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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Farmacêutico


ID
2981134
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”(1º parágrafo). A expressão figurinha carimbada pode ser entendida, no contexto, como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    “Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”

    ===> ele é bastante CONHECIDO no circuito de triagem clínica de enxaqueca.

    Força, guerreiros(as)!!

  • PORTUGUÊS pra mim e complicado demais pois tem muita regra. Mas tô tentando responder e aprender.

    Força foco e fé na missão


ID
2981137
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está empregada no sentido conotativo a palavra em destaque no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

  • Gostei do Mnemônico

  • gb c

    pmgoooo

  • gb c

    pmgoooo

  • GABARITO: LETRA C

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões.

    FONTE: WWW.PORTUGUÊS.COM.BR


ID
2981140
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca...” (3º parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • "Acometidos" também não serviria?

  • tém que se liga na concordançia da palavra apos a palavra investidos, "NA".

    no caso "empregados" concorda com na.

  • Empregados serveria ,sim.

  • O sentido que se pede na questão é de usar um novo medicamento (remédio) para tratar enxaqueca, ou o emprego do medicamento para tratar enxaqueca.


ID
2981143
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Há dois termos que se contrapõem pelo sentido, formando uma antítese, no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes.”

    ===> antítese consiste no uso de termos com o sentido contrário, LIMITADOS (escasso, que não é abundante); ABUNDANTES (contrário de "limitado", aquilo que sobra, que é ilimitado).

    Força, guerreiros(As)!!

  • Antítese: palavras/expressões sentidos opostos. 

    Ex: Era cedo para alguns e tarde para outros.

  • Antítese: Contraste entre duas palavras; Expressões que provocam uma relação de oposição.

    EXs:

    Metade de mim te adora, a outra metade te odeia.

    Não há vida sem alagrias e sobressaltos.

    Transformou sua vida de água a vinho.

    Bons estudos!!

  • Antítese

    É o contraste entre duas palavras (antônimas) expressões ou pensamentos, provocando uma relação de oposição.

    Ex: Transformou sua vida de água a vinho.

    gab. C

  • GABARITO: LETRA C

    Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

    Os jardins têm vida e morte.

    FONTE: WWW.INFOESCOLA.COM


ID
2981146
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...” (4º parágrafo), a palavra mal tem a mesma classe gramatical que apresenta na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...”

    ===> significado de DOENÇA, sendo um SUBSTANTIVO, precisamos achar outro substantivo:

    A) Mal sentia a primeira fisgada, corria para a cama. ===> significado de NEM , sendo um advérbio de negação.

    B) Ao ser atendido, o paciente mal conseguia falar. ===> o paciente NEM/NÃO conseguia falar ===> advérbio de negação.

    C) Mesmo medicada, ainda está mal. ===> ADJETIVO, equivalente a RUIM.

    D) Não há mal que sempre dure. ===> não há DOENÇA, ENFERMIDADE, TRISTEZA, sendo um SUBSTANTIVO.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Arthur, ótima explicação. Só discordo da justificativa para a alternativa A. Acredito que o "mal" seja uma conjunção subordinativa adverbial temporal. "Quando sentia a primeira fisgada, corria para a cama", "Assim que sentia a primeira fisgada, corria para a cama."

  • Gab: A

    > Neste caso estamos procurando o "mal" que tenha função de substantivo;

    A) Conjunção adverbial temporal;

    B) Advérbio de negação;

    C) Adjetivo;

    D) Substantivo.


ID
2981149
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um pronome relativo no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    o que retoma pacientes hipertensos, como ele retoma o sujeito da oração ele é um pronome relativo

  • GABARITO: LETRA B

    “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    ===> pronome relativo, retomando: dores de cabeça, o quê eles sofriam? dores de cabeça; sofriam DE alguma coisa, temos então a justifica da preposição "de."

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gabarito: Letra B

     

    Funções do QUE como Conjunção Integrante ou como Pronome Relativo.

     

    O roteiro abaixo ajuda a identificar os casos:

     

       É possível substituir o QUE por ISSO?

     

       SIM

      * Então é CONJUNÇÃO INTEGRANTE

      * É ANTECEDIDO POR VERBOS

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA subjetiva, apositiva, predicativa, objetiva ou completiva

     

        NÃO

      * Sendo substituível por O(A) QUAL/OS(AS) QUAIS é PRONOME RELATIVO

      * É ANTECEDIDO POR NOMES

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA explicativa ou restritiva

      * Resta saber se é do tipo explicativa ou restritiva, logo pergunta-se:

     

           Vem separado por vírgulas ?

     

             SIM

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

     

           NÃO

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA

    instagram: @concursos_em_mapas_mentais

  • dores de cabeça de que(da qual) sofriam...

  • Gab: B

    > Quando "que" puder ser substituído por "o(s) qual(is)" ou "a(s) qual(is)" será pronome relativo;

    > Quando puder ser substituído por "isso" será conjunção integrante;

    "“...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que (com as quais) sofriam."

  • O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu antecedente for um substantivo.

  • Ótimo comentário, Godim!

  • sofrer de algo

  • Pronome relativo que pode ser substituído por o qual/os quais e retoma termo anteriormente mencionado.
  • GABARITO? B

  • Alguém pode explicar a alternativa "a)", por favor?


ID
2981152
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.” (9º parágrafo), o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado. ===> correto, com significado de: pelo qual.

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa. ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura? ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

    Força, guerreiros(As)!!

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: PARA QUE

  • Complementando a letra D

    Por que pode ser substituído por pela qual

    porém não pode ser substituir pelas quais

  • Gabarito''D''.

     o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

    Adotaremos novas estratégias porque todos os usuários sejam atendidos.(Correto).

    O porque junto forma uma conjunção causal ou explicativa, que tem um valor próximo de expressões e palavras como “pois”, “para que” e “uma vez que”. Nesse sentido, o porque pode ser usado em frases que relacionam motivo, utilizado até mesmo como ferramenta adverbial. Um exemplo: “Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova de amanhã.”

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Somando aos colegas:

    Porque tem valor de conjunção; geralmente aparece na frase com valor causal ou explicativo.

    Uma dica prática para identificação do por que é a troca por pelo qual(ais)

    Gostaria de saber o motivo pelo qual o procedimento não foi realizado.

    Sucesso, bons estudos, não desista!

  • BIZÚ: (Substituir)
    POR QUE = Por qual razão, pelo qual, pelas quais.
    POR QUÊ = Final de frase, final de oração.
    PORQUE = Pois.
    PORQUÊ = Motivo.

  • GABARITO: D

    Por que: como pronome interrogativo. Ex.: Por que todos odeiam português?

    Por que: no meio da oração, pode ser substituído por "o motivo pelo qual", "a razão pela qual", "pelo(a) qual". Ex.: Não sei por que ela se foi (motivo pelo qual).

    Por quê: perto de pontuação. A pontuação deve vir logo após o termo. Exemplos.: Não responderam como nem por quê. Não se sabe por quê, mas a aula atrasou. Por quê?

    Porque: justificativa (mas pode aparecer em frases interrogativas).

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • GABARITO D

    RESUMO

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    bons estudos

  • GABARITO LETRA D

    porque----> causa/efeito, une orações

    porquê---> substantivo, sempre vem precedido de determinantes

    por quê---> usado em final de frase interrogativa direta ou indireta

    por que---> 1° pode ser usada no inicio ou no meio de frase interrogativa direta ou indireta

           2° pode ser loc ( pela qual, pelo qual)

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

  • A questão é sobre o uso dos porquês e quer que assinalemos a alternativa em que o uso do "porque" está INCORRETO. Vejamos:

     .

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado.

    Certo. POR QUE = pelo qual

     .

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa.

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura?

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos.

    Errado. O certo seria "PORQUE" = para que (= a fim de que), conjunção subordinativa final.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra D

  • Somente o nosso colega Professor explicou de fato a questão. Há de se salientar que essa regra seria, por assim dizer, a mais fora da curva do uso dos "porquês", haja vista que trata-se de "porque", o qual tem equivalência com a conjunção de finalidade "para que". Por isso o erro da letra "D", que deveria ser "porque".


ID
2981155
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Conforme a norma padrão da língua, é considerada INCORRETA a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • Se esse for o preço para acabar com a dor, pagarei-o.

    A forma correta é pagarei-lhe.

    Quem paga, paga a (preposição) a (artigo) alguém.

    Se há preposição mais artigo o objeto e indireto, portanto aplica-se o "lhe" e não o "o" .

  • A forma correta de colocação pronominal do verbo PAGAR no futuro do presente é: Pagá-lo-ei.

  • A forma correta da conjugação no futuro do presente com pronome oblíquo átono é : eu pagá-lo-ei.

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar

  • Pessoal, lembrem-se de como o antigo presidente Michel Temer falava..

    Ele sempre usava a mesóclise nas suas falas.

    Eu Convidar-te-ei para um jantar no Jaburu.

  • Na alternativa D, não deveria ser:  fez COM que eu desenvolvesse algumas qualidades.

    Fiquei entre a D e A por esse quesito.

  • Melissa, o "se", nesse caso, é uma conjunção condicional. Assim, pode estar no começo da frase.

  • a mais bela forma de falar português: pagá-lo-ei :)

  • Não há ênclise em Futuro do Indicativo.

    Gab.: A

  • Ao meu ver, a C também está incorreta por possuir verbo principal no particípio e não haver fator atrativo de próclise, logo o pronome teria que estar após o verbo auxiliar.


ID
2981158
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“A possibilidade do surgimento de um remédio ‘prodígio’ gera emoções conflitantes por várias razões.” (9º parágrafo) Nesta frase, a palavra em destaque é marcada com aspas com o objetivo de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> um dos valores significativo das aspas é para acentuar o valor significativo de uma palavra;

    ===> PRODÍGIO ===> algo maravilhoso, extraordinário, um milagre.

    Força, guerreiros(As)!!

  • você é fera mano,é professor ?


ID
2981161
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um termo característico do registro informal no seguinte fragmento:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    O famoso e entediante "tipo", usado informalmente por inúmeras pessoas:

    “...por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência.”

    ====> tipo viajar, tipo malhar, tipo estudar.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GAB: LETRA C

    Trata-se de linguagem coloquial, informal, natural ou popular. É uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registadas ou têm outro significado.

    Como exemplo: "tipo", "você tem que se tocar", "tô", "pô", "caô", "se liga"...


ID
2981164
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS é a integralidade, que implica em:

Alternativas
Comentários
  • II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Letra A - A 'integralidade' é um dos princípios doutrinários da política do Estado brasileiro para a saúde – o Sistema Único de Saúde (SUS) –, que se destina a conjugar as ações direcionadas à materialização da saúde como direito e como serviço. Implica em atividades preventivas e curativas, em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Ver Art. 198 CF/88, II


ID
2981167
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo as diretrizes da Constituição Federal de 1988, compete ao SUS:

Alternativas
Comentários
  • Art. 200 CF/88

    VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

  • GABARITO: LETRA C

    Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

     

    Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

            I - soberania nacional;

            II - propriedade privada;

            III - função social da propriedade;

            IV - livre concorrência;

            V - defesa do consumidor;

            VI - defesa do meio ambiente;

            VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

            VIII - busca do pleno emprego;

            IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

     

    Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

  • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

            I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

            II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

            III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

            IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

            V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

            VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

            VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

            VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.


ID
2981170
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Conforme a legislação sanitária, os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser:

Alternativas
Comentários
  • A. Errada. Destinados, até 50%, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. (70%)

    B. Correta (Art. 3º Lei 8142/90)

    C. Errada. (Recursos do Orçamento da Seguridade Social?)

    D. Errada. (Ver Art.38 Lei 8080/90)

  • Legislação sanitária : os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser :

    GABARITO B ) :

    Repassados de forma regular e automática à : Municípios, Estados e Distrito Federal .

  • A letra (A) seria 70%.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

    I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração

    direta e indireta;

    II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo

    Congresso Nacional;

    III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;

    IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e

    Distrito Federal.

    Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede

    de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    FONTE: LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.


ID
2981173
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Na sua dimensão Pacto em Defesa do SUS, o Pacto pela Saúde tem como diretriz a:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a portaria 399/GM, o trabalho dos atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes:

    - “Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal”.

    - “Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política pública”.


ID
2981176
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Portaria nº 2436/2017, que revê as diretrizes para a organização da Atenção Básica, é atribuição comum a todas as esferas de governo:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C - Participação Popular e Controle Social fazem parte das Diretrizes do SUS.

  • PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017

    Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:

    XV - estimular a participação popular e o controle social;

  • A,B e D:

    Compete às Secretarias Municipais de Saúde 

    C: CORRETA

    São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo

  • Letra A: compete às Secretarias Estaduais

    Letra B e D: compete às Secretarias Municipais

    Letra C: atribuições comuns

  • 1.2 - Diretrizes

     

               IX - Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle social.

    Entendendo que as diretrizes da Atenção Básica abrangem todo o SUS, pode-se inferir que essa diretriz atingirá todas as esferas de governo conforme alude a questão.

    Alternativa correta: Letra C, as demais ou são específicas de municípios ou estados ou ainda não mencionadas no capítulo 1.2 das Diretrizes.

    Fonte: Portaria 2.436/2017


ID
2981179
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8080/90, é atribuição exclusiva da União a:

Alternativas
Comentários
  • Questão lei 8080 Art 16,17,18

    União

    Definir e Coordenar

    Estado

    Coordenar e Executar ações e serviços.

    Municípios

    Gerir, Executar ações e serviços.

    Fonte: planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

  • Segundo a lei 8080 Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde - SUS compete: VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Para responder a questão precisamos focar na parte que diz: " podendo a execução ser complementada"... O estabelecimento de normas, nesse caso, é atribuição exclusiva da união
  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • Alternativa B também está correta:

    XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

    Cabe recurso!


ID
2981182
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É atribuição comum a todos os membros que atuam na Atenção Básica:

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2981185
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Portaria nº 2436/2017 descreve os princípios e diretrizes orientadores da Atenção Básica. Nesse âmbito, a oferta do cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, é a definição do princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2981188
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde ou várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - nas Comissões Intergestores

  • DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

    Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores 


ID
2981191
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Uma novidade da Portaria nº 399/2006, que divulga o Pacto pela Saúde, diz respeito à metodologia de alocação de recursos, tendo sido definidos blocos de financiamento. Em relação ao bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica, a sua parte variável é calculada com base per capita para o programa de:

Alternativas
Comentários
  • Essa questáo tem duas respostas, segundo consulta a portaria 399.

    no capítulo 3,1, inciso d, do bloco de financiamento para a a Assistência Farmacêutica, aponta dois programas financiados pela parte fixa. Sao eles:

    PRograma de DST/AIDS(anti-retrovirais) e

    PRograma Nacional do Sangue e Hemoderivados

    além dos outros dois componentes:

    Imunobiógicos e Insulina


ID
2991490
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Em pacientes alérgicos à penicilina, como agente alternativo na profilaxia da endocardite bacteriana, após procedimentos dentários ou das vias respiratórias, pode ser usada a:

Alternativas
Comentários
  • A clindamicina é o antibiótico de escolha para pacientes com alergia à penicilina

  • As cefalosporinas de 1ª geração são a classe antibiótico mais usada na profilaxia cirúrgica, mas há dúvidas se são seguras em pacientes com alergia à penicilina. Com medo da reação cruzada entre as duas medicações.A penicilina e a cefalosporina fazem parte da mesma família de antibióticos, os beta-lactâmicos e possuem uma estrutura física semelhante porém não igual, onde as duas substâncias compartilham a mesma cadeia R1 e mesma cadeia do anel betalactâmico.

    As cefalosporinas de 1ª geração (cefazolina) são o antibiótico de primeira escolha para a profilaxia de infecções pós operatórias pelo espectro bacteriano que atingem (gram positivos de pele), além de ser de baixo custo e de fácil administração. Nos pacientes alérgicos, as outras opções são a Clindamicina e Vancomicina. Ambas têm maior custo, administração mais lenta e estão relacionadas a mais chances de complicações, como colite pseudomembranosa e nefrotoxicidade.

    Qual a mensagem para a prática clínica?

    Quando a história é de alergia grave à penicilina mediada por IgE, como anafilaxia, está contra indicado o uso de Cefalosporina de qualquer geração. Nos demais casos, a cefazolina pode ser usada como profilaxia cirúrgica.

    Fonte:

  • Não concordo com "liverasfe".

    Pacientes alérgicos à penicilina é aconselhado adesão de outra classe.

    Assim como se o paciente já apresentou reação alérgica a qualquer geração de cefalosporina é preterida essa classe.


ID
2991493
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Na distribuição de um fármaco, o determinante mais importante do fracionamento entre o sangue e os tecidos e que limita a concentração de fármaco livre é:

Alternativas
Comentários
  • a ligação às proteínas plasmáticas

  • b) Metabolismo, transporte transmembrana

    c) relevante para absorção do fármaco

    d) pKa - constante de dissociação de ácido do fármaco


ID
2991496
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os vários antagonistas dos receptores â, utilizados no tratamento da hipertensão e da angina, parecem exibir eficácia semelhante. A escolha do mais apropriado para determinado paciente deve basear-se em diferenças farmacocinéticas e farmacodinâmicas, no custo e na presença de problemas clínicos concomitantes. No caso de um paciente com insuficiência cardíaca congestiva e com broncoespasmo poderá ser indicado o:

Alternativas
Comentários
  • Durante muitos anos, acreditou-se que os betabloqueadores deveriam ser evitados nos pacientes com insuficiência cardíaca (IC). A justificativa era de que os sintomas e a função ventricular esquerda em portadores de IC piorariam com a redução da contratilidade miocárdica, além do que se estaria abortando a resposta compensatória do estímulo simpático. A hiperativação adrenérgica como suporte hemodinâmico compensatório era considerada vital para a manutenção da homeostase. As propriedades singulares do carvedilol, que exerce bloqueio adrenérgico múltiplo (beta-1, beta-2 e alfa-1), além de efeitos antioxidantes e antiproliferativos, podem ser importantes na inibição da deterioração progressiva da disfunção ventricular esquerda e da insuficiência cardíaca, porém deve ser assinalado que bloqueadores beta-1 seletivos, como metoprolol e bisoprolol, evidenciaram também esses benefícios.

  • Gabarito letra D

    metoprolo

  • Lembrando que os três primeiros, propanolol, nadolol e pindolol, não possuem cardiosseletividade (seletividade B1). Ou seja, bloqueiam também os receptores B2, causando portanto broncoconstrição. Destes três, o pindolol é o que apresenta menos bradicardia e broncoconstrição, devido a sua ação simpatomimética intrínseca (ASI); ou seja, funciona como agonista parcial adrenergico.

    BORTOLOTTO, Luiz Aparecido; CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda M. Betabloqueadores adrenérgicos. Rev Bras Hipertens, v. 16, n. 4, p. 215-220, 2009.

  • A lógica é associar a ocorrência de broncoconstrição (que acentua os broncoespasmos) aos betabloqueadores não seletivos, que ao bloquearem beta 2 nos pulmões, reduzem a atividade simpática broncodilatadora e ocasionam obstrução dos bronquíolos.

    O único betabloqueador seletivo beta 1 é metoprolol.

  • Metoprolol é um bloqueador seletivo β1 e devido a essa seletividade é um agente seguro em pacientes que experimentam constrição brônquica .


ID
2991499
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os benzodiazepínicos são considerados fármacos seguros, pois possuem um índice terapêutico elevado, ou seja, mesmo em altas doses são raramente fatais, a menos que outros depressores do sistema nervoso central sejam associados. Embora considerados seguros, podem precipitar o aparecimento de efeito adverso em pacientes que possuam:

Alternativas
Comentários
  • B - doença pulmonar obstrutiva crônica

  •  Recomenda-se evitar o uso de benzodiazepínicos, uma vez que estes podem levar à diminuição da capacidade respiratória

  • Mesmo em doses terapêuticas, os sedativos- hipnóticos podem produzir depressão respiratória significativa em pacientes com doença pulmonar. Os efeitos sobre a respiração estão relacionados com a dose e a depressão do centro respiratório medular constitui a causa habitual de morte por superdosagem de sedativo- hipnótico.


ID
2991502
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A excreção dos fármacos e metabólitos na urina inclui três processos independentes: filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva. A quantidade de fármaco que chega ao lúmen tubular por filtração glomerular depende da:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    taxa de filtração glomerular e da extensão da ligação plasmática do fármaco.

  • Tudo que envolve transporte através de carreadores de soluto é secreção tubular ativa. Além da resposta lógica ser a alternativa C, por eliminação daria para responder a questão.

  • Complemento:

    Filtração glomerular - s/ gasto de energia, apenas fármaco livre

    Secreção tubular - transportadores (transporte ativo)

    Reabsorção tubular - passivo; lipossolúvel e não ligado a proteínas


ID
2991505
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Um processo recorrente que resulta na resistência aos medicamentos antituberculosos é o abandono de tratamento. Um importante tipo de resistência, identificado comumente no Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) para tuberculostáticos, é classificada como:

Alternativas
Comentários
  • O bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), adquire resistência aos fármacos apenas por MUTAÇÃO.

  • Letra C.

    A resistência está associada a várias MUTAÇÕES cromossômicas diferentes, cada uma resultando em uma das seguintes alterações: mutação ou apagamento do KatG, mutações variantes das acil-proteínas transportadoras ou superexpressão do InhA. (Farmacologia Ilustrada, 5ª ed)


ID
2991508
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Durante a realização de acompanhamento farmacoterapêutico, diante do quadro do paciente, o farmacêutico entrou em contato com o médico prescritor para avisar que a diminuição da função renal do paciente poderia estar relacionada:

Alternativas
Comentários
  • a) à interação entre cefalotina e aminoglicosídeo, orientando a substituição do aminoglicosídeo por uma quinolona (interação significativa na clínica, pois aumenta a incidência de nefrotoxicidade); ALTERNATIVA CORRETA

    b) às altas doses de cefalotina, que estava superior à dose máxima diária, podendo acarretar nefro e hepatotoxicidade (as altas doses de cefalotina pode acarretar a nefrotoxicidade, mas não há nada na literatura que comprove a hepatotoxicidade);

    c) ao uso de cefalotina, orientando substituição por cefazolina, posto que a última possui excreção hepática (a cefazolina é excretada exclusivamente pela urina);

    d) ao uso de metronidazol, orientando a suspensão desse medicamento, pois não há indicação para o seu uso no paciente (Esse medicamento pode ser utilizado em pacientes com insuficiência renal, sem ajuste de dose).

  • Aminoglicosídeos são antimicrobianos usados principalmente no tratamento de pacientes com infecções graves causadas por bactérias gram-negativas aeróbias. São ineficazes contra anaeróbios1. Os principais representantes de uso corrente são gentamicina, amicacina, estreptomicina e tobramicina.

ID
2991511
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Anestésico que, em doses usadas para a indução, em geral aumenta a pressão arterial, a frequência e o débito cardíaco, sendo por isso indicado para anestesiar pacientes que estão sob risco de hipotensão, é a:

Alternativas
Comentários
  • A cetamina é um potente analgésico e agente anestésico do tipo dissociativo usado desde a sua descoberta e sintetização em 1962. A sua popularidade deve-se à sua extraordinária capacidade de produzir efeitos sedativos, analgésicos e amnésicos rápidos e às suas qualidades secundárias benéficas. Estas incluem broncodilatação e manutenção dos reflexos das vias aéreas e do tônus do sistema nervoso simpático. 1 Estudos recentes apontam para a existência de propriedades neuroprotetoras 2 e anti-inflamatórias 3 previamente desconhecidas.


ID
2991514
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Dentre os analgésicos de ação central, o que possui maior tempo de meia vida e é utilizado para o tratamento da síndrome de abstinência aos opioides é a:

Alternativas
Comentários
  • A - metadona

  • A metadona é um opioide com propriedades que lhe dão uma vantagem singular. Administrada em dosagens de 0,2 a 0,3 mg/kg, a duração da analgesia varia de 24 a 36h. Assim, sua administração na indução da anestesia pode promover analgesia estável durante a internação na UTI (que corresponde ao momento em que os escores da dor estão mais elevados). Utilizada antes da incisão cirúrgica, reduz a dose pós-operatória de opioide em aproximadamente 50% nas primeiras 48 horas e melhora os escores de dor em aproximadamente 50% dos pacientes cirúrgicos. Os pacientes relataram satisfação em relação ao controle da dor e menos sofrimento do que o esperado por eles antes do procedimento cirúrgico

  • A metadona é mais conhecida por seu emprego no tratamento da dependência química, mas também pode ser usada no controle da dor. A metadona apresenta uma meia-vida na faixa de 25 a 35 h, é mais lipofílica que a morfina e liga-se aos tecidos e às proteínas plasmáticas.(Golan)


ID
2991517
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Uma orientação que deve ser feita para mulheres na pós-menopausa, em tratamento da osteoporose, que irão utilizar o alendronato de sódio, é ingerir o comprimido com um copo cheio de água e permanecer em posição ereta por, no mínimo, 30 minutos após a ingestão. Essa recomendação visa a:

Alternativas
Comentários
  • C - diminuir a ocorrência de esofagite

  • O alendronato de sódio deve ser ingerido pelo menos meia hora antes do primeiro alimento, bebida ou medicação do dia, somente com água, pois há interações com medicamentos e alimentos. Além disso, é recomendado que aguarde pelo menos 1:30 horas para fazer ingestão de medicamentos por via oral. Vale salientar que tem uma ação irritativa no trato digestivo, por isso pode causar esofagite. É recomendado para tentar amenizar esse efeito irrativo que o paciente não deve se deitar por 30 minutos, no mínimo, após a ingestão, e até que faça a primeira refeição do dia.


ID
2991520
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os desastres naturais ou não, aparecem de modo cada vez mais frequentes e intensos, tendo maior ocorrência em países pobres. A assistência farmacêutica é atividade estratégica no âmbito do cuidado decorrente do aumento de demanda a partir do desastre. O somatório de medidas e políticas adotadas pela comunidade, antes da ocorrência de um evento, considerando as especificidades locais e a capacidade de resistir às ameaças daquele contexto, com a oferta de uma resposta efetiva, e subsídio para favorecer a reabilitação e reconstrução é a:

Alternativas
Comentários
  • LETRA: D

    Preparação

  • O fato é iminente, ou seja, ele irá ocorrer. Precaução é feita para evitar que algo ocorra.

    Sendo o fato iminente, a AF irá ter como estratégia a PREPARAÇÃO daquela população para que, quando o fato ocorra, ela saiba lidar com ele.


ID
2991523
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A judicialização da saúde é um fenômeno importante da realidade sanitária brasileira, como uma distinta via de acesso a medicamentos. A cooperação entre o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro possibilitou a criação do Núcleo de Assessoria Técnica (NAT). O NAT propicia apoio na:

Alternativas
Comentários
  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2991526
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O escopo de atividades da avaliação de tecnologias em saúde (ATS) serve para apoiar o processo decisório sobre incorporação ou não de determinada tecnologia. As tecnologias em saúde podem ser classificadas de acordo com o estágio de difusão, em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B

    futuras, experimentais, investigacionais, estabelecidas e obsoletas.


ID
2991529
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A tomada de decisão na prática clínica deve estar alicerçada na melhor evidência científica. Os estudos que ocupam o mais alto nível de evidência científica são os:

Alternativas
Comentários
  • ensaios clínicos randomizados

  • Depois do ECR é o coorte.


ID
2991538
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

No contexto recente da assistência farmacêutica, o exercício profissional ultrapassa a fronteira de manejo do medicamento e aproxima-se, assim, da pauta da bioética, em sua concepção global de proteção da vida. Com enfoque para o exercício de uma assistência farmacêutica ética, pode-se considerar como preceito fundamental:

Alternativas
Comentários
  • respeito aos princípios democráticos

  • Alguém sabe explicar? Acertei por diferenciar a definição entre Reconhecer X Respeitar.


ID
2991541
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O documento que se constitui de informações sobre as atividades desenvolvidas na farmácia, no qual são apresentados os recursos humanos e suas respectivas funções, bem como todos os procedimentos operacionais padrão, de forma clara e objetiva é o:

Alternativas
Comentários
  • Manual de boas práticas.

    QUESTÃO D

  • Oi!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2991544
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

O gerenciamento em assistência farmacêutica requer embasamento técnico, voltado para a obtenção de resultados positivos baseados em planejamento. A técnica de planejamento que está pautada na análise do ambiente interno e externo, visando a fortalecer os pontos fortes, em áreas onde se identifiquem oportunidades, e a minimizar ou eliminar os pontos fracos, em áreas compreendidas como ameaças, é definida como:

Alternativas
Comentários
  • O Método SWOT é uma sigla inglesa para Forças (Strengths), Fraquezas (Weakness), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) da organização que será analisada. Com SWOT é possível identificar quais são os pontos fortes e fracos dos ambientes analisados e como eles são importantes para as oportunidades e ameaças externas, além de auxiliar nas soluções para possíveis problemas encontrados nos ambientes internos e externos de uma organização.

  • ANÁLISE SWOT:

    • Ferramenta de diagnóstico estratégico criada pela Escola do Design de Planejamento.

    • Por meio dela, realiza-se a auditoria de posição, que analisa as forças e fraquezas do ambiente interno, bem como as oportunidades e ameaças do ambiente externo.

    • Relaciona os fatores internos da empresa, ou seja, suas competências e deficiências versus fatores que são de mercado, como ambiente político, economia, aspectos sociais e tecnológicos.

    • Sua importância no apoio à formulação de estratégias deriva de sua capacidade de promover um confronto entre as variáveis externas e internas, facilitando a geração de alternativas de escolhas estratégicas e de possíveis linhas de ação. 

    FONTE: Gran cursos.


ID
2991547
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os estudos de utilização de medicamentos podem trazer informações das práticas institucionais. Os estudos que descrevem os fármacos utilizados em uma determinada indicação ou grupo de indicações são estudos de:

Alternativas
Comentários
  • indicação-prescrição

  • Os Estudos de Utilização de Medicamentos (EUM) podem ser classificados segundo seu elemento principal, podendo assim, ser dividido em:

    1) estudos de consumo;

    2) estudos de prescrição-indicação;

    3) estudos de indicação-prescrição;

    4) estudos sobre o esquema terapêutico;

    5) estudos que condicionam os hábitos de prescrição ou dispensação;

    6) estudos das conseqüências práticas da utilização dos medicamentos e;

    7) estudos de intervenção.


ID
2991550
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os medicamentos são criados indiscutivelmente com objetivo de salvar vidas, entretanto, convive-se com o risco associado ao seu uso. O adenocarcinoma associado ao uso do dietiletilbestrol é reação adversa a medicamento classificada como do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Tipo de Reação D: Relacionado ao tempo de uso. É incomum, normalmente está relacionado à dose. Ocorre ou aparece algum tempo após o uso do medicamento. No caso em questão o uso do dietiletilbestrol leva a teratogênese.

    Dietilestilbestrol está classificado na Categoria X de risco na gravidez, pois em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.


ID
2991553
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os estudos exigidos para fins de registro dependem do fato do medicamento ser novo ou não. Os ensaios clínicos são pesquisas realizadas em seres humanos e que têm como objetivos:

Alternativas
Comentários
  • D - verificar a eficácia, estabelecer a dose segura para utilização e detectar a ocorrência de possíveis efeitos indesejáveis

  • D - São geralmente planejados para determinar a eficácia de um novo medicamento, mas também podem detectar reações adversas. Nesse tipo de investigação, os indivíduos são distribuídos ao acaso em um grupo tratado com

    o fármaco estudado e um grupo controle que pode ser tratado com placebo ou com medidas tradicionais. A alocação aleatória tem o objetivo de formar grupos com características semelhantes. Com isso pretende-se distinguir o efeito do medicamento pesquisado de possíveis efeitos causados por outros fatores, como

    a evolução natural da doença ou a influência psicológica da própria administração do tratamento. São chamados de estudos “experimentais” porque é o pesquisador quem determina qual os grupos receberá o fármaco pesquisado.

  • Lembrando que eficácia se mede em Ensaio Clínico e Efetividade em estudos epidemiológicos pós-comercialização, em condições reais de uso


ID
2991556
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

No momento em que estava separando os medicamentos do horário para administração ao paciente, a enfermeira percebe que a farmácia dispensou erroneamente um comprimido de alopurinol, quando na prescrição constava o medicamento haloperidol. Diante dessa situação, a enfermeira entrou em contato com a farmácia que reconheceu o erro de dispensação e providenciou imediatamente a troca do medicamento. De acordo com a Classificação Internacional de Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde, essa situação é classificada como:

Alternativas
Comentários
  • Near Miss

  • Near miss. Esse termo é amplamente utilizado nas publicações nacionais sobre segurança do paciente, especialmente sobre erros de medicação, sendo traduzido como quase erro (quase falha).

    GABARITO B

  • Near miss ou quase falha é um incidente que não atingiu o paciente, portanto, não gerou danos.

  • Near Miss/ quase falha: O incidente não atingiu o paciente (RESPOSTA);

    Circunstância Notificável: Incidente com potencial dano ou lesão;

    Incidente sem dano: Incidente atinge o paciente, mas não causa dano;

    Incidente com dano /Evento adverso: Incidente atinge o paciente e resulta em lesão ou dano.


ID
2991559
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A pesquisa clínica envolvendo medicamentos no ambiente hospitalar traz desafios para atuação de farmacêuticos, como a sua participação ativa em Comitê de Ética em Pesquisa. Esse exercício, segundo as regras da ética em pesquisa, devem atender a:

Alternativas
Comentários
  • Resolução CNS/MS n 466/2012 - Pesquisa clinica envolvendo medicamentos no ambito hospitalar

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.


ID
2991562
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Os padrões mínimos para farmácia hospitalar e serviços de saúde da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) traz recomendações para aumentar a segurança e qualidade ao paciente hospitalizado. Segundo os parâmetros de recursos humanos, o hospital que desenvolver atividades clínicas para pacientes internados em unidades de alta complexidade deve possuir, no mínimo, por unidade clínica:

Alternativas
Comentários
  • Atividades clínicas (Pacientes internados em unidades de alta complexidade): 1 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30 leitos)Atividades clínicas (Pacientes internados em unidades de alta complexidade): 1 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30 leitos)

  • O número de farmacêuticos e de auxiliares dependerá das atividades desenvolvidas, da complexidade do cuidado, do número de leitos, do grau de informatização e mecanização da unidade. Dessa forma, de acordo com a tabela da SBRAFH, nas Atividades clínicas (Pacientes internados em unidades de alta complexidade) é recomendado 1 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30 leitos).
  • Atividades clínicas

    • Paciente internado em unidades de baixa e média complexidade: 1 farmacêutico para cada unidade clínica com até 40 leitos.

    • Pacientes internados em unidades de alta complexidade: 1 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30 leitos).

ID
2991565
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

É inegável a importância dos medicamentos no tratamento da maioria das doenças e da necessidade de o hospital manter um sistema efetivo de distribuição. Os principais profissionais envolvidos com o processo de distribuição de medicamentos em hospitais são os médicos, os farmacêuticos e a equipe de enfermagem. Na implantação do sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária (SDMDU):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b.

    os farmacêuticos voltam a se dedicar às atividades para as quais foram formados: todas aquelas relacionadas à gestão de medicamentos

  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.


ID
2991568
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A gestão da qualidade com enfoque na farmácia hospitalar possui processos com diversas atividades, relacionadas ao ciclo da assistência farmacêutica. O processo de implantação de controles específicos para itens sob regime de vigilância legal está relacionado à atividade de:

Alternativas
Comentários
  • C. Gerenciamento

  • GERENCIAMENTO

    • Elaboração de Planejamento Estratégico com desdobramento de ação quanto às metas as ações da unidade de Farmácia. em planos de ação de curto, estabelecidas. médio e longo prazos.

    • Implementação de Indicadores clientes/pacientes. favorável para Práticas das atividades desenvolvidas

    • Elaboração de Organograma, desenvolvidas. Fluxogramas e Procedimentos Operacionais.

    • Informatização.

    • Dimensionamento da área física conforme atividades desenvolvidas.

    • Dimensionamento de Recursos Humanos quanto ao número e qualidade.

    • Implantação de controles específicos para itens sob regime de vigilância legal.

    • Programas de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos.

    • Participação em Comissões Institucionais.


ID
2991571
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A utilização de indicadores na farmácia hospitalar tem a finalidade de permitir o acompanhamento e avaliação de suas atividades. Na ficha padrão para construção de indicadores, em relação à meta:

Alternativas
Comentários
  • Toda meta precisa ser mensurável e ter prazos definidos.

  • LETRA D

    (1) Nome do indicador Escrever o nome do indicador por extenso.

    (2) Sigla Criar uma identificação abreviada para o indicador; sugere-se utilizar a inicial da

    atividade a ser monitorada com um número seqüencial.

    (3) Fórmula Método de cálculo para obtenção do indicador.

    (4) Tipo Definir se o indicador é uma taxa, um índice ou um valor absoluto.

    (5) Objetivo Descrever a razão principal para a criação do indicador.

    (6) Atividade Citar a atividade da Farmácia Hospitalar para a qual o indicador foi construído.

    (7) Meta Deve ser estabelecida procurando destacar a sua parte mensurável, considerando o

    prazo para atingi-la, utilizando o histórico, pesquisa de mercado, referenciais de

    comparação e diretrizes administrativas, em um ambiente de melhoria contínua.

    (8) Área ou serviço relacionado Identificar as áreas ou serviços relacionados com a construção do indicador.

    (9) Coleta de dados Orientar quanto à fonte de obtenção dos dados, o método a ser seguido e a amostra

    a ser considerada.

    (10) Fontes de informação Verificar os documentos, impressos ou eletrônicos, para se obterem os dados necessários para a construção do indicador.

    (11) Método Descrever como os dados devem ser tratados para obtenção do indicador.

    (12) Amostra Determinar a amplitude da coleta dos dados (total ou parcial), por um determinado

    período, para efetuar o cálculo do indicador.

    (13) Frequência de avaliação Definir o período em que o indicador deverá ser analisado criticamente.

    (14) Usuários da informação Identificar os setores que deverão receber o resultado obtido do indicador, para

    efetuar monitoramento e gestão, análise de tendência e comparação com referenciais.

    (15) Responsável Definir o responsável pela obtenção e atualização do indicador.

    (16) Revisão (data) Mostrar a data da última revisão da ficha de construção do indicador.


ID
2991574
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A qualidade deve ser inerente às ações de saúde, e o paciente, o centro das atenções e elemento integrador da equipe multiprofissional de saúde. A abordagem relacionada à segurança do paciente proposto por James Reason, segundo a figura do modelo do queijo suíço, demonstra que:

Alternativas
Comentários
  • Simples, imagine um queijo com furos, daqueles meia cura, ou de sua preferência, quando os furos se sobrepõem, maior o risco de alto atravessá-los. O mesmo acontece com os erros, se há "furos" em diversas etapas do itinerário terapêutico de um usuário, entre os múltiplos profissionais, exames e procedimentos pelos quais é submetido, maior risco da sobreposição desses furos causarem um evento adverso que o atinja,


ID
2991577
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A ordem da mistura é especialmente crítica no preparo de soluções de nutrição parenteral, pois são misturas complexas. Nas preparações 3 em 1, envolvendo glicose, lipídios e aminoácidos, a ocorrência de quebra da emulsão, com separação de fases pode ser decorrente da:

Alternativas
Comentários
  • A ordem correta é glicose + aminoácido + lipídeos

  • A ordem de adição durante o preparo pode causar a formação do precipitado, devendo-se adicionar inicialmente a solução de fosfato à solução de glicose e preferencialmente a solução de cálcio à solução de aminoácidos para em seguida realizar a mistura de ambos sob agitação


ID
2991580
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Na gestão de materiais é corrente a valoração de estoque, na qual os medicamentos estocados e movimentados recebem valor financeiro. O método mais usado nos órgãos públicos do Brasil, cujo valor do estoque é calculado pelo custo médio ponderado das entradas dos produtos é:

Alternativas
Comentários
  • Discordo.

    Primeiro que entra é primeiro que sai!

  • Também não entendi. Primeiro q entra vence antes!
  • A questão se refere à valoração de estoque, não está se referindo à controle de validade.

    A valoração se refere ao método pelo qual os valores de cada item serão calculados para compor o valor total do estoque.

  • A questão se refere à valoração de estoque, não está se referindo à controle de validade.

    A valoração se refere ao método pelo qual os valores de cada item serão calculados para compor o valor total do estoque.

  • Galera, o questão está certa. Gabarito realmente é a alternativa B.

    Estamos muito acostumados com o sistema PEPS, o qual a avaliação do estoque é feita pela ordem cronológica das entradas.

    Mas deixem eu explicar a justificativa e o que seria a alternativa B.

    UEPS significa Último que Entra, Primeiro que Sai ou em inglês LIFO, referente à Last In, First Out. Nesse caso, a saída do estoque é realizada pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado. O valor dos estoques é calculado ao custo do último preço, que costuma ser mais alto.

    Bons estudos, galera.

  • Gabarito esta correto.

    Este tipo de análise, UEPS, não é indicado a aplicação em mercadorias que contém prazo de validade, pois ela propõe que se utilize a última mercadoria que tenha entrado no estoque, pois seu valor é calculado ao custo do último preço, que costuma ser mais alto.

  • Por que não é a letra D? O método mais usado pelos órgãos públicos não seria valoração pelo preço médio (alternativa D)?

  • Gabarito corrigido. A questão menciona métodos de valoração do estoque. O método que utiliza uma média dos valores de todos os produtos em estoque é a valoração pelo custo médio.


ID
2991583
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Existem diversas ferramentas que buscam qualificar a gestão pela qualidade nos serviços de saúde, em especial os serviços farmacêuticos. O exame sistemático do grau em que um produto, processo ou serviço atende aos requisitos especificados é compreendido como:

Alternativas

ID
2991586
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Recentemente, o aumento considerável de estudos relacionados à segurança do paciente e erros de medicação levou a um maior conhecimento sobre o assunto, confirmando sua importância como um problema mundial de saúde pública. A carga de trabalho excessiva que pode contribuir para aumentar a taxa de erros é causa de erro do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Gostaria de saber porque a resposta é Ambiental? Qual é a razão?

  • http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/124/encarte_farmaciahospitalar.pdf

    Eu acredito que esteja se referindo ao ambiente, distrações...

  • Fatores ambientais: como baixa luminosidade, espaços de trabalho desorganizados, barulho, distrações e interrupções, carga de trabalho excessiva podem contribuir para aumentar a taxa de erros;

  • Eles são mestres em manipular nossos pensamentos e, consequentemente, nossas emoções. Eles criam ideias negativas e fazem você pensar que elas são fatos reais. Mas elas são, na verdade, apenas distorções cognitivas.


ID
2991589
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde englobam uma série de ações dirigidas à proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais renováveis. Segundo a RDC nº 222/2018, as embalagens primárias vazias do medicamento antirretroviral dolutegravir sódico 50 mg, em comprimidos, devem ser:

Alternativas
Comentários
  • RDC 222/18

    Art. 42 - As embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como rejeitos e NÃO precisam de tratamento prévio à sua destinação.

    Art. 59 - Os resíduos de medicamentos contendo produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos, imunomoduladores; antirretrovirais, quando descartados por serviços assistenciais de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou dispostos em aterro de resíduos perigosos – Classe I. 


ID
2991592
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Lei Federal nº 12.401/2011 alterou alguns pontos da Lei nº 8.080/90. O documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS, é definido como:

Alternativas
Comentários
  • Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições: 

    I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos; 

    II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.  

  • protocolo clínico e diretriz terapêutica

    GABARITO: A

  • Lei 8080/1990

    Artigo 19° N:

    I- protocolo clínico e diretrizes terapêutica

  • GABARITO: LETRA A

    DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE” 

    II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.  (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)

    LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.


ID
2991595
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

Com relação às boas práticas para preparação de dose unitária e unitarização de doses de medicamento em hospitais previstas na RDC nº 67/2007, a manipulação de especialidade farmacêutica visando ao preparo de uma forma farmacêutica a partir de outra, é compreendida como:

Alternativas
Comentários
  • Correta D. Transformação

  • Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano. 

    Fracionamento: procedimento que integra a dispensação de medicamentos na forma fracionada efetuado sob a supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela subdivisão de um medicamento em frações individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem rompimento da embalagem primária, mantendo seus dados de identificação.

    Preparação: procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, envase, rotulagem e conservação das preparações. 

    Transformação/derivação: manipulação de especialidade farmacêutica visando ao preparo de uma forma farmacêutica a partir de outra.

  • ATENÇÃO, a transformação é permitida apenas excepcionalmente. A excepcionalidade da situação, baseada na ausência de especialidade farmacêutica E de matéria-prima disponível no mercado, somadas ao caso clínico do paciente e a possibilidade ou não de substituição da terapia por outra substância é que servirão de critérios à transformação ou não da especialidade em uma formulação, devendo a decisão ser tecnicamente justificada.

  • Transformação de especialidade farmacêutica - o produto oriundo da indústria farmacêutica.


ID
2991598
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A consolidação das normas do SUS propiciou a sistematização dos diversos conteúdos normativos necessários à compreensão e operacionalização do SUS. A Portaria de Consolidação nº 6/2017 trata:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C: do financiamento e transferência dos recursos federais

  • A) dos direitos e deveres dos usuários da saúde (nº1)

    B) das políticas nacionais, estaduais e municipais de saúde (nº2)

    C) do financiamento e transferência dos recursos federais (nº6)

    D) das ações governamentais e serviços públicos de saúde (nº5)

  • [...] Consolidação das normas sobre o

    financiamento e a transferência dos

    recursos federais para as ações e os

    serviços de saúde do Sistema Único de

    Saúde. [...]

    https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Legislacoes/Portaria_Consolidacao_6_28_SETEMBRO_2017.pdf


ID
2991601
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Durante a dispensação de substâncias ou medicamentos sujeitos a controle especial, os farmacêuticos devem seguir os dispostos legais previstos na Portaria SVS/MS nº 344/98, e suas atualizações. A Portaria nº 344/98 foi atualizada pela RDC nº 103/2016, a qual excluiu do rol de seu controle especial medicamentos da lista:

Alternativas
Comentários
  • importante para consula: lista com as 67 alterações da 344/98:

    http://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-sujeitas-a-controle-especial

  • Nesse caso, trata-se da exclusão dos antirretrovirais da 344/98


ID
2991604
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Farmácia
Assuntos

A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) é resultante das inúmeras propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica realizada em 2003. A PNAF está estruturada em eixos estratégicos a serem adotados pelo SUS, como:

Alternativas
Comentários
  • Resolução n° 388/2004

    Art. 2º - A Política Nacional de Assistência Farmacêutica deve englobar os seguintes eixos estratégicos:

    I - a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui, necessariamente, a Assistência Farmacêutica;

    II - manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS;

    III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção;

    IV - descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação da fragmentação em programas desarticulados;

    V - desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos;

    VI - modernização e ampliar a capacidade instalada e de produção dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos;

    VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica;

    VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção;

    IX - implementação de forma intersetorial, e em particular, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS;

    X -definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País;

    XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade;

    XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos;

    XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo.


ID
2991607
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Em um caso relatado na literatura, um balconista de uma farmácia vendeu a um paciente asmático, com infecção pulmonar, o medicamento Daonil (glibenclamida), um hipoglicemiante oral, ao invés do medicamento correto, o Amoxil (amoxicilina). O paciente, devido à alta dosagem de glibenclamida que ingeriu, teve dano cerebral. O farmacêutico dentro de suas atribuições poderá responder pelo dano ao paciente, de acordo com a:

Alternativas
Comentários
  • Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973: Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências,

    RESOLUÇÃO Nº 596 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014. Ementa: Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.

  • Gabarito B

    Lei nº 5.991 - Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.

    Lei nº 3.820 - Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências.

    Decreto nº 85.878 - (Âmbito Profissional do Farmacêutico) Estabelece normas para execução de Lei nº 3.820, sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá outras providências.

    Lei nº 6.839 - Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões.

    LEI Nº 13.021 - Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. 

    Resolução Nº 596 Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.

    Resolução CFF Nº 648 Regulamenta o procedimento de fiscalização dos Conselhos Regionais de Farmácia e dá outras providências.

  • Gabarito - Letra B

    Lei 5.991/1973

    CAPÍTULO VI - Do Receituário

    Art. 35 - Somente será aviada a receita:

    a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;

    Resolução CFF 596/2014

    CAPÍTULO IV

    Das Proibições

    Art. 14 - É proibido ao farmacêutico:

    XL - aviar receitas com prescrições médicas ou de outras profissões, em desacordo com a técnica farmacêutica e a legislação vigentes;

    ANEXO III

    ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

    Art. 8º - Às infrações éticas e disciplinares medianas, devem ser aplicadas a pena de multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários mínimos regionais, que serão elevados ao dobro, ou aplicada a pena de suspensão, no caso de reincidência, sendo elas:

    XVII - aviar receitas com prescrições médicas ou de outras profissões, em desacordo com a técnica farmacêutica e a legislação vigentes;

  • cuidado com o comentário de Luiz. o artigo 35 da lei 5991/73 foi atualizado em 2020. ficou assim;

    Art. 35 - Somente será aviada a receita:

     - que seja escrita no vernáculo, redigida sem abreviações e de forma legível e que observe a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;