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Prova IF Sul Rio-Grandense - 2019 - IF Sul Rio-Grandense - Economista


ID
3009967
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Avalie as afirmações a seguir, referentes ao primeiro parágrafo do texto, marcando (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) Embora nos atenhamos a viver discretamente, não somos isentos da crítica de outrem.

( ) Influencers são celebridades do meio virtual que apontam tendências e estilos, desnudam suas vidas em redes sociais e outorgam a felicidade.

( ) Em “gostam de gostar”, há uma expressão pleonástica viciosa, cuja redundância tem por objetivo enfatizar o hábito estimulado pelas redes sociais de apreciar, adorar, prezar.

( ) A exposição constante em redes sociais provoca autocensura, sob pena de delações dos lapsos.


A ordem correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • Questão difícil pois o examinador utilizou-se de subjetividade. Vou apresentar minha linha de raciocínio com o qual cheguei ao gabarito, mas não garante que esteja correto.

    ( V ) Embora nos atenhamos a viver discretamente, não somos isentos da crítica de outrem.

    O fundamento está no trecho do 5º parágrafo "Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic"

    ( F Influencers são celebridades do meio virtual que apontam tendências e estilos, desnudam suas vidas em redes sociais e outorgam a felicidade.

    O erro está em afirmar que influencers nos outorgam felicidade. Ao contrário, mesmo mostrando a sua suposta felicidade não é possível afirmar que seguindo seus ideais seremos felizes.

    ( F ) Em “gostam de gostar”, há uma expressão pleonástica viciosa, cuja redundância tem por objetivo enfatizar o hábito estimulado pelas redes sociais de apreciar, adorar, prezar.

    Não há nada de redundância. Há de fato um pleonasmo que nada interfere na compreensão textual.

    ( V ) A exposição constante em redes sociais provoca autocensura, sob pena de delações dos lapsos.

    A fundamentação desta afirmação está no trecho "Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor" no 4º parágrafo.

    GABARITO ALTERNATIVA A

  • Gostei da explicaçao do Dimas, no segundo item passou despercebido essa parte de outorgar felicidade.Só fui notar quando vi que a minha marcação estava errada.

  • Gabarito''A''.

    ( V ) Embora nos atenhamos a viver discretamente, não somos isentos da crítica de outrem.

    ( F ) Influencers são celebridades do meio virtual que apontam tendências e estilos, desnudam suas vidas em redes sociais e outorgam a felicidade.

    ( F ) Em “gostam de gostar”, há uma expressão pleonástica viciosa, cuja redundância tem por objetivo enfatizar o hábito estimulado pelas redes sociais de apreciar, adorar, prezar.

    ( V ) A exposição constante em redes sociais provoca autocensura, sob pena de delações dos lapsos.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Estranho. A questão fala do primeiro parágrafo do texto, mas para responder a questão é necessário recorrer a outros parágrafos...

  • Muita subjetividade, questões de IF,s são assim, dúbias, infelizmente não testa muito conhecimento! O enunciado é claro quando diz PRIMEIRO PARÁGRAFO.

  • Que prova enfadonha...

  • Tentar explicar a questão partindo do seu gabarito não a justifica . Existe uma diferença abismal entre ser subjetivo e ser vago, genérico. Admiro questões difíceis desde que suas respostas sejam únicas e incontestáveis. Mas esta, o examinador escolhe conforme seu humor do dia. #LIXOdequestao

  • Para resolver essa questão, não precisei recorrer a outros parágrafos. Conforme o enunciado da questão instrui, bastou-me ater apenas ao 1º parágrafo. Vejam como identifiquei a resposta correta:

    1ª assertiva:

    ( ) Embora nos atenhamos a viver discretamente, não somos isentos da crítica de outrem.

    A conclusão sobre essa assertiva se encontra na primeira frase. Ela diz: "Estamos todos expostos à crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades." Ou seja, embora já estejamos expostos à crítica social, ela aumentará se propagarmos voluntariamente nossas intimidades. Logo, embora nos atenhamos (limitemos) a viver discretamente, de qualquer forma, já não estaremos isentos da crítica alheia. Portanto, ela é verdadeira.

    2ª assertiva:

    ( ) Influencers são celebridades do meio virtual que apontam tendências e estilos, desnudam suas vidas em redes sociais e outorgam a felicidade.

    Apesar da primeira parte (antes da vírgula) estar em consonância com o sentido do texto, o primeiro parágrafo não diz que influencers outorgam felicidade. Lá diz que, muitas vezes, eles oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Eles não nos concedem (trazem) felicidade, mas demonstram a imagem da felicidade plena. Além disso, o parágrafo não insinua em nenhum momento que eles expõem suas vidas. Portanto, há uma extrapolação de interpretação. Então, a assertiva é falsa.

    3ª assertiva:

    ( ) Em “gostam de gostar”, há uma expressão pleonástica viciosa, cuja redundância tem por objetivo enfatizar o hábito estimulado pelas redes sociais de apreciar, adorar, prezar.

    Vale lembrar que muitos textos fazem bom uso do "pleonasmo estilístico" (conhecido também como pleonasmo literário ou semântico) como figura de estilo para enriquecer algo no texto. Portanto, já é um erro dizer que esse pleonasmo é vicioso (tais como "subir para cima", "sair para fora" etc). Na verdade, o autor brinca com o verbo "gostar" no sentido de "curtir" e "dar like". Perceba que, quando compreendemos esse real sentido que o autor nos quer dizer ("gostam de curtir", "gostam de dar like" etc), isso elucida nossa interpretação do texto. Devido à assertiva estar em desacordo com essa real intenção do autor, ela é falsa.

    4ª assertiva:

    ( ) A exposição constante em redes sociais provoca autocensura, sob pena de delações dos lapsos.

    Vejam nas últimas frases do primeiro parágrafo. O autor diz que, por eles saberem que há uma audiência potencial permanente e ilimitada, eles evitam cometer erros que possam ser notados e divulgados. Essa atitude seria equivalente a uma "autocensura" para evitar a "delação" (divulgação, denúncia) dessas falhas. O "lapso" tem relação com "cometer erros", ou seja, o sentido de "descuido", "escorregão" e "engano". Portanto, ela é verdadeira.

  • No momento que deixa explicito que é no PRIMEIRO PARÁGRAFO, qualquer item que dependa do segundo parágrafo em diante invalidaria a questão, então coloque conforme o texto todo.

  • A questão passível de anulação. O comando da questão especificou p se ater no 1° paragrafo

  • Uma questão relativamente Boa. Logico para quem convive diariamente na internet conseguiu sem muitos problemas resolver as assertivas. não tinha nenhum bicho de sete cabeças ai não, era apenas ler e interpretar o que o texto e assertiva quis lhe passar.

  • Alguém passou a minha resposta para a seção "Gabarito Comentado". Não gostei, porque a minha resposta estava ajudando muito mais os demais usuários quando ela estava na seção "Comentários". Além disso, não consigo mais editar a minha resposta quando eu precisar e perdi a contagem de pessoas que estavam curtindo a resposta (zerou tudo).

    Enfim... vejam a minha resposta na seção "Gabarito Comentado".


ID
3009970
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Observe os seguintes trechos:


E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento. (Subtítulo)

...o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. (1° parágrafo)

Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo... (3° parágrafo)

Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. (4° parágrafo)


Com base nesses excertos, levando também em consideração o conteúdo integral do texto, depreende-se que as pessoas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

    Texto longo da peste kkk

    Ele quer saber a IDEIA PRINCIPAL do texto. -> " levando também em consideração o conteúdo integral do texto"

    A ideia de ser subjugado aparece sobretudo quando ela compara a corrida por likes a um vício -> "cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício."

    VÍCIO DE LIKES -> subjuga as pessoas docilmente

  • Com todo o respeito, não consigo entender esse gabarito.

    "Docilmente" equivale a "gentilmente"... E o texto se fundamenta no sentido oposto: a subjugação é tamanha que se compara ao vício de uma droga.


ID
3009973
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Leia o trecho a seguir:


Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes. (4° parágrafo)


Qual das sentenças a seguir apresenta reescrita do trecho sem alteração do sentido original?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> questão difícil, tem que ser bem analisada:

    Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes. (4° parágrafo)

    ===> profeta é alguém que prevê algo, detentor de uma suposta sabedoria, NÃO É, NECESSARIAMENTE, ALGO RELACIONADO À RELIGIÃO;

    ===> vociferante ===> transmitir algo com ira, bravura, ofensas.

    A) Atualmente as crianças e os adolescentes estão expostos a manifestações radicais propaladas loquazmente por pseudo proclamadores de verdades. ===> o trecho não diz nada relacionado à manifestação, e somente a ARGUMENTOS.

    B) É notória a facilidade com que nossas crianças e adolescentes obtêm falsas premissas de pessoas que, aos brados, defendem posições limítrofes. ===> posições limítrofes são posições próximas, pelo contrário, o trecho apresenta opiniões contrárias (extremistas).

    C) Crianças e adolescentes têm ao seu alcance atualmente posicionamentos ferrenhos impostos por sujeitos medíocres que agem como se fossem emissários divinos. ===> não é necessariamente algo DIVINO.

    D) Pensamentos radicais defendidos bravamente por sujeitos pseudo detentores da sabedoria estão disponibilizados, de forma nunca antes vista, a crianças e adolescentes. ===> o trecho é traduzido de forma correta nessa opção.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Numa boa. Questão sem sentido. Não testa conhecimento..

  • Nunca foi tão fácil não é igual a ``forma nunca antes vista``, pode ser que já existiam, mas o acesso não era fácil.

  • acertei comparando os sentidos de cada palavra.

  • Ótimo o cometário de Arthur! Também analisei assim. Só complementaria onde identifiquei o erro da questão C, em ¨sujeitos medíocres". Na frase original, não há nada que remeta a isso.

    Como eu faço,

    1- Desmembro informações da frase original:

    2- Correlacionando a frase original com a frase analisada

    Ex:

    Frase original / Frase analisada

    Nunca foi tão fácil / de forma nunca antes vista

    para uma criança ou adolescente / a crianças e adolescentes

    ter acesso / estão disponibilizados

    a argumentos extremistas / Pensamentos radicais

    esgrimidos / defendidos bravamente

    por falsos profetas vociferantes / por sujeitos pseudo detentores da sabedoria

  • Vociferar é falar alto...

    a- o trecho não diz que eles falam bem (são loquazes

    b- o trecho não diz que eles defendem posições até pontos demarcados (limítrofes

    c- o trecho não diz que eles são medíocres (o erro não está na alusão ao divino porque o termo profeta nasceu de uma relação que se tem para com Deus

    d- Bravamente pode ser associado ao verbo esgrimir... era só lembrar da luta de esgrima onde se impõe força e manejo para ganhar a luta.

    Não é quem detém mais conhecimento que fica com a vaga, é quem melhor sabe usar o conhecimento que de que dispõe, munido de estratégia quem fica.

  • Só não achei que "profeta" poderia ser substituído por "detentores de sabedoria"... profeta não significa isso.

    Falso = pseudo ok, mas profeta = detentor de sabedoria?

    as outras equivalências têm sentido...

  • Que questão mais sem noção, com todo respeito!


ID
3009976
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Em qual das sentenças abaixo o paralelismo não foi empregado adequadamente?

Alternativas
Comentários
  • Paralelismo é sinônimo de repetição. Na alternativa E, a repetição da preposição "de" no segmento "do que de ter" compromete o paralelismo.

    Letra D

  • Paralelismo sintático é uma sequência de estruturas sintáticas, como termos e orações, que são semelhantes ou possuem igual valor sintático. O uso de estruturas com essa simetria sintática confere clareza, objetividade e precisão ao discurso. Fonte:

  • Acredito que a uniformidade de tratamento do trecho está prejudicada.

  • Paralelismo: semelhança, correspondência entre duas coisas ou entre ideias e opiniões.

  • Não desista da questão por não entender o enunciado... vá para as alternativas, verifica a concordância, a clareza, a fluidez das frases... repita cada uma delas baixinho que você encontra a que tem mais dificuldade de sair pela garganta, tonando-se de difícil compreensão. Precisei ler a D 3 vezes porque parecia que as palavras foram jogadas à esmo. Logo... eis a resposta.

    Você não precisa estudar muito, precisa saber como estudar...

  • Para haver paralelismo sintático é preciso que as estruturas intraoracionais que complementam algum termo sejam semelhantes.

    No ítem D, veja a estrutura resumida da frase:

    "Isso pode depender mais de ___ do que de ___"

    Para que houvesse paralelismo, ambos os complementos do verbo "depender" deveriam ser ou só nomes ou só orações.

    Não é o que se verifica, contudo, no ítem.

    "Isso pode depender mais da simpatia ... do que de ter" (nome... e depois oração - ERRO).

  • Alternativa correta: D.

    .

    "Isso pode depender mais da SIMPATIA...do que de TER um conhecimento..."

    .

    Temos um substantivo e depois um verbo, o que quebra o paralelismo e torna a alternativa errada. O correto seria usar substantivo ou verbo nos dois casos:

    > "depender mais de ter simpatia..do que de ter um conjecconhecimento"

    > "depender mais da simpatia...do que do conhecimento"


ID
3009979
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

No 1º, 3º, 4º, 5º e 6º parágrafos, o correto preenchimento das lacunas é realizado, respectivamente, por meio da sequência presente em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    1ª lacuna ===>  Estamos todos expostos À crítica social ===> a preposição é exigida pelo adjetivo "expostos" (estamos EXPOSTOS a alguma coisa) + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "crítica";

    2ª lacuna ===> Mas, ao mesmo tempo, nos submete À ditadura da observação constante ===> nos submete A alguma coisa (preposição) + artigo definido "a" = à;

    3ª lacuna ===> nem esse escrito se relega a uma estante À qual, talvez, vamos nos dirigir ===> quem se dirige, dirige-se A alguma coisa (preposição) + artigo definido que acompanha o pronome relativo "qual" = à;

    4ª lacuna ===>  a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência A que nossos menores estão submetidos ===> estão submetidos A alguma coisa (preposição), porém o pronome relativo "que" não é acompanhando de artigo definido, logo não haverá crase;

    5ª lacuna ===> . Não descanso. ===> verbo "haver" com sentido de existir, sendo um verbo impessoal, sem sujeito e não deve ser flexionado;

    6ª lacuna ===> Aqui, chamo AS autoridades ===> quem chama, chama alguém (somente o artigo definido pluralizado acompanhando o substantivo feminino "autoridades" está presente, logo não há crase).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Na terceira lacuna, eu achei que esta fazendo referencia a estante.

  • Assim dica difícil, nossa banquinha...

  • Respondendo a primeira lacuna e a ultima, matava a questão.

  • destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos.

    Não devemos, em regra, empregar o sinal indicativo de crase antes dos pronomes relativos: que, quem, cujo(s), cuja(s)!

    1º Pode haver exceção, portanto vá no verbo..

    Submetidos a algo= preposição, mas como não há o emprego de artigo= não crase!

    2º Veja um exemplo em que essa regra não se aplica:

    A estrada é paralela à que corta a cidade.

    faça a substituição da palavra feminina pela masculina.se aparecer ao= crase.

    o túnel é paralelo ao que corta a cidade.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Parece INCP......

  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    • Palavra masculina, crase não se anima
    • E antes de verbo, crase sai de perto
    • Antes de pronome, simplesmente some
    • Palavra repetida, crase nem se aproxima
    • Se é cardinal, crase passa mal
    • Loc. feminina, aí crase combina
    • E "à moda de", crase adora aparecer
    • E na hora exata, crase novamente ataca
    • Trocando "a" por "ao", crase é crucial
    • Antes de mulher, crase se quiser

    FONTE: QC


ID
3009982
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

No que se refere ao emprego da pontuação, considere as afirmativas a seguir:


I. Em “A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados...” (1º parágrafo), utiliza-se a vírgula para separar orações com sujeitos distintos.

II. Em “Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares.” (2º parágrafo), empregam-se travessões para transcrever discurso alheio.

III. Em “As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar.” (2º parágrafo), inserem-se dois pontos para incluir explicação que amplia a ideia exposta na sentença.

IV. Em “Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do ‘curtir’ é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente.” (2º parágrafo), as aspas estão destacando termo coloquial/informal.

V. Em “Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais...” (3º parágrafo), emprega-se o ponto e vírgula para separar orações com estrutura paralela.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ===> explicando as INCORRETAS:

    II. Em “Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares.” (2º parágrafo), empregam-se travessões para transcrever discurso alheio. ===> marca uma opinião da autora, a mesma pessoa que começou a frase, dessa forma NÃO é um discurso alheio.

    V. Em “Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais...” (3º parágrafo), emprega-se o ponto e vírgula para separar orações com estrutura paralela. ===> é uma estrutura coordenada, marcando a omissão de uma conjunção coordenativa conclusiva.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Direto ao ponto.

    I – CORRETA. As vírgulas foram utilizadas para separar orações com sujeitos diferentes “a possibilidade” e “os usuários”.

    II – ERRADA. Os travessões foram utilizados para inserir uma opinião da autora pertinente ao texto.

    III – CORRETA. Assim como acontece com o travessão, os dois pontos podem ser utilizados para inserir, em geral, explicações sobre um trecho do texto. A diferença entre o travessão e os dois pontos está na amplitude da explicação. Os travessões são usados em explicações gerais e curtas, e os dois pontos servem para inserir explicações que ampliem o conceito ao qual faz referencia.

    Exemplo: Palmeiras campeão brasileiro de 2018 contratou um jogador de seleção.

    Flamengo é o time do Rio de Janeiro que mais possui títulos brasileiros: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009.

    IV – CORRETA. De fato, o termo “curtir” está sendo utilizado de forma coloquial – que é o modo como reagimos a certas publicações na internet.

    V – ERRADA. A função do ponto e vírgula é para dar uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final. Note que ainda assim a frase após o ponto e vírgula faz parte da mesma estrutura frasal.

  • prova difícil

  • GABARITO: LETRA B.

    I, III e IV.

  • Se não sabe uma delas, não perca tempo nesta... vá para as outras sempre de olho nas alternativas que dá pra excluir.

  • Quem acertou dê uma curtida aqui.

  • Travessão empregado para transcrever discurso alheio? Isso me fez eliminar a II. GAB B


ID
3009985
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Com base nas convenções próprias do registro formal escrito, leia as afirmações a seguir, marcando (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) Em “...os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões.” (1º parágrafo), a presença do “se” sinaliza caso de indeterminação do sujeito, tornando imprópria a flexão do verbo que o segue.

( ) Em “Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço...” (2º parágrafo), o verbo destacado está flexionado adequadamente, uma vez que o sujeito é constituído por um único núcleo.

( ) Em “Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso...” (3º parágrafo), o emprego do pronome em destaque corresponde a um adequado recurso de coesão referencial.

( ) Em “...tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais ‘curtimos’.” (6º parágrafo), o pronome relativo destacado é compatível com a estrutura frasal empregada, dada a relação de posse entre os termos “conteúdo” e “as coisas”.


A ordem correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    (F) Em “...os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões.”, a presença do “se” sinaliza caso de indeterminação do sujeito, tornando imprópria a flexão do verbo que o segue. ===> INCORRETO, o sujeito é USUÁRIOS ===> eles contam (A SI MESMOS = SE), sendo um pronome reflexivo.

    (F) Em “Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço...”, o verbo destacado está flexionado adequadamente, uma vez que o sujeito é constituído por um único núcleo. ===> INCORRETO, temos dois núcleos (criação e manutenção), dessa forma o verbo deve estar conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (TÊM).

    (F) Em “Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso...”, o emprego do pronome em destaque corresponde a um adequado recurso de coesão referencial. ===> o pronome ISSO tem valor anafórico (ANA VOLTA), retoma um termo anterior, o adequado seria usar o pronome ISTO (valor catafórico CATAPULTA),  só se tem de fazer ISTO: mostrar felicidade (algo que irá ser falado).

    (V) Em “...tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais ‘curtimos’.”, o pronome relativo destacado é compatível com a estrutura frasal empregada, dada a relação de posse entre os termos “conteúdo” e “as coisas”. ===> CORRETO, pronome usado de maneira correta, estabelecendo posse.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Galera, as explicações estão equivocadas.

    I – FALSA. O “se” é um pronome apassivador. Note que “os usuários... são contados aos milhões”. O motivo do “se” estar como próclise (antes do verbo) é porque temos um advérbio temporal (já) que atrai o “se” para ela.

    II – FALSA. Há dois núcleos: “a manutenção” e “a criação”, por tal motivo o verbo deveria estar no plural “têm”.

    III – FALSA. O “isso” está sendo usado indevidamente, uma vez que possui função anafórica e no trecho, o adequado seria utilizar o termo “isto”, com função catafórica, pois faz referência à “mostrar felicidade, embora esta...”.

    IV – VERDADEIRA. Perfeita. O cujo (pronome relativo) está adequada à frase e estabelece a relação de posse entre “coisas” e “conteúdo que mais curtimos”

  • GABARITO: LETRA D.

    F - F - F - V.

  • perdi maior tempão lendo o texto que na verdade nem era tão necessário

  • ( ) Em “Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço...” (2º parágrafo), o verbo destacado está flexionado adequadamente, uma vez que o sujeito é constituído por um único núcleo.

    a=ARTIGO criação e a= ARTIGO manutenção =sujeitos O VERBO TEM QUE IR PARA O PLURAL (TÊM)

  • Na primeira afirmação não é pronome reflexivo, e sim pronome apassivador. Os usuários não contam a si mesmos, eles são contados (voz passiva analítica) ou contam-se (voz passiva sintética), nesse segundo caso o "se" vai para frente pelo advérbio, que já foi citado em outro comentário.

    Essa estrutura é parecida com "Vende-se casa".

    A casa não vende a si mesma, ela é vendida.

    O pronome reflexivo, por sua vez, da noção da ação sendo feita no próprio sujeito.

    -Diante destas ações, tu te condenas cada vez mais.

    Condenas a ti mesma

    -A garota atirou-se nos braços do pai, quando o viu.

    Atirou a si mesma

  • “Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço..."

    “Mas a criação e a manutenção dessa aparência têm um preço..."

  • Primeira: voz passiva; Segunda: deveria ser têm; Terceira: deveria ser "isto"; Quarta: correto
  • F – F – F – V.

  • Tive certeza da primeira e tive certeza da última. Gabarito: D

  • A questão quer que analisemos cada item abaixo e julguemos se falso ou verdadeiro. O conteúdo exigido são vários como sintaxe da partícula "se", pronome relativo, classificação do sujeito e concordância verbal

    Em “...os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões.”

    Falsa. A afirmação erra em dizer que seria para indeterminar sujeito a partícula "se" e erra também em dizer que o verbo não poderia ser conjugado, pois está conjugado para concordar com o seu sujeito "usuários" e por isso também não poderia ser sujeito indeterminado já que temos o sujeito expresso.

    Em “Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço...”

    Falsa. O núcleo do sujeito é "criação" e "manutenção", logo temos dois núcleos o que caracteriza que o sujeito é composto, assim o verbo "ter" deve concordar com ambos no plural e o plural desse verbo na terceira pessoa do presente do indicativo é "têm" com acento circunflexo.

    Em “Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso...”

    Falsa. Primeiramente é importante dizer que o pronome não está sendo usado de forma correta, pois está fazendo referência ao que será dito ainda "mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento" o uso correto seria "isto, pois é o pronome certo para se referir ao que será ainda dito e o "isso" é usado para se relacionar com o que já foi dito.

    Em “...tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais ‘curtimos’.”

    Verdadeira. O pronome "cujo" é posto em uma frase exatamente quando o sentido é de posse. A relação na frase é (dada a relação de posse entre os termos “conteúdo” e “as coisas”.)

    GABARITO D

  • Cujo — expressa posse e concorda sempre em gênero e número com o substantivo que o sucede.

    Cujo — substitui nomes de pessoas, animais e coisas desde que expressem ideia de posse.

    Esse pronome sempre concorda com o substantivo posterior a ele.

    Não pode haver artigo entre o pronome cujo e o substantivo com o qual ele concorda:

    Esta é a fazenda cujo pasto secou

    Não há artigo após o cujo

    Agnaldo Martino.

    Bons estudos!


ID
3009988
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A ditadura dos “likes


             Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

                                                                                                                         Lola Morón


      Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

      Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

      Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

      Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

      O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.

      O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/eps/1523439393_286283. html>  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

Analise as afirmações feitas sobre a palavra destacada nas frases a seguir.


I. Em “...de acordo com a forma como nos sentimos conosco...” (2° parágrafo), a palavra destacada funciona como um pronome relativo, podendo ser substituída por “pela qual”.

II. Em “E isso acaba funcionando como uma droga.” (2° parágrafo), a palavra destacada é uma conjunção adverbial conformativa e pode ser substituída por “conforme”.

III. Em “Como gerenciar e controlar esse vício?” (6° parágrafo), a palavra em estaque possui função adverbial de modo.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    I. Em “...de acordo com a forma como nos sentimos conosco...” (2° parágrafo), a palavra destacada funciona como um pronome relativo, podendo ser substituída por “pela qual”. ===> CORRETO, pronome relativo retomando "forma".

    II. Em “E isso acaba funcionando como uma droga.” (2° parágrafo), a palavra destacada é uma conjunção adverbial conformativa e pode ser substituída por “conforme”. ===> é uma conjunção SUBORDINATIVA conformativa.

    III. Em “Como gerenciar e controlar esse vício?” (6° parágrafo), a palavra em estaque possui função adverbial de modo. ===> correto, com o significado de: QUAL MODO ===> DE QUAL MODO gerenciar e controlar esse vício?

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Na afirmativa II, a palavra como é uma conjunção adverbial comparativa

  •  II- , a palavra como é uma conjunção adverbial comparativa.

  • "Substitui o "como" da I por "que" fazendo os ajustes na frase e vi que ele poderia estar ali como um pronome relativo. Faço isso porque enxergo mais facilmente o pronome relativo quando o vejo sendo "que"

  • Pequena correção, na II Arthur disse que conjunção conformativa, na verdade, é comparativa. É de tanto comentar questão, uma hora confunde kkkk.

  • pronome relativo Como retoma termos, como; forma, modo, maneira e jeito; e possui função sintática de adjunto adverbial.


ID
3009991
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Segundo a Lei 11.091/05, a posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo ocupado, realizada após o ingresso, e o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que são cometidas a um servidor, constituem definições respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B.

    Art. 5. Para todos os efeitos desta Lei, aplicam-se os seguintes conceitos:

    I - Plano de carreira: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvimento profissional dos servidores titulares de cargos que integram determinada carreira, constituindo- se em instrumento de gestão do órgão ou entidade;

    II- Nível de classificação: conjunto de cargos de mesma hierarquia, classificadas a partir do requisito de escolaridade, nível de responsabilidade, conhecimentos, habilidades específicas, formação especializada, experiência, risco e esforço físico para o desempenho de suas atribuições;

    III - Padrão de vencimento: posição do servidor na escala de vencimento na escala de vencimento da carreira em função do nível de capacitação, cargo e nível de classificação;

    IV - Cargo: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que são cometidas a um servidor;

    V - Nível de capacitação: posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo ocupado, realizada após o ingresso;

    VI - Ambiente organizacional: área específica de atuação do servidor, integrada por atividades afins ou complementares, organizada a partir das necessidades institucionais e que orienta a política de desenvolvimento de pessoal; e

    VII - Usuários: pessoas ou coletividades internas ou externas à Instituição Federal de Ensino que usufruem direta ou indiretamente dos serviços por ela prestados.

  • Gabarito B

  • a posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo ocupado, realizada após o ingresso, (Nível de Capacitação)

    e o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que são cometidas a um servidor. (Cargo)

    GAB: B

  • Corrigindo: O CEBRASPE não aceita quem NÃO É OBJETIVO.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn

  • É engraçado dizer que o cebraspe é objetivo com a quantidade de questões anuladas... rsrsrs

  • O subjetivismo reina no Cebraspe.

  • Art. 5. Para todos os efeitos desta Lei, aplicam-se os seguintes conceitos:

    I - Plano de carreira: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvimento profissional dos servidores titulares de cargos que integram determinada carreira, constituindo- se em instrumento de gestão do órgão ou entidade;

    II- Nível de classificação: conjunto de cargos de mesma hierarquia, classificadas a partir do requisito de escolaridade, nível de responsabilidade, conhecimentos, habilidades específicas, formação especializada, experiência, risco e esforço físico para o desempenho de suas atribuições;

    III - Padrão de vencimento: posição do servidor na escala de vencimento na escala de vencimento da carreira em função do nível de capacitação, cargo e nível de classificação;

    IV - Cargo: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que são cometidas a um servidor;

    V - Nível de capacitação: posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo ocupado, realizada após o ingresso;

    VI - Ambiente organizacional: área específica de atuação do servidor, integrada por atividades afins ou complementares, organizada a partir das necessidades institucionais e que orienta a política de desenvolvimento de pessoal; e

    VII - Usuários: pessoas ou coletividades internas ou externas à Instituição Federal de Ensino que usufruem direta ou indiretamente dos serviços por ela prestados.


ID
3009994
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

José, Assistente em Administração, opõe resistência injustificada ao andamento de execução de serviços e João, Administrador, coage seus subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical.


Neste caso, nos termos da Lei 8.112/90, os servidores estão sujeitos respectivamente às penalidades de

Alternativas
Comentários
  •  Lei 8.112/90

    Art. 117.  Ao servidor é proibido:  

    I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

    II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

    III - recusar fé a documentos públicos;

    IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

    V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

    VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

    VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

    VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

    [...]

    XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.  

    Art. 129.  A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.   

  • GABARITO: LETRA D

    Das Proibições

    Art. 117.  Ao servidor é proibido:

    IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

    VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

    Art. 129.  A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

    FONTE: LEI N° 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

  • GABARITO:D

     

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

     

    Das Proibições

        
        Art. 117.  Ao servidor é proibido:                 (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

     

            I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

     

            II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

     

            III - recusar fé a documentos públicos;

     

            IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; [GABARITO]


            V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

     

            VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

     

            VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; [GABARITO]

     

            VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

     

            IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

     

            X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;                (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008


            XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

     

            XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;


            XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

  • Jeito prático de memorizar:

    Memorize apenas as hipóteses de SUSPENSÃO:

    1) Reincidência das faltas punidas com advertência;

    2) Servidor que recusar-se a ser submetido a inspeção médica (15 dias);

    3) Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

    4) Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

    Depois, o que aparentar mais grave é caso de demissão (principalmente envolvendo $$$), e o que for mais leve é advertência. Aí é questão de prática.

    Bons estudos!

  • Gabarito: Letra D!

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8.112/90.

    Conhecimento exigido: proibições e penalidades disciplinares.

    Na lição do mestre José dos Santos Carvalho Filho “Advertência é uma penalidade leve, aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição ou de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave”.

    Cuida-se de alto valor mencionar que a aplicação da advertência decorre imediatamente do Poder Disciplinar que, segundo Meirelles “é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração”.

    À luz dessas premissas conceituais, passemos à análise da conduta dos servidores, bem como da tipificação disciplinar.

    "Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço" é descrita, pelo inciso IV do art. 117, como uma proibição.

    Igualmente, “coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político” é descrita, pelo inciso VII do art. 117, como uma proibição.

    Na linha do exposto, o art. 129 da mesma lei, por sua vez, prevê que "A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave".

    Portanto, desse dispositivo se extrai que a advertência deverá ser aplicada em ambos.

    GABARITO: D.

  • Te amo, Letícia.
  • Famoso RECREIO.

    Reincidência das faltas punidas com advertência;

    Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,

    recusar-se a ser submetido a inspeção médica

    Ocupar atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;


ID
3009997
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A luz da Constituição Federal, analise as assertivas abaixo e assinale (V), para as verdadeiras, e (F), para as falsas.


( ) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

( ) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

( ) É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria para cargos acumuláveis à conta do regime de previdência dos servidores públicos.

( ) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.


A ordem correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Comentários
  • Constituição Federal

    É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical. (V)

    Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

    Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. (F)

    Art. 37, XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria para cargos acumuláveis à conta do regime de previdência dos servidores públicos. (F)

    Art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.  

    As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. (V)

    Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;       

  • Queria tanto que a última opção fosse verdadeira no mundo real! =/

  • A questão exige conhecimento sobre Administração Pública e pede que o candidato julgue as assertivas abaixo:

    Vejamos:

    É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

    Verdadeiro. Aplicação do art. 37, VI, CF: é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

    Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

    Falso. Os vencimentos dos cargos do PL e do PJ NÃO poderão ser superiores aos pagos pelo PE. Aplicação do art. 37, XII, CF: os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria para cargos acumuláveis à conta do regime de previdência dos servidores públicos.

    Falso. Aplicação do art. 37, §10, CF: É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.     

    As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

    Verdadeiro. Aplicação do art. 37, V, CF: as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;   

    Gabarito: D

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3010000
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com relação a Lei Federal no 9.784/1999, que regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, analise as assertivas abaixo:


I. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

II. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

III. O prazo para interposição de recurso administrativo, salvo disposição legal específica, é de 10 dias, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

IV. A contagem dos prazos processuais estabelecidos em dias, computar-se-ão em dias úteis.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  •  Lei Federal no 9.784/1999

    I. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. (CORRETO)

    Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

    II. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (INCORRETO)

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    III. O prazo para interposição de recurso administrativo, salvo disposição legal específica, é de 10 dias, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. (CORRETO)

    Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

    IV. A contagem dos prazos processuais estabelecidos em dias, computar-se-ão em dias úteis. (INCORRETO)

    Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

    § 2  Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

  • Gabarito (A)

    Itens errados:

    II. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em dez (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    IV. A contagem dos prazos processuais estabelecidos em dias, computar-se-ão em dias úteis (contínuo).

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    § 1 No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

    § 2 Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à    validade do ato.

    Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

  • GAB: A

    A titulo de curiosidade o professor Celso Antonio Bandeira de Melo possui um entendimento bem peculiar:

    "entende que o prazo máximo para fazer anulação de um ato que esteja eivado de má-fé é de 10 anos."

    -que a força esteja com voce!

  • Gabarito: A

    Recurso:

    interposto: 10 dias

    Decidido: 30 dias

  • ITEM I - Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

    ITEM II - Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    ITEM III - Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

    ITEM IV - Art. 66 - § 2  Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

  • A questão versa sobre o Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/99).

    ASSERTIVA I: CERTA. É a literalidade do seguinte dispositivo: Art. 57 da lei 9.784/99. “O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.”

    ASSERTIVA II: ERRADA. O prazo decadencial é de 5 anos e não de 10 anos. De acordo com o princípio da AUTOTUTELA, a Administração Pública:

    REVOGA - atos incovenientes ou inoportunos

    ANULA - atos ilegais

    Contudo, no caso de terceiros de boa-fé, essa anulação só pode ser feita no prazo máximo de 5 anos, de acordo com o art. 54 da lei 9.784/99: “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.”

    ASSERTIVA III: CERTA. É a literalidade do seguinte dispositivo: Art. 59 da lei 9.784/99. “Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.”

    ASSERTIVA IV: ERRADA. A contagem dos prazos processuais no âmbito do Processo Administrativo Federal NÃO É EM DIAS ÚTEIS, mas sim em DIAS CORRIDOS (CONTÍNUOS). Vejamos:

    Art. 66 da lei 9.784/99. “Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

    [...]

    § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.”

    DICA 1: Não confunda DIAS ÚTEIS com DIAS CORRIDOS.

    DIAS CORRIDOS: todos os dias, INCLUINDO sábados, domingos e feriados

    DIAS ÚTEIS: de segunda-feira a sexta-feira, EXCLUINDO sábados, domingos e feriados

    ATENÇÃO: Para a legislação trabalhista, o sábado é considerado dia útil.

    DICA 2: Não confunda PRAZOS PROCESSUAIS com ATOS PROCESSUAIS na Lei 9.784/99.

    PRAZOS PROCESSUAIS: dias corridos (art. 66 da lei 9.784/99)

    ATOS PROCESSUAIS: dias úteis (art. 23 da lei 9.784/99)

    GABARITO: LETRA “A”, já que as assertivas I e III estão corretas e as assertivas II e IV estão incorretas.

  • Resumo dos principais prazos

    Recurso

    ·        Interpor: 10 dias

    ·        Julgar: 30 dias (podendo ser prorrogado por igual período devidamente motivado)

    Reconsideração: 5 dias

    Praticar atos processuais (sem lei especifica): 5 dias (podendo ser prorrogado por igual período)

    Intimação para comparecimento: com antecedência mínima de 3 dias úteis.

    Prazo para anular ato ilegal: decadencial - cinco anos.


ID
3010003
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Segundo o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:


I. Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.

II. Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração do Código de Ética do Servidor Público ou ao Código de Ética de sua profissão.

III. Apresentar-se embriagado fora do serviço habitualmente.

IV. Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal

    Seção III

    Das Vedações ao Servidor Público

    XV - E vedado ao servidor público;

    a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

    b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;

    c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

    d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

    e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

    f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

    g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

    h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

    i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

    j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

    l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

    m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

    n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

    o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

    p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

  • PUTZ, NÃO POSSO TOMAR UMAS CACHACAS FORA DO SERVIÇO, QUE TRISTEZA

  • Das vedações ao Servidor Público

    c) Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração do Código de Ética do Servidor Público ou ao Código de Ética de sua profissão;

    n) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

    Dos Principais Deveres do Servidor Público

    h) Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal.

    u) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.

  • I) Dever do Servidor.

    II) Vedado ao Servidor.

    III) Vedado ao Servidor.

    IV) Dever do Servidor.

  • Sabendo que o item I é um dever e não uma vedação (como pede a questão), chegamos facilmente ao gabarito.

  • Gabarito: B

  • XIV- DEVERES FUNDAMENTAIS DO SERVIDOR PÚBLICO(U): I. Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.

    XV- VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO(C): II. Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração do Código de Ética do Servidor Público ou ao Código de Ética de sua profissão.

    XV- VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO (N): III. Apresentar-se embriagado fora do serviço habitualmente.

    XIV- DEVERES FUNDAMENTAIS DO SERVIDOR PÚBLICO(H): IV. Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal.


ID
3010006
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um consumidor com renda m e função de utilidade  U(x1, x2) = min {2x1, x2 }, a qual descreve preferências de bens complementares, deve escolher entre os bens 1 e 2. Tendo as quantidades e os preços dos bens representados, respectivamente, por x1 e x2 e p1 e p2 , sua função demanda pelo bem 2 será

Alternativas
Comentários
  • Da função de utilidade, 2x1 = x2 => x1 = x2 / 2

    Pela equação da restrição orçamentária: m = x1p1 + x2p2

    Substituindo o x1 que encontramos acima:

    m = (x2p1)/2 + x2p2

    m = x2 (p1/2 + p2)

    x2 = m/(p1/2 + p2)

  • Questão que pede para encontrar a demanda ótima de um bem, assunto relacionado à teoria do consumidor dentro da microeconomia.

    Vamos resolver:

    Primeiramente, percebam que a função utilidade se trata de bens complementares, mais especificamente é uma função de Leontief, ou seja, os bens são consumidos em proporções fixas, o consumo de um depende do outro.

    Sendo assim, para encontrar a demanda ótima sujeita a restrição orçamentária, não iremos montar o lagrangeano e derivá-lo como normalmente acontece. Nesse caso, basta igualarmos os bens, pois se apresentam em proporções fixas sempre:

    2x1 = x2
    x1 = x2 / 2    (1)

    Agora, vamos substituir (1) na equação da restrição orçamentária:

    m = p1x1 + p2x2
    m = p1(x2 / 2 ) + p2x2
    m = x2 [(p1/2) + p2]
    x2 = m / [(p1/2) + p2]


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3010009
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Dizemos que um bem possui demanda inelástica quando a elasticidade da demanda é

Alternativas
Comentários
  • Elasticidade > 1: demanda elástica

    Elasticidade < 1: demanda inelástica

    Elasticidade = 1: elasticidade unitária

  • GABA c)

    ATENÇÃO:

    Não esquecer que o monopolista atua na parte ELÁSTICA

    da cuva de demanda.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente. – Zig Ziglar

  • Tema de elasticidade da demanda dentro da teoria do consumidor na microeconomia.

    Vamos verificar as alternativas e encontrar uma demanda inelástica:

    A) ERRADA. A elasticidade igual a zero se relaciona à perfeita inelasticidade de um bem, ou seja, qualquer variação no preço ou na renda não altera em nada a quantidade demandada.

    B) ERRADA. Elasticidade maior do que 1 em valor absoluto representa uma demanda elástica em relação ao preço ou renda. A variação na quantidade demandada é mais do que proporcional à variação no preço ou renda portanto.

    C) CERTA. Exatamente, uma demanda com elasticidade menor do que 1 em valor absoluto é uma demanda inelástica em relação ao preço ou renda. A variação na quantidade demandada é menos do que proporcional à variação no preço ou renda.

    D) ERRADA. Uma elasticidade igual a - 1 ou 1 (em módulo/ em valor absoluto) representa uma demanda com elasticidade unitária ou neutra, isto é, a variação na quantidade demandada é igual a variação no preço ou renda em termos percentuais.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3010021
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à classificação dos bens e às demandas por esses bens, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Normalmente existe uma relação direta entre o rendimento e a quantidade procurada, ou seja, o valor da elasticidade procura rendimento é maior que zero (ou positiva): se a renda aumenta, a demanda aumenta; se a renda diminui, a demanda também diminui, na mesma proporção. Neste caso falamos de bens normais.

  • O erro da D : Bens de luxo ou bens supérfluos são bens em que o aumento na quantidade demandada é proporcionalmente maior do que o aumento na renda.

    Por exemplo: se um indivíduo dobrar a sua renda a demanda por um bem de luxo irá mais que dobrar.

  • Elasticidade RENDA-DEMANDA

    ERD = %ΔQd / %ΔR

    ERD < 0 Bem inferior, elasticidade negativa

    ERD = 0 Bem de consumo saciado, elasticidade nula

    ERD > 0 Bem normal, elasticidade positiva

    0 < ERD < 1 Bem normal, demanda-renda inelástica

    ERD=1 Bem normal, elasticidade-renda unitária

    ERD>1 Bem de luxo, Superior, Superfluo, demanda-renda elástica 

    D) "um bem é necessário (de luxo, superior, supérfluo) quando a demanda aumenta em proporção maior que a renda.

    Isto é, a variaçao % da demanda (numerador) deve ser maior que a da renda (denominador). Dessa forma, a ERD>1.

  • Questão sobre classificações dos bens dentro da teoria do consumidor na microeconomia.

    Vamos verificar as alternativas, lembrando que se deve assinalar a INCORRETA:

    A) CORRETA. Esse é o conceito de bem inferior, da mesma forma quando a renda dos consumidores se reduz, o consumo do bem inferior aumenta.

    B) CORRETA. O bem de Giffen é um caso específico de bem inferior, isso porque o efeito renda supera o efeito substituição como aponta a assertiva, ao contrário dos bens inferiores comuns nos quais o efeito renda não chega a superar o efeito substituição. Assim, a curva de demanda dos bens de Giffen é positivamente inclinada, o consumo aumenta conforme aumentam os preços.

    C) CORRETA. O bem normal é o antípoda do bem inferior no item A. Logo, sua curva de renda-consumo (curva de Engel) é positivamente inclinada como aponta a assertiva, ao contrário da curva de Engel dos bens inferiores que é negativamente inclinada.

    D) INCORRETA. Em outras palavras, o que está sendo dito é que esse bem é elástico em relação à renda, isto é, um aumento de 10%, por exemplo, na renda, aumenta mais do que 10% a quantidade demandada do referido bem. Sua elasticidade-renda é maior do que 1, portanto tornando-o um bem de luxo por definição e não necessário como aponta a assertiva.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3010024
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com respeito à Teoria do Consumidor, no que se refere ao efeito renda e ao efeito substituição, são feitas as seguintes afirmações:


I. O efeito renda é a variação na demanda devido à variação da taxa à qual dois bens são trocados, ou seja, é a variação da demanda decorrente de uma mudança nos preços relativos.

II. O efeito substituição é a variação na demanda devido a uma mudança na renda real. Os preços relativos são mantidos fixos.

III. O efeito substituição é negativo porque a variação na demanda devida ao efeito substituição é oposta à variação no preço.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Efeito Renda

    Efeito renda é aquele provocado no poder aquisitivo do consumidor quando o preço de um bem varia. Por exemplo, a diminuição do preço do arroz provoca aumento da renda real do consumidor, uma vez que ele poderá comprar mais unidades do bem.

    Efeito Substituição

    A redução de preço de um bem pode provocar mudança no comportamento do consumidor, que pode consumir menos unidades de um outro bem, chamado substituto, cujo preço não tenha diminuído. Dessa forma, parte do consumo do bem que não sofreu redução de preço é substituído por aquele que a tenha sofrido. Esse efeito recebe o nome de Efeito Substituição.

    Fonte: http://idaildo.blogspot.com/2013/04/efeito-renda-e-efeito-substituicao-na.html

  • I. Errado

    Efeito renda é a variação no consumo ocasionado pelo aumento do poder aquisitivo (renda), mantendo-se os preços relativos constantes .

    II Errado

    Efeito substituição é a modificação do consumo associada a modificação no preço, mantendo-se constante o nivel de utilidade.

    III Certo

  • O efeito renda - pode ser positiva ou negativa e é devido a uma mudança na renda real.

    O efeito substituição - é negativo porque a variação na demanda devida ao efeito substituição é oposta à variação no preço e é decorrente de uma mudança nos preços relativos.

  • I Errado. Efeito renda quer dizer que fiquei mais "rico" porque o preço de um bem baixou. Por exemplo, o refrigerante baixou, agora estou mais rico e posso comprar mais refrigerante.

    II Errado. Efeito substituição avalia o efeito da redução do refrigerante em outro bem. Por exemplo, se o refrigerante teve preço reduzido, proporcionalmentea pizza ficou mais cara.

    III Certo. Por que efeito substituição é negativo? Porque +P -Q, como o preço da pizza ficou proporcionalmente mais caro, minha tendência é consumir menos pizza

    Efeito total: importante notar que efeito renda e efeito substituição se somam

    Caso refrigerante: efeito renda e efeito substituição atuam na mesma direção (-p fiquei proporcionalmente mais rico, consumo mais refri, p da pizza ficou proporcionalmente mais caro, consumo mais refri), logo consumo mais refri

    Caso pizza: efeitos atuam em sentidos diferentes: efeito renda - fiquei mais rico posso comer mais pizza

    Efeito substituição: pizza ficou proporcionalmente mais cara, consumo menos

    Resultado: efeito incerto

  • Tema de efeitos substituição e renda dentro da teoria do consumidor na microeconomia.

    Vamos analisar as afirmativas:

    I - INCORRETA. O efeito descrito nessa afirmativa é o efeito substituição e não o renda. Se o preço de um bem se eleva e o outro permanece constante, o consumidor irá trocar o consumo do bem que se elevou pelo outro, pois houve mudança nos preços relativos em favor do que ficou com o preço constante.

    II - INCORRETA. Esse efeito é o efeito renda, houve uma inversão dos conceitos nas afirmativas I e II. O efeito renda considera a variação real do poder de compra do consumidor, assim uma elevação do preço do bem, diminuirá o poder de compra desse consumidor de uma forma geral.

    III - CORRETA. O efeito substituição, conforme visto na afirmativa I, implica que um aumento de preço do bem considerado acarreta uma redução da quantidade demandada e, da mesma forma, uma redução do preço acarreta em elevação da quantidade demandada. A direção do efeito substituição é oposta à variação no preço portanto.

    Portanto, temos apenas a afirmativa III como correta.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3010027
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Quanto aos mercados de bens e aos mercados financeiros, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABA a)

    IS - taxa de juros e nível de produto (IS-LM)

    DA - preço e nível de produto (OA-DA)

  • O erro da B é que nem sempre um aumento da taxa de juros leva à diminuição do produto no modelo IS - LM: mantida a o oferta monetária constante uma política fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita e para cima resultando num aumento do produto e taxa de juros.

  • O erro da B é que nem sempre um aumento da taxa de juros leva à diminuição do produto no modelo IS - LM: mantida a oferta monetária constante, uma política fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita e para cima resultando num aumento do produto e taxa de juros.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3010030
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo sobre as características gerais e as implicações do Modelo IS-LM.


I. O Modelo IS-LM descreve as implicações do equilíbrio simultâneo do mercado de bens e dos mercados financeiros.

II. Uma expansão fiscal desloca a curva IS para a direita, levando a um aumento do produto e a um aumento da taxa de juros.

III. Uma expansão monetária desloca a curva LM para cima, levando a uma redução do produto e a um aumento da taxa de juros.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I - o modelo IS/LM trata dos efeitos das políticas fiscais e monetárias sobre o equilíbrio dos mercados de bens e serviço e monetário. (C)

    II - políticas expansionistas deslocam a curva IS para a direita, o que aumenta a renda (Y) e os juros (i). (C)

    III - políticas expansionistas deslocam a curva LM para a direita. (E)

  • GABA b)

    Uma expansão monetária desloca a curva LM para cima, levando a uma redução do produto e a um aumento da taxa de juros. (ERRADO)

    Uma expansão monetária (política monetária expansionista) desloca a curva LM para baixo (direita), levando a uma aumento do produto e a um redução da taxa de juros. (CERTO)

    ↑ oferta ↓ taxa de juros

  • Alternativa B

    Apenas complementando:

    Quando a questão fala "desloca a curva LM para cima", esta dizendo, desloca para esquerda, e no caso apresentado, o deslocamento é para direita. quase uma pegadinha...!!!

    abraços

    boa sorte!!


ID
3010033
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação à demanda agregada e à oferta agregada, são feitas as seguintes afirmações:


I. A relação de oferta agregada representa os efeitos do produto sobre o nível de preços e é derivada do equilíbrio no mercado de trabalho.

II. A relação de demanda agregada representa os efeitos do nível de preços sobre o produto e é derivada do equilíbrio do mercado de bens e dos mercados financeiros.

III. No curto prazo, os movimentos do produto vêm de deslocamentos tanto da demanda agregada como da oferta agregada. No médio prazo, o produto retorna ao nível natural, que é determinado pelo equilíbrio no mercado de trabalho.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3010036
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando o modelo Mundell-Fleming, economia aberta de pequeno porte, que considera o nível de preços como predeterminado, é INCORRETO afirmar quanto a oscilações na renda e na taxa de câmbio, que

Alternativas
Comentários
  • GABA c)

    Câmbio fixo: política fiscal - eficaz || política monetária - Ineficaz

    Câmbio flutuante: política fiscal - Ineficaz || política monetária - Eficaz

  • Gabarito: C

    Analisando por outro ângulo...

    As alternativas "A" e "B" estão concatenadas... ou seja, ou ambas estão certas ou ambas estão erradas. Veja:

    A) política fiscal não influencia >>>>>>>>>>>>>> renda agregada sob sistemas de taxas de câmbio flutuantes

    B) política fiscal efetivamente influencia >>>>> renda agregada sob sistemas de taxas de câmbio fixas

    Presume-se então em ambas estão certas, pois a questão pede a INCORRETA.

    A resposta fica portanto, entre "C" e "D".

    Porém, sabendo que "A" e "B" estão corretas, a que estiver contrária a alguma delas é a incorreta. Veja:

    C) política monatária não influencia >>>> renda agregada sob sistemas de taxas de câmbio flutuantes

    D) política monatária nãoinfluencia >>>> renda agregada sob sistemas de taxas de câmbio fixas

    Aternativa C.

    Qualquer dúvida ou equívoco avisem!

    Abraço.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
3010039
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um modelo IS-LM, para uma economia fechada com preços fixos no curto prazo, apresenta os seguintes dados: C = 0,4(1-t)Y, t=0,5, I=600-50r, G=700, L= 0,3Y – 75r e mo=M/P = 450 , sendo C = consumo agregado, I=investimento, t=alíquota de imposto indireto, G = gasto do governo; Y=renda, r= taxa de juros real (%); L=demanda por moeda real e mo = oferta real de moeda. Para o modelo apresentado, a renda de equilíbrio é

Alternativas
Comentários
  • No equilíbrio monetário, oferta de moeda = demanda de moeda, logo:

    L=Mo

    0,3Y - 75r = 450 (I)

    No equilíbrio fiscal, Y = C + I + G (economia fechada)

    C=0,4(1-t)Y, (t=0,5), logo C=0,2Y

    I=600-50r

    G=700

    Logo,

    Y=0,2Y + 600 - 50r + 700

    0,8Y + 50r = 1300 (II)

    Multiplicando (II) por 1,5, tem-se: 1,2Y + 75r = 1950 (III)

    Isolando 75r em I e III, tem-se que:

    0,3Y - 400 = 1950 - 1,2Y

    Y=1600

  • Y = (C) + I + G + X – M

    Y = (c0 + c1Yd) + I + G + X – M

    Y = (c0 + c1(Y – T)) + I + G + X – M

    Y = (0 + 0,4 (Y – 0,5Y)) + 600 – 50r + 700 + 0 – 0

    Y = 0,4 (0,5Y) + 1300 – 50r

    Y = 0,2Y + 1300 – 50r

    0,8Y = 1300 – 50r

     

    Md = Ms

    0,3Y – 75r = 450

    (3/10)Y = 450 + 75r

    Y = (10/3) (450 + 75r)

    Y = 1500 + 250r

     

    0,8Y = 1300 – 50r

    (8/10) (1500 + 250r) = 1300 – 50r

    1200 + 200r = 1300 – 50r

    250r = 100

    r = 10/25

     

    Y = 1500 + 250r = 1500 + 250 (10/25) = 1500 + 100 = 1600 (GABARITO)


ID
3010042
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma economia aberta é descrita pelas seguintes equações comportamentais: C =100 + 0,4Yd, I =200 + 0,2Y - 1000i, G = 50, T =50; X = 100 + 0,01Y* + 50ε , Q = 0,1Y - 40ε  e Y*= 9000, sendo C consumo agregado, Y renda, Yd renda disponível, I investimento privado, i taxa de juros, T arrecadação tributária, G gasto do governo, X = exportações, Q total de importações, ε taxa de câmbio real e Y* renda externa. Considerando uma taxa de juros igual a 3% e uma taxa de câmbio real igual a 1, o produto de equilíbrio é igual a

Alternativas
Comentários
  • Temos as seguinte informações:

    C = 100 + 0,4Y

    I = 200 + 0,2Y - 1000i;

    G = 50;

    T = 50;

    X = 100 + 0,01Y* + 50ε;

    Q = 0,1Y - 40ε;

    Y* = 9000;

    i = 3%;

    ε = 1;

    Como: Y = DA. Pode-se afirmar que: Y = C + I + G + (X - M).

    Então, substituindo os valores na equação temos:

    Y = 100 + 0,4Yd + 200 + 0,2Y - 1000i + 50 + (100 + 0,01Y* + 50ε - [0,1Y - 40ε])

    Y = 100 + 0,4Yd + 200 + 0,2Y - 1000i + 50 + 100 + 0,01Y* + 50ε - 0,1Y + 40ε

    Como Yd = Y - T, substituindo os valores que ainda faltam temos:

    Y = 100 + 0,4 (Y - 50) + 200 + 0,2Y - 1000 (0,03) + 50 + 100 + 0,01 (9000) + 50 (1) - 0,1Y + 40 (1)

    Utilizando a álgebra temos:

    Y = 100 + 0,4Y - 20 + 200 + 0,2Y - 30 + 50 + 100 + 90 + 50 - 0,1Y + 40

    Y = 580 + 0,5Y

    Y - 0,5Y = 580

    0,5Y = 580

    Y = 580/0,5

    Y = 1160

  • Questão versando sobre produto de equilíbrio em uma economia aberta, tema de macroeconomia.

    Vamos resolver:

    >>Vamos substituir todas as informações fornecidas na equação do produto de equilíbrio pela ótima da demanda a seguir (lembrando que Yd = Y - T):

    Y = C + I + G + (X - Q)
    Y = 100 + 0,4Yd + 200 + 0,2Y - 1000i + 50 + 100 + 0,01Y* + 50ε - 0,1Y + 40ε
    Y = 450 + 0,4(Y - 50) +0,2Y - 1000(0,03) + 0,01(9000) + 50(1) - 0,1Y + 40(1)
    Y = 450 +0,4Y - 20 + 0,1Y - 30 + 90 + 50 +40
    Y = 580 + 0,5Y
    0,5Y = 580
    Y = 580/ 0,5
    Y = 1.160


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3010045
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando o modelo de crescimento econômico de Solow, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Para entender a questão, leia sobre o Modelo de Solow: https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_Solow

  • GABA c)

    O investimento "anda de mãos dadas" com a poupança.

    I > S (necessidade de financiamentos)

    S > I (capacidade de financiamentos)

  • Questão sobre modelos de crescimento econômico de longo prazo, mais especificamente sobre o modelo de Solow, tema recorrente em concursos.

    Vamos verificar as alternativas, lembrando que se deve assinalar a INCORRETA:

    A) CORRETA. Exatamente, percebam que a taxa de crescimento populacional impacta o denominador da relação capital por trabalhador, isto é, quanto mais alta essa taxa, menor tende a ser  o nível de capital por trabalhador e, consequentemente, a produção por trabalhador.

    B) CORRETA. No modelo de Solow, o estoque de capital depende da taxa de poupança e da depreciação. Uma maior taxa de poupança acarreta em maior estoque de capital por trabalhador e, consequentemente, maior produção por trabalhador.

    C) INCORRETA. Vimos isso no item anterior, percebam que essa alternativa é o inverso da letra B. Na verdade, MAIOR taxa de poupança gera maior estoque de capital e maior nível de produção.

    D) CORRETA. Nenhum erro aqui novamente, maior taxa de poupança impacta positivamente na renda per capita, no entanto esse efeito tem seus limites conforme a economia se aproxima do estado estacionário para o qual converge e a taxa de crescimento econômico vai se desacelerando.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3010048
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No Quênia, uma organização não governamental implementou uma série de intervenções educacionais que possibilitaram obter conhecimento de como aumentar a frequência escolar. O programa de medicamentos contra parasitas intestinais aumentou a frequência escolar em aproximadamente 0,14 anos por criança tratada, a um custo estimado de $0,49 por criança. Já o programa de distribuição de uniformes escolares a alunos de sete escolas selecionadas aleatoriamente foi estimado em torno de $99 por ano adicional de frequência escolar. Por fim, o programa de café da manhã gratuito levou a um aumento de 30% na frequência nas escolas que receberam a intervenção, a um custo estimado de $36 por ano adicional de escolarização (Extraído e adaptado de Gertler et al. 2015).


De acordo com Cohen e Franco (2012), “... na maioria dos projetos sociais os impactos não podem sempre ser valorizados em moeda”. De acordo com a afirmação qual é, segundo os autores, a técnica mais adequada?

Alternativas
Comentários
  • Bagarito Letra D

    A análise do Custo Efetividade leva em consideração os impactos de uma determinada ação, ou seja, se os resultados foram de fato atingidos e em qual grau de sucesso, em comparação ao seu custo.


ID
3010051
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A avaliação de impacto contempla uma série de métodos que fornecem suporte às políticas públicas baseadas em evidências. A respeito dos métodos de avaliação de impacto, NÃO é correta a seguinte afirmação:

Alternativas

ID
3010054
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

É fundamental que o formulador de política pública demonstre que o retorno esperado de certo programa social seja positivo, justificando os custos da política pública. Uma das abordagens usadas para atingir esse objetivo é a Análise Custo-Benefício, que compara os custos e benefícios de um programa.

A respeito da Análise Custo-Benefício, são feitas as seguintes afirmações:


I. A análise custo-benefício apenas poderá ser aplicada quando for possível expressar os custos e benefícios em unidades monetárias.

II. A análise custo-benefício é uma técnica usada em políticas públicas somente após a execução total das ações do programa social, denominada análise ex post.

III. A análise custo-benefício estima o total de benefícios esperados de um programa, comparando ao total de custos esperados.

IV. A análise de sensibilidade pode ser usada como um desdobramento da análise custo-benefício através da introdução de cenários alternativos que representem possíveis alterações de custos e benefícios no decorrer da execução da política pública.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • II - A análise custo-benefício é uma técnica usada em políticas públicas somente após a execução total das ações do programa social, denominada análise ex post.

    Etapas da análise ex ante

    • i) diagnóstico do problema;
    • ii) caracterização da política: objetivos, ações, público-alvo e resultados esperados;
    • iii) desenho da política;
    • iv) estratégia de construção de confiabilidade e credibilidade;
    • v) estratégia de implementação; vi) estratégias de monitoramento, de avaliação e de controle;
    • vii) análise de custo-benefício;
    • viii) impacto orçamentário e financeiro.

    3 ANÁLISE DE CUSTO-BENEFÍCIO

    Um fluxo de trabalho usual na análise de custo-benefício (ACB) compreende:

    • i) definição de custos e benefícios relevantes;
    • ii) seleção de programas alternativos;
    • iii) catalogação e previsão quantitativa dos impactos;
    • iv) monetização de custos e benefícios;
    • v) desconto e cálculo do valor presente líquido do programa; e
    • vi) análise de sensibilidade.

    Após estas etapas, o gestor deve ser capaz de decidir entre uma das alternativas analisadas. A partir da definição de custos e benefícios, estabelecem-se os favorecidos do programa a ser adotado. Isso porque um programa desenvolvido localmente, por exemplo, pode ter repercussões que resultem em benefício para indivíduos que estão além da cobertura prevista inicialmente pelo programa. No processo de decisão, é importante o gestor comparar as diferentes alternativas à disposição, listando-as, pois um determinado objetivo pode ser atingido a partir de variados desenhos, os quais podem ter distintas implicações com relação a custos e benefícios. É o que será apresentado a seguir. A fim de que sejam comparáveis os custos e os benefícios de diferentes alternativas para uma correta ACB, é de fundamental importância a identificação e a monetização dos itens estabelecidos como relevantes.

    Fonte: Avaliação de Políticas Públicas Guia Prático de Análise Ex Ante

    Gabarito: Letra D


ID
3010057
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

As avaliações de impacto podem ser divididas em duas categorias: i) a ex ante ou prospectiva, que é desenvolvida durante a elaboração do programa e ii) a ex post ou retrospectiva, que é usada para avaliar os programas em execução ou que já foram concluídos.


A respeito das avaliações ex ante e ex post, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Na avaliação de impacto, é fundamental compreender os contrafactuais, que são grupos de comparação. Para calcular o impacto de uma política sobre um beneficiário, é preciso observar, ao mesmo tempo, o que aconteceu com ele ao ser atendido pela política e o que teria acontecido se não tivesse (grupo de comparação, contrafactual). A diferença entre o que ocorreu nessas duas situações é o que pode ser considerado como efeito causado pela política, isto é, o seu impacto. (Fonte adaptada: Avaliação de Políticas Públicas Guia prático de análise ex post)

    Na prática, a avaliação de impacto exige que o avaliador encontre um grupo de comparação para estimar o que teria acontecido aos participantes do programa na ausência do programa. [2] quase sempre pode ser encontrada uma estimativa válida do cenário contrafactual para qualquer programa que tenha regras de atribuição claras e transparentes, desde que a avaliação seja elaborada prospectivamente. Em suma, as avaliações prospectivas têm maiores chances de gerar contrafactuais válidos. (Fonte: WORLDBANK, 2015 - Avaliação de impacto na prática)

    Gabarito: Letra B.


ID
3010060
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A identificação do problema a ser solucionado pela ação pública possibilita a criação de diferentes alternativas que devem levar em conta as ferramentas disponíveis e compatíveis com a demanda social identificada. Trata-se de formular a política pública de forma efetiva e eficiente. Esse processo busca permitir maior clareza na relação efetiva entre a fonte do problema e os meios e instrumentos a serem implementados para o alcance dos objetivos esperados (IPEA, 2018). Assim, sobre o desenho da política pública e sua caracterização, são feitas as seguintes afirmações:


I. Maximizam os efeitos desejados e mitigam os efeitos indesejados da politica pública.

II. Identificam a população elegível à política pública, que é caracterizada por toda a população que possivelmente esteja envolvida no problema diagnosticado. Quando há focalização da política pública, a população potencial será igual à população elegível.

III. São inseridas na análise ex post.

IV. Devem considerar e avaliar possíveis distorções no mercado ou na sociedade resultantes da implementação da política pública.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • II. Identificam a população elegível à política pública, que é caracterizada por toda a população que possivelmente esteja envolvida no problema diagnosticado. Quando há focalização da política pública, a população potencial será igual à população elegível.

    • População elegível. Trata-se da parcela da população potencial que poderá efetivamente se candidatar ao programa, por atender aos critérios de elegibilidade definidos na política proposta. Quando NÃO há focalização da política pública, a população potencial será igual à população elegível.

    III. São inseridas na análise ex post.

    • São inseridas na análise ex ante, sendo uma de suas etapas.

    Fonte: Avaliação de Políticas Públicas Guia Prático de Análise Ex Ante.

    Gabarito: Letra C.


ID
3010063
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Ao testar se um programa tem impacto, pode-se cometer o erro de concluir que o programa não teve impacto, quando, na realidade, teve impacto, mas por falta de precisão nas estimativas, conclui-se que o programa teve impacto zero. Por exemplo, no caso de um programa de intervenção nutricional para crianças, isso aconteceria se fosse concluído equivocadamente que o peso médio das crianças nas duas amostras (grupos tratado e controle) é o mesmo.


Esse tipo de erro é denominado

Alternativas
Comentários
  • erro tipo 1: rejeita H0 quando H0 é verdadeira

    erro tipo 2: nao rejeita H0 quando H0 é falsa


ID
3010066
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na avaliação econômica de projetos são, aplicados critérios para a escolha da melhor alternativa. A formulação de alternativas inicia-se com o levantamento de informações necessárias à realização de estimativas do fluxo de caixa, ao longo de um intervalo de tempo estabelecido a fim de identificar os projetos econômica e tecnologicamente viáveis. (BLANK e TARQUIN, 2008).

A partir do excerto, avalie as seguintes afirmativas:


I. As alternativas mutuamente exclusivas competem entre si na avaliação.

II. Projetos mutuamente exclusivos, independentes e imparciais são categorias de projetos usadas na formulação de alternativas.

III. Se nenhuma alternativa mutuamente exclusiva for considerada economicamente aceitável, é possível rejeitar todas as alternativas e aceitar a alternativa de não fazer nada.

IV. Todas as alternativas em um estudo de engenharia econômica devem ser do mesmo tipo: de receita, serviço ou uniforme.


Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.

  • I. As alternativas mutuamente exclusivas competem entre si na avaliação.

    Certo

    II. Projetos mutuamente exclusivos, independentes e imparciais são categorias de projetos usadas na formulação de alternativas.

    Errado. As categorias são:

    • mutuamente excludentes / exclusivas (aceitar um implica rejeitar outro).
    • independentes (podem ser tocados ao mesmo tempo)
    • complementares (um depende da aprovação do outro)

    III. Se nenhuma alternativa mutuamente exclusiva for considerada economicamente aceitável, é possível rejeitar todas as alternativas e aceitar a alternativa de não fazer nada.

    Certo

    IV. Todas as alternativas em um estudo de engenharia econômica devem ser do mesmo tipo: de receita, serviço ou uniforme.

    Errado. Os elementos fundamentais da engenharia economica são fluxo de caixa, tempo e taxa de juros.


ID
3010075
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma empresa investiu R$ 19.800 para realizar uma atividade econômica que gerou um lucro de R$ 8.000 nos três primeiros anos, R$ 12.000 no quarto e quinto anos, e R$ 10.000 nos dois últimos anos subsequentes.


Considerando uma taxa mínima de atratividade de 10% ao ano, o tempo que a empresa levou para recuperar o investimento inicial está mais próximo de

Alternativas

ID
3010081
Banca
IF Sul Rio-Grandense
Órgão
IF Sul Rio-Grandense
Ano
2019
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma máquina foi adquirida por um valor de R$ 90.000 para uma vida útil de 4 anos e um valor residual de R$ 20.000. A carga de depreciação pelo método linear e pelo método da soma dos dígitos no terceiro ano de depreciação é, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Depreciação linear = (Valor Presente - Residual) / Número de anos de vida útil do bem

    DL = (90000 - 20000) / 4

    DL = 17500

    Depreciação pela soma dos dígitos = ((Valor Presente - Residual) * vida útil restante) / soma dos dígitos da vida útil

    DSG = ((90000 - 200000) * 2) / 4+3+2+1

    DSG = 14000

    Gabarito D

  • faz pelo método linear e mata a questão. não há números iguais nas alternativas, basta saber um só método

    90 mil - 20 mil = 70 mil valor contábil . 70 mil dividido para 4 anos = 17500 anualmente de depreciação. morreu maria preá.