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Prova CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ - Técnico em Informática


ID
739861
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.”

De acordo com o texto, uma explicação possível para a escolha de um escritor como intermediário da correspondência se deve ao seguinte fato:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A
    A própria afirmação é clara ao dizer que sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação, logo, cartas de bonecas integram o mundo da imaginação.
  • Muito bom o aprendizado com todas essas questões!


ID
739864
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O fragmento do texto que apresenta uma estrutura sintática comparativa é:

Alternativas
Comentários
  • letra E

    A presença do nexo "mais...(do) que" (o "do" é opcional, pode aparecer ou não) mostra que se trata de uma oração subordinada adverbial comparativa.

  • COMPARATIVAS - Estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo principal. Principais conjunções comparativas: que/do que (precedidos de tão, tanto, mais, menos, melhor, pior, maior, menor, na oração principal), como, assim como, assim etc.
  • RESPOSTA LETRA E !
    EXPRESSÃO ''DO QUE''  EXEMPLO : O MEU CABELO É MAIS BONITO DO QUE O SEU .

    ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA !

    DICA : QUANDO A QUESTÃO TRATAR DE EXPRESSÕES COMPARATIVAS , LOGO ESTA ESTARÁ PROCURANDO UMA ORAÇÃO SUBORDINADA
    ADVERBIAL , ISSO É LÓGICO , ATÉ PORQUE AS EXPRESSÕES COMPARATIVAS SÃO ADVERBIAIS .

    MAS O QUE ENTRA NA DICA AQUI É O SEGUINTE :  SABER , NO MÍNIMO 3 CONJUNÇÕES ADVERBIAIS DE CADA , É DE GRANDE RELEVÂNCIA NA RESOLUÇÃO DE QUESTOES DESSE TIPO .

    MACETE PARA TREINO 
     FÓRMULA 


      CFTP ,

    FICANDO ASSIM :

    COMPARATIVAS
    Conformativas
    Condicionais 
    Consecutivas
    Causais
    Concessivas
    Finais
    Temporais
    Proporcionais

    TODOS OS DIAS ESCREVA E REESCREVA DE NOVO AS CONJUNÇÕES RESPECTIVAS NA FRENTE DO NOME ATÉ TER O MÁXIMO DE CONJUNÇÕES MEMORIZADAS , PORÉM, NÃO SE PRENDA AOS 
    MACETES , ANALISANDO SEMPRE CADA CASO .

    O MACETE É UMA FORMA DE AJUDAR  A PENSAR MAIS RÁPIDO !

    SE QUISEREM MEMORIZAR AS COORDENAS TEM UMA FÓRMULA TBM 

    CE A3  = CONCLUSIVA , EXPLICATIVA , ALTERNATIVA , ADITIVA , ADVERSARTIVA .

    FOCO , FORÇA E FÉ !

    ESPERO TER AJUDADO 


  • GABARITO: LETRA E

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.

    Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    FONTE: SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
739867
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal.

Há um caso de verbo impessoal no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • O verbo haver empregado no  sentido de existir, ocorrer ou na indicação de tempo decorrido:
                     
                        Há seres vivos em outros planetas?
                   Houve muitas greves no último ano.
                   Há dias não chove.


    Graça e Paz
  • Com base nessa questão, o cadidato não precisaria saber as particularidade do verbo haver para acertá-la,porque bastava ele reconstruí-la com sujeitos no plural e fazer a devida concordância.

    Detalhe: nunca presenciei uma banca tão bondosa , uma vez que o enunciado já ,praticamente, dava a dica à resposta:

    "Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal"

    Abaixo, as questões gramaticais quanto a ele:

    "

    CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER

    “Haja paciência!” Todos já ouvimos essa expressão. Esse “haja” é o verbo haver no presente do subjuntivo.
    Esse verbo talvez seja o mais desconhecido quanto às suas flexões. Muitas vezes é usado sem que o usuário tenha
    consciência de que o está usando.

    “Estive aqui há dez anos”. O “há” presente na oração é o verbo haver e pode ser trocado por outro verbo: “Estive aqui
    faz dez  anos”. 

    Existem deslizes típicos de quem não conhece as características do verbo haver. Quando se diz “Há muitas pessoas na
    sala”, conjuga-se o verbo haver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. 

    Note que não foi feita a concordância do verbo haver com a palavra pessoas. Não se poderia dizer “Hão pessoas”.
    O verbo haver, quando usado com o sentido de existir, fica no singular. Se fosse usado o verbo existir, este sim iria para
    o plural: “Existem muitas pessoas na sala” 

    A confusão tende a aumentar quando o verbo haver é usado no passado ou no futuro. Em certo trecho, a versão feita
    pelo conjunto “Os incríveis” da canção “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, diz:
    “… Não era belo mas, mesmo assim, havia mil garotas a fim….” 

    Nesta canção o verbo haver foi empregado com o sentido de existir. Logo, está correta a versão, o verbo no passado e
    no singular.
    No Brasil, fala-se “cabe dez”, “sobrou 30”, “falta 30”. Geralmente não se faz concordância. Mas, quando não é
    necessário fazer, erra-se. “Houveram muitos acidentes naquela rodovia”. Errado. 

    O correto é “Houve muitos acidentes naquela rodovia”. Haverá acidentes, houve acidentes, há pessoas, havia pessoas,
    houve pessoas. 

    Vale repetir: “O verbo haver quando empregado com o sentido de existir, ocorrer, acontecer, fica no singular,
    independentemente do tempo verbal."

    fonte:http://www.colegioweb.com.br/portugues/concordancia-dos-verbos-fazer-haver-e-ser.html



  • Confesso que cai. Considerei apenas o verbo "ver", desconsiderando o "há", de haver. 

    Já que o verbo "ver" é variável, nem me dei ao trabalho de analisar mais friamente o restante da questão. 

    Mais atenção, Rono!
  • Será que existe banca mais fácil que a CEPERJ???
    Elá já diz no enunciado o que o concursando deve fazer/procurar.
    Ela quase dá uma aula sobre verbo impessoal. rsrsrs =)
  • CARA COLEGA Karoline discordo de vc nesse ponto, sempre quando estamos fazendo uma prova estamos com pressa o que é um erro que corrigimos com o tempo apanhando o comum é não prestar atenção no enunciado e cair na besteira de marcar o que não se pede nesta questão por exemplo não existem ou se preferir não "HÁ" alternativa incorreta e sim uma regra especifica, só acertei a questão por que li novamente as bancas se utilizam desse artifício no intuito de dar corda pra vc se inforcar a propósito não é uma "CRÍTICA" e sim um "ALERTA".
  • VERBOS IMPESSOAIS:

    - Verbo haver: sentido de existir. Ex: Houve problemas.

    - Verbo haver: sentido de tempo decorrido. Ex: Há anos não nos vemos.

    - Verbo fazer: sentido de tempo decorrido. Ex: Faz anos que não nos vemos.

    - Verbos que indicam fenômenos da natureza. Ex: Choveu muito.

  • O verbo “haver”, indicando tempo passado é impessoal, ou seja, só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular. GABARITO: A.


ID
739870
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O texto atribuído à boneca simula uma intimidade com a destinatária da carta.

Essa intimidade pode ser melhor identificada na seguinte passagem:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B.  “Você era, e é, minha mãezinha querida”
  • O uso do diminutivo nesse contexto evidencia a intimidade.

ID
739873
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O texto enquadra-se no gênero carta, o que pode ser percebido, dentre outros traços, pela seguinte marca linguística:

Alternativas
Comentários
  • Vocativo inicial: Vai indicar a quem é remetida a carta. É o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc. No texto, é "Minha querida dona"
  • As principais características de uma carta:

    a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. 

    b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.

    c) Vocativo inicial: termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida.

    d) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois.
  • Como já prefalado, algumas das formas de identificar uma carta é a estrutura dissertativa, o vocativo inicial e o interlocutor definido, estes três pontos são os mais importantes para se identificar um texto em forma de carta.

    Alternativa "E".

  • Pontuação no vocativo das cartas

    Segundo a gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, editada no Brasil e em Portugal, «depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo escritores que, no caso, dispensam qualquer pontuação.(...) Sendo o vocativo inicial emitido com entoação suspensiva, deve ser acompanhado, preferentemente, de dois pontos ou de vírgula, sinais denotadores daquele tipo de inflexão.»

  • Vale lembrar que a despedida, o local e a data também são elementos da estrutura básica da carta.

    Despedida: "De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

    O local e a data, no caso do exercício, foram identificados ao final. É comum que apareçam no início.


ID
739876
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses” No exemplo acima, o vocábulo “que” substitui um termo antecedente (“boneca”) e é classificado, por isso, como pronome relativo.

Outro exemplo no qual o vocábulo “que” funciona como pronome relativo está em:

Alternativas
Comentários


  • Fiquei em dúvida em relação a classificação da letra D. Penso que seja um conjunção comparativa. Alguém pode, por favor, confirmar minha suspeita???

  • Demais classificações:

                a) “Sei que você sente muitas saudades” - conjunção integrante.

                b) “Aposto que você nem sabia” - conjunção integrante.

                c) “eletrodomésticos que não funcionavam” - pronome relativo, retoma "eletrodomésticos"

                d) “ninguém mais fraco do que nós” - conjunção comparativa

                e) “Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem" - conjunção integrante

  •  a) “Sei que você sente muitas saudades”
    "Que" é conjunção Integrante. E não há muita dificuldade para se perceber isso. Para saber se o “que” trata-se de uma conjunção integrante, basta analisar alguns detalhes:
    1°) Veja se antes do “que” vem um substantivo, ou adjetivo, ou advérbio, ou um pronome ou até mesmo uma oração. Antes do “que” temos o verbo “sei”, o que já não faz muito sentido classificá-lo como Pronome Relativo.
    2°) Veja se ao tirar o “que” da oração ela ficará estranha. Ficaria muito estranho pronunciar: “Sei você sente muitas saudades”. E é esse o papel do que na oração. É dar sentido a ela, ligando-as. A conjunção Integrante tem o papel de ligar duas orações, melhor dizendo, ligar a oração subordinada à principal. 
    Veja:
    Sei (1ª oração)... você sente muita saudade (2ª oração).  = Sei que você sente muita saudade.
     b) “Aposto que você nem sabia”
    A mesma coisa da letra a).
    Analise: o que é antecedido por substantivo? Não.
    Liga duas orações? Sim.

    Logo, também é Conjunção Integrante.
     c) “eletrodomésticos que não funcionavam” Correta
    Pronome Relativo
    O antecedente do pronome relativo pode ser um substantivo, um pronome, um adjetivo, um advérbio ou uma oração. Nesse caso, o “que” é antecedido pelo substantivo “eletrodomésticos”. E é fácil perceber que ele se refere a ele.
    Veja:
    Os eletrodomésticos. Não funcionavam os eletrodomésticos = os eletrodomésticos que não funcionavam. 
    O que limita a repetição da palavra “eletrodoméstico”, dando a noção clara de que ele se refere a ele, sem ter a necessidade de repeti-lo.
     d) “ninguém mais fraco do que nós”
    Aqui temos um caso de Conjunção Comparativa. Nesse caso, ela está representando o segundo elemento da comparação (=nós). Essa frase compara que “ninguém” é mais fraco do que “nós”.
     e) “Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem”
    Idem A e B. 
  • Bem, pessoal, para mim a maneira mais fácil de resolver essa questão é também a mais conhecida, ou seja: substituir o que por o qual, a qual, os quais ou as quais. Se a frase preservar o sentido, então o que estará exercendo a função de pronome relativo.

    “eletrodomésticos que (os quais) não funcionavam”

    Em nenhuma outra alternativa a substituição é possível.

    Valeu!
  • Olá pessoal, uma dica que acho interessante nesses casos é ,em primeiro lugar, substituir o pronome "QUE"  por: ISSO ou DISSO; sempre que a frase mantiver o sentido o "QUE" será uma conjunção integrante, assim será mais fácil chegar á resposta certa, porém, sem esquecer que este método não é 100% aplicável, por isso é sempre bom prestar bem a
    atenção aos comentários dos outros colegas. espero ter ajudado.


    Bons estudos!!!

ID
739879
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você.”

O conectivo “porque”, no contexto acima, estabelece relação de:

Alternativas
Comentários
  • CONECTIVOS subordinativos CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já que, visto que…
    Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

  • O conectivo "porque" exprime ideia de causa. Portanto, assertiva B correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Questão correta letra B, porque é uma oração subordinada adverbial  causal.

    Causais - Exprimem o motivo, a causa do fato expresso em outra oração. são introduzidas por: como, já que, uma vez que, porque, visto que, etc.:
    "Como o silêncio se prolongasse, Anselmo resolveu rompê-lo." (Machado de Assis)

    Graça e Paz
  • Conectivos causais: indicam a causa de algo.

    Já que, porque, que, pois que, uma vez que, sendo que, como, visto que, visto como, como etc.
    Ex: Passou no concurso, porque estudou muito.

    Borra Ceperj

ID
739882
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Alguns vocábulos sofrem alteração de timbre da vogal tônica ao serem flexionados, como ocorre em olho – olhos.

O mesmo fenômeno pode ser verificado na seguinte palavra do texto:

Alternativas
Comentários
  • alternativa: e

    Substantivos com plurais metafônicos Certos substantivos, ao serem flexionados em plural, apresentam variação  no timbre da vogal tônica “o” de fechada para aberta. abrolho; antolho; aposto; caroço; choco; corcovo; coro; despojo;  destroço;defeituoso; escolho; corvo; esforço; estorvo; fogo; forno; foro; fosso;  imposto; jogo; miolo; mirolho; olho; osso; ovo; poço; porco; porto;  posto; povo; reforço; renovo; rogo; sobrolho; socorro; tijolo; toco; tojo;  tordo; torto; tremoço; troco; troço.
    Não apresentam metafonia: acordo; adorno; algoz; almoço; alvoroço; arroto; boda; bojo; bolso;boneca;  cachorro; caolho; coco; esboço; esposo; estojo; engodo; ferrolho; fofo;  forro; gafanhoto; globo; golfo; gorro; gosto; gozo; horto; jorro; lobo;  logro; moço; molho; morro; mosto; namoro; pescoço; piloto; piolho;  poldro; polvo; potro; reboco; rebojo; repolho; restolho; rolo; rosto;  sogro; sopro; soro, suborno, toldo; topo; torno; transtorno
  • Pessoal,

                De-fei-tu-o-so (ô) - Singular.
                De-fei-tu-o-sos (ó) - Plural.
                Portanto, assertiva E correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Alguns substantivos, além de receberem a desinência -s na formação do plural, trocam o o tônico fechado(ô) pelo o tônico aberto (ó). Chamado de plural metafônico:
    Singular (ô): aposto, coroço, corpo, despojo e destroço.
    Plural (ó): apostos, caroços, corpos, despojos e destroço

    Graça e Paz
  • a) bonéca - bonécas

    b) consêrto - consêrtos

    c) lamentável - lamentáveis

    d) infortúnio - infortúnios

    e) defeituÔso - defeituÓsos

    A acentuação está incorreta, é somente para demosntrar a tonicidade da palavra.

    Bons estudos

     

  • RESPOSTA:

    E) DEFEITUOSOS

    POIS EM DEFEITUOSO O "O" SOA FECHADO

    JÁ EM DEFEITUOSOS O "O" SOA ABERTO

  • E) DEFEITUOSOS

    EXPLICAÇÃO DA QUESTÃO BEM SIMPLES,

    NA VERDADE O QUE OCORRE É NASALIZAÇÃO DAS PALAVRAS QUANDO FLEXIONADA ,

    OLHO - SOM NASAL -- OLHOS - SOM ORAL

    MESMO OCORRE EM DEFEITUOSO - SOM ORAL  -- DEFEITUOSOS - SOM NASAL

  • Tomar cuidado com o plural metafônico, que é aquele que se passa de uma vogal fechada para uma vogal aberta.
    Corpo -> Corpos
    Olho -> Olhos

    letra: "e"

  • Letra E

    defeituÔso - defeituÓsos

    outros exemplos:

    Singular (ô): aposto, caroço, corpo, despojo e destroço.
    Plural (ó): apostos, caroços, corpos, despojos e destroço

  • Defeituôso - Defeituósos

  • O "famoso" plural metafônico.

    Quem assistiu "Os Melhores do Mundo" irá lembrar...rsrsrs 

  • Análise:

    Vogal tônica - O timbre pode sofrer alteração ao ser pronunciado da forma singular para o pural.

    a)     Bonecas - Tanto "Boneca" e "Bonecas" possuem a mesma vogal tônica: "A"

    b)     Conserto - Tanto "Conserto" e "Consertos" possuem a mesma vogal tônica "O"

    c)     Lamentável - Tanto "Lamentável" e "Lamentáveis" possuem a mesma vogal tônica "Á"

    d)    Infortúnio - Tanto "Infortúnio" e "Infortúnios" possuem a mesma vogal tônica "Ú"

    e)     Defeituosos - A palavra no singular apresenta vogal tônica "Ô" e no plural apresenta vogal tônica "Ó"

  • Resumindo:

    defeituoso = timbre fechado

    defeituosos(ex: to timbre ao se pronunciar no plural "seria" "defeituósos") = timbre aberto

  • São chamados de plurais metafônicos, o timbre da vogal tônica altera de O para Ó.

  • A metafonia é manifestada por meio do plural dos substantivos, na qual ocorre a alternância de timbre da vogal, ou seja, no singular a vogal é pronunciada com um som mais fechado, e no plural, com um som aberto. Fechado: ô Aberto: ó Fonte: Mundo Educação

ID
739888
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido.”

O trecho acima poderia ser reescrito, unindo-se as orações por meio de um conectivo.

A reescritura que preservaria o sentido original do trecho seria:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B. IDEIA DE EXPLICAÇÃO: b) porque o infortúnio tinha nos unido.

  • Ideia de causa.
    Como o infortúnio tinha nos unido, àquela altura já éramos amigas.

ID
739891
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A palavra “lendário” foi formada por derivação sufixal.

Outra palavra do texto que apresenta apenas derivação sufixal é:

Alternativas
Comentários
  • letra c)

    a)n tem derivação
    b)hibridismo

    c) Significado de Secamente

    adv.

    De modo sêco; com frieza ou descortesia.
     

    d) n tem derivação
    e) parassintética

  • complementando...

    b) automóvel
    - hibridismo
    É a junção de elementos originários de línguas diferentes.
    auto (grego) + móvel (latim)


    e) infortúnio - parassintética
    Ocorre por meio da junção simultânea de um prefixo e sufixo ao radical, sem que a palavra possa existir apenas com um dos afixos.

  • GABARITO: LETRA C

    AGREGANDO CONHECIMENTO:

    Derivação: forma palavras pelo acréscimo de afixos. A derivação se divide em:

    ■ Prefixal: pela colocação de prefixos: reler, infeliz, ultravioleta, super-homem.

    ■ Sufixal: pela colocação de sufixos: boiada, canalizar, felizmente, artista.

    ■ Prefixal-sufixal: pela colocação de prefixo e sufixo numa só palavra: deslealdade, infelizmente, desligado.

    Parassintética (ou parassíntese): pela colocação simultânea de prefixo e sufixo numa mesma palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer.

    → A diferença entre a derivação prefixal-sufixal e a derivação parassintética está no fato de que na primeira podemos tirar o prefixo ou o sufixo e a palavra continua existindo; na segunda, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe em língua portuguesa:

    deslealdade = desleal, lealdade — derivação prefixal-sufixal

    entardecer = *entarde, *tardecer — essas palavras não existem — derivação parassintética.

    Regressiva: pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sarampão), pesca (de pescar), barraco (de barracão), boteco (de botequim).

    → quando a palavra original a ser reduzida é um verbo, recebe o nome de derivação regressiva deverbal: pesca (de pescar).

    Imprópria: pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar (substantivo formado pelo uso do verbo jantar), o belo (substantivo formado pelo uso do adjetivo belo).

    FONTE: Agnaldo Martino; Pedro Lenza - Português Esquematizado.


ID
739894
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A palavra “pobres” não sofre flexão de gênero; a variação entre feminino e masculino é indicada por outras palavras que a acompanham.

O mesmo ocorre com a seguinte palavra do texto:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra D)

    COMUM DE DOIS GÊNEROS  
    é o substantivo que apresenta uma só
    forma para ambos os gêneros, efetuando-se a distinção por meio do
    artigo ou de qualquer outro determinante.
    Ex.: o/a militante, um/uma artista, aquele/aquela colega, seu/sua dentista,
    dois/duas estudantes, esse/essa jovem, um/uma mártir,
    aquele/aquela pianista etc.

    letra d)
  • É POSSÍVEL DIZER ASSIM:

    O ESCRITOR E A ESCRITORA

    O HOMEM E A MULHER

    OS DONOS E AS DONAS

    OS FRACOS E AS FRACAS

    VEJAM, AINDA QUE SE RETIRE OS ARTIGOS,CERTAMENTE CONSEGUIREMOS IDENTIFICAR O GÊNERO, CONTUDO, VEJAM:

    O MILITANTE E A MILITANTE

    SE RETIRASSEMOS OS ARTIGOS NÃO SERIA POSSÍVEL IDENTIFICAR NA LETRA "D" O GÊNERO.

  • a) substantivo biforme

    b) substantivo biforme heterônimo

    c) substantivo biforme

    d) substantivo uniforme comum de dois gêneros

    e) substantivo biforme

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    O substantivo comum de dois gêneros só se refere a pessoas e tem seu gênero e sexo indicado por determinantes (masculinos e femininos). O substantivo sobrecomum só se refere a pessoas e tem seu gênero indicado por um determinante apenas (ou masculino, ou feminino), que serve para ambos os sexos. O substantivo epiceno refere-se a animais e plantas e tem seu gênero indicado por determinantes (masculinos e femininos; o sexo é indicado pelos adjetivos “macho” e “fêmea”).

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
739897
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



De acordo com as regras gramaticais, em alguns casos é obrigatória a próclise, ou seja, a colocação do pronome antes do verbo.

Um exemplo de próclise obrigatória, segundo a chamada norma culta da língua, está em:

Alternativas
Comentários
  • Letra E:

    Palavras com sentido negativo: (não, nunca, jamais, ninguém, nada, nenhum, nem ) são palavras atrativas, ou seja, uso obrigatório da próclise.

    Ex:

    Nunca se meta em confusões

    Nada nos deterá!
    •  LETRA E

    •  
    • COMENTNDO AS DEMAIS QUESTÕES:
    • a) “Posso lhe dizer”
    Nas locuções verbais observar o verbo auxiliar ( posso) e o principal ( dizer)

    outra construção admitida também seria com o infinitivo: Posso dizer-lhe


    • b) “Um homem nos recebeu"
    •  Com não há palavra atrativa antes do  pronome "nos", NÃO HÁ REGRA. Assim uso o que quiser!
    •  
    •  c) “para várias de nós não haveria volta”
    Não há pronomes clíticos!

    •  d) “O infortúnio tinha nos unido.”
    •    admite também a forma "nos tinha unido"  pois como NÃO HÁ PALAVRA ATRATIVO, USO A REGRA QUE QUISER!
    •  
    •  e) “Mas não se preocupe”
    • presença da palavra atrativa "não" . USO DA PRÓCLISE OBRIGATÓRIA!
  • Olá, companheiros de estudos.
    Detalhando esse assunto , segue os casos obrigatórioas da próclise.

    Próclise (pronome aparece ANTES do verbo)

    Casos obrigatórios do uso da Próclise:
    1) Depois dos advérbios (aqui, não, jamais, ali, já, amanhã, ontem, hoje, nunca, quando...)
    Exemplos:
                     Aqui SE trabalha
                     Não O chame de tolo.

    2) Depois dos pronomes indefinidos (alguém, ninguém, nenhum, pouco, tudo, muito...)
    Exemplo:
                     Alguém SE esqueceu do chapéu.
                     Ninguém ME avisou.

    3) Depois de pronomes relativos (que, quem, o qual, cujo...)
    Exemplo:
                   Aquele que SE esforça, alcança graças.

    4) Depois de conjunções subordinativas (que, porque, se, embora, conforme...)
    Exemplo:
                   Irei agora, porque ME esqueceram aqui.

    5) Entre uma preposição e um verbo no gerúndio. (EM + gerúndio)
    Exemplo:
                    Em SE tratando...

    6) Antes de verbos no infinitivo flexionado.
    Exemplo:
                   Não serás criticado por ME dizeres a verdade.

    7) Em orações negativas, interrogativas, exclamativas e optativas.
    Exemplos:
                       Ninguém NOS convidou.
                       Quanto TE custará?
                       Deus O perdoe.
                       Como SE estuda nessa vida.
                    

    Somos brasileiros ,e por isso, não devemos para de estudar até a nossa meta alcançar.
     
  • Casos de próclise obrigatória:

    - Palavra negativa:
    Ex.: Não me deixe sozinho esta noite!

    - Pronomes indefinidos:
    Ex.: Alguém me disse que você vai ser transferido.

    - Pronomes relativos:
    Ex.: O livro que me emprestaste é muito bom. 

    - Conjunções subordinativas:
    Ex.: Confiei neles, assim que os conheci.

    - Advérbios:
    Ex.: Ontem os vi no cinema.

    Portanto, palavra negativa próclise na ativa!

    Reposta correta letra "e".





     

  • Um pequeno comentário na letra d), na verdade há regra quanto a colocação pronominal nesse caso. Se você tem verbo auxiliar + particípio, você possuí duas possibilidades de usar os pronomes:

    1ª) Próclise ao auxiliar: O infortúnio nos tinha unido.
    2ª) Ênclise ao auxiliar: O infortúnio tinha nos unido. 
  • Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

    PRÓCLISE

    Usamos a próclise nos seguintes casos:

    (1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

    Nada me perturba.
    Ninguém se mexeu.
    De modo algum me afastarei daqui.
    - Ela nem se importou com meus problemas.

    (2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

    Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
    - É necessário que a  deixe na escola.
    - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

    (3) Advérbios

    Aqui se tem paz.
    Sempre me dediquei aos estudos.
    Talvez o veja na escola.

    OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

    - Aqui, trabalha-se.

    (4) Pronomes relativosdemonstrativos e indefinidos.

    Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    (5) Em frases interrogativas.

    Quanto me cobrará pela tradução?

    (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

    - Deus o abençoe!
    - Macacos me mordam!
    - Deus te abençoe, meu filho!

    (7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

    Em se plantando tudo dá.
    Em se tratando de beleza, ele é campeão.

    (8) Com formas verbais proparoxítonas

    - Nós o censurávamos.

  • (próclise) VER (mesóclise) BO (enclise)

    PRÓCLISE:
    - orações:
     a) exclamativas; e
     b) Optativa.
    - em + gerundio
    - com palavras atrativas:
     a) advérbios;
     b) pronomes; e
     c) conjunções subordinativas.
    Obs.: A palavra atrativa deixa de ser atrativa se for isolada com uma vírgula. Mas se a vírgula for para isolar um termo inferente a palavra atrativa perderá ou não sua atração.

    MESÓCLISE:
    - com verbos no futuro (do presente ou do pretérito)

    ENCLISE:
    - com verbos que se iniciam oração.

    "Eu sei que é difícil esperar, mas Deus tem um tempo para agir e pra curar. Só é preciso confiar!"
  • Neste caso, a próclise tornou-se obrigatória por causa do ''não''.

    ex.: Nunca se afaste de deus; Não se importe com opiniões alheias.

    abcs.


ID
739900
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A substituição da expressão grifada por um pronome pessoal está corretamente realizada em:

Alternativas
Comentários
  • a) assina esta coluna – assina-lhe
    ERRADO.quem assina assina alguam coisa, VTD. complemento de OD é o(s), a(s) e não LHE, que é complemento de OI. O certo seria assiná-la
    b) formamos um grande grupo – formamo-nos
    ERRADO. aqui eu n sei a regra nao..fui pelo feeling msm. formamo-nos da uma ideia duplicada..nós  formamos...formamos um grande grupo ja seria sufuciente.
    c) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo
    CERTO. complemento de VTD é OD. aqui, funcionando como tal o "o".
    d) mudar o mundo – mudar-se
    ERRADO. mudá-lo seria o certo.
    e) preparando a revolução – preparando-na
    ERRADO. preparar e VTDI. quem prepara prepara alguma coisa para alguem. a revolução é OD, porem a forma esta errada. estaria correto se fosse preparando-a.
  • Só complementando...

    Após formas verbais terminadas em r,s ou z os pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las.

    Sendo assim,

    Vamos tomar o poder - Vamos tomá-lo.
  • Felipe Nobre,
    em relação a alternativa B que vc foi pelo feeling, a regra se dá pela terminação, como mencionado pelo colega acima, ou seja, as palavras com as terminações R,S,Z são alteradas para LO, LA, LOS, LAS e não NO como é dito na alternativa. Somente será empregado o NO quando as palavras terminarem com som anasalado!!
    Espero tê-lo ajudado!!
  • Só complementando, com relação a alternativa "a" o correto seria assina-a e não assina-la. O segundo caso só ocorreria, se o verbo estivesse inicialmente no infinitivo, ou seja, assinar. Nessa hipótese, deveriamos substituir a desinência "R" pelas formas: lo, la, los, las.



    Sucesso para todos nós!
  • TAMBÉM A RESPEITO DAS VARIAÇÕES COM VTD...
     
    VERBOS TERMINADOS EM SOM NASAL (M/ ~) USA-SE : NO/ NA (S)

    EX.:

    AJUDARAM A ALUNA = AJUDARAM-NA.

    PÕE O LIVRO SOBRE A MESA = PÕE-NO SOBRE A MESA.
     

  •  a) O lhe, que não exerce função de objeto direto, não pode retomar esta 

    coluna, que é um objeto direto. O adequado seria assina-a, pois o pronome a, além 

    de concordar em gênero e número com termo substituído, exerce função de objeto 

    direto.

    b) O adequado é formamo-lo, pois o verbo termina em s.

    c) Como o verbo  termina em r, usa-se o pronome átono lo para retomar o termo substituído o poder. 

    d) Mudá-lo.

    e) Preparando-a.

  • Os textos que a CEPERJ escolhe pelo menos são bons kk adorei


ID
739906
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Dentre os verbos irregulares há aqueles que apresentam alguma variação no radical, ou seja, na “base” da palavra.

Um exemplo de verbo irregular encontra-se no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • verbo SER é irregular por nao apresentar o msm radical nas conjugaçoes:
    eu sou eu fui eu era
    tu és tu foste tu eras
    ele/ela é ele/ela foi ele/ela era
    nós somos nós fomos nós éramos
    vós sois vós fostes vós éreis
    eles/elas são eles/elas foram eles/elas eram
  • Na realidade, o verbo “ser” é um verbo anômalo e não irregular como afirma o enunciado.
    Verbos irregulares possuem pequena alteração em seu radical. Diferentemente, ocorrerão mudanças "radicais" nos verbos anômalos.
     
    Verbos Irregulares
    Verbos: ter, entreter, manter, deter, obter, reter, conter.
    Verbos: por, dispor, supor, depor, repor, compor.
    Verbos: ver, prever, antever, entrever, rever.
    Verbos: vir, intervir, provir, advir, convir.
    Tempo Ter Por Ver Vir
    Presente Eu tenho Eu ponho Eu vejo Eu venho
    Pretérito Perfeito Eu tive Eu pus Eu vi Eu vim
    Pretérito Imperfeito Eu tinha Eu punha Eu via Eu vinha
    Pretérito mais-que-perfeito Eu tivera Eu pusera Eu vira Eu viera
    Futuro do Presente Eu terei Eu porei Eu verei Eu virei
    Futuro do Pretérito Eu teria Eu poria Eu veria Eu viria
     Verbos Anômalos (Irregular dos irregulares)
      Saber Estar Ser Ir
    Presente Sei Estou Sou Vou
    Pretérito Perfeito Soube Estive Fui Fui
    Pretérito Imperfeito Sabia Estava Era Ia
    Pretérito mais-que-perfeito Soubera Estivera Fora Fora
    Futuro do Presente Saberei Estarei Serei Irei
    Futuro do Pretérito Saberia Estaria Seria Iria
  • Para saber se um verbo é irregular,deve-se conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo(tempos primitivos).Se houver qualquer irregularidade,ela se manifestará em um desses dois tempos.Exemplo com o verbo 'pedir':

    Presente do indicativo : eu peç o/tu ped es/ele ped e/nós ped imos/vós ped is/eles ped em

    Pretérito perfeito do indicativo:eu ped i/tu ped iste/ele ped iu/nós ped imos/vós ped istes/eles ped iram

    Nota-se que na primeira pessoa do singular do presente o indicativo,o radical altera-se para peç-;trata-se,portanto,de um verbo irregular.

    Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical,mas nas desinências.Exemplo:verbo 'estar'-  est ou/es tás/est á/est amos/est ais/est ão

    Curso Prático de Gramática / Ernani Terra
  • O verbo ser é ANÔMALO para a maioria dos gramáticos! Já o verbo escrever tem seu particípio irregular (ESCRITO). Ele deveria ser a resposta certa!

  • Eu discordo do gabarito, verbo ser é anômalo.

  • Verbo SER é considerado Anômalo. Gabarito incorreto.

  • Pessoal, isso é uma simples questão de nomenclatura. Um verbo anômalo é um verbo, simplesmente, muito irregular ou irregular em várias de suas formas, apresentando até mais de um radical. A banca, portanto, não estava de todo errada na formulação da questão. O gabarito está correto.

  • Anômalo é a mesma coisa que Irregular, pelo menos é o que percebi respondendo duas questões já, inclusive anotei esta observação.

  • Letra D.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “éramos” modifica o radical: eu sou, tu és, ele é... Naquela época, nós éramos...

    As demais alternativas possuem verbos regulares, pois os radicais não se modificam: “escrev-“, “viv-“, “lev-“, “fal-“.

     

     

     

    Gabarito: D

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Verbo Ser é anomalo e nao irregular, banca foi no mínimo irresponsável.

  • A BANCA ERROU VERBO SER ANOMALO E NÃO IRREGULAR

  • Algumas bancas não fazem distinção entre anômalo e irregular, exclusivamente, no que diz respeito aos verbos de ligação. Segue questão mais recente cobrada pelo Instituto AOCP - 2020: Q1166372 - Verbo Irregular = anomalo


ID
739918
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Mesmo não havendo registro de incidentes no País”
O trecho acima poderia ser reescrito, sem alteração do sentido essencial, da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B. Indica uma concessão à idéia expressa pelo verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, posto que, a menos que, se bem que, conquanto, mesmo que, nem que, apesar de que, (por mais) que, (por muito), que etc.

ID
739921
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No rol dos princípios que podem ser aplicados às relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor não se inclui:

Alternativas
Comentários
  • Peraí..
     
    Tá dizendo ali que NÃO SE INCLUI no rol dos princípios.
     
    Aí o cara responde que se inclui nos princípios a autonomia da vontade.
     
    Como pode ser certa?
     
  • Galera o principio que NAO  se inclui entre os aplicados ao CDC é o da AUTONOMIA DA VONTADE.


    GABARITO " C "
  • Segundo a doutrina moderna todo contrato deve atender o principio da funçao social.  Hoje,  a ideia classica do direito frances pacta sunt servanda  traduzido pela expressao  '' autonomia da vontade''  nao é suficiente para formaçao do contrato. É necessario que ele esteja e consonância com os principios norteadores do direito. Apesar de ainda ser a regra dizer que o contrato faz lei entre as partes essa expressao caiu em desuso dando lugar a AUTONOMIA PRIVADA, mais correto tecnicamente.
  • Quer dizer que nas relações de consumo não existe "autonomia da vontade"?
    Quer dizer que o consumidor não tem autonomia para contratar?
    Questão absurda.
  • Franco, as normas contidas no CDC têm natureza cogente, de ordem pública, que se referem a uma relação jurídica de interesse social. Como consequência, têm aplicação compulsória por parte do Estado, em seus três poderes. Em relação aos sujeitos, a vontade do consumidor e do fornecedor não tem capacidade de modificar tais normas. Os direitos subjetivos das normas cogentes são intangíveis. Trata-se da intervenção do Estado na vontade das pessoas, mais conhecida como intervencionismo estatal.
  • RESPOSTA É A LETRA "C"

    A doutrina mais recente entende ser aplicável a função social do contrato e não apenas o princípio da autonomia da vontade. Estamos diante então de normas de natureza cogente, ou seja, normas que não toleram renúncias. Normas em relação às quais são invalidos eventuais contratos ou acordos que busquem afastar sua incidência. Portanto seria um contraditório aplicar o princípio da autonomia da vontade deste caso.

    O STJ recentemente julgou no sentido:
    "As normas de proteção e defesa do consumidor têm índole de 'ordem pública e interesse social'. São, portanto, indisponíveis, inafastáveis, pois resguardam valores básicos e fundamentais da ordem jurídica do Estado Social, daí a impossibilidade de o consumidor abrir mão 'ex ante' e no atacado". ( STJ, RESp 586.316, Rel. Min. Herman Benjamin).

    Espero ter ajudado.
  • questao louca, rsss

    quer dizer que o contrato é feito a força??

  • Princípios do direito do consumidor = A HARMONIA VUNERÁVEL DEVE GARANTIR A BOA FÉ, TRANSPARêNCIA e ACESSO a todos os consumidores! Fonte: eu ;-)

    P. Harmonização das relaçoes

    P. Vunerabilidade

    P. Dever Governamental

    P. da Boa-Fé

    P. Transparência e Informação

    P. do Acesso à Justiça

     

     

     

  • REALMENTE autonomia da vontade não consta do artigo do CDC que indica os princípios, entretanto, dizer que a autonomia da vontade não existe é meio forçado


ID
739924
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Várias relações jurídicas não são consideradas relações de consumo. Das citadas abaixo, é considerada de relação de consumo:

Alternativas
Comentários

  • B) 2 - A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que não se
    aplica o Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicasexistentes entre condomínio e condôminos.
    REsp 679019

    C) I. O contrato de franquia, por sua natureza, não está sujeito ao
    âmbito de incidência da Lei n. 8.078/1990, eis que o franqueado nãoé consumidor de produtos ou serviços da franqueadora, mas aquele queos comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatáriosfinais. REsp 632958

    E) Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas estabelecidas entre pessoas jurídicas e bancos, porquanto os serviços de manutenção de contas correntes e aplicações
    financeiras prestados pelos bancos configuram relação de consumo, sendo a empresa a destinatária final do produto.
    REsp 1007692
  • Assim, Eros Grau não acolheu a distinção feita pelo ministro Nelson Jobim entre “operações bancárias”, às quais não caberiam as regras do CDC e “serviços bancários” sujeitos à aplicação do Código. Eros observou, no entanto, que o Banco Central deve continuar a exercer “o controle e revisão de eventual abusividade, onerosidade excessiva ou outras distorções na composição contratual da taxa de juros, no que tange ao quanto exceda a taxa base [de juros].”

    Em seguida, votou o ministro Joaquim Barbosa que também entendeu que o pedido formulado pela Consif é improcedente. Para o ministro, não existe inconstitucionalidade a ser pronunciada no parágrafo 2º do artigo 3º do CDC. “São normas plenamente aplicáveis a todas as relações de consumo, inclusive aos serviços prestados pelas entidades do sistema financeiro”, completou.

    O mesmo entendimento foi adotado pelos ministros Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence que, após o pedido de vista de Cezar Peluso, decidiu antecipar o voto. Ao votar, o ministro Pertence observou que após a revogação do parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição Federal pela Emenda 40/2003, o voto do ministro Carlos Velloso “perdeu a sua base positiva”. O dispositivo limitava a taxa anual de juros a 12%. 

  • Não são consideradas relação de consumo:
    - condomínios
    - divórcios
    - alimento e  guarda de filhos
    - inventário
    - aposentadorias
    - dívidas tributárias
    - condominio
    - franquia
    - locação
    - arrendamento rural(tipificado como locação)
  • Artigo 3º do CDC. Conta-corrente é uma operação naturalmente financeira.

  • Súmula 297 do STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.


ID
739927
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No campo da Política Nacional de Relações de Consumo, não se inclui nos princípios que informam a atuação das ações governamentais o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • CDC

    Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 

            I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

            II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

            a) por iniciativa direta;

            b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;

            c) pela presença do Estado no mercado de consumo;

            d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.

             III - (...)

  • Alternativa CORRETA letra " E "

                          A proteção ao desenvolvimento econômico não consta no rol elencado no art. 4, II do CDC.


    Insista, persista, não desista.

    Bons estudos

    DEUS seja conosco,




ID
739930
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando o Estado W organiza a Defensoria Pública de defesa do consumidor, ele está realizando no âmbito da Política Nacional das Relações de Consumo:

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,
    Enviei o requerimento abaixo destacado à EQUIPE QC...
    Solicito a quem estiver de acordo e quiser colaborar, a enviar mensagem de apoio, pois quanto mais requerimentos, maior será a possibilidade de implementação da ferramenta...
    Lembro que a idéia original pertence ao usuário Valdir Faleiro, a qual considero relevante e pertinente no auxílio de nossos estudos...
    “Tendo em vista que muitos usuários têm dúvidas acerca das questões e comentários, e solicitam expressamente no campo 'comentários' auxílio daqueles usuários avançados que detem maior conhecimento acerca da matéria, e no sentido de facilitar essa comunicação entre o usuário solicitante da informação e o usuário que se dispõe a ajudar, sugiro que a equipe técnica crie uma ferramenta ao lado do perfil do usuário solicitante, com uma opção simples do tipo 'responderam a sua dúvida', de modo que o usuário solicitante receba imediatamente em seu perfil e no seu email cadastrado a resposta para a sua dúvida, deste modo, o site atenderá em tempo real e mais rapidamente às inúmeras dúvidas sobre as questões, com uma maior interatividade entre os usuários.”
  • a) ERRADO - as promotorias de justiça de defesa do consumidor são orgãos oriundos do ministério público. b) CERTO - Basta lembrar do art. 134 da CF: "A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. c) ERRADO - Juizado Especial de Pequenas Causas é um órgão do sistema do Poder Judiciário, destinado a promover a conciliação, o julgamento e a execução das causas consideradas de menor complexidade pela legislação. d) ERRADA - Estimular associações de defesa do consumidor não é função precípua da defensoria pública, como já foi apontado no art. 134 da CF.  e) ERRADA - Delegacia do Consumidor é uma unidade policial especializada, órgão de execução da política nacional protetiva do consumidor, cuja finalidade precípua é a apuração das infrações penais contra as relações de consumo.
  • Alternativa CORRETA letra "B"

                                  Solicito , após reflexão, apoio á iniciativa do colega "dando tempo", gostei! 
  • unico gratis eh a D.P.

  • Estamos falando do rol do art.5  onde fala da execução da Política Nacional das Relações de Consumo, e o que a questão quer ? é a função da defensoria nessa execução da política nacional da defensoria, e a função é exatamente a letra B 

  • O instrumento da Política Nacional das Relações de consumo,  inciso II do Art 5 do CDC: " A manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente´"  se configura concretamente na crianção de Defensoria pública de defesa do consumidor carente. 


ID
739933
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No sistema de proteção aos riscos nas relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, pode-se identificar a denominada teoria da:

Alternativas
Comentários
  • gab: "b"
    Encontrei a reposta na doutrina de Claudia Lima Marques para quem a Teoria da Qualidade  significa que o CDC positivou um  dever legal para o fornecedor, um dever anexo: o dever de qualidade. A teoria da qualidade concentra-se no objeto da prestação contratual, pois visualiza o resultado da atividade dos fornecedores, de modo a impor-lhes o dever de qualidade dos produtos que colocam no mercado. Esta teoria se materializaria na responsabilização, prevista nos artigos 12 a 25 do CDC (lei 8.078), tanto pelo fato quanto pelo vício do produto/serviço.

ID
739936
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando a empresa W franqueada da empresa Y pratica um ato que lesa direito do consumidor, a responsabilidade do franqueador é identificada como a figura do fornecedor:

Alternativas
Comentários
  •  
    Categorias de Fornecedores
    - Fornecedor Real, por exemplo, fabricante, produtor, construtor, montador (art. 25, parag. 2o, CDC).
    - Fornecedor Presumido é o importador de produto industrializado ou in natura.
    - Fornecedor Aparente é o chamado quase-fornecedor, sendo aquele que coloca o seu nome em produto industrializado por 
    outro.
  • Letra B - correta

    Fornecedor real -  envolve o fabricante, o produtor e o construtor.

    Obs: é real, pois são pessoas que realmente fabricam, produzem ou constroem o produto para ser colocado no mercado de consumo.

    Fornecedor aparente: compreende o detentor do nome, marca ou signo aposto no produto final.

    Ex: Mac Donald's coloca a marca aposta no produto final, mas o pão, a carne, o presunto, o queijo, não são produzidos/fabricadas por ela. Ela aparente ser a fornecedora real, mas é apenas aparente pois leva o seu nome no produto.

    Fornecedor Presumido -  abrange o importador de produto industrializado (concessionária que vende veículos importados) ou in natura (peixaria que vende peixes, lagostas, importados) e o comerciante de produto anônimo (feirinha que vende produto in natura).

    Obs: é presumido porque não são os reais produtores/fabricantes, nem levam o seu nome nos produtos (não são aparentes), mas presumem fornecedores para proteção legal do consumidor.



ID
739939
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Mévio, diante de problemas mecânicos com seu automóvel, contrata os serviços da Mecânica Irmão e Irmão Ltda., que afirma ter realizado o adequado conserto e cobrou pelos serviços que foram pagos. Mévio, consultando amigo engenheiro mecânico que examinou o automóvel, é informado de que uma peça fundamental para o desempenho do veiculo, não constava da estrutura, apesar de a nota fiscal emitida indicar que a mesma havia sido trocada por uma original nova. O fato narrado caracteriza um caso de:

Alternativas
Comentários
  • O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
    I - sua apresentação;
    II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
    III - a época em que foi colocado em circulação.

    - Em relação aos serviços: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
    § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
    I - o modo de seu fornecimento;
    II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
    III - a época em que foi fornecido.
  • Segundo o CDC é considerado defeituoso o serviço quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em conta as circunstancias relevantes, como o modo de seu fornecimento ou de sua prestação, o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido, não se considerando defeituoso pelo simples fato de adoção de novas técnicas. (art. 14, §§ 1º e 2º)

    Bons estudos e avante !
  • Gabarito letra: A  - Serviço Defeituoso

  • GAB: A

    Art. 14 (...)

     § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

            I - o modo de seu fornecimento;

            II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

            III - a época em que foi fornecido.


ID
739942
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Sendo o produto não durável, o vício aparente e inexistindo fato obstativo para a incidência de prazo decadencial, o prazo para que o consumidor possa reclamar é de:

Alternativas
Comentários
  • c)30-correto

    No CDC, há Obrigação da troca imediata do produto com defeito de fabricação quando se tratar de bens não duráveis, ou seja, aqueles que se consomem com o uso, tais como roupas, calçados, pilhas, canetas, entre outros. Neste caso, o prazo para o consumidor reclamar contra tais defeitos é de 30 dias.
  • Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

            I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;


ID
739945
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

O Código de Defesa do Consumidor relaciona diversas situações em que é possível a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade quando houver prejuízo ao consumidor. Dentre as hipóteses abaixo, a que não permite a quebra da personalidade é:

Alternativas
Comentários
  • Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • GABARITO E. CDC, Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito,excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • Atenção para não confundir na hora da prova!!!!

    Desconsideração da Personalidade Jurídica no Código Civil (art. 50): 

    1) Desvio de Finalidade;

    2) Confusão Patrimonial.



ID
739948
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando a empresa W efetua publicidade afirmando que cobre os preços da concorrência, bastando apresentar prospecto indicando o preço praticado por empresa que comercialize determinado produto também disponibilizado na empresa W, existe a aplicação do princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Quando a empresa adota esse tipo de estratégia de Vendas, ela Acaba Vinculando Seus preços com as da concorrente ( preço do panfleto ).
    tambem se nota que as outras opçoes nada tem a ver com o principio descrito acima.!
  • vinculação: Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

  • O princípio da vinculação da publicidade reflete a imposição da transparência e da boa -fé nos métodos comerciais, na publicidade e nos contratos, de modo que o fornecedor de produtos ou serviços obriga-se nos exatos termos da publicidade veiculada.

    Assim, ofertou, vinculou. Prometeu, tem de cumprir!

  • Princípio da VINCULAÇÃO da oferta ao contrato, que diz, "Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado".


ID
740326
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Analise o texto abaixo, redigido em inglês técnico.

USB 3.0 has transmission speeds of up to 5 Gbps, which is 10 times faster than USB 2.0 (480 Mbps). USB 3.0 significantly reduces the time required for data transmission, reduces power consumption, and is backwards compatible with USB 2.0. The USB 3.0 Promoter Group announced on 17 November 2008 that the specification of version 3.0 had been completed and had made the transition to the USB Implementers Forum (USB-IF), the managing body of USB specifications. This move effectively opened the specification to hardware developers for implementation in future products.

Manufacturers of USB 3.0 host controllers include, but are not limited to, Renesas Electronics, Fresco Logic, Asmedia, Etron, VIA Technologies, Texas Instruments, NEC and Nvidia. As of November 2010, Renesas was the only company to have passed USB-IF certification, although Fresco Logic has now also passed USB-IF certification. Motherboards for Intel’s Sandy Bridge processors have been seen with Asmedia and Etron host controllers as well. On October 28, 2010 Hewlett-Packard released the HP Envy 17 3D featuring a Renesas USB 3.0 Host Controller several months before some of their competitors. AMD is working with Renesas to add its USB 3.0
implementation into its chipsets for its 2011 platforms. At CES2011 Toshiba unveiled a laptop called “Toshiba Qosmio X500” that included USB 3.0 and Bluetooth 3.0, and Sony released a new series of Sony VAIO laptops that will include USB 3.0. As of April 2011 the Inspiron and Dell XPS series are available with USB 3.0 ports.

Da análise realizada, pode-se concluir que o texto contém a afirmativa de que o USB 3.0:

Alternativas
Comentários
  • Eis ai a questão mais fácil da minha vida... kkkkkk

    USB 3.0 has transmission speeds of up to 5 Gbps, which is 10 times faster than USB 2.0 (480 Mbps)

    Traduzindo: USB 3.0 tem velocidade de transmissão acima de 5Gbps, sendo 10x mais veloz que o USB 2.0.

  • Quem sabia, sem ler nada ..deixa o like ! Compartilha , comente ..


ID
740329
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Sistemas de Informação
Assuntos

O PROCON mantém um sistema automatizado de controle das ocorrências diárias, que possui duas características, descritas a seguir.

(1) Todas as transações são inseridas no sistema, no momento em que ocorrem, a partir do instante em que o atendente toma conhecimento do fato gerador.

(2) O tempo de resposta do sistema é fator primordial para o desempenho do sistema e das atividades executadas pelo PROCON.

Pelas características descritas, o sistema automatizado é enquadrado na seguinte categoria:

Alternativas
Comentários
  • d-

     

    Consoante Tanenbaum (2003), os sitemas operacionais sao divididos em multitarefas e monotarefas, com varios tipos de subsistemas:

    a-SO de comp. de grande porte: grandes empresas. especializados em processos simultaneos. grande quantidade de I/O. 

    a.1- batch - 1° so multiprogramaveis, sem necessidade de interação com usuario. carregadas a partir da memoria secundaria

    a.2- time sharing - um programa pode ter varios time-slices se nao puder executar inteiro, retornando ao processador mais tarde p/ continuar sua função. Permite varios usuarios simultaneos por terminais usando 1 maquina central. 

    a.3 - SO TRNSACIONAIS - POSSIBILITAM varias requisições pequenas simultaneas e.g.: controle de estoque

     

    b- sistemas operacionais de servidores- ou pessoais de muito grande porte, permite compartilhamento de software e hardware. 

    b.1- so de multiprocessadores - varios CPUs administram hardware, com variações para melhora de compunicação e conectividade.

    b.2 - PCs - interface amigavel e grande usabilidade para usuarios caseiros.

    b.3- real time operating systems - limites rigidos de tolerancia para processos. nao ha time slice; o programa usa o processador o quanto necessario para acabar a tarefa. Ha 2 subcategorias:

    b.3.1- tempo real crítico - equipamentos médicos, controle de avião etc

    b.3.2 -tempo real nao-crítico - eventuais atrasos esperados e.g.: multimidia.


ID
740332
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Enquanto os seres humanos trocam informações com base no sistema decimal, os microcomputadores empregam o sistema binário. Nesse contexto, os números decimal 192 e binário 11001010 possuem, respectivamente, as seguintes representações binária e hexadecimal:

Alternativas
Comentários
  • 192 decimal para binário

    192 / 2 = 96 resto 0
    96 / 2 = 48  resto  0
    48 / 2 = 24 resto 0
    24 / 2 = 12 resto 0
    12 / 2 = 6 resto 0
    6 / 2 = 3 resto 0
    3 / 2 = 1 resto 1
    1 / 2 = 0 resto 1
    pegando de baixo para cima = 11000000

    Agora de binário para decimal eu separei em nibbles (meio bytes ou 4 bits)

    1100   /   1010
    Dea cordo com a tabela abaixo fica mais fácil 0000 = 0
    0001 = 1
    0010 = 2
    0011 = 3
    0100 = 4
    0101 = 5
    0110 = 6
    0111 = 7
    1000 = 8
    1001 = 9
    1010 = A
    1011 = B
    1100 = C
    1101 = D
    1110 = E
    1111 = F

    Portanto resposta CA

  • Nesse tipo de questão é mais fácil achar primeiro o hexadecimal e depois, com as alternativas que sobram, fazer a conversão do binário da alternativa e comparar com o decimal do cabeçalho da questão. Assim economizamos um tempo precioso.
  • Copy Alan:

    192 decimal para binário:
    192 / 2 = 96 resto 0
    96 / 2 = 48  resto  0
    48 / 2 = 24 resto 0
    24 / 2 = 12 resto 0
    12 / 2 = 6 resto 0
    6 / 2 = 3 resto 0
    3 / 2 = 1 resto 1
    1 / 2 = 0 resto 1

    sistemas binário e hexadecimal,

    1100 - 1010 ( divido em grupo de 4)

    1010 = 1^2+1^8 = 10 -> A
    1100 = 1^4+1^8 = 12 -> C

  • Já eu prefiro o contrário, Breno. Sei um método rápido de contar números em binários. Uso o valor que o dígito corresponde em decimal, assim faço o cálculo de cabeça. E também se o número terminar com 1 significa que ele é impar, então já dá pra descartar duas alternativas.

  • Resolução:

    192 (10) para (2) :

    Diminuindo-se 192 - 128, será  = 64, coloca-se 1 onde a soma dá o resultado do número:

    128 64 32 16 8  4 2 1 

      1    1   0   0  0  0 0 0


    11001010 (2) para (16):

    Basta separar o número por 4 dígitos e consultar na tabela o caractere correspondente:

    1100 / 1010

      C         A


    Resposta Letra : a)

    Tabela : 

    _______________________________________________________________________________________________

    Hexadecimal = 4 dígitos até a F | Decimal = 4 dígitos até 9  | Octal = 3 dígitos até o 7 | Binária = 2 dígitos

                                                                         0000 - 0
                                                                         0001 - 1
                                                                         0010 - 2
                                                                         0011 - 3
                                                                         0100 - 4
                                                                         0101 - 5
                                                                         0110 - 6 
                                                                         0111 - 7
                                                                         1000 - 8
                                                                         1001 - 9
                                                                         1010 - A
                                                                         1011 - B
                                                                         1100 - C
                                                                         1101 - D
                                                                         1110 - E
                                                                         1111 - F

    _______________________________________________________________________________________________



  • 128 64 32 16 8 4 2 1

    1       1   0   0  0 0 0 0

    Soma o resulta que tem números ‘1’. 128+64=192

     

    11001010 (Separe os números para ficar mais fácil)

    8421      8421

    1100      1010

     

    Soma 8 + 4 = 12 = C

    Soma 8 + 2 = 10 = A


ID
740335
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

No que diz respeito à arquitetura dos computadores, um componente realiza as funções de processamento de dados, enquanto outro oferece armazenamento interno à CPU. Esses componentes são conhecidos, respectivamente, como:

Alternativas
Comentários
  • A Memóra Cache (alternativa D) também oferece armazenamento interno à CPU...
  • O problema do item d) é só um. Atualmente, existem três tipos de memória cache. L1: é colada na CPU propriemante dita (interna à CPU). L2: acessada via BackSide Bus (também interna). L3: externa a CPU, posicionada (logicamente) entre a CPU e a memória principal.
    Dessa forma, o item d) não está correto, pois não especificou o tipo de cache.
  • Resposta correta é a (E) Unidade Lógica e Aritmética / Registradores


ID
740341
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Atualmente existem microcomputadores, na versão desktop, que utilizam placa-mãe com componentes integrados, numa modalidade em que a placa de vídeo e de rede, por exemplo, não são instaladas em soquetes e, sim, fazem parte da própria placa-mãe, compartilhando memória da RAM existente, acarretando menor desempenho, se comparado à instalação em soquetes independentes. A modalidade que utiliza componentes integrados na própria placa-mãe é conhecida pelo termo técnico:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

    "Onboard" significa “na placa”, portanto, quando você ouve falar que um computador “é onboard”, quer dizer que sua placa-mãe tem um ou mais dispositivos integrados, os quais podem incluir uma placa de som, vídeo, rede, modem ou outras. Por exemplo, ela pode contar com um chip de vídeo ou com a capacidade de processamento de vídeos mesmo sem ter uma placa dedidaca exclusivamente para isso a princípio.




     

ID
740344
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Memória virtual representa um mecanismo que é implementado pelo sistema operacional, com o auxílio do disco rígido. Das técnicas utilizadas no processo, duas são caracterizadas a seguir:

1- divide o espaço de endereçamento em um número de partições com tamanhos variáveis.

2- divide a memória física em um número de partições de mesmo tamanho, denominadas frames.

Essas técnicas são conhecidas respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • A segmentação é uma técnica de gerência de memória, onde os
    processos são divididos logicamente em sub-rotinas e estruturas
    de dados, e colocados em blocos de informações na memória.

    Os blocos tem tamanhos diferentes e são chamados de segmentos,
    cada um com seu próprio espaço de endereçamento.

    A grande diferença entre a paginação e a segmentação é que,
    enquanto a primeira divide a memória em partes de tamanho fixos,
    sem qualquer ligação com a estrutura do processo, a segmentação
    permite uma relação entre a lógica do processo e sua divisão na
    memória.

  • Complementando com conceitos formais:

    Na segmentação existem vários espaços de endereçamento para cada aplicação (os segmentos). Neste caso, o endereçamento consiste em um par ordenado [segmento:deslocamento], onde o deslocamento é a posição do byte dentro do segmento.

    Na paginação a memória física é dividida em blocos de bytes contíguos denominados molduras de páginas (page frames), geralmente com tamanho de 4 KiB (arquiteturas x86 e x86-64) ou 8 KiB (arquiteturas RISC) de tamanho. Por sua vez, o espaço de memória de um processo (contendo as instruções e dados do programa) é dividido em páginas que são fisicamente armazenadas nas molduras e possuem o mesmo tamanho destas.

ID
740347
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

No funcionamento dos discos rígidos, um parâmetro importante é conhecido por tempo de latência. Para um disco rígido SATA de 5400 rpm, o valor nominal para o tempo de latência corresponde a:

Alternativas
Comentários
  • 60 ÷ 5200 x 1000 = 11.11.
  • Latência rotacional é o tempo gasto pela cabeça de leitura/gravação encontrar o setor desejado, partindo-se do princípio que ela já está posicionada na trilha correta. A questão pede o valor nominal do tempo de latência. Entendo que precisamos calcular o tempo gasto pela cabeça para dar uma volta completa na trilha.
    O disco citado pela questão possui uma rotação = 5.400 rpm, isso significa que a cada minuto (60 seg.) o disco roda 5.400 vezes.
    Dividindo 60 seg / 5.400 rotações = 0,01111 seg. encontramos, em segundos, o tempo da volta completa.
    Como os valores das respostas são dados em milisegundos, basta multiplicarmos 0,01111 x 1000.
    Resposta: 11,1ms
  • 1 minuto = 60 segundos = 60.000 milissegundos

    60.000 / 5400 = 11,1ms


ID
740353
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

As distribuições Linux permitem o uso de comandos na modalidade prompt. Um comando possibilita a troca entre pastas existentes no sistema e outro mostra o caminho por inteiro de um diretório atual em determinado momento, ou seja, o pathname.

Esses comandos são respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    Comandos CP = CoPy, CD = Change Directory, VI = View, MV = MoVe.

    * Retificado, graças ao lembrete do Jadiel. Confundi FreeBSD e MS-DOS. Agora está correto.
  • Caro Fernando, vc é o cara! Seus comentários são ótimos. Mas gostaria que você colocasse uma fonte de onde vc tirou a informação dos comandos MD = Make Directory e do RD=Remove Directory. Pois, eu conheço os comandos mkdir, rmdir - para diretórios vazios e rm - para diretórios com conteúdo. Desconheço uma distribuição que aceite os comandos que você citou. Mas, caso existam gostaria de conhecer qual a distribuição que aceita esses comandos. Obrigado. Vou te enviar uma mensagem, se puder responder seria ótimo! Jadiel
  • pwd -> mostra todo o caminho até o diretório em que vc está.

    Ex.: /home/joao/Documents

  • 1. Comando pwd Use o comando pwd para encontrar o caminho para o diretório atual (da pasta) em que você está. O comando vai retornar um caminho completo (cheio), que é basicamente um caminho que começa com uma barra inclinada (/). Um exemplo de um caminho completo é /home/username. 2. Comando cd Para navegar pelo filesystem do Linux, use o comando cd. Ele requer ou um caminho completo ou o nome de um diretório, dependendo do diretório atual em que você estiver. Vamos dizer que você esteja em /home/username/Documents e quer ir para Photos, um subdiretório de Documents. Para fazer isso, simplesmente digite cd Photos.

ID
740359
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O Writer do pacote BROffice.org 3 oferece o recurso Formatar – Página que, ao ser acionado, abre uma janela. Nessa janela é possível definir o formato do papel na página, dimensões de altura e largura, além da orientação. Se largura = 21,00 cm e altura = 29,70 cm, pode-se concluir que o formato e a orientação do papel são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Brincadeira essa questão.
    Sinceramente, questão que não prova conhecimento de ninguém..Inúmeros recursos para ser explorado pela banca e me colaca isso.
    Gabarito letra D.




     

  • Bicho, sério! Essa questão...aaaaah, nem vou falar nada!
  • pois é , ridículo. Usei a palma da minha mao pra calcular o tamanho da A4. Questão ridícula = meio ridículo para resolver.
    Fala sério hehehe
  • Realmente uma questão MUITO IMPORTANTE!

    De um conhecimento profundo.
  • Não reclamaria se caísse na minha prova...rs!
  • Acertei no chute!!
  • Verdadeira pegadinha. Porque as orientações do papel são RETRATO (vertical) e PAISAGEM (horizontal)!
  • Vertical e retrato são a mesma coisa.
  • O que o examinador quis com isso ?
  • PQP veih... fico mto puto com essas questões! Estou estudando pra ser ultrasuperexpert em informática é??
  • questão realmente estranha, mas para ajudar um pouco vamos lá:

    vertical= retrato; é definido paisagem (horizontal) ou retrato (vertical)tamanhos dos papeis:

    A0 com 84,1 x 118,9 centímetros
    A1 com 59,4 x 84,1 centímetros
    A2 com 42 x 59,4 centímetros A3, com 42 x 29,7 centímetros.

    A4, a sulfite que costumamos utilizar com maior frequência com o tamanho de 21 x 29,7 centímetros.

    fonte:http://blog.creativecopias.com.br/simplificando-o-tamanho-e-formato-dos-papeis/

    http://www.nre.seed.pr.gov.br/uniaodavitoria/arquivos/File/CRTE/pde/EditorWriter.pdf

  • Casca de BANANA... excelente questão!

  • Retrato(vertical) e Paisagem(horizontal).

  • Sacanagem da banca pra não deixar ninguém gabaritar...

  • Errei. Que merda de questão. Algumas bancas viajam demais!

  • Acontece que certas bancas já perderam a criatividade em formular questões e estão passando para o ridiculo.


ID
740368
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Os protocolos da camada de transporte coordenam o envio de mensagens de um computador a outro, podendo ou não implementar algum mecanismo de controle para garantir a entrega das mensagens. Enquanto um protocolo desta camada se caracteriza por ser com conexão e com garantia de entrega do pacote, outro é sem conexão e sem garantia de entrega do pacote. Nessa sequência, os protocolos são conhecidos, respectivamente, pelas siglas:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.
    Protocolo da camada de transporte com controle, é o TCP. E protocolo da camada de transporte que é não orientado a conexão, é o UDP.
  • O protocolo TCP é um protocolo ORIENTADO À CONEXÃO, faz parte da camada de transporte e trabalha principalmente para a GARANTIA DA ENTREGA dos pacotes, ele é um pouco mais devagar, porém confiável.
    O protocolo UDP é um protocolo NAO ORIENTADO À CONEXÃO,  normalmente utilizado em videos na internet, ele é mais rapido mas NAO GARANTE a entrega dos pacotes, sao aqueles momentos de BUFFERING nos videos, que as vezes perdemos algumas cenas, é um exemplo que nao chegam os pacotes por completos.

ID
740371
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Os principais protocolos que dão suporte à internet fazem parte da arquitetura TCP/IP. Nesse contexto, uma sub-rede que opere de acordo com a configuração CIDR 199.213.158.64/27 está utilizando, respectivamente, a máscara e a faixa total de endereços indicados em:

Alternativas
Comentários
  • A mascara /27 possui 27 1s nos primeiros bits e zeros nos outros, ou seja:
    11111111.11111111.11111111.11100000
    que é igual a:
    255.255.255.224

    O ultimo octeto do endereço ip é 64 = 01000000
    Pela mascara os primeiros 3 bits são de sub-rede (fixos) e os 5 ultimos são de host.
    Logo os endereços possíveis para host são:
    01000000 até 01011111, que é em decimal equivalente a 64 até 95

    Vale lembrar que os endereços 199.213.158.64 e 199.213.158.95 não são endereços de host válidos (pois são endereços de Rede e Broadcast respectivamente)

ID
740374
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No âmbito da internet, um tipo de site representa uma forma livre de comunicação, em que grupos de pessoas podem trabalhar juntos para criar conteúdo, um website colaborativo que os membros de uma comunidade editam. Esse tipo de site é conhecido, tecnicamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Caracteristica.


    Uma Web Wiki permite que os documentos, sejam editados colectivamente com uma linguagem de marcação muito simples e eficaz, através da utilização de um navegador web. Dado que a grande maioria dos Wikis é baseada na web, o termo wiki é normalmente suficiente. Uma única página em um wiki é referida como uma "única página", enquanto o conjunto total de páginas, que estão normalmente altamente interligadas, chama-se 'o wiki'.
    Uma das características definitivas da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro de usuários é obrigatório em todos os wikis
  • Pessoal errei esta questão marquei a letra "C",  alguém pode explicar melhor a diferença entre esse WIKI e LINKEDIN, já vi os professores explicando sobre Linkedin agora sobre esse outro ai não.

    Bons Estudos!!!
  • gabarito letra A

    LinkedIn
    é uma rede social online para contatos profissionais. É diferente de outros sites de rede social, como o MySpace e o Facebook  porque foi criado especialmente para relacionamentos profissionais - encontrar um emprego, descobrir malas diretas, entrar em contato com possíveis parceiros de negócios - e não apenas para fazer amigos ou compartilhar fotos, vídeos e músicas.

    WIKI

    Hipertexto é um texto suporte que acopla outros textos em sua superfície cujo acesso se dá através dos links que têm a função de conectar a construção de sentido, estendendo ou complementando o texto principal. Esse sistema foi a base para o funcionamento do Wikipedia. .

  • É só lembrar da Wikipédia. Acertei esta questão assim.
  • o que é stuffwork??? Alguém pode me explicar?

    Abraços
  • Letra A. Basta lembrar da construção colaborativa do Wikipedia. Twitter é ummicroblog com características de rede social. LinkedIn é uma rede social voltada para profissionais e empresas. Webmail é o serviço de e-mail via Internet, que usa um navegador para acesso e protocolo IMAP4 para enviar e receber mensagens. O item E é como uma pegadinha para os espertinhos, porque na tradução literal, seria ‘tudo funciona’, e o avaliador deve ter se inspirado no HowStuffWorks (famoso website, com versão em português dentro do UOL, Como tudo funciona).
  • site ´colaborativo= geralmente eles citam a wikipédia, que é um no qual os usuários colocam suas colaborações


ID
740377
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Ao construir um site para a internet, para gerar uma página cujo fundo corresponda à fi gura procom.jpg, deve ser inserido um parâmetro na tag <body>. Um exemplo correto para essa sintaxe é:

Alternativas
Comentários
  • Não consigo visualizar a imagem.

  • A tag HTML capaz de exibir uma figura como fundo é a tag: background="nome da imagen.extensão".
    Para que o fundo preencha a pagina toda, deve-se utilizar do body da pagina como a questão trata.

    Resposta correta letra E

ID
740380
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

CSS tem por significado Cascading Style Sheets e é uma linguagem de estilo, utilizada para descrever a apresentação de um documento escrito em uma linguagem de marcação, como HTML, DHTML ou XML. Existem três maneiras de se aplicarem estilos aos documentos, sendo uma delas caracterizada a seguir:

1- é a mais poderosa, visto que as definições feitas em um style sheet podem ser aplicadas a inúmeros documentos.

2- utiliza um arquivo texto contendo somente a sintaxe CSS.

3- é definida por meio do uso da tag LINK dentro do elemento HEAD, como exemplificado cado em  <.LINK rel=”stylesheet” href=”http://www.procom.br/estilos.css” type=”text/css”>

A maneira caracterizada acima é definida como style sheet do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Site-wide consistency é uma característica de Cascading style sheet in web development:

    Quando CSS é usado com precisão, "a global style sheet" afeta todos os elementos docs no site. Se necessário mudar o estilo das páginas do site, isso pode ser feito por regras de edição em globalç style sheet.
  • É possível definir estilos (às vezes chamados “regras” de estilo) em três níveis:

    + no próprio elemento HTML (chamado também de inline);

    + na seção do arquivo HTML (chamada CSS interna);

    + ou em arquivos externos (chamada CSS externa).


ID
740383
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

ASP tem por significado Active Server Pages e é uma tecnlogia criada pela Microsoft, que combina HTML, comandos script e componentes ActiveX, para criar páginas web com conteúdo dinâmico. Emprega diversos objetos e um deles fornece acesso às informações passadas na solicitação do browser ao servidor.

Esse objeto é denominado:

Alternativas
Comentários
  • Request é a informação chegando no servidor através do navegador (Input)

    Principais propriedades do Request:

    1. Corpo do HTTP response;

    2. Número de Bytes enviados pelo cliente;

    3. Coleção de cabeçalhos;

    4. Porta servidor utilizada;

    5. Estado do servidor;

    6. Nome do servidor;

    7. Verificação de conexão SSL.

  • Na ASP.NET 2.0 tanto o objeto Session como o objeto Application são implementados como coleções ou conjunto de pares nome-valor.

    Gabarito: Os objetos Response e Request ainda existem e podem usados em páginas ASP.NET. Estes objetos representam a informação chegando no servidor Web a partir do navegador(Request) e a informação saindo do servidor para o navegador(Response). O objeto Request representa o objeto input e o objeto Response representa o objeto output.

    O objeto Session armazena informações de uma sessão de usuário em particular. Esse objeto persiste para a sessão inteira e proporciona assim uma solução elegante para o problema comum da persistência do estado - quando você precisa controlar um usuárioo de uma página da Web.


ID
740392
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

No que tange à segurança, existem duas classes de algoritmos criptográficos, caracterizadas a seguir.

1- utiliza uma mesma chave tanto para cifrar como para decifrar uma mensagem, ou seja, a mesma chave utilizada para “fechar o cadeado” é utilizada para “abrir o cadeado”.

2- utiliza chaves distintas, uma para cifrar e “fechar” e outra para decifrar e “abrir”, sempre geradas aos pares.

As classes descritas caracterizam algoritmos criptográficos conhecidos, respectivamente, como:

Alternativas
Comentários
  • Letra B
     Existem duas classes de algoritmos criptográficos: simétricos (ou de chave-secreta) e assimétricos (ou de chave-pública).

     Os algoritmos simétricos utilizam uma mesma chave tanto para cifrar como para decifrar (ou pelo menos a chave de decifração pode ser obtida trivialmente a partir da chave de cifração), ou seja, a mesma chave utilizada para “fechar o cadeado” é utilizada para “abrir o cadeado”.

    Nos algoritmos assimétricos temos chaves distintas, uma para cifrar e outra para decifrar

ID
740395
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

SQL representa uma linguagem declarativa, não procedural, que permite interação com bancos de dados, sendo constituída de três sublinguagens, a Data Manipulation Language (DML), a Data Definition Language (DDL) e a Data Control Language (DCL). Como comandos DCL, um permite conceder determinado privilégio a um usuário e outro permite retirar o privilégio concedido. Esses comandos são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • DML (Data Manipulation Language) - SELECT, UPDATE, DELETE, INSERT
    DDL (Data Definition Language) - CREATE, DROP, ALTER
    DCL (Data Control Language) - GRANT, REVOKE
    DTL (Data Transaction Language) - BEGIN, COMMIT, ROLBACK
  • GRANT - Adiciona permissões a um usuário

    REVOKE - Retira permissões, que foram anteriormente dadas a um usuário

ID
740398
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Em um banco de dados MySQL, deseja-se obter uma tabela a partir de TAB333, cujas linhas tenham ID menor que 40. O resultado deverá ser ordenado por ID e pela coluna VALOR de forma descendente. O comando SQL é:

Alternativas
Comentários
  • A letra d é a única que possui a sintaxe correta do comando select

    Select [colunas] from [tabelas] where [filtros] order by [colunas]
  • Acho q nosso amigo Bernardo errou na hora de digitar, Respota letra E. Contudo sua explicação continua muito boa!
  • Só acrescentando que o order by, por padrão, ordena em ordem crescente.

ID
740404
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

Observe o algoritmo abaixo, referente a um programa de computador, onde / representa divisão entre inteiros.

      algoritmo prog;
     var 
         array[1..8] of inteiros : tab;
         lógica : achou;
         inteiro : D, m, ini, fim, centro;
     procedimento PROC11;
     início
         para m de 1 até 8 faça ler(tab[m]);
     fim_do_procedimento;
     procedimento PROC22;
     início
         ler(D);
         achou=false;
         ini = 1;fim = 8;centro = (ini+fim) / 2;
         enquanto (D < > tab[centro]) e (ini < > fim) faça
              início
                 se D > tab[centro] então ini = centro+1
                                           senão fim = centro;
                 centro = (ini + fim) / 2;
              fim_do_procedimento;
         se D = tab[centro] então achou = VERDADEIRO
                                   senão achou = FALSO;
         se achou então escreva(D,' encontra-se na posição ',centro)
                        senão escreva(D,' não se encontra na tabela...');
     fim_do_procedimento;
     início
        PROC11;
        PROC22;
     fim_do_algoritmo.


 

Alternativas
Comentários
  • Letra E.
    O algoritmo da questão preenche um vetor de inteiros de 8 posições e, dado um valor inteiro D, retorna a posição dele no vetor, se o encontrar.
    O procedimento de busca começa pelo meio do vetor e, partir da comparação de valores, redefine o início ou o fim, reduzindo o escopo de busca, (sempre pela metade), e pegando o valor do meio desse novo escopo para comparação com D, até encontrar, ou se certificar que não o valor não está no vetor.
    Não está explicito, mas subentende-se que os valores lidos já estão ordenados.
  • O algoritmo se refere a uma busca binária, porém só é aplicável se o vetor "tab" estiver ordenado (o que não está explícito na questão).

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
740407
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Observe, abaixo, o trecho de programa em Pascal, que ilustra o emprego da estrutura de controle for ... to .... do.
   
                                                                       for K:=5  to  9  do  writeln(K:5);

 
A codificação equivalente, que utiliza a estrutura de controle repeat ... until ... e que produz o mesmo resultado, incluindo os valores finais das variáveis, é:

Alternativas
Comentários
  • Não vejo as imagens !

ID
740413
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

O código de um programa de computador escrito na linguagem Java é compilado para uma forma intermediária de código, que é interpretada pelas Máquinas Virtuais Java (JVMs). Esse processo apresenta portabilidade como grande vantagem. Essa forma intermediária é denominada:

Alternativas
Comentários
  • O código de um programa de computador escrito na linguagem Java é compilado para uma forma intermediária de código denominada bytecode, que é interpretada pelas Máquinas Virtuais Java (JVMs). É essa característica que faz com que os os programas Java sejam independentes de plataforma, executando em qualquer sistema que possua uma JVM. Cada opcode tem o tamanho de um byte — daí o seu nome — e assim o número de diferentes códigos de operação está limitado a 256. Os 256 possíveis valores para códigos de operação não são todos utilizados. Na verdade, alguns dos códigos foram inclusive reservados para nunca serem implementados.
    Fonte: Wikipedia.