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Prova RHS Consult - 2016 - Prefeitura de Porto Feliz - SP - Engenheiro Civil


ID
2191576
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Em linhas gerais, podemos afirmar que o texto, de um modo engraçado, questiona:

Alternativas
Comentários
  • (B)

    " Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra.  Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria."

    "Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela. "


ID
2191579
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

A respeito da palavra “defenestração”, o cronista diz ter procurado seu significado no dicionário “Aurelião”. De acordo com o texto e considerando o significado que ele encontrou, a palavra se classifica como um substantivo feminino. Considerando uma passagem anterior no texto, a mesma palavra poderia ser classificada como:

Alternativas
Comentários
  • Achei a questão muito confusa. Não fica claro que passagem devemos considerar para responder a questão.

  • Só acertei porque filtrara por verbos.
  • achei a questão confusa também...

    Na minha analise seria um ADVERBIO, pois na frase em questão “Nestes termos, pede defenestração...”. DEFENESTRAÇÃO está girando em torno do verbo, PEDIR, caracterizando-o ou completando sentido e está fora do seu signicado denotativo.

    Não é possivel entender se a questão refere-se ao significado denotativo da palavra no texto ou o significado imaginario usado pelo cronista.

  • Se tivesse adjetivo como alternativa, eu teria errado.

    Para mim, a última passagem do texto antes do cronista descobrir o significado é essa: Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. 

     

  • “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ocorreu a nominalização ou substantivação do verbo

     

    A educação é um caminho para proteger a vida.
    A forma de oração reduzida para proteger a vida  pode ser nominalizada da seguinte forma:

     

    d) Para a proteção da vida.

  • "Considerando a passagem ( a mesma palavra )anterior do texto..."

    Defenestrada= foi defenestrada (verbo)

  • GAB C

    Para quem,como eu, ficou na dúvida entre as alternativas B e C:

    Advérbio = Palavra INVARIÁVEL que muda o sentido do verbo.

    Nesse caso não caberia a alternativa B, visto que a palavra sofreu alterações no contexto.

    Exemplo: DEFENESTRADO / DEFENESTRADA (Alterou o gênero)

  • Questão ruim!

  • "Ato de atirar alguém ou algo pela janela." Ação (Verbo: defenestrar)

  • Não sei qual foi a confusão. Se defenestrar indica AÇÃO ou ATO de atirar em alguém, logo DEFENESTRAR (substantivo) é um VERBO nominal em sua forma infinitiva. EX: Defenestrei palavras de ódio contra você.


ID
2191582
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

De acordo com texto, ser um “defenestrador latente” significa:

Alternativas
Comentários
  • (C)

    "Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes."

    Defenestrar:verbo transitivo direto atirar (alguém ou algo) janela afora, violentamente.

    Latente la.ten.te adj (lat latente) 1 Que não se vê, que está oculto. 2 Dissimulado. 3 Subentendido. 4 Diz-se da atividade ou caráter que, em certo momento, não se manifesta, mas que é capaz de se revelar ou desenvolver quando as circunstâncias sejam favoráveis ou se atinja o momento próprio para isso. Antôn: claro, manifesto.


ID
2191585
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Leia a passagem a seguir:
As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades.
Tendo em vista o sentido original de “falácia”, ao substituí-la por um sinônimo, tem-se:

Alternativas
Comentários
  • (B)


    Uma falácia é uma espécie de mentira, é um argumento logicamente inconsistente, inválido, ou que falhe de outro modo no suporte eficaz do que pretende provar. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.


    -Reconhecer as falácias é por vezes difícil.


ID
2191588
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Considere a passagem a seguir:

Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão

Os verbos assinalados estão no futuro do pretérito. Ao passá- los para o pretérito mais que perfeito, preservando as relações de concordância e a articulação verbal entre eles, tem-se:

Alternativas

ID
2191591
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Assinale a alternativa em que as palavras apresentadas são acentuadas em virtude da mesma regra que determina a acentuação da palavra “volúpia”.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A: regra das paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

  • Gabarito letra a).

     

     

    REGRA: PAROXÍTONAS TERMINADAS EM DITONGO SÃO ACENTUDAS.

     

    Demais regras de acentuação: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono9.php

     

     

    Porém, ATENÇÂO com o novo acordo ortográfico. Não deverão ser acentuados os ditongos abertos “ei/oi” nas paroxítonas, mas não confunda, são os ditongos abertos na sílaba que caracteriza as paroxítonas e não paroxítonas terminadas com a letra “i”.

    Sendo assim, não se acentuam: heroico, jiboia, ideia, assembleia, aldeia, baleia etc. Para não errar, no momento em que ler uma paroxítona, note se na sílaba tônica há os ditongos abertos “ei/oi”, se os tiverem, é só não os acentuar.

     

    Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1350

     

     

    Ordem das vogais de modo crescente: u (sempre semivogal), i, e, o, a (sempre vogal)

     

    Ditongo Crescente (D.C.) = Semivogal + Vogal

     

    Ditongo Decrecente (D.D.) = Vogal + Semivogal

     

     

    Palavra: vo-lú-pia (D.D.)

     

    a) cor-pó-reo (D.D.); má-goa (D.D.); fa-mí-lia (D.D.)

     

    b) á-ra-be (Proparóxitona); -li-ca (Proparóxitona); á-geis (D.D.)

     

    c) a-má-vel (Paroxítona terminada em "l"); dó-cil (Paroxítona terminada em "l"); é-den (Paroxítona terminada em "n")

     

    d) ú-teis (D.D.); fós-seis (D.D.); a-fá-vel (Paroxítona terminada em "l")

     

    e) i-mó-veis (D.D.); hí-fen (Paroxítona terminada em "n"); ím-par (Paroxítona terminada em "r")

     

     

    * Ohar estes sites para entender sobre a flutuação prosódica (palavras possuírem duas formas de separação silábica).

     

    Ex: in-dús-tria/in-dús-tri-a.

     

    http://portuguescomentado.blogspot.com.br/2015/01/cespe-unb-acentuacao-grafica.html

     

    http://portuguescomentado.blogspot.com.br/2015/06/cespeunb-acentuacao-grafica.html

     

     

    ** Obs: Recomendo a resolução da Q519861 para aprimorar os conhecimentos sobre acentuação.

     

    Link: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questao/72934520-19

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • GABARITO A

    PAROXÍTONAS

    Recebem acento gráfico se terminadas em:

    LAmável;

    I(s): Lápis;

    R: Repórter;

    N: Pólen, Próton; CUIDADO: Hífen => hifens, Pólen => polens;

    UM ou US: Álbum, lúpus;

    X: Córtex,índex;

    Ã ou ÃO: Órfão;

    PS: fórceps;

    DITONGO: colégio.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    L I R N U M X Ã O O P S! D I T O N G O

    bons estudos

  • GABARITO: LETRA A

    Regra de Acentuação para Paroxítonas

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam, enxáguem;fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus,fórceps.

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA


ID
2191594
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Considerando a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

Alternativas
Comentários
  • Os ingênuos não duvidam de nada.

     

    Todos os presentes aderiram a proposta de trabalho.

     

    Ele ainda não conseguiu aspirar o pó dos livros.

     

    O cliente chamou o garçom em voz alta. (correta)

     

    Eu prefiro teatro a cinema. 

  • a) Os ingênuos não duvidam para [de] nada.

    b) Todos os presentes aderiram com [à] proposta de trabalho.

    c) Ele ainda não conseguiu aspirar ao [o] pó dos livros.

    d) O cliente chamou o garçom em voz alta.

    e) Eu prefiro mais teatro do que [a] cinema.

  • Galera, não adianta, vocês precisam gravar o verbo ''aspirar' pois cai demasiadamente nas provas. Rendem-se. rs

     

    ASPIRAR (CHEIRAR) VTD  - NÃO EXIGE A PREPOSIÇÃO

     

    ASPIRAR (AMBIÇÃO, DESEJAR) VTI - EXIGE A PREPOSIÇAO

     

    Sobre a letra C  ''Ele ainda não conseguiu aspirar ao pó dos livros''.  Aquele ''a'' é um exemplo de preposição, por isso está errado.

     

  • GABARITO D

     

     

    a) Os ingênuos não duvidam para nada. ERRADO - Os ingênuos não duvidam DE nada. Quem duvida, DUVIDA DE ALGUMA COISA (de nada). VTI

     

     b) Todos os presentes aderiram com a proposta de trabalho. ERRADO - Todos os presentes aderiram a proposta de trabalho. Quem adere, ADERE ALGUMA COISA (a proposta de trabalho).  VTD

     

     c) Ele ainda não conseguiu aspirar ao pó dos livros. ERRADO - Verbo aspirar no sentido de limpar, absorver, cheirar não tem preposição. Ele ainda não conseguiu ASPIRAR O pó dos livros. Quem aspira, ASPIRA ALGUMA COISA (o pó dos livros) . VTD

     

     d) O cliente chamou o garçom em voz alta. CORRETO - Quem chama, CHAMA ALGUÉM (o garçom). VTD

     

     e) Eu prefiro mais teatro do que cinema. ERRADO - Quem prefere, PREFERE ALGUMA COISA A OUTRA. Eu prefiro teatro A cinema.

     


ID
2191597
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Tendo em vista a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

     

    Parece imbuído para sua responsabilidade.

    O adjetivo imbuído rege a preposição de;

     

     

  • Imbuído = convencido

     

    Complementando, pode reger além da preposição "de", "em".

  • Daqui a alguns anos, teremos que estudar o dicionário todo. É cada palavra.

  •  Imbuído - adjetivo   =  mergulhado ou penetrado, compenetrado, convicto, sugestionado, convencido, 

     

    [Figurado] Que se deixa persuadir com facilidade;

     

    Eles estavam imbuídos   (mergulhados / penetrados)   DE / EM   preconceitos.

     

     

    REGÊNCIA NOMINAL   

     

    Substantivos

    Admiração a, por    

    Devoção a, para, com, por    São Jorge

    Medo de 

    Aversão a, para, por 

    Doutor em

    Obediência a

    Atentado a, contra

    Dúvida acerca de, em, sobre

    Ojeriza a, por

    Bacharel em

    Horror a

    Proeminência sobre

    Capacidade de, para

    Impaciência com

    Respeito a, com, para com, por    religiões

     

    Adjetivos

    Acessível a

    Entendido em

    Necessário a

    Acostumado a, com

    Equivalente a

    Nocivo a

    Agradável a

    Escasso de    recursos hídricos

    Paralelo a    isso

    Alheio a, de 

    Essencial a, para

    Passível de

    Análogo a

    Fácil de

    Preferível a

    Ansioso de, para, por

    Fanático por

    Prejudicial a

    Apto a, para

    Favorável a

    Prestes a

    Ávido de

    Generoso com

    Propício a

    Benéfico a

    Grato a, por

    Próximo a

    Capaz de, para

    Hábil em

    Relacionado com

    Compatível com

    Habituado a

    Relativo a

    Contemporâneo a, de

    Idêntico a

    Satisfeito com, de, em, por

    Contíguo a

    Impróprio para

    Semelhante a

    Contrário a

    Indeciso em

    Sensível a

    Descontente com

    Insensível a

    Sito em

    Desejoso de     venecer!

    Liberal com

    Suspeito de      praticar

    Diferente de

    Natural de

    Vazio de

     

    Advérbios

    Longe de

    Perto de

     

     

     

  •  

    REGÊNCIA NOMINAL  

     

    Substantivos

    Admiração a, por   

    Devoção a, para, com, por  São Jorge

    Medo de 

    Aversão a, para, por 

    Doutor em

    Obediência a

    Atentado a, contra

    Dúvida acerca de, em, sobre

    Ojeriza a, por

    Bacharel em

    Horror a

    Proeminência sobre

    Capacidade de, para

    Impaciência com

    Respeito a, com, para com, por  religiões

     

    Adjetivos

    Acessível a

    Entendido em

    Necessário a

    Acostumado a, com

    Equivalente a

    Nocivo a

    Agradável a

    Escasso de  recursos hídricos

    Paralelo a  isso

    Alheio a, de 

    Essencial a, para

    Passível de

    Análogo a

    Fácil de

    Preferível a

    Ansioso de, para, por

    Fanático por

    Prejudicial a

    Apto a, para

    Favorável a

    Prestes a

    Ávido de

    Generoso com

    Propício a

    Benéfico a

    Grato a, por

    Próximo a

    Capaz de, para

    Hábil em

    Relacionado com

    Compatível com

    Habituado a

    Relativo a

    Contemporâneo a, de

    Idêntico a

    Satisfeito com, de, em, por

    Contíguo a

    Impróprio para

    Semelhante a

    Contrário a

    Indeciso em

    Sensível a

    Descontente com

    Insensível a

    Sito em

    Desejoso de   venecer!

    Liberal com

    Suspeito de   praticar

    Diferente de

    Natural de

    Vazio de

     

    Advérbios

    Longe de

    Perto de

     


ID
2191600
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Considerando a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa em que o uso da vírgula tem a função de marcar a intercalação de uma conjunção.

Alternativas
Comentários
  • As conjunção devem vir no início das orações, quando são deslocadas devem vir intercalada por vírgulas. No casa da questão temos uma CONJUNÇÃO COORDENATIVA CONCLUSIVA.

     

    GAB: C

  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

    Por exemplo:

    Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.


ID
2191603
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica a seguir para responder a questão.


    Certas palavras têm significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. 

    Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

 - Os hermeneutas estão chegando! 

    - Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

    Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter sentido oculto. 

    - Alô...

    - O que é que você quer dizer com isso?

    Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

    - Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

    Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.

    Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.

    A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

    - Defenestras?

    A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.

    Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

    Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais?

    “Nestes termos, pede defenestração...”. Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-lo usado uma ou outra vez, como em:

    - Aquele é um defenestrado.

    Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata.

    Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

    Ato de atirar alguém ou algo pela janela!

    Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

    [...]

    - Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.

    Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

    - É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...

    - Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando-se da janela.

    Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

    [...]

    Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

    - Fui defenestrado...

    Alguém comenta:

    - Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

    Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Para gostar de ler – v.14. 3 Ed. São Paulo: Ática, 1995, p.82

Conforme a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto ao uso ou ausência da crase.

Alternativas
Comentários
  • Não vai crase ANTES DE VERBOS

    gaba A

  • Gabarito Letra A

     

    a) Correta. Não vai crase antes de verbo;

     

    b) Incorreta. Nas locuções adverbiais femininas ocorre crase. ex: à noite, às pressas e à procura;

     

    c) Incorreta. Não ocorre crase antes de pronome em geral.;

     

    d) Incorreta. A crase ocorrerá obrigatoriamente, mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita;

     

    e) Incorreta. Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase em hipótes alguma: tais pronomes são incompatíves com o artigo a.

     

  • Correta : A

    Pois não se usa crase antes de verbo.

  • GABARITO: LETRA  A

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
2191606
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

De acordo com alguns pesquisadores o El Niño 2015/2016 pode ter contribuído para elevar o nível do sistema Cantareira. Porém, depois de perder força a partir do outono de 2016, o fenômeno que entra em cena é o La Niña, que tenderá a causar mais chuvas no Norte e menos chuvas no Sul do Brasil. Com a ausência de chuva nos meses mais quentes, o ciclo vicioso que atingiu a Grande São Paulo nos últimos anos, região que historicamente vive o chamado estresse hídrico, onde existe muita demanda para pouca oferta de água, pode voltar a se agravar.

Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/04/1761623-sistemacantareira-tem-abril-com-menos-chuvas-em-16-anos.shtml <Acesso: 10/04/2016>

Na linha do exposto acima, sobre os fenômenos El Niño e La Niña pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Estranho o gabarito ser a letra C, Visto que o El ñino provoca aquecimento anormal das águas do oceano pacífico tropical já o la Niña provoca resfriamento das águas do oceano pacífico e Lá niña provoca quedas de temperatura na Europa e América do Norte.


ID
2191609
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Livro sobre Cubismo é abrangente, mas lembra a Wikipedia – [...] “O Cubismo, Uma Revolução Estética”, de Serge Fauchereau, aborda o movimento de maneira abrangente, mas tão generalista que acaba se tornando uma obra superficial. Capítulos curtos, que lembram verbetes da Wikipédia, sucedem-se em questões essenciais como a polaridade entre o real e o abstrato, a influência da arte “negra” (as aspas são do autor) ou o mundo urbanizado.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/04/1761354-livro-sobrecubismo-e-abrangente-mas-lembra-a-wikipedia.shtml <Acesso em 16/04/2016>

Como representante fundamental do Cubismo, pode-se destacar:

Alternativas

ID
2191612
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Com quatro mulheres, ONU tem eleição para secretáriogeral inédita – [...] Liderada por oito homens em 71 anos, a ONU realiza neste ano uma inédita campanha “às claras” – e com boa chance de eleger sua primeira líder [...]. Até aqui, o processo foi a portas fechadas, no que críticos chamavam de “panelinha” entre os membros permanentes no Conselho de Segurança. “Na prática, os 193 membros da Assembleia Geral apenas carimbavam uma decisão tomada pelos membros do Conselho em segredo. Às vezes nem sabíamos quem eram os candidatos” diz à Folha Yvonne Terlingen, ex-representante da Anistia Internacional da ONU. “E quem estava na disputa frequentemente era forçado a fechar acordos de bastidores com esses membros permanentes, prometendo cargos em troca de votos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/04/1761162-com-quatromulheres-onu-tem-eleicao-para-secretario-geral-inedita.shtml <Acesso em 15/04/2016>

São membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU:

Alternativas

ID
2191615
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Uma série de terremotos registrados no sudoeste do Japão em abril fez ao menos 41 mortos, enquanto as autoridades temem novos deslizamentos e um número maior de vítimas em razão das dezenas de pessoas que seguem soterradas. A região de Kumamoto, na ilha de Kyushu, foi atingida nas últimas 48 horas por uma série de terremotos e réplicas que provocaram uma gigantesca avalanche de lama e pedras que soterrou casas e cortou uma autoestrada. Cerca de mil pessoas ficaram feridas, 184 delas com gravidade, segundo as autoridades locais.

Adaptado: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/numero-de-mortos-passa-de- 40-apos-serie-de-terremotos-no-japao.html <Acesso em 16/04/2016>

Pode-se destacar como um dos motivos pelos quais o Japão sofre, a cada ano, mais de 20% dos terremotos mais fortes registrados no planeta, o fato de:

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    O arquipélago do Japão está localizado entre as placas Eurasiana, das Filipinas e do Pacífico.

    Fonte: PENSARGEO


ID
2191618
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Diametralmente oposta às bancadas da bíblia, boi e bala, está a dos direitos humanos. Apesar do reduzido número de deputados que militam diariamente no combate da opressão às mulheres, à população LGBT, aos índios e populações tradicionais, do racismo e da violência estatal, a mobilização de setores da sociedade e da militância de causas específicas rendeu a esses deputados algumas vitórias parciais importantes ao longo dos últimos anos, mesmo com somente 23 parlamentares no seu núcleo duro. A própria PEC 215, por exemplo, obsessão ruralista desde que foi proposta, no ano 2000, somente no ano passado conseguiu avançar até estar pronta para a votação em plenário.
Adaptado: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/biblia-boi-e-bala-um-raio-xdas-bancadas-da-camara<Acesso em 10/04/2016)
Sobre a PEC 215, pode-se afirmar que tal documento:

Alternativas
Comentários
  • Resposta C.

    PEC 215 é aprovada em comissão da Câmara.

    A proposta que retira do Executivo a exclusividade de demarcar terras indígenas avança no Congresso sob protesto dos povos tradicionais.

    A Comissão Especial da Demarcação de Terras Indígenas aprovou nesta terça-feira 27, por 21 a zero, o substitutivo que o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, que transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas. O texto é encarado pelos diversos povos tradicionais brasileiros e ativistas como uma ameaça aos direitos indígenas.

    O que é a PEC 215?

    A PEC 215 é uma proposta elaborada na Câmara que propõe alterar a Constituição para transferir ao Congresso a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação no Brasil. Atualmente, somente o Poder Executivo, munido de seus órgãos técnicos, pode decidir sobre essas demarcações.

    Além disso, o substitutivo de Osmar Serraglio (PMDB-PR), aprovado nesta terça-feira 27, também proíbe as ampliações de terras indígenas já demarcadas.

    Dizem que a PEC 215 beneficia ruralistas. É verdade?

    Sim, principalmente por conta de dois dispositivos previstos no texto. O primeiro é o que passa a prever indenização dos proprietários de terras nas áreas demarcadas em todos os casos. Atualmente, há apenas a indenização  das benfeitorias realizadas a partir da ocupação de boa fé do terreno, mas o pagamento pela terra não está previsto em lei.

    Fonte: https://www.cartacapital.com.br/politica/pec-215-e-aprovada-em-comissao-da-camara-quais-os-proximos-passos-6520.html

  • Deus abençoe o Brasil!!! gab a


ID
2191621
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

[...] No último dia 7 de março, Alckmin declarou que a crise hídrica havia terminado. “Não aprendemos nada. Crise não começa nem termina por decreto”, afirma o geógrafo Wagner Costa Ribeiro, professor titular do Departamento de Geografia da USP. Para o estudioso, a crise hídrica vai continuar à espreita dos moradores enquanto não houver mudanças estruturais na forma de gestão da água – tanto por parte do governo quanto por parte da população, que precisa mudar sua cultura de desperdiçar muito. [...]

Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/03/1752349-semmudancas-profundas-risco-de-faltar-agua-em-sp-nao-acaba-tao-cedo.shtml <Acesso em: 10/04/2016>

Para além das ações mais imediatas, alguns estudiosos têm apontado medidas que, no médio e longo prazo, configuram-se como uma saída segura para enfrentar a crise hídrica. Trata-se do(a):

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab a


ID
2191624
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História

O número de camponeses assassinados por conta de conflitos no campo em 2015 foi o maior em 12 anos. Segundo relatório divulgado no início de abril pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, foram 50 mortes violentas – 39% a mais que em 2014, quando foram 36 vítimas. Desde 1995, são 759 mortes registradas no país por conta de conflitos. Segundo o relatório, 80% dos assassinatos ocorreram na região Norte: [...] "Grande parte dos conflitos em 2015, tanto no Pará quanto em Rondônia, aconteceram em áreas cujos Contratos de Alienação de Terras Públicas, os CATPs, foram anulados por não cumprimento das cláusulas contratuais e que não foram devidamente executados, ou que já deviam ter sido anulados. Áreas estas que pela legislação deviam ter sido destinadas à Reforma Agrária, mas que acabam nas mãos de grileiros", aponta.

Adaptado: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimasnoticias/2016/04/15/numero-de-mortes-no-campo-e-o-maior-desde-2003- aponta-relatorio.htm <Acesso: 10/04/2016>

Faz parte do quadro acima esboçado, um massacre que completou 20 anos no mês de abril. Trata-se do(a):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A

    a) Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará.

  • Em 17 de abril de 1996, no município de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, ocorreu o Massacre de Eldorado do Carajás, quando dezenove sem-terra foram assassinados, centenas foram feridos e 69 ficaram mutilados numa ação da polícia do estado do Pará.

    O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra iniciaram uma marcha rumo a Belém/PA, em protesto que pedia rapidez na reforma agrária.

    Resposta: A


ID
2191627
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sim, o projeto pedagógico vigente no Brasil é todo ancorado em valores familistas e reprodutores, que enxergam a mulher não enquanto sujeito, mas como máquina de fazer filhos. Assim, alimenta-se que toda mulher está disponível, sendo seu corpo um espaço público.

Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/medio/o-assedio-e-a-violenciade-genero/

Apesar das conquistas do ponto de vista legal, como a promulgação da Lei Maria da Penha, a violência e preconceito de gênero ainda persistem no Brasil, pois, como sugerido acima, o sexismo é reproduzido pelo sistema educacional brasileiro. Dessa forma, uma mudança efetiva só estará sinalizada se:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA: B = A erradicação do preconceito e violência de gênero passar a fazer parte da grade curricular da educação brasileira.


  • Qual erro da D? Pra mim essa questão tem 2 gabaritos: b e d.

  • Alisson, acredito que o erro seja destacar as consequências jurídicas e punitivas. O ideal seria prevenir, não reprimir. Se não tivesse a B, também marcaria a D.


ID
2191630
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Vacina contra dengue inicia última fase de testes – Estudo vai aplicar imunização em 17 mil voluntários de todo o Brasil. Órgão espera que produto esteja disponível para registro em 2018.

Qual é o órgão responsável pelo desenvolvimento da vacina contra dengue?

Alternativas
Comentários
  • A vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan inicia, nesta segunda-feira (22), a fase 3 de testes clínicos. Esta é a última etapa antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa para registro.

     

    http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/vacina-contra-dengue-do-butantan-inicia-ultima-fase-de-testes.html

     

    GAB. E


ID
2191633
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Obtido após longas noites de negociações, o acordo assinado ao final da 21ª Conferência Mundial sobre o Clima (COP-21), realizada no final de 2015, foi saudado como histórico, mas ainda precisa ser colocado em prática. Em vinte anos de negociações climáticas multilaterais, foram raras as ocasiões para se comemorar um verdadeiro engajamento da comunidade internacional frente à ameaça bem verdadeira que esse fenômeno representa.

Adaptado: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/lemonde/2015/12/29/cop21-um-sucesso-ainda-a-ser-confirmado.htm <Acesso em: 08/04/2016>

Pode-se afirmar que o fenômeno que norteou a COP 21 foi o(a):

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab d


ID
2191636
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Cerca de 60% da população nasceu depois de 1976, segundo dados do último censo. Portanto, não possui uma memória direta do golpe que, no dia 24 de março daquele ano, derrubou a presidente Isabelita Perón (que havia sido vice-presidente do general Juan Domingo Perón, morto em 1974) e inaugurou uma ditadura comandada por juntas que incluíam membros das três Forças Armadas.

O país referido acima, cujo golpe ditatorial completou 40 anos, é o(a):

Alternativas
Comentários
  • CORRETA: "B": ARGENTINA.

     

    FONTE: http://temas.folha.uol.com.br/40-anos-do-golpe-militar-na-argentina/24-de-marco-de-1976/ditadura-deixou-como-legado-o-consenso-sobre-democracia.shtml

     

     

  • LETRA B

    Ditadura na Argentina começou com um golpe de Estado dado por militares que assumiram o poder do país. Durante sua vigência, foi um dos governos mais autoritários da América Latina no século XX. Na segunda metade do século XX surgiram vários governos ditatoriais na América Latina. Essas formas de governo normalmente eram comandadas por militares que assumiam o controle do país, geralmente através de golpes de Estado. A conjuntura da época no mundo era de Guerra Fria, então esses defensores da extrema direita governavam com o discurso de combater os males do comunismo em seus respectivos países. A Argentina passou por situação semelhante a do Brasil em relação a existência de um governo militar ditatorial. A Ditadura na Argentina teve início com um golpe militar no ano de 1966. O presidente Arturo Illia, que exercia o cargo legalmente dentro da constituição, foi deposto no dia 28 de junho daquele ano e a partir de então se sucedeu uma série de governos de militares até 1973. Embora o tempo de vigência da Ditadura na Argentina tenha sido de apenas sete anos, bem menos do que os 21 anos de ditadura militar no Brasil, foi tempo suficiente para as várias atrocidades cometidas pelos governantes autoritários.

    Os promovedores da Ditadura na Argentina, em semelhança ao Brasil, a determinavam como Revolução Argentina. Logo após a tomada de poder, entrou em vigor no país o Estatuto da Revolução Argentina que legalizou as atividades dos militares. O intuito dos golpistas era de permanecerem no poder por tempo indeterminado, enquanto fosse necessário para sanar todos os problemas argentinos. A nova ‘constituição’ proibia a atividade dos partidos políticos e cancelava quase todos os direitos civis, sociais e políticos por conta de um quase constante Estado de Sítio. Era a derrocada da cidadania.

    O período da Ditadura Militar na Argentina foi cruel e sangrento, a estimativa é de que aproximadamente 30 mil argentinos foram seqüestrados pelos militares. Os opositores que conseguiam se salvar fugiam do país, o que representa aproximadamente 2,5 milhões de argentinos. Os militares alegam que mataram “apenas” oito mil civis, sendo que métodos tenebrosos de torturas e assassinatos foram utilizados pelos representantes do poder. O governo autoritário deixou marcas na Argentina mesmo após a ditadura, com a democracia poucos presidentes conseguiram concluir seus mandatos por causa da grande instabilidade econômica e social.

     

    http://www.infoescola.com/historia/ditadura-na-argentina/

     


ID
2191639
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Enquanto os casos de infecção pelos vírus da zika e da dengue ainda preocupam as autoridades sanitárias, outra doença chama a atenção de médicos e especialistas pela precocidade com que começou a ocorrer neste ano. Desde o começo de janeiro, os casos dessa doença associados à gripe A (H1N1) vêm se acumulando no país. O vírus se disseminou pelo mundo em 2009, causando uma pandemia mundial chamada, na época, de gripe suína. Até o ano seguinte, 19 mil pessoas morreram segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Desde então, ele circula no Brasil, assim como outras cepas que causam a gripe.

Adaptado: http://temas.folha.uol.com.br/h1n1/o-virus/brasil-ja-registra-102- mortes-por-h1n1.shtml?cmpid=assinante-uol <Acesso em: 10/04/2016>

Essa doença que está associada à gripe A, e que pode provocar a morte, é de notificação obrigatória. Trata-se da:

Alternativas
Comentários
  • SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA SEVERA.

     

    Sinônimos: SRAS; Síndrome Respiratória Aguda Grave; SARS. Também conhecida como pneumonia asiática.

     

    O que é?

    É uma doença respiratória viral grave que ocorreu pela primeira vez em Guangdong, na China. Foram relatados outros casos também em outros locais da Ásia, além da América do Norte e Europa. Os casos relatados fora da Ásia ocorreram em indivíduos que tinham viajado para lá ou entre pessoas que tiveram contato com estes (familiares ou profissionais de saúde que atenderam estes doentes). As áreas de maior risco incluem China, Hanoi, Taiwan, Vietnam, Cingapura e Canadá.

    Geralmente, a doença inicia com febre acima de 38°C e com outros sintomas parecidos com uma gripe. Após poucos dias, pode evoluir para uma insuficiência respiratória (respiração muito prejudicada).

    Qual a causa da doença?

    A doença é causada por um novo coronavírus chamado de Sars-CoV. Pesquisadores seguem investigando este novo vírus.

     

    LETRA A

     

    https://www.abcdasaude.com.br/pneumologia/pneumonia-asiatica-ou-sindrome-respiratoria-aguda-grave


ID
2191642
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Morto em fevereiro de 2016, Umberto Eco deixou um grande legado em estudos relacionados à comunicação, literatura e filosofia da arte. Crítico, linguista e romancista, foi autor de diversas obras, dentre as quais pode-se destacar:

Alternativas
Comentários
  • O Nome da Rosa

     

    O Pêndulo de Foucault

     

    A Ilha do Dia Anterior

     

     

    História da Beleza

     

    http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/02/veja-principais-obras-de-umberto-eco.html

  • Legal


ID
2191645
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Uma coalizão internacional de jornalistas publicou, em abril de 2016, reportagens sobre transações financeiras de políticos, empresários e celebridades envolvendo empresas offshore. As reportagens mencionam negócios envolvendo o ex-ditador do Egito Hosni Mubarak e do atual presidente russo, Vladimir Putin. A investigação tem como base mais de 11 milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, que citam até a empresa brasileira Odebrecht.

Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/04/1757135-dadosvazados-ligam-lideres-a-suspeitas-de-fraudes-fiscais.shtml <Acesso: 10/04/2016>

Um político brasileiro suspeito de ter recebido depósitos em contas fora do país em nome de offshore é o:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA C

     

    07/10/2015 21h35 - Atualizado em 07/10/2015 21h42

    Extratos mostram que Eduardo Cunha usou 'offshore' na Suíça

    Informação foi publicada pelo jornal 'O Globo' e confirmada pela TV Globo.
    MP suíço investiga presidente da Câmara por lavagem de dinheiro.

     

    Extratos bancários enviados pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria Geral da República apontam que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), utilizou empresas "offshore" para movimentar supostas contas bancárias no país europeu. Cunha é investigado na Suíça por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

    Empresa offshore é aquela situada no exterior, sujeita a regime legal e tributário diferentes do país de origem. Atualmente, a expressão é aplicada mais especificamente a sociedades constituídas em "paraísos fiscais", com impostos reduzidos ou até mesmo isenção de impostos.

     

    http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/10/extratos-mostram-que-eduardo-cunha-usou-offshore-na-suica.html

     

  • A letra D foi cortada de primeira, o resto foi por eliminação.

    .

    #paz

  • Bolsonaro 2018 !


ID
2191648
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Pelo menos 77 pessoas morreram e 588 ficaram feridas após um forte terremoto de magnitude 7,8 causar grandes danos a várias cidades do país na noite de sábado (16/04/2016). O vice-presidente Jorge Glas, informou que o governo decretou estado de exceção em todo o país “para garantir a ordem pública”. [...] O epicentro do terremoto foi próximo à costa do país, a 173 quilômetros da capital Quito, em uma região próxima à cidade de Muisne. Ele ocorreu a uma profundidade de apenas 19 km, o que pode gerar efeitos ainda mais violentos na superfície.

O trecho acima trata do terremoto ocorrido no:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

     

    Terremoto de magnitude 7,8 no Equador deixa 77 mortos e 588 feridos

     

    Um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter foi registrado na costa do Equador, em uma região próxima à cidade de Muisne, no noroeste do país, neste sábado (16). O governo reporta que há 77 mortos e 588 feridos por causa do tremor e decretou estado de emergência em seis províncias.

    O terremoto, o mais forte ocorrido no país desde 1979, foi registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla original).

    A presidência do Equador informou na sua conta do Twitter que o governo disponibilizou 3 mil cestas básicas, 7,6 mil colchões e cobertores, 10 mil garrafas de água às famílias afetadas.

    Segundo o vice-presidente, Jorge Glas, há 241 médicos e paramédicos membros da Cruz Vermelha trabalhando no atendimento às vítimas. "Estamos organizando os esforços de resgate em lugares diferentes por causa da emergência. É importante manter a calma neste momento. Força, nos levantaremos desta", disse Glass, em entrevista coletiva de imprensa concedida por volta das 8h do horário de Brasília e 6h do horário local.

    Glas também afirmou que 4.600 policiais e 10 mil membros das forças armadas foram mobilizados e US$ 300 milhões (mais de um R$ 1 bilhão) foram destinados para a emergência.

    O governo equatoriano decretou estado de emergência "para manter a ordem" nas províncias de Esmeraldas, Lor Ríos, Manabí, Santa Elena, Guayas e Santo Domingo.

    O Centro de Alerta de Tsunamis Pacífico afirma que grande parte da possibilidade de tsunamis em um raio de 300 quilômetros do epicentro já passou.

    A Reuters afirma que partes da capital Quito, a 173 quilômetros da região atingida, ficaram sem energia elétrica por alguns momentos.

    O presidente do Equador, Rafael Correa, publicou em sua conta no Twitter que as autoridades estão avaliando os danos. Ele está em visita a Roma, na Itália, mas retorna neste domingo (17) ao país.

    Correa avisa que não há evidências de tsunamis, mas recomenda manter distância de áreas costeiras.

    De acordo com o jornal equatoriano "El universo", o tremor foi sentido por cerca de 50 segundos.

     

    Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/costa-do-equador-e-atingida-por-terremoto-de-magnitude-78.html

     

  • Quito é a Capital do Equador. Atenção aos detalhes da questão. Vi que boa parte, assim como eu, errou.


ID
2191651
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O número de adultos que sofrem de diabetes quadruplicou desde 1980, e o problema afeta 422 milhões de pessoas no planeta, [...]. “A diabetes progride. Não é mais uma doença que predomina nos países ricos. Ela aumenta sem parar em todas as partes, de forma mais pronunciada nos países com renda intermediária”, destaca a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, na introdução do primeiro relatório global sobre a enfermidade crônica. Em escala mundial, a OMS calcula que 422 milhões de adultos tinham diabetes em 2014, contra 108 milhões em 1980. A doença afeta 8,5% dos adultos, o que significa duas vezes mais que em 1980, [...].

Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/04/1758028-numero-dediabeticos-no-mundo-quadruplicou-desde-1980.shtml <Acesso: 10/04/2016>

Pode-se afirmar que o aumento do número de adultos com diabetes referido acima, deve-se a alguns fatores de risco, tais como:

Alternativas

ID
2191654
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura

Os 60 anos do livro de Guimarães Rosa vêm a propósito para apreciarmos seu trunfo máximo: o foco narrativo, manipulado pelo narrador Riobaldo [...]

Nesse romance tudo decorre da escolha do foco narrativo, que acaba sendo seu alicerce e seu fundamento. Quem conta a história que lemos? É Riobaldo, que fala em primeira pessoa. E de quem é a história que ele conta? É a dele mesmo. Portanto, Riobaldo se apodera de dois pontos de vista: o do narrador e o do protagonista. Dessa alternância resulta todo o volumoso romance.

Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/ <Acesso: 08/04/2016)

O exposto acima diz respeito a qual livro de Guimarães Rosa?

Alternativas
Comentários
  • Grande Sertão: Veredas” é um romance modernista escrito pelo autor João Guimarães Rosa, o livro é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira, foi publicado em 1956. GABARITO: LETRA A.


ID
2191657
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Durante os anos 70, a profundidade intelectual de seu trabalho, sua particular voz e a originalidade que impressionava todos seus projetos o transformou em um dos professores do glam rock. Ele também construiu uma carreira de ator com o papel de um alienígena em busca de ajuda para seu planeta em "O homem que caiu na terra" (1976), de Nicolas Roeg. [...] Provocador, enigmático e inovador, o cantor britânico construiu uma das corridas mais veneradas e imitadas da caprichosa indústria do espetáculo, que lhe colocou no pedestal das lendas da música.

O trecho acima se refere ao cantor britânico morto em janeiro de 2016, identificado na alternativa:

Alternativas

ID
2191660
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em março de 2016, completaram-se 102 anos do nascimento de uma escritora brasileira de grande importância para a nossa literatura, mas que ainda nos dias de hoje, permanece desconhecida para muita gente. Foi numa comunidade rural em Sacramento, Minas Gerais, que ela nasceu. Mas foi numa favela em São Paulo que ela se tornou escritora – e produziu a obra pela qual seria conhecida até hoje. Catadora de lixo e moradora da favela do Canindé, em São Paulo, na segunda metade da década de 50, ela usava os cadernos que encontrava no lixo para escrever sobre seu cotidiano e pensamentos.

Baseando-se no excerto acima, assinale a alternativa correta quanto ao nome da escritora e o título de uma de suas obras.

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab b


ID
2191663
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

"Eu precisava de um emprego", contou Tatsuta, 51, sobre a decisão que tomou em 2012 de aceitar o trabalho no local de um dos piores acidentes nucleares do mundo. Suas tarefas incluíam soldar canos de água rompidos e inspecionar robôs com controle remoto que vigiam os pontos mais radioativos. [...] Cinco anos depois de um poderoso terremoto e um tsunami que causaram a fusão de três reatores na usina, esse objetivo é o foco de um enorme esforço ao mesmo tempo precário e rotineiro.

O exposto acima faz menção ao(à):

Alternativas
Comentários
  • Através do nome  Tatsuta é possível deduzir que a questão refere-se ao JAPÃO.

    Logo a letra A é o gabarito, pois Fukushima é uma Província do desse País.

  • ALTERNATIVA A

     

    Entenda o acidente nuclear em Fukushima, no Japão

     

    Após ter parte de seu território devastado por um terremoto seguido de tsunami, japoneses enfrentam vazamento de radiação em usina nuclear afetada. Acidente, porém, não é comparável à maior tragédia nuclear da história.

     

    O terremoto de 8,9 graus na escala Richter e o tsunami que abalaram o Japão na madrugada do último dia 11 de março (horário de Brasília) provocaram danos na usina nuclear de Fukushima, localizada na região nordeste da ilha. Vazamentos radioativos foram registrados e um iminente desastre nuclear mobilizou a comunidade internacional. 

    No momento do terremoto, 11 usinas localizadas na região entraram em processo de desligamento. Como parte do procedimento, os reatores precisam ser resfriados, uma vez que a fissão nuclear permanece ocorrendo mesmo após a interrupção na geração da energia. Cerca de uma hora depois do tremor, a usina de Fukushima foi atingida pelo tsunami. O sistema de resfriamento foi avariado e os técnicos japoneses passaram a adotaram medidas alternativas, como a injeção de água do mar nos reatores. Mesmo assim, três explosões se sucederam, a última delas na manhã da segunda-feira (14). 

    Segundo informações do governo japonês, houve vazamento radioativo, mas os reatores estão preservados. Os níveis de radiação no entorno da usina superaram em oito vezes o limite de segurança, forçando a evacuação da população em um raio de 20 km ao redor da usina (Saiba quais os efeitos da radiação sobre o corpo humano).

     

    CONTINUA EM: https://novaescola.org.br/conteudo/261/entenda-o-acidente-nuclear-em-fukushima-no-japao

     

     


ID
2191666
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A soma de um número com sua terça parte é igual à metade desse número acrescida de 30. Qual é esse número?

Alternativas
Comentários
  • x + x/3 = x/2 + 30

    x + x/3 - x/2 = 30

    x + 2x/6 - 3x/6 = 30

    x - x/6 = 30

    6x/6 - x/6 = 30

    5x/6 = 30

    5x = 30 . 6

    5x = 180

    x = 180/5

    x = 36

  • 6x + 2x  = 3x  +  180 
    6      6       6         6
    6x+2x=3x+180
    8x-3x= 180
    5x=180
    x= 180
           5
    x=36

  • x + x/3 = x/2 + 30 

     

    6x + 2x - 3x 

    __________ = 30

            6

     

    5x = 30 . 6

    x = 30 . 6 / 5

    x = 36 


ID
2191669
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para cercar um terreno retangular de 50 m de comprimento, será feita uma porteira de madeira de 3 m de extensão e uma cerca com 5 fios de arame. Se a medida da largura desse terreno é igual a dois quintos do comprimento, então o número de metros de arame necessário será:

Alternativas
Comentários
  • terreno tem 50m e seu comprimento é 2/5

    50*2/5 = 100/5=20 .....20m de largura

    como é retangular, e tem 2 lado cada....logo: 50*2=100 +20*2=40 .....140 total menos 3 m da porteiro que não é de arame

    137*5fios =685m de fios de arame. 

     

  • Largura = 2/5 do comprimento -> 2/5 de 50m = 20m

    O perímetro é 140m - 3m da porteira de madeira = 137m.

    5 fios de arame x 137m = 685m de arame.

  • Comprimento 2*50= 100m logo 100*5=500m de fio arame

    Largura 2*20-3= 37m  logo 37*5= 185 de fio arame

    Assim, 500+185= 685m de fio arame foram utilizados

    valeu!!!!


ID
2191672
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma pessoa entrou em uma loja de artigos de iluminação e escolheu uma luminária, um ventilador de teto e um lustre. O preço das três peças juntas era R$ 1.000,00, mas o ventilador de teto custava R$ 150,00 mais caro do que o preço da luminária, e R$ 100,00 mais barato do que o preço do lustre. Se essa pessoa decidir comprar apenas a luminária e o ventilador de teto, então o valor a ser pago será de:

Alternativas

ID
2191675
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um animador de festas pediu a atenção dos participantes e proclamou: – Pensei em um número. Multipliquei esse número por 5 e depois subtraí 65 do produto. O valor obtido é o mesmo que somar 81 ao triplo do número que eu tinha pensado no início. O número que eu pensei é um número que está entre

Alternativas
Comentários
  • x*5 - 65 =  81 + 3*x

    5x-3x = 81+65

    2x= 146

    x= 146/2

    x=73 

    alternativa C


ID
2191678
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual o preço P de uma mercadoria, sabendo que, se houvesse um aumento de 30%, ela custaria R$ 100,00 a mais do que o preço que ela teria se houvesse uma redução de 20% de seu preço P?

Alternativas
Comentários
  • Solução:

    P+30% de P= P-20% de P+100

    1,3 P = 0,8P+100

    0,5P=100

    P= 100/0,5=200

  • da onde veio esse 8 carlos??

     

  • Jessica, 8 é por causa que uma redução de 20% é a mesma coisa que multiplicar por 0,8.

  • Eu acho bem mais simples:

    Valor inicial = 100%  Aumento de 30% = 130%  Reduçao de 20% = 80% , Logo Rreduçao - auemnto =  130 - 80 = 50%

    Ou seja  50% = 100,00   logo 100% = 200 (se preferir pode fazer regra de tres.

     


ID
2191681
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Paulo gasta 20% de seu salário com combustível, 30% com alimentação, 15% com vestuário e 20% com impostos, restando-lhe ainda R$ 200,00. Qual é o salário de Paulo?

Alternativas
Comentários
  • 20 + 30 + 15 + 20 = 85%

    100-85=15%

    100----------- x

    15------------200

    x=100*200/15

    1.333,33                Resposta A


ID
2191684
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sabendo que x + y = 12 e x – y = 8, quanto vale x2 – y2?

Alternativas
Comentários
  • x + y = 12 
    x - y = 8 (multipliquei por -1) 
    ------------------------------------------
    x + y = 12
    -x + y = -8  (SOMA as duas)

    2y = 4 
    y = 2

     

    basta substituir x+y = 12 
    x = 10

     

    10² - 2² 
    100 - 4 = 96 

  • X+Y=12

    -

    X-Y=8 

    2Y=4 (O X foi anulado ao subtrair)

    Y=2

    BASTA ESCOLHER UMA DAS DUAS PARA SUBSTITUIR O VALOR E ENCONTRAR O X.

    X-Y=8 

    X-2=8 

    X=10

    x2 – y2

    10² - 2² 
    100 - 4 = 96 

    ALTERNATIVA E

     

     

  • Diferença de quadrados de dois termos: 

    x^2 - y^2 = (x+y).(x-y) 

    Então será: 12 x 8 = 96 

     

    Alternativa E


ID
2191687
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Num livro de 270 páginas, há 40 linhas em cada página. Se houvesse 30 linhas, qual seria o número de páginas desse livro?

Alternativas
Comentários
  • Regra de três com as grandezas Inversamente proporcionais, pois diminuindo o número de linhas maior será o número de páginas.

     

    Paginas                  linhas

    270          x               40

    x              x              30

     

    30x = 270x40

    x= 360

  • Como assim diminuindo o número de linhas mais páginas? Não seria o contrário? Quanto mais linhas eu tenho, mais páginas eu precisarei.

  • @Lucas PRF

    Porque se eu tiver 40 linhas em uma página estarei economizando páginas.

    40 linhas e 270 paginas

    Agora se eu diminuir as linhas para 30 e obter o mesmo numero de letras eu vou ter que usar mais páginas

    30 linhas 360 páginas.

    Espero que tenha entendido!!

  • 270 pág x 40 =1080     1080:30=360 páginas

  • LETRA C

    270 x 40 = 10.800

                    10.800 : 30 = 360 páginas

     

    DEUS É FIEL!

  • Pág --- L ---> Inversamente proporcional. - Menos linhas = + Mais páginas!

    270 --- 40

    X ----- 30


    270 --- 30 ---> Multiplica cruzado! ---> 270 x 40 = 10.800. ---> 30.X = 30X

    X ------- 40



    30X = 10.800

    X = 10.800

    -----> 30

    X = 360 Páginas


    Alternativa "C"


ID
2191690
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual o valor da expressão ax + ay + bx + by em que a + b = 15 e x+ y =6

Alternativas
Comentários
  • (a+b)*(x+y) = 15*6 = 90

  • ax + ay + bx + by= 

    decompondo:

    a(x+y) +b(x+y)=

    sabemos que x+y=6, portanto:

    6a+6b=

    e que a+b=15

    basta agora 15.6=90

     

  • Decompondo essa expressão fica que : ax + ay + bx + by= a(x+y) b(x+y), de acordo com a questão a + b = 15 e x+ y =6 podemos terminar essa expressão com as seguintes expressões (a+b) (x+y) ficando assim 

                                                                        (15)   (6) aplicando a multiplicação o resultado final é 90 ja que 15.6= 90

                

  • ax + ay + bx + by

    a questão informa que a + b = 15 e y + x = 6

    Como eu fiz: Juntei os termos com x e y e coloquei em evidencia 

    =X(a + b) + Y(a + b)

    subsititui o a + b pela informação que a questão deu (a + b = 15)

    =X(15) + Y(15)

    depois eu isolei o 15

    =15(x + y)

    e subsititui o x + y pela informação que a questão deu ( x + y = 6)

    = 15*6 => 90

  • Qual o valor da expressão ax + ay + bx + by em que a + b = 15 e x+ y =6 --- >(coloque em evidencia) 

    (x + y) * (a) *  (x+y) *  (b)  --- >(Decomponha) 

    (x + y) * (a+b)

    6 * 15

    90

     

  • Muito bom de fazer kkkkk.

  • Oi pessoal! Tudo bem com vocês!?

    Quem puder dar uma força se inscrevendo no meu canal, ativando o sininho e indicando para os amigos, o link está abaixo. No mesmo, consta a resolução dessa questão da RHS Consult 2016.

    https://www.youtube.com/watch?v=4xbbaoAgue8&feature=youtu.be


ID
2191693
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O piso de um salão de festas é feito de lajotas quadradas de 40 cm de lado. O salão é retangular, medindo 8 m por 4,8 m. Quantas lajotas há no chão?

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

     

    Área do salão (retângulo): A = b x h --> A = 8 x 4,8 = 38,4m^2

    Transformando 38,4m^2 em centímetro quadrados = 38,4 x 10000 = 384.000cm^2

    Área das lajostas (quadrado): A = L x L --> A = 40 x 40 = 1.600cm^2

     

    Calculando a quantidade de lajotas utilizada: área do salão / área das lajotas

    384000 / 1600 = 240

  • 8*100= 800cm 800/40= 20 lajotas

    4,8*100=480cm   480/40 12 lajotas

    20*12= 240 lajotas utilizadas

  • Eu sou péssima em matemática, mas uma coisa que me ajuda muito é usar as alternativas a meu favor. Faça isso, tente usar sua lógica usando os valores das alternativas pra ver se bate.


ID
2191696
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Quanto ao orçamento de uma obra de construção civil, como são chamados os custos que apenas apresentam relação com a empresa e nunca com os produtos comercializados?

Alternativas
Comentários
  • São aqueles serviços de apoio necessários para executar a obra.

  • Não concordo com a questão. Como assim os custos indiretos não apresentam relação com o produto comercializado?

    Se utilizarmos como exemplo de produto um prédio, estão incluídos nos custos indiretos os riscos e os impostos da construção, tais fatores, entre outros, apresentam relação com o produto. O próprio nome diz, CUSTOS INDIRETOS, pois apresenta relação indireta com o produto. Portanto, acho errado dizer que os custos indiretos não apresentam relação com o produto.


ID
2191699
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Com relação às instalações prediais de água fria, para que somente o sistema de abastecimento direto seja utilizado é preciso que:

Alternativas
Comentários
  • D: Na rede pública exista água continuamente e em pressão adequada.

  • NBR 5626

    3.41 tipo de abastecimento: Forma como o abastecimento do ponto de utilização é efetuado. Pode ser tanto direto,

    quando a água provém diretamente da fonte de abastecimento, como indireto, quando a água provém de um

    reservatório existente no edifício.


ID
2191702
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Qual é o comando que no AutoCAD define os limites da área de trabalho?

Alternativas
Comentários
  • a) Define limites da área de trabalho do projeto - RESPOSTA CORRETA

    b) comando inexistente

    c) modo de precisão para o desenho (F7)

    d) permite capturar pontos específicos de um objeto (midpoint, endpoint, perpendicular, etc) (F3)

    e) ferramenta quando ativa permite desenhar linhas, modificação e deslocamento de objetos apenas em vertical e horizontal (plano ortogonal) (F8)

  • Só corrigindo o colega, SNAP (Cursor anda em passos, F9) é diferente de OSNAP (rastreia os pontos notáveis, F3).

  • Mais que cristalino que isso, não tem!


ID
2191705
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O conjunto de operações que possibilitam a remoção do excesso de terra de um local, que pode ou não ser levada a um local onde há falta de terra, a fim de regularizar o terreno em que se pretende implantar um projeto de construção qualquer, recebe o nome de:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    E) ABAULAMENTO - declividade transversal/convexidade da superfície para drenar águas pluviais.


ID
2191708
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O emprego de estacas de concreto em fundações, pode apresentar as seguintes vantagens:
I Uma ótima capacidade de carga.
II A impossibilidade de rompimento do concreto, caso as ferragens oxidem.
III Uma alta resistência à flexão e cisalhamento.
IV A limitação da seção de comprimento, por causa do alto peso próprio.
Estão corretas as afirmações:

Alternativas
Comentários
  • A afirmação IV trata-se de uma desvantagem, podendo eliminar as alternativas c, d e e.

    Gabarito: B


ID
2191711
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Quanto aos critérios de projeto que visam a durabilidade, conforme a NBR – 6118, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Item 7 - Critérios de projeto visando a durabilidade: Drenagem, formas arquitetônicas e estruturais, qualidade do concreto e cobrimento.

    Letra a - errada. Item 7.3.1 - Disposições arquitetônicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade, devem ser evitadas.

    Letra b - errada. Item 7.2.4 - Todos os topos e platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins.

    Letra c - certa. Item 7.4.1.

    Letra d - errada. Item 7.2.3 - Todas as juntas de dilatação devem ser seladas.

    Letra e - errada. Item 7.2 - Drenagem

  • Quando estiverem falando de cobrimento e durabilidade das estruturas, três palavras são essenciais:

    - Características (classe de resistência mínima, slump, fator a/c)

    - Espessura e (simplesmente a "largura" da camada, não tem muito segredo aqui)

    - Qualidade (aqui diz respeito a como se "executou" as características do concreto. Podem ter colocado uma água contaminada, podem ter adicionado uma aditivo a base de cloreto (o que é proibido por norma) e etc).

    (Essas palavras dizem respeito ao CONCRETO de cobrimento)

    Trecho da norma que ampara o que eu disse, NBR 6118/2014:

    7.4 Qualidade do concreto de cobrimento

    7.4.1 Atendidas as demais condições estabelecidas nesta seção, a durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.


ID
2191714
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Segundo a NBR – 6118 e tendo em vista as condições previstas no dimensionamento das estruturas de concreto, os impactos causados pelo meio ambiente a este tipo de estrutura:

Alternativas
Comentários
  • 6.4.1 A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas.

  • Letra D

    São independentes das ações Mecânicas.

  • Questão poderia ter sido melhor formulada, mas dá pra matar, vejam só:

    6.3.4 Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita:

    São todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação, bem como as diversas ações que atuam sobre a estrutura. Sua prevenção requer medidas específicas, que devem ser observadas em projeto, de acordo com esta Norma ou Normas Brasileiras específicas.

    6.4 Agressividade do ambiente

    6.4.1 A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas.

    As ações do meio ambiente se relacionam a (dependem de):

    - Ações físicas que atuam sobre as estruturas de concreto (golpes/colisões/choques/abrasão)

    - Ações químicas que atuam sobre as estruturas de concreto (lixiviação/álcali-agregado/sulfatos)

    As ações do meio ambiente não dependem de (não dependem porque já foram previstas no procedimento de projeto):

    - Ações mecânicas (cíclicas/dinâmicas/repetitivas, pois causam fadiga)

    - Ações variações volumétricas de origem térmica

    - Da retração hidráulica

    - Outras PREVISTAS no dimensionamento das estruturas.

  • Voltando aqui 1 ano depois para errar de novo ¬¬

    Em 14/07/20 às 14:17, você respondeu a opção B.

    Em 12/08/19 às 11:38, você respondeu a opção C.


ID
2191717
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Com base na NBR – 6118 e considerando a existência de inconformidades em obras executadas, pode-se afirmar que devem ser adotadas as seguintes ações corretivas:
I Revisar o projeto a fim de determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, em função dos resultados obtidos nos ensaios.
II Determinar a aceitação temporária da estrutura, com utilização restrita.
III Após a revisão do projeto e nova verificação, mantendo-se a não-conformidade, aplica-se: restrição de uso, projeto de reforço ou demolição (parcial ou total).
IV Após a revisão do projeto e nova verificação, mantendo-se a não-conformidade, pode ser também recomendada a prova de carga, desde que não haja risco de ruptura frágil.
Estão corretas as afirmações:

Alternativas
Comentários
  • Entendo que o erro do II é porque a banca está considerando a obra como um todo "não conforme", mas se for pensar detalhadamente, nada impede que a obra seja utilizada, se apenas parte dela está "não conforme".

     

    A questão é mais interpretação do que conhecimento...

  • Na dúvida, melhor não usar.


ID
2191720
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Tendo em vista a NBR – 6118, assinale a alternativa correta quanto a mecanismos de deterioração da estrutura, propriamente dita.

Alternativas
Comentários
  • NBR 6118/2014

    6.3.4 Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita
    São todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos,
    ações cíclicas, retração, fluência e relaxação, bem como as diversas ações que atuam sobre a estrutura.
    Sua prevenção requer medidas específicas, que devem ser observadas em projeto, de acordo com
    esta Norma ou Normas Brasileiras específicas. Alguns exemplos de medidas preventivas são dados
    a seguir:
    — barreiras protetoras em pilares (de viadutos pontes e outros) sujeitos a choques mecânicos;
    — período de cura após a concretagem (para estruturas correntes, ver ABNT NBR 14931);
    — juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações volumétricas;
    — isolamentos isotérmicos, em casos específicos, para prevenir patologias devidas a variações
    térmicas.

  • NBR 6118/2014

     

    6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto

    6.3.2.1 Lixiviação

    É o mecanismo responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração de água, e proteger  as superfícies expostas com produtos específicos, como os hidrófugos.

     

    6.3.2.2 Expansão por sulfato

    É a expansão por ação de águas ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento resistente a sulfatos, conforme ABNT NBR 5737.

     

    6.3.2.3 Reação álcali-agregado

    É a expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. O projetista deve identificar no projeto o tipo de elemento estrutural e sua situação quanto à presença de água, bem como deve recomendar as medidas preventivas, quando necessárias, de acordo com a  ABNT NBR 15577-1.

     

    6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura

    6.3.3.1 Despassivação por carbonatação

    É a despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável um concreto de baixa porosidade.

     

    6.3.3.2 Despassivação por ação de cloretos

    Consiste na ruptura local da camada de passivação, causada por elevado teor de íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto.  O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O uso de cimento composto com adição de escória  ou material pozolânico é também recomendável nestes casos.

     

  • A NBR 6118 divide em 3 partes quanto aos mecanismos de deterioração:

     

    1 -Relacionados ao concreto ( RAA, lixiviação, expansão por sulfatos)

    2 -Relacionados à armadura (despassivação -ação de cloretos e por carbonatação)

    3 - Relacionados à estrutura propriamente dita (ações mecânicas, movimentação de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência, relaxação e outras ações )


ID
2191723
Banca
RHS Consult
Órgão
Prefeitura de Porto Feliz - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

De acordo com a NBR – 6120, as cargas que devem ser consideradas no projeto de estrutura de edificações, qualquer que seja sua classe e destino, salvo os casos previstos em normas especiais, são classificadas nas seguintes categorias:

Alternativas
Comentários
  • NBR 6120 1980 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

    1.2 Para os efeitos desta Norma, as cargas são classificadas nas seguintes categorias:
    a) carga permanente (g);
    b) carga acidental (q).
     

    2.1 Carga permanente
    2.1.1 Este tipo de carga é constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo peso de todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes.

     

    2.2 Carga acidental
    É toda aquela que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos etc.).