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Prova VUNESP - 2019 - UNESP - Vestibular


ID
3845197
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

À questão colocada por D. João IV, Antônio Vieira

Alternativas
Comentários
  • Significado de Categórico

    adjetivo Indiscutível; que não aceita dúvidas; que não se consegue discutir. Taxativo; que restringe; que não admite resposta: chefe categórico. Definido; cujos limites foram demarcados, delimitados: projeto categórico.


ID
3845200
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

Considerando o contexto, as lacunas numeradas no terceiro parágrafo do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada

    1 fala de Baltasar ele não tem nada ele faria por necessidade

    2 fala de Inácio, é um ser aldacioso que faz de tudo por dinheiro ele tem ambição ganhar sempre mais

    Cobiça : desejo ardente de possuir ou conseguir alguma coisa.


ID
3845203
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

Em sua carta, Antônio Vieira relata os padecimentos

Alternativas
Comentários
  • significado da palavra padecimento ato: dor, sofrimento (físico ou moral) alteração das condições biológicas normais; doença, enfermidade.

    QUEM ESTÁ PADECENDO (QUEM ESTÁ SOFRENDO NA CARTA)? (índios e os portugueses pobres)

     -Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus,

    -É ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres.


ID
3845206
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo pobre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta. No contexto histórico em que foi escrita a carta, o “primo rico” seria

Alternativas
Comentários
  • Mesmo quando o trecho apresentado é um pouco extenso para a entrada de uma questão, não se pode deixar de lê-lo. Pois na maioria das vezes apresenta dados importantes para que seja possível chegar à resposta correta. Para a compreensão do trecho do Padre Antônio Vieira é necessário ter um conhecimento básico do processo histórico de ocupação portuguesa na América – no Brasil. 
    É também importante ter clareza de que a ocupação do território brasileiro não foi uniforme em tempo, espaço, forma e desenvolvimento econômico. Por isso é que historiadores tendem a tratar de “regiões coloniais" ao invés de “Brasil Colonial". 
    O jesuíta Antônio Vieira esteve no Brasil durante o século XVII. Esta é a localização no tempo do trecho transcrito. É importante ter-se clareza da época pois, como já foi dito, houve diferença de tempo e de importância entre as regiões coloniais. Assim sendo, à época em que Antônio Vieira escreveu ao rei de Portugal, é bastante específico o produto que seria o “primo rico". Ele está indicado em uma das alternativas 
    A) CORRETA- A agromanufatura do açúcar era a atividade mais lucrativa entre aquelas das diferentes regiões coloniais da América Portuguesa. O lucro com a comercialização do açúcar era suficientemente grande para o enriquecimento da metrópole e da elite sócio econômica da região. Portanto, o “primo rico" citado pelo historiador. 
    B) INCORRETA- O pau-brasil só se foi explorado com lucros até mais ou menos 1530 e, não justificaria a colonização pois era uma atividade extrativa baseada no escambo com nativos. 
    C) INCORRETA- O plantio e exportação do café não datam da época colonial. 
    D) INCORRETA-. A exploração do ouro e pedras preciosas em Minas Gerais não é uma atividade agrícola! 
    E) CORRETA – O plantio de algodão sofria a permanente concorrência do algodão produzido nas regiões do sul do atual EUA. Foi o “primo rico" somente no período da Guerra Civil norte-americana, quando a exportação do algodão brasileiro cresceu por conta da diminuição da venda do produto dos estados do sul dos EUA. 
    Gabarito do professor: Letra A.
  • Ciclo econômico do Brasil :

    através dos texto reconhecemos que se trata do período colonial :

    inicio da administração colonial com as capitanias hereditarias e o governo geral ;

    Portanto , so poderia ser a alternativa letra A

  • LETRA A

    A economia açucareira era tão forte que nem mesmo após a instalação da Holanda no lucrativo comércio do açúcar caribenho e a economia aurífera colonial, extinguiu o mercado açucareiro do "Brasil".

    O produto era tão forte, que menciona Celso Furtado em sua obra - Formação Econômica do Brasil - de todo arrecadado bruto decorrente da economia açucareira, mesmo com os custos de produção serem exorbitantes, com pagamento de alguns salários, manutenção das fazendas, equipamentos e ferramentas, compra de escravos e máquinas, os luxos exorbitantes da Elite colonial entre outros custos ligados a produção, estes estavam na casa dos 10% do total bruto da economia. Não é atoa que o açúcar era muita das vezes chamado de "Ouro Branco".

    --------------------------------

    (Caso esteja errado me informem por privado)

    @estuda_gabrielg


ID
3845209
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode o objeto direto vir repetido. Essa reiteração recebe o nome de objeto direto pleonástico.
(Adriano da Gama Kury. Novas lições de análise sintática, 1997. Adaptado.)

Antônio Vieira recorre a esse recurso expressivo em:

Alternativas
Comentários
  • Pleonasmo consiste na repetição de um termo da oração ou do significado de uma expressão, isto é, alguma informação que é repetida desnecessariamente. 

    SUBIR PARA CIMA


ID
3845218
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

O tom predominante no soneto é de

Alternativas
Comentários
  • Que ficou pasmo, hesitante ou indeciso, sem reação, diante ger. de algo inesperado, incompreensível ou absurdo: Ainda confuso após o atentado, parou perplexo em meio ao caos. 3. Fig. Admirado, pasmado ou tomado de encanto; ATÔNITO: Ficou perplexo diante de tanta beleza.

    Árvores aqui vi tão florescentes,

    Que faziam perpétua a primavera:

    Nem troncos vejo agora decadentes.

    Eu me engano: a região esta não era;

    Mas que venho a estranhar, se estão presentes


ID
3845221
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

No soneto, o eu lírico expressa um sentimento de inadequação que, a seu turno, se faz presente na seguinte citação:

Alternativas

ID
3845224
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

Considerando o contexto histórico-geográfico de produção do soneto, as transformações na paisagem assinaladas pelo eu lírico relacionam-se à seguinte atividade econômica:

Alternativas
Comentários
  • Resolução Comentada Atenção: questão interdisciplinar com a História, cuja resposta levou em consideração a ajuda/consultoria do professor Alê Lopes. Alternativa “a”: incorreta. Não tem como se indústria, pois ela é um processo econômico do começo do século XX, sobretudo, pós-1930. Alternativa “b”: incorreta. Não, porque o extrativismo vegetal é, predominantemente, uma atividade econômica amazônica. Alternativa “c”: incorreta. A agricultura nesta época poder ser considerada uma atividade de subsistência e abastecimento interno. Portanto, ela também sofre que com as transformações advindas da intensificação da atividade mineradora. Alternativa “d”: correta – gabarito. Cláudio Manuel da Costa é mineiro no século XVIII, época na qual predominava em Minas Gerais a extração de minerais, principalmente, a atividade aurífera. Alternativa “e”: incorreta. A pecuária é uma atividade econômica predominante no Sul e Nordeste.


ID
3845227
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

O eu lírico recorre ao recurso expressivo conhecido como hipérbole no verso:

Alternativas
Comentários
  • Questão típica sobre figuras de linguagem. A hipérbole é uma figura de linguagem que ocorre quando há o uso de uma expressão exagerada, claramente simbólica. Alternativa “a”: incorreta. A palavra “tão” é um qualificador, um advérbio que expressa grau de superlativo, mas não é porque é superlativo que é hiperbólico. Hipérbole é uma questão de gradação e de exagero. Alternativa “b”: incorreta. Esmorecer significa “tornar sem ânimo, sem forças; enfraquecer, afrouxar” (dicionário Houaiss), que não expressa relação hiperbólica em relação ao adjetivo “tímido”. Alternativa “c”: incorreta. A passagem exalta a passagem do tempo, mas sem caráter hiperbólico. Alternativa “d”: correta – gabarito. Hipérbole significa exagero, o que pode ser expresso por meio do adjetivo “perpétua”, que é bem forte, enfático. Alternativa “e”: incorreta. Novamente em relação à letra “a”, hipérbole deve dizer respeito necessariamente ao exagero, ao excessivo.

  • Esta questão requer conhecimento acerca das figuras de linguagem.

    A questão pede o verso em que há a figura de linguagem hipérbole.

    Ocorre a hipérbole quando há o exagero na mensagem.

    De todas as alternativas, o verso que expressa exagero na mensagem é o que consta na alternativa (D).

    Alternativa (A) incorreta - Um cuidado o qual se tem que ter é em relação ao advérbio de intensidade “tão". Esse advérbio está intensificando o adjetivo “diferente", não ocorre exagero na mensagem.

    Alternativa (B) incorreta -  O verso só expressa o sentimento do eu lírico em relação àquele cenário bucólico onde está.

    Alternativa (C) incorreta - O verso só expressa o sentimento do eu lírico em relação àquele cenário bucólico onde está.

    Alternativa (D) correta - Quando o eu lírico diz: “Que faziam perpétua a primavera", usando de um recurso expressivo, ele afirma que a primavera dura para sempre. Diante disso, recorre à hipérbole para expressar o exagero, pois é sabido que cada estação do ano tem um tempo definido.

    Alternativa (E) incorreta - Um cuidado o qual se tem que ter é em relação ao advérbio de intensidade “tão". Esse advérbio está intensificando o adjetivo “florescentes", não ocorre exagero na mensagem.


    Gabarito da professora: Alternativa D.

ID
3845230
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

Está reescrito em ordem direta, sem prejuízo de seu sentido original, o seguinte verso:

Alternativas
Comentários
  • A questão trabalha estruturação frasal e requer conhecimento das funções sintáticas.

     A ordem direta de uma oração é: sujeito + verbo + complemento.

    Alternativa (A) incorreta – A ordem direta seria: “Quem fez aquele prado tão diferente?".

    Observação!!! O pronome interrogativo “quem" exerce a função sintática de sujeito.

    *prado = campo

    Alternativa (B) incorreta – Como o verbo haver, na 2ª estrofe, está no sentido existencial, ele é impessoal, ou seja, não tem sujeito. Então, a ordem direta seria: “Houve uma fonte aqui; eu não me esqueço".


    Alternativa (C) incorreta – A ordem direta seria: “Um monte em vale está mudado ali".

    Alternativa (D) correta – “Tudo tem tomado outra natureza".


    Sujeito: tudo

    Locução verbal: tem tomado (verbo principal transitivo direto)

    Objeto direto: outra natureza
     


    Alternativa (E) incorreta – A ordem direta seria: “Nem vejo troncos decadentes agora".


    Gabarito da professora: Letra D.


ID
3845236
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    — […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.

(Quincas Borba, 2016.)

Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • Significado de canonizar. Aprovar, certificar ou proclamar santo, de acordo com as normas ou rituais determinados pela igreja, geralmente, refere-se a uma pessoa já falecida. [Figurado] Tecer muitos elogios a; louvar ou exaltar. [Figurado] Fazer com que seja aceito ou correto; autêntico.


ID
3845239
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    — […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.

(Quincas Borba, 2016.)

Considerando o contexto histórico de produção, verifica-se no trecho uma alusão irônica

Alternativas
Comentários
  • à teoria darwiniana.seleção das espécie , ao vencedor as batatas

    Portanto, Humanitas é o princípio único de tudo o que existe. Sua teoria é mais amplamente explorada no romance que Machado publica em 1891, Quincas Borba. Para explicá-la, a personagem de Quincas Borba criou a frase: “Ao vencedor as batatas!” “Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas.12 de set. de 2011

    quem vencer leva as batatas!!


ID
3845242
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    — […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.

(Quincas Borba, 2016.)

Em “mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra” e “As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos”, os termos sublinhados estabelecem relação, respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • EU ERREI FUI E MAIS É A D A CORRETA

    Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo. Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.2


ID
3845248
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.


(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)



O texto refere-se ao movimento denominado 

Alternativas
Comentários
  • Sempre que a literatura brasileira for associada aos fins perfeitos, pensar no Parnasianismo, cujo principal autor é Olavo Bilac.

  • O fragmento de Antônio Cândido refere-se ao Parnasianismo, movimento que retoma a tradição da Antiguidade Clássica, distanciando-se dos problemas sociais do século XIX, e preconizando o culto da forma, da valorização da palavra e da razão na busca da “Arte pela Arte”.


ID
3845251
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    Perspectiva. Técnica de representação, numa superfície plana, do espaço tridimensional, baseado no uso de certos fenômenos ópticos, como a diminuição aparente no tamanho dos objetos e a convergência das linhas paralelas à medida que se distanciam do observador.

(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.)


Verificam-se distorções e ambiguidades em relação à técnica da perspectiva na seguinte obra:

Alternativas

ID
3845284
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.


(François Hartog. Regimes de historicidade:

presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)



O texto afirma que a obra de Homero

Alternativas
Comentários
  • O trecho trata da Odisseia, obra de Homero. Na entanto, ao que tudo indica Homero era um aedo ( contador de histórias)  e cego. Não foi quem escreveu Ilíada e Odisseia mas quem as contou. A oralidade era parte importante da cultura grega na antiguidade. Quem escreveu as obras foi uma, ou mais pessoas, que ouviram as histórias de Homero. Uma das alternativas apresenta uma afirmativa correta sobre a Odisseia 
    A) INCORRETA- Não há o questionamento mas louvor das atitudes dos heróis no passado da Grécia.
    B) INCORRETA- Na Odisseia há a valorização dos mitos que faziam parte intrínseca da cultura e da vida dos gregos antigos. Entretanto, os mitos não são o fundamento das noções de tempo e História vigentes ou mesmo pouco posteriores à antiguidade .
    C) INCORRETA- Ao contrário do que a alternativa apresenta, o texto expõe, de uma maneira bastante clara, que a escrita da Odisseia não se abre para o presente. Ele é passado e está acabado. Não há a questão da aprendizagem que traria o passado para o presente 
    D) CORRETA- Como diz o texto, o passado apresentado na Odisseia é acabado. Construído a partir da visão de adivinhos, ele é celebrado mas não tem continuidade. Não dialoga com outras temporalidades , que é o que a História faz. 
    E) INCORRETA- A escrita da Odisseia é mítica e não crítica. 
    RESPOSTA: Letra D.
  • O livro trabalha com elementos mitológicos que são atemporais, enquanto a história é temporal.

  • RESOLUÇÃO:

    As obras “Ilíada” e “Odisseia“, são constituídas por uma visão mitológica do mundo. Enquanto a história é essencialmente temporal, o pensamento mítico é atemporal.

    Resp.: D

    Fonte: https://www.blogdovestibular.com/questoes/questao-comentada-obra-odisseia-unesp-2020.html


ID
3845290
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    [Leonardo da Vinci] viu que “a água corrente detém em si um número infinito de movimentos”.

    Um “número infinito”? Para Leonardo, não se trata apenas de uma figura de linguagem. Ao falar da variedade infinita da natureza e sobretudo de fenômenos como as correntes de água, ele estava fazendo uma distinção baseada na preferência por sistemas analógicos sobre os digitais. Em um sistema analógico, há gradações infinitas, o que se aplica à maioria das coisas que fascinavam Leonardo: sombras de sfumato, cores, movimento, ondas, a passagem do tempo, a dinâmica dos fluidos.


(Walter Isaacson. Leonardo da Vinci, 2017.)



A partir da explicação do texto sobre Leonardo da Vinci, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    Explicação:

    Dentre as características observadas no movimento renascentista, pode ser destacado o naturalismo, ou seja, a apreciação da natureza e a tentativa de se buscar explicações racionais para seus fenômenos. Trata-se de algo observado em Leonardo da Vinci, que observador das cores, ondas e dinâmicas dos fluidos, dentre outros elementos.

  • A questão apresenta texto de apoio sobre Leonardo Da Vinci e o enunciado busca a alternativa correta sobre o mestre renascentista. 

    A) O renascimento não significa um rompimento total com a doutrina católica, mas uma reinterpretação que colocava o humano no centro do pensamento fundando a corrente antropocêntrica. Não era um princípio cristão que dominava o pensamento renascentista. 

    B) O materialismo era baseado na interpretação de fenômenos naturais e coisas consideradas como concretas. O renascimento observou a subjetividade humana com grande sensibilidade artística.

    C) A ciência renascentista foi influenciada pela antiguidade clássica greco-romana e não oriental.

    D) O renascimento significa um rompimento com a idade média.

    E) O texto de apoio é explícito ao comentar a influência da natureza nas percepções artísticas de Da Vinci. Alternativa correta. 


    Gabarito do professor: E.

ID
3845299
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].


(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)



O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do

Alternativas
Comentários
  • Significa que no sistema inquisitivo não há a observância de uma acusação que prima pela individualização da pessoa objeto do ato. Ou seja, é possível ocorrer acusações genéricas e desprovidas da adequada técnica processual.

  • O movimento Iluminista francês, no qual destacamos os pensadores Voltaire, Montesquieu e Rousseau, é fundamental para a construção do pensamento político liberal, que embasou a Revolução Francesa , as revoluções de 1820, 1830 e 1848 na Europa, além dos movimentos emancipacionistas das colônias europeias na América. 
    O movimento apresenta críticas sérias ao poder absoluto de reis, mesmo que não seja contra o regime monárquico enquanto tal, ao controle da economia pelos governos e à estrutura estamental de privilégios das sociedades europeias da época. Entre os pensadores mais destacados encontra-se Rousseau, que é entendido como o criador da ideia de democracia moderna, baseada no conceito de cidadania herdado dos gregos antigos. 
    O trecho, retirado de uma das obras de Rousseau, é claramente representativo de uma filosofia, que marca também as obras de outros intelectuais da época. Esta proposta está indicada em uma das alternativas. 
    A) INCORRETA- Jeans Jacques Rousseau criticou o conceito de propriedade privada mas toda a teoria socialista , que defende o coletivismo e a estatização, é posterior à Rousseau. 
    B) INCORRETA- O humanismo é uma proposta filosófica da época do Renascimento Cultural na Europa, nos séculos XV,XVI primordialmente. 
    C) INCORRETA- O socialismo é crítico do capitalismo e não do absolutismo. 
    D) INCORRETA- A afirmativa é verdadeira em relação ao fascismo, do século XX, mas não é pertinente ao trecho que é de Jean Jacques Rousseau, iluminista do século XVIII. Além disso, Rousseau é considerado o pai da democracia moderna e projeto fascista é autoritário. 
    E) CORRETA- O contratualismo é marco fundamental do projeto liberal e mesmo do projeto de democrático de Rousseau. Supõe serem as sociedades politicamente estruturadas como resultantes de um dado pacto entre seus membros. Esta é a metáfora que embasa a proposta liberal, na qual não há súditos mas cidadãos participantes do governo . Há , por conseguinte, um pacto de confiança entre governantes e governados. Apesar do filósofo contratualista Hobbes ser a favor do absolutismo,  intelectuais contratualistas são , via de regra, contrários ao Antigo Regime. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • olha a fonte já encontra a resposta, contrato social foi um ideal defendido por rousseau

  • A) Está incorreta pois cita o socialismo e a ideia de desconstrução da propriedade privada, que foi um movimento que ganhou força após o Iluminismo (relacionado à Revolução Francesa), motivado pelos abusos da Revolução Industrial.

    B) Incorreta por se referir à valorização do indivíduo, quando o texto trata do coletivo, da república.

    C) Essa alternativa tem o mesmo problema da "A". Antes veio o rompimento com o absolutismo e só depois passou-se a pensar em um regime igualitário, surgindo o ideário socialista.

    D) O fascismo também é posterior, mais presente no período da Segunda Guerra. Essa alternativa poderia ser descartada pela parte do texto que diz "composto de tantos membros quantos são os votos da assembléia", por ser um regime centrado na figura de um líder.

    E) Rousseau era contratualista, e, obviamente, sabendo disso seria automática a resposta. O Antigo Regime era o absolutismo, que entrou em decadência através da Revolução Francesa, dando protagonismo à ideia de cidadania.


ID
3845302
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.


(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.

Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)



O texto relaciona

Alternativas
Comentários
  • A questão proposta está adequada ao conteúdo normalmente exigido em vestibulares ao redor do país e faz parte dos currículos de História tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio. A resposta depende também de leitura e interpretação de texto .
    O trabalho dos historiadores Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Albuquerque tem como objeto de estudo principal o processo de emancipação do Brasil em relação a Portugal, no século XIX. Especificamente no trecho transcrito os autores estabelecem uma relação direta entre o processo brasileiro e o desenrolar da história europeia, que está indicado em uma das alternativas .
    A) INCORRETA- Além de não haver a formação de uma federação de estados na Hispano-américa, não há relação entre a industrialização dos EUA e a restauração de monarquias absolutistas na Europa. 
    B) INCORRETA- Os EUA não avançam sobre o Brasil neste momento. O Ato de Navegação britânico é de 1651. E a influência da Igreja Católica na Europa era cada vez menor desde os movimentos de Reforma religiosa nos séculos XVI e XVII.
    C) INCORRETA- Não houve acordos de livre comércio entre Brasil e países hispano americanos. O Bloqueio Continental aconteceu em 1806 – em uma época de expansão da Franca napoleônica. A alternativa não procede mesmo sendo correta a proposta de recolonização de áreas da América do Sul . 
    D) INCORRETA- Além de Portugal não tolerar os projetos de independência do Brasil , o trecho não se refere aos produtos ingleses distribuídos na Europa tampouco à independência dos EUA. A alternativa apresenta uma série de equívocos. 
    E) CORRETA- O Congresso de Viena buscou restabelecer o Antigo Regime após as guerras napoleônicas, o que demonstra não ser favorável à independência das colônias americanas, na medida em que os processos de emancipação eram baseados em teorias liberais contrárias ao Antigo Regime. No entanto, a Inglaterra, em pleno processo de expansão de sua influência e, tendo uma vida política que já havia rompido com o Absolutismo e o Mercantilismo, apoiava as lutas emancipacionistas . 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Gabarito: E


ID
3845305
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    Era esta uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer, a multidão engrossou e, quando as lâmpadas se acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam [...].

    Muitos dos passantes tinham um aspecto prazerosamente comercial e pareciam pensar apenas em abrir caminho através da turba. Traziam as sobrancelhas vincadas e seus olhos moviam-se rapidamente; quando davam algum encontrão em outro passante, não mostravam sinais de impaciência; recompunham-se e continuavam, apressados, seu caminho.


(Contos de Edgar Allan Poe, 1986.)



O conto, originalmente publicado em 1840, apresenta um perfil das metrópoles do século XIX, destacando

Alternativas
Comentários
  • A questão propõe interessante exercício interdisciplinar entre a Literatura e a Geografia ao associar o conto de famoso autor as características da metrópoles do século XIX. O enunciado busca a alternativa que apresente características das metrópoles do século XIX corretamente.


    A) O intenso êxodo rural misturava habitantes de várias partes da nação dificultando laços de solidariedade enquanto o desenvolvimento da cidadania é processo do século posterior.

    B) Atividades comerciais no século XIX coincidiram com a revolução industrial e estavam crescendo cada vez mais.

    C) Sensibilidade na vida urbana é algo reduzido até os dias de hoje, a tecnologia da época nada tinha de arcaica e evoluía rapidamente e novos meios de transporte a vapor aceleraram a mobilidade populacional.

    D) Ordenamento do espaço urbano é ideia do século XX causada exatamente pelas terríveis consequências do enorme crescimento urbano do século XIX.

    E) Fatores relacionados ao êxodo rural, que rompe laços sociais e causa rápido e desordenado crescimento urbano, característico do século XIX. Alternativa correta.  



    Gabarito do professor: E.

  • Creio que o erro da I esteja em afirmar que "é necessariamente"

  • Creio que o erro da I esteja em afirmar que "é necessariamente"


ID
3845311
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    A construção de Brasília pode ser considerada a principal meta do Plano de Metas [...]. Para alguns analistas, a nova capital seria o elemento propulsor de um projeto de identidade nacional comprometido com a modernidade, cuja face mais visível seria a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Ao mesmo tempo, no entanto, a interiorização da capital faria parte de um antigo projeto de organização espacial do território brasileiro, que visava ampliar as fronteiras econômicas rumo ao Oeste e alavancar a expansão capitalista nacional.


(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.).

História do Brasil para ocupados, 2013.)



O texto expõe dois significados da construção de Brasília durante o governo de Juscelino Kubitschek. Esses dois significados relacionam-se, pois

Alternativas
Comentários
  • A pedra fundamental de Brasília foi lançada a 21 de abril de 1956 e a inauguração da cidade foi comemorada a 21 de abril de 1960. Quatro anos depois. 
    A mudança da capital federal estava oficialmente prevista na primeira Constituição da República (1891). Logo que entrou em vigor, o governo de Floriano Peixoto decidiu dar efetividade ao projeto. Para isso criou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, que foi dirigida por Luís Cruls, cidadão belga que ocupava o cargo de diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro.
    Mas, os governos seguintes não a implementaram porque não pareceu viável essa transferência, uma vez que o Planalto Central era um ermo. O plano só foi colocado em prática no governo Jk. Entre os objetivos da construção de Brasília há dois indicados em uma das alternativas.
    A) CORRETA- A redefinição do território brasileiro tem o propósito de equilibrar o desenvolvimento econômico das regiões, projeto já bastante antigo. 
    B) INCORRETA- Não há proposta de isolamento em relação aos outros Estados latino-americanos tampouco xenófoba na pauta de governo de Juscelino Kubitschek. Aliás, xenofobia enquanto tal não faz parte dos hábitos e costumes brasileiros. 
    C) INCORRETA- Desde a estadia de D. João VI no Brasil houve propostas de redefinição do território brasileiro, o que é efetivado no governo JK. Mas tal redefinição não se relaciona com a estrição à entrada de investimentos estrangeiros no Brasil, que é exatamente o oposto da proposta do Plano de Metas do governo de JK. 
    D) INCORRETA- O presidente JK , embora não um liberal em termos econômicos strictu sensu, era um liberal em termos políticos. Entre suas propostas de governo não consta, porém, o estabelecimento de um regime de igualdade social. 
    E) INCORRETA – A edificação de Brasília apresenta, sim, uma estética nova, original e contemporânea de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. No entanto, não se relaciona com as construções dos primeiros habitantes 
    Gabarito do professor: Letra A.

ID
3845314
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Dois fatores que contribuíram para os processos de emancipação política na África e na Ásia no pós-Segunda Guerra Mundial foram:

Alternativas
Comentários
  • O processo de libertação de áreas na África e na Ásia que estavam sob domínio europeu foi complexo, e feito através de negociações e conflitos, muitos deles bastante sangrentos como a Guerra da Argélia.
    Como é um processo que teve seu momento de mais sucesso após a segunda guerra, há a ideia de que só neste momento os povos colonizados reagiram contra a dominação. Tal ideia não procede. Há movimentos de oposição desde que existiu a dominação. Podemos destacar a Guerra dos Boxers na China, por exemplo. E, desde a década de 1920 Mahatma Gandhi demandava , através de propostas de desobediência civil, a libertação da Índia das mãos dos ingleses. 
    Houve, no entanto, elementos que favoreceram os movimentos após os grandes conflitos mundiais da primeira metade do século XX; A questão pede que sejam apontados dois elementos favoráveis , apresentados em um da alternativas. 
    A) INCORRETA- Há dois problemas com a afirmativa. Em primeiro lugar a China não foi neutra em todos os conflitos regionais desencadeados pelos diferentes processos de independência. Em segundo lugar o final da guerra fria não trouxe as lutas por libertação. Elas ocorreram durante e com influência, muitas vezes direta, dos conflitos da Guerra Fria 
    B) INCORRETA- A crise do petróleo data da década de 1970, quando os processos de independência são, em sua maioria, das décadas de 1950 e 1960. A questão do petróleo não se relaciona com a questão de descolonização. Há uma negociação com países produtores da África e do Oriente Médio organizados na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) por conta dos preços do óleo bruto, o que não se relaciona diretamente com a questão da libertação, cronologicamente anterior. 
    C) CORRETA- Organizações nacionalistas existiam nas áreas de dominação europeia desde a efetivação da dominação no século XIX. Elas alcançam maior sucesso após as duas guerras mundiais – pelo enfraquecimento das metrópoles e, por conta do estímulo da proposição de autodeterminação dos povos, que fazia parte da proposta de paz de Woddrow Wilson ( então presidente dos EUA) após a primeira guerra e, que passou a ser um dos pilares das ações da ONU. 
    D) INCORRETA- O movimento de pan-africanismo foi importante nas lutas pela libertação mas, não unificou a todas por contas da imensa diversidade étnico- cultural e linguística entre os povos africanos, mesmo que habitassem o mesmo território “nacional" criado por europeus. Além disso, a autonomia econômica das regiões africanas é questionável, devido ao domínio de grandes empresas europeias em suas principais atividades econômicas. 
    E) INCORRETA – O grande problema da proposta de um Terceiro Mundo – países não alinhados nem com URSS tampouco com EUA, é exatamente a falta de estruturas econômica sólidas que possibilitassem a tais Estados a adoção, na arena internacional, de posições livres de interferência das potências. 
    Gabarito do professor: Letra C.

ID
3845317
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    O terrorismo atual utiliza as técnicas do espetáculo produzindo vídeos e montagens por vezes muito bem elaborados. O controle dos meios de difusão de conteúdo é certamente outra novidade, possibilitada pelo advento da internet [...]. Por mais chocante que possa ser o conteúdo difundido pelo Estado Islâmico, sua forma é já reveladora de que a violência está subordinada a uma lógica espetacular.


(Gabriel F. Zacarias. No espelho do terror: jihad e espetáculo, 2018.)



O texto caracteriza o terrorismo atual como peculiar, pois este

Alternativas
Comentários
  • O terrorismo é um dos temas mais comuns em provas do tipo e, dada a sua complexidade e múltiplas relações, deve ser estudado com bastante atenção desde seus aspectos histórico-estruturais até as atualizações mais recentes. O texto associado aborda o terrorismo contemporâneo e suas formas de comunicação. O enunciado questiona qual alternativa apresenta corretamente os motivos da característica peculiar atribuída ao terrorismo moderno.
    A) Inclusão digital de pessoas pobres para divulgar atrocidades não é a motivação da característica peculiar do terrorismo contemporâneo.
    B) As principais organizações terroristas contemporâneas não são declaradamente anticapitalistas e usam a propaganda para divulgar para o máximo de pessoas possíveis suas atrocidades.
    C) Até é comum o discurso de rejeição da cultura ocidental, porém o espetáculo é uma ferramenta usual na divulgação de suas atrocidades e ideologia.
    D) Estratégia de forte impacto visual corresponde a execuções extremamente violentas veiculadas com frequência por grupos que utilizam as facilidades das novas tecnologias como forma de divulgação de suas ações para conseguir objetivos que vão desde arrebanhar novos membros até intimidar seus inimigos. Alternativa correta. 
    E) Grupos contemporâneos atuando em crises de grandes proporções como na Síria ou Líbia recorrem frequentemente ao alistamento de cidadãos ocidentais, em sua maioria europeus nativos descendentes de imigrantes, para engrossar suas fileiras e até mesmo para realizar ataques em seus países nativos.  



    Gabarito do professor: D.

ID
3845320
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    O advento de chefes de Estado-empresa marca uma transição sistêmica entre o enfraquecimento do Estado- -nação e o fortalecimento da corporação apoiada em sua racionalidade técnico-econômica e gerencial. Essa transferência leva, por um lado, ao esvaziamento do Estado, reduzido à administração e à gestão, e, de outro, à politização da empresa, que expande sua esfera de poder muito além de sua atividade tradicional de produção. A corporação tende a se tornar o novo poder político-cultural.


(Pierre Musso. “Na era do Estado-empresa”. http://diplomatique.org.br, 30.04.2019. Adaptado.)



Coerentes com o neoliberalismo, as propostas do Estado- -empresa convergem para

Alternativas
Comentários
  • O texto de apoio aborda  formas atuais de gerir o Estado e sua relação com os interesses de grandes corporações. O enunciado busca a alternativa que apresente corretamente as consequências das propostas para o estado influenciadas pelo neoliberalismo. 
    A) Estas são propostas características do pensamento socialista.

    B) A concentração de renda é uma consequência natural das políticas neoliberais e é vista como aceitável ou mesmo desejável dependendo da corrente ideológica neoliberal a ser considerada. 
    C) A regulação da força de trabalho é característica do pensamento Keynesiano enquanto a produção flexível está de acordo com o pensamento neoliberal.

    D) Livre comércio e contenção de inflação são políticas neoliberais.

    E) A redução do papel regulador de empresas estatais sobre as atividades econômicas é parte central do pensamento neoliberal enquanto a mínima intervenção do estado na economia acaba por causar desregulamentação generalizada como a que ocorreu sobre o mercado imobiliário norte-americano durante a crise de 2008. Alternativa correta. 
     

    Gabarito do professor: E.

ID
3845323
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    A reação diante da alteridade1 faz parte da própria natureza das sociedades. Em diferentes épocas, sociedades particulares reagiram de formas específicas diante do contato com uma cultura diversa à sua. Um fenômeno, porém, caracteriza todas as sociedades humanas: o estranhamento, que chamamos etnocentrismo, diante de costumes de outros povos, e a avaliação de formas de vida distintas a partir dos elementos da sua própria cultura. Assim, percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo2. Os estereótipos são uma maneira de “biologizar” as características de um grupo, isto é, considerá-las como fruto exclusivo da biologia, da anatomia. No interior de nossa sociedade, encontramos uma série de atitudes etnocêntricas e biologicistas.

(https://gdeufabc.wordpress.com)


1 alteridade: característica, estado ou qualidade de ser distinto e diferente, de ser outro.

2 estereótipo: ideia ou convicção classificatória preconcebida sobre alguém ou algo.



Um exemplo de etnocentrismo incorporado a uma política estatal foi

Alternativas
Comentários
  • O texto de apoio aborda a forma como as sociedades historicamente lidam com diferenças e modelos de comportamento enquanto o enunciado busca a alternativa correta sobre o etnocentrismo e políticas de Estado. 
    A) O movimento sionista buscava uma migração religiosa de judeus de diversas partes do mundo para uma parte do mundo considerada como historicamente relacionada as suas crenças.

    B) O regime sul-africano segregava seres humanos com base em distinções raciais sendo a materialização de políticas racistas por parte de um Estado. Estas políticas remontam à fundação do estado por colonos europeus, que se consideravam racialmente superiores aos africanos nativos o que caracteriza o etnocentrismo, que é uma visão de mundo baseada em racismo e na crença de superioridade cultural e social. Alternativa correta. 
    C) Curdos tem negado sua reivindicação de Estado próprio com base na alegação de que iria dividir o território nacional turco. Não há registro explícitos de políticas de segregação e negação de direitos dos curdos por conta de sua etnia.
    D) Onda de revoltas não relacionada a diferenças étnicas e políticas segregacionistas por parte do estado sírio.

    E) Foi a divisão de um território nacional em várias áreas menores com base em divisões étnicas que causaram conflitos, mas não foram provenientes de políticas públicas aplicadas por Estados nacionais da região. 


     
    Gabarito do professor: B.

ID
3845326
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    “Eu tinha muito medo, estava sozinha, não tinha como não trabalhar. Ela não me deixava amamentar meu filho pela manhã, dizia que eu perderia tempo.” (Dora E. A. Calle)


    “Quando eu precisava sair da casa, sempre tinha que pedir a chave. E nessa hora a chave sempre sumia.” (Raul G. P. Mendoza)

   

 “A casa onde eu trabalhava tinha outros 14 bolivianos, que, assim como eu, queriam guardar dinheiro e voltar para nosso país. Mas não é bem assim que acontece.” (Alicia V. Balboa)


(Bárbara Forte. “Tecendo sonhos”.

https://noticias.bol.uol.com.br, 09.05.2019. Adaptado.)



Esses depoimentos retratam a realidade vivida por imigrantes bolivianos que trabalharam no setor têxtil da capital paulista. Os depoimentos evidenciam

Alternativas
Comentários
  • O escravismo, cuja pesada herança os brasileiros carregam até hoje, foi e é alvo de estudos de Antropologia, Sociologia e História principalmente, por ser ele o definidor da estrutura da sociedade brasileira desde sua gênese. O tema é constante nos estudos de História do Brasil, desde a escola básica e a bibliografia vasta e de fácil acesso, como as obras de Jacob Gorender .
    Apesar de ter sido oficialmente abolida em 1888, com a assinatura da Lei Áurea, ainda há, em várias regiões do Brasil, formas de exploração do trabalho que nada ficam a dever à escravidão.
    Há diligências policiais para coibir a exploração, sindicatos de trabalhadores procuram fazer trabalho de conscientização e, abrem espaço para denúncias. Organizações não governamentais e locais de capacitação para o trabalho clarificam dúvidas e ensinam os direitos do trabalhador. No entanto, a pobreza e a miséria, a ilusão de imigrantes sofridos , que buscam uma vida melhor, alimentam a exploração de trabalhadores. 

    O trecho mostra o depoimento de uma imigrante boliviana e o que se pede é que seja qualificada a forma de trabalho a que ela foi submetida. 
    A) INCORRETA – A competitividade da Divisão Internacional do Trabalho não é, necessariamente. sinônimo de exploração do trabalhador 
    B) CORRETA – A entrevistada descreve uma forma de trabalho na qual existe a despersonalização e a dessocialização do trabalhador, mesmo ele percebendo um “ salário" , o que configura um trabalho análogo à escravidão. 
    C) INCORRETA – A questão não é originada em segregação por diferenças étnicas. Portanto, não se relaciona com xenofobia. 
    D) INCORRETA – a flexibilização de leis trabalhistas pode levar à maior exploração do trabalhador mas, o trabalho descrito no trecho nem mesmo é regido por alguma lei. Ele é, na verdade, fora da lei. 
    E) INCORRETA – A globalização trouxe, acima de tudo, a profunda divisão do trabalho pelas regiões do mundo e não necessariamente formas de trabalho análogas à escravidão, embora elas sejam, infelizmente, bastante comuns em países mais pobres. 

    Gabarito da professora: Alternativa B.

ID
3845332
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    A ideia de pátria se vinculava estreitamente à de natureza e em parte extraía dela a sua justificativa. Ambas conduziam a uma literatura que compensava o atraso material e a debilidade das instituições por meio da supervalorização dos aspectos regionais, fazendo do exotismo razão de otimismo social. A partir de 1930 houve uma mudança de orientação, sobretudo na ficção regionalista, percebendo-se o que havia de mascaramento no encanto pitoresco com que antes se abordava o homem rústico. Evidenciou-se a realidade dos solos pobres, das técnicas arcaicas, da miséria pasmosa das populações, da sua incultura paralisante. A visão que resulta dessa perspectiva é pessimista quanto ao presente e problemática quanto ao futuro.


(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios, 1989. Adaptado.)



O excerto assinala uma reorientação nos rumos da literatura brasileira, na medida em que os escritores

Alternativas
Comentários
  •  Evidenciou-se a realidade dos solos pobres, das técnicas arcaicas, da miséria pasmosa das populações, da sua incultura paralisante. A visão que resulta dessa perspectiva é pessimista quanto ao presente e problemática quanto ao futuro.

    AQUI VOCE MATA O COEIO

  • A ideia de pátria ligada à natureza ocorre como uma fuga da realidade, quando se percebe o desajuste da sociedade. Assim, ocorre a tentativa de um retorno ao passado histórico, o que para o Brasil é retornar a ideia do país antes da chegada da cultura europeia, quando era habitado somente por povos indígenas. Este é contexto do século XIX no Brasil. 
    O Realismo, no Brasil, nasce da crise criada pela decadência da economia açucareira, pelo prestígio dos estados do sul e pelo descontentamento da burguesia cafeeira em relação aos rumos políticos da monarquia. Este ambiente facilitou o caminho para as ideias abolicionistas e republicanas. O positivismo do francês  Auguste  Comte também influenciou intelectuais brasileiros e, com isso, a concepção de natureza vista pela ciência aparecem em obras do Realismo e Naturalismo, como na obra realista Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e na naturalista O Mulato, de Aluísio Azevedo. 
    Um outro momento de mudança política é o do movimento de 1930, que conduziu Getúlio Vargas ao poder, com o apoio do empresariado industrial, entre outros setores sociais. A partir de 1930 vemos a consolidação do movimento Modernista com diferentes características que visava se sobrepor aos movimentos naturalista, parnasianista e simbólico. Os regionalistas pregavam o sentimento de unidade nordestina e o movimento antropofágico que propunha a devorar a cultura importada com o objetivo de reelaborar o que viesse “de fora". 
    Em 1934 foi promulgada a Constituição e há a eleição de Getúlio Vargas para presidente da República. Os escritores Graciliano Ramos e Jorge Amado, membros do Partido Comunista, foram presos no ano de 1936. Depois dessas prisões foram confirmadas, em 1937, na Nova Constituição as características fascistas do governo varguista. 
    Este é, em linhas gerais, o contexto que envolve a produção literária no país, entre o século XIX e primeira metade do século XX. Para responder esta questão precisa-se de conhecimento prévio da literatura romântica e modernista brasileira e seus respectivos períodos históricos. 
    A) INCORRETA - Os acontecimentos históricos trouxeram uma mudança dos paradigmas literários na Semana de Arte Moderna de 1922. Na década de 1930, marcada pela transição política do movimento de 1930, os modernistas ampliaram suas características, como: o nacionalismo crítico, índole caótica e anarquista, destaque para o cotidiano e a valorização da cultura brasileira. Tais características não se relacionam com uma regionalização oficial.
    B) CORRETA - Os modernistas, depois de 1930, imprimiram mais ênfase em suas características como o destaque para o cotidiano e o nacionalismo crítico, que pode ser considerado uma forma de realismo. Desta forma não há idealização do país, que é apresentado com suas mazelas. 
    C) INCORRETA – Com a promulgação da constituição Brasileira de 1937 são percebidas características autoritárias implementadas no país, nada compatíveis com o american way of life 
    D) INCORRETA - O movimento Antropofágico propõe devorar a cultura importada com o objetivo de reelaborar o que vier de fora. 
    E) INCORRETA - A produção literária de 1930 foi impregnada pelo nacionalismo crítico.
    RESPOSTA: B

ID
3845335
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O processo de desmetropolização, observado no Brasil desde o final do século XX, é caracterizado

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    Uma tendência marcante nas últimas décadas, tem

    sido o crescimento populacional das cidades médias

    num ritmo muito maior do que nas regiões

    metropolitanas. Isso se deve ao processo de

    descontinuação industrial em resposta à saturação da

    infraestrutura e o encarecimento da produção nas

    metrópoles.

    Resposta: C

  • Desmetropolização: É um fenômeno recente, que visa o povoamento de uma cidade de menor porte para que os centros urbanos saturados venham a se desinchar com a quantidade de pessoas. Ou seja, consiste na fuga de grandes empresas para cidades não tão povoadas.


ID
3845347
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

As abelhas são responsáveis pela maior parte da polinização em nosso planeta. Mesmo assim, estão sendo eliminadas, colocando em risco a conservação da biodiversidade e a segurança alimentar na Terra. Dentre as práticas que acirram o extermínio de abelhas, pode-se citar

Alternativas
Comentários
  • Questões sobre impactos ambientais demandam conhecimentos amplos sobre diversas áreas da Geografia e ciências associadas além da capacidade de relacionar tudo ao tema proposto. Buscamos a alternativa correta sobre práticas que ameacem as abelhas e seu importante papel de polinizadoras.

    A) O cultivo em terraços preparados em encostas associado ao avanço da biotecnologia não são fatores associados a impactos sobre o ciclo de vida das abelhas.

    B) A manipulação genética de espécies não impacta diretamente a vida das abelhas enquanto a expansão de plantas silvestres pode até, dependendo da espécie, ser benéfica para as abelhas.

    C) A alternância de tipos de culturas é bom para evitar o esgotamento do solo enquanto a mecanização aumenta a produtividade, porém ambas as práticas não possuem relação direta com o ciclo de vida das abelhas.

    D) Sementes nativas de um local também chamadas de crioulas e a silvicultura ou o cultivo e manejo de áreas florestais são consideradas boas práticas ambientais e colaboram indiretamente com o ciclo de vidas das abelhas.

    E) A monocultura é tradicionalmente praticada em grandes propriedades o que reduz a biodiversidade do local e dificulta a busca das abelhas por néctar de flores enquanto o uso indiscriminado de agrotóxicos afeta diretamente a espécie que morre antes de completar seu ciclo reprodutivo.  

    GABARITO DO PROFESSOR: E


     




ID
3845350
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    Alguns especialistas argumentam que deveria haver rótulos climáticos na comida, da mesma forma que há informações sobre nutrição. Em teoria, os rótulos poderiam ajudar os consumidores a escolher produtos de baixo impacto ambiental e dariam aos agricultores e produtores mais incentivos para mudarem seus produtos.


(The New York Times. “Como fazer compras, cozinhar

e comer em um mundo que está aquecendo?”.

www.folha.uol.com.br, 06.05.2019. Adaptado.)



Considerando a proposta apresentada pelo excerto, um dado que poderia constar nos rótulos de alimentos seria 

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa diretamente ligada ao aspecto

    climático seria aquela voltada para o fenômeno do

    efeito estufa, de origem antrópica, supostamente

    vinculado ao aquecimento global. Esse fator é

    evidenciado pela “pegada de carbono” que quantifica

    o quanto cada produto coloca de carbono na

    atmosfera em todo seu ciclo produtivo.

    Resposta: D

    (The New York Times. “Como fazer compras, cozinhar

    e comer em um mundo que está aquecendo?”.

    www.folha.uol.com.br, 06.05.2019. Adaptado.)

  • As pessoas e as empresas, através de suas atividades e rotinas diárias, produzem dióxido de carbono e outros gases poluentes que causam um impacto ambiental. Alguns especialistas defendem que, além dos rótulos nutricionais, os gêneros alimentícios deveriam ter rótulos climáticos para que o consumidor tenha a opção de escolher produtos com baixo impacto ambiental. 
    Assim haveria também incentivo para que agricultores e produtores aumentassem a oferta de produtos de menor impacto. Estes gases poluentes retém o calor na atmosfera do planeta e isto contribui para o aquecimento global. Os efeitos deste aquecimento prejudicam o meio ambiente, a vida humana e animal. 
    O texto reforça a necessidade de conhecer o que consumimos e produzimos para escolhermos conscientemente produtos que sejam ambientalmente responsáveis e, que diminuam o impacto na natureza. 
    Para responder a questão é preciso ter o conhecimento prévio - básico ao menos - sobre as questões climáticas e de impacto ambiental. 
    A) INCORRETA - Débito fluvial ou descarga fluvial é o volume de água que passa em um canal fluvial em uma unidade de tempo medido.
    B) INCORRETA - A estrutura fundiária é a forma como as propriedades rurais estão organizadas pelo território do país. 
    C) INCORRETA - O Código Florestal foi implementado pela Lei 12.651, de 25 de Maio de 2012. Ele estabelece as normas para a proteção da vegetação nativa em áreas de preservação permanente, reserva legal, uso restrito, exploração florestal, dentre outros. Ou seja, é a lei que institui as regras gerais sobre onde e de que forma a vegetação nativa do Brasil pode ser explorada.
    D) CORRETA - A pegada de carbono é a quantidade de dióxido de carbono que produzimos. Todas as atividades que pessoas e empresas realizam produzem dióxido de carbono, que é um gás que polui a atmosfera. Esse gás juntamente com outros poluentes contribui para o aquecimento global. 
    E) INCORRETA - A diversidade ecológica é quando as espécies se unem e formam uma mesma comunidade, sendo elas iguais ou não. Essas comunidades quando interagem entre si formam um ecossistema e a junção de um ecossistema forma um bioma.
    RESPOSTA: D

ID
3845356
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia

    Em 4 de julho de 2012, foi detectada uma nova partícula, que pode ser o bóson de Higgs. Trata-se de uma partícula elementar proposta pelo físico teórico Peter Higgs, e que validaria a teoria do modelo padrão, segundo a qual o bóson de Higgs seria a partícula elementar responsável pela origem da massa de todas as outras partículas elementares.


(Jean Júnio M. Pimenta et al. “O bóson de Higgs”.

In: Revista brasileira de ensino de física, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.)



O que se descreve no texto possui relação com o conceito de arqué, desenvolvido pelos primeiros pensadores pré-socráticos da Jônia. A arqué diz respeito

Alternativas
Comentários
  • A arqué seria o elemento básico, constituinte da natureza, os pré-socráticos se fundamentavam nisso para explicar o cosmos.

    Ex: Tales de Mileto

    Arqué : água.

    LETRA C

    APMBB

  • Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué (em grego clássico: ἀρχή), seria o elemento que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas do mundo.

    Seria o elemento fundamental de onde tudo provém!


ID
3845359
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia

    The General Data Protection Regulation (GDPR), which came into force in 2018, was the biggest shake-up to data privacy in 20 years. A slew of recent high-profile breaches has brought the issue of data security to public attention. Claims surfaced last year that the political consultancy Cambridge Analytica used data harvested from millions of Facebook users without their consent. People are increasingly realizing that their personal data is not just valuable to them, but hugely valuable to others. Now the law on data protection is about to catch up with technological changes.


(Clive Coleman. “GDPR: Are you ready for the EU’s huge data

privacy shake-up?”. www.bbc.com, 20.04.2018. Adaptado.)



O texto permite abordar um problema filosófico contemporâneo, que está relacionado

Alternativas

ID
3845362
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Do nascimento do Estado moderno até a Revolução Francesa, ou seja, do século XVI aos fins do século XVIII, a filosofia política foi obrigada a reformular grande parte de suas teses, devido às mudanças ocorridas naquele período. O que se buscou na modernidade iluminista foi fortalecer a filosofia em uma configuração contrária aos dogmas políticos que reforçavam a crença em uma autoridade divina.


(Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas

de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo”.

In: Historiæ, vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.)



O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito das leis, criticou o absolutismo e propôs

Alternativas
Comentários
  • Apesar de nobre, Montesquieu era completamente contrário ao absolutismo. Ele era a favor de um Estado politicamente liberal, onde houvesse um corpo de leis que regesse a atuação daqueles que cuidam do Estado e dos cidadãos em geral. Para que não houvesse abusos, o Estado deveria ser repartido em três esferas de poder. Ele era completamente contra o  despótico (o poder absoluto concentrado nas mãos de um tirano). Seu modelo defendia o respeito à liberdade e à vida, além dos direitos políticos dos cidadãos. Havia, para Montesquieu, três formas de governo centrais, sendo duas legítimas e uma ilegítima.

    fonte: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/montesquieu.htm


ID
3845365
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia

Texto 1


    Com a falta de evidência do conceito de arte, e com a evidência de sua historicidade, ficam em questão não só a criação artística produzida no presente e a herança cultural clássica ou moderna, mas também a relação problemática entre a arte e as várias modalidades de produção de imagens e de ofertas de entretenimento que surgiram a partir do século XX.


(Pedro Süssekind. Teoria do fim da arte, 2017. Adaptado.)



Texto 2


    A discussão sobre o grafite como arte ou como vandalismo reflete o modo como cada gestão pública entende essas intervenções urbanas. Até 2011, o grafite em edifícios públicos era considerado crime ambiental e vandalismo em São Paulo. A partir daquele ano, somente a pichação continuou sendo crime. De um modo geral, a pichação é considerada uma intervenção agressiva e que degrada a paisagem da cidade. O grafite, por sua vez, é considerado arte urbana.


(Lais Modelli. “De crime a arte: a história do grafite nas ruas de São Paulo”.

www.bbc.com, 28.01.2017. Adaptado.)



No contexto filosófico sobre o conceito de arte, os dois textos concordam em relação à

Alternativas

ID
3845368
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia

    Diariamente somos inundados por inúmeras promessas de curas milagrosas, métodos de leitura ultrarrápidos, dietas infalíveis, riqueza sem esforço. Basta abrir o jornal, ver televisão, escutar o rádio, ou simplesmente abrir a caixa de correio eletrônico. A grande maioria desses milagres cotidianos é vestida com alguma roupagem científica: linguagem um pouco mais rebuscada, aparente comprovação experimental, depoimentos de “renomados” pesquisadores, utilização em grandes universidades. São casos típicos do que se costuma definir como “pseudociência”.


(Marcelo Knobel. “Ciência e pseudociência”. In: Física na escola, vol. 9, no 1, 2008.)



Pode-se elaborar a crítica filosófica aos conhecimentos pseudocientíficos por meio

Alternativas
Comentários
  • É o que mais existe hoje em dia. É como aquela frase "enquanto haverem idiotas, os espertos não passam fome"; O crescimento desse tipo de conhecimento pseudocientífico se dá pela superficialidade com que ele usa a ciência, como dito no texto.

    Portanto se realmente for investigado com profundidade será revelado que a aquilo não passa enganação.

    Alternativa E)


ID
3845371
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia

    A grande síntese da ciência moderna, estabelecendo as leis físicas do movimento por meio de equações matemáticas e respondendo a todas as questões surgidas com a cosmologia de Copérnico, foi obra de Isaac Newton. Com ela, a física adquiriu um caráter de previsibilidade capaz de impressionar o homem moderno. A evolução do pensamento científico, iniciada por Galileu e Descartes, em direção à concepção de uma natureza descrita por leis matemáticas chegava, assim, a seu grande desabrochar.


(Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. “A evolução do

pensamento cosmológico e o nascimento da ciência moderna”.

In: Revista brasileira de ensino de física,

vol. 30, no 4, 2008. Adaptado.)



A base da grande síntese newtoniana foi, de certa forma, preparada pelo humanismo renascentista, que

Alternativas
Comentários
  • Humanismo > Antropocentrismo (o homem no centro de tudo).

  • "A evolução do pensamento científico, iniciada por Galileu e Descartes (...) chegava, assim, a seu grande desabrochar."

    Em outras palavras é dito que o houve o resgate do pensamento científico.

    Alternativa D)


ID
3845377
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

No romance O amor nos tempos do cólera,Gabriel García Márquez relata os primeiros contatos do jovem médico Juvenal Urbino, um dos três protagonistas do romance, com o cólera.


   O cólera se transformou em obsessão. Não sabia a respeito mais do que aprendera na rotina de algum curso marginal, e lhe parecera inverossímil que há apenas trinta anos tivesse causado na França, inclusive em Paris, mais de cento e quarenta mil mortes. Mas depois da morte do pai aprendeu tudo que se podia aprender sobre as diversas formas do cólera, quase como uma penitência para dar descanso à sua memória, e foi aluno do epidemiólogo mais destacado do seu tempo […], o professor Adrien Proust, pai do grande romancista. De modo que quando voltou à sua terra e sentiu vinda do mar a pestilência do mercado, e viu os ratos nos esgotos expostos e os meninos se revolvendo nus nas poças das ruas, não só compreendeu que a desgraça tivesse acontecido como teve a certeza de que se repetiria a qualquer momento.


(O amor nos tempos do cólera, 1985.)



A partir desse trecho, pode-se inferir que Juvenal Urbino

Alternativas
Comentários
  • cólera é transmitida por bactéria

  • A questão traz um relato do jovem médico Juvenal com o cólera, a partir da percepção após a morte de seu pai. A doença cólera é de origem infecciosa aguda grave, e possui como agente etiológico o Vibrio cholerae (bactéria). Essa doença pode ser transmitida através da água, alimentos ou objetos contaminados pelas fezes ou vômitos de indivíduos infectados. Apresenta como principal sintoma a diarreia líquida, causando rápida desidratação, enjoos e vômitos, e sua prevenção ocorre no cuidado na ingestão de água e alimentos, certificando-se que estão devidamente limpos e desinfectados. (Ministério da Saúde. Cólera. Acesso em setembro de 2020)



    A partir desse trecho, pode-se inferir que Juvenal Urbino
    a) se preocupou em combater, no século XX, o retorno da epidemia de cólera na França, principalmente em Paris, constatando que a doença era transmitida pela urina de ratos. A doença cólera não é transmitida pela urina de ratos, e sim através de água contaminada. Incorreta. 

    b) tivera seu pai morto pelo cólera ainda no século XIX, o que o motivou a investigar as causas dessa doença, no caso, microrganismos eucariotos transmitidos por ratos que se proliferam nos esgotos. O microrganismo causador da doença é uma bactéria, ser procarionte. Incorreta.

    c) viveu na Europa da Idade Média, quando ocorria a grande epidemia de cólera e quando ainda se acreditava que a doença era transmitida por vapores pestilentos dos esgotos. Ele viveu no século XX, conforme pode-se afirmar a partir do ano que foi escrito o livro (1985). Incorreta.

    d) temia uma epidemia de cólera em sua cidade natal e, ainda no século XVIII, aprendeu com seu professor que a falta de saneamento básico favorece os surtos dessa virose. A doença cólera é de causa bacteriana, não sendo causada por um vírus. Incorreta.

    e) se interessou pela doença entre o final do século XIX e o início do século XX, percebendo que as pessoas que entravam em contato com fezes contaminadas contraíam cólera, uma doença transmitida por bactérias. Ele se interessou nesse período, e essa é uma doença transmitida por bactérias. CORRETA.

    Gabarito do professor: E

  • RESOLUÇÃO:

    A cólera é uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, organismo procarionte, contraída por via fecal-oral.

    GABARITO:

    (E) se interessou pela doença entre o final do século XIX e o início do século XX, percebendo que as pessoas que entravam em contato com fezes contaminadas contraíam cólera, uma doença transmitida por bactérias.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2019/11/unesp-2020-questao-62.html?m=1

  • É uma questão interdisciplinar (muito bonita por sinal).

    Para respondê-la, é necessário ter conhecimentos gerais do realismo fantástico de gabriel garcia márquez, bem como saber sobre a transmissão e o agente etiológico do cólera.

    a) se preocupou em combater, no século XX, o retorno da epidemia de cólera na França, principalmente em Paris, constatando que a doença era transmitida pela urina de ratos. (as obras de márquez se passam na américa latina)

    b) tivera seu pai morto pelo cólera ainda no século XIX, o que o motivou a investigar as causas dessa doença, no caso, microrganismos eucariotos transmitidos por ratos que se proliferam nos esgotos. (o agente etiológico do cólera é uma bactéria - procarionte)

    c) viveu na Europa da Idade Média, quando ocorria a grande epidemia de cólera e quando ainda se acreditava que a doença era transmitida por vapores pestilentos dos esgotos. (a narrativa de márquez se passa na idade contemporânea)

    d) temia uma epidemia de cólera em sua cidade natal e, ainda no século XVIII, aprendeu com seu professor que a falta de saneamento básico favorece os surtos dessa virose. (o agente etiológico do cólera é uma bactéria; a narrativa se dá nos séculos XIX e XX)

    e) se interessou pela doença entre o final do século XIX e o início do século XX, percebendo que as pessoas que entravam em contato com fezes contaminadas contraíam cólera, uma doença transmitida por bactérias. (CORRETA)


ID
3845383
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

    O Brasil já é o segundo país que mais realiza a cirurgia bariátrica, que reduz o tamanho do estômago.

    O paciente consegue emagrecer porque perde a fome radicalmente — a quantidade de comida consumida cai a um quarto, em média, por falta de espaço. Apesar dos avanços técnicos e das facilidades, a cirurgia está longe de ser uma intervenção simples.


(Natalia Cuminale. “Emagrecer na faca”. Veja, 13.03.2019. Adaptado.)


Além de aumentar a sensação de saciedade, mesmo com pequena ingestão de alimentos, a redução do estômago também reduz a quantidade de suco gástrico secretado pela parede estomacal, comprometendo a digestão do alimento nessa porção do aparelho digestório.

A principal enzima digestória do suco gástrico e a estrutura química dos monômeros das moléculas sobre as quais atua são

Alternativas
Comentários
  • O estômago é responsável principalmente pela quebra de proteínas por meio da enzima pepsina e da diminuição do pH propiciada pelo suco gástrico. Além disso, era preciso saber que as proteínas são polipeptídeos formados pela função mista dos aminoácidos: grupo amina (R-NH2)+grupo ácido carboxílico (R-COOH)


ID
3845386
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Comportamento do casal pode definir sexo do bebê, dizem pesquisadores



Muitas pessoas sonham não só com o nascimento de um bebê, mas com o sexo dele. Não é possível escolher se você vai gerar uma menina ou um menino, mas alguns pesquisadores sugerem que alguns fatores, como fazer sexo exatamente no dia da ovulação, ou a frequência das relações sexuais, aumentariam a chance de ter uma criança de determinado sexo.


(Ivonete Lucirio. https://universa.uol.com.br, 06.08.2012. Adaptado.)


A notícia traz hipóteses ainda em discussão entre especialistas, mas o que o conhecimento biológico tem como certo é que, na espécie humana, o sexo da prole é definido no momento da fecundação e depende da constituição cromossômica do

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  • Resolução

    A determinação do sexo da prole na espécie humana é

    determinada pela constituição cromossômica do

    espermatozoide, pois o sexo masculino é o

    heterogamético, formando espermatozoides que

    carregam o cromossomo X e outros que carregam o Y.

    A separação dos cromossomos homólogos ocorre na

    meiose I.

    Resposta: A

  • O que é a meiose 1?

    Ocorre a separação dos cromossomos ditos homólogos, ou seja, aqueles que são iguais entre si e que juntos formam um par. Esse ciclo é dito reducional ou meiose I, pois ao final temos células com metade da quantidade de cromossomos da célula-mãe.

    Qual a diferença de meiose 1 e 2?

    O processo ocorre por meio de duas etapas de divisões celulares sucessivas, dando origem a quatro células: Meiose I: Etapa reducional, pois o número de cromossomos é reduzido pela metade. Meiose II: Etapa equacional, o número de cromossomos das células que se dividem mantém-se o mesmo nas células que se formam.

  • O enunciado da questão informa que algumas pesquisas sugerem que determinados comportamentos podem influenciar na determinação do sexo de um bebê, mas também traz a evidência biológica que o sexo é definido no momento da fecundação, dependendo de certa constituição cromossômica. A gametogênese é o processo de formação dos gametas masculinos (espermatogênese) e femininos (ovulogênese). Os espermatócitos e ovócitos duplicam seus cromossomos e iniciam a meiose. Durante a meiose, em Anáfase I, ocorre a separação dos cromossomos e migração das cromátides irmãs para o mesmo pólo celular. Ao formar dois gametas ao final da meiose, a célula masculina terá metade com um cromossomo sexual X e outra metade com um cromossomo sexual Y, sendo o sexo masculino chamado de heterogamético por formar dois tipos de gametas. A célula feminina forma gameta com um cromossomo sexual X, sendo chamado de homogamética. Apenas os espermatozoides portadores de cromossomos Y darão origem a machos, e os cromossomos X darão origem a fêmeas, portanto, o pai que define o sexo do filho. (Amabis & Martho. Fundamentos da biologia moderna. São Paulo, SP. Ed. Moderna, 1991)

    As fases da MEIOSE (I e II):




    Na espécie humana, o sexo da prole é definido no momento da fecundação e depende da constituição cromossômica do:

    a) espermatozoide, que é definida na meiose I da gametogênese do pai e a mãe não tem participação na determinação do sexo da prole. É definido pelo pai, por ser o sexo heterogamético e na meiose I (separação dos cromossomos), sem a participação da mãe nessa determinação sexual. CORRETA.

    b) óvulo, que é definida na meiose II da gametogênese da mãe e o pai não tem participação na determinação do sexo da prole. A determinação é feita através do sexo masculino, pois apenas o pai tem o cromossomo sexual Y para diferenciar. Incorreta.

    c) espermatozoide, que é definida na meiose II da gametogênese do pai e a mãe não tem participação na determinação do sexo da prole. É definido pelo espermatozoide, porém na meiose I, e não em meiose II. Incorreta.

    d) óvulo e do espermatozoide, que são definidas na meiose II da gametogênese de ambos os genitores e o pai e a mãe participam, conjuntamente, da determinação do sexo da prole. A determinação ocorre apenas através do cromossomo sexual do espermatozoide, não definem conjuntamente. Incorreta.

    e) óvulo, que é definida na meiose I da gametogênese da mãe e o pai não tem participação na determinação do sexo da prole. A mãe não tem participação na determinação sexual por ser homogamética, gerando apenas cromossomo sexual X. Incorreta.


    Gabarito do professor: A



ID
3845407
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

    As antocianinas existem em plantas superiores e são responsáveis pelas tonalidades vermelhas e azuis das flores e frutos. Esses corantes naturais apresentam estruturas diferentes conforme o pH do meio, o que resulta em cores diferentes.

    O cátion flavílio, por exemplo, é uma antocianina que apresenta cor vermelha e é estável em pH ≈ 1. Se juntarmos uma solução dessa antocianina a uma base, de modo a ter pH por volta de 5, veremos, durante a mistura, uma bonita cor azul, que não é estável e logo desaparece.

    Verificou-se que a adição de base a uma solução do cátion flavílio com pH ≈ 1 dá origem a uma cinética com 3 etapas de tempos muito diferentes. A primeira etapa consiste na observação da cor azul, que ocorre durante o tempo de mistura da base. A seguir, na escala de minutos, ocorre outra reação, correspondendo ao desaparecimento da cor azul e, finalmente, uma terceira que, em horas, dá origem a pequenas variações no espectro de absorção, principalmente na zona do ultravioleta.


(Paulo J. F. Cameira dos Santos et al. “Sobre a cor dos vinhos:

o estudo das antocianinas e compostos análogos não parou

nos anos 80 do século passado”. www.iniav.pt, 2018. Adaptado.)



A variação de pH de ≈1 para ≈5 significa que a concentração de íons H+ (aq) na solução ________ , aproximadamente, _______vezes. Entre as etapas cinéticas citadas no texto, a que deve ter maior energia de ativação e, portanto, ser a etapa determinante da rapidez do processo como um todo é a _________.


As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:

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Comentários
  • Vamos analisar a questão:
    Para a resolução desta questão é preciso saber que o pH é calculado a partir do log da concentração de íons H+ em solução:
    pH = - log [H+]
    Sendo assim, quanto maior a concentração de íons H+ na solução, menor o valor do pH e mais ácida a solução:
    • pH = 1:
    1 = - log [H+] ∴ [H+] = 10-1 mol/L
    • pH = 5:
    5 = - log [H+] ∴ [H+] = 10-5 mol/L

    Logo, com a variação do pH de 1 para 5, a concentração de íons H+ na solução diminuiu (10-5 < 10-1), aproximadamente 10000 vezes (10-1/10-5 = 104 =10000).
    De acordo com os conceitos de cinética química, a etapa determinante para a velocidade do processo é a etapa mais lenta, que, conforme citado no enunciado, é a que demora horas para acontecer (etapa 3).


    Gabarito do Professor: Letra C.
  • Para a resolução desta questão é preciso saber que o pH é calculado a partir do log da concentração de íons H+ em solução:
    pH = - log [H+]
    Sendo assim, quanto maior a concentração de íons H+ na solução, menor o valor do pH e mais ácida a solução:
    • pH = 1:
    1 = - log [H+] ∴ [H+] = 10-1 mol/L
    • pH = 5:
    5 = - log [H+] ∴ [H+] = 10-5 mol/L

    Logo, com a variação do pH de 1 para 5, a concentração de íons H+ na solução diminuiu (10-5 < 10-1), aproximadamente 10000 vezes (10-1/10-5 = 104 =10000).
    De acordo com os conceitos de cinética química, a etapa determinante para a velocidade do processo é a etapa mais lenta, que, conforme citado no enunciado, é a que demora horas para acontecer (etapa 3).

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3845422
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

    Para completar minha obra, restava uma última tarefa: encontrar a lei que relaciona a distância do planeta ao Sol ao tempo que ele leva para completar sua órbita.

    Por fim, já quase sem esperanças, tentei T2/D3. E funcionou! Essa razão é igual para todos os planetas! No início, pensei que se tratava de um sonho. Essa é a lei que tanto procurei, a lei que liga cosmo e mente, que demonstra que toda a Criação provém de Deus. Minha busca está encerrada.


(Apud Marcelo Gleiser. A harmonia do mundo, 2006. Adaptado.)



A lei mencionada no texto refere-se ao trabalho de um importante pensador, que viveu

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Comentários
  • Chama-se Renascimento Científico o período de desenvolvimento da ciência durante os séculos XV e XVI. Esta época foi pautada no racionalismo, no humanismo e nos conhecimentos da Antiguidade Clássica que mudaram a mentalidade das pessoas.

  • Kepler ainda estava muito ligados às ideias medievais. Ele observou o planeta Marte


ID
3845443
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Estudos sobre modelos atômicos foram fundamentais para o desenvolvimento da Química como ciência. Por volta de 450 a.C., os filósofos gregos Leucipo e Demócrito construíram a hipótese de que o mundo e, em consequência, a matéria eram constituídos a partir de unidades idênticas e indivisíveis, chamadas átomos. Contudo, foi somente a partir do século XIX que a realização de experimentos tornou possível a comprovação de hipóteses desenvolvidas ao longo do tempo. Um dos primeiros modelos aceitos foi criado por John Dalton, apresentado em um livro de sua autoria, publicado em 1808. Anos depois, outros dois principais modelos foram desenvolvidos, até que, em 1913, o físico Niels Bohr publicou um livro com sua teoria sobre o modelo atômico.


Tomando como referência as datas de publicação dos trabalhos de Dalton e de Bohr, a linha do tempo que apresenta os fatos históricos do desenvolvimento do modelo atômico, com espaço proporcional à distância de tempo entre eles, é:

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Comentários
  • Thonson é pudim de passas

    cada quadradinho possui 105 anos

    Retomados da hipótese de Leucipo de Mileto e Demócrito de Dera. Segundo o químico John Dalton, nas diversas combinações dos átomos, ainda tidos como partículas fundamentais e indivisíveis, estaria a origem da diversidade das substâncias conhecidas.  modelo bola de bilhar

    Modelo atômico de Thomson é a teoria sobre a estrutura atômica proposta por Joseph John Thomson, descobridor do elétron e da relação entre a carga e a massa do elétron, antes do descobrimento do próton ou do nêutron. 

    Tem mais depois da publicidade ;) Conceito do modelo atômico de Rutherford: Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons. No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da massa do átomo.Ernest Rutherford foi um grande físico e químico, ele é responsável pela descoberta das partículas alfa e beta, além de ter conceituado a meia-vida radioativa. Ernest Rutherford foi um físico e químico neozelandês. ... No ano de 1911, Rutherford criou o modelo atômico que levaria seu nome, o átomo de Rutherford.

    Na física atômica, o átomo de Bohr é um modelo que descreve o átomo como um núcleo pequeno e carregado positivamente cercado por elétrons em órbita circular. Ernest Rutherford, no início do século XX, realiza o experimento conhecido como espalhamento de Rutherford 


ID
3845452
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O quilate do ouro é a razão entre a massa de ouro presente e a massa total da peça, multiplicada por 24. Por exemplo, uma amostra com 18 partes em massa de ouro e 6 partes em massa de outro metal (ou liga metálica) é um ouro de 18 quilates.


Assim, um objeto de ouro de 18 quilates tem 3/4 de ouro e 1/4 de outro metal em massa.


O ouro é utilizado na confecção de muitos objetos, inclusive em premiações esportivas. A taça da copa do mundo de futebol masculino é um exemplo desses objetos. A FIFA declara que a taça da copa do mundo de futebol masculino é maciça (sem nenhuma parte oca) e sua massa é de pouco mais de 6 kg. Acontece que, se a taça fosse mesmo de ouro e maciça, ela pesaria mais do que o informado.

(“O peso da taça”. https://ipemsp.wordpress.com. Adaptado.)


Considere que a taça seja feita apenas com ouro 18 quilates, cuja composição é de ouro com densidade 19,3 g/cm3 e uma liga metálica com densidade 6,1 g/cm3 , e que o volume da taça é similar ao de um cilindro reto com 5 cm de raio e 36 cm de altura.


Utilizando π = 3, se a taça fosse maciça, sua massa teria um valor entre

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Comentários
  • https://www.youtube.com/watch?v=fm56q13Oojk

  • https://www.youtube.com/watch?v=VApY8I1XCXc

    Concordo com o professor, discordo do gabarito dado. Para mim é C.


ID
3845458
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em seu artigo “Sal, saúde e doença”, o médico cancerologista Dráuzio Varella aponta que o Ministério da Saúde recomenda que a ingestão diária de sal não ultrapasse 5 g, quantidade muito abaixo dos 12 g, que é a média que o brasileiro ingere todos os dias. Essa recomendação do Ministério da Saúde é a meta que a Organização Mundial da Saúde estabeleceu para até 2025. Além disso, o ministério estima que, para cada grama de sal reduzido na ingestão diária, o SUS economizaria R$ 3,2 milhões por ano.


(Dados extraídos de: “Sal, saúde e doença”.

https://drauziovarella.uol.com.br, 24.05.2019. Adaptado.)



Considere que a ingestão média diária de sal no Brasil reduza-se de 12 g, em 2019, para 5 g, em 2025, de forma linear, ano a ano. Nesse cenário, o SUS economizaria, até o final do ano de 2025, um valor entre

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  • https://youtu.be/2xDCE3z4DG8

  • será que o professor que classificou essa questão como "sistemas de unidades de medida" pode vir aqui explicar como resolveu essa questão sem usar PA?

  • Resolução sem PA

    Visto que ocorreu uma redução de 7g em 6 anos, a média de redução do consumo de sal é de 7/6 g / ano.

    Sendo assim...

    em 2020 a economia foi de 7/6*3,2 em milhões de reais

    em 2021: 2*7/6*3,2 milhões

    em 2022: 3*7/6*3,2 milhões

    em 2023: 4*7/6*3,2 milhões

    em 2024: 5*7/6*3,2 milhões

    em 2025: 6*7/6*3,2 milhões

    Para finalizar, basta somar os milhões economizados a cada ano, decorrente das multiplicações ano a ano.

    ou..

    7/6*3,2(1+2+3+4+5+6)

    7/6*3,2*21=78,4milhões

  • www.youtube.com/watch?v=-QnVCZj9KKg

  • Da forma mais didática possível:

    Vamos reduzir 7 gramas (de 12 para 5) em 6 anos (2019-2025), de forma linear (1,16g por ano).

    Assim, teremos:

    2020 = 12-1,16 = 10,84 -> reduzimos 1,16g

    2021 = 10,84-1,16 = 9,68 -> reduzimos 2,32g

    2022 = 9,68 - 1,16 = 8,52 -> reduzimos 3,48g

    2023 = 8,52 - 1,16 = 7,36 -> reduzimos 4,64g

    2024 = 7,36 - 1,16 = 6,2 -> reduzimos 5,8g

    2025 = 6,2 - 1,16 = 5,04 - > reduzimos 6,96g

    Total das reduções: 1,16 + 2,32 + 3,48 + 4,64 + 5,8 + 6,96 = 24,36g

    1g - 3,2milhões

    24g - x

    x = aproximadamente 78 milhões.

  • Por que não da certo quando somente multiplica 7g perdidos por 3,2?