SóProvas



Questões de Funções morfossintáticas da palavra COMO


ID
1343830
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara Municipal de São Carlos - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O músico e escritor Jorge Mautner concede entrevista exclusiva à Revista E

Jorge Mautner é um homem das artes. Músico, cantor e escritor, o carioca iniciou a vida profissional como jornalista, em 1958. Só mais tarde, em 1965, deu início à carreira musical, com o lançamento de um compacto simples pela RCA Victor. Como as músicas eram de protesto, naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar e exilado. Inicialmente, foi para Nova York, onde trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU), foi massagista, garçom e secretário literário, por sete anos, do poeta  norte­-americano Robert Lowell. Depois se mudou para Londres, onde encontrou Caetano Veloso e Gilberto Gil e dirigiu seu único filme, Demiurgo. Regressou ao Brasil em 1972 e retomou a carreira de músico.

O que você acha da música brasileira hoje?

Eu a acompanho desde a geração de Dircinha e Linda Batista, Aracy de Almeida, Blecaute, Dolores Duran. Hoje em dia, a riqueza cultural e musical do Brasil é imensa. É como o [Rio] Amazonas e suas confluências. Por exemplo, a música erudita alemã, dodecafônica, atonal, foi combinada com a percussão popular. E há uma infinidade de misturas, como o funk, o hip-hop, o rap.

Mas as pessoas reclamam que não há espaço no mercado para a música de qualidade
Pela multiplicidade e globalização que experimentamos agora, há oportunidades e chances para todo mundo, até para as coisas mais exóticas, estranhas e originais. Acontece que, antes, os autores eram muito interligados ao mundo literário, ao universo filosófico. Dolores Duran, por exemplo, lia Sartre, Albert Camus. Depois da queda do muro de Berlim, estamos numa plenitude do capitalismo liberal e da democracia. A música é mais de entretenimento.

Como você, uma pessoa que gosta de informação, reage ao universo cibernético? O volume de informações cansa ou não?

É ótimo, é o máximo, porque lugares são visitados e revisitados com mais rapidez. As notícias são sempre novíssimas, por causa das novas lentes, das novas máquinas de pesquisa digital. Na parte da literatura, o acesso a autores maravilhosos ficou mais fácil. E há autores que são eternos, que, mesmo tendo escrito tempos atrás, sempre têm alguma ideia que se aplica ao século 21.

                                                                 (Revista E, n. 100, www.sescsp.org.br, 10.06.2013. Adaptado)

Considere o trecho do primeiro parágrafo:

Como as músicas eram de protesto, naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar e exilado.

O termo Como, em destaque na primeira parte do enun­ciado, expressa ideia de

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D

     

    Causa: se, que, porque, visto que, ja que, pois, como, porquanto, uma vez que... 

     

    Como as músicas eram de protesto, naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar e exilado.

               motivo                                                                                                             resultado

  • Já que as músicas eram de protesto, naquele mesmo ano, Por conseguinte foi enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar e exilado.

  • Assertiva d

    causa e tem sentido equivalente a visto que.


ID
1383322
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Contraste entre discurso e realidade


    No contexto político em que vivemos, sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia. Se para Sócrates a verdade está ligada à sabedoria humana, o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são. Na profundidade do pensamento de Santo Agostinho, a verdade não é minha e nem tua para que seja nossa, ou, como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino, a verdade é a adequação entre a inteligência e a coisa, ou seja, a realidade das coisas. Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto das atuais propagandas políticas.
    O que chama atenção de todos nós neste momento é que nos debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade, pois os mesmos não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas, e carece de humildade para dizer que a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo, ou que outros do meu partido estão afirmando, subestimando o todo, e, portanto, nunca poderá ser nossa no sentido mais amplo. Esquecemo-nos muitas vezes de sublinhar que a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado publicamente no discurso.
    A maquiagem marqueteira que conduz os atores políticos esconde o significado profundo da verdade, resultando em debates carentes em profundidade de argumentos, e não imbuídos de verdade sobre a realidade, limitando-se a discussões acusativas, ofensivas e contraditórias. Os contrastes entre o discurso e a realidade, a riqueza de experiências humanas dos candidatos e a superficialidade de suas propostas, a carência de discussões e debates de temas de relevância para o país, entre outros, estiveram distantes de nossas propagandas políticas nestas eleições.
    Como a verdade é o que nos liberta, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições possamos ter a verdade como princípio inspirador dos debates políticos, não subestimando a inteligência de nosso povo, pois o mesmo conhece bem a realidade das coisas, estando ávido para ouvir as propostas e assumir-las como verdadeiras, subsidiando as suas escolhas e pensando melhor no futuro de nosso Brasil.

                                                                (Adaptado. Josafá Carlos de Siqueira, O Globo, 22/10/2014)

Em todos os segmentos a seguir está presente o vocábulo “como”. Assinale a opção em que o valor semântico desse vocábulo está corretamente indicado.

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Bem simples essa questão, porém, precisamos saber a definição de cada um; no caso da letra b substitui por conforme.

    Como, substituindo por "Já que " é CAUSA

    Como, substituindo por " Conforme " é CONFORMIDADE

    Como, substituindo por " igual a "  é COMPARAÇÃO

  • CONJUNÇÃO


      Neste caso, pode ser considerada:


    a)  Conjunção Subordinativa

    Serve para introduzir as Orações Subordinadas, e assume alguns significados diferentes, dependendo da oração da qual faz parte:


    ADVERBIAL TEMPORAL

    Pode ser substituída por quando ou logo que.

    Exemplo: O artista, como ouviu aplausos, entrou em cena rapidamente.


    ADVERBIAL CAUSAL

    Assume a mesma função do por que.

    Exemplo: Como foi visto entrando na loja, o ladrão desistiu do roubo.


    ADVERBIAL COMPARATIVA

    É a função mais recorrente.

    Exemplo: Ela era branca como o pai, mas os cabelos eram negros como os da mãe.


    ADVERBIAL CONFORMATIVA

    Tem valor de conforme.

    Exemplo: Como combinamos, a festa encerrará antes da meia noite.


    SUBSTANTIVA

    Assume o valor de uma Conjunção Integrante.

    Exemplo: Observe como ela está bem vestida...


    b)  Conjunção Coordenativa

    Serve para introduzir as Orações Coordenadas, e assume o valor de uma conjunção aditiva:

    Exemplo: Tanto a filha como o pai são torcedores do mesmo time.


    http://www.infoescola.com/portugues/funcoes-da-palavra-como/

  •  

     

     a)“o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são” / causa.

    Errada- indica modo (adverbio)

     

    b)“como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino” / conformidade.

    Correto, trocável por CONFORME.

    CONFORME muito bem conceituou Santo Tomás...

     

    c)“Como a verdade é o que nos liberta...” / explicação.

    Indica causa (conjunção causal)

     

     e-“...e assumi-las como verdadeiras” / comparação.

    Preposição, trocável por "como sendo verdadeiras", não é conjunção comparativa. 

  • O como da letra D e E o macete para saber se o como tem valor de identidade, trocamos por: como sendo

  • Quando houver o "como" no valor de "na qualidade de", o "como" é uma preposição acidental.

    Existem as preposições essenciais: a, ante, até, após...

    e as acidentais.

    Ex.: Tinha-o como amigo. (COMO é preposição acidental = na qualidade de)

    Um modo de identificar é encontrar o verbo "sendo" oculto.

  • Como pode ser, morfossintaticamente:

    • Advérbio
    • P. Relativo
    • Preposição
    • Conjunção


ID
1392277
Banca
CONSULPLAN
Órgão
CBTU
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A reconstrução da democracia 

    A sociedade brasileira acorda para os 50 anos de um trauma que viveu em sua história democrática.
    O golpe de 1964 atrasou a consolidação das bases da democracia brasileira e o alargamento de suas vias de desenvolvimento político, socioeconômico e cultural. É extremamente oportuno trazer à memória os eventos arbitrários que levaram à destituição do presidente João Goulart, que cumpria legítimo mandato democrático. Tais eventos abriram ao país os terríveis anos de chumbo, fechando as portas da liberdade com a instalação de 21 anos de ditadura.
    Todos os desdobramentos, danos e reflexos daquele fatídico 31 de março devem ser lembrados como aprendizado, como antídoto a eliminar, de pronto, eventuais sinais de ameaça que venham a pairar sobre o Estado democrático de Direito. 
    Regimes de exceção perpetuam privilégios, disseminam a injustiça, atrasam o desenvolvimento, comprometem as perspectivas de emancipação do povo e fecham as janelas do futuro de uma nação. 
    As sociedades atuais encontraram nas legislações de caráter democrático a referência para estabilizar a convivência entre os homens, sob a base ampla de direitos e deveres comuns a todos. Nesse contexto está a advocacia, profissão com status constitucional que defende os direitos dos cidadãos junto ao Estado, exercendo extraordinária função de caráter social. Na moldura arbitrária e sombria imposta aos brasileiros entre 1964 e 1985, a advocacia emergiu como principal defensora da cidadania, a despeito de pressões, prisões, ameaças e abusos de toda a espécie que se abateram sobre seus quadros. 
    A seccional paulista e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enfrentaram corajosamente os governos militares pela salvaguarda das prerrogativas dos advogados em seu papel de defesa dos presos e perseguidos políticos, procurando-os em delegacias, quartéis e em centros clandestinos de detenção e tortura. Pesava aí não apenas a demanda pela legalidade processual, mas a urgência da preservação da vida. É sabido que centenas de brasileiros, vítimas de prisões arbitrárias, acabaram mortos sob tortura. 
    A advocacia emergiu na linha de frente pela reconstrução da ordem democrática, mesmo nos anos mais duros da repressão. Conduziu as bandeiras libertárias a um Congresso que atuava com direitos mínimos e controlados, aos representantes do Judiciário, à imprensa, às entidades organizadas da sociedade civil, às praças. Viveu-se nesse tempo sob a imposição de atos institucionais, como o AI-5, que estabeleceu o estado de sítio, suspendeu direitos políticos e cassou o habeas corpus daqueles acusados de crimes contra a Lei de Segurança Nacional. 
    Momento digno de nota, porque memorável, foi a leitura da “Carta aos Brasileiros” pelo jurista Goffredo Telles Júnior. Em 8 de agosto de 1977, sob as arcadas da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, ele conclamou a volta da democracia, do “Estado de Direito, já”. Goffredo justifica o brado dizendo-se representante da família do Direito, uma “família indestrutível, espalhada por todos os rincões da pátria”.
    Nos duros anos do regime militar, os advogados, em todos os espaços do país, assumiram com destemor seu papel em defesa dos cidadãos e da normalidade institucional. Alguns desses nomes ainda permanecem à frente de ações que, hoje, buscam promover o resgate da memória nacional e da verdade, em uma demonstração de que o caminho mais viável para o Brasil superar seus imensos desafios passa, necessariamente, pela democracia. 

(Marcos da Costa. Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/04/1434430-marcos-da-costa-a- reconstrucao-da-democracia.shtml. Adaptado.) 

No trecho “Todos os desdobramentos, danos e reflexos [...]devem ser lembrados como aprendizado, como antídoto a eliminar, [...]" (3º§), a palavra destacada sinaliza uma

Alternativas
Comentários
  • letra D


    Conjunção subordinativa comparativa

  • GABARITO "D"
    "Conjunção subordinativa comparativa" 
    vejamos alguns ex: mais...que, menos...que, COMO. 

    corria pelas ruas, COMO um louco!
    Bons estudos!

  • Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal.

     

    São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.

  • Claramente um advérbio de modo que caracteriza a locução verbal "ser lembrado", traz ideia da forma/modo como se realiza algo e não de comparação. Má vá né, as outras opções estão piores. Gab D

  • Troca o como por igual, e ve se a frase faz sentido, pronto.

ID
1412923
Banca
IBAM
Órgão
Prefeitura de Praia Grande - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O LUCRO

Instituições sem fins lucrativos são criadas para aproveitar oportunidades de captação de recursos ou isenções de impostos, geralmente para alcançar uma causa social não atendida pelo Poder Público.

A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo, a educação ou os serviços a comunidades carentes. Com o crescimento desse setor, aumentam as solicitações para que a sociedade colabore com seus projetos de forma não remunerada, pois “não há fins lucrativos”

Há uma grave distorção nessa expectativa. Entidades sem fins lucrativos esperam que empresas forneçam seus produtos sem custo, assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras deixem de cuidar de seu futuro para amparar os fragilizados. Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem- sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade.

Empresas que geram resultados não deveriam dividi-los com os incapazes de erguer um negócio. Isso premia a incompetência. Somente quando os negócios produzem retornos maiores que o esperado (fruto do nvestimento em qualidade e tecnologia), os lucros excedentes podem virar filantropia.

Não é papel das empresas prestar serviços sem remuneração. O papel das empresas é prestar bons serviços, lucrar e investir seus lucros para que esses serviços sejam melhorados, mais empregos sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a educação que ensine a pescar, cabe a ele usar sua arrecadação para sanar os problemas.

Quanto mais as famílias abrem mão de poupar para o futuro e praticam o assistencialismo, mais dependerão do governo para custear seu futuro. É um círculo perigosamente vicioso.

Quando me pedem para prestar um serviço sem fins lucrativos, subentendo que querem que eu trabalhe sem remuneração. Não faz sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho. Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a instituição que contrata o serviço, não quem o presta.

Não ter fins lucrativos não deve credenciar ninguém a ser incompetente na captação de recursos. Prestar serviços para uma empresa sem fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada. Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é essencial para o crescimento de qualquer atividade. Devemos esperar das instituições competência técnica e gerencial para levantar fundos, administrar custos e pagar suas atividades sem corroer a capacidade produtiva da sociedade. Elas deveriam gerar resultados e reinvesti-los para que o atendimento a sua causa possa crescer. É tempo de lutar por mais profissionalismo nas causas sociais.

Gustavo Cerbasi, Publicado originalmente na Revista Época em 13/04/2013 disponível no site [maisdinheiro.com.br], consultado em 12/8/2013

O trecho abaixo será utilizado para a resolução das questões de 3 a 7. “

Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem-sucedidos para assistir os desafor­tunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade"

O termo “ como” , no contexto em que está inserido:

Alternativas
Comentários
  • Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem-sucedidos para assistir os desafor­tunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade"

    " se o papel do lucro fosse ser distribuido à sociedade é hipótese formulada para "cultura de tirar dos bem sucedidos para assistir os desafortunados." 

    A alternativa B é a correta e confunde-se com a D.

  • Que tipo de locução conjuntiva é? Conformativa, causal, comparativa? Consecutiva?

     

  • CONJUNÇÕES CONFORMATIVAS

    a tal ponto, de maneira que, assim como, como

  • Letra B, não pode ser a D pois, a D expressa ideai Factual, porém a comparação é hipotética, logo é comparação mas o que predomina é a hipótese...


ID
1516342
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Julgue os itens abaixo.

I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?” (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.” (7º§), a forma “como” atua na função de advérbio de modo.

III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (7º§), “como” é uma conjunção coordenativa.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Correta: A

     

    Alternativas II e III são erradas.

    Veja:

    II - Advérbio de modo: Bem. mal, melhor, pior, devagar, às pressas, apenas alguns exemplos, mas não tem o "como".

    III - Conjunção coordenativa: não tem o "como" em seus exemplos, o "como" faz parte das conjunções subordinativas (ex: causais, conformativas, comparativas)

     


ID
1524478
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                O padeiro

       Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      - Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!" E assobiava pelas escadas.

                 (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do...)


Julgue os itens abaixo.

I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?” (4°§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.” (7°§), a forma “como” atua na função de advérbio de modo.

III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (7°§), “como” é uma conjunção coordenativa.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • ....

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A)

     

    Nas afirmativas II e III, o vocábulo “como” atua, na verdade, como uma conjunção subordinativa de modo. Apenas na afirmativa I sua função está corretamente estabelecida – pronome interrogativo –, uma vez que auxilia na construção de uma interrogação, no caso direta.

     

    Fontes: • O próprio texto. • BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

     


ID
1556428
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I para responder a questão.

                                                                O padeiro

      Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo 
      Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
      – Não é ninguém, é o padeiro!
      Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
      “Então você não é ninguém?"
       Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém…
      Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
      Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!"
      E assobiava pelas escadas.

                                      (Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-
                                                                                                 anos-do-mestre-da-cronica-rubem-braga/
)



Julgue os itens abaixo.


I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma “como" atua na função de advérbio de modo.

III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), “como" é uma conjunção coordenativa.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • I. Em “[...] como tivera a ideia de gritar aquilo?" (4º§) a palavra destacada funciona como advérbio interrogativo.

    II. No trecho “[...] eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno." (7º§), a forma “como" atua na função de conjunção (conforme os padeiros)

    III. No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno." (7º§), “como" é uma conjunção subordinativa.


ID
1573216
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Quem escreve as bulas?
    Quando me perguntam a profissão e eu digo que sou escritor, logo vem outra em cima: de quê? De tudo,minha senhora. De tudo, menos de bula. Romance,cinema, teatro, televisão, poesia, ensaios, tudo-tudo, menos bula! [...]
    Não que eu não aprecie as bulas. Pelo contrário.Adoro lê-las. E com atenção. E, sempre, depois de ler uma, já começo a sentir todas as “reações adversas".
    Admiro, invejo esse colega que escreve bulas. Fico imaginando a cara dele, como deve ser a sua casa.Que papo tal escrivão deve levar com a mulher e com os vizinhos?
    Tal remédio “é contraindicado a pacientes sensíveis às benzodiazepinas e em pacientes portadores de miastenia gravis". Dá vontade de telefonar para oautor e perguntar como é que eu vou saber se sou sensível e portador? Quanto ele ganha por bula? Será que ele leva os obrigatórios dez por cento de direitos autorais? Merecem, são gênios.
    Jamais, numa peça de teatro, num roteiro de um filme ou mesmo numa simples crônica conseguiria a concisão seguinte: “é apresentado sob forma de uma solução isotônica (que lindo!) de cloreto de sódio, que não altera a fisiologia das células da mucosa nasal,em associação com cloreto de benzalcônio". Sabe o que é? O velho e inocente Rinosoro.
    Vejam o texto seguinte e sintam na narrativa como o autor é sádico: “você poderá ter sonolência, fadiga transitória, sensação de inquietação, aumento de apetite, confusão acompanhada de desorientação e alucinações, estado de ansiedade, agitação, distúrbios do sono, mania, hipomania, agressividade, déficit de memória, bocejos, despersonalização, insônia, pesadelos, agravamento da depressão e concentração deficiente. Vertigens, delírios, tremores, distúrbios da fala, convulsões e ataxia". Pronto, tenho que ir ao dicionário ver o que é ataxia: “incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários que pode fazer parte do quadro clínico de numerosas doenças do sistema nervoso". Já sentindo tudo descrito acima.
    Quem mandou ler? [...]
    Para todo remédio uma bula diferente, um estilo próprio, um jeito de colocar a vírgula diferente. [...]
    E lembre-se sempre: todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. E não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. E para a cabeça!
    Agora, falando sério. Admiro os escritores de bula. Assim como invejo os poetas. Talvez por nunca ter sido convidado (nem teria experiência) para escrever uma e nunca tenha conseguido escrever um poema. Sempre gostei de escrever as linhas até o final do parágrafo.
    Para mim o poeta é um talentoso preguiçoso. Nunca chega ao final da linha. Já repararam?
    Já o bulático, esse sim, é um esforçado poeta!

                                                                                                                               Mario Prata.
Disponível em:http://marioprata.net/cronicas/quem-escreve-as-bul.... Acesso em 25/04/2015

“Fico imaginando a cara dele, como deve ser a sua casa.” – 3º parágrafo. Verifica-se o uso da palavra em destaque, com a mesma função sintática e semântica, em:

Alternativas
Comentários
  • Gab: "B"

    b) Advérbio: de que modo, de qual maneira. Como você encontrou a solução?

    c) Como também - conjunção coordenativa aditiva

    d) Como - conjunção subordinativa adverbial causal.

  • Quando  li a questão, achei que fosse conjunção coordenativa aditiva, por isso que escolhi a C. Alguém pode me explicar melhor?

  • Macete. Trocar por "De que modo"


  • a) “Como se” – Conjunção Comparativa

    b) Advérbio de Modo: De que modo, De qual maneira. De que forma.

    c) Como também - Conjunção Coordenativa Aditiva

    d) Como - Conjunção Subordinativa Adverbial Causal.


ID
1617202
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C

    A) Chegou a casa

    B) Lembrou-se de que

    C) De encontro a

    D) Não  simpatizava com

    E) Pensava que

  • Apenas uma correção sobre comentário anterior do Leandro, o verbo "Simpatizar" não é pronominal, então o correto é "simpatizar com..."

    Bons estudos!

  • Comentando a letra c.


    Observe as frases abaixo:

    - O Diretor foi de encontro ao que o funcionário disse

    - O Diretor foi ao encontro do que o funcionário disse.

    Ambas expressões estão corretas. No entanto, apresentam significados opostos. Enquanto a primeira expressa oposição entre a atitude do Diretor e a fala do funcionário, a segunda mostra concordância entre elas.


    Outros exemplos: 


    - Enquanto corria, Satan Goss tropeçou e foi de encontro ao chão. (Satan Goss foi contra o chão)


    - Satan Goss correu ao encontro da namorada. (Satan Goss correu na direção da namorada)

  • Obrigado, Caio!

    Você tem razão. Feita a correção.

  • nota 10


ID
1619320
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para responder às questões de números 71 a 74.

O cimo da montanha


Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.

— Minha boa Virgília!
— Meu amor!
— Tu és minha, não?
— Tua, tua...

    E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...

*personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias que vão adiando a sentença de morte dela.

(1998, p. 128-129)

... folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.

No contexto, os termos se, como e para, em destaque, estabelecem, respectivamente, relações de

Alternativas
Comentários
  • Correta "C"

    CONDICIONAIS: indica na oração subordinada uma hipótese ou uma condição para que aconteça a oração principal. E suas conjunções de ligação são geralmente: se, caso, contanto que, salvo, a não ser que, a menos que, sem que etc.

    EX.: Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

    COMPARATIVAS: as orações subordinadas expressam ideias de comparação referindo-se à oração principal, através das conjunções: como, assim como, tal como, como se (tão...) como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal qual, que nem, que (combinando com mais ou menos) etc.
     EX.: Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    FINALIDADE: As orações subordinadas expressam objetivou ou finalidades com o que acontece na oração principal, através das conjunções: para que, a fim de que, que, porque (= para que) etc.
     EX.: Toque o sinal para que todos entrem na sala..
  • Você consegue chegar na alternativa correta através do processo da eliminação. 

    A primeira conjunção "Se" poderia gerar uma dúvida entre as alternativas (a), (b), (c) e (e), portanto não seria uma boa ideia começar por ela. A segunda conjunção "como" expressa ideia de comparação e com isso eliminamos as alternativas (a), (d) e (e). A terceira conjunção "para" possibilita enxergar uma ideia de finalidade e com isso elimina-se as alternativas (a), (b) e (e). Agora basta unir as alternativas excluídas das conjunções "como" e "para": (a), (b), (d) e (e) sobrando portanto a alternativa (c). 
  • SE - conjunções subordinada Condicional

    COMO - conjunções subordinada Comparativa

    PARA - conjunções subordinada de Finalidade

    #PMBA2019

    RUMO A CENTENÁRIA MILÍCIA DE BRAVOS

  • Condicionais: Se, caso, sem que, se não, a não ser que...

    Comparativas: Como, mais que . tão como...

    Finalidade: Para, para que, a fim de...


ID
1728604
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      Desenredo

      Do narrador seus ouvinte:

      - Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

      Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

      Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

      Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

      [...]

      Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

      Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

      [...]

      Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

      Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

      Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

      [...]

      Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

      Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

      Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

      Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

      E pôs-se a fábula em ata.

  ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967,p.38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio,
ufanático: neologismo: ufano+fanático. 

"- Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja."

A comparação feita confere ao fragmento um caráter: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra "e"

    a) hiperbólico = exagerado

    b) metafórico = simbólico ou figurado

    c) onomatopaico = reprodução aproximada de um som natural; tchibum, corococó, miau...

    d) pleonástico = desnecessário ou redundante

    e) comparativo = sentido de comparação

  • Para acabar com a metafora, basta comocar o "como" 
    exemplo: "amor é fogo que arde sem doer" Metafora

                    "amor é COMO fogo que arde sem doer" Comparção

  • A comparação feita confere ao fragmento um caráter:

    A resposta estava no próprio enunciado da questão.

     

    Gabarito: E

  • Comparação = símile

    Metáfora = sem o como

  • "A comparação confere ao fragmento caráter comparativo"... Ba dum tisss...
  • Se o vocábulo "como" estiver explícito => comparação.

    Se estiver implícito => metáfora.

  • Bem simples essa questão, porém, precisamos saber a definição de cada um; no caso da letra b substitui por conforme.

    Como, substituindo por "Já que " é CAUSA

    Como, substituindo por " Conforme " é CONFORMIDADE

    Como, substituindo por " igual a " é COMPARAÇÃO

  • GABARITO: LETRA E

    Comparação:
    Não confunda metáfora com “comparação” (ou símile) porque na metáfora não há conectivo explicitando a relação de comparação. Na comparação (ou símile) sempre há um conectivo ou uma expressão estabelecendo a relação de comparação:
    - Ela é gorda como uma vaca.
    - “Meu coração tombou na vida tal qual uma estrela ferida pela flecha de um caçador.” (Cecília Meireles)
    - Este lutador tem postura semelhante aos deuses nórdicos.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

  • Oh textinho dos inferno, dá até cansaço de ler uma tralha dessa, é por que candidato quer ponto mesmo; senão, sairia fora da sala!

  • comparação explícita => comparação.

    comparação implícita=> metáfora.


ID
1746061
Banca
SIGMA ASSESSORIA
Órgão
Câmara de Jahu - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que a conjunção como estabelece o mesmo tipo de relação da seguinte frase:

                                   Tudo aconteceu como queríamos. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E


    A conjunção subordinativa “como” pode estabelecer diferentes efeitos de sentido e apresentar-se em três orações subordinadas.

    Causal: introduz a oração subordinada causal;

    Pode ser substituída por outra conjunção causal - "porque".

    Comparativa: introduz a oração subordinada comparativa;

    Pode ser substituída por "assim como".

    Conformativa: introduz a oração subordinada conformativa;

    Em seu lugar, é possível colocar a conjunção "conforme".


    Apesar de não haver diferença na grafia, pode produzir sentidos diferentes. Se a oração subordinada for introduzida pela conjunção “como”, ou seja, se ela aparecer antes da principal, haverá duas possibilidades: ou estabelecerá ideia de causa ou de conformidade (acordo). Então, é preciso analisar o efeito de sentido, ou seja, a ideia estabelecida naquele contexto. Já se a oração subordinada vier em sua posição habitual, ou seja, depois da oração principal, a ideia será de comparação.

  • Faça as substituições abaixo listadas. 

    COMO = TAL QUAL/IGUAL : SENTIDO COMPARATIVO

    COMO = CONFORME/SEGUNDO : SENT. CONFORMIDADE

    COMO = PORQUE : SENT. CAUSA

    COMO = "MODO COMO" : ADVÉRBIO INTERROG. MODO

    COMO = MUITO : ADV. INTENSIDADE

     

    Espero ter ajudado! 

  • Alternativa E

     

     

    a causa

    Como escorregou, caiu;

    b comparação

    Subiu as escadas rápido como um foguete;

    c comparação

    Andava devagar como uma tartaruga;

    d causa

    Como me atrasei, perdi o ônibus;

    e conformidade

    Ela ficou surpresa como supúnhamos.

  • Tudo aconteceu conforme queríamos -------> Ela ficou surpresa conforme supúnhamos.

  • CONFORMATIVA.

    GAB. E


ID
1746982
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Três Rios - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO

                   O PREOCUPANTE AVANÇO DA CENSURA JUDICIAL

                                                                                                                        O Globo, 11/4/2014

      O fim da censura, ainda no regime militar, e a garantia de liberdade de expressão explicitamente inscrita na Constituição de 1988 são marcos fundamentais da redemocratização do país. Foram conquistas árduas, que custaram sacrifícios à sociedade. No caso específico do direito à livre manifestação, trata-se de fruto de longo processo, que só se completou bem depois da volta dos militares aos quartéis e da promulgação da Carta: como entulho herdado da ditadura, perdurou como espasmo do autoritarismo na legislação brasileira a Lei de Imprensa, permanente ameaça a jornalistas e veículos de comunicação, até ser enviada ao lixo pelo Supremo Tribunal Federal, em 2009.

      O país consagra, portanto, esse princípio inerente ao estado democrático de direito. E, em comparação com outras nações do continente, onde agravos à liberdade de expressão têm sido praticados sistematicamente, o Brasil é um exemplo positivo. Mas essa confrontação, se nos coloca em patamar diverso de Estados com governos autoritários, como Argentina, Venezuela e outros, por outro mitiga uma realidade na qual o exercício do jornalismo profissional e responsável está sujeito a inaceitáveis trancos. Caso explícito da chamada censura judicial, em geral requerida por agentes públicos contra veículos de imprensa e jornalistas em todo o país. (....)

      Neste sentido, é positiva a iniciativa de instituições como ONU, OEA, STF e CNJ de realizar, no Rio, importante debate sob o tema Liberdade de Expressão e Judiciário. É iniciativa bem-vinda para aparar arestas, devolver ao país a plena acepção do direito amplo e irrestrito à informação e restabelecer, em definitivo, o princípio constitucional segundo o qual a liberdade de expressão prescinde de regulamentação.

O país consagra, portanto, esse princípio inerente ao estado democrático de direito. E, em comparação com outras nações do continente, onde agravos à liberdade de expressão têm sido praticados sistematicamente, o Brasil é um exemplo positivo. Mas essa confrontação, se nos coloca em patamar diverso de Estados com governos autoritários, como Argentina, Venezuela e outros, por outro mitiga uma realidade na qual o exercício do jornalismo profissional e responsável está sujeito a inaceitáveis trancos”.

Sobre os valores dos conectivos desse segmento do texto, a afirmação correta é:

Alternativas
Comentários
  • a) portanto indica conclusão. 

    b)onde indica lugar. 

     c)mas indica adversidade.

     d)se indica condição (GAB)

     e) como indica adição.

  • Entendi o como (letra e) sendo exemplificativo 

  • se= caso 

    fez show.

  • se nos coloca em patamar diverso de Estados com governos autoritários, como Argentina, Venezuela e outros. Para mim a letra E estaria correta

  • Absurdo essa questão não ser letra "e". O próprio texto um pouco antes diz:

    E, em comparação com outras nações do continente,onde agravos à liberdade de expressão têm sido praticados sistematicamente, o Brasil é um exemplo positivo. Mas essa confrontação, se nos coloca em patamar diverso de Estados com governos autoritárioscomo Argentina, Venezuela e outros. 

    Se isto não for uma comparação da Argentina e Venezuela com governos Autoritários, eu não sei mais o que é comparação!

    É sabido por todos o quanto o Governo Venezuelano é autoritário. Portanto a frase esta fazendo uma comparação com o mesmo.

    O cara falar que isso é adição...tenha paciência!

  • Difícil entender essa banca !!! Por isso Amo a FCC , pergunta coisas  úteis e conseguimos entender  e o principal responder e acertar as quetões 

  • Também fui na (E). :-(

  • Na minha opinião  alternativa (d-e) estão corretas.

  • o professor Arenildo no comentário dessa questão considera a alternativa E como correta, por isso a questão está imperfeita.

  • Concordo que deveria ser a E, é uma comparação!

  • Para mim, o gabarito está correto. Este "como" da alternativa e) não é comparativo, mas sim exemplificativo... Troque o "como" por "por exemplo" e verá que o sentido geral não muda.

  • Alternativa letra E é a mais correta
  • FOI POR ISSO QUE ERREI. MARQUEI A OPÇÃO (E)!

  • As alternativas D e E estão corretas.

  • CONJUNÇÕES CONCLUSIVAS

     

    logo, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), portanto, desse modo, à vista disso, desarte, destarte, donde, por isso, e

  • vejam a explicação do professor

  • Esse SE não é condicional...

    E o COMO é comparativo

  • Acertou quem marcou a alternativa E.

    Excelente comentário do professor.

  • Errei, mas acertei.


ID
1818670
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

 Cabeça nas nuvens

     Quando foi convidado para participar da feira de educação da Microsoft, Diogo Machado já sabia que projeto desenvolver.

       O estagiário de Informática da Escola Estadual Professor Francisco Coelho, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), estava cansado de ouvir reclamações de alunos que perdiam arquivos no computador. Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus códigos de programação. Dessa forma, se o computador desse pau, o conteúdo ficaria seguro e poderia ser acessado de qualquer máquina. A ideia do recém-formado técnico em Informática se baseava em clouding computing (ou computação em nuvem), tecnologia que é aposta de gigantes como Apple e Google para o armazenamento de dados no futuro. 

     Em três meses, Diogo desenvolveu o Escola na Nuvem (escolananuvem.com.br), um portal em que estudantes e professores se cadastram e podem armazenar e trocar conteúdos, como o trabalho de Matemática ou os tópicos da aula anterior. As informações ficam em um disco virtual, sempre disponíveis para consulta via web. 

(Extraído da Revista Galileu, nº 241)

Analise as frases a seguir.

I. “como ele já fazia com seus códigos de programação".

II. “aposta de gigantes como Apple e Google".

III. “trocar conteúdos como o trabalho de matemática".

Em relação ao emprego do vocábulo em destaque nas frases acima, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • Creio que o gabarito esteja equivocado... 


    Ao meu ver, a primeira ocorrência seria de modo... "O modo como ele fazia seus códigos de programação..."


    Alguem conseguiu enxergar de outra maneira ?


  • Também acredito que esteja. Pensei na primeira ocorrência como modo, e as outras duas como exemplo.

  • Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus códigos de programação.

    Ou seja, ele já salvava seus códigos de programação na internet e teve a brilhante ideia de fazer o mesmo (assim como fazia, da mesma forma que fazia) com os trabalhos. 

    ASSIM COMO = ideia de comparação.

  • Como aqui está como conjunção e não adverbio de modo, ela pode ser Causal, Comparativa ou Conformativa. Para distinguir qual das três tem algumas dicas:

    Como sendo CAUSA = PORQUE

    Como sendo COMPARATIVA = IGUAL

    Como sendo CONFORMATIVA = CONFORME.


  • pq não seria a letra d??ao meu ver cabe em ambos os casos uma exemplificação...


  • Não concordo com o gabarito. A frase II têm valor de exemplificação ao meu ver. “...aposta de gigantes como Apple e Google" <=> "...aposta de gigantes a exemplo de Apple e Google"

  • I - "...como (conforme, da mesma forma que) ele já fazia com seus códigos de programação." É uma conformidade.

    II - "...gigantes como a Apple e Google..." É comparação porque para exemplificar teria que separar entre vírgulas e nesse caso a questão faz relação direta.
    III - "...trocar conteúdos, como o trabalho de matemática..." É exemplificação. Importante observar que ele esquece da vírgula ao repetir o trecho do texto e isto implica erro de interpretação, inclusive para o item II.
  • PELO AMOR DE DEUS, NA II ELE ESTÁ COMPARANDO O QUE COM QUEM QUE EU NÃO VI?

    INDIQUEM PARA COMENTÁRIO, POR FAVOR!

  • Respondendo a pergunta do colega, na frase 2 ele afirma "aposta de gigantes..." quais gigantes? Só são dois que no caso é a Apple e Google. Logo, a palavra como acaba por comparar esses dois gigantes.


    Na frase 1, há de se voltar no texto para uma melhor compreensão. Veja "Decidiu criar um sistema  (...), como ele já fazia com seus códigos de programação. Logo, ele acaba por comparar a criação do sistema com os códigos de programação que já fazia.


    Espero que compreendam... Forte abraço a todos.

  • O comentário do Charlie Fernandes é muito bom. Ao mesmo tempo apoio indicar para comentários para saber o que a banca quer realmente. Por favor professores do QC, comentem esta questão.

  • Gente, pelo amor de Deus. A primeira até consegui enxergar como comparação mas a segunda é um absurdo. Em nenhum momento ele compara Apple e Google, ele apenas cita EXEMPLOS de "gigantes", ditos anteriormente. obs: Sou da área de TI.

  • Achei bem claro na segunda frase, mas não percebi na primeira


  • GALERA TEM QUE MARCAR PRA COMENTÁRIO DO PROFESSOR, ISSO AÍ ESTÁ ESTRANHO!

  • I. “como ele já fazia com seus códigos de programação". - Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, como  ( ASSIM COMO, DA MESMA FORMA) ele já fazia com seus códigos de programação. Fará com os trabalhos dos alunos o mesmo que fazia com seus códigos, assim como fazia com seus códigos. - COMPARAÇÃO

    II - “aposta de gigantes como Apple e Google". Comparando Apple e Google a gigantes. Se tivesse exemplificando, teria sido algo como: "Apostas de EMPRESAS como apple e Google" ( é o que se faz na TERCEIRA FRASE ) - COMPARAÇÃO

    III. “trocar conteúdos como o trabalho de matemática" - Conteúdos como ( conteúdos como por exemplo ) o trabalho de matemática.-EXEMPLIFICAÇÃO

     

    #FOCO

     

  • Onde existe uma comparação nessa frase abaixo? 

    Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus códigos de programação.

    Para mim isso é uma explicação sobre a sua decisão de criar o sistema e que já possuia o conhecimento necessário. 

    A outra frase está evidente como Exemplos. 

    Não está comparando Apple e Google. 

  • GABARITO LETRA  ===>>>  A

  • Fiquei em dúvida se seria Comparação ou Exemplificação, resolvi do seguinte modo:

     

    Eu substitui o como por IGUAL

     

    I. “como ele já fazia com seus códigos de programação". 

    igual ele fazia[...]



    II. “aposta de gigantes como Apple e Google". 

    aposta de gigantes igual Apple e Google.

     


    III. “trocar conteúdos como o trabalho de matemática". 

    aqui não consegui colocar "igual".

     

     

    Nos 2 primeiros casos, se eu digo que é "igual outra coisa", posso afirmar que estou comparando.

    Na terceira não foi possível, aí seria exemplificação.

     

    Apesar de achar a segunda com valor mais exemplificativo do que comparativo (ele cita as gigantes apple e google como exemplo de gigantes e não compara gigantes como apple e google), não tinha essa resposta nas assertivas.

     

    Por eliminação, Gabarito letra: A

     

    Já aprendi a jogar com a FGV, melhor do que ficar discutindo é achar a lógica das questões.

  • Em um primeiro momento a II realmente parece exemplificativa, mas dá pra perceber que a comparação em si se dá entre "gigantes" e "Apple e Google".

     

  • para melhor observar a questão volte no texto e leia a frase completa. ajuda demais.

  • II - “aposta de gigantes como Apple e Google". Apostas de gigantes ASSIM COMO/DA MESMA FORMA QUE apple e google. "Apple e Google TAMBÉM apostam nessa tecnologia (computação em nuvem)" - COMPARAÇÃO


    III. “trocar conteúdos como o trabalho de matemática" *Que tipo de conteúdo??? - trabalho de matemática. Se fosse comparativo seria: Trocar conteúdos da mesma forma que o trabalho de matemática, assim como o trabalho de matemática. O TRABALHO DE MATEMÁTICA TAMBÉM TROCA CONTEÚDOS??? CLARO QUE NÃO!!! Entao é impossivel ser comparativo* -

  • A segunda não é comparação nem aqui nem na China.

  • Parabéns! Você acertou!

    Não basta decorar, tem que aprender interpretar, gurizada da geração Z.

    GAB. A

  • quanto ao quesito I:

    " Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, (assim) como ele já fazia com seus códigos de programação."

    -> traz ideia de comparação ainda mais se levado em conta a correspondência temporal: decidiu criar -> (como) fazia


ID
1927264
Banca
CETRO
Órgão
ANVISA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo, que sofreu pequenas adaptações e alterações, extraído da obra Estação Carandiru, de Drauzio Varella, para responder à questão.

      São tantas as situações que se apresentam na cadeia que uma vida é pouco para conhecê-las. Essa lição de humildade dada pelos cadeeiros mais experientes ajudou-me a relaxar e a desenvolver técnicas defensivas para não ser feito de idiota o tempo todo.

      A advertência clara do Pedrinho, de que eu não podia contar com meus auxiliares para desmascarar os farsantes, tornou-me mais atento às expressões faciais. Enquanto o doente fala; há que olhá-lo direto nos olhos, mudo, o olhar fixo por uns segundos a. mais após o término de cada frase. Nos momentos de dúvida, deixar cair o silêncio, abaixar a cabeça sobre a ficha médica como se fosse escrever e dar um bote com os olhos na direção dos enfermeiros e quem mais esteja por perto, para surpreender neles as expressões de descrédito. 

      Com a experiência que a repetição traz, ganhei segurança como médico e espontaneidade no trato com a malandragem. Devagar, aprendi que a cadeia infantiliza o homem e que tratar de presos requer sabedoria pediátrica. Muitas vezes é suficiente deixá-los se queixar ou simplesmente concordar com a intensidade do sofrimento que referem sentir, para aliviá-los. O ar de revolta que muitos traziam para a consulta desaparecia depois que lhes palpava o corpo e auscultava pulmões e coração. No final, não era raro encontrar ternura no olhar deles. A paciência de escutar e o contato do exame físico desarmavam o ladrão.

      A comida servida na Casa de Detenção ê triste. Depois de alguns dias, não há cristão que consiga digeri-la; a queixa é geral. Os que não têm ganha-pão na própria cadeia ou família para ajudar sofrem. Riquíssima em amido e gordura, a dieta, entretanto, engorda. Obesidade aliada à falta de exercício físico é um dos problemas de saúde na Detenção.

      As galerias são lavadas todo final de tarde pelos "faxinas", um grupo de homens que constitui a espinha dorsal da cadeia. Tudo é limpo, ninguém ousa jogar lixo nas áreas internas. É raro ver um xadrez sujo, e, quando acontece, seus ocupantes são chamados de maloqueiros, com desdém. Na Copa de 94, assisti Brasil versus Estados Unidos num xadrez com 25 presos, no pavilhão Dois. Não havia um cisco de pó nos móveis, o chão dava gosto de olhar. Em sistema de rodízio, cada ocupante era responsável pela faxina diária. 

Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ===>>> E.

  • Porque a letra  C está errada?

  • Gabarito: letra E

     

    Adriana, o erro da letra C:

     

    -  "Muitas vezes é suficiente deixá-los se queixar"

    "los" é sujeito.

    Sempre que tivermos as formas MANDAR, DEIXAR, TORNAR e FAZER (verbos causativos) e na sequência um verbo no infinitivo, usaremos pronome oblíquo como sujeito, e não pronome reto. 

    Em vez de "deixar eles se queixarem", deve ser "deixá-los se queixar"

    Obs.: O verbo fica no singular se o sujeito estiver em forma de pronome. 

     

    - "Concordar com a intensidade do sofrimento que referem sentir, para aliviá-los"

    "los" é complemento da forma verbal "aliviar"

     

  • alguém pode explicar?

  • Leia DEVAGAR E ATENTAMENTE...

    ENCURTE A FRASE, RETIRE O QUE PODE SER RETIRADO PARA MELHOR COMPREENSÃO...

    PERCEBERA QUE NESSA QUESTÃO, VOCÊ CONSEGUE PERCEBER O SUJEITO..

    GAB. E

  • Gabarito E

    A como > comparação / como > causa

    B erro semântico e gramatical;

    C los > homens / los > sofrimento

    D que > P. relativo / que > conjunção

    E POSSE - lhes palpava o corpo > palpava o seu corpo / olhar deles > seu olhar

  • A) "...como se fosse escrever". (comparação)

    "...como médico..." = "na qualidade de médico". (preposição acidental)

    B) há mudança de sentido, pois na reescrita inclui-se ideia de tempo, que não há na primeira frase.

    C) ' los' refere-se a presos, que está no plural: é suficiente deixá-los (deixar os presos) se queixar(em); para aliviá-los (aliviar os presos). Na 1ª ocorrência 'los' é sujeito de 'queixar'; na 2ª, objeto direto de 'aliviar'.

    D) 1ª ocorrência - pronome relativo; 2ª - conjunção subordinativa temporal.

    E) correta.


ID
1945459
Banca
IVIN
Órgão
Prefeitura de Piracuruca - PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O termo destacado na frase não é um advérbio em:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO IMPERFEITA!!

  • Eita pppp*¨%$&#*!!!!!!!

    Como assim, QUANTOS é advérbio ? E está flexionado ???????

  • A) Esta alternativa que deveria ser o gabarito, pois o termo "Quantos" sofreu variação em número, com isso não poderia ser encarado como advérbio de intensidade!

    B) advérbio de causa

    C) advérbio de modo

    D) advérbio de lugar

    E) advérbio de tempo

    OBS: Não podemos nos esquecer que alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no superlativo!

    Exemplo: Cheguei tão cedo quanto queria. (Grau comparativo de igualdade)

                   Cheguei menos cedo que queria. (Grau comparativo de inferioridade)

                   Minha amiga mora muito longe. (Grau superlativo analítico)

  • Essa banca é muito louca!

     

  • O professor explica em seu comentário que a palavra "quantos" funciona como um pronome indefinido. No caso, não seria um pronome interrogativo?

  • quantos nao seria pronome? e ele quer a q nao é adverbio.... pra mim há duas respostas

  • Por que as crianças necessitam tomar THP? 

    por qual razão ou por qual motivo as crianças necessitam tomar THP?

    GABARITO LETRA B DE BARBADA ESSA QUESTÃO!

  • Isso não é justo!!

  • B

    Está mais para pronome interrogativo do que advérbio.

  • Hellen Tavares

    Muitos pronomes interrogativos também sao pronomes indefinidos, chamados de interrogativos indefinidos.

  • marquei direto a letra B , pois lemberei do comentário do professor Alexandre Soares na questão(Q684860) que afirma:"sempre que o QUE aparecer dentro de uma interrogação é pronome interrogativo sendo o POR uma mera preposição."

    NO ENTANTO,  o comentário do profesor Arenildo faz sentido.

  • Alternativa B

     

    a - duvida

    Quantos adolescentes sofrem com déficit de aprendizagem?

    b - pronome interrogativo

    Por que as crianças necessitam tomar THP? 

    c - modo

    Como vocês me encontraram?

    d - lugar

    Onde você colocou os resultados?

    e - tempo

    Quando iremos aos EUA?

  • A questão deveria ter sido anulada. 
    A letra " a" jamais poderá ser um advérbio.

    Banquinha mequetrefe!

  • UQ????

    Gabarito: B, para quem não é assinante.

  • Se você errou, então é sinal que está no caminho certo!

  • Como que palavra variável pode ser adverbio? Banca ridícula

  • Lembre-se: o avaliador sabe menos do q vc e esse tipo de palhaçadas acontece só pq não existe uma lei regulamentando essa porcaria toda; independentemente do fato de q QUANTOS pode ser indefinido e tb interrogativo, mas nunca será advérbio.

  • Pessoal, a questão deveria ser: O termo destacado na frase não é um PRONOME em:

    Isso porque advérbio modifica verbo, advérbio e adjetivo. Nas alternativa todas são pronomes, pois se referem (ou antecedem) substantivos.

  • Pra mim "quantos", no contexto que foi aplicado, é pronome interrogativo. Todavia, temos evidente uma letra B, em que trata-se de um conjunção.

    Então, vamos na mais errada!

    Gabarito letra B!

  • Questão podre,podre!

  • eu nem entendi a questao

  • Ox, e essa letra A é adverbío desde quando? Adverbérbio admite flexão em número?

  • Pior nem é a falta de regulamentação e sim os "cadeirantes" (caquéticos) da academia brasileira de letras. Muitos assuntos sem consenso. O objetivo nunca foi um padrão de linguagem e sim o padrão das vaidades "intelectuais".

  • Não entendi nada


ID
2080702
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, m o s tra c a ra c te rís tic a s c o m p o rta m e n ta is indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conse guinte , tem os em todos os crim es, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada.Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed.comemorativa), p. 82. 

No período: “E como o psíquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte, temos em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou", a conjunção “como” está empregada com o mesmo valor relacionai que em:

Alternativas
Comentários
  • Conjunção Subordinativa - Causal.

  • como (já que) - causal               E como o psiquismo é responsável (já que o psiquismo...)

    como (igual a) - comparativa     

    como (conforme) - conformativa

    como (quando) - temporal

     

  • Alternativa  "C"

    Introduzem uma ideia de CAUSA. É fundamental  relatar que aqui se inicia a relação  causa-efeito. Toda causa representa o fato anterior. Já o  efeito, o fato posterior.

    Ex: E COMO a barba vinha(causa/fato anterior), basta e negra, aceitei com orgulho.(efeito/fato posterior)

    Conjunções  causais: Porque, Como, porqunto...

  • Conjução subordinativa causal.

  • e) função do COMO é P. RELATIVO,

     

  • GABARIDO: C

  • Alternativa C

     

    a - Procedia sempre COMO manda a lei . conformidade

    b - Era um psiquiatra tão bom COMO o pai. comparação

    c - COMO estava ferido, pediu socorro.  causa

    d - COMO um cão. vivia farejando pistas. comparação

    e - Eis o modo COMO o delito foi praticado. conformidade

  •  

    Reinaldo Cerqueira,

    Acerca de seu comentário sobre a alternativa E, trata-se de  pronome relativo, preferencialmente. Sempre que o "como" vier posposto à palavra "modo", será classificado desta maneira.

    "eis o modo PELO QUAL o delito foi praticado". 

     

    Bons estudos! AVANTE

  • Para um fato , tem-se uma causa e para esta causa uma consequência !

    Causa = estar ferido , consequência pedir = socorro.

    COMO = uma vez que, já que.[nesta questão !]

  • O como é CAUSAL na pergunta, e quando o COMO vem no início de sentença ele vem como CAUSAL


ID
2286862
Banca
SPDM
Órgão
SPDM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO

O DESASTRE DO BRASIL

Carlos Nejar, O Globo, 10/7/2014

Este desastre do futebol brasileiro diante da Alemanha, em goleada, começou bem antes da lesão propositada em Neymar, veio bem antes de quando Felipão mostrou-se desatualizado, soberbo, ditador; veio antes pela excessiva propaganda, cuidando dos mínimos gestos e movimentos de nossos jogadores, como se fossem deuses, novos e opulentos, com a supervalorização dos pés, como se pensassem ou criassem a ordem do universo. Não foi apenas a seleção alemã superior, houve negligência, pane, lapso dos atletas nacionais e como de início se viu um time de sopro curto. O preço foi muito caro.

“veio antes pela excessiva propaganda, cuidando dos mínimos gestos e movimentos de nossos jogadores, como se fossem deuses, novos e opulentos, com a supervalorização dos pés, como se pensassem ou criassem a ordem do universo. Não foi apenas a seleção alemã superior, houve negligência, pane, lapso dos atletas nacionais e como de início se viu um time de sopro curto. O preço foi muito caro.”

Considerando as três ocorrências do vocábulo “como”, sublinhadas no texto, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Como=tal qual- valor comparativo

  • Como = que nem ou tal qual (comparação)

    Se trocar e ficar certinho marca bonitinho.

  • Jurei que a última poderia trocar por conforme. Triste

  • errei na última. Não consegui vê valor comparativo.
  • Esta última foi difícil de engolir o valor comparativo.

  • “veio antes pela excessiva propaganda, cuidando dos mínimos gestos e movimentos de nossos jogadores, como se fossem deuses, novos e opulentos, com a supervalorização dos pés, como se pensassem ou criassem a ordem do universo. Não foi apenas a seleção alemã superior, houve negligência, pane, lapso dos atletas nacionais e como de início se viu (como se viu de início ) um time de sopro curto. O preço foi muito caro.” (grifei)

    Gabarito: D

  • Como se os jogadores fossem deuses (relação de comparação entre os jogadores e os deuses). Como se os jogadores pensassem ou criassem a ordem do universo (relação de comparação entre os jogadores e os criadores do universo). Como de início se viu....Conforme foi visto no início....sinceramente não vi a comparação aqui, pareceu-me uma conformidade.


ID
2523850
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para reger seu trânsito.

      No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais. Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: "Hoje o risco incide sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas".

(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br

Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. (2° parágrafo)


O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a verificada em:

Alternativas
Comentários
  • O "como" aborda um sentido de conformidade na questão.

    GABARITO: B

  • Só trocar o "como" por "conforme"

  • Minuto do Concurseiro - Conjunção COMO

    https://www.youtube.com/watch?v=Rc4jZugB6Ss

  • A questão explora todas as funções do termo como, quais sejam:

    3 tipos de conjunções - comparativa, conformativa e causal.

    Pronome relativo - indicando modo

    Adverbio interrogativo.

     a) Ainda não se sabe como (adverbio interrogativo) ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros autônomos. 

     b) Como (conjunção conformativa) dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade. 

     c)O modo acelerado como (pronome relativo) os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente espantoso. 

     d)Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como (conjunção conformativa) eram os carros no início do século 20. 

     e)Como (conjunção causal) ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é desconhecido. 

  • Mário Magalhães,

     

    seu comentário está equivocado com relação à alternativa D. No caso, trata-se de conjunção comparativa e não conformativa. Conformativa é a letra B, assim como no enunciado. Caso a D fosse conformativa também, teríamos duas respostas corretas.

     

    Bons estudos! AVANTE

  • o termo COMO no nosso texto base tem expressado a ideia de conformidade, desta forma devemos susbstituir no texto o COMO pelo termo CONFORME, aí matamos a questão.

  • Como aprender conjunções???


    DECORE!!!!!!!!!!!!

  • Para a galera que marcou a alternativa (D), o "como" desta alternativa é comparativo. Veja:

    Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 20.

  • Mayara Almeida

    essa questão é um exemplo que vc tem que saber e não decorar

  • Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. (2º parágrafo)

     

    O vocábulo como, nessa passagem do texto, introduz oração que expressa ideia de conformidade: "(...) vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como (=conforme) define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda."

     

    Trata-se de uma conjunção subordinativa adverbial conformativa.

     

    LETRA "A"-ERRADA. Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros autônomos.

     

    Nesse período, o vocábulo como é um pronome interrogativo. Trata-se de uma interrogação indireta.

     

    LETRA "B"-CORRETA.  Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade.

     

    Nesse período, o vocábulo como introduz oração que expressa a ideia de conformidade: Como (=conforme) dito no texto, os carros autônomos, com diferentes, tecnologias, já são uma realidade.

     

    Trata-se de uma conjunção subordinativa adverbial conformativa.

     

    LETRA "C"-ERRADA.  O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente espantoso.

     

    Nesse caso, o vocábulo como expressa a ideia de modo.

     

    Trata-se de uma preposição acidental que liga "O modo acelerado" à ideia que especifica a palavra modo (modo como os carros sem motorista têm sido produzidos).

     

    LETRA "D"-ERRADA.  Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 20.

     

    Nesse caso, o vocábulo como expressa a ideia de comparação: Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como (=tais quais) eram os carros do início do século 20.

     

    Trata-se de uma conjunção subordinativa adverbial comparativa.

     

    LETRA "E"-ERRADA. Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é desconhecido.

     

    Nesse caso, o vocábulo como expressa a ideia de causa: Como (=já que) ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é desconhecido.

     

    Trata-se de uma conjunção subordinativa adverbial causal.

  • A Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros autônomos. MODO

    B Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade. CONFOMIDADE

    C O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente espantoso.

    D Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 20. COMPARAÇÃO

    E Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é desconhecido. CAUSA


ID
2717734
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As crianças e os adolescentes estão vivendo boa parte de seu tempo no mundo virtual, principalmente por meio de seus aparelhos celulares. Em relatório divulgado em dezembro de 2017, o UNICEF usou a expressão “cultura do quarto” para indicar um dos efeitos desse fenômeno. Os mais novos têm escolhido o isolamento do espaço privado em detrimento do uso do espaço público para se dedicarem à imersão nas redes.

      Você certamente já viu agrupamentos de adolescentes que interagiam mais com seu celular do que uns com os outros, não é? Pois bem: esse comportamento gera consequências, sendo que algumas delas não colaboram para o bom desenvolvimento dos mais novos. Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? Relacionando-se com seus pares! Acontece que o relacionamento no mundo virtual é radicalmente diferente daquele que ocorre na vida real, o que nos faz levantar a hipótese de que eles têm se desenvolvido com deficit no processo de socialização.

      E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade? Primeiramente sabendo a diferença entre intimidade e convívio social. Explorar o mundo social simultaneamente ao real cria uma grande dificuldade nessa diferenciação. Não é à toa que já se expôs na rede a privacidade de tantas crianças e jovens, com grande prejuízo pessoal!

(Rosely Sayão, As crianças e as tecnologias. Veja, 28-02-2018. Adaptado)

A alternativa em que o termo “como” está empregado com o mesmo sentido que tem na passagem – E como se aprende a ter – e a proteger – privacidade? – é:

Alternativas
Comentários
  • E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade?

    E de que maneira se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade?

    Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo.

    Ainda não se descobriu de que maneira eles tiveram essa informação posta sob sigilo.

     

  • CORRETA - A

     

    ATENÇÃO - A VUNESP SEGUIDAMENTE TEM COBRADO O SENTIDO DA PALAVRA "COMO"

     
  • Em ''E como se aprende a ter – e a proteger – privacidade? e na alternativa A o ''como'' pode ser trocado por ''de que forma''.
    Pensei assim e deu certo.

  • A palavra “como” do enunciado é advérbio interrogativo. Na alternativa A também foi utilizada com o mesmo escopo. Notem que a frase, embora não traga ponto de interrogação, denota uma pergunta indireta.

     

    Letra A

  • Gabarito letra A.

     

    Na frase destacada no enunciado, o “como” é um advérbio interrogativo, numa interrogativa direta. Na frase “Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo.”, o “como” também é um advérbio interrogativo, com esse sentido de pergunta. A diferença é que aparece numa interrogativa indireta.

     

    Vejamos os demais sentidos.

     

    (B) Partiu como veio ao mundo: sem um centavo no bolso.

    Sentido de comparação (partiu Do mesmo modo que veio ao mundo)

     

    (C) Como se sabe, adolescentes dominam as tecnologias modernas.

    Sentido de conformidade ( de acordo como o que se sabe…)

     

    (D) Prometeram amor eterno, na alegria como na tristeza.

    Sentido de comparação/adição (na alegria E/Do mesmo modo que na tristeza)

     

    (E) As crianças, como os adolescentes, têm grande interesse pelas mídias eletrônicas.

    Sentido de comparação/adição (As crianças E/Do mesmo modo que os adolescentes)

     

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/questoes-vunesp-provas-area-policial-2018/

  • Como - de que forma ?

    Ainda não se descobriu de que forma eles tiveram essa informação posta sob sigilo.

    GABARITO -> [A]

  • Comparativa,.

  • Comparativa?...kk

     

    Gente, quem estiver com dúvida vá direto ao comentário da Lívia Martes.

  • E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade?


    Resposta A:

    Substitua COMO por DE QUE MANEIRA/DE QUE FORMA


    Ainda não se descobriu de que FORMA eles tiveram essa informação posta sob sigilo.

    Ainda não se descobriu de que MANEIRA eles tiveram essa informação posta sob sigilo.

  • É só perceber que o COMO tem função interrogativa na frase!

    GAB: (A)

  • Era necessário encontrar uma frase interrogativa.

  • Qual a moral de ficar postando só GAB A..B..C? Será que ninguém consegue descobrir sozinho qual é o gabarito?

  • Ricardo Lisboa, concordo plenamente contigo.

  • Neste contexto equivale a: "de que maneira" só substituir é ver qual frase se encaixa

    Gab. A

  • Eu respondi assim:

    E como(advérbio interrogativo) se aprende a ter – e a proteger – privacidade?

    (A)Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo. (?)

    Temos uma pergunta indireta.

  • Na frase destacada no enunciado, o “como” é um advérbio interrogativo, numa interrogativa direta. Na frase “Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo.”, o “como” também é um advérbio interrogativo, com esse sentido de pergunta. A diferença é que aparece numa interrogativa indireta.

     

    Vejamos os demais sentidos.

     

    (B) Partiu como veio ao mundo: sem um centavo no bolso.

    Sentido de comparação (partiu Do mesmo modo que veio ao mundo)

     

    (C) Como se sabe, adolescentes dominam as tecnologias modernas.

    Sentido de conformidade ( de acordo como o que se sabe…)

     

    (D) Prometeram amor eterno, na alegria como na tristeza.

    Sentido de comparação/adição (na alegria E/Do mesmo modo que na tristeza)

     

    (E) As crianças, como os adolescentes, têm grande interesse pelas mídias eletrônicas.

    Sentido de comparação/adição (As crianças E/Do mesmo modo que os adolescentes)

  • Gab A

    Observações

    A B é um caso de braquilogia, que, segundo Bechara, equivale a Partiu como partiu quando veio ao mundo. O como aí é essencialmente comparativo, diferente do modal (A e E), do conformativo (C) e do aditivo (D).

  • Como = De que modo?

  • COMO --> DE QUE MANEIRA!

  • Troquei por "de que forma" e deu certo...

  • Substitui o "como" por "de que maneira" e vai substituindo nas alternativas pra ver qual a única que faz sentido.
  • Substituí o "como", por "de que maneira" e o único que adequou foi a alternativa A.


ID
2922403
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

A opção em que a conjunção COMO tem o mesmo valor sintático-semântico que em: “ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal” (§ 6) é:

Alternativas
Comentários
  • Conformativas= segundo, como, conforme, consoante.

  • Qual o erro da B?

  • Rômulo, na alternativa B o 'como' é uma conjunção comparativa.

  • Letra A) Como tem função de adverbio de modo - Não sabemos de que maneira Alice......

    Letra B) Como tem função de conjunção aditiva - susbtitui o como por " e também"

    Letra C) Como tem função de conjunção causal - substitui por porque - Porque é conciliadora

    Letra D) Conjunção conformativa - substitui por conforme

    Letra E) Pronome relativo - substitui por modo, maneira, jeito, forma.

  • Adverbial conformativa – Pode ser substituído por “conforme”, “segundo”.

  •  “ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal” 

    equivale a:

     “ele não utilizou, conforme deveria, uma oração subordinada causal” 

    a) como => modo

    b) como => assim como (comparativo)

    c) como => causal

    d) como => conforme

    e) como => pronome relativo (pelo qual)


ID
2937109
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Barcarena - PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Existir, a que será que se destina?


            Quando entra no ar a vinheta do Jornal Nacional, meu coração vai apertando porque sei que lá vem. Não me refiro às quedas na bolsa, à desvalorização do real ou às exigências do FMI, que tudo isso já vi. Refiro-me às consequências de um mundo hostil, predatório e tremendamente injusto, seja no Brasil, em Ruanda ou em qualquer lugar onde crianças passem fome, senhoras durmam em calçadas tentando matricular seus filhos ou aposentados morram em corredores de hospitais. Cada vez mais difícil digerir a vida como ela é para a maioria.

            As crianças que eu conheço estudam em escola particular, compram livros, vão ao cinema, tomam lanches, são sócias de um clube, possuem roupas coloridas, têm brinquedos, praticam esportes, vão à praia e no primeiro sinal de doença, as mães telefonam para o médico e marcam consulta para o mesmo dia, tendo a seu dispor ar-condicionado e competência. Tudo caro. É o preço de poder ter um dia feliz entre duas noites de sono. 

            As crianças que não conheço não têm nada disso, e quando forem adultas terão menos ainda, porque até a inocência irão perder. Nunca viram um hambúrguer, não sabem o gosto que a Fanta tem, dos picolés sentem o gosto apenas do palito, não têm leite de manhã e não têm molho para o macarrão que às vezes comem. Mascam chicletes usados, assim como seus pais fumam baganas encontradas no chão. Um estômago vazio entre duas noites de sono. 

            Para a maior parte das pessoas, o espaço que existe entre nascer e morrer não é ocupado. Não comem, e não comendo, não estudam, e não estudando, não trabalham e não trabalhando, não existem. São fantasmas que não conseguem libertar-se do próprio corpo. Nós enquanto isso, discutimos o novo disco da Alanis Morrisete, aplaudimos a chegada do Xenical, vemos as fotos do Morumbi Fashion, comemoramos o centenário de Hitchcock, comentamos o lançamento do novo Renault Clio, torcemos por Central do Brasil. Saímos para dançar, provamos comida árabe, andamos de banana boat, fazemos terapia e regamos girassóis. Fazemos interurbanos, jogamos no Toto Bola, compramos o batom que seduz os moços e a espuma de barbear que seduz as moças. Bem alimentados, instruídos e com um mínimo de saldo no banco, ocupam o espaço entre acordar e adormecer. 

            Quem não come, não sabe ler e não tem medicamento não ocupa espaço algum. Flutua no vácuo, respira por aparelhos, ignora a própria existência, só sabe que está vivo porque, de vez em quando, sofre um pouco mais que o normal, porque o normal é sofrer bastante, mas não a ponto de não haver diferença entre nascer ou morrer. 

Fonte: Marta Medeiros, fev/1999, p. 162.

A classificação correta do termo “como” em: “Cada vez mais difícil digerira vida como ela é para a maioria.” é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    “Cada vez mais difícil digerira vida como ela é para a maioria.”

    >>> observamos que o "como" pode ser substituído por "conforme" . >>> conforme ela é para a maioria, sendo então uma conjunção conformativa.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Esse texto foi forte ! Vale À reflexão .


ID
2947984
Banca
Marinha
Órgão
EAM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder á questão.

A “sociedade do espetáculo” mostrou seu caráter de sensacionalidade. [...] Hoje, não somos mais apenas regidos por imagens, mas verdadeiramente dominados em nosso corpo, por meio de sensações que nos atingem de fora para dentro. [...]
O capitalismo descobriu o mundo da sensação e passou a reger a vida em sociedade, por meio da administração dos sentidos, de táticas de excitação. Vivemos, como ratos de laboratório, frangos criados sob lâmpadas, excitados peio cinema e pela televisão que nos capturam e acomodam ao seu sistema. Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por emoções. Nas telas de celular, cultuamos a comunicação vazia, vivemos a emissão de expressão deturpada. Viciados em telinhas à mão, coisa que aprendemos com as grandes telas de cinema e televisão, sem consciência de que a excitação cura a excitação. A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer vício. Estresse digital será a doença do futuro.
A “sociedade fissurada", em sentido filosófico, se define pela relação com o absoluto que se dá tanto por meio das drogas como substâncias físicas, quanto com Deus e outras idéias que se apresentam como substâncias metafísicas. Nesse contexto, estamos todos “chapados” porque, se estamos fissurados, isso quer dizer que, se havia algo, ele escapa pela fissura. Não temos como “reter" alguma coisa; por exemplo, nosso eu. Chapados, somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com alguma coisa dentro, quem sabe a alma.
O preconceito tem a estrutura de nossa relação com a substância, dependemos dele, ficamos como que viciados em idéias e discursos prontos que não passam pelo crivo da reflexão. Repetimos compulsivamente idéias prontas como quem busca o incomparável prazer da primeira vez. O prazer da linguagem que, desacompanhado de pensamento, não existe. Caímos no uso abusivo da linguagem como se ela não gerasse comprometimentos e responsabilidades. [...] 
Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter chapado reproduzido em seus indivíduos. As “platitudes” fazem sucesso como mercadoria e serviços: da autoajuda às músicas e filmes da indústria cultural que nada dizem, todos estão apaixonados, emocionados com clichês. O procedimento de copy-paste é o que comanda o mundo da linguagem sem idéias que sustenta as redes sociais e a televisão. O sujeito da sociedade chapada é sem fundo e sem relevo, sem dobras nem reentrâncias. Um sujeito do "irrelevante" transformado em capital. A intimidade, a interioridade, a alma, que dependiam da ideia de profundidade, tornaram-se assuntos caducos. Só o estilo, o fashion, o cool definem seu sentido. Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos escorregadios. Deixamos para trás o caráter que, na era anterior, foi forjado a duras penas.
O consumismo torna-se o padrão de toda ação, até dos atos de fala. A reprodutibilidade sem fim de pensamentos vazios, de emoções e ações cuja função é apenas perpetuar o sistema, tudo o que possa evitar o questionamento - ele mesmo um perfurador de superfícies - é o que nos resta.
TIBURI, Mareia. Chapados: sobre o uso abusivo da linguagem. Disponível em . Acesso em 05 nov, 2018. Com adaptações. 

Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego ou paixão por; ficar apaixonado por. copy-paste - copiar e colar, cool - legal, bacana. Platô -1 - Palco de um teatro. 2 - Estúdio de cinema ou de televisão. 3 - Planalto.

Assinale a opção na qual o operador argumentativo destacado tem valor conformativo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “[...] a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer vício.” (2°§) >>> conjunção conformativa, podendo ser substituído por "conforme" --- Conforme nos ensina qualquer vício.

    A “Vivemos, como ratos de laboratório, frangos criados sob lâmpadas, excitados [...].” (2°§) >>> conjunção subordinativa comparativa, comparando o modo de vida como o modo de vida de ratos de laboratório.

    B “Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem [...]."(5°§) >>> conjunção subordinativa comparativa, comparando com um grande platô.

    C “[...] ficamos como que viciados em idéias e discursos prontos que não passam pelo crivo [...]."(4°§) >>> conjunção subordinativa comparativa, ficamos do mesmo modo que os viciados ficam.

    E “As 'platitudes' fazem sucesso como mercadoria e serviços: da autoajuda [...].” (5°§) >>> conjunção subordinativa comparativa, comparando as platitudes (informações triviais) e o quanto sucesso fazem.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Dica.

    Quando a palavra como valer:

    igual a ==> valor comparativo;

    conforme ==> valor de conformidade.

    a) “Vivemos, como (igual a) ratos de laboratório, frangos criados sob lâmpadas, excitados [...].” (2°§)

    b) “Como (igual a) um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem [...]."(5°§)

    c) “[...] como que (igual a )  viciados em idéias e discursos prontos que não passam pelo crivo [...]."(4°§)

    d) “[...] a paz é a mesma que nos traz a paz, como (conforme) nos ensina qualquer vício.” (2°§)

    e) “As 'platitudes' fazem sucesso como (igual a) mercadoria e serviços: da autoajuda [...].” (5°§)

  • Quando a palavra como valer:

    igual a ==> valor comparativo;

    conforme ==> valor de conformidade.


ID
2949214
Banca
FGR
Órgão
Câmara de Carmo de Minas - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                Respeite os limites do bebê nos ensaios de recém-nascido;

                                    veja dicas sobre segurança
 
     Os chamados ensaios newborn, que mostram os bebês em seus primeiros dias de vida em poses bem flexíveis, já se popularizaram no Brasil. Já há até mães que realizam chás com cotas para a futura aquisição do álbum fotográfico do recém-nascido.

      Só que os pais precisam estar atentos à formação e experiência do fotógrafo. É que esse tipo de ensaio requer conhecimento não só da técnica fotográfica como também da anatomia e fisiologia do bebê.

      Simone Silvério, presidente da ABFRN (Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos), diz que uma puxada errada de braço pode provocar lesões no bebê. Da mesma forma, ela alerta que o profissional precisa conhecer os materiais que serão utilizados no ensaio para que as imagens sejam feitas com toda segurança. “É muito comum colocar bebê dentro de balde nesse tipo de ensaio. Mas em que tipo de balde podemos colocá-lo? Pode ser um balde que se cair quebra? Posso colocar o bebê dentro do balde e o balde em cima da mesa? E se o balde tombar? Precisamos estar atentos a tudo que coloca a  segurança do bebê em risco”, diz ela.

      E como os pais devem escolher o fotógrafo do álbum de seu recém-nascido. Primeiramente, pegue indicações de amigos e parentes. Pesquise o trabalho do profissional. Mas se você não conhecer ninguém que tenha feito esse tipo de trabalho? Uma saída é consultar o site da ABFRN, que traz uma lista de profissionais associados à entidade. “Para fazer parte da ABFRN é preciso cumprir uma série de requisitos, como ter experiência mínima de 1 ano fotografando recém-nascidos”, afirma Simone.     

      (...)

                                     Quando fotografar o bebê?
 
     A ABFRN diz que o ideal para o álbum newborn é que o bebê seja fotografado entre o 5° e 14º dia de vida, quando os recém-nascidos “são mais maleáveis, apresentam sono profundo e as cólicas ainda não afetam o descanso”. 

     O bebê está sempre dormindo nesse tipo de ensaio. Para que ele fique tranquilo, não pode estar sentindo dor nem com fome. Recomenda-se que ele seja amamentado a cada duas horas para que não sinta fome e se irrite.

      Como os bebês são fotografados sem roupa ou fazem troca de acessórios, é preciso prestar atenção na temperatura do ambiente. A recomendação é que a temperatura esteja entre 26°C e 30°C e a umidade relativa do ar, entre 50 e 60%.
 
Disponível em:<http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2015/11/18/ensaio-de-newborn-requer-conhecimento-eatencao-com-a-seguranca-do-bebe/> Acesso em: 18/11/2015

Leia:

“(...) Como os bebês são fotografados sem roupa ou fazem troca de acessórios, é preciso prestar atenção na temperatura do ambiente. (...)”

Marque a alternativa em que a palavra “como” tenha a mesma função e classificação sintática da oração acima:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    Já que José estava armado, ninguém ousou reagir. 

    Já que os bebês são fotografados sem roupa...

  • GABARITO: LETRA C

    “(...) Como os bebês são fotografados sem roupa ou fazem troca de acessórios, é preciso prestar atenção na temperatura do ambiente. (...)”  >>> temos aqui uma conjunção subordinativa causal, podendo ser substituída por: já que. Vamos achar uma alternativa similar:

    A) Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abre. >>> conjunção comparativa subordinativa. Colocando em outra ordem fica mais fácil observar: Minha alma se abre como a flor se abre ao sol.

    B) Como diz o povo, os boatos estão livres de segundas intenções. >>> conjunção conformativa, podendo ser substituída por conforme.

    C) Como José estava armado, ninguém ousou reagir. >>> temos aqui uma conjunção subordinativa causal, podendo ser substituída por: já que. Ninguém ousou reagir (qual a causa? Pois José estava armado).

    D) Ana voltou para casa como quem vai para a guerra. >>> conjunção comparativa subordinativa, comparando a volta de Ana com quem vai à guerra.

    Força, guerreiros(as)!!

  • BOA QUESTÃO,provando que nem sempre o COMO como nexo causal é absoluto no início da frase.

    Algumas variações da palavra COMO:

    CAUSAL ---> = JÁ QUE

                          NO INÍCIO(REGRA)

    COMPARATIVO --> = IGUAL A 

                              COMPARATIVO

    CONFORMATIVO --> = CONFORME

                              CONFORMIDADE

    ADVÉRBIO INTERROGATIVO -->EX - COMO ELA ESTÁ?

    NEXO ADITIVO --> NÃO SÓ....COMO

    PREPOSIÇÃO ACIDENTAL --> = NA QUALIDADE DE ,ENQUANTO(NÃO É TEMPORAL)

    EX -> MARCOS,COMO DIRETOR DA ESCOLA,NÃO PODERIA TER AGIDO ASSIM

     

    GABA C


ID
2949307
Banca
FGR
Órgão
Prefeitura de Conceição do Mato Dentro - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

         Filhos têm direito ao nome do pai biológico no registro de nascimento,

                                                     decide STJ 


Ministro destaca que artigo 1.596 do Código Civil diz que “os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação
 
     Por maioria de votos, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que os registros de nascimento de duas pessoas sejam alterados para constar o nome do pai biológico que foi reconhecido após investigação de paternidade. 

     A ação de investigação e anulação de registro civil foi movida pelos filhos contra o pai biológico, quando eles já tinham mais de 40 anos de idade. As informações foram divulgadas no site do Superior Tribunal de Justiça. 

     A 9.ª Vara de Família de Fortaleza havia reconhecido que o homem era o pai biológico e determinou a alteração no registro, mas o Tribunal de Justiça do Ceará mudou a sentença e negou o pedido de mudança.

     Os filhos recorreram ao STJ sustentando que não poderiam ser considerados filhos sem a inclusão do nome do pai no registro de nascimento. O pai biológico contestou, argumentando que a paternidade socioafetiva pode coexistir com a biológica sem a necessidade de mudança no registro de filiação. Em seu voto, no Recurso Especial número 1.417.598 – CE, o ministro relator Paulo de Tarso Sanseverino anotou que a possibilidade de reconhecimento da paternidade biológica sem a alteração do registro ainda é um assunto polêmico. 

     O ministro lembrou que o artigo 1.604 do Código Civil dispõe que “ninguém pode reivindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro”, o que não é o caso, já que o pai socioafetivo registrou os filhos voluntariamente, mesmo sabendo que não era o pai biológico das crianças.

      Paulo de Tarso Sanseverino ressaltou, porém, que o artigo 1.596 do mesmo Código diz que “os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”. 

     “Assim, reconhecida a paternidade biológica, a alteração do registro é consequência lógica deste reconhecimento, por ser direito fundamental e personalíssimo dos filhos reconhecidos por decisão judicial proferida em demanda de investigação de paternidade”, assinalou o relator. 

     Citando vários precedentes, o ministro concluiu que “a paternidade socioafetiva em face do pai registral não é óbice à pretensão dos autores de alteração do registro de nascimento para constar o nome do seu pai biológico”. Ele restabeleceu a sentença de primeiro grau.
 
Disponível em: <http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/filhos-tem-direito-ao-nome-do-pai-biologico-no-registro-de-nascimento-decide-stj/>Acesso em: 08/02/2016

Leia:

“(...) salvo provando-se erro ou falsidade do registro”, o que não é o caso, já que o pai socioafetivo registrou os filhos voluntariamente (...)”

A expressão “já que” estabelece uma relação de causa.

Marque a alternativa cujo termo sublinhado estabeleça a mesma relação:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

    Ele não nos recebeu, pq estava de luto. (o luto foi a CAUSA de não receber)

    A - conformidade

    B - comparação

     

  • GABARITO: LETRA C

    A expressão “já que” estabelece uma relação de causa. 

    a) Fez as tarefas como combinado. >>> conformativa, conforme tinha combinado.

    b) Vitor fala como o pai. >>> comparativa, comparando com o pai.

    c) Como estava de luto não nos recebeu. >>> pode ser substituído por "já que." --- Causal.

    d) Nada nos anima tanto como um agradecimento. >>> tanto...como --- conjunções subordinativas adverbiais comparativas, introduzindo uma oração que apresenta uma comparação com o acontecimento referido na oração principal.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gabarito C

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

    ·       Temporais: Quando, ENQUANTO, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    ·       Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, À MEDIDA QUE, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    ·       Causais: JÁ QUE, porque, que, VISTO QUE, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como, PORQUANTO.

    ·       Condicionais: se, salvo se, CASO, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que. 

    Conformativa: CONSOANTE, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    ·       Finais: Para que, a fim de que, que, porque.

    Comparativa: como, tal como, tão como, TANTO QUANTO, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    ·       Consecutiva: tanto que, DE MODO QUE, de sorte que, tão...que, sem que.

    ·       Concessiva: embora, ainda que, CONQUANTO, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que, por mais que. 

  • é só ler a frase trocando a palavra como por já que

  • OBS >>> "COMO" pode ser causal (inicio de uma estrutura), comparativa ( indica uma comparação) e conformativa ( pode ser trocado no período por "conforme").

  • Faltou uma vírgula!


ID
2988481
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO: Ecologia integral


      A ecologia integral parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles veem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.

      Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem de que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.

      Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/ relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegarem à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.

      As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem rica de novas potencialidades.

Leonardo Boff - adaptado http://leonardoboff.com/site/lboff.htm - acesso em 09/04/2013

De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano. 

A palavra como possui vários homônimos; assim, assume classificações, funções e significados distintos, conforme o contexto de uso. No segmento em destaque, é empregada duas vezes, introduzindo, respectivamente, as noções de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano. 

    ===> temos, respectivamente, uma conjunção subordinativa conformativa (podendo ser substituída por: conforme, segundo);

    ===> adjunto adverbial de modo, explicitando o MODO que a Terra aparece.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Parônimos: são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia ou na pronúncia.

    “Estória” é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados diferentes. Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a uma exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas; já quando dizemos que fizemos prova de história, nos referimos a dados históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhas.

    Outros exemplos:

    Flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)

    Mandado (ordem judicial) / mandato (procuração)

    Inflação (alta dos preços) / infração (violação)

    Eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)

    Arrear (pôr arreios) / arriar (descer, cair).

    Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.

    Acender (pôr fogo) / ascender (subir)

    Estrato (camada) / extrato (o que se extrai de)

    Bucho (estômago) / buxo (arbusto)

    Espiar (observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)

    Tachar (atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa).

    "Por Marina Cabral

    Especialista em Língua Portuguesa e Literatura"

  • Todo cuidado é pouco. A substituição nem sempre é precisa.

    Se você substituir na primeira por de maneira que/ da forma que pode errar e confundir o como com um sentido de modo. O erro não fica sintático, fica semântico. Não existe lógica numa forma de testemunhar que a Terra é pequena vista de longe. Daí a necessidade da substituição por conforme/ segundo.

    Conjunções conformativas expressam fatos proferidos por alguém mencionado. Um bom Bizu é que sempre depois ou antes desse conforme teremos um verbo de ação e uma expressão ou palavra com valor de algo/alguém/alguns . Sempre uma ideia de continuidade de linha de raciocínio.

    Ex: Como falou alguém.

    Conforme meu tio disse.

    Segundo mencionou a artista...

    Como testemunharam vários deles...

    A segunda pode ser substituída em todos os casos por "na forma de (um/uma ou a/o)" sempre que vier modificando um verbo/advérbio/adjetivo, já que é um advérbio de modo.

    Ex:

    ...Na forma de um resplandecente planeta...

    Como (na forma de) uma pomba da paz, as bombas vem trazer desgraça e morte.

  • rapaz, estou aprendendo mais aqui do que nos livros rs.

  • GABARITO: C

    "De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como (substitua esse "como" por "conforme") testemunharam vários deles, a Terra aparece como (faça a pergunta: de qual modo ou de que maneira a terra aparece? --->) resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano." 

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • Errei de bob, ao meu ver a primeira era conformidade e a segunda comparação, como nao tinha esta opção acabei optando por modo e comparação :( Alguém sabe me dizer porque a segunda não é comparação? não conseguir ver modo, tem um exemplo de comparação? Professores por favor comentem, nunca erro questoes assim fiquei uns dias sem fazer e ja devo ter esquecido isso :(

  • GABARITO: LETRA C.

  • "De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles..."

    "De lá, de sua nave espacial ou da Lua, SEGUNDO/CONFORME testemunharam vários deles"

    "a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco.."

    "a Terra aparece DE MODO resplandecente planeta azul e branco"

  • A Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco aparece.

    A Terra aparece da mesma forma que um resplandecente planeta azul e branco aparece.

    A confusão está no fato de que se está comparando o modo como a Terra aparece com as características de um resplandecente planeta azul e branco. Então, existe a ideia de comparação e modo ao mesmo tempo.

    Às vezes, é difícil perceber porque fica uma ideia muito nítida de modo, e a comparação fica apenas em segundo plano.


ID
3009988
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Analise as afirmações feitas sobre a palavra destacada nas frases a seguir.


I. Em “...de acordo com a forma como nos sentimos conosco...” (2° parágrafo), a palavra destacada funciona como um pronome relativo, podendo ser substituída por “pela qual”.

II. Em “E isso acaba funcionando como uma droga.” (2° parágrafo), a palavra destacada é uma conjunção adverbial conformativa e pode ser substituída por “conforme”.

III. Em “Como gerenciar e controlar esse vício?” (6° parágrafo), a palavra em estaque possui função adverbial de modo.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    I. Em “...de acordo com a forma como nos sentimos conosco...” (2° parágrafo), a palavra destacada funciona como um pronome relativo, podendo ser substituída por “pela qual”. ===> CORRETO, pronome relativo retomando "forma".

    II. Em “E isso acaba funcionando como uma droga.” (2° parágrafo), a palavra destacada é uma conjunção adverbial conformativa e pode ser substituída por “conforme”. ===> é uma conjunção SUBORDINATIVA conformativa.

    III. Em “Como gerenciar e controlar esse vício?” (6° parágrafo), a palavra em estaque possui função adverbial de modo. ===> correto, com o significado de: QUAL MODO ===> DE QUAL MODO gerenciar e controlar esse vício?

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Na afirmativa II, a palavra como é uma conjunção adverbial comparativa

  •  II- , a palavra como é uma conjunção adverbial comparativa.

  • "Substitui o "como" da I por "que" fazendo os ajustes na frase e vi que ele poderia estar ali como um pronome relativo. Faço isso porque enxergo mais facilmente o pronome relativo quando o vejo sendo "que"

  • Pequena correção, na II Arthur disse que conjunção conformativa, na verdade, é comparativa. É de tanto comentar questão, uma hora confunde kkkk.

  • pronome relativo Como retoma termos, como; forma, modo, maneira e jeito; e possui função sintática de adjunto adverbial.


ID
3012580
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Guarulhos - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Roma

            O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso, popular e intelectual, tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco com a mesma ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma referência a Colonia Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta, filme-símbolo do neorrealismo italiano assinado por Roberto Rossellini.

            Ao revisitar a própria memória, o cineasta Alfonso Cuarón escolhe olhar para Cleo, a empregada, de origem indígena, de uma família branca de classe média. Resgata, assim, não apenas os seus anos de formação, mas todas as particularidades do passado do país. O México no início dos anos 1970 fervilhava entre revoluções sociais e a influência da cultura estrangeira. Cleo, porém, se mantinha ingênua, centrada nas suas obrigações: lavar o pátio, buscar as crianças na escola, lavar a roupa, colocar os pequenos para dormir.

            Até que tudo se transforma. A família perfeita desmorona, com o pai que sai de casa, a mãe que não se conforma com o fim do casamento e os filhos jogados de um lado para o outro na confusão dos adultos. Enquanto isso, Cleo se apaixona, engravida, é enganada e deixada à própria sorte. Duas mulheres de diferentes origens compartilham a dor do abandono. Juntas, reencontram a resiliência que segura o mundo frente às paixões autocentradas.

            O cineasta, que além da direção e do roteiro assina a fotografia e a montagem (ao lado de Adam Gough), retrata sua história, entrelaçada com a de seu país, como se na vida adulta reencontrasse o olhar da infância, cujo fascínio por cada descoberta aumenta o tamanho e a importância de tudo.

            O que Cuarón faz em Roma é raro. São camadas e camadas sobrepostas para reproduzir a complexidade do seu imaginário afetivo e das relações sociais de um país. Entre muitas inspirações, referências e técnicas, sua assinatura está na sinceridade com que olha para si mesmo e para os seus personagens, encontrando beleza e verdade no que muitos menosprezam. Esse é um filme simples e complicado, como a própria vida.

(Natália Bridi. Omelete. 11.01.2019. www.omelete.com.br. Adaptado)

Na frase “Esse é um filme simples e complicado, como a própria vida.” (5º parágrafo), o vocábulo destacado exprime circunstância de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Esse é um filme simples e complicado, como a própria vida.

    → temos em destaque uma conjunção subordinativa comparativa, comparando o filme que é simples e complicado com a própria vida.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • “Esse é um filme simples e complicado, IGUAL a própria vida.”

    GABARITO A

  • É IMPORTANTE INVERTERMOS A FRASE OU FAZERMOS PERGUNTAS AO TEXTO

     

    --> ESSE FILME É COMPLICADO COMO A PRÓPRIA VIDA

          (IGUAL)COMO A PRÓPRIA VIDA, ESSE FILME É COMPLICADO.

  • Amo a vunesp.

  • COMO palavra que já retoma uma comparação; bem como; assim como ; como se;

  • GABARITO: LETRA A

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • Gab. A

    Conjunções subordinativas COMPARATIVAS: tal (e) qual, (tão)... como/quanto, qual, como, tal/ assim como, como se, tanto... como ( mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do) que.

  • Note que o conector “como” pode ser facilmente substituído por “tal qual”, evidenciando seu valor comparativo.

    Gabarito: A

  • "Esse é um filme simples e complicado, como a própria vida".

    A frase em questão faz uma comparação entre o "filme simples e complicado" e a "própria vida", utilizando uma conjunção (como).

    Espero ter ajudado XD

  • Eita Vunesp pra gostar dessa conjunção subordinativa de comparação. Vem tranquilo, filha.

  • Nas orações subordinadas comparativas, caso o verbo da oração subordinada tenha a mesma ação do verbo da oração principal ele poderá ficar oculto.

    Ex: Eles agem como crianças / Eles agem como agem as crianças.

  • GAB. A

  • comparação: filme simples e complicado- a própria vida
  • Gabarito: A

    Ele está comparando a própria vida com um filme simples e complicado.


ID
3021913
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         As formigas


      Quando minha prima e eu descemos do táxi, já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da prima.

      — É sinistro.

      Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas pobres estudantes com liberdade de usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina.

      — Pelo menos não vi sinal de barata — disse minha prima.

      A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas. Acendeu um charutinho. — É você que estuda medicina? — perguntou soprando a fumaça na minha direção.

      — Estudo direito. Medicina é ela.

      A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura, atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados salpicados de vidrilho.

      Vou mostrar o quarto, fica no sótão — disse ela em meio a um acesso de tosse. Fez um sinal para que a seguíssemos. 

      — O inquilino antes de vocês também estudava medicina, tinha um caixotinho de ossos que esqueceu aqui, estava sempre mexendo neles.

      Minha prima voltou-se:

      — Um caixote de ossos?

      A mulher não respondeu, concentrada no esforço de subir a estreita escada de caracol que ia dar no quarto. Acendeu a luz. O quarto não podia ser menor, com o teto em declive tão acentuado que nesse trecho teríamos que entrar de gatinhas. Duas camas, dois armários e uma cadeira de palhinha pintada de dourado. No ângulo onde o teto quase se encontrava com o assoalho, estava um caixotinho coberto com um pedaço de plástico. Minha prima largou a mala e, pondo-se de joelhos, puxou o caixotinho pela alça de corda. Levantou o plástico. Parecia fascinada.

      — Mas que ossos tão miudinhos! São de criança?

      — Ele disse que eram de adulto. De um anão.

      — De um anão? é mesmo, a gente vê que já estão formados… Mas que maravilha, é raro a beça esqueleto de anão. E tão limpo, olha aí — admirou-se ela. Trouxe na ponta dos dedos um pequeno crânio de uma brancura de cal. — Tão perfeito, todos os dentinhos!

      — Eu ia jogar tudo no lixo, mas se você se interessa pode ficar com ele. O banheiro é aqui ao lado, só vocês é que vão usar, tenho o meu lá embaixo. Banho quente extra. Telefone também. Café das sete às nove, deixo a mesa posta na cozinha com a garrafa térmica, fechem bem a garrafa recomendou coçando a cabeça. A peruca se deslocou ligeiramente. Soltou uma baforada final: — Não deixem a porta aberta senão meu gato foge.

      Ficamos nos olhando e rindo enquanto ouvíamos o barulho dos seus chinelos de salto na escada. E a tosse encatarrada.

      Esvaziei a mala, dependurei a blusa amarrotada num cabide que enfiei num vão da veneziana, prendi na parede, com durex, uma gravura de Grassmann e sentei meu urso de pelúcia em cima do travesseiro. Fiquei vendo minha prima subir na cadeira, desatarraxar a lâmpada fraquíssima que pendia de um fio solitário no meio do teto e no lugar atarraxar uma lâmpada de duzentas velas que tirou da sacola. O quarto ficou mais alegre. Em compensação, agora a gente podia ver que a roupa de cama não era tão alva assim, alva era a pequena tíbia que ela tirou de dentro do caixotinho. Examinou-a. Tirou uma vértebra e olhou pelo buraco tão reduzido como o aro de um anel. Guardou-as com a delicadeza com que se amontoam ovos numa caixa.

      — Um anão. Raríssimo, entende? E acho que não falta nenhum ossinho, vou trazer as ligaduras, quero ver se no fim da semana começo a montar ele.

      Abrimos uma lata de sardinha que comemos com pão, minha prima tinha sempre alguma lata escondida, costumava estudar até de madrugada e depois fazia sua ceia. Quando acabou o pão, abriu um pacote de bolacha Maria.

      — De onde vem esse cheiro? — perguntei farejando. Fui até o caixotinho, voltei, cheirei o assoalho. — Você não está sentindo um cheiro meio ardido?

      — É de bolor. A casa inteira cheira assim — ela disse. E puxou o caixotinho para debaixo da cama.

      No sonho, um anão louro de colete xadrez e cabelo repartido no meio entrou no quarto fumando charuto. Sentou-se na cama da minha prima, cruzou as perninhas e ali ficou muito sério, vendo-a dormir. Eu quis gritar, tem um anão no quarto! mas acordei antes. A luz estava acesa. Ajoelhada no chão, ainda vestida, minha prima olhava fixamente algum ponto do assoalho.

      — Que é que você está fazendo aí? — perguntei.

      — Essas formigas. Apareceram de repente, já enturmadas. Tão decididas, está vendo?

      Levantei e dei com as formigas pequenas e ruivas que entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam lá dentro, disciplinadas como um exército em marcha exemplar.

      — São milhares, nunca vi tanta formiga assim. E não tem trilha de volta, só de ida — estranhei.

      — Só de ida.

      Contei-lhe meu pesadelo com o anão sentado em sua cama.

      — Está debaixo dela — disse minha prima e puxou para fora o caixotinho. Levantou o plástico.

      — Preto de formiga. Me dá o vidro de álcool.

      — Deve ter sobrado alguma coisa aí nesses ossos e elas descobriram, formiga descobre tudo. Se eu fosse você, levava isso lá pra fora.

      — Mas os ossos estão completamente limpos, eu já disse. Não ficou nem um fiapo de cartilagem, limpíssimos. Queria saber o que essas bandidas vêm fuçar aqui.

      Respingou fartamente o álcool em todo o caixote. Em seguida, calçou os sapatos e como uma equilibrista andando no fio de arame, foi pisando firme, um pé diante do outro na trilha de formigas. Foi e voltou duas vezes. Apagou o cigarro. Puxou a cadeira. E ficou olhando dentro do caixotinho.

      — Esquisito. Muito esquisito.

      — O quê?

      — Me lembro que botei o crânio em cima da pilha, me lembro que até calcei ele com as omoplatas para não rolar. E agora ele está aí no chão do caixote, com uma omoplata de cada lado. Por acaso você mexeu aqui?

      — Deus me livre, tenho nojo de osso. Ainda mais de anão.

      Ela cobriu o caixotinho com o plástico, empurrou-o com o pé e levou o fogareiro para a mesa, era a hora do seu chá. No chão, a trilha de formigas mortas era agora uma fita escura que encolheu. Uma formiguinha que escapou da matança passou perto do meu pé, já ia esmagá-la quando vi que levava as mãos à cabeça, como uma pessoa desesperada. Deixei-a sumir numa fresta do assoalho.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. In: STEEN, Edla van. O conto da mulher brasileira. 3 ed. São Paulo: Global, 2007. p. 91-94. Fragmento.

“Levantei e(1) dei com as formigas pequenas e ruivas que(2) entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam (3) dentro, disciplinadas como(4) um exército em marcha exemplar.”


Considerando o contexto em que estão inseridos, todas as categorizações dos termos destacados e numerados estão corretas, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → queremos uma afirmação INCORRETA, uma classificação incorreta:

    “Levantei e(1) dei com as formigas pequenas e ruivas que(2) entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam (3) dentro, disciplinadas como(4) um exército em marcha exemplar.”

    → COMO → conjunção subordinativa comparativa, comparando as formigas com um exército em marcha.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • d) Adverbial comparativa;

    Outro exemplo:

    Ele fugia da polícia como o diabo foge da cruz.

  • Troca o como por: dessa forma, dessa maneira. compparação.

  • Gabarito: D

    Para completar o comentário dos colegas:

    a) A conjunção está adicionando a ideia de dar (de cara) com as formigas

    b) Pronome relativo e conjunção subordinativa porque inicia uma oração subordinada adjetiva restritiva

  • Não entendi como o "que" na frase em questão é classificada como conjunção subordinativa, não vejo encaixe no contexto e sim como pronome relativo. Logo, a questão pra mim teria duas assertivas corretas (B e D).

  • A) Conjunção aditiva "E";

    B) Embora tenhamos orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais, o mesmo não acontece com as conjunções. Morfologicamente, a palavra "que" é um pronome relativo, então não caberia dizer que é uma conjunção subordinativa. O que a torna uma alternativa errônea;

    C) Advérbio de lugar "lá" assim como "acolá, ali...";

    D) Nossa resposta. Na verdade é uma conjunção comparativa .

    Edit.1 - tive que procurar mais fontes, então fui atrás de um comentário do professor Sidney Martins. Segundo ele, oração subordinada adjetiva é encabeçada por pronome relativo. Logo em seguida disse também: "Pronome relativo é pronome relativo. conjunção é conjunção."

    Fonte: A gramática para concursos de Fernando Pestana + Gramática para concursos... de Nilson Teixeira + Português sensacional (canal do youtube) +

  • 1- eu levantei e eu dei com as formigas (oração coordenada aditiva)

    2- eu dei com as formigas / que entravam em trilha. (QUE é pronome, porém temos um oração subordinada restritiva)

    3- as formigas subiam pela parede / e desembocavam LÁ. (complementa o verbo desenbocar, é advérbio)

    4- eu dei com as formigas disciplinadas COMO um exército. (questão errada)

    Essa é minha análise, porém não é certeza de que está correta.

  • Questão bastante confusa. Na dois o "que" seria um pronome relativo introduzindo uma oração subordinada adjetiva restritiva. Se fossemos analisar sintaticamente o "que" teria função de pronome e morfologicamente teria função de conjunção. Já que a questão deu a alternativa "D" como correta acredito que ela queria que analisássemos morfologicamente então...

  • Pelo fato da letra E está , sem duvidas, erradíssima é possível acertar a questão, porém fiquei em dúvida na B.

  • Esta questão deveria ser ANULADA. É óbvio que tem duas respostas possíveis, ou seja, duas alternativas erradas. A função do "que" nesse contexto é PRONOME RELATIVO, o quê tem o substantivo formigas como referente. A palavra "como" é conjunção conformativa ([...] desembocavam lá, disciplinadas, conforme um exército [...])

  • Acertei, mas não recomendo! kkk

  • Como = conjunção subordinativa comparativa

  • Questão de análise sintática (papel que exerce dentro da oração para que a mesma tenha sentido [coesão e coerência])

    e

    não morfológica (função/sentido/classe dentro da gramática "crua e nua": se substantivo, se adjetivo, se advérbio, se pronome, se verbo etc).

  • CUIDADO

    Questão incorreta e comentários incorretos

    Atentar-me-ei apenas ao ponto polêmico da questão, acredito serem os demais de fácil entendimento.

    A partícula "que" é pronome relativo, a banca erra ao classificá-lo como conjunção. Percebam que a função do termo é retomar o substantivo imediatamente anterior, introduzindo uma oração subordinada adjetiva restritiva. Não cabe aqui outra classificação.

    Os colegas que estão tentando justificar o erro da banca por meio de vieses morfológicos/sintáticos estão igualmente errados. Pronomes são pronomes, conjunções são conjunções. A oração adjetiva é introduzida por pronome, afirmar que por introduzir uma oração ele atua como conjunção é tão absurdo quanto possa parecer.

  • A letra D está correta. A letra B apresenta um erro gravíssimo. "Que" não é conjunção subordinativa, e sim pronome relativo.

  • “Levantei e dei com as formigas pequenas e ruivas que entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam dentro, disciplinadas como um exército em marcha exemplar.”

    Considerando o contexto em que estão inseridos, todas as categorizações dos termos destacados e numerados estão corretas, EXCETO

    A) conjunção aditiva. certo

    B) conjunção subordinativa. errado (esse "que" é pronome relativo - retoma "formigas" - e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva). Erro grosseiro do examinador.

    C) advérbio de lugar. certo

    D) advérbio de intensidade. errado (conjunção comparativa)

    Gabarito: B e D (questão deveria ter sido ANULADA).

  • Tem algumas bancas que consideram o QUE iniciando orações adjetivas como conjunção, não foi exclusividade dessa banca.


ID
3045838
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Ourém - PA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            A Trump o que é de César.


      Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror politico. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um país que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fãs do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.

      Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.

      O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.

      Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual - mas se o figurino cai bem, por que não vesti-lo?

     (Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)

"(...) e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas”, sobre o fragmento só não se pode afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → queremos a alternativa INCORRETA:

    → "(...) e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas”,

    → O "como" é uma conjunção subordinativa CONFORMATIVA, para ter certeza, substituímos por: SEGUNDO, CONFORME: conforme/segundo o vemos (expressa uma conformidade em relação ao modo como o vemos).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Marque a incorreta:

    a) que há índice de comprometimento do emissor. A frase está na 1ª pessoa do plural, o autor se inclui na afirmação, ou seja, se compromete com o que diz.

    b) que a colocação do pronome em próclise é obrigatória. a próclise é obrigatória com verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais

    c) que o "como” é conjunção comparativa. gabarito (errado) como no texto foi considerada conformativa.

    d) que a vírgula é opcional nessa estrutura. Com as orações adverbiais, a vírgula também é facultativa. Vale, no entanto, destacar que o uso desse sinal de pontuação pode ter a função de dar ênfase à ideia.

    e) que o “o” é anafórico de mundo. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

  • Gab: C

    "(...) e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas”

    A) CORRETO - que há índice de comprometimento do emissor >> Há um "nós" como sujeito eliptico na frase em questão, de forma que subtende-se que o autor se inclui no afirmação;

    B) CORRETO - que a colocação do pronome em próclise é obrigatória >>

    C) INCORRETO - que o "como” é conjunção comparativa >> Trata-se de uma conjunção conformativa;

    D) CORRETO - que a vírgula é opcional nessa estrutura >> Estrutura adverbial deslocada;

    E) que o “o” é anafórico de mundo. >> Como o vermos > como vemos o mundo > anáfora retoma um termo citado anteriormente, ou seja, o "o" é pronome relativo.

  • Gabarito C

    projetamos o mundo como(conforme)

    basta trocar por conforme que podemos ver que é uma conjunção conformativa

  • Forma REDUZIDA 

    a) SEM conjunção 

    b)Verbo expresso em infinitivo,gerúndio ou particípio 

    c) Sem pronome relativo

    Formas DESENVOLVIDA 

    a)Iniciada por conjunção integrante 

    b)Verbo flexionado 

    c)iniciada por pronome relativo 

  • Por mais simples que pareça, o enunciado deixa minha cabeça confusa.

  • INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!! INCORRETA !!!

  • e projetamos o mundo, CONFORME o vemos em suas páginas”


ID
3070171
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

           O que suas postagens nas redes sociais revelam sobre suas emoções


      Nossas atividades nas redes sociais podem oferecer um retrato fiel − e muitas vezes não intencional − de nosso bem-estar mental. Portanto, não é de se espantar que profissionais cujo trabalho é zelar por nossa saúde emocional agora estejam explorando como usar esses canais para medir a quantas andam as emoções das pessoas.

      Um estudo realizado pela Universidade Brunel, do Reino Unido, com 555 usuários do Facebook, mostrou que os mais extrovertidos tendem a postar mais sobre atividades sociais e sobre seu dia a dia, e o fazem com frequência. Já indivíduos com baixa autoestima acabam fazendo mais postagens sobre seus cônjuges ou parceiros. Por outro lado, pessoas com traços de neurose podem usar a rede social para validação e para chamar a atenção, enquanto aquelas mais narcisistas costumam exibir suas conquistas ou discorrer sobre suas dietas e rotinas de atividade física.

(Adaptado de: NOGRADY, Bianca. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese/vert-fut-37816962) 

Portanto, não é de se espantar que profissionais cujo trabalho é zelar por nossa saúde emocional agora estejam explorando como usar esses canais para medir a quantas andam as emoções das pessoas. (1° parágrafo)


No contexto, os termos sublinhados expressam ideias de, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → Portanto, não é de se espantar que profissionais cujo trabalho é zelar por nossa saúde emocional agora estejam explorando como usar esses canais para medir a quantas andam as emoções das pessoas. (1° parágrafo)

    → respectivamente: "cujo" (pronome com função de adjunto adnominal, valor de posse, trabalho é dos profissionais, pertence a eles); "como" (advérbio de modo, equivale à maneira de usar, o modo); "para" (preposição com teor semântico de fim, finalidade, objetivo).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Caso tenha dúvida em saber se o "PARA" é finalidade, use "A FIM DE".

  • A pessoa mata no CUJO

  • PARA + VERBO = Finalidade

    COMO =Modo

    CUJO = Posse

  • O bom desse tipo de questão é que se você souber uma já elimina as outras.

  • CUJO tem valor de POSSE.

  • PARA+ INFINITIVO é clássico!

    Abraços e aguado vocês na posse!

  • "Cujo" só pode assumir valor de posse, aí fica bem claro que o único gabarito possível é a letra C!


ID
3077179
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

- Leia o texto abaixo e responda à questão..

EUCLIDES DA CUNHA

Autor de “Os sertões” era, antes de tudo, um órfão sem casa, um adolescente poeta e um cadete rebelde. Entenda como sua formação única contribuiu para a criação de um clássico.

      No dia 4 de novembro de 1888, um domingo, o ministro da Guerra de Dom Pedro II passava em revista as tropas da Escola Militar da Praia Vermelha quando um cadete tentou quebrar o próprio sabre e gritou: “Infames! A mocidade livre, cortejando um ministro da monarquia!” O rebelde republicano foi expulso, mas recebeu um convite para escrever no jornal “A província de São Paulo” (futuro “O Estado de S. Paulo”), onde ficaria célebre seu nome, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909).

      Homenageado da 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa na quarta-feira (10/07/19), Euclides é autor de uma das mais potentes interpretações do Brasil: “Os sertões” (1902). Baseado em reportagens do autor, o livro narra o confronto entre soldados da jovem República e sertanejos monarquistas liderados pelo beato Antônio Conselheiro no interior da Bahia. Após quatro expedições, o exército dizimou o arraial de Canudos, onde viviam 25 mil pessoas.

      Misto de ensaio, tratado científico e análise social com caudalosa prosa poética, “Os sertões” é um livro que só Euclides poderia escrever, graças à sua trajetória e a interesses únicos. Como explica a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão, estudiosa do autor:

      —Ele é um escritor de estilo naturalista com incrustações de parnasianismo, sobretudo nas descrições da paisagem. O romantismo é fortíssimo nele e vem de submersões literárias. É por isso que “Os sertões” é um livro tão apaixonado.

      UNIVERSIDADE NO QUARTEL

      —Nascido em Cantagalo, no interior do Rio, o menino Euclides pulou de casa em casa depois de perder a mãe, aos anos. Primeiro, morou com uma tia, em Teresópolis. Quando ela morreu, foi acolhido na fazenda de outra tia, em São Fidélis, onde iniciou os estudos no Instituto Colegial Fidelense. Aos 11 anos, morou com a avó paterna em Salvador.

      Euclides aportou no Rio em 1879, aos 13 anos, para viver com um tio. Matriculou-se no Colégio Aquino, onde teve Benjamin Constant como professor de matemática. Veterano da Guerra do Paraguai, republicano e positivista fervoroso, Constant colaboraria com o golpe que derrubou a monarquia e foi ministro da Guerra e da Instrução Pública no governo provisório. Suas lições transformaram Euclides num republicano irredutível. 

      Mas nem tudo era militância. No Aquino, Euclides leu os poetas românticos Fagundes Varela e Castro Alves. Seu pai, que era guarda-livros, publicara versos em homenagem ao poeta de “O navio negreiro”. Ainda adolescente, Euclides preencheu um caderno com poemas. Fã das imagens marítimas do francês Victor Hugo, deu-lhe o título de “Ondas”. Mais tarde, publicou poemas na revista editada pelos alunos da Praia Vermelha. Que fique claro: os versos nem de longe lembram a beleza da prosa de “Os sertões”:

      —Euclides era um bom avaliador dos próprios méritos e renegou sua poesia — conta Walnice Nogueira Galvão. As leituras românticas compensavam a aridez da ciência positivista.

      —Virou lugar-comum associá-lo ao positivismo, mas sua grande influência foi o romantismo —afirma Francisco Foot Hardman, professor da Unicamp. — Ele pensava num diálogo entre criação literária e conhecimento científico.

      Esse diálogo vinha da Escola Militar. No Brasil imperial e escravocrata, ela formava soldados comprometidos com a República, a abolição e a filosofia positivista. Um dos professores mais populares da Praia Vermelha era, novamente, Benjamin Constant.

      —Os próprios alunos chamavam a Escola Militar de Tabernáculo da Ciência. Para eles, ciência era o positivismo de Comte e os evolucionismos e biologismos de Darwin, Spencer e Haeckel—diz o historiador José Murilo de Carvalho, autor de “Forças armadas e política no Brasil”, que tem um capítulo sobre o autor. — Era uma universidade dentro de um quartel.

      Um ano após aquele incidente dos gritos contra o ministro monarquista a República foi proclamada e, Euclides, reincorporado ao Exército. Em 1891, ingressou na Escola Superior de Guerra. Na imprensa, defendia a consolidação da República — mas não deixou de censurar o mestre Constant, que, ao ser nomeado ministro, distribuiu cargos a parentes. “Perdeu a auréola, desceu à vulgaridade de um político qualquer”, denunciou, em carta ao pai.

      —Euclides era um republicano puro. A realidade da política logo o levou a se desencantar com o novo regime e com o próprio Constant – diz Carvalho. — E o crime cometido em Canudos pelo Exército foi a gota d’água.

      REVENDO CONCEITOS

      Quando estourou a Guerra de Canudos, Euclides considerava os sertanejos inimigos da ordem e do progresso republicanos. Comparou o povo de Canudos aos camponeses rebeldes que se opuseram à Revolução Francesa.

      Mudou de opinião depois de assistir ao massacre dos sertanejos pelas forças republicanas. Em “Os sertões”, registrou ou últimos defensores de Canudos: “eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados”. 

      O sucesso de “Os sertões” possibilitou o ingresso em instituições que o credenciavam como homem da ciência e da arte: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Academia Brasileira de Letras (ABL). Passou a colaborar com revistas científicas e literárias e, entre 1904 e 1906, incursionou pela Amazônia como chefe da Comissão Mista Brasil-Peru.

      O sucesso, porém, durou pouco. Em 15 de agosto de 1909, Euclides invadiu a casa do tenente Dilermando de Assis, amante de sua mulher, Anna, para vingar sua honra. Acertou dois tiros no rival, que revidou e o matou imediatamente. Notícias da Tragédia da Piedade alastraram-se por todo o país. E o episódio virou até série da Globo. Agora, 110 anos depois, o próprio autor e sua obra ganham novos olhares.

GABRIEL, Ruan de Souza. O Globo, 06/07/2019, Segundo Caderno, p. 1.

O conectivo sublinhado em “Como explica a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão, estudiosa do autor” (3º §) corresponde, quanto ao valor semântico, ao sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → “Como explica a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão, estudiosa do autor”  >>> temos uma conjunção subordinativa conformativa, pode ser substituída por "conforme":

    A) Os soldados agiam como seus inimigos, os sertanejos comandados por Antônio Conselheiro, com total selvageria. → temos uma conjunção subordinativa comparativa, compara o modo como os soldados agiram com o modo como, os inimigos.

    B) Não se sabe como foi possível a Antônio Conselheiro liderar tamanho exército de sertanejos em pleno sertão. → se sabe ISSO, o "como" é uma conjunção subordinativa integrante.

    C) Euclides da Cunha comportava-se como um defensor intransigente da República. → conjunção subordinativa comparativa, compara como Euclides se comportava.

    D) Como consta dos anais da Academia, deve-se a Euclides da Cunha a mais completa descrição do sertão brasileiro. → temos a nossa resposta, conjunção subordinativa conformativa, pode ser substituída por "conforme".

    E) Como adotou atitudes de um político qualquer, o republicano ficou desmoralizado. → conjunção subordinativa causal, pode ser substituída por: já que, uma vez que; expressa a causa que fez com que o republicano ficasse desmoralizado.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Como explica a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão, estudiosa do autor”

    A conjunção como na oração supracitada tem valor semântico de conformidade, podemos substituir por conforme, segundo, consoante.

    A alternativa que apresenta a conjunção como com o mesmo valor semântico é a Letra D.

  • Arthur, você disse que "como" é, nesse caso, uma conjunção subordinativa integrante. Isso consta em qual gramática? Pois as conjunções integrantes são "que" e "se".

  • Meu nome não é Arthur graças a Deus, felizmente, por sorte, amém ...enfim!

    Na gramática brasileira, Pronomes interrogativos e advérbio interrogativos são também conjunções integrantes iniciando orações subordinadas substantivas justapostas.

  • GABARITO: D

    A conjunção como na oração supracitada tem valor semântico de conformidade, podemos substituir por conforme, segundo, consoante.

    Juntos até a posse!


ID
3134410
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

(In)Civilidade no trânsito

    A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.
    A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.
    Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
    Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.
    Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado) 

Considere as passagens a seguir.

•  … vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
•  … como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático…

O termo como, em destaque, expressa, em ambas as ocorrências, ideia de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ? vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais ? o termo em destaque expressa o modo o qual os carros são usados (=como armas).

    ? ? como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático ? o termo em destaque expressa o modo o qual dirigimos (=como/o modo que dirigimos).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3134668
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

(In)Civilidade no trânsito

            A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.

         A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.

      Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.

           Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.

            Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado)

Considere as passagens a seguir.

•  … vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.

•  … como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático…

O termo como, em destaque, expressa, em ambas as ocorrências, ideia de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ? vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais ? o termo em destaque expressa o modo o qual os carros são usados (=como armas).

    ? ? como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático ? o termo em destaque expressa o modo o qual dirigimos (=como/o modo que dirigimos).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito C

    • … vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais. ⇢ Modo que o carro é uso "como as armas".

    • … como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático… ⇢ Modo de dirigir. "a forma que dirigimos"

  • Eu vejo na primeira oração, o uso do "como" "armas letais" mais próximo do valor de instrumento, todavia, como não há alternativa melhor, vamos de letra C!


ID
3164281
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

Em “como a própria atendente explicou” (2º parágrafo), a palavra “como” pode ser substituída, mantendo o sentido global da frase, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A expressão ?este velho? não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera (=temos uma conjunção subordinativa conformativa, outras com esses valor: conforme, segundo).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Dicas para identificar a conjunção COMO(fazer troca):

    COMO(CAUSAL)-anterior a ação:

    já que; pois; visto que, porque(anterioridade)

    COMO(COMPARATIVO)- mesmo verbo e as vezes em elipse:

    tal qual; igual a

    COMO(CONFORMATIVO)- verbos diferentes:

    conforme, segundo

    COMO(FINALIDADE):

    a fim de que

    COMO (EXPLICAÇÃO): 

    porque (posterior a ação) 

  • Correta, B

    Como = conformativo = segundo/conforme...

    Como = causal = já que; porque....

    Como = comparativo = assim como; igual a...

    Obs: o "porque" também pode expressar sentido explicativo. O que manda é o contexto empregado.

    A luta continua !


ID
3211114
Banca
FEPESE
Órgão
CELESC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Apesar de cortes, obras avançam no acelerador de partículas Sirius


O acelerador de partículas Sirius completou a primeira volta de elétrons recentemente e, mesmo com os seguidos cortes na área científica do país, a previsão para a conclusão das obras é para o fim de 2020. Quando as obras acabarem, o acelerador de partículas Sirius será o equipamento mais avançado do mundo na geração de luz síncrotron. Ao todo, são 68 mil m² de área construída. A luz síncrotron gerada pelo Sirius será capaz de analisar a estrutura de qualquer material na escala dos átomos e das moléculas, que poderá contribuir no desenvolvimento de fármacos e baterias, por exemplo. Quando estiver em funcionamento, também permitirá reconstituir o movimento de fenômenos químicos e biológicos ultrarrápidos que ocorrem na escala dos átomos e das moléculas, importantes para o desenvolvimento de fármacos e materiais tecnológicos, como baterias mais duradouras.

Em novembro de 2018, foi inaugurada a primeira etapa do projeto. A solenidade contou com a presença do então presidente da República, Michel Temer, em Campinas, interior de São Paulo, onde o equipamento foi construído. Hoje, entre os três aceleradores do Sirius, os dois primeiros já estão montados. Ainda assim, falta a parte de instalação de potência dos aceleradores, que deve acontecer em maio de 2019. Na mira da comunidade científica internacional, – que no futuro também poderá utilizar o espaço –, a construção do acelerador de partículas ainda enfrenta alguns percalços.

“A construção do Sirius ainda esbarra nos subsequentes cortes de investimentos do governo federal”, conta o diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), José Roque da Silva. Em decreto publicado em março de 2019, o governo federal decidiu congelar uma parcela das verbas do orçamento em praticamente todas as áreas. O Ministério de Ciência e Tecnologia, por exemplo, sofreu congelamento de 41,97% do orçamento. A medida, pensada para tentar cumprir a meta de deficit primário do país, pode afetar em cheio outros orçamentos, como o do Sirius. “Nesse momento dá para dizer que o Ministério está mantendo o cronograma atual”, diz. “Eu diria que é cedo para dar alguma informação mais definitiva, mas a situação da ciência e tecnologia no país é, como um todo, preocupante”, explica Roque.

No futuro, a expectativa do CNPEM é de conseguir ampliar as fontes de recursos do Sirius –principalmente após o fim das obras. Segundo Roque, outros ministérios, como o de Minas e Energia, Saúde e Agricultura também estão interessados em utilizar o acelerador. Além dos agentes do governo, como explica o diretor do CNPEM, os setores privados também têm demonstrado interesse em investir no Sirius. A construção do novo acelerador de partículas deve custar um valor estimado de R$ 1,8 bilhão.

Além do Sirius, existe um antigo acelerador de fonte de luz síncrotron, o UVX, lançado em 1997. Atualmente considerado ultrapassado, o UVX já participou de importantes descobertas para a pesquisa brasileira como, por exemplo, entender o funcionamento de uma proteína essencial para a reprodução do zika vírus. O diretor científico do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Harry Westfahl Junior, espera que nos próximos dois anos o número das linhas de luz do UVX – que hoje é de 13 linhas com diversas técnicas de análise microscópica – salte para 18. Atualmente, duas vezes por ano é aberto chamado para projetos acadêmicos coordenados pelo LNLS. “Cientistas de qualquer centro de pesquisa no mundo, empresarial ou acadêmico, podem submeter seus trabalhos”, conta. Como o atual acelerador UVX será substituído pelo Sirius, as novas linhas de luz serão gradualmente montadas ali.


Disponível em:<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/04/apesar-de-cortes-obras-avancam-no-aceleradorde-particulas-sirius.html>  Acesso em 14/abr/2019 [Adaptado]

Considere as frases abaixo:


I. A medida, pensada para tentar cumprir a meta de deficit primário do país, pode afetar em cheio outros orçamentos, como o do Sirius. (3° parágrafo)

II. Além dos agentes do governo, como explica o diretor do CNPEM, os setores privados também têm demonstrado interesse em investir no Sirius. (4° parágrafo)

III. Como o atual acelerador UVX será substituído pelo Sirius, as novas linhas de luz serão gradualmente montadas ali. (5° parágrafo)


Analise as afirmativas abaixo, com base no texto.


1. Em I, é dado como certo que o orçamento do Sirius sofrerá algum tipo de corte com a medida estabelecida para cumprir a meta econômica.

2. Em I, o vocábulo “como” introduz uma exemplificação.

3. Em II, a locução verbal “têm demonstrado” pode ser substituída por “demonstraram”, sem prejuízo no significado temporal.

4. Em II, o vocábulo “como” introduz uma oração subordinada adverbial conformativa.

5. Em III, o vocábulo “como” introduz oração subordinada adverbial causal.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    1. Em I, é dado como certo que o orçamento do Sirius sofrerá algum tipo de corte com a medida estabelecida para cumprir a meta econômica ? incorreto, A medida, pensada para tentar cumprir a meta de deficit primário do país, pode afetar em cheio outros orçamentos, como o do Sirius ? temos uma possibilidade e não uma constatação.

    2. Em I, o vocábulo ?como? introduz uma exemplificação ? correto, marca um dos orçamentos que poderá ser afetado.

    3. Em II, a locução verbal ?têm demonstrado? pode ser substituída por ?demonstraram?, sem prejuízo no significado temporal ? incorreto, a ideia principal está no presente do indicativo e a mudança proposta é para o pretérito perfeito do indicativo.

    4. Em II, o vocábulo ?como? introduz uma oração subordinada adverbial conformativa ? correto, conjunção subordinativa conformativa, ela pode ser substituída por "conforme" ou "segundo".

    5. Em III, o vocábulo ?como? introduz oração subordinada adverbial causal ? correto, é uma conjunção subordinativa causal e equivale a "já que".

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ID
3247840
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Português é muito difícil”.

Essa afirmação preconceituosa é prima-irmã da ideia de que “brasileiro não sabe português”. Como o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma gramatical literária de Portugal, as regras que aprendemos na escola, em boa parte, não correspondem à língua que realmente falamos e escrevemos no Brasil.

Por isso, achamos que “português é uma língua difícil”: temos de fixar regras que não significam nada para nós. No dia em que nosso ensino se concentrar no uso real, vivo e verdadeiro da língua portuguesa do Brasil, é bem provável que ninguém continue a pensar assim. Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua. Saber uma língua, na concepção científica da linguística moderna, significa conhecer intuitivamente e empregar com facilidade e naturalidade as regras básicas de seu funcionamento.

Está provado e comprovado que uma criança, por volta dos 7 anos de idade, já domina perfeitamente as regras gramaticais de sua língua. O que ela não conhece são sutilezas e irregularidades no uso dessas regras, que só a leitura e o estudo podem lhe dar. Nenhuma criança brasileira dessa idade vai dizer, por exemplo: “Uma meninos chegou aqui amanhã”. (...)

Se tantas pessoas inteligentes e cultas continuam achando que “não sabem português” ou que “português é muito difícil”, é porque o uso da língua foi transformado numa ciência esotérica, numa doutrina cabalística que somente alguns iluminados conseguem dominar completamente. (...)

No fundo, a ideia de que “português é muito difícil” serve como um dos instrumentos de manutenção do status quo das classes sociais prestigiadas.

É lamentável que a imagem da língua tenha sido empobrecida e reduzida a uma nomenclatura confusa e a exercícios descontextualizados, práticas que se revelam irrelevantes para, de fato, levar alguém a se valer dos muitos recursos que a língua oferece.

Marcos Bagno. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola, 2015. p. 57-63. Adaptado.

Analise a formulação do trecho a seguir: “Como o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma gramatical literária de Portugal, as regras que aprendemos na escola, em boa parte, não correspondem à língua que falamos e escrevemos no Brasil”. O sentido do conectivo sublinhado coincide com o sentido expresso na seguinte alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? ?Como o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma gramatical literária de Portugal, as regras que aprendemos na escola, em boa parte, não correspondem à língua que falamos e escrevemos no Brasil?

    ? Temos uma conjunção subordinativa causal, equivale a "já que", observem quando fazemos o "fato de... faz com que":

    ? JÁ QUE (O FATO DE ? CAUSA) o nosso ensino da língua sempre se basear na norma gramatical literária de Portugal FAZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA) as regras que aprendemos na escola, em boa parte, não correspondam à língua que falamos e escrevemos no Brasil.

    ? Na letra "e" temos essa mesma classificação do "como": A verdade é esta: como (JÁ QUE ? O FATO DE) a língua escolar difere da língua usada informalmente, FAZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA) achamos que o português é muito difícil.

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  • Correta, E

    Tanto o enunciado quanto a assertiva E trazem o sentido CAUSAL do termo "COMO".

    Para corroborar esse entendimento, troque o "COMO" por outras conjunções de valor causal, tais como "já que", "porque", etc. Obs: via de regra, quando o "como" possuir valor de causa, ele será inserido no início do período.

    Ademais, pertinente destacar que o "como" também pode apresentar valor "conformativo" ou "comparativo", sempre dependendo do contexto em que por ventura vier empregado.

    A luta continua !

  • Enunciado:Como o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma gramatical literária de Portugal, as regras que aprendemos na escola, em boa parte, não correspondem à língua que falamos e escrevemos no Brasil” Como exerce a função de Conjunção Causal

    A) Aprendemos como usar a língua fora dos usos falados e escritos em contextos brasileiros. Advérbio de Modo

    B) As regras que aprendemos na escola são como as regras que usamos no dia a dia quando falamos e escrevemos. Conjunção Comparativa.

    C) Como a língua falada no Brasil corresponde à língua usada em Portugal? Advérbio Interrogativo de Modo

    D) Até agora desconhecíamos que a língua é como um sistema que se apreende pelo uso falado e escrito no cotidiano. Conjunção Comparativa

    E) A verdade é esta: como a língua escolar difere da língua usada informalmente, achamos que o português é muito difícil. Conjunção Causal

    Gabarito: E


ID
3254404
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Caranaíba - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

 Um país do balacobaco 

Mentor Neto

       1. Nossa cultura popular é uma enciclopédia aberta, envolvente e rica em termos e frases de profundidade inquestionável. Conhecimento comum, da gente simples, do dia a dia, que resultou em gotículas de sabedoria muitas vezes desprezadas. Ao longo dos anos venho colecionando inúmeras. Utilizo esta enciclopédia aberta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego por alguns brasileiros.

     2. É verdade que algumas dessas expressões caíram em desuso, mas nem por isso perderam o brilhantismo. Por exemplo, no escândalo mais recente, o caso Intercept Brasil, o conselho “em boca fechada não entra mosca” teria sido de profunda utilidade. 

     3. Há como descrever melhor o trabalho da Lava Jato do que com um “cada enxadada uma minhoca”? Aos acusados ou suspeitos de corrupção, aos que se enriqueceram por meios ilícitos, um “bobeou, dançou” cai feito uma luva.

      4. “Entornar o caldo” me parece adequado quando nos referimos à cultura de delações premiadas na qual estamos imersos. Por falar nisso, os delatores encontram um sábio conselho no “ajoelhou, tem que rezar” ou, quem sabe, no consagrado “colocar a boca no trombone”! Já aos que preferem manter o silêncio, “boca de siri” é o ideal.

     5. Alguns personagens desse “bafafá” que tomou conta de nossa política são protagonistas tão importantes que merecem frases conhecidas de aplicação exclusiva, já que “entraram numa fria”. Afinal, como descrever mais precisamente o que ocorreu com aquele que “foi pego com a boca na botija”?

      6. Para os destacados empresários do ramo frigorífico, um belo “mamar na vaca você não quer, né?” é incontestável. Tenho certeza de que o estimado leitor há de concordar.

      7. E os deputados e senadores? E os que infringiram acordos? Ou aquilo está “um quiprocó”, “um perereco” do caramba mesmo. Alguns ministros “aparecem mais que umbigo de vedete”, mas a real é que deveriam “sair de fininho”.

    8. A verdade é que o País está “do jeito que o diabo gosta” e cabe a nós acabar logo com esse “lero-lero” e “partir pras cabeças”. Afinal, amigo, nossa situação “está mais feia que bater na mãe”.

IstoÉ, n. 2581, 19 jun. 2019. Adaptado

Na estrutura frasal "Utilizo esta enciclopédia aberta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego por alguns brasileiros." (§ 1), o termo em destaque expressa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? "Utilizo esta enciclopédia aberta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego por alguns brasileiros." 

    ? Aqui o "como" está sendo empregado como advérbio de modo, equivale a : do modo de um repositório; indica o modo como a enciclopédia aberta está sendo usada.

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  • Gabarito B

    Na letra B o como funciona como adjunto adverbial de modo.

    》"Utilizo esta enciclopédia aberta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego por alguns brasileiros."

    Veja o termo COMO, representa um MODO.

    Na letra A Pode até "suar" uma duvida. Mas não se refere a nenhum lugar.


ID
3266353
Banca
AOCP
Órgão
FUNPAPA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                CELULARES CAUSAM CÂNCER?

                     UMA ANÁLISE SOBRE COMO A MÍDIA TRATA

                                QUESTÕES DE RISCO À SAÚDE

                                                                  30/03/2015 - 09H03 - POR CARLOS ORSI


      Neste mês, um colunista de informática do New York Times, Nick Bilton, escreveu um artigo sobre computadores “vestíveis” – equipamentos de informática integrados ao vestuário, como o Google Glass ou o Apple Watch – sugerindo que o uso desses acessórios, principalmente quando ligados a redes sem fio ou de telefonia celular, poderia representar um risco de câncer comparável ao trazido pela fumaça de cigarro.

      A tese de Bilton era de que, como existem pesquisas indicando que o uso de celular junto ao ouvido pode causar câncer de cérebro, seria lógico supor que usar o mesmo tipo de tecnologia junto a outras partes do corpo, como os olhos ou a pele, também não seria seguro. Três dias depois de publicar a coluna, no entanto, o jornal se viu constrangido a fazer uma retratação registrando o seguinte:

      “Nenhum estudo epidemiológico ou de laboratório jamais encontrou evidência confiável de tais riscos [ligando celulares a câncer], e não há nenhuma teoria amplamente aceita de como eles poderiam surgir. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ‘até o momento, não se estabeleceu nenhum efeito de saúde adverso associado ao uso de telefones móveis’ [...]”.

      Essa nota de retificação [...] gera uma questão espinhosa: como o jornalista do Times pôde se enganar tanto? A resposta é instrutiva e nos ensina algo sobre como a mídia em geral tende a tratar questões de risco à saúde.

      A primeira coisa a notar é que, em princípio, não faz sequer sentido imaginar que celulares possam causar câncer: as ondas eletromagnéticas que usam para transmitir e receber sinal não têm energia suficiente para penetrar no núcleo das células e alterar seu DNA: de fato, os raios do Sol são mais potentes (e perigosos). Mas, até aí, seguro morreu de velho, e diversos grupos de pesquisadores se dedicaram a estudar o assunto.

      A nota de retificação fala que “não há evidência convincente”. A palavra-chave aí é “convincente”. Como explica o oncologista americano David Gorski [...], existe, fundamentalmente, um só grupo de cientistas que afirma ter encontrado repetidas provas estatísticas de uma ligação entre os equipamentos e a doença. [...]

       A comunidade científica, em geral, e os órgãos responsáveis pela saúde pública, em particular, tendem a se guiar, corretamente, pela evidência preponderante – no caso, de que não há perigo – e não por resultados isolados. Mas o jornalismo costuma dar mais atenção aos sinais de alerta, e a desconfiar das comunicações tranquilizadoras, principalmente quando essas últimas parecem servir a interesses econômicos (no caso, dos fabricantes de celular).

      Trata-se de uma atitude que costuma ser interpretada, no meio, como sinal de “saudável senso crítico”. Mas a verdade é que, sem analisar os detalhes técnicos e evitando dar o devido peso ao mérito próprio de cada afirmação, desconfiar de tudo é uma atitude tão ingênua quanto acreditar em tudo. [...]

      Para finalizar, uma notícia que não vi ninguém dando com destaque aqui no Brasil: um estudo realizado na Nova Zelândia, divulgado em fevereiro, encontrou uma relação entre o uso de celular e a redução no número de casos de câncer de cérebro no país! [...] Isso quer dizer que a radiação do celular evita câncer? Mata as células malignas? Muito provavelmente, não. Existe, afinal, uma coisa chamada coincidência – e é por isso que estudos isolados têm de ser olhados com alguma reserva, quer tenham conclusões boas ou más.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2015/03/celulares-causam-cancer-uma-analise-sobre-como-mi-dia-trata-questoes-de-risco-saude.html

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito das palavras em destaque em “[...] como existem pesquisas indicando que o uso de celular junto ao ouvido pode causar câncer de cérebro, seria lógico supor que usar o mesmo tipo de tecnologia junto a outras partes do corpo, como os olhos ou a pele, também não seria seguro.”.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?[...] como existem pesquisas indicando que o uso de celular junto ao ouvido pode causar câncer de cérebro, seria lógico supor que usar o mesmo tipo de tecnologia junto a outras partes do corpo, como os olhos ou a pele, também não seria seguro.?.

    ? Primeiramente temos uma conjunção subordinativa causal (=equivale a já que, visto que) e logo usado como uma palavra explicativa formando o aposto explicativo.

    ? Logo: na primeira ocorrência, ?como? poderia ser substituído por ?visto que?, sem prejuízo sintático ou semântico.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • gabarito B , ja que , uma vez que , como , porque , visto que.

  •  “[...] como existem pesquisas indicando que o uso de celular junto ao ouvido pode causar câncer de cérebro, seria lógico supor que usar o mesmo tipo de tecnologia junto a outras partes do corpo, como os olhos ou a pele, também não seria seguro.”

    Na primeira ocorrência, o COMO é conjunção causal e pode ser substituído por "visto que" (visto que existem pesquisas.... seria lógico supor...)

    Na segunda ocorrência o COMO é um termo explicativo (funciona para estabelecer uma explicação ou exemplificação).

    Em relação à assertiva D:  "A palavra como deriva do latim "qumodo", quo modo, com sentido de que modo." É formada pela junção de conjunção e advérbio.

    (fonte: https://portuguesaletra.com/duvidas/como-ou-como/) (https://www.dicio.com.br/como/)

    Em relação à assertiva E: Como não é proparoxítona. "Cômo não está gramaticalmente correto na Língua Portuguesa."

    (fonte: https://portuguesaletra.com/duvidas/como-ou-como/)

    Espero que tenha ajudado!

    Bons estudos para todos nós!


ID
3353188
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São Roque - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder às questões de números 11 a 17.

    Subi ao avião com indiferença, e como o dia não estava bonito, lancei apenas um olhar distraído a essa cidade do Rio de Janeiro e mergulhei na leitura de um jornal. Depois fiquei a olhar pela janela e não via mais que nuvens, e feias. Na verdade, não estava no céu; pensava coisas da terra, minhas pobres, pequenas coisas, uma aborrecida sonolência foi me dominando, até que uma senhora nervosa ao meu lado disse que “nós não podemos descer!” O avião já havia chegado a São Paulo, mas estava fazendo sua ronda dentro de um nevoeiro fechado, à espera de ordem para pousar. Procurei acalmar a senhora.
    Ela estava tão aflita que embora fizesse frio se abanava com uma revista. Tentei convencê-la de que não devia se abanar, mas acabei achando que era melhor que o fizesse. Ela precisava fazer alguma coisa, e a única providência que aparentemente poderia tomar naquele momento de medo era se abanar. Ofereci-lhe meu jornal dobrado, no lugar da revista, e ficou muito grata, como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte.
    Gastei cerca de meia hora com a aflição daquela senhora. Notando que uma sua amiga estava em outra poltrona, ofereci- -me para trocar de lugar, e ela aceitou. Mas esperei inutilmente que recolhesse as pernas para que eu pudesse sair de meu lugar junto à janela; acabou confessando que assim mesmo estava bem, e preferia ter um homem – “o senhor” – ao lado. Isto lisonjeou meu orgulho de cavalheiro: senti-me útil e responsável. Era por estar ali eu, um homem, que aquele avião não ousava cair. (Rubem Braga, Um braço de mulher. Os cem melhores contos brasileiros do século.)

Assinale a alternativa em que o termo “como” está empregado com o mesmo sentido que tem na passagem – e ficou muito grata, como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva D

    A mulher permaneceu junto do homem, como se ele pudesse salvá-la.

  • Alguém sabe o sentido das demais alternativas? Obrigada.

  • Simone, acredito que seja o seguinte:

    A) Como= modo

    B) Como= já que - Conector subord. de causa

    C) Como= de que maneira/de que forma - Conector subord. de conformidade

    E) Como= não apenas...como... - Conector coordenativo de adição

  • O como pode ser causal ou comparativo. Nas conjunções causais o como só será usado em início de frase. Logo, elimina as alternativas A,C,E. Na alternativa B o como tem valor comparativo. E na letra D (gabarito) podemos fazer a troca por: uma vez que, na medida em que, visto que e etc.

  • Como = Conjunção Coordenada Subordinativa Comparativa.

  • Gente, percebam que o "como se acreditasse que" passa uma ideia de hipótese, de suposiçãoParecia que a mulher acreditava que, produzindo mais vento (...). Essa foi a impressão que o cara teve. Podemos substituir por "era como se". Vamos ver?

     

     e ficou muito grata, como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte.

     e ficou muito grata. Era como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte.

     

    Assim, vamos procurar a alternativa na qual o "como" tenha a mesma ideia: de impressão, hipótese, suposição.

     

    Assinale a alternativa em que o termo “como” está empregado com o mesmo sentido que tem na passagem – e ficou muito grata, como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte.

     

    a)  A senhora deixou claro como se sentia melhor viajando ao lado daquele senhor. - ERRADO

    como não tem um valor semântico. Ele pode ser substituído por "que":

    A senhora deixou claro que se sentia melhor viajando ao lado daquele senhor.

     

    b)  A senhora pensava que, como o avião dava voltas, ele fosse cair. - ERRADO

    A ideia aqui é de causaJá que o avião dava voltas, ele ia cair. Vejam que não faz sentido dizer "era como se o avião desse voltas". Mas o avião, de fato, dava voltas. Não se trata de uma hipótese, mas sim de algo que aconteceu mesmo.

     

    c)  O narrador não sabe como impedir a queda do avião. - ERRADO

    Aqui temos uma ideia de maneira, forma. O narrador não sabe de que maneira poderia impedir a queda do avião. 

    Também não faz sentido substituir por "era como se". Vejam:

    O narrador não sabe era como se impedir a queda do avião.

     

    d)  A mulher permaneceu junto do homem, como se ele pudesse salvá-la. - CERTO

    Chegamos ao nosso gabarito. 

     A mulher permaneceu junto do homem. Era como se ele pudesse salvá-la.

     

    Notaram que a substituição faz sentido? A mulher permaneceu junto ao homem. A impressão que ela passou era que, ficando junto dele, ele pudesse salvá-la. Parecia que ele poderia salvá-la se ela ficasse perto dele. Assim, alternativa correta.

     

    e)  Uniram-se todos, no medo como na esperança. - ERRADO

    Ideia de adição.  Percebam que podemos substituir o "como" por "e". 

    Uniram-se todos, no medo na esperança.

  • ENUNCIADO: E ficou muito grata, como se acreditasse que, produzindo mais vento, adquirisse maior eficiência na sua luta contra a morte. (Era como se)

    a) A senhora deixou claro como se sentia melhor viajando ao lado daquele senhor. (O modo em que se sentia)

    b) A senhora pensava que, como o avião dava voltas, ele fosse cair. (Causa, geralmente ocorre no início de frases, mas neste caso está deslocado por vírgulas, veja: Como o avião dava voltas, a senhora pensava que ele fosse cair)

    c) O narrador não sabe como impedir a queda do avião.(De que forma)

    d) GABARITO: A mulher permaneceu junto do homem, como se ele pudesse salvá-la. (Expressa dúvida, hipótese: Pode ser substituído por: era como se)

    e) Uniram-se todos, no medo como na esperança. (Tanto no [...] como na [...]) (Ideia de soma)

    Bons estudos!

  • Assertiva D

    A mulher permaneceu junto do homem, como se ele pudesse salvá-la.

  • COMO está funcionando como advérbio de MODO.

    "COMO se acreditasse que"

    "DE MODO QUE acreditasse que"

  • Valores do Como:

    Causal:

    Introduz a oração subordinada causal;

    Pode ser substituída por outra conjunção causal - "porque".

    Comparativa:

    Introduz a oração subordinada comparativa;

     Pode ser substituída por "assim como".

    Conformativa:

    Introduz a oração subordinada conformativa;

    Em seu lugar, é possível colocar a conjunção "conforme".

    Veja alguns exemplos:

    Como acordei tarde, cheguei atrasada no serviço.

    Sucesso, bons estudos não desista!

  • Eu acertei observando que na letra D também possui verbo no subjuntivo. Estou errada?

  • Algum espírito de luz pode me explicar o motivo da C estar errada?

  • tanto a C como a A são conjunções integrantes

  • a) como = sentido de "o quanto"

    b) como => causal

    c) como => modo

    d) Correto.

    e) como => adição


ID
3381688
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Ji-Paraná - RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão

Atitudes Sustentáveis

A sustentabilidade ambiental consiste em várias ações, diretas e indiretas, que buscam o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, o bem-estar social e a preservação do meio ambiente. Ou seja, trata-se do consumo responsável dos recursos naturais. Medidas, como o uso de fontes de energias limpas e renováveis (biodiesel) e o plantio de árvores, principalmente nas áreas degradadas, são algumas políticas adotadas para se viver em um mundo mais ecológico. No entanto, a sociedade como um todo deve participar: do mesmo modo que as indústrias investem em novas tecnologias para prejudicar o mínimo possível a natureza, é preciso que as pessoas tenham iniciativas sustentáveis em suas casas também, como por exemplo, a reciclagem de lixo e o uso inteligente de água e energia.

http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/a-importanciada-educacao-ambiental-e-da-sustentabilidade/; Acesso em 20 dez. 2017. 

No trecho “Medidas, como o uso de fontes de energias limpas e renováveis (biodiesel) e o plantio de árvores, principalmente nas áreas degradadas, são algumas políticas adotadas para se viver em um mundo mais ecológico.”, a palavra COMO é empregada para:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → “Medidas, como o uso de fontes de energias limpas e renováveis (biodiesel) e o plantio de árvores, principalmente nas áreas degradadas, são algumas políticas adotadas para se viver em um mundo mais ecológico.”

    → Temos o termo "como" dando início a um aposto explicativo, traz exemplificações acerca dessas "medidas" mencionadas anteriormente.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • DICA: A VÍRGULA É UTILIZADA ANTES DE COMO INICIANDO UMA EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO E EXPLICITAÇÃO.

    EXPLICAR>>> É FALAR SOBRE

    EXEMPLIFICAR>>> É DAR EXEMPLOS


ID
3384409
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Ji-Paraná - RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.


Escrever


    Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

    Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.

    Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

    Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.

    Me lembro agora com saudade da dor de escrever livros.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999. (Adaptado)

O elemento destacado em “É uma maldição porque obriga e arrasta COMO um vício penoso” atribui ao segmento a que pertence ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A palavra em destaque é uma conjunção subordinativa adverbial comparativa.

    GABARITO. D

  • GABARITO: LETRA D

    ? ?É uma maldição porque obriga e arrasta COMO um vício penoso?

    ? Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa comparativa (=compara-se o modo de arrastar com o modo que o vício penoso exerce).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: LETRA D

    COMPLEMENTANDO:

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • Comparação fe igualdade, igual ao bicho penoso.
  • "É uma maldição porque obriga e arrasta COMO um vício penoso"

    O período acima tem 4 orações?


ID
3398005
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de São Roque - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Sonhos de uma sesta

    Como é bom tirar uma sesta, abaixar a cortina e dar um risinho safado para o capital que se esborracha lá fora; como é bom, mesmo para um falido, ajeitar os travesseiros — de palha ou de pena de ganso — e cerrar os olhos para sonhos pequenos. Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, como a minha sesta carioca; uma sesta com as janelas abertas na rua da Aurora, a rua mais linda do mundo, de onde avistam-se Beberibes, Capibaribes, Áfricas, Tongas e Polinésias…
    Numa sesta não vale sonhos épicos, apenas sonhos pequenos, daqueles que a gente realiza num piscar de olhos. Ou simplesmente deixa para lá. Ridículo correr desembestadamente atrás de sonhos. Sonhos são filmes grátis, que vemos deitadinhos, sem o barulho ridículo de pipoca ou de gente. Os sonhos são feitos pelos cineastas mortos, jeito de ocupar-lhes no purgatório. Quanto dura uma sesta? O ideal é que não se faça o uso do despertador, que não seja um curta- -metragem, que seja um filme que se durma nele inteirinho.
    A sesta com a benção da minha mãe.
    – Meu filho, durma pelo menos uma meia horinha depois do almoço.
    Minha mãe chorava no dia em que fui embora, mas nada dizia além da receita da sesta. Mulher de coragem: deixar aquele graveto, só o couro e o osso, ganhar a estrada apenas com uma rede que ela botou no fundo da mala...
    Como eu queria achar de novo essa rede e tirar a maior das sestas, mas troquei por alguma coisa, vício, comida, sei lá, entre uns desalmados de um cortiço do Recife, num sótão ali na Barão de São Borja. Até quando a usei, era uma rede que balançava lágrimas e meus chinelos sempre acordavam boiando de manhã.
(Xico Sá. In Humberto Werneck (org.). Boa companhia:
crônicas. São Paulo, Companhia das Letras, 2005. Adaptado)

O termo destacado em “Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, como a minha sesta carioca” (1o parágrafo) estabelece relação de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, como a minha sesta carioca”

    → Temos uma conjunção subordinativa comparativa (compara duas sestas).

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Outros exemplos de comparação para ajudar:

    A família está reunida que nem na noite de Natal.

    A expressão “que nem” coloca a reunião da família no momento em que se diz essa frase em uma condição de semelhança à reunião dessa mesma família na noite de Natal.

    Aquela velha parece uma bruxa.

    A velha está sendo colocada em condição de semelhança com uma bruxa, e essa comparação é feita utilizando-se o verbo parecer.

  • Assertiva C

    como a minha sesta carioca” = comparação.

  • Troca COMO por IGUAL

  • Eu amo sextas

    Eu amo cestas de festas

    Eu amo sestas

  • Essa questão requer conhecimentos acerca da função morfossintática da palavra como e seus valores semânticos.
     

    Alternativa (A) incorreta – Para estabelecer relação de intensidade, a palavra como deveria vir no início do período, intensificando uma ação ou qualidade; nesse caso, seria classificada como advérbio. Ademais, é substituível pelo advérbio “muito" e, devido à ênfase que é dada à frase, esta seria finalizada com ponto de exclamação.
     

    Alternativa (B) incorreta – Não é substituível pelas locuções conjuntivas proporcionais “à medida que" ou “à proporção que".


    Alternativa (C) correta – A palavra como estabelece uma relação de comparação, visto que o narrador está comparando a sesta dele com a dos macaquinhos. 

    Note que a palavra como pode ser substituída pela palavra igual. Essa é uma boa dica para compreender seu valor semântico.


    Alternativa (D) incorreta – Não exprime uma noção de acordo, concordância, conformidade entre duas ideias. A substituição pela conjunção “conforme" ficaria incoerente.


    Alternativa (E) incorreta – A ideia contida na frase introduzida por como não depende da frase anterior para acontecer, ou seja, não se estabelece uma relação condicional entre elas.



    Gabarito da professora: alternativa (C).
  • Correta, C

    O elemento "COMO" pode apresentar valor CAUSAL, CONFORMATIVO ou COMPARATIVO, a depender do contexto em que está empregado.

    “Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, como a minha sesta carioca”

    Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, assim como a minha sesta carioca.

    Uma sesta com os macaquinhos lá fora nos fios, igual a minha sesta carioca;

    A luta continua !


ID
3487615
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFFS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crianças têm uma importante lição a ensinar: o hábito – e a falta de medo – de fazer perguntas

Por Marina Martini


      Acho que uma das grandes contradições da nossa vida – e uma grande perda, em consequência – é o fato de que, quando mais precisamos aprender, mais temos vergonha de aprender. Já reparou? Quando somos pré-adolescentes, adolescentes, ou até mesmo jovens adultos, passamos por um período da vida em que reprimimos (a ponto de nos esquecermos dele) um dos hábitos mais saudáveis e fundamentais que cultivamos ao longo da infância: o de perguntar. Crianças, apontamos o dedo para tudo, querendo saber o que é, para que serve, como funciona.

      (...)

      Mas algo acontece ali pelos nossos nove, dez anos de idade. Desenvolvemos algo que normalmente nos acompanha ao longo da adolescência e até boa parte do início da vida adulta: a vergonha de não saber. Morremos de medo de admitir nossa ignorância a respeito deste ou daquele assunto – e preferimos sufocar ou ignorar perguntas que julgamos bobas ou “burras”. Às vezes, para não nos sentirmos deixados para trás, somos capazes de fingir que entendemos alguma coisa que, na verdade, deixou nossa mente borbulhando de dúvidas; ou que conhecemos um artista, um filme ou um lugar que foi citado numa conversa, simplesmente porque todos os outros participantes parecem conhecer (bem, talvez eles também estejam fingindo).

      (...)

      Tenho a sensação de que, para a maioria das pessoas, esse medo aos poucos vai passando – perto dos 30 anos, eu percebo que tenho muito menos vergonha da minha própria ignorância do que tinha aos 14 ou 21. Mas o problema está justamente aí: eu provavelmente nunca precisei tanto da ajuda dos outros, do conhecimento dos outros, da sabedoria dos outros, quanto dos 10 aos 25 anos de idade. A carência de conhecimento vai além daquele de que precisamos para ser aprovados nas séries escolares, no vestibular ou nas disciplinas da faculdade – o que mais faz falta é a sabedoria sobre a vida, sobre a carreira, sobre relacionamentos, sobre o futuro, sobre o mundo! Quanta ajuda eu poderia ter tido – e quão mais fácil minha adolescência podia ter sido – se eu tivesse sido menos tímida e mais humilde para perguntar? Humilde, sim – porque o que mais se vê são jovens arrogantes, que sequer se percebem arrogantes, mas que, do alto de seus 16 ou 17 anos, julgam saber mais que os pais, os professores, os avós, que, oras, aos 50 ou 70 anos, só podem ter mesmo ideias ultrapassadas e que não mais se aplicam a esse mundo.

      Não podemos ter medo de aprender – seja lá a faixa etária em que estivermos. Eu quero dizer “não ter medo” em um sentido bastante amplo: não apenas não ter medo de dizer “não sei”, “não conheço”, “não li”, “não assisti”, “nunca ouvi falar”; não apenas não ter medo de fazer perguntas que parecem estúpidas à primeira vista ou de pedir ajuda quando necessário; não apenas não ter medo de pedir que um professor ou treinador repita uma informação ou uma série de instruções – mas também não ter medo de fazer uma análise sincera de seu conhecimento e sua sabedoria, e admitir quando houver lacunas a ser preenchidas. Não ter medo de conversar de verdade com seu chefe, seu professor (até mesmo com seus pais – quanta gente só conversa o estritamente necessário com pai e mãe?): eles são pessoas como você, e podem ficar felizes em dividir um pouco do conhecimento que têm.

      (...)

Adaptado de:<https://www.revistaversar.com.br/criancas-e-suas-licoes/> . Acesso em: 24 jun. 2019.

Em relação às funções morfológicas e sintáticas das palavras destacadas nos trechos a seguir, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    Em “Humilde, sim – porque o que mais se vê são jovens arrogantes, que sequer se percebem arrogantes...”, a palavra destacada é um pronome relativo com a função de retomar os “jovens”, o que garante a coesão da frase.

  • ✅ Gabarito: D

    A) Em “Crianças, apontamos o dedo para tudo, querendo saber o que é, para que serve, como funciona.”, a palavra destacada é uma preposição, pois liga as orações estabelecendo o sentido de comparação entre elas → INCORRETO. O termo em destaque é um advérbio de modo.

    B) Em “Às vezes, para não nos sentirmos deixados para trás, somos capazes de fingir que entendemos alguma coisa...”, “para” é uma conjunção por complementar o sentido do verbo “deixados” → INCORRETO. O termo em destaque é uma preposição essencial.

    C) Em “Quanta ajuda eu poderia ter tido – e quão mais fácil minha adolescência podia ter sido – se eu tivesse sido menos tímida...”, os termos destacados são considerados pronomes com a função de intensificar os elementos pospostos a eles → INCORRETO. Temos, respectivamente, um pronome indefinido e logo após um advérbio de intensidade.

    D) Em “Humilde, sim – porque o que mais se vê são jovens arrogantes, que sequer se percebem arrogantes...”, a palavra destacada é um pronome relativo com a função de retomar os “jovens”, o que garante a coesão da frase → CORRETO. Temos um pronome relativo, ele equivale a "os quais", retoma o termo "jovens arrogantes" e dá início a uma oração subordinada adjetiva explicativa (=entre pontuação).

    E) Em “Mas algo acontece ali pelos nossos nove, dez anos de idade.”, o termo em destaque é um advérbio de tempo → INCORRETO. Temos um advérbio de lugar e não de tempo.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A meu ver o referente do pronome da assertiva "d" não se restringe a "jovens", mas a "jovens arrogantes". Pediram, ademais, na assertiva "e", a classificação dentro de um contexto, que se verifica temporal.

  • Essa questão me deixou em dúvida porque o que retoma " JOVENS ARROGANTES" e não somente 'JOVENS"

  • Questão deveria ser anulada

  • C) Quanta é advérbio por se referir ao verbo ajuda.

  • Errei porque no meu entender o "que" retoma "Jovens arrogantes" e não somente a "Jovens" - Questão passível de recurso.

  • O sujeito é o termo "jovens arrogantes". Sendo assim, temos como:

    Núcleo do sujeito: jovens

    Adjunto Adnominal: arrogantes (morfologia: adjetivo).

    Quem comando esse grupinho aí é o núcleo do sujeito, em regra. Mas nada impede que o pronome relativo referir-se ao adjunto adnominal.

    Cuidado, tem que ser cirúrgico... dissecar os termos.

    Qualquer dúvida ou incorreção entre em contato.

  • Usei o seguinte raciocínio para a letra A: Preposição conecta palavras ,parte de um texto e conjunções conectam orações.

  • "Ali" é um advérbio de lugar.

  • Pronome não intensifica nada, quem faz isso é o adverbio. Para quem ficou em duvida entre a C e a D, a resposta é a D

  • Vamos parar de chorar demais com a banca... as outras alternativas eram visivelmente erradas, só sobra a d msm..

  • Letra E = ERRADA

    "Mas algo acontece ali pelos nossos nove, dez anos de idade."

    Acredito que a palavra "ali", apesar de parecer um advérbio, é uma palavra expletiva, porque pode ser retirada sem prejuízo sintático ou semântico. = Mas algo acontece (?) pelos nossos nove, dez anos de idade.

    Ex.: Os pais bancam sua faculdade, mas têm seus arrependimentos. [Nesse caso, "lá" não é um advérbio de lugar, é uma palavra expletiva = Os pais bancam sua faculdade, mas têm seus arrependimentos].

  • Eloisa Ianda Macedo vc falou de uma baita de uma bela besteira


ID
3501850
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CRF-AC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O cérebro devassado (parte inicial do texto)

Já é possível ver o cérebro em plena

atividade. As descobertas são fascinantes

e estão levando a uma melhor compreensão

do funcionamento da mente humana.

Anna Paula Buchalla, disponível em www.geocities.ws/epolnet/noticias/ cerebrodevassado.htm, acesso em 10/01/2019


      O cérebro é considerado a caixa-preta do corpo humano. De tão insondável, foi objeto de todo tipo de especulação. De filósofos a médicos, muito se arriscava em teorias, mas pouco se sabia na prática sobre o que acontecia nesse órgão que faz a grande diferença da espécie humana. Nos últimos cinco anos, contudo, com a invenção e o aprimoramento da ressonância magnética funcional, do PET/CT, que associa a tomografia por emissão de pósitrons à tomografia computadorizada de última geração, e da espectroscopia, novas imagens vieram à luz e estão revolucionando o conhecimento do cérebro. 

      As descobertas são fantásticas. "É como se tivéssemos substituído a rudimentar luneta de Galileu pelo telescópio Hubble", compara o neurorradiologista Edson Amaro Júnior, do Hospital Albert Einstein e do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Como esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele – como se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio e até mesmo como se originam algumas doenças. Essa visão preciosa está prestes a mudar a forma como hoje se detecta e trata uma série de distúrbios, como Alzheimer, autismo, transtorno do déficit de atenção e perda de memória. Ela também ajuda a identificar os aspectos que contribuem para o aparecimento de problemas como depressão, esquizofrenia, alcoolismo e uso de drogas. O trabalho dos neurocientistas, amparado por esse impressionante aparato tecnológico, vai além de desvendar o funcionamento do cérebro. Está-se descobrindo de que maneira ele responde a estímulos externos – tanto que já se criou uma nova modalidade nos Estados Unidos, o neuromarketing. Em suas pesquisas, os neuromarqueteiros utilizam os aparelhos que fornecem imagens do cérebro, para saber que áreas são ativadas quando a pessoa é exposta a marcas, produtos ou imagens e falas de políticos. Dessa forma, ao detectarem as emoções suscitadas, podem direcionar melhor campanhas publicitárias. Não se exclui, ainda, que esse tipo de iniciativa também seja empreendido em tratamentos psicológicos. 

      Em 1,5 quilo de massa encefálica (valor equivalente ao peso do cérebro de um adulto), 100 bilhões de células nervosas estão em atividade. Cada uma se liga a milhares de outras em mais de 100 trilhões de circuitos. A trama é complexa, precisa e delicada. Graças a ela, o homem pensa, raciocina, lembra. Enxerga, ouve, aprende. Não faz tanto tempo assim, acreditava-se que o ser humano utilizasse apenas 10% de sua capacidade cerebral. Hoje já se sabe que esse é mais um daqueles mitos que se produzem no vaivém da ciência. Os médicos já não têm a menor dúvida de que toda a máquina cerebral é solicitada nas mais diferentes funções. "Qualquer atividade ou pensamento com um mínimo de complexidade, como jogar conversa fora ou ler uma história em quadrinhos, vale-se de inúmeras conexões neuronais em áreas diferentes do cérebro ao mesmo tempo", afirma o neurologista Steven Yantis, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, um dos centros mais avançados do mundo em pesquisas cerebrais. 

      Durante séculos, o conhecimento da estrutura cerebral humana permaneceu rudimentar. O filósofo grego Aristóteles, um dos primeiros a se debruçar sobre o assunto, acreditava que a memória fosse fisicamente armazenada no cérebro. As recordações ficariam uma a uma impressas no tecido cerebral. No século XVIII, o cientista alemão Franz Joseph Gall divulgou a teoria de que as protuberâncias cranianas poderiam determinar a personalidade das pessoas. Uma de suas concepções era a de que crianças com boa memória também tinham "olhos proeminentes" – uma pista clara de que, segundo ele, a memória estava armazenada no cérebro. Quanto maior a memória, mais "inchado" o cérebro. Conhecida como frenologia, essa teoria foi derrubada em 1861, quando o neuroanatomista francês Paul Broca dissecou o cérebro de um paciente com distúrbios na fala que tinha acabado de morrer. O que ele viu não correspondia ao que dizia a frenologia. 

      O fato é que, até meados do século XX, os pesquisadores não faziam uma ideia suficientemente clara do que enxergavam dentro do crânio humano. Somente no início dos anos 70 é que foram obtidas as primeiras imagens anatômicas do cérebro. Isso foi possível com a ajuda de computadores que passaram a processar as imagens dos raios X – técnica batizada de tomografia computadorizada. Os médicos começaram a lançar mão com frequência cada vez maior desse tipo de exame, hoje mais avançado, que mostra a estrutura do cérebro em finas fatias. A partir dele, surgiu uma variedade considerável de técnicas que estão ajudando os pesquisadores a entender melhor a relação entre a estrutura cerebral, as funções neuronais e o comportamento humano. Para saber qual área do cérebro está sendo ativada quando alguém, por exemplo, fala ou ouve música, pode-se recorrer ao PET, sigla em inglês para tomografia por emissão de pósitrons, que mapeia o cérebro com a ajuda de material radioativo.

No período: “Como esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele – como se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio e até mesmo como se originam algumas doenças”, há três ocorrências da forma como. Sobre esse vocábulo, é adequado afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Como esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele – como se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio e até mesmo como se originam algumas doenças”

    A) O primeiro como está sob a orientação sintático-semântica da causalidade; Correto, a conjunção subordinativa adverbial causal introduz uma oração subordinada adverbial causal.

    GABARITO. A

  • ✅ Gabarito: A

    ✓ “Como esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele – como se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio e até mesmo como se originam algumas doenças”.

    ➥ O termo em destaque é uma conjunção subordinativa causal, equivale a "já que/visto que". Fazendo a correlação "o fato de... faz com que": O FATO DE (CAUSA) esses exames poderem flagrar o cérebro em plena atividade FAZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA/EFEITO) os pesquisadores estejam conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele [...].

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O primeiro "como" é causal e pode ser substituído por, por exemplo, "porque" e "pois":

    "Os pesquisadores estão conseguindo mapear praticamente tudo o que acontece dentro dele porque/pois esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade".

    Veja que o fato de conseguirem mapear o cérebro (consequência) só é possível porque os exames o flagram em plena atividade (causa).

  • troque por já que , uma vez que .....

  • como se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio?

    de tal modo que se processam as emoções, a cognição, o pensamento e o raciocínio... de tal modo que se originam algumas doenças (consecutiva)

  • Correta, A

    O elemento "COMO" pode apresentar valor CONFORMATIVO, COMPARATIVO ou CAUSAL (nesse último caso, via de regra, vem no início de frases):

    “Como esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear(...)"

    JÁ QUE esses exames podem flagrar o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear(...)

    O FATO DE - causa - esses exames flagrarem o cérebro em plena atividade, os pesquisadores estão conseguindo mapear(...).

    A luta continua !


ID
3504364
Banca
SELECON
Órgão
Prefeitura de Boa Vista - RR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


De onde menos se espera


      O sucesso de atletas de elite depende de muitos fatores. Estamos acostumados a acompanhar relatos diversos que descrevem protocolos rígidos, geralmente envolvendo treinamento árduo, alimentação controlada, descanso e, em alguns casos, a dopagem – prática proibida que consiste na injeção de compostos, como a testosterona (hormônio anabolizante), para aumentar a massa muscular dos atletas. Jamais imaginaríamos que um dos segredos do sucesso poderia ter origem no intestino dos atletas, mais especificamente, num gênero de bactérias com o curioso nome de Veillonela atypica.

      Pesquisadores norte-americanos descobriram que, durante – e logo após – o exercício vigoroso, ocorre o crescimento agudo de populações de bactérias V. atypica nos intestinos de alguns maratonistas. A pergunta seguinte foi: qual a relação desses microrganismos com o desempenho dos atletas de elite? Essa pergunta foi respondida recentemente e se encontra no artigo do biólogo molecular Jonathan Scheiman e colaboradores, publicado na revista Nature Medicine em junho último.

      Para explicar esse fenômeno, é preciso antes descrever rapidamente um pouco o que acontece no metabolismo. Um exercício como a maratona implica a contração muscular repetitiva durante um período relativamente longo. Para que a contração ocorra, o músculo usa a glicose como combustível.

      Acontece que a glicólise também produz o lactato ou ácido láctico. Quem já fez exercícios repetitivos sabe que, ao final de certo tempo, o músculo sofre fadiga, o que produz uma sensação bem conhecida de queimação ou dor e, nesse momento, a pessoa deve parar o exercício. Quando isso acontece, o desconforto cessa e, após algum tempo, os músculos estão prontos para continuar a contrair.

      Para que haja recuperação da contração muscular, é importante que o lactato acumulado no músculo tenha sua concentração diminuída. Mas, qual a relação do lactato com a V. atypica? Bem, os cientistas descobriram que essas bactérias consomem o lactato, isto é, usam o lactato como nutriente. Assim, as bactérias contribuem para reduzir mais rapidamente a concentração do lactato nos músculos e, dessa forma, apressar a recuperação muscular. Isso é, decididamente, uma vantagem para os atletas que têm a V. atypica em seu intestino.

      Os pesquisadores realizaram experimentos com camundongos para demonstrar esse efeito. Transplantaram as bactérias para os roedores e os testaram em uma esteira adaptada para eles. Os animais que receberam as bactérias corriam durante bem mais tempo que aqueles controles, que não as receberam.

      Descobriu-se também que a V. Atypica, além de consumir o lactato, produz propionato – composto que é produto do metabolismo do lactato. Já se mostrou em camundongos que o propionato aumenta os batimentos cardíacos e, também, o consumo máximo de oxigênio (que é importante para gerar energia na fase aeróbica do exercício). Assim, estar contaminado com V. atypica é tudo de bom – se você for um atleta, é claro.

Franklin Rumjanek Adaptado de: hp://cienciahoje.org.br/

“envolvendo treinamento árduo, alimentação controlada, descanso e, em alguns casos, a dopagem – prática proibida que consiste na injeção de compostos, como a testosterona (hormônio anabolizante), para aumentar a massa muscular dos atletas” (1º parágrafo)


No trecho, a palavra “como” expressa sentido de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “envolvendo treinamento árduo, alimentação controlada, descanso e, em alguns casos, a dopagem – prática proibida que consiste na injeção de compostos, como a testosterona (hormônio anabolizante), para aumentar a massa muscular dos atletas” (1º parágrafo)

    O termo "como" é usado para trazer uma explicação acerca de alguns dos compostos; ela dá início a uma elucidação do que seriam esses compostos mencionados.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • "Como" dá ideia de "exemplo" como em: a exemplo da testosterona. Indica que testosterona é um exemplo dos compostos utilizados.

    Gabarito letra C!

  • Certo

    prática proibida que consiste na injeção de compostos, como a testosterona (hormônio anabolizante)

    prática proibida que consiste na injeção de compostos, tal qual a testosterona (hormônio anabolizante)

    O "como" neste caso é exemplificativo, que = a conjunção comparativa e pode ser substituído pela expressão "tal qual"

    Exemplo: Dormia como um anjo-----------------> Dormia tal qual um anjo

  • Como por exemplo, a testosterona...


ID
3537874
Banca
VUNESP
Órgão
MPE-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Toalha de papel

    Ela foi consequência de um erro de produção na fábrica de papel. Os irmãos Scott, inventores do papel higiênico, receberam uma remessa de papel que estava defeituosa, pois o rolo matriz veio muito pesado e enrugado. Inadequado para papéis de banheiro, o produto estava prestes a voltar para o fornecedor quando um dos membros da família Scott sugeriu perfurar o papel grosso e cortá-lo do tamanho atual das toalhas de papel.
   Essas toalhas descartáveis foram vendidas inicialmente em 1907 para hotéis, restaurantes e estações de trem.
    Houve certa resistência por parte das donas de casa: por que pagar por uma toalha que seria usada uma única vez, enquanto uma toalha de pano poderia ser lavada e reutilizada muitas vezes?
     Como o preço desse produto foi caindo, as donas de casa começaram a gostar da ideia.
(Marcelo Duarte. O livro das Invenções. Cia das Letras. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo Como exerce a mesma função com que foi empregado na última frase do texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    ✓ Como o preço desse produto foi caindo, as donas de casa começaram a gostar da ideia (=O "como" foi empregado com valor de causa, ele é uma conjunção subordinativa causal e equivale a "já que/visto que").

    Na letra "a": Como ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos (=JÁ QUE/VISTO QUE ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos). O FATO DE CAUSA (CAUSA) ele não ser versado no assunto FEZ COM QUE (=CONSEQUÊNCIA/EFEITO) fizesse comentários absurdos.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva A

    Como ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos.

    Como = expressa o sentido de Causa,

  • O "como" será causal quando estiver no início da frase, equivaler a "Já que"e a oração subordinada for deslocada.

  • Troque o "como" por "tendo em vista que".

  • A) Como ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos. (como = visto que - ideia de causa)

    B) Como faremos para terminar a obra ainda este mês? (Advérbio ideia de modo/maneira)

    C) Vejamos como ele se comporta diante dos novos colegas de grupo. (ideia de modo/maneira)

    D) O residente tratou o paciente como se fosse um médico muito experiente. (ideia de comparação)

    E ) Estes vegetais não só são nutritivos como também deliciosos. (ideia de adição, como = a conjunção "e").

    Gabarito letra A!

  • A questão trabalha o valor gramatical do vocábulo como.

    Para responder a esta questão, é necessário saber qual a classe gramatical do vocábulo como na frase “Como o preço desse produto foi caindo, as donas de casa começaram a gostar da ideia.", retirada do texto.


    Nessa frase, o vocábulo como é uma conjunção subordinativa causal.


    DICA!!! Quando a palavra COMO vier no início da frase e puder ser substituída pela locução já que ou, ao inverter as orações e for substituída pela conjunção porque, ela será conjunção causal.


    Exemplos: Já que o preço desse produto foi caindo, as donas de casa começaram a gostar da ideia."


    “As donas de casa começaram a gostar da ideia porque o preço desse produto foi caindo."


    No caso da frase retirada do texto, o vocábulo COMO é conjunção subordinativa causal.


    ALTERNATIVA (A) CORRETA – “Como = Já que ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos", a palavra COMO é conjunção subordinativa causal, mesma classe gramatical da que consta na frase retirada do texto.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – É advérbio interrogativo de modo.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – É advérbio interrogativo (indireto) de modo introduzindo uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Justaposta – oração que não apresenta conjunção, mas um pronome interrogativo ou advérbio interrogativo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – É conjunção subordinativa comparativa.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – É conjunção coordenativa aditiva em correlação com “não só ... como também" equivalendo a conjunção aditiva “e".


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (A)

  • Correta, A

    No caso, o termo "COMO" possui sentido causal e, via de regra, nesse sentido, vem no inicio de frases. Vejamos algumas trocas possíveis, a fim de fixar o conteúdo:

    Como ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos.

    JÁ QUE ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos.

    PORQUE ele não era versado no assunto, fez comentários absurdos. (obs: o elemento "porque" também pode apresentar sentido explicativo).

    O FATO DE (causa) ele não ser versado no assunto, FEZ COM QUE fizesse comentários absurdos (consequência).

    A luta continua !


ID
3807667
Banca
FUNTEF-PR
Órgão
IF-PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Deuses e Demônios.

A possessão constituía um fenômeno familiar no mundo grego. Gente de todas as camadas sociais consultava o oráculo de Apolo, em Delfos, onde a pitonisa, em transe, oferecia respostas – por vezes enigmáticas e ambíguas – às questões apresentadas. O domínio dos corpos pela divindade era habitual nos rituais sagrados, como o de Dionísio, (a)que deu origem ao teatro. Por sua vez, Platão chegou a afirmar (b)que muitos poetas criavam sob o domínio das Musas e de outras deidades, sem controle sobre as palavras proferidas.

Milênios depois, os principais estudiosos do psiquismo empreenderam o exame da possessão. Jung, por exemplo, abordou o fenômeno já na sua tese de doutoramento, focalizando o caso de uma adolescente (c)que dizia “receber” o espírito do avô já falecido. Mais tarde, o criador da psicologia analítica desenvolveria o conceito de arquétipos – representações inatas e específicas da humanidade (d)que são o correspondente psíquico dos instintos –, que se revelaria de enorme valor no estudo das mais diversas manifestações culturais. O culto a Dionísio, por exemplo, foi considerado um arquétipo da fertilidade humana. O pensador suíço também escreveu sobre o oráculo de Delfos, relacionando a obscuridade das respostas com as mensagens ambíguas do inconsciente.

O cenário da possessão esteve igualmente presente no desenvolvimento de outro conceito junguiano fundamental: os complexos, “ilhas de fantasia” psíquicas (e)que atuam sobre o eu e chegam a dominá-lo. Tornam-se nocivos quando ganham autonomia, sem se integrar à estrutura do psiquismo; Jung chegou a comparar o controle do eu pelos complexos autônomos com a noção medieval de possessão demoníaca (Mente, Cérebro e Filosofia, nº1, Duetto)

Assinale a alternativa em que a palavra “como” tem o mesmo valor que a da expressão “como o de Dionísio”, grifada no texto (1o parágrafo).

Alternativas

ID
3815395
Banca
UESPI
Órgão
UESPI
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2  
A literatura nos ajuda a construir nossa identidade
(1) Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona segundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria.
(2) Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la.
(3) Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos familiares – em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres imaginários, cuja existência é garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação poética, reflexões e emoções que parecem ser tão nossas quanto de quem as registrou.
(4) Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos.
(5) Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do regime militar no Brasil. Naquele momento, inúmeros escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens, busquemos construir um futuro melhor.
(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado.)

No fragmento: “Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana”, a palavra sublinhada tem o mesmo sentido que na alternativa:

Alternativas

ID
3914371
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Taubaté - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda a questão.

Nem a Rosa, Nem o Cravo

    As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?
    Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do céu azul, do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, dessas alegrias de todos os instantes. Porque elas estão perigando, todas elas, os trigais e o pão, a farinha e a água, o céu, o mar e teu rosto. (...) Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como u’a nuvem inesperada num céu azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, doces palavras cariciosas, versos suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, elas me soam como uma traição neste momento. 
    (...) 
    Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, têm um significado neste momento. Houve um dia em que eu falei do amor e encontrei para ele os mais doces vocábulos, as frases mais trabalhadas. Hoje só o ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só o ódio ao fascismo, mas um ódio mortal, um ódio sem perdão, um ódio que venha do coração e que nos tome todo, que se faça dono de todas as nossas palavras, que nos impeça de ver qualquer espetáculo – desde o crepúsculo aos olhos da amada – sem que junto a ele vejamos o perigo que os cerca.
    Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!

(AMADO, Jorge. Folha da Manhã, 22/04/1945.)

Observa-se, no texto, uma recorrência do emprego do vocábulo “como”. Assinale a opção que apresenta um emprego desse vocábulo com valor semântico diferente dos demais:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    ✓ Somente na letra C) o termo "como" não está apresentando um valor semântico de modo:

    ➥ “É como uma nuvem inesperada num céu azul e límpido.” → TEMOS, EM DESTAQUE, UMA CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA COMPARATIVA. 

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Sendo mais preciso, o como é advérbio interrogativo de modo, exceto na alternativa C, em que aparece como conjunção comparativa.

    Mais um exemplo de "como" advérbio interrogativo de modo:

    Como finalizaremos o artigo?


ID
4177006
Banca
CCV-UFC
Órgão
UFC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tem a mesma classificação do termo destacado no trecho “...doenças como esquistossomose e leishmaniose também cresceriam” (texto 1, linhas 15-16).

Alternativas

ID
4196260
Banca
CCV-UFC
Órgão
UFC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a palavra como é um pronome relativo.

Alternativas

ID
4942675
Banca
CETRO
Órgão
TCM-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    Como nosso modo de ser ainda é bastante romântico, temos uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio. Dickens desgovernado por uma paixão de maturidade, após ter sofrido em menino as humilhações com a prisão do pai; Dostoievsky quase fuzilado, atirado na sordidez do presídio siberiano, sacudido pela moléstia nervosa, jogando na roleta o dinheiro das despesas de casa; Proust enjaulado no seu quarto e no seu remorso, sufocado de asma, atolado nas paixões proibidas – são assim as imagens que prendem nossa imaginação.

    Por isso, os críticos que estudaram Machado de Assis nunca deixaram de inventariar e realçar as causas eventuais de tormento, social e individual: cor escura, origem humilde, carreira difícil, humilhações, doença nervosa. Mas depois dos estudos de JeanMichel Massa é difícil manter este ponto de vista. 

    Com efeito, os seus sofrimentos não parecem ter excedido aos de toda gente, nem a sua vida foi particularmente árdua. Mestiços de origem humilde foram alguns homens representativos no nosso Império liberal. Homens que, sendo da sua cor e tendo começado pobres, acabaram recebendo títulos de nobreza e carregando pastas ministeriais. Não exageremos, portanto, o tema do gênio versus destino. Antes, pelo contrário, conviria assinalar a normalidade exterior e a relativa facilidade da sua vida pública. Tipógrafo, repórter, funcionário modesto, finalmente alto funcionário, a sua carreira foi plácida. A cor parece não ter sido motivo de desprestígio, e talvez só tenha servido de contratempo num momento brevemente superado, quando casou com uma senhora portuguesa. E a sua condição social nunca impediu que fosse íntimo desde moço dos filhos do Conselheiro Nabuco, Sizenando e Joaquim, rapazes finos e cheios de talento.

    Se analisarmos a sua carreira intelectual, verificaremos que foi admirado e apoiado desde cedo, e que aos cinqüenta anos era considerado o maior escritor do país, objeto de uma reverência e admiração gerais, que nenhum outro romancista ou poeta brasileiro conheceu em vida, antes e depois dele. (...) Quando se cogitou fundar a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis foi escolhido para seu mentor e presidente, posto que ocupou até morrer. Já então era uma espécie de patriarca das letras, antes dos sessenta anos.  

    Patriarca (sejamos francos) no bom e no mau sentido. Muito convencional, muito apegado aos formalismos, era capaz, sob este aspecto, de ser tão ridículo e mesmo tão mesquinho quanto qualquer presidente de Academia. Talvez devido a certa timidez, foi desde moço inclinado ao espírito de grupo e, sem descuidar as boas relações com grande número, parece que se encontrava melhor no círculo fechado dos happy few. A Academia surgiu, na última parte de sua vida, como um desses grupos fechados onde a sua personalidade encontrava apoio; e como dependia dele em grande parte o beneplácito para os membros novos, ele atuou com uma singular mistura de conformismo social e sentimento de clique, admitindo entre os fundadores um moço ainda sem expressão, como Carlos Magalhães de Azeredo, só porque lhe era dedicado e ele o estimava –, motivos que o levaram a dar ingresso alguns anos depois a Mário de Alencar, ainda mais medíocre. No entanto, barrava outros de nível igual ou superior, como Emílio de Meneses, não por motivos de ordem intelectual, mas porque não se comportavam segundo os padrões convencionais, que ele respeitava na vida de relação.

    Sendo assim, parece não haver dúvida que a sua vida foi não apenas sem aventuras, mas relativamente plácida, embora marcada pelo raro privilégio de ser reconhecido e glorificado como escritor, com um carinho e um preito que foram crescendo até fazer dele um símbolo do que se considera mais alto na inteligência criadora.

CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Sobre o primeiro parágrafo do texto, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • LETRA C).

    LETRA A). ERRADA.

    -COMO: valor CAUSAL.

    -POSTO QUE: valor CONCESSIVO.

    LETRA B). ERRADA.

    O verbo "atribuir" é transitivo direto e indireto, no caso do texto, a objeto indireto é "aos grandes escritores", sendo assim, o pronome que faria menção a esse objeto indireto seria o LHE.

    LETRA C). CORRETA.

    LETRA D). ERRADA.

    Não indica ressalva, e sim uma explicação sobre o que foi dito anteriormente.

    LETRA E). ERRADA.

    Ao introduzir a vírgula, a oração deixaria de ser SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA e passaria a ser SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA.

  • Questão boa para revisar muitos assuntos.


ID
4969027
Banca
INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO
Órgão
ISGH
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A grande árvore e o bambu


    O mestre e seu jovem discípulo caminhavam em silêncio pela estrada que ligava o templo ao vilarejo. Na noite anterior uma forte tempestade havia caído na região e havia muitas folhas e galhos espalhados pelo caminho. A certa altura, os dois foram obrigados a saltar o tronco de uma grande árvore que havia tombado e expunha um emaranhado de raízes retorcidas.
    – Há certas coisas que não compreendo – disse o discípulo. – Como é possível que uma árvore tão forte, com raízes assim robustas, tombe por causa da tempestade, enquanto outras plantas frágeis continuam de pé?
    O mestre parou de caminhar e olhou ao seu redor, como se procurasse alguma coisa. Depois de instantes, disse ao discípulo:
     – Vê aquela moita de bambus ali adiante, na margem do caminho?
    – Sim!
    – Durante as grandes tempestades, as varas do bambu se agitam de um lado para o outro, chegam quase a tocar o chão. Elas se submetem à força dos ventos, mas, quando a tormenta passa, estão novamente como sempre estiveram, firmes e intactas, como se nada tivesse acontecido.
    O discípulo contemplou a moita a alguns metros de distância. Por um instante, lembrou-se das pescarias que fazia quando criança, usando uma fina vara de bambu. Lembrou-se de como a vara vergava, sem jamais quebrar, quando um peixe grande abocanhava a isca.
    O mestre continuou:
    – Já a árvore que acabamos de saltar não resistiu à tempestade porque seu tronco, grosso e rígido, era incapaz de se curvar. Ao longo de toda a sua vida, ela veio resistindo, imóvel, às tempestades violentas, perdendo muitas folhas e galhos. Até que, um dia, não pôde suportar seu próprio peso e sucumbiu.
    O discípulo, já habituado com as parábolas do mestre, permaneceu em silêncio, aguardando o ensinamento que estava por vir.
    – Assim também é com os homens – prosseguiu o mestre.
    – Há os que procuram resistir às tormentas da vida e se enrijecem, se agarram com todas as forças ao que conhecem, recusam-se a mudar. E há os que aceitam as adversidades, adaptam-se às circunstâncias e sofrem mudanças, mas continuam inteiros.
    ‘‘Os primeiros temem as tempestades, mas não conseguem evitá-las. Os segundos sabem que as tempestades são inevitáveis, mas não as temem’’

(http://sucessocoach.com.br/a-grande-arvore-e-o-bambu/)

Observe as informações acerca do texto, julgando-as certas (C) ou erradas (E):

( ) No primeiro parágrafo do texto predomina uma sequência narrativa;
( ) “Durante as grandes tempestades, as varas do bambu se agitam de um lado para o outro, chegam quase a tocar o chão.” No trecho há período simples;
( ) “Há os que procuram resistir às tormentas da vida e se enrijecem”. A palavra destacada “os”, no contexto, é classificada morfologicamente como pronome;
( ) “...estão novamente como sempre estiveram, firmes e intactas”. A palavra destacada “como” é uma conjunção adverbial conformativa.

A sequência correta de cima para baixo é:

Alternativas
Comentários
  • Correta, B

    ( C ) No primeiro parágrafo do texto predomina uma sequência narrativa;

    ( E) “Durante as grandes tempestades, as varas do bambu se agitam de um lado para o outro, chegam quase a tocar o chão.” No trecho há período simples - Errado, pois há período composto, visto que possui dos verbos: AGITAR e CHEGAR. Obs: não confundir período composto com sujeito composto.

    ( C ) “Há os que procuram resistir às tormentas da vida e se enrijecem”. A palavra destacada “os”, no contexto, é classificada morfologicamente como pronome - Certo: substituindo "os" por "aqueles" fica mais fácil de visualizar o pronome demonstrativo -> Há aqueles que procuram resistir às tormentas da vida e se enrijecem.

    ( C ) “...estão novamente como sempre estiveram, firmes e intactas”. A palavra destacada “como” é uma conjunção adverbial conformativa. Certo, fazendo a substituição para melhor visualização: estão novamente conforme sempre estiveram, firmes e intactas”,

  • Linha muito tênue entre Conformativa e Comparativa.

    Pra cima!

  • Gab. B

    2° estrofe: “Durante as grandes tempestades, as varas do bambu se agitam de um lado para o outro, chegam quase a tocar o chão.” No trecho há período simples; Não há período simples e sim composto.

  • GABARITO - B

    Duas observações...

    1) “Durante as grandes tempestades, as varas do bambu se agitam de um lado para o outro, chegam quase a tocar o chão.” No trecho há período simples;

    O período simples é caracterizado pela presença de 1 só oração.

    ex: Ela saiu cedo.

    O período composto é caracterizado por duas ou mais orações.

    ex: João trabalha e Maria estuda.

    2) “Há os que procuram resistir às tormentas da vida e se enrijecem”. A palavra destacada “os”, no contexto, é classificada morfologicamente como pronome;

    OS + QUE

    Os = pronome demonstrativo

    Que = Pronome relativo

  • Troca "O" por aqueles.

  • Só questões repetidas ...


ID
5117485
Banca
SELECON
Órgão
CEDERJ
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Covid-19 e a desigualdade

   Conforme o coronavírus se espalha, vemos mais diferenças ressaltadas. Em grande parte dos EUA, outro grupo de risco surgiu. Morrem proporcionalmente bem mais negros e latinos. O que não parece ser obra do vírus, mas sim das pessoas. Alguns índices de saúde dos EUA sempre foram os piores dos países de primeiro mundo, como a maior mortalidade infantil de filhos de mães jovens. Isso é uma média entre famílias brancas com números próximos dos outros países mais desenvolvidos e famílias negras e latinas que ficam próximas de países bem mais pobres.
  Além disso, negros e latinos exercem mais trabalhos essenciais, têm menos condições financeiras de ficar em casa, vivem em densidades maiores, têm mais diabetes, hipertensão, obesidade e outros complicadores da Covid-19.
   O mesmo deve acontecer no Brasil. Pesquisadores do grupo M ave, da Fiocruz, calcularam o índice de vulnerabilidade de brasileiros considerando acesso à saúde, esgoto tratado, eletricidade, IDH e outros indicadores de qualidade de vida. Todos são fatores necessários para as medidas mais importantes para barrar a pandemia e promover o distanciamento e higiene constante.
   Difícil ficar em casa quando é preciso andar quilômetros para ter água para lavar as mãos. E as regiões onde já vemos os sinais vermelhos, como partes do Amazonas e do Ceará, em que o sistema de saúde já está entrando em colapso, estão entre as regiões mais vulneráveis que observaram.
Atila lamarino (Trecho extraído e adaptado de: Folha de São Paulo, 19/04/2020)

“E as regiões onde já vemos os sinais vermelhos, como partes do Amazonas e do Ceará”
Nessa frase, a palavra como introduz expressão com função de:

Alternativas
Comentários
  • A preposição COMO tem o significado de: na qualidade de, com caráter de, na posição de. Exemplo: Como filho de Deus, eu tenho o dever de amá-lo. Quando está introduzindo uma explicação ou exemplificação e tem o sentido de: a saber, assim como, isto é.

  • Muito bom!.


ID
5157340
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Catanduvas - PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir foi extraído do livro O pároco de aldeia, de Alexandre Herculano. Leia-o atentamente para responder as próximas questões.

“Como a filosofia é triste e árida! Como a florinha do campo, a alma por onde passou a procela da filosofia, esse turbilhão transitório de doutrinas, de sistemas, de opiniões, de argumentos, pende desanimada e tristonha; e na claridade baça do ceticismo, que torna pesada e fria a atmosfera da inteligência, não pode aquecer-se aos raios esplêndidos do sol de uma crença viva. Com Kant, o universo é uma dúvida: com Locke, é dúvida o nosso espírito: e num destes abismos vêm precipitar-se todas as antologias. Como a filosofia é triste e árida! A árvore da ciência, transplantada do Éden, trouxe consigo a dor, a condenação e a morte; mas a sua pior peçonha guardou-se para o presente: foi o ceticismo. Feliz a inteligência vulgar e rude, que segue os caminhos da vida com os olhos fitos na luz e na esperança postas pela religião além da morte, sem que um momento vacile, sem que um momento a luz se apague ou a esperança se desvaneça! Feliz a alma vulgar e rude que crê e nem sequer sabe que a dúvida existe no mundo! Para ela, as noites não têm os pesadelos monstruosos, nem os dias a meditações febris em que o cético involuntário se debate na orla do possível, que toca por um lado nas solidões do nada, por outro na imensidade de Deus. Mas ainda mais feliz a inteligência superior às do vulgo, aquela que a Providência destinou à missão do poeta, nos anos da infância e da juventude, antes que o bafo árido da ciência a queimasse, passando por cima dela!”
(Trecho com adaptações).

Nas duas primeiras frases do texto, o autor emprega a palavra “como”: “Como a filosofia é triste e árida! Como a florinha do campo…”. A respeito disso, marque a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Na segunda frase, o termo “como” pode ser classificado como conjunção subordinativa comparativa.

  • A palavra "como" pode ser classificada como advérbio quando: Relaciona-se a um verbo ou a um adjetivo, exprimindo circunstância de intensidade ou de modo. Sintaticamente exerce a função de adjunto adverbial de modo ou intensidade:

    "Como a filosofia é triste e árida! "

  • gabarito letra A

     “Como a filosofia é triste e árida! Como a florinha do campo…”.

    ➡ o primeiro como se trata de um advérbio de intensidade (quão triste e árida é a filosofia)

    ➡ o segundo como se trata de uma conjunção comparativa

    bons estudos

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  • GAB: A

    Os Advérbios acrescentam uma ideia de circunstância ao verbo, ao adjetivo ou aos próprios advérbios. As Preposições têm a função de estabelecer a conexão entre os sentidos dentro de uma oração;

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  • Advérbios se referem a verbos, advérbios ou adjetivos. Como está se referindo a triste e árida. Pode ser substituído pelo advérbio de intensidade quão. "Quão triste é não sentir amor?" "Quão triste e árida é a filosofia!"


ID
5238283
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • Luana, o QC gosta muito de você, viu?

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção em destaque em "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo." Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Explicação.

    Errado.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    B) Adição.

    Errado.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    C) Comparação.

    Certo. "Como", nesse caso, é conjunção subordinativa comparativa e tem valor semântico de "comparação".

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

     .

    Para complementar:

    Algumas das principais possibilidades de significado e valores da conjunção "COMO":

    Adição: Não só é linda, como é estudiosa.

    Causa: Como não sabia Português, estudou.

    Comparação: Estudou como um condenado.

    Conformidade: Estudou como o edital determinava.

     .

    D) Causa.

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    E) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5238724
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas

ID
5238964
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas

ID
5239522
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas

ID
5239705
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • ...Luana estava bela como as flores do campo.

    • ideia de comparação

    Gab. B


ID
5240971
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    "Luana estava bela como as flores do campo". Aqui a palavra "como" transmite uma ideia de comparação.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção destacada em "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo" . Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    B) Adição.

    Errado.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    C) Explicação.

    Errado.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) Causa.

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    E) Comparação.

    Certo. "Como", nesse caso, é conjunção subordinativa comparativa e equivale a "tanto quanto" (Luana estava bela tanto quanto as flores do campo). Vale lembrar que "como" pode ser também conjunção coordenativa aditiva ou subordinativa causal, comparativa e conformativa.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, mais... (do)que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto, qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele come como um leão. (come)

     .

    A conjunção “como” pode estabelecer relações de sentidos diferentes dentro de um texto, como, por exemplo:

    Adição: Não só é linda, como é estudiosa.

    Causa: Como não sabia Português, estudou.

    Comparação: Estudou como um condenado.

    Conformidade: Estudou como o edital determinava.

     .

    Gabarito: Letra E

  • GABARITO E

    "Luana estava bela como as flores do campo". Está comparado Luana com as flores do campo. Ideia de comparação.


ID
5242021
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção destacada em "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo" . Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    B) Comparação.

    Certo. "Como", nesse caso, é conjunção subordinativa comparativa e equivale a "tanto quanto" (Luana estava bela tanto quanto as flores do campo). Vale lembrar que "como" pode ser também conjunção coordenativa aditiva ou subordinativa causal, comparativa e conformativa.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, mais... (do)que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto, qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele come como um leão. (come)

     .

    C) Explicação.

    Errado.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) Adição.

    Errado.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    E) Causa.

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     ..

    A conjunção “como” pode estabelecer relações de sentidos diferentes dentro de um texto, como, por exemplo:

    Adição: Não só é linda, como é estudiosa.

    Causa: Como não sabia Português, estudou.

    Comparação: Estudou como um condenado.

    Conformidade: Estudou como o edital determinava.

     .

    Gabarito: Letra B

  • Gabarito Letra B

    Só trocar por ''igual a''.

    Bons Estudos!


ID
5245030
Banca
IDCAP
Órgão
Prefeitura de Fundão - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período: "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo.", a palavra destacada expressa uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • E

    Comparação.

  • COMO com sentido de "tal qual" será comparativo.

  • Tal qual...igual a

  • Para saber se é COMPARAÇÃO ----> troca "como" por "igual a"

    "Luana estava bela igual às flores do campo."

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção em destaque em "Em seu aniversário de 15 anos, Luana estava bela como as flores do campo." Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Conclusão.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    B) Causa.

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    C) Explicação.

    Errado.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) Adição.

    Errado.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    E) Comparação.

    Certo. "Como", nesse caso, é conjunção subordinativa comparativa e tem valor semântico de "comparação".

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)...

    Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

     .

    Para complementar:

    Algumas das principais possibilidades de significado e valores da conjunção "COMO":

    Adição: Não só é linda, como é estudiosa.

    Causa: Como não sabia Português, estudou.

    Comparação: Estudou como um condenado.

    Conformidade: Estudou como o edital determinava.

     .

    Gabarito: Letra E


ID
5300050
Banca
SELECON
Órgão
EMGEPRON
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto (para a questão)

Água e saneamento na pandemia da COVID-19
   O enfrentamento da crise do Covid-19 impõe desafios sem precedentes e coloca administradores públicos e privados em mares ainda não navegados. Os governos têm sido obrigados a tomar decisões e dar respostas em velocidade muito alta e com informações muito limitadas. As primeiras medidas são no campo da saúde, para desacelerar o espalhamento e contaminação. Assim se pode ganhar tempo para desenvolver protocolos de tratamento e prevenção. Em seguida, os choques de oferta e de demanda produzidos pelas medidas de distanciamento social e isolamento exigem respostas rápidas para mitigar impactos econômicos. Nos países em desenvolvimento e economias emergentes, esses problemas são agravados pela falta de espaço fiscal. Em consequência, as respostas podem ser mais lentas, contribuindo para maior transmissão e maior letalidade, já agravadas pela menor capacidade de tratamento do sistema de saúde.
    Menos despesas com saúde e menor efetividade dos gastos produziram um quadro conhecido de sucateamento do sistema de saúde, menor volume de leitos hospitalares, escassez de médicos e – não menos importante – menor acesso a água, saneamento e higiene – em inglês, WASH (water, sanitation and hygiene). O Brasil se enquadra obviamente nessa descrição. Apesar do reconhecimento da prioridade do tema – desde 2016 se desenha e trabalha para aprovar um novo marco legal para o saneamento – os avanços tardam. Mas a crise não. E nos pega despreparados.
    Para além do tratamento, a prevenção é medida essencial para conter a disseminação do vírus. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que a melhor forma é manter bons hábitos de higiene, dentre eles lavar as mãos com água e sabão frequentemente. Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente como o setor WASH é de extrema importância para toda a população.
   Uma importante lição é que a comunicação deve ser definida pensando no público-alvo da mensagem. Apesar de vivermos em uma era digital, o que facilita a disseminação de informações, muitos ainda carecem de acesso à internet. Como exemplo de estratégias para garantir a efetividade da comunicação, no Camboja e na Costa do Marfim os governos elaboraram folders com histórias para as crianças e carros de som que veiculam mensagens para as áreas mais afastadas com informações sobre sintomas e formas de prevenção da doença.
   Encontrar coordenação é difícil. Temos visto isso no Brasil com casos de prefeitos e governadores determinando a suspensão das contas de energia elétrica, ou mesmo o fechamento de aeroportos, que são, por lei, competências da União. A coordenação e alinhamento de ações dos governos em suas diversas esferas é necessária em qualquer momento. E vital para uma tomada de decisão rápida, eficaz e eficiente em uma crise como a que vivemos.
Joisa Dutra e Juliana Smiderle
(Adaptado de: ceri.fgv.br/) 

“Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente como o setor WASH é de extrema importância para toda a população” (3º parágrafo).
A palavra “como” tem valor de:

Alternativas
Comentários
  • Tô na duvida

  • "...o MODO( advérbio) como o setor WASH ..."
  • resposta correta: B modo

  • Gabarito: B

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente como (o modo pelo qual) o setor WASH é de extrema importância para toda a população”

  • O (MODO) como... faz mais sentindo quando acrescentado no texto.

  • Classificações do vocábulo COMO:

    1) Substantivo:

    O como tem sete classificações morfológicas diferentes.

    2) Advérbio:

    O trabalho não está como o diretor deseja (Modo)

    Como está limpo o quarto! (Intensidade)

    3) Proposição acidental:

    Ele atua como zagueiro (Na condição de; na qualidade de)

    4) Interjeição:

    Como!?

    5) Verbo:

    Eu como muito.

    6) Pronome relativo:

    A maneira como ela realizou a tarefa surpreendeu-nos (substitui o termo "maneira")

    7) Conjunção coordenativa ou subordinativa:

    Tanto estudo, como trabalho (aditiva - equivalente a "também")

    Como estivesse recuperado, decidiu proceder à cerimônia.(causal - equivalente a "porque")

    Ninguém o conhece tão bem como eu (comparativa - equivalente a "quanto")

    Como a chamada era feita, os alunos iam se alinhando (conformativa - equivalente a "conforme")

    Fonte: A Gramática Para Concursos Públicos - Fernando Pestana.

  • Mais alguém aí marcou conformidade?

  • A questão quer saber qual o significado estabelece a palavra "como" na frase abaixo. Vejamos:

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente como o setor WASH é de extrema importância para toda a população”

    a) Incorreta.

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente ( a causa pela qual) o setor WASH é de extrema importância para toda a população” (3º parágrafo)

    b) Correta.

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente (o modo que ou a maneira que) o setor WASH é de extrema importância para toda a população” (3º parágrafo)

    c) Incorreta.

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente (igual) o setor WASH é de extrema importância para toda a população” (3º parágrafo)

    d) Incorreta.

    “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente (segundo qual) o setor WASH é de extrema importância para toda a população” (3º parágrafo).

    Feitas as substituições, somente a assertiva "A", ficou com algum sentido plausível, pois o cenário de pandemia deixou mais claro o modo que o setor se faz importante.

    Gabarito do monitor: B

  • estranho!

  • Nunca pensei que iria falar isso: CESPE estou com saudade.

  • Pra mim a opção A continua sendo a correta.

  • Cara,, a meu ver isso está mais para explicação:

    fica ainda mais evidente como (porque) o setor WASH é de extrema importância....

  • “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente (o motivo que) o setor WASH é de extrema importância para toda a população”

  • Dica de ouro: para saber se é de modo, substitua COMO por "JEITO"

  • Estou vendo uma causa e consequência.

  • Isso aí n tem gabarito não

  • Fiquei na duvida. Mas está certo Porque o Wash aí são modos de lidar com a higiene e tal... são tecnicas. Nao li o texto e tomei tinta.

  • “Nesse cenário de pandemia, fica ainda mais evidente como (a forma como) o setor WASH é de extrema importância para toda a população”

  • PPMG/2022. A vitória está chegando!!


ID
5568358
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
FUNPRESP-JUD
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Filosofia em dois desenhos

    Fui caminhar. E na calçada me deparei com um estranho indivíduo. Carregava um saco plástico enorme que, pelo perfil do conteúdo, calculei estivesse cheio de latinhas. Mal acabei de pensar, o homem se acocorou na calçada. Extraiu de alguma parte uma pedra branca parecendo ser cal prensada, e com ela começou a desenhar no cimento.
    Parei para ver, atraída pelo ritual que se esboçava. O homem desenhou dois círculos um diante do outro, quase encostados, e dentro deles desenhou duas setas convergentes.
    Levantou-se, olhou sua obra com satisfação, andou cinco ou seis passos e, novamente, se acocorou. Continuava com a pedra de cal na mão.
    Mas o desenho que fez foi diferente. Riscou dois traços, colocados na mesma distância dos dois círculos, e atrás deles desenhou duas setas que apontavam uma para a outra.
    Segui adiante refletindo sobre o que havia presenciado. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a Serra da Capivara, que visitei numa ida a Teresina para algum congresso ou palestra. Trouxe de volta a louça que a arqueóloga franco-brasileira Niéde Guidon, há muitos anos responsável pelo sítio arqueológico, ensinou os locais a fazerem para terem uma fonte de subsistência. Louça com impressos os mesmos desenhos estampados na rocha, que se acredita serem vestígios de uma cultura paleoamericana. Pois, como um ser primitivo, o homem havia estampado seus pensamentos e sua visão interior na mais moderna das rochas: o cimento.
    Havia reparado que o homem estava muito sujo e desgrenhado. Calçava havaianas de sola já bem fininha e roupas indefinidas. Provavelmente era mais um morador de rua. E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever. Porque não há dúvida de que, ao desenhar, aquele homem estava escrevendo.
    Estava escrevendo a sua dificuldade para se comunicar. Preso dentro de um círculo, pouco adiantava que as setas apontassem em direção uma da outra. Ele não conseguia obedecer à ordem das setas, pois continuava contido pela linha que delimitava o círculo.
    Coisa idêntica dizia o segundo desenho, agora com um traço, uma parede, um muro, impedindo-o de obedecer ao comando das setas.
    Pode até ser que o homem, através de seus desenhos estivesse desenvolvendo uma teoria filosófica sobre a incomunicabilidade dos seres humanos. Que, se por um lado não conseguem viver sozinhos (significado das setas instando à comunicação), por outro lado não conseguem se entender (significado dos círculos e dos traços impeditivos).
    Avançando nessa teoria, chegaríamos à conclusão de que tudo o que é coletivo resvala no pessoal. Assim como os desenhos do homem, tão íntimos e pessoais, destinavam-se a quem quer que passasse naquela exata calçada de Ipanema.

Adaptado de: https://www.marinacolasanti.com/2021/09/filosofiaem-dois-desenhos.html [Fragmentos]. Acesso em: 18 set. 2021.

Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o seguinte item. 


No trecho “E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever.”, os elementos em destaque são utilizados com a mesma função sintática e semântica.

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

    O 1º está com sentido de "na qualidade/condição de" morador de rua

    O 2º está com sentido comparativo "como se fosse papel"

    OBS: o "enquanto" pode ser utilizado com sentido de "na qualidade de"

    (CESPE 2021) No trecho “Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias” (terceiro parágrafo), o termo “como” poderia ser substituído por enquanto, sem prejuízo dos sentidos originais no texto. (CERTO)

  • Gabarito: errado

    Solicita-se julgamento da assertiva:

    No trecho “E commorador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever.”, os elementos em destaque são utilizados com a mesma função sintática e semântica.

    É pertinente que o aluno, para tornar mais fácil a resolução da questão, consiga identificar a classe morfológica dos termos destacados, posteriormente analisando suas funções sintáticas e semânticas.

    O primeiro termo "como" é preposição acidental equivalente a locução "na condição de", enquanto o segundo termo "como" é conjunção de nexo comparativo.

    Tendo classificado morfologicamente os termos, é forçoso perceber a incorreção da assertiva, vez que conjunções e preposições, elementos coesivos que compõem ou introduzem termos da oração, não possuem função sintática própria.

  • Gab e!

    Primeiro caso o ''como'' é = DEVIDO AO FATO DE SER

    segundo caso o ''como'' é comparativo = DE MESMO MODO QUE

    “E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever.”,

  • são 2 conjunções, portanto não tem Valor Sintático.

  • 1º COMO = já que = Causal

    2º COMO = Comparativo

    GAB E

  • Item ERRADO

    Têm a mesma função sintática (não ter função), mas são semanticamente distintas.

    1º como = no papel de..., na qualidade de...

    2º como = tal qual..., feito...

  • Funções Morfossintáticas da palavra COMO:

    Conjunção

    Assume tal categoria quando introduz uma oração subordinada adverbial, levando-se em conta as respectivas circunstâncias expressas pelo fato verbal. Assim classificadas:

    * Causal – equivale-se a “porque”, “já que”, “uma vez que”.

    Como não tinha interesse, nem olhou a mercadoria.

    * Conformativa – apresenta-se passível de ser substituída por “conforme”, “segundo”.

    Como já imaginávamos, não concluiu o trabalho.

    * Comparativa – pode ser substituída pela expressão “tal qual”, representando o segundo elemento da comparação.

    Dormia como um anjo. (tal qual um anjo)

    FONTE: https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Palavra-Como-Fun%C3%A7%C3%B5es-Morfossint%C3%A1ticas/66094453.html

  • Funções do Como

    Verbo “comer”, conjugado na 1ª pessoa

    Em certas ocasiões, a palavra “como” é a conjugação do verbo “comer”.

    Exemplo: Eu como verduras todos os dias.

    Preposição: tem o significado de “na qualidade de”, “com caráter de”, “na posição de”.

    Exemplos: Como professora, eu tenho o dever de orientar bem os alunos. -Na firma, os funcionários classificaram-no como (sendo) bom chefe.

    Advérbio

    Ao assumir a posição de advérbio interrogativo de modo, o vocábulo “como” sempre aparecerá no início de frases interrogativas diretas.

    Exemplo: Como finalizaremos o artigo?

    A palavra “como” também pode exprimir circunstância de intensidade.

    Exemplo: Como fiquei assustada com a notícia!

    Conjunção

    Neste caso, serve para introduzir as orações subordinadas, sendo classificada de acordo com as seguintes circunstâncias:

    a) Adverbial causal – Assume a mesma função do “por que”, “já que”, “uma vez que”.

    Exemplo: Como estava muito frio, resolvemos não sair de casa.

    b) Adverbial comparativa – É a função mais recorrente, substituível por “tal qual”.

    Exemplo: Ele era talentoso como o pai.

    c) Adverbial conformativa – Pode ser substituído por “conforme”, “segundo”.

    Exemplos: -Como combinamos, nos encontraremos após a aula. -O trabalho foi feito como o professor sugeriu.

    Interjeição

    Expressa um sentimento de espanto.

    Exemplo: Nossa! Como sua atitude foi admirável!

    Pronome relativo

    Neste caso, o vocábulo “como” aparece sempre antecedido de um substantivo, podendo ser substituído pelas expressões relativas “o(a) qual”, “pelo(a) qual” e demais variações. O pronome relativo desempenhará a função sintática de adjunto adverbial de modo.

    Exemplo: Não compreendi o modo como ele se portou.

  • 1º: causal

    2º: comparativo

    Gab: Errado.


ID
5592934
Banca
IBADE
Órgão
ISE-AC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

VEJO A VIDA 

A vida tem duas faces:
positiva e negativa
o passado foi duro
mas deixou o seu legado
(...)
Aceitar suas limitações
e me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo.
Aprendi a viver.

Cora Coralina

No trecho “aceitei contradições / lutas e pedras / como lições de vida”, a palavra destacada tem o seguinte valor semântico:

Alternativas
Comentários
  • A oração Subordinada adverbial comparativa.

    Como, que nem, tal qual, tanto como ...

    Macete: Quando for possível substituir por "igual" haverá o sentido de comparação.

    Ex: Paulo agiu como (igual) o tio.

  • COMPLEMENTANDO O BIZU DO CAMARADA ricardo borges

    Macete: Quando for possível substituir por "COMO SE FOSSE" haverá o sentido de comparação.

    Ex: Paulo agiu como COMO SE FOSSE o tio.

  • gabarito E