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Prova PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Psicologia


ID
2899855
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Os textos I e II se aproximam uma vez que abordam a questão da deficiência do registro escrito da Língua Portuguesa pelos jovens. A frase do texto I, “A regreção da redassão”, que confirma essa ideia é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Redassão: Realmente comprova que o estudante brasileiro não sabe escrever. Certo é redação.

  • #momentocrítica ~> O sistema de ensino no Brasil é falho, sistema "gramsciano paulo-freirista", no qual não instiga a curiosidade/habilidade dos estudantes.

  • Na verdade, há dois erros na frase:

    O autor da crônica trocou o "ss" e o "ç" de uma palavra com a outra.

  • Letra B! A palavra-chave é "estudante" -> nesse contexto pode ser substituído por "jovem". Como assim? Tanto no texto I quanto no texto II, os protagonistas são jovens por volta dos 17 anos e ambos têm dificuldade na escrita.

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ID
2899858
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Observe o título do texto I “A regreção da redassão”. O autor troca as últimas sílabas das palavras com a intenção de:

Alternativas
Comentários
  • GABA: B

    Ao ler o texto e retomar o tema, vê-se que o objetivo é instaurar o humor e antecipar a crítica à má qualidade do ensino no país.

  • .."à má qualidade do ensino no país." ?

    Não achei essa alternativa correta. O texto não critica o ensino do país.

  • Não concordo. No texto ele não critica a qualidade do ensino, ele critica a falta de interesse dos jovens na leitura, implicando, dessa maneira, na escrita. Ele coloca a culpa na atual juventude desinteressada e não no ensino.

  • Instaurar o humor (para isso, o autor utiliza a ironia escrevendo propositalmente duas palavras erradas) E antecipar a crítica à má qualidade do ensino no país (exatamente! Se existe uma frase que resume o texto, essa frase é: "O estudante brasileiro não sabe escrever") .

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  • NÃO CONCORDO COM O GABARITO

  • Apesar de o narrador apontar, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita, a crítica que o texto deixa não é essa.

  • Humor na onde

  • - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

    gabarito letra B

  • Dica: ninguém precisa concordar com o gabarito, apenas acertar a questão na prova.

    Infelizmente é a realidade.


ID
2899861
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Em relação ao texto II, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi de graça, mas... Vai ter gente achando que é pegadinha e vai errar! kkkkk

  • KKKKKKKKK, EU

  • Internetês é um neologismo (de: Internet + sufixo -ês) que designa a linguagem utilizada no meio virtual, em que "as palavras foram abreviadas até o ponto de se transformarem em uma única expressão, duas ou no máximo cinco letras", onde há "um desmoronamento da pontuação e da acentuação", pelo uso da fonética em detrimento da etimologia, com uso restrito de caracteres e desrespeito às normas gramaticais

  • Que questão capciosa em. Olosco!

    Não se exige observância das regras gramaticais em internetês.

  • GABARITO: LETRA A

    ? Acrescentando e explicando o posicionamento do nosso colega Alisson: "Não se exige observância das regras gramaticais em internetês";

    ? Observem essa falha da filha:  xau mãe, c ta xata.

    ? Aqui o "internetês" não justifica o erro, foi um erro ortográfico escancarado, sem qualquer justificativa, o correto é "chata".

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! Hoje você acha cansativo, mas mais tarde receberá a recompensa por todo esse tempo que passou estudando.

       

  • Mano, de tão fácil fiquei com medo de marcar. slc

  • Não sei se existe, mas Quase Errei !

  • Questão bem "xata"...


ID
2899864
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Em relação ao texto I, crônica “A regreção da redassão”, analise as assertivas abaixo:

I- O cronista-narrador aponta, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita.

II- O narrador observador não se impressiona com o fato de várias pessoas afirmarem que o estudante brasileiro não sabe escrever.

III- O autor-narrador é levado a refletir sobre os fatos determinantes da dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita por parte dos jovens.

IV- O narrador personagem revela, ludicamente, o temor de que, em nome da sobrevivência, tenha ele mesmo, como escritor, de comercializar o seu produto.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Questão chata, texto chato! fui pela lógica sem ler mesmo.

    Gaba: C

    Bons estudos!

  • Dica excelente do professor Décio Terror que ajuda muito nas questões de Português da banca CRS e PM/MG é sempre voltar ao texto. Ao elaborar as questões o examinador deverá fundamentar sua resposta no próprio texto, desta forma todas as respostas estarão no texto.

  • I- O cronista-narrador aponta, a princípio, o ensino como provável causa da deficiência dos alunos com relação à escrita.

    " - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

      - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito."

    II- O narrador observador não se impressiona com o fato de várias pessoas afirmarem que o estudante brasileiro não sabe escrever. (errada)

    "Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”.

    III- O autor-narrador é levado a refletir sobre os fatos determinantes da dificuldade de representação do pensamento por meio da escrita por parte dos jovens.

    "Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore."

    IV- O narrador personagem revela, ludicamente, o temor de que, em nome da sobrevivência, tenha ele mesmo, como escritor, de comercializar o seu produto.

    "Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria"

  • rumo a pmmg


ID
2899867
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

O efeito de humor, no trecho transcrito do texto II, foi provocado, sobretudo pelo diálogo entre mãe e filha usando, testando um canal, um suporte de comunicação, fato característico da função:

Alternativas
Comentários
  • Função de Linguagem:

    Fática: A intenção é iniciar um contato através de cumprimentos com uma abordagem coloquial - objetiva e rápida. Em textos escritos, têm muita importância os recursos gráficos. 

  • GABARITO: LETRA C.

    A função fática tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Exatamente o que ocorre no texto, não se importa como se está falando e sim a transmissão da mensagem.

    Força, guerreiros(as)!!

  • FUNÇÕES DA LINGUAGEM

    - Função Emotiva: foca-se no emissor da mensagem. A ênfase da mensagem é em quem produz a informação, com marcas do emissor (Ex: Eu quero, eu te amo, meu querido diário). Possuem marcas pessoas de quem produz o texto. Subjetividade, Unilateralidade, com visão intimista.

    - Função Referencial: chamada de função denotativa, foca-se no referente. Traz a informação de modo direto e objetivo (sem usar meios subjetivos). Sua ênfase é na informação Ex: textos científicos, jornalísticos

    - Função da Metalinguagem: palavras que explicam as palavras (ex: dicionário), programe de Tv que fala sobre Tv (Código), filme que explica sobre filmes. Possui uma ênfase no próprio código, transformando em seu próprio referente.

    - Função Conativa: foca-se no receptor, chamada de função apelativa. Visa atingir quem vai ler o texto, no caso o receptor. Tem o ideário de seduzir o leitor, muito utilizado nas propagandas. Possui verbos no imperativo com o intuito de convencer o receptor (Ex: Beba Coca Cola, Compre Batom).

    - Função Fática: quando se quer testar o canal (Alô? Alô!) quer apenas mostrar-se agradável para outra pessoa. Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. Possui uma ênfase no canal. Pode ser ruídos na mensagem para testar o canal.

    - Função Poética: ênfase na mensagem, tem como prioridade a estética.

    Obs: é possível aparecer vários tipos de funções no mesmo texto.

  • Se você souber exatamente todas as formas, basta ler apenas o início do texto que já revolve a questão.


ID
2899870
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Em relação às sequências de palavras apresentadas nas opções abaixo, marque a alternativa em que todos os vocábulos estão grafados conforme as normas do Novo Acordo Ortográfico em vigor, desde 29/09/2008.

Alternativas
Comentários
  • PARA REVISAR

    Lembrem-se que os ditongos abertos " EI,OI e EU" são, via de regra, acentuados. No entanto, com o "novo" acordo ortográfico, quando esses ditongos formarem paroxítonas, eles não serão , JAMAIS SERÃO ACENTUADOS!!!!!!!!!!

  • NOVO ACORDO

    0 – Letras diferentes separam (Ex: neoliberalismo, extraoficial, semicírculo)

    1 - Letras iguais são separadas (Ex: micro-ondas, anti-inflamatório) – igual na escola

    2 - Introdução das letras “K”, “W” e “Y”.

    3 – Trema foi abolido, permanecendo em substantivos próprios (Müller, Bündchen)

    4 – Exclusão do acento diferencial (Ex: para, pelo, pera, , pela, polo)

    5 - Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem na penúltima sílaba (heroico, assembleia)

    6 - Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO” (Creem, Deem, Leem, Veem, Voo, Doo, Soou, perdoo, enjoo)

    7 – separam-se com prefixo as palavras que contenham “h” (pré-história, super-homem)

    8 – Em "R" e "S", se terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: (suprarrenal, ultrassonografia, antisséptico)

    9 - Quando dois “R” ou “S” se encontrarem deverão ser separados: (Super-realista, super-requintado).

    10 - Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-, PRE- fraco”: (correu, refazer, preexistir, coordenação, cooperativa)

    Obs: coco (fruta) não possui acento. Cocô é referente às fezes.

  • Retoucar = Pôr nova touca; revestir superiormente.

    Retocar = tocar novamente; dar retoques.

  • excelente.

  • bizu : os iguais se repelem e os opostos se atraem

  • Não seria míngua com acento ?

  • São grafadas Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem

    Não acentuamos os ditongos abertos das palavras paroxítonas.

     micro-ondas, autoaprendizagem, coeducação.

    Os iguais se repelem e os diferentes se atraem.

  • A Taboada (tabuada), lampeão (lampião), candeiro (candeeiro), abençôo (abençoo)

    B Assembléia (Assembleia), farneis (farnéis), eximio (exímio), alcaloidico (alcaloídico)

    C Mingua (míngua), microondas (mocro-ondas), auto-aprendizagem (autoaprendizagem), co-educação (coeducação) .

    D irmãmente, aracnoide, retoucar, microrradiografia. Gabarito


ID
2899873
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Marque a opção cuja frase ou trecho de frase apresenta locução prepositiva:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    à procura: é uma locução, em que há junção de artigo + preposição (a+a = à) e uma palavra. Portanto, tem-se uma locução prepositiva.

  • Letra B.

    Procura de...

    As locuções prepositivas TERMINAM sempre com uma preposição simples: abaixo de; acerca de; adiante de; afim de; em frente de(a); junto a (de); graças a; para com...

  • VAMOS SIMPLIFICAR?!

    Locução prepositiva é o conjunto de duas ou mais palavras com o valor de preposição. A última dessas locuções é sempre uma preposição.

    ex:

    Abaixo de;

    Ao lado de;

    Dentro de;

    Em frente a;

    Junto a...

  • Esse Leandro Bonin tá em todos os comentários vendendo curso. PQP!

    Reportem Abuso.

  • Locução prepositiva (também chamada de preposição composta) é o grupo de palavras (normalmente um advérbio ou expressão adverbial acrescidos de uma preposição essencial) com valor de preposição.

    Veja alguns casos: ao lado de, em torno de, apesar de, através de, de acordo com, com respeito a, por causa de, quanto a, no tocante a, graças a, etc.

     Obs.: Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. A locução prepositiva sempre termina em preposição; a locução adverbial nunca termina em preposição. Veja:

     Estou longe de você. Vi você de longe

      (loc. prepositiva)   (loc. adverbial)

    Fonte: Prof. Arenildo Santos

  • “Impressionado, saí à procura de outros educadores.”

    Locução prepositiva: É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição.

    Pode ocorrer por combinação ou contração.

    Exemplo: a contração da preposição com os artigos ou pronomes demonstrativos aas ou com o "a" inicial dos pronomes aqueleaquelesaquelaaquelasaquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de  - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave. Por exemplo:

    a + a = à

    às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo

  • entao a preposição esta tipo oculta/?

  • socorro

  • Na letra D também não temos um caso de loc. prepositiva? Veja o trecho " no lápis" = prep. em + artigo o. Alguém saberia diferenciar?

  • PERFEITO O COMENTÁRIO DO THULIO ANDRADE.


ID
2899876
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        TEXTO I

A regreção da redassão

Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        - Mas, minha senhora, - desculpei-me -, eu não sou professor.

        - Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        - A culpa não é deles. A falha é do ensino.

        - Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        - Obrigado - agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        - Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

        - Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        - E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor de faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos disseram: “acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever”. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        - Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

        - Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão. 

        - Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        - E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        - Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        - Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito de leitura. E quando perder completamente, você vai escrever para quem? 

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar em açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece um bilhete de loteria: 

        - Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        - Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        - E a senhorita não quer ler? - perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        - O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        - E o senhor, não está interessado nuns textos?

        - É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        - E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        - Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        - O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo isso em cinco linhas? 


NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista & outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999. Para gostar de ler, vol. 15.



        TEXTO II

O fragmento de texto reproduzido a seguir faz parte da crônica “A menina que falava em internetês, escrito por Rosana Hermann. Na crônica, Wanda, uma mãe que gostava de acreditar-se moderna, compra um computador e, navegando, pela internet, inicia uma conversa “on-line” com a filha adolescente. Quase ao final do diálogo, mãe e filha escrevem: 

“[...]

        _ Antes de ir para casa eu vou passar no supermercado. O que você quer que compre para... para... para vc? É assim que se diz em internetês.

        _ refri e bisc8

        _ Refrigerante e biscoito? Biscoito? Filha, francamente, que linguagem é essa? Você estuda no melhor colégio, seu pai paga uma mensalidade altíssima, e você escreve assim na internet? Sem vogais, sem acentos, sem completar as palavras, sem usar maiúsculas no início de uma frase, com orações sem nexo e ainda por cima usando números no lugar de sílabas? Isso é inadmissível, Maria Eugênia!

        “_ xau mãe, c ta xata.”

        _ Maria Eugênia! Chata é com ch.

        _

        _ Maria Eugênia?

        _

        _ Desligou. [...]‟‟ 


HERMANN, Rosana. Lições de Gramática para que gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007

Marque a alternativa em que a figura de linguagem está, CORRETAMENTE, identificada, nas frases transcritas do texto I.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D.

    “A culpa não é deles. A falha é do ensino.” (Metonímia).

    Metonímia - consiste em trocar o todo pela parte ou a parte pelo todo, no caso da questão foi trocado a parte (educação, cultura e tudo que englobe casos para um ensino de qualidade) pelo todo (ensino).

    Força, guerreiros(as)!!

  • RESUMO

    Metáfora: coisas iguais "Ela é um leão"

    Prosopopeia: características humanas em seres inanimados "Chora viola"

    Catacrese: por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". "Braço da cadeira"

    Metonímia: empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido "Adoro ler Machado de Assis"

  • FIGURAS DE PALAVRAS (TROPOS)

    a) Comparação: feito de forma explicita, com conectivos de comparação (com tal, tal qual, igual)

                    Ex: Eu sou Oficial tal como você.

    b) Metáfora: nasce de comparações entre seres, por meio da analogia, sem conectivos.

                    Ex: Aquela mulher é uma rosa

    c) Metonímia: troca da palavra por outra que lhe é conhecida como tal (autor/obra)(efeito/causa)(lugar/produto)

                    Ex: Eu já li Camões (Lusíadas) – Respeite minhas rugas (idade) – Júlio é bom de garfo (comer) – Usar Bombril

    d) Catacrese: metáfora utilizada como representação da palavra, sendo conhecida como algo real.

                    Ex: Perna da cadeira – Cabeça de alho – Cabeça de Prego – Céu da boca

    e) Antonomásia/Perífrase: espécie de metonímia que se apelida os seres humanos por seus feitos.

                    Ex: Filho de Deus [Jesus] – Rei do futebol [Pelé] – Cidade Luz [Paris] – Terra da Garoa [São Paulo]

    f) Sinestesia: situação que mistura os sentidos corporais [visão, olfato, faladar, audição]

                    Ex: Ele tinha um olhar gelado – Visão estridente -

  • metonímia se refere à substituição de palavras com sentidos próximos, ou seja, é utilizada uma palavra em vez de outra, sendo que ambas partilham uma relação de proximidade de sentido, de contiguidade.

    culpa ---> falha

    "A culpa não é deles. A culpa é do ensino."

    "A culpa não é deles. A falha é do ensino."

  • Metonímia: Troca a OBRA pelo AUTOR.

    Ex: "Estou lendo Machado de Assis."

    Observem que eu quis dizer que estou lendo A OBRA / O LIVRO do Machado de Assis, porém deu a entender que eu estou lendo o Machado de Assis (a pessoa).

    Ex.2: "Estou usando NIKE"

    Observem que eu quis dizer que estou usando um TÊNIS ou qualquer ROUPA da marca NIKE, todavia, com essa frase acima, é como se eu pegasse a marca (O SÍMBOLO DA NIKE) e vestisse no meu corpo.

    Perdoem-me por qualquer erro e corrijam-me, caso eu esteja errado!

    "Vá e vença. Que, por vencido, não o conheçam."

    BRASIL!!!

  • FIGURAS DE LINGUAGEM

    METÁFORA: Comparação implícita

    SÍMILE ou COMPARAÇÃO: Comparação explícita

    ANTÍTESE: oposição lógica

    PARADOXO: oposição não lógica

    HIPÉRBOLE: exagero

    EUFEMISMO: suavização

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito.

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes

    ASSONÂNCIA: Repetição de vogais

    PLEONASMO ENFÁTICO: reforçar a ideia

    IRONIA: sarcasmo

    GRADAÇÃO: ascensão

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruído:

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra

    CATACRESE: ausência de termos especifica, ex: pé da mesa

    SINÉDOQUE: substituição do todo pela parte

    SINESTESIA: mistura de sentidos

    PROSOPOPEIA: personificação de coisas

    PARONOMÉSIA: trocadilho

    APÓSTROFE: vocativo

    SILEPSE: concordância com a ideia

    PERÍFRASE: substituir com maior quantidade de palavras o nome de uma pessoa

    ANÁFORA: repetição

  • Essa professora é muito boa!

  • #PMMINAS

  • Metáfora dá uma ideia de Comparação Implícita

    Prosopopeia ou Personificação: Transforma qualidades humanas a seres não humanos. por ex: As pedras dançavam ao vento.

    “Ninguém faz mais diário, ninguém escreve em porta de banheiros, em muros, em paredes.” (Catacrese)

    Gradação: sequencia de palavras.

    Metonímia: “A culpa não é deles. A falha é do ensino.” Substituição de um termo gabarito D


ID
2899882
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A educação é um direito mencionado em diversos dispositivos da Constituição, podendo-se destacar a menção deste como um direito social. Considerando os contornos trazidos pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 acerca da educação, marque a alternativa CORRETA

Alternativas
Comentários
  • Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

     

        § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

     

        § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

     

     

    LETRA A

  • LETRA A

    A e B - Art. 210. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    C - Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    D - Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

  • GABARITO: LETRA A

    A) A matrícula na disciplina de ensino religioso é facultativa.

    Art. 210, §1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    B) As aulas de ensino religioso são de matrícula obrigatória e devem ocorrer fora do horário normal nas escolas públicas de ensino fundamental.

    Art. 210, §1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    C) O ensino não deverá ter por base a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

    Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    D) A União é a única responsável pela organização do sistema de ensino.

    Art. 211, §4º - Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório

  • A questão trata do capítulo da Constituição Federa de 1988 que dispõe sobre a educação. Assim, analisando as alternativas:

    a) CORRETA. Nos termos do art. 210, §1°:
    Art. 210, § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    b) INCORRETA. Idem letra A.

    c) INCORRETA. A igualdade de condições para o acesso e permanência na escola constitui um dos princípios do ensino. Art. 206, I. 
    Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    d) INCORRETA. Todos os entes federados são responsáveis pela organização do sistema de ensino. Art. 211, "caput".
    Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

    Gabarito do professor: letra A


ID
2899885
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Com base na Lei nº 13.104/15, que altera o art. 121 do Código Penal e Lei de Crimes Hediondos para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio e incluí-lo no rol de crimes hediondos, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Feminicídio      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

    VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

     

     

    § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:   

    I - violência doméstica e familiar;    

    II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

     

     

     

    § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:    

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;   (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;   (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.   (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018)

     

     

     

     

     

    LETRA C ERRADA 

    A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor.

    Não e autor e sim vitima.

  • Gaba: C

    C) A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor. (da vítima)

  • A pena será aumentada de 1/3 até a metade se for praticado: a) durante a gravidez ou nos 3 meses posteriores ao parto; b) contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; c) na presença de ascendente ou descendente da vítima.

  • Item (A) - A Lei nº 13.104/2015 acrescentou o inciso VI ao § 2º, do artigo 121, do Código Penal, de modo a qualificar, com a denominação de feminicídio, o homicídio praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino. Sendo assim, a assertiva contida neste item está correta.
    Item (B) - A Lei nº 13.104/2015 acrescentou o  § 2º - A e o inciso I ao artigo 121 do Código Penal, que constitui uma norma explicativa a esclarecer o que são "razões da condições de sexo feminino", nos termos do inciso VI, do § 2º, do artigo 121 do Código Penal. Dentre elas, como consta do dispositivo explicativo, é considerada como tal a que "envolve violência doméstica e familiar". Com efeito, a assertiva contida neste item está correta.
    Item (C) - A causa de aumento de pena prevista na redação atual do artigo 121, § 7º, inciso III, do Código Penal, é a de o crime de feminicídio ter ocorrido na presença de descendente ou de ascendente da vítima e não do autor, como consta neste item. Registre-se que o referido dispositivo legal foi alterado com o advento da Lei nº 13.771/2018, cuja redação passou a considerar a presença física ou virtual de ascendente ou descendente da vítima como majorante da pena. A assertiva contida neste item está, portanto, incorreta. 
    Item (D) - A Lei nº 13.104/2015 acrescentou o  § 2º - A e o inciso II ao artigo 121 do Código Penal, que constitui uma norma explicativa a esclarecer o que são "razões da condições de sexo feminino", nos termos do inciso VI, do § 2º, do artigo 121 do Código Penal. Dentre elas, como consta do dispositivo explicativo, é considerada como tal o "menosprezo ou discriminação à condição de mulher". Sendo assim, a assertiva contida neste item está correta.
    Gabarito do professor: (C)
  • A Lei n. 13.104/2015 (não é a Lei Maria da Penha-13.340) incluiu o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio.

    Lembrando:

    qualificadora: altera as penas mínimas e máximas

    (Ex.: Homicídio simples é de 6 a 20 anos; Feminicídio é de 12 a 30 anos)

    majorante: causa aumento de pena; aplicando-se uma fração à sanção estabelecida no tipo penal.

    (Ex.: A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a metade (1/2) se o crime for praticado: na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima)

    agravantes: levadas em consideração na segunda fase da dosimetria da pena, após a fixação da pena base. Estão nos artigos 61 e 62 do CP.

    Também, o feminicídio é crime hediondo.

    Feminicídio: quando o homicídio é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, ou seja, por motivos de ser mulher.

    Pena: reclusão, de 12 a 30 anos.

    § 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

    I - violência doméstica e familiar; (Art. 5*, caput, da Lei Maria da Penha: Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial)

    II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

    A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (majorante) até a metade se o crime for praticado:

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

  • III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;   

    Obs: -Na presença da vítima, não a do autor.

    -Essa presença pode ser tanto física ou virtual, tomem cuidado!

  • A) O feminicídio é o homicídio contra mulher por razões de condição do sexo feminino. CORRETA

    Art. 1º, VI, da lei 13.104/2015.

    B) Considera-se que há razões de condição do sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar. CORRETA, ART. 1º; § 2º-A, I, da lei 13.104/2015.

    C) A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor. INCORRETA, ART. 1º, § 7º, III, DA LEI 13.104/2015.

    A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente DA VÍTIMA.

    D) Considera-se que há razões de condição do sexo feminino quando o crime envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher. CORRETA, ART. 1º, § 2º-A, II DA LEI 13.104/2015.

  • FEMINICÍDIO: contra mulher por “razões da condição de sexo feminino”. É possível que uma mulher pratique o crime de feminicídio. (Femicídio é o homicídio praticado contra uma vítima mulher). O reconhecimento da qualificadora de motivo torpe e feminicídio não constitui bis in idem.

    *Aumento no Feminicídio (1/3 a 1/2): durante gestação / 3 meses posteriores ao parto / presença física ou virtual de cônjuge, ascendente ou descendentes.

  • Feminicídio : Homicídio contra mulher em razões do sexo feminino .

    Modalidade qualificadora do Homicídio:

    *Violência familiar e doméstica contra mulher.

    *Condição de discriminação ou menosprezo.

    Casos de aumento de pena: 1/3 á 1/2.

    *Durante a gestação ou três meses após o parto.

    *Menor de 14 anos ou maior de 60 anos ou pessoa com Deficiência.

    *Na presença de ascendente e descendente.

    OBS: Não confundir femicídio com feminicídio , Femicídio é crime de homicídio contra a vitíma que é mulher e não em razão de ser mulher .

    PMGO2020

  • O feminicídio é o homicídio contra mulher por razões de condição do sexo feminino.

    CORRETO, a grosso modo.

    Considera-se que há razões de condição do sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar.

    CORRETO, conforme artigo 121, CP.

    A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor.

    INCORRETA. No caso de descendente ou de ascendente da VÍTIMA.

    Considera-se que há razões de condição do sexo feminino quando o crime envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

    CORRETO, conforme artigo 121, CP.

  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor.

    Esse 'do autor' pega os apressadinhos

  • Do AUTOR, NÃO.

    É na presença de ascendentes ou descendentes DA VÍTIMA.

  • Tenham CUIDADO a chamada "LEITURA DINÂMICA": Lê rápido, só as palavras iniciais e as palavras finais e dá como certo; OU, então, lê até QUASE o final e acha que já tá certo. CUIDADO.

  • nossa cai em mais uma desta banca esses trocadilhos de palavras preciso ficar mais atendo quanto a isto!!

  • INCORRETA

    c) A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor. (vítima)

  • FEMINICÍDIO: Trata-se do homicídio em razão da violência de gênero contra a mulher com pena de reclusão, de doze a trinta anos.

    ATENÇÃO!  Não necessariamente estaremos diante do feminicídio (homicídio qualificado) quando a vítima do homicídio for uma mulher. Para que isso ocorra, é necessário que a motivação tenha sido a “condição do sexo feminino”.

    O próprio CP esclarece o conceito da expressão “condição do sexo feminino” como sendo o homicídio praticado:

    A)   No âmbito da relação doméstica e familiar;

    B)   Em razão de menosprezo ou discriminação contra a condição de mulher.

    CAUSA DE AUMENTO ESPECÍFICO DO FEMINICÍDIO.

    A PENA É AUMENTADA DE 1/3 ATÉ A METADE.

    -Durante gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;

    -Contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 ou com deficiência;

    -Na presença de descendente ou de ascendente da vítima.

    -Em descumprimento das medidas I, II, III do art.22 da LEI MARIA DA PENHA

    OBS: Não confundir femicídio com feminicídio, Femicídio é crime de homicídio contra a vítima que é mulher e não em razão de ser mulher .

  • Questão para avaliar a atenção do candidato!

  • é aumentada na presença da VÍTIMA, não do AUTOR.

  • GABARITO - C

    Art 121 -§ 2-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

    I - Violência doméstica e familiar

    II - Menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

    § 7 A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) ATÉ A METADE se o crime for praticado:

    I - Durante a gestação ou nos 3 (três) meses POSTERIORES ao parto.

    II - Contra pessoa MENOR DE 14 (CATORZE) ANOS, MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;

    III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da VÍTIMA;

    IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos arts da lei 11.340 - Atualização recente

    Parabéns! Você acertou!

  • Feminicídio; aumenta se de 1/3 até 1/2 se é praticado -

    1-durante a gestação ou nos três primeiros mês posteriores ao parto

    2- contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência

    3- Na presença Física ou virtual de descendente ou de ascendente da vitima

    4- descumprimento das medidas protetivas de urgência.

    • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente DA VÍTIMA.
    • GB C

    @PMMINAS-

  • Aumento de pena

    § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

    I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

    II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;

    III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.” (NR)

  • FEMINÍCIDIO

    AUMENTO DE PENA DE 1/3 ATÉ À METADE;

    I-durante a gestação ou nos 03(três) meses posteriores ao parto

    II-contra a pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos, com deficiência ou portadora de doença degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;

    III- na presença física ou virtual de descendente ou ascendente da vitima

    IV- em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas

    ...

  • desde 14:00hr estudando. Já são quase 22:00hr.... desatenção faz errar questao gratis! aff

  • GAB C

    Sempre leia cada questão numa velocidade razoável, analisando cada pedaço e cada palavrinhas. "Autor" KKKKKKKKKKKKK Hoje não examinador KKKKKKKKK

  • pm mg 2022 caveira so os aprovados na fé

  • A pena deve ser aumentada caso o crime tenha ocorrido na presença de descendente ou de ascendente do autor.

  • #PMMINAS


ID
2899888
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Considerando as disposições trazidas pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e pela Lei nº 9.455/97, a qual dispõe sobre os crimes de tortura, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A) XLIII da CF – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

     

     

    LETRA B)  Art. 1º  da LEI Nº 9.455   Constitui crime de tortura:

     

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

     

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

     

     

    LETRA C) III  da  CF– ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

     

     

    LETRA D ) § 5º da LEI Nº 9.455  A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

     

     

    LETRA B ERRADA É SUFICIENTE

  • Complementando o belo comentário da companheira,

    o crime de tortura, Lei 9.455/97, exige o dolo específico (especial fim de agir) para praticar o delito.

    Percebe-se ao ler os incisos do Art. 1º. (com o fim de...; para provocar...; em razão de...)

    Bons estudos!!

  • B) É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

  • Faltou o fim específico, que pode ser:

    -com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    -para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    -em razão de discriminação racial ou religiosa;

    -forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

  • Item (A) - Nos termos expressos no inciso XLIII, do artigo 5º, da Constituição da República, a lei considerará crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática da tortura. No mesmo dispositivo constitucional, consta que os mandantes e os executores e os que, podendo evitar o crime crime de tortura, se omitirem, também respondem por ele. A assertiva contida neste item está, portanto, correta. 
    Item (B) - O crime de tortura é classificado como crime de tendência interna transcendente ou crime de intenção. Isso significa que a conduta do sujeito, ainda que lesiva por si só, busca um resultado específico, cuja consecução ou não é dispensável para a consumação de crime. Nessa modalidade de crime, o tipo subjetivo é composto pelo dolo e por elemento subjetivo especial (finalidade transcendente). Com efeito, o crime tipificado no artigo 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/1997, só ocorre quando o agente constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, a fim de querer alcançar algum dos objetivos ou razão contidos nas alíneas, quais sejam: a) obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa e; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa. e; c) em razão de discriminação racial ou religiosa. Não basta, portanto, a prática da conduta descrita neste item. Sendo assim, assertiva contida neste item está incorreta.
    Item (C) - Nos termos expressos do inciso III, do artigo 5º da Constituição da República, "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Sendo assim, a assertiva contida neste item está certa.
    Item (D) - Nos termos explicitados no artigo 1°, § 5º, da Lei nº 9.455/1997, "a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada". Diante disso, verifica-se que a assertiva contida neste item corresponde exatamente ao teor da Lei de Tortura. A assertiva contida neste item está correta.
    Gabarito do professor: (B)
  • ESSA LETRA B ESTÁ ERRADA!

  • A) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, por eles respondendo os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

    CORRETO

    B) É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

    C) Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

    CORRETO

    D) A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    CORRETO

  • TORTURA

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

    .

    II - submeter alguém sob sua guarda, com violência/ameaça. a intenso sofrimento físico/mental, para aplicar castigo ou medida preventiva.

    .

    III - Submeter pessoa presa a sofrimento físico/mental, por prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    .

    RECLUSÃO, 2 a 8 anos

    .

    OMISSÃO, com dever de evitar/apurar? DETENÇÃO, 1 a 4 anos

    .

    LESÃO GRAVE/GRAVISSÍMA: RECLUSÃO, 4 a 10 anos

    MORTE: RECLUSÃO, 8 a 16 anos

    .

    + 1/6 até 1/3:

    1) POR AGENTE PUBLICO

    2) CONTRA criança, gestante, deficiente, adolescente, maior de 60 anos

    3) MEDIANTE SEQUESTRO

    .

    CONDENAÇÃO: PERDA do cargo, função, emprego e a INTERDIÇÃO para o exercício pelo DOBRO do prazo da pena

    .

    INÍCIO DA PENA: Regime FECHADO, EXCETO a omissão

    TORTURA é INAFIANÇÁVEL e INSUSCETÍVEL DE GRAÇA/ANISTIA

    Não confundir com afiançável - COM fiança

  • B INCORRETA. Pelo motivo de que basta constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça;

    Não é necessário causar sofrimento físico ou mental.

  • Fernando, você confundiu e acabou trocando... pelo contrário, para se caracterizar tortura tem que haver sofrimento físico ou mental.

    A questão está errada pelo fato de não existir o "É SUFICIENTE".

  • I. Observação: Para a maioria dos tipos da lei 9.455/97 (L.T) Há exigência de dolo específico, Todavia há correntes que defendem que existe uma modalidade que não exige dolo específico seria a prevista no § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    II. Na CRFB/88 Temos: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

    (Traz penas semelhantes a quem se omite). Na lei 9455/97 as penas para quem se omite são diversas.

    Não desista!

  • Tortura exige dolo específico por parte do agente

  • Mandamento constitucional de criminalização

    Artigo 5 XLIII CF

    A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem

    TORTURA

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    Tortura prova

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa

    Tortura crime

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa

    Tortura discriminação

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa

    Tortura castigo

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

    Tortura pela tortura

    § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

    Pena - reclusão, de 2 a 8 anos.

    Tortura omissiva ou imprópria

    § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.

    Qualificadoras

    § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de 4 a 10 anos, se resulta morte, a reclusão é de 8 a 16 anos.

    Majorantes

    § 4º Aumenta-se a pena de 1/6 até 1/3:

    I - se o crime é cometido por agente público

    II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos  

    III - se o crime é cometido mediante sequestro

    Efeitos da condenação

    § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    Vedações

    § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

    Regime inicial

    (inconstitucional a obrigatoriedade de regime fechado)

    § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

    Extraterritorialidade incondicionada

    Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

  • GABARITO - B

    O crime de tortura exige-se uma finalidade específica...

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; Tortura Prova

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; Tortura Crime

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Tortura Discriminação

    II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Tortura Castigo

    Pena - reclusão, de dois a oito anos. 2 a 8

    Parabéns! Você acertou!

  • art 1° §3° aquele que se omite......incorre em pena de detenção. Passível de anulação.

  • Gab B

    Para caracterizar tortura, tem que haver uma finalidade.

    Art. 1º Constitui crime de tortura:

    I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

    a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

    b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

    c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

  • Essa A esta desgraçada de maldosa

  • precisa existir a vontade de "obter"

  • Para configurar o crime de tortura, são necessários vários elementos.

    Primeiro, o agente criminoso deverá constranger alguém com uso de violência ou grave ameaça causando sofrimento físico ou mental.

    Além disso, deverá ter uma finalidade especial nessa prática, como por exemplo, obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa, também chamada de Tortura Inquisitorial.

  • b) É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

    Não é suficiente é necessário também o motivo.

    Tortura = Meio + Consequência + Motivo.

    Meio: violência ou grave ameaça.

    Consequência: sofrimento físico ou mental

    Motivos: tortura prova, crime ou discriminatória.

    • Tortura confissão ou tortura prova - A finalidade específica do agente é obter confissão, informação ou declaração.
    • Tortura ao crime - A finalidade específica do agente consiste em provocar ação ou omissão criminosa.
    • Tortura discriminatória - A motivação do agente consiste em preconceito de raça ou religião. (Preconceitos de caráter sexual e naturalidade não estão previstos na lei de tortura).
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ID
2899891
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Considerando as disposições contidas exclusivamente na Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica – Decreto n. 678/1992), analise as proposições abaixo e marque a alternativa CORRETA:

 

I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.

II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.

III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.

IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista. 

Alternativas
Comentários
  • I - Art. 5, LXXV, CF - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; (todos, sem exceções)

    II - Art. 5, X, CF - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (todos, sem exceções)

    III - Artigo 18 DUDH: Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.

    IV - Art. 4º, CF: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos;

  • letra D

  • IV na teoria é falsa, porém na prática penso que seria verdadeira.

  • Se Tiver "EXCEÇÕES" já pode ficar desconfiado e ler cautelosamente a questão.

  • GAB D

    Para revisão:

    I- Artigo 10 - (Direito à indenização) Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado, por erro judiciário.

    II-Artigo 11 - (Proteção da honra e da dignidade) 1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.

    III-Artigo 12 - (Liberdade de consciência e de religião) 2. Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.

    IV-Artigo 13 - (Liberdade de pensamento e de expressão) 5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

    FORÇA!

  • Informações importantes sobre o assunto:

    I) O Estado tem deve de indeniza por erro judiciário.

    II) não é aceita a propaganda a favor da guerra.

    Sucesso, bons estudos não desista!

  • Artigo 10 - Direito à indenização

    Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado, por erro judiciário.

    Artigo 11 - Proteção da honra e da dignidade

    1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.

    Artigo 12 - Liberdade de consciência e de religião

    1. Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado.

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL

    VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

    DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

    Artigo 18

    Todo pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

    Artigo 13 - Liberdade de pensamento e de expressão

     A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

    .

  • Fica de olho aberto no "exceto"

  • I. Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, exceto os criminosos reincidentes.

    II. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, exceto aqueles considerados criminosos reincidentes, em virtude de sua não adesão ao contrato social.

    III. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, exceto os não cristãos, em virtude de professarem religião não aceita.

    IV. A lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, exceto a propaganda a favor da guerra quando necessária ao fortalecimento do sentimento nacionalista.

    #PMMG2021

  • A questão comenta a respeito dos direitos assegurados na Convenção Americana de Direitos Humanos.

    I) ERRADA – Conforme o disposto no artigo 10 da CADH, toda pessoa tem direito de ser indenizada com base na lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário, inclusive os criminos os reincidentes.

    Artigo 10. Direito a indenização -Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário.

    II) ERRADA – Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade, inclusive aqueles considerados criminosos reincidentes.

    Artigo 11. Proteção da honra e da dignidade -1. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade. 2. Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação. 3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais ingerências ou tais ofensas.

    III) ERRADA – Nos termos da CADH, ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou demudar de religião ou de crenças, independentemente da religião adotada.

    Artigo 12. Liberdade de consciência e de religião 1.Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado. 2. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças. 3. A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias crenças está sujeita unicamente às limitações prescritas pela lei e que sejam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos ou liberdades das demais pessoas. 4. Os pais, e quando for o caso os tutores, têm direito a que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja acorde com suas próprias convicções.

    IV) ERRADA – Conforme o disposto no artigo 13 da CADH, a lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência, inclusive a propaganda a favor da guerra.

    Artigo 13. Liberdade de pensamento e de expressão- 5.A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

    Portanto, nenhuma alternativa está correta.


ID
2899894
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O que a psicanálise revelou nos fenômenos de transferência dos neuróticos, levou Freud a pensar na hipótese de que a resistência do ego, consciente e inconsciente, funcionaria sob a influência do princípio de prazer. Essa hipótese o fez buscar, no funcionamento do aparelho psíquico, a função mais primitiva do princípio de prazer e as tendências que dele independiam. Essa inquietação freudiana supôs a existência, na mente humana, de uma compulsão à repetição cujo funcionamento iria além do princípio de prazer. Baseado no texto de Sigmund Freud Mais Além do Princípio de Prazer analise as assertivas abaixo:

I - A compulsão à repetição rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então foram reprimidos.
II - A compulsão à repetição é apoiada pelo desejo de conjurar o que foi esquecido e reprimido.
III - As resistências do paciente, em um tratamento psicanalítico, se originam do ego, a compulsão à repetição deve ser atribuída ao reprimido inconsciente.
IV - O inconsciente, ou seja, o “reprimido”, não oferece resistência alguma aos esforços do tratamento.

Estão CORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • Sigmumd Freud, em sua obra “Além do princípio do prazer", publicada em 1920, nos apresenta o seu conceito de compulsão à repetição, que acontece quando o paciente, incapaz de recordar a totalidade do que nele se acha reprimido, repete o material reprimido como se fosse uma experiência contemporânea ao invés de recordá-lo como algo pertencente ao passado. Essas reproduções, sempre têm como tema alguma parte da vida sexual infantil, isto é, do complexo de Édipo, e de seus derivativos, e são invariavelmente atuadas na esfera da transferência, da relação do paciente com o terapeuta.

    De acordo com Freud,  a compulsão à repetição rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então foram reprimidos.

    Ainda segundo ele, ao contrário das resistências do paciente que originam-se do ego, a compulsão à repetição deve ser atribuída ao reprimido inconsciente, o qual não oferece resistência alguma aos esforços do tratamento, sendo a verdade que ele próprio não se esforça por outra coisa que não seja irromper através da pressão que sobre ele pesa, e abrir seu caminho à consciência ou a uma descarga por meio de alguma ação real.


    GABARITO: D


ID
2899897
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Na incessante busca pela construção do funcionamento do aparelho psíquico e pelas mais variadas causas do adoecimento mental, as pesquisas freudianas, por volta de 1929, se voltaram, também, para as questões antagônicas que surgiam entre as exigências da pulsão e as restrições da civilização. O seu livro O Mal estar da civilização, datado de 1930, é efeito desse percurso. Nele, Freud, longe de descrever um tratado sociológico, discorre sobre os efeitos das relações sociais sobre o sujeito. Levando em conta o pensamento freudiano nesse livro, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Mais uma questão tirada exatamente como nos escritos de Freud, na qual a única incorreção se encontra na alternativa C, devido a uma simples troca de temos.  Vejamos o original em  Freud:

    “...a civilização obedece a um impulso erótico interno que leva os seres humanos a se unirem num grupo estreitamente ligado, ela só pode alcançar seu objetivo através de um crescente fortalecimento do sentimento de culpa".


    GABARITO: C

ID
2899900
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em O Mal estar da civilização, Freud sublinha a inclinação humana para a crueldade, para a agressividade e para a destrutividade. Neste livro, este psicanalista relaciona estas inclinações à formação da civilização. Marque a alternativa CORRETA de acordo com o pensamento freudiano nesse estudo:

Alternativas
Comentários
  • Em sua obra “O mal-estar na civilização", lançada em 1930, Sigmund Freud nos apresenta seu conceito de instinto de destruição, que seria parte do instinto de morte que é desviada no sentido do mundo externo e vem à luz como um instinto de agressividade e destrutividade. Segundo m ele “o instinto de destruição, moderado e domado, e, por assim dizer, inibido em sua finalidade, deve, quando dirigido para objetos, proporcionar ao ego a satisfação de suas necessidades vitais e o controle sobre a natureza.

    A seguir aponto os erros das outras assertivas:

    A)    O instinto de destruição é inato.

    C)    A evolução da civilização está na luta entre Eros e a Morte,entre o instinto de vida e o instinto de destruição, tal como ela se elabora na espécie humana.Nessa luta consiste essencialmente toda a vida, e, portanto, a evolução da civilização pode ser simplesmente descrita como a luta da espécie humana pela vida. 

    D)    A civilização constitui um processo a serviço de Eros, cujo propósito é combinar indivíduos humanos isolados, depois famílias e, depois ainda, raças, povos e nações numa única grande unidade, a unidade da humanidade. 


    GABARITO: B


ID
2899903
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Os estudos sobre a psicologia do ego conduziram Sigmund Freud à hipótese sobre a constituição do superego e sua origem nas mais antigas relações objetais do indivíduo. Em seu livro O Mal estar da civilização, as pesquisas sobre a instância superegóica se ampliaram com a exploração e a clarificação do sentimento de culpa e dos instintos agressivos. Baseado nesse livro de Freud analise as assertivas abaixo:


I - Em caso de neurose obsessiva, o sentimento de culpa faz-se ruidosamente ouvido na consciência; domina o quadro clínico e a vida do paciente.

II - Com exceção da neurose obsessiva, na maioria dos casos e formas de neuroses, o sentimento de culpa permanece completamente inconsciente, sem que, por isso, produza efeitos menos importantes.

III - O sentimento de culpa existe antes do superego e, portanto, antes da consciência também.

IV - Quando uma tendência instintiva experimenta a repressão, seus elementos libidinais são transformados em sintomas e seus componentes agressivos em sentimento de culpa. 


Estão CORRETAS as assertivas: 

Alternativas
Comentários
  • Em sua obra “O mal-estar na civilização", lançada em 1930, Sigmund Freud  nos apresenta o sentimento de culpa com o a tensão entre o severo superego e o ego, que a ele se acha sujeito; expressa-se como uma necessidade de punição. 

    Segundo ele,  na neurose obsessiva, o sentimento de culpa faz-se ruidosamente ouvido na consciência; domina o quadro clínico e também a vida do paciente, mal permitindo que apareça algo mais ao lado dele. Entretanto, na maioria dos outros casos e formas de neurose, ele permanece completamente inconsciente, sem que, por isso, produza efeitos menos importantes. 

    Mas adiante afirma que não devemos falar de consciência até que um superego se ache demonstravelmente presente, já o sentimento de culpa existe antes do superego e, portanto, antes da consciência também. Nessa ocasião, ele é expressão imediata do medo da autoridade externa, um reconhecimento da tensão existente entre o ego e essa autoridade. É o derivado direto do conflito entre a necessidade do amor da autoridade e o impulso no sentido da satisfação instintiva, cuja inibição produz a inclinação para a agressão.

    E ainda que toda neurose oculte uma quota de sentimento inconsciente de culpa, o qual, por sua vez, fortifica os sintomas, fazendo uso deles como punição. Quando uma tendência instintiva experimenta a repressão, seus elementos libidinais são transformados em sintomas e seus componentes agressivos em sentimento de culpa. 


    GABARITO: C


ID
2899906
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em seu livro Psicologia de Grupo e a Análise do Ego, Freud aproximou as características observadas dos grupos humanos com a ideia, descrita pela psicanálise, daquilo que consistiria a horda primeva; essa aproximação o levou a pensar que os grupos seriam uma espécie de revivência da horda primeva. Com base no pensamento freudiano dessa época, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Mais uma questão tirada exatamente como nos escritos de Freud, na qual a única incorreção se encontra na alternativa A, devido a simples negação de uma citação sua.  Vejamos o original em Freud:

    “As características misteriosas e coercivas das formações grupais, presentes nos fenômenos de sugestão que as acompanham, podem assim, com justiça, ser remontadas à sua origem na horda primeva. O líder do grupo ainda é o temido pai primevo; o grupo ainda deseja ser governado pela força irrestrita e possui uma paixão extrema pela autoridade; na expressão de Le Bon, tem sede de obediência. O pai primevo é o ideal do grupo, que dirige o ego no lugar do ideal do ego".



    GABARITO: A

ID
2899909
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sigmund Freud desenvolve um pouco mais, em sua obra Além do Princípio de Prazer, o termo „princípio de prazer‟. O princípio de prazer decorre do princípio de constância, ou seja, o aparelho mental se esforça por manter a quantidade de excitação, nele presente, tão baixa quanto possível ou, pelo menos, por mantê-la constante. Esse psicanalista assinala que existe uma forte tendência no sentido do princípio de prazer na mente humana e que, forças externas ou circunstâncias do dia a dia, nem sempre se mostram em harmonia com essa tendência. Em relação aos termos, princípio de prazer e o princípio de realidade, trabalhados nesse livro de Freud, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • a) É correto falar na DOMINÂNCIA do princípio de prazer sobre o curso dos processos mentais. - ERRADO

    b)O princípio de realidade não abandona a intenção de fundamentalmente obter prazer; não obstante, exige e efetua o adiamento da satisfação, o abandono de uma série de possibilidades de obtê-la, e a tolerância temporária do desprazer como uma etapa no longo e indireto caminho para o prazer. - CORRETO

    c)Como método de funcionamento empregado pelos instintos sexuais, o princípio de prazer é EFÊMERO e fácil de “EDUCAR”; partindo desses instintos ou do próprio EGO, raramente o princípio de prazer consegue vencer o princípio de realidade - ERRADO

    d) O princípio de prazer é próprio de um método primário de funcionamento por parte do aparelho mental, e que, do ponto de vista da autopreservação do organismo entre as dificuldades do mundo externo, além dele não oferecer nenhum perigo à preservação do aparelho, ele é, desde o início, muito EFICAZ e seu excesso é ALTAMENTE SATISFATÓRIO - ERRADO

  • Em sua obra “Além  do princípio do prazer", lançada em 1975, Sigmund Freud nos apresenta o conceito de princípio do prazer, segundo o qual os eventos mentais invariavelmente são invariavelmente colocado em movimento por uma tensão desagradável, tomam uma direção tal, que seu resultado final coincide com uma redução dessa tensão, isto é, com uma evitação de desprazer ou uma produção de prazer.

    Freud nos aponta que paralelamente também o princípio da realidade não abandona a intenção de fundamentalmente obter prazer; não obstante, exige e efetua o adiamento da satisfação, o abandono de uma série de possibilidades de obtê-la, e a tolerância temporária do desprazer como uma etapa no longo e indireto caminho para o prazer. Contudo, o princípio de prazer persiste por longo tempo como o método de funcionamento empregado pelos instintos sexuais, que são difíceis de 'educar', e, partindo desses instintos, ou do próprio ego, com frequência consegue vencer o princípio de realidade, em detrimento do organismo como um todo.

    A seguir aponto os erros das outras assertivas:

    A)    É incorreto falar em dominância. O máximo que se pode dizer, portanto, é que existe na mente uma forte tendência no sentido do princípio de prazer.

    C)    Pelo contrário,  são difíceis de educar, assim como os instintos sexuais e com frequência consegue vencer o princípio de realidade, em detrimento do organismo como um todo.

    D)    Ele é, desde o início, ineficaz e até mesmo altamente perigoso; sob a influência dos instintos de autopreservação do ego, o princípio de prazer é substituído pelo princípio de realidade.


    GABARITO: B


ID
2899912
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em seu livro A loucura do trabalho, o psiquiatra e médico do trabalho, Christophe Dejours, busca circunscrever as relações entre o trabalho e a saúde mental. Baseado nesse estudo analise as assertivas abaixo:


I - As más condições de trabalho são, no conjunto, mais terríveis do que uma organização rígida e imutável.

II - A inadaptação entre as necessidades provenientes da estrutura mental e o conteúdo ergonômico da tarefa traduz-se por uma insatisfação, ou por um sofrimento físico ou, até mesmo, por um estado de ansiedade.

III - As frustrações resultantes de um conteúdo significativo do trabalho inadequado às potencialidades e às necessidades da personalidade podem ser uma fonte de grandes esforços à adaptação à tarefa.

IV - O trabalho nunca é neutro em relação à saúde, e favorece tanto a doença quanto a saúde.


Estão CORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • Christophe Dejours é doutor em Medicina, especialista em medicina do trabalho e em psiquiatria e psicanalista. É considerado o pai da psicodinâmica do trabalho, uma abordagem científica, desenvolvida em França na década de 1980, que tem pesquisado a vida psíquica no trabalho há mais de 30 anos, tendo como foco o sofrimento psíquico e as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos trabalhadores para a superação e transformação do trabalho em fonte de prazer.

    Todas as assertivas contêm afirmações condizentes com a teoria de Dejours, com exceção da letra A, pois segundo o autor, “mesmo as más condições de trabalho são, no conjunto, menos terríveis do que uma organização rígida e imutável. O sofrimento começa quando a relação homem-organização do trabalho está bloqueada; quando o trabalhador usou o máximo de suas  faculdades intelectuais, psicoafetivas, de aprendizagem e de adaptação.  Quando o trabalhador usou de tudo que dispunha de saber e de poder na organização do trabalho e quando ele não pode mais mudar de tarefa: isto é, quando foram esgotados os meios os meios de defesa contra a exigência física. Não são tanto as exigências mentais ou psíquicas do trabalho que fazem surgir o sofrimento (se bem que este fator seja evidentemente importante quanto a impossibilidade de toda a evolução em direção ao seu alívio). A certeza de que o nível atingido de insatisfação não pode diminuir marca o começo do sofrimento". 


    GABARITO: A


ID
2899915
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Christophe Dejours, em entrevista dada ao CRP06, em outubro de 1991, discorre sobre a função do psicólogo nas organizações de trabalho. Com base nesta entrevista, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Em entrevista concedida ao CRP06, sobre aspectos presentes no novo conceito de saúde do trabalho, Christophe Dejours, medico do trabalho, psiquiatria e psicanalista, pai da psicodinâmica do trabalho, afirma que, em favor da saúde dos profissionais da saúde, será necessário proceder a verdadeiras pesquisas de psicopatologia do trabalho sobre o trabalho desses profissionais. Assim, teremos condições de descobrir em que consiste a irredutível defasagem entre a organização prescrita do trabalho de tratamento e os problemas realmente encontrados.

    A seguir destaco as incorreções das demais assertivas:
     
    B)    Do ponto de vista da direção do tratamento, em relação ao adoecer psíquico do trabalhador, cabe ao psicólogo oferecer-se enquanto escuta flutuante, sem intenção de propiciar a elaboração da relação dos profissionais com o trabalho. 

    C)    É função do psicólogo, que atua em uma Instituição, organizar espaços de discussão visando mais aos problemas pessoais dos profissionais que a arbitragem em matéria de organização do trabalho. 

    D)    É função do psicólogo, que atua em uma Instituição, propiciar que o sofrimento dos profissionais sejam sanados e distanciados de qualquer ação de transformação da organização de trabalho.
    Segue o link para acesso à entrevista completa: http://cedoc.crpsp.org.br/handle/1/508


    GABARITO: A


ID
2899918
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A respeito das causas do sofrimento mental e somático do trabalhador, analise as assertivas abaixo de acordo com o pensamento de Christophe Dejours, em seu livro A loucura do trabalho e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Christophe Dejours é doutor em Medicina, especialista em medicina do trabalho e em psiquiatria e psicanalista. É considerado o pai da psicodinâmica do trabalho, uma abordagem científica, desenvolvida em França na década de 1980, que tem pesquisado a vida psíquica no trabalho há mais de 30 anos, tendo como foco o sofrimento psíquico e as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos trabalhadores para a superação e transformação do trabalho em fonte de prazer.

    Todas as assertivas contêm afirmações condizentes com a teoria de Dejours, com exceção da letra C, pois segundo o autor, “mesmo as más condições de trabalho são, no conjunto, menos terríveis do que uma organização rígida e imutável. O sofrimento começa quando a relação homem-organização do trabalho está bloqueada; quando o trabalhador usou o máximo de suas  faculdades intelectuais, psicoafetivas, de aprendizagem e de adaptação.  Quando o trabalhador usou de tudo que dispunha de saber e de poder na organização do trabalho e quando ele não pode mais mudar de tarefa: isto é, quando foram esgotados os meios os meios de defesa contra a exigência física. Não são tanto as exigências mentais ou psíquicas do trabalho que fazem surgir o sofrimento (se bem que este fator seja evidentemente importante quanto a impossibilidade de toda a evolução em direção ao seu alívio). A certeza de que o nível atingido de insatisfação não pode diminuir marca o começo do sofrimento". 


    GABARITO: C


ID
2899921
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A respeito da análise interpretativa dos dados quantitativos do Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), analise as assertivas abaixo de acordo com o Manual (2014) desse teste e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  •  
    O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) é um teste psicológico que avalia as características estruturais e reacionais de personalidade, fundamentado na Teoria Motriz de Consciência que postula que toda intenção ou propósito de reação acompanha-se de uma modificação do tônus postural, que propende a favorecer os movimentos à obtenção dos objetivos e a inibir os movimentos contrários. Ele analisa as relações entre os movimentos expressivos (ou seja, que acompanham a exteriorização de emoções e ou ideias) e a personalidade do indivíduo, buscando conhecer as tendências psicológicas de uma pessoa examinando os movimentos que ela executa, por meio de sua postura corporal.

    Todas as assertivas contém interpretações corretas dos dados colhidos no PMK, exceto pela letra D, a qual acredito estar errada quanto à parte em que afirma que a agressividade no PMK implica sempre combatividade, pois se os desvios são positivos com a mão esquerda, mas com a direita não o são, há indicação de que o sujeito sabe que é agressivo, mas se controla.


    GABARITO: D


ID
2899924
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A fim de circunscrever a reação vivencial do sujeito, a partir do teste PMK, analise as assertivas abaixo, levando em conta a análise das paralelas, de acordo com o Manual (2014) desse teste e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) é um teste psicológico que avalia as características estruturais e reacionais de personalidade, fundamentado na Teoria Motriz de Consciência que postula que toda intenção ou propósito de reação acompanha-se de uma modificação do tônus postural, que propende a favorecer os movimentos à obtenção dos objetivos e a inibir os movimentos contrários. Ele analisa as relações entre os movimentos expressivos (ou seja, que acompanham a exteriorização de emoções e ou ideias) e a personalidade do indivíduo, buscando conhecer as tendências psicológicas de uma pessoa examinando os movimentos que ela executa, por meio de sua postura corporal.

    Todas as assertivas contém interpretações corretas dos dados colhidos no PMK, exceto pela letra B que afirma que o desvio secundário sagital (DSs) positivo na execução das paralelas egocífugas indica uma reação intratensiva, quando na verdade é extratensiva, significando uma atitude de exteriorização do conteúdo psíquico.


    GABARITO: B


ID
2899927
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Resolução do CFP N.º 002/2016 regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos de natureza pública e privada. Com base nessa Resolução, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Questão que apresenta a letra seca da Resolução do CFP N.º 002/2016, que regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos de natureza pública e privada, sendo de fácil resolução. Vejamos:

    A) CORRETA. Art. 1º - A avaliação psicológica para fins de seleção de candidatos(as) é um processo sistemático, de levantamento e síntese de informações, com base em procedimentos científicos que permitem identificar aspectos psicológicos do(a) candidato(a) compatíveis com o desempenho das atividades e profissiografia do cargo.

    § 1º - Para proceder à avaliação referida no caput deste artigo, o(a) psicólogo(a) deverá utilizar métodos e técnicas psicológicas que possuam características e normas reconhecidas pela comunidade científica como adequadas para recursos dessa natureza, com evidências de validade para a descrição e/ou predição dos aspectos psicológicos compatíveis com o desempenho do candidato em relação às atividades e tarefas do cargo.

    § 2º - Optando pelo uso de testes psicológicos, o(a) psicólogo(a) deverá utilizar testes aprovados pelo CFP, de acordo com as Resoluções CFP nº 002/2003 e nº 05/2012, ou resoluções que venham a substituí-las ou alterá-las.

    B) CORRETA. Art. 5º - O(A) psicólogo(a) deverá declarar-se impedido(a) de avaliar candidatos(as) com os quais tenha relação que possa afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou os resultados da avaliação.

    Parágrafo I – Na hipótese do exposto no caput desse artigo, o(a) candidato(a) deverá ser encaminhado(a) a outro membro da comissão de avaliação ou a outro(a) profissional.

    Parágrafo II – Fica sob a responsabilidade da instituição ou empresa que promove o concurso ou a seleção, providenciar a contratação de outro psicólogo para realizar a avaliação.

    C) INCORRETA. Vide o § 2º do Art. 1º: testes aprovados pelo CFP.

    D) CORRETA. Art. 2º - Para alcançar os objetivos referidos no artigo anterior, o(a) psicólogo(a) deverá:

    I – selecionar métodos e técnicas psicológicas com base nos estudos científicos, que contemplem as atribuições e responsabilidades dos cargos, incluindo a descrição detalhada das atividades e profissiografia do cargo, identificação dos construtos psicológicos necessários e identificação de características restritivas e/ou impeditivas para o desempenho no cargo;

    II – à luz dos resultados de cada instrumento, proceder à análise conjunta destes de forma dinâmica, a fim de relacioná-los à profissiografia do cargo, às características necessárias e aos fatores restritivos e/ou impeditivos para o desempenho do cargo;

    III – seguir, em todos os procedimentos relacionados à administração, apuração dos resultados e emissão de documentos, a recomendação atualizada dos manuais técnicos adotados a respeito dos procedimentos de aplicação e avaliação quantitativa e qualitativa;

    IV – zelar pelo princípio da competência técnica profissional quando da utilização de testes psicológicos.




    GABARITO: C

  • O psicólogo deverá utilizar testes psicológicos aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia.

ID
2899930
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Nº10/2005 aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo. O Art.9º dessa resolução, diz que é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional, a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações a que tenha acesso no exercício profissional. Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

    Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

    Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

    Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste Código.

    Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

    Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.

    Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

    Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

    § 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.

    § 2°– Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.




    GABARITO: B


  • Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

    Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

    GAB: B


ID
2899933
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação aos Princípios Fundamentais regidos pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C

    O psicólogo [não] considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

  • De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, em seus princípios fundamentais:

    I.                     O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

    II.                  O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

    III.                  O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.

    IV.                O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

    V.                  O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

    VI.                O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

    VII.              O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.




    GABARITO: C

  • VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

    QUESTÃO ERRADA É A LETRA C, PORTANTO.


ID
2899936
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Resolução do CFP N.º 018/2008 dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo. Com base nessa Resolução, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Resolução do CFP nº 018/2008, que dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo.:

    Art. 1º - A realização das avaliações psicológicas para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo é de competência privativa e responsabilidade pessoal de psicólogos que atendam às exigências administrativas dos órgãos públicos responsáveis.

    Parágrafo único – Para atuar na área de avaliação psicológica para a concessão de registro e/ou porte de arma de fogo, é indispensável que o psicólogo esteja inscrito no Conselho Regional de Psicologia de sua região e credenciado pela Polícia Federal.

    Art. 2º - É dever do psicólogo observar toda a legislação profissional, o Código de Ética e o rigor técnico na utilização de instrumentos de avaliação psicológica, utilizando aqueles com 'parecer favorável' para uso segundo regulamentação do CFP, cumprindo as normas técnicas dispostas nos respectivos manuais no processo de aplicação e avaliação dos resultados; e toda legislação vigente sobre o assunto.

    Art. 3º – O material técnico utilizado bem como o(s) resultado(s) obtidos deverão ficar sob a guarda do psicólogo, pelo período mínimo de 5 (cinco) anos, em condições éticas adequadas, conforme determina o item VI do Manual de Elaboração de Documentos - Resolução CFP 007/2003.

    Parágrafo único – Para fins de pesquisa, reteste, respaldo técnico, entre outros, o material poderá ser guardado por tempo indeterminado.

    Art. 4º - Os locais para a realização da Avaliação Psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo deverão ser apropriados para essa finalidade, estando de acordo com o estabelecido no Código de Ética Profissional do Psicólogo e nas demais resoluções do CFP, não havendo necessidade de limitação do local a este único objetivo.

    Art. 5º - Aos psicólogos responsáveis pela avaliação psicológica fica vedado estabelecer qualquer vínculo com os Centros de Formação de Vigilantes, Empresas de Segurança Privada, Escolas de Formação ou outras empresas e instituições que possa gerar conflitos de interesse em relação aos serviços prestados.




    GABARITO: D


ID
2899939
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Paulo Dalgalarrondo, a principal forma de psicose ou síndrome psicótica, por sua frequência e sua importância clínica é, certamente, a esquizofrenia. Com relação aos sintomas das psicoses esquizofrênicas, baseado nos sistemas de classificação atuais, CID-11 e DSM-5, analise as assertivas abaixo:


I - Os sintomas negativos das psicoses esquizofrênicas caracterizam-se pela perda de certas funções psíquicas (na esfera da vontade, do pensamento, da linguagem, etc.) e pelo empobrecimento global da vida afetiva, cognitiva e social do indivíduo.

II - Não é incomum pessoas com esquizofrenia apresentarem lentificação, empobrecimento psicomotor, estereotipias de movimentos ou mesmo, catatonia.

III - Nas formas desorganizadas das psicoses esquizofrênicas observa-se certo descarrilhamento do pensamento e, até mesmo a total desagregação e produção de pensamento totalmente incompreensível e incoerente.

IV - Em relação à cognição social, observam-se, nos casos de esquizofrenia, dificuldades na percepção, no gerenciamento das emoções (perceber e compreender as emoções a partir de pistas faciais, tom de voz, gestos) e déficit na percepção social (compreender o contexto social, decodificar e identificar dicas sociais de acordo com o ambiente).


Estão CORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o DSM V, os sintomas negativos respondem por uma porção substancial da morbidade associada à esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos. Dois sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia: expressão emocional diminuída e avolia. Outros sintomas incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade.

    As alterações do comportamento podem incluir comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal, que pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril" até a agitação imprevisível. Ou um comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade ao ambiente, que varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras (mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação catatônica), ou outras características incluem movimentos estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e eco da fala.

    A desorganização do pensamento (transtorno do pensamento formal) costuma ser inferida a partir do discurso do indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das associações). As respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma (tangencialidade). Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é quase incompreensível, lembrando a afasia receptiva em sua desorganização linguística (incoerência ou “salada de palavras").

    Déficits cognitivos na esquizofrenia são comuns e fortemente associados a prejuízos profissionais e funcionais. Esses déficits podem incluir diminuições na memória declarativa, na memória de trabalho, na função da linguagem e em outras funções executivas, bem como velocidade de processamento mais lenta. Anormalidades no processamento sensorial e na capacidade inibitória, bem como redução na atenção, são também encontradas. Alguns indivíduos com esquizofrenia mostram déficits na cognição social, incluindo déficits na capacidade de inferir as intenções dos outros (teoria da mente), podendo atender a eventos ou estímulos irrelevantes e depois interpretá-los como significativos, talvez levando à geração de delírios explanatórios. Esses prejuízos costumam persistir durante a remissão dos sintomas.


    GABARITO: A


ID
2899942
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A avaliação do Teste Palográfico se constitui em avaliação quantitativa e qualitativa. Neste caso, com base no Manual do Teste Palográfico (2004), marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O teste palográfico foi desenvolvido na Espanha e trazido para o Brasil por Agostinho Minicucci na década de 1970.  O instrumento é considerado um teste expressivo de personalidade, cuja fundamentação teórica foi baseada nas questões relativas ao comportamento expressivo e técnicas gráficas para avaliação da personalidade.

    Na correção do teste são considerados informações qualitativas, tais como simbolismo do espaço, inclinação, margens, distância entre as linhas, direção das linhas, tamanho, distância entre os palos, pressão e qualidade do traçado, organização, velocidade, ritmo e arpões ou ganchos. Para cada um desses itens há interpretação para os 'palos'. Também possuem dados para interpretação de emotividade, depressão e impulsividade. Já informações quantitativas  são colhidas por dois aspectos, produtividade e nível de oscilação rítmica (NOR), que se referem ao número de palos e a variação da produção. Para esses dois itens há tabelas normativas considerando as variáveis sexo e escolaridade.

    Sendo assim, vamos as assertivas:

    A)    CORRETA. Observando o gráfico construído através das quantidade de palos x intervalo de tempo, podemos observar qualitativamente a curva obtida, que demonstra regularidades ou irregularidades no ritmo de trabalho e tendência a fadiga.

    B)    INCORRETA. Exatamente o contrário: quanto maior o NOR (nível de oscilação rítmica), maior a irregularidade. NOR menor que 5 indica bom equilíbrio rítmico e possibilidade de acelerar o rendimento sem perda do controle da atividade.

    C)    INCORRETA. A essência do teste palográfico é justamente na segunda parte do teste (a mais longa) o examinando, após a exaustão dos músculos da mão, não tenha mais controle suficiente para copiar os palos do modelo, o que favorecerá a expressão da sua personalidade.

    D)    INCORRETA. Vide a justificativa da letra B. Além do mais, emotividade é expressa no palográfico por irregularidades no traçado, tais como, na inclinação, na pressão, no tamanho, na distância entre palos e/ou linha, na alinhamento e na presença de ganchos, brisados ou tremor.


    GABARITO: A


ID
2899945
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Afetividade é, segundo Paulo Dalgalarrondo, um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os sentimentos. Com base nesse autor, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira e a seguir, marque a alternativa, que contém a sequência de respostas, CORRETA, na ordem de cima para baixo.

1. Pânico

2. Apatia

3. Anedonia

4. Fobia

5. Medo


( ) É um medo determinado psicopatologicamente, desproporcional e incompatível com a possibilidade de perigo real oferecida pelo desencadeante.

( ) A rigor, não é uma emoção patológica, mas sim um estado de progressiva insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.

( ) É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida.

( ) São crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso de morrer ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica.

( ) É a diminuição da excitabilidade emocional.

Alternativas
Comentários
  • Em seu livro “Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais", edição de 2009, Paulo Dalgalarrondo, no capitulo 16 que trata da afetividade e suas alterações, nos apresenta alguns conceitos:

    Pânico – É uma reação de medo intenso, de pavor, relacionada, em geral, a perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração. Quase sempre se manifesta como crises de pânico, que são crises de ansiedade agudas e intensas, de início abrupto, com sensação de grande perigo e desejo de fugir ou escapar da situação. São acompanhadas de sintomas somáticos e autonômicos.
     
    Apatia ou Atimia ou indiferença afetiva : Incapacidade para experimentar afetos, sejam positivos ou negativos.
     
    Anedonia – É a incapacidade total ou parcial de obter ou sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida. É um sintoma central das síndromes depressivas podendo ocorrer  em outros transtornos. Geralmente ocorre junto com a apatia (incapacidade para sentir afetos)
     
    Fobias – São medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes.  No indivíduo fóbico o contato com o objeto ou situação fobígeno desencadeia, freqüentemente, uma crise de ansiedade. Fobia simples; fobia social; agorafobia; claustrofobia, etc.
     
    Medo – Embora não seja considerado uma emoção patológica, é um estado de progressiva insegurança e angustia, de impotência crescente ante a impressão iminente de que algo acontecerá e que se gostaria de evitar.

     
    GABARITO: C

  • FOBIA: É um medo determinado psicopatologicamente, desproporcional e incompatível com a possibilidade de perigo real oferecida pelo desencadeante.

    MEDO: A rigor, não é uma emoção patológica, mas sim um estado de progressiva insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.

    ANEDONIA: É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida.

    PÂNICO: São crises agudas e intensas de ansiedade, acompanhadas por medo intenso de morrer ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica.

    APATIA: É a diminuição da excitabilidade emocional.

    GAB:C


ID
2899948
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação ao Manual do Teste Palográfico (2004), analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O teste palográfico foi desenvolvido na Espanha e trazido para o Brasil por Agostinho Minicucci na década de 1970.  O instrumento é considerado um teste expressivo de personalidade, cuja fundamentação teórica foi baseada nas questões relativas ao comportamento expressivo e técnicas gráficas para avaliação da personalidade.

    Na correção do teste são considerados informações qualitativas, tais como simbolismo do espaço, inclinação, margens, distância entre as linhas, direção das linhas, tamanho, distância entre os palos, pressão e qualidade do traçado, organização, velocidade, ritmo e arpões ou ganchos. Para cada um desses itens há interpretação para os 'palos'. Também possuem dados para interpretação de emotividade, depressão e impulsividade. Já informações quantitativas  são colhidas por dois aspectos, produtividade e nível de oscilação rítmica (NOR), que se referem ao número de palos e a variação da produção. Para esses dois itens há tabelas normativas considerando as variáveis sexo e escolaridade.

    Todos as assertivas trazem interpretações corretas de informações colhidas através do palo, exceto a letra B, por um sutil detalhe em que diz que diferença a ser calculada é entre as medidas do maior e do menor palo de cada linha do teste, quando na verdade é entre o maior e o menor de todo o teste.


    GABARITO: B

  • Gabarito B Para a avaliação da impulsividade, no Teste Palográfico, deve-se obter a diferença entre as medidas do maior e do menor palo de todo o teste


ID
2899951
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Conforme José Carlos Zanelli, os administradores e os dirigentes organizacionais buscam funcionários motivados com o seu trabalho, com a sua equipe e acima de tudo com a organização a que pertencem. A ideia é que funcionários motivados apresentem bons desempenhos e garantam ganhos de produtividade. Diversos aspectos inter-relacionados envolvem o conceito de motivação organizacional, o que repercute na construção de diversas teorias desse processo psicológico. Com relação as teorias da motivação explicadas a partir das necessidades humanas, analise as assertivas abaixo:


I - A Teoria das necessidades de Maslow (1943) se baseia na premissa de que as necessidades humanas têm origem biológica e estão dispostas em uma hierarquia, cuja motivação da conduta humana obedeceria a um sentido progressivo, que deixa implícito que o homem tem uma propensão para o autodesenvolvimento e o crescimento pessoal. Para que esse desenvolvimento possa ter livre curso ascendente, é preciso que as necessidades inferiores (necessidades fisiológicas e de segurança) sejam em parte satisfeitas e as necessidades superiores (necessidades sociais, de estima e as de autorealização) apresentem-se como motivadoras da conduta humana.

II - A Teoria das necessidades de McClelland (1953) embora, como Maslow, trate as necessidades como de origem biológica, não as considera pela perspectiva da hierarquia. Afirma que há três tipos de necessidades: poder, afiliação e realização; que se inter-relacionam e se apresentam em níveis variados de intensidades nas pessoas, conforme seus perfis psicológicos e os processos de socialização aos quais estiveram submetidas.

III - A prática gerencial apoiada na Teoria X de McGregor (1960) baseou-se nos estudos da motivação desenvolvidos por Maslow, que ressaltam o quanto a motivação seria decorrente da emergência de necessidades humanas dispostas hierarquicamente.

IV - A Teoria das necessidades de Alderfer (1969) redefiniu as cinco necessidades hierarquizada de Maslow em três grupos: Existência, Relacionamento e Crescimento; e, afirmou que a motivação da conduta humana não obedeceria a um sentido apenas progressivo, mas também regressivo.


Estão CORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • José Carlos Zanelli, em seu importante livro “Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil", edição de 2014, em seu capítulo 4, “Motivação no trabalho", o ator juntamente com os outros organizadores faz uma revisão das principais teorias da motivação organizacional. Todos os itens da questão estão corretos, exceto pelo item II, na parte em que afirma serem as necessidades da  Teoria de McClelland como de origem biológica, o que não procede.  Não há hierarquia entre as necessidades de McClelland, como na Teoria de Maslow e em uma comparação entre essas teorias a primeira se equipararia melhor às necessidades mais superiores da segunda, e não necessidades biológicas como afirma a assertiva.
     

    GABARITO: B


ID
2899954
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

José Carlos Zanelli assinala que, embora a síndrome de burnout não represente apenas um conjunto de disfunções afetivos emocionais, entende-se que ela abarque componentes de afetividade porque inclui, entre suas dimensões, a redução na capacidade do trabalhador de iniciar, de manter ou de fortalecer os elos afetivos com objetos e pessoas do ambiente de trabalho (exaustão e distanciamento), bem como de favorecer o declínio sobre sua auto-estima. Sobre a síndrome de burnout estudada por esse autor, analise as assertivas abaixo:


I - Burnout é uma resposta prolongada a agentes estressores do contexto de trabalho, sendo definido como uma síndrome composta por três dimensões: exaustão, cinismo e ineficácia.

II - A despersonalização representa o contexto interpessoal do burnout, incluindo respostas negativas como apatia ou distanciamento de vários aspectos do trabalho.

III - Processos organizacionais de redução de pessoal, exigências organizacionais por maior produtividade, por mais tempo dedicado ao trabalho e por maior flexibilidade de pessoal para executar tarefas diferentes na empresa são causas de ocorrência de burnout.

IV - A exaustão representa o estresse individual de burnout e se refere a sentimentos do trabalhador de estarem sendo exauridas todas as suas forças emocionais e físicas.


Estão CORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • Síndrome de Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, especialmente nas áreas de educação e saúde.
     
    A principal causa da doença, conhecida também como "Síndrome do Esgotamento Profissional", é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. Traduzindo do inglês, "burn" quer dizer queima e "out" exterior. 
    Também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir. Essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.
     
    A Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença. Outros sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout são:Cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia; dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota e desesperança; sentimentos de incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga;  pressão alta; dores musculares; problemas gastrointestinais; alteração nos batimentos cardíacos.
     
    José Carlos Zanelli, em seu importante livro “Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil", edição de 2014, em seu capítulo 7, “Emoções e afetos no trabalho" , o autor faz uma  explanação sobre o assunto na qual contam todas as assertivas da questão. 
     

    GABARITO: D


ID
2899957
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Manuela Lins, a importância dada às qualidades psicométricas dos testes psicológicos, evidencia os avanços e o reconhecimento dos instrumentos de avaliação psicológica do ponto de vista científico. Com relação aos critérios de cientificidade dos métodos projetivos, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A questão foi embasada no livro “Avaliação psicológica: Aspectos teóricos e práticos", de Manuela Ramos Caldas Lins e Juliane Callegaro Borsa, edicao de 2017, no qual as autoras afirmar que  "para estudar a confiabilidade de um instrumento de avaliação psicológica deve-se identificar quais seriam as possíveis fontes de erro do mesmo, destaca-se que as possíveis fontes de erros dos métodos projetivos se referem à subjetividade do avaliador na codificação das respostas ou às situações adversas que podem interferir no desempenho do examinando durante a realização da tarefa proposta. Por isso, os estudos de precisão mais indicados para esse métodos são de precisão entre avaliadores, que considera a concordância entre avaliadores ao classificarem e interpretarem os protocolos dos mesmos sujeitos de maneira independente, e precisão teste-reteste, que analisa a estabilidade das respostas do mesmo examinando em momentos distintos".

    A seguir destaco as incorreções das outras assertivas:

    A) Ainda se considera os testes projetivos pouco rigorosos do ponto de vista psicométrico, pois são pautados em análises qualitativas, a partir do pressuposto teórico da projeção. 
    B) Os dados obtidos por meio dos testes objetivos possuem maior aproximação da realidade do construto avaliado e de sua veracidade, enquanto os métodos projetivos envolvem um grau extremo de subjetividade.
    C) Os testes projetivos, por serem subjetivos, são vinculados somente à teoria psicanalítica.  


    GABARITO: D


ID
2899960
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Manuela Lins relata que a avaliação psicológica é um processo técnico-científico de ampla investigação que promove a integração de informações provenientes de interpretações e coleta de dados originários de diversas fontes. As etapas da avaliação psicológica envolvem atividades e decisões que requerem condutas éticas que vão muito além da seleção de instrumentos, incluindo também diversos aspectos sobre a aplicação, correção, interpretação dos resultados do teste, elaboração de laudos e devolução dos resultados colhidos. Levando em conta o conjunto de informações com potencial de alterar de maneira importante a vida de uma pessoa, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Resolução do CFP Nº 9/2018, que estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI:

    Art. 2º - Na realização da Avaliação Psicológica, a psicóloga e o psicólogo devem basear sua decisão, obrigatoriamente, em métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prática profissional da psicóloga e do psicólogo (fontes fundamentais de informação), podendo, a depender do contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares (fontes complementares de informação).

    Consideram-se fontes de informação:
    I – Fontes fundamentais:
    a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional da psicóloga e do psicólogo e/ou;
    Tal aprovação dá-se mediante o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) é um sistema informatizado que tem por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos submetidos à apreciação da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

    Assim sendo está correta a alternativa A.

    A seguir destaco as incorreções das outras alternativas:

    B) A avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional formado em psicologia. A graduação nessa área garante a qualificação necessária para a utilização de testes que avaliam construtos psicológicos como inteligência e personalidade. 
    É necessária capacitação especifica para cada teste, sendo que a graduação não necessariamente contempla todos.

    C) As declarações e os pareceres contêm importantes informações, muitas vezes sigilosas, de um determinado momento de uma pessoa; por isso são decorrentes da avaliação psicológica, embora, alguns estudiosos possam pensar que não, por nem sempre ser necessário a utilização de testes psicológicos.
    A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes da avaliação 
    Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma e constem na Resolução do CFP N.º 007/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica.

    D) São consideradas inválidas, cientificamente, avaliações psicológicas em deficientes físicos, mentais e sensoriais; sendo considerado antiético submeter pessoas com deficiência a qualquer tipo de instrumento psicológico.
    Não existe essa proibição quanto à submissão de pessoas com deficiência à testes psicológicos. O que há é uma necessidade de adaptação dos instrumentos para acessibilidade. O Conselho Federal de Psicologia inclusive possui uma Nota Técnica Nº 4/2019/GTEC/CG, que orienta psicólogas(os), pesquisadores, editoras e laboratórios responsáveis quanto às pesquisas para construção, adaptação e estudos de equivalência de testes psicológicos para pessoas com deficiência e altera a Nota Técnica “Construção, Adaptação e Validação de Instrumentos para Pessoas com Deficiência.


    GABARITO: A


ID
2899963
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O Teste das pirâmides coloridas de Pfister considera a hipótese de que diferentes estados emocionais são interpretados pelo aspecto formal da construção das pirâmides e pelas cores escolhidas pelo avaliado. Com base neste instrumento, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • As Pirâmides Coloridas de Pfister é método projetivo, criado por Max Pfister, na década de 1950, na Suíça, que avalia aspectos da personalidade, destacando principalmente a dinâmica afetiva e indicadores relativos a habilidades cognitivas do indivíduo. Pfister não se baseou apenas na relação entre cores e emoção para desenvolver sua técnica, mas utilizou, deliberadamente, a forma geométrica de uma pirâmide, por julgar que assim possibilitaria a composição de variadas configurações, que propiciam uma melhor expressão da dinâmica emocional e o nível de estruturação da personalidade. É uma técnica que propicia a avaliação dos aspectos de natureza afetivo-emocionais da personalidade de um individuo. 

    Consiste em 3 cartelas contendo o esquema de uma pirâmide dividida em quadrículos, sobre as quais o avaliando deve cobrir os espaços, usando livremente os quadrículos coloridos (24 matizes) até formar uma pirâmide que considere, completa, bonita e que fique de se gosto.

    O aspecto formal o do teste indica controle racional sobre os afetos e as emoções, e relaciona-se ao funcionamento cognitivo e as funções de atenção e concentração. Pode ser classificado em três grandes categorias: os tapetes, as formações e as estruturas. 

    As cores quentes são o vermelho, o laranja e o amarelo. Já as cores frias são o azul, o verde e o violeta. As cores acromática são o cinza, o preto e o branco. E o marrom é uma cor intermediaria. 

    A cor laranja apresenta duas tonalidades e representa ambição, anseio de produção e desejo de fazer valer-se pela produtividade. Seu excesso está ligado ao desejo de domínio, onipotência, redução do sendo de autocritica e arrogância. Por outro lado, sua diminuição pode indicar repressões, inibições, influenciabilidade, passividade ou submissão, quando não compensada por outros indicadores.

    A cor azul possui quatro tonalidades (da mais clara, o Az1, à mais forte, o Az4) e representa capacidade de controle e de adaptação. O tom mais forte, Az4, é a tonalidade mais típica de ser empregada e representa introversão, controle e adaptação. Seu excesso pode revelar supressão da expressão de sentimento e afetos, supercontrole e convulsividade, podendo ainda se relacionar a sentimentos de inferioridade, de incapacidade e ambivalência.

    A cor que mais se relaciona à esfera do contato e a dos relacionamentos afetivos e sociais no teste de Pfister é a verde.

    GABARITO: C

     
  • Incorreta letra C

    A cor mais utilizada é a cor verde, que se relaciona com as relações, o contato, e a empatia.

    A cor azul é relacionada à capacidade de controle e adaptação


ID
2899966
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O teste das pirâmides coloridas de Pfister é um instrumento rápido, lúdico, de aplicação fácil e acessível a qualquer idade. Por ser uma atividade agradável, este teste mostrou-se adequado às condições de pacientes com transtornos mentais e com limitações peculiares à patologia ou ao tratamento, constituindo-se uma ferramenta rica em suas análises interpretativas. A partir de pesquisas utilizando essa técnica, VILLEMOR-AMARAL (1978) visou se aproximar de um possível diagnóstico diferencial de alguns quadros psicopatológicos. De acordo com os estudos dessa autora, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira e a seguir, marque a alternativa, que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo.


1.Transtorno somatoforme

2. Transtorno depressivo

3.Transtorno de pânico

4. Transtorno esquizofrênico

5. Transtorno alcoolista


( ) Aumento de tapetes desequilibrados e furados; rebaixamento de pirâmides estratificadas multicromáticas; aumento do vermelho com tonalidades mais claras (Vm1); constância absoluta da cor marrom.

( ) Aumento da frequência da cor vermelha; constância absoluta da cor violeta acompanhada da constância absoluta de verde e azul.

( ) Aumento da cor branca.

( ) Pirâmides em formações estratificadas tendendo a estruturas; pirâmides cortadas ou decepadas; aumento da cor verde; presença constante da cor violeta.

( ) Aumento das formações simétricas; elevação significativa da porcentagem da cor azul.

Alternativas
Comentários
  • As Pirâmides Coloridas de Pfister é método projetivo, criado por Max Pfister, na década de 1950, na Suíça, que avalia aspectos da personalidade, destacando principalmente a dinâmica afetiva e indicadores relativos a habilidades cognitivas do indivíduo. Pfister não se baseou apenas na relação entre cores e emoção para desenvolver sua técnica, mas utilizou, deliberadamente, a forma geométrica de uma pirâmide, por julgar que assim possibilitaria a composição de variadas configurações, que propiciam uma melhor expressão da dinâmica emocional e o nível de estruturação da personalidade. É uma técnica que propicia a avaliação dos aspectos de natureza afetivo-emocionais da personalidade de um individuo. 

    Consiste em 3 cartelas contendo o esquema de uma pirâmide dividida em quadrículos, sobre as quais o avaliando deve cobrir os espaços, usando livremente os quadrículos coloridos (24 matizes) até formar uma pirâmide que considere, completa, bonita e que fique de se gosto.

    A autora citada no comando da questão é uma grande estudiosa do Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister, que desenvolveu, em conjunto com outros pesquisadores, importantes estudos que buscavam de validade do teste, comparando grupos de pessoas sem histórico de busca de ajuda psicológica ou psiquiátrica com grupos psicopatológicos. 

    Nesses estudos foi apontado que pacientes diagnosticados com transtorno depressivo apresentam pirâmides em formações estratificadas tendendo a estruturas; pirâmides cortadas ou decepadas; aumento da cor verde; presença constante da cor violeta; aqueles diagnosticados com transtorno de pânico apresentam aumento das formações simétricas; elevação significativa da porcentagem da cor azul; os com transtorno esquizofrênico apresentam aumento de tapetes desequilibrados e furados; rebaixamento de pirâmides estratificadas multicromáticas; aumento do vermelho com tonalidades mais claras (Vm1); constância absoluta da cor marrom; e com transtorno alcoolista apresentam aumento da frequência da cor vermelha; constância absoluta da cor violeta acompanhada da constância absoluta de verde e azul. 

    Não encontrei nenhum estudo da autora com relação à transtornos somatoformes, o qual acabei ligando por exclusão ao aumento da cor branca.

    Deixo aqui o link para acesso aos artigos a quem interessar se aprofundar:
    https://www.google.com/url?q=http://www.scielo.br/pdf/pusf/v8n1/v8n1a05.pdf&sa=U&ved=0ahUKEwiRoejZutjhAhUDA9QKHUS_Ae4QFggLMAA&usg=AOvVaw2P7UmwrQl6VjtP1B_vhTQB://www.scielo.br/pdf/pusf/v8n1/v8n1a05.pdf&sa=U&ved=0ahUKEwiRoejZutjhAhUDA9QKHUS_Ae4QFggLMAA&usg=AOvVaw2P7UmwrQl6VjtP1B_vhTQB
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext...
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext...
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext...
     

    GABARITO: C


ID
2899969
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Conforme Hutz, o psicodiagnóstico caracteriza-se por ser um tipo de avaliação psicológica desenvolvida no âmbito clínico. Inicia-se a partir de uma demanda e desenvolve-se por meio de um foco específico para avaliação. Com base nas etapas do psicodiagnóstico, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A questão foi cópia do livro “Psicodiagnóstico: Avaliação Psicológica" organizado por Claudio Simon Hutz juntamente com Denise Ruschel Bandeira, Clarissa Marceli Trentini e  Jefferson Silva Krug, edição de 2016.

    No capitulo 5, “Entrevista Psicológica no Psicodiagnóstico", o psicodiagnóstico é caracterizado por  ser  um  tipo  de  avaliação  psicológica desenvolvida  no  âmbito  clínico, que se inicia  a   partir  de  uma  demanda  e  desenvolve-se  por meio de  um foco  específico para avaliação.  O foco  ou motivo  da avaliação é  de extrema importância, pois  será ele  que irá  guiar todo  o processo  de psicodiagnóstico,  incluindo a escolha  das  técnicas  e  dos  instrumentos  que  serão  utilizados.  As  primeiras informações/queixas  que  recebemos  do  paciente,  ou  da  fonte  de  encaminhamento, geralmente não são suficientes para delimitarmos de forma clara esse foco. Desse modo, destaca-se  a  importância  das  entrevistas  iniciais  que  são  realizadas  tanto  com  o profissional  que  solicitou  o  psicodiagnóstico,  quanto  com  o  próprio  paciente  e  outras fontes  de  informação  como  pais,  responsáveis  ou  outros  familiares.  Essas  entrevistas também  podem  ocorrer  com  professores,  médicos  ou  demais  profissionais  que acompanham  o  paciente.  Por  meio  delas  poderemos  aprofundar  as  queixas  ou  motivos trazidos  em  um  momento  inicial,  assim  como  explorarmos  essas  questões  a  partir  de outras perspectivas. 

    As entrevistas  iniciais têm  como  objetivos  conhecer  o  paciente  que  chega  para  a  avaliação  e  compreender  o motivo  do  psicodiagnóstico.  Por  isso,  é  muito  importante  que psicólogos avaliadores possam  se  abastecer  do  maior  número  e  das  mais  variadas fontes  de informação, como a  fonte encaminhadora.  
    Porem destaco aqui que como organizador do livro, Hurtz não deveria ter sido apontado como bibliografia da questão, visto que o autor do capitulo supracitado é na verdade Adriana Jung Serafin.

    GABARITO: A


ID
2899972
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O Z-Teste é uma tarefa constituída de dificuldades que o examinando terá que resolver, usando do seu potencial, de sua inteligência e de sua personalidade. Assim, frente aos diapositivos, cada um responderá com suas características. Baseado nesse estudo marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O Teste de Zulliger (Z-Teste) foi desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial por Hans Zulliger, a partir dos estudos com o Rorschach, para a seleção de oficiais para as Forças Armadas Suíças. Consta de 3 manchas  de tinta (chamadas de cartões, quando da aplicação individual e de  diapositivos ou figuras, quando aplicação coletiva) cujo objetivo geral é avaliar aspectos da personalidade do indivíduo, com a vantagem de permitir aplicações e avaliações mais rápidas e em maior número de pessoas.

    As machas não estruturadas projetadas sobre a tela suscitam associações percepto-associativas nos examinandos que de uma forma ou de outra espelham situações internas, sua forma de tomar decisões, suas tendências e determinadas atitudes, sua maneira de pensar e sentir e suas relações interpessoais.

    As respostas a cada mancha são transformadas em categorias  como o numero de respostas, repostas globais, detalhes comuns, determinantes forma pura, forma precisa, movimento humano e movimento animal, a partir dai quantificadas e interpretadas.
    Todas as assertivas trazem interpretações corretas do Z-Teste, exceto a letra B, pois a depressão e defensividade estão mais ligadas justamente ao contrário: a uma expressiva diminuição do numero de respostas, o que também pode indicar um déficit cognitivo.

    GABARITO: B