não estar errada, a alternativa C é a mais correta!

  • complicado

  • Ao falar do CF a alternativa correta seria a B e não a C, pois a C trás a jurisprudência do STF....

    Questão complicada!!!!

  • Sendo bem sucinto,

    Questão passível de anulação, pois, esta pedindo no enunciado "de acordo com a CF" : Artº 5 "...aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida...

    STF, incluiu apátridas, estrangeiros de passagem e pessoas jurídicas

  • Entendimento correto, se não constasse que a resposta da questão deveria ser de acordo com o que preceitua a CF.

  • Já observei que em 3 questões que fiz semelhante a essa, mesmo pedindo o que está expresso na CF a banca considera também os estrangeiros residentes ou não no País. Então por essa observância melhor assinalar o entendimento da jurisprudência.

    Melhor que ficar discutindo com as bancas!

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos e garantias fundamentais. 

    A– Incorreta - Os direitos e garantias fundamentais conferem proteção aos brasileiros e estrangeiros, ainda que não residentes no país, vide alternativa C.

    B– Incorreta - Apesar de a alternativa reproduzir o art. 5º, caput, da CRFB/88, o STF entende que a proteção deve ser estendida também aos não residentes. Atenção para o fato de que o enunciado não pede resposta de acordo com a Constituição, apenas afirma que os direitos e garantias fundamentais estão dispostos na Constituição.

    C- Correta - É como entende o STF: "o estrangeiro, residente no exterior, também é assegurado o direito de impetrar mandado de segurança, como decorre da interpretação sistemática dos artigos 153, caput, da Emenda Constitucional de 1969 e do 5º., LIX da Constituição atual. Recurso extraordinário não conhecido". (RE 215.267, Primeira Turma, relatora Ministra Ellen Gracie, DJU 25.05.2001). “(...) No que concerne ao estrangeiro, quando a Constituição quis limitar-lhe o acesso a algum direito, expressamente estipulou. Assim, quando a própria Constituição estabelece que determinados cargos só podem ser providos por brasileiros natos, enquanto outros, por natos ou naturalizados, certo que estrangeiros, naturalizados brasileiros, nacionais brasileiros passam a ser. Quando a Constituição quis fazer essas discriminações, ela o fez. Mas, o princípio do nosso sistema é o da igualdade de tratamento. (...)” (voto do Ministro Néri da Silveira no RE 161.243, Primeira Turma, relator Ministro Carlos Velloso, DJU 19.2.1997, pp. 775-776). 

    D- Incorreta - Os direitos e garantias fundamentais conferem proteção também às pessoas jurídicas, considerando que a pessoa jurídica pode sofrer dano, por exemplo, em sua imagem ou propriedade.

    E- Incorreta - Os direitos e garantias fundamentais conferem proteção aos brasileiros e estrangeiros, ainda que não residentes no país, vide alternativa C.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.


ID
2137102
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Podendo ser proposta por qualquer cidadão, a ação judicial que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito d) ação popular.

    CF/88

    “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”

    Bons Estudos!

  • LETRA D

     

    AÇÃO POPULAR É SOMENTE PELO CIDADÃO.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    FONTE: CF 1988


ID
2137105
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A responsabilidade objetiva do Estado não tem caráter absoluto em razão da adoção da teoria do risco administrativo. Assim sendo, a responsabilidade civil do Estado existirá se o dano decorrer de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

     

    Outra questão para ajudar no entendimento desta:

     

    Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: Caixa Prova: Advogado

     

    A teoria do risco administrativo, consagrada em sucessivos documentos constitucionais brasileiros desde a Carta Política de 1946, confere fundamento doutrinário à responsabilidade civil objetiva do poder público pelos danos a que os agentes públicos houverem dado causa, por ação ou por omissão.

     

    Gabarito: Certo

  • uando se fala em danos da Administração Pública por omissão é imperioso se distinguir a omissão específica da omissão genérica. A omissão é específica quando o Estado tem a obrigação de evitar o dano. Isso ocorre nos caos de bueiros destampados que ensejam a queda de uma pessoa, causando-lhe danos. No entanto, há situações que não há possibilidade de o Estado impedir, através de seus agentes, danos eventuais aos seus administrados. O exemplo típico é o de lesões sofridas por atos de vandalismo de terceiros, em estádios de futebol.

    Assim sendo, quando há responsabilidade civil por omissão específica, o Estado responde objetivamente, conforme o art. 37, § 6º, da CF. Entretanto, em se tratando de omissões genéricas, a responsabilidade do Poder Público é subjetiva, com necessidade de se aferir a culpa.

    Ademais, quando não se puder identificar o agente que causou o dano, há exigência de que a vítima comprove que não houve serviço, o serviço funcionou mal ou foi ineficiente. É o que se denomina responsabilidade civil por culpa anônima do serviço, modalidade de responsabilidade subjetiva da Administração Pública.

    Assim sendo, em se tratando de omissão genérica do serviço, ou, quando não for possível identificar um agente público responsável, a responsabilidade civil do Estado é subjetiva, sendo equivocado se invocar a teoria objetiva do risco administrativo.

  • Gabarito E)

    Omissão específica.


    Omissão específica = Resp. Objetiva.

    Omissão genérica = Resp. Subjetiva.


  • Isso é CESPE, meu caro.

    Ainda em 2020 encontramos situações como essa.

  • Ainda bem que pensei dessa forma.

  • Obviamente

  • Obviamente

  • A Cespe pensa: Questão incompleta não está errada.

  • Ainda continua assim em 2021

  • Kkkkkkkkkkkk


ID
2137108
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a lei que rege o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, o ato de intimação:

Alternativas

ID
2137111
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A modalidade licitatória da concorrência é, em qualquer hipótese, obrigatória para:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: letra C (No entanto, todas as alternativas estão incorretas, pois há a possibilidade de utilização das modalidades tomada de preços e convite em licitações internacionais. A questão deveria ter sido anulada.)

     

    A) Leilão ou concorrência (depende do valor);

    B) Concorrência, tomada de preços, convite ou pregão;

    D) Concorrência, tomada de preços, convite ou pregão;

    E) Concurso.

     

     

    LEI 8.666/93

     

    Art. 23. [...]

    [...]

    § 3°  A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.

  • licitação intrnacional também é possivel no convite e tomada de preços. deve-se anular esta questão.
  • GABARITO C


    Casos em que a CONCORRÊNCIA será obrigatória, independentemente do valor:


    Para a alienação de bens IMÓVEIS, a modalidade utilizada em regra é a concorrência. Porém, se o imóvel tiver sido transferido para a Administração através de um procedimento judicial movido contra seu ex-proprietário, ou se este houver dado o imóvel em pagamento de uma dívida para com a Administração (dação em pagamento), esta poderá aliená-los por meio de leilão ou concorrência. (art. 19, III)


    Concessões de direito real de uso (art. 23, § 3o)


    Concessões de serviços públicos (lei 8987/95, art. 2º, II)


    Contratos de Parcerias Públicas-Privadas (lei 11079/04, art. 10);


    Licitações Internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País (art. 23, § 3o).


    Para Registro de Preços (art. 15, § 3º, I), podendo também ser utilizado o pregão (lei 10520/02, art. 11 e 12).


    Fonte: Estratégia Concursos (Erick Alves)

  • gabarito C.

    A modalidade de concorrência é obrigatória, em qualquer hipótese, para licitações internacionais.

  • Gabarito totalmente questionável. Eu me pergunto como essas bancas se mantém no mercado mesmo sendo tão arrogantes de negar um erro. Quando é caso de doutrina, vá lá, mas letra seca da lei é inquestionável.

    Mas não desanimemos, avante sempre!!


ID
2137114
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

O servidor público que se apropria indevidamente de equipamento médico pertencente ao ente público incide na prática do crime de:

Alternativas
Comentários
  • Acerca do Peculato diz o artigo 312 do Código Penal. “In vebis”:

    Art. 312 – “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de quem tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa”.

  • Mais uma questão mal formulada da FUNCAB. falta dados para saber se realmente e peculato

  • Gabarito letra D

     

    Funcab = Funlixo, mas tenho que discordar do colega,veja bem, não estou aqui defendendo a banca, mas a questão nesse caso, não está mal formulada, pois das opções dadas, fica claro que só pode ser PECULATO, pois as outras não se assemelham em nada com o fato do agente se apropriar de algo, como cito abaixo:

     

     corrupção ativa. OFERECER OU PROMETETER VANTAGEM INDEVIDA;

     

    prevaricação. RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR ato de ofício;

     

    concussão. EXIGIR 

     

    peculato. (ÚNICA QUE FALA SOBRE APROPRIAR-SE) 

     

    condescendência criminosa. DEIXAR O FUNCIONÁRIO POR INDULGÊNCIA de responsabilizar o SUBORDINADO. 

     

    Sendo assim, não haveria como a questão por má formulação dar margem a uma outra interpretação que não fosse a de Peculato. 

     

  • Questão MAL FORMULADA.

    O enunciado não traz elementos contundentes para afirmamos se tratar de peculato, posto que não disse se o agente se utilizou das facilidades proporcionadas pelo seu cargo ou se o bem já estava em seu poder em razão do cargo público por ele ocupado.

     

    Por eliminação, a menos errada realmente é a letra "d".

     

    Contudo, reafirmou que faltou técnica para a banca!

  • Gabarito Letra D.

    Peculato.

  • gab D peculato apropriação

     Peculato

           Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

  • A) corrupção ativa. --> Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

    B) prevaricação. --> Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento PESSOAL:

    C) concussão. --> Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

    E) condescendência criminosa. --> Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgÊNCIA, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: 

  • Com vistas a responder à questão, impõe-se a análise da conduta constantes do enunciado e o cotejo com as alternativas contidas nos seus itens, de modo a verificar-se qual delas está correta. 
    Item (A) - O crime de corrupção ativa encontra-se tipificado no artigo 333, do Código Penal, que tem a seguinte redação, senão vejamos: "oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício". A conduta descrita no enunciado da questão não se subsome, como se verifica facilmente, ao tipo penal correspondente ao delito de corrupção ativa. Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
    Item (B) - O crime de prevaricação encontra-se no artigo 319 do Código Penal, que conta com a seguinte redação: "retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A conduta descrita no enunciado da questão não se enquadra, portanto, no tipo penal ora transcrito, sendo a presente alternativa incorreta.
    Item (C) - O crime de concussão encontra-se previsto no artigo 316 do Código Penal, que tipifica a seguinte conduta: "exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida". A conduta descrita no enunciado não se enquadra, com toda a evidência, ao delito mencionado neste item, Assim sendo, a presente alternativa está incorreta.
    Item (D) - O crime de peculato está previsto no artigo 312 do Código Penal, que assim dispõe: "apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio". Equipamento médico pertencente ao ente público é, por óbvio, bem público. Com toda a evidência, a apropriação indevida do referido bem por servidor público, enquadra-se como conduta delitiva nos termos expressos do artigo transcrito. Assim sendo, a conduta descrita no enunciado corresponde ao delito constante desta alternativa, que, com efeito, é verdadeira. 
    Item (E) - O crime de condescendência criminosa está previsto no artigo 320 do Código Penal, que assim dispõe: "deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente". A conduta descrita no enunciado não se enquadra ao tipo penal ora transcrito, sendo a presente alternativa falsa.
    Gabarito do professor: (D)

ID
2137117
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à responsabilização por improbidade administrativa e a ação que vise sua imposição, é certo afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Questãozinha maliciosa!

    Porém vamos tentar destrinchá-la...

    Tecnicamente existem dois tipos de ações que podem ser intentadas contra ATOS de improbidade administrativa: ação popular (de legitimidade do cidadão que esteja no gozo dos seus direitos civís e politicos) e a ação de improbidade administrativa (de legitimidade do MP), contudo, o comando da questão apesar de nos tendenciar a marcar as duas citadas ações, ela pede não só QUAL? seria esta, como também, QUAL? delas tem força de IMPOSIÇÃO DE PENA, diante disto, a única que poderá agir com tais pleitos é a AÇÃO DE IMPROBIDADE ADM. PROPOSTA PELO MP, já que a ação popular apenas visa a anulação do ato lesivo, não a imposição da pena,ao contrário da legitimidade do MP que é bem mais ampla abarcando tb a imposição. Desta feita, unindo comando e resposta por exclusão, teríamos a alternativa C.

  • A - a ação pode ser proposta por PESSOAS JURÍDICAS INTERESSADAS ou pelo MP

     

  • LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

    Art17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

  • a) a ação pode ser proposta por pessoas físicas interessadas ou pelo Ministério Público.

    O Ministério Público pode. Pessoas físicas interessadas, não. O que pessoas interessadas podem fazer, é representar o ato judicial. Por outro lado, apenas o Ministério Público que pode ajuizar (no caso do enunciado, propôr).

     

    b) a responsabilização não é aplicável a todas as categorias de agentes públicos.

    Essa me deixou em dúvida. Uma jurisprudência do STJ entende que alguns agentes políticos não respondem à 8.429, e sim à 1.079/50. Aí tem que ver o que a banca defende.

     

    c) a ação popular não é adequada para o pleito de responsabilização por improbidade.

    Correto. Apenas ajuizamento do ministério público é adequada para o pleito, e a torna legal.

     

    d) os sucessores do causador de lesão ao patrimônio público não suportam cominações da lei.

    Errado. O sucessores do causador da lesão podem ser sentenciados a ressarcir o dinheiro desviado até o limite da herança deixada pelo responsável.

     

    e) a proibição de contratar com o Poder Público pode se estender pelo prazo de até quinze anos.

    Errado, só até 10.

     

    Esse foi meu entendimento. Apontem quaisquer erros. Valeu!

  • LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965.

    Regula a ação popular.

                    Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

  • Presidente não responde por improbidade administrativa e sim crime de responsabilidade, logo, achei as letras A, B corretas!

  • A - A ação por improbidade administrativa poderá ser proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa interessada.

  • Para decorar essas penas:

    1) Quadro do professor do qconcurso. Q1136111

    2) Quadro realizado para a prova do Escrevente do TJ SP 

    https://ibb.co/Qkn05JM

    +

    https://ibb.co/DwgTjHp

    +

    https://ibb.co/sss0X89

    3) DICA DA TABELA:

    TABELINHA DE PENAS (Thállius Moraes):

    http://sketchtoy.com/69316993

     


ID
2137120
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A Lei de Acesso a Informações estipula que, não sendo possível a disponibilização imediata da informação requerida, deverá haver resposta no prazo de até:

Alternativas
Comentários
  • a: gabarito

     

    Art. 11.  O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 

    § 1o  Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: 

    I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; 

    II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou 

    III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. 

    § 2o  O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. 

  • GABARITO LETRA A 

     

    LEI Nº 12527/2011 (LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO)

     

    ARTIGO 11.  O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 

     

    § 1o  Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias

     

    I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; 

    II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou 

    III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. 

     

    § 2o  O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente


ID
2137123
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

As Comissões de Ética, encarregadas de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor público federal no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, podem aplicar maximamente a sanção de:

Alternativas
Comentários
  • D1171/94

     

    DAS COMISSÕES DE ÉTICA

     

    XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

     

    [Gab. C]

     

    bons estudos

  • Gabarito C

    ---------------------------------------------------------------

    Outra questão ajuda a entender melhor.

     

    Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TRE-RJ Prova: Técnico Judiciário - Operação de Computador

     

    Considerando o Código de Ética Profissional do Servidor Público
    Civil do Poder Executivo Federal, julgue os itens que se seguem.
     

    Uma das penas que podem ser aplicadas ao servidor público pela comissão de ética é a pena de censura.

     

    Gabarito: CERTO.

     

    Comentário:

     

    Capitulo II - Das comissões de ética
    (...)
    XXII - A pena aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso,


    Fiquei em dúvida, pois a CENSURA é a única pena, e na questão fala "uma das"... Mas a banca considerou certa.

    Bons estudos!!!

  • A unica pena no codigo de etica é censura


    Gabarito C

  • As comissões de ética podem aplicar a pena de censura.

    Gabarito C

  • GABARITO: CERTO A única pena aplicável pela Comissão de Ética é a de Censura!

ID
2137126
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A responsabilidade por ato de improbidade que importe enriquecimento ilícito:

Alternativas
Comentários
  • ENRIQUECIMENTO ILICITO - Dolosa

    PREJUIZO AO ERÁRIO - Dolosa ou culposa

    ATENTAM CONTRA OS PRINCIPIOS DA ADM. PUBLICA - Dolosa

  • Basta lembrar que ninguém se enriquece "sem querer". Exige-se o dolo, portanto.

  • Alguém, por gentileza, pode explicar a diferença entre responsabilidade objetiva e subjetiva? 

  • GABARITO: C

    RESPONSABILIDADE OBJETIVA:  INDEPENDE de dolo ou culpa do agente. 

    RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: depende de dolo ou culpa do agente. SU = SUJEITO

    Logo, NÃO será admitida a responsabilidade OBJETIVA em sede de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

    É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei 8.429/1992, exigindo-se a presença de dolo nos casos dos artigos 9º, 10A e 11 (que coíbem o Enriquecimento Ilícito; Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário e o Atentado Contra os Princípios da Administração Pública, respectivamente) e dolo ou culpa nos termos do artigo 10 - atos de improbidade por dano ao Erário.

  • A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido de que não se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade é a ilegalidade tipificada e qualificado pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Assim, para a tipificação das condutas descritas nos artigos 9º (Enriquecimento Ilícito) e 11 (Atentar Contra os Princípios da Administração Pública) da Lei 8.429/92 é indispensável, para a caracterização de improbidade, que o agente tenha agido dolosamente e, ao menos, culposamente, nas hipóteses do artigo 10 (Causar Lesão ao Erário) . (STJ, AgRg no AREsp 768394 / MG, DJe 13/11/2015).

     

    No mesmo polo, é inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei 8.429/1992, exigindo-se a presença de dolo nos casos dos artigos 10A (Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ).

     

    Neste caso, todas as formas de enriquecimento e economia ilícitas são proveniente de conduta dolosa do sujeito ativo (Agente Público e Particulares que induzirem, concorrem ou se beneficiarem concorrentemente).

     

    É que todas as espécies de atuação suscetíveis de gerar enriquecimento ilícito pressupõem a consciência da antijuridicidade do resultado pretendido.

     

    Nenhum agente desconhece a proibição de se enriquecer às expensas do exercício de atividade pública ou de permitir que, por ilegalidade de sua conduta, outro o faça. Não há, pois, enriquecimento ilícito imprudente ou negligente. De culpa é que não se trata.

     

    Obs.: A Economia ilícita também ocorre quando o sujeito ativo utiliza bens ou recursos públicos ilegalmente para usufruir e aproveitar o que deveria ter sido pago com recursos pessoais.

     

    Portanto: atuação comissiva que ocorre apenas por meio de conduta dolosa (ato indevido com intenção), para configuração ato do ímprobo.

     

    Tipo objetivo: O tipo objetivo abstrato tem como única função descrever os elementos que devem ser constatados no plano dos fatos capazes de identificar e delimitar o conteúdo da proibição penal. Tudo aquilo que estiver previsto no tipo objetivo deverá estar objetivado no mundo exterior. Os elementos que compõem o tipo objetivo são: autor da ação, uma ação ou uma omissão, um resultado, nexo causal e imputação objetiva.

     

    Tipo subjetivo: O tipo subjetivo reúne todas as características subjetivas direcionadas à produção de um tipo penal objetivo. Os elementos que formam o tipo subjetivo são: o dolo na condição de elemento geral e os elementos acidentais também denominados elementos subjetivos especiais do tipo com incidência esporádica.

  • GABARITO C.

    Enriquecimento ilícito - É subjetiva,sendo necessária a comprovação de dolo.

  • Enriquecimento ilícito - É subjetiva, sendo necessária a comprovação de dolo.


ID
2137129
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A Constituição Federal de 1988 instituiu o Sistema Único de Saúde e estabeleceu as bases para sua organização e funcionamento. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. A Constituição Federal estabelece como uma das competências do SUS a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
II. O atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas e sem prejuízo dos serviços assistenciais, é uma das diretrizes do SUS explicitadas no texto constitucional.
III. As instituições privadas poderão participar de forma integral e permanente do Sistema Único de Saúde, mediante consórcios.
Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Art. 199 da CF 88

    As instituições privadas poderão paraticipar do SUS de forma complementar, mediante contratos e convênios.

  • CF/88

    Art. 200, VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

    Art. 198, II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

    Art. 199, § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

    GABARITO. D

  • APENAS A TÍTULO DE COMPLEMENTAÇÃO

    Nas matérias de competência EXCLUSIVA DO CN e competências privativas da CD e do SF, também não se exige sanção do PR. (art. 48, CF)


ID
2137132
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Para que um hospital seja credenciado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia deverá contar com, no mínimo, serviço de oncologia clínica e de:

Alternativas

ID
2137135
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O Sistema Único de Saúde deve prover todo o tratamento necessário ao paciente comprovadamente diagnosticado com neoplasia maligna. O prazo estabelecido por lei para início desse tratamento é de até:

Alternativas
Comentários
  • A resposta está na lei LEI Nº 12.732/12. 

    Art. 2o  O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.

    § 1o  Para efeito do cumprimento do prazo estipulado no caput, considerar-se-á efetivamente iniciado o primeiro tratamento da neoplasia maligna, com a realização de terapia cirúrgica ou com o início de radioterapia ou de quimioterapia, conforme a necessidade terapêutica do caso.


ID
2137138
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considerando o Pacto pela Saúde e suas três dimensões, analise as afirmativas a seguir.
I. O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira.
II. Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, é uma das diretrizes do Pacto de Gestão.
III. Uma das ações previstas no Pacto em Defesa do SUS é o estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS.
Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Pacto em Defesa do SUS

    Diretrizes O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes:

    1. Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal;

    2. Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política pública.


ID
2137141
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa que indica o órgão responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros do Sistema Único de Saúde em cada esfera de gestão.

Alternativas
Comentários
  • DECRETO NO. 7508/2011


    Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.


ID
2137144
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Logo abaixo da cartilagem cricoide, encontra-se a sétima vértebra cervical. Este é o ponto mais alto do ducto torácico. Este fato tem importância na programação de irradiação da supraclavicular esquerda, em que o limite superior mínimo tem que estar no nível da transição de C6-C7. Nesse nível também se encontra a(o):

Alternativas

ID
2137147
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

No processo de revelação de uma emulsão fotográfica convencional, é adicionada uma solução reveladora que tem a seguinte função:

Alternativas
Comentários
  • Errado!

    Se TODOS os grãos da película forem convertidos em prata metálica, teremos uma fotografia queimada.

    O certo seria: converter os grãos que foram sensibilizados pela luz em prata metálica

  • vim para comentar exatamente o erro que o colega expôs

ID
2137150
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A ação da radiação na emulsão é semelhante a que ocorre com a luz da visível em chapas fotográficas comuns. A radiação, ao interagir com elétrons de átomos do brometo de prata faz com que apenas alguns átomos sejam sensibilizados pela sua passagem transformando íons Ag+ em Ag metálica formando uma imagem:

Alternativas

ID
2137153
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

As telas intensificadoras são acessórios usados em conjunto com os filmes radiográficos como um artifício para a melhoria do nível de sensibilização do filme. Quando se considera a intensidade da radiação que emerge do paciente e atinge o filme, o percentual, aproximadamente, que é absorvido por este e convertido em imagem, é de:

Alternativas

ID
2137156
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Os parâmetros responsáveis por aumentar a dose no paciente, quando o técnico radiologista determina a técnica para o exame radiográfico, são:

Alternativas
Comentários
  • Caso eu duplique o kv estarei quadruplicando a dose

    Sendo assim,não seria uma alternativa,tambem?


ID
2137159
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O componente na ressonância magnética responsável pela criação do campo magnético estático é o(a):

Alternativas

ID
2137162
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A colimação é necessária durante a operação do tomógrafo pelas mesmas razões que ela é necessária na radiografia convencional. Sobre essa afirmação, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
2137165
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Algumas práticas como, por exemplo, a adição de materiais radioativos em produtos de uso doméstico ou pessoal, tais como brinquedos, cosméticos, alimentos e bebidas, bem como práticas consideradas frívolas são proibidas no Brasil e na maioria dos países.
A afirmativa acima corresponde ao seguinte requisito de proteção radiológica:

Alternativas

ID
2137168
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A sala de tratamento de um acelerador linear é classificada como uma área:

Alternativas

ID
2137171
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Assinale a alternativa que corresponde a uma responsabilidade de um indivíduo ocupacionalmente exposto, conforme a Resolução n° 130/12 da CNEN.

Alternativas
Comentários
  • Seção V

    Dos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos Art. 24

    Os indivíduos ocupacionalmente expostos, cuja definição consta na Norma CNEN-NN�3.01, de um Serviço de Radioterapia devem:

    I – executar suas atividades em conformidade com os requisitos e exigências dos regulamentos de proteção radiológica estabelecidos pelo titular do Serviço de Radioterapia;

    II – conhecer e aplicar as regras de segurança e proteção radiológica em conformidade com a legislação vigente e as instruções do supervisor de proteção radiológica;

    III – aplicar ações apropriadas para assegurar a proteção e segurança dos pacientes;

    IV – participar dos programas de treinamento oferecidos pelo Serviço de Radioterapia;

    V – participar das atividades de garantia da qualidade em radioterapia;

    VI – informar ao supervisor de proteção radiológica qualquer evento que possa influir nos níveis de exposição ou do risco de ocorrência de acidente; e

    VII – notificar o titular, o responsável técnico e o supervisor de proteção radiológica em radioterapia sobre todos os itens que não estejam de acordo com as normas e Resoluções da CNEN.

    Obs: Para facilitar na pesquisa de quem assim como eu, não sabia a resposta.


ID
2137174
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

As radiações produzidas pela interação da radiação com a matéria em um aparelho de raios X convencional são:

Alternativas

ID
2137177
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A grande maioria das práticas com radiação ionizante envolve fótons provenientes de fontes de radiação gama ou geradores de raios X como as de radiodiagnóstico e radioterapia. Os fótons constituem as radiações mais penetrantes e causam danos biológicos diferentes conforme:

Alternativas

ID
2137180
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Os efeitos biológicos podem ser classificados em efeitos estocásticos e determinísticos. Assinale a alternativa correta a respeito desses efeitos.

Alternativas

ID
2137183
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Os planos de secção são os que dividem o corpo humano e são fundamentais para a interpretação das imagens de tomografia computadorizada do paciente, utilizadas na simulação virtual. Plano sagital é:

Alternativas
Comentários
  • Os plano sagital divide o corpo em lados direito e esquerdo.

  • CÓPIA E COLA DO COMENTÁRIO DO COLEGA, POIS A FORMATAÇÃO ESTAVA DANDO ERRO AQUI NO SITE:

    (...), cuidado para não confundir CRIME PRÓPRIO com CRIME FUNCIONAL PRÓPRIO. São coisas diversas, veja:

    Crimes comuns são aqueles que podem ser cometidos por qualquer pessoa, não havendo necessidade de qualificação especial. Exemplos: homicídio, lesão corporal, furto.

    Os crimes próprios ou especiais só podem ser cometidos por pessoas que contam com determinada qualificação. Exemplo: Funcionário Público.

    Os crimes funcionais são uma espécie de crimes próprios, pois só podem ser cometidos por funcionários públicos, tal como definidos no art. 327 do Código Penal. Todavia, crimes funcionais próprios são aqueles cuja ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípico (ex: prevaricação – art. 319). Já nos crimes funcionais impróprios ou mistos, a ausência dessa qualidade faz com que o fato seja enquadrado em outro tipo penal (ex: concussão – art. 316; se o sujeito ativo não for funcionário público, o crime é de extorsão – art. 158). 


ID
2137186
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O intervalo de tempo, contado a partir de um certo instante, necessário para que a metade dos átomos radioativos decaiam, é denominado:

Alternativas

ID
2137189
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O bólus é um acessório confeccionado com material de densidade semelhante à do tecido mole do corpo humano. Podem ser adquiridos comercialmente ou confeccionados em cera na oficina de moldes. A função do bólus utilizado em algumas técnicas de tratamento é:

Alternativas

ID
2137192
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Alguns equipamentos necessitam de acessórios específicos para a modificação dos feixes originalmente produzidos pelo irradiador (equipamento de Co-60 ou acelerador linear). Para suprir essas necessidades, foram desenvolvidos os seguintes acessórios:

Alternativas

ID
2137195
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A rampa de mama ou “breast board” é um acessório composto por uma prancha apoiada a uma base que possibilita diferentes angulações do paciente. Para acomodação dos braços do paciente, a base contém suportes acolchoados que são posicionados de modo a garantir seu posicionamento correto e menos desconfortável durante o tratamento. Sobre esse acessório é correto afirmar:

Alternativas

ID
2137198
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Para obtenção de imagens do interior do corpo humano para fins diagnósticos, os raios X transmitidos através do corpo são, ainda hoje, os agentes mais utilizados, quer seja em radiografias convencionais, quer em tomografias computadorizadas. O contraste que se observa em radiografias, por exemplo, entre ossos e músculos, deve-se à:

Alternativas

ID
2137201
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um dos acessórios utilizados para o tratamento de irradiação total do crânio com extensão para todo o neuroeixo dos pacientes é o berço para o neuroeixo. Esse acessório pode ser confeccionado com isopor e gesso na oficina de moldes. O neuroeixo ou sistema nervoso central é o nome dado à estrutura anatômica formada por:

Alternativas

ID
2137204
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A espessura dos blocos de cerrobend® está condicionada à energia do feixe de radiação que irá bloquear. Normalmente as espessuras para blocos de proteção já se encontram tabeladas na oficina de moldes, com base nas medidas executadas pelo físico médico. Por exemplo, para um bloco de cerrobend® fornecer uma proteção de 5 HVL para um feixe de fótons de 6 MV, ele deve ter a espessura de:

Alternativas

ID
2137207
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Ao final de uma seção de tratamento radioterápico com equipamento de cobalto ocorre um incidente e a fonte de Co-60 não é recolhida. O indivíduo ocupacionalmente exposto retira o paciente da sala de tratamento e deve retornar à fonte manualmente ao seu lugar devido. Os cuidados de radioproteção que esse indivíduo ocupacionalmente exposto deve tomar ao fazer isso são:

Alternativas
Comentários
  • Hoje são 3... com o acréscimo na lavagem de dinheiro


ID
2137210
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em tomografia computadorizada os valores de atenuação são medidos em unidades Hounsfield (HU). Os valores de atenuação do ar e da água são respectivamente:

Alternativas

ID
2137213
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Assinale a alternativa que corresponde à competência de técnicos de radioterapia em serviços de radioterapia segundo a RDC n° 20 da Anvisa, de fevereiro de 2006.

Alternativas

ID
2137216
Banca
FUNCAB
Órgão
INCA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

No tórax, da quinta até a sétima vértebra, identifica-se:

Alternativas
Comentários
  • Gab C

    o ducto torácico cruzando o esôfago da direita para a esquerda.