SóProvas



Prova INEP - 2019 - IFAL - Vestibular - Segundo Semestre


ID
4136245
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere os textos abaixo para responder à questão.

I)
Consolo na praia (Carlos Drummond de Andrade)

Vamos, não chores
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não está perdida.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

[...]
(ADNRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética.
39. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 26)

II)
Velha chácara (Manuel Bandeira)

A casa era por aqui...
Onde? Procuro-a e não acho.
Ouço uma voz que esqueci:
É a voz deste mesmo riacho.

Ah quanto tempo passou!
(Foram mais de cinquenta anos.)
Tantos que a morte levou!
(E a vida... nos desenganos...)

A usura fez tábua rasa
Da velha chácara triste:
Não existe mais a casa...

– Mas o menino ainda existe.

(BANDEIRA, Manuel. Lira dos cinquent’anos. In: Bandeira de bolso:uma antologia poética. Porto Alegre: L&PM, 2008, 111-112.)

III)
Quarenta anos (Olavo Bilac)

Sim! Como um dia de verão, de acesa
Luz, de acesos e cálidos fulgores,
Como os sorrisos da estação das flores,
Foi passando também tua beleza.

Hoje, das garras da descrença presa,
Perdes as ilusões. Vão-se-te as cores
Da face. E entram-te n’alma os dissabores,
Nublam-te o olhar as sombras da tristeza.

Expira a primavera. O sol fulgura
Com o brilho extremo... E aí vêm as noites frias,
Aí vem o inverno da velhice escura...

Ah! pudesse eu fazer, novo Ezequias,
Que o sol poente dessa formosura
Volvesse à aurora dos primeiros dias!
(BILAC, Olavo. Poesias. São Paulo:
Martin Claret: 2006, p. 70.)

IV)
Adeus, meus sonhos! (Álvares de Azevedo)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
A minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta, meu Deus? morra comigo
A estrela de meus cândidos amores
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
(AZEVEDO, Álvares. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martin Claret, 2007, p. 224.)

Analise as afirmações abaixo e, depois, assinale a alternativa correta.

I – Os quatro poemas tematizam liricamente a passagem do tempo, valendo-se de recursos estilísticos diversos, apresentando, cada um, uma visão particular da vida.
II – No texto IV, o eu lírico manifesta, na linguagem, o egocentrismo caro aos poetas da segunda geração romântica, levando ao extremo o foco da mensagem na figura do emissor, o que fica expresso, entre outros, pela recorrência do sinal de exclamação e pelo tom dramático assumido ao longo do poema.
III – No texto I, como nos demais poemas de Drummond, fala um eu lírico comprometido com a esperança na vida, ainda que, nem sempre, esta pareça fácil, posição que se evidencia pela escolha de vocabulário simples e encadeamento frasal sem torneios sintáticos.
IV – O poema de Bandeira, texto II, faz-se da dialética lírica que atualiza, esteticamente, o olhar da criança na experiência vital do adulto, processo que implica uma relação entre fatalismo da vida e saudosismo da memória do passado.

Estão CORRETAS as afirmações feitas apenas em:

Alternativas

ID
4136248
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere os textos abaixo para responder à questão.

I)
Consolo na praia (Carlos Drummond de Andrade)

Vamos, não chores
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não está perdida.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

[...]
(ADNRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética.
39. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 26)

II)
Velha chácara (Manuel Bandeira)

A casa era por aqui...
Onde? Procuro-a e não acho.
Ouço uma voz que esqueci:
É a voz deste mesmo riacho.

Ah quanto tempo passou!
(Foram mais de cinquenta anos.)
Tantos que a morte levou!
(E a vida... nos desenganos...)

A usura fez tábua rasa
Da velha chácara triste:
Não existe mais a casa...

– Mas o menino ainda existe.

(BANDEIRA, Manuel. Lira dos cinquent’anos. In: Bandeira de bolso:uma antologia poética. Porto Alegre: L&PM, 2008, 111-112.)

III)
Quarenta anos (Olavo Bilac)

Sim! Como um dia de verão, de acesa
Luz, de acesos e cálidos fulgores,
Como os sorrisos da estação das flores,
Foi passando também tua beleza.

Hoje, das garras da descrença presa,
Perdes as ilusões. Vão-se-te as cores
Da face. E entram-te n’alma os dissabores,
Nublam-te o olhar as sombras da tristeza.

Expira a primavera. O sol fulgura
Com o brilho extremo... E aí vêm as noites frias,
Aí vem o inverno da velhice escura...

Ah! pudesse eu fazer, novo Ezequias,
Que o sol poente dessa formosura
Volvesse à aurora dos primeiros dias!
(BILAC, Olavo. Poesias. São Paulo:
Martin Claret: 2006, p. 70.)

IV)
Adeus, meus sonhos! (Álvares de Azevedo)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
A minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta, meu Deus? morra comigo
A estrela de meus cândidos amores
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
(AZEVEDO, Álvares. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martin Claret, 2007, p. 224.)

No livro intitulado “A poesia lírica”, a autora Angélica Soares afirma que o “lirismo é uma maneira especial de recorte do mundo e de arranjo de linguagem” e, também, que o “fenômeno lírico [...] responde a um certo ‘horizonte possível’, determinado pelo seu tempo e contexto”, sendo “preciso perseguir as relações entre expressão lírica e história, observando seus modos de expressão nos vários momentos.” (SOARES, Angélica. A poesia lírica. São Paulo: Ática, 1986, p. 7 e 61) Quanto às características do lirismo que caracteriza a produção literária do autor do texto III, assinale a alternativa que traz uma informação ERRADA.

Alternativas

ID
4136251
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia o texto seguinte.

Sobre a alagoanidade
Extraído do livro “Notas Sobre Leitura”, de Sidney Wanderley 

    Certa feita, em conversa com a jornalista Janayna Ávila, disse-lhe considerar a alagoanidade um nativismo para broncos. De fato, exaspera-me esta questão – monocórdia, obsessiva, recorrente e estéril – da identidade de um povo, qualquer que seja ele. Acrescentei gaiatamente que a viçosanidade – atributo inconfundível de qualquer bípede implume nascido em Viçosa de Alagoas – consiste no amor desmedido às bolachas de padaria, à xistose e à zabumba. Aliás, esse troço de amor desmedido e acrítico ao torrão natal é coisa que fede e da qual desconfio visceralmente.
    Tomo sempre um susto danado quando meu interlocutor, com ares de sociólogo, antropólogo, etnólogo ou besteirólogo, invariavelmente posudo e sisudo, assevera-me existir a ironia tipicamente alagoana, a maledicência inconfundivelmente caeté ou o humor característico de quem por aqui nasceu. Não ignoro que há uma diferença nítida e notória entre o humor inglês e o humor italiano; mas o que diferencia o humor de um alagoano do humor de um capixaba ou de um sergipano? Acaso rimos mais graciosamente que esses outros, ou emitimos algum som inconfundível quando gargalhamos?
    Haver uma ironia, um humor, uma maledicência, uma violência ou um ressentimento inconfundivelmente alagoanos parece-me um disparate tão considerável quanto haver um futebol alagoano, uma poesia alagoana ou uma cardiologia alagoana. O que há é gente a jogar bola, a compor poemas ou a distrair-se remuneradamente com  cateteres nos limites desta modestíssima unidade federativa.
    Arrisco imaginar o muxoxo de desdém e o coice de impaciência que Graciliano Ramos, nosso ícone maior, não dispensaria a quem fosse importuná-lo com essa conversa mole de alagoanidade. A alagoanidade do caráter predatório e tirânico de Paulo Honório; a alagoanidade lastimável e prepotente do soldado amarelo; a alagoanidade agônica da cachorra Baleia, à beira da morte, a sonhar com um mundo repleto de preás; a alagoanidade adiposa e burguesa de Julião Tavares acoplada à alagoanidade ressentida e assassina de Luís da Silva; a alagoanidade mendicante e fétida de Venta-Romba... Melhor deixar em paz o homo quebrangulensis.
    Ocorre-me agora um dilema visceral: opto pela concisão (“as mesmas vinte palavras”) de nosso romancista maior ou pela incontinência verbal de nosso poeta maior, o palmarino Jorge de Lima? Deverei, de imediato, atribuir alguma média ponderada a suas obras e a seus espíritos e obter algum valor que exprima com exatidão e fidedignidade a alma média do homo alagoensis, afogada por inteiro numa mescla de nossos pontos/homens culminantes. Assim, decerto obterei por fim essa tão apregoada quanto fictícia alagoanidade – força vital, espírito motor, éter, suprassumo, élan, quinta-essência – que nos desconfunde e anima.
    Que pecado para um alagoano típico preferir o primeiro (“há sempre um copo de mar” – não necessariamente alagoano – “para um homem navegar”) e o quarto cantos de Invenção de Orfeu (“O perigo da vida são os vácuos”), bem como a difícil decifração do Livro de sonetos, ao Jorge de Lima dengoso e aliciante dos Poemas negros e ao devoto fervoroso de A túnica inconsútil. Que ato bárbaro de antialagoanidade – digno talvez de um fim similar ao que obtiveram Zumbi, Julião Tavares, Baleia e Calabar – preferir a viagem ao lado da vaca palustre e bela e do cavalo erudito e em chamas, ao passeio pelo parnasianismo sentencioso e de fácil consagração de “O acendedor de lampiões”!
    Advogo, sim, uma alagoanidade esculhambada, disforme, banguela, antropofágica (com direito a sardinhas e Sardinha), macunaímica (“Ai! que preguiça!” desse papo infausto e broncoposudo de identidade cultural etc. e coisa e tal), desbragadamente inclusiva e insaciavelmente cosmofágica. Uma alagoanidade tal a de dona Nise da Silveira, que soube unir os tórridos loucos e os gatos tupiniquins à psicologia dos arquétipos junguianos, oriundos da fria e fleumática Suíça. Uma alagoanidade que acolha o cego Homero e o boêmio Zé do Cavaquinho, os epilépticos Dostoiévski e Machado de Assis e o desassossegado Breno Accioly, a mitologia nórdica e o reisado, a madeleine proustiana e as bolachas Pirauê da padaria de Viçosa, o puteiro do finado Mossoró e as libidinagens de Molly Bloom, os travestis da Pajuçara e os versos de Whitman e Lorca, os labirintos borgianos e os descaminhos da feira do Rato, o mujique russo e o sertanejo de Dois Riachos, os feitiços verbais de Guimarães Rosa e o segredo sagrado do camarão do Bar das Ostras, o decassílabo camoniano e o martelo agalopado dos cantadores de viola da minha já recuada infância.
    Uma alagoanidade que me permita ser os trezentos, os trezentos e cinquenta que trago em mim desde a nascença e que se finarão em breve, felizmente, pois viver por vezes é um bocado custoso e prolongado. Ai, que preguiça! e que vontade de adormecer, profundamente, em Viçosa, na confluência dos rios Paraíba, Tejo, Ganges, Mississippi e Eufrates.

P.S.: Dez ou doze coisas em que creio piamente: 1) na metempsicose; 2) nas almas motrizes dos planetas e do Sol; 3) no dilúvio universal; 4) nos vórtices cartesianos; 5) na hereditariedade dos caracteres adquiridos; 6) no geocentrismo: 7) na finitude do universo: 8) na teoria do flogisto; 9) no saci-pererê, no lobisomem e na caipora; e, last but not least, 10) na alagoanidade.

(Disponível em:<http://www.agendaa.tnh1.com.br/vida/literatura/7576/2018/12/1existe-uma-alagoanidade-leia-artigo-do-poeta-sidney-wanderleyem-livro-lancado-nesta-quarta>. Acesso em 5/3/2018)

Qual das afirmações abaixo configura uma leitura CORRETA do texto do Sidney Wanderley?

Alternativas

ID
4136254
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia o texto seguinte.

Sobre a alagoanidade
Extraído do livro “Notas Sobre Leitura”, de Sidney Wanderley 

    Certa feita, em conversa com a jornalista Janayna Ávila, disse-lhe considerar a alagoanidade um nativismo para broncos. De fato, exaspera-me esta questão – monocórdia, obsessiva, recorrente e estéril – da identidade de um povo, qualquer que seja ele. Acrescentei gaiatamente que a viçosanidade – atributo inconfundível de qualquer bípede implume nascido em Viçosa de Alagoas – consiste no amor desmedido às bolachas de padaria, à xistose e à zabumba. Aliás, esse troço de amor desmedido e acrítico ao torrão natal é coisa que fede e da qual desconfio visceralmente.
    Tomo sempre um susto danado quando meu interlocutor, com ares de sociólogo, antropólogo, etnólogo ou besteirólogo, invariavelmente posudo e sisudo, assevera-me existir a ironia tipicamente alagoana, a maledicência inconfundivelmente caeté ou o humor característico de quem por aqui nasceu. Não ignoro que há uma diferença nítida e notória entre o humor inglês e o humor italiano; mas o que diferencia o humor de um alagoano do humor de um capixaba ou de um sergipano? Acaso rimos mais graciosamente que esses outros, ou emitimos algum som inconfundível quando gargalhamos?
    Haver uma ironia, um humor, uma maledicência, uma violência ou um ressentimento inconfundivelmente alagoanos parece-me um disparate tão considerável quanto haver um futebol alagoano, uma poesia alagoana ou uma cardiologia alagoana. O que há é gente a jogar bola, a compor poemas ou a distrair-se remuneradamente com  cateteres nos limites desta modestíssima unidade federativa.
    Arrisco imaginar o muxoxo de desdém e o coice de impaciência que Graciliano Ramos, nosso ícone maior, não dispensaria a quem fosse importuná-lo com essa conversa mole de alagoanidade. A alagoanidade do caráter predatório e tirânico de Paulo Honório; a alagoanidade lastimável e prepotente do soldado amarelo; a alagoanidade agônica da cachorra Baleia, à beira da morte, a sonhar com um mundo repleto de preás; a alagoanidade adiposa e burguesa de Julião Tavares acoplada à alagoanidade ressentida e assassina de Luís da Silva; a alagoanidade mendicante e fétida de Venta-Romba... Melhor deixar em paz o homo quebrangulensis.
    Ocorre-me agora um dilema visceral: opto pela concisão (“as mesmas vinte palavras”) de nosso romancista maior ou pela incontinência verbal de nosso poeta maior, o palmarino Jorge de Lima? Deverei, de imediato, atribuir alguma média ponderada a suas obras e a seus espíritos e obter algum valor que exprima com exatidão e fidedignidade a alma média do homo alagoensis, afogada por inteiro numa mescla de nossos pontos/homens culminantes. Assim, decerto obterei por fim essa tão apregoada quanto fictícia alagoanidade – força vital, espírito motor, éter, suprassumo, élan, quinta-essência – que nos desconfunde e anima.
    Que pecado para um alagoano típico preferir o primeiro (“há sempre um copo de mar” – não necessariamente alagoano – “para um homem navegar”) e o quarto cantos de Invenção de Orfeu (“O perigo da vida são os vácuos”), bem como a difícil decifração do Livro de sonetos, ao Jorge de Lima dengoso e aliciante dos Poemas negros e ao devoto fervoroso de A túnica inconsútil. Que ato bárbaro de antialagoanidade – digno talvez de um fim similar ao que obtiveram Zumbi, Julião Tavares, Baleia e Calabar – preferir a viagem ao lado da vaca palustre e bela e do cavalo erudito e em chamas, ao passeio pelo parnasianismo sentencioso e de fácil consagração de “O acendedor de lampiões”!
    Advogo, sim, uma alagoanidade esculhambada, disforme, banguela, antropofágica (com direito a sardinhas e Sardinha), macunaímica (“Ai! que preguiça!” desse papo infausto e broncoposudo de identidade cultural etc. e coisa e tal), desbragadamente inclusiva e insaciavelmente cosmofágica. Uma alagoanidade tal a de dona Nise da Silveira, que soube unir os tórridos loucos e os gatos tupiniquins à psicologia dos arquétipos junguianos, oriundos da fria e fleumática Suíça. Uma alagoanidade que acolha o cego Homero e o boêmio Zé do Cavaquinho, os epilépticos Dostoiévski e Machado de Assis e o desassossegado Breno Accioly, a mitologia nórdica e o reisado, a madeleine proustiana e as bolachas Pirauê da padaria de Viçosa, o puteiro do finado Mossoró e as libidinagens de Molly Bloom, os travestis da Pajuçara e os versos de Whitman e Lorca, os labirintos borgianos e os descaminhos da feira do Rato, o mujique russo e o sertanejo de Dois Riachos, os feitiços verbais de Guimarães Rosa e o segredo sagrado do camarão do Bar das Ostras, o decassílabo camoniano e o martelo agalopado dos cantadores de viola da minha já recuada infância.
    Uma alagoanidade que me permita ser os trezentos, os trezentos e cinquenta que trago em mim desde a nascença e que se finarão em breve, felizmente, pois viver por vezes é um bocado custoso e prolongado. Ai, que preguiça! e que vontade de adormecer, profundamente, em Viçosa, na confluência dos rios Paraíba, Tejo, Ganges, Mississippi e Eufrates.

P.S.: Dez ou doze coisas em que creio piamente: 1) na metempsicose; 2) nas almas motrizes dos planetas e do Sol; 3) no dilúvio universal; 4) nos vórtices cartesianos; 5) na hereditariedade dos caracteres adquiridos; 6) no geocentrismo: 7) na finitude do universo: 8) na teoria do flogisto; 9) no saci-pererê, no lobisomem e na caipora; e, last but not least, 10) na alagoanidade.

(Disponível em:<http://www.agendaa.tnh1.com.br/vida/literatura/7576/2018/12/1existe-uma-alagoanidade-leia-artigo-do-poeta-sidney-wanderleyem-livro-lancado-nesta-quarta>. Acesso em 5/3/2018)

Assinale a alternativa que apresenta uma compreensão INCORRETA quanto aos efeitos de sentido decorrentes de aspectos morfológicos na formação de algumas palavras presentes no texto.

Alternativas

ID
4136257
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia o texto seguinte.

Sobre a alagoanidade
Extraído do livro “Notas Sobre Leitura”, de Sidney Wanderley 

    Certa feita, em conversa com a jornalista Janayna Ávila, disse-lhe considerar a alagoanidade um nativismo para broncos. De fato, exaspera-me esta questão – monocórdia, obsessiva, recorrente e estéril – da identidade de um povo, qualquer que seja ele. Acrescentei gaiatamente que a viçosanidade – atributo inconfundível de qualquer bípede implume nascido em Viçosa de Alagoas – consiste no amor desmedido às bolachas de padaria, à xistose e à zabumba. Aliás, esse troço de amor desmedido e acrítico ao torrão natal é coisa que fede e da qual desconfio visceralmente.
    Tomo sempre um susto danado quando meu interlocutor, com ares de sociólogo, antropólogo, etnólogo ou besteirólogo, invariavelmente posudo e sisudo, assevera-me existir a ironia tipicamente alagoana, a maledicência inconfundivelmente caeté ou o humor característico de quem por aqui nasceu. Não ignoro que há uma diferença nítida e notória entre o humor inglês e o humor italiano; mas o que diferencia o humor de um alagoano do humor de um capixaba ou de um sergipano? Acaso rimos mais graciosamente que esses outros, ou emitimos algum som inconfundível quando gargalhamos?
    Haver uma ironia, um humor, uma maledicência, uma violência ou um ressentimento inconfundivelmente alagoanos parece-me um disparate tão considerável quanto haver um futebol alagoano, uma poesia alagoana ou uma cardiologia alagoana. O que há é gente a jogar bola, a compor poemas ou a distrair-se remuneradamente com  cateteres nos limites desta modestíssima unidade federativa.
    Arrisco imaginar o muxoxo de desdém e o coice de impaciência que Graciliano Ramos, nosso ícone maior, não dispensaria a quem fosse importuná-lo com essa conversa mole de alagoanidade. A alagoanidade do caráter predatório e tirânico de Paulo Honório; a alagoanidade lastimável e prepotente do soldado amarelo; a alagoanidade agônica da cachorra Baleia, à beira da morte, a sonhar com um mundo repleto de preás; a alagoanidade adiposa e burguesa de Julião Tavares acoplada à alagoanidade ressentida e assassina de Luís da Silva; a alagoanidade mendicante e fétida de Venta-Romba... Melhor deixar em paz o homo quebrangulensis.
    Ocorre-me agora um dilema visceral: opto pela concisão (“as mesmas vinte palavras”) de nosso romancista maior ou pela incontinência verbal de nosso poeta maior, o palmarino Jorge de Lima? Deverei, de imediato, atribuir alguma média ponderada a suas obras e a seus espíritos e obter algum valor que exprima com exatidão e fidedignidade a alma média do homo alagoensis, afogada por inteiro numa mescla de nossos pontos/homens culminantes. Assim, decerto obterei por fim essa tão apregoada quanto fictícia alagoanidade – força vital, espírito motor, éter, suprassumo, élan, quinta-essência – que nos desconfunde e anima.
    Que pecado para um alagoano típico preferir o primeiro (“há sempre um copo de mar” – não necessariamente alagoano – “para um homem navegar”) e o quarto cantos de Invenção de Orfeu (“O perigo da vida são os vácuos”), bem como a difícil decifração do Livro de sonetos, ao Jorge de Lima dengoso e aliciante dos Poemas negros e ao devoto fervoroso de A túnica inconsútil. Que ato bárbaro de antialagoanidade – digno talvez de um fim similar ao que obtiveram Zumbi, Julião Tavares, Baleia e Calabar – preferir a viagem ao lado da vaca palustre e bela e do cavalo erudito e em chamas, ao passeio pelo parnasianismo sentencioso e de fácil consagração de “O acendedor de lampiões”!
    Advogo, sim, uma alagoanidade esculhambada, disforme, banguela, antropofágica (com direito a sardinhas e Sardinha), macunaímica (“Ai! que preguiça!” desse papo infausto e broncoposudo de identidade cultural etc. e coisa e tal), desbragadamente inclusiva e insaciavelmente cosmofágica. Uma alagoanidade tal a de dona Nise da Silveira, que soube unir os tórridos loucos e os gatos tupiniquins à psicologia dos arquétipos junguianos, oriundos da fria e fleumática Suíça. Uma alagoanidade que acolha o cego Homero e o boêmio Zé do Cavaquinho, os epilépticos Dostoiévski e Machado de Assis e o desassossegado Breno Accioly, a mitologia nórdica e o reisado, a madeleine proustiana e as bolachas Pirauê da padaria de Viçosa, o puteiro do finado Mossoró e as libidinagens de Molly Bloom, os travestis da Pajuçara e os versos de Whitman e Lorca, os labirintos borgianos e os descaminhos da feira do Rato, o mujique russo e o sertanejo de Dois Riachos, os feitiços verbais de Guimarães Rosa e o segredo sagrado do camarão do Bar das Ostras, o decassílabo camoniano e o martelo agalopado dos cantadores de viola da minha já recuada infância.
    Uma alagoanidade que me permita ser os trezentos, os trezentos e cinquenta que trago em mim desde a nascença e que se finarão em breve, felizmente, pois viver por vezes é um bocado custoso e prolongado. Ai, que preguiça! e que vontade de adormecer, profundamente, em Viçosa, na confluência dos rios Paraíba, Tejo, Ganges, Mississippi e Eufrates.

P.S.: Dez ou doze coisas em que creio piamente: 1) na metempsicose; 2) nas almas motrizes dos planetas e do Sol; 3) no dilúvio universal; 4) nos vórtices cartesianos; 5) na hereditariedade dos caracteres adquiridos; 6) no geocentrismo: 7) na finitude do universo: 8) na teoria do flogisto; 9) no saci-pererê, no lobisomem e na caipora; e, last but not least, 10) na alagoanidade.

(Disponível em:<http://www.agendaa.tnh1.com.br/vida/literatura/7576/2018/12/1existe-uma-alagoanidade-leia-artigo-do-poeta-sidney-wanderleyem-livro-lancado-nesta-quarta>. Acesso em 5/3/2018)

Quanto aos aspectos linguístico-discursivos do texto, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA.

Alternativas

ID
4136260
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.


    E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.

    Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.


(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)

No texto “A propósito de uma raposa: reflexões de um romancista”, o escritor Lêdo Ivo observou, acerca de seu romance “Ninho de cobras”, o seguinte: “[...] ao lado dos que me apontavam como sendo autor de um romance poético, enraizado em minha condição fundamental de poeta, e ligado ao sonho e ao pesadelo, havia os que me acusavam de ser demasiado realista.” Os juízos críticos a que se refere o autor, atribuídos por ele a dois grupos distintos de leitores de sua obra, podem estar relacionados a qual dos pares de características, verificados, inclusive, no excerto de “Ninho de cobras” acima exposto?

Alternativas

ID
4136263
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.


    E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.

    Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.


(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)

Considerando as relações de coesão referencial estabelecidas pelos pronomes no excerto de “Ninho de cobras”, marque a opção que aponta uma leitura EQUIVOCADA dessas relações.

Alternativas

ID
4136266
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.


    E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.

    Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.


(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)

“Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.” Em relação à oração “a morte a alcançava”, os verbos grifados estabelecem ideia de

Alternativas

ID
4136269
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Carlos precisava sair à noite, mas tinha que pegar roupas no quarto que dormia junto com seu irmão que já estava dormindo, como não queria acender a luz para não incomodar seu irmão, ele teria que pegá-las no escuro, como não se importava com a calça, camisa e sapato que pegaria, a preocupação era em pegar o par de meias de maneira a usar um par corretamente. Lembrou, então, que em uma das gavetas tinham 8 pares iguais de meias brancas e 9 pares iguais de meias pretas. Quantas meias, no mínimo, Carlos deve pegar no escuro para se ter a certeza de que poderá trazer para um local claro e usar um par corretamente?

Alternativas

ID
4136272
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Durante um campeonato, uma equipe de futebol perdeu duas partidas por uma diferença de 1 gol, perdeu três partidas por uma diferença de 2 gols, teve cinco empates, venceu quatro partidas por uma diferença de 1 gol, três partidas por uma diferença de 2 gols e uma partida por uma diferença de 3 gols. Qual o saldo de gols desta equipe no campeonato?

Alternativas

ID
4136275
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Ao efetuar uma divisão entre dois números naturais em sua calculadora, um garoto obtém como resultado a dízima 3,022222... Quais os menores números naturais que ele teria usado na divisão?

Alternativas
Comentários
  • pra responder é só ir dividindo os números dados nas alternativas. eu fui por tentativa.

    A-----> 45:12=3,75

    B------> 136/45=3,02222

    GABARITO: LETRA B


ID
4136278
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Neste ano de 2019, uma aluna de um Instituto Federal do Rio de Janeiro, conseguiu desenvolver com seu professor, um teorema que envolve funções do 2º grau, denominado Teorema da Etiene, em homenagem ao seu nome. Na prática, o teorema diz que numa função do segundo grau y = ax² + bx + c , o ponto simétrico ao ponto (0, c) em relação ao eixo de simetria da parábola pode ser simplesmente encontrado pelas coordenadas do ponto (x′ + x′′ ,c ), onde x′ e x′′ são as raízes ou zeros da função quando existentes. Baseado nesse teorema que já foi devidamente demonstrado, qual as coordenadas do ponto simétrico ao ponto (0,-12) em relação ao eixo de simetria da parábola de função y = 2x² − 2x − 12?

Alternativas

ID
4136281
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Às quatro horas e cinquenta minutos o menor ângulo formado entre o ponteiro das horas e o ponteiro dos minutos de um relógio é:

Alternativas

ID
4136284
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dois amigos, um de São Paulo e outro do Rio Grande do Sul, gostam de passar as férias de janeiro em Maceió. O de São Paulo vem a Maceió de 4 em 4 anos e o do Rio Grande do Sul de 5 em 5 anos. Neste ano de 2019 os dois vieram a Maceió, após este ano, em que ano mais próximo eles virão para o verão de Maceió?

Alternativas
Comentários
  • seria 2039,n?
  • 2039

  • 1ª Passo

    4,5/2

    2,5/2

    1,5/5

    1,1/ 2x2x5 =20

    2º Passo

    2019 + 20 = 2039

  • A resposta certa é 2039

  • Essa questão está toda errada

  • o certo é 2039 (2019+20) o gabarito está errado


ID
4136287
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Quanto a dodecágono de lado 10 cm, assinale a alternativa FALSA:

Alternativas

ID
4136293
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Século XVI, na Europa Central, foi iniciado um movimento de renovação da Igreja Cristã denominado Reforma Protestante. O ponto central da Reforma Luterana foi que a salvação

Alternativas
Comentários
  • Letra c, lutero falou que a salvação vem pela fé em Deus e não por boas ações porque vamos supor como eu que sou um mendigo que vivo na rua teria a salvação se fosse através de boas obras? Como eu iria fazer boas obras ? tipo doar algo pra alguém ?


ID
4136296
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho extraído da Carta de Pero Vaz de Caminha, datada de 01/05/1500, e assinale a alternativa correta:
“Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!” O escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses, a saber:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Sugere a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra como escala nas viagens ao Oriente.

    Na primeira chegada ao Brasil não houve exploração, apenas o contato com os índios. Como Boris Fausto cita em seu documentários "Os portugueses se arrastavam pelo litoral como carangueijos" ou seja, naquele momento o foco esatava no Oriente e na propagação do Catolicismo.

  • A resposta está no texto:

    "Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa alteza em ela deve lançar."


ID
4136299
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Era Vargas é o período da história do Brasil entre 1930 e 1945, quando Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos e de forma contínua. Compreende a Segunda República e a Terceira República (Estado Novo). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

Com relação às questões sociais, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4136305
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Sobre as características econômicas do território brasileiro, marque a alternativa correta sobre as características pertinentes a região norte do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • Cada alternativa retrata as regiões do Brasil.

    Na alternativa A, descreve características da região Nordeste.

    Na alternativa B, descreve características da região Norte.

    Na alternativa C, descreve características da região Centro-Oeste.

    Na alternativa D, descreve características da região Sudeste.

    Na alternativa E, descreve características da região Sul.

  • vamos regionalizar!!!

    Nordeste - vem ganhando industrias da região sudeste e sul graças aos benefícios fiscais concedidos por essa região.

    Nos últimos anos, a economia dessa região vem apresentando crescimento. Com a guerra fiscal (concessão de benefícios fiscais), uma série de indústrias se instalou nos estados dessa região para fugir da carga tributária no Sul e no Sudeste.

    Norte - Além do intenso extrativismo vegetal, de produtos como látex e madeira, a região é rica em minérios e é nessa região, que está localizada a serra dos Carajás, a mais importante área de mineração do país. Essa região conta também com um polo industrial, com segmentos: eletroeletrônicos, informática, motos, entre outros.

    Centro-Oeste - O crescimento econômico dessa região deve se sobretudo ao bom desempenho do setor agropecuário. Na agricultura, os produtos mais importantes são algodão, o milho e, principalmente a soja. O rebanho de gado bovino dessa região responde por um terço do total do país.

    Sudeste - Essa região responde por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Nessa região, estão instaladas as maiores montadoras siderúrgicas do país e conta com uma significativa produção industrial de ponta.

    Sul - A agropecuária é uma atividade de grande relevância nessa região, onde a principal atividade econômica é a criação de bovinos. O setor industrial também tem grande importância com destaques para os setores automobilísticos e têxteis. Essa região conta também com um grande potencial hidrelétrico.

    CFO - PMPR

    fevereiro de 2022


ID
4136308
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Com base em projeções realizadas por especialistas, a falta de água doce no Planeta será possivelmente, um dos mais graves problemas mundiais deste século. Por meio de seus diferentes usos e consumos as atividades humanas interferem e causa alterações no ciclo da água. Marque a alternativa correta sobre a alteração do ciclo da água decorrente das atividades humanas.

Alternativas

ID
4136311
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Big education publisher to end printed textbooks  


The world's largest education publisher, Pearson, has said it will gradually phase out printed textbooks. It has taken a decision to make all of its learning resources "digital first". Pearson said the future of the industry is in e-books and digital services. Pearson CEO John Fallon explained more about the company's future direction. He told the BBC: "We are now over the digital tipping point. Over half our annual revenues come from digital sales, so we've decided, a little bit like in other industries like newspapers or music or in broadcast, that it is time to flick the switch in how we primarily make and create our products." He added: "I am increasingly confident and excited about this." Pearson said a huge advantage of digital books is that they can be continually updated, _________3 means teachers will always have access to the latest versions of textbooks. Mr. Fallon said Pearson would stop its current business model of revising printed course books every three years. He said this model has dominated the industry for over four decades and is now past its use-by date. Fallon said: "We learn by engaging and sharing with others, and a digital environment enables you to do that in a much more effective way." He added the digital books will appeal to the "Netflix and Spotify generation". Textbook writers are worried they will earn less from their books as digital products are sold on a subscription basis.


Source: https://breakingnewsenglish.com/1907/190718- textbooks.html Captured on: 26/07/19

Read the statements below:


I. Pearson has stopped printing textbooks.
II. The publisher has profits of over 50% from digital sales.
III. Printed course books are revised by Pearson every three years.


According to the text, choose the only correct alternative:

Alternativas

ID
4136314
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Big education publisher to end printed textbooks  


The world's largest education publisher, Pearson, has said it will gradually phase out printed textbooks. It has taken a decision to make all of its learning resources "digital first". Pearson said the future of the industry is in e-books and digital services. Pearson CEO John Fallon explained more about the company's future direction. He told the BBC: "We are now over the digital tipping point. Over half our annual revenues come from digital sales, so we've decided, a little bit like in other industries like newspapers or music or in broadcast, that it is time to flick the switch in how we primarily make and create our products." He added: "I am increasingly confident and excited about this." Pearson said a huge advantage of digital books is that they can be continually updated, _________3 means teachers will always have access to the latest versions of textbooks. Mr. Fallon said Pearson would stop its current business model of revising printed course books every three years. He said this model has dominated the industry for over four decades and is now past its use-by date. Fallon said: "We learn by engaging and sharing with others, and a digital environment enables you to do that in a much more effective way." He added the digital books will appeal to the "Netflix and Spotify generation". Textbook writers are worried they will earn less from their books as digital products are sold on a subscription basis.


Source: https://breakingnewsenglish.com/1907/190718- textbooks.html Captured on: 26/07/19

According to the text, it is wrong to affirm that:

Alternativas

ID
4136317
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Big education publisher to end printed textbooks  


The world's largest education publisher, Pearson, has said it will gradually phase out printed textbooks. It has taken a decision to make all of its learning resources "digital first". Pearson said the future of the industry is in e-books and digital services. Pearson CEO John Fallon explained more about the company's future direction. He told the BBC: "We are now over the digital tipping point. Over half our annual revenues come from digital sales, so we've decided, a little bit like in other industries like newspapers or music or in broadcast, that it is time to flick the switch in how we primarily make and create our products." He added: "I am increasingly confident and excited about this." Pearson said a huge advantage of digital books is that they can be continually updated, _________3 means teachers will always have access to the latest versions of textbooks. Mr. Fallon said Pearson would stop its current business model of revising printed course books every three years. He said this model has dominated the industry for over four decades and is now past its use-by date. Fallon said: "We learn by engaging and sharing with others, and a digital environment enables you to do that in a much more effective way." He added the digital books will appeal to the "Netflix and Spotify generation". Textbook writers are worried they will earn less from their books as digital products are sold on a subscription basis.


Source: https://breakingnewsenglish.com/1907/190718- textbooks.html Captured on: 26/07/19

The best pronoun to fill in the gap in the text is:

Alternativas

ID
4136320
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma pedra é liberada, partindo do repouso, do topo de um edifício. Após 2 segundos, ela passa por um ponto de uma janela que se encontra à 40 metros do solo. Desprezando a resistência do ar sobre a pedra e que a aceleração da gravidade no local é 10 m/s2, qual é a altura deste edifício, em metros?

Alternativas
Comentários
  • H-40= gt²/2

    2H-80=40

    2H=120

    H=60m

    Letra C!


ID
4136323
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma partícula se move governada pela função horária S(t) = 4 – 2t, onde a posição é medida em metros e o tempo em segundos. Marque a afirmação CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • S(t) = 4 - 2t

    0 = 4 - 2t

    -4 = -2t

    -4/-2 = t

    t = 2s


ID
4136326
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma força de intensidade F aplicada horizontalmente em um corpo apoiado numa superfície perfeitamente lisa, imprime a este uma aceleração de 2 m/s2. Se aplicarmos esta mesma força em um corpo com o dobro da massa do primeiro nas mesmas condições, qual será a aceleração adquirida por este novo corpo?

Alternativas
Comentários
  • dê um valor de massa qualquer para o primeiro corpo, por exemplo, 2kg.

    F= m.a

    como a aceleração dele foi 2m/s^2, aplica na formula para saber o valor dessa força.

    F=2.2 = 4N

    Como o segundo corpo vai ter o dobro de massa em relação ao primeiro corpo, multiplique 2. 2kg, além disso, esse segundo corpo vai sofrer da mesma força atuante, dessa forma, basta trocar na formula:

    F=4N

    M= 4kg

    a= x

    4=4.x

    1m/s^2=x aceleração

    Letra B

  • a α 1 / m

    dobrando a massa → reduz-se a aceleração à metade

    Gabarito : (B)


ID
4136329
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Um corpo de massa 2 kg está sobre um plano horizontal sem atrito e está sendo mantido encostado a uma mola comprimida uma distância de 5 cm da sua posição de equilíbrio. Sabendo que a constante elástica da mola é 800 N.m, qual será a máxima velocidade adquirida pelo corpo quando liberado para mover-se apenas sob a ação da mola?

Alternativas
Comentários
  • m. v² /2 = k .x² /2

    energia cinetica= energia potencial elastica


ID
4136332
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Um turista brasileiro em passeio por uma cidade nos Estados Unidos observou um termômetro que marcava a temperatura local no valor de 86°F. Após fazer a conversão para a escala de temperatura Celsius, corretamente, qual valor ele encontrou?

Alternativas
Comentários
  • (86 °F − 32) × 5/9 = 30 °C


ID
4136335
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Uma das preocupações com os profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Minas Gerais que atuam nas buscas de Brumadinho, onde uma barragem se rompeu em 25 de janeiro de 2019, refere-se a saúde dos militares. Exames detectaram uma elevada quantidade de alumínio nos corpos dos agentes. Sobre o átomo de alumínio, marque a afirmação correta.
Dados: Al: (A = 27); (Z=13)

Alternativas
Comentários
    • por ser átomo neutro, o Al tem mesmo nº de prótons e elétrons, que é 13
    • o nº de neutrons dá p achar pela massa. Se a massa é dada pela soma do nº de prótons com o de neutrons A= z + n, é só isolar o n que encontra o valor de 14
    • prótons= 13
    • quando o átomo vira um cátion significa que ele PERDEU elétrons, carga negativa e fica positivo. se ele tem 13 prótons e 13 elétrons, ao perder 3 elétrons ele passa a ficar com 10. GABARITO: D
    • Como disse, ao virar cátion o átomo perde elétrons e não ganha, se isso tivesse acontecido essa espécie deveria ser um ânion.

ID
4136338
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O atual Código Nacional de Trânsito prevê multas altíssimas aos motoristas que estejam dirigindo alcoolizados. O teste do bafômetro tornou-se obrigatório em qualquer situação suspeita. Neste teste é medido no organismo do motorista a concentração de:

Alternativas
Comentários
  • Etanol seria o composto que está presente nas bebidas você pode um dia ou até agora mesmo e vai perceber que atrás dela tem escrito Álcool Etílico e não etanol pra galera não se confudir com o que tem no posto e tomar. Louco né?

    Então Álcool Etílico e Etanol são as mesmas coisas? Sim, a diferença é que etanol misturado à gasolina é álcool anidro, álcool com graduação alcoólica de no mínimo 99,6%, praticamente álcool puro.

    https://www.brasilpostos.com.br/noticias/analise-de-combustiveis/etanol-anidro-ou-hidratado-voce-sabe-qual-a-diferenca/


ID
4136341
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

As baterias de prata são dispositivos elétricos bastante utilizadas em filmadoras e relógios de pulso. A equação química que representa o processo de descarga dessa bateria é:

Zn + 2Ag+    ->     Zn+2 + 2Ag

Sobre esta reação marque a alternativa que apresenta corretamente a massa de prata metálica produzida a partir do consumo de 127 g de zinco metálico.

Dado: Zn – 65,5; Ag -108.

Alternativas

ID
4136344
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O bicarbonato de sódio (NaHCO3), é um dos componentes do fermento químico, produto capaz de expandir massas contendo farinhas ou amidos, através do desprendimento de gás carbônico (CO2). Em relação a função inorgânica do bicarbonato de sódio e do gás carbônico, são classificados respectivamente como:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão aborda conceitos relacionados à classificação de funções inorgânicas.


    Dessa forma, analisemos a definição das funções inorgânicas:


    • Ácido


    Existem algumas definições para os ácidos. Utilizando o conceito de Arrhenius, eles são substâncias moleculares que, quando em solução aquosa, sofrem ionização e são capazes de produzir um único íon positivo, o cátion H+ ou H3O+.


    • Base


    As bases, de acordo com o conceito de Arrhenius, podem ser definidas como substâncias iônicas que, quando em solução aquosa, sofrem dissociação e são capazes de produzir um único íon negativo, o ânion OH-.


    • Sal


    Os sais são substâncias obtidas por reações de neutralização entre ácidos e bases. Eles podem ser definidos como substâncias que, quando em solução, sofrem dissociação iônica e apresentam pelo menos um cátion diferente de H+ (ou H3O+) e pelo menos um ânion diferente de OH-, em que o cátion é proveniente da base e o ânion é proveniente do ácido.


    • Óxido


    Os óxidos podem ser definidos como compostos binários, ou seja, apresentam apenas dois elementos químicos, em que, obrigatoriamente, um deles é o oxigênio (deve ser o elemento mais eletronegativo).


    De acordo com as definições acima, analisemos os compostos NaHCO3 e CO2:


    NaHCO3


    Este composto, quando em solução, libera pelo menos um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH:




    Portanto, ele é definido como um sal.

    CO2


    Este composto é binário, em que o oxigênio é o elemento mais eletronegativo. Logo, pode ser classificado como um óxido.


    Em relação a função inorgânica do bicarbonato de sódio e do gás carbônico, são classificados respectivamente como sal e óxido.



    Gabarito da Professora: Letra B.


ID
4136353
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Organismos que compõem uma comunidade interagem exercendo influências recíprocas que se refletem nas populações envolvidas e na própria composição do ecossistema. Essas interações podem ser positivas (harmônicas) ou negativas (desarmônicas). Assinale a alternativa que reflete corretamente as relações ecológicas em comunidades de seres vivos:

Alternativas
Comentários
  • Não vi erro em C

  • Também não enxerguei erro na alternativa (C)...

  • SIMBIOSE X MUTALISMO

    As associações simbióticas são associações entre duas ou mais espécies que vivem juntas. Além disso, existem três tipos de associações simbióticas como mutualismo, comensalismo e parasitismo. Mutualismo é um tipo de relação simbiótica em que ambas as partes se beneficiam uma da outra. Todos os relacionamentos mútuos são relacionamentos simbióticos, mas nem todos os relacionamentos simbióticos são relacionamentos mútuos. Além disso, no comensalismo e no parasitismo, apenas uma parte se beneficia, ao contrário do mutualismo. Portanto, isso resume a diferença entre simbiose e mutualismo.


ID
4136362
Banca
INEP
Órgão
IFAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A seleção natural, princípio norteador da teoria da evolução das espécies de Darwin, atua nos fenótipos, que resultam da interação entre os genótipos e meio. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a incorreta dentre os exemplos desse padrão adaptativo:

Alternativas