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Prova FGV - 2014 - Prefeitura de Osasco - SP - Nutricionista


ID
1723528
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

“Festa”, título do texto, justifica-se porque a Copa de 2014:

Alternativas
Comentários
  • Passagem do texto que justifica a correção da letra "B" :

    "Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou..."
  • Letra B. Penúltimo parágrafo: "Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. (...) Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria".

  • FGV ama questões com título, fiz um mapeamento e existem um total de 50 questões:

    Q587841

    Q878401

    Q870973

    Q628240

    Q633825

    Q74582

    Q574507

    Q623771

    Q110094

    Q691826

    Q603128

    Q110503

    Q837906


ID
1723531
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Observe: “(...) um país que aboliu a escravidão, mas não a sua herança” (1º parágrafo).

Pelo contexto, pode-se inferir que, no Brasil, a “herança” da escravidão a que a autora se refere é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Os negros conquistaram a liberdade, mas não os meios de produção. Consequentemente, hoje formam a parte mais pobre da sociedade, segregados nas favelas e nos subúrbios. O "menino pobre, quase sempre negro ou mulato," vê no futebol uma "oportunidade rara, quase única", de glória e fortuna.

    A letra D está errada porque o "menino pobre" é "quase sempre negro ou mulato", mas não necessariamente mulato. Seria redução.

    As letras C e E estão erradas porque os campinhos de terra batida se proliferam "nas favelas e nos subúrbios". Ou seja, a pobreza reside não só nas favelas, mas também nos subúrbios. Escolher uma deixaria a outra de fora, assim essas opções se invalidam mutuamente.

    A letra B está errada porque futebol é a chance de mudar de vida, e não a herança da escravidão. Seria contradição.

  • Valeu Leonardo. 

    Eu marquei a "D" , com sua explicação eu enxerguei a redução. 

ID
1723534
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo o texto, a centralidade do futebol na vida dos brasileiros pode ser explicada pela oportunidade rara de o povo, ao espelhar-se nos craques do time, viver a esperança de:

Alternativas
Comentários
  • Letra C. "Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo." 

  • Gab : C

    Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo


ID
1723537
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo o a autora, as transmissões visuais da Copa do Mundo revelam ambiguidades do nosso tempo entre:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. "A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos."


ID
1723540
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Ao cantar o hino a capela, o time e o público desafiam “o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história".

Nesse trecho, a autora assume em relação à FIFA uma postura:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. Entidade sem pertencimento = entidade ilegítima. A autora ainda exemplifica, mostrando que, embora os torcedores tenham no seu hino "a evocação emocionada de sua história", a FIFA "salpica umas poucas notas mal tocadas".

  • "o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história"

    A opinião da autora expressa uma crítica à FIFA.


ID
1723543
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

“O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis.”

Pela expressão destacada, entende-se que, na prática, o futebol:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. Escreve-se vezeiro (de vezo + -eiro) e significa «que tem vezo ou costume; habituado; reincidente». Vezo é «hábito mau; reincidência; costume; propensão; direcção». Quanto à expressão «ser useiro e vezeiro», quer dizer «ter por costume fazer repetidas vezes as mesmas coisas, sobretudo más; ser reincidente».

    Fonte: Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/ser-useiro-e-vezeiro/25615

  • Não tenho a mínima ideia de como acertei essa!


  • Questão mal formulada.

  • D)

     Que costuma fazer alguma coisa (ex.: elas são useiras neste tipo de situação). Reincidente em determinado comportamento ou na prática de alguma coisa (ex.: ele é useiro e vezeiro em insultar os outros).


ID
1723546
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que a troca da posição dos termos e da expressão destacados NÃO acarreta mudança de significação:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D. A dúvida que restou, dentre as alternativas, foi em relação as alternativas "a" e "d". A letra D não acarreta mudança alguma. Recorri ao texto para solucionar a dúvida entre as duas alternativas. 

  • Ana, "simples explicação" é diferente, mesmo, de "explicação simples". A FGV já cobrou isso em outras provas.

  • Alguém pode explicar a letra "a" e a "c"?

  • na A... uma explicação simples... tem sentido amplo... qualquer explicação simples que seja... no entanto ao trocar os elementos temos uma simples explicação... só existe uma explicação. muda o sentido... por isso D de dado. pensei assim e deu certo... 

  • Gustavo... na C no primeiro período temos às mesmas imagens... as imagens da TV... no segundo período às imagens mesmas seria em relação a imagens das próprias pessoas se vendo... TV desligada... rs

  • pensei assim: "Não necessariamente uma simples explicação, é uma explicação simples."

    Explico: (rs.)
    Simples explicação = Vc vai explicar alguma coisa, vc vai simplesmente explicar alguma coisa.
    Explicação simples: Vc vai dar uma explicação para alguma coisa, e esta explicação será simples.

  •  a) explicação simples = explicação que não é complicada. (sentido denotativo)

    simples explicação = explicação que é comum. (sentido conotativo)

    ...

     b) menino pobre = menino sem recursos. (sentido denotativo)

    pobre menino = menino sofredor. (sentido conotativo)

    ...

     c) mesmas imagens = imagens semelhantes.

    imagens mesmas = as próprias imagens.

    ...

     d) cenários previsíveis = previsíveis cenários.

    ...

     e) jogo da vida = a vida possui o jogo.

    vida do jogo = o jogo possui a vida.

  • Quando o mesmo puder ser substituído por (Visto ou conhecido)

    = adjetivo...

    Fomos ao mesmo bairro de sempre.

    Fonte= Recanto das letras..

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Às vezes, só na técnica não se resolve uma questão como esta. É preciso recorrer ao respectivo texto, a fim de evitar extrapolação.

ID
1723549
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

O elemento abaixo destacado que exerce uma função discursiva diferente das demais pelo fato de a referência não estar no texto (função anafórica), mas fora dele é:

Alternativas
Comentários
  • Letra C. Algumas palavras têm função exofórica (também chamada dêitica ou díctica), isto é, fazem referência a elementos que estão fora do texto, pois estão atrelados à situação estabelecida no momento de produção do texto. Essas expressões têm seu valor semântico dependente da situação geral em que o texto foi produzido. Normalmente são palavras dêiticas:

    1. os pronomes pessoais de primeira pessoa, para o falante;

    2. os pronomes pessoais de segunda pessoa e os pronomes de tratamento, para o ouvinte;

    3. os referenciadores do momento da produção textual;

    4. os referenciadores do local de produção textual.

  • A questão NÃO é difícil, mas que derruba por ser trabalhosa de buscar a resposta.  Vira e volta ao texto várias vezes. Quase 15minuts só pra responde-la e ainda acabar errando.

  •  a) (...) o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva (1º §);

    Qual fenômeno? O futebol!

     b) (...) Pelé ou Neymar, esse menino serve (...) ( 2º §); 

    Qual menino? Neymar!

     c) (...) para vivermos este mês em estado de euforia (...) (2º §); 

    Qual mês? O mês em que se escreve o texto. (Não está mencionado no texto, mas sabemos ser Junho/Julho por causa da Copa).

     d) (...) essa massa habitada pela nostalgia da glória (5º §);

    Qual massa? A multidão que se identifica com os craques...

     e) (...) precisamos muito dessa alegria (...) (8º §).

    Qual alegria? A alegria de torcer.

  • letra C é um DEITICO ...

  • uma dica para esta questão, é procura o pronome que não tem um referente anteriormente já citado.

  • Acrescentando:

    Em relação ao Tempo:

    este/ esta / isto - tempo presente

    esta semana tive muito trabalho.

    ------------------------------------------------------

    esse / essa / isso - Tempo passado ou próximo

    essa semana tive muito trabalho.

    ------------------------------------------

    Aquele / aquela / aquilo - Tempo em passado remoto.

    Naquele ano fui à praia.

  • Dêitico

    pois o mês não está especificado no texto.

    Gab: C


ID
1723552
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

No trecho do 5º parágrafo: “essa massa (...) deifica os jogadores e esquece − e por isso não perdoa – que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo”, o uso do travessão duplo tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. Trata-se de aposto explicativo, utilizando pausa óbvia, que pode ser parênteses, travessão ou vírgula.

  • Mas o restante também é opinião da autora...

  • "e por isso não perdoa"

    Para mim essa questão é uma aberração da natureza, pois aposto não possui verbo; é somente uma expressão nominal. No caso de um "aposto" possuir verbos ele torna-se uma oração subordinada apositiva (na maioria dos casos)

    Se eu estiver errado, por favor me corrija

  •  (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

    É QUESTÃO DE ATENÇÃO MEU POVO, NO FINAL DO TEXTO VOCÊ ENCONTRA A RESPOSTA, A FGV É ASSIM TEM QUE IR ALÉM PRA ENCONTRAR A RESPOSTA.

  • Aposto com verbo ???


ID
1723555
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que o verbo “assistir” tem valor semântico diferente do conteúdo presente nas demais opções:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E
    Embora haja erros de regência verbal nas letras D e E, o enunciado pede o valor semântico diferente, ou seja, que tenha sentido diferente. 

    Letra E ) Os bandeirinhas assistem ao juiz durante os jogos de futebol 
    ( O correto seria "assistem o juiz" , pois dão assistência a ele. Porém, é a única afirmativa com valor semântico diferente)
  • É bizarro o entendimento que a FGV tem do verbo "assistir".

    Ela entende que o verbo "assistir' pode ser tanto VTD quanto VTI que o sentido não se altera. Nesse caso, devemos nos apegar à semântica para resolver as suas questões.

  • A FGV foi tão fofa nesta questão!

    Me sentindo na quarta série de novo...


ID
1723558
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Na passagem: ” (...).essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece (...) que deuses às vezes tropeçam (...)” (5º parágrafo), o verbo destacado poderia ser substituído por:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B

    Deificar:  Divinizar, endeusar, colocar entre os deuses: os romanos deificavam os seus imperadores.

  • fui pelo faro de gol que a questão deu "que deuses às vezes tropeçam"

    a própria questão põe "deus" nela, então, chutei nesse canto e foi só correr pro abraço <3 

  • achei que "endeusar" fosse muito óbvio para a FGV, alterei para "mitificar", errei.

  • kkkkkkkkkkkkk' fiquei um tempão nessa porcaria também pelo mesmo motivo, Concurseiro Jedi!¬¬'

  • Deifica = Transformar em Deus, divinizar, endeusar, colocar entre os deuses:

  • Texto:  "A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

    A multidão trata os jogadores como deuses, então eles são endeusados.

    Editais da FGV: os itens deste programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o foco de sua participação na estruturação significativa dos textos.

    GAB B

  • Essa banca e meio louca ou e 8 ou e 80


ID
1723561
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado NÃO estabelece coesão com segmento(s) anterior(es):

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica? 

  • Futebol é um termo posterior ao artigo "o". O comando pede coesão com termos anteriores. Questão maléfica.

  • Pensei que o "o" pronome demonstrativo referia-se a " Nem sempre a vida é justa"( termo anterior). Como deduzir que se refere a futebol? Nada a ver. Só acho. Alguém pode ex0licar de forma mais clara. 

  • Galera... a letra D é a única que não tem referencia anterior... o ''o'' é um simples artigo definido... na letra C o ''o'' refere-se ao ''nem sempre a vida é justa" o futebol ensina isso! isso = que a avida nem sempre é justa. 

  •  a) (...) , o que já o situa em um país (...) (1º §.);

    Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o (MENINO POBRE NEGRO OU MULATO )  situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

     b) (...) que para cada povo é a evocação (...) (3º §); 

     O nosso (HINO) é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o (CANTO DO HINO) que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

     c) (...) é que o futebol ensina (6º §); 

     d) (...) é o que futebol ensina (6º §); o "o" é adjunto adnominal (artigo)  e se refere a futebol (termo anteposto)  é a resposta. 

     e)(...) sinais de mudança no que os causou (9º §). 

  • Na verdade o 'o' é um pronome demonstrativo, equivalente a aquilo. Reescrevendo: O futebol ensina aquilo. Ou seja, é objeto direto, não tem coesão com o pronome relativo 'que'


ID
1723564
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Em: “É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável”, os elementos coesivos destacados se referem a:

Alternativas
Comentários
  • Acertei mas fiquei em dúvida entra a C e D. 

    Alguém sabe justificar porque não poderia ser a C?

  • Bom, Thaís Trindade, a Alternativa D é a correta, visto que "cujo" faz ponte entre dois substantivos: possuidor e possuído. O possuidor é o termo antecessor da palavra "cujo". Portanto, a palavra "jogo" trata-se do possuidor. Já o possuído (a palavra emoção), vem posposto à palavra "cujo" e ainda concorda com ela. Sendo assim, o pronome relativo "cujo" no trecho se refere à palavra "jogo" e concorda com a palavra "emoção". Se ainda ficou alguma dúvida sobre a explicação, pode me passar seu e-mail que encaminho um esquema com a explicação mais detalhada. 

    Bons estudos!

ID
1723567
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a opção em que o termo destacado destoa dos demais por NÃO indicar finalidade:

Alternativas
Comentários
  •  a) PREPOSIÇÃO

    uma explicação simples para a proliferação (...) (1º §); 

     b) CONJUNÇÃO

    (...) para vivermos este mês em estado de euforia (2º §); 

     c) CONJUNÇÃO

    (...) e que conta com eles para realizar o gesto (...) (5º §) ; 

    d)  CONJUNÇÃO

     (...) se reúnem os amigos para misturar ansiedades (8º §);

    e)  CONJUNÇÃO

     (...).razão a mais para valorizar esse tempo de alegria (9º§).

  • Alternativa A. É a única opção de não traz a ideia de finalidade ou intuito, mas de causa e consequência. Podemos substituir a palavra "para" pela locução "a fim de" para confirmar: 

    A) uma explicação simples a fim de a proliferação...

    B) ...a fim de vivermos este mês em estado de euforia

    C) ...e que conta com eles a fim de realizar o gesto...

    D) ...se reúnem os amigos a fim de misturar ansiedades

    E) ...razão a mais a fim de valorizar esse tempo de alegria

    Bons estudos!

  • Letra A: PREPOSIÇÃO!

    Nas demais temos a conjunção PARA + verbos no infinitivo que consequentemente indicam FINALIDADE!

    *Letra B temos um infinitivo PESSOAL (deverá ser usado: sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e para indicar uma ação recíproca - neste caso VIVERMOS -> NÓS, nos incluindo)


ID
1723570
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

O pronome relativo sublinhado exerce a função de objeto direto (e não de sujeito) em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D.  É o que o futebol ensina → O futebol ensina aquilo. O relativo "que" retoma o demonstrativo "o" (=aquilo) com função de objeto direto.

    Nas demais, o pronome relativo exerce a função de sujeito:

    - Letra A: Aquilo é a evocação para cada povo.

    - Letra B: Multidão se identifica com os craques.

    - Letra C: Irrupção faz do futebol...

    - Letra E: Aquilo causou desencanto e mau humor.


  • Faltou você dizer que não há preposição por conta do valor "que" na frase. Eu tive dúvida, pois para encontrar o valor na retomada da frase anterior, pensei que este fosse um sujeito e não o objeto direto. Esses exemplos são mais difíceis entender, pois quando existe uma frase simples, qualquer um que tenha a base vai acertar. A frase: "É essa irrupção do acaso que faz do futebol", o "que" neste momento está assumindo qual forma? Sujeito. E quando for retomada é bom estar atento porque não me pareceu correto mesmo e foi por isso que gerou a confusão.

  • Resposta letra d) - nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina - Nesse caso, o pronome relativo "que" está retomando o pronome demonstrativo "o" que é objeto direto do verbo ensinar cujo sujeito é "futebol".

  • Substitual o "que"(pronome relativo) por "da qual" que estará retomando o termo anterior (sujeito).
    Substitua o "que" (conjução integrante)  por "isso" que se referirá a termo sucessor. Todas as vezes que a conjunção integrante "que" for substituída por "isso" será uma oração subordinada substantiva.

  • O que o futebol nos ensina? Nem sempre a vida é justa.

    Complemento sem preposição ao verbo transitivo direto. Quem ensina, ensina algo.

    Gabarito: D

    #avagaéminha

  • Quem tentar responder sem ler o texto vai errar, pois a banca mudou a estrutura das frases nas opções A e D. Sacanagem.

  • Kd o comentário do professor??

  • nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina

    o que o futebol ensina ? que nem sempre a vida é justa.

    veja que o complemento não é preposicionado, logo se trata de um objeto direto.

    exemplificando: o futebol ensina que nem sempre a vida é justa.

    quem que ensina ? o futebol. logo o sujeito é futebol e seu completento não preposicionado( objeto direto) é: que nem sempre a vida é justa.

  • Em "nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina", a oração subordinada adjetiva restritiva "que o futebol ensina" começa com o pronome relativo "que", que substitui o "o", pronome indefinido, que, por sua vez, substitui a ideia de que "nem sempre a vida é justa". Enfim, a ordem seria "o futebol ensina que" (que=nem sempre a vida é justa. pois se refere ao "o").

    Lucas Gonçalves Lemos

  • questão mais dificil pra mim de todas que já vi em relação a pronome..

    vc precisa achar uma oração onde POSSUA SUJEITO na ORAÇÃO PRINCIPAL, e possua um COMPLEMENTO PRO VERBO (sem preposição, pq daí seria objeto indireto)

  • Cadê o comentário do professor?

  • Comentário do professor...?

  • Gaba. D

    Sabendo que o Pronome relativo tem a mesma função sintática do termo a que ele se refere:

    " é o que o futebol ensina "

    é (aquilo) que o futebol ensina

    Vrb.Ensinar: VTD 

    -Ensina o que? 

    R: Aquilo ( OD )

    PMCE 2021

  • Gente é só fazer a análise sintática que dá certo. Achem primeiro o Suj, depois os complementos verbais
  • O futebol ensina que nem sempre a vida é justa.

    o que está se referindo ao termo:"a vida é justa".

  • Só vem PM CE!!

  • que = S/ sujeito e 3 PS

    só concurseiro vai acertar essa

  • Eu encontrei a resposta mudando o objeto por ISSO, "nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina".

    O que o futebol ensina?

    Ele ensina isso...Que a vida nem sempre é justa.

    Logo se pode trocar por ISSO é objeto direto!

    Gabarito letra D

    Espero ter ajudado, se algo estiver errado por favor me avise.

    Alexandre soares, Alfacon


ID
1723573
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Segundo a autora, o ensinamento do futebol é:

Alternativas
Comentários
  • Letra E. "Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina."

  • Gabarito: e

    --

    Percebam que a banca perguntou "Segundo a autora,...". Então, ela quer aquilo que está explícito no texto.

    A resposta está no sexto parágrafo do texto. "Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina." §6ª


ID
1723576
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor (...) “ (9º §).

A oração que corresponde adequadamente à reduzida de particípio acima destacada é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. Orações reduzidas - também chamadas de formas nominais: -nd (reduzida de gerúndio); -ar, -er, -ir (reduzida de infinitivo); 

    -da/-do (reduzida de particípio).  Bons estudos!
  • SEMÂNTICA - IDEIA DE TEMPO 

    “Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor (...) “ (9º §).QUANDO?

    E)  quando a Copa tiver passado. 

  • CORRETA LETRA E

    A_ proporção

    B_ concessão

    C_ condição

    D_ proporção

    E_ ideia de tempo, temporal.

  • na medida em que - causal

    à medida que - proporcional

  • passado a copa..... ou seja, quando a copa tiver acabado, outra coisa vai ter acontecido....

    “QUANDO A COPA TIVER PASSADO, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos, intactos, o desencanto e o mau humor.

    SUBSTITUI E DEU CERTO.


ID
1723579
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Assinale a passagem do texto que exemplifica uma estrutura passiva pronominal (também chamada de passiva sintética):

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica ?

  • Dica:Na alternativa, tem que ter o SE partícula apassivadora. Transforme-o em verbo SER, mantendo o sentido original da frase.  Resposta letra B: comunicação e mobilidade são feitas

    Fonte: http://espacohebervieira.net/informativos/2014/09/25/183/
  • Sempre que pedirem voz passiva sintética, querem uma frase que tenha um "se" na função de partícula apassivadora. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o verbo ligado ao si seja transitivo direto ou transitivo indireto. Quando isso ocorrer, o objeto direto da frase deixará de exercer função sintática de OD para ser sujeito.

    Reparem que é o que ocorre na letra "b", na qual temos um verbo VTD (fazer, quem faz, faz algo). Por esse motivo, "comunição e mobilidade" exercem  a função de sujeito da oração. Repare que se tirassemos um deles, deixando, por exemplo, apenas "comunicação", o verbo passaria para o singular, o que prova que são sujeitos.

  • Letra B.

     

     a)  oportunidade (...) de se sentir o melhor do mundo (2º §); - Oportunidade de quê? Então é verbo VTI, portanto o "se" é Índice de indeterminação do sujeito.

     b) comunicação e mobilidade se fazem em escala global (3º §); - Fazem o quê? Verbo VTD, portanto o "se" é Partícula apassivadora.

     c) o nosso [hino] é cantado a capela pelos jogadores (...) (3º §); - Cantado nesse caso só indica passado, está na forma de particípio.

     d) a multidão que se identifica com os craques (...) (5º §); - Identifica com quem? Então é verbo VTI, portanto o "se" é Índice de indeterminação do sujeito.

     e) é, como poderia não ter sido (8º §). Ser nesse caso só indica passado, está na forma de particípio.

  • Gabarito B. Primeiro de tudo, tem que see VTD ou VTDI. Caso nao consiga com apenas essa análise, veja a concordancia, passando para o plural ou vice-versa, pois na PA há concordancia.
  • GABARITO - B

    Voz passiva analítica - Verbo auxiliar " ser" + Principal no particípio .

    " o nosso [hino] é cantado a capela pelos jogadores"

    Voz passiva sintética -

    Comunicação e mobilidade se fazem em escala global

    Comunicação e mobilidade são feitas em escala global.


ID
1723582
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Pode-se identificar a presença de linguagem metafórica no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • Metáfora é uma figura de linguagem onde se usa uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum, revelando uma relação de semelhança entre dois termos.

  • Metáfora



    A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").


    Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.


    Observe a gradação no processo metafórico abaixo:


    Seus olhos são como luzes brilhantes.

    O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.


    Observe agora:


    Seus olhos são luzes brilhantes.

    Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é 

    semelhante.


    Por fim, no exemplo:


    As luzes brilhantes olhavam-me.

    Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa  é a verdadeira metáfora.


    Observe outros exemplos:


    1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)


    Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).


    2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.


    Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum.


    fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php

  • nao entendi !

  • Gabarito: Letra C

     

    (...), mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância (3º §);  =>> os sentimentos são como as cores da infância

  • GABARITO: LETRA C

    A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.

    Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

    FONTE: TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Primeiro para resolver questões de FGV, precisamos de muita concentração.Não que as outras bancas não precise, mas essa está num degrau a mais...E para resolver essas de metáfora, não sei se revolve com todas as do gênero, eu coloco a expressão "como se fosse(m)".Sei lá...Prá essa deu certo.


ID
1723585
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                              FESTA

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...)

A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas cores da infância.

O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)

O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se identifica com os craques e que conta com eles para realizar o gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo.

É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a vida é justa, é o que o futebol ensina.

(...)

A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos deslizes humanos.

(...)

O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das torcidas. 

Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

                                    (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Festa. Seção: Opinião. O Globo, 21.6.2014, p. 20). 

Observe: “Uma razão a mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas” (9º §).

Nas passagens destacadas, o deslocamento do campo semântico do futebol para “o jogo da vida” e o uso de “sofrer faltas”, em uma acepção diferente da mesma expressão usada naquele esporte, proporcionam ao texto um efeito:

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa D. A questão pode ser resolvida por eliminação, face à neutralidade da banca FGV perante os textos.

  • Primeira prova da FGV em que acertei todas de português.

  • Prova totalmente atípica da FGV: muita gramática e respostas bem claras no texto.


ID
1723597
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

João quer comprar um televisor. Na loja A, o preço do aparelho escolhido por João é 100% maior que o preço da loja B. Entretanto, como João conhece o gerente da loja A, é possível negociar um desconto.

Nessas condições, o desconto mínimo que João precisaria obter na loja A para não pagar mais do que pagaria na loja B é de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    Vamos supor os valores
    ele quer a TV na loja A, que custa 100% a mais que na loja, portanto:

    LojaA: 200$
    LojaB:100$


    Se ele quiser pagar o mesmo que na loja B, ele deve pagar só a metade do valor, (200 --> 100), portanto o valor do desconto seria de 50%.

    bons estudos


ID
1723600
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Seja O um conjunto de objetos e P, Q, R, S propriedades sobre esses objetos. Sabendo-se que para todo objeto x em O:


1. P(x) é verdadeiro.

2. Q(x) é verdadeiro.

3. Se P(x), Q(x) e R(x) são verdadeiros então S(x) é verdadeiro.

Pode-se concluir, para todo x em O, que:

Alternativas
Comentários
  • Fiz por tabela-verdade. 

    P*Q*R S       R→S

    V V V V       VV=V

    V V V V**     VV=V

    V V F V       FV=V

    V V F F       FF=V

    A questão diz que:

    * P e Q são sempre V (essas colunas serão sempre V). 

    ** Quando P, Q e R são verdadeiros, S também é.

    R→S é a única proposição que dá tudo V na tabela-verdade. As demais dão:

    B) S∧R = VVFF

    C) P∧Q→R = VVFF

    D) P∨Q→R = VVFF

    E) S∧Q→P∧R = VVFV

  • Não entendi pq não poderia ser a alternativa "E" 

    Fiquei na dúvida entre A e E

  • Patrick, também tive essa dúvida e errei.. mas depois compreendi.

    É preciso discernir as condições suficientes e necessárias para entender.

    Observe a proposição:

    "Se P(x), Q(x) e R(x) são verdadeiros então S(x) é verdadeiro."

    P(x), Q(x) e R(x) serem verdadeiros é uma condição suficiente para S(x) ser verdadeiro.

    S(x) é uma condição necessária para P(x), Q(x) e R(x) serem verdadeiros.

    S(x) pode ser verdadeiro por diversos outros motivos.. não depende só de P,Q e R serem verdadeiros.

    Um exemplo para ilustrar melhor:

    Se ele é catarinense, então ele é brasileiro.

    Ser catarinense é uma condição suficiente para ser brasileiro.

    Ser brasileiro é uma condição necessária para ser catarinense.. pois você tem que ser brasileiro para ser catarinense. Contudo  o fato de você ser brasileiro não significa dizer que é catarinense.

    Isso vem do assunto de lógica, tabelas verdade.. da parte condicional (se A então B)

    Não sei se fui claro.. essas assertivas dão um nó na cabeça hehe

  • Valeu Éros Filho,

    Entendi seu raciocínio :D


ID
1723606
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Observe o texto a seguir, trecho de um documento do MS Word 2010.

Aos 20 minutos, um dos melhores jogadores da Alemanha falhou. Kroos deu uma de Messi e deu um senhor passe para Higuaín, que perdeu. Os argentinos chegaram a festejar um gol de Higuaín que, corretamente, foi anulado.


Considere que tenha sido efetuado um procedimento de substituição no texto, que alterou o texto para o que é mostrado abaixo.

Aaes 20 minutaes, um daes melhaeres jaegadaeres da Alemanha falhaeu. Kraeaes deu uma de Messi e deu um senhaer passe para Higuaín, que perdeu. AEs argentinaes chegaram a festejar um gael de Higuaín que, caerretamente, faei anuladae.


É correto concluir que o texto a localizar e o texto que substitui que foram usados no procedimento são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • item correto a)  “o” e “ae”;  

    Tecla de atalho: Ctrl +U.
    localizar:o . substituir por: ae.
  • Guia Página Inicial> Grupo edição> substituir

    Gabarito A

  • Não esqueçam que a tecla de atalho que abra a janela "Localizar e Substituir" é o Ctrl + U

    PARTIU SENADO FEDERAL!!!!!


ID
1723612
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Joana precisa distribuir uma tabela de preços para um grupo de fornecedores da sua empresa. Os dados estão numa planilha MS Excel 2010, mas Joana gostaria de fazer a distribuição por meio de um arquivo no formato PDF. Para tanto, Joana deve selecionar a região da planilha que contém os dados e:

Alternativas
Comentários
  • Mesmo procedimento do Microsoft Word!!!!

    Letra D.

  • No CALC não da para SALVAR como PDF, tem que EXPORTAR COMO PDF, na guia ARQUIVO

  • NO WORD 2016, além do GABARITO LETRA D, existe também a opção abaixo:

    ARQUIVO > EXPORTAR > CRIAR DOCUMENTO PDF/XPS

  • a resposta E tb é um caminho possível...


ID
2263810
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Na reunião sobre a construção da sede definitiva de uma empresa de Engenharia, um profissional de nutrição foi consultado para opinar, na planta, sobre a melhor localização para construir uma Unidade de Alimentação (U.A.N.) no prédio da empresa. Ela respondeu que a U.A.N. deve ser localizada:

Alternativas
Comentários
  • Fatores que favorecem a ambiência no trabalho:

    Localização: andar térreo, voltada para o nascente (conforto térmico) e em bloco isolado (para futuras amplicações e adapatações como janelas) ou na esquina do prédio. Facilita a iluminação natural, ventilação, manutenção preventiva e corretiva, remoção de lixo e acesso de fornecedores. Reduz custos de manutenção por dispensar uso de monta-cargas e elevadores, tubulações externas de vapor, água, energia etc.


ID
2263813
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição

Entre os aspectos considerados na elaboração de um cardápio oferecido por uma Unidade de Alimentação (U.A.N.), encontram-se:

Alternativas

ID
2263816
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Os índices empregados para calcular a área de uma Unidade de Alimentação (U.A.N.) são decorrentes do número de variáveis intervenientes. Nesse sentido, as áreas previstas para a cozinha e o estoque de gêneros alimentícios deverão apresentar os seguintes percentuais da área do refeitório, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Segundo NR24

    Cozinha: 35% da área do Refeitório

    Estoque: 20% da área do Refeitório

  • Em qual iten diz isso

  • De acordo com a NR-24, as áreas para cozinha e depósito de alimentos deverão ser de 35% e 20% da área do refeitório.

  • Não achei essa informação na NR-24 atualizada em 2019


ID
2263819
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Vários são os fatores que devem ser considerados na ambiência do trabalho de Unidade de Alimentação (U.A.N), alguns interferindo diretamente na produção e outros proporcionando condições adequadas de trabalho. Dentre os que interferem diretamente na produção pode-se citar a iluminação. É recomendável que a iluminação:

Alternativas
Comentários
  • A iluminação mais recomendada para UAN é a NATURAL por ser acelerador de trocas orgânicas, bactericida (raios UV) e age como um tônico estimulando as funções do organismo e porpiciando sensações de alegria e dispodição (está relacionada diretamente com o nível de trabalho produzidos). Além disso, é a mais econômica.

    As aberturas deve ser de 1/5 a 1/4 da área do piso a ser projetada.


ID
2263822
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Assim como a alanina e a glutamina, o lactato também pode ser convertido em piruvato e este em glicose para manutenção da glicemia. A formação de glicose a partir do piruvato denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • Uma breve explicação: o Ciclo de Cori, Ciclo dos Ori ou Via Glicose-Lactato-Glicose é a conversão de glicose em piruvato e depois em lactato (ocorrendo nos músculos quando há privação de oxigênio) e em seguida a conversão de lactato em piruvato e depois em glicose (ocorrendo no fígado).


ID
2263825
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Um estudo comparativo entre indivíduos sedentários e atletas demonstrou que, após 20 minutos de exercício aeróbico, os indivíduos sedentários apresentaram concentrações significativamente mais elevadas do seguinte componente sérico:

Alternativas

ID
2263828
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A vitamina D é o segundo fator lipossolúvel da dieta e, historicamente, vem sendo relacionada à saúde do metabolismo ósseo. Mais recentemente a sua deficiência vem sendo considerada um problema de saúde pública mundial. Em casos de necessidade de intervenção de origem suplementar, a forma da vitamina D que deve ser utilizada é:

Alternativas
Comentários
  • Colecalciferol

  • Tiamina - Vitamina B1

    Riboflavina - Vitamina B2

    Tocoferol - Vitamina E

    Piroxidina - Vitamina B6

    Colecalciferol - Vitamina D

  • Colecalciferol D3


ID
2263831
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Um paciente com deficiência de vitamina A realizou exames de sangue complementares que apontaram a carência de outro micronutriente relacionado ao fornecimento adequado dessa vitamina aos tecidos alvos. Podemos afirmar que se trata da deficiência de:

Alternativas
Comentários
  • zinco

  • GABARITO: D

    A deficiência do zinco pode interferir com o metabolismo da vitamina A de várias maneiras:

    A deficiência do zinco resulta na redução da síntese de proteína de ligação ao retinol (RBP) que transporta o retinol através da circulação para os tecidos, como por exemplo a retina.

    O zinco protege o organismo contra a toxidade potencial do retinol;

    O zinco diminui a atividade da enzima que libera retinol a partir de sua forma de armazenamento no fígado;

    O zinco é necessário para a enzima que converte o retinol em retinal


ID
2263834
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A encefalopatia hepática consiste em alterações neuropsíquicas de origem metabólica e potencialmente reversíveis, que traduzem agravamento funcional do fígado. Uma vez instalada a encefalopatia, a dieta deve ser imediatamente modificada no seguinte aspecto:

Alternativas
Comentários
  • Modificação com relação à proteína oferecida, com aumento dos aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina)


ID
2263837
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A obesidade apresenta prevalência crescente na população mundial e as alterações hepáticas vêm aumentando nessa população. Dentre os acometimentos hepáticos mais relacionados à obesidade, pode-se destacar:

Alternativas
Comentários
  • d- esteatose hepática gordurosa não alcoólica


ID
2263840
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Pacientes renais em tratamento conservador com taxa de filtração glomerular < 30mL/ min, para diminuir a formação de compostos nitrogenados tóxicos e para a redução e/ou controle da concentração de fósforo e potássio, deve-se orientar como conduta dietoterápica:

Alternativas
Comentários
  • a) restrição de proteínas; 

    Em paciente com TFG < 30 mL/min, recomenda - se de 0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia suplementada com AAE e cetócidos.


ID
2263843
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A aterosclerose é um processo dinâmico, evolutivo e sistêmico que se desenvolve em artérias e se caracteriza pelo acúmulo de material lipídico no espaço intra e extra celular na camada íntima do endotélio. Tem maior relação com a instalação e o agravamento da placa aterosclerótica o seguinte componente do perfil lipídico:

Alternativas
Comentários
  • c- LDL


ID
2263846
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O Diabetes Mellitus tipo 2 é o mais comum, representando cerca de 90 a 95 % dos casos mundiais, na maioria das vezes acometendo adultos. As alterações metabólicas mais associadas a essa enfermidade são:

Alternativas
Comentários
  • dislipidemia e resistência à insulina;


ID
2263849
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A desnutrição proteica-calórica tem um grande espectro de manifestações clínicas que variam de acordo com a intensidade relativa do déficit proteico ou calórico, gravidade, duração e idade do paciente. Quando há predominância de deficiência proteica e deficiência calórica, temos os quadros, respectivamente, de:

Alternativas
Comentários
  • LETRA - B (KWASHIORKOR E MARASMO)

    KWASHIORKOR- PROTEÍNA/EDEMA

    MARASMO- CALÓRICA/SEM EDEMA


ID
2263852
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição

Quando comparada à nutrição parenteral, a oferta de nutrientes pela via gastrointestinal é mais fisiológica. Além desses, destaca(m)-se o(s) seguinte(s) benefício(s):

Alternativas

ID
2263855
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

As situações a serem consideradas para a indicação da terapia nutricional enteral estão relacionadas ao risco de desnutrição. Entretanto, quando o trato digestivo encontra-se total ou parcialmente funcional, algumas contra-indicações devem ser avaliadas, como:

Alternativas
Comentários
  • b) Íleo paralítico intestinal;

  •  b) Íleo paralítico intestinal:

    Intestino delgado: é divido em três porções, duodeno, jejuno e íleo. O íleo é a ultima porção que faz a ponte e leva o quimo do intestino delgado para o grosso, se ele está paralítico, logo não fará os movimentos involuntários, por esse motivo, quando ele não está funcionante não adianta ofertar enteral, pois como o alimento seguirá o trajeto? 

  • Contraindicações da TNE: Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal; Obstrução mecânica do TGI; Refluxo gastroesofágico intenso; Íleo paralitico; Hemorragia no TGI severa; Vômitos e diarreia severa; Fístula no TGI de alto débito (> 500 mL/dia); Enterocolite severa; Pancreatite aguda grave; Doença terminal; Expectativa de utilizar a TNE em período inferior a 5 a 7 dias para pacientes desnutridos ou 7 a 9 dias para pacientes bem nutridos.

    fonte: Lilian Cuppari, Nutrição Clínica no Adulto


ID
2263858
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Pacientes submetidos à resecção distal do intestino delgado perdem a capacidade de absorção de sais biliares e alguns nutrientes. Por essa razão o nutricionista deve estar atento ao estado nutricional das seguintes vitaminas:

Alternativas
Comentários
  • Questão correta letra C: Podemos atentar a palavra chave dada na própria questão quando fala da perda de absorção de sais biliares que consequentemente irá levar a menor absorção de lipídios, o qual é necessário para absorção das vitaminas lipossolúveis.

  • Questão inteligente, faz a gente raciocinar!


ID
2263861
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A infecção por HIV pode causar desnutrição através de uma variedade de mecanismos. Além disso, a ocorrência de múltiplas infecções oportunistas conduzem à rápida depleção nutricional simultaneamente à redução da ingestão calórico-proteica. Em se tratando de indivíduos HIV + assintomáticos, as metas nutricionais consistem, prioritariamente, em:

Alternativas
Comentários
  • reduzir a perda de peso, manter a massa corpórea, evitar deficiências nutricionais;


ID
2263864
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Prebióticos são carboidratos complexos de configuração molecular que os tornam resistentes à ação hidrolítica de enzima salivar intestinal, atingindo cólon intactos, com efeito sobre a microflora colônica. São considerados prebióticos:

Alternativas
Comentários
  • A) inulina e lactobacilos acidófilos; PREBIÓTICO E PROBIÓTICO

    B) actobacilos acidófilos e FOS; PROBIÓTICO E PREBIÓTICO

    C) Inulina e FOS; PREBIÓTICO E PREBIÓTICO

    D) bifidobactérias bifidus e lactobacilos acidófilos;  PROBIÓTICO E  PROBIÓTICO

    E) lactobacilos acidófilos, casei, bulgáricos, lactis. PROBIÓTICO E  PROBIÓTICO


ID
2263867
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O paciente submetido à intervenção cirúrgica para tratamento do câncer gástrico sofre perda de sua capacidade de armazenamento de nutrientes, pela remoção parcial ou total do estômago, e alterações na absorção de nutrientes devido à modificação do trânsito intestinal. As recomendações nutricionais no período pós-operatório imediato abrangem:

Alternativas
Comentários
  • Letra B tb está correta. Na Krause,2013 menciona do jeito que tá na questão.

  • Daniella Martim, você está correta. No entanto o enunciado pede uma conduta imediata, daí a pegadinha da letra B, que está correta, porém, não é o que a questão pedia.

  • No POI pelo risco de síndrome de Dumping: evitar alimentos com alto teor de fermentação e alta concentração de carboidratos simples.


ID
2263870
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A avaliação antropométrica materna deve ocorrer em todas as consultas de assistência pré-natal, para orientar o cuidado nutricional. Gestantes com sobrepeso no início da gestação podem apresentar a seguinte faixa de ganho de peso total na gestação:

Alternativas
Comentários
  • Opção C

  • Ganho de peso total na gestação (MS):

    Gestante baixo peso: 12,5 – 18 kg

    Gestante eutrófica 11,5 – 16 kg

    Gestante sobrepeso: 7 – 11,5 kg

    Gestante obesa: 7kg


ID
2263873
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Durante a gestação ocorrem adaptações metabólicas visando à conservação do nitrogênio e ao aumento da síntese proteica (g nitrogênio/ dia). No planejamento dietético da gestante pode-se adotar proteína/kg de peso, que, para indivíduos adultos é de 1g/Kg/dia calculado sobre o peso pré-gestacional ou peso aceitável, acrescentando-se o adicional recomendado para cada período gestacional. Considerando-se uma gestante de 50Kg de peso pré-gestacional e no 2º trimestre de gestação, a quantidade de proteína total recomendada é:

Alternativas
Comentários
  • A recomendação de proteínas para gestantes é de 0,8 a 1,0 g/kg/dia + adicional de proteínas, de acordo com o trimestre gestacional.

    Segundo  a FAO/WHO/UNU, os adicionais recomendados de proteínas são: 

    1º trimestre: 1 g/dia

    2º trimestre: 9 g/dia

    3º trimestre: 31g/dia

  • Opção C

    Após o calculo de proteina por kg de peso 1g por 50 kg + 9 gramas de adicional para o segundo trimestre

  • PTN - 8 a 10

    1 trimestre 1g

    2 trimestre 9g

    3 trimestre 31g

    Na questão 50 kg + 9g 2 trimestre de gestação


ID
2263876
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Uma gestante na 25ª semana apresentou pressão arterial sistêmica de > 140/90mmHg e proteinúria de 300mg/24h. O quadro apresentado pode evoluir para:

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA. Hipertensão crônica: PAS>=140mmHg ou PAD>=90mmHg pré gestacional ou após a 20ª semana de gestação e quando persistir por mais de 12 semanas pós parto.

    E) ERRADA. Hipertensão transitória: diagnóstico retrospectivo, pressão arterial normal 12 semanas pós parto, pode reaparecer na gestação seguinte.

    fonte: Vitolo.

  • RESPOSTA: LETRA D.


    Vai evoluir para eclâmpsia, pois já é um pré-eclâmpsia.


ID
2263879
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

As Síndromes Hipertensivas da Gravidez estão associadas à morbimortalidade materna e perinatal e o controle dietético tem grande destaque tanto na prevenção das formas mais graves quanto no seu tratamento. As recomendações nutricionais para uma gestante com hipertensão gestacional estágio 1 são:

Alternativas
Comentários
  • a) dieta normossódica, hiperproteica, adequadas em vitaminas e minerais com ênfase no cálcio;


ID
2263882
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Dentre as deficiências nutricionais consideradas de risco durante a gestação e a lactação, a de vitamina A tem sido destacada na literatura. Sua ingestão está associada à reprodução normal, ao crescimento e reserva hepática fetal e ao crescimento tecidual materno. Outras funções importantes da vitamina A são:

Alternativas
Comentários
  • função imunológica e acuidade visual

  • A função imunológica está relacionada com a produção de muco nas células epiteliais?

  • Sim Lara, a função imunológica está relacionada à imunidade, pois a produção de muco diminui o ataque de micro-organismos resultando em resistência à infecções.

    Ainda , segundo Krause, a vitamina A (retinol) é essencial para desenvolvimento e função ósseas portanto alt E também é correta


ID
2263885
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira. A PNAN tem por pressupostos os direitos à Saúde e à Alimentação e é orientada pelos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde, dentre os quais incluem-se:

Alternativas
Comentários
  • Principios da PNAN:

    Universalidade

    Integralidade

    Equidade

    Descentralização 

    Regionalização

    Hierarquização

    Participação Popular

  • Ela reafirma os princípios doutrinários e organizativos da PNAN (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização, hierarquização e participação e controle popular), aos quais se somam aos princípios a seguir: da alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde; do respeito à diversidade e à cultura alimentar; do fortalecimento da autonomia dos indivíduos as escolhas e práticas alimentares; da determinação social e da natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição e da segurança alimentar e nutricional com soberania. 

  • PRINCÍPIOS DA PNAN (organizativos e doutrinários do SUS)

    P- participação popular

    E- equidade

    D-descentralização

    R-regionalização

    U-universalidade

     

    H-hierarquia

    I-integralidade

  • Princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde

    HIPEDRU

    Hierarquia

    Integralidade

    Participação popular

    Equidade

    Descentralização

    Regionalização

    Universalidade

     

  • GAB:B

    Princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde

    Hierarquia

    Integralidade

    Participação popular

    Equidade

    Descentralização

    Regionalização

    Universalidade

    (HIPEDRU)


ID
2263888
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição

O nutricionista é profissional de saúde, que, atendendo aos princípios da ciência da Nutrição, tem como função contribuir para a saúde dos indivíduos e da coletividade. Ao nutricionista cabe a busca contínua e o aperfeiçoamento técnico-científico, pautando-se nos princípios éticos que regem a prática científica e a profissão. É dever do nutricionista:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO!

    Art. 12. É direito do nutricionista recusar propostas e situações incompatíveis com suas

    atribuições ou que se configurem como desvio de função em seu contrato profissional.

    A questão pede um DEVER do nutricionista! O item C é um DIREITO e não um dever!

  • A questão é antiga!

    RESOLUÇÃO CFN Nº 334, DE 10 DE MAIO DE 2004

    a) Direito-Fornecer atestado de qualidade de alimentos, de outros produtos, materiais, equipamentos e serviços Art 4- XII

    b) Direito- Participar de movimentos reivindicatórios de interesse da categoria;Art 4- IX

    c) Dever - Recusar-se a executar atividades incompatíveis com suas atribuições profissionais, ou que não sejam de sua competência legal Art 5 - II

    d) Direito-ter acesso a informações, referentes a indivíduos e coletividades sob sua responsabilidade profissional, que sejam essenciais para subsidiar sua conduta técnica;Art 4 VII

    e) Direito exercer a profissão com ampla autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com suas atribuições, cargo ou função técnica.Art 4 III

  • A) Não existe

    B) É direito do nutricionista participar das atividades de entidades da categoria.

    C) É direito do nutricionista recusar propostas e situações incompatíveis com suas atribuições

    D) É direito do nutricionista ter acesso a informações referentes a indivíduos e coletividades sob sua responsabilidade

    E) É direito do nutricionista recusar propostas e situações incompatíveis com suas atribuições ou que se configurem como desvio de função em seu contrato profissional.

    Questão deve ter sido anulada, não tem resposta correta.


ID
2263891
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A atenção à preservação dos alimentos é um item essencial para garantir a qualidade da alimentação ofertada. Nesse sentido é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Mal elaborada: se eu quiser usar gema crua eu posso.

    Não disse que é no alimento preparado, e sim DURANTE O PREPARO, não deixando claro que o mesmo não seria submetido a uma cocção.

  • Questão mal elaborada!

  • Super mal elaborada! E é uma questão que deve até ter sido recorrida.

  • Eita que a FGV gosta de ovo, já encontrei diversas provas com pelo menos 2 questões sobre ovos...

    Esta questão foi mal elaborada!

    Porém, veja!!!

    a FGV sendo FGV, não podemos pensar pela lógica de que... Ué, posso fazer ovos a Benedict, ou Poché/Escalfado por exemplo, ali o que se consome é a gema crua.

    Mesmo sendo dúbia com indução ao erro,

    por eliminação só restaria de fato a letra (A)...

    O uso da palavra GEMA foi só para indução ao erro, já que não se recomenda nem a gema crua, nem mesmo a clara, infelizmente são sérios riscos à saúde dos consumidores, infecções por Salmonella por exemplo é algo recorrente nestes casos.

    Mesmo ainda tendo riscos, em casa você come o que quiser do ovo, já que você preparou, e sabe como foi cada etapa do processo higiênico. Porém a questão se refere a uma UAN de maneira implícita na frase *Alimento ofertado*, logo como vou saber se o ovo passou por todas as etapas higiênicas e se o manipulador tomou os devidos cuidados? eu não comeria estas preparações fora de casa!


ID
2263894
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A avaliação diária das sobras é uma medida que pode ser utilizada no controle da produção de refeições de uma Unidade de Alimentação (U.A.N.). O excesso de sobras pode estar relacionado a:

Alternativas
Comentários
  • Porcionamento das refeições;

  • CORRETA B.

    O porcionamento adequado é um meio eficiente de atender recomendações nutricionais, agiliza e facilita o fornecimento de refeições, além de reduzir o desperdício de alimentos, uma vez que quantidades padronizadas evitam o excesso de alimentos no prato (ANDRADE; CAMPOS, 2012). 


ID
2263897
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Para os programas de educação nutricional, o enfoque diferenciado entre os sexos e a ênfase na melhor adequação dos hábitos alimentares vigentes, mais do que as mudanças desses hábitos, promovem impacto nutricional positivo entre os adolescentes. Dessa forma o profissional nutricionista que estiver trabalhando individualmente ou em grupo com adolescentes deve estar atento a algumas deficiências nutricionais importantes encontradas nesse ciclo da vida, como por exemplo:

Alternativas
Comentários
  • A) deficiência de cálcio, vitamina A e ferro;