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Prova COSEAC - 2016 - Prefeitura de Niterói - RJ - Professor II − Língua Portuguesa


ID
1989265
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Niterói, o retorno de funcionário demitido ao serviço público municipal, com ressarcimento do vencimento, direitos e vantagens atinentes ao cargo, denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • Art. 23 do referido estatuto

  • ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE NITEROI.

    LEI Nº 531 DE 18 DE JANEIRO DE 1985.

    TÍTULO III - DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS.

    CAPÍTULO III - DAS FORMAS DE PROVIMENTO.

    Seção II - Da Reintegração.

    Art. 23. A reintegração, que decorréra de decisão administrativa ou judicial, é o retorno do funcionário ao serviço público municipal, com ressarcimento do vencimento, direito e vantagens atinentes ao cargo.

    Parágrafo único. A decisão administrativa que determina a reintegração será sempre proferida em pedido de reconsideração; recurso hierárquico ou revisão de processo.


ID
1989277
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Alzenir prestou serviços em órgão estadual ao mesmo tempo em que prestou serviço em órgão do Município. De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Niterói, a acumulação do tempo de serviço no mesmo ente:

Alternativas
Comentários
  • Art. 180 – A proibição de acumular se estende a cargos ou funções de qualquer modalidade ou emprego no Poder Público Federal, Estadual ou Municipal, na administração centralizada ou autárquica, inclusive em sociedade de economia mista e empresas públicas.

  • ART 90. É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concorrente ou simultaneamente em cargos ou funções da União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, Empresa Pública, Sociedade de economia mista e Fundações instituídas pelo Poder Público e entidades de caráter privado mesmo que hajam sido transformadas em estabelecimentos de serviço público


ID
1989286
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

São hipóteses de afastamento consideradas como tempo de serviço efetivo os afastamentos em virtude de:

Alternativas
Comentários
  • Lei nº 2838 de 30 de maio de 2011.
    Institui o Estatuto da Guarda Civil Municipal de Niterói e Cria a Corregedoria Geral da Guarda Civil de Niterói e dá outras Providências.

     

    CAPÍTULO VI
    DAS CONCESSÕES
    Art. 100. Sem qualquer prejuízo, poderá o integrante da Guarda Civil Municipal ausentar-se do serviço:
    I - por 1 (um) dia:
    a) para doação de sangue;
    b) para atender convocação judicial ou requisição de autoridade policial, podendo o prazo ser ampliado, desde que a necessidade seja atestada pela autoridade convocante;
    II - por 8 (oito) dias:
    a)em razão de falecimento de irmão, e em virtude de casamento;
    b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais ou filhos.

     

    CAPÍTULO VII
    DO TEMPO DE SERVIÇO

    Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
    Art. 102. Além das concessões previstas no art. 100 desta Lei, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos decorrentes de:
    I - férias;
    II - exercício de cargo em comissão ou função pública nos órgãos da Administração Direta do Poder Executivo do Município de Niterói;
    III - participação em programa de treinamento promovido ou aprovado pelo Município;
    IV - júri e outros serviços considerados obrigatórios por lei;
    V - licença:
    a) à gestante, à adotante e ao pai;
    b) para tratamento de saúde, exceto para progressão profissional;
    c) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
    d) por convocação para o serviço militar.

    Art.103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade, observada, em qualquer hipótese, a respectiva contribuição previdenciária:
    I - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados, Municípios e Distrito Federal;
    II - a licença para acompanhar pessoa doente da família, no período remunerado;(máximo de 30 dias)
    III - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no cargo público efetivo de Guarda Municipal;
    IV - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao Regime Geral de Previdência;
    V - o tempo de serviço relativo a serviço militar;
    VI - o tempo de licença para tratamento da própria saúde;
    § 1º Após a reversão, o tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.
    § 2º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública, bem como em atividade privada.

  • A questão se  trata  do estatuto dos servidores publicos de niterói. lei 531/85

    art 88) gabarit c)

    Art. 88 Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de: Iférias; II casamento, até 8 (oito) dias; IIIluto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, até 8 (oito) dias; IVconvocação para serviço militar; VJúri e outros serviços obrigatórios por Lei; VI exercício de outro cargo ou função, no serviço público da União, de outro Estado e dos Municípios, inclusive respectivas autarquias, empresa públicas, sociedade de economia mista e fundações, quando o afastamento houver sido autorizado pelo Chefe do Poder Executivo, sem prejuízo de vencimento do funcionário; VII exercício do mandato de Prefeito e Vice-Prefeito; VIIIexercício de cargos ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação ou designação do presidente da República; IX licença especial; Xlicença para tratamento de saúde, inclusive de pessoa da família; XIlicença a funcionário acidentado em serviço ou atacado de moléstia profissional; XIIlicença à funcionária gestante; XIIImoléstia devidamente comprovada na forma regulamentar, até 3 (três) dias; XIV missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Chefe do poder Executivo, no interesse da municipalidade; XV período de afastamento compulsório, determinado pela legislação sanitária; XVI recolhimento à prisão, se absolvido afinal, e suspensão preventiva, se inocentado afinal; XVIIcandidatura a cargo eletivo, conforme o disposto no inciso VI, do artigo 71; XVIIImandato legislativo, ou executivo federal ou estadual; XIXmandato de vereador, nos termos do disposto no inciso V, do artigo 71, desta Lei.


ID
1996336
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Niterói, o adicional por tempo de serviço:

Alternativas
Comentários
  • Lei 531/85

    ARTIGO 148 ­ O adicional por tempo de serviço será pago simultaneamente com o vencimento, entretanto, não servirá como base de cálculo para futuros adicionais  ou aumentos. 

    OBS: Na Lei 8112 não se fala mais em Adicional por tempo de serviço.(Art 67)

     


ID
1996657
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

André, servidor público da Secretaria de Educação, não se conforma por ter sido preterido em promoção por Márcia, que acabou por se tornar sua chefe. Um dia, ao ser repreendido verbalmente pela mesma, dentro da repartição, começa a ofendê-la, aduzindo que não aceita ser mandado por mulher, e insinuando que Márcia teria se valido de meios escusos para garantir sua promoção. Márcia o adverte, argumentando que esse comportamento é passível de penalidade. André, então, destemperado, lhe desfere violento tapa no rosto, fazendo-a cair. André somente para com a agressão após ser contido por outros colegas de trabalho, e continua ofendendo Márcia verbalmente, com inúmeras ofensas de baixo calão. Considerando o comportamento de André, este deve ser punido, de acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Niterói, com a pena de:

Alternativas
Comentários
  • Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    https://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/tecnico-judiciario-trt9-2010/lei-8112-90-penalidades.html


ID
2014003
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

A argumentação desenvolvida no texto está orientada no sentido de conduzir o leitor a concluir que:

Alternativas
Comentários
  • "(...)A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.(...)"
    Gabarito: b

  • única explicação que faz sentido

  • única explicação que faz sentido


ID
2014006
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

A proposição em que se nota a inexistência de indicador modal – isto é, de marca linguística destinada a sinalizar a modalidade sob a qual o conteúdo proposicional deve ser interpretado – é:

Alternativas
Comentários
  • Os indicadores modais, “também chamados modalizadores em sentido estrito, são igualmente importantes na construção do sentido do discurso e na sinalização do modo como aquilo que se diz é dito.” (Koch, 2003, p. 50)

     

    A modalização da linguagem permite-nos perceber aquilo que é dito sem que o locutor tenha sempre plena consciência de seu dizer. Enfim, é a marca lingüístico-semântica do locutor no enunciado. Koch (2003) mostra que a modalidade se constrói (se lexicaliza) por meios lingüísticos tais como:

     

    a) expressões cristalizadas do tipo “é + adjetivo” (é necessário; é possível; é certo; é obrigatório; é óbvio etc.);

    b) advérbios ou locuções adverbiais (talvez, provavelmente, possivelmente, certamente etc.);

    c) verbos auxiliares modais (poder, dever, querer etc.);

    d) auxiliar modal + infinitivo (ter de + infinitivo; precisar/necessitar + infinitivo; dever+ infinitivo etc.);

    e) orações modalizadoras (tenho a certeza de que; não há dúvida de que; há possibilidade de; todos sabem que etc.).

     

    Além desses indicadores, a modalidade também se expressa por meio dos indicadores atitudinais, que expõem, de certo modo, a emoção do locutor no ato da fala. São eles:

     

    a) advérbios e expressões de valor adverbial caracterizando enunciados (felizmente; infelizmente; é com prazer; pesarosamente; francamente; orgulhosamente etc.);

    b) adjetivos ou expressões adjetivas que demonstram a atitude subjetiva do locutor numa avaliação de fatos (excelente; extremamente);

    c) advérbios ou expressões modalizadoras que delimitam o domínio discursivo ou o modo como o assunto é apresentado pelo locutor (politicamente; geograficamente; historicamente; sociologicamente; resumidamente; concisamente etc.)

     

    ( http://www.filologia.org.br/xicnlf/8/a_noticia_interpretada_os_indicadores.pdf )

     

     a) “Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar  (?) um produto mercantil” (§ 1).

     

     b) “Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta” (§ 1).

     

     c) “Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez” (§ 2).

     

     d) “Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice” (§ 3). [Correta. Não teria indicador modal.]

     

     e) “Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica” (§ 3). 

  • modalização é um fenômeno discursivo em que um sujeito falante se coloca como fonte de referências pessoais, temporais, espaciais, e, ao mesmo tempo, toma uma atitude em relação ao que diz ou ao seu co-enunciador. Ela pode ser evidenciada nas manifestações escritas e orais da linguagem, nos mais variados contextos.

    Exemplos de modalização:

    * Vai chover amanhã.
    - Acho que vai chover amanhã.


    * Ele tem 50 anos de profissão.
    - Ele tem uns 50 anos de profissão.


    * A experiência vai dar certo.
    - A experiência tem de dar certo

     

    Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/modaliza%C3%A7%C3%A3o/

  • Se você souber que os indicadores modais, no caso dessa questão, são os verbos auxiliares+ infinitivos que indicam circunstâncias (modos) fica fácil demais a questão. Agora, sem esse entendimento, até o enunciado fica complicado de entender.

    Eu acertei a questão e você também consegue: seja forte e avante!

     

    Abraços.

  • “Um quadro pode ser olhado en passant; um
    romance, lido à maneira dinâmica” (§ 3). No gabarito oficial marca a letra e


ID
2014009
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

O advérbio em “-mente” que funciona no texto como indicador atitudinal – ou seja, indicador do estado psicológico com que o autor se representa diante daquilo que enuncia – encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E

    “Felizmente elas são anacrônicas” (§ 3).

    É a única que apresenta o sentimento do autor do texto.

  • não entendi o enunciado da questão

     

  • Gabarito: Letra E

    Todos os itens são indicadores atitudionais, porém a questão pede aquele que mostra o estado emocional do autor.

    indicador do estado psicológico com que o autor se representa diante daquilo que enuncia

  • Entendi nada, se alguém souber, manda uma mensagem para mim.

  • Felizmente no contexto está como positividade e alívio, não como estado emocional ou psicológico do autor.

    No meu entender, distraidamente sim seria um estado emocional, similar a  disperso.

     

     

  • o EXAMINADOR DA COSEAC TEM SÉRIAS DIFICULDADES EM FAZER ENUNCIADOS CLAROS 

  • Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

     

    aQUI ELE SE INCLUI NO TEXTO . Mas repito o enunciado tá uma bosta 

     

    GABARITO E

  • Só eu que estou lendo esses enunciados e não estou conseguindo compreender nada!!?? Que isso...e eu temia a Cespe...

  • Estado psicológico com que o autor se representa diante daquilo que enuncia

    ( O POSICIONAMENTO DO AUTOR ) “Felizmente elas são anacrônicas” 


ID
2014012
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

A intertextualidade é condição necessária para que um poema possa ser plenamente apreciado – o que o autor, no segundo parágrafo, deixa bastante evidente ao dizer que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    A intertextualidade sempre nos remete a otros textos, logo a D se torna relativamente óbvia

  • Por que a "E" está errada?

  • "Por intertextualidade [1] entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia."

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade

    "Significado de Alusão

    substantivo feminino

    Menção ou citação; referência feita de maneira vaga ou indireta sobre algo ou alguém (...)"

    Fonte: https://www.dicio.com.br/alusao/

    Como que a letra "E" pode estar errada? Como?

  • a letra e limita a intertextualidade aos textos canônicos


ID
2014015
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

No trecho seguinte destacam-se vários pronomes:

“OS que O fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das NOSSAS faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE oferece ao SEU leitor.” (§ 3)

Aqueles que fazem, com fins coesivos, referência exofórica são:

Alternativas
Comentários
  • O mais complicado era saber a definição, Exofórica relaciona termos de fora do texto para dentro.

    Mas sabendo a definição e com um pouquinho de atenção é possível responder corretamente.

     

     

    Fé em Deus!!

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.
    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro.

    “OS que O fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das NOSSAS faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE oferece ao SEU leitor.” 

    > OS = AQUELES que o fazem. Está mencionando algo que não está no texto - EXOFÓRICA

    > O fazem = retoma "ler o poema", mencionado anteriormento no texto - ANAFÓRICA

    > NOSSAS - também não está no texto- EXOFÓRICA

    > QUE - pronome relativo, retoma "recompensa" - ANAFÓRICA

    > ELE - retoma "poema" - ANAFÓRICA

    > SEU - não tenho certeza desse, mas acredito que também seja exofórica

  • Achei que "NOSSAS" estaria apontando para faculdades...

  • Com uma boa análise dá pra acertar 

  • Acredito que quem apenas coloca o gabarito da questão, no espaço dos comentários, faz isso para ajudar aqueles que não são assinantes,

    para que eles também saibam qual a alternativa correta. Quando não era assinante me ajudava muito e creio que ajude outras pessoas também!

    Ajudar os outros tbm é coisa séria. Não reconhecer e só criticar é que não é...

     

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.
    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

    Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.
    Eg. Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.
    Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.
    Eg. Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;
    Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;
    Eg. Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

    Fonte: http://notedraft.com/funcao-endoforica-anaforica-cataforica-exoforica-deitica-dictica-105.html

  • Só complementando... o pronome "SEU" é possessivo, acho que refere-se ao poema. "Seu leitor", ou seja, o leitor do poema, logo já foi referenciado.

  • São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e do latim “anaphora”.

    Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

    Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA:

    João está doente. Vi-o na semana passada.

    (pronome “o” retoma o termo “João”.)

    Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa.

    (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)

    A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas.

    (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo anterior “sala de aula”)

    Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério.

    (o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.)

    Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.

    Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA:

    A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado.

    (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)

    Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.

    (Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.)

    Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.

    Simplificando:

    Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

  • Dêitico – (exofórica) se refere a algo fora do texto.

    Responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.

    Exemplo: 

    - Aqui está muito frio. (Onde eu estou? Não sei! Só sei que estava frio no lugar em que você escreveu o texto)

    - Na semana que vem, comprarei alguns livros.

    Vocês terão uma semana para ler a frase com seu sentido original. A partir da próxima semana, a frase correta será: 

    - Diego escreveu que compraria alguns livros na semana seguinte.

    Essa é a minha irmã: minha irmã está ao seu lado.

    Esta é a minha irmã: minha irmã está ao meu lado.

    Aquela é a minha irmã: minha irmã não está ao meu lado, muito menos ao seu. Ela está longe de mim e longe de você.

  • Exofórico é quando termos de fora do texto são trazidos para dentro do texto. Na letra A, o O e NOSSAS fazem menção a elementos que não estão diretamentos mencionados. 

  • "Nossas" não está fazendo referência aos "recursos" listados no parágrafo anterior? " razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc."

  • Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.

    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

    Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.

    Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.

    Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.

    Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;

    Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;

    Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

  • A professora Isabel Vega comenta sobre esse assunto na questão Q522654


ID
2014018
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

Em vários poemas de Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles obtém efeitos muito “sugestivos” extraídos de “relações paronomásicas” (§ 2) – o que se observa, por exemplo, nos seguintes versos:

Alternativas
Comentários
  • relações paronomásicas pode ser entendido como uma figura de linguagem que utiliza palavras de diferentes significados, mas que possuem semelhanças no som; agnominação.

  • paronomásia (ou paranomásia) é uma figura de linguagemcaracterizada pela utilização de palavras parônimas, ou seja, palavras com significados diferentes que se escrevem e se pronunciam de forma parecida.

    Exemplos de palavras parônimas: acidente e incidente; aferir e auferir; cumprimento e comprimento; descrição e discrição; eminente e iminente; fluvial e pluvial;  fragrante e flagrante; geminada e germinada; precedente e procedente; tráfego e tráfico.

    fonte: http://www.normaculta.com.br/paronomasia/

  • Poxa, custa ajudar quem não é assinante, o que custa por o gabarito ???

     

     

    Resposta B


ID
2014021
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

Em cada um dos períodos a seguir há uma oração subordinada adverbial:

“Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.” (§ 3)

Elas expressam, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GAB A

     

  • “Nada mais entediante do que (Assim como) a leitura desatenta de um poema". Oração subordinada adverbial comparativa

     

    "Quanto (À proporção que, À medida que) melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.” Oração subordinada adverbial proporcional

  • Marquei a letra A ,mas não entendi o primeiro periodo.

  • “Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.” 

     

    Nada mais (Tao / Tanto quanto) entediante do que a leitura desatenta de um poema."  COMPARATIVA 

    (compara-se o adjetivo "entediante" com "desatenta" leitura).

     

    "Quanto (à proporçao que) melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.” PROPORCIONAL (há uma harmonia entre as oraçoes, uma simultaneidade)

  • Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.”

  • GABARITO A

     

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativacomo, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

  • Na verdade não há oração no primeiro período, mas mero adjunto adverbial. Mas deu pra acertar

  • Nada mais entediante "do que " ....(comparação).

    "Quanto melhor" = á medida que (proporção).


ID
2014024
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

Ao se substituir por um nome o verbo da oração adjetiva de: “Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça.” (§ 2), comete-se, no português padrão, ERRO de regência nominal em:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que deveria haver a preposição "a" antes do pronome relativo "que" ficando assim: "Tudo isso deve ser comparado a outros poemas "A" que o leitor tenha conhecimento."

     

    Por favor corrijam-me caso eu tenha me enganado.

     

    Bons Estudos!!!

  • O meu entendimento foi esse!

    (corrijam-me caso esteja errado)

     

    A regência nominal dos seguintes termos pede:

    A) Contato COM

     

    B) Espelhado EM

     

    C) Conhecimento DE (gabarito)

     

    D) Admiração PELOS

     

    E) Debruçado SOBRE

     

    Bons Estudos

  • Acredito que o substantivo "conhecimento" pede o uso da preposição "de".

     “Tudo isso deve ser comparado a outros poemas de que o leitor tenha conhecimento."

  • não compreendi essa questão.

  • c) que o leitor tenha conhecimento. ERRADO

        de que o leitor tenha conhecimento. CERTO

     

    quem tem conhecimento, tem conhecimento de alguma coisa...REGÊNCIA NOMINAL

  • TEM CONHECIMENTO DE ALGUMA COISA

  • Regência NOMINAL



    com que o leitor mantenha contato. - contato com


    em que o leitor se veja espelhado. espelhado em


    que o leitor tenha conhecimento. conhecimento de


    pelos quais o leitor guarde admiração. - admiração por


    sobre os quais o leitor viva debruçado - debruçado sobre


  • Essa banca fórmula questões estranhas. Enunciados sombrios...


ID
2014027
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

1     No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece haver um duplo fenômeno de proliferação dos poetas e de diminuição da circulação da poesia (por exemplo, no debate público e no mercado). Uma das possíveis explicações para isso é a resistência que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e laica, parece não haver mais uma função social para o poeta, substituído por outros personagens. A poesia, compreendida como a arte de criar poemas, se tornou anacrônica?

2     Parece-me que a poesia escrita sempre será – pelo menos em tempo previsível – coisa para poucas pessoas. É que ela exige muito do seu leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas coisas a serem descobertas num poema, e tudo nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as aliterações, as rimas, os assíndetos, as associações icônicas etc. Todos os componentes de um poema escrito podem (e devem) ser levados em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser familiarizado com os poemas canônicos. (...) O leitor deve convocar e deixar que interajam uns com os outros, até onde não puder mais, todos os recursos de que dispõe: razão, intelecto, experiência, cultura, emoção, sensibilidade, sensualidade, intuição, senso de humor, etc.

3     Sem isso tudo, a leitura do poema não compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser olhado en passant; um romance, lido à maneira dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um poema, não. Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem que é precisamente a exigência do poema – a interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa (incomparável) que ele oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são raridades. A função do poeta é fazer essas raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque nos fazem experimentar uma temporalidade inteiramente diferente da temporalidade utilitária em que passamos a maior parte das nossas vidas.

(CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/ 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

A palavra em destaque que deriva – como “temporalidade” (§ 3) – de um radical secundário é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E.

    A)TEMPORADA. Temp-orada. Deriva de um radical primário ou raiz.

    B) TEMPORAL. Temp-oral. Deriva de um radical primário ou raiz.

    C) TEMPORÃO. Temp-orão. Deriva de um radical primário ou raiz.

    D)TEMPORÁRIO. Temp-orário. Deriva de um radical primário ou raiz.

    E)TEMPORARIAMENTE Temp-oraria-mente. Deriva de um radical secundário.

    Portanto, TEMPORARIAMENTE deriva do radical secundário temporária.
     

    Raiz ou Radical Primário: é o elemento fundamental da palavra: não pode mais ser decomposto e nele se concentra o sentido básico. É elemento irredutível

    Radical Secundário: É a raiz acrescida de afixos (prefixos ou sufixos). É elemento significativo.

  • 1. Temporão

    Significado de Temporão Por Janete Santos (SP) em 09-09-2009

     

     

     

     

    Originalmente significava aquilo que vinha antes do tempo próprio; prematuro. Mas, evoluindo semanticamente, passou a agregar também o sentido do adjetivo serôdio, ou seja, tardio. Assim, hoje significa "aquilo que vem quando não mais se espera" ou aquilo que vem fora de tempo, quer antes, quer depois do tempo apropriado.

    Adjetivo
    (fem = temporã)

    "Este meu filho temporão nasceu já na minha velhice"

    "Os frutos temporãos não preocupam os agricultores"

    http://www.dicionarioinformal.com.br/tempor%C3%A3o/

  • Como a gente aprende com comentários úteis. Obrigada!!!


ID
2014030
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

A argumentação desenvolvida no texto está orientada no sentido de conduzir o leitor a concluir que:

Alternativas
Comentários
  • No seguinte trecho "Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre" fica claro que foram o escravo e a escravidão, não o negro em si, que influíram na organização social e econômica do Brasil.

    gab: C 

    Bons estudos!

     

  • Qual o erro da E?

  • Tbm queria saber o erro da E.

  • A questão E não está errada, ela só não é o que o enunciado pede. Ela não diz a conclusão do texto, somente apresenta um fato.


ID
2014033
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

Para persuadir o leitor a concluir como ele, vale-se o autor de todas as estratégias argumentativas a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Letra (E).
    ----------

     

    Em momento algum do texto o autor utiliza-se da ironia.

     

    ----------

    At.te, CW.

  • Para respoder a questão não é necessário ler o texto. Trata-se apenas de saber de persuasão e suas características. O detalhe para uma questão dessas está no enunciado, em momento algum a banca pediu que retornássemos ao texto.

    Certamente seria difícil convencer alguém utilizando-se de ironia.

    Espero ter ajudado.

  • ironia

    substantivo feminino

    1ret figura por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender; uso de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria ser empr., para definir ou denominar algo [A ironia ressalta do contexto.].

     

     5º parágrafo: "Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

     

    Na minha opnião foi utilizado "ironia" na passagem acima. Concluo que todas as opções oferecidas pela questão estão corretas. Mas, quem manda é a banca :(

     

    Colega Concurseiros Persistentes, podemos utilizar a psicologia reversa.

    Psicologia reversa é o nome de uma técnica de persuasão, onde o objetivo pretendido é apresentado de modo contrário ao que realmente se deseja.

     

    Dizer: "vc é um joão-bobo, que aceita pacificamente tudo que lhe é imposto"

     

    Pode ser uma ironia, dependendo do contexto, pois querendo que a pessoa "não aceite tudo que lhe é imposto", eu posso utilizar a ironia, como forma de fazer com que ele reflita sobre a situação. 

     

     

  • FOCO!

    O cara ae falou que nao precisa ler o texto.........é cada uma q nego fala...kkk

    Quero ver vc na prova com essa tese. Galera que da like ae nunca fez prova namoral...acredita em cada M........ Vai pensando assim mesmo, é bom para ele que ta falando bost%&**^....

    A) correto, pois cita autores e influentes.( autoridade = autores, escritores, personalidades da literatura e etc...)

    B) correto, claramente se expõem fatos e personagens da historia nacional

    C) correto, analise o texto a relação causa e efeito( principalmente no 3° paragrafo)( estude COESAO e coerência)

    D) correto, dois ponto e ponto e virgula servem para isso = exemplificar, explicar, justificar.. é o que mais tem no texto(estude pontuação de preferência)

    ..

    E) errado, leia com atenção cada período e busque identificar a figura de LINGUAGEM chamada IRONIA... nao tem!


ID
2014036
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

Acerca da oração: “Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881” (§ 2), pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O enunciado diz: Acerca da oração... Daí, a alternativa certa fala de outra oração que nem no texto está! Que coisa.

  • Sinceramente, entendi foi nada dessa questão.... sinto-me muito burro ao responder esse tipo de questão... se alguém puder esclarecer, ficarei feliz!!! 

  • É lamentável...

  • Deslocamento do objeto direto

    «Medicina você sabe que é prática.»

    A palavra medicina é objeto direto de sabe. Se a oração estivesse na ordem linear normal seria: «Você sabe que medicina é prática.» Portanto, houve umdeslocamento do objeto direto para a esquerda. Esse recurso é chamado de topicalização. O estudo desse assunto chama-se segmentação.

    Explicando o exemplo dado: há duas orações:
    1a: «Você sabe.» (or. principal)
    2a: (que) «Medicina é prática.» (or.subord.subst.objetiva direta)

    A palavra 'que' é uma conjunção integrante. Essa conjunção introduz oração subordinada substantiva.
    lembrete:
    Observe a correlação entre objeto direto e oração subord. subst. objetiva direta.

    http://www.lpeu.com.br/q/df6g6

  • Prova para professor de português... Solicitei comentário dos professores do qconcurso.

  • a) o termo “Esta distinção”, que designa “o ser sobre o qual se diz algo”, exerce função de sujeito. - ERRADO: A oração está em ordem inversa. Sujeito: João Nabuco

    b) o objeto direto se acha topicalizado, como (popular e familiarmente) em: “Pedro a gente viu ele hoje na rua”. - CERTO: Objeto direto topicalizado (fora de ordem) pleonástico (repetido) para dar ênfase ao objeto.

     c) o emprego pleonástico do pronome “a” é de uso corrente na língua oral coloquial. - ERRADO: É um recurso da norma culta.

     d) a reescrita na voz passiva analítica se faz usando o verbo auxiliar no pretérito perfeito do indicativo. - ERRADO: Pretérito IMperfeito do Indicativo pois o verbo "fazia" encontra-se nesse tempo; portanto, o verbo auxiliar "ser" deverá seguir o mesmo tempo.

     e) a anteposição de “já” ao sintagma “esta distinção” não altera o sentido fundamental do enunciado. - ERRADO: Altera o sentido uma vez que dá ênfase.

  • Só complementando a excelente explicação do colega "Felipe Porto", no tocante à alternativa "d", reescrevendo para a voz passiva analítica ficaria: " Esta distinção já ERA feita".

  • Joaquin Nabuco já fazia "ela" , ou Essa distinção já "a" fazia Joaquin Nabuco, Pedro a gnt "o" viu Pedro a gnt viu "ele"
  • Essa questão está de matar, apesar de ter bastante coisas é muitos simples, que requer muita antenção. 

  • Exclente explicação do  professor Arenildo Santo, amoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

  • O estudo desse assunto chama-se segmentação da oração

     

    Objeto direto topicalizado (fora de ordem) pleonástico (repetido) para dar ênfase ao objeto.

     

    Há deslocamento do objeto direto para a esquerda. Esse recurso é chamado de topicalização - DESLOCAMENTO DO OBJETO DIRETO

     

     

     

    Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881  - JOAQUIM NABUCO JÁ FAZIA ESSA DISTINÇÃO

     

    “Pedro a gente viu ele hoje na rua”.  - A GENTE VIU PEDRO NA RUA HOJE

  • Pessoal. Atenção que é uma prova para professor de português. Normal o nível tá muito mais alto mesmo!

     

  • Essa foi mais fácil.


ID
2014039
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

Releia-se a passagem seguinte, constituída de dois períodos.

“Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. DAÍ os sincretismos e os processos transculturativos.” (§ 4)

É possível, sem alteração fundamental de sentido, reescrevê-la num período único, substituindo-se, com os ajustes necessários, a palavra em destaque pela seguinte expressão:

Alternativas
Comentários
  • Sincretismo é a fusão de diferentes doutrinas para a formação de uma nova, seja de caráter filosófico, cultural ou religioso. O sincretismo mantém características típicas de todas as suas doutrinas-base, sejam rituais, superstições, processos, ideologias e etc

  • Eu não entendi... Se alguem puder explicar.

  • Márcia,


    Origem remete à causa, enquanto todos os outros (produtos, frutos, decorrências, reflexos) remetem à consequência. O fato de a cultura dos escravos ter sido deturpada foi a causa (juntamente com o contato a outros grupos de negros) do sincretismo e processos transculturativos.

  • gab. a) origens de.


ID
2014042
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

O sinal de dois-pontos, usado após “mão de obra” (§ 1), anuncia:

Alternativas
Comentários
  • Pelo meu entender, os dois pontos estão antecedendo uma oração subordinada substantiva apositiva; que é uma oração que explica (esclarece) um termo citado anteriormente. No caso desta questão, o termo é "mão de obra".

  • Letra C,  acertei por  eliminações.

  • RESPOSTA D, PRA QUEM NÃO É ASSINANTE.

     

  • gabarito letra D

  • O comentário correto é Letra D. Por favor, não vamos atrapalhar os colegas que não tenham oportunidades de assinar o QC. Todos estão na mesma luta diária.
  • gab. DDum esclarecimento.


ID
2014045
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

1     Para o Brasil o homem da África foi trazido principalmente como mão de obra: a mão de obra capaz de substituir o indígena, pois este não estava afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura. (...)

2     Foi particularmente o escravo que influiu na organização econômica e social do Brasil, constituindo a escravidão uma daquelas três forças – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que caracterizam o processo de exploração da nova terra portuguesa; e que fixaram igualmente a paisagem social da vida de família ou coletiva no Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco, em 1881, antecipando-se assim aos modernos estudos de interpretação antropológica ou sociológica sobre o negro: “o mau elemento da população não foi a raça negra, mas essa raça reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O Abolicionismo”.

3     Essa situação de escravo, portanto, marca como traço fundamental e indispensável de ser assinalada a presença do negro africano no Brasil; a influência não foi do negro em si, mas do escravo e da escravidão, já observou Gilberto Freyre. Como escravo, e por causa da escravidão, o negro africano teve sua vida perturbada; dela afastado bruscamente, misturou-se com outros grupos culturais. Esta circunstância contribuiu para que os valores culturais de que era portador fossem prejudicados em sua completa autenticidade ao se integrar no Brasil.

4     Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com outros grupos negros, receberam ou perderam certos elementos culturais, ou porque, como escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os sincretismos e os processos transculturativos.

5     Talvez este fato tenha concorrido para fazer com que no novo meio nem sempre fosse o negro um conformado; um joão-bobo que aceitasse pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao contrário, e por vezes através de processos bastante expressivos – e o caso dos Palmares é típico –, um rebelado.

(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.)  

A substituição do conectivo em destaque altera o sentido fundamental do enunciado em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito foi dado como D. Achei questionável, não entendi e notifiquei erro.

    PESTANA (2012: p. 120) = 

    3) Se não / Senão
    Assinando embaixo da lição dada por Odilon Soares Leme (obrigado, mestre!) sobre o assunto, parafraseio muito – senão plagio – a explicação dele, der-ra-dei-ra!

    A forma se não é constituída de conjunção condicional se + o advérbio de negação não (iniciando orações subordinadas adverbiais condicionais – normalmente os verbos dessa oração estão no modo subjuntivo e/ou indicando hipótese).
    Bizu: se puder tirar o não da frase, usa-se se não (separado). E mais: podemos, neste caso, substituir se não por caso não.
    – Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará. / Caso não estude, não passará.)
    A forma se não é constituída de conjunção integrante se + o advérbio de negação não.
    – Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele perguntou se iríamos à festa.)
    A forma se não é constituída de pronome oblíquo átono se (reflexivo, apassivador ou indeterminador do sujeito) + o advérbio de negação não. Tal caso ocorre em apossínclise, ou seja, quando o pronome fica, normalmente, entre o que e o não antes do verbo. Esse caso é raro; normalmente encontrado em escritos literários.
    – Existem pessoas que se não penteiam. (Normalmente dizemos: ... que não se penteiam; pronome reflexivo.)
    – Há coisas que se não dizem. (Normalmente dizemos: ... que não se dizem; pronome apassivador.)
    – Ele só mora em lugares onde se não vive tranquilamente. (Normalmente dizemos: ...onde não se vive t

  • Ranger Rosa, O que tem se não/ senão com a questão?

  • Pensei que foi a letra C,porem o "POIS" pode ser tanto conclusivo como causal,essa foi uma bela pegadinha,tealmente tem q fazer muitos exercicios para identificar esses tipos de erros recorrentes .

  • Também não entendi esse " senão" da explicação do Ranger....

  • A) "a mão de obra capaz de substituir o indígena, POIS este não estava habituado ao trabalho"

     

    Estas ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.

     

    valor semântico: explicativo (pois - porquanto - porque)

     


    B) "a influência não foi do negro em si, MAS SIM do escravo e da escravidão"

     

    * Senão é conjunção adversativa quando equivale à mas sim.

     

    valor semântico: adversativo (mas - senão - porém)

     


    C) PORTANTO, essa situação de escravo marca a presença do negro africano no Brasil.


    Essa situação de escravo, PORTANTO, marca a presença do negro africano no Brasil.


    Essa situação de escravo marca, POIS, a presença do negro africano no Brasil.

     

    * apenas substituir o conectivo é insuficiente para manter o sentido do enunciado,

    uma vez que a conjunção "pois" deve ser empregada após o verbo para possuir sentido conclusivo.

     

     

    D) (gabarito) Os escravos negros não puderam manter sua cultura, NEM utilizar suas técnicas.

     

    não puderam manter sua cultura     como também     não puderam utilizar suas técnicas.

     

    valor semântico: aditivo (e - nem - como também)

     

    alterá-lo pelo conectivo sugerido "e não" cujo sentido é de adversidade implicária alteração semântica.

  • "e não" implica em adversidade -> logo,  altera o sentido fundamental do enunciado

  • Alguém pode explicar a letra E?

    Obrigada.

  • Sinceramente, não entendi essa questão.

    Segundo a gramática do Pestana, NEM = E NÃO, são conjunções coordenativas aditivas. Portanto é conclusiva; o POIS pode ser conclusiva quando vier posposto ao verbo e será explicativa quando vier anteposto ao verbo.

    Então, considero a resposta letra C.

    " Essa situação de escravo, PORTANTO, marca como traço..." Colocando o POIS no lugar do portanto ele ficaria antes do verbo e seria explicativa. O portanto é conclusiva; logo teremos uma alteração de sentido. Estaremos trocando uma conjunção conclusiva por uma conjunção explicativa.

    Alguém pode ajudar?

    Obrigada

  • Lívia,

    Na letra E, a troca de ou/ou por já/já não altera o sentido, pois ambas são conjunções que dão ideia de alternância no contexto.

  • Questão louca, e o professor do Estratégia deixou a desejar na explicação da letra B. 

     

    SENÃO não tem somente valor adversativo, ele pode ter também aditivo e alternativo. Na frase da letra B não há nenhum elemento gramatical que seja óbice a utilização de nenhum dos sentidos de SENÃO, razão pela qual seria possível usar qualquer um deles sem prejuízo.

     

    EX 1: a influência não foi do negro em siMAS do escravo e da escravidão (adversativo)

    EX 2: a influência não foi do negro em siOU do escravo e da escravidão (alternativo) 

    EX 3: a influência não foi do negro em siMAS TAMBÉM do escravo e da escravidão (aditivo) 

     

    A expressão SENÃO pode substiuir MAS, OU E MAS TAMBÉM em todos os exmpleos, assumindo o sentido de cada uma dessas conjunções. Portanto, substituir a expressão original da frase, MAS, por SENÃO, não garante que o sentido da mesma será preservado 

  • O e não é usado quando a primeira oração vem em sentido positivo,logo implicaria mudança no conteúdo semântico

  • Gabarito letra D.

    Aprendemos que o “nem” pode ter sentido aditivo, quando equivale a “e não”. Porém, nem sempre essa troca é possível:

    “Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, E NÃO utilizar suas técnicas em relação ao novo meio.”

    No caso acima, você percebe que a retirada do “nem” acabou com o sentido de soma que havia? Inserir “e não” no lugar do “nem” acabou gerando um sentido adversativo.

    Cuidado com esse tipo de questão mais complexa, em que a banca sabe que o aluno tem certas regras memorizadas e sequer vai querer conferir no contexto as implicações semânticas. Essa troca muda o sentido. 

  • b) “a influência não foi do negro em si, MAS do escravo e da escravidão” (§ 3) / senão.

    A ideia desse segmento é de oposição. Nada tem a ver com adição. Vejam a frase reescrita:

    Para ser adição deveria estar escrita assim: A INFLUÊNCIA NÃO FOI DO NEGRO EM SI, MAS TAMBÉM DO ESCRAVO E DA ESCRAVIDÃO."

    Vejam agora a reescrita com outro conectivo com ideia de adversidade:

    "a influência não foi do negro em si, PORÉM/CONTUDO/ENTRETANTO/NO ENTANTO/TODAVIA do escravo e da escravidão."

    Traduzindo: A influência não foi do negro em si, MAS SIM do escravo e da escravidão. Ou seja, a influência não foi do negro, mas de um contexto maior (escravo e da escravidão).

    Viram? A oposição encaixa-se perfeitamente nessa oração.

  • Questão deveria ser anulada por conter duas respostas letras B e D

    Letra B - Por que a substituição sugerida altera o sentido da frase de adversativa para aditiva

    “a influência não foi do negro em si, MAS do escravo e da escravidão” (§ 3) / senão.

    a influência não foi do negro em siMAS do escravo e da escravidão (adversativo)

    a influência não foi do negro em siSENÃO do escravo e da escravidão (aditivo) 

    Letra D - Por que a substituição sugerida altera o sentido da frase de aditiva para adversativa

    “Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, NEM utilizar (...) suas técnicas em relação ao novo meio.” (§ 4) / e não.

    Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, NEM utilizar (...) suas técnicas em relação ao novo meio.” - (Aditivo)

    Não puderam os escravos negros manter íntegra sua cultura, E NÃO utilizar (...) suas técnicas em relação ao novo meio.” - (Adversativo).


ID
2014048
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

Em relação ao poema, pode-se fazer qualquer das afirmações a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GAB E

     

  • Letra E

    Reticências é utilizado, normalmente, para indicar a interrupção de uma ideia. 

    Ex.: Estava pensando bem... Bem, não importa

     

    Gramática: Português para concursos Renato Aquino

  • A reticências são utilizadas em três hipóteses:

    I - Para expressar um pensamento incompleto, sua interrupção ou a dúvida em exteriorizá-lo.

    Exemplo "Estive pensando... Ah, deixa para lá"

     

    II - Na transcrição de um diálogo, para representar um silêncio do interlocutor.

    Exemplo "- Eu sou o máximo, você não acha?"

    "- ..."

     

    III - Em citações de outras obras, para indicar a supressão de trechos sem interesse.

    Exemplo. " A girafa são mamiferos. (...) O filhote cai quase 2 metros de altura ao nascer por elas não..."

     

    Gabarito: E

    Fonte: Manual completo de português para concursos.

     


ID
2014051
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

Dentre os verbos seguintes, cujo sentido no poema se acha descrito entre parênteses, aquele que está empregado como transitivo direto é:

Alternativas
Comentários
  • Este gabarito está correto?

     

    "Visões que n‟alma o céu do exílio incuba"

    Visões que o céu do exílio incuba na alma.

     

    Logo, "incubar" neste caso é VTI, não?

  • GABARITO: A

    Eu entendi desta forma:

    "Visões que n‟alma o céu do exílio incuba"

    Reescrevendo: "O céu do exílio incuba visões n'alma" ou "O céu do exílio incuba, n'alma, visões "

  • Na minha modesta opinião o verbo incubar no sentido empregado classifica-se como VTDI(verbo transitivo direto e indireto).

    Vamo pra frente!

  • O 'n'alma' é adjunto adverbial de lugar, não é objeto direto.

  • "Fuma o saibro africano incandescente"

    O saibro africano incandescente não seria objeto direto? (Quem fuma, fuma alguma coisa)

    o saibro africano = substantivo ou ad. adverbial de lugar?

    Questão confusa.

     

  • O Houaiss registra o verbo incubar apenas como transitivo direto e intransitivo.

    O verso Fuma o saibro africano incandescente parace estar invertido também, de modo que seria mais um verbo intransitivo no poema: o saibro africano incandescente fuma.

  • questão escrota mew

  • GABARITO: A

     

    Todos os verbos são VI, à exceção de Incubar (VTD)

     

    A - incubar (v. 1) - chocar, como se chocam ovos.

    Visões que n‟alma o céu do exílio incuba, (ORDEM DIRETA: O céu do exílio incuba (VTD) visões...OD)

     

    B - fuzilar (v. 2) – brilhar, como que soltando faíscas.

    Mortais visões! Fuzila o azul infando... (ORDEM DIRETA: O azul infando fuzila... VI)

     

    C - colear (v. 3) - mover-se sinuosamente; serpentear.

    Coleia, basilisco de ouro, ondeando

    O Níger... Bramem leões de fulva juba... (ORDEM DIRETA: O Níger coleia...VI)

     

    D - ressoar (v. 5) - soar com estrépito; ressonar.

    Uivam chacais... Ressoa a fera tuba (ORDEM DIRETA: A fera tuba ressoa... VI)

     

    E - fumar (v. 11) - lançar fumo, fumaça; fumegar.

    Fuma o saibro africano incandescente... (ORDEM DIRETA: O saibro africano incandescente fuma...VI)

  • Finalmente acertei. kkkkkkkkkkkkk

  • Questão boa para Isabel Vega comentar...


ID
2014054
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

O verso que apresenta a mesma distribuição de ictos ou acentos tônicos de: “essa total explicação da vida”, do poema “A máquina do mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, é:

Alternativas
Comentários
  • É só acompanhar as terminações tônicas:

    Da viDA: deruBA (mesmos ICTO na sonoridade e mesma terminação tônica)

    ExplicaÇÃO: coloSSAIS (mesma terminação tônica)

    ToTAL: PaquiderMES: (mesma terminação tônica)

    ESSA: DE (monossílabas)

    Estou ficando orgulhosa de mim acertando questão bacanas assim...UHHH VITÓRIA!

     

     

     

     

  • Ok Karina, esse pode ser o raciocínio! Mas toTAL e paquiderMES, como você coloca, não possuem a mesma terminação tônica. O correto seria toTAL e paquiDERme, a primeira é oxítona e a segunda é paroxítona. Além disso, desde quando ESSA é monossílabo, não sendo se quer uma oxítona? E como a questão fala na mesma distribuição de acentos tônicos, se fosse eu, entraria com recurso para anular! Visto que nenhuma das alternativas atendem ao enunciado. Contudo meus parabéns, porque seu raciocínio nos leva a questão menos errada, mas cuidado com parte do argumento, porque pode confundir outros alunos que bebem na fonte dos comentários dos colegas no QC.

  • "Essa toTAL explicaÇÃO da VIda" = verso decassílabo sáfico (acentuação na 4ª, 8ª e 10ª sílabas poéticas).

    O único decassílabo sáfico das alternativas é "De paquIDERmes coloSSAIS deRRUba", alternativa C.

    Veja em:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Verso_decass%C3%ADlabo#Classifica%C3%A7%C3%A3o_r%C3%ADtmica


ID
2014057
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

Dentre os recursos formais a seguir, o poeta evita recorrer apenas ao que se lê em:

Alternativas
Comentários
  • Rimas pobres

    Consideram-se assim em virtude da escolha de palavras pertencentes à mesma classe gramatical.A poesia do texto da questão é parnasiana,sabemos que esse movimento literário é conhecido pela escrita formalmente perfeita.

     

    veja um exemplo de rima pobre.

    De repente do riso fez-se o pranto

    Silencioso e branco como a bruma

    E das bocas unidas fez-se a espuma

    E das mãos espalmadas fez-se o espanto

     

     GABARITO C


ID
2014060
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

                     Banzo

                                 Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,

Mortais visões! Fuzila o azul infando...

Coleia, basilisco de ouro, ondeando

O Níger... Bramem leões de fulva juba...


Uivam chacais... Ressoa a fera tuba

Dos cafres, pelas grotas retumbando,

E a estralada das árvores, que um bando

De paquidermes colossais derruba...


Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...

Fuma o saibro africano incandescente...


Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme

Do baobá... E cresce n‟alma o vulto

De uma tristeza, imensa, imensamente...


(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.) 

No poema, os dois vocábulos cujos encontros vocálicos constituem exemplos do fenômeno fonético conhecido como sinérese são:

Alternativas
Comentários
  • Caros Jideis,

    Resposta B

    A sinérese é a passagem de um hiato, no interior da palavra, a ditongo.
    Isso ocorre quando pronunciamos ma-goa-do (o “o-a” se torna o ditongo “oa”) e pi-a-no, quando pronunciamos piã-no.

    O processo inverso ocorre na diérese, quando pronunciamos o ditongo das palavras como se fossem tritongos, o que ocorre com a palavra sau-da-de, quando pronunciada sa-u-da-de.

     

    Confesso que mesmo assim ainda não entendi!

    Que a força esteja com vocês!!!

  • Mesmo pesquisando, ainda não entendo.

  • Sinérese: Aglutinação de duas vogais num ditongo.

    Ex: ter ----teer       / rei ----reei

    Na questão a únicas palavras que tem essa pronúncia são ondeando e leão.

    ONDEANDO----OONDEAANDO

    LEÃO----LEÃÃO
     

    As demais palavras não são pronunciadas com som repetido da vogal.

  • A sinérese é a passagem de um hiato, no interior da palavra, a ditongo.
    Isso ocorre quando pronunciamos ma-goa-do (o “o-a” se torna o ditongo “oa”) e pi-a-no, quando pronunciamos piã-no.

    O processo inverso ocorre na diérese, quando pronunciamos o ditongo das palavras como se fossem tritongos, o que ocorre com a palavra sau-da-de, quando pronunciada sa-u-da-de.

  • O gabarito é letra B. 

    Primeiramente temos que dominar o conceito de Sinérese que ocorre quando pronunciamos vogais que formam um hiato (vogais silabas separadas) como se fossem ditongo.

    Vejamos os vocábulos:

    Palavra              Divisão silábica         Pronuncia

    Coleia                Co-lei-a (ditongo)           =

    Ondeando          On-de-an-do (hiato)    On-deã-do (ditongo)

    Leões                Le-ões (hiato)             Leõ-es (ditongo)

    Chacais             Cha-cais (ditongo)          =

    Baobá              Ba-o-bá (hiato)           =

  • Sinérese = hiato para ditongo 
    Diérese = ditongo para hiato 

    Hiato        Sinérese
    Pi-a-no     pia-no
    Pi-a-da     pia-da
    Ca-ir        Caí-r
    Ci-ú-me   Ciú-me
    Hi-a-to     Hia-to


    Ditongo             Diérese
    Mau                  Ma-u
    Grau                 Gra-u
    Põe                  Põ-e
    Quase              Qu-a-se
    Cuidado           Cu-i-da-do
    Sou                  So-u

    GAB: B 
    Co-léi-a ( ditongo )
    Cha-cais ( ditongo) 
    Ba-o-ba (hiato) --- bao-ba ( ditongo )
    on-de-an-do (hiato) ---- on-dean-do (ditongo)
    Le-ões (hiato) --- Leo-es (ditongo)
     

  • GABARITO: Letra B

     

    Sinérese: pronunciar um hiato como se ele fosse um ditongo. É quando junta o que é separado.
    Diérese: pronunciar um ditongo como se ele fosse um hiato. É quando separa o que é junto.

     

    co-lei-a - “ei” é ditongo mas pode ser falado como hiato: co-le-i-a (diérese).

    on-de-an-do - “an” é hiato mas pode ser falado como ditongo: on-dean-do (sinérese).

    le-ões - “ões” é hiato mas pode ser falado como ditongo: leões (sinérese)

    cha-cais - “cais” é ditongo mas pode ser falado como hiato: cha-ca-is (diérese)

    ba-o-bá - “o” é hiato mas poder ser falado como ditongo: bao-bá (sinérese)

     

    Ocorre sinérese em: ondeando, leões e baobá.

     

     

  • Só dou um desconto porque a prova era para professor de língua portuguesa.... pois confesso que nunca ouvi falar nessa tal de sinérese....cada uma!!!

  • Primeiro precisamos entender o que é sinérese.

    Sinérese: pronúncia de um hiato como se fosse um ditongo. A passagem de um hiato para ditongo.

    Seguindo essa lógica, para resolvermos a questão, precisamos identificar quais as palavras que apresentam hiato para que esse fenômeno fonético possa ocorrer, são elas: "ondeando" (on-de-an-do); "leões" (le-ões); e "baobá" (ba-o-bá).

    A única alternativa que apresenta apenas hiatos é a letra B. As palavras "ondeando" e "leões", em que aparesentam hiatos, podem, ocosialmente, apresentar pronúncia como se tivessem ditongos.

  • Ainda não entendi! Uma pena!

  • Sinerese é falso hiato????

    Sinerese e Falso hiato é a mesma coisa??

    Alguem pode me explicar isso??

  • Esse professsor explica esse fenômeno ai.

     

    https://www.youtube.com/watch?v=8dY8Z1QZEe0

  • Essa questão é muito específica.
    Primeiro, precisamos entender claramente os outros conceitos.
    Sílaba: Não existe sílaba sem vogal. Vogal e som vocálico. Toda sílaba tem uma, e somente uma, vogal
    Som Vocálico: A, E, I, O, U.
    Vogal: Som Vocálico Tônico
    Semivogal: Som Vocálico Átono

    HIATO: Definição: Que é o encontro de duas vogais, ou seja, dois sons vocálicos tônicos (mais intenso), que podem estar ou não na mesma sílaba. Exemplo: saída ---------> sa-í-da
    gaúcho ------------> ga-ú-cho
    juízes ---------------> ju-í-zes

    DITONGO:
    É o encontro de dois sons vocálicos (Vogal + Semivogal) ou (Semivogal + vogal) numa mesma sílaba.
    Exemplo:  co-lé-gio
    lín-gua
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
    Sinérese: é passagem de um hiato, no interior da palavra, a ditongo.
    Por exemplo: ma-go-a-do (hiato)
    Leia-se: ma-goa-do (ditongo)
    Piano: pi-a-no (hiato)
    pia-no (ditongo)

    Regra prática: Teste na pronúncia, respeitando os hífens. 
    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
    Vamos a resolução da questão:
     

    a) ERRADO coleia (v. 3) / ondeando (v. 3). 
    co-lei-a (ditongo)  / on-de-an-do (hiato) on-deã-do (ditongo)
    b) CERTO ondeando (v. 3) / leões (v. 4).
    on-de-an-do (hiato) on-deã-do (ditongo) / le-ões (hiato) leõ-es (ditongo)
    c) ERRADO leões (v. 4) / chacais (v. 5)
    le-ões (hiato) leõ-es (ditongo) / cha-cais (ditongo)
    d) ERRADO chacais (v. 5) / baobá (v. 13).
    cha-cais (ditongo) / ba-o-bá (hiato)
    e) ERRADO baobá (v. 13) / coleia (v. 3).
    ba-o-bá (hiato) / co-lei-a (ditongo)

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Coleia: Co-lei-a (ditongo)
    Ondeando: On-de-an-do (hiato)  |    On-deã-do (ditongo)
    Leões: Le-ões (hiato)   |  Leõ-es (ditongo)
    Chacais: Cha-cais (ditongo)  
    Baobá: Ba-o-bá (hiato)

     

  • Sinérese é pronunciar um hiato como ditongo. É uma área complicada porque qualquer hiato pode ser pronunciado como ditongo considerando as diferenças regionais. A logica da questão, portanto, é localizar os hiatos.

    Achei legal a explicação desse site, o qual descreve sinérese como "espécie de crase".
    https://www.priberam.pt/dlpo/sin%C3%A9rese

  • Só banca medíocre cobra esse tipo de assunto.

  • Esta língua portuguesa inventa cada coisa?!! Para que estas coisas?! kkkkk Só para ferra com concurseiro

  • Sinérese seria na escrita um hiato, na pronúncia um ditogo.

    Foi isso o que eu entendi na explicação do Professor.

    Escrita: on-de-an-do ( hiato)

    Pronúncia: on - dean-do ( ditongo)

     

  • Boa tarde , 
    entendi assim:

    Hiato são duas vogais separadas em sílabas  diferentes. ( V-V)
    Ditongo é uma vogal e uma semivogal  presentes em uma sílaba ( SV+V) ou (V+SV)

    ex: IDEIA = I-DEI-A => I(v)- DEI(v+sv)- A(v) => 1 Ditongo 

    Repare que só há um ditongo e nao existe hiato, pois mesmo o A mesmo estando sozinho, esta precedido por uma SV.

    RESOLVENDO O EXERCÍCIO

    COLEIA => CO(v)-LEI(v+sv)- A(v) =>   DITONGO

    ORDEANDO=>OR(v)-DE(v)-AN(v)-DO(v) => HIATO

    LEÓES=>LE(v)-ÕES (v+sv) => HIATO

    CHACAIS=> CHA(v) - CAIS (v+sv)=> DITONGO

    BAOBÁ=> BA(v)-O(v)-BÁ (v)=>  HIATO

     

    LOGO AS ÚNICAS ALTERNATIVAS PARA OCORRER A  sinérese (passagem de um hiato, no interior da palavra, PARa UM ditongo), SÃO:

    ORDEANDO , LEÕES E BAOBÁ.

    Como duas delas só estão presentes na letra B (ORDEANDO , LEÕES )
    Essa será a alternativa. 

    A meu ver !

  • O que falta mais gente?

     

     

  • Sinérese = hiato para ditongo                        

    Hiato        Sinérese
    Pi-a-no     pia-no
    Pi-a-da     pia-da
    Ca-ir        Caí-r
    Ci-ú-me   Ciú-me
    Hi-a-to     Hia-to

     

      Diérese = AO REVERSO = ditongo para hiato 


    Ditongo             Diérese
    Mau                  Ma-u
    Grau                 Gra-u
    Põe                  Põ-e
    Quase              Qu-a-se
    Cuidado           Cu-i-da-do
    Sou                  So-u

  • Observando para que tipo de prova fora feita a questão, professor de língua portuguesa, o tema pedido está correto, pois é necessário ao professor saber de fato tal conteúdo, o que não será cobrado em uma prova de analista ou escrevente de tribunal, por exemplo. Ao menos, nas que resolvi e prestei, ainda não ví.

  • Difícil.

     

  • sinérese: Passagem de um hiato, no interior da palavra, a ditongo (p.ex.: ma-goa-do por ma-go-a-do); 

    Leia o poema em voz alta. Vai ver que para que a ritmica do verso se mantenha, na palavra "ondeando" é como se lesse: "on- dian-do", e na palavra "leões", ao contrário do que a regra gramatical rege, lê-se: "li-ôes."

    Semelhante ocorre na música:

    "É que um joelho ralado dói bem menos que um "coráçao" partido. Não é a mesma regra, mas pra ententer que a rítmica do poema seria alterada se aplicasse a norma culta de acentuação e pronúncia.

  • COMPLICADO!

  • Fazendo a escanção do poema podemos perceber como a sinérese é utilizada para manter o decassilabo de cada final de estrofe. Assim, a única opção que transforma ditongos como le-ões e on-de-an-do em hiatos para manter a métrica do poema é a alternativa B! 

  • QUE DIFICIL

  • A prova é para professor de lingua portuguesa gente 

  • O que é sinérese?

     

    A transformação de um hiato em um ditongo crescente é um fenômeno conhecido como sinérese.

    fonte:BRASIL ESCOLA

  • passagem de um hiato para um ditongo, hm............

  • Sinérese: A transformação de um hiato em um ditongo crescente. (Exemplo: Pi-e-do-so --> Pie-do-so)

    No poema apresentado a sinérese é utilizada para manter o decassílabo (verso com dez sílabas poéticas) de cada final de estrofe. Ao ler o poema, é possível perceber que para manter a rítmica do verso as palavras "Ondeando" e "Leões" são lidas como "On-dian-do" e "Liões" respectivamente.

    Transformando ditongos em hiatos para manter a métrica do poema.

    Respostas: Letra B

  • Sinerese é quando na palavra tem um iato, mas nela vc pronuncia tudo junto, e em regra formando um ditongo e as vezes um tritongo. 

    Um exemplo é “ondeando”. Separando as silabas há um iato.  ON-DE-AN-DO.

    Mas na hora de pronunciar fala on-dean-do.

    A palavra coleia não é sinérese. CO-LEI-A. aqui há um ditongo EI. Então tira as letras A e E.

    Em CHACAIS não há hiato, portanto não há formação de Sinerese.  CHA-CAIS. Se chacais fosse iato seria CHACAÍS. SILABA TONICA NO IS.

    Já LEÕES é iato. LE-ÕES. E pronuncia como ditongo.

    Letra B. 

  • Resumindo, sinérese é quando tu tens um iato mas pronuncia como ditongo, e às vezes um tritongo. 

  • Isso te a ver métrica de poemas.

    ON-DE-AN-DO tem que rimar com IN-FAN-DO, por isso, no poema, se pronuncia como ON-DEAN-DO.

    LE-ÕES tem que ser pronunciado como uma sílaba só: LEÕES

    Ocorre sinérese quando vc tem que juntar sílabas para pronunciar metricamente um poema.

  • Sinérese: pronunciar um hiato como se ele fosse um ditongo. É quando junta o que é separado.

    Diérese: pronunciar um ditongo como se ele fosse um hiato. É quando separa o que é junto.

     

    co-lei-a - “ei” é ditongo mas pode ser falado como hiato: co-le-i-a (diérese).

    on-de-an-do - “an” é hiato mas pode ser falado como ditongo: on-dean-do (sinérese).

    le-ões - “ões” é hiato mas pode ser falado como ditongo: leões (sinérese)

    cha-cais - “cais” é ditongo mas pode ser falado como hiato: cha-ca-is (diérese)

    ba-o-bá - “o” é hiato mas poder ser falado como ditongo: bao-bá (sinérese)

  • Ja tem um monte de comentário dizendo oq é sinérese, mas vou comentar mesmo assim pq nunca nem vi isso.

    Sinérese --> hiato na escrita vira ditongo na pronúncia.

    Living and Learning

  • Não entendi! LEÕES não é hiato é ditongo. Se sinérese são hiatos que tornam ditongos, como vou transformar leões uma palavra que já é ditongo em ditongo novamente?

  • Nunca tinha visto essa palavra.

  • Sintetizando, ''sinérese é pronunciar um hiato como se ele fosse um ditongo. O fenômeno inverso é chamado de diérese. ''

    Sinérese = Casamento. Juntar o que é separado

    Diérese = divórcio. Separar o que é junto

  • No início não sabia nada sobre essa questão e no final parecia que tava no início... MISERICÓRDIA....KKKK


ID
2014063
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Parte II: Literatura Brasileira 

Texto 1

    Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

    Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”.

(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1971, volume I, p. 513-514.)

Texto 2

    Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

    (...) Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.

(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: Record, 1996, volume I, p. 33-34.)

Observe as afirmativas a seguir, em relação à leitura comparativa dos textos de Machado de Assis e Graciliano Ramos.

I Ambos exploram a metalinguagem, ou seja, refletem sobre o próprio ato de escrever.

II A narrativa machadiana subverte a lógica da verossimilhança narrativa.

III O texto de Graciliano Ramos privilegia a memória individual como única fonte de criação.

Das afirmativas acima:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Os textos se explicam como foram feitos.

  • Não entendi por que a alternativa III está incorreta.......Alguém?

     

    Editado em 29/12/2017: @Márcio Meireles, obrigada! Faz-me sentido sua explicação.

  • Camila FocoForçaFé

     

    Acredito que no 1º parágrafo venha essa explicação, veja: " Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa."

     

    Ele diz que "não conserva notas" = anotações.

    "algumas que tomei foram inutilizadas" = de que adiantaria guardar anotações, se estas são inutilizadas, provavelmente pelo tempo.

    "e assim (conjunção conclusiva), com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa." = pensando em utilizar-se da memória individual, constatava que era "mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa"

     

  • Metalinguagem é a linguagem que descreve sobre ela mesma. Ou seja, ela utiliza o próprio código para explicá-lo.

     

    Exemplo de metalinguagem nas artes visuais

    Vale lembrar que utilizamos muito a metalinguagem no cotidiano. Quando perguntamos o significado de determinada palavra estamos usando a função metalinguística.

    Além disso, ela é usada no cinema, nas artes visuais, na literatura, na publicidade, etc.

     

    Exemplos de Metalinguagem

     

    o autorretrato de um fotógrafo;

    a foto de uma câmera nas propagandas publicitárias;

    a pintura de um artista pintando;

    o filme que descreve sobre o cinema;

    o texto que fala da escrita;

    o desenho de alguém desenhando.

     

    Outros exemplos notórios são as gramáticas e os dicionários que explicam o código linguístico e suas regras por meio da própria linguagem.

  • I Ambos exploram a metalinguagem, ou seja, refletem sobre o próprio ato de escrever. (Reparem, 1 texto: Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte). Após o "isto é" vem a explicação, caracterizando metalinguagem. No texto dois ele também fala sobre o processo de criação de um texto, também caracterizando metalinguagem.

    II A narrativa machadiana subverte a lógica da verossimilhança narrativa. (Subverte a lógica pois faz justamente o contrário do que costumamos ver nas narrativas). Ele começa o texto pelo que deveria ser o final, por sua morte.

    estudar até passar!


ID
2014066
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Parte II: Literatura Brasileira 

Texto 1

    Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

    Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”.

(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1971, volume I, p. 513-514.)

Texto 2

    Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

    (...) Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.

(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: Record, 1996, volume I, p. 33-34.)

Estão presentes no texto de Machado de Assis os seguintes aspectos:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Odeio Machado de Assis, melhor, suas obras!!! afff

  • Já eu gosto muito de Machado de Assis, mas não entendi a pergunta, marquei a D, pq nesse trecho ele fala muito dele mesmo e também me pareceu romper com a tradição clássica quando falou de sua morte no princípio da obra, ao invés de no fim!

  • Crítica social? No trecho apresentado não tem não.

  • O autor apresenta ironia e crítica mais precisamente no trecho "Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer."

  • Ao criar um narrador que resolve contar sua vida depois de morto, Machado de Assis muda radicalmente o panorama da literatura brasileira, além de expor de forma irônica os privilégios da elite da época.


    https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/memorias-postumas-de-bras-cubas-analise-da-obra-de-machado-de-assis/

  • pqp...tem que estar inspirado para entender


ID
2014069
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Parte II: Literatura Brasileira 

Texto 1

    Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

    Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”.

(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1971, volume I, p. 513-514.)

Texto 2

    Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos – e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

    (...) Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.

(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: Record, 1996, volume I, p. 33-34.)

Situa-se a literatura de Graciliano Ramos na:

Alternativas
Comentários
  • raciliano Ramos marcou a literatura brasileira com obras que retratam a vida do homem nordestino no sertão. O escritor fez parte da 2ª fase do modernismo, que teve o regionalismo como principal característica. Raquel de Queiroz, Jorge Amado e José Lins do Rego foram alguns autores que compartilham a fase com Ramos. 


ID
2014072
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

    Uma vez determinado e conhecido o fim, o gênero se apresenta naturalmente. Até aqui, como só se procurava fazer uma obra segundo a Arte, imitar era o meio indicado: fingida era a inspiração, e artificial o entusiasmo. Desprezavam os poetas a consideração se a Mitologia podia, ou não, influir sobre nós. Contanto que dissessem que as Musas do Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria as portas do Oriente com seus dedos de rosas, e outras tais e quejandas imagens tão usadas, cuidavam que tudo tinham feito, e que com Homero emparelhavam; como se pudesse parecer belo quem achasse algum velho manto grego, e com ele se cobrisse! Antigos e safados ornamentos, de que todos se servem, a ninguém honram.

(GONÇALVES DE MAGALHÃES. “Suspiros poéticos e saudades” In CANDIDO, Antônio e CASTELLO, J. Aderaldo. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFEL, 1976, p. 219.) 

O fragmento escolhido do prefácio de Suspiros poéticos e saudades contém uma crítica à escola:

Alternativas
Comentários
  • Entre uma das características principais do "Arcadismo", está a inspiração greco-romana. Como pode-se perceber, há uma crítica a essa característica no fragmento de Gonçalves de Magalhães. Segue o trecho com a crítica: "Desprezavam os poetas a consideração se a Mitologia podia, ou não, influir sobre nós. Contanto que dissessem que as Musas do Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria as portas do Oriente com seus dedos de rosas, e outras tais e quejandas imagens tão usadas, cuidavam que tudo tinham feito, e que com Homero emparelhavam; como se pudesse parecer belo quem achasse algum velho manto grego, e com ele se cobrisse!"

     

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • O que me ajudou foi lembrar que um movimento literário sempre se opõe ao anterior. Gonçalves de Magalhães inicia o período do Romantismo logo após o Arcadismo.

  • Questão de conhecimentos gerais


ID
2014075
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

Jogos florais I

Minha terra tem palmeiras

onde canta o tico-tico.

Enquanto isso o sabiá

vive comendo o meu fubá.


Ficou moderno o Brasil

ficou moderno o milagre:

a água já não vira vinho,

vira direto vinagre.


Jogos florais II

Minha terra tem Palmares

memória cala-te já.

Peço licença poética

Belém capital Pará.


Bem, meus prezados senhores

dado o avançado da hora

errata e efeitos do vinho

o poeta sai de fininho.


(será mesmo com dois esses

que se escreve paçarinho?)


(CACASO, Antônio Carlos de Brito. IN HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Labor, 1976, p. 35.) 

A presença do humor e da crítica no poema de Cacaso tem como recurso estilístico o seguinte dispositivo:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

     

  • Paródia,pessoal, é a reescritura de um texto, trecho, música, etc. de forma que se modifica sua estrutura original. Na paródia você só pega alguns elementos, geralmente, os sons, rimas, entre outros, e faz algo completamente diferente. Cuidado, NEM SEMPRE possuem um tom humorístico.

  • Claramente uma paródia do consagrado poema ''Canção do Exílio'', de Gonçalves Dias. 

     

    Gabarito C

  • Perífrase: Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo:

    A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.

    Paráfrase: Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. 

    Paródia: A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. 

     

     

    GABARITO ''C''

  • Pastiche: ocorre a reprodução do estilo de determinado autor. Não é cópia

  • GABARITO: LETRA C

    Paródia:
    É a intertextualidade em que se subverte ou se distorce a ideologia do texto original, normalmente com objetivo irônico:
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o sabiá;
    As aves que aqui gorjeiam
    Não gorjeiam como lá
    (Gonçalves Dias)

    Minha casa tem goteiras,
    Pingam daqui pingam de lá;
    Quando chove é uma tristeza,
    Pegue um balde para ajudar.
    (Abraão S. Dias)

    Há outros tipos de intertextualidade, como a citação, o plágio e a alusão.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
2014078
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

Jogos florais I

Minha terra tem palmeiras

onde canta o tico-tico.

Enquanto isso o sabiá

vive comendo o meu fubá.


Ficou moderno o Brasil

ficou moderno o milagre:

a água já não vira vinho,

vira direto vinagre.


Jogos florais II

Minha terra tem Palmares

memória cala-te já.

Peço licença poética

Belém capital Pará.


Bem, meus prezados senhores

dado o avançado da hora

errata e efeitos do vinho

o poeta sai de fininho.


(será mesmo com dois esses

que se escreve paçarinho?)


(CACASO, Antônio Carlos de Brito. IN HOLLANDA, Heloísa Buarque de. (org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Labor, 1976, p. 35.) 

A característica que marca o gênero literário predominante no texto 4 é:

Alternativas
Comentários
  • EU LÍRICO ---->> eu poéticosujeito lírico, mas o termo mais conhecido e divulgado é eu lírico. Esse termo designa uma espécie de narrador do poema.

    Quando você lê um poema e percebe a manifestação de um “eu literário”, aquela voz, aquela personagem presente nos versos, não é necessariamente o autor real do poema.

    Podemos concluir que o eu lírico é a voz que fala no poema e nem sempre essa voz equivale à voz do autor, que pode vivenciar outras experiências, que não as do poeta (como na canção Folhetim, de Chico Buarque). O eu lírico é o recurso que possibilita a criatividade do autor. Já pensou se ele não existisse? Estaria eliminada a criatividade dos sentimentos poéticos. Graças a esse importante e interessante elemento, os sentidos são pluralizados, o que torna os textos poéticos tão peculiares e belos. (http://portugues.uol.com.br/literatura/eu-lirico.html)

    Se acaso me quiseres 
    Sou dessas mulheres que só dizem sim
    Por uma coisa à toa 
    Uma noitada boa 
    Um cinema, um botequim 
    E se tiveres renda 
    Aceito uma prenda 
    Qualquer coisa assim 
    Como uma pedra falsa 
    Um sonho de valsa 
    Ou um corte de cetim 
    E eu te farei as vontades 
    Direi meias verdades 
    Sempre à meia luz 
    E te farei, vaidoso, supor 
    Que és o maior e que me possuis 
    Mas na manhã seguinte 
    Não conta até vinte, te afasta de mim 
    Pois já não vales nada 
    És página virada 
    Descartada do meu folhetim”.

    (Folhetim – Chico Buarque)

     


ID
2014081
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

                   Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.


Mandou chamar o médico:

- Diga trinta e três.

- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

- Respire.

..................................................

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- O s

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.107.)

Percebe-se no poema de Manuel Bandeira a predominância de um tom propositalmente:

Alternativas
Comentários
  • Tom "prosaico" = Desprovido de nobreza, de coragem; que persiste nas coisas práticas, vulgares, comuns: sujeito prosaico; aflição prosaica.

  • Bem, o texto é um poema, porém a linguagem é prosaica, isto é, em tom de prosa (tal qual um texto escrito em prosa).

    Pelo menos foi dessa forma que raciocinei.

    Gab: D

  • Que se refere à prosa; expresso através da prosa: narrativa prosaica; discurso prosaico

  • Prosaico - adjetivo

    [Literatura] Que se refere à prosa; expresso através da prosa: narrativa prosaica; discurso prosaico.

    Que se assemelha à prosa: escrito prosaico.

    [Por Extensão] Que não há poesia; ordinário, comum: comportamento prosaico.

    Desprovido de nobreza, de coragem; que persiste nas coisas práticas, vulgares, comuns: sujeito prosaico; aflição prosaica.

     

    Prosaico é sinônimo de: material, ordinário, trivial, vulgar, banal, comum, corriqueiro

     

    PROSA -  Esta é a maneira em que nos expressamos diariamente.

     

    Ela é objetiva, obedece à razão que a ordena e equilibra simultaneamente com a sensibilidade.  Usa a metáfora prosaíca.

     

    A linguagem da prosa retrata, descreve, narra, fixa os aspectos históricos, visíveis, sujeitos à observação de todos – é linguagem denotativa.

     

    A linguagem adquire logicidade e ritmo próprio que a aproxima da linguagem filosófica. 

     

    Temos, na prosa, o conto, o romance, a novela, a fábula, o apólogo, a anedota etc. 


    A prosa representativa abrange o teatro, com suas manifestações: tragédia, comédia, farsa, mistério, etc. 


    Na prosa expositiva há a crítica, a história, a carta, o ensaio, etc.
     

  • Fonte : Prosaico - Dicio, Dicionário Online de Português

    https://www.dicio.com.br/prosaico/


    Desprovido de nobreza, de coragem; que persiste nas coisas práticas, vulgares, comuns: sujeito prosaico; aflição prosaica.


    Um exemplo da linguagem prosaica com a analise critica.


    O POEMA PROSAICO

    Na intenção de colaborar para o aprimoramento dos novatos que desejem se abeberar de conhecimentos sobre o poema em prosa e suas rarefeitas figuras de linguagem, aproveito este belo exemplar de um consagrado poeta que, surgindo como locutor em emissoras de Rádio, ao apresentar, na década de 60 do século XX, o programa “Salão Grená”, na Rádio Nacional, adquiriu imensa notoriedade em todo o país. Chegou, inclusive, aproveitando a consolidação da imagem pública, a se eleger deputado federal pelo Rio de Janeiro, em vários mandatos parlamentares. Comecemos por fazer a ESCANSÃO ou a divisão silábica dos versos:

    Vejamos:


    “CACHOS DE UVAS


    J. G. de Araújo Jorge


    Ve/jo em/ teu/ cor/po/, teus/ seios

    re/don/dos/, be/los/, pe/sa/dos,

    co/mo ao/ tem/po/ das/ vin/di/mas

    os/ ca/chos/ de u/va/ dou/ra/dos...

    E/ to/mo-os/ nas/ mi/nhas/ mãos,

    sa/zo/na/dos/ de/ ca/lor

    pa/ra/ meus/ lá/bios/ se/den/tos

    do/ vi/nho/ de/ teu a/mor

    Teus/ sei/os/ são/ ca/chos/ de u/vas

    u/vas/ da/ te/rra ou/ do/ céu

    sei/ que em/bria/gam/ mais/ que o/ vi/nho

    que/ são/ mais/ do/ces/ que o/ mel”.


    Análise crítica:


    Esta peça não é um poema branco (absolutamente livre quanto à rimação), como aparentemente poderia se apresentar aos olhos do leitor.Trata-se de um texto poético que utiliza versos de sete sílabas fônicas (ou poéticas), enfim, é um setissilábico perfeito, o que lhe dá ótima sonoridade e sabor muito ao gosto dos leitores.Cada estrofe tem o seu cadenciamento rítmico ao estilo da antiga quadra portuguesa, com rimas alternadas no segundo e no quarto verso. Denota que a formação poética do autor é a da escola clássica, pretendendo ingressar na contemporaneidade formal do modernismo.O poema foi publicado na década de 60, no livro “POEMAS DO AMOR ARDENTE”. Peça que pretende ser vista como exemplar de Poesia, mais parece um poema em prosa ou prosa poética, devido à rarefeita utilização de figuras de linguagem.O autor prefere o comparativo, em vez da metáfora profunda ou polivalente, como se pode observar no final da peça. Neste sentido, o título é um achado, ao comparar os seios da amada aos cachos de uvas dos vinhedos.

    Urânia, SP, 16 de agosto de 2010.

    – Do livro DICAS SOBRE POESIA, 2009/10.

    http://www.recantodasletras.com.br/tutoriais/2447355

  • Eu viajei nesta questão não sabia nem o que a banca queria, agora que lendo os comentários percebi, mas mesmo assim ainda estou sem entender direito

    comentários de professores por favor!!


ID
2014084
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

                   Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.


Mandou chamar o médico:

- Diga trinta e três.

- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

- Respire.

..................................................

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- O s

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.107.)

Em relação ao poema “Pneumotórax”, é correto afirmar que o poeta:

Alternativas
Comentários
  • - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

    - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

     

     

    Irônico..quis dizer: não tem jeito.

  • Iconoclasta : que ou aquele que destrói imagens religiosas ou se opõe à sua adoração.


    Estética Naturalista :  principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências ; Descrições minuciosas e linguagem simples ; Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temas patológicos traduz a vontade de analisar todas as podridões sociais e humanas sem se preocupar com a reação do público ;Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estes problemas, era uma forma de tentar reformar a sociedade.


    versificação ou metrificação é um recurso estilístico relacionado com a técnica de fazer versos que não está necessariamente relacionado com a poesia. A versificação estabelece normas para a contagem das sílabas de um verso. É uma técnica e, por isso, não está associada à noção de poesia.


    Simbolismo é um movimento literário da poesia e das outras artes que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao realismo, ao naturalismo e ao positivismo da época. Movido pelos ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas.


    Resposta :  Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

    - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.


    Prevalência de aspecto irônico.


ID
2014087
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

                   Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.


Mandou chamar o médico:

- Diga trinta e três.

- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

- Respire.

..................................................

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- O s

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.107.)

As características que melhor definem a poesia brasileira contemporânea são:

Alternativas
Comentários
  • Características Gerais da Poesia contemporânea 

     

    Rompimento com os preceitos da gramática e da retórica:

    Ausência de metrificação, emprego do verso livre;

    Aproveitamento poético da linguagem cotidiana;

    Emprego de palavras consideradas tradicionalmente não poéticas;

    Pontuação e ritmo livres;

    Desrespeito às normas gramaticais.

     

    Volta à espontaneidade:

    Apreensão imediata de breves momentos líricos;

    Libertação da lógica aparente;

    Emprego de imagens não lógicas;

    Valorização da conotação;

    Hermetismo;

    Automatismo psíquico.

     

    Busca de síntese:

    Busca do essencial poético com o mínimo de artifício;

    Emprego das palavras em liberdade;

    Desprezo pela sintaxe tradicional;

    Antidiscursivismo.

     

    Amplitude temática:

    Ausência de limites entre o poético e o não-poético: tudo pode ser tema de poesia;

    Interesse pelo homem comum, pela ordem social, pelo cotidiano;

    Abandono da concepção de arte como imitação;

    Gosto da ironia e da polêmica;

    Poesia participante, empenhada na realidade contemporânea;

    Tendência à abertura, à multiplicidade de sentidos e interpretaçõe

     

    GABARITO E

  • Letra E - Dispersão Temática - O título do texto Pneumotórax e tocar um tango argentino.

    Multiplicidade : Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.



ID
2014090
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

                   Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.


Mandou chamar o médico:

- Diga trinta e três.

- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

- Respire.

..................................................

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- O s

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.107.)

“A própria ideia de livro e literatura perde parte de seu sentido quando nos deparamos com novas estratégias narrativas em bases digitais, que atuam na confluência de várias artes e mídias. O aspecto inovador não está restrito apenas à tecnologia de leitura dos tablets, nos chamados >ita<enhanced books ou enriched books (livros enriquecidos ou turbinados), mas também às maneiras de narrar”.
(http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/artigo-por-umaideia-de-literatura-expandida-387143.html)

De acordo com a ideia defendida pela pesquisadora Cristiane Costa no texto acima, pode-se afirmar que na contemporaneidade:

Alternativas
Comentários
  • A própria ideia de livro e literatura perde parte de seu sentido quando nos deparamos com novas estratégias narrativas em bases digitais, que atuam na confluência de várias artes e mídias. O aspecto inovador não está restrito apenas à tecnologia de leitura dos tablets,... (livros enriquecidos ou turbinados), mas também às maneiras de narrar”.

    GABARITO C


ID
2014093
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao se conceber o erro como fonte de virtude na aprendizagem escolar, contribui-se para a promoção do sucesso do aluno porque:

Alternativas
Comentários
  •  “O erro não é fonte de castigo, mas suporte para o crescimento”, como afirma Luckesi (2002). É por meio do erro do aluno, que o educador vai identificar o que o aluno já sabe e o que pode vir a saber sobre o conteúdo em estudo e reconstruir o conhecimento a partir dele.

     

     b)serve positivamente de ponto de partida para o avanço, na medida em que é compreendido e identificado, e sua compreensão é o passo fundamental para a sua superação.GABARITO

     Basta ter um pouco de senso para ver que todas as outras estão absurdas.


ID
2014096
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para Gadotti, o pensamento pedagógico brasileiro tem sido definido por duas tendências gerais: a liberal e a progressista. Os educadores e teóricos da educação progressista defendem:

Alternativas
Comentários
  • Educação progressista = democratização da escola com a conscientização da opressão e com a ação transformadora.

  • LETRA D

    A tendência progressista está pautada nos príncipios da democracia, luta pela liberdade, discussão dos temas socais, transformação da realidade social.

  • Gadotti em seu livro História  das Ideias Pedagógicas assim preconiza:

     

    Só o pensamento pedagógico progressista, a partir das reflexões de Paschoal Lemme, Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire, é que coloca a questão da transformação radical da sociedade e o papel da educação nessa transformação.

     

    OS EDUCADORES E TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO PROGRESSISTA DEFENDEM O ENVOLVIMENTO DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE UM CIDADÃO CRÍTICO E PARTICIPANTE DA MUDANÇA SOCIAL.

     

    Também aqui, segundo as diversas posições políticas e filosóficas, encontramos correntes que defendem diferentes papéis para a escola: para uns a formação da consciência crítica passa pela assimilação do saber elaborado; para outros o saber técnico-científico deve ter por horizonte o compromisso político. Uns com batem mais a burocracia escolar e outros a deterioração da educação escolar. Uns defendem mais a direção escolar e outros a autogestão pedagógica. Uns defendem maior autonomia de cada escola e outros maior intervenção do Estado.


ID
2014099
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Vygotsky, a questão central do processo de formação de conceitos na adolescência é:

Alternativas
Comentários
  • a questão central neste processo é o emprego funcional do signo ou da palavra como meio através do qual o adolescente subordina ao seu poder as suas próprias operações psicológicas, através do qual ele domina o fluxo dos próprios processos psicológicos e lhes orienta a atividade no sentido de resolver os problemas que tem pela frente (VYGOTSKY, 2000, p.169).

    LETRA A

  • Vigostsky trabalha mais a questão da simboliação e Piaget a sofisticalão do juízo e dda moral, ambas se dão na adolescência.

  • 8 anos depois.. Também caí nessa


ID
2014102
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o Artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), dentre as várias incumbências dos docentes está a de:

Alternativas
Comentários
  • Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

    I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

    IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

    V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

    VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

    Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

    I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

    II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

  • e) colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

  •  a) coletar, analisar e disseminar informações sobre educação. (INCUBÊNCIAS DA UNIÃO)

     b) administrar pessoal e recursos financeiros. (INCUBÊNCIA DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO)

     c) assegurar o ensino fundamental e oferecer o ensino médio. (INCUBÊNCIAS DOS ESTADOS)

     d) garantir o cumprimento dos dias letivos e da carga horária. (INCUBÊNCIAS DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO)

     e) colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (INCUBÊNCIAS DOS DOCENTES)

     

    PORTANTO A RESPOSTA CORRETA É A LETRA "E"

  • Gabarito: E  LDB Art.13 VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

  • Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:


    I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


    II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


    III - zelar pela aprendizagem dos alunos;


    IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

     

    V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à
    avaliação e ao desenvolvimento profissional;

    VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

  • GABARITO: E. 

     

    a) ERRADO. 

        Art. 9º - A UNIÃO incumbir-se-á de:

        V- coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.

    =>  É só raciocinar: trata-se de um OBJETIVO SUPER HIPER MACRO... logo, só pode ser da UNIÃO

     

    b) ERRADO (claro kkkk).  incumbência do estabelecimento de ensino: Art. 12, II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros.

     

    c) ERRADO. Vou nem comentar...

     

    d) ERRADO. 

        Art. 12. Os ESTABELECIMENTOS de ENSINO, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

        III - assegurar o cumprimento dos DIAS LETIVOS e HORAS-AULA estabelecidas.

     

    e) CERTO (GABARITO).

        Art. 13. Os DOCENTES incumbir-se-ão de:  

       VI - COLABORAR c/ as atividades de ARTICULAÇÃO da ESCOLA c/ as FAMÍLIAS e a COMUNIDADE.

     

    =>  LEMBRANDO QUE:

        Art. 12. Os ESTABELECIMENTOS de ENSINO, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

        VI - articular-se com as famílias e a comunidade, CRIANDO (usar esta palavra como meio de lembrar que CRIAR — macro — estes processos é incumbência da escola, e não do professor) processos de integração da sociedade com a escola.

     

     

     


ID
2014105
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Gandin, no planejamento é fundamental a ideia de transformação da realidade e, nesse sentido, uma educação libertadora é aquela que:

Alternativas

ID
2014108
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para Vygotsky, com relação à aprendizagem da criança, a zona de desenvolvimento proximal provê psicólogos e educadores de um instrumento por meio do qual se pode entender:

Alternativas
Comentários
  • ALGUÉM EXPLICA?

  • (Letra A)

    A zona de desenvolvimento proximal constitui-se em uma situação de experiência da prática pedagógica em que o/a professor/a pode criar um ambiente diferenciado para o ensino e estimular a criança a realizar novas aprendizagens. Como afirma o próprio Vigotski (1998, p. 113), a zona de desenvolvimento proximal provê psicólogos e educadores de um instrumento através do qual se pode entender o curso interno do desenvolvimento, verificando não apenas as fases que já se completaram, mas observar aquelas etapas que estão em formação, iniciando seu processo de desenvolvimento. O autor salienta que a ZDP permite-nos delinear o futuro imediato da criança e seu estado dinâmico de desenvolvimento, propiciando o acesso não somente ao que já foi atingido, através do desenvolvimento, como, também, aquilo que está em processo de maturação.

    VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação social da mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998a.

  • Desenvolvimento Real: O que a criança faz sozinha.

    Desenvolvimento Potencial: O que a criança pode fazer com a intervenção do outro.

    ZPD: Trata-se da intermediação desse processo, sendo aa distância entre o desenvolvimento real e o potencia.

  • A zona de desenvolvimento proximal se refere a todo o potencial em desenvolvimento peelo qual mediante a socialização as pessoas podem chegar.

  • Para Vygotsky, com relação à aprendizagem da criança, a zona de desenvolvimento proximal provê psicólogos e educadores de um instrumento por meio do qual se pode entender o  curso interno do desenvolvimento.


ID
2014111
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Zabala, para aprender é indispensável que haja um clima e um ambiente adequados, já que a aprendizagem é potencializada quando convergem as condições que estimulam o trabalho e o esforço. Para tal, é necessário criar um ambiente seguro e ordenado que ofereça aos alunos:

Alternativas
Comentários
  •  c)

    oportunidade de participação, em situações com multiplicidade de interações que promovam a cooperação e a coesão do grupo.


ID
2014114
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para Ilma Passos Veiga, quanto à execução, um projeto político-pedagógico é de qualidade quando:

Alternativas
Comentários
  • D

    "É necessário decidir, coletivamente, o que se quer reforçar dentro da escola e como detalhar as finalidades para se atingir a almejada cidadania"(VEIGA, 2000, p. 23).

  • Princípios noretadores do PPP:

     

    igualdade;

    qualidade:  propiciar uma qualidade para todos. Duas dimensões indissociáveis: a formal ou técnica e a política. Uma não está subordinada à outra; cada uma delas tem perspectivas próprias.A primeira enfatiza os instrumentos e os métodos, a técnica. A qualidade formal não está afeita, necessariamente, a conteúdos determinados. Demo afirma que a qualidade formal: "(...) significa a habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento" (1994, p. 14). A qualidade política é condição imprescindível da participação. Está voltada para os fins, valores e conteúdos. Quer dizer "a competência humana do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana" (Demo 1994, p. 14).

    liberdade;

    gestão democrática,

    valorização do masgistério

  • Os príncipios do PPP para Veiga:

    Igualdade

    Qualidade

    Gestão democrática

    Liberdade

    Valorização do magistério

    #PartiuPosse!


ID
2014117
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Nos Referenciais Curriculares para a Rede Municipal de Educação de Niterói – Ensino Fundamental (Referenciais Curriculares 2010: Uma Construção Coletiva), na construção de um currículo para a cidadania e a diversidade cultural, os aportes multiculturais assim se apresentam:

Alternativas

ID
2014120
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia

Os Referenciais Curriculares para a Rede Municipal de Educação de Niterói – Ensino Fundamental (Referenciais Curriculares 2010: Uma Construção Coletiva) se organizam em três Eixos Temáticos. O Eixo Linguagens, quanto aos conteúdos curriculares, é composto:

Alternativas

ID
2014126
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Sobre o afastamento do servidor para estudo no exterior ou em outro local do território nacional, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
2022277
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição até:

Alternativas

ID
2022283
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

O salário-família:

Alternativas
Comentários
  • Natureza Indenizatória

  • Gabarito: Letra B!


    Art. 215 - O salário-família será pago independentemente de freqüência do funcionário e não poderá sofrer qualquer desconto nem ser objeto de transação ou consignação em folha de pagamento.

    Parágrafo único - O salário-família não está, também, sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, ainda que de finalidades previdenciária e assistencial.

     

    Fonte: http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/regsec.nsf/c65435e148447bff032566cc007080af/407ee0275e007f6e03256743007118cd?OpenDocument#TOPO

  • ·         SALÁRIO-FAMÍLIA = só os “baixa renda” empregado, avulso e aposentados = 14 LETRAS > 14 ANOS/inválido = não tem 13º

     

    11. Salário-família + Aposentadoria por Invalidez

    12. Salário-família + Aposentadoria por Idade

    13. Salário-família + Auxílio-acidente

    § 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado.

    Cuida-se de benefício previdenciário que não visa substituir a remuneração dos segurados, mas apenas complementar as despesas domésticas com os filhos (TUTELADOS OU ENTEADOS) menores de 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.

    Por força da Emenda 20/1998, apenas os segurados enquadrados como baixa renda perceberão o salário-família, a teor da nova re dação do inciso IV, do artigo 201, da Constituição Federal.

    O benefício poderá ser pago diretamente pela empresa, hipótese em que ocorrerá a compensação quando do recolhimento das contribuições.

    É possível dois responsáveis receberem salário-família, caso ambos sejam considerados baixa-renda.

    É condicionado à apresentação anual do atestado de vacinação obrigatória do menor de 06 anos e comprovação semestral de freqüência do maior de 07 anos à escola.

    O DIREITO AO SALÁRIO-FAMÍLIA CESSA, A CONTAR DO MÊS SEGUINTE AO DA DATA DO ANIVERSÁRIO! ou seja, o filho faz aniversário dia 2 de junho por exemplo e o segurado recebe o salário somente no dia 10, a cota do salário família referente ao mês de junho será paga juntamente com o salário, mesmo o filho já tendo 14 anos, somente a partir do próximo mês, que nesse exemplo é em julho, o benefício cessará!

    O VALOR É PRÉ-FIXADOS, PAGO EM DUAS COTAS

  • A questão está fundamentada no Regulamento da Secretaria da ALERJ

  • Para responder a presente questão, são necessários conhecimentos sobre a Resolução nº 321/1981, denominado Regulamento da Secretaria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).


    Dispõe o regulamento no art. 215 que o salário-família será pago independentemente de frequência do funcionário e não poderá sofrer qualquer desconto nem ser objeto de transação ou consignação em folha de pagamento. Ainda, no parágrafo único, afirma que o salário-família não está, também, sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, ainda que de finalidades previdenciária e assistencial. Dito isso, é possível analisar as alternativas.


    A) Não estará sujeita e nem servirá de base, nos termos do art. 215 da Resolução nº 321/1981.


    B) A assertiva está de acordo com disposto no art. 215 da Resolução nº 321/1981.


    C) Não estará sujeita a imposto ou taxa, nos termos do art. 215 da Resolução nº 321/1981.


    D) Não estará sujeita e nem servirá de base, nos termos do art. 215 da Resolução nº 321/1981.


    E) Não estará sujeita e nem servirá de base, nos termos do art. 215 da Resolução nº 321/1981.


    Gabarito do Professor: B


ID
2022286
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Acerca da promoção, considere as afirmativas seguintes.
I As promoções serão obrigatoriamente realizadas de doze em doze meses, sempre no dia consagrado ao funcionário, desde que verificada a existência de vaga, na forma da regulamentação própria.
II O funcionário em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal pode ser promovido por antiguidade e por merecimento.
III Na promoção dos ocupantes dos cargos de classe inicial de série de classes, o primeiro desempate se determinará pela classificação obtida em concurso.
Das afirmativas acima:

Alternativas
Comentários
  • ''O funcionário em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal pode ser promovido por antiguidade e por merecimento''

    O item II está errado pois o funcionário em mandato somente será promovido por antiguidade.


ID
2022292
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de Niterói, o servidor, em cada período de cinco anos, pode tirar licença para tratamento de doença em pessoa da família por, no máximo:

Alternativas