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Prova FUNCAB - 2010 - SEDUC-RO - Professor Nível 3 - Educação Física - w


ID
1440124
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Na introdução do 2º parágrafo, a autora representamuitos brasileiros que, domesmomodo que ela:

Alternativas

ID
1440127
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Em “Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma.”, a autora demonstra:

Alternativas
Comentários
  • despretensão

    ausência de pretensão; desafetação, despresunção.

    atitude de modéstia; desambição.


ID
1440130
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Com a oração: “É o mal dos tempos”, a autora se refere:

Alternativas

ID
1440133
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a afirmação que tem base no texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    "Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica 'Gula', da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetição maciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de 'quês'."

  • Em que lugar fala no texto que a revista era de grande circulação?

    Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO

    A letra B está muito mais adequada as ideias do texto


ID
1440136
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Marque a opção em que o pronome grifado tem valor possessivo.

Alternativas
Comentários
  • rebuçando o seu rosto pregueado...

  • Pronome pessoal oblíquo, "lhe" funciona como objeto indireto (complemento de verbo ligado por preposição). É equivalente a "a ele", "a ela", "a você", "ao senhor" :

    "Obedecemos aos nossos pais."

    "Obedecemos-lhes."

    "Obedecemos a eles."


ID
1440139
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Leia: “...me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado." Assinale a frase INCORRETAMENTE pontuada.

Alternativas

ID
1440142
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a opção em que a palavra grifada NÃO é pronome relativo.

Alternativas
Comentários
  • "pronome relativo é , pois, aquele que substitui ou modifica um nome antecedente. Chamam-se relativos, porque sempre se relacionam com outros termos " 

    Conjunção : palavra invariável que liga orações , ou palavras de mesma função sintática .

    No caso a opção errada é a letra E por se tratar de uma conjunção subordinativa . 

  • CORRETA > E

    Trata-se de uma *Conjunção Subordinativa Integrante.
    Um macete simples é trocar o "que" por "isso", caso puder ser substituído será *C.S.I.


    "É verdade que(ISSO)..."

  • Alguém pode me esclarecer a alternativa A. O "que" precedido do artigo "o" quando possível trocar por "aquilo(s), aquele(s)", sem prejuízo da semantica e sintaxe, "o que" torna-se pronome demonstrativo. 

    Ou seja, a questão pede o valor NÃO relativo do pronome. Nesta alternativa é demonstrativo.

  • Amanda normalmente quando existe a construção A + QUE / O + QUE o "O" ou "A" sempre será pronome demosntrativo e o "que" será relativo. É porque o "que" retoma o "o" (aquilo) ficando com a função de pronome relativo mesmo.


ID
1440145
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a opção em que a palavra o é pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA > D



    d) “Ignora-se o(AQUILO) que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos...”

  • - O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem à aquele (s), aquela (s), aquilo, isso. - Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no discurso. As reclamações ao síndico não se alteram: são sempre as mesmas. *são usados como reforço dos pronomes pessoais.


ID
1440148
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

O trecho grifado em “...pois é sempre assim, quando se tenta ”conhecer o que tempo ainda não autoriza pode ser relacionado à expressão popular: ”

Alternativas
Comentários
  • Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza.

    Quando se lê o texto inteiro da pra compreender melhor a ideia da frase.


ID
1440151
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a forma verbal simples que corresponde à composta grifada em “João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra.”

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    REPETIRA = Pretérito Mais Que Perfeito Simples;

    HAVIA REPETIDO = Pretérito Mais Que Perfeito Composto;

    O pretérito mais que perfeito é o ÚNICO tempo verbal que permite ser substituído da forma simples para a composta e vice-versa SEM QUALQUER PREJUÍZO de CORREÇÃO GRAMATICAL, SENTIDO e COERÊNCIA;


ID
1440154
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

No trecho “...o tempo ainda não autoriza.”, identifica-se uma figura de linguagem.Aponte-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     

    "o tempo ainda não autoriza" (autorizar é um verbo que está relacionado a pessoas, pessoas são quem autoriza alguma coisa, o tempo não.

     

    Prosopopeia (Personificação)

    - Atribuição de característics humanas a seres não humanos. Dizer que a personificação é a atribuição de características de seres animados a seres inanimados é uma definição ruim, pois quando, numa história, um animal fala, ele não é um ser "inanimado", afinal todo animal tem vida e, portanto, é um ser "animado".

     

    "A bomba atômica é triste, coisa mais triste não há / Quando cai, cai sem vontade." (Vinícius de Morais).

    A Amazônia chora devido ao desmatamento.

     

    Fonte: A Gramática para Concursos Públicos - Fernando Pestana.

  • Silepse: figura pela qual a concordância das palavras na frase se faz logicamente, pelo significado, e não de acordo com as regras da gramática (p.ex., muita gente aqui, pelo que dizem, não sabem se portar em público ).

  • GABARITO: LETRA C

    Prosopopeia (também chamada personificação) — figura que consiste em dar vida a coisa inanimada, ou atribuir características humanas a objetos, animais ou mortos: Minha experiência diz o contrário do que me dizem; O relógio cansou de trabalhar; “As estrelas, grandes olhos curiosos, espreitavam através da folhagem.” [Eça de Queirós]

    FONTE: Evanildo Bechara para concursos
     


ID
1440157
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Marque a opção que completa correta e respectivamente os espaços no fragmento abaixo.

“Cheguei ___ conclusão de que estamos caminhando para ___ adoção de uma nova regra em relação ____ orações com o sujeito na terceira pessoa, tanto no singular quanto no plural. Assisti ____ muitos noticiários de televisão nos últimos dias, ouvi muitas entrevistas com todo tipo de gente e ____ conclusão dispensa maiores pesquisas.”

(João Ubaldo Ribeiro)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    à–a–às–a–a.

    1° Quem chega, chega A algum lugar. Pede preposição.

    2° Quem caminha, caminha para algum lugar. NÃO pede preposição.

    3° O que é relacionado, é relacionado A alguma coisa. Pede preposição.

    4° "Muitos" está no plural, portanto não cabe crase na situação.

    5° O último "a" é apenas um artigo e não pede preposição, portanto não há crase também.

  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
1440160
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Apalavra enlouquecida foi formada pelo processo de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

    En + louca + cida

     

    Derivação Parassintética ou Parassíntese:

    Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixoà palavra primitiva.

    Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer pela junção simultânea do prefixo  "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".

     

    https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf4.php

     

     

    Bons estudos.

  • GABARITO B

    Quanto ao processo de formação das palavras, temos:

    1. Derivação regressiva/deverbal: Quando a palavra é “diminuída” e pode ser um verbo. Ex: Atrasa ( r)

    2. Composição por justaposição: Quando há uma junção de duas palavras sem modificar nada. Ex: paraquedas, passatempo.

    3. Composição por aglutinação: Quando há supressão de algumas letras para formar a palavra. Ex: Hidrelétrica.

    4. Derivação imprópria: Palavra com várias classificações morfológicas. Ex: jaqueta preta (cor), preta (substantivo), é você!

    5. Prefixo: quando há uma introdução de um elemento no início da palavra. Ex: incapaz

    6. Sufixo: quando há uma introdução de um elemento no final da palavra. Ex: capacidade

    7. Parassíntese: quando há um sufixo e um prefixo e que não podem ser retirados sob pena de perda de sentido. Ex: empobrecer... empobre, pobrecer.

    bons estudos


ID
1440163
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a opção INCORRETA com relação à concordância verbal.

Alternativas
Comentários
  • Resp. c

     

    a) Conservantes, adoçantes e produtos industrializados, tudo tem sido combatido pelos naturalistas.

     

    b) Analisaram-se os planos de reforma agrária.

     

    c) Finalmente caiu, após a nova reforma ortográfica, os acentos de algumas palavras da língua portuguesa. (Errada)

       *o verbo deve está no plural para concordar com "os acentos"

       Finalmente cairam, após a nova reforma ortográfica, os acentos de algumas palavras da língua portuguesa.

     

    d) Prejudicam a redação o uso excessivo do gerúndio e a repetição de palavras

     

    e) Devia haver mais voluntários para trabalhar na alfabetização de adultos.

    verbo haver no sentido > existir, acontecer e ocorrer é impessoal


ID
1440166
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Marque o trecho em que a oração grifada tem a mesma classificação da destacada abaixo

“João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita .” que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    a) "É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa (...)" - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva;

    b) "Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, JÁ QUE o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo" - Oração Subordinada Adverbial Causal;

    c) “Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora...” - Oração Subordinada Adjetiva Explicativa;

    d) "...e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida" - Pronome Relativo

    e) "Uma professora (...) se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa" - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta;

    "Uma professora pronunciou ISSO", pois quem pronuncia, pronuncia ALGO;

    "João Ubaldo Ribeiro me confessou certa feita ISSO", pois quem confessa, confessa ALGO;

  • Boa questão, mas a Funcab poderia nos poupar de ter de ler textos da Fernanda Torres.


ID
1440169
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

“A prefeitura de Vilhena, através da secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp), informa que a coleta de lixo domiciliar está desde o início da semana, normalizada na cidade. Nos últimos dias, houve um transtorno no sistema de coleta em virtude do final de ano, quando a quantidade de lixo produzido chegou a dobrar e o maquinário municipal disponível não foi suficiente.” [...]. Parte da reportagem retirada da Folha de Vilhena,18/01/2010 American way life “o estilo de vida norte-americano, passou a influenciar o comportamento social em várias partes do mundo. As propagandas criadas pelo capitalismo nos levam a adquirir mercadorias muitas vezes totalmente dispensáveis à nossa subsistência. Esse tipo de comportamento social é denominado de consumismo, refletindo diretamente no ambiente, esse consumismo vira lixo.”

Uma das maneiras de minimizarmos esse problema mundial é colocando em prática o conceito de desenvolvimento sustentável, com a coleta seletiva do lixo, aplicando o conceito dos “TRÊS ERRES”, que significam:

Alternativas

ID
1440172
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A partir de meados do século XX, com a descoberta de grande jazida de minério, contingentes de migrantes, principalmente nordestinos, chegaram em Rondônia para trabalhar na sua extração, ainda rudimentar. Esse minério que foi o primeiro a ter peso significativo para a economia regional chama-se:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

  • letra A

     

    Mão de obra: assim como nos ciclos da borracha, os Nordetinos também estavam presente na extração de cassiterita.


ID
1440175
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O café é a cultura perene mais difundida no Estado de Rondônia, compondo uma das principais fontes de renda de inúmeras famílias da zona rural. De modo geral, o cultivo do café robusta em Rondônia é feito em pequenas glebas, com baixo nível tecnológico e grande aproveitamento de mão de obra familiar.” (Embrapa).

Segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), a produção de café em Rondônia apesar de estar presente em várias microrregiões, concentra-se nos municípios de:

Alternativas

ID
1440178
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Recentemente, tivemos a oportunidade de mais uma vez ver “o mundo” se reunir para discutir as condições ambientais do planeta. No segundo semestre do ano de 2009, em Genebra na Suíça, houve a “Conferência Mundial sobre o Clima”, que reuniu 2.500 autoridades e especialistas.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Michel Jarraud, diz em comunicado: “Não podemos continuar a basear-nos no passado para tomarmos decisões para o futuro.''

O Brasil sai à frente em algumas das suas iniciativas. A Constituição Brasileira de 1988 deu tratamento amplo à questão ambiental. No Artigo 225, III, referente ao ambiente, ela estabelece que haja necessidade de se criar, em todas as unidades da federação, espaços territoriais para que os seus ambientes sejam protegidos por lei; esses espaços são as “Unidades de Conservação”, isto é, áreas delimitadas e demarcadas com a finalidade de protegê-las oficialmente da ação destruidora do ser humano.

Rondônia apresenta várias Unidades de Conservação, dentre elas temos a do Pacaás Novos e a do Guaporé; que são respectivamente um(a):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    Parque Nacional e Reserva Biológica.


ID
1440181
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

“A partir de 1970, iniciou-se o ciclo econômico agropecuário, resultado da política de colonização promovida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, em diversas regiões do então Território Federal de Rondônia. Os colonos recebiam licenças de ocupação, derrubavam a floresta e os primeiros cereais que plantavam eram o arroz, feijão, milho, banana e em seguida plantavam café ou cacau.”

Sobre a estrutura fundiária e suas relações de trabalho no campo brasileiro, em particular no estado de Rondônia, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  •  b)

    A expansão da colonização na fronteira agropastoril continua gerando vários conflitos com as populações indígenas locais, que tiveram seus territórios ocupados ou invadidos pelos colonos ou posseiros, com ou sem autorização do INCRA

    Não sabia que o INCRA autoriza ocupações em terras indígenas... estranho!!!

     

  • No fim da década de 1970 e início dos anos 1980, foi ... a rodovia BR-364 (Cuiabá-Porto Velho) foi pavimentada, e vários projetos de colonização foram executados.

  • No fim da década de 1950 e início dos anos 1960, foi instituído em Rondônia o Programa Polonordeste. Com ele, a rodovia BR-364 (Cuiabá – Porto Velho) foi pavimentada e vários projetos de colonização foram executados. (errada)

    A pavimentação da BR-364 iniciou em 1982, e não em 50-60 como diz na alternativa. Tal fato ocorreu no governo do presidente João B. Figueiredo e Governador Teixeira


ID
1440184
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A única afirmativa que NÃO está de acordo com a Constituição Estadual de Rondônia é:

Alternativas
Comentários
  •  e)

    Os servidores eleitos para dirigentes sindicais ficam à disposição do seu sindicato, com ônus para o órgão de origem

  • Art.20 § 11. Fica assegurado ao servidor público que, na forma da lei, passar para a inatividade, a conversão em pecúnia dos períodos de licença especial não gozados por necessidade do serviço.

    Art. 20 § 1° Fica assegurada aos servidores da administração direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

    § 12. É assegurada às servidoras públicas estaduais da administração direta e indireta a licença-maternidade, sem prejuízo do cargo e remuneração, com duração de 180 (cento e oitenta dias).

    Art. 21 Fica assegurada ao servidor público estável a remoção para a localidade onde sirva o cônjuge, desde que haja no local função compatível com seu cargo.

    Art. 20 §4º Os servidores eleitos para dirigentes sindicais ficam à disposição do seu sindicato, com ônus para o órgão de origem.

    Resposta Letra E 

     

  • Art. 20 §4º Os servidores eleitos para dirigentes sindicais ficam à disposição do seu sindicato, com ônus para o órgão de origem.


ID
1440187
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O servidor público nomeado para cargo de provimento efetivo, após aprovação em concurso público, fica sujeito a um período de estágio probatório com o objetivo de avaliar:

Alternativas
Comentários
  • D)  — 

    Art. 20.  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19)

            I - assiduidade;

            II - disciplina;

            III - capacidade de iniciativa;

            IV - produtividade;

            V- responsabilidade.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 20.  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:  (Vide EMC nº 19)         

    I - assiduidade;

    II - disciplina;

    III - capacidade de iniciativa;

    IV - produtividade;

    V- responsabilidade.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

    I - assiduidade;

    II - disciplina;

    III - capacidade de iniciativa;

    IV - produtividade;

    V- responsabilidade.

    Assim:

    A. ERRADO. A capacidade de administrar seu salário.

    B. ERRADO. As relações pessoais que estabelece no cotidiano de sua vida.

    C. ERRADO. Sua capacidade intelectual.

    D. CERTO. Seu desempenho no exercício do cargo.

    E. ERRADO. seu relacionamento profissional.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.


ID
1440190
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O serviço extraordinário prestado pelo servidor é remunerado da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • C —      Art. 73.  O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

            Art. 74.  Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos Agentes Públicos. Vejamos:

    Art. 73, Lei 8.112/90. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

    Art. 74, Lei 8.112/90. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

    Assim:

    A. ERRADO. Acréscimo de 50% em relação a hora normal de trabalho, respeitado o limite máximo de seis horas mensais.

    B. ERRADO. Acréscimo de 50% em relação a hora normal de trabalho, respeitado o limite mínimo de duas horas diárias trabalhadas

    C. CERTO. Acréscimo de 50% em relação a hora normal de trabalho, respeitado o limite máximo de duas horas diárias.

    D. ERRADO. Acréscimo de 30% sobre o vencimento do servidor, desde que ele tenha trabalhado pelo menos uma hora diária a mais.

    E. ERRADO. Acréscimo de percentual variável, de acordo com a natureza das atividades que executa.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.


ID
1440193
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A reinvestidura de servidor estável, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

            § 1o  Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

            § 2o  Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade


  • Nada a ver. Se o os pais estiverem a serviço do país, não há que se falar em "desde que", pq desde que NADA. Se tiver a serviço, é nato e pronto.

    Além disso, há o erro de não apresentar a condição de maioridade.

    Se na questão constasse a maioridade, continuaria errada.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos Agentes Públicos. Vejamos:

    A. ERRADO. Reintegração.

    Art. 28, Lei 8.112/90. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    B. CERTO. Reversão.

    Art. 25, Lei 8.112/90. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

    I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

    II - no interesse da administração, desde que: 

    a) tenha solicitado a reversão; 

    b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 

    c) estável quando na atividade; 

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;     

    e) haja cargo vago.  

    C. ERRADO. Provimento.

    Provimento é o ato de preencher determinado cargo ou ofício público através da nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.

    D. ERRADO. Ascensão.

    Ascensão representava a passagem de uma carreira para outra (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

    E. ERRADO. Promoção.

    A promoção é forma de provimento derivado e vertical que possibilita ao servidor a progressão na carreira em que ingressou mediante prévia aprovação em concurso público. Ela deve acontecer, alternadamente, por antiguidade e merecimento.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • Ainda é o mais curtido. Kkkk

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkk


ID
1440196
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Carlos, após concurso público no qual é aprovado para o cargo de médico, toma posse mas não entra em exercício no prazo legal. Considerando-se essa situação e o fato de ter outra matrícula na mesma Administração, esta deverá:

Alternativas
Comentários
  • C) —        Art. 34.  A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

            Parágrafo único.  A exoneração de ofício dar-se-á:

            I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

            II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos Agentes Públicos. Vejamos:

    Art. 34, Lei 8.112/90. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

    Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

    I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

    II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.

    Assim:

    A. ERRADO. Dar-lhe uma nova chance, uma vez que já é servidor público.

    B. ERRADO. Tornar sem efeito todos os atos pós-convocação.

    C. CERTO. Exonerá-lo do cargo em que não entrou em exercício.

    D. ERRADO. Demiti-lo por não ter cumprido o compromisso assumido na posse.

    E. ERRADO. Exonerá-lo de ambos os cargos, uma vez que demonstrou irresponsabilidade perante a Administração.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.


ID
1440199
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No ambiente informatizado, o aluno pode ser considerando uma parte ativa no processo de aprendizagem, controlando-o, passando a ser:

Alternativas

ID
1440202
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No ambiente escolar, o computador é uma ferramenta que deve estar inserida nas atividades essenciais, promovendo um tipo de “alfabetização tecnológica”, sendo uma resposta ligada à:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

     


ID
1440205
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para um bom desempenho, o computador tem um conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos. Podemos denominar esta parte de:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra A:

     

    Hardware, Material ou Ferramental é a parte física da máquina computacional, ou seja, é o conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos. Em contraposição ao hardware, o software é a parte lógica, ou seja, o conjunto de instruções e dados que é processado pelos circuitos eletrônicos do hardware.

     

    FONTE: https://pt.wikiversity.org/wiki/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Ci%C3%AAncia_da_Computa%C3%A7%C3%A3o/Introdu%C3%A7%C3%A3o_ao_Hardware

  • Questão de pedagogia ou informática?


ID
1440208
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Nas instituições educacionais, a Hipermídia permite adaptar o conteúdo a ser estudado, de forma pedagógica. A partir das informações contidas em um modelo, o aluno relaciona estas informações ao estilo de aprendizagem. Esta Hipermídia é considerada:

Alternativas

ID
1440211
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Tecnologia Assistiva é uma ferramenta utilizada para identificar:

Alternativas
Comentários
  • Tecnologia assistiva é uma expressão utilizada para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiências e, consequentemente, promover vida independente e inclusão.


ID
1440214
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdosacumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferidos. Nesta forma de compreender e de viver o processo formador, eu, objeto agora, terei a possibilidade, amanhã, de me tornar o falso sujeito da 'formação' do futuro objeto de meu ato formador. É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado.”

(FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra: 2004, p.22-23)

Nesse sentido, ensinar não é transferir conhecimento e conteúdos, porque:

Alternativas
Comentários
  •  e)

    não há docência sem discência


ID
1440217
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Se o educador é aquele que sabe, se os alunos são os que não sabem nada, cabe ao primeiro dar, entregar, transmitir, transferir seu saber aos segundos. E este saber não é mais aquele da ‘experiência vivida’, mas sim o da experiência narrada ou transmitida.

Não é de surpreender, então, que, nesta visão ‘bancária’ da educação, os homens sejam considerados como seres destinados a se adaptar, a se ajustar. Quanto mais os alunos se empenham em arquivar os ‘depósitos’ que lhes são entregues, tanto menos eles desenvolvem em si a consciência crítica que lhes permita inserir-se no mundo como agentes de sua transformação, como sujeitos. Quanto mais se lhes impõe a passividade, tanto mais, de maneira primária, ao invés de transformar o mundo, eles tendem a se adaptar à realidade fragmentada contida nos ‘depósitos’ recebidos.”

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1974)

Para Paulo Freire, o ensino “bancário”:

Alternativas

ID
1440220
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

São diretrizes determinadas no Artigo 27 da LDB, Lei nº 9.394/96, no que se refere aos conteúdos curriculares da educação básica, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 27. os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda,
    as seguintes diretrizes:
    I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
    II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
    estabelecimento;
    III – orientação para o trabalho;
    IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não
    formais

  • Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:

    I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

    II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

    III - orientação para o trabalho;

    IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.


ID
1440223
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Aseção III da LDB, Lei nº 9.394/96, alterada em alguns de seus dispositivos pela Lei nº 11.274, de 2006, refere-se especificamente ao Ensino Fundamental.

Assim, a lei vigente determina que o ensino fundamental obrigatório e gratuito terá duração de:

Alternativas
Comentários
  • "Art. 32, Lei nº 11274. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se os 6 (seis) anos de idade,

  • Educação básica: 04 aos 17 anos. >> O Estado tem o dever de promover creche desde os 0 anos, porém só é obrigatoriedade dos pais colocarem seus filhos a partir dos 04 anos. Antes disso, coloca " se quiser " <<

    Ensino fundamental: iniciando-se os 6 (seis) anos de idade.


ID
1440226
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“O planejamento é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.”

(LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994, p. 221)

I. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.

II. A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes, não fundamentadas em opções político-pedagógicas, pois tem como referência permanente as teorias de aprendizagem.

III. O planejamento escolar engloba três níveis: o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aula.

IV. O planejamento é iniciativa do diretor/gestor escolar a partir das necessidades administrativas e pedagógicas da escola e deve ser por ele avaliado.

A alternativa correta é:

Alternativas
Comentários
  • Ah, claro, achei ela aqui em contabilidade kkkk


ID
1440229
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia

“O sistema escolar impõe que a avaliação, em seu sentido burocrático, resulte em um veredicto apresentado sob a forma de nota ou conceito. O sistema escolar autoriza também que o responsável pela determinação desse valor crítico seja o professor. O professor, por sua vez, normalmente realiza essa atividade de forma isolada, considerando-a cansativa, aborrecida. Mas os seus veredictos sobre cada um dos alunos são, quase sempre, inquestionados.”

(KENKI, V.M. Avaliação da aprendizagem. São Paulo: Papirus, 2001, p.142)

São feitas as seguintes afirmações sobre avaliação, dentro da perspectiva de um projeto de educação transformadora:

I. O aluno deve ser considerado como sujeito único e fundamental para o processo de avaliação, mas é o professor quem determina o valor e o tipo de avaliação aplicada sem questionamentos por parte dos alunos ou de outros membros da comunidade escolar.

II. Durante todo o processo de ensino-aprendizagem, a avaliação deve se fazer presente, formulando juízos sobre os diferentes elementos que configuram o caminho da atividade pedagógica.

III. O processo de avaliação em sua forma final, classificatória, encerra o processo de ensinoaprendizagem, uma vez que a classificação do aluno, positiva ou negativa, não deve ser discutida no coletivo, por ser função exclusiva do professor.

IV. A função principal do processo de avaliação deve ser a de permitir a análise crítica da realidade educacional, seus avanços, a descoberta de problemas novos, de novas necessidades ou de outras dimensões possíveis de serem atingidas.

São corretas:

Alternativas

ID
1440232
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As decisões que realmente importam no processo educativo não são tomadas apenas no início do trabalho. O professor define os contornos do que pretende desenvolver e será na sua prática, durante o desenrolar do processo, que irá clarificando para si e para os educandos, e com os educandos, as metas onde se deseja chegar. (...)

Mas não se pode trabalhar com apenas um tipo de objetivo. A realidade, em toda sua explosão de singularidade, exige mais.

Objetivos que levem o educando a expressar sua individualidade, sua unicidade, suas características próprias, se impõem: podemos falar em objetivos abertos (denominados objetivos expressivos por Elliot Eisner).

Em primeiro lugar, um objetivo aberto descreve um encontro educacional. Um encontro que pode ser uma situação criada para permitir que aflorem as características individuais dos alunos, ou um problema que os alunos devem enfrentar ou ainda uma tarefa a executar. Essa descrição não estipula o que os alunos devem aprender no encontro planejado. É um objetivo que apenas enuncia uma condição. O desempenho não é previsível ou programável. Cada ser humano vai fazendo desabrochar suas características estimulado por conflitos de seu meio.”

(CASTANHO, Maria Eugênia L.e M. Os objetivos da educação. São Paulo: Papirus, 2001, p.60.)

Assinale a alternativa que somente apresenta exemplos de objetivos abertos.

Alternativas

ID
1440235
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As decisões que realmente importam no processo educativo não são tomadas apenas no início do trabalho. O professor define os contornos do que pretende desenvolver e será na sua prática, durante o desenrolar do processo, que irá clarificando para si e para os educandos, e com os educandos, as metas onde se deseja chegar. (...)

Mas não se pode trabalhar com apenas um tipo de objetivo. A realidade, em toda sua explosão de singularidade, exige mais.

Objetivos que levem o educando a expressar sua individualidade, sua unicidade, suas características próprias, se impõem: podemos falar em objetivos abertos (denominados objetivos expressivos por Elliot Eisner).

Em primeiro lugar, um objetivo aberto descreve um encontro educacional. Um encontro que pode ser uma situação criada para permitir que aflorem as características individuais dos alunos, ou um problema que os alunos devem enfrentar ou ainda uma tarefa a executar. Essa descrição não estipula o que os alunos devem aprender no encontro planejado. É um objetivo que apenas enuncia uma condição. O desempenho não é previsível ou programável. Cada ser humano vai fazendo desabrochar suas características estimulado por conflitos de seu meio.”

(CASTANHO, Maria Eugênia L.e M. Os objetivos da educação. São Paulo: Papirus, 2001, p.60.)

São características do objetivo aberto, EXCETO:

Alternativas

ID
1440238
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“A análise pedagógica não é uma psicotécnica da questão escolar. O trabalho escolar da criança não é um artesanato análogo a uma atividade profissional de adultos. Descobrir os processos de desenvolvimento que realmente se realizam e estão por trás da aprendizagem significa abrir portas à análise pedagógica científica. Toda pesquisa reflete algum campo determinado da atividade.”

(VIGOTSKY, L.S. Psicologia e pedagogia. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p.486)

Sobre desenvolvimento mental e o processo de aprendizagem, dentro da perspectiva de Vigotsky, pode-se dizer:

Alternativas

ID
1440241
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No que se refere à relação entre prática educativa e sociedade, analise as asserções a seguir, inspiradas no livro Didática

(São Paulo: Cortez, 1994), de José Carlos Libâneo.)

Asserção 1:

Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliar no desenvolvimento de suas capacidades físicas e espirituais, prepará-los para a participação ativa e transformadora nas várias instâncias da vida social,

porque

Asserção 2:

não há sociedade sem prática educativa, nem prática educativa sem sociedade.

Acerca dessas assertivas e de suas inter-relações, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
1440244
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A invenção de novos meios pelas combinações mentais é um estágio sobreposto que compõe a fase do desenvolvimento denominada por Piaget de:

Alternativas
Comentários
  •  e)

    sensório-motora.

  • não entendi a questão. alguém pode explicar?

  • questão horrivel 

  • Não da para intender nem a pergunta ?! :(

  • Ridícula a questão, até porque tudo isto perpassa todos os estágios, e justamente neste primeiro estágio é que combinações mentais ocorrem de maneira mais incipiente, nesta fase tudo é muito mais direto, importa praticamente apenas as sensações e o que está ocorrendo diretamente na frente da criança.

  • Provavelmente quem elaborou a questão não é da área.

  • Vamos pedir comentário do(a) professor (a)

  • Para Piaget, os seres humanos se desenvolvem passando por uma série de mudanças

    ordenadas e previsíveis, as quais denominaram estágios e períodos do desenvolvimento. Sendo assim o

    desenvolvimento cognitivo de uma criança é visto como uma evolução gradativa na qual o grau de

    complexidade aumenta simultaneamente ao nível de aprendizado que vai sendo adquirido.

    O desenvolvimento cognitivo de Piaget é dividido em 4 estágios:

    1. Estágio Sensório-Motor (nascimento até 2 anos):

    Durante esse estágio, os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo mediante

    suas atividades sensoriais e motoras. Os bebês passam de seres que respondem basicamente por meio de reflexos e comportamento aleatório a crianças orientadas para uma meta.

    Esse estágio apresenta 6 subestágios:

    O estágio sensório-motor consiste em seis subestágios que fluem de um para o outro à

    medida que os esquemas do bebê, os padrões de pensamento e comportamento, tornam-se mais elaborados.

    a) Uso de Reflexos (até 1 mês):

    ex: bebê suga quando o peito da mãe está em sua boca.

    s

    b) Reações Circulares Primárias (1 a 4 meses): os bebês repetem comportamentos

    agradáveis, propositalmente.

    Ex: o bebê, que só mamava no peito, quando lhe dão a mamadeira, consegue ajustar a

    sua sucção.

    c) Reações Circulares Secundárias (4 a 8 meses): interesse maior pelo ambiente,

    bebês repetem ações que produzem resultados interessantes e prolongam essas experiências.

    Ex: o bebê empurra pedaços de comida até a borda da mesa e observam cada pedaço

    caindo no chão.

    Ex2: beber vai agitar o chocalho repetidamente para ouvir o barulho

    d) Coordenação de Esquemas Secundários (8 a 12 meses):

    o comportamento é mais intencional, pois os bebês coordenam esquemas previamente aprendidos e usam esses

    comportamentos já aprendidos para atingirem seus objetivos. Assim, podem antecipar

    eventos.

    e) Reações Circulares Terciárias (12 a 18 meses):

    as crianças demonstram curiosidade e experimentação; variam suas ações para ver os resultados que podem obter.

    Ex: a criança está em seu berço com um livro e quer passa-lo para a outro lado por entre

    as grades.

    Ela não consegue pois é muito largo; ela vira de lado e obtém sucesso.

    f) Combinações Mentais (18 a 24 meses):a criança tem a capacidade de classificar

    ou agrupar as coisas em categorias. Ela também consegue pensar sobre determinado evento e prever

    sua consequência sem precisar agir. Sabe usar símbolos, gestos, palavras e fingir.

    Ex: uma criança está montando um quebra-cabeça simples; ela não tenta encaixar várias

    peças em um espaço, ela procura a peça certa antes de tentar – e conseguir encaixar.


ID
1440247
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

O componente motor-perceptivo através do qual as crianças são capazes de dar dimensão a objetos que estão no espaço externo é chamado de percepção:

Alternativas
Comentários
  • direcional.

  • Percepção direcional: É um conceito que reflete a noção de mudanças na orientação de objetos ou eventos no espaço em relação aos seus planos e direções, é o desenvolvimento da lateralidade interna / externa, utilizando os conceitos: direita/esquerda , cima/baixo, topo/fundo, dentro/fora.

      Processo perceptivo-motor

       O termo perceptivo-motor é adotado quando há a necessidade de obter informações perceptivas do ambiente para realizar um movimento com eficácia (GALLAHUE; OZMUN, 2005). O desenvolvimento perceptivo-motor acontece quando há a organização de novas informações somadas as informações já existentes, sendo imprescindível para que o movimento aconteça eficazmente (GALLAHUE; OZMUN, 2005). O processo perceptivo-motor ocorre diferentes fases, sendo elas o estímulo, a recepção de informações ambientais, o processamento dessas informações, a escolha do movimento mais adequado e a realização do movimento (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Por exemplo, quando um estímulo (ex.: uma bola lançada) é dado, as informações sensoriais do ambiente são coletadas pelos receptores especializados (ex.: tátil, auditivo) e são transmitidos ao cérebro como energia neural. Lá ocorre o processamento e a comparação da informação recebida com a informação já armazenada anteriormente, possibilitando, então, a escolha da melhor opção de movimento (PAYNE; ISAACS, 2007). Quando o movimento é realizado, acontece o feedback que realiza, por meio dos receptores especializados o retorno da informação realizada para ser moldada ou para ser armazenada, em casos de movimentos mais eficientes do que os anteriormente armazenados (PAYNE; ISAACS, 2007).


ID
1440250
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Os movimentos que podem ser incluídos na categoria de movimentos de estabilidade fundamentais são:

Alternativas
Comentários
  • "...Agora as crianças são capazes de explorar o potencial de seus corpos quando se movimentam n espaço (locomoção), têm maior controle sobre a própria musculatura em oposição à gravidade (estabilidade) e dispõem de crescente habilidade no estabelecimento de contatos controlados e precisos com os objetos do seu ambiente (manipulação)." (Compreendendo o Desenvolvimento Motor, Gallahue/Ozmun/ Goodway.)


ID
1440253
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Um diferencial que podemos destacar dos jogos cooperativos é que:

Alternativas

ID
1440256
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Considere uma competição de longa duração, em que todos os competidores jogam entre si, sendo vencedora, a equipe que somar mais pontos. Nesta competição, o processo adotado é:

Alternativas

ID
1440259
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Identifique o conceito que se baseia na noção de que os atletas podem manter uma carga submáxima específica sem fadiga.

Alternativas
Comentários
  • O que é potencia critica ? alguem me ajuda?

  •  A PC é a assíntota da relação potência-tempo, sendo considerada a maior intensidade que poderia ser mantida indefinidamente sem fadiga


ID
1440262
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A poderosa ferramenta que o professor de Educação Física pode utilizar para ensinar aos alunos como se comunicar uns com os outros, como negociar situações desafiadoras, como lidar com o conflito e trabalhar cooperativamente, pode ser denominada:

Alternativas
Comentários
  • Esquema corporal é a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio.

    Corporeidade é a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo.

    Consciência corporal é tomar consciência de seu próprio corpo, reconhecendo e identificando processos e movimentos corporais, internos e externos.


ID
1440265
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Para melhor compreensão de elementos ligados à vida cotidiana das comunidades seria importante ressaltar, durante as aulas de Educação Física realizadas na Escola, a esfera:

Alternativas
Comentários
  • questão mal formulada

  • Questão esquisita. Nas comunidades podem ocorrer eventos de lazer, esportivos e até para preparação física para esporte de alto rendimento.

     


ID
1440268
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Ghiraldelli Junior propõe que o profissional da área de Educação Física atue como progressista, estabelecendo assim uma atitude que:

Alternativas
Comentários
  • Gramisc é preciso, pois, tentar alcançar a compreensão do conceito de hegemonia proposto por Gramsci, peça-chave para a construção deste processo metódico de transformação social. A hegemonia seria a capacidade de um grupo social unificar em torno de seu projeto político um bloco mais amplo não homogêneo, marcado por contradições de classe. O grupo ou classe que lidera este bloco é hegemônico porque consegue ir além de seus interesses econômicos imediatos, para manter articuladas forças heterogêneas, numa ação essencialmente política, que impeça a irrupção dos contrastes existentes entre elas.Logo, a hegemonia é algo que se conquista por meio da direção política e do consenso e não mediante a coerção. Pressupõe, além da ação política, a constituição de uma determinada moral, de uma concepção de mundo, numa ação que envolve questões de ordem cultural, na intenção de que seja instaurado um “acordo coletivo” através da introjeção da mensagem simbólica, produzindo consciências falantes, sujeitos que sentem a vivência ideológica como sua verdade. 

ID
1440271
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Na escola, como a exploração das atividades lúdicas pode facilitar a aprendizagem?

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.


ID
1440274
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A prática pedagógica da Educação Física, numa perspectiva cultural e pautada nos pressupostos da pedagogia pós-crítica, visa:

Alternativas

ID
1440277
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Para Vitor Marinho, a década de 80 delineia duas grandes perspectivas para a Educação/Educação Física brasileira que produziram duas modalidades de estrutura discursiva. São elas:

Alternativas
Comentários
  • https://www.webartigos.com/artigos/resenha-do-livro-consenso-e-conflito-da-educacao-fisica-brasileira/5342


ID
1440280
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Ao realizar o teste de arremesso de medicine-ball com seus alunos, o professor de Educação Física pretende avaliar:

Alternativas
Comentários
  • Arremesso em questão de potência!


ID
1440283
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Qual o nome dos aparelhos específicos utilizados para medir a força máxima isométrica?

Alternativas
Comentários
  • força máxima isométrica

    GAB.....B

    Dinamômetros.

    O RESTO TODOS SAO PARA MEDIDAS.


ID
1440286
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Para medir a coordenação entre os movimentos de tronco e membros inferiores e superiores de seus alunos, o professor de Educação Física poderá utilizar o teste de:

Alternativas
Comentários
  • Burpee: consiste em uma série de exercícios executados em sucessão, ele tinha a finalidade de medir a agilidade e a coordenação. É executado em quatro passos: inicia-se de pé; agacha-se com os braços esticados à frente; joga-se os pés juntos para trás, esticando as pernas; executa-se uma flexão; retorna-se os pés para a posição de agachamento; fica-se de pé, e pula-se com os braços esticados para cima.

    Resposta Letra C


ID
1440289
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A educação psicomotora surgiu da necessidade de atender as crianças em desenvolvimento, sendo seu objetivo direcionado para:

Alternativas

ID
1440292
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Ao realizar uma atividade em que os alunos vão andar para frente, para trás, para um lado e para o outro, posicionarse à frente, atrás, de um lado e do outro lado em relação ao colega, o professor pretende trabalhar que componente da área psicomotora com os alunos?

Alternativas

ID
1440295
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Muitos professores de Educação Física avaliam seus alunos sem parar para refletir sobre o que estão fazendo, com isso não atentam para o fato de que a avaliação, do ponto de vista do professor, deve:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. Cada professor avalia o seu aluno do seu jeito. 

  • questão muito ultrapassada...Mas infelizmente há anida professores com este pensamento

    A avaliação em Educação Física escolar, dentro do processo ensino-aprendizagem, fornece informações que podem auxiliar tanto o professor quanto os alunos no sentido, respectivamente de obter os resultados do seu trabalho e verificar o seu desempenho. Pois, os professores devem estruturar os objetivos, relacionando-os as características dos alunos, para poder fazer uma avaliação que contribua com o processo ensino-aprendizagem.


ID
1440298
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Os jogos cooperativos que apesar de terem duas equipes possuem uma estrutura que possibilita aos participantes “trocarem de time” uma, algumas ou várias vezes durante o jogo, fazem parte da categoria dos jogos de:

Alternativas
Comentários
  • Jogos cooperativos de inversão: são jogos em equipes, mas o resultado depende da participação e do esforço coletivo. Exemplo: num jogo recreativo de futsal, sempre que um participante marcar gol, passará a fazer parte da equipe contrária à sua.


ID
1440301
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

Uma das características básicas da recreação é que:

Alternativas
Comentários
  • Na minha opinião a banca está equivocada. Nenhuma atividade recreativa tem um fim em si mesma. Sempre terá um propósito a ser alcançado. A questão não tem gabarito.