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Prova CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco - Diplomata - 1ª Etapa


ID
567478
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Diversos autores têm imputado ao final da Guerra Fria e ao advento da globalização um recrudescimento do multilateralismo, consubstanciado em uma série de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada nos anos 90 do século passado. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A Conferência Internacional das Nações Unidas para Financiamento ao Desenvolvimento, realizada em 2002, aprovou o documento intitulado Consenso de Monterrey, entre cujos dispositivos consta a recomendação de aplicação, por parte dos países industrializados, de 0,7% do seu produto interno bruto em programas de ajuda ao desenvolvimento, o que vem sendo cumprido, de maneira geral, por grande parte desses países.

Alternativas
Comentários
  • Os países industrializados, posto que a UE tenha aumentado sua contribuição, não concordaram com os 0,7% do PIB em programas de desenvolvimento. 
     
    "a Conferência foi um rotundo fracasso. São várias as razões. Os países ricos não assumiram qualquer compromisso no sentido de elevar para 0,7% do PIB o montante da ajuda ao desenvolvimento, uma percentagem considerada necessária para serem atingidos os objectivos da ONU. A UE, que é quem contribui mais, decidiu em Barcelona elevar a sua percentagem dos 0,33 do PIB de hoje para 0,39 em 2006" http://www.ces.uc.pt/opiniao/bss/047.php
  • Quando se trata de paises doarem dinheiro pra ONU quase nunca é cumprido.

    Todo mundo quer tirar foto bacana, fazer discurso bonito mas na hora de colocar a mao no bolso é outra história.


ID
567481
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Diversos autores têm imputado ao final da Guerra Fria e ao advento da globalização um recrudescimento do multilateralismo, consubstanciado em uma série de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada nos anos 90 do século passado. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 1992), acordou-se que os países participantes deveriam adotar condutas com base em uma série de princípios políticos e filosóficos acerca da preservação do meio ambiente no plano multilateral, entre os quais, o reconhecimento das necessidades especiais dos países em desenvolvimento, a promoção do consumo responsável e o compromisso dos governos de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA
    Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 1992), acordou-se que os países participantes deveriam adotar condutas com base em uma série de princípios políticos e filosóficos acerca da preservação do meio ambiente no plano multilateral, entre os quais, o reconhecimento das necessidades especiais dos países em desenvolvimento, a promoção do consumo responsável e o compromisso dos governos de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.
    O compromisso de redução ocorreu somente na COP-3 Quioto em 1997. Onde os Estados do Anexo I iriam reduzir em conjunto 5,2% com base nos níveis de 1990.

  • Não há acordo no sentido de promoção do consumo responsável, tampouco no tocante ao compromisso de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.
  • Questão Anulada:

    Parecer: ANULAR
    Justificativa: Por haver imprecisão quanto à diferença qualitativa entre a natureza dos compromissos assumidos em 1992 e 1998 sobre a necessidade de se limitar a emissão de gases causadores do efeito estufa, opta-se pela anulação do item.
  • Olá, pessoal!
    Essa questão foi anulada pela organizadora.

    Justificativa da banca:  Por haver imprecisão quanto à diferença qualitativa entre a natureza dos compromissos assumidos em 1992 e 1998 sobre a necessidade de se limitar a emissão de gases causadores do efeito estufa, opta-se pela anulação do item.
    Bons estudos!

ID
567484
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Diversos autores têm imputado ao final da Guerra Fria e ao advento da globalização um recrudescimento do multilateralismo, consubstanciado em uma série de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada nos anos 90 do século passado. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A Declaração de Viena sobre os Direitos Humanos, emanada da conferência homóloga convocada pela ONU, em 1993, consagrou, em relação a esses direitos, os princípios da universalidade, da indivisibilidade, da objetividade e da não seletividade, que foram subscritos pela delegação brasileira no transcurso da conferência.

Alternativas
Comentários
  • O embaixador Gilberto Sabóia, da delegação brasileira, presidiu o comitê de redação da declaração -- o que atesta a possibilidade de influência brasileira no texto do documento.

  • Gilberto Saboia atualmente atua na FUNAG.

    Nesta Conferência ocorreram alguns pontos importantes:
    • 1) reconhecimento de caráter universal e indivisível dos direitos humanos.
    • 2) uma declaração, ou seja, não houve vinculação.
    • 3) proposto a constituição de um Tribunal Internacional dos Direitos Humanos.
    • 4) CONSAGRAÇÃO DO PRINÍCIPIO DA LEGITIMIDADE ESTATAL
  • Gabarito: CERTO
    Há a realização da Conferência de Viena para Direitos Humanos, e o Brasil assume posição de destaque, Gilberto Saboya, que era embaixador, fica responsável pela declaração final da conferência (essa declaração foi aprovada por consenso). Cujos princípios:

    ~* Lógica de indivisibilidade dos direitos humanos;

    ~* Universalidade dos direitos humanos (contra o relativismo dos direitos humanos);

    ~* Direitos humanos são um tema global: São vistos como algo que supera a soberania dos Estados;

    ~* Não-seletividade (os indivíduos não podem ser tratados de forma diferente independentemente da nacionalidade) - filtro cultural e político.


ID
567487
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Diversos autores têm imputado ao final da Guerra Fria e ao advento da globalização um recrudescimento do multilateralismo, consubstanciado em uma série de conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada nos anos 90 do século passado. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Malgrado o importante avanço do tratamento multilateral de temas como meio ambiente e direitos humanos, o multilateralismo fracassou no plano econômico, devido à não observância de boa parte das decisões do Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio bem como à paralisação da Rodada de Doha e à crise financeira global que se instalou ao final do século XX.

Alternativas
Comentários
  • A crise financeira se instalou a partir de 2008 !!
  • Parece-me forçoso afirmar que o multilateralismo fracassou no plano econômico, ainda mais devido à não observância de boa parte das decisões do OSC da OMC.
  • Malgrado o importante avanço do tratamento multilateral de temas como meio ambiente e direitos humanos, o multilateralismo fracassou no plano econômico, devido à não observância de boa parte das decisões do Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio bem como à paralisação da Rodada de Doha e à crise financeira global que se instalou ao final do século XX .


    Quanto as decisões do OSC da OMC:


    "O Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) da Organização Mundial do Comércio (OMC) tem se revelado um instrumento efetivo para lidar com problemas comerciais globais e para aportar um grau mais elevado de segurança jurídica nas relações multilaterais. A efetividade demonstra-se tanto em relação aos prazos para a solução de litígios, relativamente curtos em função dos montantes em disputa, como em relação ao cumprimento das decisões pelos Estados. " Marcelo Dias Varella

    Quanto à crise financeira global:

    "que se instalou no início do século XXI."











  • A questão já começa errada. Malgrado? Falta de agrado?
    Com o passar do tempo, os temas como meio ambiente e direitos humanos são cada vez mais pautados pelas agendas internacionais.

  • Heleno Morão, 

    Malgrado é um conjunção concessiva que transmite a mesma ideia que: conquanto, ainda que, independentemente de, mesmo que, etc.


ID
567490
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

No plano energético, muito embora esses dois países tenham assinado, em 2007, acordo para incentivar a produção e o consumo de biocombustíveis, persistem dificuldades para o acesso do etanol brasileiro ao mercado norte-americano, em decorrência de elevadas tarifas e taxas de importação incidentes sobre o produto brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Essa mudança ocorrerá apenas agora, em 2012, enquanto que a questão é de 2011:

    "Depois de mais de 30 anos de protecionismo, o mercado dos Estados Unidos vai se abrir para o etanol brasileiro de cana-de-açúcar em 2012. O Congresso americano entrou em recesso nesta sexta-feira (23) sem prorrogar a legislação vigente, que inclui subsídio de US$ 0,45 por galão de etanol produzido nos Estados Unidos, assim como a tarifa alfandegária de US$ 0,54 cobrada pelo galão de etanol importado. A medida expiraria no dia 31 de dezembro."

    Fonte: http://glo.bo/vheYAH
  • Em 2012, essas taxas foram levantadas e o mercado americano inundou-se com o etanol brasileiro, mas é interessante perceber que a partir de 2016 nós começamos a importar muito etanol dos EUA, apesar de sermos um grande produtor. Isso ocorreu por causa do aumento no preço da gasolina, que impulsionou os consumidores, com carros flex, a aumentarem seu consumo de etanol, mas os produtores tinham destinados suas produções para o açúcar refinado. Ocorreu então uma diminuição dos estoques, e o preço do etanol brasileiro elevou-se. Percebemos, portanto, que importar dos EUA ficou mais barato do que comprar o nacional. Isso perdura em 2017 e o governo brasileiro já pensa em adotar uma medida para dificultar a importação.  

     

    Fontes: https://www.novacana.com/n/etanol/mercado/importacao/brasil-maior-comprador-etanol-eua-surpresa-usinas-eua-050416/

     

    http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/brasil-adota-medida-para-proteger-usinas-contra-importacao-de-etanol-dos-eua.ghtml

  • Atualização do comentário da Dafne, de 2017:

    O Brasil considera abrir totalmente o mercado de para os Estados Unidos, enquanto a China vira as costas ao biocombustível americano em meio à guerra comercial.

    As autoridades brasileiras consideram ceder à demanda americana de zerar a tarifa de importação de etanol para facilitar as negociações em curso do acordo bilateral com os EUA, disseram duas pessoas a par do assunto que pediram para não serem identificadas porque o assunto não é público. Um acordo bilateral, esperado para outubro, beneficiaria muito produtos nacionais Em agosto de 2017, o governo do Brasil aplicou uma tarifa de 20% sobre os embarques de etanol dos EUA que excedem a cota anual de 600 milhões de litros, depois que as importações americanas de etanol de milho inundaram o mercado doméstico, deteriorando os preços locais.

    https://exame.abril.com.br/economia/brasil-considera-zerar-tarifa-de-importacao-do-etanol-dos-eua/

  • Atualizando: em 2019, a alínea “álcoois, fenóis e seus derivados” correspondeu a 2,7% das exportações brasileiras para os EUA. representando 62% do mercado externo para o etanol brasileiro e cerca de 92% das importações. Produtores nacionais enviaram 1,2 bilhão de litros para consumidores americanos, mais do que o dobro da demanda da Coreia do Sul, segundo maior cliente. Com o alinhamento de Bolsonaro ao presidente americano, Donald Trump, o governo brasileiro renovou a cota de importação para 2020, elevando os volumes de 600 milhões para 750 milhões de litros. Em 2019, foram alocados 200 milhões dessa nova cota, 90% consumidos até novembro (dados mais recentes disponíveis). Para este ano, há duas janelas de importação sem tarifas, de 275 milhões de litros cada uma, entre março e maio e depois, junho e agosto.

    Portanto, essa questão estava correta em 2011, mas em 2020 deve ser vista de outra forma.

    Ao mesmo tempo, 2,5% das importações brasileiras correspondem a essa mesma alínea. Isso ocorre porque em determinados períodos, o álcool americano fica mais barato que o brasileiro e por causa da demanda de açúcar da cana.

    FONTES: ComexVis e União Nacional de Bioenergia


ID
567493
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

As divergências entre Brasil e EUA, visíveis ao final da Segunda Guerra Mundial, aguçaram-se com o afastamento bilateral durante o período militar no Brasil, com as discordâncias em torno da constituição da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e com os desentendimentos que prevaleceram, de parte a parte, durante o governo do presidente Lula.

Alternativas
Comentários
  • discordancia em relação a Alca foi no governo FHC
  • Creio que o erro não seja o apontado pelo caro colega acima, pois em momento algum na questão afirmou-se que as discordâncias em torno da constituição da ALCA referem-se ao governo Lula. Na realidade, a meu ver, o erro está no fato de dizer-se que as diferenças aguçaram-se com o afastamento bilateral durante o período militar, pois devemos lembrar que houve momentos durante esse período em que tentou-se uma aproximação com os Estados Unidos.
  • Acredito que o erro está na assertiva de que as divergências são "visíveis ao final da Segunda Guerra Mundial". Na verdade, no imediato pós-guerra, a política externa brasileira pautou-se de excessivo alinhamento com os EUA (Governo Gaspar Dutra), na ilusão de que se manteria o poder de barganha brasileiro adquirido no contexto do Estado Novo (pragmatismo equidistante). As divergências passaram a ser visíveis a partir do momento em que o foco dos EUA se transferia para a Europa e Japão, fato diretamente derivado do tema da ameaça do avanço e influência do comunismo. A América Latina passou a segundo plano, visto que a hegemonia nessa região estava naquele momento assegurada e livre de preocupações maiores. Daí a elaboração do Plano Marshall e tudo o que se seguiu e que se encontra nos primóridos da Guerra Fria.

    No contexto do TIAR (1947, ou seja, Governo Dutra), o tema ideológico do combate ao comunismo ainda encontra-se relativamente velado. Após a constatação do novo contexto da ordem mundial, que, repito, ainda não era totalmente visível ao final da Segunda Guerra, é que a PEB passará a adotar postura mais independente (vide a PEI) em virtude de uma maior percepção das divergências em sua relação com os EUA.
  • Complementando a resposta do colega acima, creio que há outro erro. Não penso que se possa falar em "desentendimentos que prevaleceram" no governo de Lula. Alguns autores chegam a comparar a boa relação que houve entre Lula e Bush àquela que havia entre Clinton e FHC. Então, se por um lado não se pode afirmar que houve completa sincronia, tampouco está correto falar em prevalência de desentendimentos. É importante lembrar, inclusive, que, em 2005, é estabelecida a parceria estratégica entre Brasil e Estados Unidos. Em 2007, verefica-se a cooperação energética (biocombustíveis) voltada à América Central e ao Caribe, posteriormente estendida para a África.
  • Não sei se alguém já mencionou, mas o governo Castello Branco foi de "correção de rumos" da PEI, ou seja, um alinhamento total aos EUA, então não se pode falar em distanciamento em todo o período militar

  • A questão generaliza períodos longos da PEB, que foram bem heterogêneos com relação aos EUA, temos aproximações e distanciamentos desde 1945. Aproximações maiores, por exemplo, com Dutra, Café Filho e Castelo Branco. Lembrem-se que foi durante o governo de Castelo Branco que Juracy Magalhões declarou que "o que é bom para os EUA, é bom para o BR". 

  • ERRADO.


    Para analisar o item, facilita o estudo dividir os períodos determinados sobre a relação bilateral Brasil-EUA.


    O primeiro período citado foi o final da Segunda Guerra, no qual o item está incorreto ao afirmar que houve afastamentos nas relações bilaterais. Segundo Monica Hirst, o período do pós-Segunda Guerra marca um importante alinhamento brasileiro à política levada a cabo em Washington. Os Estados Unidos continuaram, durante este período, sendo os maiores parceiros comerciais e fornecedores de investimentos no país.


    O segundo período, durante o governo militar, está igualmente incorreto, afinal, mesmo se houve uma prevalência da autonomia brasileira nas relações bilaterais entre EUA e Brasil e, consequentemente, um afastamento, este período não foi uniforme. Durante os anos de Castello Branco no poder (1964-67) ocorrerá o que Amado Cervo chamará de “passo fora da cadência”, ou o alinhamento brasileiro em relação aos Estados Unidos. A partir de 1967, há uma prevalência da autonomia brasileira e de uma política mais universalista.


    Sobre o terceiro período e as negociações na ALCA, houve discordâncias entre o Brasil e os Estados Unidos sobre temas de fundamental importância para o Brasil e outros países participantes, como a inclusão da legislação antidumping e subsídios agrícolas no acordo, o que acabou levando ao congelamento das negociações para uma Área de Livre Comércio nas Américas.


    Enfim, o último período, que ressalta a prevalência de desentendimentos durante o governo Lula entre Brasil e os Estados Unidos, pode ser qualificado (de acordo com outras provas do CESPE que tratam sobre o tema) como um período de esfriamento das relações, já que o Brasil divergiu dos EUA na grande maioria das votações na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Segundo Cristina Pecequillo, em seu artigo intitulado “A New Strategic Dialogue: Brazil-US Relations in Lula’s Presidency (2003-2010)”, as relações entre Brasil e Estados Unidos no período são consequência da volta do multilateralismo como meta da política externa brasileira, além da nova inserção brasileira no contexto internacional.


    Fonte: 7.000 questões comentadas do CESPE.

  • primeiro período citado foi o final da Segunda Guerra, no qual o item está incorreto ao afirmar que houve afastamentos nas relações bilaterais. Segundo Monica Hirst, o período do pós-Segunda Guerra marca um importante alinhamento brasileiro à política levada a cabo em Washington. Os Estados Unidos continuaram, durante este período, sendo os maiores parceiros comerciais e fornecedores de investimentos no país.

    segundo período, durante o governo militar, está igualmente incorreto, afinal, mesmo se houve uma prevalência da autonomia brasileira nas relações bilaterais entre EUA e Brasil e, consequentemente, um afastamento, este período não foi uniforme. Durante os anos de Castello Branco no poder (1964-67) ocorrerá o que Amado Cervo chamará de “passo fora da cadência”, ou o alinhamento brasileiro em relação aos Estados Unidos. A partir de 1967, há uma prevalência da autonomia brasileira e de uma política mais universalista.

    Sobre o terceiro período e as negociações na ALCA, houve discordâncias entre o Brasil e os Estados Unidos sobre temas de fundamental importância para o Brasil e outros países participantes, como a inclusão da legislação antidumping e subsídios agrícolas no acordo, o que acabou levando ao congelamento das negociações para uma Área de Livre Comércio nas Américas.

    Enfim, o último período, que ressalta a prevalência de desentendimentos durante o governo Lula entre Brasil e os Estados Unidos, pode ser qualificado (de acordo com outras provas do CESPE que tratam sobre o tema) como um período de esfriamento das relações, já que o Brasil divergiu dos EUA na grande maioria das votações na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Segundo Cristina Pecequillo, em seu artigo intitulado “A New Strategic Dialogue: Brazil-US Relations in Lula’s Presidency (2003-2010)”, as relações entre Brasil e Estados Unidos no período são consequência da volta do multilateralismo como meta da política externa brasileira, além da nova inserção brasileira no contexto internacional.


ID
567496
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

A despeito das divergências existentes entre os dois países durante a presidência de George W. Bush, o Brasil apoiou os EUA na chamada guerra contra o terror, deflagrada após os atentados de 11 de setembro de 2001, e na intervenção no Iraque, em 2003.

Alternativas
Comentários
  • Como foi mesmo?

  • Um dos principais principios da Politica externa brasileira é o da não intervenção. Qualquer questão que diga que o Brasil a apoia estará errada.

  • "Em 2003, o Brasil opôs-se à invasão do Iraque por tropas da "Coalition of the Willing", pois não fora autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Essa posição não decorreu de qualquer simpatia pelo regime baathista – mas, sim, da necessidade de respeito incondicional à Carta da ONU e ao Direito Internacional."

     

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5251-republica-do-iraque

     

    Com relação ao comentário sobre o princípio da não-intervenção, é verdade que ele é forte no direcionamento da PEB, porém devemos lembrar uma exceção que ocorreu durante o governo de Castelo Branco, em que o BR apoiou e participou da intervenção na República Dominicana em 1965.

     

    Uma matéria para relembrar o assunto: http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/em-1965-brasil-se-alinhava-aos-eua-em-intervencao-na-republica-dominicana-16227159

     

  • Alemanhã, França e Brasil se opuseram à intervenção norteamericana no Iraque. A intervenção sobre um terceiro país pode ocorrer sob o amparo da Carta da Nações Unidas quando se tratar de medida amparada pelo CSNU (ou UNSC, em inglês), trata-se do princípio da segurança coletiva.


ID
567499
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

No âmbito comercial, as medidas antidumping de caráter discricionário, a fixação de quotas, as tarifas altas e as barreiras técnicas impostas ao Brasil pelos EUA vêm afetando as exportações brasileiras; ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta restrições para importar daquele país determinadas tecnologias necessárias para o desenvolvimento de setores econômicos não tradicionais.

Alternativas
Comentários
  • "De acordo com o Resumo Executivo de 2003-2010 publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, a manutenção de um protecionismo seletivo a favor de setores como agricultura e manufaturas tradicionais, tanto nos cronogramas de redução tarifária como na recusa em negociar regionalmente subsídios agrícolas e práticas abusivas de antidumping é uma das discordâncias entre Brasil e Estados Unidos no campo comercial" Negreiros, Priscilla. Como Passar no Concurso da Diplomacia. PP174.

ID
567502
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das dificuldades verificadas no processo de integração sul-americana, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

As divergências político-ideológicas entre o governo venezuelano e os de diversos outros países sul-americanos, como os da Colômbia, do Peru e do Chile, motivaram crises diplomáticas entre Caracas e os governos desses países, tendo a eleição do conservador Sebastián Piñera, em março de 2010, no Chile, levado ao rompimento das relações Venezuela-Chile.

Alternativas
Comentários
  • Não houve rompimento das relações diplomáticas entre Venezuela e Chile.

ID
567505
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das dificuldades verificadas no processo de integração sul-americana, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

Não há consenso entre os países da região no que se refere à adoção de uma norma comum para seus sistemas de televisão digital, tendo Argentina e Uruguai, por exemplo, adotado a norma europeia, ao passo que Brasil e Paraguai optaram pelo modelo nipo-brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • INCORRETA
    A norma nipo-brasileira (ISDB-T) de televisão digital serão utilizada pelos quatro países do Mercosul, situação que favorece a integração e aumenta o mercado para a produção de equipamentos.
  • O padrão japonês foi adotado por Brasil, Argentina, Paraguai, Chile. Já o Uruguai foi o primeiro país da América Latina a adotar o modelo europeu.
  • Na verdade, atualmente apenas a Colombia utiliza o sistema europeu de TV digital na América do Sul.
    Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=24682&sid=8
  • o Modelo nipo-brasileiro já é utilizado por 15 países. Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Botswana, Guatemala e Honduras também já optaram pelo ISDB-T, além de Brasil e Japão.

  • http://www.mc.gov.br/radio-e-tv/noticias-radio-e-tv/28864-filipinas-adota-padrao-nipo-brasileiro-de-tv-digital



  • Cara, que questão aleatória


ID
567508
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das dificuldades verificadas no processo de integração sul-americana, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

Chile e Peru divergem no que concerne à delimitação dos seus limites laterais marítimos — o Peru reivindica área oceânica na região do Pacífico fronteiriça entre os dois países, pleito não reconhecido pelo Chile.

Alternativas
Comentários
  • O chanceler peruano, José Antonio García Belaunde, reiterou em maio de 2011 que seu país e o Equador estabeleceram nesta semana tratados explícitos de seus limites marítimos, como ordena a Corte Internacional de Justiça. O presidente do Peru, Alan Garcia, reconheceu os limites marítimos indicados na Carta Náutica equatoriana apresentada à ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo Belaunde, falta essa clareza nos convênios pesqueiros de 1952 e 1954, assinados pelo Chile, Equador e Peru.
     
    Em janeiro de 2008, o Peru apresentou uma demanda à Corte Internacional, em Haia, para fixar a delimitação com o Chile, mas este país defende que os tratados pesqueiros já servem como acordos de fronteiras marítimas. O Equador entrou nesse conflito por ser um dos signatários dos acordos. Mas, diferentemente do Chile, reconheceu que os documentos tratavam somente de convênios relacionados à pesca. O país redigiu então uma Carta Náutica, seguindo as orientações do tribunal internacional, que foi ratificada recentemente por Lima. Dessa forma, a intervenção de Quito na disputa entre as outras duas nações foi descartada.
  • Atualizando:

    Corte Internacional de Justiça define nova fronteira marítima entre Chile e Peru


    A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal órgão judicial das Nações Unidas, definiu nesta segunda-feira (27) uma nova fronteira marítima entre Chile e Peru. O conflito remonta à Guerra do Pacífico, nos anos 1880.

    Com a decisão, obrigatória e de execução imediata, o Peru ganhou mais da metade da extensão, mas o Chile ficou com a zona mais rica em recursos pesqueiros.


    http://www.onu.org.br/corte-internacional-de-justica-define-nova-fronteira-maritima-entre-chile-e-peru/


ID
567511
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das dificuldades verificadas no processo de integração sul-americana, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

Constituem obstáculo político à consolidação dessa integração as negociações de acordos entre Chile, Colômbia, Peru e Uruguai para o estabelecimento de áreas de livre-comércio com os EUA, tendo sido interrompidas as negociações uruguaias nesse sentido após o Brasil ter-se comprometido a ampliar programas no âmbito do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), em benefício dos sócios menores.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil comprometeu-se a ampliar programas no âmbito do MERCOSUL, e a criação do FOCEM é um exemplo de ação do bloco visando auxiliar países menores.

  • De fato, o FOCEM é um relevante programa idealizado no âmbito do Mercosul, com intuito de auxiliar países menores (ex.: Paraguai e Uruguai), conforme é possível verificar-se abaixo:


    Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM)


    O Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM) destina-se a “financiar programas para promover a convergência estrutural, desenvolver a competitividade e promover a coesão social, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas; apoiar o funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimento do processo de integração”.

    O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos recursos do Fundo. A Argentina é responsável pela integralização de 27% do montante; o Uruguai, pela contribuição de 2%; e o Paraguai, de 1%.

    As duas economias menores do MERCOSUL são as principais beneficiárias dos projetos aprovados pelo FOCEM. O Paraguai é o destinatário de 48% dos recursos e o Uruguai é contemplado com 32% do total.

    O FOCEM entrou em operação em janeiro de 2007, com a aprovação dos primeiros projetos a serem financiados com recursos comunitários. Ao longo de seu funcionamento, o Fundo teve 45 projetos aprovados, entre os quais 17 apresentados pelo Paraguai, 12 pelo Uruguai, 4 pela Secretaria do MERCOSUL ou outro órgão da estrutura institucional do MERCOSUL, 4 pela Argentina, 5 pelo Brasil e 3 projetos são pluriestatais.

    O FOCEM tem contribuído para a melhoria em setores como habitação, transportes, incentivos à microempresa, biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.

    Venezuela

    A Decisão CMC Nº 41/12, definiu que a Venezuela contribuiria para o FOCEM com aportes anuais de US$ 27 milhões. A Decisão estabelece que US$ 11,5 milhões desse total deverão financiar projetos venezuelanos, ao passo que os 15,5 milhões restantes serão colocados à disposição dos demais Estados Partes. Quando efetuado os aportes da Venezuela, o FOCEM passará a contar com recursos anuais da ordem de US$ 127 milhões... (Fonte: http://www.mercosul.gov.br/index.php/fundo-para-a-convergencia-estrutural-do-mercosul-focem)

  • Aos não assinates,

    GABARITO: CERTO


ID
567514
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Elementos de instabilidade no cenário internacional, tais como guerras, degradação ambiental, desrespeito aos direitos humanos e grandes disparidades econômicas, decorrem da compreensão deficiente que os agentes têm do sistema internacional, não podendo ser atribuídos à defesa de interesses políticos e econômicos egoístas ou particulares.

Alternativas
Comentários
  • A questão extrapola a abordagem do Construtivismo sobre o entendimento internacional, desta forma, não pode ser considerada correta.

  • Segundo os professores Jackson e Sorensen, o sistema internacional é constituído por ideias e "O foco do construtivismo social é a consciência ou percepção humana e seu lugar nos assuntos do mundo." (258). Portanto, construtivistas interpretam as problemáticas da política internacional como diretamente relacionadas a interesses particulares dos mais variados, ao contrário do que a questão afirma.

  • O erro da afirmativa está em dizer que a "compreensão do sistema internacional" não pode ser atribuída à defesa dos "interesses políticos particulares". Pelo contrário; para os construtivistas, a compreensão que cada Estado faz do sistema internacional deriva diretamente da percepção que ele mesmo constrói do mundo com base sem seus interesses nacionais, suas ideias nacionais, suas visões particulares (com base na alteridade) e das interações "sociais" que ele mantém com os demais Estados do sistema internacional.

    Note que a construção de identidades, ideias e interesses é fundamental para o Construtivismo. As identidades e os interesses não são dados, mas são construídos. O construtivismo trabalha com a ideia de como esse interesse e como essa ideia são construídos. Os construtivistas afirmam que identidades e interesses são construídos mediante interações intersubjetivas (interações sociais; alteridade); essas interações intersubjetivas produzem ideias e significados, os quais definem identidades, as quais, por sua vez, definem os interesses nacionais. A identidade do Estado não é dada aprioristicamente; os interesses do Estado não são dados aprioristicamente; ambos (identidade e interesses) são construídos mediante interações sociais e internacionais; a identidade não está dada, mas é produzida mediante a interação com outros sujeitos. Eu (um país) não sou algo dado aprioristicamente, mas sou aquilo que você pensa que eu sou; note que prepondera uma lógica de alteridade.

  • Gabarito: Errado

     

    A teoria construtivista começou a popularizar-se nos anos 1990, principalmente sob a perspectiva de Alexander Wendt, autor do livro “Social theory of International politics”, como alternativa às teorias positivistas, o Neo Realismo e o Neoliberalismo, e às teorias pós-positivistas, a Teoria Crítica e o Pós-Modernismo.

     

    O item está incorreto, porque segundo a teoria Construtivista, elementos de instabilidade no cenário internacional não são resultado da falta de compreensão dos agentes, mas são consequência da formação dos interesses de cada Estado do sistema. Para os construtivistas, o interesse Estatal é determinado pela construção de sua identidade, portanto, cada Estado possui seu processo de construção social e história que moldará sua identidade e formará seus interesses. Não há, portanto, uma defciência na compreensão do sistema internacional, apenas, já que cada Estado sofre um processo distinto na formação de sua identidade, existe uma tendência de formação de divergências graças a uma formação identitária diferente.

     

    Diferente do que defende o realismo, que determina que a convivência entre Estados será conflituosa, ou o liberalismo, que defende que a convivência entre Estados será cooperativa, para os construtivistas as relações de cooperação ou conflito dependem do processo de formação destes Estados. Outro erro do item é que o construtivismo reconhece que o Estado pode defnir seus interesses de maneira egoísta, na verdade, para os construtivistas isso ocorre em função da identidade do Estado e não é uma determinação exógena, como afrmam os neorrealistas. Os Estados não são egoístas, porque assim manda sua natureza (afrmação realista), eles são egoístas por determinantes domésticos como, por exemplo, o nacionalismo.

     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE
     


ID
567517
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O cenário internacional é caracterizado por agentes políticos e instituições sociais que predeterminam o resultado das interações entre esses agentes e instituições. Desse modo, o formulador de políticas dispõe de limitado leque de opções de política externa ou internacional.

Alternativas
Comentários
  • As instituições sociais não são predeterminadas, mas sim construídas pelos agentes. 

  • Os professores Jackson e Sorensen indicam que o construtivismo recebeu contribuições do campo da sociologia, como do sociólogo britânico Anthony Giddens, que afirma, contrariando o texto da questão, que “as estruturas (isto é, as regras e condições que orientam a ação social) não determinam o que fazem os atores de forma mecânica (...)" (234).

  • O erro da afirmativa está em dizer que os "agentes ... predeterminam...os resultados"; em outras palavras, isso quer dizer que os agentes do sistema internacional (ex: Estados) definem a estrutura internacional (ex: o sistema de Estados). Para entender melhor essa questão, é importante lembrar, sobretudo, de uma característica essencial da teoria construtivista: não existe precedência ontológica entre agente e estrutura.


    O Construtivismo superou a dicotomia agente-estrutura, pois ele não dá preponderância nem ao agente nem à estrutura. Diferentemente das teorias anteriores, que focavam ou no agente ou na estrutura, o Construtivismo vai trabalhar com a lógica da co-constituição entre agente e estrutura. A lógica da co-constituição construtivista implica que não pode haver preponderância da estrutura sobre os agentes (isso acontece no neorrealismo estrutural), nem dos agentes sobre a estrutura. Os construtivistas superam a ideia de antecedência ontológica, logo não importa saber qual vem primeiro ou o que define o que. Na verdade, há uma co-definição, uma co-constituição: o agente define a estrutura ao mesmo tempo em que a estrutura define o agente.

  • Gabarito: Errado

     

    Os construtivistas acreditam que o sistema internacional é um conjunto de pensamentos e normas organizado por determinados grupos em uma época e um lugar particular. O sistema internacional não é um objeto estático, ou uma realidade objetiva. Ao contrário do que afrma o item, o cenário internacional não é predeterminado, ele é resultado de uma interação co constitutiva entre agente e estrutura. Não há, portanto, na visão construtivista qualquer antecedência ontológica entre agente ou estrutura, sendo ambos coconstituídos uns dos outros, sem nenhuma precedência, nem no tempo e nem na capacidade de influência
     

    O formulador de políticas (agente), portanto, não dispõe de limitado leque de opções de política externa e internacional, já que a dinâmica entre a estrutura e os agentes é contínua, permitindo uma constante mudança e possibilidades de ação. Um exemplo da vasta possibilidade de ação é a mudança de política na Europa, que permitiu, nos anos 1950, modifcar a autopercepção dos franceses, ingleses e alemães e iniciar um processo duradouro de integração regional.
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE


ID
567520
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O comportamento dos agentes políticos internacionais — Estados, organismos internacionais e organizações não governamentais, por exemplo — pode ser previsto pela análise racional e dedutiva, sendo as instituições dotadas dos mesmos atributos psicológicos e cognitivos dos indivíduos.

Alternativas
Comentários
  • Essa ideia de instituições (mais especificamente os Estados) terem atributos psicológicos dos individuos vem do Realismo (Leviatã, Antropomorfização dos Estados).  Também encontrei no neorrealismo a intenção de prever o comportamento dos Estados, mas a partir de uma analise quantitativa, dizendo que as atitudes dos estados são tomadas a partir do calculo do que é mais vantajoso. Ao mesmo tempo, o Neoliberalismo também acredita nessa possibilidade de racionalização do comportamento das instituições.

    Não consegui identificar exatamente qual a teoria que a a afirmação se refere, mas tem muito pouco de Constrituvismo.

    ERRADO
  • Gabarito: ERRADO

    No construtivismo, os a gentes não possuem os attributos psicológicos dos indivíduos, como, por exemplo, no Realismo. No construtivismo, não há antecedência ontológica entre agentes e estrutura, ou seja, para os construtivistas uma coisa não surgiu antes da outra. Significa dizer que no mesmo momento em que os agentes constituem a estrutura, a estrutura constitui os agentes. 

  • Gabarito: Errado

     

    O erro deste item é afrmar que o comportamento dos agentes políticos internacionais pode ser previsto por uma análise racional e dedutiva. Segundo os construtivistas, o sistema internacional é intersubjetivo, ou seja, não é formado de forma racional e objetiva, sendo uma construção social desenvolvida ao longo da história. As estruturas-chave do sistema de Estados são, portanto, intersubjetivas ao invés de materiais.

     

    Os interesses e as identidades dos Estados são construídos por essas estruturas sociais e não determinadas pela natureza humana ou pela política doméstica (SAFARI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais, p. 260). Não se pode determinar de maneira categórica que um Estado terá uma relação conflituosa com outro Estado, como afrma o realismo, já que o processo de relação entre Estados depende do processo de formação de identidade entre eles.
     

    Fonte: 7000 Questões da CESPE


ID
567523
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

De acordo com a perspectiva construtivista no estudo das relações internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O caráter anárquico do sistema internacional pode ser superado pelo uso criterioso da razão e pela formação de novas identidades resultantes de esforços em prol da cooperação e da interdependência.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão demonstra exatamente o entendimento defendido pela PEB, que para os realistas é um tanto quanto ingênuo.
  • Essa premissa está explícita essencialmente na obra PODER e INTERDEPENDÊNCIA de Keohane e Joseph Nye Jr de 1977 , porém ela foi confrontada pelos Neorrealistas, tais como Kennety Waltz na obra THEORY OF INTERNACTIONAL de 1979. Que finalmente há a sínteses NEO-NEO com a obra After Hegemony de Keohane.
  • CERTO. 

    O Construtivismo é um ponto entre o realismo e o liberalismo, conflito e cooperação. A teoria diz que os Estados são construções sociais, existindo uma perspectiva de mudança e transformação.

    Wendt: A Anarquia é o que os Estados fazem dela.

    O "esforços em prol da cooperação e da interdependência" corresponde a ideia de uma anrquia kantiana (onde há o compartilhamento de interesses).
  • Como foi lembrado pelo colega, de fato, Alexander Wendt (construtivista de viés positivista) afirma que "A anarquia é o que os Estados fazem dela.". Seguindo essa lógica, a anarquia não é um elemento definidor (uma causa) das relações interestatais, mas, pelo contrário, um produto (um resultado ou consequência) delas. É por isso que o caráter anárquico pode, sim, segundo construtivistas como Wendt, ser superado.

    A anarquia não é o elemento definidor da dinâmica das relações internacionais; não é a anarquia que define a relação entre Estados. A anarquia é muito mais um efeito do que uma causa da interação entre Estados. A anarquia é o produto ou resultado de um determinado tipo de interação entre Estados. A anarquia hobbesiana é um efeito de determinadas relações sociais entre Estados. A anarquia kantiana é um efeito de outro determinado tipo de relações entre Estados. Logo, para Wendt, não é a ausência de um poder constituído (anarquia) que define a ordem internacional. Se a relação social entre os atores for de dilema de segurança (conceito da teoria realista), teremos uma anarquia hobbesiana. Se a relação social entre os atores for num ambiente comunitário (comunidade de segurança, termo concebido pelo tcheco Karl Deutsch em 1957, quando ele olhava para a Europa), teremos uma anarquia kantiana. Se “a anarquia é o que os Estados fazem dela”, ela não pode ser definidora da ordem internacional.


ID
567526
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as relações entre Brasil e França, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA  LETRA D

    A ministra das Relações Exteriores da França, Michele Alliot-Marie, defendeu em fevereiro deste ano (2011) reforma imediata da estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que o Brasil ocupe um assento permanente no organismo. O apoio da França é fundamental porque o país é membro permanente do órgão. Segundo ela, o Brasil tem desempenhado “papel essencial” no contexto internacional.



     

  • A) Errada. A França segue como uma grande defensora do PAC (programa agrícola comum).
    B) Errada. No caso do Irã, o Brasil defende a via diplomática, enquanto o CS/ONU (e portanto a Fr) já aprovou três resoluções de sanção contra o Irã.
    C) Errada. Não há esse anúncio oficial.
    D) Correta.
    E) Errada. Vide letra A.
  • E só complementando as respostas anteriores, a questão fala da inclusão de cinco novos países, que segundo a Agência Brasil devem ser dois da Ásia, um da América Latina, um do Leste Europeu e um da África.

    Fonte:
    http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/02/22/franca-apoia-brasil-como-membro-permanente-do-conselho-de-seguranca-da-onu
  • Não só a chanceler francesa, mas o próprio Sarkozy em diversas ocasiões ressaltou a importância da presença brasileira no Conselho de Segurança da ONU: link.
  • Em relação à letra C:

    Na época, a presidente Dilma Rousseff definiu que a compra de novos aviões de caça para a Força Aérea Brasileira poderia até ser decidida em 2011, mas que qualquer gasto só seria efetuado a partir de 2012. A compra dos 36 aviões de combate não sairia por menos de 10 bilhões de reais segundo a menor proposta apresentada, que foi da empresa sueca SAAB, o caça Gripen. A presidente Dilma se reuniu a sós com o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito e comunicou posteriormente a decisão de adiar a compra. Ela quer ouvir setores fora do governo, principalmente a Embraer, e criar um grupo interministerial que examine a questão, reanalisando os argumentos da FAB, que são pró-Gripen sueco e do Ministério da Defesa, que são pró-Dassault Rafale, o caça francês. O terceiro concorrente é o F/A-18, da empresa Boeing, dos Estados Unidos.

  • França apoia a ampliação do Conselho de Segurança da ONU em ambas as categorias de membros, incluindo um assento permanente para o Brasil. O país é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e também ocupa a sexta posição entre as maiores economias do mundo. Trata-se de importante parceiro do Brasil em questões de paz e segurança, desarmamento e não-proliferação, direitos humanos, comércio, finanças, desenvolvimento sustentável e meio ambiente. O diálogo bilateral sobre essas questões beneficia-se, também, de visão compartilhada sobre o reforço da independência nacional e do direito internacional.

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5176-republica-francesa


ID
567529
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Assinale a opção correta acerca da política externa brasileira durante o período militar (1964-1985).

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA A
    Considerações:  a) O Brasil recusou-se, nessa época, a aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, tendo denunciado nas Nações Unidas o chamado congelamento do poder mundial pelas duas superpotências à época — EUA e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) —, o que, então, refletiu o distanciamento brasileiro em relação ao conflito leste-oeste. OK b) O Brasil manteve elevado grau de autonomia em relação ao conflito leste-oeste, privilegiando, à época, as relações sul-sul, por meio, por exemplo, do exercício da liderança, nas Nações Unidas, do Movimento dos Países não Alinhados e do G-77. Brasil nunca foi membro dos Movimentos dos Países não Alinhados, era só observador, logo não exercícia papel de liderança.  De fato, o Brasil consolida-se como liderança no G77.  Não de pode dizer que houve uma prioridade na linha comercial sul-sul, mas é possível afirmar que houve um reforço e ampliação de mercados para várias regiões do globo. c) Durante esse período, o país manteve-se incondicionalmente alinhado com os EUA, tendo rompido relações diplomáticas com Cuba e com a China continental, no governo Castello Branco, e tendo votado, no governo Médici, contra a admissão da China no sistema das Nações Unidas. A fase mas próxima de alinhamento incondicional só ocorreu no governo de Castelo Branco (passo fora da cadência), mas mesmo assim houve a Missão de Roberto Campos a Moscou com objetivo de negociações econômicas e comerciais, logo é gerado a Comissão Brasil-URSS. O Brasil não cortou as relações com a China Continental, na verdade em 1949 ele não reconheceu a legitimidade da RPC fundamentada no comunismo (época de Dutra, na qual o alinhamento incodicional é incotestável). Durante a XXV Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a delegação brasileira votou contra a condenação do colonialismo e pronunciou-se também contrária ao ingresso da República Popular da China naquele organismo.   d) O Brasil privilegiou, no período militar, as relações hemisféricas, notadamente com os países da América do Sul. Incorreta, não se pode afirmar isto, na verdade no início (Castelo Branco) foi dificuldade por ser considerado um subimperialista. Após começou a estabelecer um esforço, especialmente a partir de Geisel a exemplo do TCA - Tratado de Cooperação Amazônica. e) A autonomia do Brasil em relação ao conflito leste-oeste evidenciou-se quando, no governo de Castello Branco, o país se recusou a destacar tropas para a Força Interamericana de Paz na República Dominicana, ação de interesse norte-americano em sua luta contra o comunismo na América Latina. Na verdade, o Brasil enviou tropas para a intervenção na Rep. Dominicana em 1965 contra as forças de Joan Boasc.

  • Frise-se que na área nuclear Brasil e Índia se constituíram nos críticos mais veementes ao regime de não-proliferação, alegando características discriminatórias do TNP e visualizando-o como um instrumento de “neocolonialismo tecnológico”.
  • Força Armada Interamericana (FAIBRÁS)

    A Força Interamericana de Paz (FIP) foi estabelecida por resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA), de 6 de maio de 1965, para colaborar na restauração da normalidade na República Dominicana. O País encontrava-se abalado pela instalação de quase completo caos social. No cumprimento de seu mandato, a FIP deveria garantir a segurança dos habitantes, a inviolabilidade dos direitos humanos e estabelecer um clima de paz e conciliação, que permitissem o funcionamento das instituições democráticas.

    Para atender a resolução da OEA, o Brasil organizou o Destacamento Brasileiro da Força Armada Interamericana (FAIBRÁS), com um Batalhão do Exército e um Grupamento de Fuzileiros Navais.

  • Firmado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), com duração de 25 anos a partir de sua entrada de vigor, isto é, em março de 1970 (1° jul.). O Brasil não adere ao TNP por considerá- lo“injusto e discriminatório”, já que seu texto restringe a disseminação horizontal da tecnologia atômica, mas não impede o crescimento vertical dos arsenais nucleares das grandes potências.

ID
567532
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

A agenda da integração no marco do MERCOSUL tem sido caracterizada pela centralidade dos temas econômico-comerciais. No entanto, o objetivo de integração profunda, tal como disposto no Tratado de Assunção, requer que se projete a integração para além da dimensão econômica. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O Acordo Multilateral de Seguridade Social do MERCOSUL, a Declaração Sociolaboral e o Protocolo de Integração Cultural são exemplos de instrumentos que consagram princípios e compromissos referentes à integração em matérias não econômicas, alcançados durante a primeira década do MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

    Em 1997 firma-se a primeira norma de conteúdo sócio-laboral do Mercosul, o Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercado Comum do Sul (que demorou anos para ser ratificado) e cria-se o Observatório do Mercado de Trabalho, dependente do SGT10.
    Em 1998 firma-se a Declaração Sociolaboral do Mercosul (DSL) que em sua vez cria a Comissão Sociolaboral (CSL), de composição triparte, com o fim de seguir a aplicação da DSL
    Em 1996 firma-se o Protocolo de Integração Cultural




ID
567535
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A agenda da integração no marco do MERCOSUL tem sido caracterizada pela centralidade dos temas econômico-comerciais. No entanto, o objetivo de integração profunda, tal como disposto no Tratado de Assunção, requer que se projete a integração para além da dimensão econômica. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Sob a forma de reuniões especializadas, as primeiras iniciativas de integração nos campos da educação, da justiça, da ciência e tecnologia e do meio ambiente ocorreram no período de transição 1991-1994.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: E

    Segundo o Cespe, as áreas da justiça e da educação foram contempladas efetivamente sob a forma de Reuniões de Ministro,e não de Reuniões Especializadas. O gabarito, inicialmente divulgado como certo, foi alterado para errado.
  • Olá, pessoal!
    O gabarito foi atualizado para "E", conforme edital publicado pela banca e postado no site.
    Justificativa da banca:  As áreas da justiça e da educação foram contempladas efetivamente sob a forma de Reuniões de
    Ministro, e não de Reuniões Especializadas. Dessa forma, opta-se pela alteração do gabarito do item.
    Bons estudos!

ID
567538
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Comércio Internacional (Exterior)
Assuntos

A agenda da integração no marco do MERCOSUL tem sido caracterizada pela centralidade dos temas econômico-comerciais. No entanto, o objetivo de integração profunda, tal como disposto no Tratado de Assunção, requer que se projete a integração para além da dimensão econômica. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Os temas não econômicos, dada sua importância para a almejada integração sob a forma de um mercado comum, sempre estiveram articulados funcionalmente à agenda da integração comercial, sendo tratados em subgrupos de trabalho específicos e vinculados ao Grupo Mercado Comum.

Alternativas
Comentários
  • No Tratado de Assunção de 1991 não há menção sobre desenvolvimentos não-econômicos.

    Na dúvida leiam na íntegra.
  • Errada

    Os temas não econômicos surgiram posteriormente, não estiveram presentes desde o princípio.
  • Existe algum marco específico considerado pela doutrina para o início das preocupações não econômicas do bloco? Se alguem puder ajudar......

     

    TKS!

  • Desde 2006 são realizadas as Cúpulas Sociais. Em 2007 foi criado o Instituto Social do Mercosul com o objetivo de subsidiar a formulação de políticas sociais no âmbito regial. Em 2010 foi lançado então o Plano Estratégico de Ação Social, que compreende:

    - Erradicação da fome e da pobreza e combate às desigualdades;
    - Garantia dos Direitos Humanos e da igualdade étnica e de gênero;
    - Universalização da saúde;
    - Universalização da educação e erradicação do analfabetismo;
    - Valorização e promoção da diversidade cultural;
    - Garantia da integração produtiva;
    - Garantia da sustentabilidade ambiental;
    - Garantia do acesso ao trabalho decente e aos direitos previdenciários;
    - Garantia ao diálogo social;
    Estabelecimento de mecanismos para financiamento e fomento de políticas sociais.

    Para mais informações, ver: http://www.mercosul.gov.br/o-mercosul-na-vida-do-cidadao/plano-estrategico-de-acao-social-do-mercosul

     

  • Araponga, eu apostaria nas datas de 2007, quando começaram as cúpulas sociais, 2008, foi criado o Conselho Brasileiro por um Mercosul Social e Participativo, e em 2010, quando foi lançado o Plano Estratégico de Ação Social.


ID
567541
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A agenda da integração no marco do MERCOSUL tem sido caracterizada pela centralidade dos temas econômico-comerciais. No entanto, o objetivo de integração profunda, tal como disposto no Tratado de Assunção, requer que se projete a integração para além da dimensão econômica. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Na vigência do MERCOSUL, multiplicaram-se os acordos na área educacional e duas importantes decisões foram tomadas: na educação básica, houve a uniformização dos currículos e da duração das três etapas que a compõem — educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; na educação profissional e superior, optou-se pelo reconhecimento automático de certificados e diplomas, assegurando aos seus detentores o direito de exercer a profissão nos países do bloco.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    Seria um sonho, mas isso não é uma realidade, nem a União Européia tem essa "uniformização de curriculos".
  • Também não há validação AUTOMÁTICA de diplomas e certificados, logo não há garantia automática dos direitos relacionados ao exercício profissional. Existe porém a possibilidade dessa validação.

  • Seria um pesadelo na verdade..... vide mais médicos...


ID
567544
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens subsequentes, relativos ao papel e à importância das coalizões internacionais no marco da política externa brasileira.

O governo brasileiro tem privilegiado o IBAS como foro de consulta e diálogo político a respeito de questões vinculadas à promoção do desenvolvimento e da cooperação internacional e tem evitado envolver-se em questões controversas da política internacional, assumindo ser esse papel reservado a outras instâncias, como o BRIC.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA.
    O Fórum IBAS na verdade também é utilizado para discussão de temas polêmicos, tais como a Resolução contra a Síria no Conselho de Direitos Humanoa. O Brasil, antes, de tomar a decisão realizou a consulta, também neste fórum
    .http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110822_siria_cdh_mm.shtml






     

  • ERRADO.


    O IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) é um fórum de concertação política e econômica criado em 2003 pela Declaração de Brasília, o primeiro documento do grupo. A partir de 2006 foram instituídas Cúpulas anuais de Chefes de Estado e Governo do IBAS, sendo a primeira em 2006, em Brasília; a segunda em 2007 em Tshwane; a terceira em Nova Deli em 2009; a quarta em Brasília em 2010 e a última em 2011 em Tshwane.


    Com o passar dos anos o IBAS abarcou diversas iniciativas em 4 áreas principais:

    (I) coordenação política;

    (II) cooperação setorial com 16 grupos de trabalho;

    (III) Fundo IBAS para pobreza e fome;

    (IV) cooperação de outros setores (parlamentos, cortes constitucionais, sociedade civil), etc.


    O item está incorreto porque o IBAS não tem evitado envolver-se em questões de política internacional.


    Em 2011, com a Declaração de Tshwane, os Chefes de Estado e de Governo o IBAS posicionaram-se em relação a Síria, ao mandarem uma delegação em agosto de 2011 para tentar discutir a atual situação no contexto da Primavera Árabe na região. Além disso, o IBAS posiciona-se em relação à Palestina, apoiando a entrada do Estado na ONU e sobre outros assuntos regionais.



    Fonte: 7.000 questões comentadas do CESPE.


ID
567547
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens subsequentes, relativos ao papel e à importância das coalizões internacionais no marco da política externa brasileira.

O interesse do Brasil na consolidação do G-20 como principal foro internacional para o diálogo político sobre coordenação econômica, em substituição ao G-8, está embasado na maior representatividade e na crescente importância que o G-20 vem assumindo em questões relacionadas à cooperação econômico-financeira e à estabilidade econômica global.

Alternativas
Comentários
  • Sim. Importante frisar que o G20 teve um importante papel na Crise de 2008.
  • G-20 se consolidou na 3ª Cúpula do G20 em Pittsburgh 09/2009 como Fórum Economômico principal em detrimento ao G8.

    Lembrando que o G20 surgiu em 1999 no contexto das crises sistêmicas (México, 1994, Tigres Asiáticos 1997, Rússa 1998, Brasil 1999). Até 2008 as reuniões do G20 eram entre Ministros da FAzenda e presidentes dos Bancos Centrais. A partir de 2008, por iniciativa do Brasil e EUA tornou-se cúpula (entre Chefes de Estado). Foram 7 Cúpulas, a última ocorreu em Los Cabos (MEX) aonde se instaurou o Plano de Ação Los Cabos

ID
567550
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens subsequentes, relativos ao papel e à importância das coalizões internacionais no marco da política externa brasileira.

O IBAS é mecanismo privilegiado para o incremento da cooperação sul-sul e para a construção de posições comuns aos três países-membros no que concerne à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA


    Em síntese, o andamento das atividades pode ser dividido em quatro trilhos:

    I. Coordenação Política (Porém não há coordenação política absoluta na reforma do CSNU, a África do Sul está mais direcionado pela UA no Consenso de Ezulwini)
    II. Cooperação Setorial, por meio de 16 Grupos de Trabalho;
    III. Fundo de Combate à Fome e à Pobreza;
    IV. Iniciativas Gerais de Disseminação do Fórum para além da esfera do Executivo, por meio do envolvimento, por exemplo, de parlamentares, empresários, setores da sociedade civil e formadores de opinião





     

  • fórum privilegiado que dizer fórum exclusivo, portanto o IBAS não o é. O Brasil utiliza outros fóruns para tratar dos temas expostos no enunciado.
  • Além disso, ressalto que a África do Sul não faz parte do G4 para reforma do CS/ONU, já que faz parte da União Africana e volta junta a ela.
  • Acredito que um dos erros da questão está em afirmar que, no IBAS, há construção de posições comuns quanto à reforma do Conselho de Segurança da ONU.

    Como já foi dito aqui, a Africa do Sul está na União Africana, grupo que tem uma proposta diferente da defendida pelo G-4 (no qual estão India e Brasil, além de Alemanha e Japão).

    Proposta do G-4 para a reforma do Conselho de Segurança da ONU: mais 6 países permanentes com poder de veto e mais 4 rotativos. Assim, o órgão teria, no total, 25 membros.
    Os seis permanentes seriam Brasil, India, Alemanha e Japão (ou seja, o G-4) e dois países africanos.
    Cabe ressaltar, no entanto, que os novos permanentes não usariam o poder de veto por quinze anos.

    Proposta da UA para a reforma do Conselho de Segurança da ONU: o órgão passaria a ter 26 membros no total. Defende aumento no número de membros nas duas categorias, sendo que a África teria dois permanentes e cinco não permanentes.
  • Acredito que esta questão está desatualizada. Na Declaração de Tshwane, da V Cúpula do Ibas, realizada em novembro de 2011, os líderes dos países citaram expressamente a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU, com expansão tanto dos membros permanentes como dos não-permanentes, com participação ampliada dos países em desenvolvimento. Ora, é evidente que essa declaração reflete a construção de uma posição comum. Na mesma declaração, os países fazem referência às reformas necessárias no FMI. Acho que essa questão é anterior à V Cúpula do Ibas.

  • IBAS (Índia, Brasil e Africa do Sul) ≠ G4 (Brasil, Japão, Alemanha e Índia)

  • Coordenação política

    Desde sua criação, o IBAS consolidou amplo repertório de posições conjuntas em temas como democracia, direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Os países do IBAS são atores fundamentais nas discussões sobre a reforma das estruturas de governança global, especialmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e na discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

    Tirado da pagina do IBAS do Itamaraty

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3673-forum-de-dialogo-india-brasil-e-africa-do-sul-ibas

  • Fórum Ibas pede reforma do Conselho de Segurança da ONU e do FMI

    Os líderes dos três países defendem a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Indianos, brasileiros e sul-africanos querem ter direito a ocupar um espaço fixo nesses órgãos. Também são contrários às soluções militares para encerrar impasses como o da Líbia, no qual os Estados Unidos e a União Europeia aprovaram a adoção da área de exclusão aérea na região, sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

     

    http://www.brasil.gov.br/governo/2011/10/forum-ibas-pede-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu-e-do-fmi

  • O IBAS é mecanismo privilegiado para o incremento da cooperação sul-sul e para a construção de posições comuns aos três países-membros no que concerne à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.

     

    mecanismo privilegiado (Errado: é um fórum de diálogo. "O Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS) congrega as três grandes democracias multiétnicas do mundo em desenvolvimento.")

     

    incremento da cooperação sul-sul (Certo: o IBAS é uma forma de cooperação entre os 3 países do hemisfério sul (também conhecida como cooperação horizontal) e é bem complexa. "O IBAS atua em três vertentes: coordenação política, cooperação setorial e cooperação com terceiros países, implementada pelo Fundo IBAS." "O IBAS ganhou o prêmio o prêmio “Parceria Sul-Sul para Aliança Sul-Sul” da PNUD, em 2006, por uma série projetos desenvolvidos em outros países de menor desenvolvimento relativo ou egressos de conflitos.")

     

    à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU (Errado: o IBAS não tem posições comuns apenas sobre esses dois temas. "O IBAS consolidou amplo repertório de posições conjuntas em temas como democracia, direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Os países do IBAS são atores fundamentais nas discussões sobre a reforma das estruturas de governança global, especialmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e na discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.")

    ---

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3673-forum-de-dialogo-india-brasil-e-africa-do-sul-ibas


ID
567553
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens subsequentes, relativos ao papel e à importância das coalizões internacionais no marco da política externa brasileira.

De acordo com avaliação do governo brasileiro, o G-20 e o BRIC (foro Brasil-Rússia-Índia-China) não estão funcionalmente articulados, pois respondem a objetivos diferenciados, estando o primeiro precipuamente voltado para a redefinição dos mecanismos de governança global no plano econômico, e o segundo, para a abordagem de temas da política e da segurança internacional, como, por exemplo, o da mudança climática e o da questão nuclear.

Alternativas
Comentários
  • 2008: 1ª reunião ministerial do BRIC
    2009: 1ª cúpula BRIC (Ecaterimburgo - Rússia)
    2010: 2ª cúpula BRIC (Brasília – Brasil)
    2011: 3ª cúpula BRIC (Sanya – China)

    Objetivo de concertação em torno de temas variados, como democratização de foros internacionais , comércio, energia, desenvolvimento (diálogo crescente dos bancos de desenvolvimento nacionais).
  • A questão tem vários erros, mas o que mais salta aos olhos, no meu ponto de vista, é a afirmação de que a questão nuclear seja tema crucial da agenda dos BRIC. 
  • Primeiramente, a questão está incompleta porque não especifica se está tratando do G20 financeiro ou do G20 comercial, pois ambos têm objetivos diferentes. Além disso, a questão está errada porque BR e RUS e BR e CHI divergem quanto à questão nuclear, visto que RUS e CHI são países nuclearmente armados. Por fim, é importante salientar que NÃO há erro quanto à questão da convergência de posicionamento de BR e CHI em relação às mudanças climáticas. Embora a CHI seja um país assaz poluente, sua postura tem-se flexibilizado. Exemplo disso foi a constituição, em 2009, do BASIC, bloco formado por BR, África do Sul, Índia e China, e que tem por finalidade a articulação desses 4 países em torno da questão climática.

ID
567556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular, considerando-a recurso indispensável à consolidação da presença internacional do Brasil, à manutenção da condição de país que oferece cooperação no plano global e à vinculação da cooperação norte-sul à cooperação sul-sul.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: ERRADO

    A cooperação triangular, conforme é definida no sítio eletrônico do Ministério das Relações Exteriores (http://www.abc.gov.br/projetos/cooperacaoPrestadaTriangular.asp), é a "modalidade de cooperação técnica na qual dois países implementam ações conjuntas com o objetivo de prover capacitação profissional, fortalecimento institucional e intercâmbio técnico para um terceiro".

    Para melhor entender a questão, observe o paralelismo sintático presente no enunciado:

    a) "O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular, considerando-a recurso indispensável à consolidação da presença internacional do Brasil."

    b) "O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular, considerando-a recurso indispensável à manutenção da condição de país que oferece cooperação no plano global."

    c) "O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular, considerando-a recurso indispensável à vinculação da cooperação norte-sul à cooperação sul-sul."

    O mencionado sítio eletrônico esclarece que a triangulação é um tipo de política cooperativa, portanto ela não é a única forma de atividade internacional do país, que pode atuar sem o uso do recurso à triangulação; também não é uma condição imprescindível para o país oferecer cooperação no plano global, pois o Brasil pode agir por meio de ações bilaterais, por exemplo; e nem vincula a cooperação com os países desenvolvidos (norte-sul) àquela com os países em desenvolvimento (sul-sul), ou seja, o Brasil pode cooperar com o Japão sem vincular essa cooperação com o auxílio a um país do sul.

    Além do que foi exposto anteriormente, convém acrescentar que  o Brasil coopera baseando-se no princípio da não-indiferença, que não admite a resignação ante o sofrimento alheio, o que significa que o país não coopera com o intuito de tornar-se hegemônico no cenário internacional.
  • ERRADO.

    Atenção no trecho "à vinculação da cooperação norte-sul à cooperação sul-sul". Ou seja, sujeitar a cooperação norte-sul à cooperação sul-sul. Sendo que, na verdade,  elas podem e muitas vezes ocorrem de maneira independente.
  • Outro erro do item está em afirmar que “O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular...”, o que está em desacordo com o que lemos nos sites oficiais (MRE e ABC - agência brasileira de cooperação).

    A ABC avalia que a cooperação trilateral potencializa o impacto das ações de desenvolvimento, mas "a cooperação técnica sul-sul bilateral continuará sendo a prioridade da política externa brasileira."


  • O Brasil privilegia a cooperação multilateral e também a bilateral. 


ID
567559
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Em razão de sua presença e importância no plano da cooperação internacional, particularmente no contexto da cooperação sul-sul, o Brasil tem envidado esforços para ajustar tanto suas ações quanto a avaliação dessas ações aos princípios consagrados na Declaração de Paris e aos parâmetros internacionalmente reconhecidos e formulados pelo Comitê de Assistência ao Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Alternativas
Comentários
  • Brazil is one of the many non-member economies with which the OECD has working relationships in addition to its member countries. In 1998, in response to a request from the Brazilian authorities for closer co-operation with the OECD, the OECD Council established a country-specific programme for Brazil. Since then, Brazil has become a strong and active partner of the OECD. The OECD Council at Ministerial level adopted a resolution on 16 May 2007 to strengthen the co-operation with Brazil, as well as with China, India, Indonesia and South Africa, through a programme of enhanced engagement. While enhanced engagement is distinct from accession to the OECD, it has the potential in the future to lead to membership.

    Brazil has been invited to all OECD meetings at Ministerial level since 1999. It has adhered to OECD legal instruments such as the OECD Convention on Combating Bribery of Foreign Public Officials in Internationial Business Transactions, participates in OECD committees, and is a member of the OECD's Development Centre. Brazil has also signed the OECD Declaration and Decisions on International Investment and Multinational Enterprises. Finally, it supports the OECD’s regionally-focused activities in Latin America, hosting regional meetings on anti-corruption or corporate governance.
    (fonte http://www.oecd.org)
  • O comentário do amigo acima é superficial e não explica o motivo da questão estar errada. Alguém tem uma explicação melhor. Abraços
  • Charlie, também errei essa e fiquei bastante curiosa.
    Pelo que percebi com uma pesquisa superficial, o Brasil resiste a assinar a Declaração de Paris e a cooperar com o DAC-OCDE. Na própria página (http://www.oecd.org/development/aideffectiveness/countriesterritoriesandorganisationsadheringtotheparisdeclarationandaaa.htm) onde estão elencados os membros da Declaração, o Brasil aparece com um asterisco de "confirmação pendente".
    Agora, a motivação dessa postura parece mais difícil de identificar, porque não encontrei muitas informações. Encontrei alguns sites dizendo que o Brasil discorda desses parâmetros que condicionam a cooperação, adotados por países doadores tradicionais. Mas o que certamente mais chamou a minha atenção nessa pesquisa breve foi a suposta justificativa de um Coordenador da Agência Brasileira de Cooperação nos comentários de um artigo (http://mundorama.net/2010/11/03/o-governo-dilma-e-o-futuro-da-cooperacao-brasileira-para-o-desenvolvimento-internacional-por-iara-costa-leite/). Uso a palavra suposta porque não sei bem como verificar, mas soa coerente, por isso compartilho. Ele afirma:

    Em termos de comentário, refiro-me ao tema da Declaração de Paris. Caberia observar que o Governo brasileiro não é “contra” iniciativas em prol de uma maior eficácia das ações de cooperação para o desenvolvimento. A posição do Governo brasileiro, na verdade, é de princípio: não aceitamos avaliar a cooperação Sul-Sul do Brasil com base em critérios definidos por países doadores tradicionais que refletem as práticas típicas da cooperação Norte-Sul, marcadas por condicionalidades políticas e por uma visão parcial do que se entende por “transparência”, “apropriação”, etc. O que o Brasil tem defendido em foros internacionais é que uma avaliação sobre o impacto da cooperação Sul-Sul se dê em cima dos ganhos sociais e econômicos dos países beneficiários dessas parcerias, conjugado à uma análise de absorção e sustentabilidade (portanto, sem se pretender avaliar o “bom comportamento” dos países em desenvolvimento em relação a questões externas ao objeto da cooperação propriamente dita).

    Qualquer que seja a justificativa, acredito que já descobrimos o motivo da questão estar "errada". Espero que tenha ajudado. :)
    Mais informações sobre a Declaração de Paris, aqui: http://www.oecd.org/development/aideffectiveness/parisdeclarationandaccraagendaforaction.htm

  • Acho que a questão está errada por dois motivos. O Brasil não faz parte da OCDE, nem baseia suas políticas de cooperação na mencionada declaração. O País decide, de forma soberana e independente, como cooperará com os demais países.
  • Pode-se achar o erro do item considerando que, segundo o site da Agência Brasileira de Cooperação, um dos princípios da cooperação brasileira sul-sul é a AUTONOMIA.

    Ou seja, o Brasil não pauta seus programas de cooperação pelos critérios da OCDE, como bem disse o colega Daniel, cuja resposta foi sucinta e precisa!



  • Vou complementar o comentário do Daniel.

    Apesar de o país não ser parte da OCDE, ele tem com ela o que se chama de "engajamento ampliado". Participa permanentemente de algumas comissões e, de outras, esporadicamente. Dos chamados emergentes/em desenvolvimento, apenas Coreia do Sul e México fazem parte do Clube de PAris. é Bom lembrar que o Brasil já foi convidado a fazer parte da organização recentemente, mas rejeitou a proposta, por conta da perda de capital político com os demais países em desenvolvimento.

    A grande diferença das ações do Brasil em relação àqueles da OCDE é que a forma de cooperação prestada no âmbito sul-sul é "sem condicionalidades", o que é, e muito, uma característica dos "ricos". A questão deixa o erro quase à mostra, pois é só concluir que a cooperação sul-sul é, via de regra, diferente da cooperação norte-sul, ou seja, a da OCDE.
  • Errado.

     

    Site da ABC:  O Governo brasileiro financia as próprias iniciativas de CSS, seja no âmbito bilateral (financiamento integral), seja no âmbito das ações triangulares (financiamento integral ou parcial conforme o caso). É importante ressaltar que o Brasil não se apresenta como um país doador, ainda que financie ações triangulares com organismo internacional ou com países.

     

    A Declaração de Paris estabelece, entre outros, princípios e diretrizes para doação de recursos (em especial no ponto 16 da declaração), o que, como ressaltado no trecho acima, não faz parte da política do Brasil de auxílio ao desenvolvimento. Logo, o Brasil não ajusta suas ações aos princípios dessa declaração. 

     

    https://www.oecd.org/dac/effectiveness/38604403.pdf

  • Pessoal, 

    Atenção!!! O gabarito da questão abaixo apontada pelo Anderson . é errao e não certo como ele apontou. 

    Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata - 1ª Etapa

     

    O governo brasileiro tem priorizado o engajamento na cooperação triangular, considerando-a recurso indispensável à consolidação da presença internacional do Brasil, à manutenção da condição de país que oferece cooperação no plano global e à vinculação da cooperação norte-sul à cooperação sul-sul. ERRADO

  • A Declaração de Paris, aprovada em março de 2005, é um acordo com o objetivo de acentuar os esforços de harmonização, alinhamento e gestão da ajuda pública ao desenvolvimento. A Declaração determina que a avaliação da ajuda pública ao desenvolvimento deve basear-se em resultados avaliados por um conjunto de indicadores. Como afirma o item, o documento é reconhecido pelo Comitê de Assistência ao Desenvolvimento no âmbito da OCDE (Organização de

    Cooperação e Desenvolvimento). O Brasil não é “contra” a Declaração de Paris, mas não aceita avaliar sua cooperação Sul-Sul com base em critérios definidos por países doadores tradicionais que refletem as práticas típicas da cooperação Norte-Sul, marcadas por condicionalidades

    políticas e por uma visão parcial do que se entende por “transparência” e “apropriação”. O que o Brasil tem defendido em foros internacionais é que uma avaliação sobre o impacto da cooperação Sul-Sul se dê em cima dos ganhos sociais e econômicos dos países beneficiários dessas

    parcerias, conjugado à uma análise de absorção e sustentabilidade. (essa posição foi exposta por Márcio L. Corrêa que é Coordenador Geral de Cooperação Técnica Multilateral Agência Brasileira de Cooperação em novembro/2010)

    Fonte: 7.000 questões comentadas do CESPE.

  • Situação em 2020 - Endorsements to the Paris Declaration and the Accra Agenda for Action (AAA)

    Brazil: Confirmation pending

    https://www.oecd.org/dac/effectiveness/countriesterritoriesandendorsementstotheparisdeclarationandaaa.htm

  • Fevereiro de 2021: confirmação ainda pendente para o endosso à Declaração de Paris e à Agenda de Accra.

ID
567562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Ao oferecer cooperação aos países em desenvolvimento, o Brasil objetiva conquistar assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e expandir sua presença comercial na América Latina e na África.

Alternativas
Comentários
  • Errada. Não obstante o Brasil objetive um assento permanente no CS-ONU e uma expansão comercial na AL e na África, esses objetivos não são diretamente ligados ao oferecimento de cooperação aos países em desenvolvido como a questão tenta transmitir. Na questão africana, por exemplo, o próprio presidente Lula declarou que o estreitamento das relações com a A?frica constitui para o Brasil uma obrigac?a?o poli?tica, moral e histo?rica, o afasta por completo a tese defendida na assertiva.
  • ERRADA.

    O Brasil atua com base na lógica de reciprocidades difusas. A cooperação não deve ser vista como uma barganha direta por um assento no UNSC, mas é uma prova de que o país é capaz de assumir responsabilidades. A vaga permanente no UNSC pode ser conferida ao Brasil como uma consequência dessa atuação destacada no sistema internacional.
  • A cooperação realizada pelo Brasil é livre de condicionalidades e não está sujeita a qualquer tipo de contrapartida, diferentemente dos países do Norte, por exemplo. Naturalmente há ganhos políticos e econômicos, porém o principal objetivo é a cooperação em si mesma. No caso da África, vale a pena ressaltar a frase citada pelo ex-ministro Celso Amorim: "Para cada problema africano, há uma solução brasileira"'
    Deve-se levar em conta ainda que esse tipo de cooperação é atenta à realidade de cada país e comprometida com o desenvolvimento sustentável.
    Desse modo, a afirmativa é incorreta.
  • Não concordo que a questão esteja errada porque sua redação não deixa clara a hipótese de que a cooperação brasileira tenha como CONDIÇÃO conseguir qualquer coisa em contrapartida .

  • Essa questão é quase uma pegadinha para quem lê rápido. O Brasil realmente deseja isso que a questão afirma, porém não advindo da cooperação. A cooperação do Brasil é SEMPRE sem condicionalidades e contrapartidas.

  • Brasil atua no sentido da ideologia da não indiferença, ou seja, não pode fechar os olhos para aqueles que mais precisam. Não utiliza a cooperação para almejar posição hegemônica no cenário internacional, mas sim para preservar a paz e a harmonia entre nações.

     

    Além disso, mesmo amejando um melhor posicionamento na governança global, seria inconveniente associar cooperação a interesses próprios.

  • Tecnicamente, a questão está errada - afinal, não corresponde ao discurso oficial. Tecnicamente.

  • Claro que o Brasil visava a um assento no Conselho. Como não há renovação dos membros permanentes, a proposta brasileira era para uma das vagas não-permanentes. O erro da questão é só este. No mais, tudo certo. Vale salientar que o Brasil conseguiu o assento. Inclusive, houve uma votação em que o Brasil e outro país votaram contra os interesses americanos do norte..


ID
567565
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A partir de 2003, houve incremento da cooperação internacional prestada pelo Brasil e um alinhamento mais efetivo dessa cooperação aos objetivos e às prioridades da política externa do país, destacando-se a promoção da multipolaridade e o adensamento das relações com os países da América do Sul e da África.

Alternativas
Comentários
  • A partir de 2003, pois essa é uma das estratégias de política externa do governo Lula. 
  • Correto. E digo mais, não foi apenas o Governo Lula que deu um enfoque maior a essa política. O da sua sucessora Dilma também, conforme constatamos com matéria da Folha de São Paulo de 2013:

     

    "A renegociação de quase US$ 800 milhões (R$ 1,8 bi) em dívidas de nove países africanos, levada adiante pelo governo Dilma Rousseff neste ano, já tem rendido frutos para empresas brasileiras."

     

    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/08/1324813-perdao-a-paises-africanos-impulsiona-empresas-brasileiras.shtml


ID
567568
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a opção correta a respeito das relações entre Brasil e Índia.

Alternativas
Comentários
  • A questão foi anulada pelo CESPE.

    Justificativa: Não há opção correta. Apesar de ainda concentrada em petróleo e derivados, a evolução do comércio bilateral no último ano entre Brasil e Índia atesta a prevalência de produtos semi-manufaturados e manufaturados, fato que invalida a opção considerada correta no gabarito oficial preliminar.
  • Anulada.

    Justificativa de erro na letra E. De acordo com o MDIC.gov.br de 2008 para 2009 o comércio bilateral foi reduzido. Com uma retração em 22,71% comparado com o ano anterior

    2005 ........................ 118.529.184.899 22,60 100,00 73.600.375.672 17,13 100,00 44.928.809.227 192.129.560.571 1,61
    2006 ........................ 137.807.469.531 16,26 100,00 91.350.840.805 24,12 100,00 46.456.628.726 229.158.310.336 1,51
    2007 ........................ 160.649.072.830 16,58 100,00 120.617.446.250 32,04 100,00 40.031.626.580 281.266.519.080 1,33
    2008 ........................ 197.942.442.909 23,21 100,00 172.984.767.614 43,42 100,00 24.957.675.295 370.927.210.523 1,14
    2009 ........................ 152.994.742.805 -22,71 100,00 127.722.342.988 -26,17 100,00 25.272.399.817 280.717.085.793 1,20
    2010 ........................ 201.915.285.335 31,98 100,00 181.768.427.438 42,32 100,00 20.146.857.897 383.683.712.773 1,11
    2011 ........................ 256.039.574.768 26,81 100,00 226.245.112.890 24,47 100,00 29.794.461.878 482.284.687.658 1,13
  • Olá, pessoal!
    Essa questão foi anulada pela organizadora.

    Justificativa da banca:  Não há opção correta. Apesar de ainda concentrada em petróleo e derivados, a evolução do comércio bilateral no  último ano entre Brasil e Índia atesta a prevalência de produtos semi-manufaturados e manufaturados, fato que invalida a opção considerada correta no gabarito oficial preliminar.
    Bons estudos!

ID
567571
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Em fins do século passado, uma inovação surgiu no campo de ação do terrorismo, o homem-bomba, cuja origem pode ser entendida como derivação da revolução iraniana de 1979 e que foi utilizada pela primeira vez com a finalidade de alcançar efeitos significativos em 1983, pelo Hezbollah, no Líbano, contra alvos norte-americanos.

Alternativas
Comentários
  • Quando surgiram os homens-bomba?

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    Os primeiros terroristas suicidas que explodiam o próprio corpo apareceram entre os séculos 14 e 16. "Naquela época, o Império Turco-Otomano vivia um perído de expansão. Uma das armas de seu Exército eram os guerreiros suicidas conhecidos como bashi-bazouks, que se precipitavam contra fortificações ou linhas de batalha do inimigo", diz o historiador Márcio Scalércio, da Universidade Cândido Mendes (RJ). Depois vieram os anarquistas da Rússia czarista, os camicases japoneses durante a Segunda Guerra e os guerrilheiros vietnamitas a partir da década de 50. Mas é bom esclarecer que a expressão "homem-bomba" e a popularização da prática são bem mais recentes - mais precisamente, nos conflitos do Oriente Médio dos últimos 20 anos. Tudo leva a crer que a guerra entre Irã e Iraque (1980-1988) foi o marco fundante para essa cultura de terroristas explosivos. Inspirados pelas ações de xiitas iranianos, grupos radicais palestinos como Hamas, Jihad Islâmica e a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa fizeram do homem-bomba sua arma favorita na luta contra Israel. Hoje, jovens são doutrinados em escolas muçulmanas ou mesquitas e recebem prêmios pelo "ato de fé" - o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein chegava a pagar 25 mil dólares para a família de um suicida. E a moda macabra já lança tendências: no Sri Lanka e na Chechênia já existem mulheres-bomba e, na Palestina, os terroristas não são mais mortos de fome sem perspectivas. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos homens-bomba palestinos vêm da classe média e têm boa educação.

    http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quando-surgiram-os-homensbomba
  • "Existe alguma divergência sobre a origem do homem bomba e uma restrita bibliografia que lida com o tema. No entanto, alguns autores como Robert e Christopher Reuter mostram a importância dos ataques terroristas efetuados pelo Hezbollah em Beirute, durante a Guerra Civil Libanesa em 1982. Esses ataques são importantes não apenas pela quantidade de mortos, mas também por marcarem o início de uma escalada do terrorismo internacional, mais especidicamente do fenômeno do homem-bomba. Robert Pape [...] marca o ataque de 19982 no Líbano como o primeiro de uma série de levantes suicidas [...]" Negreiros, Priscila. Como Passar no Concurso da Diplomacia. Pp199.
  • Homem bomba surgiu no fim do seculo passado???? 

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

     

    Em relação a informação bem instrutiva que o Kleber passou, me parece que os casos dos homens-bomba do império Turco-otomano, camicases japoneses e mesmo os guerrilheiros vietnamitas não se encaixariam na questão por se tratarem de táticas de guerra naquele momento e a questão especificava "uma inovação surgiu no campo de ação do terrorismo".

     

    Poderia haver alguma dicussão em relação aos anarquistas russos mas nesse caso também, poderia ser considerado como uma guerra civil. Lembro de ter lido em alguma convenção sobre terrorismo uma ressalva que ela não se aplicava aos atos cometidos exclusivamente por nacionais, contra nacionais em território nacional, mas não encontrei ela agora para adicionar aqui.

     

    Bons Estudos!

  •  

    DECRETO Nº 4.394, DE 26 DE SETEMBRO DE 2002.

    Promulga a Convenção Internacional sobre a Supressão de Atentados Terroristas com Bombas, com reserva ao parágrafo 1 do art. 20.

    Artigo 3

    Esta Convenção não será aplicável quando o delito for cometido num Estado, o delinqüente presumido e as vítimas forem nacionais desse Estado, o delinqüente presumido se encontre no território desse Estado e nenhum outro Estado possa exercer sua jurisdição de acordo com o disposto nos parágrafos 1 ou 2 do artigo 6 desta Convenção, salvo quando se apliquem as disposições dos artigos 10 a 15.


ID
567574
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a Estratégia Nacional de Defesa e a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano atestam a articulação entre a política externa e a política de defesa alcançada, no Brasil, na última década.

Alternativas
Comentários
  • DECRETO Nº 6.703/2008 - ESTRATÉGIA DE DEFESA NACIONAL

    18.Estimular a integração da América do Sul. 

    Essa integração não somente contribuirá para a defesa do Brasil, como possibilitará fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa. Afastará a sombra de conflitos dentro da região. Com todos os países avança-se rumo à construção da unidade sul-americana. O Conselho de Defesa Sul-Americano, em debate na região, criará mecanismo consultivo que permitirá prevenir conflitos e fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa, sem que dele participe país alheio à região.  

  • Galera que já viu a resposta ou é premium: vamos facilitar a vida dos coleguinhas colocando gabarito nos comentários? 

    GAB: CERTO


ID
567577
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A ênfase atribuída pela diplomacia brasileira ao desarmamento e ao controle de armas no âmbito das Nações Unidas foi atenuada em razão da necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e do desenvolvimento de tecnologias de uso dual.

Alternativas
Comentários
  • Alguém consegue me explicar essa questão? Não consegui encontrar base para a resposta...
  • IMO
    No que diz respeito o desarmamento como medida preventiva pelas Nações Unidas, engloba armas de destruição em massa, e desarmamento de insurgentes em ações de peace keeping, peace building. Não o desarmamento completo e sucateamento das FFAA, que são um instrumento de soberania, dissuasão, controle de fronteiras e de controle em ações de paz.
  • Complementando o comentário da colega acima:

    "Estes esforços têm o apoio de uma série de instrumentos-chave da ONU. O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o mais universal de todos os tratados multilaterais sobre desarmamento, entrou em vigor em 1970. A Convenção sobre Armas Químicas entrou em vigor em 1997, e a Convenção sobre Armas Biológicas, em 1975. O Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares foi adotado em 1996. A Convenção sobre Proibição de Minas entrou em vigor em 1999".

    Fonte:
    http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-desarmamento/
  • Tecnologias de uso dual - Tecnologias de uso na indústria bélica e na indústria civil

    A ênfase atribuída pela diplomacia brasileira ao desarmamento e ao controle de armas no âmbito das Nações Unidas foi atenuada em razão da necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e do desenvolvimento de tecnologias de uso dual.

    Seria como se o Brasil quisesse lutar pelo desarmamento e pelo controle de armas, e isso fosse levado como fator de atenuação devido as suas forças armadas serem obsoletetas e necessitem desenvolver ainda tecnologias de uso dual.

    Acredito que seja justamente o contrário, devido a ser pouco desenvolvido no setor de armamento, isso seria um fator de necessidade de política de desarmamento e controle de armas no âmbito das Nações Unidas.
  • Na boa, quando se trata de questões ligadas a armamentos, pode ter certeza que a resposta correta sempre será aquela em que a arma é totalmente "endemonizada", bem como naquelas em que os agentes públicos sempre estarão concordando em não proliferar mais armas, como no caso explícito desta questão.
  • A postura do MRE não se atenua por esse motivo. Na verdade ela é bem clara e condiz com a política nacional para as Forças Armadas.

    Desarmamento e controle de armas

    (...) É nesse contexto mais amplo que se insere o compromisso do Brasil com a eliminação das armas de destruição em massa (como as armas nucleares, químicas e biológicas), a proibição ou regulação de armamentos excessivamente danosos e a prevenção de uma corrida armamentista no espaço, dentre outras ações relacionadas ao desarmamento e ao controle de armas. (...)

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/145-desarmamento-e-controle-de-armas


ID
567580
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Os ataques às Torres Gêmeas de Nova Iorque, ocorridos em setembro de 2001, marcaram o início de uma escalada do terrorismo internacional, que, perdurando até o presente, está associada à ocupação do Iraque pelos EUA, à campanha no Afeganistão bem como às reações a esses eventos em diferentes regiões.

Alternativas
Comentários
  • O terrorismo internacional não começou em 11/09. Vide o atentado contra o avião da Pan Am   duas décadas antes !!
  • O item nao afirma que o terrorismo internacional comecou em 2001, mas que o atentado ao WTC marcou o inicio de uma escalada desse tipo de acao. Ate ai, acredito que o item esteja correto. Talvez o CESPE considere que essa escalada nao perdura ate o presente. Eu errei porque a quantidade de atentados terroristas continua alta em paises como o Iraque, por exemplo...
  • Concordo plenamente com a Clarice, errei pelo mesmo motivo, inclusive. De fato, a única explicação possível para o gabarito é o Cespe considerar que a escalada não continua até hoje.  Não tenho dados, mas, se considerarmos que há escalada enquanto o número de atentados crescer no cômputo anual, é bem possível que ela tenha de fato terminado, afinal houve mais atentados no Iraque alguns anos atrás do que agora, por exemplo, apesar de eles ainda serem muitos.
  • A minha dúvida na questão fica na parte que relaciona o terrorismo e o 11/11 com a ocupação do Iraque pelos EUA. O principal argumento americano era que o Iraque tinha armas de destruição em massa. Alguns argumentavam que Saddan tinha relações com a Al-Qaeda, mas "no final de 1998, Clinton anunciou metas a serem estabelecidas no Golfo: manutenção de contingente militar, inclusive com capacidade de bombardeamento, confirmação das sanções e retorno dos inspetores da AIEA, além de verbas - cem milhões de dólares - aprovadas pelo Congresso para a derrocada de Hussein" (Arraes, http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73292004000100006&script=sci_arttext).

    Fica minha dúvida...

    Abraços
  • Os atentados de 11/09 não marcaram o início de uma escalada do terrorismo internacional. Ele já existia antes do ataque às torres gêmeas e continuaram existindo após o evento. O que mudou foi a reação dos EUA e de seus aliados aos grupos terroristas. O conceito de "war on terror" pautou a política externa do governo George W. Bush após os ataques. Um exemplo de ato terrorista internacional de grande proporção, foi o ocorrido nas Olimpíadas de Munique em 1972.
  • Eu errei essa questão e acredito que ela esta errada por dois motivos: Desde o fim da ocupação russa no afeganistão em 1989 alguns grupos islâmicos radicais vêm promovendo atentados, sejam os atentados ao proprio World Trade Center em 1993 ou os atentados contra as embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998 ou seja a chamada escalada do terrorismo vem desde o inicio da década de 90. Alguns falaram de munique nos anos 70 e do atentado contra o avião da Pan Am nos anos 80, mas essa onda de terrorismo, apesar de promovida por elementos ligados a grupos radicais ismaelitas, não é a mesma promovida por Bin Laden e seus associados, já que aquela tinha fortes ligações com a causa palestina e era finaciada pelo o regime líbio do senhor Muamar Kadaff. Outro ponto onde se pode apontar o erro da questão é que hoje as ações terroristas destes grupos não têm mais ultrapassado as fronteiras do ocidente tendo ficado restrita a países conflituosos do oriente médio e arredores, tornado-se uma questão domestica ou no máximo regional e não mais internacional.    
  • Existem diversas razões para o terrorismo, desde pretensões separatistas até questões religiosas. Todavia, dentro do contexto do Choque de Civilizações, de Samuel P. Huntington, o Pan-arabismo surgido no Egito de Nasser é colocado com causa fundamental deste terrorismo que surge na mídia ocidental como ameaça às potências. 

  • O ataque às torres gêmeas de Nova Iorque, cometido pela Al-Qaeda, marcou o início de uma escalada NO COMBATE ao terrorismo internacional, que perdura até o presente. Após setembro de 2001, os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional que no mesmo ano ocupou o Afeganistão, onde os norte-americanos ainda mantêm efetivos militares. Os EUA também invadiram o Iraque, em 2003, e depuseram o ditador Saddam Hussein, retirando-se do país em 2008. Gabarito: Errado 

    pontodosconcursos

  • Esse gabarito é duvidoso e as justificativas dão margem à controvérsia. É o tipo de questão que vc aprende ser errada pq a Cespe disse que é e os colegas conseguem especular ou argumentar a razão disso.
  • Deve estar errada pela parte da "escalada". Apesar de ainda ter muitos ataques, a série histórica de aumento já terminou. Encontrei uma notícia de 2015 (então, talvez não se aplique) dizendo que o número de ataques terroristas no mundo caiu 9% em 2016, segundo EUA. De acordo com relatório do Departamento de Estado, número de mortes foi 13% menor em relação a 2015. 

    https://g1.globo.com/mundo/noticia/numero-de-ataques-terroristas-no-mundo-caiu-9-em-2016-segundo-eua.ghtml

     

  • "Errado. A visão apresentada por este item defende o pensamento da vertente que acredita que os atentados do 11 de setembro apenas mudaram a agenda internacional e não foram significativos, em termos numéricos, no aumento do terrorismo. Muitos autores especialistas na questão não concordam com essa visão. O item está incorreto porque os anos 1990 já marcaram um aumento do número de ataques a nível mundial. O que Samuel Huntington chamou de 'Choque das Civilizações', representou, com o fim da Guerra Fria, uma escalada de conflitos e guerras civis no contexto internacional (...). Desde o começo dos anos 1990, o Conselho de Segurança trata regularmente de questões relacionadas ao terrorismo (...). A partir de 2001, com os ataques terroristas às Torres Gêmeas de Nova Iorque, houve uma centralidade da temática na agenda internacional e uma maior disposição da comunidade internacional em reforçar as medidas de prevenção e repreensão do fenômeno. (...) A intervenção no Afeganistão em 2001 marcou, igualmente, uma nova maneira de lidar com a questão, incentivando intervenções militares preventivas, o que ficou conhecido como Doutrina Bush" (NEGREIROS, P. Como passar).

  • Pessoal, a ocupação do Iraque pelos EUA não tem nada a ver com terrorismo internacional.

    Como observou o Filipe, o argumento norte-americano para a invasão era que o Iraque tinha armas de destruição em massa.


ID
567583
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães.

Alternativas
Comentários
  • A geografia tradicional começa na Alemanha, com F. Ratzel, que imprime o conceito de "espaço vital". Por meio desse termo, Ratzel afirmava que, assim como um organismo, um território precisa de espaço mínimo para sobreviver e, por conseguinte, desenvolver-se. A menção é oportuna considerando o contexto histórico, já que o período era de expansionismo das potências europeias.
    Foi assim, em meio a esses avanços da Prússia (Alemanha unificada em 1871) e da França por conquista de territórios, que ocorreu a guerra franco prussiana e, como resultado, o surgimento da escola francesa de geografia, fundada por Vidal de La Blache, após a França perder a guerra. La Blache foi influenciado por Ratzel e postulou sua teoria fazendo uma crítica à matriz ratzeliana.
    Dessa forma, realmente é possível pensar em superioridade alemã  em questões geográficas (no momento descrito) e na guerra franco-prussiana como ponto de partida para o desenvolvimento de uma escola geográfica francesa.

  • A partir da guerra franco prussiana a disciplina de geografia virou obrigatoria nas escolas francesas.

  • França perdeu território para os alemães e após isso a geografia foi obrigatória nas escolas.

    Brasil sofreu a ditadura militar e ainda hoje tem gente pedindo a volta dos militares.

    Singela diferença de quem aprende com os erros.

  • CERTO.

     

    A chamada Escola Francesa (Possibilismo) é posterior à Escola Alemã (Determinismo). Em meio ao processo de formação do Estado alemão, entre as diversas disciplinas estimuladas, estava a Geografia, que estudava não apenas o território alemão, como também aquele em seu entorno. Após a guerra, verificadas as vantagens que se podem obter por meio de um bom conhecimento geográfico, o Estado francês começou a incentivar estudiosos a desenvolverem no país um entendimento geográfico, principalmente sobre a França e suas colônias. O geógrafo francês Paul Vidal de La Blache, nesse sentido, desenvolve o conceito de gêneros de vida para contestar a teoria alemã de Friedrich Ratzel, segundo a qual à população nacional se deveria garantir um espaço-vital. O Possibilismo de La Blache, em que os homens podem transformar o meio em que vivem, opõem-se, assim, ao Determinismo de Ratzel, onde as relações homem e meio são determinadas pelas condições naturais.

     

    Fonte: 7000 Questões comentadas do CESPE.

  • Por informação,

    A vitória alemã foi indiscutível e tornou o Império Alemão o país mais poderoso da Europa continental. A paz foi assinada em 10.05.1871, na cidade alemã de Frankfurt.

    O Tratado de Frankfurt estipulava aos franceses:

    • Pagamento de indenização de 500 milhões de francos aos prussianos.
    • Cessão ao Império Alemão dos territórios da Alsácia e norte da Lorena
    • Ocupação por tropas alemãs em certas partes do território francês enquanto a indenização não fosse paga.
    • Reconhecimento de William I como imperador alemão.

    Fonte:https://www.todamateria.com.br/guerra-franco-prussiana/


ID
567586
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

O surgimento de escolas nacionais decorreu da necessidade de criação de identidades culturais no âmbito da geografia e da dificuldade de integração entre geógrafos de nacionalidades distintas.

Alternativas
Comentários
  • A primeira parte da assertiva está correta. O surgimento das escolas nacionais é decorrente da necessidade de criação das identidades culturais (discurso nacionalista). Entretanto, não havia dificuldade de integração entre geógrafos de nacionalidades distintas. Prova disso era a troca de idéias entre os representantes da escola alemã e da escola francesa. 
  • Inclusive, é exemplificativo o caso da  geógrafa estadunidense que foi à Alemanha estudar com F. Ratzel. Ellen Semple acabou traduzindo seus livros para o inglês e, com isso, ajudou a introduzir a vertente determinista nos EUA.
  • O erro da questão não está na dificuldade de integração entre geógrafos de nacionalidades distintas. A despeito desses casos pontuais de integração entre geógrafos de diferentes nacionalidades, havia, sim, divergências entre eles, em particular entre franceses e alemães, o que levou a essa criação de escolas nacionais. O erro da questão está na afirmação de que a geografia decorreu da necessidade de criação de identidades culturais. Na verdade, ela surgiu da necessidade de conhecer e explorar o território das colônias que, naquela época, eram estabelecidas na África e Ásia.

    Trecho do Manual do Candidato de Bertha Becker:

    "Os grandes confrontos territoriais a que se assiste na época giram principalmente em torno dos nacionalismos, convertendo as questões territoriais em temas relevantes, quer no que se refere às novas nações, à rivalidade entre as grandes potências de então - Inglaterra, França, Alemanha e Rússia - quer no que diz respeito à formação e consolidação dos impérios coloniais.

    A essa conjuntura sociopolítica juntava-se um contexto de afirmação dos estudos geográficos que se definiam em torno das relações entre os homens e o ambiente em que viviam. Essa orientação geral da geografia aparecia, contudo, marcada por diversos matizes, uma vez que o movimento de constituição do pensamento geográfico moderno conheceu conjunturas e contextos de formulação díspares, o que alimentou diferenciações internas e polêmicas, até porque essa geografia se institucionalizou em 'escolas nacionais'."
  • A Fernanda Souza está correta, conforme consta no Como Passar em Concursos Cespe. 7.000 Questões Comentadas‎:

    "Errado. O surgimento de escolas nacionais decorreu não da necessidade de formação de identidades culturais, mas da necessidade de

    conhecer o terreno dos Estados nacionais que se consolidavam. Embora tal conhecimento ajudasse a formar uma identidade cultural, não se

    pode afirmar que essa fosse a razão para a criação das escolas nacionais, já que se tratava mais de um contexto histórico de solidificação

    dos Estados nacionais, em que era necessário ter a maior quantidade possível de informações acerca dos componentes do Estado;"

  • Não surgiu da necessidade de criação de uma identidade cultural, pois essa identidade cultural já existia desde o princípio da formação desses estados nacionais. Não houve dificuldade de integração entre os geógrafos, pois, apesar de defenderem teorias que são em essência opostas, muito do estudo de Ritter é parte fundamental para conceitos desenvolvidos por La Blache. Então, apesar de não haver um alinhamento, há uma integração. O surgimento das escolas nacionais é, sobretudo, ligado ao contexto histórico de expansionismo e consolidação de territórios nacionais.

  • Errado. O surgimento de escolas nacionais decorreu não da necessidade de formação de identidades culturais, mas da necessidade de conhecer o terreno dos Estados nacionais que se consolidavam. Embora tal conhecimento ajudasse a formar uma identidade cultural, não se pode afirmar que essa fosse a razão para a criação das escolas nacionais, já que se tratava mais de um contexto histórico de solidificação dos Estados nacionais, em que era necessário ter a maior quantidade possível de informações acerca dos componentes do Estado;

    Fonte: Como Passar - Concursos de Diplomacia e Chancelaria


ID
567589
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia

Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A motivação colonial foi uma das bases do desenvolvimento dos estudos de geografia, visto que cada metrópole pesquisava o espaço das respectivas colônias.

Alternativas
Comentários
  • O princípio da geografia moderna está intimamente ligado ao momento histórico do surgimento do Estado-nação entre os séculos XVIII e XIX e na consequente busca pela identificação por cada Estado do seu espaço vital para sobrevivência, o que inclui o estudo e procura por novas áreas de exploração e colonização.

    Essa ideia é afirmada pela professora Berta Becker no seguinte trecho do livro "Manual do Candidato: Geografia":
     
    (...) a síntese geográfica associada ao projeto de observação sistemática da Terra, seja a partir do ponto de vista de um determinismo natural, e/ou inserida em uma visão possibilista, adaptativa da geografia humana, e/ou mesmo de uma interpretação mais próxima à geopolítica, serviu como instrumento afiado para promover a avaliação “científica” do potencial de expansão do colonialismo europeu naquele momento histórico." (p.13)

    Portanto, a afirmativa é correta.

  • CERTO.

     

    Entre os vários motivos que fomentaram o desenvolvimento da Geografia no final do século XIX, está a motivação colonial: cada metrópole estudava sua respectiva colônia tanto para fins militares (garantir a segurança e posse do território) como para fins econômicos (maximizar a potencialidade de suas terras).

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.


ID
567592
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

A geografia moderna, desenvolvida principalmente por autores alemães (e prussianos), foi impulsionada pelo processo de unificação nacional tardio da Alemanha.

Alternativas
Comentários
  • A geografia moderna, como disciplina, tornou-se um saber estratégico na consolidação da questão nacional na Europa a partir do final do século XIX, alcançando um papel legitimador da afirmação dos estados nacionais nesse continente, notadamente naqueles países que passaram por um processo tardio de unificação de seu território.
     

    Fonte: BECKER, Bertha.
    Manual do candidato : geografia / Bertha Becker; apresentação do Embaixador Georges
    Lamazière. – Brasília : FUNAG, 2012.
    página 15

  • CERTO.

     

    A Alemanha, até sua unificação, em 1871 – considerada tardia em relação à dos demais Estados europeus –, era composta de vários Estados. No momento da unificação, a Geografia teve um papel importante para ajudar a definir o território do Estado que se formava. Os dois maiores expoentes da primeira geração da Geografia moderna foram os alemães (prussianos) Carl Ritter e Alexander von Humboldt. O primeiro concentrou-se no lado histórico e filosófico da nova ciência, enquanto o segundo dedicou-se mais ao entendimento da relação do homem com a natureza.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.


ID
567595
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à região Nordeste do Brasil.

Durante todo o século passado, a cidade de Recife exerceu papel preponderante na rede urbana nordestina, permanecendo, ainda neste século, como a única cidade global da região.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o REGIC do IBGE 2007, o mais atualizado até o momento, a única cidade global no Brasil é São Paulo.

  • Porto Alegre e Curitiba são "cidades globais" gama - 

  • Atenção! No Brasil existem apenas 4 cidades globais, são elas:

    Alfa: São Paulo

    Beta (-): Rio de janeiro

    Gama (-): Curitiba e Porto Alegre.

  • Chico Science e NZ

  • Respeite Fortaleza macho véi!

  • O Nordeste não tem cidade global

  • No Nordeste, a rede urbana se estrutura ao redor de três metrópoles: Salvador, Recife e Fortaleza. Essas cidades não são, contudo, cidades globais. 

  • ERRADO.

     

    É inegável que Recife sempre exerceu um papel fundamental na rede urbana nordestina, porém é incorreto afirmar que a capital pernambucana é uma cidade global, termo empregado para estabelecer certa hierarquia no sistema econômico global, denominando uma cidade que concentre uma rede de atores cujas ações possam ter forte impacto na economia mundial. No Brasil, a cidade de São Paulo é um excelente exemplo das dimensões de uma cidade global, comparável a Tóquio, Nova Iorque e Londres.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • Errado

    (...) na hierarquia da rede urbana brasileira, a cidade de São Paulo apresenta-se como a

    única cidade denominada global, pois atende as seguintes características: hoje, a cidade é essencialmente marcada pelosegmento terciário. Estão nela segmentos de alto valor agregado, muitos relacionados direta ou indiretamente às empresasprodutivas de todo o País: tecnologias de informação e comunicação; criação e manutenção de softwares; redes e sítios deinternet; certificação e metrologia; gestão administrativa e financeira; design; marketing; serviços contábeis; sedes dosprincipais bancos nacionais e das filiais de bancos estrangeiros (31 dos 50 maiores bancos do mundo)........

    fonte: Padrao de resposta CACD 2019 (questao 2 - geografia)

  • Recife não é uma cidade global (metrópole global), mas uma metrópole NACIONAL, juntamente com outras metrópoles nacionais do NE como Salvador e Forteleza.

    METRÓPOLE NACIONAL: Como o próprio nome indica, são aquelas que não costumam extrapolar comercial e economicamente as suas relações para além do território de seus países. Mesmo assim, são consideradas cidades de elevada importância social e política, pois concentram boa parte do capital, trabalho e renda que são produzidos nacionalmente. 


ID
567598
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à região Nordeste do Brasil.

A colonização da região que atualmente corresponde ao Nordeste do Brasil ocorreu, de modo geral, do litoral para o interior, relacionando-se a ocupação das zonas mais próximas do litoral à produção açucareira, e a de áreas mais interiores, à pecuária e à cultura do algodão.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO.

  • Qual é a útilidade de comentar: Gabarito: CERTO....  ri alto aqui

  • Rui, é para revelar o gabarito para quem não tem assinatura. 

    Minha cidade foi considerada grande produtora de algodão: Campina GRande-  PB.

  • CERTO.

     

    O Nordeste brasileiro foi uma das primeiras regiões do Brasil a serem colonizadas pelos portugueses, que rapidamente começaram o plantio de cana-de-açúcar por lá. O açúcar logo tornou-se a espinha dorsal da economia e da sociedade nordestinas, concentrando a população da região no litoral, onde ficava a maior parte das terras mais propícias para a plantação de cana. O predomínio da cana, no entanto, não impossibilitou que outros setores prosperassem no lugar, apenas tirando-lhes o privilégio de estar no litoral e levando a pecuária e o algodão para o interior da região.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • Correto. O povoamento brasileiro se limitou em territórios litorâneos próximos ao oceano Atlântico onde desenvolveram inúmeras lavouras de cana-de-açúcar no Recôncavo Baiano e no Nordeste, o que resultou na transferência da pecuária, que antes se desenvolvia na Zona da Mata nordestina, para o sertão nordestino

  • CERTO

    A colonização portuguesa na região Nordeste teve início no século XVI com a implantação da produção açucareira – lavoura e engenho – na faixa litorânea do Brasil. A partir do século XVII, a fronteira produtiva expandiu-se para o interior da região, com a pecuária e a cultura do algodão. A ocupação do território brasileiro iniciou pelo litoral e expandiu-se para o interior do país.

    Fonte: Estratégia (Leandro Signori)

  • Q361421

    A primeira ocupação do território brasileiro, no período inicial da colonização portuguesa, ocorreu em sua hinterlândia. Certo.


ID
567601
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à região Nordeste do Brasil.

No Brasil, durante o período marcado pelo nacional- desenvolvimentismo, os problemas identificados na região Nordeste estimularam a criação da SUDENE pelo governo de Juscelino Kubitscheck, com o objetivo de implantar políticas de fomento regional.

Alternativas
Comentários
  • No governo JK com a vontade de que o país crescesse rapidamente foram formadas as superintendencias regionais com objeto de alavancar o crescimento economico o Brasil
  • A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, criada pela Lei 3.692, de 15 de dezembro de 1959, foi uma forma de intervenção do Estado no Nordeste, com o objetivo de promover e coordenar o desenvolvimento da região.

  • SUDENE - 1959 - JK

    SUDAM - 1966 - M. Castelo Branco

    SUDESUL - 1967 - M. Castelo Branco

    SUDECO - 1967 - M. Costa e Silva

  • JK era o cara.

    Morreu "misteriosamente" em um "acidente" de carro.

  • CERTO.

     

    A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi criada em 1959, no governo de Juscelino Kubitscheck, pelo economista Celso Furtado, secretário executivo da autarquia subordinada à presidência que foi a Sudene durante os primeiros anos. O órgão tinha o intuito de promover o desenvolvimento do Nordeste (região então definida como a que abrangia Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e norte de Minas Gerais), que não havia engrenado no processo de desenvolvimento no qual já estavam envolvidas as regiões do Centro-Sul.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • Polígono das Secas - Governo Getúlio Vargas - 1952

    SUDENE - Governo JK - 1959


ID
567604
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos à região Nordeste do Brasil.

Durante o ciclo de produção da borracha na região amazônica, centenas de milhares de nordestinos transferiram-se para aquela região, em grande medida, em consequência de anos de grande seca no Nordeste.

Alternativas
Comentários
  • Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império brasileiro conseguiram concretizar ações governamentais que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos (Drogas do Sertão), acompanhando o interesse do mercado nos diversos recursos naturais da região. Para extração da borracha neste período, acontece uma migração de nordestinos, pricipalmente do Ceará, pois o estado sofria as consequências das secas do final do século XIX.

    Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-borracha/ciclo-da-borracha-2.php
  • CERTO

     

    "A expansão da borracha foi responsável por uma significativa migração para a Amazônia. Calcula-se que entre 1890 e 1900 a migração líquida para a região - ou seja, a diferença entre os que entraram e saíram - foi de cerca de 110 mil pessoas. Elas provinham sobretudo do Ceará, um Estado periodicamente batido pela seca".
     

    Boris Fausto - História do Brasil

  • CERTO.

     

    A região do Nordeste é responsável pelos maiores fluxos migratórios inter-regionais do Brasil devido a fatores de repulsão como clima, economia estagnada e concentração de grandes propriedades nas mãos de poucos. No final do século XIX e início do século XX, o Nordeste sofria com as secas no mesmo período em que na Amazônia começava-se a extrair borracha. Assim, a proximidade das duas regiões e a perspectiva de uma vida melhor foram os fatores de atração que levaram milhares de nordestinos a tentar a sorte nos seringais amazônicos.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • Lembrando que, atualmente, existe a migração de retorno para o nordeste.

  • A estagnação econômica, as constantes secas, em contraste com a prosperidade econômica de outras regiões do Brasil, foram fatores determinantes no início do processo migratório nordestino. Com o início do "Primeiro Ciclo da Borracha" em 1879, os nordestinos migraram para a região da Amazônia, fato que se repete com o "Segundo Ciclo da Borracha" durante a Segunda Guerra Mundial.


ID
567610
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Acerca das implicações e dos desdobramentos da questão ambiental em nível mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A gestão ambiental pública no Brasil caracteriza-se, fundamentalmente, por uma perspectiva corretiva, voltada para o controle da poluição, cujas ações se desenvolvem por meio de diversos instrumentos previstos na legislação vigente, como penalidades disciplinares ao não cumprimento das medidas necessárias.

Alternativas
Comentários
  • A Política Brasileira baseia-se na prevenção, através da adoção de mecanismos de desenvolvimento sustentável.
  • Se baseia na prevenção, por exemplo, podemos citar a necessidade de EIA/RIMA para inúmeras atividades poluidoras. Sem esse estudo de impacto ambiental, a empresa pode não conseguir licença sua licença ambiental.

  • Pelo menos esse é o discurso oficial (política baseada na prevenção), na prática não sei se é bem assim.

    Mas numa prova para diplomata é de se esperar que a banca siga o discurso oficial em uma questão sobre gestão ambiental brasileira.

  • ERRADO.

     

    A gestão ambiental pública no Brasil, segue hoje a estratégia da prevenção. Apesar de ter uma das legislações ambientais mais desenvolvidas do mundo, cuja infração pode implicar multas milionárias e até a prisão, a gestão ambiental brasileira, guia-se principalmente pelo conceito de desenvolvimento sustentável. A política corretiva, voltada para o controle, já foi adotada pelo país nos idos dos anos 1970 como uma reação à Conferência de Estocolmo, por meio da criação do primeiro órgão institucional voltado para a política ambiental, a Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema).

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • "A gestão ambiental pública no Brasil caracteriza-se, fundamentalmente, por uma perspectiva corretiva, voltada para o controle da poluição, cujas ações se desenvolvem por meio de diversos instrumentos previstos na legislação vigente, como penalidades disciplinares ao não cumprimento das medidas necessárias".
    Na minha visão, a gestão ambiental pública visa à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, de modo que a ideia de uma perspectiva fundamentalmente corretiva está errada. Acredito que a política não se baseie somente no caráter preventivo na gestão ambiental, pois, em caso de dano, deve haver a reparação/recuperação da área afetada (art. 2º da Política Nacional do Meio Ambiente - não sei se continua sendo essa a legislação aplicável).
    Além disso, é bom ressaltar que uma pessoa (física ou jurídica) pode responder em âmbito administrativo, civil e penal por eventuais danos causados ao meio ambiente. Chamamos isso de "Tríplice Responsabilidade". E a expressão "penalidades disciplinares" é mais vinculada à responsabilidade administrativa do que à civil ou penal.
    Sei que é uma prova de geografia, e não de Direito, mas talvez estes termos tragam alguma luz pra quem estiver estudando isso.
    Não tenho muito conhecimento geográfico, mas respondi com base em conhecimento jurídico e deu certo.

  • É o contrário. Atualmente, a gestão ambiental pública no Brasil tem característica preventiva.

    O Brasil, porém, apesar de ter uma legislação ambiental que é considerada uma das mais desenvolvidas do mundo, tem dificuldade em fazer valer os seus normativos e de fiscalizar adequadamente a questão ambiental.

    Resposta: Errado

  • Atualmente, a gestão ambiental pública no Brasil tem característica preventiva e não corretiva. Ocorre que o país tem dificuldade de fazer cumprir as normas.

  • Danúzio Neto | Direção Concursos

    É o contrário. Atualmente, a gestão ambiental pública no Brasil tem característica preventiva.

    O Brasil, porém, apesar de ter uma legislação ambiental que é considerada uma das mais desenvolvidas do mundo, tem dificuldade em fazer valer os seus normativos e de fiscalizar adequadamente a questão ambiental.

    Resposta: Errado


ID
567613
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Acerca das implicações e dos desdobramentos da questão ambiental em nível mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Nas origens do conceito de desenvolvimento sustentável, que permeia acordos aprovados entre governos, percebe-se a influência de discussões acerca da relação entre crescimento econômico e meio ambiente, como as que resultaram no relatório conhecido como Limites do Crescimento.

Alternativas
Comentários
  • Os Limites do Crescimento é um livro escrito em 1972 que modelou as consequências do crescimento rápido da população mundial considerando os recursos naturais limitados, comissionado pelo Clube de Roma. Seus autores foram Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers, and William W. Behrens III.
    O livro utilizou um sistema computacional (World3) para simular as consequências da interação entre os sistemas do planeta Terra com os sistemas humanos.
    Cinco variáveis foram examinadas no modelo original, assumindo-se que o crescimento exponencial descreve acuradamente seus padrões de crescimento: população mundial, industrialização, poluição, produção de alimentos e esgotamento de recursos.

  • Não concordo com o gabarito da banca. Na verdade, o conceito de desenvolvimento sustentável originou-se com o relatório "Nosso Futuro Comum", ou "Bruntland", de 1982. O relatório "The Limits to Growth" tinha, ao contrário, uma visão zerista e preservacionista.

  • CERTO.

     

    O relatório “Limites do crescimento” foi resultado dos trabalhos encomendados pelo Clube de Roma – grupo que estuda o meio ambiente e os efeitos das ações humanas sobre ele – e publicado em 1972. Também conhecido como “Relatório Meadows”, devido à liderança de Dana Meadows nos trabalhos, esse documento estabeleceu-se como um dos mais importantes sobre meio ambiente já publicados. Entre os temas abordados, encontramos a questão do futuro do desenvolvimento da humanidade e a do impacto que tal desenvolvimento terá no meio ambiente. O conceito de ecodesenvolvimento, elaborado pelo Relatório, é o antecessor direto do desenvolvimento sustentável. A partir do relatório do Clube de Roma começa-se a pregar a idéia de que utilizar os recursos naturais hoje não pode causar consequências irreversíveis às gerações futuras.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.


ID
567616
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Acerca das implicações e dos desdobramentos da questão ambiental em nível mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A gestão ambiental envolve a discussão relativa ao papel do Estado e à soberania das nações, tendo os Estados o direito soberano de explorar seus recursos, de acordo com as próprias políticas ambientais e desenvolvimentistas, e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio ambiente de outros Estados.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento,

     

    Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992,

     

    Reafirmando a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, adotada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e buscando avançar a partir dela,

     

    Com o objetivo de estabelecer uma nova e justa parceria global por meio do estabelecimento de novos níveis de cooperação entre os Estados, os setores-chave da sociedade e os indivíduos,

     

    Trabalhando com vistas à conclusão de acordos internacionais que respeitem os interesses de todos e protejam a integridade do sistema global de meio ambiente e desenvolvimento,

     

    Reconhecendo a natureza interdependente e integral da Terra, nosso lar,

     

    Proclama que:

     

    (...)

     

    Princípio 2

     

    Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os Princípios de Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos segundo suas próprias políticas de meio ambiente e desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional.

     

    Fonte: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

  • CERTO.

     

    A gestão ambiental vai muito além da simples “política ambiental”, englobando todo um entendimento relativo aos direitos do Estado sobre os recursos naturais do território. Historicamente, a posição defendida pelo governo brasileiro tem sido a de total poder de decisão sobre suas riquezas naturais e a de não intervenção de outros Estados nessas matérias, que são exclusividade do Estado soberano. A ressalva que se faz diz respeito às consequências ambientais para os países vizinhos, como poluição direta (notadamente das águas de rios e mares), desvios de águas fluviais e outras.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • Gabarito: CERTO

     

    Outra questão com mesma temática:

     

    Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: ICMBIO Prova: Analista Ambiental

     

    endo como referência inicial o texto acima, julgue os itens de 71 a 80, quanto ao tratamento dado à biodiversidade. 

    Segundo a PNB, as nações têm o direito soberano de explorar os próprios recursos biológicos, de acordo com suas políticas de meio ambiente e desenvolvimento, e são responsáveis pela conservação de sua biodiversidade e por assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio ambiente e à biodiversidade de outras nações ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional. CERTO

     

     

  • A gestão ambiental, por se relacionar com a política ambiental, também trata sobre os direitos e deveres do Estado sobre os recursos naturais do seu território, respeitando a questão da soberania nacional.

    O governo brasileiro, historicamente, tem decidido livremente sobre o uso de suas riquezas naturais e optando, também, por não interferir na gestão ambiental de outros Estados.

    O posicionamento do Brasil só muda nesta questão quando há consequências ambientais entre os países vizinhos, como poluição direta das águas de rios compartilhados com as nações limítrofes.

    Resposta: Certo


ID
567619
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Acerca das implicações e dos desdobramentos da questão ambiental em nível mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Embora a implantação de sistemas agropastoris e o reflorestamento contribuam para o alcance das metas do Protocolo de Quioto, considera-se mais importante para o alcance dessas metas o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo à utilização de combustíveis provenientes de fontes renováveis, objeto da criação de um mecanismo de desenvolvimento limpo.

Alternativas
Comentários
  • A afirmação está completamente correta, exceto pela passagem "implantação de sistemas agropastoris", que correspondem a aumento da superfície desmatada para aplicação em agricultura e pecuária, o que viola os princípios do protocolo de Kioto (ou Quioto).
  • Além disso, com a implantação de sistema agropastoris há uma emissão enorme de gás metano derivada da flatulência bovina.
  • Pessoalmente, eu considerei a questão errada por causa da seguinte parte: "considera-se mais importante para o alcance dessas metas".

    Acho que não se pode dizer que o incentivo a fontes renováveis é MAIS IMPORTANTE do que o reflorestamento, pois as negociações ambientais atuais incluem o conceito REDD+, que inclui:
    Redução de emissões por desmatamento e degradação florestal Conservação e aumento de estoques de carbono florestal Manejo sustentável de florestas.
    O conceito REDD+ tem ganhado mais força nas negociações, a saber:
    2007, na COP 13 de Bali: Plano de Ação de Bali determinou o REDD como um dos potenciais instrumentos de mitigação de mudanças climáticas a fazer parte de um novo acordo internacional. 2010, na COP-16: Acordo de Cancun aprovou o conceito de REDD+, bem como suas diretrizes, salvaguardas e principais regras de implementação. ¨O REDD+ é agora um mecanismo de mitigação voluntário dos países em desenvolvimento no âmbito da CQNUMC (UNFCCC).

    Em tempo: há diferença entre REDD e REDD+.



    REDD = REDUÇÃO DE EMISSÕES POR DESMATAMENTO E DEGRADAÇÃO (florestal).



    Posteriormente, o conceito evoluiu para REDD+, que inclui:



    reduções por desmatamento e degradação



    conservação florestal, manejo florestal sustentável e aumento dos estoques de carbono (segundo  Plano de Ação de Bali).
  • Ótimos comentários, acima!!
    Adicional de informação para estudo :: O Protocolo de Quioto, constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.
  • Olá pessoal!
    Considerei errada a questão por causa do trecho "desenvolvimento de políticas públicas de incentivo à utilização de combustíveis provenientes de fontes renováveis", pois em Quioto foi sistematizada a ideia de incentivos de mercado atrelados à questão ambiental, ganhando algumas regras, como a cota máxima de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). É o que está por trás dos mecanismos de flexibilização, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que, no limite, é uma forma de chamar as indústrias a participarem do jogo, ao criar a compra de Reduções Certificadas de Emissões (RCE), uma resposta mais instrutiva e menos punitiva às multas vigentes. 
  • Essa questão tem três erros. O primeiro é que o Brasil não possui metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto. Só os países desenvolvidos possuem num primeiro momento. O segundo é que o incentivo à utilização de combustível proveniente de fonte renovável, por si só, não pode ser considerado um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), esse incentivo é apenas uma tentativa de mudança na matriz energética e não a mudança de matriz energética propriamente.
     O terceiro erro, e mais importante, é que a matriz energética brasileira é a mais limpa do mundo. Responsável por apenas 16% das nossas emissões. Os grandes vilões das emissões no Brasil são o desmatamento, responsável por 58% das emissões e a atividade agropecuária, responsável por 22%.  
     Como o grosso das nossas emissões está na área rural, a implantação de sistemas agropastoris e o reflorestamento se tornam as atividades mais importantes para reduzir as emissões de GEE no Brasil. 

    Esses sistemas agropastoris visam a recuperar áreas degradadas pela pecuária e agricultura.

  • Otavio Reis, a questão pede a nível mundial e não sobre o Brasil.

  • A utilização de combustível proveniente de fonte renovável, por si só, não pode ser considerado um mecanismo de desenvolvimento limpo, e sim apenas uma tentativa de mudança na matriz energética.

       Estabelecido pelo artigo 12 do Protocolo de Kyoto, o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) permite que os países desenvolvidos (o Anexo I do Protocolo) possam comprar reduções certificadas de emissão de projetos elaborados por países em desenvolvimento. Estes países, por sua vez, passam a contar com acesso a recursos financeiros e tecnologias. Um MDL deve atender certos requisitos como: ser feito em um país em desenvolvimento que tenha ratificado o Protocolo de Kyoto; e resultar em reduções reais, mensuráveis e de longo prazo das emissões de gases de efeito estufa.
    A afirmativa está incorreta. 
  • Falou Quito, lembre-se da emissão dos gases que aumentam a intensidade do efeito estufa.

  • Fiquei confusa com 2 comentários contraditórios.

    "implantação de sistemas agropastoris" é ruim porque desmata ou recupera áreas degradadas pela pecuária e agricultura????

    alguém pode me esclarecer?

    thanks!!

  • Creio que Quioto não incentive a adoção de combustíveis renováveis, mas somente a diminuição do uso de energias poluentes, substituindo-as por fontes limpas. Estas, por sua vez, não são sinônimo de renováveis. Exemplo disso é que o urânio é considerado fonte limpa de energia, mas não é renovável, dado que as reservas mundiais desse mineral são limitadas.

  • ERRADO.

     

    O Protocolo de Quioto versa sobre a redução de 5,2% da emissão dos gases de efeito estufa. Dessa forma, a implementação de sistemas agropastoris teriam o efeito contrário, visto que a pecuária é responsável pela emissão do gás metano.

     

    Fonte: 7000 Questões Comentadas do CESPE.

  • A ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) tem como grande objetivo a mudança do sistema de uso da terra, fundamentando-se na integração dos componentes do sistema produtivo, visando atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade. A ILPF se apresenta como uma estratégia para maximizar efeitos desejáveis no ambiente, aliando o aumento da produtividade com a conservação de recursos naturais no processo de intensificação de uso das áreas já desmatadas no Brasil.

     

    Desta forma, podem-se classificar quatro modalidades de sistemas distintos:

     

    Integração Lavoura-Pecuária ou Agropastoril: sistema de produção que integra o componente agrícola e pecuário em rotação, consórcio ou sucessão; na mesma área e em um mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos.

     

    Integração Pecuária-Floresta ou Silvipastoril: sistema de produção que integra o componente pecuário e florestal, em consórcio.

     

    Integração Lavoura-Floresta ou Silviagrícola: Sistema de produção que integra o componente florestal e agrícola, pela consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas (anuais ou perenes).

     

    Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ou Agrossilvipastoril: sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e florestal em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área.  O componente "lavoura" restringe-se ou não à fase inicial de implantação do componente florestal.

     

    https://www.embrapa.br/tema-integracao-lavoura-pecuaria-floresta-ilpf/nota-tecnica

  • O Protocolo de Quioto trata sobre a redução da emissão dos gases de efeito estufa. Os sistemas agropastoris, por outro lado, aumentam a emissão de gás metano, que é um dos gases do efeito estufa. Ou seja, o efeito seria o contrário do apontado na questão. A implantação dos sistemas agropastoris não contribui para o alcance das metas do Protocolo de Quioto.

    Resposta: Errado

  • A agropecuária é a área econômica no Brasil que mais emite gases do efeito estufa. A questão entra em contradição.