Alternativa correta: C
PARECER NORMATIVO PARA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SONDAGEM VESICAL - Resolução 450/2013
A sondagem vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou vesical. Requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento. Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais da profissão, compete a realização de atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração e registro das queixas do paciente, das condições do sistema de drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames; monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos; sob supervisão e orientação do Enfermeiro.
Apontamento de erros das demais assertivas:
a) Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter;
b) Somente profissional Enfermeiro treinado faça a inserção dos dispositivos urinários;
d) O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, manusear com técnica asséptica;
e) Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo intravesical de urina.
Resolução 450/2013
PARECER NORMATIVO PARA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SONDAGEM VESICAL
RECOMENDAÇÕES DA OFICINA SOBRE PRÁTICA PROFISSIONAL – SONDAGEM VESICAL
Durante a Oficina sobre a Prática Profissional, ocorrida no Cofen em março de 2012, focalizando o procedimento de Sondagem Vesical, considerou-se que a execução do procedimento de Sondagem Vesical requer as seguintes ações da equipe de enfermagem, observadas as disposições legais da profissão sobre competências:
Elaborar, rever e atualizar protocolos em conjunto com o CCIH e demais membros da equipe multidisciplinar, sobre cateterismo vesical, segundo evidências científicas;
Participar do processo de aquisição do cateter vesical, da bolsa coletora e demais insumos necessários ao procedimento;
Garantir que somente profissional Enfermeiro treinado faça a inserção dos dispositivos urinários;
Garantir que os suprimentos necessários para uma técnica asséptica de inserção do cateter estejam disponibilizados;
Escolher cateter de menor calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de trauma;
Seguir práticas assépticas durante a inserção e manipulação do cateter vesical;
Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter;
Higienizar as mãos antes, durante e após a inserção e manipulação do cateter vesical;
Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa garantir sua esterilidade, como um todo, com o uso de bolsas plásticas descartáveis, munidas de alguns dispositivos que visam diminuir ainda mais a incidência de infecção urinária, como válvula antirrefluxo, câmara de gotejamento e local para coleta de urina, de látex auto-retrátil, para exames;
O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, manusear com técnica asséptica;
Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo intravesical de urina;
Obedecer a critérios determinados no protocolo para troca do cateter vesical;
Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, exceto para os casos pontuais de coleta de urina para análise;
Realizar coleta de amostras de urina para análise com técnica asséptica;
Registrar o procedimento realizado no prontuário do paciente, segundo normas da instituição e respectivos conselhos, devendo minimamente conter: data e hora da inserção do cateter, identificação completa do profissional que realizou o procedimento e data e horário da remoção do cateter;
Substituir o sistema de drenagem, quando houver quebra na técnica asséptica, desconexão ou vazamento; Revisar regularmente a necessidade de manutenção do dispositivo, removendo-o logo que possível;
Identificar e monitorar os grupos de pacientes susceptíveis a Infecção do Trato Urinário.